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RCIA - ED. 111 - OUTUBRO 2014

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ÍNDICE<br />

Artigos<br />

05 | Da redação Sônia Maria Marques fala<br />

da esperança do lojista vender mais até o<br />

final do ano<br />

07 | Editorial Ivan Roberto Peroni, depois<br />

da poeira baixada, expõe sua opinião sobre<br />

o que aconteceu na OnOff<br />

30 | Jurídico Dra. Thaisa Domingues alerta o<br />

consumidor sobre produtos defeituosos<br />

31 | Pesquisa Jaime Vasconcellos revela<br />

que quase 40% dos empregos gerados em<br />

<strong>2014</strong> foi por “nanicos”<br />

74 | Luís Carlos Bedran compartilha de<br />

sua viagem à Aparecida, lugar sagrado para<br />

os católicos<br />

Fachada Castellmonte<br />

Capa<br />

Borsari Imóveis e<br />

CASAALTA Construções<br />

Empreendimentos<br />

Ilhas do Mediterrâneo e<br />

Residencial Castellmonte<br />

oferecem segurança,<br />

lazer, além de parcelas<br />

que cabem em seu bolso<br />

pág. 08<br />

Tristeza<br />

14 | Última decolagem<br />

Azul Linhas Aéreas se<br />

despede de Araraquara; o<br />

que será do Bartholomeu<br />

ninguém sabe...<br />

Lucatelli pág. 26<br />

Cidade<br />

12 | Natal Como será ele em<br />

<strong>2014</strong> em nossa cidade para<br />

o fortalecimento das vendas se<br />

há a desconfiança da<br />

inadimplência<br />

16 | Contabilistas Araraquara<br />

conquista a Regional do<br />

SESCON pela força da<br />

sua classe<br />

Azul dá adeus a Araraquara<br />

PÁG. 14<br />

Especial - I<br />

26 | Do fundo do baú<br />

O repórter Jean Cazellotto conta a<br />

história de Adalberto Lucatelli, responsável pela<br />

implantação do Corpo de Bombeiros em<br />

Araraquara na década de sessenta<br />

Especial - II<br />

41 | Ensino<br />

Alunos do Liceu Monteiro Lobato organizaram<br />

com seus professores uma feira que mostra o<br />

retrato do consumismo e sustentabilidade<br />

17 | Economia Experiência para<br />

ampliar estacionamento na<br />

Avenida Sete começa a ser feita<br />

34 | Tecnologia Manoel Soffner<br />

assume o ITEC e anuncia nova<br />

edição do Biz Games<br />

35 | Segurança Cães especiais<br />

para localizar desaparecidos<br />

em Araraquara<br />

Economia<br />

18 | GVT Gigante da telecomunicação<br />

francesa chega em Araraquara,<br />

sendo a primeira companhia a ser<br />

100% cabeada com fibra óptica,<br />

novidade para a cidade<br />

19 | Bilionários Alguns brasileiros<br />

que têm pés na cidade e aparecem<br />

pela primeira vez na lista dos<br />

afortunados da Revista Forbes.<br />

A Família Zaher<br />

está entre elas<br />

trabalhando<br />

com a Educação<br />

Seo Dito ou<br />

Escurinho, era<br />

assim que o pessoal<br />

lhe chamava; hoje<br />

a esposa Clotildes e<br />

o filho Buíra servem<br />

um bom lanche no<br />

quiosque em frente<br />

a Igreja de Santa<br />

Cruz<br />

Lembrança<br />

32 | Cantina do Nhô Bento<br />

Dono da cantina e depois da<br />

Lanchonete do Hotel Uirapuru,<br />

o Escurinho fez história na<br />

gastronomia da cidade<br />

Golpe de Mestre I: Parque Infantil<br />

Como foi anunciado na<br />

edição de setembro da nossa<br />

revista, começou a diminuir<br />

a incidência de sujeira<br />

causada por pombos no Parque<br />

Infantil. Após limpeza da<br />

área, mais poda de árvores e<br />

colocação de holofotes com<br />

lâmpadas amarelas para<br />

imitar o pôr do sol, fizeram os<br />

pombos procurar outras árvores, utilizadas como dormitórios noturnos.<br />

Golpe de Mestre II: Paraíso<br />

Com toda obra quase pronta, a Via Parque<br />

do Jardim Paraíso já está na fase de<br />

paisagismo. O trecho remodelado entre<br />

a Avenida Doutor João Pires de Camargo<br />

e Avenida Antônio Honório Real, na zona<br />

norte de Araraquara, abrigará uma nova<br />

ciclovia em meio a um imenso jardim,<br />

onde serão construídas ciclofaixas e pista<br />

de caminhada, segundo projeto elaborado<br />

pelo coordenador de Mobilidade Urbana,<br />

Coca Ferraz.<br />

4


Agronegócios<br />

37 | A cachaça As melhores<br />

bebidas destiladas do país<br />

são aprovadas em<br />

Araraquara graças à<br />

parceria do Sindicato Rural,<br />

Senar e Faculdade de<br />

Ciências Farmacêuticas<br />

da UNESP<br />

No final de setembro<br />

foram premiadas as<br />

melhores cachaças<br />

do Brasil em nossa<br />

cidade<br />

pág. 37<br />

Imposto de Renda<br />

44 | Solidariedade Saiba como destinar<br />

parte do que você paga ao governo, para<br />

as nossas instituições<br />

Arquitetura e Construção<br />

45 | Jardim Os encantos dos jardins<br />

verticais em locais pequenos<br />

48 | Expoflora Araraquarenses<br />

invadem Holambra para conhecer<br />

feira de jardinagem<br />

Futebol Amador<br />

51 | Usina Tamoio Com direito a hino<br />

próprio, filme, personalidades, a Usina foi um<br />

dos destaques de Araraquara e região na<br />

década de 1960; conheça muitas histórias<br />

da equipe campeã da cidade acompanhando<br />

o trabalho de pesquisa do repórter Rafael<br />

Zocco. Na época do amadorismo, o time da<br />

Usina era o primo rico<br />

Seu nome está na rua<br />

58 | Samuel Brasil Bueno<br />

Historiador fala sobre a vida<br />

de Dagmar Fedozzi Cataneu,<br />

formada em Serviço Social<br />

pelo Colégio Progresso,<br />

dedicou-se ao serviço<br />

filantrópico durante sua vida<br />

Variedades<br />

65 | Em foco Os fatos e as pessoas que<br />

circulam em eventos da cidade; nesta<br />

edição tudo que aconteceu no Jantar<br />

das Celebridades realizado em setembro<br />

no Bazuah<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

Sônia Maria Marques<br />

Natal, mistura de esperança,<br />

experiência e boas vendas<br />

Apesar de o brasileiro ser conhecido por deixar as pendências<br />

para serem resolvidas na última hora, as lojas de Araraquara já se<br />

preparam para as vendas de Natal. Em alguns pontos, o clima natalino<br />

já chegou. Mas não é só de árvores de Natal e papais noéis<br />

que vive a data mais rentável para os comerciantes. Nos últimos<br />

anos, a bem da verdade, o varejista tem vivido da esperança: a<br />

esperança de um bom faturamento para compensar os meses seguintes:<br />

janeiro, fevereiro e março, quando normalmente há queda<br />

na comercialização dos produtos ou artigos. Essa esperança na<br />

maioria das vezes, se alia à experiência dentro do ramo que atua,<br />

quando não, tudo se embala com a própria fé de que o poder divino<br />

trará a recompensa de bons momentos. Só que ultimamente<br />

a coisa não tem sido assim. Tem comerciante que está comendo o<br />

pão que o diabo amassou por conta da crise econômica e a esta<br />

altura, só Deus sabe o que acontecerá agora que as eleições já se<br />

passaram. Os últimos meses foram de vacas magras: o desemprego<br />

e a inadimplência são vilões nos índices apontados pelos institutos de<br />

pesquisa, contrariando o aceno positivo do governo. O período de<br />

boas vendas, o Natal, é tradição. Há o consumo natural, ninguém<br />

pode negar, contudo, a grande dificuldade estará na liberação de<br />

crédito, pois tem loja em nossa cidade, que ficou quase uma semana<br />

impossibilitada de aprovar um cadastro por conta da inadimplência.<br />

Hoje em dia, o comerciante tem que ficar com um olho no peixe,<br />

outro no gato, sem se descuidar da frigideira.<br />

Assentando a vida dos<br />

Assentados em Araraquara<br />

Vereador Jeferson Yashuda durante reunião do<br />

ITESP com assentados para definir entrega dos<br />

títulos de propriedade das áreas ocupadas<br />

Pela oitava vez em nosso Estado foi<br />

debatida a situação dos assentados rurais,<br />

desta feita, daqueles que estão em<br />

nosso município e na região. Em discussão<br />

a entrega dos títulos de propriedade<br />

dos lotes dos assentamentos, ou seja, a<br />

documentação definitiva de propriedade<br />

da área de terra. O diretor executivo<br />

da Fundação Instituto de Terras do Estado<br />

de São Paulo, Marcos Pilla, técnicos<br />

do ITESP e assentados<br />

da reforma<br />

agrária de doze<br />

cidades da região,<br />

estiveram no evento,<br />

que ocorreu na<br />

quadra de esportes<br />

da escola rural<br />

do Assentamento<br />

Monte Alegre.<br />

Esta foi a última<br />

reunião da<br />

série iniciada com<br />

o Seminário Latino-Americano<br />

sobre Políticas Agrária e<br />

Fundiária, em outubro do ano passado,<br />

em São Paulo. Depois, os debates ocorreram<br />

no Mirante do Paranapanema<br />

(onde há 37 assentamentos da reforma<br />

agrária) até chegar em Araraquara.<br />

O presidente em exercício na<br />

Câmara Municipal, vereador Jeferson<br />

Yashuda, na oportunidade conversou<br />

com os assentados sobre o caso.<br />

REVISTA<br />

COMÉRCIO<br />

INDÚSTRIA<br />

e agronegócio<br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Redação: Rafael Zocco, Jean Cazellotto<br />

Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi, Marcos Assumpção, Heloísa Nascimento<br />

Design: Mário Francisco, Carolina Bacardi, Fernando Oprime, Bete Campos<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />

A Revista Comércio & Indústria é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />

INFORMAÇÕES ACIA: (16) 3322 3633<br />

COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Fone/Fax: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>111</strong> - <strong>OUTUBRO</strong> / <strong>2014</strong><br />

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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

