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ÍNDICE<br />
CAPA<br />
Coca Ferraz e a sua cidade<br />
APARÍCIO DAHAB<br />
Trabalhaste muito, Aparício<br />
INDÚSTRIA<br />
Cidade, pólo metroferroviário<br />
ORQUÍDEA<br />
Descobrindo Araraquara<br />
8 10 16 34<br />
O atual vice-prefeito e coordenador<br />
de Mobilidade Urbana humaniza o<br />
trânsito local e investe suas fichas na<br />
transformação da cidade, tornando-a<br />
ótima para se viver bem no futuro.<br />
Aparício da Kibelanche, Mayr<br />
Staufackar e Vicente Michetti, amigos<br />
inseparáveis que Araraquara teve<br />
em sua história. A perda de Aparício<br />
entristeceu a cidade em janeiro.<br />
Araraquara pode se transformar em<br />
uma cidade pólo metroferroviário com<br />
a chegada da Hyundai a partir de<br />
março, quando iniciará oficialmente<br />
suas operações fabris.<br />
Sindicato Rural apoia iniciativa de<br />
se mostrar o trabalho anônimo<br />
de pessoas na cidade, caso do<br />
orquidófilo Rolando Adorni Filho, que<br />
produz flores em sua casa.<br />
Editorial<br />
Revitalização<br />
História<br />
Feriados em <strong>2016</strong><br />
07 | Jornalista Ivan Roberto Peroni<br />
diz que há excesso de leite no<br />
mercado e falta gente para comprar,<br />
podendo levar o setor ao caos.<br />
10 | ACIA está se preparando para<br />
entregar até abril, sua sede<br />
administrativa totalmente reformada<br />
no centro da cidade.<br />
18 | A Gráfica Globo é uma das<br />
empresas que ainda hoje mantém<br />
o perfil do seu fundador Raul Aranda<br />
Amado. Uma bela história de trabalho.<br />
20 | Renato Haddad (ACIA) e<br />
Toninho Deliza (Sincomercio) falam<br />
dos feriados em <strong>2016</strong> e os prejuízos<br />
que eles causam ao comércio.<br />
Cacetada na pobreza<br />
A inflação em São Paulo penalizou mais as<br />
famílias com menor poder aquisitivo em 2015,<br />
apontou cálculo do Dieese. O Índice do Custo<br />
de Vida registrou variação de 11,46% no ano,<br />
4,73 pontos percentuais acima do apurado em<br />
2014. Além do agregado, o indicador calcula<br />
o custo de vida do consumidor por estrato de<br />
renda. Por este parâmetro, a inflação para as<br />
famílias do estrato 1, com renda média mensal<br />
de R$ 377,49, acumulou alta de 12,83% em<br />
2015. As famílias do estrato 2, com renda<br />
média de R$ 934,17, tiveram aumento de<br />
Energia elétrica castigou a inflação<br />
12,07% no custo de vida no período. A inflação<br />
para os mais ricos - famílias do estrato 3, que<br />
têm renda média mensal de R$ 2.792,90,<br />
atingiu 10,43%.<br />
Perigo maior ainda<br />
Levando-se em conta que Araraquara teve<br />
cerca de 10 mil casos de dengue em 2015,<br />
chega-se à conclusão de que foram mais de<br />
800 casos por mês. O temor neste momento<br />
está concentrado na continuidade das chuvas<br />
de verão e o sol senegalesco<br />
contribuindo para a<br />
proliferação dos criadouros.<br />
Pesa na balança a falta de<br />
colaboração de grande parte<br />
da população que impede a<br />
fiscalização nas casas.<br />
4
ATLETISMO<br />
Escamilla, o flecha ligeira<br />
54<br />
O atletismo da Ferroviária<br />
nos áureos tempos com Uriel<br />
Pedroso e Edmilson Escamilla.<br />
Nesta edição a história de<br />
sucesso dos nossos corredores.<br />
Simples Nacional<br />
22 | A Solssia manda recado:<br />
começa a vigorar a Certificação<br />
Digital para empresas com até<br />
oito funcionários.<br />
SAÚDE<br />
A crioterapia na reabilitação<br />
33<br />
O médico Guido Tsuha com<br />
formação em Medicina Esportiva,<br />
explica como funciona a crioterapia,<br />
que utiliza o frio para reabilitar<br />
pacientes lesionados.<br />
Mães e bebês<br />
48 | Araraquara terá a Casa da<br />
Gestante até julho; iniciativa<br />
é do prefeito Marcelo Barbieri<br />
garantindo 15 leitos na Gota.<br />
DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />
Sônia Maria Marques<br />
Um ponto final na<br />
vida da Beneficência<br />
O fechamento da Beneficência Portuguesa em nossa cidade representa<br />
uma perda irreparável para a saúde pública regional. Triste<br />
presente recebeu ela no ano do seu centenário, maculado por atritos<br />
internos e discussões judiciais, que tornaram frágil qualquer esboço<br />
para recolocá-la de pé. Estruturada sobre um plano de saúde, Benemed,<br />
que chegou a ter cerca de 40 mil vidas, além de parcerias<br />
com entidades profissionais e filantrópicas, a Beneficencia virou<br />
no encerramento de um mandato - Fábio Santiago, e começo de<br />
outro - Natalina Correia Leite, uma fonte inesgotável de ofensas, e<br />
outro não poderia ser o seu fim, senão esse do fechamento. Do suor<br />
derramado pelos nossos antepassados portugueses aos tempos de<br />
agora, houve um percurso tortuoso se desgastando e gerando um<br />
desequilíbrio, provocado pelas dívidas. O fechamento envolto por<br />
bate-bocas e xingamentos desnecessários não construiu nada. Fábio<br />
Santiago foi importante para a Beneficência como tantos outros que<br />
por ela passaram; cada qual foi de grande valia na sua época. A<br />
disputa eleitoral de maneira agressiva e destemperada poderia ter<br />
sido amena, afinal, todos os envolvidos sempre foram dignos do<br />
respeito e consideração da comunidade. Casos administrativos que<br />
só à Irmandade interessavam, se tornaram públicos e a insegurança<br />
foi gerada, não se permitindo dar a ele, hospital, o crédito para se<br />
restabelecer, por mais bem intencionados que tenham sido os novos<br />
dirigentes. A ausência da classe política para contemporizar, também<br />
ajudou a fechar as portas da Beneficência.<br />
Citado na Lava Jato, Manoel de<br />
Araújo deixa gabinete de Edinho<br />
O chefe de gabinete do ministro<br />
Edinho Silva (Secretaria de<br />
Comunicação Social), Manoel de<br />
Araújo Sobrinho, deixou o cargo<br />
para trabalhar na superintendência<br />
da Empresa Brasileira de<br />
Comunicação (EBC). “Mané”<br />
desde os tempos da Prefeitura em<br />
Araraquara, tem sido o homem<br />
de confiança de Edinho e foi<br />
citado em delação do dono da<br />
construtora UTC, Ricardo Pessoa,<br />
como responsável por acertar<br />
doações de R$ 7,5 milhões para<br />
a campanha da presidente Dilma<br />
Rousseff, em 2014. Pessoa disse que<br />
a empreiteira teria sido pressionada<br />
a fazer a doação para que pudesse<br />
continuar a ter contratos com a<br />
Petrobras. Em meados de outubro,<br />
Manoel prestou depoimento à Polícia<br />
Federal sobre o assunto. O Planalto<br />
nega que sua saída da Secom tenha<br />
qualquer relação com o depoimento<br />
de Pessoa. De acordo com os<br />
assessores, a EBC está passando por<br />
alterações e, por isso, Mané assumiu<br />
um cargo na empresa. Em julho,<br />
matéria do Estado informou que a<br />
saída de Manoel estava acertada, o<br />
que foi negado à época. Ele chegou<br />
ao Planalto junto com o ministro,<br />
no início de abril. Agora<br />
é Superintendente da<br />
Regional Sudeste II/Sul da<br />
EBC. O salário antes era<br />
de R$ 11.235.<br />
Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />
Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />
Redação: Rafael Zocco<br />
Diretor Comercial: Humberto Perez<br />
Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi, Marcos Assumpção, Heloísa Nascimento<br />
Design: Carolina Bacardi, Bete Campos, Mário Francisco Pedrolongo<br />
Tiragem: 5 mil exemplares<br />
Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />
A Revista Comércio & Indústria é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />
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marzo@marzo.com.br<br />
<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>127</strong> - <strong>FEVEREIRO</strong> / <strong>2016</strong><br />
Manoel de Araujo<br />
Sobrinho e Edinho Silva,<br />
relacionamento político<br />
que começou no PT de<br />
Araraquara<br />
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6
<strong>ED</strong>ITORIAL<br />
Não avisaram a vaca que<br />
haveria crise em 2015<br />
Araraquara a partir dos anos 40, passou a ser considerada<br />
uma das mais importantes bacias leiteiras do interior brasileiro; já<br />
naquela época sua posição estratégica, bem no centro no Estado<br />
de São Paulo, despertou principalmente a atenção da Nestlé e em<br />
1946, logo após a Segunda Guerra Mundial, a inauguração da<br />
fábrica nos altos da Vila Xavier era para responder à crescente<br />
demanda de Leite Ninho em termos nacionais.<br />
A economia local ganhou força; a empresa passou a gerar<br />
divisas e empregos e Araraquara se projetou com a Nestlé, agora<br />
incorporada ao poder que a Lupo dispunha pela sua apresentação<br />
como carro-chefe industrial fabricando meias. Ambas detinham<br />
esse simbolismo no engatinhar da industrialização caipira<br />
e empregavam quase 35% dos trabalhadores, de forma direta e<br />
indireta, num universo de 40 mil habitantes.<br />
É verdade, contam os antigos, que a presença da Nestlé no<br />
mercado absorvia um índice maior de profissionais, pois além dos<br />
colaboradores que operavam no interior da fábrica, havia a concentração<br />
dos pequenos, médios e grandes fornecedores de leite.<br />
O produto por sinal saia das fazendas na região de maneira simplória:<br />
os latões aluminizados eram deixados ao lado das porteiras<br />
de acesso às propriedades e transportados para a fábrica em<br />
Araraquara, se transformando em ouro branco e enriquecendo o<br />
agronegócio. Lupo e Nestlé viviam esta expansão industrial com<br />
o suporte logístico da Estrada de Ferro Araraquara e Companhia<br />
Paulista, ambas arrebanhando enorme contingente de trabalhadores,<br />
embora qualificados para a função.<br />
Só que o provérbio português é claro: “não há bem que sempre<br />
dure, nem mal que nunca se acabe...” e a frase passou a valer<br />
a partir de 2006, quando a Nestlé ainda era vista como a maior<br />
empresa mundial de alimentos e bebidas, também consagrada<br />
como a maior autoridade do mundo em Nutrição, Saúde e Bem-<br />
Estar. Em todos os países onde estava presente, o foco de suas<br />
atividades era de melhorar a qualidade de vida das pessoas com<br />
produtos saudáveis e saborosos.<br />
Mas, seria só isso? Absolutamente.<br />
A Nestlé precisava de números favoráveis<br />
em seus projetos e impulsionada<br />
pela proximidade de uma crise econômica,<br />
foi envolvida por comentários que<br />
Isenção de ICMS<br />
para produção<br />
de leite, permitiu<br />
a reestruturação<br />
da bacia leiteira<br />
na região de<br />
Araraquara<br />
poderiam levá-la ao fechamento da fábrica. Lembro bem, uma<br />
série de iniciativas do governo paulista, entre elas a isenção de<br />
ICMS para produção de leite, permitiu a reestruturação da bacia<br />
leiteira na região de Araraquara. Diante disso um sinal foi dado<br />
pela Nestlé do Brasil: a empresa anunciou investimento de R$<br />
120 milhões para construção de uma segunda fábrica em Araraquara.<br />
O investimento foi considerado um marco para colocar<br />
fim às especulações, mas sempre com o alerta da Nestlé fechar a<br />
unidade de Araraquara, hipótese admitida, inclusive, pelo presidente<br />
da Nestlé no Brasil na época, Ivan Zurita.<br />
Com os investimentos efetuados no reaparelhamento, a fábrica<br />
na cidade com novas instalações, implantou a montagem de<br />
duas novas linhas para produção de leite “in natura” e passou a<br />
produzir leite em caixinha com as marcas Ninho e Molico. Com<br />
isso a tonelagem produzida aumentou significativamente. Estes<br />
novos produtos acabaram por se tornar no ponto alto da unidade.<br />
Os produtos fabricados anteriormente, Leite Condensado e<br />
Moça Fiesta continuaram e continuam a ser produzidos.<br />
Todo este trabalho, já que o Estado de São Paulo consome<br />
40% dos derivados de leite produzidos no País, restabeleceu o<br />
equilíbrio do mercado, agregando pequenos produtores e assentados<br />
rurais, organizados em cooperativas ou individualmente.<br />
Só que se a crise naquela época não pegou o fornecedor,<br />
talvez agora, cause um terrorismo já que o consumo do leite caiu,<br />
os supermercados e as padarias compram menos e o produtor<br />
não sabe onde enfiar o leite. Consequentemente a produção nos<br />
laticínios também cai. Se tivesse jeito até poderiam conversar com<br />
a vaca e dizer: “Dá um tempo, solte o leite quando a crise passar,<br />
porque fazemos parte de uma cadeia produtiva”. Mas, não é bem<br />
assim. Hoje com o preço da carne em alta, as vacas correm o<br />
risco de assumir papel diferente no mercado e virar churrasco ou<br />
mistura na mesa, pois o produtor também não tem como sustentar<br />
o animal. Quem deve estar agradecido à crise é o porco, pois<br />
diminuindo o consumo da carne suína, é verdade que aumenta<br />
seu tempo de vida. Grandes indústrias alimentícias que passaram<br />
aperto na metade da última década, como a Nestlé que ameaçou<br />
ir embora, correm o risco de rever seus projetos.<br />
7
Palestras dadas por Coca Ferraz<br />
conscientizam as pessoas a<br />
participarem de uma cidade com<br />
maior qualidade de vida e mais<br />
segurança no trânsito<br />
REPORTAGEM DE CAPA<br />
Os 170 mil veículos que<br />
hoje transitam pela cidade<br />
encontram vias públicas<br />
bem sinalizadas, semáforos<br />
temporizados e maior<br />
segurança. A queda no<br />
número de acidentes desde<br />
2013 se deve às técnicas<br />
aplicadas pelo engenheiro<br />
Coca Ferraz, uma das maiores<br />
autoridades em trânsito no<br />
País.<br />
Era pouco mais de meio-dia. Num<br />
dos cruzamentos da cidade, Avenida<br />
36 com Voluntários da Pátria, o coordenador<br />
de Mobilidade Urbana, Coca Ferraz,<br />
conversa com duas pessoas. Não<br />
demora e outras três se aproximam.<br />
Uma delas, ainda longe, faz um gesto<br />
de positivo e exclama: “Parabéns Coca<br />
COCA FERRAZ<br />
Ele conseguiu tornar Araraquara<br />
criativa e com menos acidentes<br />
Novo Complexo Viário Armando<br />
Paschoal solucionou o grave<br />
problema de congestionamento<br />
e insegurança no trânsito<br />
8<br />
pela iniciativa, até que enfim alguém<br />
lembrou de nós”. Naquele momento,<br />
Coca Ferraz recorda alguns acidentes<br />
ocorridos no cruzamento e sente que<br />
elogios como aquele se tornaram repetitivos<br />
desde que assumiu a pasta da<br />
Mobilidade Urbana, junção de palavras<br />
que ganhou força a partir de 2012,<br />
quando foram introduzidas as diretrizes<br />
da Política Nacional de Mobilidade<br />
Urbana.<br />
Sendo doutor em Engenharia<br />
Civil, especialista<br />
em Planejamento e<br />
Operação de Sistema de<br />
Transportes e professor da<br />
USP, seria ele o profissional<br />
mais indicado para formular<br />
e implementar a política de<br />
mobilidade urbana sustentável em nossa<br />
cidade?<br />
Coca, como vice-prefeito e atendendo<br />
convite do prefeito Marcelo Barbieri,<br />
a partir de 2013 passou a coordenar a<br />
reunião das políticas de transporte e<br />
de circulação, sempre integrada com<br />
a política de desenvolvimento urbano,<br />
para proporcionar o acesso amplo e
democrático das pessoas ao espaço<br />
urbano, priorizando os modos de transporte<br />
coletivo e os não motorizados, de<br />
forma segura, socialmente inclusiva e<br />
sustentável.<br />
Com liberdade de ação e conhecimento<br />
técnico para aplicar estas políticas<br />
no trânsito de Araraquara, que<br />
já sentia os problemas ocasionados<br />
pelo excesso de veículos, Coca Ferraz<br />
debruçou sobre os estudos, colocando<br />
os índices de acidentes como meta<br />
prioritária: “Com uma cidade planejada<br />
e estruturada tecnicamente, o trânsito<br />
fluirá melhor, vamos proporcionar mobilidade<br />
à população e oferecer as condições<br />
necessárias para o deslocamento<br />
das pessoas”.<br />
Em outras palavras, ele queria dizer<br />
que essa mobilidade daria condições<br />
da pessoa se locomover com facilidade<br />
de casa para o trabalho, do trabalho<br />
para o lazer e para qualquer outro lugar<br />
onde tenha vontade ou necessidade de<br />
estar, independentemente do tipo de<br />
veículo utilizado.<br />
Logo, Coca Ferraz convenceu a comunidade<br />
que “ter mobilidade urbana<br />
é pegar o ônibus com a garantia de que<br />
se chegará ao local e no horário desejados,<br />
salvo em caso de acidentes, por<br />
exemplo. É ter alternativas para deixar o<br />
carro na garagem e ir ao trabalho a pé,<br />
de bicicleta ou com o transporte coletivo.<br />
É dispor de ciclovias e também de<br />
calçadas que garantam acessibilidade<br />
MOBILIDADE HUMANA<br />
aos deficientes físicos e<br />
visuais. E, até mesmo,<br />
utilizar o automóvel particular<br />
quando lhe convir<br />
e não ficar preso nos engarrafamentos”.<br />
Em 2015, ao fazer<br />
um balanço sobre a introdução<br />
da política de<br />
mobilidade urbana, ele<br />
afirmava que conseguira<br />
derrubar pela metade os índices de vítimas<br />
graves no primeiro semestre em<br />
comparação de 2012 a 2014.<br />
Os dados apresentados por Coca foram<br />
colhidos do relatório da Polícia Militar.<br />
As vítimas graves e fatais, segundo<br />
o material, foram as que apresentaram<br />
maior redução no período, com queda<br />
de 51,52% e 46,91%, considerandose<br />
os números relativos (vítimas para<br />
cada 100 mil veículos). Coca apontava<br />
com estes números a receita de sucesso<br />
na cidade e apontava as mudanças<br />
necessárias para o futuro da cidade e<br />
também para as rodovias, que ainda<br />
oferecem altos índices de riscos.<br />
NOVOS NÚMEROS<br />
Em janeiro, Coca Ferraz não escondia<br />
sua euforia, pois estudos realizados<br />
pela Secretaria de Trânsito e Transportes,<br />
com base nas estatísticas de acidentes<br />
da Polícia Militar, apontavam<br />
Ciclovia da Via Parque no Vale do Sol onde mãe e filha fazem parte do belo cenário<br />
9<br />
Semana do Trânsito passa a lição do respeito, da cidadania<br />
e da responsabilidade no trânsito para as nossas crianças<br />
que a acidentalidade no trânsito da cidade<br />
continuava em queda.<br />
O índice de acidentes com vítimas<br />
caiu 8,89% de 2014 para 2015. Entre<br />
2012 e 2015, a queda foi de 35,07%.<br />
No triênio 2013-2015, foram evitados<br />
1.156 acidentes com vítimas.<br />
R<strong>ED</strong>UÇÃO DE<br />
VÍTIMAS GRAVES<br />
Houve redução de 10,35% no índice<br />
de vítimas de 2014 para 2015 e de<br />
36,86% no período 2012-2015. No período<br />
2013-2015, foram evitadas que<br />
1.386 pessoas sofressem lesões em<br />
acidentes de trânsito.<br />
Embora o índice de vítimas graves<br />
tenha aumentado em 13,68% de 2014<br />
para 2015, entre 2012 e 2015 houve redução<br />
de 45,97%. No período de 2013 a<br />
2015, foram evitadas lesões graves em<br />
261 pessoas – que, em tese, deixaram de<br />
passar por internação hospitalar.<br />
A redução do índice de vítimas fatais<br />
foi de 23,20% de 2014 para 2015<br />
e de 55,26% no período 2012-2015.<br />
No total foram evitadas 58 mortes no<br />
triênio 2013-2015.<br />
O índice de atropelamentos foi reduzido<br />
em 20,02% de 2014 para 2015 e<br />
em 52,41% entre 2012 e 2015.<br />
“Além de maior segurança, as ações<br />
envolvidas no projeto têm proporcionado<br />
ganhos significativos no tocante<br />
à fluidez do tráfego e à comodidade de<br />
condutores, pedestres e deficientes”,<br />
destaca o coordenador de Mobilidade<br />
Urbana e vice-prefeito Coca Ferraz que<br />
demonstra sua preocupação com as<br />
questões de segurança da população<br />
no trânsito, investindo seus conhecimentos<br />
neste setor.
