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RCIA - ED. 127 - FEVEREIRO 2016

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1


2


3


ÍNDICE<br />

CAPA<br />

Coca Ferraz e a sua cidade<br />

APARÍCIO DAHAB<br />

Trabalhaste muito, Aparício<br />

INDÚSTRIA<br />

Cidade, pólo metroferroviário<br />

ORQUÍDEA<br />

Descobrindo Araraquara<br />

8 10 16 34<br />

O atual vice-prefeito e coordenador<br />

de Mobilidade Urbana humaniza o<br />

trânsito local e investe suas fichas na<br />

transformação da cidade, tornando-a<br />

ótima para se viver bem no futuro.<br />

Aparício da Kibelanche, Mayr<br />

Staufackar e Vicente Michetti, amigos<br />

inseparáveis que Araraquara teve<br />

em sua história. A perda de Aparício<br />

entristeceu a cidade em janeiro.<br />

Araraquara pode se transformar em<br />

uma cidade pólo metroferroviário com<br />

a chegada da Hyundai a partir de<br />

março, quando iniciará oficialmente<br />

suas operações fabris.<br />

Sindicato Rural apoia iniciativa de<br />

se mostrar o trabalho anônimo<br />

de pessoas na cidade, caso do<br />

orquidófilo Rolando Adorni Filho, que<br />

produz flores em sua casa.<br />

Editorial<br />

Revitalização<br />

História<br />

Feriados em <strong>2016</strong><br />

07 | Jornalista Ivan Roberto Peroni<br />

diz que há excesso de leite no<br />

mercado e falta gente para comprar,<br />

podendo levar o setor ao caos.<br />

10 | ACIA está se preparando para<br />

entregar até abril, sua sede<br />

administrativa totalmente reformada<br />

no centro da cidade.<br />

18 | A Gráfica Globo é uma das<br />

empresas que ainda hoje mantém<br />

o perfil do seu fundador Raul Aranda<br />

Amado. Uma bela história de trabalho.<br />

20 | Renato Haddad (ACIA) e<br />

Toninho Deliza (Sincomercio) falam<br />

dos feriados em <strong>2016</strong> e os prejuízos<br />

que eles causam ao comércio.<br />

Cacetada na pobreza<br />

A inflação em São Paulo penalizou mais as<br />

famílias com menor poder aquisitivo em 2015,<br />

apontou cálculo do Dieese. O Índice do Custo<br />

de Vida registrou variação de 11,46% no ano,<br />

4,73 pontos percentuais acima do apurado em<br />

2014. Além do agregado, o indicador calcula<br />

o custo de vida do consumidor por estrato de<br />

renda. Por este parâmetro, a inflação para as<br />

famílias do estrato 1, com renda média mensal<br />

de R$ 377,49, acumulou alta de 12,83% em<br />

2015. As famílias do estrato 2, com renda<br />

média de R$ 934,17, tiveram aumento de<br />

Energia elétrica castigou a inflação<br />

12,07% no custo de vida no período. A inflação<br />

para os mais ricos - famílias do estrato 3, que<br />

têm renda média mensal de R$ 2.792,90,<br />

atingiu 10,43%.<br />

Perigo maior ainda<br />

Levando-se em conta que Araraquara teve<br />

cerca de 10 mil casos de dengue em 2015,<br />

chega-se à conclusão de que foram mais de<br />

800 casos por mês. O temor neste momento<br />

está concentrado na continuidade das chuvas<br />

de verão e o sol senegalesco<br />

contribuindo para a<br />

proliferação dos criadouros.<br />

Pesa na balança a falta de<br />

colaboração de grande parte<br />

da população que impede a<br />

fiscalização nas casas.<br />

4


ATLETISMO<br />

Escamilla, o flecha ligeira<br />

54<br />

O atletismo da Ferroviária<br />

nos áureos tempos com Uriel<br />

Pedroso e Edmilson Escamilla.<br />

Nesta edição a história de<br />

sucesso dos nossos corredores.<br />

Simples Nacional<br />

22 | A Solssia manda recado:<br />

começa a vigorar a Certificação<br />

Digital para empresas com até<br />

oito funcionários.<br />

SAÚDE<br />

A crioterapia na reabilitação<br />

33<br />

O médico Guido Tsuha com<br />

formação em Medicina Esportiva,<br />

explica como funciona a crioterapia,<br />

que utiliza o frio para reabilitar<br />

pacientes lesionados.<br />

Mães e bebês<br />

48 | Araraquara terá a Casa da<br />

Gestante até julho; iniciativa<br />

é do prefeito Marcelo Barbieri<br />

garantindo 15 leitos na Gota.<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

Sônia Maria Marques<br />

Um ponto final na<br />

vida da Beneficência<br />

O fechamento da Beneficência Portuguesa em nossa cidade representa<br />

uma perda irreparável para a saúde pública regional. Triste<br />

presente recebeu ela no ano do seu centenário, maculado por atritos<br />

internos e discussões judiciais, que tornaram frágil qualquer esboço<br />

para recolocá-la de pé. Estruturada sobre um plano de saúde, Benemed,<br />

que chegou a ter cerca de 40 mil vidas, além de parcerias<br />

com entidades profissionais e filantrópicas, a Beneficencia virou<br />

no encerramento de um mandato - Fábio Santiago, e começo de<br />

outro - Natalina Correia Leite, uma fonte inesgotável de ofensas, e<br />

outro não poderia ser o seu fim, senão esse do fechamento. Do suor<br />

derramado pelos nossos antepassados portugueses aos tempos de<br />

agora, houve um percurso tortuoso se desgastando e gerando um<br />

desequilíbrio, provocado pelas dívidas. O fechamento envolto por<br />

bate-bocas e xingamentos desnecessários não construiu nada. Fábio<br />

Santiago foi importante para a Beneficência como tantos outros que<br />

por ela passaram; cada qual foi de grande valia na sua época. A<br />

disputa eleitoral de maneira agressiva e destemperada poderia ter<br />

sido amena, afinal, todos os envolvidos sempre foram dignos do<br />

respeito e consideração da comunidade. Casos administrativos que<br />

só à Irmandade interessavam, se tornaram públicos e a insegurança<br />

foi gerada, não se permitindo dar a ele, hospital, o crédito para se<br />

restabelecer, por mais bem intencionados que tenham sido os novos<br />

dirigentes. A ausência da classe política para contemporizar, também<br />

ajudou a fechar as portas da Beneficência.<br />

Citado na Lava Jato, Manoel de<br />

Araújo deixa gabinete de Edinho<br />

O chefe de gabinete do ministro<br />

Edinho Silva (Secretaria de<br />

Comunicação Social), Manoel de<br />

Araújo Sobrinho, deixou o cargo<br />

para trabalhar na superintendência<br />

da Empresa Brasileira de<br />

Comunicação (EBC). “Mané”<br />

desde os tempos da Prefeitura em<br />

Araraquara, tem sido o homem<br />

de confiança de Edinho e foi<br />

citado em delação do dono da<br />

construtora UTC, Ricardo Pessoa,<br />

como responsável por acertar<br />

doações de R$ 7,5 milhões para<br />

a campanha da presidente Dilma<br />

Rousseff, em 2014. Pessoa disse que<br />

a empreiteira teria sido pressionada<br />

a fazer a doação para que pudesse<br />

continuar a ter contratos com a<br />

Petrobras. Em meados de outubro,<br />

Manoel prestou depoimento à Polícia<br />

Federal sobre o assunto. O Planalto<br />

nega que sua saída da Secom tenha<br />

qualquer relação com o depoimento<br />

de Pessoa. De acordo com os<br />

assessores, a EBC está passando por<br />

alterações e, por isso, Mané assumiu<br />

um cargo na empresa. Em julho,<br />

matéria do Estado informou que a<br />

saída de Manoel estava acertada, o<br />

que foi negado à época. Ele chegou<br />

ao Planalto junto com o ministro,<br />

no início de abril. Agora<br />

é Superintendente da<br />

Regional Sudeste II/Sul da<br />

EBC. O salário antes era<br />

de R$ 11.235.<br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Redação: Rafael Zocco<br />

Diretor Comercial: Humberto Perez<br />

Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi, Marcos Assumpção, Heloísa Nascimento<br />

Design: Carolina Bacardi, Bete Campos, Mário Francisco Pedrolongo<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />

A Revista Comércio & Indústria é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />

* INFORMAÇÕES ACIA: (16) 3322 3633<br />

* COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Fone/Fax: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>127</strong> - <strong>FEVEREIRO</strong> / <strong>2016</strong><br />

Manoel de Araujo<br />

Sobrinho e Edinho Silva,<br />

relacionamento político<br />

que começou no PT de<br />

Araraquara<br />

5


6


<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

Não avisaram a vaca que<br />

haveria crise em 2015<br />

Araraquara a partir dos anos 40, passou a ser considerada<br />

uma das mais importantes bacias leiteiras do interior brasileiro; já<br />

naquela época sua posição estratégica, bem no centro no Estado<br />

de São Paulo, despertou principalmente a atenção da Nestlé e em<br />

1946, logo após a Segunda Guerra Mundial, a inauguração da<br />

fábrica nos altos da Vila Xavier era para responder à crescente<br />

demanda de Leite Ninho em termos nacionais.<br />

A economia local ganhou força; a empresa passou a gerar<br />

divisas e empregos e Araraquara se projetou com a Nestlé, agora<br />

incorporada ao poder que a Lupo dispunha pela sua apresentação<br />

como carro-chefe industrial fabricando meias. Ambas detinham<br />

esse simbolismo no engatinhar da industrialização caipira<br />

e empregavam quase 35% dos trabalhadores, de forma direta e<br />

indireta, num universo de 40 mil habitantes.<br />

É verdade, contam os antigos, que a presença da Nestlé no<br />

mercado absorvia um índice maior de profissionais, pois além dos<br />

colaboradores que operavam no interior da fábrica, havia a concentração<br />

dos pequenos, médios e grandes fornecedores de leite.<br />

O produto por sinal saia das fazendas na região de maneira simplória:<br />

os latões aluminizados eram deixados ao lado das porteiras<br />

de acesso às propriedades e transportados para a fábrica em<br />

Araraquara, se transformando em ouro branco e enriquecendo o<br />

agronegócio. Lupo e Nestlé viviam esta expansão industrial com<br />

o suporte logístico da Estrada de Ferro Araraquara e Companhia<br />

Paulista, ambas arrebanhando enorme contingente de trabalhadores,<br />

embora qualificados para a função.<br />

Só que o provérbio português é claro: “não há bem que sempre<br />

dure, nem mal que nunca se acabe...” e a frase passou a valer<br />

a partir de 2006, quando a Nestlé ainda era vista como a maior<br />

empresa mundial de alimentos e bebidas, também consagrada<br />

como a maior autoridade do mundo em Nutrição, Saúde e Bem-<br />

Estar. Em todos os países onde estava presente, o foco de suas<br />

atividades era de melhorar a qualidade de vida das pessoas com<br />

produtos saudáveis e saborosos.<br />

Mas, seria só isso? Absolutamente.<br />

A Nestlé precisava de números favoráveis<br />

em seus projetos e impulsionada<br />

pela proximidade de uma crise econômica,<br />

foi envolvida por comentários que<br />

Isenção de ICMS<br />

para produção<br />

de leite, permitiu<br />

a reestruturação<br />

da bacia leiteira<br />

na região de<br />

Araraquara<br />

poderiam levá-la ao fechamento da fábrica. Lembro bem, uma<br />

série de iniciativas do governo paulista, entre elas a isenção de<br />

ICMS para produção de leite, permitiu a reestruturação da bacia<br />

leiteira na região de Araraquara. Diante disso um sinal foi dado<br />

pela Nestlé do Brasil: a empresa anunciou investimento de R$<br />

120 milhões para construção de uma segunda fábrica em Araraquara.<br />

O investimento foi considerado um marco para colocar<br />

fim às especulações, mas sempre com o alerta da Nestlé fechar a<br />

unidade de Araraquara, hipótese admitida, inclusive, pelo presidente<br />

da Nestlé no Brasil na época, Ivan Zurita.<br />

Com os investimentos efetuados no reaparelhamento, a fábrica<br />

na cidade com novas instalações, implantou a montagem de<br />

duas novas linhas para produção de leite “in natura” e passou a<br />

produzir leite em caixinha com as marcas Ninho e Molico. Com<br />

isso a tonelagem produzida aumentou significativamente. Estes<br />

novos produtos acabaram por se tornar no ponto alto da unidade.<br />

Os produtos fabricados anteriormente, Leite Condensado e<br />

Moça Fiesta continuaram e continuam a ser produzidos.<br />

Todo este trabalho, já que o Estado de São Paulo consome<br />

40% dos derivados de leite produzidos no País, restabeleceu o<br />

equilíbrio do mercado, agregando pequenos produtores e assentados<br />

rurais, organizados em cooperativas ou individualmente.<br />

Só que se a crise naquela época não pegou o fornecedor,<br />

talvez agora, cause um terrorismo já que o consumo do leite caiu,<br />

os supermercados e as padarias compram menos e o produtor<br />

não sabe onde enfiar o leite. Consequentemente a produção nos<br />

laticínios também cai. Se tivesse jeito até poderiam conversar com<br />

a vaca e dizer: “Dá um tempo, solte o leite quando a crise passar,<br />

porque fazemos parte de uma cadeia produtiva”. Mas, não é bem<br />

assim. Hoje com o preço da carne em alta, as vacas correm o<br />

risco de assumir papel diferente no mercado e virar churrasco ou<br />

mistura na mesa, pois o produtor também não tem como sustentar<br />

o animal. Quem deve estar agradecido à crise é o porco, pois<br />

diminuindo o consumo da carne suína, é verdade que aumenta<br />

seu tempo de vida. Grandes indústrias alimentícias que passaram<br />

aperto na metade da última década, como a Nestlé que ameaçou<br />

ir embora, correm o risco de rever seus projetos.<br />

7


Palestras dadas por Coca Ferraz<br />

conscientizam as pessoas a<br />

participarem de uma cidade com<br />

maior qualidade de vida e mais<br />

segurança no trânsito<br />

REPORTAGEM DE CAPA<br />

Os 170 mil veículos que<br />

hoje transitam pela cidade<br />

encontram vias públicas<br />

bem sinalizadas, semáforos<br />

temporizados e maior<br />

segurança. A queda no<br />

número de acidentes desde<br />

2013 se deve às técnicas<br />

aplicadas pelo engenheiro<br />

Coca Ferraz, uma das maiores<br />

autoridades em trânsito no<br />

País.<br />

Era pouco mais de meio-dia. Num<br />

dos cruzamentos da cidade, Avenida<br />

36 com Voluntários da Pátria, o coordenador<br />

de Mobilidade Urbana, Coca Ferraz,<br />

conversa com duas pessoas. Não<br />

demora e outras três se aproximam.<br />

Uma delas, ainda longe, faz um gesto<br />

de positivo e exclama: “Parabéns Coca<br />

COCA FERRAZ<br />

Ele conseguiu tornar Araraquara<br />

criativa e com menos acidentes<br />

Novo Complexo Viário Armando<br />

Paschoal solucionou o grave<br />

problema de congestionamento<br />

e insegurança no trânsito<br />

8<br />

pela iniciativa, até que enfim alguém<br />

lembrou de nós”. Naquele momento,<br />

Coca Ferraz recorda alguns acidentes<br />

ocorridos no cruzamento e sente que<br />

elogios como aquele se tornaram repetitivos<br />

desde que assumiu a pasta da<br />

Mobilidade Urbana, junção de palavras<br />

que ganhou força a partir de 2012,<br />

quando foram introduzidas as diretrizes<br />

da Política Nacional de Mobilidade<br />

Urbana.<br />

Sendo doutor em Engenharia<br />

Civil, especialista<br />

em Planejamento e<br />

Operação de Sistema de<br />

Transportes e professor da<br />

USP, seria ele o profissional<br />

mais indicado para formular<br />

e implementar a política de<br />

mobilidade urbana sustentável em nossa<br />

cidade?<br />

Coca, como vice-prefeito e atendendo<br />

convite do prefeito Marcelo Barbieri,<br />

a partir de 2013 passou a coordenar a<br />

reunião das políticas de transporte e<br />

de circulação, sempre integrada com<br />

a política de desenvolvimento urbano,<br />

para proporcionar o acesso amplo e


democrático das pessoas ao espaço<br />

urbano, priorizando os modos de transporte<br />

coletivo e os não motorizados, de<br />

forma segura, socialmente inclusiva e<br />

sustentável.<br />

Com liberdade de ação e conhecimento<br />

técnico para aplicar estas políticas<br />

no trânsito de Araraquara, que<br />

já sentia os problemas ocasionados<br />

pelo excesso de veículos, Coca Ferraz<br />

debruçou sobre os estudos, colocando<br />

os índices de acidentes como meta<br />

prioritária: “Com uma cidade planejada<br />

e estruturada tecnicamente, o trânsito<br />

fluirá melhor, vamos proporcionar mobilidade<br />

à população e oferecer as condições<br />

necessárias para o deslocamento<br />

das pessoas”.<br />

Em outras palavras, ele queria dizer<br />

que essa mobilidade daria condições<br />

da pessoa se locomover com facilidade<br />

de casa para o trabalho, do trabalho<br />

para o lazer e para qualquer outro lugar<br />

onde tenha vontade ou necessidade de<br />

estar, independentemente do tipo de<br />

veículo utilizado.<br />

Logo, Coca Ferraz convenceu a comunidade<br />

que “ter mobilidade urbana<br />

é pegar o ônibus com a garantia de que<br />

se chegará ao local e no horário desejados,<br />

salvo em caso de acidentes, por<br />

exemplo. É ter alternativas para deixar o<br />

carro na garagem e ir ao trabalho a pé,<br />

de bicicleta ou com o transporte coletivo.<br />

É dispor de ciclovias e também de<br />

calçadas que garantam acessibilidade<br />

MOBILIDADE HUMANA<br />

aos deficientes físicos e<br />

visuais. E, até mesmo,<br />

utilizar o automóvel particular<br />

quando lhe convir<br />

e não ficar preso nos engarrafamentos”.<br />

Em 2015, ao fazer<br />

um balanço sobre a introdução<br />

da política de<br />

mobilidade urbana, ele<br />

afirmava que conseguira<br />

derrubar pela metade os índices de vítimas<br />

graves no primeiro semestre em<br />

comparação de 2012 a 2014.<br />

Os dados apresentados por Coca foram<br />

colhidos do relatório da Polícia Militar.<br />

As vítimas graves e fatais, segundo<br />

o material, foram as que apresentaram<br />

maior redução no período, com queda<br />

de 51,52% e 46,91%, considerandose<br />

os números relativos (vítimas para<br />

cada 100 mil veículos). Coca apontava<br />

com estes números a receita de sucesso<br />

na cidade e apontava as mudanças<br />

necessárias para o futuro da cidade e<br />

também para as rodovias, que ainda<br />

oferecem altos índices de riscos.<br />

NOVOS NÚMEROS<br />

Em janeiro, Coca Ferraz não escondia<br />

sua euforia, pois estudos realizados<br />

pela Secretaria de Trânsito e Transportes,<br />

com base nas estatísticas de acidentes<br />

da Polícia Militar, apontavam<br />

Ciclovia da Via Parque no Vale do Sol onde mãe e filha fazem parte do belo cenário<br />

9<br />

Semana do Trânsito passa a lição do respeito, da cidadania<br />

e da responsabilidade no trânsito para as nossas crianças<br />

que a acidentalidade no trânsito da cidade<br />

continuava em queda.<br />

O índice de acidentes com vítimas<br />

caiu 8,89% de 2014 para 2015. Entre<br />

2012 e 2015, a queda foi de 35,07%.<br />

No triênio 2013-2015, foram evitados<br />

1.156 acidentes com vítimas.<br />

R<strong>ED</strong>UÇÃO DE<br />

VÍTIMAS GRAVES<br />

Houve redução de 10,35% no índice<br />

de vítimas de 2014 para 2015 e de<br />

36,86% no período 2012-2015. No período<br />

2013-2015, foram evitadas que<br />

1.386 pessoas sofressem lesões em<br />

acidentes de trânsito.<br />

Embora o índice de vítimas graves<br />

tenha aumentado em 13,68% de 2014<br />

para 2015, entre 2012 e 2015 houve redução<br />

de 45,97%. No período de 2013 a<br />

2015, foram evitadas lesões graves em<br />

261 pessoas – que, em tese, deixaram de<br />

passar por internação hospitalar.<br />

A redução do índice de vítimas fatais<br />

foi de 23,20% de 2014 para 2015<br />

e de 55,26% no período 2012-2015.<br />

No total foram evitadas 58 mortes no<br />

triênio 2013-2015.<br />

O índice de atropelamentos foi reduzido<br />

em 20,02% de 2014 para 2015 e<br />

em 52,41% entre 2012 e 2015.<br />

“Além de maior segurança, as ações<br />

envolvidas no projeto têm proporcionado<br />

ganhos significativos no tocante<br />

à fluidez do tráfego e à comodidade de<br />

condutores, pedestres e deficientes”,<br />

destaca o coordenador de Mobilidade<br />

Urbana e vice-prefeito Coca Ferraz que<br />

demonstra sua preocupação com as<br />

questões de segurança da população<br />

no trânsito, investindo seus conhecimentos<br />

neste setor.


REVITALIZAÇÃO<br />

Novo prédio da ACIA dará<br />

outra cara ao centro antigo<br />

Nos anos 60, o prédio da Associação Comercial e Industrial<br />

de Araraquara era identificado como Palácio do Comércio e<br />

Indústria. A reforma que vem sendo aplicada inovará a sede,<br />

tornando-a confortável e com critérios de acessibilidade, como<br />

elevador, além de segura pela implantação das normas exigidas<br />

pelo Corpo de Bombeiros.<br />

são sempre obrigatórias em todos os<br />

grupos de estabelecimentos, edificações,<br />

eventos e qualquer empreendimento,<br />

mesmo que temporário. O fator é decorrente<br />

da importância que os materiais de<br />

acabamento e revestimento exercem ao<br />

aumentar a carga de incêndio nos ambientes<br />

e consequentemente os riscos.<br />

Uma das novidades no projeto da<br />

sede da ACIA, fundada em 1934 (em outro<br />

lugar), é o elevador - velha aspiração<br />

de várias diretorias. Na verdade, à diretoria<br />

eleita em 1942 deve-se a aquisição<br />

da sede social, o que motivou o aumento<br />

do quadro associativo, no entanto, com o<br />

passar do tempo, a ACIA foi ficando cercada<br />

de prédios de grande porte. Com isso,<br />

nasceu o sonho de uma sede mais moderna<br />

com alguns andares. A realização<br />

desse sonho chegou com o presidente Jovenil<br />

Rodrigues de Souza que trabalhou<br />

pela compra do terreno entre a entidade<br />

e a antiga sede do Banco Bradesco, imóvel<br />

pertencente a Cecílio Karan, nascendo<br />

o que foi chamado na época, de Palácio<br />

do Comércio e Indústria.<br />

Sucedendo Jovenil Rodrigues de Sou-<br />

A arquiteta Dagmar Bizzinotto explica aos diretores o projeto de reforma da sede da ACIA<br />