OnOff: Falta de fiscalização só<br />

pode dar no que deu. Confusão.<br />

Tem certas situações em que nos sentimos impotentes<br />

de fazer qualquer tipo de julgamento. E o caso da OnOff é<br />

um deles. Aquilo que aconteceu com repercussão nacional,<br />

poderia na verdade ter encontrados limites, porém, como<br />

conter a apologia feita ao sexo, se até o nome da festa estava<br />

direcionado a esta tendência em meio à bebida rolando<br />

livre. Mas isso tudo quer nos parecer de menos. Da mesma<br />

forma não nos cabe julgar qualquer mulher, por mais santa<br />

que seja. O livre arbítrio já é um caminho a ser percorrido,<br />

pois são mulheres maiores e vacinadas, qualquer uma delas<br />

faz o quer, dá o que quer. As consequências chegam<br />

depois, pelo menos é a lógica.<br />

Em se tratando de um estabelecimento comercial que<br />

ao longo do tempo demonstrou prezar os bons costumes,<br />

também podemos dizer que só o tempo responderá se valeu<br />

a pena afundar um pé na história de Sodoma e Gomorra,<br />

onde prevalecia a imoralidade. Tudo que se avaliou<br />

num primeiro momento para a OnOff foi negativo, pois<br />

se um pé está de um lado (do que aconteceu), o outro pé<br />

ainda escorrega na tradição, família e propriedade, aquela<br />

sociedade que propunha em sua base, o amor à ordem<br />

cristã e aversão à desordem.<br />

Por tudo que vimos e ouvimos até agora em relação<br />

ao caso, há uma situação que foge totalmente do foco: a<br />

lacração do estabelecimento por estar supostamente com<br />

o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros vencido e por<br />

ter realizado um evento em desacordo com as atividades<br />

previstas no alvará de funcionamento. Está claro: se é restaurante<br />

tem que funcionar como restaurante; se não tem<br />

alvará não pode funcionar.<br />

A situação quer nos parecer definida de forma bastante<br />

clara: se a OnOff não tivesse organizado o evento, continuaria<br />

trabalhando na clandestinidade e, se o evento não<br />

tivesse sido espalhado pelas redes sociais com fotos e comentários,<br />

ninguém teria tomado medida<br />

de lacração, que aliás só foi adotada<br />

porque houve uma transgressão<br />

às normas legais.<br />

O que nos entristece, é que ações<br />

punitivas neste país só ocorrem após a<br />

manifestação da opinião pública. De<br />

um lado e também do outro, enquanto<br />

puder empurrar com a barriga lá vamos<br />

nós; um finge que paga e outro finge<br />

que fiscaliza. Tal como o ocorrido em<br />

Santa Maria, vem a pergunta: de quem<br />

é a culpa? Dos proprietários, do Corpo<br />

de Bombeiros ou da Prefeitura Municipal?<br />

Qualquer vendedor de extintor de<br />

Publicidade da festa<br />

nas redes sociais<br />

incêndio sabe quando vence um alvará, quer dizer então que<br />

são mais organizados pois vão ao estabelecimento verificar a<br />

renovação da carga dos aparelhos.<br />

A OnOff, queiram ou não, tem sua parcela de culpa, mas<br />

é preciso ter bom senso para dimensioná-la através dos riscos<br />

a que expôs a sociedade. Da mesma forma que agiu contra a<br />

casa noturna, a Prefeitura Municipal deveria ir contra aqueles<br />

que têm organizado festinhas de embalo em chácaras dentro<br />

do perímetro urbano, onde entram duzentos ou mais veículos<br />

que ficam estacionados em cima de capim seco e com um único<br />

portão para entrada e saída. Se um maluco decidir jogar um<br />

cigarro aceso que seja, neste capim, é claro que o fogo promoverá<br />

o efeito de um Etna em erupção. Explosão pra todo lado.<br />

São festas regadas na maioria das vezes por bebidas à vontade,<br />

drogas e menores de idade. Se a polícia - chamada pela<br />

vizinhança aparece - a desculpa é sempre a mesma: “estamos<br />

fazendo uma festinha de aniversário para o meu irmão”.<br />

É dificil impedir a realização destes eventos onde o Poder<br />

Público é lesado pelo não pagamento de taxas e impostos? Diria<br />

que não, pois todo tipo de festa com esse perfil está nos sites<br />

especializados em divulgar ou organizar eventos, ou nas redes<br />

sociais. Mas, falta iniciativa e o comprometimento dos setores<br />

competentes em pesquisar e fiscalizar tais situações.<br />

Não basta neste momento tripudiar sobre a casa noturna;<br />

vamos dividir essa mazela com aqueles que recebem dinheiro<br />

público para cumprir seu dever. E nesta cidade não é só a OnOff<br />

que apresenta irregularidades no seu funcionamento. São muitos.<br />

Os que estão trabalhando dentro da legalidade não devem<br />

temer. Não existe mais meia verdade ou lei pela metade. Cinquenta<br />

anos atrás, Geraldo Vandré já dizia - quem sabe faz a<br />

hora, não espera acontecer. E em casos assim, enquanto existir<br />

apadrinhamento, tudo estará caminhando na escuridão...<br />

7


MATÉRIA DE CAPA<br />

A Borsari Imóveis está com as<br />

chaves do seu novo apartamento<br />

* imagem ilustrativa da fachada<br />

* Residencial Ilhas do Mediterrâneo: O projeto encontra-se aprovado pela Prefeitura de Araraquara, processo n° 008.076/12,<br />

alvará de construção n° 000.552/13. Incorporação registrada sob o n° R2 na matrícula 116.579 CRI/Araraquara.<br />

A CASAALTA Construções e a<br />

Borsari Imóveis lançam dois<br />

empreendimentos na Vila<br />

Melhado: Ilhas do Mediterrâneo<br />

e Castellmonte; confira o que<br />

é melhor para você.<br />

Para quem está em busca de tranquilidade,<br />

lazer e principalmente segurança, a<br />

CASAALTA e a Borsari Imóveis trazem duas<br />

novidades para Araraquara. Os condomínios<br />

Ilhas do Mediterrâneo e Castellmonte,<br />

cujas obras já iniciaram, estão próximos<br />

ao centro da cidade e oferecem entre outros<br />

benefícios, flexibilidade nas condições<br />

de pagamento<br />

com financiamento<br />

imediato pela<br />

Caixa Econômica<br />

Federal, com garantia de entrega, e/ou financiamento<br />

direto pela construtora, além<br />

do FGTS.<br />

A Borsari Imóveis está no mercado há<br />

mais de 30 anos, carregando consigo importantes<br />

conquistas imobiliárias para Araraquara.<br />

Além destes empreendimentos, a<br />

CASAALTA também tem outros projetos em<br />

Araraquaram, como destaque para o residencial<br />

popular no final da Avenida Maurício<br />

Galli, que deve ser lançado ainda este ano.<br />

ILHAS DO M<strong>ED</strong>ITERRÂNEO<br />

De acordo com Alexandre Borsari, diretor da<br />

imobiliária, este empreendimento conta com 112<br />

unidades de três dormitórios, além da sacada<br />

gourmet e uma suíte. São 69m² de área privativa<br />

com elevador. Outra opção, segundo ele, são os<br />

apartamentos com dois dormitórios nos mesmos<br />

padrões e sala estendida, para uma família que<br />

seja um pouco mais<br />

reduzida, mas não<br />

quer abrir mão de espaço. As duas alternativas<br />

possuem duas vagas na garagem.<br />

CASTELLMONTE<br />

Alexandre explica que o Residencial Castellmonte<br />

tem 160 apartamentos divididos<br />

em dois blocos, localizado na avenida Capitão<br />

Noray de Paula e Silva. As disposições das<br />

unidades neste empreendimento variam de<br />

acordo com a preferência do cliente. São quatro<br />

opções de apartamentos com dois quartos<br />

e áreas privativas que partem de 54m² e possuem<br />

uma ou duas vagas na garagem, além<br />

da sacada gourmet e elevador, diferencial dos<br />

dois empreendimentos.<br />

Os dois residenciais oferecem segurança<br />

e lazer: portaria 24 horas, ampla área de lazer<br />

com piscina e playground, espaço fitness,<br />

8


* imagem ilustrativa da fachada<br />

* Residencial Castellmonte: O projeto encontra-se aprovado pela Prefeitura de Araraquara, processo n° 008.075/12, alvará de construção<br />

n° 000.551/13. Incorporação registrada sob o n° R2 na matrícula 116.578 CRI/Araraquara.<br />

além de praças de convívio, que são lugares<br />

ideais para desfrutar da natureza sem sair de<br />

seu condomínio.<br />

Apartamento decorado<br />

Residencial Ilhas do Mediterrâneo<br />

CASAALTA CONSTRUÇÕES<br />

Com 36 anos de história, a CASAALTA<br />

que tem sede em Curitiba e escritórios em<br />

Bauru, Brasília, Campinas, Florianópolis,<br />

Porto Velho e Uberlândia e mantém obras<br />

em oito estados brasileiros e em especial<br />

no interior de São Paulo, investe em residenciais<br />

para clientes que sonham em ter o<br />

próprio apartamento e querem sair do aluguel<br />

com projetos em Americana, Araraquara,<br />

Bauru, Botucatu, Campinas, Jaú, Limeira,<br />

Marília, Matão, Mogi Mirim, Piracicaba,<br />

Ribeirão Preto e São Carlos. São parcelas<br />

que cabem no seu bolso!<br />

Atualmente a construtora é a 7ª maior<br />

construtora e a que mais cresce do Brasil<br />

em volume de metros quadrados construídos<br />

segundo o ranking ITC (Inteligência Empresarial<br />

da Construção) e também é a 66ª<br />

construtora em faturamento no Ranking da<br />

Engenharia Brasileira – 500 grandes da<br />

construção, o que mostra que atualmente é a<br />

construtora que mais cresce no Brasil.<br />

Ambiente decorado do Residencial Ilhas do<br />

Mediterrâneo no plantão da Avenida Adhemar<br />

de Barros, na Vila Melhado; apartamentos de 69m²<br />

* Móveis, armários, eletrodomésticos e demais acessórios são<br />

sugestões decorativas e não fazem parte do contrato. Consulte<br />

o memorial descritivo<br />

Planta baixa do Residencial Castellmonte com várias opções de metragem<br />

* Imagens ilustrativas das plantas. Móveis e demais acessórios são sugestões decorativas e não fazem parte do contrato.<br />