REVITALIZAÇÃO<br />
Novo prédio da ACIA dará<br />
outra cara ao centro antigo<br />
Nos anos 60, o prédio da Associação Comercial e Industrial<br />
de Araraquara era identificado como Palácio do Comércio e<br />
Indústria. A reforma que vem sendo aplicada inovará a sede,<br />
tornando-a confortável e com critérios de acessibilidade, como<br />
elevador, além de segura pela implantação das normas exigidas<br />
pelo Corpo de Bombeiros.<br />
são sempre obrigatórias em todos os<br />
grupos de estabelecimentos, edificações,<br />
eventos e qualquer empreendimento,<br />
mesmo que temporário. O fator é decorrente<br />
da importância que os materiais de<br />
acabamento e revestimento exercem ao<br />
aumentar a carga de incêndio nos ambientes<br />
e consequentemente os riscos.<br />
Uma das novidades no projeto da<br />
sede da ACIA, fundada em 1934 (em outro<br />
lugar), é o elevador - velha aspiração<br />
de várias diretorias. Na verdade, à diretoria<br />
eleita em 1942 deve-se a aquisição<br />
da sede social, o que motivou o aumento<br />
do quadro associativo, no entanto, com o<br />
passar do tempo, a ACIA foi ficando cercada<br />
de prédios de grande porte. Com isso,<br />
nasceu o sonho de uma sede mais moderna<br />
com alguns andares. A realização<br />
desse sonho chegou com o presidente Jovenil<br />
Rodrigues de Souza que trabalhou<br />
pela compra do terreno entre a entidade<br />
e a antiga sede do Banco Bradesco, imóvel<br />
pertencente a Cecílio Karan, nascendo<br />
o que foi chamado na época, de Palácio<br />
do Comércio e Indústria.<br />
Sucedendo Jovenil Rodrigues de Sou-<br />
A arquiteta Dagmar Bizzinotto explica aos diretores o projeto de reforma da sede da ACIA<br />
A reunião mensal da diretoria da Associação<br />
Comercial e Industrial de Araraquara<br />
em janeiro, serviu para que o presidente<br />
Renato Haddad apresentasse um<br />
relatório sobre o andamento da reforma<br />
e ampliação que vem sendo realizada na<br />
sede da entidade desde o final do ano<br />
passado. “Tenho que agradecer a colaboração<br />
dos diretores, a compreensão dos<br />
associados e o empenho da construtora<br />
contratada para efetuar este serviço que<br />
mostra o nosso interesse em proporcionar<br />
mais conforto e facilidade no atendimento<br />
ao quadro associativo”, destacou.<br />
Para ele, a execução do projeto segue<br />
normalmente o cronograma de obras,<br />
sempre acompanhado pelos diretores,<br />
entre eles, o engenheiro Geraldo José<br />
Cataneu, à frente da comissão, identificando<br />
e quantificando as ações. Na reunião,<br />
Cataneu explicou que é necessário<br />
o trabalho ser conjunto entre a comissão<br />
e a construtora para estabelecer o andamento<br />
da obra, levando em conta os pre-<br />
cedentes para definir a duração de cada<br />
uma das atividades e a sequência lógica<br />
das mesmas.<br />
O projeto é da arquiteta Dagmar Bizzinotto<br />
baseado em equilíbrio financeiro e<br />
normas estabelecidas pelo município e o<br />
Corpo de Bombeiros: “Do antigo auditório<br />
foi retirado o carpete e os revestimentos<br />
laterais que eram feitos de madeira,<br />
comprometendo a segurança”, destacou<br />
a profissional.<br />
Geralmente, a exigência para as<br />
construções comerciais é mais rigorosa<br />
do que para residências unifamiliares.<br />
Isto porque quanto maior o risco às vidas,<br />
conforme o grupo de ocupação e<br />
uso, maior deve ser o rigor na adoção de<br />
materiais que atendam as normativas<br />
de segurança contra incêndios. Exemplo<br />
disso são os locais de reunião de público<br />
que abrangem as escolas, locais religiosos,<br />
grandes eventos, centros esportivos<br />
e clubes sociais. Diferentemente do que<br />
muitas pessoas pensam, as exigências<br />
10<br />
O engenheiro Geraldo José Cataneu faz<br />
parte da comissão designada pela diretoria<br />
para acompanhar o trabalho que deverá<br />
ser concluído em março, sendo um ponto<br />
histórico na trajetória da entidade que<br />
completará em junho 82 anos de fundação
Diretoria da ACIA reunida para discussão do projeto<br />
za, o empresário Vicente Michetti assumiu<br />
a presidência em 31 de janeiro de<br />
1970 e, em sua gestão, o prédio ganhou<br />
novo projeto arquitetônico, agora<br />
com o segundo e o terceiro andares.<br />
Quarenta e seis anos depois é<br />
que a diretoria presidida por Renato<br />
Haddad e companheiros de diretoria,<br />
conseguem colocar em prática um plano<br />
de investimento para tornar a ACIA em<br />
modelo funcional e de bela estética para<br />
tornar mais atraente o antigo centro comercial<br />
da cidade. Para isso algumas<br />
alterações foram efetuadas no projeto,<br />
comenta o presidente: “A copa ao<br />
lado do acesso ao auditório se tornou<br />
banheiro para cadeirantes; o elevador<br />
com 8 lugares também favorecerá os<br />
deficientes, o piso será frio, as paredes<br />
pintadas de acordo com normas de<br />
segurança e a iluminação exigirá led”,<br />
completa.<br />
Genivaldo Luiz da Silva, iniciando o<br />
revestimento com pastilhas no banheiro dos<br />
cadeirantes, um dos benefícios existentes no<br />
projeto de reforma e ampliação do prédio<br />
11
HOMENAGEM<br />
Trabalhaste muito, A<br />
Agora, descanse em<br />
Em dezembro, a Kibelanche<br />
completou 54 anos de<br />
atividades; durante pelo<br />
menos 35 anos, funcionou<br />
no principal corredor<br />
comercial da cidade, a<br />
Nove de Julho. Foi lá que<br />
Apparecido Dahab, o Aparício<br />
da Kibelanche, construiu<br />
amizades e consolidou um<br />
empreendimento que é<br />
orgulho para o comércio na<br />
área da alimentação. Foi com<br />
essa força que ele chegou à<br />
presidência da Associação<br />
Comercial e Industrial de<br />
Araraquara em 1978.<br />
Quem não conhecia o seu Aparício<br />
da Kibelanche? Todo mundo. E quem<br />
não conhecia, pelos menos já tinha<br />
ouvido falar. Na verdade, o nome dele<br />
era Apparecido Dahab, filho único de<br />
Tufik Dahab e Bassma Dahab, nascido<br />
somente nove anos após o casamento.<br />
Sua mãe tinha feito uma promessa a<br />
Nossa Senhora Aparecida para engravidar<br />
e quando aconteceu, tinha certeza<br />
que seria uma menina e, claro, se<br />
chamaria Aparecida. Como nasceu um<br />
menino, ela só mudou o ‘a’ para ‘o’.<br />
“Agora, se me perguntar por que sou<br />
chamado de Aparício, eu também não<br />
sei. Todo mundo começou a me chamar<br />
assim e parece que pegou. Só minha<br />
mãe sempre me chamou de Apparecido”,<br />
afirmou, sorrindo em janeiro de<br />
2008, aos amigos.<br />
Apparecido Dahab nasceu no bairro<br />
do Brás, em São Paulo, no dia 2 de<br />
novembro de 1930. Depois, mudou-se<br />
com a família para a Rua 25 de Março.<br />
Posteriormente, o pai Tufik Dahab levou<br />
a esposa e o filho para Rio Preto. E ele<br />
Aparício, gostava de lembrar: “Meu pai<br />
já era comerciante, como todo árabe.<br />
Começou a negociar ou, como se dizia,<br />
mascateava. E o campo de trabalho<br />
para os mascates era melhor no interior<br />
do que na capital”, contava. Lá, ficaram<br />
dois anos.<br />
Em 1941, vieram para Araraquara.<br />
“Porque toda a família da minha mãe e<br />
a do meu pai morava na cidade”, relembrava.<br />
Aqui chegando, Tufik Dahab alugou<br />
exatamente o prédio da Kibelanche.<br />
De acordo com Aparício, eram seis<br />
portas de madeira. O pai ocupou três<br />
delas com a Feira das Meias e as outras<br />
foram alugadas para uma empresa.<br />
Havia uma extensão muito grande<br />
atrás das lojas e a família morava nos<br />
fundos. A Feira das Meias ficava num<br />
local privilegiado na época, em frente<br />
ao Clube 27 de Outubro, com todo o comércio<br />
ao redor.<br />
Aparício Dahab começou a trabalhar<br />
aos 13 anos com um tio chamado<br />
O pai de Aparício, Tufik onde começou com<br />
a Kibelândia em 1941; no detalhe, as seis<br />
portas de madeira do prédio. Em 1961 no<br />
local surgiu a Kibelanche.<br />
12
parício.<br />
paz.<br />
Demétrio, que também imigrara<br />
do Líbano, na Casa<br />
Nenê, uma casa de armarinhos<br />
que vendia rendas,<br />
meadas de linha, botões<br />
e muitos produtos infantis.<br />
“Ele foi uma escola para<br />
mim”, afirmava orgulhoso<br />
ao falar de Demétrio.<br />
Depois de alguns anos<br />
na loja, foi chamado para<br />
trabalhar no extinto Banco<br />
Paulista do Comércio. Começou<br />
como office-boy e<br />
trabalhou até chegar a contador,<br />
quando resolveu sair e aceitar<br />
um convite para trabalhar na Móveis<br />
Castelan (móveis e colchões). “Foi uma<br />
extensão porque como já era contador,<br />
entrei na parte administrativa. Devia<br />
ter uns 18 anos, aproximadamente”,<br />
relembrava.<br />
Depois da loja de móveis, Aparício<br />
com 22 anos, foi trabalhar com a tia<br />
Wadia Karan Jabur, irmã de sua mãe<br />
e montaram “A Infantil”, loja de artigos<br />
infantis. “Eu achei interessante a ideia<br />
porque já estava no comércio”, dizia.<br />
Em 1954, Aparício deixou a sociedade<br />
com a tia e foi trabalhar com o pai<br />
na Feira das Meias porque o negócio<br />
estava meio parado. Além das meias, a<br />
loja também vendia confecções e calçados,<br />
um verdadeiro magazine. “O ramo<br />
de calçados era muito ingrato naquela<br />
época, porque o governo resolveu carimbar<br />
o preço nos sapatos. A inflação<br />
era alta. Você vendia fiado e não podia<br />
cobrar nada a mais”, explicava.<br />
Com 25 anos, Aparício casou-se<br />
com Isabelle Bou Assi Dahab, também<br />
de descendência libanesa, em 1956. O<br />
casal teve quatro filhos: Ricardo, Carlos<br />
Alberto, Renato e Cristina.<br />
A KIBELANCHE<br />
Apparecido Dahab, ou<br />
simplesmente Aparício<br />
da Kibelanche<br />
Aproveitando o local em frente o<br />
Clube 27 de Outubro, Aparício decidiu<br />
montar uma lanchonete, até porque<br />
havia carência de uma casa de alimentação<br />
na Rua 9 de Julho. “Começaram<br />
a me chamar de louco, mas acabei<br />
montando. Deixei a loja funcionando<br />
de um lado e do outro lado montei a<br />
lanchonete. Enquanto isso, liquidava os<br />
produtos até encerrar as atividades da<br />
loja”, dizia.<br />
Foi uma ousadia que deu certo. A<br />
inauguração da Kibelanche aconteceu<br />
na véspera do Natal de 1961 e, no ano<br />
seguinte, ocorreu o encerramento das<br />
atividades da Feira das Meias. A lanchonete<br />
começou como Kibelândia,<br />
mas como em São Paulo já havia uma<br />
lanchonete com o mesmo nome, Aparício<br />
mudou para Kibelanche.<br />
A família inteira foi trabalhar na lanchonete.<br />
A luta foi com todo mundo jun-<br />
to. “Minha mãe foi para a cozinha. Meu<br />
pai ficava no caixa e meu filho mais<br />
velho o ajudava. Trabalhávamos todos<br />
e meus filhos cresceram ali. Minha esposa<br />
aprendeu com minha mãe e até<br />
hoje ela ainda está na cozinha da Kibelanche”,<br />
conta. No começo foi uma vida<br />
muito sacrificada. Quando tinha baile<br />
no Clube 27 trabalhávamos até às 6<br />
horas da manhã e no dia seguinte estávamos<br />
abertos para atender o público.<br />
Dentro do comércio de Araraquara<br />
Aparício fez de tudo um pouco: teve a<br />
única fábrica de flâmulas, que na época<br />
estava no apogeu da criação do<br />
silkscreen pra montagem; teve uma<br />
peixaria e uma empresa de construção<br />
de casas; foi dono dos restaurantes<br />
Gimba e Barril, foi presidente do Sindicato<br />
de Hotéis e Similares, presidente<br />
da Associação Comercial, diretor do<br />
Sindicato do Comércio Varejista e também<br />
Juiz Classista.<br />
Com toda essa história feita de lutas<br />
e muito trabalho na cidade, Aparício foi<br />
homenageado com o título de Cidadão<br />
Araraquarense. Porém, recusou-se a ir<br />
receber a homenagem na Câmara, preferindo<br />
o seu escritório.“Mas, não pensem<br />
que se tratou de desprezo à homenagem.<br />
Ao contrário sentiu-se muito<br />
honrado, mas a justificativa foi simples:<br />
“Não gosto de aparecer, já passei dessa<br />
fase”, contou, sorrindo.<br />
E foi com essa humildade que Aparício<br />
partiu no dia 26 de janeiro; acidentado<br />
ao descer de uma escada fraturou<br />
o fêmur e a bacia. Porém, não suportou<br />
a cirurgia, vindo a falecer e levando em<br />
sua bagagem uma história que serve<br />
de inspiração para muitos.<br />
Aparício e Isabelle casaram-se no mesmo dia<br />
que Josef (Zé do Gimba) e Farize (irmã de<br />
Isabelle), em 1956, no Salão Micelli<br />
13<br />
Aparício e Isabelle nos anos 80; uma<br />
felicidade que perdurou por 59 anos
FATOS E FOTOS<br />
MUNICÍPIO PAGA OS PRECATÓRIOS, ATÉ DE EX-PREFEITOS<br />
Roberto Pereira, da Fazenda Municipal<br />
Mesmo com as dificuldades financeiras<br />
enfrentadas pelas prefeituras, Araraquara<br />
encerrou o ano acima da média nacional,<br />
cumprindo com os pagamentos dos seus<br />
precatórios, num valor de R$ 5 milhões.<br />
SABENDO USAR NÃO VAI FALTAR<br />
O presidente da Câmara Municipal, Elias<br />
Chediek, entregou ao prefeito Marcelo<br />
Barbieri cheque de R$ 3.612.831,64<br />
milhões, referente à devolução de parte dos<br />
recursos destinados no orçamento municipal<br />
ao Legislativo em 2015. Em tempos de<br />
austeridade, o prefeito destacou o cuidado<br />
do presidente da Câmara com os gastos<br />
públicos. Via de regra, a devolução de verbas<br />
não utilizadas pela Câmara é normal e uma<br />
forma da presidência mostrar seu lado gestor<br />
e político responsável com o dinheiro público.<br />
NOVO SUPERINTENDENTE DO BB<br />
Francisco Herrero<br />
Martins é o novo<br />
superintendente<br />
regional do Banco<br />
do Brasil. Para ele<br />
atuar na regional<br />
em Araraquara,<br />
que possui 36<br />
agências e abrange<br />
28 municípios, é<br />
uma satisfação e<br />
um crescimento<br />
profissional.<br />
“Araraquara tem<br />
muita energia na<br />
Francisco Herrero<br />
economia, esporte,<br />
educação, cultura e social. Temos as<br />
melhores perspectivas pela frente e estamos<br />
à disposição”, frisou o superintendente.<br />
Natural de Cianorte, no Paraná, Herrero,<br />
passou por Monte Dourado no Pará,<br />
depois Aquidauana, na região do<br />
pantanal sul matogrossense. Há cerca de<br />
17 anos trabalhando no Banco do Brasil,<br />
experimenta no Estado de São Paulo uma<br />
nova fase em sua brilhante carreira.<br />
14<br />
De acordo com o secretário municipal<br />
da Fazenda, Roberto Pereira, o valor dos<br />
precatórios soma dívidas, inclusive, de<br />
prefeitos anteriores, mas, mesmo assim, a<br />
Prefeitura está conseguindo cumprir com<br />
os compromissos. “Em 2014 a prefeitura<br />
estava com uma dívida de R$ 120 milhões<br />
e, agora, conseguimos diminuir em quase<br />
50%; fechamos o ano com a dívida na casa<br />
dos R$ 70 milhões, o que é positivo”, diz<br />
Pereira. Os precatórios são ordens judiciais<br />
de pagamento. É quando um juiz determina,<br />
em última instância, que a Prefeitura pague<br />
algum valor para alguém. Por exemplo,<br />
quando uma pessoa ganha uma ação judicial<br />
contra a Prefeitura e tem que receber o que o<br />
Juiz determinou, o valor vai para precatório.<br />
SUBINDO<br />
A chegada da<br />
iniciativa privada, no<br />
caso a Unimed, para<br />
ajudar a conscientizar<br />
a população no<br />
combate à dengue,<br />
chikungunya e zika,<br />
merece elogios. O<br />
trabalho será em<br />
conjunto com a<br />
Prefeitura, a partir de<br />
ações que envolverão<br />
também, a população<br />
para evitar a<br />
proliferação do Aedes.<br />
DESCENDO<br />
O comércio varejista<br />
fechou o ano de<br />
2015 com queda<br />
média de 8% no<br />
movimento de vendas<br />
frente a 2014. Foi o<br />
pior quadro desde<br />
o início do Plano<br />
Real. O segundo<br />
pior resultado foi em<br />
1999, quando uma<br />
crise levou à retração<br />
média de 5,9%. O<br />
fechamento de lojas<br />
na cidade mostra isso.<br />
MARCA QUE FICA PARA SEMPRE<br />
Dedicação é tudo e<br />
a grande prova foi<br />
dada pela educadora<br />
física e atleta da<br />
Fundesport, Noeme<br />
Pereira, ao vencer<br />
em 25 minutos e 32<br />
segundos a Corrida<br />
de Santo Onofre, na<br />
modalidade geral<br />
feminina. Ela correu 7<br />
quilômetros no último<br />
dia do ano pelas Noeme, a primeira<br />
ruas de Araraquara.<br />
Embora o pedestrianismo não seja tão<br />
popular na cidade, é verdade que por ser<br />
uma corrida tradicional, o público feminino<br />
investe sua energia na prova e aos poucos<br />
o pessoal vai tomando gosto pelo esporte.<br />
Destacar sua vitória, quem sabe, é uma<br />
forma de propagar o esforço da Noeme,<br />
um exemplo para todos.
FRASE<br />
“Enquanto<br />
forem permitidas<br />
campanhas eleitorais<br />
milionárias, haverá<br />
corrupção no<br />
governo, pois alguém<br />
precisará pagar a<br />
Augusto Branco<br />
conta da campanha,<br />
certo? Ninguém doa tanto dinheiro para<br />
uma campanha eleitoral à toa. Não existe<br />
tanto idealismo assim neste mundo, ou a<br />
humanidade não padeceria de tantos males.”<br />
Augusto Branco, nascido em Porto Velho,<br />
filho de dona Rosa e “seo” Raimundo<br />
A frase parece ser direcionada ao ministrochefe<br />
da Secretaria de Comunicação Social<br />
das Comunicações, Edinho Silva, pela<br />
insistência em dizer: “Tudo correto do ponto<br />
de vista jurídico e ético. Estive com dezenas<br />
de empresários durante o processo eleitoral,<br />
e todas as conversas ocorreram dentro da<br />
legalidade.“<br />
UM TÍTULO PARA PAULO SASSI<br />
Merecida a entrega do título de “Cidadão<br />
Araraquarense” ao paulistano Paulo Sassi,<br />
50 anos de idade, diretor do Senai em<br />
Araraquara. Aos 14 anos ele iniciou o curso<br />
de Aprendizagem Industrial de Mecânica<br />
Geral e em seguida de Eletrônica Industrial,<br />
concluindo em 1982 seu 1º Grau na Escola<br />
Senai “Roberto Simonsen”. Foi para Matão<br />
e aos 17 anos começou a trabalhar na<br />
Marchesan, depois Baldan, Bambozzi,<br />
Citrosuco e Marchesan novamente. Concluiu<br />
o Ensino Médio com Habilitação Plena<br />
em Mecânica em 1990. Em fevereiro de<br />
1995 voltou ao Senai, desta vez como<br />
funcionário. Trabalhava durante o dia na<br />
Marchesan e lecionava mecânica à noite no<br />
Senai Araraquara. Em 1996 foi convidado<br />
a trabalhar como Instrutor de Mecânica<br />
Geral e em seguida Coordenador Técnico<br />
e Pedagógico. Seis meses depois já tinha<br />
um novo desafio: estruturar o Senai Matão,<br />
inaugurado em setembro de 1996, tornandose<br />
unidade autônoma no início de 2000. A<br />
partir daí assumiu a Direção da nova Escola,<br />
voltando ao Senai Araraquara em agosto de<br />
2008. Aos 20 anos<br />
de idade conheceu<br />
Joelma, com quem<br />
se casou 9 anos<br />
mais tarde, em<br />
1995. Dessa união<br />
nasceram Carolina<br />
e Gabriela.<br />
Paulo Sassi, agora<br />
“Cidadão Araraquarense”<br />
15
INDÚSTRIA<br />
Cidade pode ser um<br />
pólo metroferroviário<br />
No dia 18 de março, uma sexta-feira, a Hyundai Rotem<br />
iniciará oficialmente as operações fabris na sua nova unidade<br />
em Araraquara. Os trabalhos administrativos começaram<br />
antes.<br />
Com um brilhante passado histórico<br />
ferroviário, Araraquara parece predestinada<br />
a resgatar uma atividade que<br />
a tornou forte economicamente no começo<br />
do século XX, com a implantação<br />
da Companhia Paulista de Estradas de<br />
Ferro e Estrada de Ferro Araraquara, a<br />
partir de Rio Claro. Na época, além de<br />
levar passageiros em carros de primeira<br />
e segunda classe, as companhias<br />
transportavam o café colhido nos 16<br />
milhões de pés plantados na região.<br />
A implantação da EFA teve início em<br />
9 de novembro de 1896, sendo que<br />
seu projeto inicial seria a ligação de<br />
Araraquara com a então Vila de Ribeirãozinho<br />
(hoje Taquaritinga) em um total<br />
de 82 quilômetros. Em 1 de outubro<br />
de 1898 foi inaugurado o trecho inicial<br />
entre Araraquara e Itaquerê (hoje Bueno<br />
de Andrade), com 25 quilômetros de<br />
extensão. No ano seguinte a linha atingiria<br />
Matão e somente em 7 de dezembro<br />
de 1901 chegaria a Taquaritinga,<br />
concluindo o projeto inicial.<br />
Posteriormente a ferrovia foi sendo<br />
ampliada, mas devido aos problemas<br />
financeiros ocorridos em 1902 e 1912<br />
na EFA (que culminaram na falência da<br />
empresa e sua encampação pelo estado<br />
de São Paulo 1919), a ferrovia, que<br />
chegaria em 1912 em São José do Rio<br />
Preto, teve sua expansão paralisada<br />
por 21 anos.<br />
Nas décadas de 30, 40 e 50 a companhia<br />
recebeu pesado investimento<br />
do Estado. As obras de expansão foram<br />
retomadas em 1933, sendo concluídas<br />
em 1952 quando a linha alcançou Presidente<br />
Vargas (atual Rubinéia), situada<br />
às margens do Rio Paraná. Após ter sua<br />
expansão concluída, foram iniciadas<br />
obras de retificação de trechos, modernização<br />
de estações existentes e abertura<br />
de novas estações, aquisição de<br />
novo material rodante e rebitolamento<br />
das vias (de 1,00m para 1,60m) para<br />
integrar a malha da EFA à Linha Tronco<br />
da Companhia Paulista que possuía bitola<br />
de 1,60m. Em 10 de novembro de<br />
1971 a Estrada de Ferro Araraquara foi<br />
absorvida pela Fepasa.<br />
RETOMADA<br />
No início de janeiro ao receber o<br />
diretor presidente Sungha Jun e o diretor<br />
de projetos Taedong Kim, ambos<br />
da Hyundai Rotem, o prefeito Marcelo<br />
Barbieri disse a eles que “a instalação<br />
da Hyundai Rotem coloca Araraquara<br />
na vanguarda pela retomada dos<br />
serviços ferroviários no Brasil e pode<br />
transformar o município em um pólo<br />
A foto pertencente à<br />
coleção de Alberto<br />
Henrique Del Bianco,<br />
mostra carro de<br />
passageiro de aço<br />
carbono construído<br />
nas Oficinas da EFA<br />
em Araraquara, na<br />
década de 40. A<br />
Hyundai retoma a<br />
história<br />
16<br />
O novo presidente da Hyundai Rotem Brasil,<br />
Sungha Jun, em janeiro, se apresentou ao<br />
prefeito Marcelo Barbieri, em Araraquara.<br />
Jun ficará na cidade<br />
metroferroviário”. Marcelo citou ainda a<br />
Randon, fábrica de vagões e de semirreboques<br />
canavieiros que está sendo<br />
instalada na cidade.<br />
Sungha Jun e Taedong Kim disseram<br />
que tinham conhecimento deste<br />
perfil ferroviário de Araraquara e anunciaram<br />
a inauguração oficial da fábrica<br />
de Araraquara, localizada próximo à<br />
região do Jardim das Hortênsias, para<br />
o próximo dia 18 de março. Na oportunidade<br />
também foram discutidos os<br />
detalhes sobre o acesso alternativo à<br />
planta da empresa em Araraquara a<br />
partir da SP–255, ou Rodovia Antônio<br />
Machado Sant’Anna. O acesso definitivo<br />
está previsto para ser entregue até o<br />
final do ano.<br />
A instalação da empresa sul-coreana<br />
no município, segundo o prefeito,<br />
vai permitir que Araraquara dê um salto<br />
maior na qualidade de vida da população,<br />
com a geração de empregos e renda<br />
e o aumento futuro no repasse de<br />
ICMS, via Estado.