A reunião mensal da diretoria da Associação<br />

Comercial e Industrial de Araraquara<br />

em janeiro, serviu para que o presidente<br />

Renato Haddad apresentasse um<br />

relatório sobre o andamento da reforma<br />

e ampliação que vem sendo realizada na<br />

sede da entidade desde o final do ano<br />

passado. “Tenho que agradecer a colaboração<br />

dos diretores, a compreensão dos<br />

associados e o empenho da construtora<br />

contratada para efetuar este serviço que<br />

mostra o nosso interesse em proporcionar<br />

mais conforto e facilidade no atendimento<br />

ao quadro associativo”, destacou.<br />

Para ele, a execução do projeto segue<br />

normalmente o cronograma de obras,<br />

sempre acompanhado pelos diretores,<br />

entre eles, o engenheiro Geraldo José<br />

Cataneu, à frente da comissão, identificando<br />

e quantificando as ações. Na reunião,<br />

Cataneu explicou que é necessário<br />

o trabalho ser conjunto entre a comissão<br />

e a construtora para estabelecer o andamento<br />

da obra, levando em conta os pre-<br />

cedentes para definir a duração de cada<br />

uma das atividades e a sequência lógica<br />

das mesmas.<br />

O projeto é da arquiteta Dagmar Bizzinotto<br />

baseado em equilíbrio financeiro e<br />

normas estabelecidas pelo município e o<br />

Corpo de Bombeiros: “Do antigo auditório<br />

foi retirado o carpete e os revestimentos<br />

laterais que eram feitos de madeira,<br />

comprometendo a segurança”, destacou<br />

a profissional.<br />

Geralmente, a exigência para as<br />

construções comerciais é mais rigorosa<br />

do que para residências unifamiliares.<br />

Isto porque quanto maior o risco às vidas,<br />

conforme o grupo de ocupação e<br />

uso, maior deve ser o rigor na adoção de<br />

materiais que atendam as normativas<br />

de segurança contra incêndios. Exemplo<br />

disso são os locais de reunião de público<br />

que abrangem as escolas, locais religiosos,<br />

grandes eventos, centros esportivos<br />

e clubes sociais. Diferentemente do que<br />

muitas pessoas pensam, as exigências<br />

10<br />

O engenheiro Geraldo José Cataneu faz<br />

parte da comissão designada pela diretoria<br />

para acompanhar o trabalho que deverá<br />

ser concluído em março, sendo um ponto<br />

histórico na trajetória da entidade que<br />

completará em junho 82 anos de fundação


Diretoria da ACIA reunida para discussão do projeto<br />

za, o empresário Vicente Michetti assumiu<br />

a presidência em 31 de janeiro de<br />

1970 e, em sua gestão, o prédio ganhou<br />

novo projeto arquitetônico, agora<br />

com o segundo e o terceiro andares.<br />

Quarenta e seis anos depois é<br />

que a diretoria presidida por Renato<br />

Haddad e companheiros de diretoria,<br />

conseguem colocar em prática um plano<br />

de investimento para tornar a ACIA em<br />

modelo funcional e de bela estética para<br />

tornar mais atraente o antigo centro comercial<br />

da cidade. Para isso algumas<br />

alterações foram efetuadas no projeto,<br />

comenta o presidente: “A copa ao<br />

lado do acesso ao auditório se tornou<br />

banheiro para cadeirantes; o elevador<br />

com 8 lugares também favorecerá os<br />

deficientes, o piso será frio, as paredes<br />

pintadas de acordo com normas de<br />

segurança e a iluminação exigirá led”,<br />

completa.<br />

Genivaldo Luiz da Silva, iniciando o<br />

revestimento com pastilhas no banheiro dos<br />

cadeirantes, um dos benefícios existentes no<br />

projeto de reforma e ampliação do prédio<br />

11


HOMENAGEM<br />

Trabalhaste muito, A<br />

Agora, descanse em<br />

Em dezembro, a Kibelanche<br />

completou 54 anos de<br />

atividades; durante pelo<br />

menos 35 anos, funcionou<br />

no principal corredor<br />

comercial da cidade, a<br />

Nove de Julho. Foi lá que<br />

Apparecido Dahab, o Aparício<br />

da Kibelanche, construiu<br />

amizades e consolidou um<br />

empreendimento que é<br />

orgulho para o comércio na<br />

área da alimentação. Foi com<br />

essa força que ele chegou à<br />

presidência da Associação<br />

Comercial e Industrial de<br />

Araraquara em 1978.<br />

Quem não conhecia o seu Aparício<br />

da Kibelanche? Todo mundo. E quem<br />

não conhecia, pelos menos já tinha<br />

ouvido falar. Na verdade, o nome dele<br />

era Apparecido Dahab, filho único de<br />

Tufik Dahab e Bassma Dahab, nascido<br />

somente nove anos após o casamento.<br />

Sua mãe tinha feito uma promessa a<br />

Nossa Senhora Aparecida para engravidar<br />

e quando aconteceu, tinha certeza<br />

que seria uma menina e, claro, se<br />

chamaria Aparecida. Como nasceu um<br />

menino, ela só mudou o ‘a’ para ‘o’.<br />

“Agora, se me perguntar por que sou<br />

chamado de Aparício, eu também não<br />

sei. Todo mundo começou a me chamar<br />

assim e parece que pegou. Só minha<br />

mãe sempre me chamou de Apparecido”,<br />

afirmou, sorrindo em janeiro de<br />

2008, aos amigos.<br />

Apparecido Dahab nasceu no bairro<br />

do Brás, em São Paulo, no dia 2 de<br />

novembro de 1930. Depois, mudou-se<br />

com a família para a Rua 25 de Março.<br />

Posteriormente, o pai Tufik Dahab levou<br />

a esposa e o filho para Rio Preto. E ele<br />

Aparício, gostava de lembrar: “Meu pai<br />

já era comerciante, como todo árabe.<br />

Começou a negociar ou, como se dizia,<br />

mascateava. E o campo de trabalho<br />

para os mascates era melhor no interior<br />

do que na capital”, contava. Lá, ficaram<br />

dois anos.<br />

Em 1941, vieram para Araraquara.<br />

“Porque toda a família da minha mãe e<br />

a do meu pai morava na cidade”, relembrava.<br />

Aqui chegando, Tufik Dahab alugou<br />

exatamente o prédio da Kibelanche.<br />

De acordo com Aparício, eram seis<br />

portas de madeira. O pai ocupou três<br />

delas com a Feira das Meias e as outras<br />

foram alugadas para uma empresa.<br />

Havia uma extensão muito grande<br />

atrás das lojas e a família morava nos<br />

fundos. A Feira das Meias ficava num<br />

local privilegiado na época, em frente<br />

ao Clube 27 de Outubro, com todo o comércio<br />

ao redor.<br />

Aparício Dahab começou a trabalhar<br />

aos 13 anos com um tio chamado<br />

O pai de Aparício, Tufik onde começou com<br />

a Kibelândia em 1941; no detalhe, as seis<br />

portas de madeira do prédio. Em 1961 no<br />

local surgiu a Kibelanche.<br />

12


parício.<br />

paz.<br />

Demétrio, que também imigrara<br />

do Líbano, na Casa<br />

Nenê, uma casa de armarinhos<br />

que vendia rendas,<br />

meadas de linha, botões<br />

e muitos produtos infantis.<br />

“Ele foi uma escola para<br />

mim”, afirmava orgulhoso<br />

ao falar de Demétrio.<br />

Depois de alguns anos<br />

na loja, foi chamado para<br />

trabalhar no extinto Banco<br />

Paulista do Comércio. Começou<br />

como office-boy e<br />

trabalhou até chegar a contador,<br />

quando resolveu sair e aceitar<br />

um convite para trabalhar na Móveis<br />

Castelan (móveis e colchões). “Foi uma<br />

extensão porque como já era contador,<br />

entrei na parte administrativa. Devia<br />

ter uns 18 anos, aproximadamente”,<br />

relembrava.<br />

Depois da loja de móveis, Aparício<br />

com 22 anos, foi trabalhar com a tia<br />

Wadia Karan Jabur, irmã de sua mãe<br />

e montaram “A Infantil”, loja de artigos<br />

infantis. “Eu achei interessante a ideia<br />

porque já estava no comércio”, dizia.<br />

Em 1954, Aparício deixou a sociedade<br />

com a tia e foi trabalhar com o pai<br />

na Feira das Meias porque o negócio<br />

estava meio parado. Além das meias, a<br />

loja também vendia confecções e calçados,<br />

um verdadeiro magazine. “O ramo<br />

de calçados era muito ingrato naquela<br />

época, porque o governo resolveu carimbar<br />

o preço nos sapatos. A inflação<br />

era alta. Você vendia fiado e não podia<br />

cobrar nada a mais”, explicava.<br />

Com 25 anos, Aparício casou-se<br />

com Isabelle Bou Assi Dahab, também<br />

de descendência libanesa, em 1956. O<br />

casal teve quatro filhos: Ricardo, Carlos<br />

Alberto, Renato e Cristina.<br />

A KIBELANCHE<br />

Apparecido Dahab, ou<br />

simplesmente Aparício<br />

da Kibelanche<br />

Aproveitando o local em frente o<br />

Clube 27 de Outubro, Aparício decidiu<br />

montar uma lanchonete, até porque<br />

havia carência de uma casa de alimentação<br />

na Rua 9 de Julho. “Começaram<br />

a me chamar de louco, mas acabei<br />

montando. Deixei a loja funcionando<br />

de um lado e do outro lado montei a<br />

lanchonete. Enquanto isso, liquidava os<br />

produtos até encerrar as atividades da<br />

loja”, dizia.<br />

Foi uma ousadia que deu certo. A<br />

inauguração da Kibelanche aconteceu<br />

na véspera do Natal de 1961 e, no ano<br />

seguinte, ocorreu o encerramento das<br />

atividades da Feira das Meias. A lanchonete<br />

começou como Kibelândia,<br />

mas como em São Paulo já havia uma<br />

lanchonete com o mesmo nome, Aparício<br />

mudou para Kibelanche.<br />

A família inteira foi trabalhar na lanchonete.<br />

A luta foi com todo mundo jun-<br />

to. “Minha mãe foi para a cozinha. Meu<br />

pai ficava no caixa e meu filho mais<br />

velho o ajudava. Trabalhávamos todos<br />

e meus filhos cresceram ali. Minha esposa<br />

aprendeu com minha mãe e até<br />

hoje ela ainda está na cozinha da Kibelanche”,<br />

conta. No começo foi uma vida<br />

muito sacrificada. Quando tinha baile<br />

no Clube 27 trabalhávamos até às 6<br />

horas da manhã e no dia seguinte estávamos<br />

abertos para atender o público.<br />

Dentro do comércio de Araraquara<br />

Aparício fez de tudo um pouco: teve a<br />

única fábrica de flâmulas, que na época<br />

estava no apogeu da criação do<br />

silkscreen pra montagem; teve uma<br />

peixaria e uma empresa de construção<br />

de casas; foi dono dos restaurantes<br />

Gimba e Barril, foi presidente do Sindicato<br />

de Hotéis e Similares, presidente<br />

da Associação Comercial, diretor do<br />

Sindicato do Comércio Varejista e também<br />

Juiz Classista.<br />

Com toda essa história feita de lutas<br />

e muito trabalho na cidade, Aparício foi<br />

homenageado com o título de Cidadão<br />

Araraquarense. Porém, recusou-se a ir<br />

receber a homenagem na Câmara, preferindo<br />

o seu escritório.“Mas, não pensem<br />

que se tratou de desprezo à homenagem.<br />

Ao contrário sentiu-se muito<br />

honrado, mas a justificativa foi simples:<br />

“Não gosto de aparecer, já passei dessa<br />

fase”, contou, sorrindo.<br />

E foi com essa humildade que Aparício<br />

partiu no dia 26 de janeiro; acidentado<br />

ao descer de uma escada fraturou<br />

o fêmur e a bacia. Porém, não suportou<br />

a cirurgia, vindo a falecer e levando em<br />

sua bagagem uma história que serve<br />

de inspiração para muitos.<br />

Aparício e Isabelle casaram-se no mesmo dia<br />

que Josef (Zé do Gimba) e Farize (irmã de<br />

Isabelle), em 1956, no Salão Micelli<br />

13<br />

Aparício e Isabelle nos anos 80; uma<br />

felicidade que perdurou por 59 anos


FATOS E FOTOS<br />

MUNICÍPIO PAGA OS PRECATÓRIOS, ATÉ DE EX-PREFEITOS<br />

Roberto Pereira, da Fazenda Municipal<br />

Mesmo com as dificuldades financeiras<br />

enfrentadas pelas prefeituras, Araraquara<br />

encerrou o ano acima da média nacional,<br />

cumprindo com os pagamentos dos seus<br />

precatórios, num valor de R$ 5 milhões.<br />

SABENDO USAR NÃO VAI FALTAR<br />

O presidente da Câmara Municipal, Elias<br />

Chediek, entregou ao prefeito Marcelo<br />

Barbieri cheque de R$ 3.612.831,64<br />

milhões, referente à devolução de parte dos<br />

recursos destinados no orçamento municipal<br />

ao Legislativo em 2015. Em tempos de<br />

austeridade, o prefeito destacou o cuidado<br />

do presidente da Câmara com os gastos<br />

públicos. Via de regra, a devolução de verbas<br />

não utilizadas pela Câmara é normal e uma<br />

forma da presidência mostrar seu lado gestor<br />

e político responsável com o dinheiro público.<br />

NOVO SUPERINTENDENTE DO BB<br />

Francisco Herrero<br />

Martins é o novo<br />

superintendente<br />

regional do Banco<br />

do Brasil. Para ele<br />

atuar na regional<br />

em Araraquara,<br />

que possui 36<br />

agências e abrange<br />

28 municípios, é<br />

uma satisfação e<br />

um crescimento<br />

profissional.<br />

“Araraquara tem<br />

muita energia na<br />

Francisco Herrero<br />

economia, esporte,<br />

educação, cultura e social. Temos as<br />

melhores perspectivas pela frente e estamos<br />

à disposição”, frisou o superintendente.<br />

Natural de Cianorte, no Paraná, Herrero,<br />

passou por Monte Dourado no Pará,<br />

depois Aquidauana, na região do<br />

pantanal sul matogrossense. Há cerca de<br />

17 anos trabalhando no Banco do Brasil,<br />

experimenta no Estado de São Paulo uma<br />

nova fase em sua brilhante carreira.<br />

14<br />

De acordo com o secretário municipal<br />

da Fazenda, Roberto Pereira, o valor dos<br />

precatórios soma dívidas, inclusive, de<br />

prefeitos anteriores, mas, mesmo assim, a<br />

Prefeitura está conseguindo cumprir com<br />

os compromissos. “Em 2014 a prefeitura<br />

estava com uma dívida de R$ 120 milhões<br />

e, agora, conseguimos diminuir em quase<br />

50%; fechamos o ano com a dívida na casa<br />

dos R$ 70 milhões, o que é positivo”, diz<br />

Pereira. Os precatórios são ordens judiciais<br />

de pagamento. É quando um juiz determina,<br />

em última instância, que a Prefeitura pague<br />

algum valor para alguém. Por exemplo,<br />

quando uma pessoa ganha uma ação judicial<br />

contra a Prefeitura e tem que receber o que o<br />

Juiz determinou, o valor vai para precatório.<br />

SUBINDO<br />

A chegada da<br />

iniciativa privada, no<br />

caso a Unimed, para<br />

ajudar a conscientizar<br />

a população no<br />

combate à dengue,<br />

chikungunya e zika,<br />

merece elogios. O<br />

trabalho será em<br />

conjunto com a<br />

Prefeitura, a partir de<br />

ações que envolverão<br />

também, a população<br />

para evitar a<br />

proliferação do Aedes.<br />

DESCENDO<br />

O comércio varejista<br />

fechou o ano de<br />

2015 com queda<br />

média de 8% no<br />

movimento de vendas<br />

frente a 2014. Foi o<br />

pior quadro desde<br />

o início do Plano<br />

Real. O segundo<br />

pior resultado foi em<br />

1999, quando uma<br />

crise levou à retração<br />

média de 5,9%. O<br />

fechamento de lojas<br />

na cidade mostra isso.<br />

MARCA QUE FICA PARA SEMPRE<br />

Dedicação é tudo e<br />

a grande prova foi<br />

dada pela educadora<br />

física e atleta da<br />

Fundesport, Noeme<br />

Pereira, ao vencer<br />

em 25 minutos e 32<br />

segundos a Corrida<br />

de Santo Onofre, na<br />

modalidade geral<br />

feminina. Ela correu 7<br />

quilômetros no último<br />

dia do ano pelas Noeme, a primeira<br />

ruas de Araraquara.<br />

Embora o pedestrianismo não seja tão<br />

popular na cidade, é verdade que por ser<br />

uma corrida tradicional, o público feminino<br />

investe sua energia na prova e aos poucos<br />

o pessoal vai tomando gosto pelo esporte.<br />

Destacar sua vitória, quem sabe, é uma<br />

forma de propagar o esforço da Noeme,<br />

um exemplo para todos.


FRASE<br />

“Enquanto<br />

forem permitidas<br />

campanhas eleitorais<br />

milionárias, haverá<br />

corrupção no<br />

governo, pois alguém<br />

precisará pagar a<br />

Augusto Branco<br />

conta da campanha,<br />

certo? Ninguém doa tanto dinheiro para<br />

uma campanha eleitoral à toa. Não existe<br />

tanto idealismo assim neste mundo, ou a<br />

humanidade não padeceria de tantos males.”<br />

Augusto Branco, nascido em Porto Velho,<br />

filho de dona Rosa e “seo” Raimundo<br />

A frase parece ser direcionada ao ministrochefe<br />

da Secretaria de Comunicação Social<br />

das Comunicações, Edinho Silva, pela<br />

insistência em dizer: “Tudo correto do ponto<br />

de vista jurídico e ético. Estive com dezenas<br />

de empresários durante o processo eleitoral,<br />

e todas as conversas ocorreram dentro da<br />

legalidade.“<br />

UM TÍTULO PARA PAULO SASSI<br />

Merecida a entrega do título de “Cidadão<br />

Araraquarense” ao paulistano Paulo Sassi,<br />

50 anos de idade, diretor do Senai em<br />

Araraquara. Aos 14 anos ele iniciou o curso<br />

de Aprendizagem Industrial de Mecânica<br />

Geral e em seguida de Eletrônica Industrial,<br />

concluindo em 1982 seu 1º Grau na Escola<br />

Senai “Roberto Simonsen”. Foi para Matão<br />

e aos 17 anos começou a trabalhar na<br />

Marchesan, depois Baldan, Bambozzi,<br />

Citrosuco e Marchesan novamente. Concluiu<br />

o Ensino Médio com Habilitação Plena<br />

em Mecânica em 1990. Em fevereiro de<br />

1995 voltou ao Senai, desta vez como<br />

funcionário. Trabalhava durante o dia na<br />

Marchesan e lecionava mecânica à noite no<br />

Senai Araraquara. Em 1996 foi convidado<br />

a trabalhar como Instrutor de Mecânica<br />

Geral e em seguida Coordenador Técnico<br />

e Pedagógico. Seis meses depois já tinha<br />

um novo desafio: estruturar o Senai Matão,<br />

inaugurado em setembro de 1996, tornandose<br />

unidade autônoma no início de 2000. A<br />

partir daí assumiu a Direção da nova Escola,<br />

voltando ao Senai Araraquara em agosto de<br />

2008. Aos 20 anos<br />

de idade conheceu<br />

Joelma, com quem<br />

se casou 9 anos<br />

mais tarde, em<br />

1995. Dessa união<br />

nasceram Carolina<br />

e Gabriela.<br />

Paulo Sassi, agora<br />

“Cidadão Araraquarense”<br />

15


INDÚSTRIA<br />

Cidade pode ser um<br />

pólo metroferroviário<br />

No dia 18 de março, uma sexta-feira, a Hyundai Rotem<br />

iniciará oficialmente as operações fabris na sua nova unidade<br />

em Araraquara. Os trabalhos administrativos começaram<br />

antes.<br />

Com um brilhante passado histórico<br />

ferroviário, Araraquara parece predestinada<br />

a resgatar uma atividade que<br />

a tornou forte economicamente no começo<br />

do século XX, com a implantação<br />

da Companhia Paulista de Estradas de<br />

Ferro e Estrada de Ferro Araraquara, a<br />

partir de Rio Claro. Na época, além de<br />

levar passageiros em carros de primeira<br />

e segunda classe, as companhias<br />

transportavam o café colhido nos 16<br />

milhões de pés plantados na região.<br />

A implantação da EFA teve início em<br />

9 de novembro de 1896, sendo que<br />

seu projeto inicial seria a ligação de<br />

Araraquara com a então Vila de Ribeirãozinho<br />

(hoje Taquaritinga) em um total<br />

de 82 quilômetros. Em 1 de outubro<br />

de 1898 foi inaugurado o trecho inicial<br />

entre Araraquara e Itaquerê (hoje Bueno<br />

de Andrade), com 25 quilômetros de<br />

extensão. No ano seguinte a linha atingiria<br />

Matão e somente em 7 de dezembro<br />

de 1901 chegaria a Taquaritinga,<br />

concluindo o projeto inicial.<br />

Posteriormente a ferrovia foi sendo<br />

ampliada, mas devido aos problemas<br />

financeiros ocorridos em 1902 e 1912<br />

na EFA (que culminaram na falência da<br />

empresa e sua encampação pelo estado<br />

de São Paulo 1919), a ferrovia, que<br />

chegaria em 1912 em São José do Rio<br />

Preto, teve sua expansão paralisada<br />

por 21 anos.<br />

Nas décadas de 30, 40 e 50 a companhia<br />

recebeu pesado investimento<br />

do Estado. As obras de expansão foram<br />

retomadas em 1933, sendo concluídas<br />

em 1952 quando a linha alcançou Presidente<br />

Vargas (atual Rubinéia), situada<br />

às margens do Rio Paraná. Após ter sua<br />

expansão concluída, foram iniciadas<br />

obras de retificação de trechos, modernização<br />

de estações existentes e abertura<br />

de novas estações, aquisição de<br />

novo material rodante e rebitolamento<br />

das vias (de 1,00m para 1,60m) para<br />

integrar a malha da EFA à Linha Tronco<br />

da Companhia Paulista que possuía bitola<br />

de 1,60m. Em 10 de novembro de<br />

1971 a Estrada de Ferro Araraquara foi<br />

absorvida pela Fepasa.<br />

RETOMADA<br />

No início de janeiro ao receber o<br />

diretor presidente Sungha Jun e o diretor<br />

de projetos Taedong Kim, ambos<br />

da Hyundai Rotem, o prefeito Marcelo<br />

Barbieri disse a eles que “a instalação<br />

da Hyundai Rotem coloca Araraquara<br />

na vanguarda pela retomada dos<br />

serviços ferroviários no Brasil e pode<br />

transformar o município em um pólo<br />

A foto pertencente à<br />

coleção de Alberto<br />

Henrique Del Bianco,<br />

mostra carro de<br />

passageiro de aço<br />

carbono construído<br />

nas Oficinas da EFA<br />

em Araraquara, na<br />

década de 40. A<br />

Hyundai retoma a<br />

história<br />

16<br />

O novo presidente da Hyundai Rotem Brasil,<br />

Sungha Jun, em janeiro, se apresentou ao<br />

prefeito Marcelo Barbieri, em Araraquara.<br />

Jun ficará na cidade<br />

metroferroviário”. Marcelo citou ainda a<br />

Randon, fábrica de vagões e de semirreboques<br />

canavieiros que está sendo<br />

instalada na cidade.<br />

Sungha Jun e Taedong Kim disseram<br />

que tinham conhecimento deste<br />

perfil ferroviário de Araraquara e anunciaram<br />

a inauguração oficial da fábrica<br />

de Araraquara, localizada próximo à<br />

região do Jardim das Hortênsias, para<br />

o próximo dia 18 de março. Na oportunidade<br />

também foram discutidos os<br />

detalhes sobre o acesso alternativo à<br />

planta da empresa em Araraquara a<br />

partir da SP–255, ou Rodovia Antônio<br />

Machado Sant’Anna. O acesso definitivo<br />

está previsto para ser entregue até o<br />

final do ano.<br />

A instalação da empresa sul-coreana<br />

no município, segundo o prefeito,<br />

vai permitir que Araraquara dê um salto<br />

maior na qualidade de vida da população,<br />

com a geração de empregos e renda<br />

e o aumento futuro no repasse de<br />

ICMS, via Estado.


A tecnologia torna a<br />

Hyundai uma empresa<br />

de ponta na fabricação<br />

de trens. A expectativa<br />

por novos empregos<br />

em Araraquara é uma<br />

boa notícia para o<br />

setor, que ainda está<br />

mergulhada na crise.<br />

Alta Tecnologia<br />

Com investimento inicial de US$ 40<br />

milhões, em uma área superior a 21 mil<br />

metros quadrados e tecnologia de ponta,<br />

a planta de Araraquara será a segunda<br />

maior fábrica da Hyundai Rotem<br />

no mundo e a primeira no Brasil, visando<br />

atender também a América Latina.<br />

A empresa já tem contrato para<br />

produção de 240 carros para a CPTM<br />

(Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)<br />

e 112 carros para o Metrô de<br />

Salvador. Enquanto a sua planta industrial<br />

não é inaugurada, a Hyundai Rotem<br />

deu início à produção em um dos<br />

barracões anexos à fábrica da Iesa.<br />

O lançamento da pedra fundamental<br />

ocorreu em abril de 2015, com a<br />

presença na cidade do governador Geraldo<br />

Alckmin, além de executivos da<br />

multinacional e de diversas outras autoridades.<br />

A vinda da Hyundai Rotem é considerada<br />

uma das ações mais importantes<br />

do prefeito Marcelo Barbieri, propiciando<br />

o início da implantação de um<br />

novo pólo metroferroviário.<br />

17


Quatro de junho de 1968. Raul Aranda<br />

Amado enfrenta o frio que castiga<br />

Araraquara naquela terça-feira, bem<br />

cedo, e sai para a entrega de mais uma<br />

encomenda de impressos. Ele pega a<br />

sua nota fiscal de número 3779 e diz<br />

que volta logo. Eram 20 talões de notas<br />

B-1 e 5 talões de notas B-2 a serem<br />

entregues a Luis Delfini, na Rua 9 de Julho,<br />

proximidades do Jardim Primavera. Raul<br />

sabia que por aquele serviço receberia<br />

NCr$ 60,00 (sessenta cruzeiros novos). Na<br />

verdade “os cruzeiros antigos tinham saído<br />

de circulação um ano antes (08/02/1967),<br />

e a economia caminhava para sua<br />

aceleração em plena ditadura militar.<br />

Pacientemente ele até deu um exemplo<br />

aos seus funcionários na gráfica: Cr$<br />

Se você tem histórias<br />

para contar sobre o<br />

comércio da cidade,<br />

entre em contato<br />

com nossa redação:<br />

3336.4433.<br />

Pesquisa: Roberto Dolfini<br />

4.750 (quatro mil, setecentos e cinquenta<br />

cruzeiros) passou a expressar-se NCr$ 4,75<br />

(quatro cruzeiros novos e setenta e cinco<br />

centavos). Mas ainda que ocorresse essa<br />

transformação as coisas caminhavam bem,<br />

dizia ele. De imposto sobre a nota dos<br />

talões ele sabia que teria que pagar pouco<br />

mais de dez cruzeiros novos.<br />

Por mais de 50 anos foi esta sua vida<br />

dentro da Gráfica Globo, confecionando<br />

impressos comerciais, prospectos, panfletos<br />

e catalogos como a própria propaganda<br />

sua indicava. Localizada na Avenida<br />

José Bonifácio, 309 e 313, a gráfica<br />

se completava com a Papelaria Globo,<br />

atendendo nos anos 60 pelo telefone 3427<br />

e a Caixa Postal 241.<br />

O tempo passou para ele. Seu falecimento<br />

em 2002 causou tristeza na cidade pois<br />

Raul era estimado por todos. Contudo,<br />

o que ele criou continua com a mesma<br />

seriedade nas mãos do seu filho que tem<br />

por homenagem o mesmo nome: Raul. A<br />

marca - Gráfica Globo, continua forte e<br />

representa nos meios gráficos o que há de<br />

melhor. Um orgulho para Araraquara.<br />

18


Paulo Hoff, Ricardo Madalena, Gilberto Chierice, Salvador Neto e Roberto Massafera em<br />

encontro no Núcleo de Pesquisa do Instituto do Câncer<br />

Há mais de 20 anos, Gilberto Chierice,<br />

professor aposentado da USP faz a pesquisa<br />

NA ROTA DO MILAGRE<br />

Massafera diz: “Pílula do câncer<br />

será produzida a partir de março”<br />

O governador Geraldo<br />

Alckmin libera R$ 2 milhões<br />

pesquisas e já anuncia<br />

que a partir de março o<br />

medicamento começará a ser<br />

testado e depois liberado para<br />

atender 13 mil pacientes que<br />

recorreram à Justiça.<br />

O deputado estadual Roberto Massafera<br />

confirmou que a fosfoetanolamina<br />

sintética, substância também<br />

chamada de pílula do câncer e uma<br />

promissora arma contra a doença, deve<br />

estar disponível para pesquisa nos próximos<br />

30 dias.<br />

No final de janeiro, Massafera participou<br />

de duas importantes reuniões,<br />

uma no Palácio Bandeirantes com o governador<br />

Geraldo Alckmin e o secretário<br />

de Estado da Saúde, David Uip; e outra<br />

com o diretor do Instituto do Câncer<br />

do Estado de São Paulo, Dr. Paulo Hoff.<br />

Ele esteve acompanhado dos pesquisadores<br />

da USP São Carlos, Gilberto<br />

Chierice e Salvador Claro Neto; do deputado<br />

estadual Ricardo Madalena e<br />

do deputado federal Lobbe Neto; além<br />

do prefeito de São Carlos, Paulo Altomani.<br />

O governo está decidindo qual laboratório<br />

vai produzir a substância. O PDT<br />

Pharma, de Cravinhos, e o Cristália, de<br />

Itapira, devem atender as normas e<br />

certificações da Anvisa (Agência Nacional<br />

de Saúde) como o BPF (Boas Práticas<br />

de Fabricação).<br />

A produção da fosfoetanolamina<br />

visa atender, inicialmente, as atividades<br />

de pesquisa que serão capitaneadas<br />

pelo ICESP. O governador Geraldo<br />

Alckmin liberou R$ 2 milhões para testes<br />

e pesquisas que envolverão até mil<br />

pacientes de câncer.<br />

À medida que as pesquisas avançarem,<br />

a substância poderá ser liberada<br />

19<br />

para atender a cerca de 13 mil pacientes<br />

que aguardam na Justiça a liberação<br />

de liminares que autorizem o uso<br />

da fosfoetanolamina. O Ministério da<br />

Saúde já aceitou o chamado uso compassivo<br />

da substância ainda em fase<br />

de testes. “O resultado dessa pesquisa,<br />

se positivos, pode transformar a Saúde<br />

em todo o mundo. Corajosamente,<br />

o governador Geraldo Alckmin está colocando<br />

toda infraestrutura do Estado<br />

e conhecimento científico necessários<br />

nesse projeto”, reconheceu Massafera,<br />

enaltecendo a conduta do governador.<br />

Paulo Hoff, Salvador Neto, Lobbe Neto, Ricardo Madalena, Geraldo Alckmin, Gilberto Chierice,<br />