Consulte o memorial descritivo<br />

Antônio e Alexandre Borsari, proprietários da<br />

Borsari imóveis<br />

Serviço Castellmonte e Ilhas do Mediterrâneo<br />

Plantão de vendas e apartamento<br />

decorado na Avenida Adhemar Pereira<br />

de Barros, 425, em frente ao Teatro de Arena.<br />

Telefone do plantão: 3472 0980<br />

9<br />

Serviço Borsari<br />

Rua Maria Janasi Biagioni, 556<br />

Telefone: (16) 3301 1020<br />

www.borsariimoveis.com.br


PENSE GLOBAL, COMPRE LOCAL<br />

Entidades reforçam campanha<br />

para consumidor comprar aqui<br />

Reunião da ACIA em setembro<br />

focou dois assuntos importantes:<br />

reforçar a ação proposta em<br />

campanhas passadas do<br />

consumidor comprar em sua<br />

cidade e a decoração a ser feita<br />

por ocasião do Natal. Entre os<br />

alertas feitos para quem compra<br />

fora, está a dificuldade para a<br />

troca de mercadoria adquirida.<br />

O que se observa hoje, é que nos Estados<br />

Unidos ou Europa, o hábito de comprar no comércio<br />

local se fortalece cada vez mais. Não<br />

é de agora que a ACIA e o SINCOMERCIO têm<br />

procurado conscientizar o consumidor a agir<br />

neste sentido, seguindo a prática de americanos<br />

e europeus: “pense global, consuma<br />

local”.<br />

Nos últimos anos, essa tendência mundial<br />

conquista cada vez mais os consumidores e<br />

chama a atenção para a importância do mercado<br />

da cidade na geração de renda e qualidade<br />

de vida, diz o presidente da ACIA, Renato<br />

Haddad. Por sinal, foi ele o criador da frase<br />

“compre no comércio local, bom para todos”.<br />

A fórmula é simples. Ao comprar nos estabelecimentos<br />

da cidade, o consumidor promove<br />

o desenvolvimento do município, ajuda no<br />

aumento de novas oportunidades de emprego,<br />

gerando mais investimentos em diversas<br />

áreas, além de contribuir para a melhoria da<br />

qualidade de vida da população.<br />

Antônio Deliza Neto, presidente do SINCO-<br />

MERCIO, define bem a questão: “Dar preferências<br />

aos comerciantes locais também é uma<br />

forma de incentivar o empreendedorismo e fazer<br />

com que o seu dinheiro fique na sua cidade,<br />

no seu bairro. “É preciso destacar que ao<br />

valorizar o comércio local, o cidadão inicia um<br />

ciclo virtuoso, as empresas aumentam suas<br />

receitas, compram mais produtos e contratam<br />

mais funcionários, gerando emprego e renda,<br />

e o município por sua vez, arrecada mais, e<br />

gera mais investimentos e desenvolvimento<br />

Geraldo José Cataneu, do setor de materiais<br />

para construção<br />

em todas as áreas”, explica.<br />

O empresário Geraldo José Cataneu, que<br />

atua no ramo de materiais de construção,<br />

sugere que todo movimento deve envolver o<br />

comércio de uma forma geral: “A cobertura de<br />

uma campanha tem que ser simultânea para<br />

atender todos os bairros e os estabelecimentos<br />

que neles atuam”, argumenta.<br />

Carlos Segura, diretor na ACIA e SINCO-<br />

MERCIO, entende que é complexa a situação<br />

mesmo com toda disposição das entidades<br />

em impedir a evasão para o comércio da região.<br />

Ele salienta que o mercado local é forte,<br />

dispõe de qualidade e bons preços: “Então<br />

temos bons motivos para fazer o movimento<br />

crescer”.<br />

Nos Estados Unidos veem-se por<br />

todos os lugares cartazes com os dizeres<br />

buy local, locally grown, locallyproduced,<br />

locally owned – os comerciantes,<br />

agricultores e proprietários de empresas<br />

fazem questão de anunciar que vivem<br />

na comunidade onde trabalham.<br />

10


De fato, para o consumidor que quer ganhar<br />

tempo e busca conforto e praticidade,<br />

fazer as compras perto de casa também é<br />

vantagem. Adquirir produtos e serviços em<br />

estabelecimentos que estão no caminho de<br />

casa ou do trabalho, evitam alguns transtornos<br />

tão comuns nos grandes centros urbanos<br />

e shoppings centers, como falta de vagas para<br />

estacionar e lojas superlotadas. Potencializar<br />

e fortalecer este setor da economia, também<br />

é uma preocupação de entidades como ACIA e<br />

SINCOMERCIO já em prontidão para insistir na<br />

conscientização do consumidor.<br />

Carlinhos Segura,<br />

empresário na área<br />

de colchões<br />

Mas a grande dor de cabeça do consumidor,<br />

diz Renato Haddad, é comprar em outra<br />

cidade, e caso precisar efetuar uma troca: os<br />

gastos com viagem, pedágio, alimentação,<br />

acabam se tornando inviáveis e sai mais caro<br />

o molho do que o peixe, correndo ainda o risco<br />

da loja não aceitar a substituição do produto.<br />

Tanto na Associação Comercial quanto no<br />

SINCOMERCIO, já se perdeu a conta de consumidores<br />

que recorreram ao Departamento Jurídico<br />

das entidades em busca de informações<br />

sobre produtos adquiridos fora de Araraquara<br />

e que apresentando problemas, “as lojas se<br />

negaram em fazer trocas alegando<br />

estar fora do prazo determinado pelo<br />

estabelecimento”. De fato, diante da<br />

impossibilidade de uma viagem imediata,<br />

acaba ocorrendo atraso para a<br />

troca, vence o prazo determinado por<br />

lei e não há como se cumprir o acordo.<br />

São inconvenientes encontrados por<br />

alguns consumidores que compram<br />

no comércio da região<br />

Renato Haddad, na Alameda, um<br />

dos mais agitados corredores<br />

comerciais da cidade<br />

11


SEGURANÇA<br />

24<br />

HORAS<br />

Confie no monitoramento de quem<br />

atua há mais de 18 anos no mercado<br />

e que é referência no setor.<br />

Novo endereço:<br />

Av. Queiroz Filho, 194 | (16) 3311.8800<br />

parmkt.com.br<br />

PROJETO<br />

Como será o Natal de<br />

<strong>2014</strong> em Araraquara<br />

Investir na decoração é o<br />

caminho delineado pela ACIA<br />

a partir de agora, visando dar<br />

ao comércio um clima natalino<br />

para as festas de final de ano<br />

em Araraquara. O projeto se<br />

reforça com uma publicidade<br />

que conscientize o consumidor<br />

a investir no comércio local.<br />

Há pouco mais de 60 dias para abertura<br />

do comércio à noite, como acontece todos os<br />

anos, a Associação Comercial e Industrial de<br />

Araraquara busca oficializar sua programação<br />

natalina, com atrativos que poderão aquecer<br />

as vendas neste período. Em julho os estudos<br />

mantidos pela diretoria da ACIA apresentavam<br />

uma visão diferenciada sobre o que poderá<br />

ser feito em relação aos natais anteriores;<br />

uma das alternativas seria reforçar a parceria<br />

com a Prefeitura e o SINCOMERCIO.<br />

Na oportunidade, diz Roberto Abud, coordenador<br />

do setor de Comércio da ACIA, foi proposta<br />

a colocação dos enfeites que ao longo<br />

dos anos, a entidade vem adquirindo e novas<br />

peças que seriam compradas para ampliação<br />

deste patrimônio. Com isso, afirma o dirigente,<br />

atingiríamos outras áreas comerciais com a<br />

decoração.<br />

Atualmente, esse material está armazenado<br />

em um dos espaços da Prefeitura Municipal<br />

no Centralizado. São fios, lâmpadas,<br />

arranjos e até mesmo as árvores colocadas<br />

em pontos estratégicos da cidade. O material<br />

Árvore instalada em<br />

anos anteriores na<br />

Praça de Santa Cruz<br />

a partir dos próximos dias, passará por revisão<br />

e aguardará a chegada das peças que serão<br />

adquiridas, justifica o presidente da ACIA, Renato<br />

Haddad.<br />

Paralelamente, em parceria com a secretaria<br />

municipal de Cultura, a ACIA definirá a<br />

programação a ser cumprida a partir do dia<br />

primeiro de dezembro, quando o comércio<br />

passará a abrir das 9h às 22h. Chegada do Papai<br />

Noel, shows, apresentação de corais com<br />

músicas natalinas, promoções que incentivem<br />

o consumidor a comprar em nosso comércio,<br />

intensificação de campanha publicitária, são<br />

iniciativas que projetam um Natal capaz de<br />

atingir os bairros e os corredores comerciais<br />

de Araraquara.<br />

Papai Noel,<br />

a imagem<br />

que privilegia<br />

as crianças<br />

nas ruas da<br />

cidade em<br />

dezembro<br />

12<br />

Roberto Abud é coordenador da<br />

ACIA e um dos articuladores do<br />

projeto natalino


13


TRANSPORTE AÉREO<br />

Não faz nem um ano que a Azul<br />

Linhas Aéreas chegou na cidade,<br />

esquentou seus motores e deu<br />

adeus às ilusões, alegando que<br />

falta gente para bancar sua<br />

permanência em Araraquara.<br />

Reportagem: Jean Cazellotto<br />

No começo da noite do dia 16 de setembro,<br />

a notícia dada ao prefeito Marcelo Barbieri<br />

não poderia ser pior: a Azul irá encerrar suas<br />

atividades no início de novembro. Com isso, a<br />

cidade volta a não ter voos regulares partindo<br />

do Bartholomeu de Gusmão.<br />

Reinaugurado no dia 12 de dezembro de<br />

2013, o aeroporto foi o “menino dos olhos” de<br />

Barbieri, que fez de tudo para captar recursos<br />

e conseguir a reforma e ampliação, de acordo<br />

com o que a ANAC (Agência Nacional de Aviação<br />

Civil) solicitara.<br />

Segundo a nota enviada para a imprensa,<br />

a desistência de operar na cidade deve-se “ao<br />

baixo movimento de clientes apresentada nesta<br />

rota, tornando a sustentação do voo economicamente<br />

inviável”, informou.<br />

Desde o voo inaugural, com a presença<br />

do prefeito de Araraquara e até do governador<br />

do Estado, Geraldo Alckmin, a Azul alterou os<br />

horários e frequências de seus pousos e decolagens<br />

por três vezes. A última delas foi em<br />

meados de julho, onde retirou mais da metade<br />

dos voos entre Araraquara e Campinas.<br />

BARTHOLOMEU DE GUSMÃO<br />

O aeroporto possui um amplo espaço para<br />

refeições. O proprietário do 14 Bis Café, Alexandre<br />

Garavello Gonçalves, investiu no local,<br />

que era um ponto para potencial crescimento,<br />

mas foi surpreendido ao saber que a Azul<br />

encerraria suas atividades no Bartholomeu.<br />

“A Azul começou a falhar a partir do<br />

momento em que diminuiu os horários<br />

dos voos de Araraquara para Campinas.<br />

Tem muita gente que não sabe que o<br />

aeroporto existe”, afirma.<br />

Neste momento, Alexandre tenta se<br />

reinventar para manter o café em funcionamento.<br />

“Penso em outras alternati-<br />

Barthomeu de Gusmão terá que<br />

reinventar novos projetos para<br />

viabilizar outras empresas<br />

14


Sinalização da Azul em Araraquara vive<br />

o momento final de um curto romance<br />

vas, como lanches delivery, happy hour, promoção<br />

com porções. Tenho que pagar as minhas<br />

contas. Quem sabe outra empresa aérea se<br />

interessa por Araraquara?”, indaga positivo.<br />

Atualmente, a Azul está com apenas um<br />

voo partindo de Araraquara para Campinas, às<br />

14h15, de domingo a sexta. Para voltar para<br />

a cidade, o passageiro deve esperar até o outro<br />

dia, quando parte de Campinas um voo às<br />

12h56, nos mesmos dias. De sábado não há<br />

operação.<br />

Se nenhuma empresa estiver disposta a<br />

aterrissar em Araraquara, o Bartholomeu de<br />

Gusmão dependerá apenas de voos particulares,<br />

que são poucos por dia.<br />

Para quem já havia comprado passagens<br />

para depois do dia primeiro de novembro<br />

partindo de Araraquara para outros<br />

destinos, pode acessar o portal da Azul e<br />

solicitar o reembolso.<br />

Alexandre, do 14 bis Café, investiu, porém a<br />

saída lhe deixa o prejuízo<br />

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras confirmou<br />

no final de agosto, que começará a partir de<br />

2015 a aterrissar nos EUA. Com o encerramento<br />

das operações na cidade, a Azul não<br />

sabe o que fazer com seus funcionários. As<br />

opções são duas: podem ser demitidos ou<br />

serão transferidos para a sede da companhia<br />

em Campinas.<br />

15


Wladimir e<br />

Aprobatto<br />

José Dini Filho, Wladimir Carlos Bersanetti<br />

Rodrigues, Sérgio Aprobatto Machado Júnior,<br />

Geraldo Luis Tampellini, Marcos Henrique Duó,<br />

José Marcelo Correa e Marcelo Zetune<br />

CONTABILISTAS<br />

Araraquara ganha a<br />

Regional do SESCON<br />

Para os contabilistas, uma das<br />

classes mais respeitadas hoje<br />

em Araraquara, a notícia não<br />

poderia ser melhor que a<br />

anunciada pelo presidente do<br />

SESCON, Sérgio Aprobatto<br />

Machado Júnior, em setembro.<br />

Os contabilistas de Araraquara e região<br />

já podem preparar a festa: em breve teremos<br />

na cidade a Regional do SESCON - Sindicato<br />

das Empresas de Serviços Contábeis e das<br />

Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações<br />

e Pesquisas no Estado de São Paulo.<br />

“Nem bem passou um ano da instalação da<br />

Sub Regional e já somos Regional”, exclamou<br />

Wladimir Carlos Bersanetti Rodrigues, diretor<br />

do órgão na cidade, ao receber a notícia do<br />

próprio presidente do SESCON SP, Sérgio Aprobatto<br />

Machado Júnior, que visitou a cidade em<br />

setembro em companhia do superintendente<br />

Marcelo Zetune, do diretor e coordenador do<br />

SESCON SP Interior, Jose Dini Filho e do diretor<br />

da Regional de Ribeirão Preto, José Marcelo<br />

Correa.<br />

Aprobatto disse durante o encontro com<br />

Marcos Duó, presidente da AESCAR, Geraldo<br />

Luis Tampellini, presidente do SINCOAR, Orlando<br />

Bonifácio Martins, diretor da JUCESP e<br />

vários contabilistas, que apesar da Sub Regional<br />

de Araraquara ser nova e ter sido instalada<br />

esse ano, a cidade tem capacidade de<br />

ser uma Regional. O anúncio foi recebido com<br />

muita euforia pela classe.<br />

O presidente do SESCON SP propôs também,<br />

para as entidades locais (AESCAR e SIN-<br />

COAR) se unirem ao SESCON em um mesmo<br />

local, que ainda virá a ser definido, viabilizando<br />

e fortalecendo as parcerias e aplicando os<br />

benefícios disponibilizados pela entidade.<br />

Tanto o presidente do SINCOAR, Geraldo<br />

Luis Tampellini, quanto Marcos Henrique Duó,<br />

da AESCAR, comentaram que a presença do<br />

SESCON em nossa cidade virá fortalecer o relacionamento<br />

com os órgãos governamentais<br />

e categorias de classes, amparando as causas<br />

que envolvem os contabilistas.<br />

Aprobatto aproveitou a reunião com representantes<br />

da classe para propor parceria<br />

local com o SESCON SP, o que possibilitaria<br />

a disponibilidade de serviços que o sindicato<br />

mantém na capital, como: certificação digital,<br />

cursos para capacitação e formação de mãode-obra<br />

qualificada na área contábil, palestras<br />

diversas, o programa de qualidade das empresas<br />

contábeis (PQEC), além de outros serviços.<br />

Os contabilistas ao final do encontro reforçaram<br />

a importância da união e o poder<br />

que a classe passa a ter com a Regional do<br />

SESCON, conquista que entra para a história e<br />

marca desde o início, a trajetória de Wladimir<br />

na Regional.<br />

Momento histórico para o Sindicato dos<br />

Contabilistas que passa a ter a Sala Celestino<br />

Boschiero<br />

Exposição sobre a vinda da<br />

Regional do SESCON: Marcos<br />

Martins, Francisco Formariz,<br />

Orlando Bonifácio, José Dini<br />

Filho, José Marcelo Correa e<br />

Marcelo Zetune<br />

Orlando Bonifácio Martins (JUCESP), Sérgio<br />

Aprobatto Machado Júnior (SESCON SP),<br />

Geraldo Luis Tampellini (SINCOAR) e Marcos<br />

Henrique Duó (AESCAR), inauguram galeria<br />

de ex-presidentes do SINCOAR<br />

16


ESTACIONAMENTO NA SETE<br />

Pode ser o fim<br />

do problema<br />

Decisão adotada por lojistas do<br />

Carmo sobre estacionamento<br />

na Av. Sete será analisada pelo<br />

coordenador de Mobilidade<br />

Urbana, Coca Ferraz e seus<br />

assessores. Renato Haddad<br />

(ACIA) e Edson Casaut (CDL)<br />

entendem que o primeiro passo<br />

foi dado de forma democrática.<br />

Renato Haddad e Edson Casaut acompanham a explicação técnica de Coca Ferraz. Em janeiro os<br />