A tecnologia torna a<br />
Hyundai uma empresa<br />
de ponta na fabricação<br />
de trens. A expectativa<br />
por novos empregos<br />
em Araraquara é uma<br />
boa notícia para o<br />
setor, que ainda está<br />
mergulhada na crise.<br />
Alta Tecnologia<br />
Com investimento inicial de US$ 40<br />
milhões, em uma área superior a 21 mil<br />
metros quadrados e tecnologia de ponta,<br />
a planta de Araraquara será a segunda<br />
maior fábrica da Hyundai Rotem<br />
no mundo e a primeira no Brasil, visando<br />
atender também a América Latina.<br />
A empresa já tem contrato para<br />
produção de 240 carros para a CPTM<br />
(Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)<br />
e 112 carros para o Metrô de<br />
Salvador. Enquanto a sua planta industrial<br />
não é inaugurada, a Hyundai Rotem<br />
deu início à produção em um dos<br />
barracões anexos à fábrica da Iesa.<br />
O lançamento da pedra fundamental<br />
ocorreu em abril de 2015, com a<br />
presença na cidade do governador Geraldo<br />
Alckmin, além de executivos da<br />
multinacional e de diversas outras autoridades.<br />
A vinda da Hyundai Rotem é considerada<br />
uma das ações mais importantes<br />
do prefeito Marcelo Barbieri, propiciando<br />
o início da implantação de um<br />
novo pólo metroferroviário.<br />
17
Quatro de junho de 1968. Raul Aranda<br />
Amado enfrenta o frio que castiga<br />
Araraquara naquela terça-feira, bem<br />
cedo, e sai para a entrega de mais uma<br />
encomenda de impressos. Ele pega a<br />
sua nota fiscal de número 3779 e diz<br />
que volta logo. Eram 20 talões de notas<br />
B-1 e 5 talões de notas B-2 a serem<br />
entregues a Luis Delfini, na Rua 9 de Julho,<br />
proximidades do Jardim Primavera. Raul<br />
sabia que por aquele serviço receberia<br />
NCr$ 60,00 (sessenta cruzeiros novos). Na<br />
verdade “os cruzeiros antigos tinham saído<br />
de circulação um ano antes (08/02/1967),<br />
e a economia caminhava para sua<br />
aceleração em plena ditadura militar.<br />
Pacientemente ele até deu um exemplo<br />
aos seus funcionários na gráfica: Cr$<br />
Se você tem histórias<br />
para contar sobre o<br />
comércio da cidade,<br />
entre em contato<br />
com nossa redação:<br />
3336.4433.<br />
Pesquisa: Roberto Dolfini<br />
4.750 (quatro mil, setecentos e cinquenta<br />
cruzeiros) passou a expressar-se NCr$ 4,75<br />
(quatro cruzeiros novos e setenta e cinco<br />
centavos). Mas ainda que ocorresse essa<br />
transformação as coisas caminhavam bem,<br />
dizia ele. De imposto sobre a nota dos<br />
talões ele sabia que teria que pagar pouco<br />
mais de dez cruzeiros novos.<br />
Por mais de 50 anos foi esta sua vida<br />
dentro da Gráfica Globo, confecionando<br />
impressos comerciais, prospectos, panfletos<br />
e catalogos como a própria propaganda<br />
sua indicava. Localizada na Avenida<br />
José Bonifácio, 309 e 313, a gráfica<br />
se completava com a Papelaria Globo,<br />
atendendo nos anos 60 pelo telefone 3427<br />
e a Caixa Postal 241.<br />
O tempo passou para ele. Seu falecimento<br />
em 2002 causou tristeza na cidade pois<br />
Raul era estimado por todos. Contudo,<br />
o que ele criou continua com a mesma<br />
seriedade nas mãos do seu filho que tem<br />
por homenagem o mesmo nome: Raul. A<br />
marca - Gráfica Globo, continua forte e<br />
representa nos meios gráficos o que há de<br />
melhor. Um orgulho para Araraquara.<br />
18
Paulo Hoff, Ricardo Madalena, Gilberto Chierice, Salvador Neto e Roberto Massafera em<br />
encontro no Núcleo de Pesquisa do Instituto do Câncer<br />
Há mais de 20 anos, Gilberto Chierice,<br />
professor aposentado da USP faz a pesquisa<br />
NA ROTA DO MILAGRE<br />
Massafera diz: “Pílula do câncer<br />
será produzida a partir de março”<br />
O governador Geraldo<br />
Alckmin libera R$ 2 milhões<br />
pesquisas e já anuncia<br />
que a partir de março o<br />
medicamento começará a ser<br />
testado e depois liberado para<br />
atender 13 mil pacientes que<br />
recorreram à Justiça.<br />
O deputado estadual Roberto Massafera<br />
confirmou que a fosfoetanolamina<br />
sintética, substância também<br />
chamada de pílula do câncer e uma<br />
promissora arma contra a doença, deve<br />
estar disponível para pesquisa nos próximos<br />
30 dias.<br />
No final de janeiro, Massafera participou<br />
de duas importantes reuniões,<br />
uma no Palácio Bandeirantes com o governador<br />
Geraldo Alckmin e o secretário<br />
de Estado da Saúde, David Uip; e outra<br />
com o diretor do Instituto do Câncer<br />
do Estado de São Paulo, Dr. Paulo Hoff.<br />
Ele esteve acompanhado dos pesquisadores<br />
da USP São Carlos, Gilberto<br />
Chierice e Salvador Claro Neto; do deputado<br />
estadual Ricardo Madalena e<br />
do deputado federal Lobbe Neto; além<br />
do prefeito de São Carlos, Paulo Altomani.<br />
O governo está decidindo qual laboratório<br />
vai produzir a substância. O PDT<br />
Pharma, de Cravinhos, e o Cristália, de<br />
Itapira, devem atender as normas e<br />
certificações da Anvisa (Agência Nacional<br />
de Saúde) como o BPF (Boas Práticas<br />
de Fabricação).<br />
A produção da fosfoetanolamina<br />
visa atender, inicialmente, as atividades<br />
de pesquisa que serão capitaneadas<br />
pelo ICESP. O governador Geraldo<br />
Alckmin liberou R$ 2 milhões para testes<br />
e pesquisas que envolverão até mil<br />
pacientes de câncer.<br />
À medida que as pesquisas avançarem,<br />
a substância poderá ser liberada<br />
19<br />
para atender a cerca de 13 mil pacientes<br />
que aguardam na Justiça a liberação<br />
de liminares que autorizem o uso<br />
da fosfoetanolamina. O Ministério da<br />
Saúde já aceitou o chamado uso compassivo<br />
da substância ainda em fase<br />
de testes. “O resultado dessa pesquisa,<br />
se positivos, pode transformar a Saúde<br />
em todo o mundo. Corajosamente,<br />
o governador Geraldo Alckmin está colocando<br />
toda infraestrutura do Estado<br />
e conhecimento científico necessários<br />
nesse projeto”, reconheceu Massafera,<br />
enaltecendo a conduta do governador.<br />
Paulo Hoff, Salvador Neto, Lobbe Neto, Ricardo Madalena, Geraldo Alckmin, Gilberto Chierice,<br />
Roberto Massafera e Paulo Altomani, reunião no Palácio dos Bandeirantes
ECONOMIA<br />
Quem é que não adora um feriado<br />
prolongado? Comerciante não gosta.<br />
Alguns setores da economia<br />
não veem com bons olhos<br />
estas datas. Para o comércio,<br />
por exemplo, estes feriadões,<br />
como aconteceu no ano<br />
passado, representam perdas<br />
nas vendas e despesas a serem<br />
pagas. Em <strong>2016</strong>, serão seis<br />
feriados prolongados.<br />
Para quem gosta de viajar ou aproveitar<br />
feriados prolongados para descansar,<br />
2015 foi um ano generoso. Afinal,<br />
em média, doze feriados, incluindo<br />
os nacionais e de aniversários municipais,<br />
caíram em segundas, terças, quintas<br />
ou sextas-feiras, situação que para<br />
muitos permite uma folguinha extra. No<br />
entanto, o próximo ano tem um panorama<br />
bem diferente. De fato, diz o presidente<br />
do Sincomercio, Antônio Deliza<br />
Neto, pois como é um ano bissexto, ou<br />
seja, que tem 366 dias, um a mais do<br />
que os anos normais (29 de fevereiro),<br />
a sequência dos feriados sofre algumas<br />
alterações.<br />
Renato Haddad,<br />
presidente<br />
da ACIA<br />
É como se em anos comuns, um<br />
feriado que caiu em uma segunda, por<br />
exemplo, no ano seguinte cairá na terça.<br />
A cada quatro anos, essa sequência<br />
pula dois dias, ao invés de um. O objetivo<br />
desta alteração é manter o calendário<br />
ajustado com a translação do planeta<br />
Terra, movimento feito ao redor do<br />
Sol. É por isso então que, diferente de<br />
2015, <strong>2016</strong> será um ano com menos<br />
feriados passíveis de emendas.<br />
Quando questionado se para o comércio<br />
será bom ou ruim, Toninho Deliza<br />
é categórico: “Feriado prolongado<br />
atrapalha e bastante as vendas”. Ele<br />
explica que, por ser prolongado, são<br />
dias em que o comerciante continua<br />
tendo despesas e não entra venda.<br />
Já o presidente da Associação Comercial<br />
e Industrial de Araraquara, Renato<br />
Haddad, entende que no Brasil a cultura<br />
de transformar as datas festivas em feriados<br />
está na contramão do mundo moderno<br />
que hoje vivemos, pois a economia<br />
está globalizada e o custo de produção<br />
do nosso país é o maior do mundo.<br />
Renato Haddad explica ainda que<br />
temos obtido um crescimento importante<br />
na área de serviços e também<br />
que há um número expressivo de franquias<br />
se instalando em nossa cidade:<br />
“Mas notamos um perfil muito claro<br />
dos nossos consumidores que buscam<br />
sempre o melhor produto e serviço”,<br />
completa o dirigente.<br />
Para driblar as perdas, o presidente<br />
do Sincomercio, Toninho Deliza, acon-<br />
20<br />
Toninho<br />
Deliza, do<br />
Sincomercio<br />
,<br />
O comerciante diz que o<br />
ano será caracterizado por<br />
custos altos, mercadorias<br />
mais caras e volume<br />
de vendas menor. O<br />
faturamento até pode<br />
ficar maior por causa do<br />
aumento das mercadorias.<br />
Mas os volumes vendidos<br />
e as margens serão bem<br />
menores.,
DIAS DE FOLGA EM <strong>2016</strong><br />
<strong>FEVEREIRO</strong><br />
MARÇO<br />
ABRIL MAIO MAIO<br />
JULHO<br />
9 (terça-feira)<br />
25 (sexta-feira)<br />
21 (quinta-feira)<br />
1º (domingo)<br />
26 (quinta-feira)<br />
9 (sábado)<br />
CARNAVAL<br />
SEXTA-FEIRA<br />
DA PAIXÃO<br />
TIRADENTES<br />
DIA DO<br />
TRABALHO<br />
CORPUS<br />
CHRISTI<br />
REVOLUÇÃO<br />
CONSTITUCIONALISTA<br />
AGOSTO<br />
SETEMBRO<br />
OUTUBRO<br />
NOVEMBRO<br />
NOVEMBRO<br />
NOVEMBRO<br />
DEZEMBRO<br />
22 (segunda-feira)<br />
7 (quarta-feira)<br />
12 (quarta-feira)<br />
2 (quarta-feira)<br />
15 (terça-feira)<br />
20 (domingo)<br />
25 (domingo)<br />
ANIVERSÁRIO DE<br />
ARARAQUARA<br />
INDEPENDÊNCIA<br />
DO BRASIL<br />
DIA DE NOSSA<br />
SENHORA APARECIDA<br />
FINADOS<br />
PROCLAMAÇÃO<br />
DA REPÚBLICA<br />
DIA DA CONSCIÊNCIA<br />
NEGRA<br />
NATAL<br />
FERIADOS PROLONGADOS<br />
FERIADOS COMUNS<br />
selha que a empresa planeje seu fluxo<br />
financeiro, visualizando os feriados já<br />
estabelecidos para não ficar inadimplente<br />
com seus fornecedores, uma<br />
vez que a loja fica fechada com as despesas<br />
que não param.<br />
Em 2015, os comerciantes deixaram<br />
de faturar bem mais. A perda foi de<br />
12,6% a mais do que a prevista, com<br />
muitas lojas fechando, ainda que em alguns<br />
setores o índice tenha sido menor.<br />
Os varejistas de acordo com os estudos<br />
também não tiveram coragem de<br />
investir tendo em vista a queda das vendas,<br />
e a rentabilidade adquirida acabou<br />
se transformando apenas em garantia<br />
de caixa para despesas emergenciais.<br />
Neste ano, assegura Toninho Deliza,<br />
em um ano difícil, de recessão,<br />
é temeroso comentar como serão as<br />
vendas. Contamos com um número<br />
menor de feriados que num momento<br />
assim, pode ser visto como ponto favorável.<br />
Da mesma forma raciocina Renato<br />
Haddad, presidente da ACIA. Contudo<br />
se mostra mais espeançoso pelo perfil<br />
do brasileiro em acreditar que o amanhã<br />
dará certo: “Embora mergulhada<br />
em crise e com pouco dinheiro circulando,<br />
a economia mostra que o consumidor<br />
terá que se adequar à realidade;<br />
o empreendedor também”.<br />
21
SIMPLES NACIONAL<br />
Começa a vigorar a Certificação Digital<br />
para empresas com até oito funcionários<br />
Medida teve início em janeiro<br />
e pouca divulgação foi dada<br />
sobre a exigência, devendo<br />
apanhar muitas empresas<br />
desprevenidas neste começo<br />
de ano. A certificação digital<br />
pode ser feita na Solssia<br />
Corretora de Seguros que<br />
conta com profissionais e<br />
aparelhamento técnico para<br />
executar todo processo.<br />
Sérgio e Mauro,<br />
da Solssia Corretora<br />
de Seguros e<br />
Certificação Digital<br />
O diretor Mauro Solssia, da Solssia<br />
Corretora de Seguros e Certificação<br />
Digital, está alertando comerciantes<br />
e industriais sobre as diretrizes da resolução<br />
125 do CGNS (Comitê Gestor<br />
do Simples Nacional), que desde 1º de<br />
janeiro, a Certificação Digital passou a<br />
ser obrigatória também para empresas<br />
optantes pelo Simples Nacional com<br />
mais de oito funcionários. “Até 31 de<br />
dezembro, a obrigatoriedade era válida<br />
para empresas do Simples Nacional<br />
com mais de 10 empregados”, recorda<br />
Mauro, que se diz preocupado com a<br />
divulgação das informações, pois, não<br />
tem visto orientação neste sentido.<br />
“Muita gente pode ser surpreendida<br />
por isso”, alertou.<br />
No caso de empresas do Simples<br />
Nacional, a certificação digital poderá<br />
ser exigida para entrega da GFIP (Guia<br />
de Recolhimento do Fundo de Garantia<br />
do Tempo de Serviço e Informações à<br />
Previdência Social); para recolhimento<br />
do FGTS; ou para declarações relativas<br />
ao eSocial (Sistema de Escrituração<br />
Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias<br />
e Trabalhistas). “A cada dia<br />
que passa a certificação digital tem se<br />
tornado um documento fundamental e<br />
essencial para a vida do empresário”,<br />
afirma o dirigente ao lembrar de que<br />
a Solssia é uma das principais certificadoras<br />
da região. “Estamos bem desenvolvido<br />
nesta área, proporcionando<br />
agilidade na renovação e de novas certificações”,<br />
comentou.<br />
A certificação digital também poderá<br />
ser exigida para entrega aos Estados<br />
das informações relativas à substituição<br />
tributária, diferencial de alíquota ou recolhimento<br />
antecipado do ICMS, desde<br />
que a empresa já esteja obrigada à<br />
emissão de documento fiscal eletrônico.<br />
“A assinatura digital com validade jurídica<br />
para garantir proteção às transações<br />
eletrônicas, além de agilizar e desburocratizar<br />
processos, a Certificação Digital<br />
garante segurança graças à tecnologia<br />
de algoritimos criptografados, o que dá<br />
a confidencialidade e a integridade das<br />
informações”, lembra Mauro Solssia, ao<br />
apontar a infraestrutura criada na empresa<br />
para o atendimento público na<br />
cidade e região. “Temos equipamentos<br />
específicos, pessoal treinado, espaço<br />
adequado e atendimento personalizado”,<br />
apontou o diretor.<br />
22<br />
A Solssia Corretora de<br />
Seguros, na Av. Bento<br />
de Abreu, 914, faz a<br />
emissão de certificado<br />
digital, bem como atua<br />
na área de consórcios<br />
de carros, casas,<br />
apartamentos, caminhões<br />
e equipamentos.<br />
A empresa em julho estará<br />
completando 30 anos de<br />
atividades, constituindo-se<br />
numa das seguradoras<br />
mais conceituadas em<br />
nosso País.<br />
Outro detalhe alertado<br />
por ele, é que a<br />
partir de 1º de julho,<br />
a norma passa a valer<br />
também para empresas<br />
optantes pelo<br />
Simples Nacional com<br />
mais de 5 empregados.<br />
Existem vários tributos<br />
com a certificação digital<br />
como: E-CPF - Certificado Digital<br />
ICP-Brasil emitido para pessoa física,<br />
oferecendo validade jurídica; E-CNPJ<br />
- Certificado Digital ICP-Brasil emitido<br />
para empresas, oferecendo validade<br />
jurídica; CT-E - Certificado Digital ICP-<br />
Brasil utilizado para assinatura do conhecimento<br />
de transporte eletrônico;<br />
Conectividade Social - certificado digital<br />
ICP-Brasil para acesso ao Conectividade<br />
Social ICP; SSL - certificados digitais<br />
SSL destinam-se a autenticar Servidores<br />
Web e Criar Canais Criptográficos.
Em média circulam diariamente pela<br />
Prefeitura 1.700 pessoas<br />
Jornada reduzida começou<br />
em setembro de 2015 e se<br />
encerraria em 31 de janeiro<br />
deste ano; medida gerou<br />
economia aos cofres públicos.<br />
NADA MUDA<br />
Prefeitura mantém atual<br />
horário de funcionamento<br />
A Prefeitura de Araraquara publicou<br />
no final de janeiro, portaria e decreto<br />
que estendem o atual horário de funcionamento<br />
das repartições públicas<br />
da Administração Municipal até o dia<br />
31 de maio de <strong>2016</strong>. A jornada de trabalho<br />
dos servidores públicos no período<br />
da manhã continua das 7h às 13h,<br />
e o atendimento ao público nos prédios<br />
que funcionam neste período acontece<br />
das 7h15 às 12h45.<br />
Os locais que realizam atendimento<br />
no período da tarde, como é o caso do<br />
Paço Municipal, o horário de funcionamento<br />
prossegue das 12h às 18h, e o<br />
horário de atendimento ao público também<br />
não sofreu alteração, ocorrendo<br />
das 12h15 às 17h45.<br />
Já o horário de funcionamento das<br />
unidades básicas de saúde, Unidades<br />
de Pronto Atendimento (Upas), creches<br />
e escolas municipais não sofreram alterações.<br />
Os novos horários estão em vigor<br />
desde setembro de 2015 e contribuíram<br />
para a economia de pelo menos<br />
R$ 1 milhão aos cofres públicos municipais,<br />
com a redução de gastos com<br />
horas extras, combustível, telefone e<br />
energia elétrica.<br />
A redução da jornada de trabalho<br />
para seis horas diárias dos servidores<br />
municipais, e consequente redução de<br />
gastos e insumos, é necessária devido<br />
ao atual quadro econômico do país, devido<br />
à queda nos repasses efetuados<br />
pelos governos Federal e Estadual às<br />
prefeituras, entre eles, o FPM.<br />
Mais informações:<br />
www.araraquara.sp.gov.br<br />
23
DIREITO<br />
Validade dos atestados médicos<br />
O atestado médico que<br />
justifica faltas e afastamento<br />
de funcionários por motivos<br />
de doença, continua sendo<br />
um dos assuntos polêmicos<br />
dentro do Direito Trabalhista.<br />
Dentre as situações em que a falta<br />
do empregado é considerada justificada,<br />
a motivada por doença sempre traz<br />
dúvidas para os empregadores, que<br />
muitas vezes desconhecem as regras<br />
que cercam o tema.<br />
Em conformidade com o artigo 6º,<br />
letra “f” da Lei Federal nº 605/49, o<br />
empregado que faltar ao trabalho por<br />
motivo de doença, devidamente comprovada<br />
por atestado médico, não poderá<br />
sofrer descontos no salário e no<br />
Descanso Semanal Remunerado.<br />
O § 2º do mesmo artigo traz ainda<br />
a ordem preferencial de aceitação dos<br />
atestados médicos. Senão vejamos:<br />
“A doença será comprovada mediante<br />
atestado de médico da instituição<br />
da previdência social a que estiver<br />
filiado o empregado, e, na falta deste e<br />
sucessivamente, de médico do Serviço<br />
Social do Comércio ou da Indústria; de<br />
médico da empresa ou por ela designado;<br />
de médico a serviço de representação<br />
federal, estadual ou municipal incumbido<br />
de assuntos de higiene ou de<br />
saúde pública; ou não existindo estes,<br />
na localidade em que trabalhar, de médico<br />
de sua escolha.”<br />
Reconhecendo a validade da referida<br />
lei, o Tribunal Superior do Trabalho<br />
- TST editou a Súmula nº15:<br />
“A justificação da ausência do empregado<br />
motivada por doença, para a<br />
percepção do salário-enfermidade e<br />
da remuneração do repouso semanal,<br />
deve observar a ordem preferencial<br />
dos atestados médicos estabelecida<br />
em lei”.<br />
Por sua vez, a Lei Federal nº<br />
8.213/91, regulamentada pelo Decreto<br />
nº 3.048/99 revogou a ordem preferencial<br />
estabelecida na Lei nº 605/49,<br />
determinando que caso a empresa possua<br />
serviço médico próprio ou se utiliza<br />
de serviço médico com o qual mantém<br />
convênio, o exame do empregado será<br />
feito pelo respectivo serviço até os 15<br />
primeiros dias. Esse entendimento também<br />
é o do TST, em conformidade com<br />
a Súmula nº 282:<br />
“Ao serviço médico da empresa ou ao<br />
mantido por esta última mediante convênio<br />
compete abonar os primeiros 15<br />
(quinze) dias de ausência ao trabalho”.<br />
Dessa forma, a legislação estabelece<br />
que se o empregador possui serviço<br />
médico próprio ou mediante convênio,<br />
não está obrigado a aceitar atestados<br />
médicos emitidos pelos demais órgãos<br />
constantes da lista de ordem preferencial,<br />
salvo se constar de modo diverso<br />
na Convenção Coletiva de Trabalho da<br />
categoria.<br />
Contudo, é necessário ter bastante<br />
cautela, pois existem diversas decisões<br />
dos Tribunais Trabalhistas no sentido<br />
de reconhecer ao trabalhador o direito<br />
de apresentar qualquer atestado médico,<br />
na impossibilidade de se recorrer<br />
ao serviço médico da empresa ou do<br />
convênio.<br />
É importante frisar que o empregador<br />
deve se atentar às Convenções Coletivas<br />
de Trabalho, que podem conferir<br />
regras especiais quanto à aceitação de<br />
atestados médicos/odontológicos, e a<br />
recusa de atestados deve ser feita cuidadosamente,<br />
visto que poderá resultar<br />
em demandas judiciais.<br />
Ainda, segundo a portaria nº<br />
24<br />
Dra. Thaís Costa Domingues<br />
Advogada do SINCOMERCIO Araraquara<br />
3.291/94 do Ministério da Previdência<br />
e Assistência Social – MPAS, o atestado<br />
deve conter o tempo de dispensa concedida<br />
ao paciente, por extenso e numericamente;<br />
a assinatura do médico<br />
ou odontólogo sobre carimbo do qual<br />
conste nome completo e registro no<br />
respectivo Conselho Profissional e o início<br />
da dispensa deverá coincidir obrigatoriamente<br />
com os registros médicos<br />
relativos à doença ou ocorrência que<br />
determinou a incapacidade.<br />
Já o Código Internacional de Doença<br />
- CID, só poderá constar no atestado<br />
médico com a concordância expressa<br />
do paciente, segundo o que dispõe<br />
a Portaria nº 3.370/84, também do<br />
MPAS.<br />
Por fim, vale lembrar que as Convenções<br />
Coletivas de Trabalho firmadas<br />
entre o SINCOMERCIO ARARAQUARA e<br />
os sindicatos profissionais disponibilizadas<br />
no site www.sincomercioararaquara.com.br<br />
trazem cláusulas que<br />
tratam dos atestados médicos e odontológicos,<br />
bem como outras disposições<br />
acerca de faltas do empregado.