Roberto Massafera e Paulo Altomani, reunião no Palácio dos Bandeirantes


ECONOMIA<br />

Quem é que não adora um feriado<br />

prolongado? Comerciante não gosta.<br />

Alguns setores da economia<br />

não veem com bons olhos<br />

estas datas. Para o comércio,<br />

por exemplo, estes feriadões,<br />

como aconteceu no ano<br />

passado, representam perdas<br />

nas vendas e despesas a serem<br />

pagas. Em <strong>2016</strong>, serão seis<br />

feriados prolongados.<br />

Para quem gosta de viajar ou aproveitar<br />

feriados prolongados para descansar,<br />

2015 foi um ano generoso. Afinal,<br />

em média, doze feriados, incluindo<br />

os nacionais e de aniversários municipais,<br />

caíram em segundas, terças, quintas<br />

ou sextas-feiras, situação que para<br />

muitos permite uma folguinha extra. No<br />

entanto, o próximo ano tem um panorama<br />

bem diferente. De fato, diz o presidente<br />

do Sincomercio, Antônio Deliza<br />

Neto, pois como é um ano bissexto, ou<br />

seja, que tem 366 dias, um a mais do<br />

que os anos normais (29 de fevereiro),<br />

a sequência dos feriados sofre algumas<br />

alterações.<br />

Renato Haddad,<br />

presidente<br />

da ACIA<br />

É como se em anos comuns, um<br />

feriado que caiu em uma segunda, por<br />

exemplo, no ano seguinte cairá na terça.<br />

A cada quatro anos, essa sequência<br />

pula dois dias, ao invés de um. O objetivo<br />

desta alteração é manter o calendário<br />

ajustado com a translação do planeta<br />

Terra, movimento feito ao redor do<br />

Sol. É por isso então que, diferente de<br />

2015, <strong>2016</strong> será um ano com menos<br />

feriados passíveis de emendas.<br />

Quando questionado se para o comércio<br />

será bom ou ruim, Toninho Deliza<br />

é categórico: “Feriado prolongado<br />

atrapalha e bastante as vendas”. Ele<br />

explica que, por ser prolongado, são<br />

dias em que o comerciante continua<br />

tendo despesas e não entra venda.<br />

Já o presidente da Associação Comercial<br />

e Industrial de Araraquara, Renato<br />

Haddad, entende que no Brasil a cultura<br />

de transformar as datas festivas em feriados<br />

está na contramão do mundo moderno<br />

que hoje vivemos, pois a economia<br />

está globalizada e o custo de produção<br />

do nosso país é o maior do mundo.<br />

Renato Haddad explica ainda que<br />

temos obtido um crescimento importante<br />

na área de serviços e também<br />

que há um número expressivo de franquias<br />

se instalando em nossa cidade:<br />

“Mas notamos um perfil muito claro<br />

dos nossos consumidores que buscam<br />

sempre o melhor produto e serviço”,<br />

completa o dirigente.<br />

Para driblar as perdas, o presidente<br />

do Sincomercio, Toninho Deliza, acon-<br />

20<br />

Toninho<br />

Deliza, do<br />

Sincomercio<br />

,<br />

O comerciante diz que o<br />

ano será caracterizado por<br />

custos altos, mercadorias<br />

mais caras e volume<br />

de vendas menor. O<br />

faturamento até pode<br />

ficar maior por causa do<br />

aumento das mercadorias.<br />

Mas os volumes vendidos<br />

e as margens serão bem<br />

menores.,


DIAS DE FOLGA EM <strong>2016</strong><br />

<strong>FEVEREIRO</strong><br />

MARÇO<br />

ABRIL MAIO MAIO<br />

JULHO<br />

9 (terça-feira)<br />

25 (sexta-feira)<br />

21 (quinta-feira)<br />

1º (domingo)<br />

26 (quinta-feira)<br />

9 (sábado)<br />

CARNAVAL<br />

SEXTA-FEIRA<br />

DA PAIXÃO<br />

TIRADENTES<br />

DIA DO<br />

TRABALHO<br />

CORPUS<br />

CHRISTI<br />

REVOLUÇÃO<br />

CONSTITUCIONALISTA<br />

AGOSTO<br />

SETEMBRO<br />

OUTUBRO<br />

NOVEMBRO<br />

NOVEMBRO<br />

NOVEMBRO<br />

DEZEMBRO<br />

22 (segunda-feira)<br />

7 (quarta-feira)<br />

12 (quarta-feira)<br />

2 (quarta-feira)<br />

15 (terça-feira)<br />

20 (domingo)<br />

25 (domingo)<br />

ANIVERSÁRIO DE<br />

ARARAQUARA<br />

INDEPENDÊNCIA<br />

DO BRASIL<br />

DIA DE NOSSA<br />

SENHORA APARECIDA<br />

FINADOS<br />

PROCLAMAÇÃO<br />

DA REPÚBLICA<br />

DIA DA CONSCIÊNCIA<br />

NEGRA<br />

NATAL<br />

FERIADOS PROLONGADOS<br />

FERIADOS COMUNS<br />

selha que a empresa planeje seu fluxo<br />

financeiro, visualizando os feriados já<br />

estabelecidos para não ficar inadimplente<br />

com seus fornecedores, uma<br />

vez que a loja fica fechada com as despesas<br />

que não param.<br />

Em 2015, os comerciantes deixaram<br />

de faturar bem mais. A perda foi de<br />

12,6% a mais do que a prevista, com<br />

muitas lojas fechando, ainda que em alguns<br />

setores o índice tenha sido menor.<br />

Os varejistas de acordo com os estudos<br />

também não tiveram coragem de<br />

investir tendo em vista a queda das vendas,<br />

e a rentabilidade adquirida acabou<br />

se transformando apenas em garantia<br />

de caixa para despesas emergenciais.<br />

Neste ano, assegura Toninho Deliza,<br />

em um ano difícil, de recessão,<br />

é temeroso comentar como serão as<br />

vendas. Contamos com um número<br />

menor de feriados que num momento<br />

assim, pode ser visto como ponto favorável.<br />

Da mesma forma raciocina Renato<br />

Haddad, presidente da ACIA. Contudo<br />

se mostra mais espeançoso pelo perfil<br />

do brasileiro em acreditar que o amanhã<br />

dará certo: “Embora mergulhada<br />

em crise e com pouco dinheiro circulando,<br />

a economia mostra que o consumidor<br />

terá que se adequar à realidade;<br />

o empreendedor também”.<br />

21


SIMPLES NACIONAL<br />

Começa a vigorar a Certificação Digital<br />

para empresas com até oito funcionários<br />

Medida teve início em janeiro<br />

e pouca divulgação foi dada<br />

sobre a exigência, devendo<br />

apanhar muitas empresas<br />

desprevenidas neste começo<br />

de ano. A certificação digital<br />

pode ser feita na Solssia<br />

Corretora de Seguros que<br />

conta com profissionais e<br />

aparelhamento técnico para<br />

executar todo processo.<br />

Sérgio e Mauro,<br />

da Solssia Corretora<br />

de Seguros e<br />

Certificação Digital<br />

O diretor Mauro Solssia, da Solssia<br />

Corretora de Seguros e Certificação<br />

Digital, está alertando comerciantes<br />

e industriais sobre as diretrizes da resolução<br />

125 do CGNS (Comitê Gestor<br />

do Simples Nacional), que desde 1º de<br />

janeiro, a Certificação Digital passou a<br />

ser obrigatória também para empresas<br />

optantes pelo Simples Nacional com<br />

mais de oito funcionários. “Até 31 de<br />

dezembro, a obrigatoriedade era válida<br />

para empresas do Simples Nacional<br />

com mais de 10 empregados”, recorda<br />

Mauro, que se diz preocupado com a<br />

divulgação das informações, pois, não<br />

tem visto orientação neste sentido.<br />

“Muita gente pode ser surpreendida<br />

por isso”, alertou.<br />

No caso de empresas do Simples<br />

Nacional, a certificação digital poderá<br />

ser exigida para entrega da GFIP (Guia<br />

de Recolhimento do Fundo de Garantia<br />

do Tempo de Serviço e Informações à<br />

Previdência Social); para recolhimento<br />

do FGTS; ou para declarações relativas<br />

ao eSocial (Sistema de Escrituração<br />

Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias<br />

e Trabalhistas). “A cada dia<br />

que passa a certificação digital tem se<br />

tornado um documento fundamental e<br />

essencial para a vida do empresário”,<br />

afirma o dirigente ao lembrar de que<br />

a Solssia é uma das principais certificadoras<br />

da região. “Estamos bem desenvolvido<br />

nesta área, proporcionando<br />

agilidade na renovação e de novas certificações”,<br />

comentou.<br />

A certificação digital também poderá<br />

ser exigida para entrega aos Estados<br />

das informações relativas à substituição<br />

tributária, diferencial de alíquota ou recolhimento<br />

antecipado do ICMS, desde<br />

que a empresa já esteja obrigada à<br />

emissão de documento fiscal eletrônico.<br />

“A assinatura digital com validade jurídica<br />

para garantir proteção às transações<br />

eletrônicas, além de agilizar e desburocratizar<br />

processos, a Certificação Digital<br />

garante segurança graças à tecnologia<br />

de algoritimos criptografados, o que dá<br />

a confidencialidade e a integridade das<br />

informações”, lembra Mauro Solssia, ao<br />

apontar a infraestrutura criada na empresa<br />

para o atendimento público na<br />

cidade e região. “Temos equipamentos<br />

específicos, pessoal treinado, espaço<br />

adequado e atendimento personalizado”,<br />

apontou o diretor.<br />

22<br />

A Solssia Corretora de<br />

Seguros, na Av. Bento<br />

de Abreu, 914, faz a<br />

emissão de certificado<br />

digital, bem como atua<br />

na área de consórcios<br />

de carros, casas,<br />

apartamentos, caminhões<br />

e equipamentos.<br />

A empresa em julho estará<br />

completando 30 anos de<br />

atividades, constituindo-se<br />

numa das seguradoras<br />

mais conceituadas em<br />

nosso País.<br />

Outro detalhe alertado<br />

por ele, é que a<br />

partir de 1º de julho,<br />

a norma passa a valer<br />

também para empresas<br />

optantes pelo<br />

Simples Nacional com<br />

mais de 5 empregados.<br />

Existem vários tributos<br />

com a certificação digital<br />

como: E-CPF - Certificado Digital<br />

ICP-Brasil emitido para pessoa física,<br />

oferecendo validade jurídica; E-CNPJ<br />

- Certificado Digital ICP-Brasil emitido<br />

para empresas, oferecendo validade<br />

jurídica; CT-E - Certificado Digital ICP-<br />

Brasil utilizado para assinatura do conhecimento<br />

de transporte eletrônico;<br />

Conectividade Social - certificado digital<br />

ICP-Brasil para acesso ao Conectividade<br />

Social ICP; SSL - certificados digitais<br />

SSL destinam-se a autenticar Servidores<br />

Web e Criar Canais Criptográficos.


Em média circulam diariamente pela<br />

Prefeitura 1.700 pessoas<br />

Jornada reduzida começou<br />

em setembro de 2015 e se<br />

encerraria em 31 de janeiro<br />

deste ano; medida gerou<br />

economia aos cofres públicos.<br />

NADA MUDA<br />

Prefeitura mantém atual<br />

horário de funcionamento<br />

A Prefeitura de Araraquara publicou<br />

no final de janeiro, portaria e decreto<br />

que estendem o atual horário de funcionamento<br />

das repartições públicas<br />

da Administração Municipal até o dia<br />

31 de maio de <strong>2016</strong>. A jornada de trabalho<br />

dos servidores públicos no período<br />

da manhã continua das 7h às 13h,<br />

e o atendimento ao público nos prédios<br />

que funcionam neste período acontece<br />

das 7h15 às 12h45.<br />

Os locais que realizam atendimento<br />

no período da tarde, como é o caso do<br />

Paço Municipal, o horário de funcionamento<br />

prossegue das 12h às 18h, e o<br />

horário de atendimento ao público também<br />

não sofreu alteração, ocorrendo<br />

das 12h15 às 17h45.<br />

Já o horário de funcionamento das<br />

unidades básicas de saúde, Unidades<br />

de Pronto Atendimento (Upas), creches<br />

e escolas municipais não sofreram alterações.<br />

Os novos horários estão em vigor<br />

desde setembro de 2015 e contribuíram<br />

para a economia de pelo menos<br />

R$ 1 milhão aos cofres públicos municipais,<br />

com a redução de gastos com<br />

horas extras, combustível, telefone e<br />

energia elétrica.<br />

A redução da jornada de trabalho<br />

para seis horas diárias dos servidores<br />

municipais, e consequente redução de<br />

gastos e insumos, é necessária devido<br />

ao atual quadro econômico do país, devido<br />

à queda nos repasses efetuados<br />

pelos governos Federal e Estadual às<br />

prefeituras, entre eles, o FPM.<br />

Mais informações:<br />

www.araraquara.sp.gov.br<br />

23


DIREITO<br />

Validade dos atestados médicos<br />

O atestado médico que<br />

justifica faltas e afastamento<br />

de funcionários por motivos<br />

de doença, continua sendo<br />

um dos assuntos polêmicos<br />

dentro do Direito Trabalhista.<br />

Dentre as situações em que a falta<br />

do empregado é considerada justificada,<br />

a motivada por doença sempre traz<br />

dúvidas para os empregadores, que<br />

muitas vezes desconhecem as regras<br />

que cercam o tema.<br />

Em conformidade com o artigo 6º,<br />

letra “f” da Lei Federal nº 605/49, o<br />

empregado que faltar ao trabalho por<br />

motivo de doença, devidamente comprovada<br />

por atestado médico, não poderá<br />

sofrer descontos no salário e no<br />

Descanso Semanal Remunerado.<br />

O § 2º do mesmo artigo traz ainda<br />

a ordem preferencial de aceitação dos<br />

atestados médicos. Senão vejamos:<br />

“A doença será comprovada mediante<br />

atestado de médico da instituição<br />

da previdência social a que estiver<br />

filiado o empregado, e, na falta deste e<br />

sucessivamente, de médico do Serviço<br />

Social do Comércio ou da Indústria; de<br />

médico da empresa ou por ela designado;<br />

de médico a serviço de representação<br />

federal, estadual ou municipal incumbido<br />

de assuntos de higiene ou de<br />

saúde pública; ou não existindo estes,<br />

na localidade em que trabalhar, de médico<br />

de sua escolha.”<br />

Reconhecendo a validade da referida<br />

lei, o Tribunal Superior do Trabalho<br />

- TST editou a Súmula nº15:<br />

“A justificação da ausência do empregado<br />

motivada por doença, para a<br />

percepção do salário-enfermidade e<br />

da remuneração do repouso semanal,<br />

deve observar a ordem preferencial<br />

dos atestados médicos estabelecida<br />

em lei”.<br />

Por sua vez, a Lei Federal nº<br />

8.213/91, regulamentada pelo Decreto<br />

nº 3.048/99 revogou a ordem preferencial<br />

estabelecida na Lei nº 605/49,<br />

determinando que caso a empresa possua<br />

serviço médico próprio ou se utiliza<br />

de serviço médico com o qual mantém<br />

convênio, o exame do empregado será<br />

feito pelo respectivo serviço até os 15<br />

primeiros dias. Esse entendimento também<br />

é o do TST, em conformidade com<br />

a Súmula nº 282:<br />

“Ao serviço médico da empresa ou ao<br />

mantido por esta última mediante convênio<br />

compete abonar os primeiros 15<br />

(quinze) dias de ausência ao trabalho”.<br />

Dessa forma, a legislação estabelece<br />

que se o empregador possui serviço<br />

médico próprio ou mediante convênio,<br />

não está obrigado a aceitar atestados<br />

médicos emitidos pelos demais órgãos<br />

constantes da lista de ordem preferencial,<br />

salvo se constar de modo diverso<br />

na Convenção Coletiva de Trabalho da<br />

categoria.<br />

Contudo, é necessário ter bastante<br />

cautela, pois existem diversas decisões<br />

dos Tribunais Trabalhistas no sentido<br />

de reconhecer ao trabalhador o direito<br />

de apresentar qualquer atestado médico,<br />

na impossibilidade de se recorrer<br />

ao serviço médico da empresa ou do<br />

convênio.<br />

É importante frisar que o empregador<br />

deve se atentar às Convenções Coletivas<br />

de Trabalho, que podem conferir<br />

regras especiais quanto à aceitação de<br />

atestados médicos/odontológicos, e a<br />

recusa de atestados deve ser feita cuidadosamente,<br />

visto que poderá resultar<br />

em demandas judiciais.<br />

Ainda, segundo a portaria nº<br />

24<br />

Dra. Thaís Costa Domingues<br />

Advogada do SINCOMERCIO Araraquara<br />

3.291/94 do Ministério da Previdência<br />

e Assistência Social – MPAS, o atestado<br />

deve conter o tempo de dispensa concedida<br />

ao paciente, por extenso e numericamente;<br />

a assinatura do médico<br />

ou odontólogo sobre carimbo do qual<br />

conste nome completo e registro no<br />

respectivo Conselho Profissional e o início<br />

da dispensa deverá coincidir obrigatoriamente<br />

com os registros médicos<br />

relativos à doença ou ocorrência que<br />

determinou a incapacidade.<br />

Já o Código Internacional de Doença<br />

- CID, só poderá constar no atestado<br />

médico com a concordância expressa<br />

do paciente, segundo o que dispõe<br />

a Portaria nº 3.370/84, também do<br />

MPAS.<br />

Por fim, vale lembrar que as Convenções<br />

Coletivas de Trabalho firmadas<br />

entre o SINCOMERCIO ARARAQUARA e<br />

os sindicatos profissionais disponibilizadas<br />

no site www.sincomercioararaquara.com.br<br />

trazem cláusulas que<br />

tratam dos atestados médicos e odontológicos,<br />

bem como outras disposições<br />

acerca de faltas do empregado.