lojistas reavaliarão as mudanças provisórias feitas agora<br />

Está decidido: provisoriamente, a Avenida<br />

Sete de Setembro, no trecho que compreende<br />

as ruas Carlos Gomes e João Gurgel, passará<br />

por experiências visando disponibilizar vagas<br />

de estacionamento para os clientes das lojas.<br />

O assunto, bastante polêmico, ganhou força<br />

após a revitalização procedida pela Prefeitura<br />

Municipal com a inclusão de nova sinalização.<br />

Após a implantação do projeto surgiram<br />

duas preocupações: a troca dos paralelepípedos<br />

por asfalto se tornou convite para alta<br />

velocidade e as vagas de estacionamento se<br />

transformaram em privilégio para os proprietários<br />

e funcionários de muitas lojas com maior<br />

intensidade.<br />

O coordenador de Mobilidade Urbana,<br />

Coca Ferraz, se reuniu com diretores da ACIA e<br />

da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Araraquara)<br />

para discussão do assunto, tomando<br />

parte ainda vários comerciantes do Carmo.<br />

Coca Ferraz levou para o encontro realizado<br />

no dia 29 na ACIA, o gerente de Fiscalização<br />

de Trânsito, Laércio Mello e o gerente regional<br />

da Estpar Hora Park, Claudemir Bueno.<br />

Para o excesso de velocidade praticado<br />

na Avenida Sete, Coca sinalizou para a instalação<br />

de semaforos no trecho, descartando<br />

as lombadas. A abertura de vagas de estacionamento<br />

com o objetivo de favorecer o consumidor,<br />

os próprios lojistas - após muito debate<br />

- acataram a sugestão de Antônio Carlos da<br />

Silva, proprietário da Letícia Acessórios: haverá<br />

a demarcação para quatro vagas de estacionamento<br />

por quarteirão, com tempo máximo de<br />

15 minutos, havendo a necessidade do pisca<br />

do veículo estar ligado, e ainda uma campanha<br />

de conscientização sobre a aplicação das novas<br />

medidas em oito quadras (da 6 até a 13).<br />

O presidente da ACIA, Renato Haddad, um<br />

dos mediadores do encontro, salientou que foi<br />

uma forma democrática, ainda que em caráter<br />

experimental, de se buscar uma solução para<br />

o problema: “Implantação de medidas exige<br />

sacrifício de todos, porém, é o caminho para<br />

que se encontre soluções definitivas”.<br />

Coca Ferraz que também é favorável inicialmente<br />

a testes no corredor, adiantou que a<br />

ampliação do acesso ao Quitandinha pela Washington<br />

Luís, aumentará a circulação de veículos<br />

e favorecerá o comércio do bairro. Neste<br />

momento descarto os parquímetros pelo alto<br />

custo dos equipamentos ou até mesmo a<br />

área azul, ainda que seja com papeleta nos<br />

moldes antigos. Também coerente em suas<br />

explicações, Claudemir Bueno, da Hora Park<br />

ressaltou que qualquer medida apressada<br />

pode gerar novos problemas, ainda maiores,<br />

às vésperas do Natal.<br />

Prevaleceu<br />

a sugestão<br />

de Antônio<br />

Carlos da<br />

Silva<br />

Edson Casaut, presidente da CDL, diz que<br />

a reunião foi muito proveitosa, demonstrou sintomas<br />

de união dos lojistas em torno de uma<br />

situação que se arrasta por muitos anos: “O<br />

objetivo é criar mecanismos que aumentem<br />

nossas vendas, proporcionem mais comodidade<br />

aos clientes e resgate a tradição da Avenida<br />

Sete como um dos principais corredores<br />

comerciais da cidade”. Segundo ele, não basta<br />

o esforço da ACIA, CDL e do Poder Público,<br />

é imprescindível que ocorra mudanças para o<br />

fortalecimento do comércio no bairro.<br />

Cristiane Parelli, conceituada lojista da Sete,<br />

questionou a reformulação, pois o cliente tem<br />

dificuldades em parar<br />

Laércio Mello<br />

(Trânsito) e Claudemir<br />

Bueno (Hora Park)<br />

Há muito tempo que os lojistas da Sete de<br />

Setembro buscavam uma solução para o impasse<br />

17


TELECOMUNICAÇÃO<br />

GVT, a gigante<br />

francesa chegou<br />

Estrategista. É assim que se<br />

define a vinda de Amos Genish<br />

com sua GVT para Araraquara.<br />

O empresário começou sua<br />

vida no país comprando uma<br />

concessão de telefonia por<br />

R$ 100 mil e a vendeu por<br />

R$ 7 bilhões à francesa Vivendi.<br />

A GVT (Global Village Telecom), é uma empresa<br />

de telecomunicação, prestadora de serviços<br />

de telefonia residencial e empresarial,<br />

internet banda larga e TV por assinatura, criada<br />

em 2000 por um israelense - Amos Genish,<br />

que veio para o Brasil contando com a ajuda<br />

de fundos de investidores internacionais.<br />

Em Araraquara, as obras de implantação<br />

começaram em meados de agosto pelo centro<br />

da cidade. Escavações foram feitas na calçada<br />

e no asfalto em vários pontos para receber o<br />

cabo que transmite as informações da GVT.<br />

No último dia 30, a GVT reuniu a imprensa<br />

e personalidades da cidade para lançar oficialmente<br />

os serviços da operadora. Segundo o<br />

diretor de vendas Regional São Paulo, Denis<br />

Marcel Ferreira, Araraquara é a primeira cidade<br />

com 100% de fibra ótica em seus serviços.<br />

“É com orgulho para a cidade e para nós que<br />

comunicamos essa tecnologia por aqui. Mais<br />

de R$ 35 milhões estão sendo investidos com<br />

a chegada da GVT em Araraquara, além de<br />

250 empregos diretos e indiretos”, ressalta.<br />

Ainda de acordo com Denis, até novembro,<br />

80% da área urbana terá cobertura da<br />

GVT, que é lançada na cidade com promoção.<br />

Internet de 15Mbps, TV com canais HD e telefone<br />

fixo a partir de R$ 119,90.<br />

Atualmente, a GVT atende a região Sul,<br />

Sudeste e Centro-Oeste. No interior do estado<br />

de São Paulo, a empresa chega até Ribeirão<br />

Preto, Bauru, Campinas, Piracicaba e Sorocaba,<br />

além da Grande Capital e Santos.<br />

18<br />

GVT na cidade<br />

Diretor de vendas Regional São Paulo,<br />

Denis Marcel Ferreira, apresenta a GVT<br />

para Araraquara<br />

O EMPREEND<strong>ED</strong>OR QUE VEIO DO DESERTO<br />

A Revista Dinheiro define bem Amos Genish,<br />

49 anos, israelense, formado em Economia<br />

e Contabilidade pela Universidade de Tel-<br />

Aviv, que fechou o maior negócio recente do<br />

setor de telecomunicações no Brasil ao vender<br />

a GVT para a francesa Vivendi por R$ 7 bilhões.<br />

Segundo a revista, ele é um homem de poucas<br />

palavras, discreto, calculista e que vai direto ao<br />

ponto numa conversa.<br />

Esta sobriedade é levada aos negócios por<br />

Amos. A sede da GVT, em Curitiba, não tem<br />

luxo. Chega ao escritório por volta das 8 horas<br />

da manhã. A partir daí, são 11 horas ininterruptas<br />

de trabalho.<br />

Foi assim quando decidiu disputar uma<br />

concessão de telefonia no País. Ele vinha de<br />

uma experiência bem-sucedida na América Latina,<br />

num projeto de telefonia rural. De olho no<br />

Brasil, o executivo estudou o edital da Anatel<br />

e observou que mais importante que o preço,<br />

era oferecer uma boa proposta técnica.<br />

E foi o que fez. Com apenas R$ 100 mil,<br />

ganhou a concessão da Região II (Sul, Centro-<br />

Oeste e Norte do País) em 1999, se tornando<br />

na empresa-espelho para concorrer com a Brasil<br />

Telecom, no modelo criado pelos reguladores<br />

brasileiros. Para isso, contou com o apoio<br />

e o dinheiro de Shaul Shani, que era o presidente<br />

do conselho da GVT e o maior acionista<br />

individual da companhia antes da venda para<br />

a Vivendi.<br />

O executivo pagou pouco, mas assumiu<br />

metas ambiciosas. Em 2001, precisava atender<br />

100% das localidades com mais de 200<br />

mil habitantes da região. E aí reside o segredo<br />

da operação da GVT. Em vez de entrar numa<br />

disputa direta contra a Brasil Telecom, Genish<br />

resolveu investir em tecnologias avançadas de<br />

rede e conseguir clientes nas pequenas e médias<br />

empresas.