SIMPLES NACIONAL<br />
Inadimplência cresceu 7,5%<br />
em 2015 em Araraquara<br />
A quantidade de consumidores<br />
com contas a pagar aumentou<br />
na comparação com meses<br />
anteriores em nossa cidade.<br />
Além da piora na confiança do<br />
consumidor, a aceleração da<br />
inflação e o aumento nas<br />
taxas de juros prejudicaram a<br />
capacidade de pagamento.<br />
A inadimplência em Araraquara, medida<br />
pelo número de inclusões de débitos no<br />
SCPC (Serviço Central de Proteção de Débito)<br />
avançou 15,5% no mês de novembro<br />
na comparação ao mesmo mês de 2014.<br />
Foram 33.341 inclusões de débitos não<br />
quitados, contra 28.866. Mesmo que haja<br />
uma queda de 4,8% em relação aos números<br />
de outubro, devido a sazonalidade<br />
é mais factível a comparação interanual.<br />
No acumulado de onze meses de 2015,<br />
contra mesmo período do ano anterior,<br />
há um avanço de 7,5% da inadimplência<br />
local. São quase 340 mil novos débitos registrados<br />
no SCPC da cidade. A exclusões<br />
de débitos, ou seja, aqueles presentes<br />
no sistema e que foram pagos, também<br />
aumentaram: +13,8%. Foram cerca de<br />
300,5 mil débitos pagos.<br />
MOVIMENTAÇÃO DE DÉBITOS DO SCPC ARARAQUARA<br />
Período<br />
Janeiro<br />
Fevereiro<br />
Março<br />
Abril<br />
Maio<br />
Junho<br />
Julho<br />
Agosto<br />
Setembro<br />
Outubro<br />
Novembro<br />
Dezembro<br />
TOTAL<br />
Inclusões de débitos<br />
2014<br />
22.993<br />
24.701<br />
27.644<br />
31.235<br />
27.448<br />
27.057<br />
26.278<br />
35.917<br />
33.750<br />
29.571<br />
28.866<br />
-<br />
315.460<br />
2015<br />
23.327<br />
29.142<br />
28.657<br />
30.036<br />
31.727<br />
34.136<br />
29.131<br />
31.129<br />
33.304<br />
35.014<br />
33.341<br />
-<br />
338.944<br />
Jaime Vasconcellos, do Sincomercio<br />
Segundo o economista Jaime Vasconcellos,<br />
a inadimplência registrada<br />
em Araraquara não cedeu o ano todo.<br />
O Núcleo de Economia do Sincomercio<br />
desde 2013, vem alertando o aumento<br />
do número absoluto de débitos não<br />
quitados na economia araraquarense.<br />
Ainda que exista desaceleração deste<br />
crescimento, já que naquele ano<br />
houve avanço de 45%,<br />
em 2014 +25% e em<br />
2015 aos patamares de<br />
+7,5%, neste ano entraram<br />
até novembro,<br />
2015 40 mil débitos a mais<br />
Exclusões de débitos<br />
2014<br />
18.038<br />
20.892<br />
24.131<br />
21.976<br />
25.880<br />
26.275<br />
23.707<br />
26.762<br />
26.680<br />
24.846<br />
24.917<br />
-<br />
264.104<br />
23.327<br />
18.616<br />
26.164<br />
27.670<br />
28.344<br />
28.487<br />
29.378<br />
23.230<br />
31.671<br />
24.973<br />
38.607<br />
-<br />
300.467<br />
Fonte: FACESP/SCPC<br />
Comércio, o mais afetado pela crise<br />
que não foram honrados, em relação<br />
aos que foram pagos e saíram do SCPC.<br />
Tal realidade demonstra o corrosivo<br />
movimento do orçamento familiar, que<br />
migra do status de “endividado” para<br />
“inadimplente”. A combinação de inflação<br />
elevada, juros altos, massa salarial<br />
e emprego em queda, auxilia o avanço<br />
da inadimplência, principalmente em<br />
relação aos anos anteriores. Os dados<br />
de dezembro e de <strong>2016</strong> permanecerão<br />
elevados, já que tais variáveis determinantes<br />
do consumo e poder de pagamento<br />
das famílias não deverão se alterar<br />
rapidamente.<br />
Vender no caderno<br />
ou confiar na<br />
palavra do cliente<br />
já ficou no passado.<br />
A quantidade de<br />
cheques sem fundos<br />
mostra a situação<br />
do nosso comércio<br />
em função da crise<br />
econômica brasileira.<br />
25
VAREJO<br />
Empresários da cidade<br />
foram à feira em NY<br />
Maior evento do varejo no<br />
mundo, mostra uma análise da<br />
evolução do comportamento<br />
do consumidor onde são<br />
detectados sete princípios de<br />
Engajamento do Consumidor<br />
nesses tempos atuais,<br />
entre eles Transparência,<br />
Simplicidade na Comunicação<br />
e Troca de Valor.<br />
De diplomacia, confiança, valores,<br />
passando pela Copa do Mundo e as<br />
Olimpíadas no varejo brasileiro, até as<br />
lições empresariais no fracasso e as<br />
novas realidades em união de marca<br />
– todos esses assuntos estiveram no<br />
centro das atenções da NRF Retail’s<br />
Big Show <strong>2016</strong>, realizada em janeiro,<br />
em Nova York.<br />
Segundo Antonio Deliza Neto, presidente<br />
do SINCOMERCIO Araraquara,<br />
um dos participantes do evento, a 105ª<br />
edição reuniu 35 mil participantes com<br />
representantes de 80 países, 300 palestrantes<br />
em 150 conferências, entre<br />
palestras, sessões e painéis. Dados<br />
não oficiais indicam que cerca de 1.100<br />
brasileiros participam do NRF Big Show<br />
este ano.<br />
Para o dirigente do SINCOMERCIO,<br />
tomar parte da feira é ir ao encontro<br />
do que está acontecendo de novo no<br />
mercado varejista mundial. “Pudemos<br />
acompanhar palestras como de Mattew<br />
Shay, presidente da NRF, que lembrou:<br />
“é importante que as empresas revisem<br />
seus negócios”.<br />
Toninho Deliza visitando a sede<br />
da Microsoft, em Seattle, sexto<br />
porto mais movimentado dos<br />
Estados Unidos, servindo como<br />
importante porta de entrada<br />
para o comércio com a Ásia<br />
Shay, lembra Toninho, destacou a<br />
importância das empresas revisarem<br />
seus negócios, a exemplo do que fez a<br />
própria NRF no seu Big Show. Para ele,<br />
é preciso olhar para o passado, resgatar<br />
os acertos e também se preparar<br />
para o futuro.<br />
Em uma outra palestra, Colin Powell,<br />
ex-secretário de Estado norte-americano,<br />
falou a respeito de “Diplomacia,<br />
confiança e valores”. Powell contou que<br />
o varejo foi o início de sua trajetória<br />
profissional, quando por mais de sete<br />
anos, trabalhou no verão e nas férias<br />
antes de ingressar na faculdade, e<br />
como isso refletiu em seu desenvolvimento<br />
profissional.<br />
A palestra também trouxe insights<br />
sobre estilo de liderança e formas simples<br />
de buscar o engajamento das equipes,<br />
se apropriando da experiência do<br />
ex-militar ao liderar diversas equipes. A<br />
frase de encerramento da palestra de<br />
Powell foi bastante impactante: “’Eu<br />
sou produto de todo mundo que passou<br />
na minha vida’. Por isso é importante<br />
refletirmos sobre a busca constante de<br />
boas pessoas ao nosso redor, pois o<br />
impacto no seu desenvolvimento será<br />
relevante”, disse o curador.<br />
VISITAS<br />
Toninho Deliza ressalta que a visita<br />
da delegação brasileira à NRF Retail’s<br />
Big Show <strong>2016</strong> em Nova Iorque onde<br />
se realiza a feira e a Microsoft que está<br />
em Seattle, foi de vital importância<br />
para novos conhecimentos.<br />
No Retail Experience Center são<br />
desenvolvidas as tecnologias buscando<br />
soluções exclusivas para o trabalho varejista<br />
“Estivemos no REC – Retail Experience<br />
Center que apresenta experiências<br />
diferenciadas para consumidores<br />
multicanal, que usam a internet móbile<br />
através de smartphones e tablets em<br />
todo o ambiente de varejo”, comenta o<br />
presidente do SINCOMERCIO.<br />
O REC, complementa Deliza, é um<br />
ambiente interativo totalmente funcional,<br />
apresentando exposições em seu<br />
interior e formas poderosas para cortar<br />
custos, gerar ganhos de eficiência,<br />
simplificar as operações e promover e<br />
vender mercadorias.<br />
Área de exposição da NRF Retail’s Big Show<br />
que teve mais de mil brasileiros<br />
26<br />
Empresários Antonio Deliza Neto (Pipocopos),<br />
Felipe Moura (Moura Informática), Cristina<br />
Deliza (Casa Deliza) e Marcela Deliza em NY
NRF BIG SHOW<br />
A maior feira de<br />
varejo do mundo<br />
A JN Moura Informática<br />
novamente foi buscar o que<br />
há de mais moderno para<br />
o varejo na feira de Nova<br />
Iorque, que reúne milhares de<br />
empresários de todo o mundo.<br />
Felipe Moura em sua visita à sede da Microsoft<br />
Na foto, Paulo Marcelo Tavares Ribeiro,<br />
Felipe Moura e Alexandre Nunes Robazza<br />
em recepção no espaço do Sebrae e da<br />
Facesp na NRF.<br />
27<br />
A edição 105 da NRF (National Retail<br />
Federation) teve um participante especial<br />
para nós de Araraquara: Felipe Moura,<br />
da Moura Informática. Ele acompanhou<br />
no período de 17 a 20 de janeiro, palestras,<br />
networking e exposições voltadas<br />
a discutir e apresentar inovações, tendências<br />
e novas tecnologias para driblar<br />
as necessidades do comércio e atender<br />
o “novo cliente” que já possui um computador<br />
no seu bolso, conhece todas as<br />
especificações técnicas do produto que<br />
deseja, procura um atendimento personalizado,<br />
não pode mais esperar longos<br />
prazos para as entregas e busca vivenciar<br />
no momento da compra, uma experiência<br />
fabulosa sem gastar muito.<br />
Segundo Felipe Moura, diretor comercial<br />
da JN Moura, uma das tendências<br />
muito discutidas nessa edição é o Omnichannel,<br />
ou seja, o cliente pode comprar<br />
na loja física, loja virtual, e-commerce,<br />
mobile commerce, TV commerce, social<br />
commerce (mídias sociais) e até mesmo<br />
um vendedor porta em porta. O produto<br />
deve explorar todos os canais de vendas<br />
possíveis. Entretanto, não adianta somente<br />
adicionar canais de vendas aos<br />
produtos. É preciso adicionar uma experiência<br />
sensorial em todos esses canais.<br />
O consumidor não distingue mais o online<br />
do off-line, pois quando está on-line,<br />
compartilha e valida suas opiniões com<br />
amigos, pesquisando e desenvolvendo o<br />
que acha do produto. Para Felipe, a tecnologia<br />
é uma grande aliada nesse processo.<br />
Em 2015 o evento reuniu 35 mil pessoas<br />
de mais de 80 países e uma tendência<br />
muito discutida foi a “Internet das<br />
Coisas”, que tem como objetivo conectar<br />
smartphones, aparelhos domésticos e<br />
itens usados do dia a dia à internet. Uma<br />
das tecnologias apresentadas foi a RFID<br />
(Radio-Frequency Identification) que é<br />
uma alternativa ao tradicional código de<br />
barras e possibilita que grandes estoques<br />
sejam contados em minutos. Nesse<br />
mesmo ano a JN Moura integrou os seus<br />
softwares de gestão à tecnologia RFID.<br />
“O grande objetivo de integrar nossos<br />
softwares a essa tecnologia, foi proporcionar<br />
aos grandes e pequenos comércios,<br />
a possibilidade de controlar o estoque<br />
com uma contagem muito rápida<br />
e, na verdade, conseguimos muito mais<br />
que isso”, explica Felipe Moura. “Além de<br />
apresentar essa tecnologia na loja modelo<br />
Itinerante do Sebrae em 2015, como<br />
uma inovação que otimiza o funcionamento<br />
do estabelecimento em diferentes<br />
aspectos, do atendimento ao controle de<br />
estoque, implantamos um sistema para<br />
controle de processos de produção da<br />
Lupo e fomos premiados com o XVIII Prêmio<br />
de Automação para Controle de Ativos<br />
EPC/RFID”, comenta Felipe.<br />
Nesse momento, pós-NRF, a empresa<br />
está discutindo quais tendências nortearão<br />
a integração das novas tecnologias<br />
aos seus softwares, visando sempre nas<br />
melhorias que estas poderão agregar ao<br />
varejo. Já prometem e oferecem o serviço<br />
de manutenção das informações dos<br />
clientes em bancos de dados nas nuvens<br />
(internet) para reduzir ao máximo<br />
a vulnerabilidade dos dados e acesso<br />
de informações gerenciais em qualquer<br />
lugar do mundo. Cá entre nós, também<br />
já desenvolveram e estão aprimorando<br />
tecnologias com os dispositivos de BLE<br />
(Bluetooh Low Energy), também conhecidos<br />
como Beacons, que oferecem muitos<br />
recursos para personalizar a venda para<br />
o cliente. Por exemplo, o dispositivo se conecta<br />
ao celular do cliente e pode enviar<br />
ofertas de produtos que ele já pesquisou.<br />
As novidades para <strong>2016</strong> são promissoras<br />
e prometem revolucionar o varejo.<br />
Uma preocupação da empresa é que<br />
essas tecnologias sejam acessíveis para<br />
grandes e também pequenos comércios.<br />
Felipe e uma<br />
imagem<br />
para ficar na<br />
lembrança
Odontologia Araraquara, desde 1923<br />
HISTÓRIA<br />
A criação da Escola de Pharmácia e Odontologia<br />
de Araraquara, em 2 de fevereiro<br />
de 1923, fez parte de um conjunto de<br />
empreendimentos da Prefeitura Municipal<br />
de Araraquara. Bento de Abreu Sampaio<br />
Vidal, presidente da Câmara Municipal e<br />
líder de prestígio político, além de outros<br />
ilustres araraquarenses, ressaltaram naquela<br />
ocasião a importância do município<br />
na vida da nação e da criação de escolas<br />
“para preparar a mocidade para ter eficiência<br />
e vencer a concorrência”.<br />
A prefeitura forneceu o prédio para o seu<br />
funcionamento e um gabinete dentário<br />
para as aulas práticas. A Câmara Municipal<br />
autorizou a atribuição de duzentos<br />
contos de réis para as despesas da escola<br />
e Bento de Abreu efetuou, em Paris, a<br />
compra de equipamentos de laboratório<br />
e biblioteca. O corpo docente foi inicialmente<br />
formado por profissionais locais.<br />
Na frente a Escola de Farmácia<br />
UNESP<br />
No ensino, uma jovem<br />
senhora de 40 anos<br />
Quando o Brasil ainda vivia o momento<br />
histórico da República Velha, o<br />
café era a base da economia de São<br />
Paulo e as artes e a cultura paulistana<br />
começavam a receber os reflexos<br />
da Semana da Arte Moderna de 1922,<br />
Araraquara ganhava um curso superior<br />
de Farmácia, ministrado pela Escola de<br />
Pharmácia e Odontologia de Araraquara,<br />
fundada em 2/2/1923, por iniciativa<br />
de uma associação sem fins lucrativos,<br />
a Associação Escola de Pharmácia<br />
e Odontologia de Araraquara.<br />
A Escola, depois Faculdade de Farmácia<br />
e Odontologia de Araraquara, de<br />
início uma Instituição particular, embora<br />
com uma retaguarda do poder público<br />
municipal, passou a pleitear sua<br />
incorporação ao Sistema Estadual de<br />
Ensino Superior. Isso somente ocorreu<br />
em 1951. Em 1955, obteve sua estruturação<br />
didática e administrativa como<br />
Instituto Isolado de Ensino Superior do<br />
Estado de São Paulo.<br />
Porém, em 30/1/1976, foi anunciada<br />
a criação da Universidade Estadual<br />
Paulista “Júlio de Mesquita Filho” e incorpora,<br />
como unidade universitária, a<br />
Faculdade de Farmácia e Odontologia<br />
de Araraquara dentre outros Institutos<br />
Isolados de Ensino do Estado de São<br />
Paulo.<br />
No ano seguinte, ocorreu o desdo-<br />
bramento da então Faculdade de Farmácia<br />
e Odontologia de Araraquara em<br />
duas Unidades Universitárias distintas:<br />
a Faculdade de Ciências Farmacêuticas<br />
e a Faculdade de Odontologia, ambas<br />
integrantes do Campus Universitário de<br />
Araraquara, a Unesp, que em janeiro<br />
iniciou as comemorações dos seus 40<br />
anos de fundação.<br />
A UNESP<br />
Ela sempre foi uma instituição comprometida<br />
com a formação de recursos<br />
humanos de alto nível e com a produção<br />
de novos conhecimentos pelo desenvolvimento<br />
de pesquisa de excelência,<br />
que gera inovação com reflexos na<br />
produção de riquezas imprescindíveis<br />
para o fortalecimento econômico do<br />
país e para o equilíbrio e desenvolvimento<br />
social. Em apenas 40 anos de<br />
vida, a Unesp saiu da condição de um<br />
desconhecido agregado dos Institutos<br />
Isolados de Ensino Superior, para uma<br />
universidade reconhecida e respeitada<br />
nos cenários nacional e internacional.<br />
No Brasil, é a segunda com maior<br />
número de cursos de graduação bem<br />
avaliados pelo Guia do Estudante e é<br />
a primeira entre as maiores avaliadas<br />
pelo Exame Nacional de Desempenho<br />
dos Estudantes (Enade).<br />
28
AGRO<br />
N E G Ó C I O S<br />
INFORMATIVO<br />
edição fevereiro | <strong>2016</strong><br />
USINA SANTA CRUZ<br />
Parceira do Sindicato Rural e<br />
do Senar em ações sociais<br />
Tem se fortalecido nos últimos<br />
anos o relacionamento entre o<br />
nosso Sindicato Rural, o Senar-SP<br />
e a Usina Santa Cruz, do Grupo<br />
São Martinho, motivado pela<br />
implantação de ações que visam<br />
proporcionar ascensão na carreira<br />
e melhoria na qualidade de vida<br />
do cidadão. Paralelamente, há na<br />
usina, projeto pedagógico criado<br />
com o objetivo de acrescentar<br />
informações fundamentais para o<br />
entendimento do relacionamento<br />
entre o homem e natureza.<br />
São tantas outras ações de<br />
comprometimento e respeito ao<br />
trabalho, à sustentabilidade e<br />
ao desenvolvimento econômico<br />
que não devemos silenciar mas<br />
tornar público que é um orgulho<br />
ter a Usina Santa Cruz como<br />
nossa associada e mostrar o que<br />
ela representa a todos nós, nesta<br />
edição.<br />
Nicolau de Souza Freitas<br />
Presidente do Sindicato Rural<br />
Usina Santa Cruz, fundada em 1945<br />
29
ORGULHO NACIONAL<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
Usina Santa Cruz, o mais belo<br />
exemplo para o mundo<br />
Com 70 anos de atividades<br />
a Usina Santa Cruz, que foi<br />
fundada em 1945, compreende<br />
que o potencial da canade-açúcar<br />
vai além do setor<br />
sucroalcooleiro. Nos últimos<br />
anos, a usina localizada em<br />
Américo Brasiliense, que desde<br />
2014 faz parte do Grupo São<br />
Martinho, também tem usado a<br />
cana para geração de energia<br />
elétrica e consolida a cada dia<br />
sua visão como empresa ética<br />
e competitiva, respeitando<br />
preceitos ambientais e as<br />
condições relativas ao trabalho<br />
humano. É modelo de gestão<br />
ao País.<br />
A energia elétrica produzida na atualidade<br />
pela Usina Santa Cruz através do<br />
uso do bagaço da cana atinge 40 mwh<br />
(megawatts-hora). Isso seria suficiente<br />
para abastecer 140 mil residências. A<br />
usina consome em seu processo aproximadamente<br />
22 mw e mantém em sua<br />
rede de distribuição 9 subestações que<br />
recebem a energia elétrica na tensão de<br />
13,8 KV e a rebaixa para tensões menores,<br />
conforme as necessidades da planta.<br />
A notícia sobre este resultado alcançado<br />
pela empresa está em revistas especializadas,<br />
nacionais e internacionais,<br />
mostrando que a usina é autossuficiente<br />
na produção de energia elétrica durante<br />
o período de safra. No site do Grupo São<br />
Martinho, a Santa Cruz explica que – com<br />
a disponibilidade de novas tecnologias<br />
30<br />
ao setor sucroenergético e regras bem<br />
definidas para comercialização de energia<br />
elétrica, a empresa investiu em uma<br />
Central de Geração Térmica e de Energia<br />
Elétrica, que a colocou como uma grande<br />
fornecedora para o mercado interno<br />
de energia elétrica proveniente de fontes<br />
menos poluentes.<br />
Entre as “Melhores e<br />
Maiores” da Revista<br />
Exame, a Usina Santa<br />
Cruz aparece em<br />
segundo lugar entre as<br />
usinas brasileiras com os<br />
quesitos vendas líquidas,<br />
lucro e número de<br />
funcionários.
Esta central de Geração Térmica<br />
denominada “UTE Santa Cruz AB” é<br />
composta por três caldeiras de 150 toneladas<br />
de vapor, 65 kg/cm², 480ºC e<br />
três geradores que totalizaram 89mw de<br />
energia instaladas. O sistema é constituído<br />
de cinco geradores, sendo quatro da<br />
marca SIEMENS, três com capacidade de<br />
25 mw e outro com capacidade de 6 mw,<br />
um da marca ABB - Asea Brow Boveri com<br />
capacidade de 3 MW, todos gerando eletricidade<br />
na tensão nominal de 13,8 KV e<br />
movidos por turbinas a vapor.<br />
COMO É FEITO<br />
Cogeração é um processo simultâneo<br />
de energia mecânica e térmica, a partir<br />
de uma mesma fonte primária, no caso<br />
a cana-de-açúcar. O processo de cogeração<br />
de energia elétrica consiste em<br />
aproveitar o vapor produzido pela queima<br />
de combustível (biomassa) para movimentar<br />
as turbinas e gerar energia. Nas<br />
usinas de açúcar e álcool, o bagaço de<br />
cana-de-açúcar é usado como combustível<br />
para caldeiras, gerando vapor para<br />
as turbinas que pode se transformar em<br />
eletricidade ou movimentar as moendas.<br />
Um dos fatores de maior importância<br />
para o setor sucroalcooleiro é a sazonalidade,<br />
ou seja, a safra de cana-de-açúcar<br />
coincide com os períodos de pouca<br />
chuva e quando os rios estão com seus<br />
níveis baixos. O objetivo do presente trabalho<br />
é avaliar o uso do bagaço de cana-<br />
-de-açúcar na cogeração de energia elétrica<br />
por meio de sua queima e mostrar<br />
a importância da comercialização do excedente<br />
de energia gerada, para o setor<br />
sucroalcooleiro, no Estado de São Paulo.<br />
É uma energia limpa e renovável.<br />
A Usina Santa Cruz hoje possui área<br />
plantada de aproximadamente 65 mil<br />
hectares, onde são plantadas variedades<br />
melhoradas geneticamente e com alta<br />
tecnologia em implantação de lavoura,<br />
tratos culturais e atendimento da legislação<br />
ambiental.<br />
Para a conservação de solo, a usina<br />
conta, assim como todas as unidades<br />
do Grupo São Martinho, com sistemas<br />
de cultivo desenvolvidos especialmente<br />
para atender as necessidades da colheita<br />
mecanizada (engenharia dos talhões)<br />
e sistema viário para atender ao transporte<br />
e trânsito de máquinas.<br />
31<br />
Energia gerada na Usina Santa Cruz chega<br />
ao Rio de Janeiro<br />
A Usina Santa Cruz busca<br />
atender aos mercados nacional e<br />
internacional de açúcar, etanol,<br />
seus subprodutos e energia<br />
elétrica, em níveis competitivos<br />
de custo e qualidade em toda<br />
sua cadeia agroindustrial,<br />
visando o melhor desempenho<br />
ambiental e contribuindo no<br />
desenvolvimento de novos<br />
produtos e mercados que<br />
tenham como fundamento a<br />
agroindústria canavieira.
Santa Cruz, preocupação com o futuro<br />
Centro de educação ambiental<br />
Entrada da trilha interpretativa<br />
QUALIDADE DE VIDA<br />
Santa Cruz preza com seriedade a<br />
responsabilidade social na usina<br />
Com uma enorme afinidade<br />
com as questões ambientais,<br />
a Usina Santa Cruz, seguindo<br />
o modelo do Grupo São<br />
Martinho, transforma cada<br />
ação em um gesto de respeito<br />
ao futuro da humanidade.<br />
A adoção desta política de<br />
preservação faz parte de<br />
uma visão empreendedora<br />
reconhecida em todo o país.<br />
A preocupação com o Meio Ambiente<br />
sempre esteve inserida nas atividades<br />
da companhia, que vem trabalhando<br />
junto a todos os seus colaboradores<br />
no sentido de conscientizá-los sobre a<br />
importância de utilizar toda a tecnologia<br />
e recursos disponíveis para que o<br />
processo produtivo não cause impactos<br />
danosos ao meio ambiente. Os investimentos<br />
em equipamentos e técnicas<br />
antipoluentes são aplicados em todas<br />
as áreas do processo produtivo.<br />
Alunos em visita à trilha interpretativa<br />
Desde 1982, na área industrial estão<br />
em operação separadores de fuligem<br />
que tornaram o processo produtivo<br />
menos poluente. Na lavoura, a aplicação<br />
de herbicidas e demais insumos é<br />
rigidamente controlada para não prejudicar<br />
os mananciais e nem poluir os<br />
rios. As queimadas que possibilitavam<br />
o corte manual foram gradativamente<br />
eliminadas e atualmente não são mais<br />
utilizadas. Deram lugar à colheita mecanizada.<br />
Os incêndios que têm ocorrido<br />
são acidentais ou criminosos.<br />
A utilização da água de forma adequada<br />
é outra grande preocupação do<br />
Grupo São Martinho e da Santa Cruz.<br />
As águas residuais têm sua eliminação<br />
controlada por legislação própria, sendo<br />
empregadas na irrigação, uma vez<br />
que os compostos químicos e matérias<br />
orgânicas existentes nelas são benéficos<br />
ao crescimento da cana-de-açúcar.<br />
Este trabalho faz parte da política de<br />
qualidade da empresa, que visa também<br />
a economia de água potável.<br />
O reflorestamento é outra área de<br />
suma importância, e as mudas produzidas<br />
nos viveiros, próprios ou de terceiros,<br />
reforçam práticas antigas da<br />
Usina, sempre ligadas à preservação<br />
do meio ambiente. Um grande exemplo<br />
é o cultivo de árvores nativas utilizadas<br />
para reflorestamento de matas ciliares,<br />
margens de córregos, cursos d’água<br />
e todas as áreas de preservação permanente.<br />
Nos últimos 10 anos a Usina<br />
Santa Cruz plantou, aproximadamente,<br />
420.000 árvores na sua região de influência.<br />
32<br />
São utilizadas mudas de árvores<br />
raras como Pau Brasil, Jacarandá e<br />
Jequitibá. Parte da produção anual é<br />
utilizada nas áreas de reflorestamento<br />
da Usina e o restante é fornecido a<br />
parceiros e instituições ligadas ao meio<br />
ambiente, que também realizam o reflorestamento.<br />
Alunos na sala temática da água<br />
CENTRO DE <strong>ED</strong>UCAÇÃO<br />
AMBIENTAL<br />
Dentre os fatores de sucesso para<br />
a melhoria da qualidade de vida das<br />
pessoas, está o processo de educação<br />
ambiental. Segundo os maiores especialistas,<br />
a educação ambiental ensina<br />
regras claras para as relações do<br />
homem com o meio ambiente. Estas<br />
regras são de vital importância, pois,<br />
mesmo sendo o homem um elemento<br />
da natureza, ele é um agressor em<br />
potencial e a preservação dos elementos<br />
bióticos e abióticos é indispensável<br />
para a sobrevivência humana.
Sindicato Rural e o Senar abraçam com a Usina<br />
Santa Cruz uma importante ação social, para<br />
minimizar os efeitos do analfabetismo na área<br />
rural. Assim, a usina dá aos seus colaboradores<br />
a oportunidade não apenas da leitura da<br />
palavra, mas a releitura do mundo.<br />
O baiano José<br />
Pereira dos Santos<br />
aprendeu a ler com<br />
o incentivo da Santa<br />
Cruz<br />
Pode-se concluir que, para manter<br />
uma boa qualidade de vida e até mesmo<br />
a vida sobre a terra, as sociedades<br />
devem mudar, radicalmente, sua postura<br />
e suas ações em relação ao meio<br />
ambiente. Esta mudança somente será<br />
possível através da educação ambiental,<br />
não só de crianças, mas também<br />
de adultos.<br />
A educação ambiental é um processo<br />
de conscientização. As pessoas precisam<br />
aprender a mudar seu relacionamento<br />
com o meio ambiente. Para isso,<br />
exemplos do cotidiano devem ser cada<br />
vez mais aplicados para ajudar neste<br />
entendimento, como por exemplo, economizar<br />
energia elétrica para que não<br />
seja necessária a construção de mais<br />
usinas nucleares ou hidrelétricas, reciclar<br />
papel para que não haja necessidade<br />
de derrubar mais árvores, usar bem<br />
os alimentos para que não haja necessidade<br />
de expansão de novas fronteiras<br />
agrícolas ou, ainda, reaproveitar materiais<br />
para diminuir a necessidade cada<br />
vez maior de matéria-prima virgem.<br />
A esperança é que, através da educação<br />
ambiental, possamos atingir um<br />
grau de conscientização, comprometimento<br />
e equilíbrio em prol da preservação<br />
do meio ambiente, do desenvolvimento<br />
sustentável e principalmente da<br />
qualidade de vida das pessoas.<br />
A Santa Cruz implementou, assim<br />
como outras unidades do Grupo São<br />
Martinho, seu Centro de Educação Ambiental,<br />
chamado Antonio Pavan (CEA),<br />
ampliando sua atuação dinâmica e<br />
consciente da utilização dos recursos<br />
naturais, da preservação ambiental e de<br />
suas ações voltadas à responsabilidade<br />
social junto à comunidade que se insere.<br />
Através de salas temáticas com ênfase<br />
em resíduos sólidos, reciclagem,<br />
ar, água, solo, energias renováveis, biodiversidade,<br />
cana-de-açúcar, controles<br />
ambientais, viveiro de mudas nativas,<br />
pomar, horta, canteiro de plantas medicinais,<br />
orquidário, trilha interpretativa,<br />
reflorestamentos e banco de germoplasma,<br />
o CEA busca acrescentar<br />
informações fundamentais para o entendimento<br />
do relacionamento homem<br />
– natureza.<br />
Inserido em uma área exclusiva de 6<br />
hectares, o CEA da unidade proporciona<br />
diversas atividades inter-relacionadas<br />
e que visam a melhoria do conhecimento<br />
ambiental dos participantes. O<br />
compromisso da Usina Santa Cruz e do<br />
Grupo São Martinho é com a satisfação<br />
dos clientes, fornecedores, colaboradores,<br />
acionistas e a comunidade em que<br />
se insere. Assim, direciona sua gestão<br />
pensando na sua política de Sustentabilidade.<br />
PRODUTOS<br />
Além do açúcar e do<br />
álcool, a Usina Santa<br />
Cruz produz Levedura<br />
seca, produto obtido do<br />
processo de fermentação,<br />
que é tratado,<br />
secado, embalado e<br />
comercializado para<br />
ser utilizado como<br />
complemento de ração<br />
animal.<br />
33<br />
A USINA<br />
A empresa busca atender aos mercados<br />
nacional e internacional de açúcar,<br />
etanol, seus subprodutos e energia<br />
elétrica, em níveis competitivos de<br />
custo e qualidade em toda sua cadeia<br />
agroindustrial, buscando o melhor desempenho<br />
ambiental e contribuindo<br />
no desenvolvimento de novos produtos<br />
e mercados que tenham como fundamento<br />
a agroindústria canavieira.<br />
Atualmente, a empresa está entre<br />
as 25 maiores usinas do país, considerando-se<br />
o volume de cana moída, com<br />
capacidade instalada para processar<br />
três milhões e seiscentas mil toneladas<br />
de cana por safra. A meta é trabalhar<br />
com o aumento da produtividade, aliado<br />
aos melhores índices de eficiência,<br />
investindo na melhoria do seu processo<br />
e agregando novas tecnologias.<br />
SOBRE A SÃO MARTINHO<br />
O Grupo São Martinho está entre<br />
os maiores grupos sucroenergéticos do<br />
Brasil, com capacidade aproximada de<br />
moagem de 23,5 milhões de toneladas<br />
de cana (21 milhões de capacidade proporcional<br />
à participação acionária). Possui<br />
quatro usinas em operação: São Martinho,<br />
em Pradópolis, na região de Ribeirão<br />
Preto (SP); Iracema, em Iracemápolis, na<br />
região de Limeira (SP), Santa Cruz, localizada<br />
em Américo Brasiliense (SP) e Boa<br />
Vista, em Quirinópolis, a 300 quilômetros<br />
de Goiânia (GO), esta última uma joint<br />
venture com a Petrobras Biocombustível.<br />
O índice médio de mecanização da colheita<br />
é de 97%, chegando a 100% na Usina<br />
Boa Vista. Mais informações no site www.<br />
saomartinho.com.br
DESCOBRINDO ARARAQUARA<br />
Bem vivas são as flores<br />
do jardim da nossa casa<br />
“Descobrindo Araraquara” é o título da série de reportagens<br />
que o Sindicato Rural apresenta a partir desta edição, com o<br />
objetivo de reconhecer e valorizar o trabalho quase anônimo de<br />
pessoas que convivem de forma simples, com a economia do<br />
município. O casal Leninha e Rolando é um caso típico de amor<br />
às orquídeas, num modesto ambiente próximo à Via Expressa.<br />
Rolando Adorni Filho, senhor das Orquídeas<br />
As mudas são plantadas em vasos de<br />
plástico, cerâmica ou até mesmo em sapatos<br />
ou tênis, pois em sendo de couro, elas<br />
encontram a umidade necessária para<br />
ganhar mais força. A técnica foi criada por<br />
Rolando, experiência que ele considera ter<br />
dado excelente resultado.<br />
São pouco mais das 5 horas da<br />
manhã; Rolando Adorni Filho parece<br />
acordar com as mais de 300 mudas de<br />
orquídeas. Ao seu lado, a esposa Maria<br />
Helena, a “Leninha” - como ele mesmo<br />
a chama - fazendo parte do contexto,<br />
imagina que será mais um dia de convivência<br />
com o que os dois mais gostam:<br />
apressar as orquídeas a abrir seus<br />
botões, tarefa que exige experiência e<br />
afinidade.<br />
Há 25 anos, Rolando e Leninha,<br />
adotaram as orquídeas como filhas e<br />
essa convivência propiciou ao casal a<br />
formatação de um negócio rentável que<br />
lhes dá o prazer de unir o útil ao agradável:<br />
“Vivemos para as flores; elas nos<br />
tornam mais sensíveis e humanos, dão<br />
cor as nossas vidas”, diz Rolando.<br />
34<br />
Ele lembra que começou como colecionador,<br />
mergulhando nos estudos<br />
sobre a planta, realizando pesquisas e<br />
querendo introduzir um jeito diferenciado<br />
de reprodução da planta. O casal se<br />
entusiasmou, passando a comercializar<br />
as que tinham na coleção e criando<br />
mudas para uma venda bem mais em<br />
conta.<br />
O nosso objetivo, comenta Maria<br />
Helena, seria facilitar o acesso das pessoas<br />
a uma flor tida como de alto custo.<br />
Consequentemente, estaríamos popularizando<br />
a orquídea como uma das flores<br />
mais lindas e admiradas, completa<br />
a empreendedora que acabou abrindo<br />
uma microempresa para prosperar os<br />
negócios. Hoje vendemos as mudas ou<br />
orquídeas mais incorpadas, conclui.
