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Edição - 06

A primeira revista brasileira, 100% digital, para o setor de agregados da construção

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Revista<br />

Agregados Online<br />

<strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019 | O E-Zine da Indústria Nacional de Agregados<br />

EQUIPAMENTOS<br />

INTELIGENTES JÁ SÃO<br />

REALIDADE NA PRODUÇÃO<br />

ESPECIAL BRITAGEM<br />

Britadores inteligentes reduzem custos e aumentam<br />

a produção com maior eficiência energética<br />

PRODUTIVIDADE 1<br />

Eficiência dos pontos de transferência<br />

é essencial para garantir a produtividade<br />

EQUIPAMENTOS<br />

Pás carregadeiras mostram que tamanho é<br />

documento sim e combina com tecnologia<br />

AGREGA-MARKET / ENTREVISTAS<br />

Flávio Ottoni Penido - Presidente do IBRAM<br />

Guilherme Ramos - Dir. da STO Feiras & Eventos<br />

PRODUTIVIDADE 2 - Indústria 4.0 já é realidade nas pedreiras<br />

SÉRIE ESPECIAL MOVIMENTOS VIBRATÓRIOS DAS PENEIRAS - Movimento Elíptico


2<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


SUMÁRIO<br />

<strong>06</strong> AGREGA-NEWS<br />

Acontece no mercado, vira notícia!<br />

16<br />

DESTAQUES DA EDIÇÃO Nº6<br />

SÉRIE ESPECIAL - OS MOVIMENTOS<br />

VIBRATÓRIOS DAS PENEIRAS<br />

Movimento Elíptico<br />

Colaboração: Carlos Trubbianelli<br />

20<br />

24<br />

26<br />

32<br />

34<br />

38<br />

40<br />

AGREGA-MARKET / ENTREVISTA 1<br />

Flávio Ottoni Penido/Presidente do IBRAM<br />

ESPAÇO ABIMEX<br />

Abimex e Sindex trabalhando pelo<br />

desenvolvimento da cadeia de explosivos<br />

Colaboração: Ubirajara D'Ambrosio<br />

EQUIPAMENTOS 1 / ESPECIAL BRITAGEM<br />

Britadores inteligentes reduzem custos e<br />

aumentam produção com maior eficiência<br />

energética<br />

AGREGA-MARKET / ENTREVISTA 2<br />

Guilherme Ramos/Diretor da STO Feiras & Eventos<br />

PRODUTIVIDADE 1<br />

Eficiência nos pontos de transferência do<br />

transportador de correia é essencial para garantir<br />

a produtividade<br />

RCD ONLINE<br />

Riuma Ambiental é referência nacional na<br />

reciclagem de RCD<br />

EQUIPAMENTOS 2 / PÁ CARREGADEIRA<br />

Fabricantes de pás carregadeiras mostram que<br />

tamanho é documento sim e combina com alta<br />

tecnologia<br />

50 PRODUTIVIDADE 2<br />

Indústria 4.0 nas pedreiras já é uma realidade<br />

54<br />

58<br />

64<br />

CASE INTERNACIONAL<br />

CDE investe em tecnologia trazendo soluções à<br />

Collier Materials<br />

ARTIGO ESPECIAL<br />

Instalação da Agência Nacional de Mineração e a<br />

entrada em vigor do novo regulamento do código<br />

do setor<br />

GESTÃO COMERCIAL<br />

Você já ouviu falar de Consultoria para Mineração<br />

de Agregados?<br />

Agregados Online é uma publicação exclusiva da Editora Digital<br />

Revistas Online TEM, cujo compromisso é levar informação<br />

relevante com agilidade e independência aos profissionais e do<br />

Setor de Agregados para a Indústria da Construção do Brasil.


4<br />

Revista<br />

Agregados Online<br />

EDITORIAL<br />

Chegamos à sexta edição da Revista Agregados Online, comemorando e muito a nossa presença na maior feira de Mineração do<br />

Brasil, a Exposibram, pois significa para nós uma importante demonstração de que o Setor de Agregados para construção e infraestrutura<br />

está sim representado e renovado em termos de comunicação.<br />

Seguindo nessa pegada da Mineração + Infraestrutura trazemos duas entrevistas em Agrega-Market que mostram essa amplitude<br />

da Agregados Online, que atende ambos os segmentos dando espaço para que Flávio Ottoni Penido, Diretor-presidente do IBRAM –<br />

Instituto Brasileiro de Mineração (nosso anfitrião na Exposibram) e Guilherme Ramos, Diretor da STO Feiras & Eventos que organizou<br />

com louvor a Paving Expo & Conference, pudessem falar sobre a retomada de fôlego para a superação dos desafios e geração de<br />

oportunidades para seus respectivos setores, dando a localização de importância do papel dos segmento de agregados em ambos.<br />

Mas o foco principal desta edição foi novamente a Indústria 4.0, que cada vez mais ganha espaço nas pedreiras do Brasil, tendo como<br />

protagonistas aqueles que possuem a entendimento das peculiaridades nas operações, por conhecerem a fundo a necessidade de<br />

seus clientes: os fabricantes de equipamentos, cujo poder de desenvolvimento de soluções tecnológicas de ponta está cada vez mais<br />

visível e acessível ao usuário final, tornando sua experiência produtiva muito mais eficaz e menos onerosa.<br />

Comprove isso no Especial Britagem, com o rico conteúdo que empresas como Metso, Weir Minerals e Astec nos trazem; na seção<br />

Equipamentos 2, com os principais fabricantes de pás carregadeiras mostrando detalhes de seus pacotes de tecnologia embarcada<br />

em suas máquinas; verifique também em Produtividade 2, que mostra onde tudo isso já está sendo implantado em grandes grupos<br />

produtores de agregados, como a Embu S/A, Riuma Mineração e Votorantim Cimentos.<br />

Quando falamos em indústria 4.0, isso significa redução de custos com eficiência produtiva, portanto, confira em Produtividade<br />

1 a importância dos pontos de transferência no manuseio de materiais, onde a Martin Engineering, a Mineratec e a Rapthor demonstram<br />

suas competências neste tema. Seguindo para terras estrangeiras, trazemos ainda um case internacional de sucesso em<br />

produtividade e pós-vendas da CDE Global em seu cliente Collier Materials, nos EUA.<br />

Trazemos ainda um Artigo Especial sobre o antes e o depois da implantação da ANM – Agência Nacional de Mineração e o novo<br />

código de Mineração, escrito pelo Engº Fernando Aoki, da Prominer. Finalizando, em RCD Online, confira a excelência operacional<br />

conquistada pela Riuma Ambiental em seus processos de reciclagem de RCD.<br />

Aproveitem o conteúdo e boa leitura!<br />

Adriana Roma<br />

redacao@agregadosonline.com.br<br />

REDAÇÃO<br />

Para sugestões, comentários, críticas, dúvidas e informações sobre o conteúdo<br />

editorial da Revista Agregados Online, utilize o e-mail:<br />

leitor@agregadosonline.com.br<br />

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CONSELHO EDITORIAL<br />

José Adriano Emenegildo (Diretor)<br />

Carlos Trubbianelli<br />

Geraldo de Oliveira Jesus<br />

Hewerton Bartoli<br />

José Bruno Neto<br />

Levi Torres<br />

Paulo Da Pieve<br />

Romualdo Farias<br />

Ubirajara D’Ambrósio<br />

EQUIPE AGREGADOS ONLINE<br />

Redação: Há Propósito Comunicação<br />

Editora: Adriana Roma/Mtb 31476/SP<br />

Repórter: Letícia Milaré/Mtb 0081390/SP<br />

<strong>Edição</strong> de arte: RBP Diagramação<br />

Publicidade: Odair Sudário<br />

Todos os direitos reservados à:<br />

Editora Digital Revistas Online TEM<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


AGENDA DE EVENTOS<br />

5<br />

Exposibram 2019<br />

Data: 9 a 12 de setembro de 2019<br />

Local: Belo Horizonte – MG<br />

Informações: www.portaldamineracao.com.br/exposibram<br />

XXVIII ENTMME<br />

Data: 4 a 8 de novembro de 2019<br />

Local: Escola de Engenharia da UFMG - Belo Horizonte – MG<br />

Informações: www.entmme2019.entmme.org<br />

VI Congresso Internacional de Meio Ambiente Subterrâneo<br />

Data: 18 a 19 de novembro de 2019<br />

Local: Belo Horizonte – MG<br />

Informações: www.abas.org/vicimas/<br />

Brazil ExpoMoving<br />

Data: 14 a 17 de julho de 2020<br />

Local: São Paulo – SP<br />

Informações: www.brazilexpomoving.com.br<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


AGREGA-NEWS<br />

6<br />

AUTODESK REDUZ PEGADA DE<br />

CARBONO EM 43% E AUMENTA<br />

PARTICIPAÇÃO EM SOLUÇÕES<br />

SUSTENTÁVEIS<br />

Com a tendência global de urbanização<br />

da população nos próximos<br />

30 anos, a redução dos impactos provenientes<br />

da construção civil, como o<br />

alto consumo de energia usada nos<br />

edifícios, se torna ainda mais urgente.<br />

Foi pensando nisto que a Autodesk,<br />

empresa especializada em software<br />

3D para projetos, tem trabalhado para<br />

reduzir ou eliminar os impactos<br />

negativos ao meio ambiente.<br />

Somente em 2018, o portfólio<br />

da empresa foi expandido com<br />

três aquisições que aprimoraram<br />

as soluções sustentáveis de construção<br />

e manufatura. Neste segmento,<br />

um dos focos de negócio<br />

deles é a metodologia Building<br />

Information Modeling (BIM), que<br />

permite melhorar a gestão de<br />

fluxo de caixa, bem como a sustentabilidade<br />

e a otimização de<br />

recursos, reduzindo em até 30%<br />

de gastos nas obras.<br />

Em seu décimo relatório anual<br />

de sustentabilidade, a Autodesk<br />

destacou ainda outros avanços<br />

em suas metas para 2021. Eles<br />

reduziram em 41% a emissão de gases<br />

de efeito estufa (GEE) nos últimos<br />

10 anos, ficando bem próximos da<br />

meta de 43% de redução até 2020.<br />

Além disso, 100% da energia elétrica<br />

de suas unidades e data centers são<br />

provenientes de fontes renováveis.<br />

Para atingir esses resultados, a<br />

Autodesk avalia o uso de energia e<br />

outras áreas de impacto para criar<br />

planos de melhorias nesses setores.<br />

A empresa usa suas operações para<br />

testar funcionalidade de soluções,<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

melhorar o desempenho ambiental,<br />

além de mostrar aos clientes como<br />

eles podem usar soluções para cumprir<br />

os seus próprios objetivos de sustentabilidade.<br />

Entre as ações está o<br />

uso de energia renovável nos serviços<br />

em nuvem e o uso de equipamentos<br />

eficientes que atendam aos mais altos<br />

padrões no setor para reduzir o gasto<br />

energético dos data centers.<br />

Nos locais em que a operação<br />

não é totalmente atendida por fontes<br />

renováveis, a empresa compra Certificados<br />

de Energia Renovável verificados.<br />

Além disso, a Autodesk também<br />

busca diminuir o impacto climático de<br />

seus eventos, aumentando a eficiência<br />

e oferecendo opções virtuais de<br />

presença.<br />

Entre os destaques citados no<br />

relatório está ainda a doação de US$<br />

26,3 milhões em softwares, treinamento<br />

e apoio para diversas instituições<br />

e organizações apoiadas pelos<br />

programas da Autodesk Foundation<br />

em todo o mundo, incluindo o Brasil,<br />

durante o último ano fiscal, encerrado<br />

em 31 de janeiro.<br />

Os funcionários da Autodesk no<br />

mundo todo contribuíram com<br />

mais de 26 mil horas de trabalho<br />

voluntário. Entre as ações, estão<br />

o compartilhamento de conhecimento<br />

para que as comunidades<br />

em que a empresa atua possam<br />

prosperar. Além de doações, a<br />

companhia incentiva, entre seus<br />

funcionários, o tempo de voluntariado<br />

remunerado para que<br />

possam apoiar as causas e as<br />

organizações que mais se identifiquem.<br />

Clique aqui para acessar o<br />

relatório completo e conhecer outros<br />

dados relevantes sobre as iniciativas<br />

sustentáveis da Autodesk.<br />

Fonte: Assessoria de Imprensa


AGREGA-NEWS<br />

8<br />

ENGº CRIA PLATAFORMA<br />

QUE CONECTA PRODUTORES<br />

DE CONCRETO USINADO AO<br />

CLIENTE FINAL<br />

Nas últimas décadas, diversas<br />

inovações têm desempenhado um<br />

grande impacto mercadológico ao<br />

auxiliarem os profissionais que atuam<br />

na construção civil a resolveram os<br />

desafios do setor. Com base neste<br />

panorama e considerando o momento<br />

de retomada, Bruno Reganati, Engenheiro<br />

de Produção e Especialista<br />

em Marketing Digital, lançou o portal<br />

Concreto Usinado. A plataforma tem<br />

como proposta principal auxiliar no<br />

aumento das vendas de concreto usinado<br />

para concreteiras por meio da<br />

internet.<br />

A grande missão da novidade é<br />

proporcionar um canal de comunicação<br />

direto e rápido entre as empresas<br />

produtoras de concreto e o consumidor<br />

final, agilizando o recebimento<br />

de orçamentos e negociações. Dessa<br />

forma, ao informar o local da obra<br />

e realizar um pedido de cotação, o<br />

sistema automaticamente dispara a<br />

solicitação para as concreteiras que<br />

atuam na região de necessidade. Vale<br />

ressaltar que a plataforma considera<br />

um raio de no máximo 35km, de<br />

forma a respeitar a qualidade do concreto<br />

até seu tempo de descarga e as<br />

normas ABNT.<br />

O Engenheiro afirma que a ideia<br />

é conectar a todos, tornando o trabalho<br />

com concreto usinado uma via<br />

de mão dupla, além de beneficiar<br />

pequenos empreendedores, que sequer<br />

possuem presença na internet.<br />

“Atualmente, pelo menos 80% das<br />

concreteiras do segmento são enquadradas<br />

como pequenas empresas.<br />

Poucas possuem presença digital do<br />

seu negócio. Um portal de nicho é<br />

uma oportunidade para que todos<br />

passem a receber demanda, com custo<br />

inferior ao da contratação de uma<br />

agência de marketing”, finaliza.<br />

Para as concreteiras que desejaram<br />

aderir ao portal, basta clicar aqui<br />

e consultar os planos disponíveis.<br />

Quem desejar fazer uma cotação, por<br />

sua vez, deve clicar aqui. Para mais informações<br />

sobre a plataforma, acesse<br />

o site aqui.<br />

Fonte: Assessoria de Imprensa<br />

6TH SENSE - NOVA TECNOLOGIA<br />

INTELIGENTE DA EPIROC<br />

Alinhada com a tendência de que<br />

a automação e a digitalização são o<br />

futuro da indústria de mineração, a<br />

Epiroc apresentou mais uma inovação<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

para o setor: o 6th Sense, solução que<br />

conecta máquinas, sistemas e pessoas<br />

utilizando não apenas automação,<br />

mas também gerenciamento de informações<br />

e integração de sistemas. A<br />

principal característica da tecnologia<br />

é garantir foco total na conectividade,<br />

usando a interoperabilidade para<br />

liberar todo o potencial de automação<br />

para ganhos de produção e custos<br />

operacionais mais baixos.<br />

Para a Vice-presidente Sênior de<br />

Mineração e Infraestrutura da Epiroc,<br />

Helena Hedblom, o 6th Sense é uma<br />

fórmula desenvolvida<br />

obter<br />

para<br />

soluções<br />

diferenciadas e<br />

alcançar a excelência<br />

operacional<br />

em serviços<br />

de<br />

mineração<br />

e infraestrutura. “O nome 6th Sense<br />

implica que a tecnologia traz algo<br />

a mais e é exatamente isso que ela<br />

proporciona, uma vantagem significativa,<br />

como rastrear e responder às<br />

condições de trabalho e necessidades<br />

do equipamento em tempo real”,<br />

complementa Helena.<br />

Segundo ela, o 6th Sense possui<br />

quatro níveis: automação da máquina,<br />

autonomia da máquina, autonomia


AGREGA-NEWS<br />

9<br />

do processo e integração do sistema.<br />

No primeiro nível, os sistemas de<br />

monitoramento fornecem fácil acesso<br />

e coleta de dados, enquanto os<br />

sistemas de controle fornecem funcionalidades<br />

operacionais, ampliando<br />

as possibilidades do equipamento<br />

em uso. A autonomia da máquina é o<br />

controle remoto de uma ou de várias<br />

máquinas ao mesmo tempo. Em seu<br />

terceiro nível, autonomia do processo,<br />

os equipamentos começam a se<br />

conectar a partir de um programa de<br />

operação mais abrangente. Já no nível<br />

final e mais alto, acontece a integração<br />

completa de processos e sistemas<br />

em toda a cadeia de valor, o que inclui<br />

análise avançada de dados, gerenciamento<br />

de tráfego e operações.<br />

Um exemplo do foco da Epiroc<br />

em soluções automatizadas e melhoria<br />

de produtividade, vem da<br />

mina de Hollinger, em Timmins, no<br />

Canadá. Em conjunto com um de<br />

seus parceiros mais importantes na<br />

região, a Newmont Goldcorp, a Epiroc<br />

implementou a primeira perfuratriz<br />

de superfície SmartROC D65 com<br />

operação totalmente autônoma. O<br />

operador pode trabalhar remotamente<br />

e realizar outras tarefas enquanto o<br />

equipamento completa toda a perfuração<br />

planejada. Além do aumento da<br />

segurança para os operadores, essa<br />

função melhora a produtividade graças<br />

à precisão conferida pelo Global<br />

Navigation Satellite System, que resulta<br />

em operações contínuas e menos<br />

desgaste nas ferramentas, reduzindo<br />

os custos de produção e melhorando<br />

a confiabilidade.<br />

Fonte: Assessoria de Imprensa<br />

METSO COMPRA MCCLOSKEY<br />

E FORTALECE MERCADO DE<br />

EQUIPAMENTOS MÓVEIS PARA<br />

AGREGADOS<br />

A finlandesa Metso assinou um<br />

contrato milionário para adquirir<br />

a empresa canadense McCloskey,<br />

fabricante de equipamentos móveis<br />

para britagem e peneiramento. Com<br />

a aquisição, a multinacional europeia<br />

fortalece o seu portfólio de olho no<br />

crescimento anual do mercado de<br />

agregados para o período de 2019-<br />

2023, estimado entre 4% e 6% ao ano.<br />

A empresa já fabrica equipamentos<br />

móveis, semimóveis e fixos para britagem<br />

e peneiramento, porém, amplia<br />

a oferta, mantendo independentes a<br />

marca e os canais de distribuição da<br />

McCloskey. A aquisição está sujeita às<br />

condições habituais de fechamento,<br />

incluindo as aprovações antitruste, e<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

deve ser fechada até o quarto trimestre<br />

deste ano.<br />

Com a compra da McCloskey, a<br />

Metso deve expandir sua oferta global<br />

para o setor de agregados, principalmente<br />

entre as empreiteiras de obras,<br />

com destaque para o setor rodoviário.<br />

O segmento deve puxar a demanda<br />

de brita para a<br />

construção<br />

de<br />

base e sub-base<br />

de estradas e é<br />

um dos impulsionadores<br />

do<br />

crescimento do<br />

setor nos próximos<br />

quatro anos. De acordo Pekka<br />

Vauramo, Presidente e CEO da Metso,<br />

a aquisição está alinhada com a estratégia<br />

de crescimento rentável da empresa.<br />

“Ela fortalece nossos negócios<br />

de agregados nas principais áreas de<br />

crescimento. Os ciclos diferentes de<br />

agregados equilibram bem o nosso<br />

portfólio, anteriormente mais focado<br />

em mineração”, disse.<br />

Markku Simula, Presidente da<br />

área de Negócios de Equipamentos<br />

Agregados da Metso, complementa a<br />

avaliação de Vauramo. Segundo ele,<br />

os clientes de agregados e construção<br />

têm demandas diferenciadas e a aquisição<br />

da McCloskey amplia os planos<br />

de expansão da Metso por meio de


AGREGA-NEWS<br />

10<br />

diferentes canais e ofertas, ou seja,<br />

a combinação do portfólio das duas<br />

companhias. “As sinergias estão além<br />

da terceirização, principalmente relacionadas<br />

à receita, resultante da oferta<br />

mais ampla disponível para ambos<br />

os canais, bem como equipamentos<br />

de britadores adicionais, serviços<br />

e vendas de consumíveis”, pontua<br />

Markku.<br />

“Estamos orgulhosos do crescimento<br />

alcançado em um mercado<br />

competitivo. Sei que ingressar na<br />

Metso é o passo certo para todos os<br />

nossos clientes, funcionários, revendedores<br />

e parceiros de negócios. A<br />

combinação de nosso foco exclusivo<br />

em produtos e pessoas e os recursos<br />

globais da Metso ajudarão a criar<br />

soluções ainda melhores para nossos<br />

clientes ”, afirmou Paschal McCloskey,<br />

Fundador, Presidente e CEO da Mc-<br />

Closkey.<br />

O valor da transação na empresa<br />

é de 420 milhões de dólares canadenses<br />

(279 milhões de euros) a serem<br />

pagos no fechamento, com uma<br />

remuneração adicional baseada em<br />

rentabilidade de até 35 milhões de<br />

dólares canadenses (23 milhões de<br />

euros) para o período de dois anos<br />

após o fechamento. A transação deve<br />

ser positiva para o lucro por ação da<br />

Metso em 2020.<br />

Fonte: Assessoria de Imprensa<br />

ENDUR 300 É O MAIOR TRUNFO<br />

DA APERAM PARA MÚLTIPLAS<br />

APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA<br />

A Aperam South America, produtora<br />

integrada de aços inoxidáveis,<br />

elétricos e carbono, desenvolveu o<br />

ENDUR 300, aço inox de alta resistência.<br />

O ENDUR 300 é uma liga de baixo<br />

teor de carbono, com adições de cromo<br />

e níquel, e possui aplicação des-<br />

tacada em ambientes que combinam<br />

abrasão e corrosão, além de evitar o<br />

desgaste que gera a perda de espessura<br />

acelerada dos aços comuns.<br />

“O ENDUR traz diversos benefícios<br />

para o mercado, principalmente relacionados<br />

ao aumento da vida útil dos<br />

equipamentos, a redução de custos<br />

de manutenção e de preservação da<br />

espessura. E o melhor, foi totalmente<br />

desenvolvido no Brasil, em nossa<br />

planta em Timóteo/MG”, explica<br />

Roberto Guida, gerente executivo de<br />

marketing e desenvolvimento de mercado<br />

da Aperam.<br />

Para exemplificar as múltiplas<br />

possibilidades de aplicação do novo<br />

ENDUR 300 na indústria, em parceria<br />

com a ABESC (Associação Brasileira<br />

de Empresas de Serviços de Concretagem),<br />

a Volkswagen Caminhões e a<br />

Convicta, a Aperam lançou na última<br />

Concrete Show, realizada em agosto,<br />

em São Paulo, a betoneira ultraleve,<br />

desenvolvida com o aço ENDUR, trazendo<br />

benefícios diversos para o setor<br />

de construção civil.<br />

Depois 3 anos de testes no campo<br />

e no laboratório, a empresa investe no<br />

caminhão betoneira ultraleve.<br />

“Inicialmente, foram substituídas<br />

as chapas helicoidais internas, onde<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

