Edição - 06
A primeira revista brasileira, 100% digital, para o setor de agregados da construção
A primeira revista brasileira, 100% digital, para o setor de agregados da construção
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Para assinatura gratuita<br />
utilize o código abaixo:<br />
Revista<br />
Agregados Online<br />
<strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019 | O E-Zine da Indústria Nacional de Agregados<br />
EQUIPAMENTOS<br />
INTELIGENTES JÁ SÃO<br />
REALIDADE NA PRODUÇÃO<br />
ESPECIAL BRITAGEM<br />
Britadores inteligentes reduzem custos e aumentam<br />
a produção com maior eficiência energética<br />
PRODUTIVIDADE 1<br />
Eficiência dos pontos de transferência<br />
é essencial para garantir a produtividade<br />
EQUIPAMENTOS<br />
Pás carregadeiras mostram que tamanho é<br />
documento sim e combina com tecnologia<br />
AGREGA-MARKET / ENTREVISTAS<br />
Flávio Ottoni Penido - Presidente do IBRAM<br />
Guilherme Ramos - Dir. da STO Feiras & Eventos<br />
PRODUTIVIDADE 2 - Indústria 4.0 já é realidade nas pedreiras<br />
SÉRIE ESPECIAL MOVIMENTOS VIBRATÓRIOS DAS PENEIRAS - Movimento Elíptico
2<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
SUMÁRIO<br />
<strong>06</strong> AGREGA-NEWS<br />
Acontece no mercado, vira notícia!<br />
16<br />
DESTAQUES DA EDIÇÃO Nº6<br />
SÉRIE ESPECIAL - OS MOVIMENTOS<br />
VIBRATÓRIOS DAS PENEIRAS<br />
Movimento Elíptico<br />
Colaboração: Carlos Trubbianelli<br />
20<br />
24<br />
26<br />
32<br />
34<br />
38<br />
40<br />
AGREGA-MARKET / ENTREVISTA 1<br />
Flávio Ottoni Penido/Presidente do IBRAM<br />
ESPAÇO ABIMEX<br />
Abimex e Sindex trabalhando pelo<br />
desenvolvimento da cadeia de explosivos<br />
Colaboração: Ubirajara D'Ambrosio<br />
EQUIPAMENTOS 1 / ESPECIAL BRITAGEM<br />
Britadores inteligentes reduzem custos e<br />
aumentam produção com maior eficiência<br />
energética<br />
AGREGA-MARKET / ENTREVISTA 2<br />
Guilherme Ramos/Diretor da STO Feiras & Eventos<br />
PRODUTIVIDADE 1<br />
Eficiência nos pontos de transferência do<br />
transportador de correia é essencial para garantir<br />
a produtividade<br />
RCD ONLINE<br />
Riuma Ambiental é referência nacional na<br />
reciclagem de RCD<br />
EQUIPAMENTOS 2 / PÁ CARREGADEIRA<br />
Fabricantes de pás carregadeiras mostram que<br />
tamanho é documento sim e combina com alta<br />
tecnologia<br />
50 PRODUTIVIDADE 2<br />
Indústria 4.0 nas pedreiras já é uma realidade<br />
54<br />
58<br />
64<br />
CASE INTERNACIONAL<br />
CDE investe em tecnologia trazendo soluções à<br />
Collier Materials<br />
ARTIGO ESPECIAL<br />
Instalação da Agência Nacional de Mineração e a<br />
entrada em vigor do novo regulamento do código<br />
do setor<br />
GESTÃO COMERCIAL<br />
Você já ouviu falar de Consultoria para Mineração<br />
de Agregados?<br />
Agregados Online é uma publicação exclusiva da Editora Digital<br />
Revistas Online TEM, cujo compromisso é levar informação<br />
relevante com agilidade e independência aos profissionais e do<br />
Setor de Agregados para a Indústria da Construção do Brasil.
4<br />
Revista<br />
Agregados Online<br />
EDITORIAL<br />
Chegamos à sexta edição da Revista Agregados Online, comemorando e muito a nossa presença na maior feira de Mineração do<br />
Brasil, a Exposibram, pois significa para nós uma importante demonstração de que o Setor de Agregados para construção e infraestrutura<br />
está sim representado e renovado em termos de comunicação.<br />
Seguindo nessa pegada da Mineração + Infraestrutura trazemos duas entrevistas em Agrega-Market que mostram essa amplitude<br />
da Agregados Online, que atende ambos os segmentos dando espaço para que Flávio Ottoni Penido, Diretor-presidente do IBRAM –<br />
Instituto Brasileiro de Mineração (nosso anfitrião na Exposibram) e Guilherme Ramos, Diretor da STO Feiras & Eventos que organizou<br />
com louvor a Paving Expo & Conference, pudessem falar sobre a retomada de fôlego para a superação dos desafios e geração de<br />
oportunidades para seus respectivos setores, dando a localização de importância do papel dos segmento de agregados em ambos.<br />
Mas o foco principal desta edição foi novamente a Indústria 4.0, que cada vez mais ganha espaço nas pedreiras do Brasil, tendo como<br />
protagonistas aqueles que possuem a entendimento das peculiaridades nas operações, por conhecerem a fundo a necessidade de<br />
seus clientes: os fabricantes de equipamentos, cujo poder de desenvolvimento de soluções tecnológicas de ponta está cada vez mais<br />
visível e acessível ao usuário final, tornando sua experiência produtiva muito mais eficaz e menos onerosa.<br />
Comprove isso no Especial Britagem, com o rico conteúdo que empresas como Metso, Weir Minerals e Astec nos trazem; na seção<br />
Equipamentos 2, com os principais fabricantes de pás carregadeiras mostrando detalhes de seus pacotes de tecnologia embarcada<br />
em suas máquinas; verifique também em Produtividade 2, que mostra onde tudo isso já está sendo implantado em grandes grupos<br />
produtores de agregados, como a Embu S/A, Riuma Mineração e Votorantim Cimentos.<br />
Quando falamos em indústria 4.0, isso significa redução de custos com eficiência produtiva, portanto, confira em Produtividade<br />
1 a importância dos pontos de transferência no manuseio de materiais, onde a Martin Engineering, a Mineratec e a Rapthor demonstram<br />
suas competências neste tema. Seguindo para terras estrangeiras, trazemos ainda um case internacional de sucesso em<br />
produtividade e pós-vendas da CDE Global em seu cliente Collier Materials, nos EUA.<br />
Trazemos ainda um Artigo Especial sobre o antes e o depois da implantação da ANM – Agência Nacional de Mineração e o novo<br />
código de Mineração, escrito pelo Engº Fernando Aoki, da Prominer. Finalizando, em RCD Online, confira a excelência operacional<br />
conquistada pela Riuma Ambiental em seus processos de reciclagem de RCD.<br />
Aproveitem o conteúdo e boa leitura!<br />
Adriana Roma<br />
redacao@agregadosonline.com.br<br />
REDAÇÃO<br />
Para sugestões, comentários, críticas, dúvidas e informações sobre o conteúdo<br />
editorial da Revista Agregados Online, utilize o e-mail:<br />
leitor@agregadosonline.com.br<br />
PUBLICIDADE<br />
Para anunciar na Agregados Online, contate-nos via:<br />
publicidade@agregadosonline.com.br<br />
Tels.: (11) 3125-5651 / 99169-6251<br />
LICENCIAMENTO<br />
Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por<br />
escrito dos responsáveis da Editora Digital Revistas Online TEM.<br />
Para utilizar nosso conteúdo editorial em qualquer mídia, solicite via:<br />
contato@agregadosonline.com.br<br />
ASSINATURA ONLINE GRATUITA (por tempo limitado)<br />
Acesse o link abaixo e cadastre-se para receber via e-mail, a cada dois meses,<br />
por um ano, a Revista Agregados Online. É muito fácil e rápido!<br />
Link: ASSINE JÁ!<br />
CONSELHO EDITORIAL<br />
José Adriano Emenegildo (Diretor)<br />
Carlos Trubbianelli<br />
Geraldo de Oliveira Jesus<br />
Hewerton Bartoli<br />
José Bruno Neto<br />
Levi Torres<br />
Paulo Da Pieve<br />
Romualdo Farias<br />
Ubirajara D’Ambrósio<br />
EQUIPE AGREGADOS ONLINE<br />
Redação: Há Propósito Comunicação<br />
Editora: Adriana Roma/Mtb 31476/SP<br />
Repórter: Letícia Milaré/Mtb 0081390/SP<br />
<strong>Edição</strong> de arte: RBP Diagramação<br />
Publicidade: Odair Sudário<br />
Todos os direitos reservados à:<br />
Editora Digital Revistas Online TEM<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
AGENDA DE EVENTOS<br />
5<br />
Exposibram 2019<br />
Data: 9 a 12 de setembro de 2019<br />
Local: Belo Horizonte – MG<br />
Informações: www.portaldamineracao.com.br/exposibram<br />
XXVIII ENTMME<br />
Data: 4 a 8 de novembro de 2019<br />
Local: Escola de Engenharia da UFMG - Belo Horizonte – MG<br />
Informações: www.entmme2019.entmme.org<br />
VI Congresso Internacional de Meio Ambiente Subterrâneo<br />
Data: 18 a 19 de novembro de 2019<br />
Local: Belo Horizonte – MG<br />
Informações: www.abas.org/vicimas/<br />
Brazil ExpoMoving<br />
Data: 14 a 17 de julho de 2020<br />
Local: São Paulo – SP<br />
Informações: www.brazilexpomoving.com.br<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
AGREGA-NEWS<br />
6<br />
AUTODESK REDUZ PEGADA DE<br />
CARBONO EM 43% E AUMENTA<br />
PARTICIPAÇÃO EM SOLUÇÕES<br />
SUSTENTÁVEIS<br />
Com a tendência global de urbanização<br />
da população nos próximos<br />
30 anos, a redução dos impactos provenientes<br />
da construção civil, como o<br />
alto consumo de energia usada nos<br />
edifícios, se torna ainda mais urgente.<br />
Foi pensando nisto que a Autodesk,<br />
empresa especializada em software<br />
3D para projetos, tem trabalhado para<br />
reduzir ou eliminar os impactos<br />
negativos ao meio ambiente.<br />
Somente em 2018, o portfólio<br />
da empresa foi expandido com<br />
três aquisições que aprimoraram<br />
as soluções sustentáveis de construção<br />
e manufatura. Neste segmento,<br />
um dos focos de negócio<br />
deles é a metodologia Building<br />
Information Modeling (BIM), que<br />
permite melhorar a gestão de<br />
fluxo de caixa, bem como a sustentabilidade<br />
e a otimização de<br />
recursos, reduzindo em até 30%<br />
de gastos nas obras.<br />
Em seu décimo relatório anual<br />
de sustentabilidade, a Autodesk<br />
destacou ainda outros avanços<br />
em suas metas para 2021. Eles<br />
reduziram em 41% a emissão de gases<br />
de efeito estufa (GEE) nos últimos<br />
10 anos, ficando bem próximos da<br />
meta de 43% de redução até 2020.<br />
Além disso, 100% da energia elétrica<br />
de suas unidades e data centers são<br />
provenientes de fontes renováveis.<br />
Para atingir esses resultados, a<br />
Autodesk avalia o uso de energia e<br />
outras áreas de impacto para criar<br />
planos de melhorias nesses setores.<br />
A empresa usa suas operações para<br />
testar funcionalidade de soluções,<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
melhorar o desempenho ambiental,<br />
além de mostrar aos clientes como<br />
eles podem usar soluções para cumprir<br />
os seus próprios objetivos de sustentabilidade.<br />
Entre as ações está o<br />
uso de energia renovável nos serviços<br />
em nuvem e o uso de equipamentos<br />
eficientes que atendam aos mais altos<br />
padrões no setor para reduzir o gasto<br />
energético dos data centers.<br />
Nos locais em que a operação<br />
não é totalmente atendida por fontes<br />
renováveis, a empresa compra Certificados<br />
de Energia Renovável verificados.<br />
Além disso, a Autodesk também<br />
busca diminuir o impacto climático de<br />
seus eventos, aumentando a eficiência<br />
e oferecendo opções virtuais de<br />
presença.<br />
Entre os destaques citados no<br />
relatório está ainda a doação de US$<br />
26,3 milhões em softwares, treinamento<br />
e apoio para diversas instituições<br />
e organizações apoiadas pelos<br />
programas da Autodesk Foundation<br />
em todo o mundo, incluindo o Brasil,<br />
durante o último ano fiscal, encerrado<br />
em 31 de janeiro.<br />
Os funcionários da Autodesk no<br />
mundo todo contribuíram com<br />
mais de 26 mil horas de trabalho<br />
voluntário. Entre as ações, estão<br />
o compartilhamento de conhecimento<br />
para que as comunidades<br />
em que a empresa atua possam<br />
prosperar. Além de doações, a<br />
companhia incentiva, entre seus<br />
funcionários, o tempo de voluntariado<br />
remunerado para que<br />
possam apoiar as causas e as<br />
organizações que mais se identifiquem.<br />
Clique aqui para acessar o<br />
relatório completo e conhecer outros<br />
dados relevantes sobre as iniciativas<br />
sustentáveis da Autodesk.<br />
Fonte: Assessoria de Imprensa
AGREGA-NEWS<br />
8<br />
ENGº CRIA PLATAFORMA<br />
QUE CONECTA PRODUTORES<br />
DE CONCRETO USINADO AO<br />
CLIENTE FINAL<br />
Nas últimas décadas, diversas<br />
inovações têm desempenhado um<br />
grande impacto mercadológico ao<br />
auxiliarem os profissionais que atuam<br />
na construção civil a resolveram os<br />
desafios do setor. Com base neste<br />
panorama e considerando o momento<br />
de retomada, Bruno Reganati, Engenheiro<br />
de Produção e Especialista<br />
em Marketing Digital, lançou o portal<br />
Concreto Usinado. A plataforma tem<br />
como proposta principal auxiliar no<br />
aumento das vendas de concreto usinado<br />
para concreteiras por meio da<br />
internet.<br />
A grande missão da novidade é<br />
proporcionar um canal de comunicação<br />
direto e rápido entre as empresas<br />
produtoras de concreto e o consumidor<br />
final, agilizando o recebimento<br />
de orçamentos e negociações. Dessa<br />
forma, ao informar o local da obra<br />
e realizar um pedido de cotação, o<br />
sistema automaticamente dispara a<br />
solicitação para as concreteiras que<br />
atuam na região de necessidade. Vale<br />
ressaltar que a plataforma considera<br />
um raio de no máximo 35km, de<br />
forma a respeitar a qualidade do concreto<br />
até seu tempo de descarga e as<br />
normas ABNT.<br />
O Engenheiro afirma que a ideia<br />
é conectar a todos, tornando o trabalho<br />
com concreto usinado uma via<br />
de mão dupla, além de beneficiar<br />
pequenos empreendedores, que sequer<br />
possuem presença na internet.<br />
“Atualmente, pelo menos 80% das<br />
concreteiras do segmento são enquadradas<br />
como pequenas empresas.<br />
Poucas possuem presença digital do<br />
seu negócio. Um portal de nicho é<br />
uma oportunidade para que todos<br />
passem a receber demanda, com custo<br />
inferior ao da contratação de uma<br />
agência de marketing”, finaliza.<br />
Para as concreteiras que desejaram<br />
aderir ao portal, basta clicar aqui<br />
e consultar os planos disponíveis.<br />
Quem desejar fazer uma cotação, por<br />
sua vez, deve clicar aqui. Para mais informações<br />
sobre a plataforma, acesse<br />
o site aqui.<br />
Fonte: Assessoria de Imprensa<br />
6TH SENSE - NOVA TECNOLOGIA<br />
INTELIGENTE DA EPIROC<br />
Alinhada com a tendência de que<br />
a automação e a digitalização são o<br />
futuro da indústria de mineração, a<br />
Epiroc apresentou mais uma inovação<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
para o setor: o 6th Sense, solução que<br />
conecta máquinas, sistemas e pessoas<br />
utilizando não apenas automação,<br />
mas também gerenciamento de informações<br />
e integração de sistemas. A<br />
principal característica da tecnologia<br />
é garantir foco total na conectividade,<br />
usando a interoperabilidade para<br />
liberar todo o potencial de automação<br />
para ganhos de produção e custos<br />
operacionais mais baixos.<br />
Para a Vice-presidente Sênior de<br />
Mineração e Infraestrutura da Epiroc,<br />
Helena Hedblom, o 6th Sense é uma<br />
fórmula desenvolvida<br />
obter<br />
para<br />
soluções<br />
diferenciadas e<br />
alcançar a excelência<br />
operacional<br />
em serviços<br />
de<br />
mineração<br />
e infraestrutura. “O nome 6th Sense<br />
implica que a tecnologia traz algo<br />
a mais e é exatamente isso que ela<br />
proporciona, uma vantagem significativa,<br />
como rastrear e responder às<br />
condições de trabalho e necessidades<br />
do equipamento em tempo real”,<br />
complementa Helena.<br />
Segundo ela, o 6th Sense possui<br />
quatro níveis: automação da máquina,<br />
autonomia da máquina, autonomia
AGREGA-NEWS<br />
9<br />
do processo e integração do sistema.<br />
No primeiro nível, os sistemas de<br />
monitoramento fornecem fácil acesso<br />
e coleta de dados, enquanto os<br />
sistemas de controle fornecem funcionalidades<br />
operacionais, ampliando<br />
as possibilidades do equipamento<br />
em uso. A autonomia da máquina é o<br />
controle remoto de uma ou de várias<br />
máquinas ao mesmo tempo. Em seu<br />
terceiro nível, autonomia do processo,<br />
os equipamentos começam a se<br />
conectar a partir de um programa de<br />
operação mais abrangente. Já no nível<br />
final e mais alto, acontece a integração<br />
completa de processos e sistemas<br />
em toda a cadeia de valor, o que inclui<br />
análise avançada de dados, gerenciamento<br />
de tráfego e operações.<br />
Um exemplo do foco da Epiroc<br />
em soluções automatizadas e melhoria<br />
de produtividade, vem da<br />
mina de Hollinger, em Timmins, no<br />
Canadá. Em conjunto com um de<br />
seus parceiros mais importantes na<br />
região, a Newmont Goldcorp, a Epiroc<br />
implementou a primeira perfuratriz<br />
de superfície SmartROC D65 com<br />
operação totalmente autônoma. O<br />
operador pode trabalhar remotamente<br />
e realizar outras tarefas enquanto o<br />
equipamento completa toda a perfuração<br />
planejada. Além do aumento da<br />
segurança para os operadores, essa<br />
função melhora a produtividade graças<br />
à precisão conferida pelo Global<br />
Navigation Satellite System, que resulta<br />
em operações contínuas e menos<br />
desgaste nas ferramentas, reduzindo<br />
os custos de produção e melhorando<br />
a confiabilidade.<br />
Fonte: Assessoria de Imprensa<br />
METSO COMPRA MCCLOSKEY<br />
E FORTALECE MERCADO DE<br />
EQUIPAMENTOS MÓVEIS PARA<br />
AGREGADOS<br />
A finlandesa Metso assinou um<br />
contrato milionário para adquirir<br />
a empresa canadense McCloskey,<br />
fabricante de equipamentos móveis<br />
para britagem e peneiramento. Com<br />
a aquisição, a multinacional europeia<br />
fortalece o seu portfólio de olho no<br />
crescimento anual do mercado de<br />
agregados para o período de 2019-<br />
2023, estimado entre 4% e 6% ao ano.<br />
A empresa já fabrica equipamentos<br />
móveis, semimóveis e fixos para britagem<br />
e peneiramento, porém, amplia<br />
a oferta, mantendo independentes a<br />
marca e os canais de distribuição da<br />
McCloskey. A aquisição está sujeita às<br />
condições habituais de fechamento,<br />
incluindo as aprovações antitruste, e<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
deve ser fechada até o quarto trimestre<br />
deste ano.<br />
Com a compra da McCloskey, a<br />
Metso deve expandir sua oferta global<br />
para o setor de agregados, principalmente<br />
entre as empreiteiras de obras,<br />
com destaque para o setor rodoviário.<br />
O segmento deve puxar a demanda<br />
de brita para a<br />
construção<br />
de<br />
base e sub-base<br />
de estradas e é<br />
um dos impulsionadores<br />
do<br />
crescimento do<br />
setor nos próximos<br />
quatro anos. De acordo Pekka<br />
Vauramo, Presidente e CEO da Metso,<br />
a aquisição está alinhada com a estratégia<br />
de crescimento rentável da empresa.<br />
“Ela fortalece nossos negócios<br />
de agregados nas principais áreas de<br />
crescimento. Os ciclos diferentes de<br />
agregados equilibram bem o nosso<br />
portfólio, anteriormente mais focado<br />
em mineração”, disse.<br />
Markku Simula, Presidente da<br />
área de Negócios de Equipamentos<br />
Agregados da Metso, complementa a<br />
avaliação de Vauramo. Segundo ele,<br />
os clientes de agregados e construção<br />
têm demandas diferenciadas e a aquisição<br />
da McCloskey amplia os planos<br />
de expansão da Metso por meio de
AGREGA-NEWS<br />
10<br />
diferentes canais e ofertas, ou seja,<br />
a combinação do portfólio das duas<br />
companhias. “As sinergias estão além<br />
da terceirização, principalmente relacionadas<br />
à receita, resultante da oferta<br />
mais ampla disponível para ambos<br />
os canais, bem como equipamentos<br />
de britadores adicionais, serviços<br />
e vendas de consumíveis”, pontua<br />
Markku.<br />
“Estamos orgulhosos do crescimento<br />
alcançado em um mercado<br />
competitivo. Sei que ingressar na<br />
Metso é o passo certo para todos os<br />
nossos clientes, funcionários, revendedores<br />
e parceiros de negócios. A<br />
combinação de nosso foco exclusivo<br />
em produtos e pessoas e os recursos<br />
globais da Metso ajudarão a criar<br />
soluções ainda melhores para nossos<br />
clientes ”, afirmou Paschal McCloskey,<br />
Fundador, Presidente e CEO da Mc-<br />
Closkey.<br />
O valor da transação na empresa<br />
é de 420 milhões de dólares canadenses<br />
(279 milhões de euros) a serem<br />
pagos no fechamento, com uma<br />
remuneração adicional baseada em<br />
rentabilidade de até 35 milhões de<br />
dólares canadenses (23 milhões de<br />
euros) para o período de dois anos<br />
após o fechamento. A transação deve<br />
ser positiva para o lucro por ação da<br />
Metso em 2020.<br />
Fonte: Assessoria de Imprensa<br />
ENDUR 300 É O MAIOR TRUNFO<br />
DA APERAM PARA MÚLTIPLAS<br />
APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA<br />
A Aperam South America, produtora<br />
integrada de aços inoxidáveis,<br />
elétricos e carbono, desenvolveu o<br />
ENDUR 300, aço inox de alta resistência.<br />
O ENDUR 300 é uma liga de baixo<br />
teor de carbono, com adições de cromo<br />
e níquel, e possui aplicação des-<br />
tacada em ambientes que combinam<br />
abrasão e corrosão, além de evitar o<br />
desgaste que gera a perda de espessura<br />
acelerada dos aços comuns.<br />
“O ENDUR traz diversos benefícios<br />
para o mercado, principalmente relacionados<br />
ao aumento da vida útil dos<br />
equipamentos, a redução de custos<br />
de manutenção e de preservação da<br />
espessura. E o melhor, foi totalmente<br />
desenvolvido no Brasil, em nossa<br />
planta em Timóteo/MG”, explica<br />
Roberto Guida, gerente executivo de<br />