FINANÇAS<br />

Bilionários brasileiros que<br />

têm um pé em Araraquara<br />

Empresários brasileiros que<br />

têm seus negócios pontuados<br />

em grande parte do território<br />

nacional, ao longo do tempo<br />

mantêm raízes também em<br />

nossa cidade fazendo girar sua<br />

lucratividade. São bilionários<br />

apontados pela Revista Forbes,<br />

como Luiza Helena Donato<br />

Trajano, do Magazine Luiza,<br />

irmã de Antônio Donato, que<br />

foi presidente da Associação<br />

dos Fornecedores de Cana<br />

de Araraquara nos anos 80.<br />

São 65 os brasileiros com fortuna de mais<br />

de US$ 1 bilhão, segundo ranking da revista<br />

“Forbes” divulgado no começo de setembro --<br />

19 a mais que no ano passado. Depois de ter<br />

sido o maior perdedor do ano em 2013, desta<br />

vez o empresário Eike Batista ficou de fora da<br />

lista. Eike foi a pessoa mais rica do Brasil de<br />

2009 a 2012, segundo a Forbes. Em 2012,<br />

ele chegou a ser o 7º mais rico do mundo. Já<br />

em 2013, tinha caído para a 100ª posição, reflexo<br />

da crise em seus negócios.<br />

O brasileiro mais rico continua sendo Jorge<br />

Paulo Lemann. No ranking mundial da revista,<br />

ele ocupa a 34º posição, com fortuna estimada<br />

em US$ 19,7 bilhões .<br />

Alguns empresários estreiam na lista dos<br />

bilionários brasileiros como Chaim Zaher, irmão<br />

de Ali Zaher, do COC Objetivo Araraquara,<br />

atuantes no ramo educacional.<br />

SEGUE »<br />

Alguns afortunados que<br />

mantêm negócios por aqui<br />

Estreante no “clube” dos bilionários em <strong>2014</strong>,<br />

Miguel Krigsner, 64 anos, tem fortuna estimada<br />

em R$ 6,45 bilhões. Ele fundou O Boticário em<br />

1977, dois anos após se formar em farmácia<br />

e bioquímica no Paraná. A empresa hoje é a<br />

segunda maior de cosméticos do país, atrás<br />

apenas da Natura. São três lojas franqueadas<br />

em Araraquara.<br />

Abilio Diniz,<br />

77 anos, Grupo<br />

Pão de Açúcar<br />

(Extra), o 15º<br />

mais rico do país.<br />

Fortuna: R$ 8,9<br />

bilhões.<br />

Sobrinha dos fundadores do Magazine Luiza,<br />

a empresária Luiza Helena Donato Trajano,<br />

64 anos, e sua família, têm patrimônio<br />

estimado em R$ 1,2 bilhão. São duas<br />

lojas em Araraquara.<br />

Rubens Ometto Mello, 64 anos, é o 36º<br />

mais rico do país, com fortuna avaliada em<br />

R$ 4,58 bilhões, segundo a “Forbes Brasil”.<br />

O empresário controla a Cosan, dona da Rumo<br />

e de parte da Raízen, maiores exportadoras de<br />

açúcar e etanol do mundo (Usinas Santa Cruz,<br />

Tamoio e Zanin)<br />

O bispo Edir Macedo, 69 anos, fortuna<br />

estimada em R$ 2,91 bilhões. É fundador<br />

da Igreja Universal do Reino de Deus, que<br />

em Araraquara tem um dos maiores templos<br />

da região (antigo Gonçalves Sé).<br />

19


LIÇÃO DE VIDA<br />

Zaher, a toda poderosa<br />

família do ensino brasileiro<br />

Chaim Zaher, o empresário que<br />

aparece nas páginas da Revista<br />

Forbes como bilionário do setor<br />

educacional, mantém suas raízes<br />

em nossa cidade: é irmão de Ali<br />

Zaher, que chegou por aqui no<br />

final dos anos 70 para assumir<br />

o controle do Objetivo, que dava<br />

início à implantação de uma<br />

rede de escolas no interior de<br />

São Paulo. A história da família<br />

é cheia de desafios.<br />

No mês de dezembro,<br />

Beth Koike (Valor,<br />

18/12/13) traçou o<br />

perfil biográfico de<br />

Chaim Zaher, que nasceu<br />

em Beirute e chegou<br />

ao Brasil com sete<br />

anos. “Ele já vendeu de<br />

tudo na vida – de calendários<br />

a roupas. Mas é<br />

na área da educação<br />

que fechou grandes negócios.<br />

Nos últimos seis anos, levantou cerca<br />

de R$ 2 bilhões ao participar das principais<br />

“janelas de oportunidade” do setor. Tornou-se<br />

em 2013 o maior acionista da Estácio, uma<br />

das maiores companhias de ensino superior, e<br />

pretende, agora, liderar um processo de consolidação<br />

de escolas de educação básica.<br />

Negociante nato, o libanês naturalizado<br />

brasileiro abriu o capital de sua empresa, a<br />

SEB, em 2007, período em que Estácio e a<br />

concorrente Anhanguera também foram para<br />

a bolsa. “Foi um ‘IPirou‘”, diz Chaim, ao fazer<br />

um trocadilho com o termo IPO, sigla em inglês<br />

para oferta inicial de ações. “Em apenas um<br />

ano tivemos que organizar toda a empresa.<br />

Mas não poderíamos perder aquele momento”.<br />

Na época, a SEB levantou pouco mais de<br />

R$ 400 milhões, sendo que R$ 120 milhões<br />

foram captados na oferta secundária.<br />

“Antes do IPO, Chaim não sabia que seu<br />

negócio valia tanto. Pensou em vender toda a<br />

empresa por R$ 200 milhões. Mas ele queria<br />

comprar o Pueri Domus e o Dom Bosco. Conversamos<br />

muito e decidimos ir para o mercado<br />

de capitais”, contou o economista Paulo<br />

Guedes, que assessorou o empresário no IPO.<br />

Chaim ficou tão entusiasmado com a captação<br />

que pagou a Guedes uma comissão maior<br />

do que o valor combinado.<br />

Com o dinheiro em caixa, o ex-mascate foi<br />

às compras. Adquiriu os colégios Dom Bosco e<br />

Pueri Domus e seus respectivos sistemas de<br />

ensino. Transcorridos apenas três anos como<br />

companhia aberta, o negócio de apostilas do<br />

COC, Pueri Domus e Dom Bosco foi vendido à<br />

britânica Pearson – dona do jornal “Financial<br />

Times” e com forte atuação em educação –<br />

por R$ 888 milhões. Desse montante, R$ 613<br />

milhões foram para Chaim e sua família e o<br />

capital da SEB foi fechado.<br />

No ano de 2013, período em que o setor<br />

de ensino superior viveu nova onda de negócios<br />

vultosos, lá estava Chaim novamente. Ele<br />

vendeu o centro universitário UniSEB por R$<br />

613 milhões para a Estácio, em uma transação<br />

envolvendo metade do pagamento em<br />

dinheiro e a outra parte em ações da companhia<br />

carioca. Poucos dias depois, ele deu outra<br />

cartada. Comprou da GP Investiments 4%<br />

das ações da Estácio, o que o tornará o maior<br />

acionista do grupo educacional carioca, com<br />

uma participação total de 10%.<br />

“Hoje, Chaim não é mais só um empreendedor<br />

que vende os seus negócios. Com a entrada<br />

na Estácio, ele mostrou que agora busca<br />

‘equity’ [patrimônio] “, disse Paulo Guedes, que<br />

hoje é quase seu “conselheiro para assuntos<br />

educacionais.”<br />

Em 2011 e 2012, intervalo entre as transações<br />

de Pearson e Estácio, Chaim ficou fora<br />

dos holofotes – trabalhando para engordar<br />

seus negócios. Nesse período, investiu na parte<br />

da empresa que lhe sobrou após a venda<br />

dos sistemas de ensino para a Pearson e que<br />

representava 65% da receita. No ano passado,<br />

adquiriu a faculdade Escola Paulista de Direito<br />

(EPD) e o curso preparatório Marcato, também<br />

com atuação na área jurídica. Em 2012, a receita<br />

bruta da SEB já era de R$ 500 milhões<br />

– quase o mesmo tamanho do faturamento de<br />

quando ainda detinha o negócio de apostilas.<br />

O ex-mascate, que é hoje um dos maiores<br />

empresários de educação do país, não quer<br />

parar de trabalhar. Tampouco planeja comprar<br />

barco, viajar, pescar ou tirar um ano sabático<br />

O COC hoje está presente em várias regiões<br />

do país como a Bahia. Na foto Adriana e<br />

Chaim com o casal Verônica-Aloysio Nery,<br />

diretor do COC em Salvador<br />

Chaim Zaher, irmão de Ali Zaher, do<br />

Objetivo, na lista dos novos bilionários<br />

brasileiros da Forbes, com R$ 1,48 bilhão<br />

com o dinheiro que já ganhou. “Ele é um trabalhador<br />

incansável. Está na empresa logo cedo,<br />

visitando as escolas”, diz Nilson Curti, superintendente<br />

e braço direito de Chaim há 27 anos.<br />

O empresário tem ainda um grande projeto<br />

a ser realizado. Liderar um processo de<br />

consolidação em educação básica – área que<br />

foi sua porta de entrada no setor. “Minha ideia<br />

é ter entre 80 mil e 100 mil alunos e cerca de<br />

50 escolas de educação básica daqui cinco<br />

anos”, disse Chaim, que planeja investir de R$<br />

200 milhões a R$ 300 milhões em aquisições<br />

e crescimento orgânico.<br />

Atualmente, a SEB tem 45 mil estudantes<br />

em 35 escolas das bandeiras SEB/COC, SEB/<br />

Pueri Domus e SEB/Dom Bosco. Na operação<br />

com a Pearson, o empresário ficou com as escolas<br />

que compram as respectivas apostilas<br />

com desconto de 50%.<br />

Hoje, as apostas de Chaim giram em torno<br />

de escolas de ensino fundamental com<br />

período integral ou bilíngue. “Já temos quatro<br />

unidades nesses modelos e em <strong>2014</strong> vamos<br />

abrir mais quatro. O tíquete médio desse modelo<br />

é bem maior. A mensalidade de ensino<br />

médio regular é de cerca de R$ 900. Já o integral<br />

é de R$ 2,5 mil e o integral com bilíngue<br />

passa dos R$ 3 mil“, explicou Chaim, que começou<br />

no setor trabalhando para João Carlos<br />

Di Gênio, dono do Objetivo e da Unip.<br />

20


O CAMINHO DAS P<strong>ED</strong>RAS<br />

O começo do<br />

nosso Objetivo<br />

Foi no final dos anos 70 que<br />

Ali Zaher, irmão de Chaim,<br />

desembarcou em Araraquara<br />

num Ford Del Rey, procedente<br />

de Araçatuba. A exemplo do<br />

irmão, o maktub (palavra árabe<br />

que diz - estava escrito), sempre<br />

esteve presente na vida dos dois<br />

empresários libaneses.<br />

A família Zaher veio do Líbano, pousando<br />

em Araçatuba; Chaim, ainda menino, começou<br />

a ajudar o pai, Zein Zaher, no trabalho<br />

como mascate. Aos 18 anos, quando o velho<br />

Zein se instalou em Pereira Barreto, Chaim decidiu<br />

voltar para Araçatuba, onde arrumou emprego<br />

num cursinho local, chamado Prever. Foi<br />

porteiro, bedel de alunos e vendedor de matrículas.<br />

Em pouco tempo, já entendia como<br />

funcionava uma escola; nas horas vagas, trabalhava<br />

como rádio-ator e colunista social.<br />

E, lá pelos idos de 1972, ele enxergou uma<br />

ameaça: a chegada de cursinhos da capital<br />

paulista, como Anglo e Objetivo, que invadiam<br />

o interior. Foi então que ele decidiu sugerir ao<br />

patrão, Waldir Suliani, que buscasse um parceiro.<br />

Resultado: acabou demitido. “Em vez de<br />

cair em depressão, percebi que havia conquistado<br />

minha liberdade”, diz Chaim.<br />

Seus primeiros parceiros foram os professores<br />

do Colégio Equipe de São Paulo, que<br />

também estavam criando um cursinho. Mas<br />

Chaim já enxergava o Objetivo, do empresário<br />

João Carlos Di Genio, como o grupo mais profissional<br />

do setor. E, em 1976, ele conseguiu<br />

agendar uma reunião com o professor Jorge<br />

Bryhi, braço direito de Di Genio, não sem antes<br />

realizar uma pequena peripécia.<br />

Depois de esperar horas por uma<br />

audiência, ele decidiu se trancar no banheiro<br />

de uma escola, onde dormiu até o dia<br />

seguinte. E quando<br />

Objetivo em Araraquara Bryhi voltou ao Objetivo,<br />

Chaim já estava<br />

lá esperando<br />

por ele. Na mesma<br />

hora, tornou-se franqueado<br />

da rede. A<br />

atitude foi tão inusitada<br />

que o próprio<br />

Di Genio quis conhecê-lo.<br />

E quando<br />

Zaher soube que o<br />

A Consultora de Imagem Mônica Zaher com<br />

o marido Ali e o filhos Karime e Michel<br />

dono do Objetivo era também da região de<br />

Araçatuba, os dois se tornaram amigos - Di<br />

Genio foi até seu padrinho de casamento.<br />

No Natal de 1984, após ter trabalhado<br />

quatro anos como franqueado do Objetivo,<br />

Zaher recebeu uma ligação do amigo Di<br />

Genio:<br />

- Você quer mesmo uma oportunidade<br />

para crescer e sair de Araçatuba? Venha<br />

para Ribeirão Preto e ficaremos meio a meio<br />

na escola - disse Di Genio. - Aceito, respondeu<br />

Chaim, que arrumou as malas para se<br />

mudar para a “cidade grande”. Desta vez,<br />

como sócio.<br />

À época, o concorrente de Di Genio era<br />

o COC, cursinho criado por professores de<br />

medicina que ia de vento em popa. A tal<br />

ponto que era capaz de fretar um jatinho<br />

para ter em primeira mão as listas dos seus<br />

aprovados na Fuvest, numa época em que<br />