há maior desgaste, que auxiliam na<br />

mistura e no despejo do concreto.<br />

Após esta etapa, foi identificado<br />

que o balão também sofria com o<br />

desgaste. O resultado foi o aumento<br />

da vida útil em três vezes”, destaca<br />

Tarcísio Oliveira, gerente executivo do<br />

Centro de Pesquisas da Aperam.<br />

Atualmente, os caminhões betoneiras<br />

são feitos de aço carbono e<br />

duram, em média, 4 anos. Nesse período<br />

ela transporta cerca de 24.000m³<br />

de concreto. Já com a substituição do<br />

balão para Aço Inox 410 e das chapas<br />

helicoidais pelo ENDUR 300 a durabilidade<br />

será de cerca de 7 anos, com<br />

transportação de quase 50.000m³.<br />

Roberto Guida destaca que, além<br />

de trazer longevidade ao equipamento,<br />

a solução reduz consideravelmente<br />

o peso total do caminhão.<br />

“Quando produzida com inox,<br />

a espessura do balão diminui de<br />

4,75mm para 3,5mm, resultando em<br />

1.1 tonelada a menos. O caminhão<br />

também tem o peso reduzido em cerca<br />

de 1.3 toneladas. São até 2.4 toneladas<br />

a menos, o que significa 1m³ a<br />

mais de concreto e eficiência até 14%<br />

maior em cada viagem”, finaliza.<br />

Fonte: Assessoria de Imprensa


Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

11


AGREGA-NEWS<br />

12<br />

ABNT ENTREGA PRIMEIRO<br />

CERTIFICADO DO PROGRAMA<br />

LIMITE LEGAL DO PESO<br />

A ABNT, o Sindicato da Indústria<br />

de Mineração de Pedra Britada do<br />

Estado de São Paulo (Sindipedras) e<br />

o Sindicato das Indústrias de Mineração<br />

de Areia do Estado de São Paulo<br />

(Sindareia) elaboraram um Programa<br />

de Avaliação do Limite Legal de Peso<br />

(Movimento “Responsabilidade de<br />

Peso”), cujo objetivo é estimular e<br />

impulsionar de maneira contínua a<br />

melhoria da qualidade das operações<br />

de seus associados.<br />

Esse Programa é aplicável às<br />

empresas que pretendem melhorar<br />

sua eficiência, eficácia e reputação<br />

no mercado de agregados, através da<br />

implantação de um Sistema de Gestão<br />

dos Serviços de Avaliação do Limite<br />

Legal Peso. Os requisitos do Sistema<br />

de Gestão foram selecionados dentre<br />

aqueles que efetivamente são aplicaveis<br />

ao segmento, e as empresas que<br />

desejarem trabalhar de acordo com o<br />

programa deverão atender aos requisitos<br />

estabelecidos em procedimento<br />

específico.<br />

A Avaliação com base neste programa<br />

é uma forma de reconhecer os<br />

associados que estão alinhados com<br />

este objetivo e, além disso, demonstrar<br />

que estas organizações têm um<br />

diferencial competitivo no mercado.<br />

Em encontro realizado no dia 21<br />

de agosto, com os representantes de<br />

cada entidade, foi entregue o primeiro<br />

certificado de conformidade de<br />

serviço para a empresa Embu S.A.<br />

Engenharia e Comércio, para os<br />

serviços “Controle do limite legal de<br />

peso”.<br />

Fonte: Assessoria de Imprensa<br />

JCB INVESTIRÁ R$ 100 MILHÕES<br />

EM FÁBRICA DE SOROCABA (SP)<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

anos.<br />

Durante a visita de<br />

João Doria, Governador<br />

de São Paulo, à matriz da<br />

JCB, na Inglaterra, a companhia<br />

anunciou um novo<br />

ciclo de investimento de<br />

R$ 100 milhões na fábrica<br />

de Sorocaba (SP), que é a<br />

sede das operações brasileiras<br />

da JCB desde 2001.<br />

O aporte será focado<br />

na ampliação das atividades<br />

produtivas e no<br />

lançamento de produtos<br />

para os países da América<br />

Latina nos próximos três<br />

“Temos uma fábrica de classe<br />

mundial no Brasil e o investimento<br />

anunciado enfatiza nosso compromisso<br />

com esse importante mercado<br />

e nos permite aproveitar todas as<br />

oportunidades de crescimento que<br />

estão à nossa frente. O mercado brasileiro<br />

cresceu substancialmente nos<br />

últimos 18 meses e mostra tendências<br />

de continuar se expandindo. Estamos<br />

entusiasmados com as oportunidades<br />

futuras”, afirmou Gaeme Macdonald,<br />

CEO da companhia.<br />

Fonte: Assessoria de Imprensa


ENCONTRO NACIONAL DAS<br />

USINAS DE RECICLAGEM DE<br />

RCD 2019<br />

NEWS ESPECIAL<br />

13<br />

A Associação Brasileira para Reciclagem<br />

de Resíduos da Construção<br />

Civil e Demolição - Abrecon organizou<br />

no dia 15/08/2019 em São Paulo, o<br />

Encontro Nacional das Usinas de Reciclagem<br />

de RCD (Resíduos da Construção<br />

e Demolição) 2019. Tendo como<br />

patrocinadores as empresas Envimat<br />

e GRX.<br />

Organizado a cada dois anos, o agregado reciclado em suas obras. Em cretas. “As cidades que tiveram êxito<br />

evento reúne as usinas de reciclagem ambos os casos, as ações de combate no combate ao descarte irregular de<br />

de entulho de todo o país para discutir ao descarte irregular de entulho e entulho foram aquelas que enfrentaram<br />

os rumos do setor e temas sensíveis o problema sem as amarras de<br />

a regulamentação do transporte do<br />

como o combate ao descarte irregular material já surtem efeitos econômicos cada gestão, independente da bandeira<br />

de entulho, um problema de altíssima e sociais, por isso a justa homenagem.<br />

partidária de cada um”, enfatizou<br />

complexidade nos grandes centros De acordo com o Relatório Setorial Torres.<br />

urbanos e regularmente relegado Abrecon 2017/2018 há pelo menos 20 A maior queixa das recicladoras é<br />

pelas prefeituras e autoridades locais. usinas de reciclagem iniciando suas a ausência de políticas públicas para a<br />

Também se discutiu diversos aspectos operações a cada ano. A maioria sem gestão dos resíduos e a falta de compromisso<br />

sobre as melhores maneiras de introdução<br />

nenhum projeto de venda do material<br />

dos prefeitos com a causa,<br />

de matérias primas sustentá-<br />

ou de recebimento do RCD e, pior, sem pois a grande maioria ainda não têm<br />

veis nas obras públicas e a gestão dos lei ou plano de resíduos em suas cidades,<br />

planos municipais de resíduos da<br />

resíduos pelas construtoras e demolidoras.<br />

o que têm dificultado o trabalho construção e sequer disponibilizam<br />

dos destinatários de resíduos. estruturas de recebimento de entulho<br />

Foi abordado também a importância<br />

Segundo Hewerton<br />

para os cidadãos.<br />

da implantação do CTR Eletrônico Bartoli, presidente da As-<br />

Para auxiliar os empre-<br />

(Controle de Transporte de Resíduos), sociação, atualmente as<br />

sários nessa luta, a Abrecon<br />

que é uma ferramenta imprescindível usinas de reciclagem tem<br />

pretende ainda lançar<br />

para a gestão dos resíduos na cidade,<br />

muitas dificuldades para<br />

a edição 2019 do Manual<br />

pois a gestão e operação ficam receber entulho e vender<br />

de Aplicação do Agregado<br />

mais inteligentes e a automação dos agregado reciclado.<br />

Reciclado – MARE, totalmente<br />

procedimentos reduz drasticamente Segundo Levi Torres,<br />

revisado, com mais<br />

a interferência humana no preenchimento<br />

coordenador da Abrecon,<br />

de 50 aplicações do mate-<br />

de notas ou blocos de papéis. não vai adiantar promulgar leis e derial<br />

e apresentar modelos de sucesso<br />

Algumas cidades já estão avançando<br />

cretos para a utilização de agregado e fracasso na gestão dos resíduos da<br />

nestas questões e para evidenciar reciclado se não houver empenho do construção.<br />

isto Abrecon homenageou os prefeitos<br />

poder público em realizar ações con-<br />

Fonte: Redação TEM Sustentável<br />

das cidades de Suzano (SP)<br />

- Rodrigo Ashiuchi e Canoas<br />

(RS) - Luiz Carlos Busato, pelo<br />

empenho e dedicação em<br />

combater o descarte irregular<br />

de entulho, controlar os<br />

transportadores de resíduos<br />

da construção e a utilizar o<br />

Ao centro, Prefeito e Vice-Prefeita de Canoas<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


14<br />

GARANTIA ESTENDIDA DA<br />

VOLVO CE VAI ATÉ DEZEMBRO<br />

A Volvo Construction Equipment<br />

Latin America mantém até o final do<br />

ano a campanha de garantia estendida<br />

para a maioria dos seus produtos<br />

comercializados no Brasil.<br />

A campanha vai até 31 de dezembro<br />

e abrange as carregadeiras<br />

L60F e L70F e as escavadeiras de 14<br />

a 22 toneladas de peso operacional, o<br />

equivalente a mais de 60% das vendas<br />

da marca. “É mais uma ação para ampliar<br />

um serviço que está ganhando<br />

bastante espaço no mercado, principalmente<br />

por conta dos benefícios<br />

na operação do cliente”, afirma Luiz<br />

Marcelo Daniel, presidente da Volvo<br />

CE LA.<br />

Todos esses equipamentos estão<br />

saindo de fábrica com garantia estendida:<br />

6 mil horas e dois anos para o<br />

Trem de Força. A Garantia Estendida<br />

Volvo CE garante cobertura contra<br />

eventuais defeitos que envolvem materiais<br />

e mão de obra após o término<br />

da garantia padrão do equipamento,<br />

que é de um ano.<br />

“Com a extensão da garantia, o<br />

cliente transforma custos variáveis<br />

em custos fixos, garantindo mais<br />

previsibilidade ao seu fluxo de caixa<br />

e ganhando mais tempo para se concentrar<br />

no negócio”, declara Alexandre<br />

Flatschart, diretor de Customer<br />

Solutions da Volvo CE LA.<br />

“Em um eventual problema, o<br />

distribuidor fará o reparo e o cliente<br />

não terá nenhum ônus com custo de<br />

peças ou de mão de obra”, complementa<br />

Rodrigo Braga, responsável por<br />

serviços na área de Customer Solutions<br />

da Volvo CE LA.<br />

A Volvo CE oferece a maior amplitude<br />

de cobertura, com três modalidades<br />

(“Trem de Força”, “Componentes<br />

Principais” e “Premier”), com prazos<br />

que vão de 24 a 60 meses e duração<br />

que vai de 3 mil até 10 mil horas.<br />

“Combinados, esses fatores garantem<br />

aproximadamente 100 diferentes<br />

possibilidades de cobertura para os<br />

clientes”, informa Braga. “Além disso,<br />

o cliente pode solicitar uma cotação<br />

especial junto ao distribuidor, caso<br />

necessite de uma garantia estendida<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

com duração superior a 10.000 horas”,<br />

diz o executivo.<br />

Para as máquinas cobertas pela<br />

campanha que termina em dezembro,<br />

o cliente pode optar por fazer um upgrade,<br />

ampliando a duração da garantia<br />

estendida por tempo de duração<br />

ou por horas trabalhadas do equipamento,<br />

ou mudar da modalidade de<br />

“Trem de Força” para “Premier”, por<br />

exemplo.<br />

“A grande flexibilidade é uma<br />

das principais vantagens da Garantia<br />

Estendida Volvo CE, pois é possível<br />

customizar o serviço de acordo com a<br />

necessidade de cada empresa. Temos<br />

grande potencial para este serviço,<br />

pois ele agrega benefícios concretos<br />

para os usuários das máquinas num<br />

mercado cada vez mais competitivo<br />

e onde a alta produtividade é fundamental”,<br />

finaliza Flatschart.<br />

Para mais informações sobre este<br />

serviço, consulte o site www.garantiavolvoce.com<br />

Fonte: Assessoria de Imprensa


VOITH APRESENTA O BELT<br />

GENIUS NA EXPOSIBRAM 2019<br />

15<br />

A Voith Turbo estará presente na<br />

edição 2019 da EXPOSIBRAM, trazendo<br />

toda a sua expertise no setor de<br />

mineração no tocante aos processos<br />

otimizados para movimentação de<br />

matérias-primas. Com o mote “O<br />

parceiro confiável de longo prazo do<br />

setor de mineração”, a Voith acredita<br />

na importância tecnológica, social e<br />

econômica da mineração para o Brasil<br />

e vê a atividade como indispensável<br />

para a manutenção de parte da sociedade.<br />

A Voith defende uma atividade<br />

séria, com impactos controlados por<br />

tecnologias como os softwares e sensores<br />

inteligentes disponíveis ao mercado<br />

que maximizam o rendimento<br />

dos sistemas transportadores.<br />

Como parte de seu portfólio de soluções,<br />

a Voith apresenta na EXPOSI-<br />

BRAM o BeltGenius em duas versões:<br />

o ERIC (controle digital para a correia<br />

transportadora) e o ALEX (sensor<br />

de detecção de desalinhamento das<br />

correias). Além disso, a empresa, que<br />

atua diariamente para fortalecer sua<br />

área de Pesquisa & Desenvolvimento,<br />

também levará ao público da feira<br />

outros itens como os acoplamentos<br />

TurboBelt, os limitadores de torque<br />

SafeSet e outros serviços voltados<br />

para o setor.<br />

“Participar de um evento como<br />

este é primordial para a Voith, pois<br />

apresentamos as nossas soluções aos<br />

principais nomes do setor. Queremos<br />

mostrar o que temos de mais moderno<br />

para contribuir para o crescimento<br />

e fortalecimento da mineração no<br />

Brasil,” diz Cristiano Oliveira, vice-presidente<br />

da divisão Industrial da Voith<br />

Turbo Brasil.<br />

Fonte: Assessoria de Imprensa<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


SÉRIE ESPECIAL<br />

MOVIMENTO ELÍPTICO<br />

16<br />

Imagem: Metso<br />

ACIONAMENTO DE PENEIRAS COM<br />

MOVIMENTO ELÍPTICO<br />

*Carlos Trubbianelli<br />

Dando sequência à série de movimentos vibratórios problema de utilização de peneiras em plantas móveis,<br />

das peneiras, neste artigo vamos falar de mais um sistema<br />

quando era usado um material que exigia uma abertura<br />

de acionamento utilizado nas peneiras vibratórias: o maior de separação, ou seja acima de 50mm.<br />

Movimento Elíptico.<br />

As plantas móveis são concebidas para ser o mais<br />

Em edições anteriores, trouxemos informações sobre compactas possível e em função disso utilizava peneiras<br />

dois tipos de movimento, o Livre Circular (edição 3) e o com movimento Livre Linear, lembrando da informação do<br />

Livre Linear (edição 5), mostrando as características, bem artigo anterior onde comentamos que o Movimento Livre<br />

como diferenças entre os dois.<br />

Linear por si só transporta o material e portanto permite<br />

Basicamente, se lembrarmos das duas matérias anteriores<br />

a construção da peneira na horizontal, fazendo com que a<br />

sobre esse assunto, poderíamos pensar no aciona-<br />

altura da planta móvel seja menor do que com a utilização<br />

mento com movimento Elíptico como sendo a utilização da peneira com Movimento Livre Circular que necessita de<br />

dois movimentos ao mesmo tempo, fazendo com que se inclinação para que o material seja transportado, já que<br />

consiga características comuns aos dois.<br />

esse movimento vibratório por si só não o faz.<br />

Essa solução busca combinar as vantagens dos movimentos<br />

O primeiro projeto de acionamento para gerar o mo-<br />

Circular e Linear, ou seja, a melhor classificação vimento elíptico foi concebido com três eixos e sincroniza-<br />

e ação de desentupimento do movimento Circular com a dos com engrenagens, dispostos de maneira a trabalhar<br />

maior capacidade de transporte do Linear.<br />

no centro de gravidade da peneira. O conceito é que dois<br />

Antes de tudo, é bom deixar claro que esse movimento eixos giram em um sentido (horário, por exemplo) e o outro<br />

também tem as mesmas características de todo movimento<br />

em sentido contrário (anti-horário). Isso faz com que<br />

livre já abordado anteriormente.<br />

não se forme um movimento circular correto, bem como<br />

Como surgiu esse tipo de movimento?<br />

um movimento linear definido, gerando assim um movimento<br />

Essa solução, veio da necessidade de se resolver um<br />

de forma elíptica.<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


17<br />

Lembrando que, como abordado em matérias anteriores,<br />

cada eixo tem em suas extremidades massas centrífugas<br />

que tem a função de desbalancear o conjunto gerando<br />

um movimento vibratório circular enquanto o eixo estiver<br />

girando na rotação determinada em projeto.<br />

Com o tempo foram sendo desenvolvidos outros sistemas.<br />

Entre eles está o com três eixos mecanicamente<br />

independentes que são sincronizados eletronicamente<br />

(Figura A).<br />

a maior amplitude de trabalho (1:3) enquanto que nos<br />

momentos 2 e 4 as massas estão em posição oposta e não<br />

de anulam (como vimos anteriormente no movimento<br />

linear) em função de serem diferentes, gerando assim um<br />

Quando sincronizados eletronicamente, com utilização resultado que é a menor amplitude de trabalho do movimento<br />

elíptico (2:4).<br />

de inversores de frequência e encoders para estabelecer a<br />

posição angular de cada eixo, é possível alterar o ângulo do Com essa configuração os eixos estão dispostos de maneira<br />

a trabalhar fora de centro de gravidade da peneira<br />

movimento elíptico sem necessidade de parada do equipamento<br />

(dentro das limitações de projeto do fabricante) possibilitando o auto-sincronismo, dispensando a obrigatoriedade<br />

de um mecanismo sincronizador (ex: engrena-<br />

(Figura B).<br />

Outra maneira de gerar esse tipo de movimento é com gem ou encoder).<br />

a utilização de dois eixos ao invés de três, nesse caso cada Nessa situação o ângulo do movimento vibratório<br />

(elíptico) se mantem constante. Em caso de necessidade, é<br />

possível utilizar do mesmo sistema de sincronismo eletrônico<br />

permitindo assim variação do ângulo do movimento<br />

vibratório com a peneira em funcionamento.<br />

Utilizando o mesmo princípio de dois eixos para gerar<br />

o movimento elíptico, é possível alcança-lo também com a<br />

utilização de vibradores de caixa também conhecidos como<br />

excitadores (Figura E e/ou Foto A), que como abordado na<br />

matéria anterior quando falamos do movimento Livre Linear,<br />

diferem dos mencionados anteriormente por serem<br />

eixo gira em um sentido e um eixo tem maior massa centrifuga<br />

que o outro (Figura C e D).<br />

construídos em caixa fechada com um par de engrenagens<br />

Neste caso, os dois eixos se auto sincronizam, desenvolvendo<br />

um movimento elíptico como pode ser visto na apenas um motor aciona um dos eixos e transfere o movi-<br />

de sincronismo, lubrificadas em banho de óleo. Com isso,<br />

Figura D, ou seja, no momento 1 da rotação representado mento para o outro eixo por meio das engrenagens.<br />

na figura, existe uma coincidência de massas dos dois Para se conseguir o movimento elíptico ao invés do<br />

eixos se somando, assim como no momento 3, formando Linear, é necessário usar massas diferentes nos dois eixos<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