marketing e desenvolvimento de mercado<br />
da Aperam.<br />
Para exemplificar as múltiplas<br />
possibilidades de aplicação do novo<br />
ENDUR 300 na indústria, em parceria<br />
com a ABESC (Associação Brasileira<br />
de Empresas de Serviços de Concretagem),<br />
a Volkswagen Caminhões e a<br />
Convicta, a Aperam lançou na última<br />
Concrete Show, realizada em agosto,<br />
em São Paulo, a betoneira ultraleve,<br />
desenvolvida com o aço ENDUR, trazendo<br />
benefícios diversos para o setor<br />
de construção civil.<br />
Depois 3 anos de testes no campo<br />
e no laboratório, a empresa investe no<br />
caminhão betoneira ultraleve.<br />
“Inicialmente, foram substituídas<br />
as chapas helicoidais internas, onde<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
há maior desgaste, que auxiliam na<br />
mistura e no despejo do concreto.<br />
Após esta etapa, foi identificado<br />
que o balão também sofria com o<br />
desgaste. O resultado foi o aumento<br />
da vida útil em três vezes”, destaca<br />
Tarcísio Oliveira, gerente executivo do<br />
Centro de Pesquisas da Aperam.<br />
Atualmente, os caminhões betoneiras<br />
são feitos de aço carbono e<br />
duram, em média, 4 anos. Nesse período<br />
ela transporta cerca de 24.000m³<br />
de concreto. Já com a substituição do<br />
balão para Aço Inox 410 e das chapas<br />
helicoidais pelo ENDUR 300 a durabilidade<br />
será de cerca de 7 anos, com<br />
transportação de quase 50.000m³.<br />
Roberto Guida destaca que, além<br />
de trazer longevidade ao equipamento,<br />
a solução reduz consideravelmente<br />
o peso total do caminhão.<br />
“Quando produzida com inox,<br />
a espessura do balão diminui de<br />
4,75mm para 3,5mm, resultando em<br />
1.1 tonelada a menos. O caminhão<br />
também tem o peso reduzido em cerca<br />
de 1.3 toneladas. São até 2.4 toneladas<br />
a menos, o que significa 1m³ a<br />
mais de concreto e eficiência até 14%<br />
maior em cada viagem”, finaliza.<br />
Fonte: Assessoria de Imprensa
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
11
AGREGA-NEWS<br />
12<br />
ABNT ENTREGA PRIMEIRO<br />
CERTIFICADO DO PROGRAMA<br />
LIMITE LEGAL DO PESO<br />
A ABNT, o Sindicato da Indústria<br />
de Mineração de Pedra Britada do<br />
Estado de São Paulo (Sindipedras) e<br />
o Sindicato das Indústrias de Mineração<br />
de Areia do Estado de São Paulo<br />
(Sindareia) elaboraram um Programa<br />
de Avaliação do Limite Legal de Peso<br />
(Movimento “Responsabilidade de<br />
Peso”), cujo objetivo é estimular e<br />
impulsionar de maneira contínua a<br />
melhoria da qualidade das operações<br />
de seus associados.<br />
Esse Programa é aplicável às<br />
empresas que pretendem melhorar<br />
sua eficiência, eficácia e reputação<br />
no mercado de agregados, através da<br />
implantação de um Sistema de Gestão<br />
dos Serviços de Avaliação do Limite<br />
Legal Peso. Os requisitos do Sistema<br />
de Gestão foram selecionados dentre<br />
aqueles que efetivamente são aplicaveis<br />
ao segmento, e as empresas que<br />
desejarem trabalhar de acordo com o<br />
programa deverão atender aos requisitos<br />
estabelecidos em procedimento<br />
específico.<br />
A Avaliação com base neste programa<br />
é uma forma de reconhecer os<br />
associados que estão alinhados com<br />
este objetivo e, além disso, demonstrar<br />
que estas organizações têm um<br />
diferencial competitivo no mercado.<br />
Em encontro realizado no dia 21<br />
de agosto, com os representantes de<br />
cada entidade, foi entregue o primeiro<br />
certificado de conformidade de<br />
serviço para a empresa Embu S.A.<br />
Engenharia e Comércio, para os<br />
serviços “Controle do limite legal de<br />
peso”.<br />
Fonte: Assessoria de Imprensa<br />
JCB INVESTIRÁ R$ 100 MILHÕES<br />
EM FÁBRICA DE SOROCABA (SP)<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
anos.<br />
Durante a visita de<br />
João Doria, Governador<br />
de São Paulo, à matriz da<br />
JCB, na Inglaterra, a companhia<br />
anunciou um novo<br />
ciclo de investimento de<br />
R$ 100 milhões na fábrica<br />
de Sorocaba (SP), que é a<br />
sede das operações brasileiras<br />
da JCB desde 2001.<br />
O aporte será focado<br />
na ampliação das atividades<br />
produtivas e no<br />
lançamento de produtos<br />
para os países da América<br />
Latina nos próximos três<br />
“Temos uma fábrica de classe<br />
mundial no Brasil e o investimento<br />
anunciado enfatiza nosso compromisso<br />
com esse importante mercado<br />
e nos permite aproveitar todas as<br />
oportunidades de crescimento que<br />
estão à nossa frente. O mercado brasileiro<br />
cresceu substancialmente nos<br />
últimos 18 meses e mostra tendências<br />
de continuar se expandindo. Estamos<br />
entusiasmados com as oportunidades<br />
futuras”, afirmou Gaeme Macdonald,<br />
CEO da companhia.<br />
Fonte: Assessoria de Imprensa
ENCONTRO NACIONAL DAS<br />
USINAS DE RECICLAGEM DE<br />
RCD 2019<br />
NEWS ESPECIAL<br />
13<br />
A Associação Brasileira para Reciclagem<br />
de Resíduos da Construção<br />
Civil e Demolição - Abrecon organizou<br />
no dia 15/08/2019 em São Paulo, o<br />
Encontro Nacional das Usinas de Reciclagem<br />
de RCD (Resíduos da Construção<br />
e Demolição) 2019. Tendo como<br />
patrocinadores as empresas Envimat<br />
e GRX.<br />
Organizado a cada dois anos, o agregado reciclado em suas obras. Em cretas. “As cidades que tiveram êxito<br />
evento reúne as usinas de reciclagem ambos os casos, as ações de combate no combate ao descarte irregular de<br />
de entulho de todo o país para discutir ao descarte irregular de entulho e entulho foram aquelas que enfrentaram<br />
os rumos do setor e temas sensíveis o problema sem as amarras de<br />
a regulamentação do transporte do<br />
como o combate ao descarte irregular material já surtem efeitos econômicos cada gestão, independente da bandeira<br />
de entulho, um problema de altíssima e sociais, por isso a justa homenagem.<br />
partidária de cada um”, enfatizou<br />
complexidade nos grandes centros De acordo com o Relatório Setorial Torres.<br />
urbanos e regularmente relegado Abrecon 2017/2018 há pelo menos 20 A maior queixa das recicladoras é<br />
pelas prefeituras e autoridades locais. usinas de reciclagem iniciando suas a ausência de políticas públicas para a<br />
Também se discutiu diversos aspectos operações a cada ano. A maioria sem gestão dos resíduos e a falta de compromisso<br />
sobre as melhores maneiras de introdução<br />
nenhum projeto de venda do material<br />
dos prefeitos com a causa,<br />
de matérias primas sustentá-<br />
ou de recebimento do RCD e, pior, sem pois a grande maioria ainda não têm<br />
veis nas obras públicas e a gestão dos lei ou plano de resíduos em suas cidades,<br />
planos municipais de resíduos da<br />
resíduos pelas construtoras e demolidoras.<br />
o que têm dificultado o trabalho construção e sequer disponibilizam<br />
dos destinatários de resíduos. estruturas de recebimento de entulho<br />
Foi abordado também a importância<br />
Segundo Hewerton<br />
para os cidadãos.<br />
da implantação do CTR Eletrônico Bartoli, presidente da As-<br />
Para auxiliar os empre-<br />
(Controle de Transporte de Resíduos), sociação, atualmente as<br />
sários nessa luta, a Abrecon<br />
que é uma ferramenta imprescindível usinas de reciclagem tem<br />
pretende ainda lançar<br />
para a gestão dos resíduos na cidade,<br />
muitas dificuldades para<br />
a edição 2019 do Manual<br />
pois a gestão e operação ficam receber entulho e vender<br />
de Aplicação do Agregado<br />
mais inteligentes e a automação dos agregado reciclado.<br />
Reciclado – MARE, totalmente<br />
procedimentos reduz drasticamente Segundo Levi Torres,<br />
revisado, com mais<br />
a interferência humana no preenchimento<br />
coordenador da Abrecon,<br />
de 50 aplicações do mate-<br />
de notas ou blocos de papéis. não vai adiantar promulgar leis e derial<br />
e apresentar modelos de sucesso<br />
Algumas cidades já estão avançando<br />
cretos para a utilização de agregado e fracasso na gestão dos resíduos da<br />
nestas questões e para evidenciar reciclado se não houver empenho do construção.<br />
isto Abrecon homenageou os prefeitos<br />
poder público em realizar ações con-<br />
Fonte: Redação TEM Sustentável<br />
das cidades de Suzano (SP)<br />
- Rodrigo Ashiuchi e Canoas<br />
(RS) - Luiz Carlos Busato, pelo<br />
empenho e dedicação em<br />
combater o descarte irregular<br />
de entulho, controlar os<br />
transportadores de resíduos<br />
da construção e a utilizar o<br />
Ao centro, Prefeito e Vice-Prefeita de Canoas<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
14<br />
GARANTIA ESTENDIDA DA<br />
VOLVO CE VAI ATÉ DEZEMBRO<br />
A Volvo Construction Equipment<br />
Latin America mantém até o final do<br />
ano a campanha de garantia estendida<br />
para a maioria dos seus produtos<br />
comercializados no Brasil.<br />
A campanha vai até 31 de dezembro<br />
e abrange as carregadeiras<br />
L60F e L70F e as escavadeiras de 14<br />
a 22 toneladas de peso operacional, o<br />
equivalente a mais de 60% das vendas<br />
da marca. “É mais uma ação para ampliar<br />
um serviço que está ganhando<br />
bastante espaço no mercado, principalmente<br />
por conta dos benefícios<br />
na operação do cliente”, afirma Luiz<br />
Marcelo Daniel, presidente da Volvo<br />
CE LA.<br />
Todos esses equipamentos estão<br />
saindo de fábrica com garantia estendida:<br />
6 mil horas e dois anos para o<br />
Trem de Força. A Garantia Estendida<br />
Volvo CE garante cobertura contra<br />
eventuais defeitos que envolvem materiais<br />
e mão de obra após o término<br />
da garantia padrão do equipamento,<br />
que é de um ano.<br />
“Com a extensão da garantia, o<br />
cliente transforma custos variáveis<br />
em custos fixos, garantindo mais<br />
previsibilidade ao seu fluxo de caixa<br />
e ganhando mais tempo para se concentrar<br />
no negócio”, declara Alexandre<br />
Flatschart, diretor de Customer<br />
Solutions da Volvo CE LA.<br />
“Em um eventual problema, o<br />
distribuidor fará o reparo e o cliente<br />
não terá nenhum ônus com custo de<br />
peças ou de mão de obra”, complementa<br />
Rodrigo Braga, responsável por<br />
serviços na área de Customer Solutions<br />
da Volvo CE LA.<br />
A Volvo CE oferece a maior amplitude<br />
de cobertura, com três modalidades<br />
(“Trem de Força”, “Componentes<br />
Principais” e “Premier”), com prazos<br />
que vão de 24 a 60 meses e duração<br />
que vai de 3 mil até 10 mil horas.<br />
“Combinados, esses fatores garantem<br />
aproximadamente 100 diferentes<br />
possibilidades de cobertura para os<br />
clientes”, informa Braga. “Além disso,<br />
o cliente pode solicitar uma cotação<br />
especial junto ao distribuidor, caso<br />
necessite de uma garantia estendida<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
com duração superior a 10.000 horas”,<br />
diz o executivo.<br />
Para as máquinas cobertas pela<br />
campanha que termina em dezembro,<br />
o cliente pode optar por fazer um upgrade,<br />
ampliando a duração da garantia<br />
estendida por tempo de duração<br />
ou por horas trabalhadas do equipamento,<br />
ou mudar da modalidade de<br />
“Trem de Força” para “Premier”, por<br />
exemplo.<br />
“A grande flexibilidade é uma<br />
das principais vantagens da Garantia<br />
Estendida Volvo CE, pois é possível<br />
customizar o serviço de acordo com a<br />
necessidade de cada empresa. Temos<br />
grande potencial para este serviço,<br />
pois ele agrega benefícios concretos<br />
para os usuários das máquinas num<br />
mercado cada vez mais competitivo<br />
e onde a alta produtividade é fundamental”,<br />
finaliza Flatschart.<br />
Para mais informações sobre este<br />
serviço, consulte o site www.garantiavolvoce.com<br />
Fonte: Assessoria de Imprensa
VOITH APRESENTA O BELT<br />
GENIUS NA EXPOSIBRAM 2019<br />
15<br />
A Voith Turbo estará presente na<br />
edição 2019 da EXPOSIBRAM, trazendo<br />
toda a sua expertise no setor de<br />
mineração no tocante aos processos<br />
otimizados para movimentação de<br />
matérias-primas. Com o mote “O<br />
parceiro confiável de longo prazo do<br />
setor de mineração”, a Voith acredita<br />
na importância tecnológica, social e<br />
econômica da mineração para o Brasil<br />
e vê a atividade como indispensável<br />
para a manutenção de parte da sociedade.<br />
A Voith defende uma atividade<br />
séria, com impactos controlados por<br />
tecnologias como os softwares e sensores<br />
inteligentes disponíveis ao mercado<br />
que maximizam o rendimento<br />
dos sistemas transportadores.<br />
Como parte de seu portfólio de soluções,<br />
a Voith apresenta na EXPOSI-<br />
BRAM o BeltGenius em duas versões:<br />
o ERIC (controle digital para a correia<br />
transportadora) e o ALEX (sensor<br />
de detecção de desalinhamento das<br />
correias). Além disso, a empresa, que<br />
atua diariamente para fortalecer sua<br />
área de Pesquisa & Desenvolvimento,<br />
também levará ao público da feira<br />
outros itens como os acoplamentos<br />
TurboBelt, os limitadores de torque<br />
SafeSet e outros serviços voltados<br />
para o setor.<br />
“Participar de um evento como<br />
este é primordial para a Voith, pois<br />
apresentamos as nossas soluções aos<br />
principais nomes do setor. Queremos<br />
mostrar o que temos de mais moderno<br />
para contribuir para o crescimento<br />
e fortalecimento da mineração no<br />
Brasil,” diz Cristiano Oliveira, vice-presidente<br />
da divisão Industrial da Voith<br />
Turbo Brasil.<br />
Fonte: Assessoria de Imprensa<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
SÉRIE ESPECIAL<br />
MOVIMENTO ELÍPTICO<br />
16<br />
Imagem: Metso<br />
ACIONAMENTO DE PENEIRAS COM<br />
MOVIMENTO ELÍPTICO<br />
*Carlos Trubbianelli<br />
Dando sequência à série de movimentos vibratórios problema de utilização de peneiras em plantas móveis,<br />
das peneiras, neste artigo vamos falar de mais um sistema<br />
quando era usado um material que exigia uma abertura<br />
de acionamento utilizado nas peneiras vibratórias: o maior de separação, ou seja acima de 50mm.<br />
Movimento Elíptico.<br />
As plantas móveis são concebidas para ser o mais<br />
Em edições anteriores, trouxemos informações sobre compactas possível e em função disso utilizava peneiras<br />
dois tipos de movimento, o Livre Circular (edição 3) e o com movimento Livre Linear, lembrando da informação do<br />
Livre Linear (edição 5), mostrando as características, bem artigo anterior onde comentamos que o Movimento Livre<br />
como diferenças entre os dois.<br />
Linear por si só transporta o material e portanto permite<br />
Basicamente, se lembrarmos das duas matérias anteriores<br />
a construção da peneira na horizontal, fazendo com que a<br />
sobre esse assunto, poderíamos pensar no aciona-<br />
altura da planta móvel seja menor do que com a utilização<br />
mento com movimento Elíptico como sendo a utilização da peneira com Movimento Livre Circular que necessita de<br />
dois movimentos ao mesmo tempo, fazendo com que se inclinação para que o material seja transportado, já que<br />
consiga características comuns aos dois.<br />
esse movimento vibratório por si só não o faz.<br />
Essa solução busca combinar as vantagens dos movimentos<br />
O primeiro projeto de acionamento para gerar o mo-<br />
Circular e Linear, ou seja, a melhor classificação vimento elíptico foi concebido com três eixos e sincroniza-<br />
e ação de desentupimento do movimento Circular com a dos com engrenagens, dispostos de maneira a trabalhar<br />
maior capacidade de transporte do Linear.<br />
no centro de gravidade da peneira. O conceito é que dois<br />
Antes de tudo, é bom deixar claro que esse movimento eixos giram em um sentido (horário, por exemplo) e o outro<br />
também tem as mesmas características de todo movimento<br />
em sentido contrário (anti-horário). Isso faz com que<br />
livre já abordado anteriormente.<br />
não se forme um movimento circular correto, bem como<br />
Como surgiu esse tipo de movimento?<br />
um movimento linear definido, gerando assim um movimento<br />
Essa solução, veio da necessidade de se resolver um<br />
de forma elíptica.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
17<br />
Lembrando que, como abordado em matérias anteriores,<br />
cada eixo tem em suas extremidades massas centrífugas<br />
que tem a função de desbalancear o conjunto gerando<br />
um movimento vibratório circular enquanto o eixo estiver<br />
girando na rotação determinada em projeto.<br />
Com o tempo foram sendo desenvolvidos outros sistemas.<br />
Entre eles está o com três eixos mecanicamente<br />
independentes que são sincronizados eletronicamente<br />
(Figura A).<br />
a maior amplitude de trabalho (1:3) enquanto que nos<br />
momentos 2 e 4 as massas estão em posição oposta e não<br />
de anulam (como vimos anteriormente no movimento<br />
linear) em função de serem diferentes, gerando assim um<br />
Quando sincronizados eletronicamente, com utilização resultado que é a menor amplitude de trabalho do movimento<br />
elíptico (2:4).<br />
de inversores de frequência e encoders para estabelecer a<br />
posição angular de cada eixo, é possível alterar o ângulo do Com essa configuração os eixos estão dispostos de maneira<br />
a trabalhar fora de centro de gravidade da peneira<br />
movimento elíptico sem necessidade de parada do equipamento<br />
(dentro das limitações de projeto do fabricante) possibilitando o auto-sincronismo, dispensando a obrigatoriedade<br />
de um mecanismo sincronizador (ex: engrena-<br />
(Figura B).<br />
Outra maneira de gerar esse tipo de movimento é com gem ou encoder).<br />
a utilização de dois eixos ao invés de três, nesse caso cada Nessa situação o ângulo do movimento vibratório<br />
(elíptico) se mantem constante. Em caso de necessidade, é<br />
possível utilizar do mesmo sistema de sincronismo eletrônico<br />
permitindo assim variação do ângulo do movimento<br />
vibratório com a peneira em funcionamento.<br />
Utilizando o mesmo princípio de dois eixos para gerar<br />
o movimento elíptico, é possível alcança-lo também com a<br />
utilização de vibradores de caixa também conhecidos como<br />
excitadores (Figura E e/ou Foto A), que como abordado na<br />
matéria anterior quando falamos do movimento Livre Linear,<br />
diferem dos mencionados anteriormente por serem<br />
eixo gira em um sentido e um eixo tem maior massa centrifuga<br />
que o outro (Figura C e D).<br />
construídos em caixa fechada com um par de engrenagens<br />
Neste caso, os dois eixos se auto sincronizam, desenvolvendo<br />
um movimento elíptico como pode ser visto na apenas um motor aciona um dos eixos e transfere o movi-<br />
de sincronismo, lubrificadas em banho de óleo. Com isso,<br />
Figura D, ou seja, no momento 1 da rotação representado mento para o outro eixo por meio das engrenagens.<br />
na figura, existe uma coincidência de massas dos dois Para se conseguir o movimento elíptico ao invés do<br />
eixos se somando, assim como no momento 3, formando Linear, é necessário usar massas diferentes nos dois eixos<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
18<br />
sincronizados pelas engrenagens e projetar cuidadosamente<br />
a posição do mecanismo em relação ao centro de<br />
gravidade do equipamento (não é possível operar uma<br />
peneira originalmente fabricada para o movimento linear,<br />
para operar com o movimento Elíptico). Portanto, se forem<br />
usadas massas iguais nos dois eixos, teremos o Movimento<br />
Linear e com o uso de massas diferentes teremos o<br />
Movimento Elíptico.<br />
Algumas características das peneiras com movimento<br />
elíptico:<br />
- Permite execução de peneira horizontal e em aclive;<br />
- Amplitude variável;<br />
- A eficiência pode variar com a carga;<br />
- Frequência e amplitude ajustáveis;<br />
- Variação do ângulo de ataque ajustável com o uso de<br />
sincronismo eletrônico;<br />
- Maior utilização para cortes entre 0,4 e 150mm;<br />
Por que a eficiência pode variar com a carga?<br />
Da mesma maneira, como a maioria das peneiras<br />
disponíveis (com exceção às peneiras com acionamento<br />
circular excêntrico, abordado na edição 4), a peneira com<br />
esse tipo de acionamento é livremente apoiada em molas,<br />
ou seja, a estrutura vibrante, também chamada de caixa,<br />
está apoiada em molas por meio de suportes acoplados<br />
nas paredes laterais das peneiras<br />
Isso permite, dependendo das características do material,<br />
como curva granulométrica, ou tamanho de partícula,<br />
densidade e/ou aplicação, que com a variação da<br />
alimentação, numa sobrecarga ou numa sub carga, varie a<br />
amplitude de trabalho que foi determinada em projeto e<br />
possivelmente uma perda de eficiência de peneiramento,<br />
com isso uma classificação inadequada.<br />
Com relação a ajustes das condições dinâmicas o<br />
equipamento é bastante versátil permitindo mudar a amplitude<br />
de vibração (aumentando ou diminuindo o peso<br />
centrífugo) e/ou mudando a frequência, ou seja, a rotação<br />
por meio de troca de polias ou com utilização de inversores<br />
de frequência.<br />
Lembrando sempre que essas mudanças requerem o<br />
cuidado para que as condições dinâmicas não ultrapassem<br />
o limite para o qual o equipamento foi projetado, portanto<br />
