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Revista +Saúde - 27ª Edição

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DOR DO CRESCIMENTO<br />

DOR DO CRESCIMENTO<br />

Vamos falar hoje sobre uma das maiores queixas<br />

do consultório... Dor! Mais especificamente a do crescimento.<br />

Sim, ela existe! São muito frequentes e comuns.<br />

Ocorrem a noite, são recorrentes e na maioria<br />

das vezes são benignas, podendo acometer de 10-20%<br />

das crianças e não tem nenhuma relação com qualquer<br />

fase do crescimento físico, e esse termo serve para diferenciar<br />

de uma série de outras doenças que causam<br />

dores em crianças. A causa em si, não é conhecida, mas<br />

existem várias teorias para tentar explicar.<br />

É um diagnostico de exclusão e na maioria das<br />

vezes a história e o exame físico são suficientes para<br />

o diagnóstico, ou seja, não precisa de exames. Geralmente<br />

é uma dor bilateral (nas coxas, panturrilhas, canela,<br />

parte posterior dos joelhos) e geralmente no final<br />

da tarde ou durante a noite, podendo acordar a criança.<br />

E pela manhã a dor não está presente, podendo passar<br />

dias ou semanas sem dor, e não tem relação com atividade<br />

física. Melhora com massagens e/ou analgésicos,<br />

e não há aumento da dor ou da gravidade com o passar<br />

do tempo.<br />

Normalmente inicia entre 3-10 anos de idade e<br />

meninas e meninos são acometidos da mesma forma.<br />

Sempre a queixa é bilateral, sendo muito rara a queixa<br />

de membros superiores. Surgem a noite e as vezes<br />

tão fortes que a criança acorda chorando, e na manhã<br />

seguinte normalmente estão bem e sem queixas. Existe<br />

um intervalo entre as crises que pode ser de alguns<br />

dias, semanas ou meses.<br />

Em alguns casos nota-se o aumento da dor com o<br />

aumento da atividade física. Em cerca de 95% dos casos<br />

relatam alívio com massagens, outras precisam de<br />

Dra. Marianne Duarte<br />

Costa Balliana<br />

CRM/GO: 17.976<br />

Médica.<br />

analgésicos. O histórico familiar é positivo em aproximadamente<br />

20-47% dos parentes de primeiro grau.<br />

O exame físico é normal, se houver a presença de<br />

algo considerável serão necessários exames complementares<br />

para diagnóstico diferencial, como: doenças<br />

autoimunes/inflamatórias, infecciosas, hematológicas,<br />

vasculares, neoplásicas, traumáticas e estruturais, metabólicas<br />

e síndromes de amplificação dolorosa.<br />

Crianças com dor atípica de dor do crescimento<br />

ou com alterações ao exame físico deverão ser melhor<br />

investigadas, para não terem diagnósticos errados e<br />

precoces.<br />

Os exames mais comuns a serem pedidos são hemograma,<br />

prova inflamatória (vhs, pcr), raio-X e as<br />

vezes ressonância.<br />

Por isso papais, observem seus filhos e não desmereçam<br />

a dor deles! Podem sim estarem sentindo!<br />

E nós estamos aqui para orientá-los da melhor forma!<br />

Até mais!<br />

,49<br />

MAIS INFORMAÇÕES CONSULTE NOSSO GUIA NAS<br />

PÁGINAS 06 E 07

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