18<br />

sincronizados pelas engrenagens e projetar cuidadosamente<br />

a posição do mecanismo em relação ao centro de<br />

gravidade do equipamento (não é possível operar uma<br />

peneira originalmente fabricada para o movimento linear,<br />

para operar com o movimento Elíptico). Portanto, se forem<br />

usadas massas iguais nos dois eixos, teremos o Movimento<br />

Linear e com o uso de massas diferentes teremos o<br />

Movimento Elíptico.<br />

Algumas características das peneiras com movimento<br />

elíptico:<br />

- Permite execução de peneira horizontal e em aclive;<br />

- Amplitude variável;<br />

- A eficiência pode variar com a carga;<br />

- Frequência e amplitude ajustáveis;<br />

- Variação do ângulo de ataque ajustável com o uso de<br />

sincronismo eletrônico;<br />

- Maior utilização para cortes entre 0,4 e 150mm;<br />

Por que a eficiência pode variar com a carga?<br />

Da mesma maneira, como a maioria das peneiras<br />

disponíveis (com exceção às peneiras com acionamento<br />

circular excêntrico, abordado na edição 4), a peneira com<br />

esse tipo de acionamento é livremente apoiada em molas,<br />

ou seja, a estrutura vibrante, também chamada de caixa,<br />

está apoiada em molas por meio de suportes acoplados<br />

nas paredes laterais das peneiras<br />

Isso permite, dependendo das características do material,<br />

como curva granulométrica, ou tamanho de partícula,<br />

densidade e/ou aplicação, que com a variação da<br />

alimentação, numa sobrecarga ou numa sub carga, varie a<br />

amplitude de trabalho que foi determinada em projeto e<br />

possivelmente uma perda de eficiência de peneiramento,<br />

com isso uma classificação inadequada.<br />

Com relação a ajustes das condições dinâmicas o<br />

equipamento é bastante versátil permitindo mudar a amplitude<br />

de vibração (aumentando ou diminuindo o peso<br />

centrífugo) e/ou mudando a frequência, ou seja, a rotação<br />

por meio de troca de polias ou com utilização de inversores<br />

de frequência.<br />

Lembrando sempre que essas mudanças requerem o<br />

cuidado para que as condições dinâmicas não ultrapassem<br />

o limite para o qual o equipamento foi projetado, portanto<br />

recomendamos contato com o fabricante antes de qualquer<br />

modificação.<br />

Fontes: Imagens e publicações de trabalhos das empresas,<br />

Metso, Haver & Boecker e Schenck Process disponíveis<br />

na internet.<br />

* Carlos Trubbianelli é Engenheiro Mecânico e Técnico Eletromecânico com mais de 30 anos de experiência no setor<br />

de bens de capital, conhecendo diferentes equipamentos e mercados. Possui destacada atuação na área comercial<br />

nos setores de Mineração, Fertilizantes, Siderurgia, Cimento, Química e Alimentos, ocupando posições de liderança e<br />

consolidando-se como especialista na abertura de novos mercados e implantação de novas tecnologias. Com participação<br />

ativa na ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, por mais de 25 anos e hoje Vice-<br />

Presidente da Câmara Setorial de Cimento e Mineração; Diretor Conselheiro e membro do Conselho de Mineração e<br />

Metalurgia e do Conselho de Eólica e do Conselho de Competitividade.<br />

Ministra cursos, treinamentos, palestras e seminários nacionais e internacionais nos mais diversos níveis e mercados para<br />

indústrias, comércio e instituições, pela Camatru Consultoria e Treinamentos.<br />

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19


AGREGA-MARKET/ENTREVISTA 1<br />

20<br />

RETOMADA DA CREDIBILIDADE É<br />

UM DOS GRANDES DESAFIOS DA<br />

MINERAÇÃO BRASILEIRA<br />

Flávio Ottoni Penido, Diretor-presidente do Ibram,<br />

aponta que a sociedade precisa sentir que o setor<br />

de mineração adotou medidas para se tornar mais<br />

seguro operacionalmente<br />

"A indústria da mineração também<br />

está renovando seus processos<br />

produtivos, aceleradamente, para<br />

promover transformações de modo a<br />

atender às demandas da sociedade<br />

por uma atividade mais segura<br />

operacionalmente"<br />

Considerada a principal fornecedora dos insumos para<br />

a industrialização de produtos que usamos no dia a dia,<br />

como celulares, casas, carros e vidros, a mineração está<br />

presente em nosso cotidiano de inúmeras formas e é essencial<br />

para a evolução humana. Ainda assim, o setor tem<br />

sido visto de forma cada vez mais negativa perante a sociedade,<br />

em grande parte devido aos desastres ocorridos<br />

recentemente nos municípios de Mariana e Brumadinho,<br />

ambos em Minas Gerais. O principal desafio do setor é<br />

ressignificar a atividade de mineração, apresentando os<br />

impactos positivos dela na economia e na região onde<br />

ocorre, bem como o papel dela para o desenvolvimento<br />

das comunidades. Quem traz esta visão é Flávio Ottoni Penido,<br />

Diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração<br />

(Ibram), em entrevista concedida com exclusividade<br />

para a Revista Agregados Online.<br />

Flávio Ottoni Penido<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


21<br />

AO: Quais os desafios mais imediatos do setor, dia a dia e essencial para vivermos bem e com conforto.<br />

considerando os desastres ambientais ocorridos Nosso desafio é ressignificar a atividade de mineração,<br />

recentemente no país?<br />

A sociedade precisa confiar que a atividade tomou as<br />

devidas providências para se tornar mais segura operacionalmente<br />

e estar mais próxima das comunidades. Isso vale<br />

para qualquer mineradora, não obstante os rompimentos<br />

de barragens terem ocorrido em apenas duas operações<br />

apresentando seus impactos na economia e na região<br />

onde ela ocorre e seu papel para o desenvolvimento das<br />

comunidades, além de falar de segurança e inovações. E só<br />

há uma forma de realizar a ressignificação da mineração:<br />

muito diálogo e disposição e humildade para ouvir, inclusive,<br />

as opiniões contrárias ao setor mineral.<br />

de mineração de ferro. A imagem de todo o setor foi, infelizmente,<br />

afetada e as pessoas manifestam um sentimento<br />

de insegurança e desconfiança em relação à atividade<br />

mineral.<br />

AO: E como as mineradoras estão se organizando<br />

para encarar essa nova realidade, em que é preciso<br />

pensar em alternativas para lidar com os rejeitos, além<br />

de barragens?<br />

AO: Como é possível reverter a visão negativa que<br />

tem recaído sobre a mineração, em decorrência dos<br />

desastres recentes?<br />

É preciso, continuamente, lembrar a todos os públicos<br />

a importância da atividade mineradora, as evoluções no<br />

modo como é desenvolvida e como ela é essencial para a<br />

nossa vida e evolução humana. O setor de agregados para<br />

a construção civil é um excelente exemplo, pois é o que<br />

fornece os insumos para nossas casas, infraestrutura, ruas,<br />

dentre outras muitas coisas que são importantes no nosso<br />

Convém esclarecer que os rejeitos podem ser dispostos<br />

em: minas subterrâneas; em cavas exauridas de minas;<br />

em pilhas; por empilhamento a seco; por disposição em<br />

pasta; e em barragens de contenção de rejeitos. Para<br />

selecionar qual método utilizar, cada empreendimento<br />

mineral tem que analisar diversos fatores, tais como a natureza<br />

do processo de mineração; as condições geológicas<br />

e topográficas da região onde está a mina; as propriedades<br />

mecânicas dos materiais; e o risco de impacto ambiental<br />

de contaminantes dos rejeitos.<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


22<br />

O uso de barragens é e ainda será necessário para a Ela é a base de diversas cadeias produtivas. Recentemente,<br />

mineração no Brasil e em várias partes do mundo. São<br />

uma mineradora exibiu em sua apresentação institu-<br />

estruturas que têm que ser analisadas caso a caso porque cional que ela tem cadastrados mais de 8 mil empresas<br />

são diferentes entre si. Os rejeitos e porventura outros em sua cadeia produtiva. Então, se projetarmos isso para<br />

materiais depositados têm composição diversa, enquanto todo o setor mineral, temos que nossa indústria contribui<br />

os terrenos onde estão construídos também têm características<br />

decisivamente para gerar negócios e empregos em uma<br />

próprias. Ou seja, são muitas variáveis para se levar série de outras indústrias, no atacado, no varejo, no setor<br />

em conta antes de se tomar decisões que, por desconhecimento<br />

de serviços. Este é um exemplo da força e da importância<br />

técnico, podem prejudicar muito os processos do setor mineral e isso tem que ser constantemente mos-<br />

produtivos. A segurança é um fator preponderante, sem trado à sociedade. A Exposibram e o Congresso Brasileiro<br />

dúvida alguma e, portanto, a gestão deve ser constantemente<br />

de Mineração, que acontecem simultaneamente, são os<br />

aperfeiçoada.<br />

palcos para isso e também para o setor mineral, incluindo<br />

As alternativas às barragens não podem ser aplicáveis as companhias da cadeia produtiva, discutirem os planos<br />

indiscriminadamente. Além disso, podem gerar outras para o futuro, em aderência com as expectativas dos mercados<br />

questões. Exemplo é o empilhamento a seco. Uma grande<br />

e do público em geral.<br />

operação mineral gera uma montanha de rejeitos e ventos<br />

e chuvas fortes vão causar problemas que podem afetar as AO: Por fim, quais as principais perspectivas para o<br />

comunidades e o meio ambiente.<br />

setor de mineração?<br />

As perspectivas são de melhoria gradual nos anos seguintes,<br />

AO: Como o Ibram está atuando nisso?<br />

pelo menos até 2022. Com a aprovação da refor-<br />

Ciente dessas questões, o Ibram estabeleceu um calendário<br />

ma previdenciária pela Câmara dos Deputados, em julho, a<br />

de ações, que estão em estruturação e implan-<br />

sinalização é positiva para a atração de mais investimentos,<br />

tação desde os primeiros meses de 2019. A entidade tem a despeito da persistência de um cenário de insegurança<br />

promovido intercâmbio de informações com fornecedores jurídica que dificulta negócios, não apenas na mineração.<br />

em busca de alternativas tecnológicas e factíveis para a A indústria da mineração também está renovando seus<br />

gestão e o manejo de rejeitos, além de incentivar o trabalho<br />

processos produtivos, aceleradamente, para promover<br />

de startups, por meio do Mining Hub, situado em Belo transformações de modo a atender às demandas da so-<br />

Horizonte (MG). Trata-se de um espaço aberto para inovação<br />

ciedade por uma atividade mais segura operacionalmente.<br />

que reúne startups, mineradoras de vários segmentos, Esta atitude vai resultar em maior aceitação e confiança<br />

fornecedores e outros atores. Dali já surgem os primeiros no setor e, certamente, vai impulsionar investimentos e<br />

projetos que podem prestar imensa contribuição para o negócios.<br />

setor mineral avançar substancialmente na questão dos A cadeia produtiva dos agregados para a construção<br />

rejeitos minerais.<br />

civil tem perspectivas positivas na retomada gradual das<br />

Além disso, realizamos há poucas semanas, com o obras de infraestrutura, uma vez que o país saneia suas<br />

Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Minas<br />

contas e deverá ter caixa para investir diretamente e tam-<br />

Gerais, um evento em que cerca de 40 empresas do bém para formar parcerias com a iniciativa privada nesse<br />

Brasil e de outras partes do mundo puderam apresentar sentido.<br />

às mineradoras suas propostas para a gestão, o manejo Mas há fatores para os quais todas as empresas de<br />

e também o reaproveitamento dos rejeitos minerais. O mineração e das respectivas cadeias produtivas têm que<br />

Instituto fez esta aproximação para que cada mineradora ficar atentas e agir para evitar que diversas propostas legislativas,<br />

e os fornecedores possam estreitar relações comerciais e<br />

em âmbito estadual e federal, principalmente,<br />

avaliarem, juntos, o que pode ser feito nessa área. Vamos sejam aprovadas da forma como foram redigidas porque<br />

dar sequência a isso na Exposibram, que será realizada de penalizam severamente a atividade mineral como um<br />

9 a 12 de setembro, em Belo Horizonte.<br />

todo, desde a elevação da taxação e da tributação até o<br />

aumento de burocracia e custos, o que irá prejudicar as<br />

AO: Como a Exposibram poderá contribuir com o empresas. O Ibram já está atuando nesse sentido e arregimentando<br />

cenário atual da mineração?<br />

apoio das mineradoras e também das compa-<br />

A mineração não age e não pode agir de forma isolada. nhias das cadeias produtivas.<br />

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ESPAÇO ABIMEX<br />

24<br />

ABIMEX E SINDEX<br />

TRABALHANDO PELO<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

DA CADEIA DE<br />

EXPLOSIVOS<br />

Entidade prepara Congresso e Feira da Cadeia de Explosivos - BLASTECH<br />

Não é de hoje que como presidente do Sindex (Sindicato<br />

das Indústrias de Explosivos no Estado de São Paulo),<br />

venho chamando atenção para o fato da economia brasileira<br />

continuar se desindustrializando. Em função disto,<br />

o Sindicato, em parceria com a Associação Brasileira das<br />

Indústrias de Materiais Explosivos e Agregados (Abimex),<br />

criou o Grupo Reindustrialização (GR), que reúne empresas,<br />

profissionais, acadêmicos e órgãos governamentais<br />

para discutir políticas de desenvolvimento baseadas na<br />

recuperação da indústria nacional.<br />

É interessante ressaltar que a decisão de criar a Abimex,<br />

em 2017, foi justamente para dar mais dinamismo à<br />

Cadeia dos Explosivos. Graças a criação da Abimex, hoje o<br />

Sindex pode planejar, fóruns, debates e workshops, pode<br />

formalizar ciclos de plenárias temáticas e desenvolver<br />

cursos de formação específicos para os fabricantes de<br />

explosivos.<br />

Inclusive, já estão programados para 2020, o Congresso<br />

e Feira da Cadeia dos Explosivos, que serão realizados<br />

em conjunto com o ISEE, dos Estados Unidos, entidade<br />

parceira do Sindex/Abimex, e com a Universidade Federal<br />

do Rio Grande do Sul, que detém tecnologia na formação<br />

de profissionais do segmento da indústria de explosivos.<br />

Ainda buscando fortalecer o trabalho realizado, o Sindex<br />

nomeou como diretor Técnico, Sidnei de Oliveira, com<br />

27 anos de experiência na indústria de explosivos Civis e<br />

longa carreira de sucesso na Orica Brasil. Entre as atribuições<br />

desta Diretoria Técnica está a interlocução do Sindex<br />

e Abimex, que são as únicas entidades que representam os<br />

fabricantes de explosivos e sua cadeia produtiva, com empresas<br />

privadas e órgãos governamentais, sempre focadas<br />

no fomento de atividades que visem a modernização e a<br />

evolução dos explosivos no Brasil.<br />

É fundamental uma atuação forte do Sindex em prol<br />

dos fabricantes, uma vez que enquanto em outros países<br />

os produtos explosivos para uso civil não estão sob controle<br />

direto de alguma organização policial ou militar, o Brasil<br />

tem uma das regulações mais restritivas do mundo, com<br />

um volume enorme de normas no trato com os explosivos.<br />

A mineração junto com a indústria de agregados são<br />

os maiores utilizadores de explosivos do país, e temos que<br />

mostrar para a sociedade a necessidade de produzir os<br />

materiais e insumos para a construção civil, infraestrutura,<br />

agricultura entre outras atividades.<br />

Todos estão cientes de que a produção mineral, e a<br />

execução de obras de engenharia somente são possíveis<br />

com a utilização de explosivos e sistemas de detonação.<br />

É desse produto que estamos falando e não de um<br />

produto destinado a vandalismo e destruição.<br />

* Ubirajara D’Ambrosio é Mestre em Mercadologia credenciado pelo MEC /Min. Trabalho, especializado em Economia<br />

para Negócios pela Cornell University, tendo ainda curso de Ciências Econômicas pela PUC-SP e Tecnologia Elétrica<br />

pelo Mackenzie. Construiu sua carreira atuando como CEO de diversas multinacionais, tendo grande experiência em<br />

processos de reengenharia, terceirização, planos estratégicos e potencialização de lucros e revitalização de negócios<br />

e empresas, desempenhando participações em várias cisões, fusões, incorporações e outros tipos de acordos entre<br />

empresas. No segmento de explosivos industriais, atuou como Diretor Comercial da IMBEL. É membro do COMIN - Comitê<br />

da Cadeia Produtiva da Mineração da Fiesp; Conselheiro da Comissão de Produtos Controlados do DFPC; Diretor do<br />

COMDEFESA/DESEG; Membro da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, CSPCCO da<br />

Polícia Federal. Desde 2004 preside o SINDEX – Sindicato da Indústria de Explosivos no Estado de São Paulo e desde<br />

2017 é o atual presidente da ABIMEX – Associação Brasileira das Indústrias de Materiais Explosivos e Agregados.<br />

Contato: ubirajara@abimex.ind.br<br />

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EQUIPAMENTOS 1<br />

ESPECIAL BRITAGEM<br />

26<br />

BRITADORES INTELIGENTES REDUZEM CUSTOS E<br />

AUMENTAM PRODUÇÃO COM MAIOR EFICIÊNCIA<br />

ENERGÉTICA NAS PLANTAS DE AGREGADOS<br />

Fabricantes de britadores buscam atender o mercado na busca por<br />

competência técnica, automatização e inovação nos processos das plantas de<br />

britagem e peneiramento<br />

Britadores são equipamentos primordiais na produção são definidos o tamanho e o formato delas.<br />

de agregados à base de rochas. A britagem é o primeiro Muito além do objetivo principal, a evolução dos britadores<br />

priorizou três elementos principais nas últimas dé-<br />

passo do processo de fragmentação das rochas, no qual<br />

cadas: redução de custos, aumento de produção e maior<br />

eficiência energética. Para isto, as fabricantes têm apostado<br />

na oferta de tecnologias cada vez mais inteligentes.<br />

A Weir Minerals, por exemplo, se uniu à Microsoft e<br />

à Dell para desenvolver a Synertrex®, uma plataforma de<br />

monitoramento e análise inteligente que tem como objetivo<br />

melhorar a compreensão e o levantamento de dados<br />

sobre os equipamentos da marca.<br />

Com o Synertrex®, o cliente pode gerenciar remotamente<br />

a manutenção dos britadores, monitorando<br />

fatores como desgaste e a necessidade de reparos.<br />

Além disso, a solução também avalia o desempenho do<br />

equipamento, incluindo possíveis melhorias, como a otimização<br />

da eficiência energética ou do rendimento do<br />

mesmo. “O conceito principal que passamos ao cliente<br />

é a confiabilidade dos nossos produtos, seja pela robus-<br />

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tez, características de fabricação ou correta aplicação,<br />

proporcionando alta disponibilidade, produção, retorno<br />

do investimento e, consequentemente,<br />

lucro”, diz Luiz Carlos Naves, Engenheiro<br />

de Vendas para Equipamentos da<br />

Weir TRIO (divisão de britagem<br />

e Cominuição do Grupo).<br />

Segundo ele, a companhia<br />

tem como foco<br />

oferecer ao mercado equipamentos<br />

cada vez<br />

mais modernos e<br />

adequados à realidade<br />

das plantas. “Além<br />

de contarem com a<br />

tecnologia Synertrex®,<br />

nossos britadores são totalmente instrumentados, com<br />

sistema de lubrificação avançados como padrão e sistemas<br />

hidráulicos de alívio e ajustes. Vale ressaltar que estes<br />

sistemas podem ser totalmente integrados, com sensores<br />

montados nos britadores que monitoram vibração, movimento,<br />

temperatura, vazão e pressão, para fornecer<br />

informações completas a respeito do desempenho”, complementa<br />

Naves.<br />

Entre os modelos mais recentes da fabricante está a<br />

linha de britadores cônicos de alta performance, denominada<br />

TRIO® TP (Top Performance). Compactos e robustos,<br />

os equipamentos foram construídos com tecnologia avançada<br />

de automação para garantir desempenho contínuo<br />

e versatilidade de aplicação. Todos os britadores cônicos<br />

Trio® TP apresentam um ângulo de câmara de britagem<br />

íngreme, um grande curso de britagem e velocidade ideal<br />

para fornecer um produto mais fino, por meio do aumento<br />

da trituração de partículas. Considerando a importância da<br />

eficiência energética e da redução de custos operacionais,<br />

a linha conta com a opção de acionamento<br />

direto, que pode ser combinado<br />

com uma unidade de frequência<br />

variável para otimizar o desempenho<br />

do britador, resultando<br />

em significativa economia de<br />

energia.<br />

Naves destaca que a<br />

Weir está alinhada com as<br />

novas necessidades do<br />

mercado: os desafios<br />

econômicos do país,<br />

que resultaram em cortes<br />

de custos nas empresas, despertaram a procura por<br />

competência técnica, automatização e inovação nos processos<br />

das plantas de britagem e peneiramento. “O uso da<br />

tecnologia contribui para que os equipamentos trabalhem<br />

na faixa de melhor performance, sempre ajustados e regulados<br />

conforme preestabelecido, com câmaras de britagem<br />

cheias e monitoramento contínuo dos esforços de<br />

britagem, permitindo alcançar o máximo de desempenho<br />

durante todo o processo”, conclui.<br />

Essa preocupação também está presente na Metso,<br />

fornecedora global de tecnologias e serviços para os<br />

setores de mineração e construção. Desde a concepção<br />

do projeto, os britadores da marca contam com as mais<br />

avançadas tecnologias disponíveis para a engenharia de<br />

materiais e de cálculos de elementos finitos. “Além disso,<br />

contamos hoje com dispositivos de controle eletrônico e<br />

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28<br />

automação, que conferem maior disponibilidade, produtividade<br />

e eficiência energética”, conta o Hugo Athayde, a qualidade dos agregados produzidos.<br />

portanto, o custo por tonelada processada e melhorando<br />

Coordenador de Vendas da empresa.<br />

No que diz respeito à automação inteligente, Athayde Metso apresenta novo britador MX<br />

detalha que a Metso possui soluções exclusivas desenvolvidas<br />

para equipar as máquinas com o que há de mais A família de britadores MX é uma das mais recentes<br />

avançado no mercado. “Temos soluções que vão desde o da Metso e promete revolucionar o processamento de<br />

simples monitoramento dos sinais do equipamento, de minerais. O nome, inclusive, não foi escolhido por acaso.<br />

forma isolada, até o controle automático total da operação Trata-se da combinação do M, de multi, e do X, de action<br />

da planta completa, integrando vários equipamentos, com (em inglês o som do X é predominante), que se referem a<br />

diagnósticos e relatórios de manutenção e monitoramento<br />

remoto por recursos de computação em nuvem. Nossa do mundo que combina a presença de bojo e pistão numa<br />

característica de multiação: o MX é o único britador cônico<br />

engenharia é capaz de desenhar a solução de automação só máquina. Segundo a Metso, a solução representa um<br />

adequada para cada necessidade”, diz.<br />

salto gigantesco na rentabilidade ao reduzir 10% dos custos<br />

É importante lembrar que as tecnologias de controle e operacionais e favorecer um tempo de atividade 10% mais<br />

automação permitem que o equipamento trabalhe o mais alto comparado com os britadores de cone tradicionais.<br />

próximo possível do seu limite de capacidade, a maior Ela foi projetada, inclusive, para atender as condições mais<br />

parte do tempo. Isso reflete em maior volume processado exigentes de rochas e aplicações críticas de agregados.<br />

e aumento do rendimento dos equipamentos, com o mesmo<br />

recurso material e energético empregado, reduzindo, tenteada pela Metso, é o fácil ajuste da abertura de ope-<br />