não existia internet. Com o tempo, o pêndulo<br />

virou em favor do Objetivo. A tal ponto que o<br />

próprio COC foi colocado à venda, em 1986.<br />

E foi Chaim quem apareceu para comprá-lo,<br />

num negócio que o afastou do antigo<br />

mentor. “Aprendi tudo com o Di Genio, mas<br />

precisava seguir meu próprio caminho.” Daí<br />

em diante, seu império só cresceu. Além dos<br />

negócios em educação, ele também é dono<br />

de três emissoras de rádio e da TV Thathi, retransmissora<br />

da TV Brasil, em Ribeirão Preto.<br />

A emissora de TV foi a inspiração para a<br />

esposa, a pedagoga Adriana, escolher o nome<br />

das quatro filhas: Thamila, Thalita, Thiciana e<br />

Thiara, que trabalham no grupo educacional,<br />

e Thiciana, que é médica. “Hoje, meu hobby<br />

é ficar com a minha família, em especial, com<br />

os meus netos”, diz Chaim, avô dos trigêmeos<br />

Eduardo, Felipe e Sofia.<br />

Já em Araraquara, o Ali Zaher com a participação<br />

da esposa Mônica, fez os negócios<br />

educacionais prosperarem. Hoje o COC, o Objetivo,<br />

o Pueri Domus, fazem parte da vida do<br />

casal, além de outras unidades educacionais<br />

que comprovam seu envolvimento e sucesso<br />

no setor de ensino.<br />

21


REGIÃO<br />

“Passeio” chega a São Carlos;<br />

em breve em Araraquara<br />

Foi lançado no dia 11 de<br />

setembro em São Carlos, o<br />

projeto do Passeio São Carlos,<br />

centro de convivência e compras<br />

no estilo Open Mall, onde se<br />

valoriza a luz natural e<br />

corredores abertos. Com<br />

inauguração prevista para<br />

novembro de 2015, o local terá<br />

uma concepção diferente dos<br />

tradicionais centros de compras.<br />

“Este empreendimento nasceu da percepção<br />

de que as cidades precisavam de uma alternativa<br />

ao comércio de rua e aos shoppings.<br />

Trabalhamos principalmente com cidades que<br />

estão em crescimento, mas ainda não comportam<br />

grandes shoppings”. Foi desta forma<br />

que Roberto Senna, sócio fundador da RS<br />

Partners, empresa responsável pelo centro de<br />

compras em São Carlos, abriu o evento.<br />

O investimento estimado do empreendimento<br />

é de R$ 80 milhões de reais, dos quais<br />

R$ 60 milhões serão dos empreendedores e<br />

R$ 20 milhões dos lojistas.<br />

“O projeto, criado pelo arquiteto Jayme<br />

Lago Mestieri, foi cuidadosamente planejado<br />

para aproveitar ao máximo a luz do dia, proporcionando<br />

ao consumidor a experiência de um<br />

passeio, por isso a escolha do nome. Também<br />

tivemos a preocupação de interferir o mínimo<br />

possível no terreno para não prejudicar o meio<br />

ambiente”, conta o sócio diretor da RS Partners,<br />

Rodrigo Senna.<br />

Segundo ele, para chegar até São Carlos,<br />

“foi gastando muita sola de sapato”, brinca o<br />

empreendedor. “Nossos planos são investir<br />

em cidades que fiquem no máximo a 250 quilômetros<br />

de São Paulo, ou seja, inicialmente<br />

Araraquara é o nosso limite”.<br />

Sobre os planos para a Morada do Sol,<br />

Senna aponta uma chegada em alguns meses.<br />

“Estamos estudando a demanda da ci-<br />

Roberto Senna, diretor da RS Partners<br />

dade e firmando parceiros. Araraquara está<br />

nos nossos planos e seria algo semelhante ao<br />

Passeio São Carlos”, afirma.<br />

O prefeito de São Carlos, Paulo Altomani,<br />

também esteve presente no lançamento.<br />

“Procuramos acelerar o trâmite para a instalação<br />

desse centro, que será muito importante<br />

para São Carlos, principalmente neste momento<br />

auspicioso que o município vive, com a<br />

internacionalização do aeroporto, que torna a<br />

expectativa de crescimento da cidade promissora<br />

e positiva”, conclui.<br />

O início das obras está previsto para este<br />

mês de outubro. O centro comercial deve gerar<br />

pelo menos mil empregos diretos e dois mil indiretos.<br />

O empreendimento está localizado na Av.<br />

22


Projeto do Passeio<br />

São Carlos; obras<br />

já iniciadas e a<br />

previsão é de que<br />

o empreendimento<br />

virá para a nossa<br />

cidade<br />

Dr. Francisco Pereira Lopes, próximo ao Campus<br />

1 da USP, em um terreno de 36 mil metros quadrados.<br />

Ao todo, serão 35 lojas, home center,<br />

drive thru, praça de alimentação e 450 vagas<br />

de estacionamento gratuitas. A rede de supermercados<br />

Savegnago também confirmou uma<br />

loja de quatro mil metros quadrados.<br />

“A população de São Carlos precisava de<br />

um local assim, com conforto, segurança e comodidade.<br />

Tivemos uma receptividade muito<br />

boa com nossa primeira loja e não podíamos<br />

deixar de participar desse empreendimento”,<br />

afirma o representante da rede, Rodolfo Savegnago.<br />

Vinte representantes de importantes franquias<br />

do País participaram da rodada de negócios,<br />

entre eles a Brazil Fast Food Corporation,<br />

responsável por marcas como Bobs e Yoggi, a<br />

Cia de Franchising e a Franchising Stores, que<br />

Altomani com Alfredo Maffei, presidente da<br />

Associação Comercial de São Carlos<br />

trouxe 17 marcas. O Banco do Brasil e a Caixa<br />

Econômica também estiveram presentes,<br />

mostrando linhas de financiamento específicas<br />

para franquias.<br />

A comercialização dos espaços será feita<br />

pela Gerccom – Desenvolvimento de Centros<br />

Comerciais.<br />

Italo Cardinalli (Imobiliária Cardinalli), Paulo<br />

Altomani (Prefeito de São Carlos) e Roberto<br />

Senna (RS Partners)<br />

Rodrigo Senna, diretor da RS Partners<br />

23


24


25


DOCUMENTO<br />

O homem que trouxe o Corpo de<br />

Bombeiros para a nossa cidade<br />

Em 1965, a Prefeitura Municipal<br />

cobrava uma Taxa de Extinção<br />

de Incêndio e Salvamento sem<br />

contudo ter uma unidade do<br />

Corpo de Bombeiros. Ao<br />

assumir a Prefeitura, Rômulo<br />

Lupo decidiu reparar a situação,<br />

aproveitando a reestruturação<br />

da corporação em São Paulo<br />

e o empenho de um militar<br />

chamado Adalberto Lucatelli.<br />

Reportagem: Jean Cazellotto<br />

Conhecido antigamente como destacamento<br />

do Corpo de Bombeiros, pequena parte<br />

do CB centralizado na Capital, surgiu em<br />

Araraquara em 1951, porém foi às ruínas, por<br />

falta de equipe. Durante 15 anos a própria prefeitura<br />

buscou solucionar as situações menos<br />

perigosas, daí a cobrança de uma taxa que<br />

envolvia extinção de incêndio e salvamento,<br />

sem contudo ter qualificação técnica para dar<br />

cobertura a uma cidade de pouco mais de 48<br />

mil habitantes. Lupo procurou tornar justa a<br />

cobrança. Na época, o Corpo de Bombeiros em<br />

Lucatelli (esquerda) em apuração da eleição<br />

de 1960, quando Jânio Quadros foi eleito<br />

Presidente do Brasil. As urnas eram levadas<br />

para pavilhões do Parque Ibirapuera, na<br />

Capital e protegidas pela antiga Força Pública<br />

do Estado de São Paulo. Os oficiais ficavam<br />

acampados por 20 dias, até a apuração de<br />

todos os votos, que eram feitos por cédulas<br />

na época, ser concluída. Os dois vestem<br />

roupas oficiais de passeio.<br />

26<br />

Adalberto em 1957, ainda soldado da Força<br />

Pública. Em 1960, ele entrou para a escola de<br />

sargentos, onde permaneceu por um ano.<br />

São Paulo buscava descentralizar suas ações.<br />

Em meio a este processo surge o nome<br />

de Adalberto Lucatelli, formado na Força Pública<br />

(antiga Polícia Militar), em 1957. No ano<br />

seguinte, Lucatelli entrou para o Corpo de<br />

Bombeiros em São Paulo. Lá permaneceu durante<br />

muitos anos, até que em 1966, em uma<br />

ação da extinta Força Pública, as corporações<br />

dos Bombeiros foram divididas, ficando três<br />

companhias em São Paulo, formando o CCB<br />

(Comando Central dos Bombeiros), uma Companhia<br />

independente em Santos, comandando<br />

todo o litoral paulista e a de Campinas, que<br />

liderava todos os Destacamentos do interior.<br />

Ainda em 66, pela falta de uma equipe<br />

do bombeiro em Araraquara, o Comandante<br />

Geral em Campinas enviou Adalberto Lucatelli<br />

para a cidade. “O prefeito da época, Rômulo<br />

Lupo, quis reconstruir a corporação por aqui,<br />

por conta de uma taxa de extinção de incêndio<br />

e salvamento que era cobrado da população.<br />

Ele me disse que queria um Corpo de Bombeiros<br />

que funcionasse de fato, já que era cobrada<br />

a referida taxa”, explica Lucatelli.<br />

Antes disso, tinha um CB em Araraquara,<br />

mas apenas no papel. “Havia um carro que<br />

era usado pelo CB aqui, mas como não tinha<br />

mecânica especializada, por ser importado, e<br />

muito menos equipe para usar, ele estava em<br />

cima de dois cavaletes, em estado deplorável.<br />

No fim, tivemos que descartá-lo”, revela.<br />

As dificuldades eram muitas para se instalar<br />

(novamente, mas do zero) uma unidade do<br />

CB. “No início, a corporação ficava no Centralizado<br />

da prefeitura, na Rua Nove de Julho, em<br />

meio aos caminhões de lixo e também aos carros<br />

oficiais do município. Precisávamos de um<br />

local adequado, que comportasse o material<br />

que tínhamos e por ser tudo importado, o cuidado<br />

devia ser redobrado. A mangueira usada<br />

tinha 15 metros e só podia secar na sombra,<br />

senão rachava. Além disso, éramos uma unidade<br />

24 horas por dia, precisávamos de um<br />

espaço independente”, conta Lucatelli.<br />

De acordo com ele, depois de algum tempo<br />

e conversas com o prefeito Rômulo, mudaram-se<br />

para um espaço improvisado na Rua<br />

São Bento. “Conseguimos alugar uma casa<br />

na Rua São Bento, próximo à Avenida 36, mas<br />

era improvisado, principalmente por conta dos<br />

materiais”.<br />

Lucatelli explica como é ser parte da equipe.<br />

“Trabalhávamos em turnos de 24 horas e<br />

era necessário algo que distraísse a cabeça<br />

dos soldados, cabos, etc. Atividades físicas, televisores,<br />

não deixar a pessoa parada, senão<br />

qualquer um enlouqueceria. A prefeitura na<br />

época nos forneceu tudo. Alguns anos depois,<br />

o ex-prefeito Lupo construiu o CB onde é atualmente,<br />

na Francisco Aranha do Amaral”.<br />

Carlos Alberto<br />

HISTÓRIAS<br />

Adalberto contou várias histórias durante a<br />

visita da RCI em sua casa. Dentre tantas, uma<br />

delas com certeza chamou atenção. “Certo dia<br />

em São Paulo, fomos chamados para combater<br />

um incêndio pavoroso – nome dado por<br />

conta do tamanho ou destruição das chamas –<br />

em uma fábrica de produtos químicos. Depois<br />

de apagar as chamas, entramos no barracão<br />

e, por ser durante a noite, pisávamos no chão<br />

de terra batido, onde havia empoçado muita<br />

água. Quando voltamos para a companhia, só<br />

tinha sobrado o elástico da meia. Algum produto<br />

químico corroeu todo o tecido. A sorte é que<br />

não fez nada no pé”, conta aos risos.<br />

A MORTE DE<br />

CARLOS ALBERTO<br />

Há 43 anos, outubro<br />

de 1971, a Ferroviária<br />

era tri-campeã do<br />

interior (Campeonato<br />

Paulista). Na ocasião,


os jogadores foram comemorar a conquista<br />

em um pesqueiro às margens do Rio Mogi, em<br />

Araraquara. Um fato marcou muito, lembra Lucatelli.<br />

Em um incidente até hoje não explicado,<br />

o goleiro Carlos Alberto Alimari cai na água<br />

e, por não saber nadar, morre afogado. “Chegamos<br />

ao local e já havia muitas pessoas. O time<br />

e o goleiro eram muito conhecidos. Passamos<br />

o resto do domingo, a segunda e a terça-feira<br />

procurando pelo corpo. Na madrugada de<br />

quarta, o sol nem tinha nascido ainda, três cabos<br />

e eu saímos de barco dando sequência à<br />

procura do corpo. Na quinta curva (na época,<br />

o Corpo de Bombeiros media o rio em curvas,<br />

o que daria aproximadamente 4 quilômetros<br />

do pesqueiro), encontramos Carlos Alberto<br />

enroscado pelas axilas em um galho. Amarramos<br />

ele pela cintura e levamos até onde estávamos<br />

acampados. Foi um fato que chamou a<br />

atenção de toda a imprensa nacional”, recorda<br />

Lucatelli.<br />

Adalberto Lucatelli, junto da equipe formada<br />

por Sidnei de Oliveira Sena, Juraci Borges<br />

de Carvalho, Vanderlei dos Santos Silva e Julio<br />