“Fico feliz ao ver uma<br />
orquídea florescer”.<br />
Rolando<br />
Membro do Círculo dos Orquidófilos<br />
de Araraquara, fundado em 1986,<br />
Rolando tem entre as espécies comercializadas<br />
a Cattleya, considerada a<br />
orquídea mais vendida no Brasil. Ela,<br />
segundo o produtor, vegeta nos troncos<br />
e galhos de árvores. Ao contrário do<br />
que algumas pessoas dizem, nenhuma<br />
orquídea é parasita, ou seja, elas não<br />
sugam a seiva das plantas, apenas se<br />
apoiam nas árvores.<br />
As flores da Cattleya são perfumadas<br />
e duram em média de 10 a 30 dias,<br />
chamando a atenção pelo seu tamanho<br />
bem grande, belas formas e cores intensas<br />
e variadas.<br />
A Cattleya, a<br />
mais popular<br />
das orquídeas<br />
O cultivo da Cattleya, revela Rolando,<br />
é bastante simples. Ela gosta de<br />
boa ventilação, umidade, além de muita<br />
luz indireta (ou seja, sem raios solares<br />
diretamente na planta) e ambientes<br />
com temperaturas entre 18° e 25°C.<br />
Se a temperatura não estiver entre 18°<br />
e 25°C pode haver inibição do florecimento<br />
e a interferência na qualidade<br />
das folhas e flores.<br />
PREOCUPAÇÃO<br />
O excesso de chuvas em janeiro<br />
causou problemas para as orquídeas,<br />
lembra o proprietário do orquidário. Ao<br />
regar a planta deve se evitar o excesso<br />
de água. “O ideal é molhar todo<br />
o substrato e deixar escorrer toda a<br />
água; nos dias quentes é necessário<br />
regar mais vezes durante a semana,<br />
em torno de 2 vezes. Já nos<br />
dias mais frios, este espaço precisa<br />
ser maior, em torno de 1 vez por semana”,<br />
explica.<br />
Ainda segundo ele, o excesso de<br />
água geralmente as mata mais do<br />
que a falta. Com as mudas deve ser<br />
diferente, elas precisam de mais regas,<br />
mantendo o substrato sempre<br />
levemente úmido. “Faça o teste do<br />
dedo para confirmar se o substrato<br />
está seco”, conclui Rolando, que<br />
nunca fez nenhum curso, mas possui<br />
experiência de ir atrás de adubos,<br />
doenças, podas, plantio, tudo<br />
que engloba para se fazer a muda.<br />
35<br />
ATENDIMENTO<br />
ORQUIDÁRIO R.A.F.<br />
Rolando e Leninha<br />
O casal Leninha e Rolando<br />
recebeu a visita do diretor<br />
do Sindicato Rural, Mário<br />
Porto, que levou aos<br />
empreendedores a mensagem<br />
de apoio da entidade em<br />
iniciativas isoladas como esta<br />
do cultivo das orquídeas. O<br />
trabalho demonstra o interesse<br />
do presidente Nicolau de<br />
Souza Freitas, do Sindicato<br />
Rural, em divulgar atividades<br />
daqueles que fazem acontecer<br />
o agroegócio em todos os<br />
setores, ainda que de maneira<br />
simples, porém honrada e com<br />
foco no desenvolvimento da<br />
cidade.<br />
Feiticeira, uma orquídea<br />
rara e muito cara<br />
Esta orquídea rara foi descoberta na década<br />
de 1960, por José Dias de Castro, e logo<br />
tornou-se uma das mais cobiçadas e valiosas<br />
flores do país. Além da forma e simetria<br />
perfeitas, o que a torna tão especial é o<br />
fato de que, até os dias de hoje, as mais<br />
modernas técnicas de laboratório não<br />
conseguiram reproduzi-la em série.<br />
Endereço: Avenida Sebastião Lacerda<br />
Correa, 67 (próximo à Via Expressa -<br />
São José)<br />
Fone: 3322 7915
NOTÍCIAS<br />
CANAS<br />
L<br />
<strong>ED</strong>IÇÃO <strong>FEVEREIRO</strong> | <strong>2016</strong><br />
Marcos Fava Neves<br />
durante palestra na<br />
Canasol<br />
A BOA NOTÍCIA<br />
A chuva acima da média histórica que<br />
vem ocorrendo no mês de janeiro deste ano<br />
pode levar a um aumento de produtividade<br />
da cana-de-açúcar na safra que começará<br />
entre março e abril (2015/<strong>2016</strong>). De<br />
acordo com levantamento realizado pela<br />
Canasol, até o dia 22 de janeiro foram registrados<br />
459 milímetros de chuva, o maior<br />
índice para o período desde 2007, quando<br />
foram apurados 601,5<br />
milímetros. Cada milímetro<br />
representa 1<br />
litro de água por metro<br />
quadrado de área.<br />
Para o coordenador<br />
do departamento<br />
técnico da Canasol,<br />
Engº Agrº Álvaro Coelho<br />
Pazelli, no período<br />
das chuvas, que vai<br />
de novembro a março,<br />
ocorre o crescimento<br />
de 60 a 80% da planta. “A umidade e o<br />
calor neste período de primavera e verão<br />
são importantes para a cana ganhar peso,<br />
já no outono e inverno a estiagem e o frio<br />
servem para começar a maturar e concentrar<br />
açúcar”, destaca.<br />
36<br />
Editor: Jairo Falvo<br />
Chuva acima da média pode levar<br />
a aumento de produtividade da cana<br />
Mês de janeiro registrou mais<br />
de 400 milímetros de chuva,<br />
maior índice para o período<br />
desde 2007<br />
mm de chuva<br />
De novembro a março ocorre o<br />
crescimento de 60 a 70% do total<br />
da cultura<br />
Índice pluviométrico no mês de janeiro em Araraquara<br />
700<br />
600<br />
500<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 <strong>2016</strong><br />
anos<br />
Os ganhos de produtividade com a<br />
umidade, no entanto, são relativos em razão<br />
do menor potencial de investimento<br />
do setor nos últimos anos. “Como existe<br />
um processo de descapitalização por<br />
conta da crise, muitos produtores deixaram<br />
de fazer a adubação correta ou a correção<br />
do solo, o que acaba prejudicando<br />
a produção”, observa.<br />
Pazelli explica que o excesso de chuva<br />
se torna um problema para a cana quando<br />
a incidência de sol diminui. “A cultura<br />
precisa de iluminação para fazer a fotossíntese<br />
e, em dias consecutivos<br />
de tempo nublado,<br />
como correu neste<br />
ano, o desenvolvimento<br />
da planta é afetado”,<br />
acentua.<br />
Além disso, complementa<br />
ele, existe o<br />
problema do atraso nas<br />
operações no campo<br />
antes do início da safra.<br />
“É neste período que<br />
muitos fazem o plantio<br />
ou controle das plantas<br />
daninhas, cujos trabalhos são comprometidos,<br />
pois com chuva não dá para<br />
trabalhar”.<br />
FENÔMENO CÍCLICO<br />
Pazelli diz que considera normal o<br />
grande volume de chuva em<br />
determinados períodos da<br />
história. “Esse é um fenômeno<br />
cíclico, com alternância de<br />
anos com muita umidade e<br />
outros com pouca umidade”,<br />
relata. Ele se lembra de um<br />
ano atípico no início da década<br />
de 80, quando trabalhava<br />
em uma usina da região.<br />
“Foram aproximadamente 45<br />
dias com água caindo quase<br />
todos os dias”.<br />
Alívio para os<br />
produtores<br />
Após sofrer nos últimos anos com a crise<br />
que afeta o setor sucroenergético, os produtores<br />
de cana-de-açúcar podem ter um alívio<br />
na safra <strong>2016</strong>/2017, que inicia em abril. De<br />
acordo com a consultoria Datagro, de Ribeirão<br />
Preto, o preço da tonelada deve aumentar no<br />
período. O estudo foi divulgado em reunião<br />
de 22 de janeiro na Orplana (Organização de<br />
Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do<br />
Brasil), com a presença do presidente da Canasol<br />
Luís Henrique Scabello de Oliveira e da<br />
vice-presidente Tatiana Caiano Teixeira Campos<br />
Leite.<br />
A Consultoria prevê processamento de<br />
606 milhões de toneladas de cana, aumento<br />
de aproximadamente 6% em relação à última<br />
safra. A produção de açúcar é estimada em<br />
33,5 milhões de toneladas, 12% maior que<br />
os 30,7 milhões de toneladas do ciclo 15/16.<br />
“Continuam saindo previsões sobre o déficit de<br />
açúcar no mundo no ciclo <strong>2016</strong>/17, que vão<br />
desde 2 a quase 9 milhões de toneladas, o que<br />
deve manter uma perspectiva de preços melhores”,<br />
explica o professor doutor Marcos Fava<br />
Neves, da FEA/USP e consultor da Datagro.<br />
Em reais, de acordo com ele, no mercado<br />
interno o açúcar atinge o maior preço histórico,<br />
quase R$ 85,00/saca. “Pena que a inflação e<br />
o aumento de custos de produção comeram<br />
boa parte da margem que este preço poderia<br />
trazer”, lamenta.<br />
Já a produção de etanol, de acordo com a<br />
consultoria, deve chegar a 28,6 bilhões de litros<br />
no ciclo 16/17, pouco mais do que os 27,8<br />
bilhões de litros do ciclo 15/16. “O espaço para<br />
o etanol crescer em <strong>2016</strong> será em cima do<br />
mercado da gasolina, pois a crise que temos<br />
pela frente em <strong>2016</strong> deve reduzir o consumo<br />
de combustíveis no Brasil, impactando também<br />
o etanol”, comenta Neves.<br />
COP 21<br />
Para ele, outro fator a ser comemorado é<br />
o acordo firmado pelos países na Conferência<br />
do Clima Paris 2015 (COP21). “Aumenta<br />
no mundo a aceitação de que precisamos<br />
precificar cada vez mais as emissões e partir<br />
para uma economia de baixo carbono. O<br />
etanol e a eletricidade da cana ganham com<br />
isto”, destaca o consultor.
REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL<br />
Depois do CAR, o PRA<br />
Governo estadual publica<br />
Decreto que institui instrumento<br />
de regularização ambiental<br />
Para os proprietários de imóveis rurais<br />
que já concluíram o Cadastro Ambiental<br />
Rural (CAR), a próxima etapa é a<br />
adesão ao Programa de Regularização<br />
Ambiental (PRA), conforme prevê o novo<br />
Código Florestal.<br />
A Canasol, que está elaborando o CAR<br />
para seus associados, cujo prazo termina<br />
no próximo dia cinco de maio, oferecerá<br />
assessoria na adesão ao PRA. A previsão<br />
para início do Programa, no entanto, deve<br />
ser conhecida somente após a publicação<br />
de uma nova resolução da Secretaria<br />
do Meio Ambiente do Estado de São Paulo,<br />
já que a primeira, publicada em treze<br />
de janeiro, foi revogada.<br />
“A Lei está valendo, mas agora é preciso<br />
que se publique uma nova resolução<br />
para regulamentar os procedimentos”,<br />
explica o técnico florestal Guilherme Lui<br />
de Paula Bueno, responsável pelos assuntos<br />
ambientais da Canasol. Para realizar<br />
a adesão ao PRA, no entanto, é obrigatório<br />
que os proprietários de imóveis<br />
rurais já tenham realizado o Cadastro Ambiental<br />
Rural (CAR). “No CAR a pessoa diz<br />
o que possui na propriedade”, explica. “Já<br />
no PRA a pessoa corrige os passivos ambientais,<br />
caso tenha alguma pendência”.<br />
Canasol cadastrou 3.746,8135 ha de<br />
vegetação nativa em área de associados<br />
Guilherme, responsável pelos assuntos<br />
ambientais da Canasol<br />
OBRIGATÓRIO<br />
Guilherme ressalta que tanto o CAR<br />
como o PRA são obrigatórios e a não adesão<br />
implica em diversas sanções aos proprietários<br />
como a não obtenção de créditos<br />
agrícolas e o impedimento da realização de<br />
atos notariais como registros de compra e<br />
venda e de doação. “Muitos deixam de fazer<br />
porque acreditam que possuem uma<br />
dívida com o meio ambiente, mas existe<br />
a possibilidade que, ao se enquadrarem<br />
nos benefícios previstos na lei, possam até<br />
ficar com créditos ambientais”, conclui.<br />
37
GILBERTO POZETTI<br />
Parabéns,<br />
Professor.<br />
Conselho Regional concede<br />
2ª Comenda do Mérito<br />
Farmacêutico a Gilberto Pozetti<br />
Uma das mais singelas homenagens<br />
deste ano na Câmara Municipal<br />
foi feita ao professor Gilberto Pozetti,<br />
justamente no Dia do Farmacêutico,<br />
instituído por Lei de autoria do vereador<br />
Farmacêutico Jéferson Yashuda.<br />
A comemoração foi em 20 de janeiro,<br />
quando o Conselho Regional de Farmácia<br />
- Seccional de Araraquara, entregou<br />
a Pozetti a 2ª Comenda do Mérito<br />
Farmacêutico em reconhecimento aos<br />
serviços prestados à profissão e à sociedade<br />
araraquarense.<br />
A sessão foi conduzida pela vicepresidente<br />
da Câmara, vereadora Edna<br />
Martins. A mesa principal contou ainda<br />
com a presença do vereador farmacêutico<br />
Jéferson Yashuda, do homenageado<br />
e sua esposa Márcia Regina do<br />
Amaral Pozetti; Fernando Cesar Guzzi,<br />
secretário municipal da Agricultura,<br />
representando o prefeito Marcelo Barbieri;<br />
Evandro Yashuda, presidente do<br />
Conselho Regional de Farmácia - Seccional<br />
de Araraquara, e da Professora<br />
Doutora, Cleópatra Planeta, diretora da<br />
Faculdade de Ciências Farmacêuticas.<br />
REFERÊNCIA EM HOMEOPATIA<br />
Filho de Mário Juliano Pozetti e Elvira<br />
Bisca Pozetti, Gilberto Luiz Pozetti<br />
nasceu em Catanduva em 10 de fevereiro<br />
de 1938. Lá estudou no Colégio<br />
Estadual e Escola Normal Dr. Adhemar<br />
de Barros e Instituto de Educação Barão<br />
de Rio Branco.<br />
Formou-se farmacêutico pela Faculdade<br />
de Farmácia e Odontologia de Araraquara,<br />
atual Faculdade de Ciências<br />
Farmacêuticas da Unesp, em 1960.<br />
Pozetti se notabilizou na Homeopatia.<br />
Ele conta que certa vez, voltando<br />
de ônibus para Araraquara,<br />
sentou-se ao<br />
lado de um rapaz. Segundo<br />
ele, foi a mão<br />
O agradecimento de Gilberto Pozetti pela homenagem<br />
de Deus que o colocou ali junto ao<br />
médico homeopata Izao Carneiro, que<br />
vinha de São Paulo para abrir consultório<br />
em Araraquara e Ribeirão Preto.<br />
Com ele, montou um grupo de estudos<br />
frequentado por vários estudantes de<br />
Farmácia. Os encontros culminaram na<br />
criação do Instituto François Lamasson<br />
para formação de profissionais especializados<br />
em homeopatia, e além de<br />
membro fundador, foi professor e vicepresidente.<br />
Autor da lei que cria o Dia Municipal<br />
do Farmacêutico, o parlamentar Yashuda<br />
destacou que a Comenda indicada pelo<br />
Conselho Regional, é um reconhecimento<br />
da classe farmacêutica àqueles que se<br />
destacam na profissão. “A primeira foi entregue<br />
em 2015 a Arnaldo Buainain, que<br />
foi pioneiro e por cinco décadas em seu<br />
laboratório, contribuiu para o diagnóstico<br />
da saúde em Araraquara. Agora é a vez<br />
de Gilberto Pozetti, professor-titular de<br />
Química Orgânica da Faculdade de Ciências<br />
Farmacêuticas da Unesp. É uma honraria<br />
digna e merecida por seu extenso<br />
currículo”, completou.<br />
Pozetti com seus familiares<br />
e os vereadores Edna<br />
Martins e Jéferson<br />
Yashuda, autor da lei que<br />
homenageia anualmente<br />
os farmacêuticos da cidade<br />
38
Vidros<br />
Saiba quais são as vantagens<br />
de instalar o isofilm (películas<br />
de proteção solar para vidros)<br />
em sua residência!<br />
O ISOFILM RESIDENCIAL TRAZ UMA<br />
SÉRIE DE VANTAGENS, E ESTÁ CADA VEZ<br />
MAIS PRESENTE NAS CONSTRUÇÕES E<br />
REFORMAS DE CASAS E APARTAMENTOS.<br />
Quando falamos em ISOFILM, a primeira<br />
coisa que vem à mente da maioria<br />
das pessoas, é uma película instalada<br />
nos vidros dos carros escurecendo-os,<br />
mas essa proteção e privacidade também<br />
pode ser instalada em janelas e portas de<br />
residências ou empresas, por exemplo.<br />
Entenda o que é a película de<br />
proteção solar para vidros, mais<br />
conhecida com ISOFILM<br />
O ISOFILM arquitetônico segue a mesma<br />
linha dos ISOFILMS utilizados para<br />
janelas de carros e outros veículos. A diferença<br />
é que esse tipo de película é fabricada<br />
por meio do processo chamado<br />
de SPUTTERIG, onde metais e ligas são<br />
encravados no poliéster com precisão<br />
controlada. Esse processo resulta na estabilidade<br />
de cor e performance do produto<br />
por muitos anos.<br />
Para instalar ISOFILM residencial, não<br />
é necessário que esteja no projeto inicial<br />
de construção ou reforma, podendo ser<br />
instalado a qualquer momento.<br />
Para que a película seja instalada corretamente,<br />
é necessário que as casas ou prédios,<br />
tenham um determinado tipo de janela<br />
para que a folha de adesivo seja instalada,<br />
sem que exista o risco de formar bolhas de<br />
ar ou tenha qualquer irregularidade que<br />
possa acabar rasgando o material.<br />
Além disso, é muito importante que o<br />
ISOFILM Residencial seja instalado sempre<br />
por uma equipe especializada na<br />
instalação desse tipo de material. As películas<br />
são muito sensíveis, e qualquer erro<br />
no momento da instalação do material na<br />
janela, pode acarretar em um grande prejuízo<br />
financeiro para o consumidor, especialmente<br />
se esse problema for percebido<br />
depois do término do serviço.<br />
Diferenciais do ISOFILM<br />
Residencial: As características finais<br />
sempre vão depender do modelo escolhido,<br />
mas, na grande maioria dos casos,<br />
as películas que podem ser instaladas em<br />
janelas de casas e apartamentos contam<br />
com algumas vantagens em comum.<br />
A primeira delas é a privacidade que<br />
as pessoas que moram em casa ou apartamento<br />
vão ganhar durante o dia, pois<br />
quem estiver do lado de fora não consegue<br />
ver o que está acontecendo do lado interno,<br />
enquanto quem está dentro, consegue<br />
enxergar normalmente o lado exterior. Por<br />
isso, esse tipo de ISOFILM Residencial é<br />
muito útil para quem possui imóveis com<br />
uma grande quantidade de janelas e vidros,<br />
pois com certeza, aumentará a segurança<br />
de sua residência.<br />
Essa película também permite um<br />
melhor controle da temperatura interna<br />
da residência durante os dias mais quentes<br />
do ano. O ISOFILM consegue barrar<br />
grande parte dos raios UV emitidos pelo<br />
sol e, com isso, o aquecimento interno cai<br />
consideravelmente, aumentando assim o<br />
rendimento do ar condicionado, e consequentemente,<br />
economizando energia.<br />
O melhor de tudo é que dessa forma<br />
e controle de temperatura fica mais barato,<br />
uma vez que não necessita de energia<br />
elétrica para funcionar, ao contrário do ar<br />
condicionado, por exemplo.<br />
Como o ISOFILM consegue barrar a<br />
entrada dos raios ultravioletas, consequentemente<br />
os moradores também poderão<br />
verificar maior durabilidade dos<br />
seus móveis, uma vez que o sol é um grande<br />
responsável pelo desgaste natural dos<br />
itens que compramos para nossa casa.<br />
Muitas pessoas ainda não sabem que a<br />
incidência de luz do sol pode estragar o<br />
interior de uma residência, incluindo pisos<br />
de madeira, sofás, cortinas, mobília, etc.<br />
Portanto, o ISOFILM arquitetônico<br />
pode ser um excelente investimento para<br />
a sua casa ou apartamento. Além de ganhar<br />
mais privacidade e ter um controle<br />
de temperatura mais barato, o imóvel ainda<br />
é valorizado e fica muito mais bonito<br />
para quem enxerga pelo lado de fora.<br />
Hoje em dia, o ISOFILM é muito solicitado<br />
por arquitetos e decoradores, pois garante<br />
um resultado incomparável...<br />
39
40
COLCHÕES<br />
QUAL TAMANHO CERTO DAS<br />
M<strong>ED</strong>IDAS DE UM COLCHÃO?<br />
Medidas padrões no Brasil<br />
para colchões e cama box:<br />
0,60 x 1,30 m - Berço Infantil<br />
0,70 x 1,30 m - Berço Infantil<br />
0,70 x 1,50 m - Berço Infantil<br />
0,78 x 1,88 m - Solteiro<br />
0,88 x 1,88 m - Solteiro<br />
1,28 x 1,88 m - Casal<br />
1,38 x 1,88 m - Casal<br />
1,58 x 1,98 m - Queen Size<br />
1,86 x 1,98 m - King Size<br />
1,93 x 2,03 m - King Size<br />
M<strong>ED</strong>IDAS ESPECIAIS PARA COLCHÃO:<br />
Qualquer colchão com outra medida que<br />
não seja a medida de colchão do Brasil (ao lado<br />
mencionado), poderá ser conseguida com a fabricação<br />
de um colchão com medida especial<br />
fornecida pelo cliente, nas mais diversas marcas.<br />
Você pode fazer o seu colchão e sua cama box<br />
na medida de sua necessidade personalizada.<br />
Para fazer seu colchão sob medida pode ser alterado<br />
a largura e o comprimento e deverá manter<br />
a altura padrão do colchão de sua escolha .<br />
Os colchões de molas e ortopédicos não podem<br />
ser alterados na altura pela razão de perderem<br />
totalmente a sua qualidade de conforto por<br />
estar alterando a sua estrutura das camadas de<br />
revestimento.<br />
Tenha atenção com o tamanho do colchão<br />
na hora da compra.<br />
Você encontrará os colchões das maiores<br />
marcas e ainda sob medida em nossa<br />
loja especializada em colchões.<br />
Os colchões de espuma podem ser<br />
alterados na altura, sempre respeitando<br />
algumas regras:<br />
O colchão com pilow top de espuma<br />
não poderá ter menos 20cm de altura,<br />
abaixo disso será sempre sem pilow top.<br />
O mínimo de altura ideal para um<br />
colchão de espuma será com 0,12cm de<br />
altura, abaixo disso comprometerá suas<br />
funções de qualidade de conforto.<br />
Os colchões podem variar nas medidas<br />
de fabricação (comprimento x largura)<br />
em mais ou menos, 2cm conforme as<br />
regras da ABNT (Associação Brasileira de<br />
Normas Técnicas).<br />
Lembramos que a medida de seu colchão<br />
deverá ser sempre menor 2cm que<br />
as medidas de uma cama tradicional, exceto<br />
a cama box, que o colchão deverá ter<br />
a mesma medida.<br />
Fonte: http://www.colchaocostarica.com.br/dicas-de-sono/qual-tamanho-certo-das-medidas-de-um-colchao-30.html<br />
41
PARA CADA PROJETO UM TELHADO DIFERENTE<br />
TELHADO APARENTE, PLATIBANDA<br />
OU LAJE IMPERMEABILIZADA? ESCOLHA O SEU.<br />
DICAS DA ARQUITETA E URBANISTA PATRÍCIA MORAES DA APARATTO ARQUITETURA E INTERIORES SOBRE<br />
TELHADOS. DIFERENÇAS, VANTAGENS E DESVANTAGENS.<br />
TELHADO APARENTE<br />
A cobertura com telhas segue uma<br />
proposta mais clássica, mas que<br />
pode variar em estilos, dependendo<br />
do tipo de telha utilizada: ondulada<br />
em fibrocimento, colonial, francesa,<br />
romana, de concreto, madeira<br />
tratada, de material reciclado, com<br />
ou sem moldura, etc. Variam de<br />
estilo e custo.<br />
Sua maior vantagem é justamente<br />
essa variedade de opções, facilidade<br />
de instalação e a possibilidade de<br />
beirados que servem de proteção<br />
para aberturas e paredes.<br />
LAJE DE COBERTURA<br />
Você também pode optar pela laje<br />
de cobertura, impermeabilizada ou<br />
revestida, sem a necessidade de ter<br />
um telhado escondido. Os métodos<br />
atuais de impermeabilização são<br />
42
muito eficientes e têm vida útil em<br />
torno de 10 anos (consultar garantia<br />
fornecedor).<br />
A grande vantagem desta opção é a<br />
possibilidade de utilizar a cobertura<br />
como espaço de lazer, jardim<br />
suspenso, telhado verde; se você<br />
tiver uma vista privilegiada, pode se<br />
tornar um belo mirante.<br />
Uma desvantagem, dependendo<br />
da localização da obra pode ser a<br />
questão térmica, pois pode aquecer,<br />
portanto existe uma economia com<br />
telhado, mas deve ser feito um<br />
estudo prévio das características<br />
geoclimáticas.<br />
TELHADO COM PLATIBANDA<br />
Uma tendência mais moderna são<br />
casas com telhado embutido ou com<br />
platibanda, que combinam bem<br />
com linhas retas, pois escondemos<br />
a inclinação das telhas por trás de<br />
uma platibanda, assim temos uma<br />
proposta mais limpa de fachada.<br />
A maior vantagem de telhados<br />
com platibanda é a utilização de<br />
telhas mais simples (fibrocimento)<br />
e uma estrutura de madeira mais<br />
leve para sustentá-la ou até mesmo<br />
uma estrutura metálica, pois tudo<br />
ficará escondido pela platibanda,<br />
além do telhado não aparecer,<br />
fica “protegido”. Mas você deve<br />
ter cuidado em alguns detalhes de<br />
execução, como inclinação ideal e<br />
sistema de escoamento. Veja um<br />
esquema abaixo, mas cada situação<br />
deve ser analisada.<br />
Fonte: http://aparattoarquitetura.blogspot.com.br/2013/09/telhado-aparente-platibanda-ou-laje.html<br />
43
44
(1957) Picolim, Mário, China, Gastão, Moacir, Perci e Dinho; Hélio, Euzébio, Baiano, Luizinho Gonçalves, Paraguaio e Lamante (massagista)<br />
GRANDES CLUBES DA NOSSA TERRA<br />
Ferroviária: time amador com<br />
Picolim, foi o começo de tudo<br />
Um ano depois de ser fundada em<br />
abril de 1950, é que a Ferroviária se<br />
deu conta que precisaria formar a<br />
base, criando jogadores da própria<br />
cidade e região para manter a<br />
estrutura de um bom time de futebol.<br />
Para isso, descobriu Djalma Bonini,<br />
o “Picolim”, apelido que lhe foi<br />
dado quando ainda jovem, dada a<br />
semelhança com um palhaço nos<br />
tempos de Arrelia e Pimentinha.<br />
Picolim, de fato era assim: sujeito<br />
bonachão, pessoa sem maldade,<br />
bondoso, simples, que gostava<br />
de fazer o bem e não gostava de<br />
prejudicar ninguém.<br />
No futebol, logo que chamado por<br />
Pereira Lima, então presidente,<br />
apressou em montar o time<br />
amador da Ferroviária. No começo<br />
a equipe se tornou saco de<br />
pancadas, pois basicamente jogava<br />
com funcionários da Estrada de<br />
Ferro Araraquara. De uma das<br />
derrotas, Picolim nunca esqueceu:<br />
8 a 0, aplicado pelos rapazes do<br />
Mirassol, num amistoso de 1952,<br />
com direito ao show particular do<br />
menino Bazani, que impressionou<br />
o treinador. Picolim até que tentou<br />
trazer o garoto para Araraquara,<br />
mas ele ainda passou por outras<br />
equipes e Picolim teve que esperá-lo,<br />
pois Bazani jogou na Mogiana, de<br />
Campinas, por um ano, e disputou o<br />
Campeonato Amador Regional pelo<br />
Grêmio Esportivo Monte Aprazível.<br />
Em 9 de dezembro de 1953 assinou<br />
seu primeiro contrato profissional<br />
para defender o Rio Preto no<br />
Campeonato Paulista da Segunda<br />
Divisão. Permaneceu lá durante seis<br />
meses, quando recebeu proposta<br />
para atuar no Fluminense, do Rio<br />
de Janeiro. Porém, antes de acertar<br />
com o clube carioca, os amigos<br />
45<br />
China e Ico, ambos de Mirassol,<br />
iam fazer testes na Ferroviária e o<br />
convidaram a participar. Picolim,<br />
que já o conhecia, o convenceu a<br />
ficar em Araraquara. Bazani ficou no<br />
time amador de Picolim, até que o<br />
técnico Renganeschi o promoveu ao<br />
time principal para substituir o ponta<br />
esquerda Boquita, assinando seu<br />
primeiro contrato com a AFE em 30<br />
de dezembro de 1954.<br />
A partir daí a estrela de Picolim<br />
passou a brilhar. E não parou mais:<br />
Toninho, Faustino, Dudu, Pio e tantos<br />
outros que ao saírem do Amador,<br />
se transformaram em nomes<br />
importantes do futebol brasileiro.<br />
Para outros, a formação dada por<br />
Picolim serviu para transformá-los<br />
em cidadãos íntegros, grande parte<br />
empresários ou personalidades<br />
nos diversos setores da atividade<br />
profissional.