A principal vantagem da tecnologia Multi-Action, paração<br />

e a compensação do desgaste do revestimento sem<br />

interromper o processo de britagem. Tudo isto pode agora<br />

ser combinado com uma vida de desgaste mais ampla e<br />

uma melhor proteção mecânica. Os modelos da nova linha<br />

também oferecem melhor abertura para liberação de<br />

passagem com alta proteção contra objetos não britáveis<br />

e sobrecargas. O britador pode utilizar até 70% das novas<br />

peças de desgaste e, graças ao desenho inteligente dele,<br />

as características de qualidade de todas as frações de produto<br />

final permanecem consistentes ao longo de toda a<br />

vida útil das peças de desgaste.<br />

Por fim, a multinacional finlandesa destaca que os<br />

britadores MX são bem inteligentes. O “cérebro” do equi-<br />

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29<br />

pamento é o sistema IC60C, que faz a gestão dos dados automaticamente à operação normal na mesma abertura<br />

ajustada anteriormente.<br />

enviados por vários sensores do britador. São esses dados<br />

que permitem que a máquina opere sempre no limite máximo<br />

e aferem as condições dos componentes em tempo Hydra-Jaw permite retornar à operação em menos de<br />

Por último, o sistema de esvaziamento de câmara<br />

real. É como se o britador tivesse vários operadores e, 15 minutos após uma parada de emergência. “Através<br />

na verdade, ele tem. A diferença é que esses operadores de botões, o sistema hidráulico 'brita' qualquer material<br />

virtuais informam sobre o melhor momento de se fazer remanescente na câmara, evitando que materiais superdimensionados<br />

sigam o fluxo da planta. Tudo isso de<br />

uma intervenção de manutenção, reduzindo as paradas<br />

desnecessárias por falhas no sistema.<br />

forma altamente segura, sem a necessidade de intervenções<br />

mecânicas diretas na câmara do britador, seguindo<br />

Astec aposta em sistemas hidráulicos<br />

a operação como se nada houvesse ocorrido”, finaliza<br />

Oliveira.<br />

As tecnologias presentes nos britadores do Grupo<br />

Astec têm como foco garantir dois aspectos<br />

importantes: a segurança, tanto do operador<br />

quanto do equipamento, e a produtividade.<br />

A linha de britadores de mandíbulas Hydra-<br />

-Jaw Telsmith reúne algumas funcionalidades,<br />

como: placa de proteção para evitar<br />

desgaste do queixo; sistema balanceado<br />

para reduzir cargas dinâmicas na estrutura<br />

de sustentação; carcaça projetada por<br />

meio da análise de elementos finitos,<br />

com processo de alívio de tensão na fabricação<br />

para alta robustez e confiança;<br />

e sistema único de abanadeira hidráulica<br />

que visa reduzir a necessidade de manutenção<br />

e paradas para ajuste.<br />

Esta última funcionalidade, na verdade,<br />

está dividida em três: sistema de<br />

ajuste hidráulico, sistema hidráulico de<br />

alívio e sistema hidráulico de esvaziamento da câmara.<br />

“No primeiro caso, o operador pode ajustar a abertura<br />

do britador em segundos, utilizando o painel de controle<br />

da unidade hidráulica, eliminando a necessidade do ajuste<br />

de molas ou ferramentas. Quando comparado ao tradicional<br />

ajuste por calços, esta característica elimina mais de 1h<br />

de tempo inativo do equipamento em cada processo de<br />

ajuste. O ajuste pode ser realizado frequentemente, mantendo<br />

a abertura ideal para cada estágio de britagem e<br />

assegurando a produtividade de toda a planta”, diz André<br />

Iris de Oliveira, Engenheiro de Aplicação da Astec.<br />

O sistema hidráulico de alívio, por sua vez, foi projetado<br />

para prevenir falhas do equipamento e altos custos<br />

de reparo, protegendo o britador contra materiais não<br />

britáveis. O sistema automaticamente identifica uma condição<br />

de sobrecarga, promovendo a abertura do britador<br />

e a passagem do material não britável. O britador retorna<br />

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30<br />

Metso dá dicas para reduzir o custo de energia elétrica na britagem de agregados<br />

A energia elétrica é um insumo de atenção para os produtores de agregados: hoje, ela responde em torno de 10% do custo total de produção da<br />

brita. A notícia preocupante é que existe uma tendência de aumento nas tarifas. No estado de São Paulo, por exemplo, ela aumentou 83% entre 2013<br />

e 2018. A solução? Focar na redução e na otimização energética.<br />

Pensando nisto, a Metso criou um guia rápido com dez orientações ou dicas de melhorias, baseado em um estudo de caso que contemplou uma<br />

planta de britagem de porte médio com britador primário (C120 –200HP), secundário (HP-300 –300HP) e um terciário (HP-3 –300HP), mais transportadores,<br />

peneiras e alimentadores. Os cálculos foram feitos considerando 3.840 horas de trabalho anual.<br />

Confira as dicas abaixo:<br />

1) Adote um transformador bem dimensionado: o estudo de caso mostra um equipamento que reduz em 3% o efeito Joule, ou seja, perda de<br />

energia elétrica na forma de calor, e as quedas de tensão, justamente porque foi dimensionado corretamente. Considerando uma operação anual<br />

com 3.840 horas, é possível economizar R$ 54,7 mil reais.<br />

2) Faça a correção do fator de potência: quando corrigido, ele também impacta no rendimento do transformador, evitando perdas que podem<br />

chegar a 3% ou mais, além de evitar outros problemas como o aumento da corrente reativa, queda de tensão acentuada, perda de energia elétrica<br />

na forma de calor (efeito Joule) e diminuição da eficiência energética da instalação.<br />

3) Observe a queda de tensão em cabos de força: o dimensionamento incorreto de cabos de força pode aumentar muito o custo da instalação<br />

elétrica quando superdimensionado. Porém, se for subdimensionado provocará perdas por aquecimento e outros inconvenientes. No estudo de caso<br />

da Metso, a economia nessa etapa pode ser de R$ 86,4 mil anual, considerando que a planta operou 80% do tempo disponível e com uma queda de<br />

tensão de 10% em vez dos 3% admissíveis. O processo analisou a britagem, peneiramento e transportadores.<br />

4) Utilize motores de alto rendimento: eles diminuem o consumo de energia elétrica, podendo chegar a uma redução de 2%. Com 3.840 horas<br />

por ano e um valor estimado de tarifa de R$ 0,57 kWh, a economia anual do estudo de caso seria de R$ 36,5 mil. Vamos focar num só modelo de 300<br />

HP, trabalhando 16 horas por dia? A economia anual seria de quase R$ 9 mil somente com aumento de 2% de rendimento, passando para 94,5%.<br />

5) Atente para a variação de velocidade x potência consumida: variar a velocidade de motores de grande porte e dos transportadores pode<br />

maximizar a economia, podendo chegar a 50%. Somente a otimização do fluxo magnético do. motor pode gerar economias de 1% a 20%, dependendo<br />

do comportamento do torque e da velocidade da carga. Essa otimização acontece com a redução do consumo total de energia e do nível de<br />

ruído numa situação em que o inversor opera abaixo da carga nominal.<br />

6) Analise o projeto do painel de força: quando projetado e documentado corretamente, ele tem um impacto significativo no custo operacional<br />

de uma planta. Em função do dimensionamento correto dos componentes, ele evita paradas. Quando a parada é inevitável, um painel bem projetado<br />

e documentado permite solucionar o problema entre 10 e 30 minutos. Compare: em painéis antigos, desorganizados e sem projeto, o processo<br />

pode variar de 1 a 4 horas ou mais.<br />

7) Use motorredutores: a energia gasta com transportadores de correia numa planta de britagem representa cerca de 25% do consumo total da<br />

planta. A meta é substituir sistemas antigos por motorizações com motorredutores. Eles apresentam maior rendimento e podem reduzir o consumo<br />

de energia entre 3% e 5%. E mais: os ganhos adicionais incluem maior segurança operacional e o aumento da disponibilidade dos equipamentos.<br />

8) Pense na substituição de britadores: um britador vertical na posição terciária, por exemplo, pode ser substituído com grande economia de<br />

energia por um rebritador de cone. Quanto mais dura for a rocha, maior a economia na substituição. No estudo de caso da Metso, a economia de<br />

energia (estimada) anual seria de R$ 141,2 mil.<br />

9) Atenção para os drivers: o inversor de frequência pode gerar economia e melhorar o processo. Usado no controle de alimentação de britadores,<br />

ele leva ao aumento de produtividade, focando no acionamento de motores de grande porte tanto nos britadores como nos transportadores.<br />

Já o soft starter é aplicado em motores com potência maior que 50 HP ou em casos em que é necessário um controle específico na partida de<br />

britadores e transportadores.<br />

10) Use novas tecnologias: a utilização de relês inteligentes permite o monitoramento da potência consumida do motor, enquanto medidores de<br />

energia viabilizam o acompanhamento do consumo com maior precisão. São recursos atuais e devem ser adotados.<br />

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AGREGA-MARKET/ENTREVISTA 2<br />

32<br />

PAVING EXPO<br />

& CONFERENCE<br />

MOVIMENTOU<br />

POSITIVAMENTE A<br />

CADEIA PRODUTIVA<br />

DE PAVIMENTAÇÃO<br />

"Além de apresentar soluções<br />

inovadoras e lançamentos para<br />

o mercado de pavimentação, o<br />

evento também proporcionou<br />

assuntos que norteiam o segmento<br />

de pavimentação por meio de<br />

workshops e seminários técnicos"<br />

Guilherme Ramos<br />

Quando encontramos ruas e estradas com muitos<br />

buracos, que afetam a vida cotidiana das pessoas e acarretam<br />

prejuízos, a sensação que temos é de que a culpa<br />

decorre apenas da qualidade da matéria-prima aplicada,<br />

seja asfalto ou concreto. Mas a verdade é que existem outras<br />

variáveis que são tão importantes quanto os insumos<br />

neste processo de pavimentação e passam por fatores<br />

como o tipo de equipamento utilizado, procedimento<br />

adotado e o critério técnico. Em entrevista exclusiva para a<br />

Revista Agregados Online, Guilherme Ramos, Engenheiro e<br />

Diretor da STO Feiras e Eventos, empresa responsável pela<br />

organização da Paving Expo & Conference, comenta sobre<br />

todos estes aspectos relacionados ao setor, bem como o<br />

que ainda podemos esperar nesta área para 2019.<br />

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33<br />

AO: Qual a sua avaliação sobre o mercado de<br />

pavimentação nos últimos anos e especialmente para<br />

2019?<br />

O mercado de pavimentação vem realizando investimentos<br />

para oferecer soluções em equipamentos,<br />

tecnologia, produtos e materiais eficientes para atender<br />

a demanda de ruas e estradas do país. No entanto, em<br />

decorrência da atual conjuntura econômico vivenciada no<br />

Brasil, os investimentos nesse segmento continuam tímidos<br />

ante o desafio de melhorar a infraestrutura viária e<br />

rodoviária. A recente pesquisa da Confederação Nacional<br />

dos Transportes sobre que as condições gerais das rodovias<br />

brasileira melhoraram um pouco, mas a situação do<br />

pavimento continua apresentando índices de deficiência<br />

na casa dos 50%.<br />

ainda é tida como de baixa qualidade?<br />

As companhias envolvidas nesse segmento conhecem<br />

profundamente o que precisa ser feito, mas é preciso<br />

haver um trabalho em conjunto com a iniciativa pública<br />

para resultar em uma decisão assertiva sobre quais matérias-primas,<br />

equipamentos e metodologia devem ser<br />

utilizadas em cada situação. Uma questão fundamental é o<br />

conhecimento sobre esse mercado. Infelizmente, quando<br />

se vê nas ruas e estradas tantos buracos, a sensação é de<br />

que a culpa decorre apenas da qualidade da matéria-prima<br />

aplicada, mas, a verdade é que outras variáveis são<br />

importantes no processo de pavimentação, como o tipo<br />

de equipamento, o procedimento e critério técnico selecionados<br />

pela empresa contratada pelo órgão público local<br />

para a execução do serviço.<br />

AO: Como vocês avaliam a relação do mercado de AO: De que forma que a Paving Expo contribuiu<br />

pavimentação com o setor de agregados?<br />

positivamente com este cenário?<br />

O setor de agregados é extremamente importante A Paving Expo teve a proposta de ser um evento diferenciado,<br />

para o mercado de pavimentação. Sem o agregado não há<br />

ao englobar tudo o que está relacionado ao setor.<br />

pavimento, uma vez que eles funcionam como um meio Além de apresentar soluções inovadoras e lançamentos<br />

de ligação para formação de materiais compostos, como em produtos da cadeia produtiva da pavimentação, também<br />

betumes e concreto de cimento, sendo, então, determinantes<br />

proporcionou um debate dos assuntos mais impor-<br />

para a qualidade do material que será empregado tantes que norteiam o segmento bem como workshops e<br />

em um processo de pavimentação.<br />

seminários técnicos para a atualização de conhecimento<br />

por parte de profissionais.<br />

AO: É possível estabelecer um tripé conectando<br />

agregados-pavimentação-qualidade do produto final? AO: Sendo o agregado um elemento praticamente<br />

Sim, porque os agregados influenciam a capacidade de fundamental para a pavimentação de vias, o que a<br />

transferência de carga dos pavimentos. Existe uma grande<br />

Paving Expo trouxe especificamente como conteúdo<br />

variedade de agregados que podem ser utilizados em dedicado à indústria de agregados?<br />

revestimentos asfálticos, por isso é importante conhecer A Paving Expo & Conference reuniu dois eventos de<br />

bem as características de cada agregado, a fim de aplicá- conteúdos ligados direta ou indiretamente ao segmento<br />

-los de acordo com a finalidade da obra.<br />

de agregados: o “Workshop do Asfalto” e o “Seminário de<br />

Solos e Asfaltos”. O primeiro deles abordou a caracterização<br />

AO: Como as novas tecnologias contribuem para<br />

e seleção de ligantes e misturas asfálticas sob a ótica<br />

a o desenvolvimento da qualidade das operações de do desempenho; o uso de fresado com agente rejuvenescedor<br />

pavimentação?<br />

em rodovias com elevado volume de tráfego; e o uso<br />

O desenvolvimento de novas tecnologias é essencial do sistema Strata, da Betunel, como membrana asfáltica<br />

para melhorar a eficiência, a qualidade, a dureza, a resistência<br />

antifratura), resistente à propagação de trincas. Já o “Se-<br />

e a durabilidade do pavimento, além de aumentar a minário de Solos e Asfaltos”, foi divido em quatro temas<br />

produtividade de toda a operação. O Evotherm, por exemplo,<br />

principais: a influência dos ligantes no desempenho da<br />

possibilita a elevação da adesividade do asfalto com o mistura asfáltica; nanotecnologia na estabilização de solos<br />

agregado, resultando em uma superfície mais homogênea, tropicais “in situ”; gás GLP, suas aplicações e benefícios em<br />

além de proporcionar uma maior resistência ao tráfego de usinas de asfalto e sistemas de monitoramento remoto<br />

veículos.<br />

de funcionamento SM Connect; e o uso de solos plásticos<br />

AO: Ainda falando sobre qualidade, por que a estabilizados quimicamente com DYNABASE, para uso em<br />

pavimentação realizada corriqueiramente nas cidades camada de base em uma estrutura do pavimento.<br />

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PRODUTIVIDADE 1<br />

34<br />

EFICIÊNCIA NOS PONTOS DE TRANSFERÊNCIA<br />

DO TRANSPORTADOR DE CORREIA É ESSENCIAL<br />

PARA GARANTIR A PRODUTIVIDADE<br />

Conheça as soluções utilizadas nos pontos de transferência, para manter o<br />

transporte de material a granel mais limpo, eficiente e seguro<br />

A qualidade do transporte de materiais sobre correia sem considerar o prejuízo devido aos danos nos equipamentos<br />

influencia, diretamente, na eficiência produtiva das pedreiras.<br />

e ambientais que isto pode causar”, diz.<br />

O que nem sempre é levado em consideração é Segundo ele, entre os danos mais comuns neste processo,<br />

que uns dos grandes responsáveis pelo sucesso geral do<br />

estão:<br />

transporte são os pontos de transferência – locais em que 1. Fuga de material, que pode causar estragos na correia<br />

o agregado é carregado ou descarregado.<br />

ou acelerar o desgaste dela, bem como gerar desgaste<br />

Em termos práticos, quando o material é mal carregado<br />

excessivo nas paredes do chute, avarias em roletes e no<br />

ou escapa, o transportador pode sofrer sérios danos tambor de retorno, e aumento de consumo de energia<br />

em sua estrutura e na correia. Em ambos os casos, isso devido ao travamento dos componentes;<br />

resultará na redução da eficiência produtiva, gerando um 2. Carregamento descentralizado, que gera desalinhamentos<br />

aumento nos custos de operação e manutenção. Para se<br />

na correia, desgaste irregular na parede do chute,<br />

ter uma ideia, cerca de 85% dos gastos com a manutenção danos na correia devido a entrada excessiva de material<br />

de uma correia transportadora são provenientes de material<br />

entre a chapa de desgaste e a correia, e desgaste acelera-<br />

fugitivo.<br />

do da vedação lateral;<br />

Quem chama a atenção para este fato é Marco<br />

3. Chutes e calhas guias mal dimensionadas, re-<br />

Antônio Monica, Coordenador de Engenharia da sultando no excesso de pó em suspensão no ambiente,<br />

Martin Engineering. “Cada grama de material que não entupimentos, falhas de vedação com a correia e queda<br />

está sobre a correia transportadora, isto é, que foi deixado do material para fora do transportador antes de sua acomodação.<br />

pelo caminho, deve ser considerado como dinheiro que o<br />

cliente gastou para extrair ou comprar este material, mas Pensando em minimizar estas questões, a<br />

não irá receber o equivalente em decorrência dessa perda, Martin Engineering tem enraizada em suas características<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


