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Rodrigo num dos seus<br />
momentos de convívio com<br />
a família e os companheiros<br />
Luana e Luke<br />
Rodrigo Torres Valério Troca,<br />
segundo consta em relatórios, teria<br />
usado o revólver calibre 38 da<br />
SAP – Secretaria de Administração<br />
Penitenciária para atirar no peito<br />
após assumir o posto de trabalho<br />
na Penitenciária de Araraquara,<br />
na noite de sexta-feira, dia 8 de<br />
julho. O agente do Estado cometeu<br />
suicídio no mesmo dia em que<br />
reassumiu o cargo na muralha,<br />
após um período em tratamento<br />
médico. A orientação da Secretaria<br />
de Administração Penitenciária<br />
é que, em casos de tratamento<br />
psiquiátrico, o profissional seja<br />
acompanhado por uma equipe<br />
da unidade. Ele voltou e deram o<br />
armamento na mão dele.<br />
No dia 11 de julho passado o<br />
Núcleo de Perícias Criminalísticas<br />
de Araraquara assegurou em laudo<br />
que os exames residuográficos feitos<br />
nas mãos de Rodrigo apontaram<br />
resultado negativo, tanto na direita,<br />
quanto na esquerda.<br />
COMPORTAMENTO<br />
O trem parte levando<br />
gente que não quer partir<br />
A morte de Rodrigo Torres<br />
Valério Troca para seus<br />
familiares continua sendo um<br />
mistério e eles ainda buscam<br />
maiores esclarecimentos sobre<br />
os detalhes em que ela teria<br />
ocorrido na Penitenciária em<br />
Araraquara.<br />
Quando o escrivão de polícia Luiz<br />
Carlos Valério Troca nos procurou em<br />
outubro, distante de polemizar uma<br />
situação que parece estar consumada<br />
pelas autoridades policiais, ele como<br />
pai, demonstrava apenas interesse em<br />
homenagear o filho por suas qualidades<br />
pessoais e profissionais.<br />
Formado em Direito, o jovem de 32<br />
anos parecia viver a mais importante<br />
fase de sua vida. Feliz ao lado da esposa<br />
Patrícia, Rodrigo comemorava sua<br />
aprovação no XVII Exame da Ordem dos<br />
Advogados do Brasil, antes mesmo de<br />
completar o último ano do curso de Direito<br />
na Uniara.<br />
Tal fato, levou o professor Fernando<br />
Passos, Chefe do Departamento de<br />
Ciências Jurídicas e Coordenador do<br />
Curso de Direito da Uniara, a enviar<br />
aos pais de Rodrigo, Edna e Luiz Carlos,<br />
uma singela mensagem.<br />
“É com esse sentimento misto de<br />
professor e amigo que hoje escrevo<br />
estas linhas sobre o Rodrigo. Aluno e<br />
amigo de saudosa memória, Rodrigo<br />
transferiu-se para o Curso de Direito<br />
66<br />
da Uniara em 2011 e está entre os que<br />
se destacaram desde o início em sala<br />
de aula, seja por sua dedicação acadêmica,<br />
seja por sua generosidade como<br />
pessoa. Sempre foi um aluno perspicaz,<br />
inteligente e cordato com todos,<br />
obtendo médias elevadas nas avaliações<br />
das disciplinas. Também soube<br />
conciliar os estudos com o trabalho de<br />
forma exemplar, conquistando uma alta<br />
porcentagem de presença, dedicação e<br />
disciplina que ficam evidentes não apenas<br />
nos resultados registrados no seu<br />
histórico escolar, mas também na aprovação<br />
ainda em 2015 no XVII Exame da<br />
Ordem dos Advogados, quando Rodrigo<br />
conquistou a aprovação no exame da<br />
OAB, não tinha ainda concluído o último<br />
ano do Curso de Direito”.