AMADOR DA FERROVIÁRIA<br />
Celeiro de craques desde<br />
a sua fundação em 1950<br />
Jornais e revistas a partir de<br />
1959 passaram a destacar que<br />
“o interior paulista revelava<br />
craques”. Numa destas edições<br />
aparecem Faustino e Dudu<br />
que passaram pelas mãos de<br />
Picolim, sendo considerados<br />
nomes importantes do futebol<br />
brasileiro. A Ferroviária se<br />
mostrava então um ninho de<br />
craques para o Brasil.<br />
O legado deixado por Antônio Tavares<br />
Pereira Lima para Araraquara não<br />
tem valor e nem nível que qualquer divisão<br />
possa afrontá-la. Seremos sempre<br />
o guia para conduzi-la onde for, nunca<br />
deixando de ser o carvão de sua caldeira<br />
e fazendo com que os vagões não se<br />
descarrilhem.<br />
Hoje, o torcedor que vislumbra com<br />
o manto pelas ruas pode se sentir invejado<br />
daqueles que nem davam bola ao<br />
clube que ostentou por muitas décadas<br />
a cidade, com partidas brilhantes, desfile<br />
de jogadores de seleção brasileira<br />
e podendo ver a atmosfera que um estádio<br />
de futebol consegue produzir de<br />
forma descomunal.<br />
Muitos jovens intrépidos fizeram<br />
parte desta Academia do Interior. Quer<br />
prova disso? Em publicação do jornalista<br />
Gonçalves Filho no jornal “O Imparcial”<br />
em 08/03/1951, ficou decidido<br />
por anúncio feito na residência do presidente<br />
afeano Pereira Lima, que o time<br />
disputaria o seu primeiro campeonato<br />
amador daquele ano, organizado pela<br />
LAF (Liga Araraquarense de Futebol),<br />
escolhendo os futuros atletas para o<br />
futebol profissional. Chegamos então<br />
à conclusão que o quadro amador foi<br />
instituído antes do profissional.<br />
A primeira vez em que o escrete<br />
grená entrou em campo foi no dia<br />
08/04/1951, fazendo a preliminar do<br />
jogo Paulista FC x Monte Azul. Na estreia,<br />
a Ferroviária perdeu para o segundo<br />
time do Paulista pelo placar de 3<br />
a 1. O gol marcado pela Ferrinha foi de<br />
Wilson Pedroso, o Indio, foi pelo menos oito<br />
vezes campeão pelas categorias de base da<br />
Ferroviária; um destes títulos veio em 1961,<br />
para então iniciar uma peregrinação pelo<br />
futebol paulista. Com Faustino ele jogou no<br />
Bragantino, em 1970 e 1971.<br />
Faustino e Dudu saíram do Amador da<br />
Ferroviária, chegaram ao time de cima,<br />
e se encontraram depois em jogo do São<br />
Paulo e Palmeiras, no Morumbi<br />
Monte II. A equipe foi a campo com Zé<br />
Carlos; Binho e Fincati (Bijou); Gastão<br />
(Tamoio), Barquete e Miguel; Abacaxí,<br />
Ministro, Caxambú, Rim e Monte II.<br />
Isso mostra que o futebol amador<br />
é importante para ser a base de uma<br />
grande equipe. De lá é que saem os futuros<br />
profissionais. Isso acontecia em<br />
décadas passadas. Muitos torcedores<br />
questionam a forma como isso foi parar.<br />
Praticamente, não se existe mais<br />
o amadorismo como era antes, do promissor<br />
jogador sair do chapadão até ir<br />
rumo a uma Ferroviária, por exemplo.<br />
Os que percorreram este caminho têm<br />
muita sorte e competência para seguir<br />
a vida dentro e fora do campo. O dinheiro<br />
não falava alto naquela época, mas<br />
precisava dele para se sustentar.<br />
Time amador da<br />
Ferroviária, disputando<br />
o campeonato da<br />
cidade em 1958: Mário<br />
Tagliacozi, Nego, China,<br />
Moacir, Ari Bacari e<br />
Lota; Euzébio, Helinho,<br />
Brotero, João Carlos e<br />
Onofre Larocca. Não<br />
havia salário para<br />
os atletas, apenas<br />
a promessa de que<br />
poderiam galgar o<br />
time de cima, em uma<br />
época que estavam<br />
surgindo muitos atletas,<br />
dois anos depois da<br />
Ferroviária subir para a<br />
Divisão Especial<br />
Geraldo Moreira, o terceiro da esquerda para<br />
a direita, foi um dos nomes mais expressivos<br />
da crônica esportiva, cobrindo apenas o futebol<br />
amador pelo Diário da Araraquarense<br />
46
Bazani, Euzébio, Zé Maria, Cardarelli, Rodrigues, Beny, Fia e os filhos do prefeito da Ilha da<br />
Madeira que ofereceu um coquetel em sua casa (excursão da Ferroviária pela Europa em 1960)<br />
SURGE NO AMADOR UMA<br />
PANTERA: EUZÉBIO<br />
A década de 50 foi um marco com<br />
a criação da Associação Ferroviária de<br />
Esportes. Potência e força não faltavam<br />
ao time que já buscava o sonhado<br />
acesso à Divisão Especial do Paulistão.<br />
Todos sabem que o feito seria conquistado<br />
em 1955, após vencer o Botafogo<br />
de Ribeirão Preto por 6 a 3, na Fonte<br />
Luminosa.<br />
Mas foi um marco também para<br />
um futuro jogador que ainda dava os<br />
seus primeiros passos na cidade. A família<br />
Bonifácio veio de Tabatinga e se<br />
instalou em uma fazenda próxima ao<br />
estádio grená, o que facilitou a vida do<br />
então menino Euzébio.<br />
O garoto logo se enturmou e fez<br />
parte do juvenil do Primavera e Bangu,<br />
times que ficavam próximos de sua<br />
casa. O time treinava onde está localizado<br />
hoje, o Ginásio Castelo Branco, o<br />
Gigantão.<br />
“Havia uma figueira gigantesca perto<br />
do campo e fazíamos daquilo o nosso<br />
vestiário. Certo dia, um amigo mudou<br />
a minha vida. A sua idade no time da<br />
Ferroviária tinha estourado e ele me indicou<br />
para fazer parte do time infantil”.<br />
Euzébio hoje em sua casa lembrando do<br />
passado na Ferroviária<br />
E a carreira deslanchou. Em seu<br />
primeiro ano, o meia-direita conquistou<br />
título pela categoria e não demorou<br />
muito para que chamasse a atenção de<br />
Picolim. “Em 1954 eu estava no juvenil<br />
e em 57 no amador da Ferroviária. O Picolim<br />
olhou para mim e jogou a camisa<br />
do time, sem número. Aquilo tudo aconteceu<br />
de forma muito rápida”.<br />
O iluminado jogador fez parte do<br />
time que conquistou o tricampeonato<br />
amador (1957-58 e 59), além de integrar<br />
a seleção amadora da cidade que<br />
tinha Dudu na equipe.<br />
Porém, em 1958, Euzébio ficaria<br />
conhecido como o primeiro autor do<br />
gol noturno na Fonte Luminosa. Na préinauguração<br />
dos refletores do estádio em<br />
8 de outubro de 1958, contra a Ponte<br />
Preta, o camisa 7 entrava para a história:<br />
“Uma bola chutada bateu na trave e<br />
voltou dentro da pequena área. Sobraram<br />
eu e a bola, mas a marcação estava<br />
vindo. Acabei indo de carrinho, chegando<br />
a trombar com o zagueiro. Todos<br />
os jogadores vieram comemorar comigo<br />
e eu não estava com o pensamento<br />
nos refletores. Depois que a ficha caiu”.<br />
O placar terminou em 3 a 1 para a<br />
Ferroviária. Os feitos de Euzébio não<br />
pararam por aí. O lugar no time principal<br />
da Ferroviária estava garantido. Seu<br />
entusiasmo aumentou quando o clube<br />
excursionaria pela Europa no início da<br />
década de 1960. Quase desacreditado,<br />
o jogador recebeu a notícia, vinda de<br />
Arnaldo de Araújo Zocco, o Cana, que<br />
mudaria a sua vida.<br />
Primeiro jogo internacional e vitória da Ferroviária<br />
sobre o Nacional, por 4 a 3, em 14 de abril de<br />
1960, na Ilha da Madeira. Um dos gols foi<br />
marcado por Euzébio.<br />
47
PARA EUZÉBIO A FICHA<br />
FOI CAIR TEMPOS DEPOIS<br />
“Eu estava treinando com o<br />
time. O “seo” Cana chegou<br />
perto do alambrado, me<br />
chamou e disse “você vai<br />
viajar”. Eu entrei em choque.<br />
Foi uma alegria imensa<br />
fazer parte daquele time que<br />
excursionou para a Europa”.<br />
Parecia que Euzébio, com o nome do<br />
Pantera Negra do Benfica, teria um futuro<br />
brilhante, mas em 1964 mudou- se de<br />
cidade e finalizou a carreira aos 19 anos.<br />
“Naquele ano eu consegui meu passe<br />
livre junto ao Pereira Lima. Comecei<br />
a perder espaço no time e queria continuar<br />
jogando. Foi quando conheci a<br />
minha namorada e nos mudamos para<br />
Franca. Fiz Tiro de Guerra lá e joguei<br />
também pela Francana. Mas nunca deveria<br />
ter deixado a Ferroviária. É uma<br />
coisa que me arrependo”.<br />
MAURO SOLSSIA E OS NOVOS<br />
TEMPOS DO NOSSO AMADOR<br />
A passagem do empresário Mauro<br />
Solssia foi rápida pelo time amador da<br />
Ferroviária. Não que ele não quisesse<br />
O empresário Mauro Solssia<br />
exibe com orgulho os troféus<br />
conquistados ao longo da<br />
sua carreira como atleta em<br />
campeonatos internos do Clube<br />
Araraquarense e Clube Náutico.<br />
Proprietário de uma corretora bem<br />
sucedida no mercado, ele relembra<br />
com carinho sua passagem pelas<br />
categorias de base da Ferroviária.<br />
A atividade ainda jovem como<br />
corretor e os estudos, fizeram com<br />
que ele abandonasse o futebol.<br />
continuar jogando. Pelo contrário. Se<br />
fosse nos moldes que vemos hoje, com<br />
certeza seria diferente para ele e outros<br />
milhares de jogadores de futebol.<br />
“Na época, já trabalhava na área de<br />
seguros com outra pessoa. No futebol<br />
não se pagava, principalmente o que<br />
se paga na atualidade. Precisava me<br />
sustentar. Então, no fim de 1976, com<br />
22 anos, decidi pendurar as chuteiras”,<br />
destaca o agora proprietário da Solssia<br />
Corretora de Seguros.<br />
Mesmo encerrando a carreira precocemente,<br />
o preparador físico da época<br />
do time principal, Bebeto de Freitas,<br />
elogiou o ex-zagueiro para o novo treinador,<br />
muito conhecido pelos brasileiros<br />
da época, Aymoré Moreira. “Quando<br />
o Vail Mota saiu e o Aymoré Moreira<br />
entrou como técnico da Ferroviária, o<br />
Bebeto, que gostava do meu estilo de<br />
jogo, falava pra eu voltar e pediu para<br />
que eu treinasse no time principal. Fiquei<br />
por quinze dias e posso dizer que,<br />
durante este tempo, o Aymoré foi o melhor<br />
treinador com quem já trabalhei. A<br />
visão dele pelo futebol era diferenciada.<br />
Mesmo assim, não deu para seguir<br />
no futebol por causa do trabalho e dos<br />
estudos”.<br />
Pelo time amador da Ferroviária,<br />
“Maurão” conquistou os títulos de<br />
1973 e 1975. O ex-jogador lembra o<br />
tempo em que o futebol amador tinha<br />
grande prestígio na cidade. “Por ser a<br />
Ferroviária, os outros times da cidade<br />
Olivério Bazani Filho,<br />
por muitos anos foi<br />
responsável pelos<br />
times de base da<br />
Ferroviária, um deles<br />
com: Adauto, Paulão,<br />
Coutinho, Jurandir,<br />
Mauro Solssia e Gil;<br />
Agachados - Marcuíra<br />
(Buíra), Ademir<br />
Barsaglini, Amendoim,<br />
Edson Miranda e Getil.<br />
Com círculo, Mauro<br />
Solssia e Buíra (ou<br />
Marcuíra).<br />
O atleta Mauro Solssia,<br />
amador na AFE em 74<br />
48
Ferroviária campeã amadora de 1975 - Vail Mota, José Eduardo, Arquimedes, Gil, Vicente,<br />
Mauro Solssia, Paulão, Aranha, Geovane, Adauto, Hastel, Celso, Chico, Tatinho, Ninha,<br />
Domingos, Picolim, Antenor, Gama e Baú; Agachados: Bazani, Morcego, Odair, Marcuíra, Ari,<br />
Marquinhos, Mané, Valmir, Edson Miranda, Joel, Ademir Barsaglini e Sebastião<br />
sempre entravam com mais vontade. O<br />
pessoal não gostava do nosso time até<br />
por ter uma equipe profissional. De rivalidade<br />
mesmo posso considerar jogos<br />
contra o Benfica, já que era do Carmo<br />
e a ADA era de lá também”.<br />
Outro aventureiro da bola que participou<br />
dos títulos da Ferroviária no<br />
amador foi Marcos Brandão da Silva,<br />
o popular Buíra. Nas ruas e nos campos<br />
batidos, começou a ter os primeiros<br />
contatos com o futebol. Certo dia,<br />
jogando no campo do ACCO, Paschoal<br />
Gonçalves da Rocha observou o menino<br />
franzino e despertou o interesse em<br />
levá-lo para a Ferrinha.<br />
“Ele me levou para o dentão da<br />
Ferroviária e de lá eu não saí mais. Em<br />
1970, em uma partida de aspirantes<br />
em Ribeirão Preto, o Vail Mota acompanhou<br />
o time e me viu jogar. Após a<br />
partida, ele conversou comigo e disse<br />
que me queria no time”.<br />
Em 1972, com 16 anos, Buíra estava<br />
no time amador da AFE e se juntou a<br />
um seleto grupo de jogadores que contribuíram<br />
para a história grená. Mas a<br />
carreira do ex-meia-direita durou pouco<br />
tempo.<br />
“Depois do título amador, em 1975,<br />
eu tinha 19 anos e queriam que eu fosse<br />
para o time principal da Ferroviária.<br />
Porém, a família pesou na hora da decisão.<br />
Era complicado ficar viajando e<br />
deixar eles pra trás”.<br />
Buíra recebeu diversos convites de<br />
Bazani para voltar à Ferroviária, mas<br />
sem sucesso. Com estudos bancados<br />
pelo Dr. Crocce na época, o jovem jogador<br />
defendeu as cores do Santana. “Ele<br />
me ajudou muito e continuei jogando<br />
bola por aqui mesmo. Sempre insistiam<br />
para eu voltar, mas decidi optar pelos<br />
estudos e o trabalho”.<br />
Uma das grandes promessas da cidade<br />
foi irredutível. Chegou a receber<br />
até propostas de Portuguesa e Corinthians,<br />
que tinham olheiros no futebol<br />
amador da cidade, mas “o não” estava<br />
sempre na ponta da língua. O sucesso<br />
de Buíra ficou por aqui, como mais um<br />
filho de Araraquara.<br />
Buíra com a mãe,<br />
dona Clotilde. O pai<br />
de Buíra, “seo Dito”<br />
ou simplesmente<br />
Escurinho (já falecido),<br />
era um dos mais<br />
ardorosos torcedores<br />
da Ferroviária, desde<br />
os tempos da Cantina<br />
do Nhô Bento, na Rua<br />
Gonçalves Dias esquina<br />
com a São Paulo,<br />
depois Lanchonete do<br />
Hotel Uirapurú. Hoje, o<br />
ex-jogador do Amador<br />
da Ferroviária pode ser<br />
visto no quiosque da<br />
Santa Cruz vendendo<br />
lanches.<br />
49
SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />
TORI KITAMURA<br />
TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />
A senhora dos Pastéis Kitamura<br />
Possuidora de nobres<br />
qualidades, sua vida foi uma<br />
série de constantes lutas e<br />
vitórias. Pertenceu a uma das<br />
mais tradicionais famílias da<br />
colônia japonesa, especialista<br />
em preparar um pastel. Fez<br />
parte da história da cidade,<br />
granjeando amizades e<br />
esbanjando otimismo.<br />
Tori Kitamura, também conhecida<br />
carinhosamente como Maria, nasceu em<br />
10 de abril de 1902 em Kimamoto Ken,<br />
no Japão. Era filha primogênita de Kenzo<br />
e Moto Hayshida e tinha quatro irmãos,<br />
dois homens e duas mulheres. A família<br />
sempre se manteve muito unida e prestativa<br />
às pessoas que a rodeavam. Na infância,<br />
Tori estudou nas escolas do Japão<br />
por sete anos.<br />
Em 1928, ainda em sua terra natal,<br />
casou-se com Massao Kitamura, e logo<br />
no ano seguinte, 1929, o casal desembarcava<br />
no Brasil, vindo a trabalhar na<br />
lavoura, na região da Mogiana.<br />
O nome de Tori Kitamura hoje está<br />
presente em um dos bairros mais<br />
populosos de Araraquara: o Cecap,<br />
que significa Companhia Estadual de<br />
Casas Populares.<br />
Ainda hoje, quando voltamos<br />
os olhos para o passado, época<br />
dos nossos avós e pais, devemos<br />
imaginar que estes orientais pioneiros<br />
viveram uma vida de agruras,<br />
derramando sangue, suor e<br />
lágrimas para vencer os obstáculos.<br />
Fatos inarráveis em poucas<br />
palavras que ficaram em uma história<br />
que agora nos leva a compreender<br />
o passado e enaltecer seus<br />
descendentes que continuam a<br />
honrar os ensinamentos deixados<br />
pelos imigrantes japoneses entre eles, a<br />
paciência e a dedicação ao trabalho com<br />
honestidade acima de tudo.<br />
No início da década de 1930 chegaram<br />
a Araraquara para recomeçar a vida.<br />
Dessa vez em outra atividade, abraçando<br />
o ramo da pastelaria. Como todo o começo<br />
é difícil, o casal passou a comercializar<br />
seu produto (pastel) nos mais diferentes<br />
pontos da cidade (ambulantes), e mais<br />
Tori Kitamura, o marido<br />
Massao e o filho Alcides; ainda<br />
no interior da pastelaria da<br />
Avenida São Paulo, na década<br />
de 50 - na mesa do fundo,<br />
Hitocachi (tintureiro), Mário<br />
H. Arita (hoteleiro) e Honda<br />
(comerciante); na frente um<br />
cliente.<br />
50
Familiares de Tori: Carlos Kiyochi (neto), Maria Aparecida Kitamura<br />
(nora), Henrique (bisneto), Kengi (bisneto), Denise Tori (neta) e<br />
Guilherme que está no colo (bisneto), Vinicius (bisneto) e Lisandro<br />
Massao (neto)<br />
Vinicius, Guilherme (no colo), Henrique e Kenji continuam seguindo<br />
como formadores da nova geração dos Kitamura’s, predestinada<br />
certamente, a honrar as tradições e os costumes de uma família tão<br />
querida em Araraquara<br />
tarde, Massao e Tori montaram seu pequeno<br />
ponto de vendas na rua São Bento,<br />
local onde hoje está edificado o prédio<br />
do Banco Bradesco.<br />
Em 21 de setembro de 1937, na Av.<br />
São Paulo, entre as ruas 2 e 3, o casal<br />
abriu as portas de sua afamada pastelaria,<br />
a qual, por cinco décadas, atendeu<br />
com carinho e esmero sua enorme clientela.<br />
Foram 50 anos de muito trabalho,<br />
porém compensador, pois os dois conseguiram<br />
formar inúmeras amizades.<br />
Tori e Massao tiveram um único filho,<br />
Alcides, o qual nasceu em Araraquara<br />
no ano de 1938, e foi casado com Maria<br />
Aparecida de Andrade Kitamura. Alcides<br />
juntou-se aos pais, fortalecendo ainda<br />
mais a administração da pastelaria que<br />
se tornou tradicional em Araraquara.<br />
A família completa-se com quatro netos:<br />
Kátia Kiyoko, Carlos Kiyochi, Lisandro<br />
Massao e Denise Tori; e os bisnetos Estela,<br />
Vinicius, Henrique, Guilherme e Kengi.<br />
Tori Kitamura foi um exemplo de mulher<br />
dedicada, não só como esposa e mãe,<br />
bem como companheira de trabalho, auxiliando<br />
no sustendo do lar. Trabalhou até o<br />
último dia de sua existência terrena, falecendo<br />
na tarde de 10 de outubro de 1981,<br />
vítima de atropelamento na cidade. Seu<br />
esposo, Massao Kitamura, faleceu em 4<br />
de fevereiro de 1965, estando ambos sepultados<br />
no Cemitério São Bento.<br />
Seu nome está na rua através do<br />
Decreto n° 4401, de 26 de fevereiro de<br />
1982, que denomina Rua Tori Kitamura,<br />
a antiga Rua 1 do loteamento Parque do<br />
Cecap, neste município.<br />
Neta e bisneta mais velha, Katia e Estela<br />
Dois momentos da Rua Tori Kitamura: em 1983 e atualmente, onde se observa que reside a tranquilidade<br />
51
ATLETISMO<br />
Edmilson Escamilla, o flecha<br />
ligeira da cidade nos anos 60<br />
Em toda sua vida este atleta<br />
símbolo de Araraquara,<br />
participou 38 vezes da<br />
Corrida de São Silvestre e<br />
também das seletivas dos<br />
Jogos Panamericanos. Ele fez<br />
parte da equipe de atletismo<br />
da Ferroviária com Armando<br />
Clemente.<br />
Quando você vê uma criança correndo,<br />
da pra se ter uma ideia do que<br />
aquilo representa. Não é só felicidade,<br />
pureza e futuro, o quanto aquilo é espontâneo.<br />
Por que correr? Por que você<br />
corre? No cotidiano, sempre você quer<br />
ser mais rápido em fazer as coisas,<br />
se deslocando de um cômodo para o<br />
outro, ou simplesmente corre para se<br />
manter em formar ou se sentir livre em<br />
um período do seu dia para espairecer.<br />
Equipe da Ferroviária na disputa dos Jogos Abertos do Interior em Jundiaí, aparecendo entre<br />
os atletas, Escamilla e Zé Albino. O último à direita em pé, Laércio de Arruda Ferreira, o Pelica,<br />
que era da antiga CCE - Comissão Central de Esportes<br />
É por isso que o atletismo, principalmente<br />
a corrida, faz parte da nossa<br />
vida mesmo que você não perceba. E<br />
para aqueles que perceberam o quanto<br />
isso é importante?<br />
Edmilson lembra que na época,<br />
ocorriam eliminatórias para a São Silvestre<br />
em Araraquara. “Quando eu estava<br />
no colégio São Bento, o professor<br />
de Educação Física, Fernando Rocha,<br />
chamou a mim e o Juvino do Santos<br />
para integrar a sua equipe de corrida<br />
que treinava em uma minipista do<br />
DEFE (Departamento de Educação Física<br />
e Esportes), depois Escola Industrial<br />
e hoje Centro Paula Souza”, lembra Escamilla.<br />
Foi ali que o jovem de 21 anos<br />
dava seus primeiros trotes e começava<br />
a sonhar alto. Nos anos 60, o fundista<br />
Armando Clemente lhe dava uma oportunidade<br />
em sua equipe.<br />
A equipe na qual Clemente participou<br />
passaria a integrar a modalidade<br />
de atletismo do São Paulo Futebol<br />
Clube e disputou as eliminatórias, em<br />
São Paulo, dos Jogos Panamericanos<br />
de 1963, que seriam realizados no Rio<br />
de Janeiro. Durante esta disputa, Escamilla<br />
lembra de um fato marcante na<br />
carreira do seu grande ídolo, Clemente.<br />
“Um atleta apelidado de Catureba,<br />
do Vasco da Gama, acertou uma cotovelada<br />
covardemente em direção ao<br />
baço de Clemente e ele foi ao chão na<br />
hora. Anos depois, quando foi home-<br />
52
nageado em um evento na Biblioteca<br />