do Carmo Ramos, dentre tantos outros soldados,<br />

cabos, sargentos e comandantes que<br />

passaram pelo Corpo de Bombeiros de profissão<br />

tão prestigiada pelo povo araraquarense,<br />

são homenageados por toda a equipe da Revista<br />

Comércio & Indústria.<br />

Lucatelli em treinamento na capital com a<br />

escada Magirus<br />

À esquerda, Lucatelli e um amigo que se<br />

formara com ele, durante trabalho efetivo<br />

no Parque do Ibirapuera.<br />

Em Araraquara com o time de Futsal do<br />

Corpo de Bombeiros: Sidnei de Oliveira Sena,<br />

Adalberto Lucatelli, Juraci Borges de Carvalho,<br />

Vanderlei dos Santos Silva e Júlio do Carmo<br />

Ramos<br />

Lucatelli com a esposa Olinda<br />

e a filha Vera em sua casa<br />

27


Assunto debatido em reunião da<br />

diretoria ganhou força e a ACIA<br />

defendeu em setembro, o voto<br />

do eleitor de Araraquara nos<br />

candidatos a deputado federal<br />

e estadual que mantêm raízes<br />

com a comunidade.<br />

A reunião realizada na segunda quinzena<br />

de setembro levou a Associação Comercial e<br />

Industrial de Araraquara a tomar uma decisão:<br />

conscientizar os eleitores a votar nos políticos<br />

que se dispuseram em se candidatar a depu-<br />

Durante a reunião que manteve com<br />

a diretoria da ACIA, Renato Haddad<br />

destacou a importância da eleição de<br />

deputados locais para a economia da<br />

cidade<br />

ELEIÇÕES <strong>2014</strong><br />

ACIA cumpriu seu papel<br />

por cadidatos da cidade<br />

tado federal e estadual pela nossa cidade.<br />

A reunião também atendeu um pedido<br />

do vice-prefeito Coca Ferraz, com o objetivo<br />

de fortalecer a preferência dos eleitores por<br />

candidatos daqui. “A representatividade política<br />

de um município em São Paulo e Brasília<br />

é muito importante. Para a cidade, politicamente,<br />

dá projeção; e ao prefeito contribui de<br />

forma decisiva na reivindicação de benefícios<br />

que visam atender a população. É a união de<br />

forças para conquistas nos mais diversos setores”,<br />

enfatizou Coca Ferraz.<br />

Segundo ele, o poder público municipal,<br />

independente de cores partidárias, precisa<br />

de apoio político na Assembleia Legislativa e<br />

Câmara Federal para aprovar suas reivindicações<br />

junto aos governos Estadual e Federal.<br />

“Não há como negar essa necessidade, e a<br />

perda dessa força, trará reflexos negativos ao<br />

município”, dizia.<br />

Renato Haddad, presidente da ACIA e vereador<br />

recentemente empossado na Câmara<br />

Municipal, foi taxativo posteriormente na reunião<br />

com os diretores da associação: “Temos<br />

162 mil eleitores e podemos eleger vários deputados.<br />

Não temos preferência por nomes,<br />

mas vamos defender o voto em candidatos<br />

da cidade. É muito importante para o município,<br />

para os empresários e para os cidadãos<br />

que Araraquara tenha representação política”,<br />

destaca.<br />

Houve época em que o quadro político de<br />

Araraquara era formado por até cinco deputados:<br />

Pedro Marão, Leonardo Barbieri, Adalberto<br />

Camargo, Scalamandré Sobrinho e Amaral<br />

Gurgel. A visão política sobre Araraquara era<br />

muito forte e colocava o município como um<br />

dos mais respeitados no país.<br />

Após a passagem destes políticos, Araraquara<br />

foi perdendo ao longo do tempo sua<br />

força, chegando a ficar por muitos anos sem<br />

representantes em São Paulo e Brasília. Só<br />

foi retomar o poder político e o prestígio no<br />

cenário nacional, vinte anos depois ao eleger<br />

Marcelo Barbieri (Deputado Federal) e Dimas<br />

Ramalho (Deputado Estadual). E a saída da<br />

Região Administrativa<br />

(12) na década de<br />

70, foi causada pela<br />

ausência da força<br />

política.<br />

Coca Ferraz diz que<br />

a ACIA não apenas<br />

defende os anseios das<br />

empresas associadas,<br />

mas participa das<br />

discussões políticas<br />

sociais e econômicas<br />

no município<br />

28


FATOS E FOTOS<br />

PERDEMOS O <strong>ED</strong>MILSON<br />

O ex-vereador Edmilson<br />

de Nola Sá, do Partido dos<br />

Trabalhadores, foi sepultado<br />

no dia 3 de setembro. Sua<br />

morte se deu após complicações<br />

provocadas por um tumor<br />

na coluna. Nascido em<br />

Araraquara em 11 de maio<br />

de 1960, ele foi vereador<br />

entre 2001 e 2004, chefe<br />

de gabinete e coordenador<br />

de Participação Popular durante o governo<br />

do prefeito Edinho Silva. Participou da fundação<br />

do PT em Araraquara, no início da<br />

década de 1980. Em 2002, ano da eleição<br />

de Lula para a presidência da República,<br />

foi indicado pelo partido para disputar uma<br />

cadeira na Assembleia Legislativa de São<br />

Paulo e recebeu 18.662 votos. Da safra de<br />

antigos petistas, Edmilson consta como um<br />

dos mais coerentes dentro da nossa política.<br />

É uma grande perda.<br />

Prefeitura recebeu aval para abertura de<br />

crédito adicional suplementar de R$ 210 mil<br />

para atender despesas com a prorrogação<br />

de contrato com a Unimed para<br />

assistência médica aos servidores<br />

da Secretaria da Saúde e seus<br />

dependentes. O prefeito Marcelo<br />

Barbieri para conquistar essa<br />

medida teve que apelar para os<br />

vereadores.<br />

Frase de Júlio Perroni: “Tivemos uma revisão<br />

inovadora do Plano Diretor, mas é preciso<br />

avançar. Está em processo de elaboração o<br />

Plano Municipal de Saneamento, que inclui o<br />

Plano de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos.<br />

A Lei exige audiências públicas, mas a<br />

participação tem sido muito pequena”.<br />

O vereador Geicy Sabonete tem procurado<br />

insistentemente criar uma identidade<br />

própria dentro da política, sem se amarrar<br />

com esse ou aquele. De quando em vez dá<br />

umas escorregadas não aceitando ordens<br />

dos seus superiores. Isso é bom para quem<br />

deseja crescer na política.<br />

Postura do secretário da<br />

Saúde, Álvaro Guedes, nem<br />

sempre agrada gregos e<br />

troianos. Na briga com a<br />

classe médica, mais dias<br />

menos dias, pode ficar a pé,<br />

comentam os analistas.<br />

Há um porém nesta questão de médicos<br />

que não querem trabalhar ou servir a UPA:<br />

não estão satisfeitos com salário, escala, ou<br />

raio que os partam, peçam a conta e vão para<br />

outro lugar. Menos complicar ainda mais o<br />

atendimento e a saúde dos que precisam.<br />

Frase curta e grossa do empresário José<br />

Natal de Moura: “O trabalhador precisa<br />

receber de acordo com sua produtividade”.<br />

Parabéns, Moura, você matou a pau.<br />

MUDANÇA AINDA QUE TARDIA<br />

29<br />

Álvaro Guedes<br />

Credenciado por um grupo de 30 cidadãos,<br />

o estudante Matheus Henrique de Souza Santos,<br />

membro do Comitê Municipal pelo Plebiscito<br />

Popular para uma Constituinte Exclusiva para a<br />

Reforma Política foi à Câmara para<br />

dizer aos vereadores em alto e bom<br />

tom: “Nosso objetivo é ampliar os<br />

mecanismos de participação do cidadão<br />

e a democracia. Esta é uma<br />

bandeira do movimento que tomou<br />

as ruas do Brasil no ano passado.<br />

No dia 1º de setembro, 50 urnas<br />

para votação da população foram espalhadas<br />

pela cidade, com apoio de sindicatos, entidades<br />

estudantis e movimentos.<br />

Matheus Henrique<br />

Você sabia que em média são protocolados<br />

85 mil documentos na Prefeitura? A esse tipo de<br />

trabalho dá-se o nome de gestão documental,<br />

têrmos que aparecem nos tempos modernos.<br />

Voleibol Feminino de<br />

Araraquara que venceu a 1ª<br />

Copa Estadual Sub-17 ao<br />

vencer São José dos Campos,<br />

por 3 a 1. O torneio reuniu<br />

13 cidades vencedoras das<br />

cidades regionais, em<br />

Ouroeste (SP). Para chegar<br />

à final, Araraquara venceu<br />

Franca (2 a 0), Tietê (2 a 0),<br />

Pongaí (3 a 0) e Indiaporã<br />

(3 a 0). Parabéns meninas.<br />

Toda criança tem o direito<br />

de ser feliz e levar um<br />

belo sorriso no rosto.<br />

Por isso, a UNIODONTO,<br />

que cuida com carinho dos<br />

dentinhos dos pequenos,<br />

deseja um feliz Dia das<br />

Crianças neste 12 de outubro.<br />

ANS - N° 31699-7<br />

PLANOS ODONTOLÓGICOS<br />

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JURÍDICO<br />

Vícios e defeitos do produto e o<br />

Código de Defesa do Consumidor<br />

Dra. Thaís Costa Domingues<br />

Advogada do SINCOMERCIO Araraquara<br />

Com os festejos de fim de ano cada vez<br />

mais próximos, Araraquara e região já se preparam<br />

para receber os consumidores nos meses<br />

de maior movimento no comércio varejista.<br />

É também nesse período, que recebemos<br />

muitos questionamentos de empresários que<br />

desconhecem as situações em que a troca de<br />

produtos é obrigatória.<br />

Cumpre ressaltar inicialmente, que o artigo<br />

18 do Código de Defesa do Consumidor<br />

prevê a responsabilidade dos fornecedores<br />

nos casos de vícios (quando a mercadoria<br />

apresenta algum problema no seu funcionamento,<br />

sem prejudicar a integridade física do<br />

consumidor), que tornem o produto impróprio<br />

ou inadequado ao consumo ou que lhe diminua<br />

o valor. Senão vejamos:<br />

Art. 18. Os fornecedores de produtos<br />

de consumo duráveis ou não duráveis,<br />

respondem solidariamente pelos<br />

vícios de qualidade ou quantidade<br />

que os tornem impróprios ou inadequados<br />

ao consumo a que se destinam<br />

ou lhes diminuam o valor, assim<br />

como por aqueles decorrentes da<br />

disparidade, com as indicações constantes<br />

do recipiente, da embalagem,<br />

rotulagem ou mensagem publicitária,<br />

respeitadas as variações decorrentes<br />

de sua natureza, podendo o consumidor<br />

exigir a substituição das partes<br />

viciadas.<br />

Dessa forma, quando da existência de vício,<br />

caso o lojista não solucione o problema<br />

em trinta dias, o consumidor poderá exigir alternativamente<br />

e à sua escolha, a substituição<br />

do produto por outro da mesma espécie em<br />

perfeitas condições de uso, a restituição imediata<br />

do valor pago monetariamente atualizado<br />

sem prejuízo de eventuais perdas e danos<br />

ou ainda o abatimento proporcional no preço.<br />

No entanto, se o produto com vício for considerado<br />

essencial, que na prática a essencialidade,<br />

muitas vezes, só se verifica no caso<br />

concreto, o consumidor poderá exigir imediatamente<br />

uma das três soluções mencionadas.<br />

Além disso, o Código de Defesa do Consumidor,<br />

em seus artigos 19 e 35, determina<br />

ainda as providências a serem adotadas nos<br />

casos de existência de vício de quantidade do<br />

produto e de recusa pelo comerciante ao cumprimento<br />

da oferta.<br />

No caso de existência de vício de quantidade<br />

de produto, o consumidor poderá exigir<br />

o abatimento proporcional do preço, a complementação<br />

do peso ou medida, a substituição<br />

do produto por outro da mesma espécie,<br />

marca ou modelo, sem os aludidos vícios ou<br />

a restituição imediata da quantia paga, monetariamente<br />

atualizada, sem prejuízo de eventuais<br />

perdas e danos e sempre à livre escolha<br />

do consumidor.<br />

Já no caso de recusa pelo comerciante em<br />

cumprir a oferta, o consumidor poderá exigir<br />

o cumprimento forçado da obrigação, nos termos<br />

da oferta, apresentação ou publicidade,<br />

o fornecimento de outro produto ou prestação<br />

de serviço equivalente ou a rescisão do contrato<br />

com direito à restituição de quantia eventualmente<br />

antecipada, monetariamente atualizada,<br />

bem como as perdas e danos e também à livre<br />

escolha do consumidor.<br />

Todavia, se o produto não apresenta nenhum<br />

vício, a loja não é obrigada a efetuar a<br />

troca, ou seja, se a compra foi realizada no<br />

estabelecimento comercial não há na legislação<br />

brasileira qualquer norma que obrigue o<br />

comerciante a trocar um produto em razão de<br />

arrependimento do comprador.<br />

É importante salientar a diferença entre<br />

vício e defeito do produto. Vício é aquele que<br />