35<br />

a busca por novas tecnologias e soluções para<br />

manter o transporte de material a granel mais limpo,<br />

eficiente e seguro. Entre os principais produtos<br />

oferecidos pela empresa, destacam-se os raspadores<br />

de correias, utilizados nos pontos de transferência<br />

de carregamento para evitar que o material<br />

retorne agregado; as mesas de impacto, utilizadas<br />

na zona de carregamento de material; as mesas<br />

de vedação, utilizadas na zona de acomodação do<br />

material; e as caixas traseiras, utilizadas na parte<br />

traseira do chute de carregamento, com o objetivo<br />

de evitar a fuga de materiais e particulados na cauda<br />

do transportador de correia. Outras soluções,<br />

como vedação lateral, limpadores, calhas guias,<br />

chapas de desgaste e autoalinhadores completam<br />

o portfólio da companhia.<br />

“Todos os nossos equipamentos são projetados<br />

e dimensionados em software 3D. Durante<br />

o modelamento, são avaliados encaixes entre as<br />

peças para que, durante a fabricação, a tolerância<br />

dimensional seja facilmente atingida e, ao aplicar<br />

um balanceamento de solda ideal, as estruturas<br />

sejam flexíveis o suficiente para absorver impactos<br />

e resistentes para que não se rompam”, finaliza<br />

Marco Antônio Monica.<br />

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36<br />

Mineratec aposta no monitoramento do processo do sucesso neste segmento em que o custo do nosso produto<br />

cliente de ponta a ponta<br />

em relação à produção da planta se tornou altamente vantajoso.<br />

Nossa linha possui também vibradores industriais<br />

A Mineratec, empresa localizada em Diadema (SP), elétricos ou pneumáticos que auxiliam no fluxo do material<br />

que nasceu da união de profissionais com conhecimentos<br />

específicos nas áreas relacionadas à fabricação e enfatizando que, como diferencial, a Mineratec oferece o<br />

e eliminam entupimentos”, complementa o especialista,<br />

à aplicação de equipamentos acessórios para correias monitoramento do processo do cliente de ponta a ponta.<br />

transportadoras, especialmente voltadas para pontos de A companhia entende, por exemplo, que além de comercializar<br />

os produtos para tornar os pontos de transfe-<br />

transferência. “Oferecemos soluções de contenção de<br />

material, passando pela carga e descarga da correia. Na rência mais efetivos, é preciso estar ao lado do cliente para<br />

carga, somos especialistas em aplicações de sistemas de a realização de ações para manutenção dos equipamentos<br />

em plenas condições de uso.<br />

Além da ficha técnica e manuais de instalação, os usuários<br />

podem contar com serviços especializados de inspeção,<br />

instalação e manutenção dos componentes, inclusive<br />

quanto ao controle de pó e adequação a NR-12, norma que<br />

regulamenta a segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.<br />

“Temos também um programa de capacitação<br />

que é realizado por meio de treinamentos sobre os principais<br />

equipamentos, no qual explicamos a importância de<br />

cada um deles e como eles devem ser selecionados, bem<br />

como para os demais acessórios que ajudam a melhorar a<br />

eficiência dos transportadores de correia”, diz Ortiz.<br />

vedações laterais, que buscam conter o material no momento<br />

em que ele está sendo carregado, passando por Rapthor prioriza a segurança dos clientes em seus<br />

mesas de impacto e/ou vedação que proporcionam uma<br />

produtos e serviços<br />

superfície apoiada e amortecida para o recebimento do<br />

material, o que preserva consideravelmente a vida útil da A Rapthor, empresa que atende as demandas do<br />

correia transportadora”, diz Marcos Visentim Ortiz, Gerente<br />

Executivo da Mineratec.<br />

pó, bem como material fugitivo em transportadores de<br />

mercado no que diz respeito à contenção e supressão de<br />

Já na descarga do material, Ortiz destaca que a companhia<br />

oferece diversos sistemas de raspadores de correia ao priorizar o atendimento técnico e a oferta de treina-<br />

correias, também atua na mesma linha que a Mineratec<br />

com excelente custo-benefício. “Temos diversos cases de mentos voltados para a manutenção. “Grande parte dos<br />

equipamentos que fornecemos são itens de desgaste,<br />

que necessitam de regulagem periódica. Por isso, oferecemos<br />

atendimento técnico para garantir a eficiência dos<br />

produtos, mediante a solicitação do cliente”, explica Felipe<br />

Paixão Gonçalves, Sócio Proprietário da Rapthor.<br />

Outra preocupação da companhia é a segurança dos<br />

profissionais que atuam nas pedreiras. Tanto que eles<br />

fornecem grades de proteção e coberturas de correia que<br />

atendam às normas regulamentadoras NR-12 e NR-33<br />

e visam impossibilitar o acesso de pessoas na região de<br />

transporte. Afinal, o acúmulo de material fugitivo e sujeita<br />

ao longo do transportador de correia podem ocasionar<br />

acidentes de trabalho. “Para uma manutenção segura em<br />

transportadores de correia é imprescindível que seja realizado<br />

o bloqueio do equipamento. Na Rapthor, temos re-<br />

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37<br />

gras de ouro que devem<br />

ser cumpridas, pois, para<br />

nós, a saúde e segurança<br />

sempre vem em primeiro<br />

lugar. Em qualquer situação<br />

em que o colaborador<br />

não se sentir seguro,<br />

ele deve imediatamente<br />

procurar os profissionais<br />

de segurança do trabalho<br />

e fazer valer o seu direito<br />

de recusa ao trabalho a ele delegado”, pontua Gonçalves.<br />

Entre os destaques do portfólio da Rapthor voltados aos<br />

pontos de transferência estão os raspadores de correia da<br />

linha “S” e o sistema de abatimento de pó. Os raspadores<br />

são fabricados com estrutura robusta, lâmina única em poliuretano<br />

de alta resistência a abrasividade e com sistema<br />

de troca rápida que proporciona agilidade de manutenção<br />

e excelente eficiência de limpeza. “O sistema de funcionamento<br />

da linha “S” assegura uma correia limpa ao longo<br />

de toda extensão do retorno, diminui perdas de material e<br />

reduz consideravelmente os custos com limpeza e paradas<br />

de manutenção”, diz o Sócio Proprietário da companhia.<br />

O sistema de abatimento de pó, por sua vez, é uma<br />

alternativa no combate de poeira nos vários pontos de<br />

transferência de uma planta de mineração ou de processamento<br />

de materiais, a solução possui módulo automatizado<br />

de bombeamento que necessita apenas de<br />

energia elétrica e água em volume suficiente para atender<br />

os pontos de aspersão, de acordo com cada projeto. Ele<br />

funciona por princípio aglomerativo, ou seja, os cabeçotes<br />

de aspersão criam uma fina névoa de água que ao entrar<br />

em contato com as partículas de poeira, adquirem maior<br />

peso e retornam a pilha de material para seguir seu fluxo<br />

normal de transporte.<br />

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RCD ONLINE<br />

38<br />

RIUMA AMBIENTAL É REFERÊNCIA<br />

NACIONAL NA RECICLAGEM DE RCD<br />

Riuma Ambiental foi criada para promover um serviço confiável, eficiente e<br />

transparente no recebimento, manuseio e reciclagem de materiais inertes<br />

A a Riuma Ambiental foi fundada pelo Grupo Riuma ção com o passar do tempo, assim podem ser dispostos<br />

em novembro de 2005, em São Paulo, a princípio, para em aterro sem interferir com o solo e os lençóis freáticos.<br />

solucionar a necessidade de recuperar as áreas exploradas Este material é triado, separado, reciclado e disposto no<br />

pela atividade mineradora na pedreira.<br />

aterro, dependendo das condições em que é recebido”,<br />

Hoje a empresa oferece, além do serviço de recuperação<br />

detalha, especificando que entre eles estão os Resíduos de<br />

ambiental de áreas mineradas, um serviço premium Construção Civil e Demolição (RCD).<br />

e completo para seus clientes através do recebimento e “No processo de reciclagem, os resíduos descarregados<br />

reciclagem de resíduos sólidos da construção civil (RCD).<br />

na área designada passam por uma segunda triagem<br />

A unidade atua em parceria com grandes empresas do para assegurar que não haja contaminação e, ao final, são<br />

ramo e se destaca por ser a única do mercado cujo processo<br />

encaminhados para a área de britagem e classificação”,<br />

de compra do agregado reciclado é totalmente otimiza-<br />

complementa Adriana. Para o suporte de toda a logísti-<br />

do com ferramentas online, gerando um<br />

ca, a empresa conta com uma frota de<br />

processo inovador e de fácil utilização.<br />

equipamentos robusta, que inclui pás-<br />

Adriana Iudice Pagliuso, Gerente de<br />

-carregadeiras, escavadeiras, tratores de<br />

Marketing da Riuma Ambiental, explica<br />

esteira, rolos compactadores, bem como<br />

que atualmente o processo de descarte<br />

um britador móvel, peneira de classificação<br />

é o principal serviço oferecido pela empresa.<br />

e balança rodoviária.<br />

“Recebemos todos os tipos de Resíduos<br />

Como resultado, a Riuma Ambiental<br />

de Classe II B, que possuem baixa<br />

gera três tipos de materiais: o rachão<br />

capacidade de reação e não sofrem qualquer<br />

reciclado, na faixa granulométrica de 45<br />

tipo de alteração em sua composi-<br />

mm a 150 mm, que pode ser aplicado<br />

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39<br />

como bases e sub-bases, contenções, fundações e drenos;<br />

a bica corrida reciclada, na faixa granulométrica de 19 mm<br />

a 45 mm, que além de base e sub-base também pode ser<br />

usada no nivelamento de terreno; e o macadame reciclado,<br />

abaixo de 150 mm.<br />

Um dos fatores que tornam a empresa referência no<br />

mercado é que tanto o processo de compra destes agregados<br />

reciclados quanto a administração dos créditos a<br />

serem usados pelo cliente são 100% online. “Quando se<br />

fala em compra antecipada de créditos, queremos dizer<br />

a compra do volume em toneladas que o cliente pode<br />

descartar no nosso aterro. O cliente deve ter uma estimativa<br />

de quantas toneladas ele vai precisar comprar, porém<br />

caso a obra seja finalizada e ainda houver créditos, eles<br />

poderão ser redirecionados a outras obras ou até restituídos”,<br />

diz Adriana. Com esse processo, a Riuma Ambiental<br />

entrega total transparência e rastreabilidade do resíduo<br />

inerte gerado na obra do cliente, entregando uma carta de<br />

anuência dos resíduos reciclados ou dispostos no aterro<br />

ao final do processo.<br />

Desafios e perspectivas<br />

Quando questionada sobre os principais desafios<br />

encontrados no mercado para aumentar a reciclagem de<br />

RCD no Brasil, Adriana apontou que é preciso uma maior<br />

fiscalização dos poderes públicos no transporte, destinação,<br />

processamento e disposição final desses resíduos.<br />

“Nossa maior preocupação é atender todas as exigências<br />

ambientais no processo e todas as especificações técnicas<br />

na produção e uso do reciclado. Um equilíbrio entre os<br />

diversos atores deste mercado traria um aumento significativo<br />

do uso e consequentemente da sua produção”,<br />

pontuou.<br />

Outra questão abordada pela Gerente da Riuma Ambiental<br />

é que, muito embora a Resolução CONAMA 307<br />

tenha sido um marco na gestão dos resíduos da construção,<br />

ela deixou de acompanhar o desenvolvimento do<br />

segmento a partir do momento que não se adaptou as<br />

novas ferramentas de gestão dos RCD. “Não houve uma<br />

reforma profunda e consistente no texto da resolução que<br />

abarcasse as novas tecnologias na gestão destes resíduos.<br />

Outro item que é controverso no texto da resolução é o<br />

fato de todos os destinatários poderem produzir agregado<br />

reciclado. Isso dificulta o entendimento e provoca diversas<br />

falhas na regulamentação das prefeituras e dos Estados”,<br />

opina.<br />

Mesmo diante de tantos pontos que necessitam de<br />

avanço, as perspectivas da empresa para 2019 são otimistas<br />

– o crescimento na construção civil e em obras públicas,<br />

apontadas por entidades como o Sindicato da Indústria da<br />

Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e<br />

a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção<br />

(Abramat), deve gerar um aumento de vendas no<br />

segmento. Além disso, a Riuma Ambiental tem planos de<br />

estender o uso de resíduos reciclados em todas as empresas<br />

do Grupo. “Nosso departamento técnico está desenvolvendo<br />

produtos ou misturas ‘blend’ com o minério para<br />

atender as mais diversas utilizações do RCD. O desafio será<br />

grande mais o resultado será promissor”, finaliza Adriana.<br />

Área operacional da Riuma Ambiental<br />

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EQUIPAMENTOS 2<br />

PÁ CARREGADEIRA<br />

40<br />

FABRICANTES DE PÁS CARREGADEIRAS<br />

MOSTRAM QUE TAMANHO É DOCUMENTO SIM<br />

E COMBINA COM ALTA TECNOLOGIA<br />

Com diferentes portes, pás carregadeiras disponíveis no mercado aliam<br />

tecnologia, alta produtividade e redução de custos<br />

As pás carregadeiras são as principais responsáveis<br />

pelo carregamento ou movimentação de materiais nas<br />

pedreiras e canteiros de obras e ao longo do tempo ganharam<br />

um status de equipamento indispensável para<br />

a agilidade na operação, em suas diversas aplicações na<br />

construção e mineração.<br />

Atentos à necessidade de fornecer opções cada vez<br />

mais tecnológicas, os fabricantes de pás carregadeiras<br />

têm apostado em modelos que aliam alta produtividade e<br />

redução do consumo de combustível.<br />

Confira, na sequência, o que cada um deles oferece,<br />

especialmente, para o setor de agregados.<br />

viabilidade no ambiente de construção, o motor do novo<br />

modelo pode ser abastecido com metano e tem como diferencial<br />

fornecer exatamente o mesmo desempenho que<br />

o seu equivalente a diesel.<br />

Além do pioneirismo do projeto Tetra, a família de pás<br />

carregadeiras CASE, composta pelas Séries E, F e G, com<br />

potência de 137 a 320hp, são referência em engenharia<br />

inteligente e motores potentes. Para o setor de agregados,<br />

a liderança fica por conta o modelo CASE W20F, que foi<br />

CASE<br />

Em abril deste ano, a CASE Construction Equipment<br />

apresentou ao mundo o conceito inédito de pá carregadeira<br />

movida a metano.<br />

O projeto Tetra, como é chamado, foi desenvolvido<br />

em conjunto pelas equipes de design da CNH Industrial internacional<br />

e de engenharia da CASE. Refletindo a importância<br />

de combustíveis alternativos e demonstrando sua<br />

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41<br />

projetado para enfrentar as mais pesadas condições de<br />

trabalho e se destaca pela robustez, design e manutenção<br />

simples, maior liquidez e valor de revenda da categoria.<br />

A pá carregadeira 721E é outra máquina de destaque no<br />

mercado. O modelo une peso operacional de 14,8 toneladas,<br />

capacidade da caçamba de 2,5 m³ e motor CASE/FPT<br />

de 195hp, com certificação MAR I/Tier III e três curvas<br />

de potência, que possibilita adaptação à aplicação, de<br />

acordo com a necessidade da obra.<br />

Segundo Gleidson Gonzaga, Especialista em Produtos<br />

da CASE Construction Equipment para a América Latina,<br />

ambos os modelos apresentam diferenciais relacionados<br />

à produtividade, redução do custo operacional e tecnologia<br />

embarcada. “A W20F, por exemplo, é equipada com<br />

eixos para aplicação severa. Os eixos HD dianteiro e traseiro possuem limitador de patinagem, o que aumenta a produtividade,<br />

a capacidade de tração e a vida útil dos pneus. Além disso, o equipamento proporciona maior capacidade de<br />

tração em situações de pouca aderência”, diz.<br />

Ainda para o modelo W20F, a ausência de componentes<br />

eletrônicos no motor e a facilidade de manuseio são<br />

os principais itens de redução de custos de operação e<br />

manutenção. “Já a 721E conta com discos de freios que<br />

duram cerca de três vezes mais; óleo do motor, filtro do<br />

motor e filtro de ar com necessidade de troca duas vezes<br />

menor do que na versão anterior; e líquido de arrefecimento<br />

quatro vezes menor. O que representa menor custo<br />

de manutenção e maior disponibilidade de máquina”,<br />

complementa.<br />

Caterpillar<br />

Com uma linha de pás carregadeiras de porte médio com capacidade de caçambas que vão de 5 a 12 toneladas, a Caterpillar<br />

oferece configurações que são dedicadas a diversas indústrias especializadas, bem como para a movimentação<br />

de agregados. Nesta categoria, a companhia apresenta a configuração Aggregate Handler (AH) em dois modelos: a CAT<br />

962L AH, com fator de carga de 7 toneladas, e a CAT 972L AH, com fator de carga de 11 toneladas. “Além de possuírem<br />

mais contrapeso na parte traseira, o que permite com que as máquinas carreguem uma carga maior na parte frontal, os<br />

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42<br />

equipamentos foram dimensionados para que não haja<br />

problemas hidráulicos devido ao levantamento de carga<br />

adicional na caçamba. Os modelos AH estão desenhados<br />

para trabalhar com materiais soltos, como areia e<br />

brita”, explica Gecimar Morini, Consultor de Marketing<br />

da Caterpillar para as linhas de tratores de esteiras e<br />

pás-carregadeiras médias.<br />

Mas este não é o único ponto que merece destaque.<br />

Atualmente, todas as carregadeiras da marca são<br />

comercializadas com um sistema de balança integrado,<br />

conhecido como Caterpillar Production Measurement<br />

(COM) ou Sistema de Medição de Produção CAT®, que permite o gerenciamento da carga que está sendo transportada<br />

em tempo real. “Esta tecnologia ajuda os operadores a atingirem a carga útil alvo na primeira vez, eliminando operações<br />

como sub-carga ou sobrecarga, que resultam em perda de produtividade e maior consumo de combustível, impactando<br />

diretamente os custos operativos. Tudo isso se soma a ciclos de carga mais eficientes, custos mais baixos para movimentar<br />

materiais e mais valor para o seu negócio”, diz Morini, ressaltando que o preço da balança já está integrado aos<br />

equipamentos e que os clientes não pagam nada a mais por atualizações futuras.<br />

No que diz respeito à redução do custo operacional, o Consultor da CAT conta que grande parte dos equipamentos<br />

vendidos pela companhia fazem parte de um programa chamado “Garantia de Combustível L/h”, que visa garantir o<br />

consumo médio das máquinas independente da severidade da aplicação, configuração do equipamento ou técnica do<br />

operador. Uma vez registrada no programa, o equipamento participa do mesmo durante dois anos ou 4 mil horas de<br />

serviço ou o que ocorrer primeiro. Nele, o consumo atual de combustível da máquina é verificado em uma análise média<br />

durante o período de informes e caso ele exceda a taxa garantida, o cliente recebe um crédito para usar na aquisição de<br />

peças, serviços ou ferramentas de trabalho. “Vale ressaltar que as pás carregadeiras da série L, que é a mais recente, se<br />

destacam por três características principais: 10% mais HP nos novos motores, 15% menos de consumo de combustível<br />

e uma melhora de até 20% de eficiência em comparação a nossa série anterior”, finaliza Morini.<br />

Hedesa<br />

Com capacidade produtividade de 1,8 mil wkg e 2 mil<br />

kg, respectivamente, as pás carregadeiras ZL826 e ZL828<br />

são os maiores destaques da Hedesa e atendem uma ampla<br />

variedade de setores de atuação, como construtoras,<br />

madeireiras e empresas de reciclagem.<br />

“As nossas máquinas possuem um excelente custo<br />

benefício, principalmente no que tange os quesitos capacidade<br />

produtiva x preço x estrutura. Por isso, o nosso<br />

público é composto, principalmente, por aqueles buscam<br />

máquinas que atendam não somente a necessidade atual<br />

da empresa, mas também antecipam o crescimento da<br />

operação dela e, assim, querem investir em um equipamento<br />

que acelere a sua produtividade, sem a necessidade<br />

ou estrutura para adquirir um equipamento de grande<br />

porte”, diz Jean Proença, Vendedor da Hedesa.<br />

Compactos, os modelos citados anteriormente podem<br />

trabalhar em lugares apertados sem maiores problemas.<br />

“Além disso, eles possuem o mínimo possível de peças eletrônicas,<br />

sendo assim, a manutenção preventiva e corretiva<br />

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43<br />

fica mais barata, de fácil manuseio e de fácil substituição<br />

de peças”, detalha Proença, ressaltando que a principal<br />

tecnologia que se destaca nos equipamentos é o sistema<br />

inteligente de engate rápido hidráulico. De dentro da cabine<br />

é possível a troca de garfos para concha e vice-versa,<br />

tendo assim duas funções em um só equipamento. Ainda<br />

conta com terceiro ponto para implemento hidráulico, se<br />

necessário.<br />

O lançamento mais recente da fabricante norte-americana<br />

no mercado brasileiro é a pá carregadeira ZL830, que<br />

carrega até 2, 5 mil kg de carga e 1,3m³ na concha, e é ideal<br />

para operações maiores, mesmo em estruturas físicas<br />

limitadas. A máquina é equipada com motor Yunnei 4108<br />

Turbo, com potência de 92kw/123hp e quatro cilindros.<br />

JCB<br />

O portfólio de pás carregadeiras da JCB faz jus à estrutura mundial da companhia inglesa, que oferece desde minicarregadeiras<br />

até modelos compactos e de grande porte. Nesta última categoria, que se divide em pás carregadeiras<br />

utilitárias e de produção, estão os modelos voltados para aplicações pesadas, como as de mineração e construção.<br />

Como exemplo, Etelson Hauck, Gerente de Produto da JCB do Brasil, cita a 422ZX. Com peso operacional de 11,9 mil<br />

kg e capacidade máxima de carregamento de 1,7 m³, o modelo foi submetido a testes de altas cargas e temperaturas e<br />

foi projetado para garantir alta performance com baixo custo operacional. “Com relação aos componentes, gostamos<br />

de ressaltar a transmissão JCB tipo Powershift, que permite a troca de marchas sem a perda de potência, tornando a<br />

máquina mais eficiente do ponto de visto do deslocamento. Oferecemos, também, um sistema de neutralização desta<br />

transmissão. Por meio de um botão no Joystick, o motorista consegue colocar a máquina em ponto morto durante o<br />

descarregamento do material no caminhão e jogar toda a potência do motor para o sistema hidráulico, tornando a<br />

operação mais rápida”, diz Hauck.<br />

Por falar em funcionalidades que estão a um clique, a JCB acrescentou a função FRN (frente, neutro e ré) ao Joystick<br />

das máquinas, para que operador não precise trocar a posição da mão na hora de manobrar o equipamento, sendo algo<br />

a menos para ser gerenciado na operação, uma vez que a empresa defende que quanto menor o desgaste físico e mental<br />

do operador, mais produtivo ele será.<br />

Outro diferencial citado por Hauck é o sistema de monitoramento remoto JCB LiveLink, uma forma fácil e rápida<br />

de confirmar se as máquinas<br />

estão com a manutenção em<br />

dia e em boas condições.<br />

As métricas oferecidas pelo<br />

software permitem que o<br />

cliente gerencie sua frota com<br />

mais eficiência e planifique os<br />

cronogramas de manutenção<br />

antecipadamente. A tecnologia<br />

fornece notificações instantâneas<br />

quando um serviço<br />

é necessário e alertas críticos<br />

se houver sérios problemas<br />

mecânicos ou elétricos com<br />

as pás carregadeiras.<br />

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44<br />

John Deere<br />

Todos os modelos de pás carregadeiras da John Deere<br />

contam com o portfólio John Deere Worksight, um<br />

pacote integrado de soluções tecnológicas para otimização<br />

de negócios, que inclui tecnologias como o sistema<br />

de telemetria JDLink, o Grade Control e o software<br />

Service ADVISORRemote. Além disso, as pás carregadeiras<br />

trazem o monitor multifunção de última geração<br />

com diagnóstico avançado e o sistema Quad-Cool,<br />

mecanismo que coloca o radiador, o condensador do<br />

ar-condicionado, o interarrefecedor e os arrefecedores hidráulicos, da transmissão e a opção de resfriador do eixo, em<br />

uma configuração em forma de caixa. “O sistema fica isolado do calor do motor e usa blindagens grandes e com a lateral<br />

perfurada para pré-filtrar o ar e diminuir sua velocidade, minimizando a entrada de detritos e aumentando a eficiência<br />

de arrefecimento”, explica Thomas Spana, gerente de Vendas para a Divisão de Construção da John Deere.<br />