SIMPLES NACIONAL<br />

Inadimplência cresceu 7,5%<br />

em 2015 em Araraquara<br />

A quantidade de consumidores<br />

com contas a pagar aumentou<br />

na comparação com meses<br />

anteriores em nossa cidade.<br />

Além da piora na confiança do<br />

consumidor, a aceleração da<br />

inflação e o aumento nas<br />

taxas de juros prejudicaram a<br />

capacidade de pagamento.<br />

A inadimplência em Araraquara, medida<br />

pelo número de inclusões de débitos no<br />

SCPC (Serviço Central de Proteção de Débito)<br />

avançou 15,5% no mês de novembro<br />

na comparação ao mesmo mês de 2014.<br />

Foram 33.341 inclusões de débitos não<br />

quitados, contra 28.866. Mesmo que haja<br />

uma queda de 4,8% em relação aos números<br />

de outubro, devido a sazonalidade<br />

é mais factível a comparação interanual.<br />

No acumulado de onze meses de 2015,<br />

contra mesmo período do ano anterior,<br />

há um avanço de 7,5% da inadimplência<br />

local. São quase 340 mil novos débitos registrados<br />

no SCPC da cidade. A exclusões<br />

de débitos, ou seja, aqueles presentes<br />

no sistema e que foram pagos, também<br />

aumentaram: +13,8%. Foram cerca de<br />

300,5 mil débitos pagos.<br />

MOVIMENTAÇÃO DE DÉBITOS DO SCPC ARARAQUARA<br />

Período<br />

Janeiro<br />

Fevereiro<br />

Março<br />

Abril<br />

Maio<br />

Junho<br />

Julho<br />

Agosto<br />

Setembro<br />

Outubro<br />

Novembro<br />

Dezembro<br />

TOTAL<br />

Inclusões de débitos<br />

2014<br />

22.993<br />

24.701<br />

27.644<br />

31.235<br />

27.448<br />

27.057<br />

26.278<br />

35.917<br />

33.750<br />

29.571<br />

28.866<br />

-<br />

315.460<br />

2015<br />

23.327<br />

29.142<br />

28.657<br />

30.036<br />

31.727<br />

34.136<br />

29.131<br />

31.129<br />

33.304<br />

35.014<br />

33.341<br />

-<br />

338.944<br />

Jaime Vasconcellos, do Sincomercio<br />

Segundo o economista Jaime Vasconcellos,<br />

a inadimplência registrada<br />

em Araraquara não cedeu o ano todo.<br />

O Núcleo de Economia do Sincomercio<br />

desde 2013, vem alertando o aumento<br />

do número absoluto de débitos não<br />

quitados na economia araraquarense.<br />

Ainda que exista desaceleração deste<br />

crescimento, já que naquele ano<br />

houve avanço de 45%,<br />

em 2014 +25% e em<br />

2015 aos patamares de<br />

+7,5%, neste ano entraram<br />

até novembro,<br />

2015 40 mil débitos a mais<br />

Exclusões de débitos<br />

2014<br />

18.038<br />

20.892<br />

24.131<br />

21.976<br />

25.880<br />

26.275<br />

23.707<br />

26.762<br />

26.680<br />

24.846<br />

24.917<br />

-<br />

264.104<br />

23.327<br />

18.616<br />

26.164<br />

27.670<br />

28.344<br />

28.487<br />

29.378<br />

23.230<br />

31.671<br />

24.973<br />

38.607<br />

-<br />

300.467<br />

Fonte: FACESP/SCPC<br />

Comércio, o mais afetado pela crise<br />

que não foram honrados, em relação<br />

aos que foram pagos e saíram do SCPC.<br />

Tal realidade demonstra o corrosivo<br />

movimento do orçamento familiar, que<br />

migra do status de “endividado” para<br />

“inadimplente”. A combinação de inflação<br />

elevada, juros altos, massa salarial<br />

e emprego em queda, auxilia o avanço<br />

da inadimplência, principalmente em<br />

relação aos anos anteriores. Os dados<br />

de dezembro e de <strong>2016</strong> permanecerão<br />

elevados, já que tais variáveis determinantes<br />

do consumo e poder de pagamento<br />

das famílias não deverão se alterar<br />

rapidamente.<br />

Vender no caderno<br />

ou confiar na<br />

palavra do cliente<br />

já ficou no passado.<br />

A quantidade de<br />

cheques sem fundos<br />

mostra a situação<br />

do nosso comércio<br />

em função da crise<br />

econômica brasileira.<br />

25


VAREJO<br />

Empresários da cidade<br />

foram à feira em NY<br />

Maior evento do varejo no<br />

mundo, mostra uma análise da<br />

evolução do comportamento<br />

do consumidor onde são<br />

detectados sete princípios de<br />

Engajamento do Consumidor<br />

nesses tempos atuais,<br />

entre eles Transparência,<br />

Simplicidade na Comunicação<br />

e Troca de Valor.<br />

De diplomacia, confiança, valores,<br />

passando pela Copa do Mundo e as<br />

Olimpíadas no varejo brasileiro, até as<br />

lições empresariais no fracasso e as<br />

novas realidades em união de marca<br />

– todos esses assuntos estiveram no<br />

centro das atenções da NRF Retail’s<br />

Big Show <strong>2016</strong>, realizada em janeiro,<br />

em Nova York.<br />

Segundo Antonio Deliza Neto, presidente<br />

do SINCOMERCIO Araraquara,<br />

um dos participantes do evento, a 105ª<br />

edição reuniu 35 mil participantes com<br />

representantes de 80 países, 300 palestrantes<br />

em 150 conferências, entre<br />

palestras, sessões e painéis. Dados<br />

não oficiais indicam que cerca de 1.100<br />

brasileiros participam do NRF Big Show<br />

este ano.<br />

Para o dirigente do SINCOMERCIO,<br />

tomar parte da feira é ir ao encontro<br />

do que está acontecendo de novo no<br />

mercado varejista mundial. “Pudemos<br />

acompanhar palestras como de Mattew<br />

Shay, presidente da NRF, que lembrou:<br />

“é importante que as empresas revisem<br />

seus negócios”.<br />

Toninho Deliza visitando a sede<br />

da Microsoft, em Seattle, sexto<br />

porto mais movimentado dos<br />

Estados Unidos, servindo como<br />

importante porta de entrada<br />

para o comércio com a Ásia<br />

Shay, lembra Toninho, destacou a<br />

importância das empresas revisarem<br />

seus negócios, a exemplo do que fez a<br />

própria NRF no seu Big Show. Para ele,<br />

é preciso olhar para o passado, resgatar<br />

os acertos e também se preparar<br />

para o futuro.<br />

Em uma outra palestra, Colin Powell,<br />

ex-secretário de Estado norte-americano,<br />

falou a respeito de “Diplomacia,<br />

confiança e valores”. Powell contou que<br />

o varejo foi o início de sua trajetória<br />

profissional, quando por mais de sete<br />

anos, trabalhou no verão e nas férias<br />

antes de ingressar na faculdade, e<br />

como isso refletiu em seu desenvolvimento<br />

profissional.<br />

A palestra também trouxe insights<br />

sobre estilo de liderança e formas simples<br />

de buscar o engajamento das equipes,<br />

se apropriando da experiência do<br />

ex-militar ao liderar diversas equipes. A<br />

frase de encerramento da palestra de<br />

Powell foi bastante impactante: “’Eu<br />

sou produto de todo mundo que passou<br />

na minha vida’. Por isso é importante<br />

refletirmos sobre a busca constante de<br />

boas pessoas ao nosso redor, pois o<br />

impacto no seu desenvolvimento será<br />

relevante”, disse o curador.<br />

VISITAS<br />

Toninho Deliza ressalta que a visita<br />

da delegação brasileira à NRF Retail’s<br />

Big Show <strong>2016</strong> em Nova Iorque onde<br />

se realiza a feira e a Microsoft que está<br />

em Seattle, foi de vital importância<br />

para novos conhecimentos.<br />

No Retail Experience Center são<br />

desenvolvidas as tecnologias buscando<br />

soluções exclusivas para o trabalho varejista<br />

“Estivemos no REC – Retail Experience<br />

Center que apresenta experiências<br />

diferenciadas para consumidores<br />

multicanal, que usam a internet móbile<br />

através de smartphones e tablets em<br />

todo o ambiente de varejo”, comenta o<br />

presidente do SINCOMERCIO.<br />

O REC, complementa Deliza, é um<br />

ambiente interativo totalmente funcional,<br />

apresentando exposições em seu<br />

interior e formas poderosas para cortar<br />

custos, gerar ganhos de eficiência,<br />

simplificar as operações e promover e<br />

vender mercadorias.<br />

Área de exposição da NRF Retail’s Big Show<br />

que teve mais de mil brasileiros<br />

26<br />

Empresários Antonio Deliza Neto (Pipocopos),<br />

Felipe Moura (Moura Informática), Cristina<br />

Deliza (Casa Deliza) e Marcela Deliza em NY


NRF BIG SHOW<br />

A maior feira de<br />

varejo do mundo<br />

A JN Moura Informática<br />

novamente foi buscar o que<br />

há de mais moderno para<br />

o varejo na feira de Nova<br />

Iorque, que reúne milhares de<br />

empresários de todo o mundo.<br />

Felipe Moura em sua visita à sede da Microsoft<br />

Na foto, Paulo Marcelo Tavares Ribeiro,<br />

Felipe Moura e Alexandre Nunes Robazza<br />

em recepção no espaço do Sebrae e da<br />

Facesp na NRF.<br />

27<br />

A edição 105 da NRF (National Retail<br />

Federation) teve um participante especial<br />

para nós de Araraquara: Felipe Moura,<br />

da Moura Informática. Ele acompanhou<br />

no período de 17 a 20 de janeiro, palestras,<br />

networking e exposições voltadas<br />

a discutir e apresentar inovações, tendências<br />

e novas tecnologias para driblar<br />

as necessidades do comércio e atender<br />

o “novo cliente” que já possui um computador<br />

no seu bolso, conhece todas as<br />

especificações técnicas do produto que<br />

deseja, procura um atendimento personalizado,<br />

não pode mais esperar longos<br />

prazos para as entregas e busca vivenciar<br />

no momento da compra, uma experiência<br />

fabulosa sem gastar muito.<br />

Segundo Felipe Moura, diretor comercial<br />

da JN Moura, uma das tendências<br />

muito discutidas nessa edição é o Omnichannel,<br />

ou seja, o cliente pode comprar<br />

na loja física, loja virtual, e-commerce,<br />

mobile commerce, TV commerce, social<br />

commerce (mídias sociais) e até mesmo<br />

um vendedor porta em porta. O produto<br />

deve explorar todos os canais de vendas<br />

possíveis. Entretanto, não adianta somente<br />

adicionar canais de vendas aos<br />

produtos. É preciso adicionar uma experiência<br />

sensorial em todos esses canais.<br />

O consumidor não distingue mais o online<br />

do off-line, pois quando está on-line,<br />

compartilha e valida suas opiniões com<br />

amigos, pesquisando e desenvolvendo o<br />

que acha do produto. Para Felipe, a tecnologia<br />

é uma grande aliada nesse processo.<br />

Em 2015 o evento reuniu 35 mil pessoas<br />

de mais de 80 países e uma tendência<br />

muito discutida foi a “Internet das<br />

Coisas”, que tem como objetivo conectar<br />

smartphones, aparelhos domésticos e<br />

itens usados do dia a dia à internet. Uma<br />

das tecnologias apresentadas foi a RFID<br />

(Radio-Frequency Identification) que é<br />

uma alternativa ao tradicional código de<br />

barras e possibilita que grandes estoques<br />

sejam contados em minutos. Nesse<br />

mesmo ano a JN Moura integrou os seus<br />

softwares de gestão à tecnologia RFID.<br />

“O grande objetivo de integrar nossos<br />

softwares a essa tecnologia, foi proporcionar<br />

aos grandes e pequenos comércios,<br />

a possibilidade de controlar o estoque<br />

com uma contagem muito rápida<br />

e, na verdade, conseguimos muito mais<br />

que isso”, explica Felipe Moura. “Além de<br />

apresentar essa tecnologia na loja modelo<br />

Itinerante do Sebrae em 2015, como<br />

uma inovação que otimiza o funcionamento<br />

do estabelecimento em diferentes<br />

aspectos, do atendimento ao controle de<br />

estoque, implantamos um sistema para<br />

controle de processos de produção da<br />

Lupo e fomos premiados com o XVIII Prêmio<br />

de Automação para Controle de Ativos<br />

EPC/RFID”, comenta Felipe.<br />

Nesse momento, pós-NRF, a empresa<br />

está discutindo quais tendências nortearão<br />

a integração das novas tecnologias<br />

aos seus softwares, visando sempre nas<br />

melhorias que estas poderão agregar ao<br />

varejo. Já prometem e oferecem o serviço<br />

de manutenção das informações dos<br />

clientes em bancos de dados nas nuvens<br />

(internet) para reduzir ao máximo<br />

a vulnerabilidade dos dados e acesso<br />

de informações gerenciais em qualquer<br />

lugar do mundo. Cá entre nós, também<br />

já desenvolveram e estão aprimorando<br />

tecnologias com os dispositivos de BLE<br />

(Bluetooh Low Energy), também conhecidos<br />

como Beacons, que oferecem muitos<br />

recursos para personalizar a venda para<br />

o cliente. Por exemplo, o dispositivo se conecta<br />

ao celular do cliente e pode enviar<br />

ofertas de produtos que ele já pesquisou.<br />

As novidades para <strong>2016</strong> são promissoras<br />

e prometem revolucionar o varejo.<br />

Uma preocupação da empresa é que<br />

essas tecnologias sejam acessíveis para<br />

grandes e também pequenos comércios.<br />

Felipe e uma<br />

imagem<br />

para ficar na<br />

lembrança


Odontologia Araraquara, desde 1923<br />

HISTÓRIA<br />

A criação da Escola de Pharmácia e Odontologia<br />

de Araraquara, em 2 de fevereiro<br />

de 1923, fez parte de um conjunto de<br />

empreendimentos da Prefeitura Municipal<br />

de Araraquara. Bento de Abreu Sampaio<br />

Vidal, presidente da Câmara Municipal e<br />

líder de prestígio político, além de outros<br />

ilustres araraquarenses, ressaltaram naquela<br />

ocasião a importância do município<br />

na vida da nação e da criação de escolas<br />

“para preparar a mocidade para ter eficiência<br />

e vencer a concorrência”.<br />

A prefeitura forneceu o prédio para o seu<br />

funcionamento e um gabinete dentário<br />

para as aulas práticas. A Câmara Municipal<br />

autorizou a atribuição de duzentos<br />

contos de réis para as despesas da escola<br />

e Bento de Abreu efetuou, em Paris, a<br />

compra de equipamentos de laboratório<br />

e biblioteca. O corpo docente foi inicialmente<br />

formado por profissionais locais.<br />

Na frente a Escola de Farmácia<br />

UNESP<br />

No ensino, uma jovem<br />

senhora de 40 anos<br />

Quando o Brasil ainda vivia o momento<br />

histórico da República Velha, o<br />

café era a base da economia de São<br />

Paulo e as artes e a cultura paulistana<br />

começavam a receber os reflexos<br />

da Semana da Arte Moderna de 1922,<br />

Araraquara ganhava um curso superior<br />

de Farmácia, ministrado pela Escola de<br />

Pharmácia e Odontologia de Araraquara,<br />

fundada em 2/2/1923, por iniciativa<br />

de uma associação sem fins lucrativos,<br />

a Associação Escola de Pharmácia<br />

e Odontologia de Araraquara.<br />

A Escola, depois Faculdade de Farmácia<br />

e Odontologia de Araraquara, de<br />

início uma Instituição particular, embora<br />

com uma retaguarda do poder público<br />

municipal, passou a pleitear sua<br />

incorporação ao Sistema Estadual de<br />

Ensino Superior. Isso somente ocorreu<br />

em 1951. Em 1955, obteve sua estruturação<br />

didática e administrativa como<br />

Instituto Isolado de Ensino Superior do<br />

Estado de São Paulo.<br />

Porém, em 30/1/1976, foi anunciada<br />

a criação da Universidade Estadual<br />

Paulista “Júlio de Mesquita Filho” e incorpora,<br />

como unidade universitária, a<br />

Faculdade de Farmácia e Odontologia<br />

de Araraquara dentre outros Institutos<br />

Isolados de Ensino do Estado de São<br />

Paulo.<br />

No ano seguinte, ocorreu o desdo-<br />

bramento da então Faculdade de Farmácia<br />

e Odontologia de Araraquara em<br />

duas Unidades Universitárias distintas:<br />

a Faculdade de Ciências Farmacêuticas<br />

e a Faculdade de Odontologia, ambas<br />

integrantes do Campus Universitário de<br />

Araraquara, a Unesp, que em janeiro<br />

iniciou as comemorações dos seus 40<br />

anos de fundação.<br />

A UNESP<br />

Ela sempre foi uma instituição comprometida<br />

com a formação de recursos<br />

humanos de alto nível e com a produção<br />

de novos conhecimentos pelo desenvolvimento<br />

de pesquisa de excelência,<br />

que gera inovação com reflexos na<br />

produção de riquezas imprescindíveis<br />

para o fortalecimento econômico do<br />

país e para o equilíbrio e desenvolvimento<br />

social. Em apenas 40 anos de<br />

vida, a Unesp saiu da condição de um<br />

desconhecido agregado dos Institutos<br />

Isolados de Ensino Superior, para uma<br />

universidade reconhecida e respeitada<br />

nos cenários nacional e internacional.<br />

No Brasil, é a segunda com maior<br />

número de cursos de graduação bem<br />

avaliados pelo Guia do Estudante e é<br />

a primeira entre as maiores avaliadas<br />

pelo Exame Nacional de Desempenho<br />

dos Estudantes (Enade).<br />

28


AGRO<br />

N E G Ó C I O S<br />

INFORMATIVO<br />

edição fevereiro | <strong>2016</strong><br />

USINA SANTA CRUZ<br />

Parceira do Sindicato Rural e<br />

do Senar em ações sociais<br />

Tem se fortalecido nos últimos<br />

anos o relacionamento entre o<br />

nosso Sindicato Rural, o Senar-SP<br />

e a Usina Santa Cruz, do Grupo<br />

São Martinho, motivado pela<br />

implantação de ações que visam<br />

proporcionar ascensão na carreira<br />

e melhoria na qualidade de vida<br />

do cidadão. Paralelamente, há na<br />

usina, projeto pedagógico criado<br />

com o objetivo de acrescentar<br />

informações fundamentais para o<br />

entendimento do relacionamento<br />

entre o homem e natureza.<br />

São tantas outras ações de<br />

comprometimento e respeito ao<br />

trabalho, à sustentabilidade e<br />

ao desenvolvimento econômico<br />

que não devemos silenciar mas<br />

tornar público que é um orgulho<br />

ter a Usina Santa Cruz como<br />

nossa associada e mostrar o que<br />

ela representa a todos nós, nesta<br />

edição.<br />

Nicolau de Souza Freitas<br />

Presidente do Sindicato Rural<br />

Usina Santa Cruz, fundada em 1945<br />

29


ORGULHO NACIONAL<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

Usina Santa Cruz, o mais belo<br />

exemplo para o mundo<br />

Com 70 anos de atividades<br />

a Usina Santa Cruz, que foi<br />

fundada em 1945, compreende<br />

que o potencial da canade-açúcar<br />

vai além do setor<br />

sucroalcooleiro. Nos últimos<br />

anos, a usina localizada em<br />

Américo Brasiliense, que desde<br />

2014 faz parte do Grupo São<br />

Martinho, também tem usado a<br />

cana para geração de energia<br />

elétrica e consolida a cada dia<br />

sua visão como empresa ética<br />

e competitiva, respeitando<br />

preceitos ambientais e as<br />

condições relativas ao trabalho<br />

humano. É modelo de gestão<br />

ao País.<br />

A energia elétrica produzida na atualidade<br />

pela Usina Santa Cruz através do<br />

uso do bagaço da cana atinge 40 mwh<br />

(megawatts-hora). Isso seria suficiente<br />

para abastecer 140 mil residências. A<br />

usina consome em seu processo aproximadamente<br />

22 mw e mantém em sua<br />

rede de distribuição 9 subestações que<br />

recebem a energia elétrica na tensão de<br />

13,8 KV e a rebaixa para tensões menores,<br />

conforme as necessidades da planta.<br />

A notícia sobre este resultado alcançado<br />

pela empresa está em revistas especializadas,<br />

nacionais e internacionais,<br />

mostrando que a usina é autossuficiente<br />

na produção de energia elétrica durante<br />

o período de safra. No site do Grupo São<br />

Martinho, a Santa Cruz explica que – com<br />

a disponibilidade de novas tecnologias<br />

30<br />

ao setor sucroenergético e regras bem<br />

definidas para comercialização de energia<br />

elétrica, a empresa investiu em uma<br />

Central de Geração Térmica e de Energia<br />

Elétrica, que a colocou como uma grande<br />

fornecedora para o mercado interno<br />

de energia elétrica proveniente de fontes<br />

menos poluentes.<br />

Entre as “Melhores e<br />

Maiores” da Revista<br />

Exame, a Usina Santa<br />

Cruz aparece em<br />

segundo lugar entre as<br />

usinas brasileiras com os<br />

quesitos vendas líquidas,<br />

lucro e número de<br />

funcionários.


Esta central de Geração Térmica<br />

denominada “UTE Santa Cruz AB” é<br />

composta por três caldeiras de 150 toneladas<br />

de vapor, 65 kg/cm², 480ºC e<br />

três geradores que totalizaram 89mw de<br />

energia instaladas. O sistema é constituído<br />

de cinco geradores, sendo quatro da<br />

marca SIEMENS, três com capacidade de<br />

25 mw e outro com capacidade de 6 mw,<br />

um da marca ABB - Asea Brow Boveri com<br />

capacidade de 3 MW, todos gerando eletricidade<br />

na tensão nominal de 13,8 KV e<br />

movidos por turbinas a vapor.<br />

COMO É FEITO<br />

Cogeração é um processo simultâneo<br />

de energia mecânica e térmica, a partir<br />

de uma mesma fonte primária, no caso<br />

a cana-de-açúcar. O processo de cogeração<br />

de energia elétrica consiste em<br />

aproveitar o vapor produzido pela queima<br />

de combustível (biomassa) para movimentar<br />

as turbinas e gerar energia. Nas<br />

usinas de açúcar e álcool, o bagaço de<br />

cana-de-açúcar é usado como combustível<br />

para caldeiras, gerando vapor para<br />

as turbinas que pode se transformar em<br />

eletricidade ou movimentar as moendas.<br />

Um dos fatores de maior importância<br />

para o setor sucroalcooleiro é a sazonalidade,<br />

ou seja, a safra de cana-de-açúcar<br />

coincide com os períodos de pouca<br />

chuva e quando os rios estão com seus<br />

níveis baixos. O objetivo do presente trabalho<br />

é avaliar o uso do bagaço de cana-<br />

-de-açúcar na cogeração de energia elétrica<br />

por meio de sua queima e mostrar<br />

a importância da comercialização do excedente<br />

de energia gerada, para o setor<br />

sucroalcooleiro, no Estado de São Paulo.<br />

É uma energia limpa e renovável.<br />

A Usina Santa Cruz hoje possui área<br />

plantada de aproximadamente 65 mil<br />

hectares, onde são plantadas variedades<br />

melhoradas geneticamente e com alta<br />

tecnologia em implantação de lavoura,<br />

tratos culturais e atendimento da legislação<br />

ambiental.<br />

Para a conservação de solo, a usina<br />

conta, assim como todas as unidades<br />

do Grupo São Martinho, com sistemas<br />

de cultivo desenvolvidos especialmente<br />

para atender as necessidades da colheita<br />

mecanizada (engenharia dos talhões)<br />

e sistema viário para atender ao transporte<br />

e trânsito de máquinas.<br />

31<br />

Energia gerada na Usina Santa Cruz chega<br />

ao Rio de Janeiro<br />

A Usina Santa Cruz busca<br />

atender aos mercados nacional e<br />

internacional de açúcar, etanol,<br />

seus subprodutos e energia<br />

elétrica, em níveis competitivos<br />

de custo e qualidade em toda<br />

sua cadeia agroindustrial,<br />

visando o melhor desempenho<br />

ambiental e contribuindo no<br />

desenvolvimento de novos<br />

produtos e mercados que<br />

tenham como fundamento a<br />

agroindústria canavieira.


Santa Cruz, preocupação com o futuro<br />

Centro de educação ambiental<br />

Entrada da trilha interpretativa<br />

QUALIDADE DE VIDA<br />

Santa Cruz preza com seriedade a<br />

responsabilidade social na usina<br />

Com uma enorme afinidade<br />

com as questões ambientais,<br />

a Usina Santa Cruz, seguindo<br />

o modelo do Grupo São<br />

Martinho, transforma cada<br />

ação em um gesto de respeito<br />

ao futuro da humanidade.<br />

A adoção desta política de<br />

preservação faz parte de<br />

uma visão empreendedora<br />

reconhecida em todo o país.<br />

A preocupação com o Meio Ambiente<br />

sempre esteve inserida nas atividades<br />

da companhia, que vem trabalhando<br />

junto a todos os seus colaboradores<br />

no sentido de conscientizá-los sobre a<br />

importância de utilizar toda a tecnologia<br />

e recursos disponíveis para que o<br />

processo produtivo não cause impactos<br />

danosos ao meio ambiente. Os investimentos<br />

em equipamentos e técnicas<br />

antipoluentes são aplicados em todas<br />

as áreas do processo produtivo.<br />

Alunos em visita à trilha interpretativa<br />

Desde 1982, na área industrial estão<br />

em operação separadores de fuligem<br />

que tornaram o processo produtivo<br />

menos poluente. Na lavoura, a aplicação<br />

de herbicidas e demais insumos é<br />

rigidamente controlada para não prejudicar<br />

os mananciais e nem poluir os<br />

rios. As queimadas que possibilitavam<br />

o corte manual foram gradativamente<br />

eliminadas e atualmente não são mais<br />

utilizadas. Deram lugar à colheita mecanizada.<br />

Os incêndios que têm ocorrido<br />

são acidentais ou criminosos.<br />

A utilização da água de forma adequada<br />

é outra grande preocupação do<br />

Grupo São Martinho e da Santa Cruz.<br />

As águas residuais têm sua eliminação<br />

controlada por legislação própria, sendo<br />

empregadas na irrigação, uma vez<br />

que os compostos químicos e matérias<br />

orgânicas existentes nelas são benéficos<br />

ao crescimento da cana-de-açúcar.<br />

Este trabalho faz parte da política de<br />

qualidade da empresa, que visa também<br />

a economia de água potável.<br />

O reflorestamento é outra área de<br />

suma importância, e as mudas produzidas<br />

nos viveiros, próprios ou de terceiros,<br />

reforçam práticas antigas da<br />

Usina, sempre ligadas à preservação<br />

do meio ambiente. Um grande exemplo<br />

é o cultivo de árvores nativas utilizadas<br />

para reflorestamento de matas ciliares,<br />

margens de córregos, cursos d’água<br />

e todas as áreas de preservação permanente.<br />

Nos últimos 10 anos a Usina<br />

Santa Cruz plantou, aproximadamente,<br />

420.000 árvores na sua região de influência.<br />

32<br />

São utilizadas mudas de árvores<br />

raras como Pau Brasil, Jacarandá e<br />

Jequitibá. Parte da produção anual é<br />

utilizada nas áreas de reflorestamento<br />

da Usina e o restante é fornecido a<br />

parceiros e instituições ligadas ao meio<br />

ambiente, que também realizam o reflorestamento.<br />

Alunos na sala temática da água<br />

CENTRO DE <strong>ED</strong>UCAÇÃO<br />

AMBIENTAL<br />

Dentre os fatores de sucesso para<br />

a melhoria da qualidade de vida das<br />

pessoas, está o processo de educação<br />

ambiental. Segundo os maiores especialistas,<br />

a educação ambiental ensina<br />

regras claras para as relações do<br />

homem com o meio ambiente. Estas<br />

regras são de vital importância, pois,<br />

mesmo sendo o homem um elemento<br />

da natureza, ele é um agressor em<br />

potencial e a preservação dos elementos<br />

bióticos e abióticos é indispensável<br />

para a sobrevivência humana.


Sindicato Rural e o Senar abraçam com a Usina<br />

Santa Cruz uma importante ação social, para<br />

minimizar os efeitos do analfabetismo na área<br />

rural. Assim, a usina dá aos seus colaboradores<br />

a oportunidade não apenas da leitura da<br />

palavra, mas a releitura do mundo.<br />

O baiano José<br />

Pereira dos Santos<br />

aprendeu a ler com<br />

o incentivo da Santa<br />

Cruz<br />

Pode-se concluir que, para manter<br />

uma boa qualidade de vida e até mesmo<br />

a vida sobre a terra, as sociedades<br />

devem mudar, radicalmente, sua postura<br />

e suas ações em relação ao meio<br />

ambiente. Esta mudança somente será<br />

possível através da educação ambiental,<br />

não só de crianças, mas também<br />

de adultos.<br />

A educação ambiental é um processo<br />

de conscientização. As pessoas precisam<br />

aprender a mudar seu relacionamento<br />

com o meio ambiente. Para isso,<br />

exemplos do cotidiano devem ser cada<br />

vez mais aplicados para ajudar neste<br />

entendimento, como por exemplo, economizar<br />

energia elétrica para que não<br />

seja necessária a construção de mais<br />

usinas nucleares ou hidrelétricas, reciclar<br />

papel para que não haja necessidade<br />

de derrubar mais árvores, usar bem<br />

os alimentos para que não haja necessidade<br />

de expansão de novas fronteiras<br />

agrícolas ou, ainda, reaproveitar materiais<br />

para diminuir a necessidade cada<br />

vez maior de matéria-prima virgem.<br />

A esperança é que, através da educação<br />

ambiental, possamos atingir um<br />

grau de conscientização, comprometimento<br />

e equilíbrio em prol da preservação<br />

do meio ambiente, do desenvolvimento<br />

sustentável e principalmente da<br />

qualidade de vida das pessoas.<br />

A Santa Cruz implementou, assim<br />

como outras unidades do Grupo São<br />

Martinho, seu Centro de Educação Ambiental,<br />

chamado Antonio Pavan (CEA),<br />

ampliando sua atuação dinâmica e<br />

consciente da utilização dos recursos<br />

naturais, da preservação ambiental e de<br />

suas ações voltadas à responsabilidade<br />

social junto à comunidade que se insere.<br />

Através de salas temáticas com ênfase<br />

em resíduos sólidos, reciclagem,<br />

ar, água, solo, energias renováveis, biodiversidade,<br />

cana-de-açúcar, controles<br />

ambientais, viveiro de mudas nativas,<br />

pomar, horta, canteiro de plantas medicinais,<br />

orquidário, trilha interpretativa,<br />

reflorestamentos e banco de germoplasma,<br />

o CEA busca acrescentar<br />

informações fundamentais para o entendimento<br />

do relacionamento homem<br />

– natureza.<br />

Inserido em uma área exclusiva de 6<br />

hectares, o CEA da unidade proporciona<br />

diversas atividades inter-relacionadas<br />

e que visam a melhoria do conhecimento<br />

ambiental dos participantes. O<br />

compromisso da Usina Santa Cruz e do<br />

Grupo São Martinho é com a satisfação<br />

dos clientes, fornecedores, colaboradores,<br />

acionistas e a comunidade em que<br />

se insere. Assim, direciona sua gestão<br />

pensando na sua política de Sustentabilidade.<br />

PRODUTOS<br />

Além do açúcar e do<br />

álcool, a Usina Santa<br />

Cruz produz Levedura<br />

seca, produto obtido do<br />

processo de fermentação,<br />

que é tratado,<br />

secado, embalado e<br />

comercializado para<br />

ser utilizado como<br />

complemento de ração<br />

animal.<br />

33<br />

A USINA<br />

A empresa busca atender aos mercados<br />

nacional e internacional de açúcar,<br />

etanol, seus subprodutos e energia<br />

elétrica, em níveis competitivos de<br />

custo e qualidade em toda sua cadeia<br />

agroindustrial, buscando o melhor desempenho<br />

ambiental e contribuindo<br />

no desenvolvimento de novos produtos<br />

e mercados que tenham como fundamento<br />

a agroindústria canavieira.<br />

Atualmente, a empresa está entre<br />

as 25 maiores usinas do país, considerando-se<br />

o volume de cana moída, com<br />

capacidade instalada para processar<br />

três milhões e seiscentas mil toneladas<br />

de cana por safra. A meta é trabalhar<br />

com o aumento da produtividade, aliado<br />

aos melhores índices de eficiência,<br />

investindo na melhoria do seu processo<br />

e agregando novas tecnologias.<br />

SOBRE A SÃO MARTINHO<br />

O Grupo São Martinho está entre<br />

os maiores grupos sucroenergéticos do<br />

Brasil, com capacidade aproximada de<br />

moagem de 23,5 milhões de toneladas<br />

de cana (21 milhões de capacidade proporcional<br />

à participação acionária). Possui<br />

quatro usinas em operação: São Martinho,<br />

em Pradópolis, na região de Ribeirão<br />

Preto (SP); Iracema, em Iracemápolis, na<br />

região de Limeira (SP), Santa Cruz, localizada<br />

em Américo Brasiliense (SP) e Boa<br />

Vista, em Quirinópolis, a 300 quilômetros<br />

de Goiânia (GO), esta última uma joint<br />

venture com a Petrobras Biocombustível.<br />

O índice médio de mecanização da colheita<br />

é de 97%, chegando a 100% na Usina<br />

Boa Vista. Mais informações no site www.<br />

saomartinho.com.br


DESCOBRINDO ARARAQUARA<br />

Bem vivas são as flores<br />

do jardim da nossa casa<br />

“Descobrindo Araraquara” é o título da série de reportagens<br />

que o Sindicato Rural apresenta a partir desta edição, com o<br />

objetivo de reconhecer e valorizar o trabalho quase anônimo de<br />

pessoas que convivem de forma simples, com a economia do<br />

município. O casal Leninha e Rolando é um caso típico de amor<br />

às orquídeas, num modesto ambiente próximo à Via Expressa.<br />

Rolando Adorni Filho, senhor das Orquídeas<br />

As mudas são plantadas em vasos de<br />

plástico, cerâmica ou até mesmo em sapatos<br />

ou tênis, pois em sendo de couro, elas<br />

encontram a umidade necessária para<br />

ganhar mais força. A técnica foi criada por<br />

Rolando, experiência que ele considera ter<br />

dado excelente resultado.<br />

São pouco mais das 5 horas da<br />

manhã; Rolando Adorni Filho parece<br />

acordar com as mais de 300 mudas de<br />

orquídeas. Ao seu lado, a esposa Maria<br />

Helena, a “Leninha” - como ele mesmo<br />

a chama - fazendo parte do contexto,<br />

imagina que será mais um dia de convivência<br />

com o que os dois mais gostam:<br />

apressar as orquídeas a abrir seus<br />

botões, tarefa que exige experiência e<br />

afinidade.<br />

Há 25 anos, Rolando e Leninha,<br />

adotaram as orquídeas como filhas e<br />

essa convivência propiciou ao casal a<br />

formatação de um negócio rentável que<br />

lhes dá o prazer de unir o útil ao agradável:<br />

“Vivemos para as flores; elas nos<br />

tornam mais sensíveis e humanos, dão<br />

cor as nossas vidas”, diz Rolando.<br />

34<br />

Ele lembra que começou como colecionador,<br />

mergulhando nos estudos<br />

sobre a planta, realizando pesquisas e<br />

querendo introduzir um jeito diferenciado<br />

de reprodução da planta. O casal se<br />

entusiasmou, passando a comercializar<br />

as que tinham na coleção e criando<br />

mudas para uma venda bem mais em<br />

conta.<br />

O nosso objetivo, comenta Maria<br />

Helena, seria facilitar o acesso das pessoas<br />

a uma flor tida como de alto custo.<br />

Consequentemente, estaríamos popularizando<br />

a orquídea como uma das flores<br />

mais lindas e admiradas, completa<br />

a empreendedora que acabou abrindo<br />

uma microempresa para prosperar os<br />

negócios. Hoje vendemos as mudas ou<br />

orquídeas mais incorpadas, conclui.