recomendamos contato com o fabricante antes de qualquer<br />
modificação.<br />
Fontes: Imagens e publicações de trabalhos das empresas,<br />
Metso, Haver & Boecker e Schenck Process disponíveis<br />
na internet.<br />
* Carlos Trubbianelli é Engenheiro Mecânico e Técnico Eletromecânico com mais de 30 anos de experiência no setor<br />
de bens de capital, conhecendo diferentes equipamentos e mercados. Possui destacada atuação na área comercial<br />
nos setores de Mineração, Fertilizantes, Siderurgia, Cimento, Química e Alimentos, ocupando posições de liderança e<br />
consolidando-se como especialista na abertura de novos mercados e implantação de novas tecnologias. Com participação<br />
ativa na ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, por mais de 25 anos e hoje Vice-<br />
Presidente da Câmara Setorial de Cimento e Mineração; Diretor Conselheiro e membro do Conselho de Mineração e<br />
Metalurgia e do Conselho de Eólica e do Conselho de Competitividade.<br />
Ministra cursos, treinamentos, palestras e seminários nacionais e internacionais nos mais diversos níveis e mercados para<br />
indústrias, comércio e instituições, pela Camatru Consultoria e Treinamentos.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
19
AGREGA-MARKET/ENTREVISTA 1<br />
20<br />
RETOMADA DA CREDIBILIDADE É<br />
UM DOS GRANDES DESAFIOS DA<br />
MINERAÇÃO BRASILEIRA<br />
Flávio Ottoni Penido, Diretor-presidente do Ibram,<br />
aponta que a sociedade precisa sentir que o setor<br />
de mineração adotou medidas para se tornar mais<br />
seguro operacionalmente<br />
"A indústria da mineração também<br />
está renovando seus processos<br />
produtivos, aceleradamente, para<br />
promover transformações de modo a<br />
atender às demandas da sociedade<br />
por uma atividade mais segura<br />
operacionalmente"<br />
Considerada a principal fornecedora dos insumos para<br />
a industrialização de produtos que usamos no dia a dia,<br />
como celulares, casas, carros e vidros, a mineração está<br />
presente em nosso cotidiano de inúmeras formas e é essencial<br />
para a evolução humana. Ainda assim, o setor tem<br />
sido visto de forma cada vez mais negativa perante a sociedade,<br />
em grande parte devido aos desastres ocorridos<br />
recentemente nos municípios de Mariana e Brumadinho,<br />
ambos em Minas Gerais. O principal desafio do setor é<br />
ressignificar a atividade de mineração, apresentando os<br />
impactos positivos dela na economia e na região onde<br />
ocorre, bem como o papel dela para o desenvolvimento<br />
das comunidades. Quem traz esta visão é Flávio Ottoni Penido,<br />
Diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração<br />
(Ibram), em entrevista concedida com exclusividade<br />
para a Revista Agregados Online.<br />
Flávio Ottoni Penido<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
21<br />
AO: Quais os desafios mais imediatos do setor, dia a dia e essencial para vivermos bem e com conforto.<br />
considerando os desastres ambientais ocorridos Nosso desafio é ressignificar a atividade de mineração,<br />
recentemente no país?<br />
A sociedade precisa confiar que a atividade tomou as<br />
devidas providências para se tornar mais segura operacionalmente<br />
e estar mais próxima das comunidades. Isso vale<br />
para qualquer mineradora, não obstante os rompimentos<br />
de barragens terem ocorrido em apenas duas operações<br />
apresentando seus impactos na economia e na região<br />
onde ela ocorre e seu papel para o desenvolvimento das<br />
comunidades, além de falar de segurança e inovações. E só<br />
há uma forma de realizar a ressignificação da mineração:<br />
muito diálogo e disposição e humildade para ouvir, inclusive,<br />
as opiniões contrárias ao setor mineral.<br />
de mineração de ferro. A imagem de todo o setor foi, infelizmente,<br />
afetada e as pessoas manifestam um sentimento<br />
de insegurança e desconfiança em relação à atividade<br />
mineral.<br />
AO: E como as mineradoras estão se organizando<br />
para encarar essa nova realidade, em que é preciso<br />
pensar em alternativas para lidar com os rejeitos, além<br />
de barragens?<br />
AO: Como é possível reverter a visão negativa que<br />
tem recaído sobre a mineração, em decorrência dos<br />
desastres recentes?<br />
É preciso, continuamente, lembrar a todos os públicos<br />
a importância da atividade mineradora, as evoluções no<br />
modo como é desenvolvida e como ela é essencial para a<br />
nossa vida e evolução humana. O setor de agregados para<br />
a construção civil é um excelente exemplo, pois é o que<br />
fornece os insumos para nossas casas, infraestrutura, ruas,<br />
dentre outras muitas coisas que são importantes no nosso<br />
Convém esclarecer que os rejeitos podem ser dispostos<br />
em: minas subterrâneas; em cavas exauridas de minas;<br />
em pilhas; por empilhamento a seco; por disposição em<br />
pasta; e em barragens de contenção de rejeitos. Para<br />
selecionar qual método utilizar, cada empreendimento<br />
mineral tem que analisar diversos fatores, tais como a natureza<br />
do processo de mineração; as condições geológicas<br />
e topográficas da região onde está a mina; as propriedades<br />
mecânicas dos materiais; e o risco de impacto ambiental<br />
de contaminantes dos rejeitos.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
22<br />
O uso de barragens é e ainda será necessário para a Ela é a base de diversas cadeias produtivas. Recentemente,<br />
mineração no Brasil e em várias partes do mundo. São<br />
uma mineradora exibiu em sua apresentação institu-<br />
estruturas que têm que ser analisadas caso a caso porque cional que ela tem cadastrados mais de 8 mil empresas<br />
são diferentes entre si. Os rejeitos e porventura outros em sua cadeia produtiva. Então, se projetarmos isso para<br />
materiais depositados têm composição diversa, enquanto todo o setor mineral, temos que nossa indústria contribui<br />
os terrenos onde estão construídos também têm características<br />
decisivamente para gerar negócios e empregos em uma<br />
próprias. Ou seja, são muitas variáveis para se levar série de outras indústrias, no atacado, no varejo, no setor<br />
em conta antes de se tomar decisões que, por desconhecimento<br />
de serviços. Este é um exemplo da força e da importância<br />
técnico, podem prejudicar muito os processos do setor mineral e isso tem que ser constantemente mos-<br />
produtivos. A segurança é um fator preponderante, sem trado à sociedade. A Exposibram e o Congresso Brasileiro<br />
dúvida alguma e, portanto, a gestão deve ser constantemente<br />
de Mineração, que acontecem simultaneamente, são os<br />
aperfeiçoada.<br />
palcos para isso e também para o setor mineral, incluindo<br />
As alternativas às barragens não podem ser aplicáveis as companhias da cadeia produtiva, discutirem os planos<br />
indiscriminadamente. Além disso, podem gerar outras para o futuro, em aderência com as expectativas dos mercados<br />
questões. Exemplo é o empilhamento a seco. Uma grande<br />
e do público em geral.<br />
operação mineral gera uma montanha de rejeitos e ventos<br />
e chuvas fortes vão causar problemas que podem afetar as AO: Por fim, quais as principais perspectivas para o<br />
comunidades e o meio ambiente.<br />
setor de mineração?<br />
As perspectivas são de melhoria gradual nos anos seguintes,<br />
AO: Como o Ibram está atuando nisso?<br />
pelo menos até 2022. Com a aprovação da refor-<br />
Ciente dessas questões, o Ibram estabeleceu um calendário<br />
ma previdenciária pela Câmara dos Deputados, em julho, a<br />
de ações, que estão em estruturação e implan-<br />
sinalização é positiva para a atração de mais investimentos,<br />
tação desde os primeiros meses de 2019. A entidade tem a despeito da persistência de um cenário de insegurança<br />
promovido intercâmbio de informações com fornecedores jurídica que dificulta negócios, não apenas na mineração.<br />
em busca de alternativas tecnológicas e factíveis para a A indústria da mineração também está renovando seus<br />
gestão e o manejo de rejeitos, além de incentivar o trabalho<br />
processos produtivos, aceleradamente, para promover<br />
de startups, por meio do Mining Hub, situado em Belo transformações de modo a atender às demandas da so-<br />
Horizonte (MG). Trata-se de um espaço aberto para inovação<br />
ciedade por uma atividade mais segura operacionalmente.<br />
que reúne startups, mineradoras de vários segmentos, Esta atitude vai resultar em maior aceitação e confiança<br />
fornecedores e outros atores. Dali já surgem os primeiros no setor e, certamente, vai impulsionar investimentos e<br />
projetos que podem prestar imensa contribuição para o negócios.<br />
setor mineral avançar substancialmente na questão dos A cadeia produtiva dos agregados para a construção<br />
rejeitos minerais.<br />
civil tem perspectivas positivas na retomada gradual das<br />
Além disso, realizamos há poucas semanas, com o obras de infraestrutura, uma vez que o país saneia suas<br />
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Minas<br />
contas e deverá ter caixa para investir diretamente e tam-<br />
Gerais, um evento em que cerca de 40 empresas do bém para formar parcerias com a iniciativa privada nesse<br />
Brasil e de outras partes do mundo puderam apresentar sentido.<br />
às mineradoras suas propostas para a gestão, o manejo Mas há fatores para os quais todas as empresas de<br />
e também o reaproveitamento dos rejeitos minerais. O mineração e das respectivas cadeias produtivas têm que<br />
Instituto fez esta aproximação para que cada mineradora ficar atentas e agir para evitar que diversas propostas legislativas,<br />
e os fornecedores possam estreitar relações comerciais e<br />
em âmbito estadual e federal, principalmente,<br />
avaliarem, juntos, o que pode ser feito nessa área. Vamos sejam aprovadas da forma como foram redigidas porque<br />
dar sequência a isso na Exposibram, que será realizada de penalizam severamente a atividade mineral como um<br />
9 a 12 de setembro, em Belo Horizonte.<br />
todo, desde a elevação da taxação e da tributação até o<br />
aumento de burocracia e custos, o que irá prejudicar as<br />
AO: Como a Exposibram poderá contribuir com o empresas. O Ibram já está atuando nesse sentido e arregimentando<br />
cenário atual da mineração?<br />
apoio das mineradoras e também das compa-<br />
A mineração não age e não pode agir de forma isolada. nhias das cadeias produtivas.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
23
ESPAÇO ABIMEX<br />
24<br />
ABIMEX E SINDEX<br />
TRABALHANDO PELO<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
DA CADEIA DE<br />
EXPLOSIVOS<br />
Entidade prepara Congresso e Feira da Cadeia de Explosivos - BLASTECH<br />
Não é de hoje que como presidente do Sindex (Sindicato<br />
das Indústrias de Explosivos no Estado de São Paulo),<br />
venho chamando atenção para o fato da economia brasileira<br />
continuar se desindustrializando. Em função disto,<br />
o Sindicato, em parceria com a Associação Brasileira das<br />
Indústrias de Materiais Explosivos e Agregados (Abimex),<br />
criou o Grupo Reindustrialização (GR), que reúne empresas,<br />
profissionais, acadêmicos e órgãos governamentais<br />
para discutir políticas de desenvolvimento baseadas na<br />
recuperação da indústria nacional.<br />
É interessante ressaltar que a decisão de criar a Abimex,<br />
em 2017, foi justamente para dar mais dinamismo à<br />
Cadeia dos Explosivos. Graças a criação da Abimex, hoje o<br />
Sindex pode planejar, fóruns, debates e workshops, pode<br />
formalizar ciclos de plenárias temáticas e desenvolver<br />
cursos de formação específicos para os fabricantes de<br />
explosivos.<br />
Inclusive, já estão programados para 2020, o Congresso<br />
e Feira da Cadeia dos Explosivos, que serão realizados<br />
em conjunto com o ISEE, dos Estados Unidos, entidade<br />
parceira do Sindex/Abimex, e com a Universidade Federal<br />
do Rio Grande do Sul, que detém tecnologia na formação<br />
de profissionais do segmento da indústria de explosivos.<br />
Ainda buscando fortalecer o trabalho realizado, o Sindex<br />
nomeou como diretor Técnico, Sidnei de Oliveira, com<br />
27 anos de experiência na indústria de explosivos Civis e<br />
longa carreira de sucesso na Orica Brasil. Entre as atribuições<br />
desta Diretoria Técnica está a interlocução do Sindex<br />
e Abimex, que são as únicas entidades que representam os<br />
fabricantes de explosivos e sua cadeia produtiva, com empresas<br />
privadas e órgãos governamentais, sempre focadas<br />
no fomento de atividades que visem a modernização e a<br />
evolução dos explosivos no Brasil.<br />
É fundamental uma atuação forte do Sindex em prol<br />
dos fabricantes, uma vez que enquanto em outros países<br />
os produtos explosivos para uso civil não estão sob controle<br />
direto de alguma organização policial ou militar, o Brasil<br />
tem uma das regulações mais restritivas do mundo, com<br />
um volume enorme de normas no trato com os explosivos.<br />
A mineração junto com a indústria de agregados são<br />
os maiores utilizadores de explosivos do país, e temos que<br />
mostrar para a sociedade a necessidade de produzir os<br />
materiais e insumos para a construção civil, infraestrutura,<br />
agricultura entre outras atividades.<br />
Todos estão cientes de que a produção mineral, e a<br />
execução de obras de engenharia somente são possíveis<br />
com a utilização de explosivos e sistemas de detonação.<br />
É desse produto que estamos falando e não de um<br />
produto destinado a vandalismo e destruição.<br />
* Ubirajara D’Ambrosio é Mestre em Mercadologia credenciado pelo MEC /Min. Trabalho, especializado em Economia<br />
para Negócios pela Cornell University, tendo ainda curso de Ciências Econômicas pela PUC-SP e Tecnologia Elétrica<br />
pelo Mackenzie. Construiu sua carreira atuando como CEO de diversas multinacionais, tendo grande experiência em<br />
processos de reengenharia, terceirização, planos estratégicos e potencialização de lucros e revitalização de negócios<br />
e empresas, desempenhando participações em várias cisões, fusões, incorporações e outros tipos de acordos entre<br />
empresas. No segmento de explosivos industriais, atuou como Diretor Comercial da IMBEL. É membro do COMIN - Comitê<br />
da Cadeia Produtiva da Mineração da Fiesp; Conselheiro da Comissão de Produtos Controlados do DFPC; Diretor do<br />
COMDEFESA/DESEG; Membro da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, CSPCCO da<br />
Polícia Federal. Desde 2004 preside o SINDEX – Sindicato da Indústria de Explosivos no Estado de São Paulo e desde<br />
2017 é o atual presidente da ABIMEX – Associação Brasileira das Indústrias de Materiais Explosivos e Agregados.<br />
Contato: ubirajara@abimex.ind.br<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
25
EQUIPAMENTOS 1<br />
ESPECIAL BRITAGEM<br />
26<br />
BRITADORES INTELIGENTES REDUZEM CUSTOS E<br />
AUMENTAM PRODUÇÃO COM MAIOR EFICIÊNCIA<br />
ENERGÉTICA NAS PLANTAS DE AGREGADOS<br />
Fabricantes de britadores buscam atender o mercado na busca por<br />
competência técnica, automatização e inovação nos processos das plantas de<br />
britagem e peneiramento<br />
Britadores são equipamentos primordiais na produção são definidos o tamanho e o formato delas.<br />
de agregados à base de rochas. A britagem é o primeiro Muito além do objetivo principal, a evolução dos britadores<br />
priorizou três elementos principais nas últimas dé-<br />
passo do processo de fragmentação das rochas, no qual<br />
cadas: redução de custos, aumento de produção e maior<br />
eficiência energética. Para isto, as fabricantes têm apostado<br />
na oferta de tecnologias cada vez mais inteligentes.<br />
A Weir Minerals, por exemplo, se uniu à Microsoft e<br />
à Dell para desenvolver a Synertrex®, uma plataforma de<br />
monitoramento e análise inteligente que tem como objetivo<br />
melhorar a compreensão e o levantamento de dados<br />
sobre os equipamentos da marca.<br />
Com o Synertrex®, o cliente pode gerenciar remotamente<br />
a manutenção dos britadores, monitorando<br />
fatores como desgaste e a necessidade de reparos.<br />
Além disso, a solução também avalia o desempenho do<br />
equipamento, incluindo possíveis melhorias, como a otimização<br />
da eficiência energética ou do rendimento do<br />
mesmo. “O conceito principal que passamos ao cliente<br />
é a confiabilidade dos nossos produtos, seja pela robus-<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
27<br />
tez, características de fabricação ou correta aplicação,<br />
proporcionando alta disponibilidade, produção, retorno<br />
do investimento e, consequentemente,<br />
lucro”, diz Luiz Carlos Naves, Engenheiro<br />
de Vendas para Equipamentos da<br />
Weir TRIO (divisão de britagem<br />
e Cominuição do Grupo).<br />
Segundo ele, a companhia<br />
tem como foco<br />
oferecer ao mercado equipamentos<br />
cada vez<br />
mais modernos e<br />
adequados à realidade<br />
das plantas. “Além<br />
de contarem com a<br />
tecnologia Synertrex®,<br />
nossos britadores são totalmente instrumentados, com<br />
sistema de lubrificação avançados como padrão e sistemas<br />
hidráulicos de alívio e ajustes. Vale ressaltar que estes<br />
sistemas podem ser totalmente integrados, com sensores<br />
montados nos britadores que monitoram vibração, movimento,<br />
temperatura, vazão e pressão, para fornecer<br />
informações completas a respeito do desempenho”, complementa<br />
Naves.<br />
Entre os modelos mais recentes da fabricante está a<br />
linha de britadores cônicos de alta performance, denominada<br />
TRIO® TP (Top Performance). Compactos e robustos,<br />
os equipamentos foram construídos com tecnologia avançada<br />
de automação para garantir desempenho contínuo<br />
e versatilidade de aplicação. Todos os britadores cônicos<br />
Trio® TP apresentam um ângulo de câmara de britagem<br />
íngreme, um grande curso de britagem e velocidade ideal<br />
para fornecer um produto mais fino, por meio do aumento<br />
da trituração de partículas. Considerando a importância da<br />
eficiência energética e da redução de custos operacionais,<br />
a linha conta com a opção de acionamento<br />
direto, que pode ser combinado<br />
com uma unidade de frequência<br />
variável para otimizar o desempenho<br />
do britador, resultando<br />
em significativa economia de<br />
energia.<br />
Naves destaca que a<br />
Weir está alinhada com as<br />
novas necessidades do<br />
mercado: os desafios<br />
econômicos do país,<br />
que resultaram em cortes<br />
de custos nas empresas, despertaram a procura por<br />
competência técnica, automatização e inovação nos processos<br />
das plantas de britagem e peneiramento. “O uso da<br />
tecnologia contribui para que os equipamentos trabalhem<br />
na faixa de melhor performance, sempre ajustados e regulados<br />
conforme preestabelecido, com câmaras de britagem<br />
cheias e monitoramento contínuo dos esforços de<br />
britagem, permitindo alcançar o máximo de desempenho<br />
durante todo o processo”, conclui.<br />
Essa preocupação também está presente na Metso,<br />
fornecedora global de tecnologias e serviços para os<br />
setores de mineração e construção. Desde a concepção<br />
do projeto, os britadores da marca contam com as mais<br />
avançadas tecnologias disponíveis para a engenharia de<br />
materiais e de cálculos de elementos finitos. “Além disso,<br />
contamos hoje com dispositivos de controle eletrônico e<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
28<br />
automação, que conferem maior disponibilidade, produtividade<br />
e eficiência energética”, conta o Hugo Athayde, a qualidade dos agregados produzidos.<br />
portanto, o custo por tonelada processada e melhorando<br />
Coordenador de Vendas da empresa.<br />
No que diz respeito à automação inteligente, Athayde Metso apresenta novo britador MX<br />
detalha que a Metso possui soluções exclusivas desenvolvidas<br />
para equipar as máquinas com o que há de mais A família de britadores MX é uma das mais recentes<br />
avançado no mercado. “Temos soluções que vão desde o da Metso e promete revolucionar o processamento de<br />
simples monitoramento dos sinais do equipamento, de minerais. O nome, inclusive, não foi escolhido por acaso.<br />
forma isolada, até o controle automático total da operação Trata-se da combinação do M, de multi, e do X, de action<br />
da planta completa, integrando vários equipamentos, com (em inglês o som do X é predominante), que se referem a<br />
diagnósticos e relatórios de manutenção e monitoramento<br />
remoto por recursos de computação em nuvem. Nossa do mundo que combina a presença de bojo e pistão numa<br />
característica de multiação: o MX é o único britador cônico<br />
engenharia é capaz de desenhar a solução de automação só máquina. Segundo a Metso, a solução representa um<br />
adequada para cada necessidade”, diz.<br />
salto gigantesco na rentabilidade ao reduzir 10% dos custos<br />
É importante lembrar que as tecnologias de controle e operacionais e favorecer um tempo de atividade 10% mais<br />
automação permitem que o equipamento trabalhe o mais alto comparado com os britadores de cone tradicionais.<br />
próximo possível do seu limite de capacidade, a maior Ela foi projetada, inclusive, para atender as condições mais<br />