O Quad-Cool oferece acesso amplo aos dois lados, facilitando a limpeza. O ventilador proporcional com abertura<br />

para fora e controlado hidraulicamente fornece acesso e minimiza a carga do motor e o consumo de combustível. Para<br />

o segmento de agregados em específico, uma característica em especial que auxilia bastante é o contador de ciclos e<br />

contador de caminhões, que permite ao operador manter acompanhamento de quantos passes está fazendo em cada<br />

caminhão e quantos caminhões foram carregados em seu turno.<br />

“O sistema de arrefecimento Quad-Cool, mencionado anteriormente, consegue prover aos nossos clientes menos<br />

tempo de máquina parada para limpeza dos radiadores, o que possibilita maior tempo em produção, e consequentemente<br />

maior produtividade”, diz Spana. O ajuste de altura de despejo, que possibilita gravar a altura ideal de despejo<br />

para uma aplicação específica também permite ao operador tempos de ciclo mais rápidos, uma vez que não precisa<br />

ajustar a altura ideal em todos os ciclos – ela já estará gravada e a caçamba se elevará até ela com apenas um toque no<br />

Joystick.<br />

Todas as carregadeiras John Deere são equipadas com Transmissão Powershift de cinco velocidades com tecnologia<br />

Smart-Shift que se adapta à velocidade e carga para obter a mudança de marchas mais suave. Contribuindo para o menor<br />

tempo possível de máquina parada, todos os pontos de manutenção diária, inclusive abastecimento de combustível,<br />

estão agrupados no lado esquerdo para um acesso rápido e conveniente, no nível do solo.<br />

Com pás carregadeiras que vão de 1<strong>06</strong> a 283 kW de potência líquida e de 12 mil a 34 mil toneladas de peso, além de<br />

caçambas de 2,1 a 5,7 m³, a John Deere aponta os modelos 524K-II, 624K-II, 724K e 944K como as principais da marca.<br />

Komatsu<br />

Nacionalmente, os grandes destaques da Komatsu<br />

em termos de vendas são as pás carregadeiras<br />

WA200-6 e WA320-6, nas classes de 2 m3 e 2,7<br />

m3 de volume de caçamba padrão, respectivamente.<br />

Segundo a empresa, estes modelos possuem<br />

versatilidade de configurações, proporcionando<br />

ótimo desempenho em diferentes tipos de aplicações<br />

nos segmentos de construção, industriais e<br />

agrícola. “Destacam-se, também, as pás carregadeiras<br />

de portes superiores, que possuem aplicações<br />

mais voltadas às altas demandas produtivas, como<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


45<br />

minerações. Os modelos WA380-6, WA430-6, WA470-6,<br />

WA500-6 e WA600-6, por exemplo, possuem capacidades<br />

de caçambas entre 3 m³ à 6,4 m³, construção robusta e<br />

elevada durabilidade”, diz Ricardo Pagliarini Zurita, Gerente<br />

de Marketing de Produto da Komatsu.<br />

A principal característica ligada à capacidade produtiva<br />

das máquinas está relacionada ao sistema de Transmissão<br />

Hidrostático HST da Komatsu, que em conjunto com os<br />

eixos e motores diesel, também de fabricações próprias,<br />

compõem um robusto e confiável conjunto do trem de<br />

força. Os modelos WA200-6 e WA320-6, fabricados no<br />

Brasil, utilizam o Sistema HST, que lhes conferem baixa<br />

manutenção e consumo de diesel, bem como elevada<br />

eficiência e alto desempenho de tração. “A transmissão<br />

HST oferece respostas rápidas ao deslocamento e ataque<br />

agressivo ao material de carregamento, através do ajuste<br />

automático à demanda por esforço de tração, com trocas<br />

automáticas de marchas. Na desaceleração, o sistema HST<br />

atua como um freio dinâmico, sendo capaz de manter as<br />

carregadeiras em posição de operação nos mais variados<br />

tipos de pisos, aclives ou declives, reduzindo sensivelmente<br />

o desgaste dos freios e pneus”, detalha Zurita.<br />

O destaque para tecnologia embarcada nos equipamentos<br />

Komatsu vai para o sistema de monitoramento e<br />

gerenciamento remoto KOMTRAX, que monitora cerca de<br />

12,5 mil máquinas da marca no Brasil e é gratuito por 10<br />

anos em toda a linha de produtos. O software disponibiliza<br />

uma série de dados ao operador, desde avisos de falhas<br />

mecânicas e elétricas, até o monitoramento dos modos de<br />

trabalho junto ao guia ECO, que facilita o usuário na obtenção<br />

da melhor performance e segurança. Já para a rede<br />

de distribuidores, as informações do KOMTRAX permitem<br />

a atuação de forma precisa, oferecendo manutenções no<br />

momento exato que o cliente necessita e corrigindo eventuais<br />

problemas já na primeira visita ou até mesmo por<br />

telefone, nos casos mais simples, economizando tempo e<br />

dinheiro.<br />

Indicador ECO da Komatsu<br />

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46<br />

Liebherr<br />

Segundo Lucas Oliveira, Engenheiro de Produto da<br />

Liebherr, as pás carregadeiras da fabricante são reconhecidas<br />

no mercado pela sua alta produtividade e baixos<br />

custos operacionais, graças ao sistema de translação hidrostático<br />

que permite o posicionamento ideal do motor<br />

diesel na máquina, reduzindo a necessidade de contrapeso<br />

adicional. “Com a máquina mais leve, sem afetar<br />

a carga de tombamento, há uma redução significativa,<br />

podendo chegar a até 25% no consumo de combustível.<br />

Da mesma forma, o sistema hidrostático permite que a<br />

força de tração possa ser gradualmente regulada, o que se traduz na regulagem contínua de velocidade, sem que a<br />

troca de marchas seja percebida e sem interrupção da força de tração”, diz. Atualmente, todas as pás carregadeiras da<br />

Liebherr possuem o sistema de telemetria Lidat. Baseado na tecnologia de transmissão de dados, ele possibilita que<br />

tanto o cliente quanto a equipe da Liebherr visualizem os dados de operação e posicionamento dos equipamentos,<br />

permitindo o gerenciamento eficiente e supervisão remota.<br />

“Nosso sistema de monitoramento elétrico/eletrônico garante o controle eficaz do equipamento e maior velocidade<br />

na transmissão de dados, o que resulta em respostas instantâneas de acordo com os comandos de operação e faz<br />

com que o equipamento tenha aproveitamento máximo dos componentes instalados. Este monitoramento eletrônico<br />

fornece a interface ideal para que a operação e manutenção dos clientes tenham as informações corretas para melhor<br />

aproveitamento do equipamento e diagnóstico em caso de falhas”, finaliza Oliveira.<br />

Entre as opções fabricadas pela Liebherr no Brasil, estão os modelos L538, L556, L566 e L580, com pesos operacionais<br />

que vão de 13 mil a 24 mil kg e cargas de tombamento de 9,3 mil kg a 18 mil kg. A mais recente delas é a L566, que<br />

começou a ser produzida na fábrica de Guaratinguetá (SP) em junho deste ano e será lançada oficialmente durante a<br />

Exposibram 2019.<br />

LiuGong<br />

Pioneira na fabricação de pás carregadeiras modernas na China, atualmente a LiuGong já atinge a marca de 400 mil<br />

equipamentos vendidos nesta categoria. A principal novidade da empresa é a Serie H, que é composta por pás carregadeiras<br />

que apresentam motor Tier 3, transmissão automática, FNR no Joystick e diferentes modos de trabalho (ECO/<br />

STD/POWER). No Brasil, já estão disponíveis os modelos 848H, 835H e 856H, de 10 a 17 toneladas.<br />

“Para se destacar no mercado, investimos em diferenciais como usabilidade de seus equipamentos: maior controle<br />

e facilidade de manutenção, design moderno, segurança, eficiência e menor consumo de combustível. A Série<br />

H, por exemplo, traz melhorias tecnológicas<br />

na parte de velocidade de ciclo, força de<br />

desagregação, velocidade de descolamento,<br />

mais força e mais velocidade no sistema hidráulico”,<br />

aponta Hebert Francisco, Gerente<br />

de Produto da fabricante.<br />

Francisco conta que os dois últimos lançamentos<br />

que ganharam destaque no mercado<br />

brasileiro foram a pá carregadeira 835H, lançada<br />

em 2016, e a 856H, lançada em 2017.<br />

“Esses lançamentos tiveram grande repercussão<br />

na época, inicialmente por seu design<br />

inovador, seguido pela tecnologia embarcada<br />

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Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

47


48<br />

que contava com diferenciais como maior carga operacional e maior<br />

força de desagregação, Motor Cummins Tier 3 com mais potência e<br />

melhor rendimento e a nova Transmissão ZF com quatro velocidades a<br />

frente e três a ré”, diz.<br />

Para este ano, a LiuGong Latin America planeja lançar para o mercado<br />

local uma série de novos equipamentos, dentre eles está o modelo<br />

848H e a nova versão da 835H, com motor QSB5.9. Os equipamentos já<br />

foram lançados em outros mercados regionais da LiuGong como Ásia,<br />

Europa e EUA e trazem consigo um conjunto de novas tecnologias.<br />

“Dentre as novidades tecnológicas apresentadas na 848H podemos<br />

listar a Bomba Variável Bosh Rex Roth e Transmissão Automática. Já na<br />

835H, destacamos a caçamba maior STD 2.1 e FNR no Joystick”, finaliza.<br />

New Holland<br />

A New Holland Construction disponibiliza no Brasil uma linha de quatro pás carregadeiras preparadas para atender<br />

às diferentes aplicações e demandas do mercado. São elas: a 12D EVO, com capacidade da caçamba de 1,91 a 2,3 m³,<br />

a W130B, com capacidade da caçamba de 1,5 a 3 m³, a W170B, com capacidade de caçamba de 1,9 a 4 m³, e a W190B,<br />

com capacidade da caçamba de 1,9 a 5 m³. Esta última é o lançamento mais recente da fabricante e foi projetada para<br />

trabalhos pesados, movendo mais material por hora com a máxima produtividade.<br />

O sistema hidráulico do modelo, sensível à carga e de centro fechado, proporciona ciclos rápidos e máxima força<br />

de desagregação. O melhor desempenho hidráulico é obtido a partir das solicitações de carga, o que confere ao equipamento<br />

a máxima eficiência. Além disso, a pá carregadeira W190B é equipada com motor com certificação Tier IIIA<br />

e múltiplos modos de trabalho: potência máxima, para atividades em condições extremas; potência standard, para<br />

condições normais de carga; potência econômica, para aplicações gerais e traslado e seleção automática da potência<br />

(máxima ou standard) em função do trabalho requerido.<br />

Rafael Ricciardi, Líder da linha de produtos General Purpose da CNH Industrial, destaca que as pás carregadeiras New<br />

Holland possuem ventilador reversível (standard), ideal para ambientes de elevada concentração de poeira. “A inversão<br />

da hélice é acionada automaticamente a cada 20 minutos ou manualmente através de um botão no console direito. Essa<br />

ação faz com que as partículas sólidas sejam expelidas dos radiadores que compõem o sistema de arrefecimento, sem a<br />

parada do equipamento, garantindo a passagem de ar limpo para todos os componentes do sistema”, diz.<br />

Vale ressaltar que o projeto das pás carregadeiras da marca resultou numa distribuição inteligente do peso e em<br />

fácil acesso aos componentes. O motor, a transmissão, o sistema<br />

de arrefecimento e os cilindros de direção estão localizados<br />

estrategicamente, o que garante uma ótima distribuição do<br />

peso. “Uma máquina bem equilibrada tem mais capacidade<br />

de levantamento e oferece uma melhor relação peso/<br />

potência”, finaliza.<br />

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Volvo<br />

49<br />

Oferecidas na América Latina nos modelos de grande porte, acima de 7 toneladas de carga operacional, as pás<br />

carregadeiras da série H da Volvo reúnem o que há de mais moderno na linha da marca: sistema de pesagem de carga<br />

dinâmico Load Assist, três modos de operação do sistema hidráulico, uma nova geração de sistema hidráulico sensível<br />

à carga que melhora a resposta e velocidade dos movimentos e o pedal ecológico para reduzir o consumo de combustível.<br />

De acordo com a empresa, essas tecnologias buscam maior eficiência energética, produtividade e facilidade de<br />

operação.<br />

“O conceito de desenvolvimento que a Volvo adotou há décadas e que perdura até hoje é o de desenvolver a<br />

perfeita integração dos diversos sistemas e o equilíbrio entre eles. Por exemplo: o trem de força e o sistema hidráulico<br />

estão integrados para aproveitar a faixa econômica do motor. O equilíbrio entre o que o motor entrega e o que o trem<br />

de força e o sistema hidráulico demandam permite um tempo de ciclo menor”, detalha Boris Sánchez, Gerente Regional<br />

de Suporte a Vendas da Volvo CE na América Latina.<br />

Conforme mencionado anteriormente, o sistema de pesagem de carga dinâmico Load Assist é um dos grandes<br />

destaques tecnológicos da nova série H. Ele permite a gestão da produção através da tela touchscreen de 10” do Volvo<br />

Co-Pilot, maximizando a eficiência operacional.<br />

Além disso, o sistema Contronic<br />

monitora a operação e o desempenho do<br />

equipamento em tempo real, mostrando<br />

no painel de informações os dados<br />

operacionais, textos de advertência ou<br />

mensagens de erro.<br />

“Além de uma rede de distribuição<br />

treinada e elevada disponibilidade de<br />

peças, a Volvo se destaca pelos serviços<br />

oferecidos pelo pós-vendas da empresa”,<br />

ressalta Sánchez. Em 2018, a empresa<br />

lançou o Active Care Direct, um serviço<br />

de monitoramento proativo que proporciona<br />

aos clientes um aumento da<br />

disponibilidade e redução no consumo<br />

de combustível da frota.<br />

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PRODUTIVIDADE 2<br />

50<br />

INDÚSTRIA 4.0 NAS PEDREIRAS JÁ É UMA REALIDADE<br />

Indústria 4.0 nas pedreiras é marcada pelo uso de tecnologias para<br />

automação e troca de dados, englobando os conceitos de Internet das<br />

Coisas (IoT) e Computação em Nuvem<br />

Utilizando novos e avançados recursos tecnológicos, a<br />

Indústria 4.0 tem ganhado a atenção de diversos setores<br />

da indústria ao tocar em um ponto crucial: a maior eficiência<br />

das operações. Na mineração e construção não é diferente.<br />

A busca por aumento de produtividade, melhores<br />

condições de trabalho e maior assertividade na tomada de<br />

decisões tem levado pedreiras e mineradoras a buscarem<br />

alternativas tecnológicas com uma frequência cada vez<br />

maior.<br />

Com seis pedreiras em atividade, a Embu S.A. é um<br />

destes casos e conta como utiliza a Indústria 4.0 a seu favor.<br />

“Atualmente, temos sensores de níveis, de corrente e de<br />

velocidade que controlam a operação<br />

da britagem de agregados.<br />

Além disso, possuímos uma Usina<br />

de Solos que faz composição de<br />

diversas faixas de agregados com<br />

o uso de células de carga que comandam<br />

a vazão de cada material<br />

por um sistema de automação”,<br />

diz Renato Iwamoto Ferreira, Engenheiro de Minas da<br />

Embu S.A.<br />

Na rebritagem, o sistema de automação auxilia no<br />

controle de diversos equipamentos. Como exemplo, ele<br />

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comanda a alimentação dos britadores de acordo com o<br />

nível de enchimento deles e monitora as correntes dos<br />

motores. “O sistema ainda controla a retomada do material<br />

do pulmão conforme os níveis dos silos da britagem.<br />

Até mesmo o comando do semáforo para bascular o caminhão<br />

na caixa primária é controlado pela automação, que<br />

atua de acordo com o nível da caixa de alimentação do<br />

britador primário”, explica Ferreira.<br />

Já na Usina de Solos, os recursos da Indústria 4.0 controlam<br />

a dosagem de cada material e, de acordo com o<br />

peso de cada um deles, regula a velocidade da correia do<br />

agregado para poder ajustar ao padrão solicitado. Como<br />

resultado, é possível atender diversos tipos de materiais<br />

de forma mais ágil e entregar o material especificado em<br />

um tempo menor, o que garante uma entrega maior para<br />

o cliente por dia.<br />

Segundo o Engenheiro de Minas da Embu, essas ferramentas<br />

têm contribuído de forma significativa para o<br />

aumento da produtividade das unidades, bem como para<br />

a redução de custos das pedreiras. “Estima-se que o uso<br />

da automação traga ganhos de 20% na produtividade da<br />

britagem. Além disso, por controlar diversos parâmetros,<br />

é possível reduzir o número de funcionários e de horas<br />

trabalhas, consequentemente reduzindo também o custo


51<br />

de operação”, exemplifica.<br />

Na avaliação da Embu, a Indústria 4.0 é uma tendência<br />

e quem não conseguir se adequar precisará lidar com<br />

perdas de produtividade e elevação dos custos das operações.<br />

Por isso, a expectativa do grupo é poder contar com<br />

mais sistemas de automação integrados no futuro, que<br />

entreguem informações de forma rápida e que possam ser<br />

usados para comandar e ajustar os processos.<br />

Riuma Mineração utiliza automação na britagem<br />

Antenada às tendências do mercado, a Riuma Mineração<br />

iniciou um projeto de reformulação total da sua planta<br />

de britagem de granito, em 2012. Localizada em Jaraguá<br />

(SP), a unidade foi inaugurada, em 2014, com um sistema<br />

de controle para a linha de produção. Além de hardware<br />

e software especialmente desenvolvidos para o setor<br />

de mineração, a Riuma também apostou em uma lógica<br />

customizada que viabilizou o acompanhamento de fatores<br />

como operação, produtividade, segurança, manutenção<br />

e controle ambiental. Veja na sequência como cada um<br />

destes pontos é controlado:<br />

1. Operação<br />

O funcionário opera e monitora a planta olhando para<br />

a tela de um computador, integrado ao controlador, que<br />

permite a ele uma visão gráfica e integral de todo o processo.<br />

A Riuma adicionou, ainda, um sistema automático<br />

de controle de abertura dos pontos de transferência de<br />

materiais, que é composto por correias transportadoras<br />

especiais acionadas por inversores de frequência integrados<br />

à automação. Para completar, a pedreira conta com<br />

sensores de entupimento de bicas e de enchimento nos<br />

silos e pilhas.<br />

“O sistema possibilita que o operador ligue e desligue<br />

os equipamentos automaticamente, observando a sequência<br />

correta de partida dos mesmos e, assim, evitando os<br />

erros que causariam atrasos na produção ou até mesmo a<br />

quebra de equipamento. O controle dos pontos de transferência<br />

automáticos, permitem que o operador altere,<br />

mude a velocidade ou até interrompa o fluxo de um material<br />

com um “click” do mouse. Os sensores de entupimento<br />

e enchimento, por sua vez, evitam que os materiais transbordem<br />

dentro dos silos ou venham a tocar as correias<br />

transportadoras quando as pilhas de produtos atingirem<br />

os seus níveis máximos”, explica Carlos Roberto Barbosa<br />

Junior, Engenheiro Mecânico da<br />

Riuma Mineração e responsável<br />

pelo setor de Equipamento e Manutenção.<br />

Entre os resultados práticos,<br />

ele cita o aumento da disponibilidade<br />

operacional da planta com a<br />

eliminação dos erros de operação;<br />

controle de fluxo de material, agilizando a operação e contribuindo<br />

para o ganho de produtividade; e eliminação da<br />

necessidade de intervenção de um funcionário de campo,<br />

reduzindo custos e minimizando os riscos de acidentes.<br />

2. Produção<br />

As Balanças Integradoras – instrumentos conectados<br />

à automação – informam o operador sobre os dados de<br />

produção instantâneo e acumulado, favorecendo o monitoramento<br />

da produção total de produto específico em<br />

tempo real. Com isso, a Riuma Mineração consegue avaliar<br />

a eficiência de peneiramento e desenvolver projetos de<br />

diferentes materiais a serem produzidos.<br />

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52<br />

Monitoramento da operação na Riuma Mineração<br />

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3. Produtividade<br />

bem como avisos sonoros e luminosos, ao longo de toda a<br />

“Com um sistema composto por sensores do tipo “radar”<br />

e inversores de frequência integrados à automação, ponsável pela manutenção ou limpeza é automaticamente<br />

linha de produção da Riuma Mineração. O funcionário res-<br />

garantimos que os nossos britadores estarão sempre trabalhando<br />

a plena carga”, pontua Junior. Segundo ele, isto de 10 segundos, todas as vezes que uma máquina entrará<br />

avisado por meio dos avisos sonoros e visuais, pelo período<br />

é possível pois o sensor monitora o nível de material que em movimento. “Essa função faz com que ele tenha tempo<br />

está sendo alimentado ao britador e envia um sinal ao motor<br />

do alimentador do mesmo para acelerar ou desacelerar surja alguma interferência com um maquinário, ele pode<br />

necessário para se distanciar de um ponto de perigo e, caso<br />

o processo, nunca deixando faltar material e, ao mesmo acionar um botão de parada de emergência ou puxar uma<br />

tempo, não deixando com que o equipamento trabalhe cordinha para parar a linha de produção por completo”, diz<br />

com material em excesso. “Como resultado, conseguimos Júnior. Logo, é possível reduzir drasticamente os riscos de<br />

um aumento de produtividade de, no mínimo, 20% em acidentes de trabalho, eliminando os passivos trabalhistas<br />

comparação a um sistema operado manualmente, o que da empresa e garantindo a disponibilidade de operação.<br />

impacta diretamente na redução de custo de produção”,<br />

complementa.<br />

5. Manutenção<br />

Todos os parâmetros dos motores dos equipamentos<br />

4. Segurança<br />

que compõem a linha de produção também são monitorados.<br />

A partir daí, dados como quantidade de horas<br />

Foram instalados instrumentos de segurança, como<br />

botões de parada de emergência e linhas de emergência, trabalhadas (horímetros), esforço (amperímetros) e temperatura<br />