“Fico feliz ao ver uma<br />

orquídea florescer”.<br />

Rolando<br />

Membro do Círculo dos Orquidófilos<br />

de Araraquara, fundado em 1986,<br />

Rolando tem entre as espécies comercializadas<br />

a Cattleya, considerada a<br />

orquídea mais vendida no Brasil. Ela,<br />

segundo o produtor, vegeta nos troncos<br />

e galhos de árvores. Ao contrário do<br />

que algumas pessoas dizem, nenhuma<br />

orquídea é parasita, ou seja, elas não<br />

sugam a seiva das plantas, apenas se<br />

apoiam nas árvores.<br />

As flores da Cattleya são perfumadas<br />

e duram em média de 10 a 30 dias,<br />

chamando a atenção pelo seu tamanho<br />

bem grande, belas formas e cores intensas<br />

e variadas.<br />

A Cattleya, a<br />

mais popular<br />

das orquídeas<br />

O cultivo da Cattleya, revela Rolando,<br />

é bastante simples. Ela gosta de<br />

boa ventilação, umidade, além de muita<br />

luz indireta (ou seja, sem raios solares<br />

diretamente na planta) e ambientes<br />

com temperaturas entre 18° e 25°C.<br />

Se a temperatura não estiver entre 18°<br />

e 25°C pode haver inibição do florecimento<br />

e a interferência na qualidade<br />

das folhas e flores.<br />

PREOCUPAÇÃO<br />

O excesso de chuvas em janeiro<br />

causou problemas para as orquídeas,<br />

lembra o proprietário do orquidário. Ao<br />

regar a planta deve se evitar o excesso<br />

de água. “O ideal é molhar todo<br />

o substrato e deixar escorrer toda a<br />

água; nos dias quentes é necessário<br />

regar mais vezes durante a semana,<br />

em torno de 2 vezes. Já nos<br />

dias mais frios, este espaço precisa<br />

ser maior, em torno de 1 vez por semana”,<br />

explica.<br />

Ainda segundo ele, o excesso de<br />

água geralmente as mata mais do<br />

que a falta. Com as mudas deve ser<br />

diferente, elas precisam de mais regas,<br />

mantendo o substrato sempre<br />

levemente úmido. “Faça o teste do<br />

dedo para confirmar se o substrato<br />

está seco”, conclui Rolando, que<br />

nunca fez nenhum curso, mas possui<br />

experiência de ir atrás de adubos,<br />

doenças, podas, plantio, tudo<br />

que engloba para se fazer a muda.<br />

35<br />

ATENDIMENTO<br />

ORQUIDÁRIO R.A.F.<br />

Rolando e Leninha<br />

O casal Leninha e Rolando<br />

recebeu a visita do diretor<br />

do Sindicato Rural, Mário<br />

Porto, que levou aos<br />

empreendedores a mensagem<br />

de apoio da entidade em<br />

iniciativas isoladas como esta<br />

do cultivo das orquídeas. O<br />

trabalho demonstra o interesse<br />

do presidente Nicolau de<br />

Souza Freitas, do Sindicato<br />

Rural, em divulgar atividades<br />

daqueles que fazem acontecer<br />

o agroegócio em todos os<br />

setores, ainda que de maneira<br />

simples, porém honrada e com<br />

foco no desenvolvimento da<br />

cidade.<br />

Feiticeira, uma orquídea<br />

rara e muito cara<br />

Esta orquídea rara foi descoberta na década<br />

de 1960, por José Dias de Castro, e logo<br />

tornou-se uma das mais cobiçadas e valiosas<br />

flores do país. Além da forma e simetria<br />

perfeitas, o que a torna tão especial é o<br />

fato de que, até os dias de hoje, as mais<br />

modernas técnicas de laboratório não<br />

conseguiram reproduzi-la em série.<br />

Endereço: Avenida Sebastião Lacerda<br />

Correa, 67 (próximo à Via Expressa -<br />

São José)<br />

Fone: 3322 7915


NOTÍCIAS<br />

CANAS<br />

L<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO <strong>FEVEREIRO</strong> | <strong>2016</strong><br />

Marcos Fava Neves<br />

durante palestra na<br />

Canasol<br />

A BOA NOTÍCIA<br />

A chuva acima da média histórica que<br />

vem ocorrendo no mês de janeiro deste ano<br />

pode levar a um aumento de produtividade<br />

da cana-de-açúcar na safra que começará<br />

entre março e abril (2015/<strong>2016</strong>). De<br />

acordo com levantamento realizado pela<br />

Canasol, até o dia 22 de janeiro foram registrados<br />

459 milímetros de chuva, o maior<br />

índice para o período desde 2007, quando<br />

foram apurados 601,5<br />

milímetros. Cada milímetro<br />

representa 1<br />

litro de água por metro<br />

quadrado de área.<br />

Para o coordenador<br />

do departamento<br />

técnico da Canasol,<br />

Engº Agrº Álvaro Coelho<br />

Pazelli, no período<br />

das chuvas, que vai<br />

de novembro a março,<br />

ocorre o crescimento<br />

de 60 a 80% da planta. “A umidade e o<br />

calor neste período de primavera e verão<br />

são importantes para a cana ganhar peso,<br />

já no outono e inverno a estiagem e o frio<br />

servem para começar a maturar e concentrar<br />

açúcar”, destaca.<br />

36<br />

Editor: Jairo Falvo<br />

Chuva acima da média pode levar<br />

a aumento de produtividade da cana<br />

Mês de janeiro registrou mais<br />

de 400 milímetros de chuva,<br />

maior índice para o período<br />

desde 2007<br />

mm de chuva<br />

De novembro a março ocorre o<br />

crescimento de 60 a 70% do total<br />

da cultura<br />

Índice pluviométrico no mês de janeiro em Araraquara<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 <strong>2016</strong><br />

anos<br />

Os ganhos de produtividade com a<br />

umidade, no entanto, são relativos em razão<br />

do menor potencial de investimento<br />

do setor nos últimos anos. “Como existe<br />

um processo de descapitalização por<br />

conta da crise, muitos produtores deixaram<br />

de fazer a adubação correta ou a correção<br />

do solo, o que acaba prejudicando<br />

a produção”, observa.<br />

Pazelli explica que o excesso de chuva<br />

se torna um problema para a cana quando<br />

a incidência de sol diminui. “A cultura<br />

precisa de iluminação para fazer a fotossíntese<br />

e, em dias consecutivos<br />

de tempo nublado,<br />

como correu neste<br />

ano, o desenvolvimento<br />

da planta é afetado”,<br />

acentua.<br />

Além disso, complementa<br />

ele, existe o<br />

problema do atraso nas<br />

operações no campo<br />

antes do início da safra.<br />

“É neste período que<br />

muitos fazem o plantio<br />

ou controle das plantas<br />

daninhas, cujos trabalhos são comprometidos,<br />

pois com chuva não dá para<br />

trabalhar”.<br />

FENÔMENO CÍCLICO<br />

Pazelli diz que considera normal o<br />

grande volume de chuva em<br />

determinados períodos da<br />

história. “Esse é um fenômeno<br />

cíclico, com alternância de<br />

anos com muita umidade e<br />

outros com pouca umidade”,<br />

relata. Ele se lembra de um<br />

ano atípico no início da década<br />

de 80, quando trabalhava<br />

em uma usina da região.<br />

“Foram aproximadamente 45<br />

dias com água caindo quase<br />

todos os dias”.<br />

Alívio para os<br />

produtores<br />

Após sofrer nos últimos anos com a crise<br />

que afeta o setor sucroenergético, os produtores<br />

de cana-de-açúcar podem ter um alívio<br />

na safra <strong>2016</strong>/2017, que inicia em abril. De<br />

acordo com a consultoria Datagro, de Ribeirão<br />

Preto, o preço da tonelada deve aumentar no<br />

período. O estudo foi divulgado em reunião<br />

de 22 de janeiro na Orplana (Organização de<br />

Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do<br />

Brasil), com a presença do presidente da Canasol<br />

Luís Henrique Scabello de Oliveira e da<br />

vice-presidente Tatiana Caiano Teixeira Campos<br />

Leite.<br />

A Consultoria prevê processamento de<br />

606 milhões de toneladas de cana, aumento<br />

de aproximadamente 6% em relação à última<br />

safra. A produção de açúcar é estimada em<br />

33,5 milhões de toneladas, 12% maior que<br />

os 30,7 milhões de toneladas do ciclo 15/16.<br />

“Continuam saindo previsões sobre o déficit de<br />

açúcar no mundo no ciclo <strong>2016</strong>/17, que vão<br />

desde 2 a quase 9 milhões de toneladas, o que<br />

deve manter uma perspectiva de preços melhores”,<br />

explica o professor doutor Marcos Fava<br />

Neves, da FEA/USP e consultor da Datagro.<br />

Em reais, de acordo com ele, no mercado<br />

interno o açúcar atinge o maior preço histórico,<br />

quase R$ 85,00/saca. “Pena que a inflação e<br />

o aumento de custos de produção comeram<br />

boa parte da margem que este preço poderia<br />

trazer”, lamenta.<br />

Já a produção de etanol, de acordo com a<br />

consultoria, deve chegar a 28,6 bilhões de litros<br />

no ciclo 16/17, pouco mais do que os 27,8<br />

bilhões de litros do ciclo 15/16. “O espaço para<br />

o etanol crescer em <strong>2016</strong> será em cima do<br />

mercado da gasolina, pois a crise que temos<br />

pela frente em <strong>2016</strong> deve reduzir o consumo<br />

de combustíveis no Brasil, impactando também<br />

o etanol”, comenta Neves.<br />

COP 21<br />

Para ele, outro fator a ser comemorado é<br />

o acordo firmado pelos países na Conferência<br />

do Clima Paris 2015 (COP21). “Aumenta<br />

no mundo a aceitação de que precisamos<br />

precificar cada vez mais as emissões e partir<br />

para uma economia de baixo carbono. O<br />

etanol e a eletricidade da cana ganham com<br />

isto”, destaca o consultor.


REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL<br />

Depois do CAR, o PRA<br />

Governo estadual publica<br />

Decreto que institui instrumento<br />

de regularização ambiental<br />

Para os proprietários de imóveis rurais<br />

que já concluíram o Cadastro Ambiental<br />

Rural (CAR), a próxima etapa é a<br />

adesão ao Programa de Regularização<br />

Ambiental (PRA), conforme prevê o novo<br />

Código Florestal.<br />

A Canasol, que está elaborando o CAR<br />

para seus associados, cujo prazo termina<br />

no próximo dia cinco de maio, oferecerá<br />

assessoria na adesão ao PRA. A previsão<br />

para início do Programa, no entanto, deve<br />

ser conhecida somente após a publicação<br />

de uma nova resolução da Secretaria<br />

do Meio Ambiente do Estado de São Paulo,<br />

já que a primeira, publicada em treze<br />

de janeiro, foi revogada.<br />

“A Lei está valendo, mas agora é preciso<br />

que se publique uma nova resolução<br />

para regulamentar os procedimentos”,<br />

explica o técnico florestal Guilherme Lui<br />

de Paula Bueno, responsável pelos assuntos<br />

ambientais da Canasol. Para realizar<br />

a adesão ao PRA, no entanto, é obrigatório<br />

que os proprietários de imóveis<br />

rurais já tenham realizado o Cadastro Ambiental<br />

Rural (CAR). “No CAR a pessoa diz<br />

o que possui na propriedade”, explica. “Já<br />

no PRA a pessoa corrige os passivos ambientais,<br />

caso tenha alguma pendência”.<br />

Canasol cadastrou 3.746,8135 ha de<br />

vegetação nativa em área de associados<br />

Guilherme, responsável pelos assuntos<br />

ambientais da Canasol<br />

OBRIGATÓRIO<br />

Guilherme ressalta que tanto o CAR<br />

como o PRA são obrigatórios e a não adesão<br />

implica em diversas sanções aos proprietários<br />

como a não obtenção de créditos<br />

agrícolas e o impedimento da realização de<br />

atos notariais como registros de compra e<br />

venda e de doação. “Muitos deixam de fazer<br />

porque acreditam que possuem uma<br />

dívida com o meio ambiente, mas existe<br />

a possibilidade que, ao se enquadrarem<br />

nos benefícios previstos na lei, possam até<br />

ficar com créditos ambientais”, conclui.<br />

37


GILBERTO POZETTI<br />

Parabéns,<br />

Professor.<br />

Conselho Regional concede<br />

2ª Comenda do Mérito<br />

Farmacêutico a Gilberto Pozetti<br />

Uma das mais singelas homenagens<br />

deste ano na Câmara Municipal<br />

foi feita ao professor Gilberto Pozetti,<br />

justamente no Dia do Farmacêutico,<br />

instituído por Lei de autoria do vereador<br />

Farmacêutico Jéferson Yashuda.<br />

A comemoração foi em 20 de janeiro,<br />

quando o Conselho Regional de Farmácia<br />

- Seccional de Araraquara, entregou<br />

a Pozetti a 2ª Comenda do Mérito<br />

Farmacêutico em reconhecimento aos<br />

serviços prestados à profissão e à sociedade<br />

araraquarense.<br />

A sessão foi conduzida pela vicepresidente<br />

da Câmara, vereadora Edna<br />

Martins. A mesa principal contou ainda<br />

com a presença do vereador farmacêutico<br />

Jéferson Yashuda, do homenageado<br />

e sua esposa Márcia Regina do<br />

Amaral Pozetti; Fernando Cesar Guzzi,<br />

secretário municipal da Agricultura,<br />

representando o prefeito Marcelo Barbieri;<br />

Evandro Yashuda, presidente do<br />

Conselho Regional de Farmácia - Seccional<br />

de Araraquara, e da Professora<br />

Doutora, Cleópatra Planeta, diretora da<br />

Faculdade de Ciências Farmacêuticas.<br />

REFERÊNCIA EM HOMEOPATIA<br />

Filho de Mário Juliano Pozetti e Elvira<br />

Bisca Pozetti, Gilberto Luiz Pozetti<br />

nasceu em Catanduva em 10 de fevereiro<br />

de 1938. Lá estudou no Colégio<br />

Estadual e Escola Normal Dr. Adhemar<br />

de Barros e Instituto de Educação Barão<br />

de Rio Branco.<br />

Formou-se farmacêutico pela Faculdade<br />

de Farmácia e Odontologia de Araraquara,<br />

atual Faculdade de Ciências<br />

Farmacêuticas da Unesp, em 1960.<br />

Pozetti se notabilizou na Homeopatia.<br />

Ele conta que certa vez, voltando<br />

de ônibus para Araraquara,<br />

sentou-se ao<br />

lado de um rapaz. Segundo<br />

ele, foi a mão<br />

O agradecimento de Gilberto Pozetti pela homenagem<br />

de Deus que o colocou ali junto ao<br />

médico homeopata Izao Carneiro, que<br />

vinha de São Paulo para abrir consultório<br />

em Araraquara e Ribeirão Preto.<br />

Com ele, montou um grupo de estudos<br />

frequentado por vários estudantes de<br />

Farmácia. Os encontros culminaram na<br />

criação do Instituto François Lamasson<br />

para formação de profissionais especializados<br />

em homeopatia, e além de<br />

membro fundador, foi professor e vicepresidente.<br />

Autor da lei que cria o Dia Municipal<br />

do Farmacêutico, o parlamentar Yashuda<br />

destacou que a Comenda indicada pelo<br />

Conselho Regional, é um reconhecimento<br />

da classe farmacêutica àqueles que se<br />

destacam na profissão. “A primeira foi entregue<br />

em 2015 a Arnaldo Buainain, que<br />

foi pioneiro e por cinco décadas em seu<br />

laboratório, contribuiu para o diagnóstico<br />

da saúde em Araraquara. Agora é a vez<br />

de Gilberto Pozetti, professor-titular de<br />

Química Orgânica da Faculdade de Ciências<br />

Farmacêuticas da Unesp. É uma honraria<br />

digna e merecida por seu extenso<br />

currículo”, completou.<br />

Pozetti com seus familiares<br />

e os vereadores Edna<br />

Martins e Jéferson<br />

Yashuda, autor da lei que<br />

homenageia anualmente<br />

os farmacêuticos da cidade<br />

38


Vidros<br />

Saiba quais são as vantagens<br />

de instalar o isofilm (películas<br />

de proteção solar para vidros)<br />

em sua residência!<br />

O ISOFILM RESIDENCIAL TRAZ UMA<br />

SÉRIE DE VANTAGENS, E ESTÁ CADA VEZ<br />

MAIS PRESENTE NAS CONSTRUÇÕES E<br />

REFORMAS DE CASAS E APARTAMENTOS.<br />

Quando falamos em ISOFILM, a primeira<br />

coisa que vem à mente da maioria<br />

das pessoas, é uma película instalada<br />

nos vidros dos carros escurecendo-os,<br />

mas essa proteção e privacidade também<br />

pode ser instalada em janelas e portas de<br />

residências ou empresas, por exemplo.<br />

Entenda o que é a película de<br />

proteção solar para vidros, mais<br />

conhecida com ISOFILM<br />

O ISOFILM arquitetônico segue a mesma<br />

linha dos ISOFILMS utilizados para<br />

janelas de carros e outros veículos. A diferença<br />

é que esse tipo de película é fabricada<br />

por meio do processo chamado<br />

de SPUTTERIG, onde metais e ligas são<br />

encravados no poliéster com precisão<br />

controlada. Esse processo resulta na estabilidade<br />

de cor e performance do produto<br />

por muitos anos.<br />

Para instalar ISOFILM residencial, não<br />

é necessário que esteja no projeto inicial<br />

de construção ou reforma, podendo ser<br />

instalado a qualquer momento.<br />

Para que a película seja instalada corretamente,<br />

é necessário que as casas ou prédios,<br />

tenham um determinado tipo de janela<br />

para que a folha de adesivo seja instalada,<br />

sem que exista o risco de formar bolhas de<br />

ar ou tenha qualquer irregularidade que<br />

possa acabar rasgando o material.<br />

Além disso, é muito importante que o<br />

ISOFILM Residencial seja instalado sempre<br />

por uma equipe especializada na<br />

instalação desse tipo de material. As películas<br />

são muito sensíveis, e qualquer erro<br />

no momento da instalação do material na<br />

janela, pode acarretar em um grande prejuízo<br />

financeiro para o consumidor, especialmente<br />

se esse problema for percebido<br />

depois do término do serviço.<br />

Diferenciais do ISOFILM<br />

Residencial: As características finais<br />

sempre vão depender do modelo escolhido,<br />

mas, na grande maioria dos casos,<br />

as películas que podem ser instaladas em<br />

janelas de casas e apartamentos contam<br />

com algumas vantagens em comum.<br />

A primeira delas é a privacidade que<br />

as pessoas que moram em casa ou apartamento<br />

vão ganhar durante o dia, pois<br />

quem estiver do lado de fora não consegue<br />

ver o que está acontecendo do lado interno,<br />

enquanto quem está dentro, consegue<br />

enxergar normalmente o lado exterior. Por<br />

isso, esse tipo de ISOFILM Residencial é<br />

muito útil para quem possui imóveis com<br />

uma grande quantidade de janelas e vidros,<br />

pois com certeza, aumentará a segurança<br />

de sua residência.<br />

Essa película também permite um<br />

melhor controle da temperatura interna<br />

da residência durante os dias mais quentes<br />

do ano. O ISOFILM consegue barrar<br />

grande parte dos raios UV emitidos pelo<br />

sol e, com isso, o aquecimento interno cai<br />

consideravelmente, aumentando assim o<br />

rendimento do ar condicionado, e consequentemente,<br />

economizando energia.<br />

O melhor de tudo é que dessa forma<br />

e controle de temperatura fica mais barato,<br />

uma vez que não necessita de energia<br />

elétrica para funcionar, ao contrário do ar<br />

condicionado, por exemplo.<br />

Como o ISOFILM consegue barrar a<br />

entrada dos raios ultravioletas, consequentemente<br />

os moradores também poderão<br />

verificar maior durabilidade dos<br />

seus móveis, uma vez que o sol é um grande<br />

responsável pelo desgaste natural dos<br />

itens que compramos para nossa casa.<br />

Muitas pessoas ainda não sabem que a<br />

incidência de luz do sol pode estragar o<br />

interior de uma residência, incluindo pisos<br />

de madeira, sofás, cortinas, mobília, etc.<br />

Portanto, o ISOFILM arquitetônico<br />

pode ser um excelente investimento para<br />

a sua casa ou apartamento. Além de ganhar<br />

mais privacidade e ter um controle<br />

de temperatura mais barato, o imóvel ainda<br />

é valorizado e fica muito mais bonito<br />

para quem enxerga pelo lado de fora.<br />

Hoje em dia, o ISOFILM é muito solicitado<br />

por arquitetos e decoradores, pois garante<br />

um resultado incomparável...<br />

39


40


COLCHÕES<br />

QUAL TAMANHO CERTO DAS<br />

M<strong>ED</strong>IDAS DE UM COLCHÃO?<br />

Medidas padrões no Brasil<br />

para colchões e cama box:<br />

0,60 x 1,30 m - Berço Infantil<br />

0,70 x 1,30 m - Berço Infantil<br />

0,70 x 1,50 m - Berço Infantil<br />

0,78 x 1,88 m - Solteiro<br />

0,88 x 1,88 m - Solteiro<br />

1,28 x 1,88 m - Casal<br />

1,38 x 1,88 m - Casal<br />

1,58 x 1,98 m - Queen Size<br />

1,86 x 1,98 m - King Size<br />

1,93 x 2,03 m - King Size<br />

M<strong>ED</strong>IDAS ESPECIAIS PARA COLCHÃO:<br />

Qualquer colchão com outra medida que<br />

não seja a medida de colchão do Brasil (ao lado<br />

mencionado), poderá ser conseguida com a fabricação<br />

de um colchão com medida especial<br />

fornecida pelo cliente, nas mais diversas marcas.<br />

Você pode fazer o seu colchão e sua cama box<br />

na medida de sua necessidade personalizada.<br />

Para fazer seu colchão sob medida pode ser alterado<br />

a largura e o comprimento e deverá manter<br />

a altura padrão do colchão de sua escolha .<br />

Os colchões de molas e ortopédicos não podem<br />

ser alterados na altura pela razão de perderem<br />

totalmente a sua qualidade de conforto por<br />

estar alterando a sua estrutura das camadas de<br />

revestimento.<br />

Tenha atenção com o tamanho do colchão<br />

na hora da compra.<br />

Você encontrará os colchões das maiores<br />

marcas e ainda sob medida em nossa<br />

loja especializada em colchões.<br />

Os colchões de espuma podem ser<br />

alterados na altura, sempre respeitando<br />

algumas regras:<br />

O colchão com pilow top de espuma<br />

não poderá ter menos 20cm de altura,<br />

abaixo disso será sempre sem pilow top.<br />

O mínimo de altura ideal para um<br />

colchão de espuma será com 0,12cm de<br />

altura, abaixo disso comprometerá suas<br />

funções de qualidade de conforto.<br />

Os colchões podem variar nas medidas<br />

de fabricação (comprimento x largura)<br />

em mais ou menos, 2cm conforme as<br />

regras da ABNT (Associação Brasileira de<br />

Normas Técnicas).<br />

Lembramos que a medida de seu colchão<br />

deverá ser sempre menor 2cm que<br />

as medidas de uma cama tradicional, exceto<br />

a cama box, que o colchão deverá ter<br />

a mesma medida.<br />

Fonte: http://www.colchaocostarica.com.br/dicas-de-sono/qual-tamanho-certo-das-medidas-de-um-colchao-30.html<br />