parte do tempo. Isso reflete em maior volume processado exigentes de rochas e aplicações críticas de agregados.<br />
e aumento do rendimento dos equipamentos, com o mesmo<br />
recurso material e energético empregado, reduzindo, tenteada pela Metso, é o fácil ajuste da abertura de ope-<br />
A principal vantagem da tecnologia Multi-Action, paração<br />
e a compensação do desgaste do revestimento sem<br />
interromper o processo de britagem. Tudo isto pode agora<br />
ser combinado com uma vida de desgaste mais ampla e<br />
uma melhor proteção mecânica. Os modelos da nova linha<br />
também oferecem melhor abertura para liberação de<br />
passagem com alta proteção contra objetos não britáveis<br />
e sobrecargas. O britador pode utilizar até 70% das novas<br />
peças de desgaste e, graças ao desenho inteligente dele,<br />
as características de qualidade de todas as frações de produto<br />
final permanecem consistentes ao longo de toda a<br />
vida útil das peças de desgaste.<br />
Por fim, a multinacional finlandesa destaca que os<br />
britadores MX são bem inteligentes. O “cérebro” do equi-<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
29<br />
pamento é o sistema IC60C, que faz a gestão dos dados automaticamente à operação normal na mesma abertura<br />
ajustada anteriormente.<br />
enviados por vários sensores do britador. São esses dados<br />
que permitem que a máquina opere sempre no limite máximo<br />
e aferem as condições dos componentes em tempo Hydra-Jaw permite retornar à operação em menos de<br />
Por último, o sistema de esvaziamento de câmara<br />
real. É como se o britador tivesse vários operadores e, 15 minutos após uma parada de emergência. “Através<br />
na verdade, ele tem. A diferença é que esses operadores de botões, o sistema hidráulico 'brita' qualquer material<br />
virtuais informam sobre o melhor momento de se fazer remanescente na câmara, evitando que materiais superdimensionados<br />
sigam o fluxo da planta. Tudo isso de<br />
uma intervenção de manutenção, reduzindo as paradas<br />
desnecessárias por falhas no sistema.<br />
forma altamente segura, sem a necessidade de intervenções<br />
mecânicas diretas na câmara do britador, seguindo<br />
Astec aposta em sistemas hidráulicos<br />
a operação como se nada houvesse ocorrido”, finaliza<br />
Oliveira.<br />
As tecnologias presentes nos britadores do Grupo<br />
Astec têm como foco garantir dois aspectos<br />
importantes: a segurança, tanto do operador<br />
quanto do equipamento, e a produtividade.<br />
A linha de britadores de mandíbulas Hydra-<br />
-Jaw Telsmith reúne algumas funcionalidades,<br />
como: placa de proteção para evitar<br />
desgaste do queixo; sistema balanceado<br />
para reduzir cargas dinâmicas na estrutura<br />
de sustentação; carcaça projetada por<br />
meio da análise de elementos finitos,<br />
com processo de alívio de tensão na fabricação<br />
para alta robustez e confiança;<br />
e sistema único de abanadeira hidráulica<br />
que visa reduzir a necessidade de manutenção<br />
e paradas para ajuste.<br />
Esta última funcionalidade, na verdade,<br />
está dividida em três: sistema de<br />
ajuste hidráulico, sistema hidráulico de<br />
alívio e sistema hidráulico de esvaziamento da câmara.<br />
“No primeiro caso, o operador pode ajustar a abertura<br />
do britador em segundos, utilizando o painel de controle<br />
da unidade hidráulica, eliminando a necessidade do ajuste<br />
de molas ou ferramentas. Quando comparado ao tradicional<br />
ajuste por calços, esta característica elimina mais de 1h<br />
de tempo inativo do equipamento em cada processo de<br />
ajuste. O ajuste pode ser realizado frequentemente, mantendo<br />
a abertura ideal para cada estágio de britagem e<br />
assegurando a produtividade de toda a planta”, diz André<br />
Iris de Oliveira, Engenheiro de Aplicação da Astec.<br />
O sistema hidráulico de alívio, por sua vez, foi projetado<br />
para prevenir falhas do equipamento e altos custos<br />
de reparo, protegendo o britador contra materiais não<br />
britáveis. O sistema automaticamente identifica uma condição<br />
de sobrecarga, promovendo a abertura do britador<br />
e a passagem do material não britável. O britador retorna<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
30<br />
Metso dá dicas para reduzir o custo de energia elétrica na britagem de agregados<br />
A energia elétrica é um insumo de atenção para os produtores de agregados: hoje, ela responde em torno de 10% do custo total de produção da<br />
brita. A notícia preocupante é que existe uma tendência de aumento nas tarifas. No estado de São Paulo, por exemplo, ela aumentou 83% entre 2013<br />
e 2018. A solução? Focar na redução e na otimização energética.<br />
Pensando nisto, a Metso criou um guia rápido com dez orientações ou dicas de melhorias, baseado em um estudo de caso que contemplou uma<br />
planta de britagem de porte médio com britador primário (C120 –200HP), secundário (HP-300 –300HP) e um terciário (HP-3 –300HP), mais transportadores,<br />
peneiras e alimentadores. Os cálculos foram feitos considerando 3.840 horas de trabalho anual.<br />
Confira as dicas abaixo:<br />
1) Adote um transformador bem dimensionado: o estudo de caso mostra um equipamento que reduz em 3% o efeito Joule, ou seja, perda de<br />
energia elétrica na forma de calor, e as quedas de tensão, justamente porque foi dimensionado corretamente. Considerando uma operação anual<br />
com 3.840 horas, é possível economizar R$ 54,7 mil reais.<br />
2) Faça a correção do fator de potência: quando corrigido, ele também impacta no rendimento do transformador, evitando perdas que podem<br />
chegar a 3% ou mais, além de evitar outros problemas como o aumento da corrente reativa, queda de tensão acentuada, perda de energia elétrica<br />
na forma de calor (efeito Joule) e diminuição da eficiência energética da instalação.<br />
3) Observe a queda de tensão em cabos de força: o dimensionamento incorreto de cabos de força pode aumentar muito o custo da instalação<br />
elétrica quando superdimensionado. Porém, se for subdimensionado provocará perdas por aquecimento e outros inconvenientes. No estudo de caso<br />
da Metso, a economia nessa etapa pode ser de R$ 86,4 mil anual, considerando que a planta operou 80% do tempo disponível e com uma queda de<br />
tensão de 10% em vez dos 3% admissíveis. O processo analisou a britagem, peneiramento e transportadores.<br />
4) Utilize motores de alto rendimento: eles diminuem o consumo de energia elétrica, podendo chegar a uma redução de 2%. Com 3.840 horas<br />
por ano e um valor estimado de tarifa de R$ 0,57 kWh, a economia anual do estudo de caso seria de R$ 36,5 mil. Vamos focar num só modelo de 300<br />
HP, trabalhando 16 horas por dia? A economia anual seria de quase R$ 9 mil somente com aumento de 2% de rendimento, passando para 94,5%.<br />
5) Atente para a variação de velocidade x potência consumida: variar a velocidade de motores de grande porte e dos transportadores pode<br />
maximizar a economia, podendo chegar a 50%. Somente a otimização do fluxo magnético do. motor pode gerar economias de 1% a 20%, dependendo<br />
do comportamento do torque e da velocidade da carga. Essa otimização acontece com a redução do consumo total de energia e do nível de<br />
ruído numa situação em que o inversor opera abaixo da carga nominal.<br />
6) Analise o projeto do painel de força: quando projetado e documentado corretamente, ele tem um impacto significativo no custo operacional<br />
de uma planta. Em função do dimensionamento correto dos componentes, ele evita paradas. Quando a parada é inevitável, um painel bem projetado<br />
e documentado permite solucionar o problema entre 10 e 30 minutos. Compare: em painéis antigos, desorganizados e sem projeto, o processo<br />
pode variar de 1 a 4 horas ou mais.<br />
7) Use motorredutores: a energia gasta com transportadores de correia numa planta de britagem representa cerca de 25% do consumo total da<br />
planta. A meta é substituir sistemas antigos por motorizações com motorredutores. Eles apresentam maior rendimento e podem reduzir o consumo<br />
de energia entre 3% e 5%. E mais: os ganhos adicionais incluem maior segurança operacional e o aumento da disponibilidade dos equipamentos.<br />
8) Pense na substituição de britadores: um britador vertical na posição terciária, por exemplo, pode ser substituído com grande economia de<br />
energia por um rebritador de cone. Quanto mais dura for a rocha, maior a economia na substituição. No estudo de caso da Metso, a economia de<br />
energia (estimada) anual seria de R$ 141,2 mil.<br />
9) Atenção para os drivers: o inversor de frequência pode gerar economia e melhorar o processo. Usado no controle de alimentação de britadores,<br />
ele leva ao aumento de produtividade, focando no acionamento de motores de grande porte tanto nos britadores como nos transportadores.<br />
Já o soft starter é aplicado em motores com potência maior que 50 HP ou em casos em que é necessário um controle específico na partida de<br />
britadores e transportadores.<br />
10) Use novas tecnologias: a utilização de relês inteligentes permite o monitoramento da potência consumida do motor, enquanto medidores de<br />
energia viabilizam o acompanhamento do consumo com maior precisão. São recursos atuais e devem ser adotados.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
31
AGREGA-MARKET/ENTREVISTA 2<br />
32<br />
PAVING EXPO<br />
& CONFERENCE<br />
MOVIMENTOU<br />
POSITIVAMENTE A<br />
CADEIA PRODUTIVA<br />
DE PAVIMENTAÇÃO<br />
"Além de apresentar soluções<br />
inovadoras e lançamentos para<br />
o mercado de pavimentação, o<br />
evento também proporcionou<br />
assuntos que norteiam o segmento<br />
de pavimentação por meio de<br />
workshops e seminários técnicos"<br />
Guilherme Ramos<br />
Quando encontramos ruas e estradas com muitos<br />
buracos, que afetam a vida cotidiana das pessoas e acarretam<br />
prejuízos, a sensação que temos é de que a culpa<br />
decorre apenas da qualidade da matéria-prima aplicada,<br />
seja asfalto ou concreto. Mas a verdade é que existem outras<br />
variáveis que são tão importantes quanto os insumos<br />
neste processo de pavimentação e passam por fatores<br />
como o tipo de equipamento utilizado, procedimento<br />
adotado e o critério técnico. Em entrevista exclusiva para a<br />
Revista Agregados Online, Guilherme Ramos, Engenheiro e<br />
Diretor da STO Feiras e Eventos, empresa responsável pela<br />
organização da Paving Expo & Conference, comenta sobre<br />
todos estes aspectos relacionados ao setor, bem como o<br />
que ainda podemos esperar nesta área para 2019.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
33<br />
AO: Qual a sua avaliação sobre o mercado de<br />
pavimentação nos últimos anos e especialmente para<br />
2019?<br />
O mercado de pavimentação vem realizando investimentos<br />
para oferecer soluções em equipamentos,<br />
tecnologia, produtos e materiais eficientes para atender<br />
a demanda de ruas e estradas do país. No entanto, em<br />
decorrência da atual conjuntura econômico vivenciada no<br />
Brasil, os investimentos nesse segmento continuam tímidos<br />
ante o desafio de melhorar a infraestrutura viária e<br />
rodoviária. A recente pesquisa da Confederação Nacional<br />
dos Transportes sobre que as condições gerais das rodovias<br />
brasileira melhoraram um pouco, mas a situação do<br />
pavimento continua apresentando índices de deficiência<br />
na casa dos 50%.<br />
ainda é tida como de baixa qualidade?<br />
As companhias envolvidas nesse segmento conhecem<br />
profundamente o que precisa ser feito, mas é preciso<br />
haver um trabalho em conjunto com a iniciativa pública<br />
para resultar em uma decisão assertiva sobre quais matérias-primas,<br />
equipamentos e metodologia devem ser<br />
utilizadas em cada situação. Uma questão fundamental é o<br />
conhecimento sobre esse mercado. Infelizmente, quando<br />
se vê nas ruas e estradas tantos buracos, a sensação é de<br />
que a culpa decorre apenas da qualidade da matéria-prima<br />
aplicada, mas, a verdade é que outras variáveis são<br />
importantes no processo de pavimentação, como o tipo<br />
de equipamento, o procedimento e critério técnico selecionados<br />
pela empresa contratada pelo órgão público local<br />
para a execução do serviço.<br />
AO: Como vocês avaliam a relação do mercado de AO: De que forma que a Paving Expo contribuiu<br />
pavimentação com o setor de agregados?<br />
positivamente com este cenário?<br />
O setor de agregados é extremamente importante A Paving Expo teve a proposta de ser um evento diferenciado,<br />
para o mercado de pavimentação. Sem o agregado não há<br />
ao englobar tudo o que está relacionado ao setor.<br />
pavimento, uma vez que eles funcionam como um meio Além de apresentar soluções inovadoras e lançamentos<br />
de ligação para formação de materiais compostos, como em produtos da cadeia produtiva da pavimentação, também<br />
betumes e concreto de cimento, sendo, então, determinantes<br />
proporcionou um debate dos assuntos mais impor-<br />
para a qualidade do material que será empregado tantes que norteiam o segmento bem como workshops e<br />
em um processo de pavimentação.<br />
seminários técnicos para a atualização de conhecimento<br />
por parte de profissionais.<br />
AO: É possível estabelecer um tripé conectando<br />
agregados-pavimentação-qualidade do produto final? AO: Sendo o agregado um elemento praticamente<br />
Sim, porque os agregados influenciam a capacidade de fundamental para a pavimentação de vias, o que a<br />
transferência de carga dos pavimentos. Existe uma grande<br />
Paving Expo trouxe especificamente como conteúdo<br />
variedade de agregados que podem ser utilizados em dedicado à indústria de agregados?<br />
revestimentos asfálticos, por isso é importante conhecer A Paving Expo & Conference reuniu dois eventos de<br />
bem as características de cada agregado, a fim de aplicá- conteúdos ligados direta ou indiretamente ao segmento<br />
-los de acordo com a finalidade da obra.<br />
de agregados: o “Workshop do Asfalto” e o “Seminário de<br />
Solos e Asfaltos”. O primeiro deles abordou a caracterização<br />
AO: Como as novas tecnologias contribuem para<br />
e seleção de ligantes e misturas asfálticas sob a ótica<br />
a o desenvolvimento da qualidade das operações de do desempenho; o uso de fresado com agente rejuvenescedor<br />
pavimentação?<br />
em rodovias com elevado volume de tráfego; e o uso<br />
O desenvolvimento de novas tecnologias é essencial do sistema Strata, da Betunel, como membrana asfáltica<br />
para melhorar a eficiência, a qualidade, a dureza, a resistência<br />
antifratura), resistente à propagação de trincas. Já o “Se-<br />
e a durabilidade do pavimento, além de aumentar a minário de Solos e Asfaltos”, foi divido em quatro temas<br />
produtividade de toda a operação. O Evotherm, por exemplo,<br />
principais: a influência dos ligantes no desempenho da<br />
possibilita a elevação da adesividade do asfalto com o mistura asfáltica; nanotecnologia na estabilização de solos<br />
agregado, resultando em uma superfície mais homogênea, tropicais “in situ”; gás GLP, suas aplicações e benefícios em<br />
além de proporcionar uma maior resistência ao tráfego de usinas de asfalto e sistemas de monitoramento remoto<br />
veículos.<br />
de funcionamento SM Connect; e o uso de solos plásticos<br />
AO: Ainda falando sobre qualidade, por que a estabilizados quimicamente com DYNABASE, para uso em<br />
pavimentação realizada corriqueiramente nas cidades camada de base em uma estrutura do pavimento.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
PRODUTIVIDADE 1<br />
34<br />
EFICIÊNCIA NOS PONTOS DE TRANSFERÊNCIA<br />
DO TRANSPORTADOR DE CORREIA É ESSENCIAL<br />
PARA GARANTIR A PRODUTIVIDADE<br />
Conheça as soluções utilizadas nos pontos de transferência, para manter o<br />
transporte de material a granel mais limpo, eficiente e seguro<br />
A qualidade do transporte de materiais sobre correia sem considerar o prejuízo devido aos danos nos equipamentos<br />
influencia, diretamente, na eficiência produtiva das pedreiras.<br />
e ambientais que isto pode causar”, diz.<br />
O que nem sempre é levado em consideração é Segundo ele, entre os danos mais comuns neste processo,<br />
que uns dos grandes responsáveis pelo sucesso geral do<br />
estão:<br />
transporte são os pontos de transferência – locais em que 1. Fuga de material, que pode causar estragos na correia<br />
o agregado é carregado ou descarregado.<br />
ou acelerar o desgaste dela, bem como gerar desgaste<br />
Em termos práticos, quando o material é mal carregado<br />
excessivo nas paredes do chute, avarias em roletes e no<br />
ou escapa, o transportador pode sofrer sérios danos tambor de retorno, e aumento de consumo de energia<br />
em sua estrutura e na correia. Em ambos os casos, isso devido ao travamento dos componentes;<br />
resultará na redução da eficiência produtiva, gerando um 2. Carregamento descentralizado, que gera desalinhamentos<br />
aumento nos custos de operação e manutenção. Para se<br />
na correia, desgaste irregular na parede do chute,<br />
ter uma ideia, cerca de 85% dos gastos com a manutenção danos na correia devido a entrada excessiva de material<br />
de uma correia transportadora são provenientes de material<br />
entre a chapa de desgaste e a correia, e desgaste acelera-<br />
fugitivo.<br />
do da vedação lateral;<br />
Quem chama a atenção para este fato é Marco<br />
3. Chutes e calhas guias mal dimensionadas, re-<br />
Antônio Monica, Coordenador de Engenharia da sultando no excesso de pó em suspensão no ambiente,<br />
Martin Engineering. “Cada grama de material que não entupimentos, falhas de vedação com a correia e queda<br />
está sobre a correia transportadora, isto é, que foi deixado do material para fora do transportador antes de sua acomodação.<br />
pelo caminho, deve ser considerado como dinheiro que o<br />
cliente gastou para extrair ou comprar este material, mas Pensando em minimizar estas questões, a<br />
não irá receber o equivalente em decorrência dessa perda, Martin Engineering tem enraizada em suas características<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
35<br />
a busca por novas tecnologias e soluções para<br />
manter o transporte de material a granel mais limpo,<br />
eficiente e seguro. Entre os principais produtos<br />
oferecidos pela empresa, destacam-se os raspadores<br />
de correias, utilizados nos pontos de transferência<br />
de carregamento para evitar que o material<br />
retorne agregado; as mesas de impacto, utilizadas<br />
na zona de carregamento de material; as mesas<br />
de vedação, utilizadas na zona de acomodação do<br />
material; e as caixas traseiras, utilizadas na parte<br />
traseira do chute de carregamento, com o objetivo<br />
de evitar a fuga de materiais e particulados na cauda<br />
do transportador de correia. Outras soluções,<br />
como vedação lateral, limpadores, calhas guias,<br />
chapas de desgaste e autoalinhadores completam<br />
o portfólio da companhia.<br />
“Todos os nossos equipamentos são projetados<br />
e dimensionados em software 3D. Durante<br />
o modelamento, são avaliados encaixes entre as<br />
peças para que, durante a fabricação, a tolerância<br />
dimensional seja facilmente atingida e, ao aplicar<br />
um balanceamento de solda ideal, as estruturas<br />
sejam flexíveis o suficiente para absorver impactos<br />
e resistentes para que não se rompam”, finaliza<br />
Marco Antônio Monica.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
36<br />
Mineratec aposta no monitoramento do processo do sucesso neste segmento em que o custo do nosso produto<br />
cliente de ponta a ponta<br />
em relação à produção da planta se tornou altamente vantajoso.<br />
Nossa linha possui também vibradores industriais<br />
A Mineratec, empresa localizada em Diadema (SP), elétricos ou pneumáticos que auxiliam no fluxo do material<br />
que nasceu da união de profissionais com conhecimentos<br />
específicos nas áreas relacionadas à fabricação e enfatizando que, como diferencial, a Mineratec oferece o<br />
e eliminam entupimentos”, complementa o especialista,<br />
à aplicação de equipamentos acessórios para correias monitoramento do processo do cliente de ponta a ponta.<br />
transportadoras, especialmente voltadas para pontos de A companhia entende, por exemplo, que além de comercializar<br />
os produtos para tornar os pontos de transfe-<br />
transferência. “Oferecemos soluções de contenção de<br />
material, passando pela carga e descarga da correia. Na rência mais efetivos, é preciso estar ao lado do cliente para<br />
carga, somos especialistas em aplicações de sistemas de a realização de ações para manutenção dos equipamentos<br />
em plenas condições de uso.<br />
Além da ficha técnica e manuais de instalação, os usuários<br />
podem contar com serviços especializados de inspeção,<br />
instalação e manutenção dos componentes, inclusive<br />
quanto ao controle de pó e adequação a NR-12, norma que<br />
regulamenta a segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.<br />
“Temos também um programa de capacitação<br />
que é realizado por meio de treinamentos sobre os principais<br />
equipamentos, no qual explicamos a importância de<br />
cada um deles e como eles devem ser selecionados, bem<br />
como para os demais acessórios que ajudam a melhorar a<br />