(termômetros) podem ser visualizados em tempo<br />

real e registrados no banco de dados do computador de<br />

operação. Já por meio dos sensores de curso e capacitivos,<br />

o alinhamento e a ruptura das cintas das correias transportadoras<br />

são monitorados, o que possibilita o ajuste<br />

antes que elas venham a ter um desgaste excessivo ou<br />

mesmo se romper. Caso se rompam, o sistema é avisado<br />

e a transportadora é desligada, diminuindo os danos aos<br />

equipamentos. Por último, a instalação de eletroímãs e detectores<br />

de metais acusam a presença e extraem qualquer<br />

corpo estranho e metálico, que não deveria estar na linha.<br />

“Todos os dados são usados para o controle de manutenção<br />

preventiva dos equipamentos e de todo o material<br />

de desgaste, permitindo a criação de manutenções


53<br />

preditivas: trocamos alguns componentes, antes que eles<br />

venham a se quebrar e comprometer o funcionamento do<br />

equipamento”, conta o Engenheiro.<br />

6. Controle Ambiental<br />

Por fim, a Riuma Mineração integrou um sistema de<br />

aspersão de água de alta eficiência à automação, para<br />

controlar as das partículas de pó geradas durante o processo.<br />

O controlador central gerencia as bombas e válvula<br />

eletromagnéticas para que trabalhem em conjunto com o<br />

acionamento de cada equipamento e proporcionalmente<br />

à carga que estão trabalhando. A iniciativa eliminou a necessidade<br />

de um funcionário de campo fazer o acionamento<br />

manual, bem como a possibilidade de esquecimento de<br />

água ligada ou até mesmo desligada.<br />

Na avaliação da empresa, o setor de agregados ainda<br />

está bem atrasado quando às recentes tecnologias disponíveis<br />

no mercado e aderir a elas não se trata apenas de uma<br />

opção, mas sim de uma obrigação por parte das pedreiras<br />

e mineradoras que querem prosperar. “A indústria 4.0, por<br />

meio da informatização das nossas linhas de produção,<br />

proporcionando monitoramento e gerenciamento de dados<br />

operacionais aliados à conectividade, tem muito o que<br />

agregar para o nosso negócio como um todo”, finaliza.<br />

Votorantim Cimentos lança desafio de inovação para operação de agregados com foco na Indústria 4.0<br />

Considerada uma das maiores empresas globais do setor, a Votorantim Cimentos anunciou recentemente um novo desafio em sua<br />

plataforma de inovação aberta, a VC Connect. A companhia está buscando startups que trabalhem com soluções para o desenvolvimento<br />

de um simulador de processos para mineração e britagem de agregados, com foco nos pilares da Indústria 4.0. Segundo a Votorantim<br />

Cimentos, serão avaliados principalmente os seguintes requisitos:<br />

• Sistema leve com baixo custo de implementação em relação a soluções já disponíveis no mercado;<br />

• Solução on premise com armazenamento local de dados;<br />

• Software flexível para aplicação em múltiplas fábricas e integração com os sistemas SAP e sistema de controle local;<br />

• Interação amigável com o usuário, fácil manipulação e visualização remota de painel de métricas (dashboard);<br />

• Permita alimentação de dados manual e/ou automática e gere cenários que suportem decisões do negócio;<br />

• Considere o ambiente de mineração, no qual pode existir a limitação de infraestrutura de conectividade na mina para proposição<br />

da solução;<br />

• A solução pode ou não considerar telemetria como entrada de dados para aplicação de simulação.<br />

A expectativa da companhia é aplicar a solução em quatro fábricas no Brasil, localizadas em Araçariguama (SP), Santa Isabel (SP), Itapecerica<br />

da Serra (SP) e Campo Grande (MS). Os projetos selecionados passarão por uma imersão no ambiente da Votorantim Cimentos<br />

e, posteriormente, por provas de conceito.<br />

“Temos o propósito de sempre buscar diferentes soluções e adotar práticas inovadoras em nossos processos e operações. Diante<br />

disso, enxergamos a necessidade de criar um programa que pudesse ser um ecossistema para inovação aberta,<br />

promovendo um ambiente em que se conecte com startups, centros de pesquisas, entre outros”, diz. Erik Ribeiro<br />

Weide de Araujo, Gerente Geral de Agregados da Votorantim Cimentos. O executivo ressalta que a companhia<br />

acredita que as tecnologias de Indústria 4.0 proporcionam grande diferencial para àqueles que desejam inovar<br />

de forma rápida e com um escopo mais amplo. “Elas permitem que mantenhamos a continuidade da operação,<br />

desde o processo de mineração até as máquinas da indústria, de maneira uniforme, trazendo confiabilidade”,<br />

complementa.<br />

No caso específico do desafio de inovação, a Votorantim Cimentos espera por soluções que proporcionarão<br />

maior previsibilidade de produção, manutenção e performance, bem como ajudarão a identificar oportunidades de redução de custos.<br />

“Durante o processo de fabricação de agregados, existem desafios operacionais que podem ser evitados se mapeados antecipadamente”,<br />

diz.<br />

Atualmente, na Votorantim Cimentos conta com diferentes sistemas de indústria 4.0 como o projeto Spectrum, que utiliza inteligência<br />

artificial para monitorar e entender o comportamento dos principais equipamentos na produção de cimento, e o VC Maps, sistema que<br />

possibilita que mais de 30 minas de calcário da empresa, distribuídas em todo Brasil, sejam monitoradas remotamente por meio de<br />

imagens de satélite. Dotado de recursos de inteligência artificial, o sistema compara, periodicamente e de forma autônoma, as imagens<br />

das diversas localidades para garantir a conformidade das suas operações e a evolução dos planos ambientais.<br />

Imagem: Grupo Votorantim<br />

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CASE INTERNACIONAL<br />

54<br />

CDE INVESTE EM TECNOLOGIA<br />

TRAZENDO SOLUÇÕES À COLLIER MATERIALS<br />

A Collier Materials tem produzido areia, granito e cascalho no Texas há 46<br />

anos em sua mina de Marble Falls. A companhia recentemente expandiu<br />

suas operações para Llano e Georgetown, Texas (EUA).<br />

As operações originais da Collier Materials eram focadas<br />

no negócio de granito decomposto, e eles construíram<br />

uma forte reputação para produção de produtos de paisagismo<br />

e construção de alta qualidade, que são fornecidos<br />

a clientes em todo o Texas. Kevin Collier acredita que eles<br />

têm algumas das melhores rochas e areias sendo produzidas<br />

no norte de Austin.<br />

Desafios<br />

A empresa atualizou recentemente suas operações em<br />

Georgetown, e o investimento já está compensando. O site<br />

de sucesso de Georgetown processa uma matéria bruta<br />

de calcário vinculado a argila, contando com um excesso<br />

de malha 4-8 no material. Um material difícil de lidar, que<br />

vinha causando alguns problemas ao operador conforme<br />

ele buscava conseguir uma areia de especificação C-33 de<br />

qualidade e consistente, em alto volume, todas as vezes,<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

enquanto também se esforçava para melhorar as operações<br />

e manutenção do local. Depois de enfrentar problemas<br />

com seu sistema de processamento úmido baseado<br />

em ciclones, a Collier procurou os especialistas em lavagem<br />

de areia da CDE Global, com quem tiveram parcerias<br />

de sucesso no passado.<br />

Com um portfólio de mais de 2.000 instalações de<br />

processamento úmido em todo o mundo desde 1992 e<br />

soluções de alta tecnologia testadas e aprovadas, combinadas<br />

com um histórico comprovado o site de Llano da<br />

Collier, uma solução de processamento úmido da CDE<br />

foi identificada como a solução para o problema atual da<br />

empresa. E a equipe CDE EUA, com sede em Cleburne, no<br />

Texas, estava pronta para o desafio.<br />

Solução CDE<br />

Thomas Wick, Gerente de Desenvolvimento de Negócios<br />

da base Cleburne da CDE, explicou: “Entendemos<br />

totalmente que Kevin e sua equipe precisavam de um<br />

parceiro de serviço completo que pudesse trabalhar para<br />

entender suas unidades, matérias primas e necessidades


55<br />

específicas, para criar a solução correta rapidamente. A<br />

Collier Materials já havia experimentado a eficácia de uma<br />

unidade da CDE anteriormente, mas, para nós, não há<br />

duas unidades iguais. Desta vez, nossos engenheiros foram<br />

direto ao seu local para trabalhar lado a lado com eles<br />

para projetar, fabricar, instalar e comissionar uma solução<br />

personalizada.”<br />

A unidade anterior da Collier em Georgetown não estava<br />

atingindo a qualidade e a consistência necessária para<br />

atender à norma C-33, e o gerenciamento e a manutenção<br />

de seu reservatório estavam se mostrando ineficientes<br />

e dispendiosos. O sistema não estava removendo #200<br />

suficiente da areia, que variava de 17 a 25%. Ele também<br />

estava perdendo uma quantidade significativa de valiosa<br />

areia de concreto para os reservatórios de decantação. A<br />

CDE foi, portanto, nomeada para fornecer uma solução<br />

de lavagem personalizada que garantiria a remoção da<br />

quantidade elevada de #200 e reduziria a necessidade de<br />

manutenção do reservatório no local.<br />

Depoimentos<br />

Kevin Collier observou: “Precisávamos de conselhos e<br />

apoio para substituir uma linha de processamento úmido<br />

que não funcionava para nós – era um sistema similar, mas<br />

não do mesmo calibre e não tinha sido projetado para lidar<br />

com nossa matéria-prima base.<br />

Os principais problemas eram que a especificação do<br />

produto não era consistente, e não estava produzindo no<br />

grau que precisávamos”.<br />

Como resultado da capacidade limitada de pontos de<br />

corte, a empresa descobriu que frações valiosas estavam<br />

sendo perdidas para os reservatórios junto com o transbordamento,<br />

o que, por sua vez, significava um aumento<br />

significativo na ocupação de espaço e manutenção do<br />

reservatório.<br />

Essa manutenção estava se tornando cada vez mais difícil,<br />

com os reservatórios precisando ser limpos sete dias<br />

por semana – sua produtividade dependia da rapidez com<br />

que essa limpeza poderia ser feita e grande parte dos esforços<br />

se focavam nas barragens. A recuperação de materiais<br />

finos perdidos envolveria o reprocessamento do material<br />

residual, resultando em custos operacionais significativos<br />

por meio de manuseio duplo e tempo de inatividade.<br />

A Collier precisava de uma solução inovadora que<br />

oferecesse resultados. A tecnologia da CDE garantiu maximizar<br />

a produtividade através da recuperação de água<br />

e retenção de areia, melhorando assim a qualidade e a<br />

quantidade de produção, enquanto mitiga os problemas<br />

relacionados aos reservatórios.<br />

Kevin acrescentou: “Ao fazer a mudança, era importante<br />

que trabalhássemos diretamente com o fabricante. A<br />

equipe de especialistas locais da CDE reservou um tempo<br />

para realmente entender nosso site e nossas necessidades,<br />

trabalhando conosco para fornecer uma solução mais<br />

inteligente e integrada. Sabíamos que eles eram a equipe<br />

que queríamos contratar e o trabalho conjunto superou<br />

nossas expectativas e suas promessas, estendendo-se até<br />

o atendimento pós-venda”.<br />

“Sabíamos que a CDE poderia entregar resultados<br />

ao mesmo tempo em que defenderia uma maneira mais<br />

sustentável de alcançar isso - eles são especialistas em<br />

processamento e lavagem de produtos por via úmida que<br />

promovem um Novo Mundo de Recursos. A sustentabilidade<br />

também é importante para nós: sustentabilidade de<br />

nossos recursos e de nossos negócios. Utilizamos soluções<br />

de lavagem inteligente para otimizar nossos recursos naturais<br />

de maneira mais eficiente. Percebemos que, entre<br />

outras prioridades de negócios, há a necessidade de seguir<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


56<br />

em uma direção ecologicamente mais correta”.<br />

Suporte local<br />

Thomas Wick explica: “Antes de começar a trabalhar<br />

no projeto, a CDE fez uma visita inicial ao site de Georgetown<br />

para determinar as causas de ineficiências, seguida<br />

por uma análise da matéria-prima nos laboratórios da CDE<br />

para garantir que o balanço de massa seria desenvolvido<br />

para alcançar o máximo desempenho da unidade.”<br />

As equipes de projeto e engenharia puderam então<br />

trabalhar a partir de um resumo abrangente para desenvolver<br />

a solução mais eficiente para o site de Georgetown.<br />

Essa abordagem “projetada sob encomenda” é como a<br />

CDE prefere fazer parcerias com seus clientes.<br />

Wick diz que, após um processo minucioso, “Uma unidade<br />

de processamento por via úmida da CDE EvoWash<br />

251 com em ciclones foi identificada como o sistema mais<br />

eficiente para lidar com o material de calcário argiloso de<br />

Georgetown”.<br />

A unidade tem uma capacidade de produção de até<br />

250tph e é calibrada para produzir areia na norma ASTM<br />

C-33 consistentemente, assim como a areia de “cascalho”<br />

como subproduto, para transformar o excesso de malha<br />

4-8 em um produto vendável.<br />

Reciclagem de água<br />

A eficiência da unidade é otimizada usando uma unidade<br />

de tratamento de águas residuais, um espessador<br />

CDE AquaCycle, que permite a reciclagem de até 90% da<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

água usada através de um sistema que retém os sólidos<br />

da água suja em um ambiente controlado e expulsa o lodo<br />

nos reservatórios de sedimentação próximos. Isso é ideal<br />

para empresas que não dispõem de suprimentos de água<br />

prontamente disponíveis. A água do processo, depois de<br />

passar para a câmara de purga e ter o floculante adicionado,<br />

passa para o centro do espessador de modo que<br />

o floculante possa trabalhar e atuar na sedimentação do<br />

material fino.<br />

Com uma capacidade de 30.004 L/min, o AquaCycle<br />

permite que a Collier Materials reduza o espaço do reservatórioa<br />

uma fração do original, já que 10 vezes menos volumes<br />

de lodo residual são enviados para os reservatórios<br />

em comparação com a instalação anterior.<br />

A CDE reconheceu que, com o design correto do sistema,<br />

juntamente com a quantidade correta de água no sistema,<br />

a unidade da Collier poderia aumentar a capacidade<br />

em mais de 50%.<br />

Collier confirma: “Antes, mesmo com a limpeza dos<br />

reservatórios sete dias por semana, ainda estávamos operando<br />

a 50% do que a unidade era capaz de fazer. Agora,<br />

com o AquaCycle, 100% do meu tempo de produção e<br />

horas de mão-de-obra estão operando a unidade. Percebemos<br />

que esta tecnologia está muito à frente de todos<br />

os outros.”<br />

Resultados<br />

O processo do pedido até a conclusão aconteceu rapidamente<br />

com a unidade projetada, fabricada, pré-insta-


57<br />

lada e pré-testada nas instalações de montagem da CDE.<br />

Depois da entrega, instalação e comissionamento pelos<br />

engenheiros da CDE, a equipe treinou o pessoal da Collier<br />

Materials no local. Depois que a unidade entrou em operação,<br />

o serviço CDE de pós-vendas, CustomCare, assumiu o<br />

controle para oferecer um serviço ao cliente de qualidade<br />

superior para toda a vida.<br />

Michael Dambra, Engenheiro de Serviço Regional da<br />

CustomCare no escritório do Texas da CDE, mantém contato<br />

com a equipe da Collier quase diariamente. Ele explica:<br />

“Sejam perguntas sobre peças, conselhos técnicos, verificação<br />

de níveis de estoque ou inspeções de manutenção<br />

preventiva, temos comunicação contínua com Kevin e sua<br />

equipe. Estamos presentes para quaisquer ajustes que<br />

precisem ser feitos para garantir que o produto ideal seja<br />

produzido. É um relacionamento muito próximo e temos<br />

sorte de trabalhar em parceria com eles.”<br />

Kevin Collier acredita que o pacote da CDE fornece<br />

uma segurança muito maior do que se eles tivessem comprado<br />

através de um revendedor, comenta: “Tivemos um<br />

serviço completo e abrangente com a CDE e eles continuam<br />

a colaborar regularmente conosco após a instalação. Já<br />

tivemos problemas antes trabalhando com intermediários,<br />

mas agora temos contato direto com a CDE que é excelência<br />

em engenharia. Também é reconfortante saber que<br />

a equipe está prontamente disponível, se precisarmos de<br />

ajuda.”<br />

Thomas Wick acrescentou: “Trabalhamos proativamente<br />

com os clientes para aumentar o ROI e garantir a<br />

otimização de suas unidades. Kevin e a equipe agora são<br />

parceiros da CDE, e esperamos que os resultados positivos<br />

vistos até agora continuem com força.<br />

“Nossa equipe de pós-vendas está bem à porta de nossos<br />

clientes para oferecer excelência em serviços pós-venda<br />

e suporte de engenharia para uma tranquilidade total<br />

– temos um ponto de contato dedicado para cada cliente<br />

que faz chamadas rotineiras ou faz uma ligação telefônica<br />

para ver se está tudo bem. Todos os nossos clientes na<br />

América do Norte também se beneficiam do fato de que<br />

temos estoque prontamente disponível de peças comuns<br />

em Cleburne, Texas, e um histórico completo de pedidos<br />

para garantir um tempo de inatividade mais curto, baixos<br />

custos de envio e um aumento de produtividade.”<br />

Futuro<br />

A produtividade já foi impulsionada no local de Georgetown,<br />

como Collier compartilha, “Nossa nova unidade<br />

da CDE fornece resultados máximos para uma produção<br />

consistente e eu não tenho dúvidas, mesmo depois de<br />

apenas algumas semanas vendo esta planta em operação<br />

no site, que iremos mais do que duplicar a nossa tonelagem<br />

por ano.”<br />

Em termos de planos futuros, a principal preocupação<br />

da Colliers é manter-se fiel aos valores de sua empresa<br />

– continuar a fornecer produtos de qualidade, e ele está<br />

confiante de que com a nova tecnologia da CDE e sua<br />

equipe de especialistas, a Collier Materials conseguirá isso<br />

e muito mais.<br />

Para obter mais informações e descobrir como as soluções<br />

da CDE podem ser adaptadas para atender às suas<br />

necessidades, visite www.cdeglobal.com/br .<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


58<br />

ARTIGO ESPECIAL<br />

Imagem: Stockvault<br />

INSTALAÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE<br />

MINERAÇÃO E A ENTRADA EM VIGOR DO NOVO<br />

REGULAMENTO DO CÓDIGO DO SETOR<br />

Em 5 de dezembro de 2018, entrou em vigor o Decreto<br />

nº 9.587, de 27 de novembro de 2018, que instalou a<br />

Agência Nacional de Mineração (ANM), uma reivindicação<br />

antiga do setor, que está em criação desde a Medida<br />

Provisória n° 791, de julho de 2017.<br />

Com a sua instalação, fica definitivamente extinto o<br />

Departamento Nacional de Produção Mineral, criado pelo<br />

Decreto nº 23.979, após mais de 84 anos de existência.<br />

Consequentemente, também entraram em vigor os de<br />

Regulamentação do Código de Mineração do Decreto nº<br />

9.4<strong>06</strong>, de 12 de junho de 2018.<br />

Principais alterações da nova regulamentação<br />

do Código de Mineração<br />

a) Oneração de área no vencimento da Autorização<br />

de Pesquisa<br />

- Regra antiga:<br />

Ocorria a baixa na transcrição do título de autorização<br />

de pesquisa e a área era considerada livre se o titular não<br />

apresentasse o Relatório Final de Pesquisa.<br />

- Regra atual:<br />

Área com Autorização de Pesquisa vencida sem Relatório<br />

Final de Pesquisa tempestivamente apresentado será<br />

colocada em disponibilidade.<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

Essa alteração visa acabar com a especulação de áreas<br />

e filas que existiam no DNPM, no entanto a validade jurídica<br />

desta alteração é questionável, tendo em vista que<br />

ela contraria o disposto nos Artigo 18 e 26 do Código de<br />

Mineração.<br />

b) Alteração dos conceitos de Recursos e Reservas<br />

- Regra antiga:<br />

As reservas definidas no Relatório Final de Pesquisa<br />

eram separadas em Reserva Medida, Reserva Indicada e<br />

Reserva Inferida, de acordo com a confiabilidade da estimativa.<br />

- Regra atual:<br />

Classificação da reserva mineral em recurso medido,<br />

indicado e inferido e reserva provável e provada. O Decreto<br />

nº 9.587/2018 definiu o prazo de 1 ano após a publicação<br />

da Lei nº 13.575 (criação da ANM) para a ANM normatizar<br />

o Sistema Brasileiro de Reservas e Recursos Minerais, que<br />

venceu em 27 de dezembro de 2018, e para tanto foi disponibilizada<br />

a Consulta Pública nº 8/2018 com a minuta do<br />

ato normativa que o regulamentará.<br />

Nesta minuta são apresentados três conceitos:<br />

1) Resultado de Exploração – Estimativa do potencial


59<br />

quando ainda não há trabalhos de pesquisa suficiente para dimento no processo de disponibilização de áreas, poderá<br />

estimativa dos recursos, a ser apresentado em Relatórios acelerar a liberação de áreas que possuem pouco interesse.<br />