41


PARA CADA PROJETO UM TELHADO DIFERENTE<br />

TELHADO APARENTE, PLATIBANDA<br />

OU LAJE IMPERMEABILIZADA? ESCOLHA O SEU.<br />

DICAS DA ARQUITETA E URBANISTA PATRÍCIA MORAES DA APARATTO ARQUITETURA E INTERIORES SOBRE<br />

TELHADOS. DIFERENÇAS, VANTAGENS E DESVANTAGENS.<br />

TELHADO APARENTE<br />

A cobertura com telhas segue uma<br />

proposta mais clássica, mas que<br />

pode variar em estilos, dependendo<br />

do tipo de telha utilizada: ondulada<br />

em fibrocimento, colonial, francesa,<br />

romana, de concreto, madeira<br />

tratada, de material reciclado, com<br />

ou sem moldura, etc. Variam de<br />

estilo e custo.<br />

Sua maior vantagem é justamente<br />

essa variedade de opções, facilidade<br />

de instalação e a possibilidade de<br />

beirados que servem de proteção<br />

para aberturas e paredes.<br />

LAJE DE COBERTURA<br />

Você também pode optar pela laje<br />

de cobertura, impermeabilizada ou<br />

revestida, sem a necessidade de ter<br />

um telhado escondido. Os métodos<br />

atuais de impermeabilização são<br />

42


muito eficientes e têm vida útil em<br />

torno de 10 anos (consultar garantia<br />

fornecedor).<br />

A grande vantagem desta opção é a<br />

possibilidade de utilizar a cobertura<br />

como espaço de lazer, jardim<br />

suspenso, telhado verde; se você<br />

tiver uma vista privilegiada, pode se<br />

tornar um belo mirante.<br />

Uma desvantagem, dependendo<br />

da localização da obra pode ser a<br />

questão térmica, pois pode aquecer,<br />

portanto existe uma economia com<br />

telhado, mas deve ser feito um<br />

estudo prévio das características<br />

geoclimáticas.<br />

TELHADO COM PLATIBANDA<br />

Uma tendência mais moderna são<br />

casas com telhado embutido ou com<br />

platibanda, que combinam bem<br />

com linhas retas, pois escondemos<br />

a inclinação das telhas por trás de<br />

uma platibanda, assim temos uma<br />

proposta mais limpa de fachada.<br />

A maior vantagem de telhados<br />

com platibanda é a utilização de<br />

telhas mais simples (fibrocimento)<br />

e uma estrutura de madeira mais<br />

leve para sustentá-la ou até mesmo<br />

uma estrutura metálica, pois tudo<br />

ficará escondido pela platibanda,<br />

além do telhado não aparecer,<br />

fica “protegido”. Mas você deve<br />

ter cuidado em alguns detalhes de<br />

execução, como inclinação ideal e<br />

sistema de escoamento. Veja um<br />

esquema abaixo, mas cada situação<br />

deve ser analisada.<br />

Fonte: http://aparattoarquitetura.blogspot.com.br/2013/09/telhado-aparente-platibanda-ou-laje.html<br />

43


44


(1957) Picolim, Mário, China, Gastão, Moacir, Perci e Dinho; Hélio, Euzébio, Baiano, Luizinho Gonçalves, Paraguaio e Lamante (massagista)<br />

GRANDES CLUBES DA NOSSA TERRA<br />

Ferroviária: time amador com<br />

Picolim, foi o começo de tudo<br />

Um ano depois de ser fundada em<br />

abril de 1950, é que a Ferroviária se<br />

deu conta que precisaria formar a<br />

base, criando jogadores da própria<br />

cidade e região para manter a<br />

estrutura de um bom time de futebol.<br />

Para isso, descobriu Djalma Bonini,<br />

o “Picolim”, apelido que lhe foi<br />

dado quando ainda jovem, dada a<br />

semelhança com um palhaço nos<br />

tempos de Arrelia e Pimentinha.<br />

Picolim, de fato era assim: sujeito<br />

bonachão, pessoa sem maldade,<br />

bondoso, simples, que gostava<br />

de fazer o bem e não gostava de<br />

prejudicar ninguém.<br />

No futebol, logo que chamado por<br />

Pereira Lima, então presidente,<br />

apressou em montar o time<br />

amador da Ferroviária. No começo<br />

a equipe se tornou saco de<br />

pancadas, pois basicamente jogava<br />

com funcionários da Estrada de<br />

Ferro Araraquara. De uma das<br />

derrotas, Picolim nunca esqueceu:<br />

8 a 0, aplicado pelos rapazes do<br />

Mirassol, num amistoso de 1952,<br />

com direito ao show particular do<br />

menino Bazani, que impressionou<br />

o treinador. Picolim até que tentou<br />

trazer o garoto para Araraquara,<br />

mas ele ainda passou por outras<br />

equipes e Picolim teve que esperá-lo,<br />

pois Bazani jogou na Mogiana, de<br />

Campinas, por um ano, e disputou o<br />

Campeonato Amador Regional pelo<br />

Grêmio Esportivo Monte Aprazível.<br />

Em 9 de dezembro de 1953 assinou<br />

seu primeiro contrato profissional<br />

para defender o Rio Preto no<br />

Campeonato Paulista da Segunda<br />

Divisão. Permaneceu lá durante seis<br />

meses, quando recebeu proposta<br />

para atuar no Fluminense, do Rio<br />

de Janeiro. Porém, antes de acertar<br />

com o clube carioca, os amigos<br />

45<br />

China e Ico, ambos de Mirassol,<br />

iam fazer testes na Ferroviária e o<br />

convidaram a participar. Picolim,<br />

que já o conhecia, o convenceu a<br />

ficar em Araraquara. Bazani ficou no<br />

time amador de Picolim, até que o<br />

técnico Renganeschi o promoveu ao<br />

time principal para substituir o ponta<br />

esquerda Boquita, assinando seu<br />

primeiro contrato com a AFE em 30<br />

de dezembro de 1954.<br />

A partir daí a estrela de Picolim<br />

passou a brilhar. E não parou mais:<br />

Toninho, Faustino, Dudu, Pio e tantos<br />

outros que ao saírem do Amador,<br />

se transformaram em nomes<br />

importantes do futebol brasileiro.<br />

Para outros, a formação dada por<br />

Picolim serviu para transformá-los<br />

em cidadãos íntegros, grande parte<br />

empresários ou personalidades<br />

nos diversos setores da atividade<br />

profissional.


AMADOR DA FERROVIÁRIA<br />

Celeiro de craques desde<br />

a sua fundação em 1950<br />

Jornais e revistas a partir de<br />

1959 passaram a destacar que<br />

“o interior paulista revelava<br />

craques”. Numa destas edições<br />

aparecem Faustino e Dudu<br />

que passaram pelas mãos de<br />

Picolim, sendo considerados<br />

nomes importantes do futebol<br />

brasileiro. A Ferroviária se<br />

mostrava então um ninho de<br />

craques para o Brasil.<br />

O legado deixado por Antônio Tavares<br />

Pereira Lima para Araraquara não<br />

tem valor e nem nível que qualquer divisão<br />

possa afrontá-la. Seremos sempre<br />

o guia para conduzi-la onde for, nunca<br />

deixando de ser o carvão de sua caldeira<br />

e fazendo com que os vagões não se<br />

descarrilhem.<br />

Hoje, o torcedor que vislumbra com<br />

o manto pelas ruas pode se sentir invejado<br />

daqueles que nem davam bola ao<br />

clube que ostentou por muitas décadas<br />

a cidade, com partidas brilhantes, desfile<br />

de jogadores de seleção brasileira<br />

e podendo ver a atmosfera que um estádio<br />

de futebol consegue produzir de<br />

forma descomunal.<br />

Muitos jovens intrépidos fizeram<br />

parte desta Academia do Interior. Quer<br />

prova disso? Em publicação do jornalista<br />

Gonçalves Filho no jornal “O Imparcial”<br />

em 08/03/1951, ficou decidido<br />

por anúncio feito na residência do presidente<br />

afeano Pereira Lima, que o time<br />

disputaria o seu primeiro campeonato<br />

amador daquele ano, organizado pela<br />

LAF (Liga Araraquarense de Futebol),<br />

escolhendo os futuros atletas para o<br />

futebol profissional. Chegamos então<br />

à conclusão que o quadro amador foi<br />

instituído antes do profissional.<br />

A primeira vez em que o escrete<br />

grená entrou em campo foi no dia<br />

08/04/1951, fazendo a preliminar do<br />

jogo Paulista FC x Monte Azul. Na estreia,<br />

a Ferroviária perdeu para o segundo<br />

time do Paulista pelo placar de 3<br />

a 1. O gol marcado pela Ferrinha foi de<br />

Wilson Pedroso, o Indio, foi pelo menos oito<br />

vezes campeão pelas categorias de base da<br />

Ferroviária; um destes títulos veio em 1961,<br />

para então iniciar uma peregrinação pelo<br />

futebol paulista. Com Faustino ele jogou no<br />

Bragantino, em 1970 e 1971.<br />

Faustino e Dudu saíram do Amador da<br />

Ferroviária, chegaram ao time de cima,<br />

e se encontraram depois em jogo do São<br />

Paulo e Palmeiras, no Morumbi<br />

Monte II. A equipe foi a campo com Zé<br />

Carlos; Binho e Fincati (Bijou); Gastão<br />

(Tamoio), Barquete e Miguel; Abacaxí,<br />

Ministro, Caxambú, Rim e Monte II.<br />

Isso mostra que o futebol amador<br />

é importante para ser a base de uma<br />

grande equipe. De lá é que saem os futuros<br />

profissionais. Isso acontecia em<br />

décadas passadas. Muitos torcedores<br />

questionam a forma como isso foi parar.<br />

Praticamente, não se existe mais<br />

o amadorismo como era antes, do promissor<br />

jogador sair do chapadão até ir<br />

rumo a uma Ferroviária, por exemplo.<br />

Os que percorreram este caminho têm<br />

muita sorte e competência para seguir<br />

a vida dentro e fora do campo. O dinheiro<br />

não falava alto naquela época, mas<br />

precisava dele para se sustentar.<br />

Time amador da<br />

Ferroviária, disputando<br />

o campeonato da<br />

cidade em 1958: Mário<br />

Tagliacozi, Nego, China,<br />

Moacir, Ari Bacari e<br />

Lota; Euzébio, Helinho,<br />

Brotero, João Carlos e<br />

Onofre Larocca. Não<br />

havia salário para<br />

os atletas, apenas<br />

a promessa de que<br />

poderiam galgar o<br />

time de cima, em uma<br />

época que estavam<br />

surgindo muitos atletas,<br />

dois anos depois da<br />

Ferroviária subir para a<br />

Divisão Especial<br />

Geraldo Moreira, o terceiro da esquerda para<br />

a direita, foi um dos nomes mais expressivos<br />

da crônica esportiva, cobrindo apenas o futebol<br />

amador pelo Diário da Araraquarense<br />

46


Bazani, Euzébio, Zé Maria, Cardarelli, Rodrigues, Beny, Fia e os filhos do prefeito da Ilha da<br />

Madeira que ofereceu um coquetel em sua casa (excursão da Ferroviária pela Europa em 1960)<br />

SURGE NO AMADOR UMA<br />

PANTERA: EUZÉBIO<br />

A década de 50 foi um marco com<br />

a criação da Associação Ferroviária de<br />

Esportes. Potência e força não faltavam<br />

ao time que já buscava o sonhado<br />

acesso à Divisão Especial do Paulistão.<br />

Todos sabem que o feito seria conquistado<br />

em 1955, após vencer o Botafogo<br />

de Ribeirão Preto por 6 a 3, na Fonte<br />

Luminosa.<br />

Mas foi um marco também para<br />

um futuro jogador que ainda dava os<br />

seus primeiros passos na cidade. A família<br />

Bonifácio veio de Tabatinga e se<br />

instalou em uma fazenda próxima ao<br />

estádio grená, o que facilitou a vida do<br />

então menino Euzébio.<br />

O garoto logo se enturmou e fez<br />

parte do juvenil do Primavera e Bangu,<br />

times que ficavam próximos de sua<br />

casa. O time treinava onde está localizado<br />

hoje, o Ginásio Castelo Branco, o<br />

Gigantão.<br />

“Havia uma figueira gigantesca perto<br />

do campo e fazíamos daquilo o nosso<br />

vestiário. Certo dia, um amigo mudou<br />

a minha vida. A sua idade no time da<br />

Ferroviária tinha estourado e ele me indicou<br />

para fazer parte do time infantil”.<br />

Euzébio hoje em sua casa lembrando do<br />

passado na Ferroviária<br />

E a carreira deslanchou. Em seu<br />

primeiro ano, o meia-direita conquistou<br />

título pela categoria e não demorou<br />

muito para que chamasse a atenção de<br />

Picolim. “Em 1954 eu estava no juvenil<br />

e em 57 no amador da Ferroviária. O Picolim<br />

olhou para mim e jogou a camisa<br />

do time, sem número. Aquilo tudo aconteceu<br />

de forma muito rápida”.<br />

O iluminado jogador fez parte do<br />

time que conquistou o tricampeonato<br />

amador (1957-58 e 59), além de integrar<br />

a seleção amadora da cidade que<br />

tinha Dudu na equipe.<br />

Porém, em 1958, Euzébio ficaria<br />

conhecido como o primeiro autor do<br />

gol noturno na Fonte Luminosa. Na préinauguração<br />

dos refletores do estádio em<br />

8 de outubro de 1958, contra a Ponte<br />

Preta, o camisa 7 entrava para a história:<br />

“Uma bola chutada bateu na trave e<br />

voltou dentro da pequena área. Sobraram<br />

eu e a bola, mas a marcação estava<br />

vindo. Acabei indo de carrinho, chegando<br />

a trombar com o zagueiro. Todos<br />

os jogadores vieram comemorar comigo<br />

e eu não estava com o pensamento<br />

nos refletores. Depois que a ficha caiu”.<br />

O placar terminou em 3 a 1 para a<br />

Ferroviária. Os feitos de Euzébio não<br />

pararam por aí. O lugar no time principal<br />

da Ferroviária estava garantido. Seu<br />

entusiasmo aumentou quando o clube<br />

excursionaria pela Europa no início da<br />

década de 1960. Quase desacreditado,<br />

o jogador recebeu a notícia, vinda de<br />

Arnaldo de Araújo Zocco, o Cana, que<br />

mudaria a sua vida.<br />

Primeiro jogo internacional e vitória da Ferroviária<br />

sobre o Nacional, por 4 a 3, em 14 de abril de<br />

1960, na Ilha da Madeira. Um dos gols foi<br />

marcado por Euzébio.<br />

47


PARA EUZÉBIO A FICHA<br />

FOI CAIR TEMPOS DEPOIS<br />

“Eu estava treinando com o<br />

time. O “seo” Cana chegou<br />

perto do alambrado, me<br />

chamou e disse “você vai<br />

viajar”. Eu entrei em choque.<br />

Foi uma alegria imensa<br />

fazer parte daquele time que<br />

excursionou para a Europa”.<br />

Parecia que Euzébio, com o nome do<br />

Pantera Negra do Benfica, teria um futuro<br />

brilhante, mas em 1964 mudou- se de<br />

cidade e finalizou a carreira aos 19 anos.<br />

“Naquele ano eu consegui meu passe<br />

livre junto ao Pereira Lima. Comecei<br />

a perder espaço no time e queria continuar<br />

jogando. Foi quando conheci a<br />

minha namorada e nos mudamos para<br />

Franca. Fiz Tiro de Guerra lá e joguei<br />

também pela Francana. Mas nunca deveria<br />

ter deixado a Ferroviária. É uma<br />

coisa que me arrependo”.<br />

MAURO SOLSSIA E OS NOVOS<br />

TEMPOS DO NOSSO AMADOR<br />

A passagem do empresário Mauro<br />

Solssia foi rápida pelo time amador da<br />

Ferroviária. Não que ele não quisesse<br />

O empresário Mauro Solssia<br />

exibe com orgulho os troféus<br />

conquistados ao longo da<br />

sua carreira como atleta em<br />

campeonatos internos do Clube<br />

Araraquarense e Clube Náutico.<br />

Proprietário de uma corretora bem<br />

sucedida no mercado, ele relembra<br />

com carinho sua passagem pelas<br />

categorias de base da Ferroviária.<br />

A atividade ainda jovem como<br />

corretor e os estudos, fizeram com<br />

que ele abandonasse o futebol.<br />

continuar jogando. Pelo contrário. Se<br />

fosse nos moldes que vemos hoje, com<br />

certeza seria diferente para ele e outros<br />

milhares de jogadores de futebol.<br />

“Na época, já trabalhava na área de<br />

seguros com outra pessoa. No futebol<br />

não se pagava, principalmente o que<br />

se paga na atualidade. Precisava me<br />

sustentar. Então, no fim de 1976, com<br />

22 anos, decidi pendurar as chuteiras”,<br />

destaca o agora proprietário da Solssia<br />

Corretora de Seguros.<br />

Mesmo encerrando a carreira precocemente,<br />

o preparador físico da época<br />

do time principal, Bebeto de Freitas,<br />

elogiou o ex-zagueiro para o novo treinador,<br />

muito conhecido pelos brasileiros<br />

da época, Aymoré Moreira. “Quando<br />

o Vail Mota saiu e o Aymoré Moreira<br />

entrou como técnico da Ferroviária, o<br />

Bebeto, que gostava do meu estilo de<br />

jogo, falava pra eu voltar e pediu para<br />

que eu treinasse no time principal. Fiquei<br />

por quinze dias e posso dizer que,<br />

durante este tempo, o Aymoré foi o melhor<br />

treinador com quem já trabalhei. A<br />

visão dele pelo futebol era diferenciada.<br />

Mesmo assim, não deu para seguir<br />

no futebol por causa do trabalho e dos<br />

estudos”.<br />

Pelo time amador da Ferroviária,<br />

“Maurão” conquistou os títulos de<br />

1973 e 1975. O ex-jogador lembra o<br />

tempo em que o futebol amador tinha<br />

grande prestígio na cidade. “Por ser a<br />

Ferroviária, os outros times da cidade<br />

Olivério Bazani Filho,<br />

por muitos anos foi<br />

responsável pelos<br />

times de base da<br />

Ferroviária, um deles<br />

com: Adauto, Paulão,<br />

Coutinho, Jurandir,<br />

Mauro Solssia e Gil;<br />

Agachados - Marcuíra<br />

(Buíra), Ademir<br />

Barsaglini, Amendoim,<br />

Edson Miranda e Getil.<br />

Com círculo, Mauro<br />

Solssia e Buíra (ou<br />

Marcuíra).<br />

O atleta Mauro Solssia,<br />

amador na AFE em 74<br />

48


Ferroviária campeã amadora de 1975 - Vail Mota, José Eduardo, Arquimedes, Gil, Vicente,<br />

Mauro Solssia, Paulão, Aranha, Geovane, Adauto, Hastel, Celso, Chico, Tatinho, Ninha,<br />

Domingos, Picolim, Antenor, Gama e Baú; Agachados: Bazani, Morcego, Odair, Marcuíra, Ari,<br />

Marquinhos, Mané, Valmir, Edson Miranda, Joel, Ademir Barsaglini e Sebastião<br />

sempre entravam com mais vontade. O<br />

pessoal não gostava do nosso time até<br />

por ter uma equipe profissional. De rivalidade<br />

mesmo posso considerar jogos<br />

contra o Benfica, já que era do Carmo<br />

e a ADA era de lá também”.<br />

Outro aventureiro da bola que participou<br />

dos títulos da Ferroviária no<br />

amador foi Marcos Brandão da Silva,<br />

o popular Buíra. Nas ruas e nos campos<br />

batidos, começou a ter os primeiros<br />

contatos com o futebol. Certo dia,<br />

jogando no campo do ACCO, Paschoal<br />

Gonçalves da Rocha observou o menino<br />

franzino e despertou o interesse em<br />

levá-lo para a Ferrinha.<br />

“Ele me levou para o dentão da<br />

Ferroviária e de lá eu não saí mais. Em<br />

1970, em uma partida de aspirantes<br />

em Ribeirão Preto, o Vail Mota acompanhou<br />

o time e me viu jogar. Após a<br />

partida, ele conversou comigo e disse<br />

que me queria no time”.<br />

Em 1972, com 16 anos, Buíra estava<br />

no time amador da AFE e se juntou a<br />

um seleto grupo de jogadores que contribuíram<br />

para a história grená. Mas a<br />

carreira do ex-meia-direita durou pouco<br />

tempo.<br />

“Depois do título amador, em 1975,<br />

eu tinha 19 anos e queriam que eu fosse<br />

para o time principal da Ferroviária.<br />

Porém, a família pesou na hora da decisão.<br />

Era complicado ficar viajando e<br />

deixar eles pra trás”.<br />

Buíra recebeu diversos convites de<br />

Bazani para voltar à Ferroviária, mas<br />

sem sucesso. Com estudos bancados<br />

pelo Dr. Crocce na época, o jovem jogador<br />

defendeu as cores do Santana. “Ele<br />

me ajudou muito e continuei jogando<br />

bola por aqui mesmo. Sempre insistiam<br />

para eu voltar, mas decidi optar pelos<br />

estudos e o trabalho”.<br />

Uma das grandes promessas da cidade<br />

foi irredutível. Chegou a receber<br />

até propostas de Portuguesa e Corinthians,<br />

que tinham olheiros no futebol<br />

amador da cidade, mas “o não” estava<br />

sempre na ponta da língua. O sucesso<br />

de Buíra ficou por aqui, como mais um<br />

filho de Araraquara.<br />

Buíra com a mãe,<br />

dona Clotilde. O pai<br />

de Buíra, “seo Dito”<br />

ou simplesmente<br />

Escurinho (já falecido),<br />

era um dos mais<br />

ardorosos torcedores<br />

da Ferroviária, desde<br />

os tempos da Cantina<br />

do Nhô Bento, na Rua<br />

Gonçalves Dias esquina<br />

com a São Paulo,<br />

depois Lanchonete do<br />

Hotel Uirapurú. Hoje, o<br />

ex-jogador do Amador<br />

da Ferroviária pode ser<br />

visto no quiosque da<br />

Santa Cruz vendendo<br />

lanches.<br />

49


SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />

TORI KITAMURA<br />

TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />

A senhora dos Pastéis Kitamura<br />

Possuidora de nobres<br />

qualidades, sua vida foi uma<br />

série de constantes lutas e<br />

vitórias. Pertenceu a uma das<br />

mais tradicionais famílias da<br />

colônia japonesa, especialista<br />

em preparar um pastel. Fez<br />

parte da história da cidade,<br />

granjeando amizades e<br />

esbanjando otimismo.<br />

Tori Kitamura, também conhecida<br />

carinhosamente como Maria, nasceu em<br />

10 de abril de 1902 em Kimamoto Ken,<br />

no Japão. Era filha primogênita de Kenzo<br />

e Moto Hayshida e tinha quatro irmãos,<br />

dois homens e duas mulheres. A família<br />

sempre se manteve muito unida e prestativa<br />

às pessoas que a rodeavam. Na infância,<br />

Tori estudou nas escolas do Japão<br />

por sete anos.<br />

Em 1928, ainda em sua terra natal,<br />

casou-se com Massao Kitamura, e logo<br />

no ano seguinte, 1929, o casal desembarcava<br />

no Brasil, vindo a trabalhar na<br />

lavoura, na região da Mogiana.<br />

O nome de Tori Kitamura hoje está<br />

presente em um dos bairros mais<br />

populosos de Araraquara: o Cecap,<br />

que significa Companhia Estadual de<br />

Casas Populares.<br />

Ainda hoje, quando voltamos<br />

os olhos para o passado, época<br />

dos nossos avós e pais, devemos<br />

imaginar que estes orientais pioneiros<br />

viveram uma vida de agruras,<br />

derramando sangue, suor e<br />

lágrimas para vencer os obstáculos.<br />

Fatos inarráveis em poucas<br />

palavras que ficaram em uma história<br />

que agora nos leva a compreender<br />

o passado e enaltecer seus<br />

descendentes que continuam a<br />

honrar os ensinamentos deixados<br />

pelos imigrantes japoneses entre eles, a<br />

paciência e a dedicação ao trabalho com<br />

honestidade acima de tudo.<br />

No início da década de 1930 chegaram<br />

a Araraquara para recomeçar a vida.<br />

Dessa vez em outra atividade, abraçando<br />

o ramo da pastelaria. Como todo o começo<br />

é difícil, o casal passou a comercializar<br />

seu produto (pastel) nos mais diferentes<br />

pontos da cidade (ambulantes), e mais<br />

Tori Kitamura, o marido<br />

Massao e o filho Alcides; ainda<br />

no interior da pastelaria da<br />

Avenida São Paulo, na década<br />

de 50 - na mesa do fundo,<br />

Hitocachi (tintureiro), Mário<br />

H. Arita (hoteleiro) e Honda<br />

(comerciante); na frente um<br />

cliente.<br />

50


Familiares de Tori: Carlos Kiyochi (neto), Maria Aparecida Kitamura<br />

(nora), Henrique (bisneto), Kengi (bisneto), Denise Tori (neta) e<br />

Guilherme que está no colo (bisneto), Vinicius (bisneto) e Lisandro<br />

Massao (neto)<br />

Vinicius, Guilherme (no colo), Henrique e Kenji continuam seguindo<br />

como formadores da nova geração dos Kitamura’s, predestinada<br />

certamente, a honrar as tradições e os costumes de uma família tão<br />

querida em Araraquara<br />

tarde, Massao e Tori montaram seu pequeno<br />

ponto de vendas na rua São Bento,<br />

local onde hoje está edificado o prédio<br />

do Banco Bradesco.<br />

Em 21 de setembro de 1937, na Av.<br />

São Paulo, entre as ruas 2 e 3, o casal<br />

abriu as portas de sua afamada pastelaria,<br />

a qual, por cinco décadas, atendeu<br />

com carinho e esmero sua enorme clientela.<br />

Foram 50 anos de muito trabalho,<br />

porém compensador, pois os dois conseguiram<br />

formar inúmeras amizades.<br />

Tori e Massao tiveram um único filho,<br />

Alcides, o qual nasceu em Araraquara<br />

no ano de 1938, e foi casado com Maria<br />

Aparecida de Andrade Kitamura. Alcides<br />

juntou-se aos pais, fortalecendo ainda<br />

mais a administração da pastelaria que<br />

se tornou tradicional em Araraquara.<br />

A família completa-se com quatro netos:<br />

Kátia Kiyoko, Carlos Kiyochi, Lisandro<br />

Massao e Denise Tori; e os bisnetos Estela,<br />

Vinicius, Henrique, Guilherme e Kengi.<br />

Tori Kitamura foi um exemplo de mulher<br />

dedicada, não só como esposa e mãe,<br />

bem como companheira de trabalho, auxiliando<br />

no sustendo do lar. Trabalhou até o<br />

último dia de sua existência terrena, falecendo<br />

na tarde de 10 de outubro de 1981,<br />

vítima de atropelamento na cidade. Seu<br />

esposo, Massao Kitamura, faleceu em 4<br />

de fevereiro de 1965, estando ambos sepultados<br />

no Cemitério São Bento.<br />

Seu nome está na rua através do<br />

Decreto n° 4401, de 26 de fevereiro de<br />

1982, que denomina Rua Tori Kitamura,<br />

a antiga Rua 1 do loteamento Parque do<br />

Cecap, neste município.<br />

Neta e bisneta mais velha, Katia e Estela<br />

Dois momentos da Rua Tori Kitamura: em 1983 e atualmente, onde se observa que reside a tranquilidade<br />