eficiência dos transportadores de correia”, diz Ortiz.<br />
vedações laterais, que buscam conter o material no momento<br />
em que ele está sendo carregado, passando por Rapthor prioriza a segurança dos clientes em seus<br />
mesas de impacto e/ou vedação que proporcionam uma<br />
produtos e serviços<br />
superfície apoiada e amortecida para o recebimento do<br />
material, o que preserva consideravelmente a vida útil da A Rapthor, empresa que atende as demandas do<br />
correia transportadora”, diz Marcos Visentim Ortiz, Gerente<br />
Executivo da Mineratec.<br />
pó, bem como material fugitivo em transportadores de<br />
mercado no que diz respeito à contenção e supressão de<br />
Já na descarga do material, Ortiz destaca que a companhia<br />
oferece diversos sistemas de raspadores de correia ao priorizar o atendimento técnico e a oferta de treina-<br />
correias, também atua na mesma linha que a Mineratec<br />
com excelente custo-benefício. “Temos diversos cases de mentos voltados para a manutenção. “Grande parte dos<br />
equipamentos que fornecemos são itens de desgaste,<br />
que necessitam de regulagem periódica. Por isso, oferecemos<br />
atendimento técnico para garantir a eficiência dos<br />
produtos, mediante a solicitação do cliente”, explica Felipe<br />
Paixão Gonçalves, Sócio Proprietário da Rapthor.<br />
Outra preocupação da companhia é a segurança dos<br />
profissionais que atuam nas pedreiras. Tanto que eles<br />
fornecem grades de proteção e coberturas de correia que<br />
atendam às normas regulamentadoras NR-12 e NR-33<br />
e visam impossibilitar o acesso de pessoas na região de<br />
transporte. Afinal, o acúmulo de material fugitivo e sujeita<br />
ao longo do transportador de correia podem ocasionar<br />
acidentes de trabalho. “Para uma manutenção segura em<br />
transportadores de correia é imprescindível que seja realizado<br />
o bloqueio do equipamento. Na Rapthor, temos re-<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
37<br />
gras de ouro que devem<br />
ser cumpridas, pois, para<br />
nós, a saúde e segurança<br />
sempre vem em primeiro<br />
lugar. Em qualquer situação<br />
em que o colaborador<br />
não se sentir seguro,<br />
ele deve imediatamente<br />
procurar os profissionais<br />
de segurança do trabalho<br />
e fazer valer o seu direito<br />
de recusa ao trabalho a ele delegado”, pontua Gonçalves.<br />
Entre os destaques do portfólio da Rapthor voltados aos<br />
pontos de transferência estão os raspadores de correia da<br />
linha “S” e o sistema de abatimento de pó. Os raspadores<br />
são fabricados com estrutura robusta, lâmina única em poliuretano<br />
de alta resistência a abrasividade e com sistema<br />
de troca rápida que proporciona agilidade de manutenção<br />
e excelente eficiência de limpeza. “O sistema de funcionamento<br />
da linha “S” assegura uma correia limpa ao longo<br />
de toda extensão do retorno, diminui perdas de material e<br />
reduz consideravelmente os custos com limpeza e paradas<br />
de manutenção”, diz o Sócio Proprietário da companhia.<br />
O sistema de abatimento de pó, por sua vez, é uma<br />
alternativa no combate de poeira nos vários pontos de<br />
transferência de uma planta de mineração ou de processamento<br />
de materiais, a solução possui módulo automatizado<br />
de bombeamento que necessita apenas de<br />
energia elétrica e água em volume suficiente para atender<br />
os pontos de aspersão, de acordo com cada projeto. Ele<br />
funciona por princípio aglomerativo, ou seja, os cabeçotes<br />
de aspersão criam uma fina névoa de água que ao entrar<br />
em contato com as partículas de poeira, adquirem maior<br />
peso e retornam a pilha de material para seguir seu fluxo<br />
normal de transporte.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
RCD ONLINE<br />
38<br />
RIUMA AMBIENTAL É REFERÊNCIA<br />
NACIONAL NA RECICLAGEM DE RCD<br />
Riuma Ambiental foi criada para promover um serviço confiável, eficiente e<br />
transparente no recebimento, manuseio e reciclagem de materiais inertes<br />
A a Riuma Ambiental foi fundada pelo Grupo Riuma ção com o passar do tempo, assim podem ser dispostos<br />
em novembro de 2005, em São Paulo, a princípio, para em aterro sem interferir com o solo e os lençóis freáticos.<br />
solucionar a necessidade de recuperar as áreas exploradas Este material é triado, separado, reciclado e disposto no<br />
pela atividade mineradora na pedreira.<br />
aterro, dependendo das condições em que é recebido”,<br />
Hoje a empresa oferece, além do serviço de recuperação<br />
detalha, especificando que entre eles estão os Resíduos de<br />
ambiental de áreas mineradas, um serviço premium Construção Civil e Demolição (RCD).<br />
e completo para seus clientes através do recebimento e “No processo de reciclagem, os resíduos descarregados<br />
reciclagem de resíduos sólidos da construção civil (RCD).<br />
na área designada passam por uma segunda triagem<br />
A unidade atua em parceria com grandes empresas do para assegurar que não haja contaminação e, ao final, são<br />
ramo e se destaca por ser a única do mercado cujo processo<br />
encaminhados para a área de britagem e classificação”,<br />
de compra do agregado reciclado é totalmente otimiza-<br />
complementa Adriana. Para o suporte de toda a logísti-<br />
do com ferramentas online, gerando um<br />
ca, a empresa conta com uma frota de<br />
processo inovador e de fácil utilização.<br />
equipamentos robusta, que inclui pás-<br />
Adriana Iudice Pagliuso, Gerente de<br />
-carregadeiras, escavadeiras, tratores de<br />
Marketing da Riuma Ambiental, explica<br />
esteira, rolos compactadores, bem como<br />
que atualmente o processo de descarte<br />
um britador móvel, peneira de classificação<br />
é o principal serviço oferecido pela empresa.<br />
e balança rodoviária.<br />
“Recebemos todos os tipos de Resíduos<br />
Como resultado, a Riuma Ambiental<br />
de Classe II B, que possuem baixa<br />
gera três tipos de materiais: o rachão<br />
capacidade de reação e não sofrem qualquer<br />
reciclado, na faixa granulométrica de 45<br />
tipo de alteração em sua composi-<br />
mm a 150 mm, que pode ser aplicado<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
39<br />
como bases e sub-bases, contenções, fundações e drenos;<br />
a bica corrida reciclada, na faixa granulométrica de 19 mm<br />
a 45 mm, que além de base e sub-base também pode ser<br />
usada no nivelamento de terreno; e o macadame reciclado,<br />
abaixo de 150 mm.<br />
Um dos fatores que tornam a empresa referência no<br />
mercado é que tanto o processo de compra destes agregados<br />
reciclados quanto a administração dos créditos a<br />
serem usados pelo cliente são 100% online. “Quando se<br />
fala em compra antecipada de créditos, queremos dizer<br />
a compra do volume em toneladas que o cliente pode<br />
descartar no nosso aterro. O cliente deve ter uma estimativa<br />
de quantas toneladas ele vai precisar comprar, porém<br />
caso a obra seja finalizada e ainda houver créditos, eles<br />
poderão ser redirecionados a outras obras ou até restituídos”,<br />
diz Adriana. Com esse processo, a Riuma Ambiental<br />
entrega total transparência e rastreabilidade do resíduo<br />
inerte gerado na obra do cliente, entregando uma carta de<br />
anuência dos resíduos reciclados ou dispostos no aterro<br />
ao final do processo.<br />
Desafios e perspectivas<br />
Quando questionada sobre os principais desafios<br />
encontrados no mercado para aumentar a reciclagem de<br />
RCD no Brasil, Adriana apontou que é preciso uma maior<br />
fiscalização dos poderes públicos no transporte, destinação,<br />
processamento e disposição final desses resíduos.<br />
“Nossa maior preocupação é atender todas as exigências<br />
ambientais no processo e todas as especificações técnicas<br />
na produção e uso do reciclado. Um equilíbrio entre os<br />
diversos atores deste mercado traria um aumento significativo<br />
do uso e consequentemente da sua produção”,<br />
pontuou.<br />
Outra questão abordada pela Gerente da Riuma Ambiental<br />
é que, muito embora a Resolução CONAMA 307<br />
tenha sido um marco na gestão dos resíduos da construção,<br />
ela deixou de acompanhar o desenvolvimento do<br />
segmento a partir do momento que não se adaptou as<br />
novas ferramentas de gestão dos RCD. “Não houve uma<br />
reforma profunda e consistente no texto da resolução que<br />
abarcasse as novas tecnologias na gestão destes resíduos.<br />
Outro item que é controverso no texto da resolução é o<br />
fato de todos os destinatários poderem produzir agregado<br />
reciclado. Isso dificulta o entendimento e provoca diversas<br />
falhas na regulamentação das prefeituras e dos Estados”,<br />
opina.<br />
Mesmo diante de tantos pontos que necessitam de<br />
avanço, as perspectivas da empresa para 2019 são otimistas<br />
– o crescimento na construção civil e em obras públicas,<br />
apontadas por entidades como o Sindicato da Indústria da<br />
Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e<br />
a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção<br />
(Abramat), deve gerar um aumento de vendas no<br />
segmento. Além disso, a Riuma Ambiental tem planos de<br />
estender o uso de resíduos reciclados em todas as empresas<br />
do Grupo. “Nosso departamento técnico está desenvolvendo<br />
produtos ou misturas ‘blend’ com o minério para<br />
atender as mais diversas utilizações do RCD. O desafio será<br />
grande mais o resultado será promissor”, finaliza Adriana.<br />
Área operacional da Riuma Ambiental<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
EQUIPAMENTOS 2<br />
PÁ CARREGADEIRA<br />
40<br />
FABRICANTES DE PÁS CARREGADEIRAS<br />
MOSTRAM QUE TAMANHO É DOCUMENTO SIM<br />
E COMBINA COM ALTA TECNOLOGIA<br />
Com diferentes portes, pás carregadeiras disponíveis no mercado aliam<br />
tecnologia, alta produtividade e redução de custos<br />
As pás carregadeiras são as principais responsáveis<br />
pelo carregamento ou movimentação de materiais nas<br />
pedreiras e canteiros de obras e ao longo do tempo ganharam<br />
um status de equipamento indispensável para<br />
a agilidade na operação, em suas diversas aplicações na<br />
construção e mineração.<br />
Atentos à necessidade de fornecer opções cada vez<br />
mais tecnológicas, os fabricantes de pás carregadeiras<br />
têm apostado em modelos que aliam alta produtividade e<br />
redução do consumo de combustível.<br />
Confira, na sequência, o que cada um deles oferece,<br />
especialmente, para o setor de agregados.<br />
viabilidade no ambiente de construção, o motor do novo<br />
modelo pode ser abastecido com metano e tem como diferencial<br />
fornecer exatamente o mesmo desempenho que<br />
o seu equivalente a diesel.<br />
Além do pioneirismo do projeto Tetra, a família de pás<br />
carregadeiras CASE, composta pelas Séries E, F e G, com<br />
potência de 137 a 320hp, são referência em engenharia<br />
inteligente e motores potentes. Para o setor de agregados,<br />
a liderança fica por conta o modelo CASE W20F, que foi<br />
CASE<br />
Em abril deste ano, a CASE Construction Equipment<br />
apresentou ao mundo o conceito inédito de pá carregadeira<br />
movida a metano.<br />
O projeto Tetra, como é chamado, foi desenvolvido<br />
em conjunto pelas equipes de design da CNH Industrial internacional<br />
e de engenharia da CASE. Refletindo a importância<br />
de combustíveis alternativos e demonstrando sua<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
41<br />
projetado para enfrentar as mais pesadas condições de<br />
trabalho e se destaca pela robustez, design e manutenção<br />
simples, maior liquidez e valor de revenda da categoria.<br />
A pá carregadeira 721E é outra máquina de destaque no<br />
mercado. O modelo une peso operacional de 14,8 toneladas,<br />
capacidade da caçamba de 2,5 m³ e motor CASE/FPT<br />
de 195hp, com certificação MAR I/Tier III e três curvas<br />
de potência, que possibilita adaptação à aplicação, de<br />
acordo com a necessidade da obra.<br />
Segundo Gleidson Gonzaga, Especialista em Produtos<br />
da CASE Construction Equipment para a América Latina,<br />
ambos os modelos apresentam diferenciais relacionados<br />
à produtividade, redução do custo operacional e tecnologia<br />
embarcada. “A W20F, por exemplo, é equipada com<br />
eixos para aplicação severa. Os eixos HD dianteiro e traseiro possuem limitador de patinagem, o que aumenta a produtividade,<br />
a capacidade de tração e a vida útil dos pneus. Além disso, o equipamento proporciona maior capacidade de<br />
tração em situações de pouca aderência”, diz.<br />
Ainda para o modelo W20F, a ausência de componentes<br />
eletrônicos no motor e a facilidade de manuseio são<br />
os principais itens de redução de custos de operação e<br />
manutenção. “Já a 721E conta com discos de freios que<br />
duram cerca de três vezes mais; óleo do motor, filtro do<br />
motor e filtro de ar com necessidade de troca duas vezes<br />
menor do que na versão anterior; e líquido de arrefecimento<br />
quatro vezes menor. O que representa menor custo<br />
de manutenção e maior disponibilidade de máquina”,<br />
complementa.<br />
Caterpillar<br />
Com uma linha de pás carregadeiras de porte médio com capacidade de caçambas que vão de 5 a 12 toneladas, a Caterpillar<br />
oferece configurações que são dedicadas a diversas indústrias especializadas, bem como para a movimentação<br />
de agregados. Nesta categoria, a companhia apresenta a configuração Aggregate Handler (AH) em dois modelos: a CAT<br />
962L AH, com fator de carga de 7 toneladas, e a CAT 972L AH, com fator de carga de 11 toneladas. “Além de possuírem<br />
mais contrapeso na parte traseira, o que permite com que as máquinas carreguem uma carga maior na parte frontal, os<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
42<br />
equipamentos foram dimensionados para que não haja<br />
problemas hidráulicos devido ao levantamento de carga<br />
adicional na caçamba. Os modelos AH estão desenhados<br />
para trabalhar com materiais soltos, como areia e<br />
brita”, explica Gecimar Morini, Consultor de Marketing<br />
da Caterpillar para as linhas de tratores de esteiras e<br />
pás-carregadeiras médias.<br />
Mas este não é o único ponto que merece destaque.<br />
Atualmente, todas as carregadeiras da marca são<br />
comercializadas com um sistema de balança integrado,<br />
conhecido como Caterpillar Production Measurement<br />
(COM) ou Sistema de Medição de Produção CAT®, que permite o gerenciamento da carga que está sendo transportada<br />
em tempo real. “Esta tecnologia ajuda os operadores a atingirem a carga útil alvo na primeira vez, eliminando operações<br />
como sub-carga ou sobrecarga, que resultam em perda de produtividade e maior consumo de combustível, impactando<br />
diretamente os custos operativos. Tudo isso se soma a ciclos de carga mais eficientes, custos mais baixos para movimentar<br />
materiais e mais valor para o seu negócio”, diz Morini, ressaltando que o preço da balança já está integrado aos<br />
equipamentos e que os clientes não pagam nada a mais por atualizações futuras.<br />
No que diz respeito à redução do custo operacional, o Consultor da CAT conta que grande parte dos equipamentos<br />
vendidos pela companhia fazem parte de um programa chamado “Garantia de Combustível L/h”, que visa garantir o<br />
consumo médio das máquinas independente da severidade da aplicação, configuração do equipamento ou técnica do<br />
operador. Uma vez registrada no programa, o equipamento participa do mesmo durante dois anos ou 4 mil horas de<br />
serviço ou o que ocorrer primeiro. Nele, o consumo atual de combustível da máquina é verificado em uma análise média<br />
durante o período de informes e caso ele exceda a taxa garantida, o cliente recebe um crédito para usar na aquisição de<br />
peças, serviços ou ferramentas de trabalho. “Vale ressaltar que as pás carregadeiras da série L, que é a mais recente, se<br />
destacam por três características principais: 10% mais HP nos novos motores, 15% menos de consumo de combustível<br />
e uma melhora de até 20% de eficiência em comparação a nossa série anterior”, finaliza Morini.<br />
Hedesa<br />
Com capacidade produtividade de 1,8 mil wkg e 2 mil<br />
kg, respectivamente, as pás carregadeiras ZL826 e ZL828<br />
são os maiores destaques da Hedesa e atendem uma ampla<br />
variedade de setores de atuação, como construtoras,<br />
madeireiras e empresas de reciclagem.<br />
“As nossas máquinas possuem um excelente custo<br />
benefício, principalmente no que tange os quesitos capacidade<br />
produtiva x preço x estrutura. Por isso, o nosso<br />
público é composto, principalmente, por aqueles buscam<br />
máquinas que atendam não somente a necessidade atual<br />
da empresa, mas também antecipam o crescimento da<br />
operação dela e, assim, querem investir em um equipamento<br />
que acelere a sua produtividade, sem a necessidade<br />
ou estrutura para adquirir um equipamento de grande<br />
porte”, diz Jean Proença, Vendedor da Hedesa.<br />
Compactos, os modelos citados anteriormente podem<br />
trabalhar em lugares apertados sem maiores problemas.<br />
“Além disso, eles possuem o mínimo possível de peças eletrônicas,<br />
sendo assim, a manutenção preventiva e corretiva<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
43<br />
fica mais barata, de fácil manuseio e de fácil substituição<br />
de peças”, detalha Proença, ressaltando que a principal<br />
tecnologia que se destaca nos equipamentos é o sistema<br />
inteligente de engate rápido hidráulico. De dentro da cabine<br />
é possível a troca de garfos para concha e vice-versa,<br />
tendo assim duas funções em um só equipamento. Ainda<br />
conta com terceiro ponto para implemento hidráulico, se<br />
necessário.<br />
O lançamento mais recente da fabricante norte-americana<br />
no mercado brasileiro é a pá carregadeira ZL830, que<br />
carrega até 2, 5 mil kg de carga e 1,3m³ na concha, e é ideal<br />
para operações maiores, mesmo em estruturas físicas<br />
limitadas. A máquina é equipada com motor Yunnei 4108<br />
Turbo, com potência de 92kw/123hp e quatro cilindros.<br />
JCB<br />
O portfólio de pás carregadeiras da JCB faz jus à estrutura mundial da companhia inglesa, que oferece desde minicarregadeiras<br />
até modelos compactos e de grande porte. Nesta última categoria, que se divide em pás carregadeiras<br />
utilitárias e de produção, estão os modelos voltados para aplicações pesadas, como as de mineração e construção.<br />
Como exemplo, Etelson Hauck, Gerente de Produto da JCB do Brasil, cita a 422ZX. Com peso operacional de 11,9 mil<br />
kg e capacidade máxima de carregamento de 1,7 m³, o modelo foi submetido a testes de altas cargas e temperaturas e<br />
foi projetado para garantir alta performance com baixo custo operacional. “Com relação aos componentes, gostamos<br />
de ressaltar a transmissão JCB tipo Powershift, que permite a troca de marchas sem a perda de potência, tornando a<br />
máquina mais eficiente do ponto de visto do deslocamento. Oferecemos, também, um sistema de neutralização desta<br />
transmissão. Por meio de um botão no Joystick, o motorista consegue colocar a máquina em ponto morto durante o<br />
descarregamento do material no caminhão e jogar toda a potência do motor para o sistema hidráulico, tornando a<br />
operação mais rápida”, diz Hauck.<br />
Por falar em funcionalidades que estão a um clique, a JCB acrescentou a função FRN (frente, neutro e ré) ao Joystick<br />
das máquinas, para que operador não precise trocar a posição da mão na hora de manobrar o equipamento, sendo algo<br />
a menos para ser gerenciado na operação, uma vez que a empresa defende que quanto menor o desgaste físico e mental<br />
do operador, mais produtivo ele será.<br />
Outro diferencial citado por Hauck é o sistema de monitoramento remoto JCB LiveLink, uma forma fácil e rápida<br />
de confirmar se as máquinas<br />
estão com a manutenção em<br />
dia e em boas condições.<br />
As métricas oferecidas pelo<br />
software permitem que o<br />
cliente gerencie sua frota com<br />
mais eficiência e planifique os<br />
cronogramas de manutenção<br />
antecipadamente. A tecnologia<br />
fornece notificações instantâneas<br />
quando um serviço<br />
é necessário e alertas críticos<br />
se houver sérios problemas<br />
mecânicos ou elétricos com<br />
as pás carregadeiras.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
44<br />
John Deere<br />
Todos os modelos de pás carregadeiras da John Deere<br />
contam com o portfólio John Deere Worksight, um<br />
pacote integrado de soluções tecnológicas para otimização<br />
de negócios, que inclui tecnologias como o sistema<br />
de telemetria JDLink, o Grade Control e o software<br />
Service ADVISORRemote. Além disso, as pás carregadeiras<br />
trazem o monitor multifunção de última geração<br />
com diagnóstico avançado e o sistema Quad-Cool,<br />
mecanismo que coloca o radiador, o condensador do<br />
ar-condicionado, o interarrefecedor e os arrefecedores hidráulicos, da transmissão e a opção de resfriador do eixo, em<br />
uma configuração em forma de caixa. “O sistema fica isolado do calor do motor e usa blindagens grandes e com a lateral<br />
perfurada para pré-filtrar o ar e diminuir sua velocidade, minimizando a entrada de detritos e aumentando a eficiência<br />