Municipal, fui falar com Clemente e<br />
recordei deste lance. Ele caiu no choro<br />
na hora. Talvez tenha sido o momento<br />
mais triste da carreira dele”, relembra.<br />
Em 1966, a equipe foi filiada à Ferroviária,<br />
podendo usufruir da estrutura<br />
da pista de atletismo que havia no entorno<br />
do gramado da Fonte Luminosa.<br />
A Ferroviária também começou a investir<br />
na natação, no basquete e no futebol<br />
do salão.<br />
“Na época, a Ferroviária precisava<br />
de um professor formado em Educação<br />
Física para ser líder da equipe. Fui chamado<br />
e passei a ser diretor de esportes<br />
terrestres da Ferroviária. Claro que<br />
o carro-chefe sempre era o futebol. Na<br />
maioria das reuniões pouco se falava<br />
das outras modalidades, mas conseguíamos<br />
uniformes, espaço para treino<br />
e, de vez em quando, o uso do ônibus<br />
para se locomover para outras cidades”,<br />
relembra Escamilla.<br />
E quem confeccionava os uniformes<br />
era a antiga Comissão Central de Esportes<br />
que, nos anos 80, passaria a ser<br />
conhecida como Fundesport. A equipe<br />
também contava com outros apoios de<br />
fora da instituição grená, como Bilica,<br />
diretor de esportes do SESI da época e<br />
que ajudou muito a equipe com equipamentos.<br />
Escamilla conta ainda que Clemente<br />
foi o melhor técnico da equipe que<br />
passou pelo atletismo da Ferroviária.<br />
E o exigente treinador não dava trégua<br />
para quem chegasse atrasado, punindo-os<br />
de forma bem curiosa.<br />
SEGUE<br />
Edmilson Escamilla um dos nomes que Araraquara guarda carinhosamente em sua história<br />
esportiva; fez do pedestrianismo a sua vida, mantendo lealdade aos que lhe ensinaram a arte<br />
de correr e praticar o esporte<br />
53
CONTINUAÇÃO<br />
“Toda vez que alguém chegava atrasado,<br />
o Clemente fazia a pessoa ficar<br />
na posição “patinho”, como a gente<br />
chamava. Ela era obrigada a andar agachada<br />
e dar a volta na pista inteira do<br />
lado do campo. Outro castigo era de<br />
ficar encurvado e encostar o dedo na<br />
ponta dos pés. Ele era bem rígido”.<br />
Na sua trajetória dentro do atletismo,<br />
Escamilla não se considerava um<br />
atleta de ponta, mas a competição favorita<br />
era sempre a São Silvestre, tanto<br />
que participou de 38 edições da corrida<br />
mais famosa do Brasil. Talvez o principal<br />
atleta do país daquele período foi<br />
Antônio Nogueira Azevedo, que era representante<br />
de Goiânia, mas o momento<br />
mais marcante na sua vida foi com<br />
um dos grandes nomes do atletismo de<br />
todos os tempos, Emil Zátopek.<br />
O ex-corredor araraquarense teve<br />
como espelho Clemente durante a sua<br />
vida e foi passando os ensinamentos<br />
aos seus alunos de educação física na<br />
Unesp, sempre na intenção de formar o<br />
caráter da pessoa e contribuir para seu<br />
aprendizado.<br />
“A maior alegria de ver um ex-aluno<br />
quando a gente o encontra pela rua, é<br />
vê-lo com sua esposa e filhos. Ali você<br />
tem certeza que parte de sua missão<br />
foi cumprida”.<br />
A Ferroviária para montagem<br />
da sua equipe de atletismo<br />
praticamente recorria aos alunos<br />
da antiga Escola Industrial e atletas<br />
que participavam das atividades<br />
do DEFE, do qual fazia parte<br />
o professor Laércio de Arruda<br />
Ferreira (Pelica). Assim foi com<br />
Muniz (Índio), Geraldo Polezze, um<br />
dos grandes velocistas da história<br />
da cidade, Uriel Pedroso e Edmilson<br />
Escamilla, em 1959.<br />
Escamilla hoje em sua casa<br />
Equipe na abertura<br />
dos Jogos Regionais<br />
na Fonte Luminosa,<br />
competição que<br />
reunia basicamente<br />
no passado,<br />
as cidades que<br />
compunham a<br />
Estrada de Ferro<br />
Araraquarense,<br />
de Araraquara até<br />
Jales, na beira do<br />
Rio Grande<br />
Os atletas Uriel Pedroso, Diogo Redondo, Edmilson Escamilla e Jovino dos Santos corriam pela<br />
Ferroviária e Armando Clemente, era contratado pelo Sesi<br />
54<br />
Hoje, o ex-atleta vê com bons olhos<br />
a safra que surge em Araraquara e região.<br />
“Além do fundista Marcelo Cabrini,<br />
o treinador Alex Sabino vem desenvolvendo<br />
um trabalho excelente com<br />
os atletas deficientes”. Sabino foi convocado<br />
para ser o treinador da seleção<br />
paraolímpica de atletismo, visando os<br />
jogos Rio <strong>2016</strong>.<br />
Escamilla pode não ter contribuído<br />
com títulos para a cidade, mas com certeza<br />
faz parte de um legado de dedicação<br />
e amor ao esporte, que jamais uma<br />
medalha seria capaz de contemplá-lo<br />
com esta façanha de ter desfrutado<br />
este período emblemático do esporte,<br />
ainda mais envolvendo a Ferroviária de<br />
Araraquara.
Trabalho feito de casa em casa<br />
Cidade decidiu entrar de<br />
corpo e alma na luta para<br />
acabar com a proliferação do<br />
Aedes. O primeiro bairro foi a<br />
Vila Xavier que neste ano é a<br />
região mais visada<br />
pelo mosquito.<br />
Mutirão contra o Aedes,<br />
guerra que não acaba<br />
O 1º Mutirão Regional<br />
de Combate ao Aedes aegypti<br />
foi realizado no dia 30<br />
de janeiro, na Vila Xavier,<br />
em Araraquara. Cerca de<br />
300 pessoas, entre agentes<br />
comunitários de saúde<br />
e de combate a endemias<br />
e voluntários, participaram<br />
da ação, iniciativa do grupo<br />
EPTV, com realização da<br />
Prefeitura de Araraquara e<br />
apoio da Unimed.<br />
O prefeito Marcelo Barbieri, acompanhado<br />
de vários secretários municipais,<br />
participou do mutirão. O prefeito<br />
percorreu a Alameda Paulista orientando<br />
os proprietários das lojas e distribuindo<br />
panfletos informativos.<br />
Divididos em grupos, os funcionários<br />
da Saúde e voluntários passaram<br />
de casa em casa e nos comércios no<br />
trecho que compreende da Alameda<br />
Paulista até a Rua 13 de Maio, entre as<br />
avenidas Santo Antônio e Octaviano de<br />
Arruda Campos, orientando a população<br />
sobre o combate ao Aedes aegypti<br />
e também sobre as doenças transmitidas<br />
pelo mosquito: dengue, zika e chikungunya.<br />
A comitiva percorreu uma parte da Vila<br />
Xavier, que é o bairro com maior incidência<br />
de casos neste ano, orientando os moradores<br />
como eliminar os criadouros de dentro de<br />
suas casas<br />
55
COLUNA<br />
ESPORTE É AVENTURA<br />
Treino de corrida<br />
A corrida é um dos esportes que mais conquista<br />
adeptos em todo o mundo. A prática da<br />
modalidade na rua, e com ela a realização de<br />
centenas de provas durante cada ano, movimenta<br />
um mercado milionário.<br />
Sempre aparecem muitas dúvidas sobre<br />
a prática da corrida. Abaixo vou responder as<br />
mais comuns e importantes.<br />
Quais os benefícios que a corrida proporciona?<br />
- Reduz a gordura corporal<br />
- Melhora a ansiedade e tensão<br />
- Melhora a qualidade do sono<br />
- Melhora a capacidade cardiovascular e<br />
pulmonar<br />
- Melhora os níveis de colesterol<br />
- Melhora a força de membros inferiores<br />
- Auxilia na prevenção da osteoporose<br />
- Diminui a pressão sanguínea<br />
Quanto tempo após iniciar a prática de<br />
corrida uma pessoa está preparada para disputar<br />
percursos de 15, 21 e 42 quilômetros?<br />
Se a pessoa já pratica outra atividade física<br />
e tem uma boa estrutura muscular, poderá<br />
alcançar qualquer um destes objetivos<br />
em cerca de 1 ano de treinamento sistemático.<br />
Caso seja sedentária, precisará de 3 a 6<br />
meses a mais para chegar a correr distâncias<br />
mais longas, já que esta pessoa terá que passar<br />
por um período que chamamos de período<br />
de adaptação nos primeiros meses.<br />
A musculação deve ser feita pelos adeptos<br />
da corrida para evitar o risco de lesões?<br />
A musculação é importante aos que querem<br />
correr ao longo da vida pois dá ao corpo<br />
uma melhor estrutura muscular para suportar<br />
todo o impacto, preserva as articulações e fortalece<br />
também os ossos.<br />
Porém, para aqueles que não gostam desta<br />
modalidade, é válido também experimentar<br />
outras, como o Pilates ou o treinamento<br />
funcional.<br />
Correr na esteira ou na rua?<br />
Qual a diferença entre correr ao ar livre<br />
(ruas, parques, clubes) e na esteira?<br />
É possível se preparar para uma prova de<br />
rua treinando apenas na esteira?<br />
Na esteira o chão passa embaixo de você<br />
enquanto na rua você deverá impulsionar seu<br />
corpo à frente. Ao ar livre deve-se considerar a<br />
resistência do vento, as irregularidades do terreno,<br />
a atenção dada aos imprevistos de estar<br />
correndo em ambiente externo, o que torna a<br />
corrida ao ar livre uma atividade mais dinâmica<br />
e mais parecida com a que se encontrará<br />
em uma prova de rua.<br />
Na esteira o treino é mais monótono.<br />
56<br />
Carlinhos Tavares<br />
Absolute Fit | 16 3114.8664<br />
Entretanto, controla-se melhor a velocidade,<br />
ritmo e inclinação do terreno. Sim, é possível<br />
se preparar para uma prova apenas utilizando<br />
a esteira. Mas o atleta terá de fazer uso<br />
da inclinação e variações de velocidades para<br />
aumentar o esforço que na rua com certeza<br />
é maior.<br />
Faça treinos intervalados com inclinações<br />
e outros mais longos durante toda a semana.<br />
Porém não recomendo esta prática 100%,<br />
porque os treinos mais proprioceptivos são de<br />
extrema importância na prevenção de lesão.<br />
O treino deve ser específico. Não é prudente<br />
treinar apenas na esteira, sendo que na<br />
hora da prova você estará na rua, enfrentando<br />
um terreno com desníveis e irregularidades<br />
não encontradas na esteira. E isso exigirá<br />
mais das musculaturas específicas ligadas à<br />
estabilidade articular. E elas sofrerão, já que<br />
não foram treinadas neste terreno.<br />
A recomendação é mesclar as 2 corridas,<br />
esteira/rua, caso seja mais cômodo fazer a<br />
maior parte dos treinos em esteira.<br />
Muitas pessoas dizem que nos dias em<br />
que praticam a corrida o apetite aumenta e,<br />
desta maneira, sentem mais dificuldade de<br />
manter a dieta. Correr dá mais fome? Verdade<br />
ou mito?<br />
Sim, correr dá fome como qualquer outro<br />
esforço e o engordar ou não dependerá do<br />
equilíbrio entre o que se come e o que se queima.<br />
Se houver crédito, a pessoa vai engordar<br />
com certeza.<br />
O importante é que a atividade física geralmente<br />
estimula a pessoa a comer melhor<br />
e consequentemente optará em mais qualidade<br />
do que quantidade, além de não querer<br />
jogar todo seu esforço fora. Na primeira hora<br />
após a atividade física, o que for ingerido será<br />
dirigido para a recuperação muscular. Por isso<br />
a importância de se consumir proteínas e carboidratos,<br />
mas sem exageros, porque senão<br />
teremos o depósito deste excesso como gordura.<br />
Para saber mais, como dicas de treino,<br />
etc., curta nossa página no Facebook (www.<br />
facebook.com/absolutefit). Neste canal, você<br />
leitor poderá interagir, compartilhar fotos e fazer<br />
perguntas.
MÃES E BEBÊS<br />
Araraquara terá a Casa<br />
da Gestante até julho<br />
A novidade se espalha pelo<br />
País e Araraquara passa a<br />
fazer parte do programa com<br />
o objetivo de humanizar o<br />
atendimento às mães e bebês,<br />
em um espaço específico.<br />
“A assistência que será oferecida a<br />
essas mulheres na Casa da Gestante,<br />
tem como referência os princípios da<br />
humanização preconizado pelo Ministério<br />
da Saúde, oferecendo condições<br />
de permanência, alimentação e acompanhamento<br />
pela equipe composta por<br />
enfermeiras, médicos e técnicos em enfermagem,<br />
podendo, ainda, contar com<br />
o apoio da psicologia, serviço social e<br />
nutricionista, que também integram a<br />
equipe multiprofissional”, comentou<br />
em janeiro, a superintendente da Gota,<br />
Regina Barbieri Ferreira.<br />
A Casa da Gestante de Araraquara,<br />
ideia que vem sendo implantada em<br />
várias cidades brasileiras, terá capacidade<br />
para 15 leitos e abrigará também<br />
mulheres na fase de latência do trabalho<br />
de parto que residem distante ou<br />
fora de Araraquara.<br />
Na segunda semana de janeiro,<br />
a Prefeitura iniciou a obra de reforma<br />
para implantação do projeto na Maternidade<br />
Gota de Leite, visando acomodar<br />
as mães, cujos bebês necessitam<br />
de internação acima de três dias e garantir<br />
a presença materna próxima ao<br />
filho para acompanhar sua evolução<br />
clínica, manter o aleitamento materno<br />
e, consequentemente, o vínculo afetivo.<br />
A Casa da Gestante funcionará no<br />
atual prédio da FunGota, na esquina<br />
da Rua Carlos Gomes, com a Avenida<br />
Duque de Caxias. As obras de reforma,<br />
nesta primeira fase, estão concentradas<br />
no piso térreo, que passa<br />
por adaptação das redes elétrica e hidráulica<br />
para receber o setor administrativo<br />
da Maternidade. Já no 1º andar<br />
serão construídos seis quartos, quatro<br />
banheiros, um posto de enfermagem,<br />
copa, expurgo e depósito.<br />
O prefeito Marcelo Barbieri, acompanhado<br />
do secretário de Obras Valter<br />
Rozatto, vistoriou a obra e destacou<br />
mais esse serviço que a Gota passa a<br />
oferecer às mulheres de Araraquara<br />
Dia de visita à Gota de Leite do prefeito<br />
Marcelo Barbieri e o secretário de Obras,<br />
Valter Rozatto para acompanhar as obras<br />
A mãe Naiade Cristina Seghetto com a filha<br />
na Maternidade Gota de Leite<br />
Foto: Sérgio Pierri<br />
e região, após a sua reabertura, em<br />
2012. “A Maternidade Gota de Leite é<br />
referência no atendimento às gestantes.<br />
Tem aprovação de 98% da população<br />
pela excelência no atendimento.<br />
Ela vem agregar ainda mais qualidade<br />
ao trabalho do hospital, garantindo o<br />
acolhimento humanizado e atenção às<br />
mães e aos bebês”, disse o prefeito.<br />
A Casa da Gestante integra uma das<br />
diretrizes da Rede Cegonha, que é uma<br />
estratégia do Ministério da Saúde para<br />
implementar uma rede de cuidados a<br />
fim de assegurar às mulheres, o direito<br />
ao planejamento reprodutivo e a atenção<br />
humanizada à gravidez, ao parto e<br />
ao puerpério, bem como assegurar às<br />
crianças, o direito ao nascimento seguro<br />
e ao crescimento e desenvolvimento<br />
saudáveis.<br />
De acordo com a Secretaria de<br />
Obras, a reforma é realizada pelo convênio<br />
com o Governo do Estado, com aditamento<br />
de R$ 448.936,21. A previsão<br />
de duração da obra é de três meses.<br />
57
M<strong>ED</strong>ICINA ESPORTIVA<br />
CRIOTERAPIA<br />
Ela reabilita atletas com<br />
suas técnicas específicas<br />
Quem acompanha o mundo esportivo já deve ter se<br />
deparado com alguns barris, ou até mesmo piscinas,<br />
cheias de água e gelo, com jogadores de futebol dentro<br />
delas logo após um treino intenso ou em um jogo oficial.<br />
Mas, qual a intenção de utilizar este método tão diferente?<br />
Em nossa cidade procuramos o médico Guido Tsuha,<br />
formado em Medicina Esportiva para explicar.<br />
A crioterapia abrange uma grande<br />
quantidade de técnicas específicas<br />
que utilizam o frio nas formas, líquido<br />
(água), sólido (gelo) e gasosa (gases)<br />
com o objetivo terapêutico de retirar<br />
calor do corpo. O termo significa, literalmente,<br />
“terapia pelo frio”. Qualquer<br />
tipo de uso do gelo ou de aplicações do<br />
frio com objetivos terapêuticos é, dessa<br />
forma, crioterapia.<br />
Com isso, o método consiste em<br />
retirar a temperatura corporal para minimizar<br />
os efeitos dos microtraumas e<br />
aumentar o bem-estar dos atletas. O<br />
que se tem popularizado, principalmente<br />
no futebol, é a imersão em águas de<br />
baixa temperatura.<br />
“Barril ou uma piscina com água e<br />
gelo acabam sendo os métodos adotados<br />
pela praticidade. Há também as<br />
câmaras frias em grandes centros esportivos,<br />
mas o uso não é tão frequente<br />
pelos outros métodos serem mais<br />
simples”, explica médico Guido Tsuha,<br />
formado em Medicina Esportiva e hoje<br />
uma importante autoridade no assunto<br />
em nossa região. Guido faz parte de<br />
uma das mais tradicionais famílias voltadas<br />
para a medicina em Araraquara.<br />
O especialista explica que a temperatura<br />
da água tem que estar por volta<br />
dos 19 graus. Se a temperatura for bem<br />
abaixo, pode ocasionar queimadura na<br />
pele. O ideal de usar a crioterapia é para<br />
atividades de ritmo intenso, praticadas<br />
por mais de duas horas de duração.<br />
“Com este objetivo de uma atividade<br />
ou de um pós-treino, com uma intensidade<br />
alta, os efeitos da crioterapia<br />
trazem uma recuperação mais rápida,<br />
diminui o grau de dor (isso depende da<br />
atividade física que pode trazer dores<br />
musculares), minimizar processos inflamatórios<br />
que podem ocorrer e a remoção<br />
do ácido lático, ocorrendo uma<br />
analgesia e uma recuperação muscular<br />
mais rápida”.<br />
O uso mais adequado da critoerapia<br />
é sempre acompanhado de um profissional.<br />
O corpo pode ser intolerante ao<br />
gelo sem mesmo você perceber se não<br />
fizer o uso de maneira correta. Para<br />
isso, uma compressa de gelo no local<br />
de uma dor muscular três vezes ao dia<br />
já seria o suficiente.<br />
Hoje, o método é quase que indispensável<br />
nas principais modalidades<br />
esportivas, seja no futebol, atletismo,<br />
principalmente no triátlon. “Hoje, o gelo<br />
é utilizado pra tudo dentro do esporte,<br />
seja uma pancada em local específico,<br />
ou na imersão na água fria. Sempre<br />
traz um efeito anti-inflamatório”, destaca<br />
Tsuha.<br />
58<br />
Para o médico Guido Tsuha, com formação<br />
em Medicina Esportiva, a utilização do gelo<br />
no tratamento de lesões desportivas, ou<br />
outros processos inflamatórios traumáticos<br />
(crioterapia) faz parte do senso comum e,<br />
de uma forma geral, é utilizada por todos.<br />
Convém, no entanto, perceber como funciona<br />
e como deve ser aplicada
RECURSOS<br />
A crioterapia é um<br />
agente terapêutico<br />
bastante utilizado<br />
nas lesões<br />
musculoesqueléticas,<br />
frequentemente<br />
causadas durante<br />
a prática esportiva.<br />
Dentre as lesões mais<br />
comuns estão as<br />
contusões, distensões,<br />
entorses, bursites e<br />
as tendinopatias.<br />
59
ENCONTRO<br />
Confraternização da<br />
diretoria da ACIA<br />
Anualmente a Associação Comercial<br />
e Industrial de Araraquara promove<br />
festa de confraternização entre os<br />
seus diretores e parceiros.<br />
Segundo o presidente Renato Haddad,<br />
o encontro anual “é uma oportunidade<br />
de todos se reunirem, trocarem<br />
informações sobre mais um ano de trabalho<br />
e principalmente se divertirem,<br />
ganhando forças para mais um ano de<br />
intensas atividades”.<br />
Desta feita a reunião festiva da ACIA<br />
aconteceu na Chácara do Nelson, que<br />
fica no Parque Tropical; é um verdadeiro<br />
paraíso, onde alegria e natureza se<br />
confundem, se transformando num dos<br />
pontos mais requisitados para festas<br />
empresariais.<br />
Durante todo o dia 24 de janeiro<br />
com animação musical de André do<br />
Piston e Zezinho Cipó, os diretores esbanjaram<br />
felicidade.<br />
O presidente da ACIA,<br />
Renato Haddad,<br />
agradecido aos<br />
colaboradores que a<br />
entidade tem em sua<br />
sede: Fátima Bergamin.<br />
José Carlos dos Santos,<br />
Luís Rômio e Marcos<br />
Assumpção<br />
Maria Teresa Smirne<br />
que tem o seu nome<br />
em uma das mais<br />
concorridas lojas<br />
de confecções da<br />
cidade, assinando<br />
presença com seu<br />
amado José Félix<br />
Damiano Barbiero Neto que<br />
ocupa o cargo de secretário<br />
na diretoria da ACIA ao lado<br />
da esposa Rosa, em um<br />
dia dos mais alegres e que<br />
serviu para o fortalecimento<br />
do companheirismo<br />
entre todos.<br />
O jornalista Geraldo Polezze, do Jornal<br />
de Araraquara, prestigiou o evento<br />
fazendo foto com o presidente da<br />
ACIA, Renato Haddad e dizendo em<br />
alto e bom tom: “Ele é o cara”... Rodrigo Magrini e a esposa Aline Heloísa Nascimento e Geraldo Cataneu<br />
60
Reinaldo Dias de Lima, da Montreal Magazine, todo<br />
feliz da vida com a esposa Ana Cláudia, anunciando<br />
a chegada de Felipe, um novo herdeiro na família<br />
Casal Marina e Adelcio Carlos Magrini, da famosa rede Aquarela<br />
Tintas num papo animado com o vice-presidente da ACIA,<br />
Ademar Ramos (Alumínio Ramos)<br />
Bruno e o pai André Boalin (Aliança)<br />
Amigos reunidos em uma única mesa: Roberto Abud (Accessorium),<br />
a esposa Luzia e a filha Isabela; Marina e Carlos Renato Segura (S&A<br />
Colchões) com os filhos João Vitor (Pitico) e João Pedro; Edes Dalmo<br />