51


ATLETISMO<br />

Edmilson Escamilla, o flecha<br />

ligeira da cidade nos anos 60<br />

Em toda sua vida este atleta<br />

símbolo de Araraquara,<br />

participou 38 vezes da<br />

Corrida de São Silvestre e<br />

também das seletivas dos<br />

Jogos Panamericanos. Ele fez<br />

parte da equipe de atletismo<br />

da Ferroviária com Armando<br />

Clemente.<br />

Quando você vê uma criança correndo,<br />

da pra se ter uma ideia do que<br />

aquilo representa. Não é só felicidade,<br />

pureza e futuro, o quanto aquilo é espontâneo.<br />

Por que correr? Por que você<br />

corre? No cotidiano, sempre você quer<br />

ser mais rápido em fazer as coisas,<br />

se deslocando de um cômodo para o<br />

outro, ou simplesmente corre para se<br />

manter em formar ou se sentir livre em<br />

um período do seu dia para espairecer.<br />

Equipe da Ferroviária na disputa dos Jogos Abertos do Interior em Jundiaí, aparecendo entre<br />

os atletas, Escamilla e Zé Albino. O último à direita em pé, Laércio de Arruda Ferreira, o Pelica,<br />

que era da antiga CCE - Comissão Central de Esportes<br />

É por isso que o atletismo, principalmente<br />

a corrida, faz parte da nossa<br />

vida mesmo que você não perceba. E<br />

para aqueles que perceberam o quanto<br />

isso é importante?<br />

Edmilson lembra que na época,<br />

ocorriam eliminatórias para a São Silvestre<br />

em Araraquara. “Quando eu estava<br />

no colégio São Bento, o professor<br />

de Educação Física, Fernando Rocha,<br />

chamou a mim e o Juvino do Santos<br />

para integrar a sua equipe de corrida<br />

que treinava em uma minipista do<br />

DEFE (Departamento de Educação Física<br />

e Esportes), depois Escola Industrial<br />

e hoje Centro Paula Souza”, lembra Escamilla.<br />

Foi ali que o jovem de 21 anos<br />

dava seus primeiros trotes e começava<br />

a sonhar alto. Nos anos 60, o fundista<br />

Armando Clemente lhe dava uma oportunidade<br />

em sua equipe.<br />

A equipe na qual Clemente participou<br />

passaria a integrar a modalidade<br />

de atletismo do São Paulo Futebol<br />

Clube e disputou as eliminatórias, em<br />

São Paulo, dos Jogos Panamericanos<br />

de 1963, que seriam realizados no Rio<br />

de Janeiro. Durante esta disputa, Escamilla<br />

lembra de um fato marcante na<br />

carreira do seu grande ídolo, Clemente.<br />

“Um atleta apelidado de Catureba,<br />

do Vasco da Gama, acertou uma cotovelada<br />

covardemente em direção ao<br />

baço de Clemente e ele foi ao chão na<br />

hora. Anos depois, quando foi home-<br />

52


nageado em um evento na Biblioteca<br />

Municipal, fui falar com Clemente e<br />

recordei deste lance. Ele caiu no choro<br />

na hora. Talvez tenha sido o momento<br />

mais triste da carreira dele”, relembra.<br />

Em 1966, a equipe foi filiada à Ferroviária,<br />

podendo usufruir da estrutura<br />

da pista de atletismo que havia no entorno<br />

do gramado da Fonte Luminosa.<br />

A Ferroviária também começou a investir<br />

na natação, no basquete e no futebol<br />

do salão.<br />

“Na época, a Ferroviária precisava<br />

de um professor formado em Educação<br />

Física para ser líder da equipe. Fui chamado<br />

e passei a ser diretor de esportes<br />

terrestres da Ferroviária. Claro que<br />

o carro-chefe sempre era o futebol. Na<br />

maioria das reuniões pouco se falava<br />

das outras modalidades, mas conseguíamos<br />

uniformes, espaço para treino<br />

e, de vez em quando, o uso do ônibus<br />

para se locomover para outras cidades”,<br />

relembra Escamilla.<br />

E quem confeccionava os uniformes<br />

era a antiga Comissão Central de Esportes<br />

que, nos anos 80, passaria a ser<br />

conhecida como Fundesport. A equipe<br />

também contava com outros apoios de<br />

fora da instituição grená, como Bilica,<br />

diretor de esportes do SESI da época e<br />

que ajudou muito a equipe com equipamentos.<br />

Escamilla conta ainda que Clemente<br />

foi o melhor técnico da equipe que<br />

passou pelo atletismo da Ferroviária.<br />

E o exigente treinador não dava trégua<br />

para quem chegasse atrasado, punindo-os<br />

de forma bem curiosa.<br />

SEGUE<br />

Edmilson Escamilla um dos nomes que Araraquara guarda carinhosamente em sua história<br />

esportiva; fez do pedestrianismo a sua vida, mantendo lealdade aos que lhe ensinaram a arte<br />

de correr e praticar o esporte<br />

53


CONTINUAÇÃO<br />

“Toda vez que alguém chegava atrasado,<br />

o Clemente fazia a pessoa ficar<br />

na posição “patinho”, como a gente<br />

chamava. Ela era obrigada a andar agachada<br />

e dar a volta na pista inteira do<br />

lado do campo. Outro castigo era de<br />

ficar encurvado e encostar o dedo na<br />

ponta dos pés. Ele era bem rígido”.<br />

Na sua trajetória dentro do atletismo,<br />

Escamilla não se considerava um<br />

atleta de ponta, mas a competição favorita<br />

era sempre a São Silvestre, tanto<br />

que participou de 38 edições da corrida<br />

mais famosa do Brasil. Talvez o principal<br />

atleta do país daquele período foi<br />

Antônio Nogueira Azevedo, que era representante<br />

de Goiânia, mas o momento<br />

mais marcante na sua vida foi com<br />

um dos grandes nomes do atletismo de<br />

todos os tempos, Emil Zátopek.<br />

O ex-corredor araraquarense teve<br />

como espelho Clemente durante a sua<br />

vida e foi passando os ensinamentos<br />

aos seus alunos de educação física na<br />

Unesp, sempre na intenção de formar o<br />

caráter da pessoa e contribuir para seu<br />

aprendizado.<br />

“A maior alegria de ver um ex-aluno<br />

quando a gente o encontra pela rua, é<br />

vê-lo com sua esposa e filhos. Ali você<br />

tem certeza que parte de sua missão<br />

foi cumprida”.<br />

A Ferroviária para montagem<br />

da sua equipe de atletismo<br />

praticamente recorria aos alunos<br />

da antiga Escola Industrial e atletas<br />

que participavam das atividades<br />

do DEFE, do qual fazia parte<br />

o professor Laércio de Arruda<br />

Ferreira (Pelica). Assim foi com<br />

Muniz (Índio), Geraldo Polezze, um<br />

dos grandes velocistas da história<br />

da cidade, Uriel Pedroso e Edmilson<br />

Escamilla, em 1959.<br />

Escamilla hoje em sua casa<br />

Equipe na abertura<br />

dos Jogos Regionais<br />

na Fonte Luminosa,<br />

competição que<br />

reunia basicamente<br />

no passado,<br />

as cidades que<br />

compunham a<br />

Estrada de Ferro<br />

Araraquarense,<br />

de Araraquara até<br />

Jales, na beira do<br />

Rio Grande<br />

Os atletas Uriel Pedroso, Diogo Redondo, Edmilson Escamilla e Jovino dos Santos corriam pela<br />

Ferroviária e Armando Clemente, era contratado pelo Sesi<br />

54<br />

Hoje, o ex-atleta vê com bons olhos<br />

a safra que surge em Araraquara e região.<br />

“Além do fundista Marcelo Cabrini,<br />

o treinador Alex Sabino vem desenvolvendo<br />

um trabalho excelente com<br />

os atletas deficientes”. Sabino foi convocado<br />

para ser o treinador da seleção<br />

paraolímpica de atletismo, visando os<br />

jogos Rio <strong>2016</strong>.<br />

Escamilla pode não ter contribuído<br />

com títulos para a cidade, mas com certeza<br />

faz parte de um legado de dedicação<br />

e amor ao esporte, que jamais uma<br />

medalha seria capaz de contemplá-lo<br />

com esta façanha de ter desfrutado<br />

este período emblemático do esporte,<br />

ainda mais envolvendo a Ferroviária de<br />

Araraquara.


Trabalho feito de casa em casa<br />

Cidade decidiu entrar de<br />

corpo e alma na luta para<br />

acabar com a proliferação do<br />

Aedes. O primeiro bairro foi a<br />

Vila Xavier que neste ano é a<br />

região mais visada<br />

pelo mosquito.<br />

Mutirão contra o Aedes,<br />

guerra que não acaba<br />

O 1º Mutirão Regional<br />

de Combate ao Aedes aegypti<br />

foi realizado no dia 30<br />

de janeiro, na Vila Xavier,<br />

em Araraquara. Cerca de<br />

300 pessoas, entre agentes<br />

comunitários de saúde<br />

e de combate a endemias<br />

e voluntários, participaram<br />

da ação, iniciativa do grupo<br />

EPTV, com realização da<br />

Prefeitura de Araraquara e<br />

apoio da Unimed.<br />

O prefeito Marcelo Barbieri, acompanhado<br />

de vários secretários municipais,<br />

participou do mutirão. O prefeito<br />

percorreu a Alameda Paulista orientando<br />

os proprietários das lojas e distribuindo<br />

panfletos informativos.<br />

Divididos em grupos, os funcionários<br />

da Saúde e voluntários passaram<br />

de casa em casa e nos comércios no<br />

trecho que compreende da Alameda<br />

Paulista até a Rua 13 de Maio, entre as<br />

avenidas Santo Antônio e Octaviano de<br />

Arruda Campos, orientando a população<br />

sobre o combate ao Aedes aegypti<br />

e também sobre as doenças transmitidas<br />

pelo mosquito: dengue, zika e chikungunya.<br />

A comitiva percorreu uma parte da Vila<br />

Xavier, que é o bairro com maior incidência<br />

de casos neste ano, orientando os moradores<br />

como eliminar os criadouros de dentro de<br />

suas casas<br />

55


COLUNA<br />

ESPORTE É AVENTURA<br />

Treino de corrida<br />

A corrida é um dos esportes que mais conquista<br />

adeptos em todo o mundo. A prática da<br />

modalidade na rua, e com ela a realização de<br />

centenas de provas durante cada ano, movimenta<br />

um mercado milionário.<br />

Sempre aparecem muitas dúvidas sobre<br />

a prática da corrida. Abaixo vou responder as<br />

mais comuns e importantes.<br />

Quais os benefícios que a corrida proporciona?<br />

- Reduz a gordura corporal<br />

- Melhora a ansiedade e tensão<br />

- Melhora a qualidade do sono<br />

- Melhora a capacidade cardiovascular e<br />

pulmonar<br />

- Melhora os níveis de colesterol<br />

- Melhora a força de membros inferiores<br />

- Auxilia na prevenção da osteoporose<br />

- Diminui a pressão sanguínea<br />

Quanto tempo após iniciar a prática de<br />

corrida uma pessoa está preparada para disputar<br />

percursos de 15, 21 e 42 quilômetros?<br />

Se a pessoa já pratica outra atividade física<br />

e tem uma boa estrutura muscular, poderá<br />

alcançar qualquer um destes objetivos<br />

em cerca de 1 ano de treinamento sistemático.<br />

Caso seja sedentária, precisará de 3 a 6<br />

meses a mais para chegar a correr distâncias<br />

mais longas, já que esta pessoa terá que passar<br />

por um período que chamamos de período<br />

de adaptação nos primeiros meses.<br />

A musculação deve ser feita pelos adeptos<br />

da corrida para evitar o risco de lesões?<br />

A musculação é importante aos que querem<br />

correr ao longo da vida pois dá ao corpo<br />

uma melhor estrutura muscular para suportar<br />

todo o impacto, preserva as articulações e fortalece<br />

também os ossos.<br />

Porém, para aqueles que não gostam desta<br />

modalidade, é válido também experimentar<br />

outras, como o Pilates ou o treinamento<br />

funcional.<br />

Correr na esteira ou na rua?<br />

Qual a diferença entre correr ao ar livre<br />

(ruas, parques, clubes) e na esteira?<br />

É possível se preparar para uma prova de<br />

rua treinando apenas na esteira?<br />

Na esteira o chão passa embaixo de você<br />

enquanto na rua você deverá impulsionar seu<br />

corpo à frente. Ao ar livre deve-se considerar a<br />

resistência do vento, as irregularidades do terreno,<br />

a atenção dada aos imprevistos de estar<br />

correndo em ambiente externo, o que torna a<br />

corrida ao ar livre uma atividade mais dinâmica<br />

e mais parecida com a que se encontrará<br />

em uma prova de rua.<br />

Na esteira o treino é mais monótono.<br />

56<br />

Carlinhos Tavares<br />

Absolute Fit | 16 3114.8664<br />

Entretanto, controla-se melhor a velocidade,<br />

ritmo e inclinação do terreno. Sim, é possível<br />

se preparar para uma prova apenas utilizando<br />

a esteira. Mas o atleta terá de fazer uso<br />

da inclinação e variações de velocidades para<br />

aumentar o esforço que na rua com certeza<br />

é maior.<br />

Faça treinos intervalados com inclinações<br />

e outros mais longos durante toda a semana.<br />

Porém não recomendo esta prática 100%,<br />

porque os treinos mais proprioceptivos são de<br />

extrema importância na prevenção de lesão.<br />

O treino deve ser específico. Não é prudente<br />

treinar apenas na esteira, sendo que na<br />

hora da prova você estará na rua, enfrentando<br />

um terreno com desníveis e irregularidades<br />

não encontradas na esteira. E isso exigirá<br />

mais das musculaturas específicas ligadas à<br />

estabilidade articular. E elas sofrerão, já que<br />

não foram treinadas neste terreno.<br />

A recomendação é mesclar as 2 corridas,<br />

esteira/rua, caso seja mais cômodo fazer a<br />

maior parte dos treinos em esteira.<br />

Muitas pessoas dizem que nos dias em<br />

que praticam a corrida o apetite aumenta e,<br />

desta maneira, sentem mais dificuldade de<br />

manter a dieta. Correr dá mais fome? Verdade<br />

ou mito?<br />

Sim, correr dá fome como qualquer outro<br />

esforço e o engordar ou não dependerá do<br />

equilíbrio entre o que se come e o que se queima.<br />

Se houver crédito, a pessoa vai engordar<br />

com certeza.<br />

O importante é que a atividade física geralmente<br />

estimula a pessoa a comer melhor<br />

e consequentemente optará em mais qualidade<br />

do que quantidade, além de não querer<br />

jogar todo seu esforço fora. Na primeira hora<br />

após a atividade física, o que for ingerido será<br />

dirigido para a recuperação muscular. Por isso<br />

a importância de se consumir proteínas e carboidratos,<br />

mas sem exageros, porque senão<br />

teremos o depósito deste excesso como gordura.<br />

Para saber mais, como dicas de treino,<br />

etc., curta nossa página no Facebook (www.<br />

facebook.com/absolutefit). Neste canal, você<br />

leitor poderá interagir, compartilhar fotos e fazer<br />

perguntas.


MÃES E BEBÊS<br />

Araraquara terá a Casa<br />

da Gestante até julho<br />

A novidade se espalha pelo<br />

País e Araraquara passa a<br />

fazer parte do programa com<br />

o objetivo de humanizar o<br />

atendimento às mães e bebês,<br />

em um espaço específico.<br />

“A assistência que será oferecida a<br />

essas mulheres na Casa da Gestante,<br />

tem como referência os princípios da<br />

humanização preconizado pelo Ministério<br />

da Saúde, oferecendo condições<br />

de permanência, alimentação e acompanhamento<br />

pela equipe composta por<br />

enfermeiras, médicos e técnicos em enfermagem,<br />

podendo, ainda, contar com<br />

o apoio da psicologia, serviço social e<br />

nutricionista, que também integram a<br />

equipe multiprofissional”, comentou<br />

em janeiro, a superintendente da Gota,<br />

Regina Barbieri Ferreira.<br />

A Casa da Gestante de Araraquara,<br />

ideia que vem sendo implantada em<br />

várias cidades brasileiras, terá capacidade<br />

para 15 leitos e abrigará também<br />

mulheres na fase de latência do trabalho<br />

de parto que residem distante ou<br />

fora de Araraquara.<br />

Na segunda semana de janeiro,<br />

a Prefeitura iniciou a obra de reforma<br />

para implantação do projeto na Maternidade<br />

Gota de Leite, visando acomodar<br />

as mães, cujos bebês necessitam<br />

de internação acima de três dias e garantir<br />

a presença materna próxima ao<br />

filho para acompanhar sua evolução<br />

clínica, manter o aleitamento materno<br />

e, consequentemente, o vínculo afetivo.<br />

A Casa da Gestante funcionará no<br />

atual prédio da FunGota, na esquina<br />

da Rua Carlos Gomes, com a Avenida<br />

Duque de Caxias. As obras de reforma,<br />

nesta primeira fase, estão concentradas<br />

no piso térreo, que passa<br />

por adaptação das redes elétrica e hidráulica<br />

para receber o setor administrativo<br />

da Maternidade. Já no 1º andar<br />

serão construídos seis quartos, quatro<br />

banheiros, um posto de enfermagem,<br />

copa, expurgo e depósito.<br />

O prefeito Marcelo Barbieri, acompanhado<br />

do secretário de Obras Valter<br />

Rozatto, vistoriou a obra e destacou<br />

mais esse serviço que a Gota passa a<br />

oferecer às mulheres de Araraquara<br />

Dia de visita à Gota de Leite do prefeito<br />

Marcelo Barbieri e o secretário de Obras,<br />

Valter Rozatto para acompanhar as obras<br />

A mãe Naiade Cristina Seghetto com a filha<br />

na Maternidade Gota de Leite<br />

Foto: Sérgio Pierri<br />

e região, após a sua reabertura, em<br />

2012. “A Maternidade Gota de Leite é<br />

referência no atendimento às gestantes.<br />

Tem aprovação de 98% da população<br />

pela excelência no atendimento.<br />

Ela vem agregar ainda mais qualidade<br />

ao trabalho do hospital, garantindo o<br />

acolhimento humanizado e atenção às<br />

mães e aos bebês”, disse o prefeito.<br />

A Casa da Gestante integra uma das<br />

diretrizes da Rede Cegonha, que é uma<br />

estratégia do Ministério da Saúde para<br />

implementar uma rede de cuidados a<br />

fim de assegurar às mulheres, o direito<br />

ao planejamento reprodutivo e a atenção<br />

humanizada à gravidez, ao parto e<br />

ao puerpério, bem como assegurar às<br />

crianças, o direito ao nascimento seguro<br />

e ao crescimento e desenvolvimento<br />

saudáveis.<br />

De acordo com a Secretaria de<br />

Obras, a reforma é realizada pelo convênio<br />

com o Governo do Estado, com aditamento<br />

de R$ 448.936,21. A previsão<br />

de duração da obra é de três meses.<br />

57


M<strong>ED</strong>ICINA ESPORTIVA<br />

CRIOTERAPIA<br />

Ela reabilita atletas com<br />

suas técnicas específicas<br />

Quem acompanha o mundo esportivo já deve ter se<br />

deparado com alguns barris, ou até mesmo piscinas,<br />

cheias de água e gelo, com jogadores de futebol dentro<br />

delas logo após um treino intenso ou em um jogo oficial.<br />

Mas, qual a intenção de utilizar este método tão diferente?<br />

Em nossa cidade procuramos o médico Guido Tsuha,<br />

formado em Medicina Esportiva para explicar.<br />

A crioterapia abrange uma grande<br />

quantidade de técnicas específicas<br />

que utilizam o frio nas formas, líquido<br />

(água), sólido (gelo) e gasosa (gases)<br />

com o objetivo terapêutico de retirar<br />

calor do corpo. O termo significa, literalmente,<br />

“terapia pelo frio”. Qualquer<br />

tipo de uso do gelo ou de aplicações do<br />

frio com objetivos terapêuticos é, dessa<br />

forma, crioterapia.<br />

Com isso, o método consiste em<br />

retirar a temperatura corporal para minimizar<br />

os efeitos dos microtraumas e<br />

aumentar o bem-estar dos atletas. O<br />

que se tem popularizado, principalmente<br />

no futebol, é a imersão em águas de<br />

baixa temperatura.<br />

“Barril ou uma piscina com água e<br />

gelo acabam sendo os métodos adotados<br />

pela praticidade. Há também as<br />

câmaras frias em grandes centros esportivos,<br />

mas o uso não é tão frequente<br />

pelos outros métodos serem mais<br />

simples”, explica médico Guido Tsuha,<br />

formado em Medicina Esportiva e hoje<br />

uma importante autoridade no assunto<br />

em nossa região. Guido faz parte de<br />

uma das mais tradicionais famílias voltadas<br />

para a medicina em Araraquara.<br />

O especialista explica que a temperatura<br />

da água tem que estar por volta<br />

dos 19 graus. Se a temperatura for bem<br />

abaixo, pode ocasionar queimadura na<br />

pele. O ideal de usar a crioterapia é para<br />

atividades de ritmo intenso, praticadas<br />

por mais de duas horas de duração.<br />

“Com este objetivo de uma atividade<br />

ou de um pós-treino, com uma intensidade<br />

alta, os efeitos da crioterapia<br />

trazem uma recuperação mais rápida,<br />

diminui o grau de dor (isso depende da<br />

atividade física que pode trazer dores<br />

musculares), minimizar processos inflamatórios<br />

que podem ocorrer e a remoção<br />

do ácido lático, ocorrendo uma<br />

analgesia e uma recuperação muscular<br />

mais rápida”.<br />

O uso mais adequado da critoerapia<br />

é sempre acompanhado de um profissional.<br />

O corpo pode ser intolerante ao<br />

gelo sem mesmo você perceber se não<br />

fizer o uso de maneira correta. Para<br />

isso, uma compressa de gelo no local<br />

de uma dor muscular três vezes ao dia<br />

já seria o suficiente.<br />

Hoje, o método é quase que indispensável<br />

nas principais modalidades<br />

esportivas, seja no futebol, atletismo,<br />

principalmente no triátlon. “Hoje, o gelo<br />

é utilizado pra tudo dentro do esporte,<br />

seja uma pancada em local específico,<br />

ou na imersão na água fria. Sempre<br />

traz um efeito anti-inflamatório”, destaca<br />

Tsuha.<br />

58<br />

Para o médico Guido Tsuha, com formação<br />

em Medicina Esportiva, a utilização do gelo<br />

no tratamento de lesões desportivas, ou<br />

outros processos inflamatórios traumáticos<br />

(crioterapia) faz parte do senso comum e,<br />

de uma forma geral, é utilizada por todos.<br />

Convém, no entanto, perceber como funciona<br />

e como deve ser aplicada


RECURSOS<br />

A crioterapia é um<br />

agente terapêutico<br />

bastante utilizado<br />

nas lesões<br />

musculoesqueléticas,<br />

frequentemente<br />

causadas durante<br />

a prática esportiva.<br />

Dentre as lesões mais<br />

comuns estão as<br />

contusões, distensões,<br />

entorses, bursites e<br />

as tendinopatias.<br />

59


ENCONTRO<br />

Confraternização da<br />

diretoria da ACIA<br />

Anualmente a Associação Comercial<br />

e Industrial de Araraquara promove<br />

festa de confraternização entre os<br />

seus diretores e parceiros.<br />

Segundo o presidente Renato Haddad,<br />

o encontro anual “é uma oportunidade<br />

de todos se reunirem, trocarem<br />

informações sobre mais um ano de trabalho<br />

e principalmente se divertirem,<br />

ganhando forças para mais um ano de<br />

intensas atividades”.<br />

Desta feita a reunião festiva da ACIA<br />

aconteceu na Chácara do Nelson, que<br />

fica no Parque Tropical; é um verdadeiro<br />

paraíso, onde alegria e natureza se<br />

confundem, se transformando num dos<br />

pontos mais requisitados para festas<br />

empresariais.<br />

Durante todo o dia 24 de janeiro<br />

com animação musical de André do<br />

Piston e Zezinho Cipó, os diretores esbanjaram<br />

felicidade.<br />

O presidente da ACIA,<br />

Renato Haddad,<br />

agradecido aos<br />

colaboradores que a<br />

entidade tem em sua<br />

sede: Fátima Bergamin.<br />

José Carlos dos Santos,<br />

Luís Rômio e Marcos<br />

Assumpção<br />

Maria Teresa Smirne<br />

que tem o seu nome<br />

em uma das mais<br />

concorridas lojas<br />

de confecções da<br />

cidade, assinando<br />

presença com seu<br />

amado José Félix<br />

Damiano Barbiero Neto que<br />

ocupa o cargo de secretário<br />

na diretoria da ACIA ao lado<br />

da esposa Rosa, em um<br />

dia dos mais alegres e que<br />

serviu para o fortalecimento<br />

do companheirismo<br />

entre todos.<br />

O jornalista Geraldo Polezze, do Jornal<br />

de Araraquara, prestigiou o evento<br />

fazendo foto com o presidente da<br />

ACIA, Renato Haddad e dizendo em<br />

alto e bom tom: “Ele é o cara”... Rodrigo Magrini e a esposa Aline Heloísa Nascimento e Geraldo Cataneu<br />

