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DOR DO CRESCIMENTO<br />
DOR DO CRESCIMENTO<br />
Vamos falar hoje sobre uma das maiores queixas<br />
do consultório... Dor! Mais especificamente a do crescimento.<br />
Sim, ela existe! São muito frequentes e comuns.<br />
Ocorrem a noite, são recorrentes e na maioria<br />
das vezes são benignas, podendo acometer de 10-20%<br />
das crianças e não tem nenhuma relação com qualquer<br />
fase do crescimento físico, e esse termo serve para diferenciar<br />
de uma série de outras doenças que causam<br />
dores em crianças. A causa em si, não é conhecida, mas<br />
existem várias teorias para tentar explicar.<br />
É um diagnostico de exclusão e na maioria das<br />
vezes a história e o exame físico são suficientes para<br />
o diagnóstico, ou seja, não precisa de exames. Geralmente<br />
é uma dor bilateral (nas coxas, panturrilhas, canela,<br />
parte posterior dos joelhos) e geralmente no final<br />
da tarde ou durante a noite, podendo acordar a criança.<br />
E pela manhã a dor não está presente, podendo passar<br />
dias ou semanas sem dor, e não tem relação com atividade<br />
física. Melhora com massagens e/ou analgésicos,<br />
e não há aumento da dor ou da gravidade com o passar<br />
do tempo.<br />
Normalmente inicia entre 3-10 anos de idade e<br />
meninas e meninos são acometidos da mesma forma.<br />
Sempre a queixa é bilateral, sendo muito rara a queixa<br />
de membros superiores. Surgem a noite e as vezes<br />
tão fortes que a criança acorda chorando, e na manhã<br />
seguinte normalmente estão bem e sem queixas. Existe<br />
um intervalo entre as crises que pode ser de alguns<br />
dias, semanas ou meses.<br />
Em alguns casos nota-se o aumento da dor com o<br />
aumento da atividade física. Em cerca de 95% dos casos<br />
relatam alívio com massagens, outras precisam de<br />
Dra. Marianne Duarte<br />
Costa Balliana<br />
CRM/GO: 17.976<br />
Médica.<br />
analgésicos. O histórico familiar é positivo em aproximadamente<br />
20-47% dos parentes de primeiro grau.<br />
O exame físico é normal, se houver a presença de<br />
algo considerável serão necessários exames complementares<br />
para diagnóstico diferencial, como: doenças<br />
autoimunes/inflamatórias, infecciosas, hematológicas,<br />
vasculares, neoplásicas, traumáticas e estruturais, metabólicas<br />
e síndromes de amplificação dolorosa.<br />
Crianças com dor atípica de dor do crescimento<br />
ou com alterações ao exame físico deverão ser melhor<br />
investigadas, para não terem diagnósticos errados e<br />
precoces.<br />
Os exames mais comuns a serem pedidos são hemograma,<br />
prova inflamatória (vhs, pcr), raio-X e as<br />
vezes ressonância.<br />
Por isso papais, observem seus filhos e não desmereçam<br />
a dor deles! Podem sim estarem sentindo!<br />
E nós estamos aqui para orientá-los da melhor forma!<br />
Até mais!<br />
,49<br />
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PÁGINAS 06 E 07