30.10.2019 Views

Jornal das Oficinas 168

  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

VEÍCULOS<br />

ELÉTRICOS<br />

AS OFICINAS INDEPENDENTES TÊM VINDO A GANHAR CONSCIÊNCIA DE<br />

QUE O CONSUMIDOR CONTINUA A RECORRER ÀS MARCAS PARA EFETUAR A<br />

MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DOS SEUS VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

AS MARCAS RECOMENDAM<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> perguntou a várias marcas<br />

de automóveis presentes em Portugal qual<br />

era a principal recomendação que fariam a<br />

um cliente que quisesse adquirir um elétrico.<br />

Apenas algumas aceitaram o nosso desafio. Para<br />

a Hyundai, a mudança de paradigma existente<br />

na sociedade faz com que o cliente comece<br />

a valorizar mais critérios, como segurança,<br />

ecologia, conectividade e eficiência, em<br />

detrimento da potência, design e até do preço.<br />

Por isso, Jorge Costa recomenda “que os clientes<br />

procurem perceber, junto <strong>das</strong> marcas, qual é a<br />

melhor solução para si em função do tipo de<br />

utilização que darão à viatura”. Já Vasco Figueira,<br />

não hesita e a única recomendação que faz é:<br />

“Tirem o máximo partido dos vossos veículos<br />

elétricos como fariam com um veículo equipado<br />

com motor de combustão interna”. Para Ricardo<br />

Oliveira, em partilhar, e para a Renault, em geral,<br />

também é importante desmistificar e “encarar<br />

um automóvel elétrico como encaramos um<br />

automóvel de outro segmento”.<br />

Já a Renault, encontra-se abaixo na<br />

média, com 4,5%. A liderar a percentagem<br />

de ven<strong>das</strong> de veículos elétricos<br />

estão as marcas Jaguar e Land Rover,<br />

com 57% e 51%, respetivamente.<br />

Se verificarmos a rede de carregamento<br />

para veículos elétricos existente<br />

em Portugal, podemos concluir<br />

que existem ainda algumas lacunas<br />

a resolver. Por isso, quisemos perceber<br />

se as marcas consideram que a<br />

dificuldade de carregamento poderá<br />

ser uma condicionante para a aquisição<br />

de automóveis deste segmento.<br />

Ricardo Oliveira, diretor de comunicação<br />

e imagem da Renault, confirma<br />

que “a dificuldade de acesso a<br />

pontos de carregamento ou os tempos<br />

de carregamento, fazem parte<br />

<strong>das</strong> condicionantes e <strong>das</strong> ideias pré-<br />

-concebi<strong>das</strong> em torno deste tipo de<br />

mobilidade”. Para Vasco Figueira,<br />

fleet manager da Jaguar Land Rover<br />

Portugal, “o desafio já não reside nos<br />

carregadores privados, mas sim nas<br />

redes ou infraestruturas de carregadores<br />

rápidos nas vias interurbanas.<br />

É verdade que avançámos muito nesse<br />

aspeto, se bem que ainda temos<br />

um longo caminho pela frente. Por<br />

isso, é importante ter carregadores<br />

domésticos e veículos com maior autonomia”.<br />

João Trincheiras, corporate communications<br />

manager do BMW Group<br />

Portugal, considera, por seu turno,<br />

que “os consumidores dispõem de<br />

perfis muito específicos e definidos,<br />

o que faz com que procurem uma<br />

oferta personalizada. A mobilidade<br />

elétrica é uma <strong>das</strong> tendências da próxima<br />

década que não pode, por isso,<br />

ser ignorada quando pensamos em<br />

novos compradores ou, inclusive, em<br />

novas aquisições por parte de clientes<br />

atuais”. As marcas têm vindo a<br />

tentar preencher as lacunas da rede<br />

de carregamento, considerando sempre<br />

o perfil de cada consumidor. Por<br />

isso, é recorrente adaptarem os seus<br />

modelos para disporem <strong>das</strong> maiores<br />

autonomias ou adaptar a velocidade<br />

de carregamento, podendo, também,<br />

apostar em diferentes modelos<br />

orientados para um estilo de vida<br />

mais citadino ou para viagens mais<br />

longas.<br />

Para preencher estas lacunas, a Mercedes-Benz,<br />

após a comercialização<br />

do smart elétrico, aposta agora no<br />

lançamento de uma gama com maior<br />

autonomia. Também a Hyundai tem<br />

vindo a fazer este esforço, apostando<br />

nas unidades de carregamento rápido,<br />

como, por exemplo, “o KAUAI<br />

Electric, que, em apenas 54 minutos,<br />

carrega 80% da sua bateria”, afirma<br />

Jorge Costa, diretor de ven<strong>das</strong> e logística<br />

da Hyundai Portugal. Sobre<br />

a questão da manutenção, as marcas<br />

confirmam que os proprietários continuam<br />

a realizar a revisão e manutenção<br />

<strong>das</strong> suas viaturas elétricas no<br />

canal oficial, atribuindo esta opção<br />

à falta de conhecimento que ainda<br />

existe nas oficinas independentes.<br />

Vasco Figueira alerta para as diferenças<br />

entre um veículo de combustão e<br />

uma viatura elétrica: “No caso dos<br />

elétricos, é muito importante conhecer,<br />

a fundo, o veículo e as suas características<br />

técnicas. As baterias não<br />

podem, sob pretexto algum, serem<br />

manusea<strong>das</strong> por pessoas não autoriza<strong>das</strong>.<br />

É uma questão de segurança,<br />

quer para os colaboradores da oficina,<br />

quer para o cliente”. l<br />

10 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!