60


Reinaldo Dias de Lima, da Montreal Magazine, todo<br />

feliz da vida com a esposa Ana Cláudia, anunciando<br />

a chegada de Felipe, um novo herdeiro na família<br />

Casal Marina e Adelcio Carlos Magrini, da famosa rede Aquarela<br />

Tintas num papo animado com o vice-presidente da ACIA,<br />

Ademar Ramos (Alumínio Ramos)<br />

Bruno e o pai André Boalin (Aliança)<br />

Amigos reunidos em uma única mesa: Roberto Abud (Accessorium),<br />

a esposa Luzia e a filha Isabela; Marina e Carlos Renato Segura (S&A<br />

Colchões) com os filhos João Vitor (Pitico) e João Pedro; Edes Dalmo<br />

de Oliveira e a esposa Catarina (A Boa Compra)<br />

Silvio Prada e<br />

Leninha; Renatinho,<br />

os pais Léa e Renato<br />

Haddad; Silvia,<br />

o marido Marcos<br />

Grosso (Correios) e o<br />

filho Marquinhos<br />

Paulinho Ambrósio<br />

(Disk Carnes), esposa<br />

Rosemeire e as filhas<br />

Letícia e Lais<br />

61


Animação é o que não faltou para Marcelo de Mattos Frigo, a esposa<br />

Sônia Maria, o filho Maurício (namorada Mayara), Cristina e Jair<br />

Martineli e a filha Lívia<br />

Antônio Junquetti, tesoureiro da ACIA, não<br />

esconde o sorriso em festa pela passagem de<br />

mais um ano de muito trabalho na entidade<br />

Geraldo Luís<br />

Tampellini e<br />

Márcia com a<br />

filha Larissa, a<br />

nora Solange,<br />

o filho Vitor e o<br />

netinho Murilo<br />

José Paulo Viana e a esposa Patrícia, ambos do<br />

Sebrae, que é um dos mais importantes parceiros<br />

da Acia em nossa cidade<br />

Colunista Social<br />

Márcia Belotti<br />

(Tribuna), Eder<br />

Magrini, Fátima<br />

Bergamin (ACIA)<br />

e o namorado<br />

Oswaldo Amaral<br />

62<br />

Durante este mandato, Luis Fernando<br />

Petroni (Sanel) e José Janone Júnior<br />

(Sunrise), ocuparam o cargo de Diretores<br />

Sociais. Lá estavam eles na organização<br />

da festa


celebra esses profissionais que têm<br />

um papel importante em nossas vidas.<br />

E a escolha para esta homenagem foi<br />

feliz, pois trata-se de uma pessoa iluminada<br />

e querida pelos companheiros<br />

de trabalho e a sua família”, completou<br />

Edna.<br />

O DIA DO CARTEIRO<br />

Marco Aurélio Petroni<br />

Símbolo dos carteiros na cidade<br />

Considerado o Papai Noel<br />

dos Correios, o carteiro<br />

Marco Aurélio Petroni foi<br />

homenageado na Câmara<br />

Municipal no final de<br />

janeiro.<br />

O Dia Municipal do Carteiro, comemorado<br />

na cidade em 25 de janeiro,<br />

desta feita levou para a festa uma<br />

pessoa muito especial: Marco Aurélio<br />

Petroni, que tem quase três décadas<br />

dedicadas aos Correios, destacando-se<br />

pela competência, comprometimento e<br />

solidariedade. Ele foi homenageado na<br />

sexta edição de um evento destinado a<br />

reconhecer o trabalho de profissionais<br />

de destaque indicados pela administração<br />

local da Empresa Brasileira de<br />

Correios e Telégrafos.<br />

A solenidade foi conduzida pela<br />

vice-presidente da Câmara, vereadora<br />

Edna Martins. A mesa principal contou<br />

ainda com a presença do vereador<br />

Edio Lopes, homenageado e a esposa<br />

Telma, além de Mário Ribeiro Cardoso,<br />

Entrega do prêmio na Câmara Municipal<br />

coordenador executivo da Ouvidoria e<br />

Saúde do Município, representando o<br />

prefeito Marcelo Barbieri, e João Paulo<br />

da Silva, gerente operacional dos Correios.<br />

Edio Lopes lembrou que ainda hoje,<br />

mesmo com o avanço da tecnologia, o<br />

carteiro é um elo para aproximar pessoas.<br />

“A motivação em instituir este<br />

prêmio teve origem na cobrança que<br />

fazemos a nós mesmo, como cidadãos,<br />

por reconhecer o trabalho daqueles<br />

que se dedicam a colaborar com o progresso<br />

da sociedade.”<br />

Edna Martins lembrou que “é uma<br />

categoria que<br />

tem a confiança<br />

e o respeito<br />

das pessoas<br />

em todo o Brasil<br />

e esta data<br />

Familiares se<br />

reuniram para<br />

cumprimentar o<br />

ilustre homenageado,<br />

Marco<br />

Aurélio Petroni<br />

PAPAI NOEL DOS CORREIOS<br />

Era dia de Natal quando, em 1967,<br />

o casal Ana Maria Assalve Petroni e<br />

José Petroni esperava pela chegada<br />

do pequeno Marco Aurélio Petroni, que<br />

nasceu no dia seguinte, 26 de dezembro.<br />

Esse fato talvez justifique sua afinidade<br />

com o Papai Noel, que anos mais<br />

tarde, se materializou quando se tornou<br />

o bom velhinho dos Correios.<br />

Casado com Telma Celeste Ferreira<br />

Petroni, com quem teve a filha Letícia,<br />

Marco Aurélio tem três irmãos: Carlos<br />

Henrique, Fábio Ricardo e Edson Rogério.<br />

Para seus familiares, Marco Aurélio<br />

é exemplo de bondade, honestidade e<br />

humildade.<br />

Seguindo a tradição da família, é<br />

também voluntário na Casa de Caridade<br />

“Ana Grossi Telarolli”, que leva o<br />

nome de sua bisavó.<br />

63


Saúde<br />

Você sabia<br />

que comer<br />

doce tem os<br />

seus benefícios?<br />

Fonte:http://blog.onofre.com.br/2013/01/11/os-beneficios-do-doce/<br />

O AUTOCONTROLE É A REGRA INICIAL PARA<br />

QUALQUER RECOMENDAÇÃO, INCLUSIVE<br />

PARA AS DIETAS.<br />

De todas as recomendações<br />

que ouvimos dos nutricionistas e<br />

endocrinologistas, a principal é<br />

aplicar o autocontrole em todas<br />

as refeições. Passar da conta<br />

nas refeições não é algo difícil e<br />

geralmente acontece com facilidade,<br />

mas com o controle necessário, dá<br />

para manter uma boa alimentação<br />

comendo de tudo, inclusive doces.<br />

Os doces, em todas as dietas<br />

e restrições alimentares, são<br />

considerados os verdadeiros<br />

vilões da boa forma e por isso são<br />

evitados de forma enérgica. Isso<br />

porque a maioria das pessoas tem<br />

o doce como o seu “ponto fraco<br />

alimentar”.<br />

Nós podemos extrair, da maioria<br />

dos alimentos, um benefício, porém<br />

tudo que é ingerido excessivamente<br />

traz malefícios. E aí está o problema<br />

dos doces. A maioria das pessoas<br />

relaciona os doces a momentos<br />

agradáveis e sensações prazerosas,<br />

por isso consome de forma não<br />

moderada e até excessiva, o que<br />

causa gordura localizada, diabetes e<br />

demais problemas de saúde.<br />

O consumo moderado de doces<br />

pode trazer benefícios para o<br />

organismo, como:<br />

Prevenção: Ativa a proliferação de<br />

micro-organismos que auxiliam a<br />

eliminação de bactérias maléficas<br />

ao organismo humano;<br />

Produz a sensação de prazer<br />

devido à liberação de serotonina:<br />

A serotonina, neurotransmissor<br />

que atua no cérebro liberando<br />

sensações, precisa de açúcar para<br />

ser produzida.<br />

Sentir vontade de comer doce não é<br />

gula:<br />

Quando o açúcar é retirado do<br />

organismo de forma inesperada e<br />

imediata, o organismo reage de<br />

forma negativa criando a sensação<br />

de ansiedade, gerando graus<br />

de frustração, o que estimula o<br />

consumo exagerado ao fim da dieta.<br />

A deficiência de carboidratos e<br />

algumas vitaminas provocam queda<br />

na produção de serotonina, isso<br />

eleva a vontade de comer doce.<br />

O nosso organismo precisa que<br />

todas as peças estejam em seus<br />

lugares para funcionar bem, por isso<br />

uma necessidade se encaixa à outra.<br />

Tudo o que consumimos de forma<br />

moderada e correta (para algumas<br />

pessoas, com orientação médica),<br />

serve para nutrir nosso organismo e<br />

auxiliar o seu bom funcionamento;<br />

quando cometemos excesso, o<br />

organismo se sobrecarrega e<br />

responde à sua maneira, o que<br />

pode causar um grande problema.<br />

64


VIDA SOCIAL por Maribel Santos<br />

A linda Marise Cintrão<br />

também foi prestigiar a banda<br />

O bonito casal Rafael Scuoppo e<br />

Helena Barbieri Cefaly conferindo o<br />

show “Uma noite em Liverpool”<br />

Uma noite em Liverpool<br />

A banda araraquarense The<br />

Beatles Again apresentou no<br />

ginásio do Sesc, o show “Uma<br />

noite em Liverpool”. O grupo<br />

que está na estrada há mais de<br />

vinte anos, foi aplaudido pelos<br />

fãs que prestigiaram a belíssima<br />

apresentação.<br />

Maísa Gracindo e Paulo Adolpho<br />

Tabachine Ferreira estiveram<br />

por lá curtindo o show.<br />

65


Samba no Bar Azul<br />

Para animar os frequentadores<br />

do Bar Azul, o famoso Bar da<br />

Batata, tem uma programação<br />

musical que está cada dia mais<br />

caprichada, e agrada todos os<br />

gostos.<br />

No Bar Azul<br />

Júnior Barros, Mirela Lima, Gustavo<br />

Rodrigues e Elói Brito em noite animada<br />

com samba de primeiríssima qualidade<br />

Casal Top<br />

Fernando Mauro<br />

frequentador assíduo<br />

do Bar Azul<br />

A gatinha Maria<br />

Eduarda de<br />

Carvalho Pinha já<br />

participou e venceu vários<br />

concursos de beleza, e em<br />

<strong>2016</strong> continuará brilhando e<br />

representando a nossa cidade<br />

com toda sua graça e beleza<br />

Laninha Garcia Demarzo<br />

e Amauri Demarzo<br />

felizes com o sucesso da<br />

Labellamafia<br />

Suzelaine Pedrosa<br />

curtindo a noite com<br />

muito ziriguidum...<br />

Alice Matos é atleta e<br />

empresária, dona da marca<br />

Labellamafia que hoje é<br />

tendência nas academias<br />

entre as mulheres<br />

Ainda no Sesc - The Beatles Again<br />

Erick Masiero e José Pedro Renzi<br />

frequentadores assíduos do Sesc, foram<br />

aplaudir a banda araraquarense The<br />

Beatles Again<br />

Antônio Carlos e Alessandra<br />

Aleixo apreciadores da boa<br />

música estiveram prestigiando<br />

o show<br />

Lenita Mara Gentil Fernandes,<br />

fã da banda, curtiu a noite com<br />

os amigos ao som dos grandes<br />

sucessos dos Beatles 66


Show do Liniker<br />

Excesso de fofura<br />

Amigos de infância<br />

Carrapicho e Maiara no belíssimo<br />

show do Liniker no Sesc<br />

Festa em família<br />

Lorenzo Gripa passeando no<br />

Shopping do Carmo<br />

Ricardo Toledo Piza e Lincoln Ferri<br />

Amaral brindando a linda amizade<br />

de mais de trinta anos<br />

As primas Edvanda da Rosa e Maria<br />

do Rosário Caetano felizes por estarem<br />

reunidas em uma noite muito especial<br />

Mariana da Rosa e Rafael Silver<br />

comemorando o aniversário de João<br />

Eduardo Bonavina da Rosa<br />

Luís Carvalho e Alessandra<br />

Bonavina vieram de Sampa para<br />

participar da festa<br />

67


ANIVERSÁRIOS<br />

<strong>FEVEREIRO</strong>/<strong>2016</strong><br />

A diretoria da ACIA cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA NOME EMPRESA DATA NOME EMPRESA<br />

01/02<br />

01/02<br />

01/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

03/02<br />

04/02<br />

04/02<br />

05/02<br />

05/02<br />

07/02<br />

07/02<br />

08/02<br />

09/02<br />

09/02<br />

10/02<br />

10/02<br />

10/02<br />

10/02<br />

11/02<br />

11/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

13/02<br />

13/02<br />

14/02<br />

14/02<br />

14/02<br />

14/02<br />

15/02<br />

Edson Vicente da Costa<br />

Mara R. G. de Assumpção Laroca<br />

Gilberto Aparecido Durante<br />

Walter Silva Fraga<br />

João Aparecido Vicente<br />

Adão de Paula Trindade<br />

Cristiane Fernandes Machado<br />

Marcos Miguel Pierri<br />

Juliano Karam Mascaro<br />

Osmar Manfre<br />

Walter Logatti Filho<br />

Firmino Fernandes de Freitas<br />

Sênia Mori<br />

Antônio Parelli Filho<br />

Valdecir Claudinei Bachi<br />

Antônia de Rizzo da Matta<br />

Valter Merlos<br />

Carlos Nei Viola<br />

Ademir Ramos da Silva<br />

Maria Aparecida Veiga<br />

Emerson Fabiano Leite<br />

Fabrício Papini Fornazari<br />

Ali Omar Rajad<br />

Irene Candeu Baruchi<br />

Nanci Sinabucro Dakuzaku<br />

Francisco Carlos Carrascossa<br />

Reinaldo Dias de Lima<br />

Rosa Marli Galiano Damito<br />

Leonardo Pavoni Filho<br />

Edesio Silveira Rios<br />

Carlos Alberto Pizzicara<br />

Álvaro José Magdalena<br />

Charles Dorli Bueno<br />

Osvaldo Gomes da Silva<br />

Ione de Lucca Morvillo<br />

Evandro Lucas Yashuda<br />

Antônio Messias de Lima<br />

Aparecida Silberschmidt Freitas<br />

Joalheria Jóias Nova<br />

Panificadora Jóia<br />

Fábrica da Imagem<br />

Rádio Brasil FM<br />

SR Ferragens<br />

Walmar Funilaria e Pintura<br />

Nubafo Churrasqueiras<br />

Seek Informática<br />

Buffet Karam<br />

Konsult<br />

Logatti<br />

Ótica Thiago<br />

Sênia Modas<br />

Auto Eletro Carlão<br />

Açoval<br />

Ótica Araraquara<br />

Provac<br />

Carneval<br />

Alumínio Fort Lar<br />

New Look - Clínica de Beleza<br />

Mercafrios<br />

Papini Multimedia Arts<br />

Rajab Engenharia<br />

Morada<br />

Sorveteria Biju<br />

Mecânica Auto Peças Carrascossa<br />

Montreal<br />

Mercearia Peixaria Brasilia<br />

Copav Indústria de Móveis<br />

Alinhamento Araraquara<br />

Rodocap<br />

Magdalena Imóveis<br />

Artesanatos e Novidades<br />

Depósito Astro Armarinhos<br />

MMC Morvillo Materiais p/ Construção<br />

Farmácia Bandeirantes<br />

Extintores Avanço<br />

Jornal Folha da Cidade<br />

15/02<br />

15/02<br />

15/02<br />

15/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

18/02<br />

18/02<br />

18/02<br />

19/02<br />

19/02<br />

19/02<br />

20/02<br />

21/02<br />

21/02<br />

21/02<br />

21/02<br />

22/02<br />

22/02<br />

22/02<br />

22/02<br />

23/02<br />

24/02<br />

25/02<br />

26/02<br />

26/02<br />

27/02<br />

27/02<br />

27/02<br />

28/02<br />

28/02<br />

28/02<br />

28/02<br />

29/02<br />

29/02<br />

Débora Capi Maurino Rodrigues<br />

Márcio Antônio Brambilla<br />

Vanderlei de Paula<br />

Dirceu José Rigolin<br />

Maria Aparecida L. Assumpção<br />

Grasiela Caetano<br />

Leda Maria Zenatti<br />

José Roberto Placco Rodriguez<br />

Maurício Botelho Alves<br />

Ilda Scotton Sylvestre<br />

Cristina Dahab Monteacultti<br />

Marcelo H. Rocha B. de Oliveira<br />

Orildo Paulino Basegio<br />

Wlademir Carlos B. Rodrigues<br />

Salma Maria Colombo Bermudez<br />

Rui Athanázio Fernandes Lopes<br />

José Anésio Pavão<br />

Marlene da Costa Tucci<br />

Alberto Sadalla Filho<br />

Haroldo Franzin<br />

José Roberto Sedenho<br />

Liliana Aufiero<br />

Osvaldo Leme da Silva<br />

Mauro S. Shinzato<br />

José João Jordão Júnior<br />

Carlos Alberto Tampellini<br />

Luis Amadeu Sadalla<br />

Fernandes Guzzi Netto<br />

Eduardo Bueno Govatto<br />

Silvio da Silva Junior<br />

Adelcio Carlos Magrini<br />

Manoel Messias das Neves<br />

Ivan Roberto Fucci<br />

Vanessa Sanches<br />

Vanessa de Souza Juliani<br />

Luiz Eduardo Joioso<br />

Marta Regina Balisteri Ortelan<br />

Adão Afonso da Silva<br />

Sagrado Coração de Jesus<br />

BR Assessoria Contábil<br />

Tita Eletrocomerciais<br />

Drogaria Nossa Senhora das Graças<br />

Panificadora Jóia<br />

Valmag<br />

Casa de Carnes Edinho<br />

Morada do Sol Corretora de Seguros<br />

Serralheria Botelho<br />

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Marvev<br />

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Varejão São José<br />

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Estamos colaborando<br />

na construção de uma<br />

grande cidade<br />

IESACR<strong>ED</strong><br />

Cooperativa de Crédito<br />

68


VITRINE<br />

Paulinha Buanain, que faz pose especial para<br />

Vitrine, emplaca num jogo de tênis, mostrando<br />

todo seu talento nas quadras do Clube e ainda<br />

se dá ao luxo de exibir um sorriso em festa.<br />

Em foto de João Carlos, da Star Fotos, Rodolfo<br />

Messali, que assina Peixe & Cia, serve paeja<br />

ao mestre e doutor em ortodontia, Fernando<br />

Antonio Gonçalves, o Gaetinha. “Olhei para o<br />

fotógrafo e nem percebi que o Rodolfo estava<br />

enchendo meu prato. Foi boa a desculpa?”,<br />

perguntou Gaetinha.<br />

Paulo e o pai Ítalo Fucci, em águas serenas<br />

e tranquilas para um banho de piscina na<br />

Ilha do Curral em Ilhabela. Uma família que<br />

Araraquara tem na conta como uma das mais<br />

importantes da sua história<br />

TC Paulo Camargo, que a cidade conhece<br />

bem com respeito e admiração, aniversariou<br />

em janeiro de forma bem original...<br />

Espontaneidade é<br />

o que não falta em<br />

Gilson Campani<br />

ao dizer que<br />

“enquanto uns se<br />

divertem, outros<br />

carregam pedra,<br />

ou melhor, peso,<br />

só para manter a<br />

forma”<br />

Ricardo Bonotto e Babi Meneghin, dando<br />

toque de requinte à Plaza Catalunya, em<br />

Barcelona, na Espanha<br />

César Aielo ao lado da esposa Ângela, da<br />

filha Maria Laura e amizades chegadas,<br />

festejou mais um ano de vida<br />

69


Luís Carlos<br />

Fim do Carnaval<br />

Parece que o recesso parlamentar<br />

terminou no dia primeiro<br />

deste mês. Parece, porque nossos<br />

ilustres congressistas<br />

somente recomeçarão seus<br />

trabalhos de verdade depois do carnaval,<br />

pois, como eles mesmos dizem,<br />

sempre é preciso continuar a ter contato<br />

com seus eleitores e nada melhor<br />

do que isso senão participar das festas<br />

em seus redutos ou, como se dizia antigamente,<br />

currais eleitorais.<br />

Ainda mais quando não se desconhece<br />

que as eleições municipais deste<br />

ano deverão ser disputadíssimas, principalmente<br />

pela falta de dinheiro que as<br />

empresas não poderão mais patrocinar<br />

e eles terão de apoiar seus candidatos<br />

para que estes depois os apoiem também,<br />

quando, por sua vez, forem candidatos<br />

novamente, como é o costume, ao<br />

Senado, à Câmara dos Deputados e às<br />

assembleias estaduais.<br />

Mas o povo também tem o direito de<br />

brincar enquanto ainda pode, pois ele<br />

já sabe que a crise político-econômica,<br />

sem falar da ética, continuará brava e<br />

então é a sua última oportunidade para<br />

tentar esquecê-la.<br />

E quando esta crônica for publicada<br />

os foliões ainda estarão de ressaca —<br />

com exceção daquelas pessoas mais<br />

recatadas que preferiram optar por um<br />

retiro espiritual — e não se darão conta<br />

B<strong>ED</strong>RAN<br />

Sociólogo e articulista da Revista<br />

Comércio & Indústria de Araraquara<br />

dos problemas que terão de enfrentar.<br />

Aliás, carnaval é isso mesmo: três<br />

dias de puro esquecimento quando<br />

se tecem as loas a Momo, a Vênus e<br />

a Baco. Como naqueles versos de Manoel<br />

Bandeira em Bacanal: “QUERO<br />

BEBER! Cantar asneiras / No esto brutal<br />

das bebedeiras / Que tudo emborca<br />

e faz em caco... / Evoé Baco! // Lá se<br />

me parte a alma levada / No torvelim<br />

da mascarada, / A gargalhar em doudo<br />

assomo... / Evoé Momo! // Lacem-na<br />

toda, multicores, / As serpentinas dos<br />

amores, / Cobras de lívidos venenos...<br />

/ Evoé Vênus! // Se perguntarem: Que<br />

mais queres, / Além de versos e mulheres?...<br />

/ — Vinhos!... o vinho que é o<br />

meu fraco!... // O alfanje rútilo da lua /<br />

Por degolar a nuca nua / Que me alucina<br />

e que eu não domo! / Evoé Momo! //<br />

A Lira etérea, a grande Lira!... / Por que<br />

eu extático desfira / Em seu louvor versos<br />

obscenos. / Evoé Vênus!”. (Carnaval<br />

– 1918), in Editora Nova Aguilar, 1996.<br />

Mas o carnaval mudou ou mudei<br />

eu? Ambos, evidentemente. No carnaval<br />

do passado, brincava-se tanto na<br />

rua, quanto no corso, como nos salões<br />

dos clubes. Pulava-se para valer. E todo<br />

mundo conhecia as letras das músicas<br />

dos grandes compositores como Noel<br />

Rosa, Joubert de Carvalho, Ary Barroso,<br />

David Nasser, Lamartine Babo, Benedito<br />

Lacerda e até mesmo as do Chico<br />

Buarque de Holanda.<br />

Tudo parecia ser muito<br />

ingênuo, puro, sem malícia.<br />

Parecia, pois muitas das<br />

letras das marchas eram<br />

dúbias, maliciosas, de duplo<br />

sentido, pois exaltavam<br />

a carne, o sexo. E isso desde<br />

a sua origem, com o “Zé<br />

Corso na 9 de Julho nos anos<br />

50 arrastava multidão até altas<br />

horas da noite<br />

70<br />

Tela da artista plástica araraquarense Sônia<br />

Maria Marques simbolizando as escadarias do<br />

Clube Araraquarense e o fim de uma noite<br />

de carnaval<br />

Pereira” e o “Abre Alas”, nos fins do século<br />

19.<br />

Quantos romances não começavam<br />

e não terminavam nos três dias de<br />

Momo? E todas as letras das marchas<br />

eram decoradas, “O Pé de Anjo”, “Dá<br />

Nela”, “Prá Você Gostar de Mim”, “Com<br />

que Roupa”, “AEIOU”, “O Teu Cabelo<br />

Não Nega”, das décadas de 20 e 30;<br />

“Mamãe Eu Quero”, “Camisa Listrada”<br />

e até as mais recentes das décadas de<br />

40, 50 e 60, “Tomara Que Chova”, “Lata<br />

d’água”, “Confete”, “Noite dos Mascarados”,<br />

“Tristeza”.<br />

Mas também havia as marchas que<br />

criticavam os governantes da época.<br />

Como terão sido neste ano? Será que<br />

brincarão a favor do impeachment?<br />

Pois já não se fazem mais carnavais<br />

como os de antigamente. Uma chatice<br />

apreciar (?) os desfiles das escolas de<br />

samba pela TV, pura monotonia, tudo para<br />

inglês (turista) ver, principalmente no Rio<br />

de Janeiro. E na Bahia então, com os trios<br />

elétricos e nos clubes ainda existentes, tocam-se<br />

de tudo, menos marchas. De uma<br />

pobreza franciscana!<br />

O que ainda resta — ainda bem! — é<br />

o povo brincando nas ruas nas pequenas<br />

e médias cidades: espontâneo,<br />

livre, crítico. Pelo menos por enquanto.<br />

Porque, depois, não haverá mais brincadeiras<br />

nas passeatas que virão por aí...<br />

Evoé Momo, Evoé Baco, Evoé Vênus!


Novo complexo da São Francisco<br />

Saúde oferece proteção 24 horas<br />

aos beneficiários de Araraquara.<br />

Responsável técnico: Dr. José Carlos Lucheti Barcelos CRM nº 81.223<br />

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O Pronto-Atendimento construído pela São Francisco Saúde já<br />

está à disposição dos beneficiários do plano e vem reforçar a rede<br />

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de quase 1.000m 2 de área e modernos equipamentos, o Pronto-<br />

Atendimento oferece estrutura e equipe médica à disposição<br />

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prédio conta com salas de recepção, emergência, curativos,<br />

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Unidade de Pronto-Atendimento de Araraquara:<br />

Rua 9 de Julho, nº 5 - Centro (Via Expressa)<br />

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0800 777 90 70<br />

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72

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