de arrefecimento”, explica Thomas Spana, gerente de Vendas para a Divisão de Construção da John Deere.<br />
O Quad-Cool oferece acesso amplo aos dois lados, facilitando a limpeza. O ventilador proporcional com abertura<br />
para fora e controlado hidraulicamente fornece acesso e minimiza a carga do motor e o consumo de combustível. Para<br />
o segmento de agregados em específico, uma característica em especial que auxilia bastante é o contador de ciclos e<br />
contador de caminhões, que permite ao operador manter acompanhamento de quantos passes está fazendo em cada<br />
caminhão e quantos caminhões foram carregados em seu turno.<br />
“O sistema de arrefecimento Quad-Cool, mencionado anteriormente, consegue prover aos nossos clientes menos<br />
tempo de máquina parada para limpeza dos radiadores, o que possibilita maior tempo em produção, e consequentemente<br />
maior produtividade”, diz Spana. O ajuste de altura de despejo, que possibilita gravar a altura ideal de despejo<br />
para uma aplicação específica também permite ao operador tempos de ciclo mais rápidos, uma vez que não precisa<br />
ajustar a altura ideal em todos os ciclos – ela já estará gravada e a caçamba se elevará até ela com apenas um toque no<br />
Joystick.<br />
Todas as carregadeiras John Deere são equipadas com Transmissão Powershift de cinco velocidades com tecnologia<br />
Smart-Shift que se adapta à velocidade e carga para obter a mudança de marchas mais suave. Contribuindo para o menor<br />
tempo possível de máquina parada, todos os pontos de manutenção diária, inclusive abastecimento de combustível,<br />
estão agrupados no lado esquerdo para um acesso rápido e conveniente, no nível do solo.<br />
Com pás carregadeiras que vão de 1<strong>06</strong> a 283 kW de potência líquida e de 12 mil a 34 mil toneladas de peso, além de<br />
caçambas de 2,1 a 5,7 m³, a John Deere aponta os modelos 524K-II, 624K-II, 724K e 944K como as principais da marca.<br />
Komatsu<br />
Nacionalmente, os grandes destaques da Komatsu<br />
em termos de vendas são as pás carregadeiras<br />
WA200-6 e WA320-6, nas classes de 2 m3 e 2,7<br />
m3 de volume de caçamba padrão, respectivamente.<br />
Segundo a empresa, estes modelos possuem<br />
versatilidade de configurações, proporcionando<br />
ótimo desempenho em diferentes tipos de aplicações<br />
nos segmentos de construção, industriais e<br />
agrícola. “Destacam-se, também, as pás carregadeiras<br />
de portes superiores, que possuem aplicações<br />
mais voltadas às altas demandas produtivas, como<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
45<br />
minerações. Os modelos WA380-6, WA430-6, WA470-6,<br />
WA500-6 e WA600-6, por exemplo, possuem capacidades<br />
de caçambas entre 3 m³ à 6,4 m³, construção robusta e<br />
elevada durabilidade”, diz Ricardo Pagliarini Zurita, Gerente<br />
de Marketing de Produto da Komatsu.<br />
A principal característica ligada à capacidade produtiva<br />
das máquinas está relacionada ao sistema de Transmissão<br />
Hidrostático HST da Komatsu, que em conjunto com os<br />
eixos e motores diesel, também de fabricações próprias,<br />
compõem um robusto e confiável conjunto do trem de<br />
força. Os modelos WA200-6 e WA320-6, fabricados no<br />
Brasil, utilizam o Sistema HST, que lhes conferem baixa<br />
manutenção e consumo de diesel, bem como elevada<br />
eficiência e alto desempenho de tração. “A transmissão<br />
HST oferece respostas rápidas ao deslocamento e ataque<br />
agressivo ao material de carregamento, através do ajuste<br />
automático à demanda por esforço de tração, com trocas<br />
automáticas de marchas. Na desaceleração, o sistema HST<br />
atua como um freio dinâmico, sendo capaz de manter as<br />
carregadeiras em posição de operação nos mais variados<br />
tipos de pisos, aclives ou declives, reduzindo sensivelmente<br />
o desgaste dos freios e pneus”, detalha Zurita.<br />
O destaque para tecnologia embarcada nos equipamentos<br />
Komatsu vai para o sistema de monitoramento e<br />
gerenciamento remoto KOMTRAX, que monitora cerca de<br />
12,5 mil máquinas da marca no Brasil e é gratuito por 10<br />
anos em toda a linha de produtos. O software disponibiliza<br />
uma série de dados ao operador, desde avisos de falhas<br />
mecânicas e elétricas, até o monitoramento dos modos de<br />
trabalho junto ao guia ECO, que facilita o usuário na obtenção<br />
da melhor performance e segurança. Já para a rede<br />
de distribuidores, as informações do KOMTRAX permitem<br />
a atuação de forma precisa, oferecendo manutenções no<br />
momento exato que o cliente necessita e corrigindo eventuais<br />
problemas já na primeira visita ou até mesmo por<br />
telefone, nos casos mais simples, economizando tempo e<br />
dinheiro.<br />
Indicador ECO da Komatsu<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
46<br />
Liebherr<br />
Segundo Lucas Oliveira, Engenheiro de Produto da<br />
Liebherr, as pás carregadeiras da fabricante são reconhecidas<br />
no mercado pela sua alta produtividade e baixos<br />
custos operacionais, graças ao sistema de translação hidrostático<br />
que permite o posicionamento ideal do motor<br />
diesel na máquina, reduzindo a necessidade de contrapeso<br />
adicional. “Com a máquina mais leve, sem afetar<br />
a carga de tombamento, há uma redução significativa,<br />
podendo chegar a até 25% no consumo de combustível.<br />
Da mesma forma, o sistema hidrostático permite que a<br />
força de tração possa ser gradualmente regulada, o que se traduz na regulagem contínua de velocidade, sem que a<br />
troca de marchas seja percebida e sem interrupção da força de tração”, diz. Atualmente, todas as pás carregadeiras da<br />
Liebherr possuem o sistema de telemetria Lidat. Baseado na tecnologia de transmissão de dados, ele possibilita que<br />
tanto o cliente quanto a equipe da Liebherr visualizem os dados de operação e posicionamento dos equipamentos,<br />
permitindo o gerenciamento eficiente e supervisão remota.<br />
“Nosso sistema de monitoramento elétrico/eletrônico garante o controle eficaz do equipamento e maior velocidade<br />
na transmissão de dados, o que resulta em respostas instantâneas de acordo com os comandos de operação e faz<br />
com que o equipamento tenha aproveitamento máximo dos componentes instalados. Este monitoramento eletrônico<br />
fornece a interface ideal para que a operação e manutenção dos clientes tenham as informações corretas para melhor<br />
aproveitamento do equipamento e diagnóstico em caso de falhas”, finaliza Oliveira.<br />
Entre as opções fabricadas pela Liebherr no Brasil, estão os modelos L538, L556, L566 e L580, com pesos operacionais<br />
que vão de 13 mil a 24 mil kg e cargas de tombamento de 9,3 mil kg a 18 mil kg. A mais recente delas é a L566, que<br />
começou a ser produzida na fábrica de Guaratinguetá (SP) em junho deste ano e será lançada oficialmente durante a<br />
Exposibram 2019.<br />
LiuGong<br />
Pioneira na fabricação de pás carregadeiras modernas na China, atualmente a LiuGong já atinge a marca de 400 mil<br />
equipamentos vendidos nesta categoria. A principal novidade da empresa é a Serie H, que é composta por pás carregadeiras<br />
que apresentam motor Tier 3, transmissão automática, FNR no Joystick e diferentes modos de trabalho (ECO/<br />
STD/POWER). No Brasil, já estão disponíveis os modelos 848H, 835H e 856H, de 10 a 17 toneladas.<br />
“Para se destacar no mercado, investimos em diferenciais como usabilidade de seus equipamentos: maior controle<br />
e facilidade de manutenção, design moderno, segurança, eficiência e menor consumo de combustível. A Série<br />
H, por exemplo, traz melhorias tecnológicas<br />
na parte de velocidade de ciclo, força de<br />
desagregação, velocidade de descolamento,<br />
mais força e mais velocidade no sistema hidráulico”,<br />
aponta Hebert Francisco, Gerente<br />
de Produto da fabricante.<br />
Francisco conta que os dois últimos lançamentos<br />
que ganharam destaque no mercado<br />
brasileiro foram a pá carregadeira 835H, lançada<br />
em 2016, e a 856H, lançada em 2017.<br />
“Esses lançamentos tiveram grande repercussão<br />
na época, inicialmente por seu design<br />
inovador, seguido pela tecnologia embarcada<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
47
48<br />
que contava com diferenciais como maior carga operacional e maior<br />
força de desagregação, Motor Cummins Tier 3 com mais potência e<br />
melhor rendimento e a nova Transmissão ZF com quatro velocidades a<br />
frente e três a ré”, diz.<br />
Para este ano, a LiuGong Latin America planeja lançar para o mercado<br />
local uma série de novos equipamentos, dentre eles está o modelo<br />
848H e a nova versão da 835H, com motor QSB5.9. Os equipamentos já<br />
foram lançados em outros mercados regionais da LiuGong como Ásia,<br />
Europa e EUA e trazem consigo um conjunto de novas tecnologias.<br />
“Dentre as novidades tecnológicas apresentadas na 848H podemos<br />
listar a Bomba Variável Bosh Rex Roth e Transmissão Automática. Já na<br />
835H, destacamos a caçamba maior STD 2.1 e FNR no Joystick”, finaliza.<br />
New Holland<br />
A New Holland Construction disponibiliza no Brasil uma linha de quatro pás carregadeiras preparadas para atender<br />
às diferentes aplicações e demandas do mercado. São elas: a 12D EVO, com capacidade da caçamba de 1,91 a 2,3 m³,<br />
a W130B, com capacidade da caçamba de 1,5 a 3 m³, a W170B, com capacidade de caçamba de 1,9 a 4 m³, e a W190B,<br />
com capacidade da caçamba de 1,9 a 5 m³. Esta última é o lançamento mais recente da fabricante e foi projetada para<br />
trabalhos pesados, movendo mais material por hora com a máxima produtividade.<br />
O sistema hidráulico do modelo, sensível à carga e de centro fechado, proporciona ciclos rápidos e máxima força<br />
de desagregação. O melhor desempenho hidráulico é obtido a partir das solicitações de carga, o que confere ao equipamento<br />
a máxima eficiência. Além disso, a pá carregadeira W190B é equipada com motor com certificação Tier IIIA<br />
e múltiplos modos de trabalho: potência máxima, para atividades em condições extremas; potência standard, para<br />
condições normais de carga; potência econômica, para aplicações gerais e traslado e seleção automática da potência<br />
(máxima ou standard) em função do trabalho requerido.<br />
Rafael Ricciardi, Líder da linha de produtos General Purpose da CNH Industrial, destaca que as pás carregadeiras New<br />
Holland possuem ventilador reversível (standard), ideal para ambientes de elevada concentração de poeira. “A inversão<br />
da hélice é acionada automaticamente a cada 20 minutos ou manualmente através de um botão no console direito. Essa<br />
ação faz com que as partículas sólidas sejam expelidas dos radiadores que compõem o sistema de arrefecimento, sem a<br />
parada do equipamento, garantindo a passagem de ar limpo para todos os componentes do sistema”, diz.<br />
Vale ressaltar que o projeto das pás carregadeiras da marca resultou numa distribuição inteligente do peso e em<br />
fácil acesso aos componentes. O motor, a transmissão, o sistema<br />
de arrefecimento e os cilindros de direção estão localizados<br />
estrategicamente, o que garante uma ótima distribuição do<br />
peso. “Uma máquina bem equilibrada tem mais capacidade<br />
de levantamento e oferece uma melhor relação peso/<br />
potência”, finaliza.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
Volvo<br />
49<br />
Oferecidas na América Latina nos modelos de grande porte, acima de 7 toneladas de carga operacional, as pás<br />
carregadeiras da série H da Volvo reúnem o que há de mais moderno na linha da marca: sistema de pesagem de carga<br />
dinâmico Load Assist, três modos de operação do sistema hidráulico, uma nova geração de sistema hidráulico sensível<br />
à carga que melhora a resposta e velocidade dos movimentos e o pedal ecológico para reduzir o consumo de combustível.<br />
De acordo com a empresa, essas tecnologias buscam maior eficiência energética, produtividade e facilidade de<br />
operação.<br />
“O conceito de desenvolvimento que a Volvo adotou há décadas e que perdura até hoje é o de desenvolver a<br />
perfeita integração dos diversos sistemas e o equilíbrio entre eles. Por exemplo: o trem de força e o sistema hidráulico<br />
estão integrados para aproveitar a faixa econômica do motor. O equilíbrio entre o que o motor entrega e o que o trem<br />
de força e o sistema hidráulico demandam permite um tempo de ciclo menor”, detalha Boris Sánchez, Gerente Regional<br />
de Suporte a Vendas da Volvo CE na América Latina.<br />
Conforme mencionado anteriormente, o sistema de pesagem de carga dinâmico Load Assist é um dos grandes<br />
destaques tecnológicos da nova série H. Ele permite a gestão da produção através da tela touchscreen de 10” do Volvo<br />
Co-Pilot, maximizando a eficiência operacional.<br />
Além disso, o sistema Contronic<br />
monitora a operação e o desempenho do<br />
equipamento em tempo real, mostrando<br />
no painel de informações os dados<br />
operacionais, textos de advertência ou<br />
mensagens de erro.<br />
“Além de uma rede de distribuição<br />
treinada e elevada disponibilidade de<br />
peças, a Volvo se destaca pelos serviços<br />
oferecidos pelo pós-vendas da empresa”,<br />
ressalta Sánchez. Em 2018, a empresa<br />
lançou o Active Care Direct, um serviço<br />
de monitoramento proativo que proporciona<br />
aos clientes um aumento da<br />
disponibilidade e redução no consumo<br />
de combustível da frota.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
PRODUTIVIDADE 2<br />
50<br />
INDÚSTRIA 4.0 NAS PEDREIRAS JÁ É UMA REALIDADE<br />
Indústria 4.0 nas pedreiras é marcada pelo uso de tecnologias para<br />
automação e troca de dados, englobando os conceitos de Internet das<br />
Coisas (IoT) e Computação em Nuvem<br />
Utilizando novos e avançados recursos tecnológicos, a<br />
Indústria 4.0 tem ganhado a atenção de diversos setores<br />
da indústria ao tocar em um ponto crucial: a maior eficiência<br />
das operações. Na mineração e construção não é diferente.<br />
A busca por aumento de produtividade, melhores<br />
condições de trabalho e maior assertividade na tomada de<br />
decisões tem levado pedreiras e mineradoras a buscarem<br />
alternativas tecnológicas com uma frequência cada vez<br />
maior.<br />
Com seis pedreiras em atividade, a Embu S.A. é um<br />
destes casos e conta como utiliza a Indústria 4.0 a seu favor.<br />
“Atualmente, temos sensores de níveis, de corrente e de<br />
velocidade que controlam a operação<br />
da britagem de agregados.<br />
Além disso, possuímos uma Usina<br />
de Solos que faz composição de<br />
diversas faixas de agregados com<br />
o uso de células de carga que comandam<br />
a vazão de cada material<br />
por um sistema de automação”,<br />
diz Renato Iwamoto Ferreira, Engenheiro de Minas da<br />
Embu S.A.<br />
Na rebritagem, o sistema de automação auxilia no<br />
controle de diversos equipamentos. Como exemplo, ele<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
comanda a alimentação dos britadores de acordo com o<br />
nível de enchimento deles e monitora as correntes dos<br />
motores. “O sistema ainda controla a retomada do material<br />
do pulmão conforme os níveis dos silos da britagem.<br />
Até mesmo o comando do semáforo para bascular o caminhão<br />
na caixa primária é controlado pela automação, que<br />
atua de acordo com o nível da caixa de alimentação do<br />
britador primário”, explica Ferreira.<br />
Já na Usina de Solos, os recursos da Indústria 4.0 controlam<br />
a dosagem de cada material e, de acordo com o<br />
peso de cada um deles, regula a velocidade da correia do<br />
agregado para poder ajustar ao padrão solicitado. Como<br />
resultado, é possível atender diversos tipos de materiais<br />
de forma mais ágil e entregar o material especificado em<br />
um tempo menor, o que garante uma entrega maior para<br />
o cliente por dia.<br />
Segundo o Engenheiro de Minas da Embu, essas ferramentas<br />
têm contribuído de forma significativa para o<br />
aumento da produtividade das unidades, bem como para<br />
a redução de custos das pedreiras. “Estima-se que o uso<br />
da automação traga ganhos de 20% na produtividade da<br />
britagem. Além disso, por controlar diversos parâmetros,<br />
é possível reduzir o número de funcionários e de horas<br />
trabalhas, consequentemente reduzindo também o custo
51<br />
de operação”, exemplifica.<br />
Na avaliação da Embu, a Indústria 4.0 é uma tendência<br />
e quem não conseguir se adequar precisará lidar com<br />
perdas de produtividade e elevação dos custos das operações.<br />
Por isso, a expectativa do grupo é poder contar com<br />
mais sistemas de automação integrados no futuro, que<br />
entreguem informações de forma rápida e que possam ser<br />
usados para comandar e ajustar os processos.<br />
Riuma Mineração utiliza automação na britagem<br />
Antenada às tendências do mercado, a Riuma Mineração<br />
iniciou um projeto de reformulação total da sua planta<br />
de britagem de granito, em 2012. Localizada em Jaraguá<br />
(SP), a unidade foi inaugurada, em 2014, com um sistema<br />
de controle para a linha de produção. Além de hardware<br />
e software especialmente desenvolvidos para o setor<br />
de mineração, a Riuma também apostou em uma lógica<br />
customizada que viabilizou o acompanhamento de fatores<br />
como operação, produtividade, segurança, manutenção<br />
e controle ambiental. Veja na sequência como cada um<br />
destes pontos é controlado:<br />
1. Operação<br />
O funcionário opera e monitora a planta olhando para<br />
a tela de um computador, integrado ao controlador, que<br />
permite a ele uma visão gráfica e integral de todo o processo.<br />
A Riuma adicionou, ainda, um sistema automático<br />
de controle de abertura dos pontos de transferência de<br />
materiais, que é composto por correias transportadoras<br />
especiais acionadas por inversores de frequência integrados<br />
à automação. Para completar, a pedreira conta com<br />
sensores de entupimento de bicas e de enchimento nos<br />
silos e pilhas.<br />
“O sistema possibilita que o operador ligue e desligue<br />
os equipamentos automaticamente, observando a sequência<br />
correta de partida dos mesmos e, assim, evitando os<br />
erros que causariam atrasos na produção ou até mesmo a<br />
quebra de equipamento. O controle dos pontos de transferência<br />
automáticos, permitem que o operador altere,<br />
mude a velocidade ou até interrompa o fluxo de um material<br />
com um “click” do mouse. Os sensores de entupimento<br />
e enchimento, por sua vez, evitam que os materiais transbordem<br />
dentro dos silos ou venham a tocar as correias<br />
transportadoras quando as pilhas de produtos atingirem<br />
os seus níveis máximos”, explica Carlos Roberto Barbosa<br />
Junior, Engenheiro Mecânico da<br />
Riuma Mineração e responsável<br />
pelo setor de Equipamento e Manutenção.<br />
Entre os resultados práticos,<br />
ele cita o aumento da disponibilidade<br />
operacional da planta com a<br />
eliminação dos erros de operação;<br />
controle de fluxo de material, agilizando a operação e contribuindo<br />
para o ganho de produtividade; e eliminação da<br />
necessidade de intervenção de um funcionário de campo,<br />
reduzindo custos e minimizando os riscos de acidentes.<br />
2. Produção<br />
As Balanças Integradoras – instrumentos conectados<br />
à automação – informam o operador sobre os dados de<br />
produção instantâneo e acumulado, favorecendo o monitoramento<br />
da produção total de produto específico em<br />
tempo real. Com isso, a Riuma Mineração consegue avaliar<br />
a eficiência de peneiramento e desenvolver projetos de<br />
diferentes materiais a serem produzidos.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
52<br />
Monitoramento da operação na Riuma Mineração<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
3. Produtividade<br />
bem como avisos sonoros e luminosos, ao longo de toda a<br />
“Com um sistema composto por sensores do tipo “radar”<br />
e inversores de frequência integrados à automação, ponsável pela manutenção ou limpeza é automaticamente<br />
linha de produção da Riuma Mineração. O funcionário res-<br />
garantimos que os nossos britadores estarão sempre trabalhando<br />
a plena carga”, pontua Junior. Segundo ele, isto de 10 segundos, todas as vezes que uma máquina entrará<br />
avisado por meio dos avisos sonoros e visuais, pelo período<br />
é possível pois o sensor monitora o nível de material que em movimento. “Essa função faz com que ele tenha tempo<br />
está sendo alimentado ao britador e envia um sinal ao motor<br />
do alimentador do mesmo para acelerar ou desacelerar surja alguma interferência com um maquinário, ele pode<br />
necessário para se distanciar de um ponto de perigo e, caso<br />
o processo, nunca deixando faltar material e, ao mesmo acionar um botão de parada de emergência ou puxar uma<br />
tempo, não deixando com que o equipamento trabalhe cordinha para parar a linha de produção por completo”, diz<br />
com material em excesso. “Como resultado, conseguimos Júnior. Logo, é possível reduzir drasticamente os riscos de<br />
um aumento de produtividade de, no mínimo, 20% em acidentes de trabalho, eliminando os passivos trabalhistas<br />
comparação a um sistema operado manualmente, o que da empresa e garantindo a disponibilidade de operação.<br />
impacta diretamente na redução de custo de produção”,<br />
