EGOBrazil Magazine 10
GASTRONOMIA EGOBrazil Magazine O prato japonês do momento, Lámen chega aos restaurantes As famosas tigelas de macarrão com caldo quente são novidade em casas de comida asiáti- ca, mas restaurantes variados e lanchonetes tam- bém apostam nos sabores orientais No Japa San 2Go, em Vila Velha, o caldo leva 12 horas e é bem el à tradição. “Aprendemos os preparos com um especialista japonês”, conta um dos sócios, Hugo Simoni. Desde que foram abertos os primeiros restaurantes japoneses em Vitória, na década de 1980, sushis, sashimis e yakisobas praticamente domi- naram os cardápios asiáticos da Capital. Pratos quentes caudalosos ou frituras picantes de porco ou frango, muito populares naquele continente, não faziam sucesso por aqui. Mas parece que o jogo virou. Com a chegada do lámen (macarrão com caldo que é tendência na gastronomia mundial ) ao cardápio de restauran- tes em Vitória e Vila Velha, os capixabas fãs de comida asiática não precisam mais viajar para pr- ovar a receita. Localizado no Hortomercado, o Tobayo Asian Food foi o primeiro a lançar uma carta exclusiva de lámens, no nal de junho. As tigelas fumegan- tes contêm, além do caldo e do macarrão, ovo cozido, alga nori, brotos, prensado de peixe e barriga de porco fatiada. “Tenho um restaurante japonês há 18 anos onde o público vai focado nas promoções e nos rodízi-los. Abri o Tobayo para incluir pratos diferentes e mostrar que a cozinha asiática tem muito mais a oferecer. Hoje, até churrascaria serve sushi e sashimi. Já passou da hora de diversi car”, ex- plica a proprietária Nam Hee Park, descendente de coreanos. PRODUÇÃO ARTESANAL Tanto o macarrão quanto o caldo são produzidos na casa, de forma artesanal e com muita paciên- cia. Diferentemente do miojo, lámen instantâneo que ganhou o mundo há mais tempo, o lámen tradicional japonês requer muitas horas de preparo. No Tobayo, os caldos levam até oito horas para car prontos. A massa, trabalhosa, precisa descansar ao menos um dia antes de compor as tigelas. CHEFS MAIS PRÓXIMOS DOS SABORES ORI- ENTAIS Se há algum tempo sushis e sashimis são encontrados com facilidade nos mercados, o mesmo não acontecia com ingredientes orientais. Hoje, o interesse crescente pelas receitas asiáticas, a praticidade das compras pela internet e a dis- ponibilidade desses produtos nas delicatéssens e supermercados do Estado facilita o trabalho dos chefs e inspira criações que fogem à mesmice. De inuência vietnamita, o Banh Mi Sandwich é destaque na lanchonete Rigonito, em Jardim da Penha, Vitória. O sanduba vem com carne de porco empanada, picles de vegetais, maionese de limão e folhas de coentro. Já o Franguinho Satay, como o nome entrega, chama atenção pelo molho de amendoim típico de países como Vietnã, Tailândia e Indonésia. Desde 2010, o restaurante Soeta, na Praia do Canto, abre a cozinha para os sabores orientais. “Parte dessa in uência veio do El Bulli, onde tra- balhamos com Ferran Adrià. Antes de a Ásia virar tendência gastronômica, ele já pesquisava e usava produtos asiáticos”, conta o chef Pablo Pavón, que assina o menu com Bár- bara Verzola. 11