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RCIA - ED. 138 - JANEIRO 2017

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Rodrigo num dos seus<br />

momentos de convívio com<br />

a família e os companheiros<br />

Luana e Luke<br />

Rodrigo Torres Valério Troca,<br />

segundo consta em relatórios, teria<br />

usado o revólver calibre 38 da<br />

SAP – Secretaria de Administração<br />

Penitenciária para atirar no peito<br />

após assumir o posto de trabalho<br />

na Penitenciária de Araraquara,<br />

na noite de sexta-feira, dia 8 de<br />

julho. O agente do Estado cometeu<br />

suicídio no mesmo dia em que<br />

reassumiu o cargo na muralha,<br />

após um período em tratamento<br />

médico. A orientação da Secretaria<br />

de Administração Penitenciária<br />

é que, em casos de tratamento<br />

psiquiátrico, o profissional seja<br />

acompanhado por uma equipe<br />

da unidade. Ele voltou e deram o<br />

armamento na mão dele.<br />

No dia 11 de julho passado o<br />

Núcleo de Perícias Criminalísticas<br />

de Araraquara assegurou em laudo<br />

que os exames residuográficos feitos<br />

nas mãos de Rodrigo apontaram<br />

resultado negativo, tanto na direita,<br />

quanto na esquerda.<br />

COMPORTAMENTO<br />

O trem parte levando<br />

gente que não quer partir<br />

A morte de Rodrigo Torres<br />

Valério Troca para seus<br />

familiares continua sendo um<br />

mistério e eles ainda buscam<br />

maiores esclarecimentos sobre<br />

os detalhes em que ela teria<br />

ocorrido na Penitenciária em<br />

Araraquara.<br />

Quando o escrivão de polícia Luiz<br />

Carlos Valério Troca nos procurou em<br />

outubro, distante de polemizar uma<br />

situação que parece estar consumada<br />

pelas autoridades policiais, ele como<br />

pai, demonstrava apenas interesse em<br />

homenagear o filho por suas qualidades<br />

pessoais e profissionais.<br />

Formado em Direito, o jovem de 32<br />

anos parecia viver a mais importante<br />

fase de sua vida. Feliz ao lado da esposa<br />

Patrícia, Rodrigo comemorava sua<br />

aprovação no XVII Exame da Ordem dos<br />

Advogados do Brasil, antes mesmo de<br />

completar o último ano do curso de Direito<br />

na Uniara.<br />

Tal fato, levou o professor Fernando<br />

Passos, Chefe do Departamento de<br />

Ciências Jurídicas e Coordenador do<br />

Curso de Direito da Uniara, a enviar<br />

aos pais de Rodrigo, Edna e Luiz Carlos,<br />

uma singela mensagem.<br />

“É com esse sentimento misto de<br />

professor e amigo que hoje escrevo<br />

estas linhas sobre o Rodrigo. Aluno e<br />

amigo de saudosa memória, Rodrigo<br />

transferiu-se para o Curso de Direito<br />

66<br />

da Uniara em 2011 e está entre os que<br />

se destacaram desde o início em sala<br />

de aula, seja por sua dedicação acadêmica,<br />

seja por sua generosidade como<br />

pessoa. Sempre foi um aluno perspicaz,<br />

inteligente e cordato com todos,<br />

obtendo médias elevadas nas avaliações<br />

das disciplinas. Também soube<br />

conciliar os estudos com o trabalho de<br />

forma exemplar, conquistando uma alta<br />

porcentagem de presença, dedicação e<br />

disciplina que ficam evidentes não apenas<br />

nos resultados registrados no seu<br />

histórico escolar, mas também na aprovação<br />

ainda em 2015 no XVII Exame da<br />

Ordem dos Advogados, quando Rodrigo<br />

conquistou a aprovação no exame da<br />

OAB, não tinha ainda concluído o último<br />

ano do Curso de Direito”.

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