complementa.<br />
5. Manutenção<br />
Todos os parâmetros dos motores dos equipamentos<br />
4. Segurança<br />
que compõem a linha de produção também são monitorados.<br />
A partir daí, dados como quantidade de horas<br />
Foram instalados instrumentos de segurança, como<br />
botões de parada de emergência e linhas de emergência, trabalhadas (horímetros), esforço (amperímetros) e temperatura<br />
(termômetros) podem ser visualizados em tempo<br />
real e registrados no banco de dados do computador de<br />
operação. Já por meio dos sensores de curso e capacitivos,<br />
o alinhamento e a ruptura das cintas das correias transportadoras<br />
são monitorados, o que possibilita o ajuste<br />
antes que elas venham a ter um desgaste excessivo ou<br />
mesmo se romper. Caso se rompam, o sistema é avisado<br />
e a transportadora é desligada, diminuindo os danos aos<br />
equipamentos. Por último, a instalação de eletroímãs e detectores<br />
de metais acusam a presença e extraem qualquer<br />
corpo estranho e metálico, que não deveria estar na linha.<br />
“Todos os dados são usados para o controle de manutenção<br />
preventiva dos equipamentos e de todo o material<br />
de desgaste, permitindo a criação de manutenções
53<br />
preditivas: trocamos alguns componentes, antes que eles<br />
venham a se quebrar e comprometer o funcionamento do<br />
equipamento”, conta o Engenheiro.<br />
6. Controle Ambiental<br />
Por fim, a Riuma Mineração integrou um sistema de<br />
aspersão de água de alta eficiência à automação, para<br />
controlar as das partículas de pó geradas durante o processo.<br />
O controlador central gerencia as bombas e válvula<br />
eletromagnéticas para que trabalhem em conjunto com o<br />
acionamento de cada equipamento e proporcionalmente<br />
à carga que estão trabalhando. A iniciativa eliminou a necessidade<br />
de um funcionário de campo fazer o acionamento<br />
manual, bem como a possibilidade de esquecimento de<br />
água ligada ou até mesmo desligada.<br />
Na avaliação da empresa, o setor de agregados ainda<br />
está bem atrasado quando às recentes tecnologias disponíveis<br />
no mercado e aderir a elas não se trata apenas de uma<br />
opção, mas sim de uma obrigação por parte das pedreiras<br />
e mineradoras que querem prosperar. “A indústria 4.0, por<br />
meio da informatização das nossas linhas de produção,<br />
proporcionando monitoramento e gerenciamento de dados<br />
operacionais aliados à conectividade, tem muito o que<br />
agregar para o nosso negócio como um todo”, finaliza.<br />
Votorantim Cimentos lança desafio de inovação para operação de agregados com foco na Indústria 4.0<br />
Considerada uma das maiores empresas globais do setor, a Votorantim Cimentos anunciou recentemente um novo desafio em sua<br />
plataforma de inovação aberta, a VC Connect. A companhia está buscando startups que trabalhem com soluções para o desenvolvimento<br />
de um simulador de processos para mineração e britagem de agregados, com foco nos pilares da Indústria 4.0. Segundo a Votorantim<br />
Cimentos, serão avaliados principalmente os seguintes requisitos:<br />
• Sistema leve com baixo custo de implementação em relação a soluções já disponíveis no mercado;<br />
• Solução on premise com armazenamento local de dados;<br />
• Software flexível para aplicação em múltiplas fábricas e integração com os sistemas SAP e sistema de controle local;<br />
• Interação amigável com o usuário, fácil manipulação e visualização remota de painel de métricas (dashboard);<br />
• Permita alimentação de dados manual e/ou automática e gere cenários que suportem decisões do negócio;<br />
• Considere o ambiente de mineração, no qual pode existir a limitação de infraestrutura de conectividade na mina para proposição<br />
da solução;<br />
• A solução pode ou não considerar telemetria como entrada de dados para aplicação de simulação.<br />
A expectativa da companhia é aplicar a solução em quatro fábricas no Brasil, localizadas em Araçariguama (SP), Santa Isabel (SP), Itapecerica<br />
da Serra (SP) e Campo Grande (MS). Os projetos selecionados passarão por uma imersão no ambiente da Votorantim Cimentos<br />
e, posteriormente, por provas de conceito.<br />
“Temos o propósito de sempre buscar diferentes soluções e adotar práticas inovadoras em nossos processos e operações. Diante<br />
disso, enxergamos a necessidade de criar um programa que pudesse ser um ecossistema para inovação aberta,<br />
promovendo um ambiente em que se conecte com startups, centros de pesquisas, entre outros”, diz. Erik Ribeiro<br />
Weide de Araujo, Gerente Geral de Agregados da Votorantim Cimentos. O executivo ressalta que a companhia<br />
acredita que as tecnologias de Indústria 4.0 proporcionam grande diferencial para àqueles que desejam inovar<br />
de forma rápida e com um escopo mais amplo. “Elas permitem que mantenhamos a continuidade da operação,<br />
desde o processo de mineração até as máquinas da indústria, de maneira uniforme, trazendo confiabilidade”,<br />
complementa.<br />
No caso específico do desafio de inovação, a Votorantim Cimentos espera por soluções que proporcionarão<br />
maior previsibilidade de produção, manutenção e performance, bem como ajudarão a identificar oportunidades de redução de custos.<br />
“Durante o processo de fabricação de agregados, existem desafios operacionais que podem ser evitados se mapeados antecipadamente”,<br />
diz.<br />
Atualmente, na Votorantim Cimentos conta com diferentes sistemas de indústria 4.0 como o projeto Spectrum, que utiliza inteligência<br />
artificial para monitorar e entender o comportamento dos principais equipamentos na produção de cimento, e o VC Maps, sistema que<br />
possibilita que mais de 30 minas de calcário da empresa, distribuídas em todo Brasil, sejam monitoradas remotamente por meio de<br />
imagens de satélite. Dotado de recursos de inteligência artificial, o sistema compara, periodicamente e de forma autônoma, as imagens<br />
das diversas localidades para garantir a conformidade das suas operações e a evolução dos planos ambientais.<br />
Imagem: Grupo Votorantim<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
CASE INTERNACIONAL<br />
54<br />
CDE INVESTE EM TECNOLOGIA<br />
TRAZENDO SOLUÇÕES À COLLIER MATERIALS<br />
A Collier Materials tem produzido areia, granito e cascalho no Texas há 46<br />
anos em sua mina de Marble Falls. A companhia recentemente expandiu<br />
suas operações para Llano e Georgetown, Texas (EUA).<br />
As operações originais da Collier Materials eram focadas<br />
no negócio de granito decomposto, e eles construíram<br />
uma forte reputação para produção de produtos de paisagismo<br />
e construção de alta qualidade, que são fornecidos<br />
a clientes em todo o Texas. Kevin Collier acredita que eles<br />
têm algumas das melhores rochas e areias sendo produzidas<br />
no norte de Austin.<br />
Desafios<br />
A empresa atualizou recentemente suas operações em<br />
Georgetown, e o investimento já está compensando. O site<br />
de sucesso de Georgetown processa uma matéria bruta<br />
de calcário vinculado a argila, contando com um excesso<br />
de malha 4-8 no material. Um material difícil de lidar, que<br />
vinha causando alguns problemas ao operador conforme<br />
ele buscava conseguir uma areia de especificação C-33 de<br />
qualidade e consistente, em alto volume, todas as vezes,<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
enquanto também se esforçava para melhorar as operações<br />
e manutenção do local. Depois de enfrentar problemas<br />
com seu sistema de processamento úmido baseado<br />
em ciclones, a Collier procurou os especialistas em lavagem<br />
de areia da CDE Global, com quem tiveram parcerias<br />
de sucesso no passado.<br />
Com um portfólio de mais de 2.000 instalações de<br />
processamento úmido em todo o mundo desde 1992 e<br />
soluções de alta tecnologia testadas e aprovadas, combinadas<br />
com um histórico comprovado o site de Llano da<br />
Collier, uma solução de processamento úmido da CDE<br />
foi identificada como a solução para o problema atual da<br />
empresa. E a equipe CDE EUA, com sede em Cleburne, no<br />
Texas, estava pronta para o desafio.<br />
Solução CDE<br />
Thomas Wick, Gerente de Desenvolvimento de Negócios<br />
da base Cleburne da CDE, explicou: “Entendemos<br />
totalmente que Kevin e sua equipe precisavam de um<br />
parceiro de serviço completo que pudesse trabalhar para<br />
entender suas unidades, matérias primas e necessidades
55<br />
específicas, para criar a solução correta rapidamente. A<br />
Collier Materials já havia experimentado a eficácia de uma<br />
unidade da CDE anteriormente, mas, para nós, não há<br />
duas unidades iguais. Desta vez, nossos engenheiros foram<br />
direto ao seu local para trabalhar lado a lado com eles<br />
para projetar, fabricar, instalar e comissionar uma solução<br />
personalizada.”<br />
A unidade anterior da Collier em Georgetown não estava<br />
atingindo a qualidade e a consistência necessária para<br />
atender à norma C-33, e o gerenciamento e a manutenção<br />
de seu reservatório estavam se mostrando ineficientes<br />
e dispendiosos. O sistema não estava removendo #200<br />
suficiente da areia, que variava de 17 a 25%. Ele também<br />
estava perdendo uma quantidade significativa de valiosa<br />
areia de concreto para os reservatórios de decantação. A<br />
CDE foi, portanto, nomeada para fornecer uma solução<br />
de lavagem personalizada que garantiria a remoção da<br />
quantidade elevada de #200 e reduziria a necessidade de<br />
manutenção do reservatório no local.<br />
Depoimentos<br />
Kevin Collier observou: “Precisávamos de conselhos e<br />
apoio para substituir uma linha de processamento úmido<br />
que não funcionava para nós – era um sistema similar, mas<br />
não do mesmo calibre e não tinha sido projetado para lidar<br />
com nossa matéria-prima base.<br />
Os principais problemas eram que a especificação do<br />
produto não era consistente, e não estava produzindo no<br />
grau que precisávamos”.<br />
Como resultado da capacidade limitada de pontos de<br />
corte, a empresa descobriu que frações valiosas estavam<br />
sendo perdidas para os reservatórios junto com o transbordamento,<br />
o que, por sua vez, significava um aumento<br />
significativo na ocupação de espaço e manutenção do<br />
reservatório.<br />
Essa manutenção estava se tornando cada vez mais difícil,<br />
com os reservatórios precisando ser limpos sete dias<br />
por semana – sua produtividade dependia da rapidez com<br />
que essa limpeza poderia ser feita e grande parte dos esforços<br />
se focavam nas barragens. A recuperação de materiais<br />
finos perdidos envolveria o reprocessamento do material<br />
residual, resultando em custos operacionais significativos<br />
por meio de manuseio duplo e tempo de inatividade.<br />
A Collier precisava de uma solução inovadora que<br />
oferecesse resultados. A tecnologia da CDE garantiu maximizar<br />
a produtividade através da recuperação de água<br />
e retenção de areia, melhorando assim a qualidade e a<br />
quantidade de produção, enquanto mitiga os problemas<br />
relacionados aos reservatórios.<br />
Kevin acrescentou: “Ao fazer a mudança, era importante<br />
que trabalhássemos diretamente com o fabricante. A<br />
equipe de especialistas locais da CDE reservou um tempo<br />
para realmente entender nosso site e nossas necessidades,<br />
trabalhando conosco para fornecer uma solução mais<br />
inteligente e integrada. Sabíamos que eles eram a equipe<br />
que queríamos contratar e o trabalho conjunto superou<br />
nossas expectativas e suas promessas, estendendo-se até<br />
o atendimento pós-venda”.<br />
“Sabíamos que a CDE poderia entregar resultados<br />
ao mesmo tempo em que defenderia uma maneira mais<br />
sustentável de alcançar isso - eles são especialistas em<br />
processamento e lavagem de produtos por via úmida que<br />
promovem um Novo Mundo de Recursos. A sustentabilidade<br />
também é importante para nós: sustentabilidade de<br />
nossos recursos e de nossos negócios. Utilizamos soluções<br />
de lavagem inteligente para otimizar nossos recursos naturais<br />
de maneira mais eficiente. Percebemos que, entre<br />
outras prioridades de negócios, há a necessidade de seguir<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
56<br />
em uma direção ecologicamente mais correta”.<br />
Suporte local<br />
Thomas Wick explica: “Antes de começar a trabalhar<br />
no projeto, a CDE fez uma visita inicial ao site de Georgetown<br />
para determinar as causas de ineficiências, seguida<br />
por uma análise da matéria-prima nos laboratórios da CDE<br />
para garantir que o balanço de massa seria desenvolvido<br />
para alcançar o máximo desempenho da unidade.”<br />
As equipes de projeto e engenharia puderam então<br />
trabalhar a partir de um resumo abrangente para desenvolver<br />
a solução mais eficiente para o site de Georgetown.<br />
Essa abordagem “projetada sob encomenda” é como a<br />
CDE prefere fazer parcerias com seus clientes.<br />
Wick diz que, após um processo minucioso, “Uma unidade<br />
de processamento por via úmida da CDE EvoWash<br />
251 com em ciclones foi identificada como o sistema mais<br />
eficiente para lidar com o material de calcário argiloso de<br />
Georgetown”.<br />
A unidade tem uma capacidade de produção de até<br />
250tph e é calibrada para produzir areia na norma ASTM<br />
C-33 consistentemente, assim como a areia de “cascalho”<br />
como subproduto, para transformar o excesso de malha<br />
4-8 em um produto vendável.<br />
Reciclagem de água<br />
A eficiência da unidade é otimizada usando uma unidade<br />
de tratamento de águas residuais, um espessador<br />
CDE AquaCycle, que permite a reciclagem de até 90% da<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
água usada através de um sistema que retém os sólidos<br />
da água suja em um ambiente controlado e expulsa o lodo<br />
nos reservatórios de sedimentação próximos. Isso é ideal<br />
para empresas que não dispõem de suprimentos de água<br />
prontamente disponíveis. A água do processo, depois de<br />
passar para a câmara de purga e ter o floculante adicionado,<br />
passa para o centro do espessador de modo que<br />
o floculante possa trabalhar e atuar na sedimentação do<br />
material fino.<br />
Com uma capacidade de 30.004 L/min, o AquaCycle<br />
permite que a Collier Materials reduza o espaço do reservatórioa<br />
uma fração do original, já que 10 vezes menos volumes<br />
de lodo residual são enviados para os reservatórios<br />
em comparação com a instalação anterior.<br />
A CDE reconheceu que, com o design correto do sistema,<br />
juntamente com a quantidade correta de água no sistema,<br />
a unidade da Collier poderia aumentar a capacidade<br />
em mais de 50%.<br />
Collier confirma: “Antes, mesmo com a limpeza dos<br />
reservatórios sete dias por semana, ainda estávamos operando<br />
a 50% do que a unidade era capaz de fazer. Agora,<br />
com o AquaCycle, 100% do meu tempo de produção e<br />
horas de mão-de-obra estão operando a unidade. Percebemos<br />
que esta tecnologia está muito à frente de todos<br />
os outros.”<br />
Resultados<br />
O processo do pedido até a conclusão aconteceu rapidamente<br />
com a unidade projetada, fabricada, pré-insta-
57<br />
lada e pré-testada nas instalações de montagem da CDE.<br />
Depois da entrega, instalação e comissionamento pelos<br />
engenheiros da CDE, a equipe treinou o pessoal da Collier<br />
Materials no local. Depois que a unidade entrou em operação,<br />
o serviço CDE de pós-vendas, CustomCare, assumiu o<br />
controle para oferecer um serviço ao cliente de qualidade<br />
superior para toda a vida.<br />
Michael Dambra, Engenheiro de Serviço Regional da<br />
CustomCare no escritório do Texas da CDE, mantém contato<br />
com a equipe da Collier quase diariamente. Ele explica:<br />
“Sejam perguntas sobre peças, conselhos técnicos, verificação<br />
de níveis de estoque ou inspeções de manutenção<br />
preventiva, temos comunicação contínua com Kevin e sua<br />
equipe. Estamos presentes para quaisquer ajustes que<br />
precisem ser feitos para garantir que o produto ideal seja<br />
produzido. É um relacionamento muito próximo e temos<br />
sorte de trabalhar em parceria com eles.”<br />
Kevin Collier acredita que o pacote da CDE fornece<br />
uma segurança muito maior do que se eles tivessem comprado<br />
através de um revendedor, comenta: “Tivemos um<br />
serviço completo e abrangente com a CDE e eles continuam<br />
a colaborar regularmente conosco após a instalação. Já<br />
tivemos problemas antes trabalhando com intermediários,<br />
mas agora temos contato direto com a CDE que é excelência<br />
em engenharia. Também é reconfortante saber que<br />
a equipe está prontamente disponível, se precisarmos de<br />
ajuda.”<br />
Thomas Wick acrescentou: “Trabalhamos proativamente<br />
com os clientes para aumentar o ROI e garantir a<br />
otimização de suas unidades. Kevin e a equipe agora são<br />
parceiros da CDE, e esperamos que os resultados positivos<br />
vistos até agora continuem com força.<br />
“Nossa equipe de pós-vendas está bem à porta de nossos<br />
clientes para oferecer excelência em serviços pós-venda<br />
e suporte de engenharia para uma tranquilidade total<br />
– temos um ponto de contato dedicado para cada cliente<br />
que faz chamadas rotineiras ou faz uma ligação telefônica<br />
para ver se está tudo bem. Todos os nossos clientes na<br />
América do Norte também se beneficiam do fato de que<br />
temos estoque prontamente disponível de peças comuns<br />
em Cleburne, Texas, e um histórico completo de pedidos<br />
para garantir um tempo de inatividade mais curto, baixos<br />
custos de envio e um aumento de produtividade.”<br />
Futuro<br />
A produtividade já foi impulsionada no local de Georgetown,<br />
como Collier compartilha, “Nossa nova unidade<br />
da CDE fornece resultados máximos para uma produção<br />
consistente e eu não tenho dúvidas, mesmo depois de<br />
apenas algumas semanas vendo esta planta em operação<br />
no site, que iremos mais do que duplicar a nossa tonelagem<br />
por ano.”<br />
Em termos de planos futuros, a principal preocupação<br />
da Colliers é manter-se fiel aos valores de sua empresa<br />
– continuar a fornecer produtos de qualidade, e ele está<br />
confiante de que com a nova tecnologia da CDE e sua<br />
equipe de especialistas, a Collier Materials conseguirá isso<br />
e muito mais.<br />
Para obter mais informações e descobrir como as soluções<br />
da CDE podem ser adaptadas para atender às suas<br />
necessidades, visite www.cdeglobal.com/br .<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
58<br />
ARTIGO ESPECIAL<br />
Imagem: Stockvault<br />
INSTALAÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE<br />
MINERAÇÃO E A ENTRADA EM VIGOR DO NOVO<br />
REGULAMENTO DO CÓDIGO DO SETOR<br />
Em 5 de dezembro de 2018, entrou em vigor o Decreto<br />
nº 9.587, de 27 de novembro de 2018, que instalou a<br />
Agência Nacional de Mineração (ANM), uma reivindicação<br />
antiga do setor, que está em criação desde a Medida<br />
Provisória n° 791, de julho de 2017.<br />
Com a sua instalação, fica definitivamente extinto o<br />
Departamento Nacional de Produção Mineral, criado pelo<br />
Decreto nº 23.979, após mais de 84 anos de existência.<br />
Consequentemente, também entraram em vigor os de<br />
Regulamentação do Código de Mineração do Decreto nº<br />
9.4<strong>06</strong>, de 12 de junho de 2018.<br />
Principais alterações da nova regulamentação<br />
do Código de Mineração<br />
a) Oneração de área no vencimento da Autorização<br />
de Pesquisa<br />
- Regra antiga:<br />
Ocorria a baixa na transcrição do título de autorização<br />
de pesquisa e a área era considerada livre se o titular não<br />
apresentasse o Relatório Final de Pesquisa.<br />
- Regra atual:<br />
Área com Autorização de Pesquisa vencida sem Relatório<br />
Final de Pesquisa tempestivamente apresentado será<br />
colocada em disponibilidade.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
Essa alteração visa acabar com a especulação de áreas<br />
e filas que existiam no DNPM, no entanto a validade jurídica<br />
desta alteração é questionável, tendo em vista que<br />
ela contraria o disposto nos Artigo 18 e 26 do Código de<br />
Mineração.<br />
b) Alteração dos conceitos de Recursos e Reservas<br />
- Regra antiga:<br />
As reservas definidas no Relatório Final de Pesquisa<br />
eram separadas em Reserva Medida, Reserva Indicada e<br />
Reserva Inferida, de acordo com a confiabilidade da estimativa.<br />
- Regra atual:<br />
Classificação da reserva mineral em recurso medido,<br />
indicado e inferido e reserva provável e provada. O Decreto<br />
nº 9.587/2018 definiu o prazo de 1 ano após a publicação<br />
da Lei nº 13.575 (criação da ANM) para a ANM normatizar<br />
o Sistema Brasileiro de Reservas e Recursos Minerais, que<br />
venceu em 27 de dezembro de 2018, e para tanto foi disponibilizada<br />
a Consulta Pública nº 8/2018 com a minuta do<br />
ato normativa que o regulamentará.<br />
Nesta minuta são apresentados três conceitos:<br />
1) Resultado de Exploração – Estimativa do potencial
59<br />
quando ainda não há trabalhos de pesquisa suficiente para dimento no processo de disponibilização de áreas, poderá<br />