Foi publicada no DOU de 21/<strong>06</strong>/2019 a Consulta Públi-<br />

Parciais de Pesquisa;<br />

2) Recursos Minerais – Subdivididos em inferido, indicado<br />

e medido, de acordo com a confiabilidade, e a ser leilão de áreas em disponibilidade.<br />

ca da nova resolução para disciplinar os procedimentos de<br />

apresentado no Relatório Final de Pesquisa.<br />

De acordo com esta minuta, o procedimento de disponibilidade<br />

será composto por:<br />

3) Reservas Minerais – Subdivididas em provável e provada,<br />

de acordo com a confiabilidade, e a ser apresentada I - Publicação do edital de disponibilidade;<br />

no Plano de Aproveitamento Econômico.<br />

II - Oferta Pública;<br />

Esta alteração não deverá entrar em vigor imediatamente<br />

e, sendo que está previsto um período de transição IV - Homologação do resultado.<br />

III - Leilão Eletrônico;<br />

para adoção dos novos conceitos.<br />

e) Renúncia de concessão de lavra, licenciamento ou<br />

c) Possibilidade de continuação da pesquisa após PLG<br />

apresentação do Relatório Final de Pesquisa<br />

- Regra antiga:<br />

- Regra antiga:<br />

A renúncia da concessão de lavra dependia de comunicação<br />

ao Ministro de Minas e Energia. Era prevista a<br />

Somente era permitida a realização de pesquisa após<br />

a apresentação do Relatório Final de Pesquisa com a permissão<br />

do DNPM e enquanto a Autorização de Pesquisa apenas para Registro de Licença. Não havia previsão de<br />

efetivação da renúncia no momento da sua comunicação<br />

estivesse vigente.<br />

renúncia parcial de títulos.<br />

- Regra atual:<br />

- Regra atual:<br />

Possibilidade de continuidade dos trabalhos de pesquisa<br />

após a apresentação do Relatório Final de Pesquisa, colo e deverá ser acompanhada de relatório dos trabalhos<br />

A renúncia dos títulos de lavra se efetivará no proto-<br />

mas sem possibilidade de alteração do Relatório Final de efetuados e do estado da mina e de suas possibilidades<br />

Pesquisa já apresentado.<br />

futuras, a ser regulado por resolução da ANM. Além disso,<br />

é prevista a renúncia parcial de títulos.<br />

d) Procedimento simplificado para aproveitamento Também foi incluída a possibilidade de aplicações de<br />

de rejeitos, estéreis e resíduos<br />

sansões pela ANM para assegurar a execução adequada do<br />

- Regra antiga:<br />

plano de fechamento de mina.<br />

O aproveitamento de qualquer substância mineral, O relatório dos trabalhos efetuados e do estado da<br />

mesmo as extraídas e não aproveitadas, dependia da mina e de suas possibilidades futuras já fazia parte do Plano<br />

de Fechamento de Mina, que era item obrigatório de<br />

comunicação imediata ao DNPM e do seu aditamento ao<br />

título de lavra, o que ocorria somente após a apresentação acordo com a NRM para renúncia ao título de lavra.<br />

e aprovação pelo DNPM do relatório de pesquisa e do plano<br />

de aproveitamento econômico desta nova substância. títulos de lavra, com exceção do registro de licença, assim<br />

Não era clara a efetivação no protocolo da renúncia de<br />

- Regra atual:<br />

como não era expressa a possibilidade de renúncia parcial<br />

Previsão de procedimento simplificado, ainda a ser de títulos. Além disso, agora está prevista a aplicação de<br />

regulado por Resolução da ANM, para o aproveitamento sansões para execução adequada do plano de fechamento<br />

de rejeitos, estéreis e resíduos.<br />

de mina.<br />

Esta alteração ainda deverá ser regulada por Resolução<br />

da ANM, mas deverá ser bastante benéfica para o setor de f) Limitação do prazo de 5 anos para reincidência de<br />

agregados na comercialização de estéreis e rejeitos, que infração para cobrança de multa em dobro<br />

possuem demanda sazonal. É bastante comum a impossibilidade<br />

do aproveitamento dos estéreis e rejeitos, pois, Havia apenas previsão de multa em dobro em caso de<br />

- Regra antiga:<br />

em muitos casos, quando há a demanda, os mineradores reincidência.<br />

não possuem a substância aditada ao título, impedindo o - Regra atual:<br />

seu aproveitamento.<br />

Limitação do prazo de 5 anos e apenas em casos de<br />

A oferta pública prévia, apesar de ser mais um proce-<br />

reincidência específica há cobrança de multa em dobro.<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


60<br />

Havia grande controvérsia sobre as hipóteses de<br />

cobrança de multa em dobro e agora está definido como<br />

reincidência específica, ou seja, uma mesma infração e no<br />

prazo de até 5 anos.<br />

g) Atualização dos valores das multas e detalhamento<br />

das infrações<br />

- Regra antiga:<br />

Eram detalhadas as obrigações e as infrações eram<br />

impostas por não cumprimento destas obrigações. Os valores<br />

eram vinculados ao salário mínimo.<br />

- Regra atual:<br />

Parte das infrações administrativas foram detalhadas e<br />

a outra parte está como não cumprimento das obrigações<br />

detalhadas no Regulamento do Código de Mineração.<br />

Além disso, foram detalhados os valores em reais e incluído<br />

o IPCA como índice de correção dos valores.<br />

Há um maior detalhamento das infrações administrativas<br />

e foram atualizados os valores do antigo regulamento<br />

do Código de Mineração que não eram utilizados.<br />

Novidades que deverão dar mais segurança<br />

jurídica aos mineradores<br />

b) Possibilidade de requerimento de emissão de<br />

Declaração de Utilidade Pública para instituição de<br />

servidão mineral ou desapropriação de imóvel<br />

Está prevista a possibilidade de o titular de títulos<br />

minerários requerer que a ANM emita declaração de utilidade<br />

pública para fins de instituição de servidão mineral<br />

ou de desapropriação de imóvel.<br />

No Código de Mineração e antigo Regulamento do Código<br />

de Mineração é claro o procedimento para avaliação<br />

e pagamento de rendas e indenizações para realização da<br />

pesquisa mineral e, no capítulo de servidões de ambos<br />

os dispositivos legais, era clara a previsão de constituição<br />

de servidão para as atividades de apoio (instalações,<br />

vias, captação de água, transmissão de energia elétrica,<br />

bota-fora, etc.), não sendo mencionado procedimento ou<br />

possibilidade para a área de lavra.<br />

A Declaração de Utilidade Pública para desapropriação<br />

para atividades de mineração sempre esteve prevista<br />

no Decreto-Lei nº 3.365/1941, no entanto era necessário<br />

o decreto de utilidade pública do Presidente da República,<br />

Governador ou Prefeitos, o que o tornava pouco prático.<br />

Agora com a possibilidade de emissão de Declaração de<br />

Utilidade Pública pela ANM, este procedimento deverá ser<br />

muito mais acessível.<br />

a) Autorização de suspensão das atividades de lavra<br />

enquanto a ANM não analisa o pedido de suspensão<br />

Foi formalizada autorização da suspensão dos trabalhos<br />

de lavra enquanto a ANM analisa o pedido de suspensão<br />

dos trabalhos de lavra.<br />

c) Definição mais clara e abrangente da atividade de<br />

mineração e lavra<br />

Antes não era expresso que a mineração não se restringia<br />

a lavra de minérios. Agora está claro que a mineração<br />

envolve a lavra, pesquisa, desenvolvimento da mina,<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

61


62<br />

beneficiamento, comercialização de minérios, aproveitamento<br />

de rejeitos e estéreis e o fechamento da mina.<br />

Além disso, também ficou definido que a lavra contempla<br />

o planejamento e desenvolvimento da mina, remoção de<br />

estéril, desmonte de rochas, extração mineral, transporte<br />

de minério, beneficiamento e concentração do minério,<br />

deposição ou aproveitamento do rejeito, estéril e resíduos<br />

da mineração e armazenagem do produto mineral.<br />

Assim, deverá ser mais difícil para os órgãos ambientais<br />

afirmarem que a intervenção em áreas de preservação<br />

permanente ou supressão de vegetação nativa secundária<br />

de mata atlântica em estágio médio e avançado de regeneração<br />

não é possível para implantação de infraestrutura<br />

de beneficiamento de minérios, deposição de estéril ou<br />

rejeitos ou armazenamento de produto mineral, pois a<br />

lei permite esta intervenção somente para a mineração,<br />

como vinha ocorrendo nos últimos anos.<br />

d) Possibilidade de oferecimento de concessão de<br />

lavra em garantia para financiamento<br />

Anteriormente já era possível o oferecimento de concessão<br />

de lavra em garantia, com a devida averbação pelo<br />

DNPM. Com a previsão expressa essa modalidade deverá<br />

se tornar mais comum.<br />

e) Resolução para definição dos prazos de tramitação<br />

dos processos minerários<br />

Antes já era uma obrigação do DNPM definir os prazos<br />

de tramitação dos processos, mas agora foi dado o prazo<br />

de 180 dias da instalação da ANM para a ANM definir os<br />

prazos para tramitação dos processos minerários em Resolução,<br />

o que ainda não ocorreu, mesmo passado os 180<br />

dias da instalação da ANM.<br />

f) Conhecimento pelo MME de assuntos referentes<br />

às atividades de mineração ou que criem restrições ao<br />

desenvolvimento dessas atividades<br />

Ficou definido que o MME deverá ser ouvido previamente<br />

sobre os assuntos referentes às atividades de mineração<br />

ou que criem restrições ao desenvolvimento dessas<br />

atividades.<br />

Resolução nº 1/2018<br />

(Regulamento do Registro de Extração)<br />

Esta resolução traz algumas alterações para o Registro<br />

de Extração, sendo as mais relevantes:<br />

- Possibilidade de requerimento de registro de extração<br />

em área em disponibilidade, à critério da ANM (Artigo<br />

3º, I).<br />

- Obrigatoriedade de apresentação de memorial explicativo<br />

das atividades de lavra, elaborado por profissional<br />

legalmente habilitado com ART (Artigo 4º, III, d e §1º).<br />

- Possibilidade de mais de uma prorrogação (Artigo 6º).<br />

- Possibilidade de terceirização de atividades auxiliares<br />

(desmonte, topografia e outros) (Artigo 8º, II).<br />

- Possibilidade de cancelamento do Registro de Extração<br />

pela ANM quando for verificado o não atendimento<br />

das NRMs, após a segunda notificação dentro do prazo de<br />

1 ano (Artigo 9º, VII).<br />

- Regulamentação da prorrogação do Registro de Extração<br />

(Artigo 13).<br />

- Regulamentação da desistência e renúncia do Registro<br />

de Extração (Artigo 14).<br />

Resolução nº 2/2018<br />

(Regimento Interno da ANM)<br />

A partir de agora as antigas superintendências do<br />

DNPM se tornam Unidades Administrativas Regionais. os<br />

antigos escritórios regionais se tornam Unidades Avançadas<br />

e o antigo Superintendente passa a ser Gerente<br />

Regional.<br />

Com essa reorganização, resumidamente, haverá<br />

pequenas alterações na divisão do órgão de administração.<br />

Antigamente, as maiores superintendências eram<br />

divididas, tecnicamente, em Divisão de Gestão de Títulos<br />

Minerários (outorga) (subdividida em Setor de Controle de<br />

Áreas e Serviço de Análise de Projetos) e Divisão de Fiscalização<br />

de Pesquisa e Aproveitamento Mineral.<br />

Agora, as maiores Unidades Administrativas Regionais<br />

passam a ser divididas, tecnicamente, pelo Setor de Controle<br />

e Registro, pela Divisão de Fiscalização e pela Divisão<br />

de Pesquisa e Recursos Minerais.<br />

Além dessas divisões há também as administrativas<br />

equivalentes às que já existiam.<br />

Funcionamento da ANM<br />

Já foram publicadas dez Resoluções normativas da Diretoria<br />

Colegiada da ANM, sendo duas em 2018 e oito em<br />

2019. Confira o resumo das mais relevantes:<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

Resolução nº 1/2019<br />

(Sigilo dos processos minerários)<br />

Agora são considerados sigilosos apenas os Relatórios<br />

de Pesquisa, Planos de Aproveitamento Econômico,<br />

Relatório de Reavaliação de Reservas, Relatório Anual de


63<br />

Lavra, processos de certificação Kimberley e processos<br />

de cobrança relativos à CFEM, além de documentos integrantes<br />

do processo minerário cujo sigilo seja, a pedido<br />

do titular, deferido pela ANM em decisão fundamentada,<br />

por conter segredo industrial a proteger ou informação<br />

empresarial que possa representar vantagem competitiva<br />

a outro agente econômico. Este sigilo deverá ser requerido<br />

de forma expressa e fundamentada, apontando objetivamente<br />

as informações que pretende manter inacessíveis<br />

a terceiros.<br />

Também foi considerado legitimado a acessar o RAL o<br />

superficiário das áreas oneradas.<br />

Como regra de transição, o acesso aos processos minerários<br />

que, na data da publicação da Resolução ANM nº<br />

1/2019, já possuam autorização de pesquisa, concessão<br />

de lavra, registro de licença, permissão de lavra garimpeira<br />

ou guia de utilização, continuaria regido, até 4 de abril<br />

de 2019, pela Consolidação Normativa (Título I, Capítulo<br />

V), na redação anterior à presente alteração, ou seja,<br />

considerados como sigilosos, sem acesso a terceiros não<br />

interessados.<br />

Portanto, desde 4 de abril de 2019, caso não tenha<br />

sido requerido o sigilo, os processos estão integralmente<br />

acessíveis a terceiros.<br />

Resolução nº 4/2019<br />

(Barragens)<br />

Esta resolução foi publicada emergencialmente, junto<br />

com a Consulta Pública para sugestões. Foi elaborada uma<br />

minuta pelo Grupo de Trabalho, que foi submetida para<br />

Diretoria Colegiada da ANM para aprovação, o que deverá<br />

ocorrer em breve.<br />

* Fernando Udihara Aoki é engenheiro de minas e advogado, sócio da Prominer Projetos Ltda., consultoria especializada<br />

em mineração e meio ambiente fundada em 1985, e conselheiro da Associação Paulista de Engenheiros de Minas - APEMI.<br />

E-mail: eng.fernando@prominer.com.br<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019


GESTÃO COMERCIAL<br />

64<br />

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM CONSULTORIA<br />

PARA MINERAÇÃO DE AGREGADOS?<br />

A máxima de que nenhum negócio está tão bom que<br />

não possa ser melhorado se aplica também ao mercado<br />

de agregados. Afinal, a mineração não é somente o ato de<br />

pesquisar e extrair, pois envolve um conjunto de atividades<br />

que são desenvolvidas desde o licenciamento da área até<br />

a distribuição do produto final, que precisam estar muito<br />

bem definidas para o sucesso das operações. É aí que<br />

entra a importância de um serviço de consultoria para mineração<br />

de agregados para aperfeiçoar os processos mais<br />

simples e os mais complexos do cotidiano das empresas<br />

deste setor.<br />

Confira, abaixo, alguns exemplos de conteúdos programáticos<br />

que a FGTG Cursos e Treinamentos, especializada<br />

em treinamento profissional e consultoria para mineração<br />

de agregados oferece ao mercado, englobando desde<br />

práticas de negociação até técnicas de gestão de custos e<br />

precificação.<br />

1) Princípios de influência ética<br />

Visando a adequação de toda a equipe que se relaciona<br />

com terceiros.<br />

Conteúdo programático<br />

1.1 - Os fatores que levam uma pessoa a dizer SIM a uma<br />

solicitação.<br />

1.2 - As técnicas mais eficazes para utilização desses fatores.<br />

1.3 - Apresentação e discussão de várias aplicações práticas<br />

dos Princípios de Influência Ética.<br />

1.4 - Apresentação e discussão de vários desastres profissionais<br />

causados pela falta de Princípios Éticos nas influências.<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />

2) O poder do "NÃO Positivo"<br />

É fundamental saber dizer NÃO, para defender os interesses<br />

da organização, sem romper os relacionamentos<br />

com os clientes e ou fornecedores.<br />

Conteúdo programático<br />

2.1 - Entender a tensão que dificulta dizer NÃO: - priorizar o<br />

relacionamento ou os interesses próprios?<br />

2.2 - As consequências das alternativas equivocadas: - Ceder,<br />

Combater e ou Calar.<br />

2.3 - O passo a passo para utilização do NÃO POSITIVO, a<br />

única saída que defende os interesses e preserva os relacionamentos.<br />

3) Negociação – método de Harvard<br />

Negociação é uma das atividades mais importantes<br />

para assegurar resultados. Uma excelente negociação<br />

procura resultados positivos para todos os envolvidos no<br />

processo. Evitar a barganha é igualmente fundamental.<br />

Conteúdo programático<br />

3.1 - Barganha & Negociação – Aprenda negociar e evite a<br />

barganha.<br />

3.2 - Como negociar quando o outro lado é mais poderoso.<br />

3.3 - Como agir se o outro lado usar truques sujos/ antiéticos.<br />

3.4 - Condições ideais para uma boa negociação.<br />

3.5 - Quando a melhor opção é não negociar.<br />

3.6 - Como negociar agregando valor a todos os envolvidos<br />

no processo.<br />

3.7 - Todas negociações são diferentes, mas os elementos<br />

básicos não se alteram.


4) Gestão de custos e precificação<br />

Precificar os produtos e serviços, com foco no resultado,<br />

não apenas no faturamento. Isso só é possível com<br />

uma eficaz gestão dos custos.<br />

Conteúdo programático<br />

4.1 - Técnicas para avaliar os custos de produção, distribuição,<br />

vendas e assistência técnica.<br />

4.2 - Exemplos práticos de levantamento e classificação dos<br />

principais itens de custos e despesas.<br />

4.3 - Tipos e Métodos de Custeio.<br />

4.4 - Sistemas de Controle de Custos.<br />

4.5 - Métodos mais usuais para precificar produtos e serviços<br />

4.6 - Exemplos práticos de elaboração de planilhas de custeio<br />

e precificação.<br />

4.7 - Elaboração e análise de DRE – Demonstrativo de Resultados<br />

do Exercício.<br />

5) Sistema Lean Process<br />

Por falar em gestão; é fundamental ter o controle absoluto<br />

da gestão da produção.<br />

Conteúdo programático<br />

5.1 - Nova revolução industrial: - a produção enxuta, a arma<br />

secreta das indústrias mais eficientes do mundo.<br />

5.2 - Lean Process – Estratégia de sobrevivência e crescimento<br />

global.<br />

5.3 - Lean Process - Como envolver a todos: - alta administração,<br />

colaboradores, fornecedores.<br />

5.4 - O processo LEAN é capaz de dobrar a produção, garantindo<br />

a qualidade total ao mesmo tempo em que reduz os<br />

custos.<br />

5.5 - A adoção do processo LEAN vai modificar a empresa, a<br />

forma como trabalhamos e vivemos.<br />

5.6 - Aplicação geradora de sustentabilidade, lucro, felicidade<br />

hoje e no futuro.<br />

6) Controle da eficiência e custos – Britagem &<br />

Peneiramento<br />

Absolutamente fundamental para os bons resultados<br />

65<br />

da mineração de agregados. Este treinamento e ou consultoria<br />

é muito importante também para orientar nas<br />

aquisições de equipamentos.<br />

Conteúdo programático<br />

6.1 - Conceitos Gerais (Densidade – Wi – Testes de Britabilidade<br />

- Curvas Granulométricas).<br />

6.2 - Mecanismos de Peneiramento (Fatores que influenciam<br />

na operação – tipos de movimentos das peneiras vibratórias –<br />

Comportamento das partículas – Frequência & Amplitude dos<br />

movimentos).<br />

6.3 - Tipos de Equipamentos de Peneiramento (Grelhas –<br />

Peneiras Vibratórias e Fixas – Peneiras Desaguadoras – Peneiras<br />

Inclinadas e Horizontais – Peneiras Banana – Peneiras Rotativas) .<br />

6.4 - Dimensionamento de Peneiras.<br />

6.5 - Quantificação do Processo (Controle de Eficiência do<br />

Peneiramento).<br />

6.6 - Tipos de Telas e suas aplicações – Tipos de fixação de<br />

telas – Cálculo de Área Aberta.<br />

6.7 - Equipamentos de Britagem – Seleção de Britadores<br />

6.8 - Práticas Operacionais de Britagem (Lubrificação – regulagem<br />

– controles).<br />

6.9 - Aplicações (Britagem Primária – Rebritagem – Britadores<br />

Autógenos – Britadores de Impacto – Britadores de Rolos<br />

- Circuitos Abertos & Fechados – Produtos de Britagem – Britagens<br />

Fixa, Móvel & Semimóvel).<br />

6.10 - Índices de controle de eficiência de plantas e qualidade<br />

dos produtos de britagem & peneiramento.<br />

Em resumo, recomenda-se que as empresas adequem<br />

toda a equipe para trabalhar com critérios éticos; saber<br />

dizer NÃO sem romper os relacionamentos; e saber negociar,<br />

precificar, fazer a gestão dos custos e da produção,<br />

sempre focados em bons resultados.<br />

A FGTG – CUROS E TREINAMENTOS EIRELI é uma das<br />

organizações de treinamentos e consultoria para mineração<br />

de agregados, que pode contribuir com o desenvolvimento<br />

do setor.<br />

* Geraldo de Oliveira Jesus é Engenheiro de Minas graduado pela UFMG (1983), Especialista em Gestão de<br />

Qualidade pela Poli/USP (2000), MBA – Executivo em Gestão e Business Law pela FGV (2010).<br />

Possui 30 anos de experiência em Gestão Comercial e Negociações Complexas, trabalhando como Executivo<br />

Comercial em diversas empresas multinacionais, como: Metso, Martin Engineering e Schenck Process. Hoje atua<br />

como Instrutor & Coaching em gestão comercial e negociação, com foco em indústria de bens de capital,<br />

principalmente para os mercados de Mineração, Siderurgia, Cimento e Alimentos.<br />

Contato: FGTG - Cursos e Treinamentos / geraldo.oliveira.jesus@gmail.com / (11) 97632-0928<br />

Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019

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