de Oliveira e a esposa Catarina (A Boa Compra)<br />
Silvio Prada e<br />
Leninha; Renatinho,<br />
os pais Léa e Renato<br />
Haddad; Silvia,<br />
o marido Marcos<br />
Grosso (Correios) e o<br />
filho Marquinhos<br />
Paulinho Ambrósio<br />
(Disk Carnes), esposa<br />
Rosemeire e as filhas<br />
Letícia e Lais<br />
61
Animação é o que não faltou para Marcelo de Mattos Frigo, a esposa<br />
Sônia Maria, o filho Maurício (namorada Mayara), Cristina e Jair<br />
Martineli e a filha Lívia<br />
Antônio Junquetti, tesoureiro da ACIA, não<br />
esconde o sorriso em festa pela passagem de<br />
mais um ano de muito trabalho na entidade<br />
Geraldo Luís<br />
Tampellini e<br />
Márcia com a<br />
filha Larissa, a<br />
nora Solange,<br />
o filho Vitor e o<br />
netinho Murilo<br />
José Paulo Viana e a esposa Patrícia, ambos do<br />
Sebrae, que é um dos mais importantes parceiros<br />
da Acia em nossa cidade<br />
Colunista Social<br />
Márcia Belotti<br />
(Tribuna), Eder<br />
Magrini, Fátima<br />
Bergamin (ACIA)<br />
e o namorado<br />
Oswaldo Amaral<br />
62<br />
Durante este mandato, Luis Fernando<br />
Petroni (Sanel) e José Janone Júnior<br />
(Sunrise), ocuparam o cargo de Diretores<br />
Sociais. Lá estavam eles na organização<br />
da festa
celebra esses profissionais que têm<br />
um papel importante em nossas vidas.<br />
E a escolha para esta homenagem foi<br />
feliz, pois trata-se de uma pessoa iluminada<br />
e querida pelos companheiros<br />
de trabalho e a sua família”, completou<br />
Edna.<br />
O DIA DO CARTEIRO<br />
Marco Aurélio Petroni<br />
Símbolo dos carteiros na cidade<br />
Considerado o Papai Noel<br />
dos Correios, o carteiro<br />
Marco Aurélio Petroni foi<br />
homenageado na Câmara<br />
Municipal no final de<br />
janeiro.<br />
O Dia Municipal do Carteiro, comemorado<br />
na cidade em 25 de janeiro,<br />
desta feita levou para a festa uma<br />
pessoa muito especial: Marco Aurélio<br />
Petroni, que tem quase três décadas<br />
dedicadas aos Correios, destacando-se<br />
pela competência, comprometimento e<br />
solidariedade. Ele foi homenageado na<br />
sexta edição de um evento destinado a<br />
reconhecer o trabalho de profissionais<br />
de destaque indicados pela administração<br />
local da Empresa Brasileira de<br />
Correios e Telégrafos.<br />
A solenidade foi conduzida pela<br />
vice-presidente da Câmara, vereadora<br />
Edna Martins. A mesa principal contou<br />
ainda com a presença do vereador<br />
Edio Lopes, homenageado e a esposa<br />
Telma, além de Mário Ribeiro Cardoso,<br />
Entrega do prêmio na Câmara Municipal<br />
coordenador executivo da Ouvidoria e<br />
Saúde do Município, representando o<br />
prefeito Marcelo Barbieri, e João Paulo<br />
da Silva, gerente operacional dos Correios.<br />
Edio Lopes lembrou que ainda hoje,<br />
mesmo com o avanço da tecnologia, o<br />
carteiro é um elo para aproximar pessoas.<br />
“A motivação em instituir este<br />
prêmio teve origem na cobrança que<br />
fazemos a nós mesmo, como cidadãos,<br />
por reconhecer o trabalho daqueles<br />
que se dedicam a colaborar com o progresso<br />
da sociedade.”<br />
Edna Martins lembrou que “é uma<br />
categoria que<br />
tem a confiança<br />
e o respeito<br />
das pessoas<br />
em todo o Brasil<br />
e esta data<br />
Familiares se<br />
reuniram para<br />
cumprimentar o<br />
ilustre homenageado,<br />
Marco<br />
Aurélio Petroni<br />
PAPAI NOEL DOS CORREIOS<br />
Era dia de Natal quando, em 1967,<br />
o casal Ana Maria Assalve Petroni e<br />
José Petroni esperava pela chegada<br />
do pequeno Marco Aurélio Petroni, que<br />
nasceu no dia seguinte, 26 de dezembro.<br />
Esse fato talvez justifique sua afinidade<br />
com o Papai Noel, que anos mais<br />
tarde, se materializou quando se tornou<br />
o bom velhinho dos Correios.<br />
Casado com Telma Celeste Ferreira<br />
Petroni, com quem teve a filha Letícia,<br />
Marco Aurélio tem três irmãos: Carlos<br />
Henrique, Fábio Ricardo e Edson Rogério.<br />
Para seus familiares, Marco Aurélio<br />
é exemplo de bondade, honestidade e<br />
humildade.<br />
Seguindo a tradição da família, é<br />
também voluntário na Casa de Caridade<br />
“Ana Grossi Telarolli”, que leva o<br />
nome de sua bisavó.<br />
63
Saúde<br />
Você sabia<br />
que comer<br />
doce tem os<br />
seus benefícios?<br />
Fonte:http://blog.onofre.com.br/2013/01/11/os-beneficios-do-doce/<br />
O AUTOCONTROLE É A REGRA INICIAL PARA<br />
QUALQUER RECOMENDAÇÃO, INCLUSIVE<br />
PARA AS DIETAS.<br />
De todas as recomendações<br />
que ouvimos dos nutricionistas e<br />
endocrinologistas, a principal é<br />
aplicar o autocontrole em todas<br />
as refeições. Passar da conta<br />
nas refeições não é algo difícil e<br />
geralmente acontece com facilidade,<br />
mas com o controle necessário, dá<br />
para manter uma boa alimentação<br />
comendo de tudo, inclusive doces.<br />
Os doces, em todas as dietas<br />
e restrições alimentares, são<br />
considerados os verdadeiros<br />
vilões da boa forma e por isso são<br />
evitados de forma enérgica. Isso<br />
porque a maioria das pessoas tem<br />
o doce como o seu “ponto fraco<br />
alimentar”.<br />
Nós podemos extrair, da maioria<br />
dos alimentos, um benefício, porém<br />
tudo que é ingerido excessivamente<br />
traz malefícios. E aí está o problema<br />
dos doces. A maioria das pessoas<br />
relaciona os doces a momentos<br />
agradáveis e sensações prazerosas,<br />
por isso consome de forma não<br />
moderada e até excessiva, o que<br />
causa gordura localizada, diabetes e<br />
demais problemas de saúde.<br />
O consumo moderado de doces<br />
pode trazer benefícios para o<br />
organismo, como:<br />
Prevenção: Ativa a proliferação de<br />
micro-organismos que auxiliam a<br />
eliminação de bactérias maléficas<br />
ao organismo humano;<br />
Produz a sensação de prazer<br />
devido à liberação de serotonina:<br />
A serotonina, neurotransmissor<br />
que atua no cérebro liberando<br />
sensações, precisa de açúcar para<br />
ser produzida.<br />
Sentir vontade de comer doce não é<br />
gula:<br />
Quando o açúcar é retirado do<br />
organismo de forma inesperada e<br />
imediata, o organismo reage de<br />
forma negativa criando a sensação<br />
de ansiedade, gerando graus<br />
de frustração, o que estimula o<br />
consumo exagerado ao fim da dieta.<br />
A deficiência de carboidratos e<br />
algumas vitaminas provocam queda<br />
na produção de serotonina, isso<br />
eleva a vontade de comer doce.<br />
O nosso organismo precisa que<br />
todas as peças estejam em seus<br />
lugares para funcionar bem, por isso<br />
uma necessidade se encaixa à outra.<br />
Tudo o que consumimos de forma<br />
moderada e correta (para algumas<br />
pessoas, com orientação médica),<br />
serve para nutrir nosso organismo e<br />
auxiliar o seu bom funcionamento;<br />
quando cometemos excesso, o<br />
organismo se sobrecarrega e<br />
responde à sua maneira, o que<br />
pode causar um grande problema.<br />
64
VIDA SOCIAL por Maribel Santos<br />
A linda Marise Cintrão<br />
também foi prestigiar a banda<br />
O bonito casal Rafael Scuoppo e<br />
Helena Barbieri Cefaly conferindo o<br />
show “Uma noite em Liverpool”<br />
Uma noite em Liverpool<br />
A banda araraquarense The<br />
Beatles Again apresentou no<br />
ginásio do Sesc, o show “Uma<br />
noite em Liverpool”. O grupo<br />
que está na estrada há mais de<br />
vinte anos, foi aplaudido pelos<br />
fãs que prestigiaram a belíssima<br />
apresentação.<br />
Maísa Gracindo e Paulo Adolpho<br />
Tabachine Ferreira estiveram<br />
por lá curtindo o show.<br />
65
Samba no Bar Azul<br />
Para animar os frequentadores<br />
do Bar Azul, o famoso Bar da<br />
Batata, tem uma programação<br />
musical que está cada dia mais<br />
caprichada, e agrada todos os<br />
gostos.<br />
No Bar Azul<br />
Júnior Barros, Mirela Lima, Gustavo<br />
Rodrigues e Elói Brito em noite animada<br />
com samba de primeiríssima qualidade<br />
Casal Top<br />
Fernando Mauro<br />
frequentador assíduo<br />
do Bar Azul<br />
A gatinha Maria<br />
Eduarda de<br />
Carvalho Pinha já<br />
participou e venceu vários<br />
concursos de beleza, e em<br />
<strong>2016</strong> continuará brilhando e<br />
representando a nossa cidade<br />
com toda sua graça e beleza<br />
Laninha Garcia Demarzo<br />
e Amauri Demarzo<br />
felizes com o sucesso da<br />
Labellamafia<br />
Suzelaine Pedrosa<br />
curtindo a noite com<br />
muito ziriguidum...<br />
Alice Matos é atleta e<br />
empresária, dona da marca<br />
Labellamafia que hoje é<br />
tendência nas academias<br />
entre as mulheres<br />
Ainda no Sesc - The Beatles Again<br />
Erick Masiero e José Pedro Renzi<br />
frequentadores assíduos do Sesc, foram<br />
aplaudir a banda araraquarense The<br />
Beatles Again<br />
Antônio Carlos e Alessandra<br />
Aleixo apreciadores da boa<br />
música estiveram prestigiando<br />
o show<br />
Lenita Mara Gentil Fernandes,<br />
fã da banda, curtiu a noite com<br />
os amigos ao som dos grandes<br />
sucessos dos Beatles 66
Show do Liniker<br />
Excesso de fofura<br />
Amigos de infância<br />
Carrapicho e Maiara no belíssimo<br />
show do Liniker no Sesc<br />
Festa em família<br />
Lorenzo Gripa passeando no<br />
Shopping do Carmo<br />
Ricardo Toledo Piza e Lincoln Ferri<br />
Amaral brindando a linda amizade<br />
de mais de trinta anos<br />
As primas Edvanda da Rosa e Maria<br />
do Rosário Caetano felizes por estarem<br />
reunidas em uma noite muito especial<br />
Mariana da Rosa e Rafael Silver<br />
comemorando o aniversário de João<br />
Eduardo Bonavina da Rosa<br />
Luís Carvalho e Alessandra<br />
Bonavina vieram de Sampa para<br />
participar da festa<br />
67
ANIVERSÁRIOS<br />
<strong>FEVEREIRO</strong>/<strong>2016</strong><br />
A diretoria da ACIA cumprimenta todos os aniversariantes<br />
DATA NOME EMPRESA DATA NOME EMPRESA<br />
01/02<br />
01/02<br />
01/02<br />
02/02<br />
02/02<br />
02/02<br />
02/02<br />
02/02<br />
02/02<br />
02/02<br />
03/02<br />
04/02<br />
04/02<br />
05/02<br />
05/02<br />
07/02<br />
07/02<br />
08/02<br />
09/02<br />
09/02<br />
10/02<br />
10/02<br />
10/02<br />
10/02<br />
11/02<br />
11/02<br />
12/02<br />
12/02<br />
12/02<br />
12/02<br />
12/02<br />
13/02<br />
13/02<br />
14/02<br />
14/02<br />
14/02<br />
14/02<br />
15/02<br />
Edson Vicente da Costa<br />
Mara R. G. de Assumpção Laroca<br />
Gilberto Aparecido Durante<br />
Walter Silva Fraga<br />
João Aparecido Vicente<br />
Adão de Paula Trindade<br />
Cristiane Fernandes Machado<br />
Marcos Miguel Pierri<br />
Juliano Karam Mascaro<br />
Osmar Manfre<br />
Walter Logatti Filho<br />
Firmino Fernandes de Freitas<br />
Sênia Mori<br />
Antônio Parelli Filho<br />
Valdecir Claudinei Bachi<br />
Antônia de Rizzo da Matta<br />
Valter Merlos<br />
Carlos Nei Viola<br />
Ademir Ramos da Silva<br />
Maria Aparecida Veiga<br />
Emerson Fabiano Leite<br />
Fabrício Papini Fornazari<br />
Ali Omar Rajad<br />
Irene Candeu Baruchi<br />
Nanci Sinabucro Dakuzaku<br />
Francisco Carlos Carrascossa<br />
Reinaldo Dias de Lima<br />
Rosa Marli Galiano Damito<br />
Leonardo Pavoni Filho<br />
Edesio Silveira Rios<br />
Carlos Alberto Pizzicara<br />
Álvaro José Magdalena<br />
Charles Dorli Bueno<br />
Osvaldo Gomes da Silva<br />
Ione de Lucca Morvillo<br />
Evandro Lucas Yashuda<br />
Antônio Messias de Lima<br />
Aparecida Silberschmidt Freitas<br />
Joalheria Jóias Nova<br />
Panificadora Jóia<br />
Fábrica da Imagem<br />
Rádio Brasil FM<br />
SR Ferragens<br />
Walmar Funilaria e Pintura<br />
Nubafo Churrasqueiras<br />
Seek Informática<br />
Buffet Karam<br />
Konsult<br />
Logatti<br />
Ótica Thiago<br />
Sênia Modas<br />
Auto Eletro Carlão<br />
Açoval<br />
Ótica Araraquara<br />
Provac<br />
Carneval<br />
Alumínio Fort Lar<br />
New Look - Clínica de Beleza<br />
Mercafrios<br />
Papini Multimedia Arts<br />
Rajab Engenharia<br />
Morada<br />
Sorveteria Biju<br />
Mecânica Auto Peças Carrascossa<br />
Montreal<br />
Mercearia Peixaria Brasilia<br />
Copav Indústria de Móveis<br />
Alinhamento Araraquara<br />
Rodocap<br />
Magdalena Imóveis<br />
Artesanatos e Novidades<br />
Depósito Astro Armarinhos<br />
MMC Morvillo Materiais p/ Construção<br />
Farmácia Bandeirantes<br />
Extintores Avanço<br />
Jornal Folha da Cidade<br />
15/02<br />
15/02<br />
15/02<br />
15/02<br />
17/02<br />
17/02<br />
17/02<br />
17/02<br />
17/02<br />
18/02<br />
18/02<br />
18/02<br />
19/02<br />
19/02<br />
19/02<br />
20/02<br />
21/02<br />
21/02<br />
21/02<br />
21/02<br />
22/02<br />
22/02<br />
22/02<br />
22/02<br />
23/02<br />
24/02<br />
25/02<br />
26/02<br />
26/02<br />
27/02<br />
27/02<br />
27/02<br />
28/02<br />
28/02<br />
28/02<br />
28/02<br />
29/02<br />
29/02<br />
Débora Capi Maurino Rodrigues<br />
Márcio Antônio Brambilla<br />
Vanderlei de Paula<br />
Dirceu José Rigolin<br />
Maria Aparecida L. Assumpção<br />
Grasiela Caetano<br />
Leda Maria Zenatti<br />
José Roberto Placco Rodriguez<br />
Maurício Botelho Alves<br />
Ilda Scotton Sylvestre<br />
Cristina Dahab Monteacultti<br />
Marcelo H. Rocha B. de Oliveira<br />
Orildo Paulino Basegio<br />
Wlademir Carlos B. Rodrigues<br />
Salma Maria Colombo Bermudez<br />
Rui Athanázio Fernandes Lopes<br />
José Anésio Pavão<br />
Marlene da Costa Tucci<br />
Alberto Sadalla Filho<br />
Haroldo Franzin<br />
José Roberto Sedenho<br />
Liliana Aufiero<br />
Osvaldo Leme da Silva<br />
Mauro S. Shinzato<br />
José João Jordão Júnior<br />
Carlos Alberto Tampellini<br />
Luis Amadeu Sadalla<br />
Fernandes Guzzi Netto<br />
Eduardo Bueno Govatto<br />
Silvio da Silva Junior<br />
Adelcio Carlos Magrini<br />
Manoel Messias das Neves<br />
Ivan Roberto Fucci<br />
Vanessa Sanches<br />
Vanessa de Souza Juliani<br />
Luiz Eduardo Joioso<br />
Marta Regina Balisteri Ortelan<br />
Adão Afonso da Silva<br />
Sagrado Coração de Jesus<br />
BR Assessoria Contábil<br />
Tita Eletrocomerciais<br />
Drogaria Nossa Senhora das Graças<br />
Panificadora Jóia<br />
Valmag<br />
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Morada do Sol Corretora de Seguros<br />
Serralheria Botelho<br />
Scott´s Moda Jovem<br />
Montseg Seguros<br />
Marvev<br />
Porto Alegre<br />
Escritório São Paulo<br />
Varejão São José<br />
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Master Café<br />
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Estamos colaborando<br />
na construção de uma<br />
grande cidade<br />
IESACR<strong>ED</strong><br />
Cooperativa de Crédito<br />
68
VITRINE<br />
Paulinha Buanain, que faz pose especial para<br />
Vitrine, emplaca num jogo de tênis, mostrando<br />
todo seu talento nas quadras do Clube e ainda<br />
se dá ao luxo de exibir um sorriso em festa.<br />
Em foto de João Carlos, da Star Fotos, Rodolfo<br />
Messali, que assina Peixe & Cia, serve paeja<br />
ao mestre e doutor em ortodontia, Fernando<br />
Antonio Gonçalves, o Gaetinha. “Olhei para o<br />
fotógrafo e nem percebi que o Rodolfo estava<br />
enchendo meu prato. Foi boa a desculpa?”,<br />
perguntou Gaetinha.<br />
Paulo e o pai Ítalo Fucci, em águas serenas<br />
e tranquilas para um banho de piscina na<br />
Ilha do Curral em Ilhabela. Uma família que<br />
Araraquara tem na conta como uma das mais<br />
importantes da sua história<br />
TC Paulo Camargo, que a cidade conhece<br />
bem com respeito e admiração, aniversariou<br />
em janeiro de forma bem original...<br />
Espontaneidade é<br />
o que não falta em<br />
Gilson Campani<br />
ao dizer que<br />
“enquanto uns se<br />
divertem, outros<br />
carregam pedra,<br />
ou melhor, peso,<br />
só para manter a<br />
forma”<br />
Ricardo Bonotto e Babi Meneghin, dando<br />
toque de requinte à Plaza Catalunya, em<br />
Barcelona, na Espanha<br />
César Aielo ao lado da esposa Ângela, da<br />
filha Maria Laura e amizades chegadas,<br />
festejou mais um ano de vida<br />
69
Luís Carlos<br />
Fim do Carnaval<br />
Parece que o recesso parlamentar<br />
terminou no dia primeiro<br />
deste mês. Parece, porque nossos<br />
ilustres congressistas<br />
somente recomeçarão seus<br />
trabalhos de verdade depois do carnaval,<br />
pois, como eles mesmos dizem,<br />
sempre é preciso continuar a ter contato<br />
com seus eleitores e nada melhor<br />
do que isso senão participar das festas<br />
em seus redutos ou, como se dizia antigamente,<br />
currais eleitorais.<br />
Ainda mais quando não se desconhece<br />
que as eleições municipais deste<br />
ano deverão ser disputadíssimas, principalmente<br />
pela falta de dinheiro que as<br />
empresas não poderão mais patrocinar<br />
e eles terão de apoiar seus candidatos<br />
para que estes depois os apoiem também,<br />
quando, por sua vez, forem candidatos<br />
novamente, como é o costume, ao<br />
Senado, à Câmara dos Deputados e às<br />
assembleias estaduais.<br />
Mas o povo também tem o direito de<br />
brincar enquanto ainda pode, pois ele<br />
já sabe que a crise político-econômica,<br />
sem falar da ética, continuará brava e<br />
então é a sua última oportunidade para<br />
tentar esquecê-la.<br />
E quando esta crônica for publicada<br />
os foliões ainda estarão de ressaca —<br />
com exceção daquelas pessoas mais<br />
recatadas que preferiram optar por um<br />
retiro espiritual — e não se darão conta<br />
B<strong>ED</strong>RAN<br />
Sociólogo e articulista da Revista<br />
Comércio & Indústria de Araraquara<br />
dos problemas que terão de enfrentar.<br />
Aliás, carnaval é isso mesmo: três<br />
dias de puro esquecimento quando<br />
se tecem as loas a Momo, a Vênus e<br />
a Baco. Como naqueles versos de Manoel<br />
Bandeira em Bacanal: “QUERO<br />
BEBER! Cantar asneiras / No esto brutal<br />
das bebedeiras / Que tudo emborca<br />
e faz em caco... / Evoé Baco! // Lá se<br />
me parte a alma levada / No torvelim<br />
da mascarada, / A gargalhar em doudo<br />
assomo... / Evoé Momo! // Lacem-na<br />
toda, multicores, / As serpentinas dos<br />
amores, / Cobras de lívidos venenos...<br />
/ Evoé Vênus! // Se perguntarem: Que<br />
mais queres, / Além de versos e mulheres?...<br />
/ — Vinhos!... o vinho que é o<br />
meu fraco!... // O alfanje rútilo da lua /<br />
Por degolar a nuca nua / Que me alucina<br />
e que eu não domo! / Evoé Momo! //<br />
A Lira etérea, a grande Lira!... / Por que<br />
eu extático desfira / Em seu louvor versos<br />
obscenos. / Evoé Vênus!”. (Carnaval<br />
– 1918), in Editora Nova Aguilar, 1996.<br />
Mas o carnaval mudou ou mudei<br />
eu? Ambos, evidentemente. No carnaval<br />
do passado, brincava-se tanto na<br />
rua, quanto no corso, como nos salões<br />
dos clubes. Pulava-se para valer. E todo<br />
mundo conhecia as letras das músicas<br />
dos grandes compositores como Noel<br />
Rosa, Joubert de Carvalho, Ary Barroso,<br />
David Nasser, Lamartine Babo, Benedito<br />
Lacerda e até mesmo as do Chico<br />
Buarque de Holanda.<br />
Tudo parecia ser muito<br />
ingênuo, puro, sem malícia.<br />
Parecia, pois muitas das<br />
letras das marchas eram<br />
dúbias, maliciosas, de duplo<br />
sentido, pois exaltavam<br />
a carne, o sexo. E isso desde<br />
a sua origem, com o “Zé<br />
Corso na 9 de Julho nos anos<br />
50 arrastava multidão até altas<br />
horas da noite<br />
70<br />
Tela da artista plástica araraquarense Sônia<br />
Maria Marques simbolizando as escadarias do<br />
Clube Araraquarense e o fim de uma noite<br />
de carnaval<br />
Pereira” e o “Abre Alas”, nos fins do século<br />
19.<br />
Quantos romances não começavam<br />
e não terminavam nos três dias de<br />
Momo? E todas as letras das marchas<br />
eram decoradas, “O Pé de Anjo”, “Dá<br />
Nela”, “Prá Você Gostar de Mim”, “Com<br />
que Roupa”, “AEIOU”, “O Teu Cabelo<br />
Não Nega”, das décadas de 20 e 30;<br />
“Mamãe Eu Quero”, “Camisa Listrada”<br />
e até as mais recentes das décadas de<br />
40, 50 e 60, “Tomara Que Chova”, “Lata<br />
d’água”, “Confete”, “Noite dos Mascarados”,<br />
“Tristeza”.<br />
Mas também havia as marchas que<br />
criticavam os governantes da época.<br />
Como terão sido neste ano? Será que<br />
brincarão a favor do impeachment?<br />
Pois já não se fazem mais carnavais<br />
como os de antigamente. Uma chatice<br />
apreciar (?) os desfiles das escolas de<br />
samba pela TV, pura monotonia, tudo para<br />
inglês (turista) ver, principalmente no Rio<br />
de Janeiro. E na Bahia então, com os trios<br />
elétricos e nos clubes ainda existentes, tocam-se<br />
de tudo, menos marchas. De uma<br />
pobreza franciscana!<br />
O que ainda resta — ainda bem! — é<br />
o povo brincando nas ruas nas pequenas<br />
e médias cidades: espontâneo,<br />
livre, crítico. Pelo menos por enquanto.<br />
Porque, depois, não haverá mais brincadeiras<br />
nas passeatas que virão por aí...<br />
Evoé Momo, Evoé Baco, Evoé Vênus!
Novo complexo da São Francisco<br />
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72