estimativa dos recursos, a ser apresentado em Relatórios acelerar a liberação de áreas que possuem pouco interesse.<br />
Foi publicada no DOU de 21/<strong>06</strong>/2019 a Consulta Públi-<br />
Parciais de Pesquisa;<br />
2) Recursos Minerais – Subdivididos em inferido, indicado<br />
e medido, de acordo com a confiabilidade, e a ser leilão de áreas em disponibilidade.<br />
ca da nova resolução para disciplinar os procedimentos de<br />
apresentado no Relatório Final de Pesquisa.<br />
De acordo com esta minuta, o procedimento de disponibilidade<br />
será composto por:<br />
3) Reservas Minerais – Subdivididas em provável e provada,<br />
de acordo com a confiabilidade, e a ser apresentada I - Publicação do edital de disponibilidade;<br />
no Plano de Aproveitamento Econômico.<br />
II - Oferta Pública;<br />
Esta alteração não deverá entrar em vigor imediatamente<br />
e, sendo que está previsto um período de transição IV - Homologação do resultado.<br />
III - Leilão Eletrônico;<br />
para adoção dos novos conceitos.<br />
e) Renúncia de concessão de lavra, licenciamento ou<br />
c) Possibilidade de continuação da pesquisa após PLG<br />
apresentação do Relatório Final de Pesquisa<br />
- Regra antiga:<br />
- Regra antiga:<br />
A renúncia da concessão de lavra dependia de comunicação<br />
ao Ministro de Minas e Energia. Era prevista a<br />
Somente era permitida a realização de pesquisa após<br />
a apresentação do Relatório Final de Pesquisa com a permissão<br />
do DNPM e enquanto a Autorização de Pesquisa apenas para Registro de Licença. Não havia previsão de<br />
efetivação da renúncia no momento da sua comunicação<br />
estivesse vigente.<br />
renúncia parcial de títulos.<br />
- Regra atual:<br />
- Regra atual:<br />
Possibilidade de continuidade dos trabalhos de pesquisa<br />
após a apresentação do Relatório Final de Pesquisa, colo e deverá ser acompanhada de relatório dos trabalhos<br />
A renúncia dos títulos de lavra se efetivará no proto-<br />
mas sem possibilidade de alteração do Relatório Final de efetuados e do estado da mina e de suas possibilidades<br />
Pesquisa já apresentado.<br />
futuras, a ser regulado por resolução da ANM. Além disso,<br />
é prevista a renúncia parcial de títulos.<br />
d) Procedimento simplificado para aproveitamento Também foi incluída a possibilidade de aplicações de<br />
de rejeitos, estéreis e resíduos<br />
sansões pela ANM para assegurar a execução adequada do<br />
- Regra antiga:<br />
plano de fechamento de mina.<br />
O aproveitamento de qualquer substância mineral, O relatório dos trabalhos efetuados e do estado da<br />
mesmo as extraídas e não aproveitadas, dependia da mina e de suas possibilidades futuras já fazia parte do Plano<br />
de Fechamento de Mina, que era item obrigatório de<br />
comunicação imediata ao DNPM e do seu aditamento ao<br />
título de lavra, o que ocorria somente após a apresentação acordo com a NRM para renúncia ao título de lavra.<br />
e aprovação pelo DNPM do relatório de pesquisa e do plano<br />
de aproveitamento econômico desta nova substância. títulos de lavra, com exceção do registro de licença, assim<br />
Não era clara a efetivação no protocolo da renúncia de<br />
- Regra atual:<br />
como não era expressa a possibilidade de renúncia parcial<br />
Previsão de procedimento simplificado, ainda a ser de títulos. Além disso, agora está prevista a aplicação de<br />
regulado por Resolução da ANM, para o aproveitamento sansões para execução adequada do plano de fechamento<br />
de rejeitos, estéreis e resíduos.<br />
de mina.<br />
Esta alteração ainda deverá ser regulada por Resolução<br />
da ANM, mas deverá ser bastante benéfica para o setor de f) Limitação do prazo de 5 anos para reincidência de<br />
agregados na comercialização de estéreis e rejeitos, que infração para cobrança de multa em dobro<br />
possuem demanda sazonal. É bastante comum a impossibilidade<br />
do aproveitamento dos estéreis e rejeitos, pois, Havia apenas previsão de multa em dobro em caso de<br />
- Regra antiga:<br />
em muitos casos, quando há a demanda, os mineradores reincidência.<br />
não possuem a substância aditada ao título, impedindo o - Regra atual:<br />
seu aproveitamento.<br />
Limitação do prazo de 5 anos e apenas em casos de<br />
A oferta pública prévia, apesar de ser mais um proce-<br />
reincidência específica há cobrança de multa em dobro.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
60<br />
Havia grande controvérsia sobre as hipóteses de<br />
cobrança de multa em dobro e agora está definido como<br />
reincidência específica, ou seja, uma mesma infração e no<br />
prazo de até 5 anos.<br />
g) Atualização dos valores das multas e detalhamento<br />
das infrações<br />
- Regra antiga:<br />
Eram detalhadas as obrigações e as infrações eram<br />
impostas por não cumprimento destas obrigações. Os valores<br />
eram vinculados ao salário mínimo.<br />
- Regra atual:<br />
Parte das infrações administrativas foram detalhadas e<br />
a outra parte está como não cumprimento das obrigações<br />
detalhadas no Regulamento do Código de Mineração.<br />
Além disso, foram detalhados os valores em reais e incluído<br />
o IPCA como índice de correção dos valores.<br />
Há um maior detalhamento das infrações administrativas<br />
e foram atualizados os valores do antigo regulamento<br />
do Código de Mineração que não eram utilizados.<br />
Novidades que deverão dar mais segurança<br />
jurídica aos mineradores<br />
b) Possibilidade de requerimento de emissão de<br />
Declaração de Utilidade Pública para instituição de<br />
servidão mineral ou desapropriação de imóvel<br />
Está prevista a possibilidade de o titular de títulos<br />
minerários requerer que a ANM emita declaração de utilidade<br />
pública para fins de instituição de servidão mineral<br />
ou de desapropriação de imóvel.<br />
No Código de Mineração e antigo Regulamento do Código<br />
de Mineração é claro o procedimento para avaliação<br />
e pagamento de rendas e indenizações para realização da<br />
pesquisa mineral e, no capítulo de servidões de ambos<br />
os dispositivos legais, era clara a previsão de constituição<br />
de servidão para as atividades de apoio (instalações,<br />
vias, captação de água, transmissão de energia elétrica,<br />
bota-fora, etc.), não sendo mencionado procedimento ou<br />
possibilidade para a área de lavra.<br />
A Declaração de Utilidade Pública para desapropriação<br />
para atividades de mineração sempre esteve prevista<br />
no Decreto-Lei nº 3.365/1941, no entanto era necessário<br />
o decreto de utilidade pública do Presidente da República,<br />
Governador ou Prefeitos, o que o tornava pouco prático.<br />
Agora com a possibilidade de emissão de Declaração de<br />
Utilidade Pública pela ANM, este procedimento deverá ser<br />
muito mais acessível.<br />
a) Autorização de suspensão das atividades de lavra<br />
enquanto a ANM não analisa o pedido de suspensão<br />
Foi formalizada autorização da suspensão dos trabalhos<br />
de lavra enquanto a ANM analisa o pedido de suspensão<br />
dos trabalhos de lavra.<br />
c) Definição mais clara e abrangente da atividade de<br />
mineração e lavra<br />
Antes não era expresso que a mineração não se restringia<br />
a lavra de minérios. Agora está claro que a mineração<br />
envolve a lavra, pesquisa, desenvolvimento da mina,<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
61
62<br />
beneficiamento, comercialização de minérios, aproveitamento<br />
de rejeitos e estéreis e o fechamento da mina.<br />
Além disso, também ficou definido que a lavra contempla<br />
o planejamento e desenvolvimento da mina, remoção de<br />
estéril, desmonte de rochas, extração mineral, transporte<br />
de minério, beneficiamento e concentração do minério,<br />
deposição ou aproveitamento do rejeito, estéril e resíduos<br />
da mineração e armazenagem do produto mineral.<br />
Assim, deverá ser mais difícil para os órgãos ambientais<br />
afirmarem que a intervenção em áreas de preservação<br />
permanente ou supressão de vegetação nativa secundária<br />
de mata atlântica em estágio médio e avançado de regeneração<br />
não é possível para implantação de infraestrutura<br />
de beneficiamento de minérios, deposição de estéril ou<br />
rejeitos ou armazenamento de produto mineral, pois a<br />
lei permite esta intervenção somente para a mineração,<br />
como vinha ocorrendo nos últimos anos.<br />
d) Possibilidade de oferecimento de concessão de<br />
lavra em garantia para financiamento<br />
Anteriormente já era possível o oferecimento de concessão<br />
de lavra em garantia, com a devida averbação pelo<br />
DNPM. Com a previsão expressa essa modalidade deverá<br />
se tornar mais comum.<br />
e) Resolução para definição dos prazos de tramitação<br />
dos processos minerários<br />
Antes já era uma obrigação do DNPM definir os prazos<br />
de tramitação dos processos, mas agora foi dado o prazo<br />
de 180 dias da instalação da ANM para a ANM definir os<br />
prazos para tramitação dos processos minerários em Resolução,<br />
o que ainda não ocorreu, mesmo passado os 180<br />
dias da instalação da ANM.<br />
f) Conhecimento pelo MME de assuntos referentes<br />
às atividades de mineração ou que criem restrições ao<br />
desenvolvimento dessas atividades<br />
Ficou definido que o MME deverá ser ouvido previamente<br />
sobre os assuntos referentes às atividades de mineração<br />
ou que criem restrições ao desenvolvimento dessas<br />
atividades.<br />
Resolução nº 1/2018<br />
(Regulamento do Registro de Extração)<br />
Esta resolução traz algumas alterações para o Registro<br />
de Extração, sendo as mais relevantes:<br />
- Possibilidade de requerimento de registro de extração<br />
em área em disponibilidade, à critério da ANM (Artigo<br />
3º, I).<br />
- Obrigatoriedade de apresentação de memorial explicativo<br />
das atividades de lavra, elaborado por profissional<br />
legalmente habilitado com ART (Artigo 4º, III, d e §1º).<br />
- Possibilidade de mais de uma prorrogação (Artigo 6º).<br />
- Possibilidade de terceirização de atividades auxiliares<br />
(desmonte, topografia e outros) (Artigo 8º, II).<br />
- Possibilidade de cancelamento do Registro de Extração<br />
pela ANM quando for verificado o não atendimento<br />
das NRMs, após a segunda notificação dentro do prazo de<br />
1 ano (Artigo 9º, VII).<br />
- Regulamentação da prorrogação do Registro de Extração<br />
(Artigo 13).<br />
- Regulamentação da desistência e renúncia do Registro<br />
de Extração (Artigo 14).<br />
Resolução nº 2/2018<br />
(Regimento Interno da ANM)<br />
A partir de agora as antigas superintendências do<br />
DNPM se tornam Unidades Administrativas Regionais. os<br />
antigos escritórios regionais se tornam Unidades Avançadas<br />
e o antigo Superintendente passa a ser Gerente<br />
Regional.<br />
Com essa reorganização, resumidamente, haverá<br />
pequenas alterações na divisão do órgão de administração.<br />
Antigamente, as maiores superintendências eram<br />
divididas, tecnicamente, em Divisão de Gestão de Títulos<br />
Minerários (outorga) (subdividida em Setor de Controle de<br />
Áreas e Serviço de Análise de Projetos) e Divisão de Fiscalização<br />
de Pesquisa e Aproveitamento Mineral.<br />
Agora, as maiores Unidades Administrativas Regionais<br />
passam a ser divididas, tecnicamente, pelo Setor de Controle<br />
e Registro, pela Divisão de Fiscalização e pela Divisão<br />
de Pesquisa e Recursos Minerais.<br />
Além dessas divisões há também as administrativas<br />
equivalentes às que já existiam.<br />
Funcionamento da ANM<br />
Já foram publicadas dez Resoluções normativas da Diretoria<br />
Colegiada da ANM, sendo duas em 2018 e oito em<br />
2019. Confira o resumo das mais relevantes:<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
Resolução nº 1/2019<br />
(Sigilo dos processos minerários)<br />
Agora são considerados sigilosos apenas os Relatórios<br />
de Pesquisa, Planos de Aproveitamento Econômico,<br />
Relatório de Reavaliação de Reservas, Relatório Anual de
63<br />
Lavra, processos de certificação Kimberley e processos<br />
de cobrança relativos à CFEM, além de documentos integrantes<br />
do processo minerário cujo sigilo seja, a pedido<br />
do titular, deferido pela ANM em decisão fundamentada,<br />
por conter segredo industrial a proteger ou informação<br />
empresarial que possa representar vantagem competitiva<br />
a outro agente econômico. Este sigilo deverá ser requerido<br />
de forma expressa e fundamentada, apontando objetivamente<br />
as informações que pretende manter inacessíveis<br />
a terceiros.<br />
Também foi considerado legitimado a acessar o RAL o<br />
superficiário das áreas oneradas.<br />
Como regra de transição, o acesso aos processos minerários<br />
que, na data da publicação da Resolução ANM nº<br />
1/2019, já possuam autorização de pesquisa, concessão<br />
de lavra, registro de licença, permissão de lavra garimpeira<br />
ou guia de utilização, continuaria regido, até 4 de abril<br />
de 2019, pela Consolidação Normativa (Título I, Capítulo<br />
V), na redação anterior à presente alteração, ou seja,<br />
considerados como sigilosos, sem acesso a terceiros não<br />
interessados.<br />
Portanto, desde 4 de abril de 2019, caso não tenha<br />
sido requerido o sigilo, os processos estão integralmente<br />
acessíveis a terceiros.<br />
Resolução nº 4/2019<br />
(Barragens)<br />
Esta resolução foi publicada emergencialmente, junto<br />
com a Consulta Pública para sugestões. Foi elaborada uma<br />
minuta pelo Grupo de Trabalho, que foi submetida para<br />
Diretoria Colegiada da ANM para aprovação, o que deverá<br />
ocorrer em breve.<br />
* Fernando Udihara Aoki é engenheiro de minas e advogado, sócio da Prominer Projetos Ltda., consultoria especializada<br />
em mineração e meio ambiente fundada em 1985, e conselheiro da Associação Paulista de Engenheiros de Minas - APEMI.<br />
E-mail: eng.fernando@prominer.com.br<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019
GESTÃO COMERCIAL<br />
64<br />
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM CONSULTORIA<br />
PARA MINERAÇÃO DE AGREGADOS?<br />
A máxima de que nenhum negócio está tão bom que<br />
não possa ser melhorado se aplica também ao mercado<br />
de agregados. Afinal, a mineração não é somente o ato de<br />
pesquisar e extrair, pois envolve um conjunto de atividades<br />
que são desenvolvidas desde o licenciamento da área até<br />
a distribuição do produto final, que precisam estar muito<br />
bem definidas para o sucesso das operações. É aí que<br />
entra a importância de um serviço de consultoria para mineração<br />
de agregados para aperfeiçoar os processos mais<br />
simples e os mais complexos do cotidiano das empresas<br />
deste setor.<br />
Confira, abaixo, alguns exemplos de conteúdos programáticos<br />
que a FGTG Cursos e Treinamentos, especializada<br />
em treinamento profissional e consultoria para mineração<br />
de agregados oferece ao mercado, englobando desde<br />
práticas de negociação até técnicas de gestão de custos e<br />
precificação.<br />
1) Princípios de influência ética<br />
Visando a adequação de toda a equipe que se relaciona<br />
com terceiros.<br />
Conteúdo programático<br />
1.1 - Os fatores que levam uma pessoa a dizer SIM a uma<br />
solicitação.<br />
1.2 - As técnicas mais eficazes para utilização desses fatores.<br />
1.3 - Apresentação e discussão de várias aplicações práticas<br />
dos Princípios de Influência Ética.<br />
1.4 - Apresentação e discussão de vários desastres profissionais<br />
causados pela falta de Princípios Éticos nas influências.<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019<br />
2) O poder do "NÃO Positivo"<br />
É fundamental saber dizer NÃO, para defender os interesses<br />
da organização, sem romper os relacionamentos<br />
com os clientes e ou fornecedores.<br />
Conteúdo programático<br />
2.1 - Entender a tensão que dificulta dizer NÃO: - priorizar o<br />
relacionamento ou os interesses próprios?<br />
2.2 - As consequências das alternativas equivocadas: - Ceder,<br />
Combater e ou Calar.<br />
2.3 - O passo a passo para utilização do NÃO POSITIVO, a<br />
única saída que defende os interesses e preserva os relacionamentos.<br />
3) Negociação – método de Harvard<br />
Negociação é uma das atividades mais importantes<br />
para assegurar resultados. Uma excelente negociação<br />
procura resultados positivos para todos os envolvidos no<br />
processo. Evitar a barganha é igualmente fundamental.<br />
Conteúdo programático<br />
3.1 - Barganha & Negociação – Aprenda negociar e evite a<br />
barganha.<br />
3.2 - Como negociar quando o outro lado é mais poderoso.<br />
3.3 - Como agir se o outro lado usar truques sujos/ antiéticos.<br />
3.4 - Condições ideais para uma boa negociação.<br />
3.5 - Quando a melhor opção é não negociar.<br />
3.6 - Como negociar agregando valor a todos os envolvidos<br />
no processo.<br />
3.7 - Todas negociações são diferentes, mas os elementos<br />
básicos não se alteram.
4) Gestão de custos e precificação<br />
Precificar os produtos e serviços, com foco no resultado,<br />
não apenas no faturamento. Isso só é possível com<br />
uma eficaz gestão dos custos.<br />
Conteúdo programático<br />
4.1 - Técnicas para avaliar os custos de produção, distribuição,<br />
vendas e assistência técnica.<br />
4.2 - Exemplos práticos de levantamento e classificação dos<br />
principais itens de custos e despesas.<br />
4.3 - Tipos e Métodos de Custeio.<br />
4.4 - Sistemas de Controle de Custos.<br />
4.5 - Métodos mais usuais para precificar produtos e serviços<br />
4.6 - Exemplos práticos de elaboração de planilhas de custeio<br />
e precificação.<br />
4.7 - Elaboração e análise de DRE – Demonstrativo de Resultados<br />
do Exercício.<br />
5) Sistema Lean Process<br />
Por falar em gestão; é fundamental ter o controle absoluto<br />
da gestão da produção.<br />
Conteúdo programático<br />
5.1 - Nova revolução industrial: - a produção enxuta, a arma<br />
secreta das indústrias mais eficientes do mundo.<br />
5.2 - Lean Process – Estratégia de sobrevivência e crescimento<br />
global.<br />
5.3 - Lean Process - Como envolver a todos: - alta administração,<br />
colaboradores, fornecedores.<br />
5.4 - O processo LEAN é capaz de dobrar a produção, garantindo<br />
a qualidade total ao mesmo tempo em que reduz os<br />
custos.<br />
5.5 - A adoção do processo LEAN vai modificar a empresa, a<br />
forma como trabalhamos e vivemos.<br />
5.6 - Aplicação geradora de sustentabilidade, lucro, felicidade<br />
hoje e no futuro.<br />
6) Controle da eficiência e custos – Britagem &<br />
Peneiramento<br />
Absolutamente fundamental para os bons resultados<br />
65<br />
da mineração de agregados. Este treinamento e ou consultoria<br />
é muito importante também para orientar nas<br />
aquisições de equipamentos.<br />
Conteúdo programático<br />
6.1 - Conceitos Gerais (Densidade – Wi – Testes de Britabilidade<br />
- Curvas Granulométricas).<br />
6.2 - Mecanismos de Peneiramento (Fatores que influenciam<br />
na operação – tipos de movimentos das peneiras vibratórias –<br />
Comportamento das partículas – Frequência & Amplitude dos<br />
movimentos).<br />
6.3 - Tipos de Equipamentos de Peneiramento (Grelhas –<br />
Peneiras Vibratórias e Fixas – Peneiras Desaguadoras – Peneiras<br />
Inclinadas e Horizontais – Peneiras Banana – Peneiras Rotativas) .<br />
6.4 - Dimensionamento de Peneiras.<br />
6.5 - Quantificação do Processo (Controle de Eficiência do<br />
Peneiramento).<br />
6.6 - Tipos de Telas e suas aplicações – Tipos de fixação de<br />
telas – Cálculo de Área Aberta.<br />
6.7 - Equipamentos de Britagem – Seleção de Britadores<br />
6.8 - Práticas Operacionais de Britagem (Lubrificação – regulagem<br />
– controles).<br />
6.9 - Aplicações (Britagem Primária – Rebritagem – Britadores<br />
Autógenos – Britadores de Impacto – Britadores de Rolos<br />
- Circuitos Abertos & Fechados – Produtos de Britagem – Britagens<br />
Fixa, Móvel & Semimóvel).<br />
6.10 - Índices de controle de eficiência de plantas e qualidade<br />
dos produtos de britagem & peneiramento.<br />
Em resumo, recomenda-se que as empresas adequem<br />
toda a equipe para trabalhar com critérios éticos; saber<br />
dizer NÃO sem romper os relacionamentos; e saber negociar,<br />
precificar, fazer a gestão dos custos e da produção,<br />
sempre focados em bons resultados.<br />
A FGTG – CUROS E TREINAMENTOS EIRELI é uma das<br />
organizações de treinamentos e consultoria para mineração<br />
de agregados, que pode contribuir com o desenvolvimento<br />
do setor.<br />
* Geraldo de Oliveira Jesus é Engenheiro de Minas graduado pela UFMG (1983), Especialista em Gestão de<br />
Qualidade pela Poli/USP (2000), MBA – Executivo em Gestão e Business Law pela FGV (2010).<br />
Possui 30 anos de experiência em Gestão Comercial e Negociações Complexas, trabalhando como Executivo<br />
Comercial em diversas empresas multinacionais, como: Metso, Martin Engineering e Schenck Process. Hoje atua<br />
como Instrutor & Coaching em gestão comercial e negociação, com foco em indústria de bens de capital,<br />
principalmente para os mercados de Mineração, Siderurgia, Cimento e Alimentos.<br />
Contato: FGTG - Cursos e Treinamentos / geraldo.oliveira.jesus@gmail.com / (11) 97632-0928<br />
Agregados Online | <strong>Edição</strong> <strong>06</strong> | Julho - Agosto 2019