pode tornar impróprio o produto para utilização<br />

ou consumo. Enquanto que o defeito é<br />

um vício grave que compromete a segurança<br />

da mercadoria e causa danos ao consumidor,<br />

como por exemplo, quando ocorre uma explosão<br />

de um eletrodoméstico ao ser manuseado<br />

pelo consumidor. Neste último caso, o fornecedor<br />

pode ser responsabilizado pelos danos<br />

materiais e morais decorrentes do acidente.<br />

Vale lembrar ainda que nos casos de<br />

transporte, manuseio, armazenamento ou<br />

30<br />

utilização do produto feitos de maneira inadequada<br />

pelo consumidor ou ainda no caso de<br />

desgaste natural provocado pelo uso contínuo<br />

da mercadoria, a loja estará isenta de qualquer<br />

responsabilidade.<br />

Com relação às compras efetuadas fora<br />

do estabelecimento comercial, como por<br />

exemplo pela internet, telefone ou através de<br />

catálogos, o CDC prevê o direito de arrependimento<br />

do consumidor, sem necessidade de<br />

justificativa, que terá o prazo de sete dias para<br />

a desistência da compra efetuada, nos termos<br />

do artigo 49:<br />

Art. 49. O consumidor pode desistir<br />

do contrato, no prazo de 7 dias a<br />

contar de sua assinatura ou do ato<br />

de recebimento do produto ou serviço,<br />

sempre que a contratação de<br />

fornecimento de produtos e serviços<br />

ocorrer fora do estabelecimento comercial,<br />

especialmente por telefone<br />

ou a domicílio. Parágrafo único. Se o<br />

consumidor exercitar o direito de arrependimento<br />

previsto neste artigo,<br />

os valores eventualmente pagos, a<br />

qualquer título, durante o prazo de<br />

reflexão, serão devolvidos, de imediato,<br />

monetariamente atualizados.<br />

Muito embora inexista na legislação consumeirista<br />

qualquer obrigatoriedade de efetuar<br />

a troca de produtos que não apresentem<br />

vícios, à exceção das compras efetuadas fora<br />

do estabelecimento comercial, esta é uma<br />

prática de grande parte do comércio varejista,<br />

que acaba por efetuar as trocas para conquistar<br />

e fidelizar o consumidor.<br />

Nesses casos, em que a loja, por mera liberalidade,<br />

se compromete a efetuar a troca<br />

dos produtos mesmo que eles não apresentem<br />

vícios, como nos casos de não contentamento<br />

com o tamanho, cor ou modelo, é importante<br />

frisar que uma vez concedido referido<br />

benefício ao consumidor que efetuou a compra,<br />

a empresa não mais poderá se eximir desta<br />

obrigação. Além disso, as regras quanto à<br />

troca de produtos devem ser iguais para todos<br />

os consumidores. Por fim, vale lembrar que<br />

caso o empresário, para fidelizar seus clientes,<br />

adote uma política de troca de produtos,<br />

esta deverá ser transmitida de maneira clara<br />

ao consumidor, por escrito, contendo todas as<br />

condições para obtenção do benefício, observados<br />

sempre os princípios da transparência<br />

e da boa-fé.


PESQUISA<br />

Geração de emprego de estabelecimentos<br />

menores sustenta desempenho do ano<br />

Dados do CAG<strong>ED</strong> mostram<br />

que em <strong>2014</strong>, de janeiro a<br />

agosto, não fosse o desempenho<br />

dos estabelecimentos com até<br />

quatro funcionários, o saldo na<br />

geração de empregos formais,<br />

somados aos números do<br />

mercado de trabalho de<br />

Araraquara, Rio Claro e São<br />

Carlos, seria negativo.<br />

Como pode ser observado na tabela 1,<br />

logo abaixo, se fôssemos considerar apenas o<br />

saldo das empresas com até quatro funcionários,<br />

o mesmo seria positivo em 2.887 vagas.<br />

São 467 postos de trabalho a mais que o saldo<br />

consolidado, o qual foi negativamente impactado<br />

pelo desempenho na criação de emprego<br />

com carteira assinada dos estabelecimentos<br />

com quadro funcional de 5 a 999 colaboradores.<br />

O comentário é feito pelo economista Jaime<br />

Vasconcellos, do Núcleo de Economia do<br />

SINCOMERCIO Araraquara.<br />

Observa-se, diz ele, que os setores que<br />

mais contribuíram para geração de empregos<br />

dos menores estabelecimentos, são Comércio<br />

e Serviços. No setor comercial, somados os desempenhos<br />

das três cidades, em <strong>2014</strong> o saldo<br />

negativo é de 613 postos de trabalho, porém<br />

as empresas do setor com menos de cinco funcionários,<br />

possuem saldo total de 824. Já as<br />

empresas do setor de Serviços possuem maior<br />

saldo total (+2.775) e quase metade da geração<br />

de vagas com carteira assinada do desempenho<br />

dos menores estabelecimentos.<br />

ARARAQUARA<br />

Em Araraquara, de janeiro a julho de 2012,<br />

o saldo empregatício circunda os 2.400 postos<br />

de trabalho. Destes, 37% (894) são oriundos<br />

de empresas formadas por um quadro funcional<br />

de até quatro trabalhadores.<br />

RIO CLARO<br />

No município de Rio Claro, a geração de emprego<br />

formal das empresas com até quatro funcionários<br />

é mais que o dobro do desempenho<br />

total do município. Enquanto a primeira tipologia<br />

de empresas tem 770 mais admissões que desligamentos,<br />

no total o desempenho é positivo<br />

em 321 vagas. O saldo negativo das empresas<br />

de 100 a 249 trabalhadores (-225) e com mais<br />

de 1000 funcionários (-266) minaram o desempenho<br />

do mercado de trabalho rioclarense.<br />

SÃO CARLOS<br />

Em São Carlos o cenário é ainda mais interessante.<br />

O município, em <strong>2014</strong>, viu seu mercado<br />

de trabalho ser reduzido em 300 vagas.<br />

Considerando apenas as vagas criadas pelos<br />

estabelecimentos compostos por até quatro<br />

funcionários, o saldo está positivo em 1.223.<br />

Isto é, as empresas com cinco funcionários ou<br />

mais, têm em torno de 1.500 desligamentos a<br />

mais que admissões.<br />

Os números apresentados pelo CAG<strong>ED</strong>, afirma<br />

Jaime Vasconcellos, mostram uma realidade<br />

que, mesmo sendo focada em Araraquara,<br />

Rio Claro e São Carlos, confundem-se com o desempenho<br />

da geração de emprego nacional. De<br />

janeiro a agosto de <strong>2014</strong>, no Brasil foram criadas<br />

mais de 600 mil novas vagas com carteira<br />

“No setor comercial, somados os<br />

desempenhos das três cidades, em<br />

<strong>2014</strong> o saldo negativo é de 613<br />

postos de trabalho, porém as<br />

empresas do setor com menos de<br />

cinco funcionários possuem saldo<br />

total de 824”.<br />

Jaime Vasconcellos<br />

assinada. Somente os estabelecimentos com<br />

menos de quatro funcionários possuem saldo<br />

positivo em mais de 757 mil postos.<br />

Para o economista, os números de nossa<br />

região, e também em âmbito nacional, mostram<br />

que os grandes sustentadores da arrefecida,<br />

porém ainda portentosa geração de empregos<br />

formais no país, são as micro e pequenas empresas.<br />

É importante frisar que o bom desempenho<br />

dos micro e pequenos estabelecimentos<br />

tem um teor ainda mais heroico, baseado na<br />

quantidade de problemas que o empresariado<br />

brasileiro em geral enfrenta: Alta carga tributária,<br />

burocracia, insegurança, perdas e concorrência<br />

desleal de mercadorias contrabandeadas.<br />

Normalmente,<br />

são exatamente as<br />

micro e pequenas empresas<br />

que possuem<br />

acesso mais dificultado<br />

às medidas de<br />

estimulo econômico<br />

e desenvolvimento,<br />

e são as primeiras<br />

afetadas quando o<br />

desempenho econômico<br />

nacional tem ritmo<br />

freado ou mesmo<br />

decrescido.<br />

31


HOMENAGEM<br />

Eternamente, o<br />

da Cantina do<br />

Benedito Brandão da<br />

Silva, o Escurinho<br />

A emergente cidade dos anos 60<br />

parecia mergulhada em querer<br />

descobrir as novidades. Tempos<br />

em que os gaúchos começavam<br />

a vir para montar churrascarias;<br />

as raras pizzarias habitavam o<br />

centro; bares e lanchonetes se<br />

diluíam envolvidas pela tradição<br />

brasileira e há quem apostava<br />

na tendência das cantinas. Foi o<br />

que fez o querido “Escurinho”.<br />

Reportagem: Jean Cazellotto<br />

E lá vamos nós, poucos dias antes daquele<br />

Natal de 1967, para a Cantina do Nhô Bento.<br />

O “Escurinho está na porta a nos esperar,<br />

guarda-chuva aberto aparando os pingos que<br />

caíam no começo da noite: “A festa tem hora<br />

pra começar, não tem hora pra acabar”, disse<br />

ele com imenso sorriso que se estendia de<br />

canto a canto da boca. Sorrir era seu jeito trigueiro<br />

(cor do trigo maduro; moreno, escuro),<br />

uma característica em sua vida toda.<br />

Benedito Brandão da Silva, o seu nome,<br />

que ninguém o conhecia assim, mas chamá-lo<br />

de “Escurinho”, era imaginar um ser humano<br />

bondoso, camarada, animado ao ouvir no rádio<br />

as vozes de Antônio Carlos Araújo e Wilson<br />

Luiz, gritando sem parar, os gols da Ferroviária<br />

nas noites de quarta-feira, ecoando pela cantina.<br />

Nascido em Santa Adélia, Escurinho se<br />

mudou com os pais para Araraquara com<br />

apenas três anos, por volta de 1935. Sua vida<br />

hoje pode ser contada em detalhes pelo filho<br />

Marcos Brandão da Silva, ou melhor, o Buíra.<br />

“O apelido foi dado ao meu pai quando trabalhava<br />

no Hotel Português, próximo ao Terminal<br />

Rodoviário (Integração). Quando as pessoas<br />

iam perguntar por ele, o dono do hotel dizia:<br />

“procure por um escurinho no portão de trás”,<br />

e foi assim que meu pai ficou conhecido”, conta<br />

o filho, que atualmente tem um quiosque<br />

de lanches na Praça Santa Cruz.<br />

Logo depois de trabalhar no hotel,<br />

Seo Freitas como era conhecido, ofereceu-<br />

lhe um emprego em seu bar, que<br />

ficava do outro lado da rua do hotel. No<br />

bar, permaneceu por dez anos, fazendo<br />

lanches, principalmente Bauru, e servindo<br />

Neste ponto nos anos 50, funcionava o Hotel<br />

do Português, um dos primeiros empregos do<br />

Escurinho<br />

32<br />

café aos clientes.<br />

Em uma oferta irrecusável, foi chamado para<br />

ser sócio de uma churrascaria na esquina da Avenida<br />

São Paulo com a Rua 1, a Nhô Bento. “Sem<br />

pensar duas vezes, ele aceitou a proposta e ficou<br />

por lá durante alguns anos”, lembra Buíra.<br />

Em meados da década de 1970, Escurinho<br />

viu a queda dos clientes no restaurante<br />

em que servia seus lanches e bebidas. “Então,<br />

começou a ir até o Hotel Uirapuru para<br />

servir o café da manhã nos quartos. Ele era<br />

de confiança do proprietário, o falecido Vicente<br />

Michetti. Apenas meu pai tinha autorização<br />

para entrar nos quartos de pessoas famosas.<br />

Ele serviu o café da manhã da Gretchen, em<br />

seu auge, além do Rei Roberto Carlos, Sérgio<br />

Reis e outros”.<br />

Não durou nem um ano e, em 1976, Escurinho<br />

terminou a sociedade no Nhô Bento<br />

e foi trabalhar na lanchonete do Uirapuru.<br />

Pouco tempo depois, Michetti surpreendeu o<br />

“faz-tudo” do local. “Ele disse ao meu pai: abra<br />

uma empresa em seu nome, porque agora a<br />

lanchonete é sua. Foi a partir daí que a nossa<br />

vida começou a mudar. Conseguimos melhorar<br />

nossa condição financeira por conta do<br />

Vicente. Tudo o que ele colocava a mão, virava<br />

ouro”, relata Buíra.<br />

No local, a família atendia pessoas importantes<br />

que desciam até o térreo do hotel<br />

para desfrutar da lanchonete. Escurinho ficou<br />

à frente da lanchonete até 1989, quando se<br />

aposentou e dedicou essa fase da vida aos filhos<br />

e esposa. Segundo Buíra, “quando ele se<br />

aposentou, passou o negócio para outra pessoa<br />

e decidiu curtir mais a família. Na época,<br />

eu tinha o Frango’s Grill, na Alameda e também<br />

Escurinho com Clotildes<br />

e o neto Ruhan, hoje<br />

com 9 anos


Escurinho<br />

Nhô Bento<br />

Inesquecível<br />

Escurinho em<br />

2005<br />

Buíra e a mãe<br />

Clotildes, seguem<br />

as pegadas do<br />

saudoso Escurinho<br />

o carrinho de lanches em frente a Igreja Santa<br />

Cruz. Com isso, ele foi me ajudando um pouco,<br />

levando as coisas de casa para o carrinho”.<br />

SUCESSO<br />

A Rede Globo de Televisão, em 1992, aproveitou<br />

a oportunidade de Buíra e Escurinho e<br />

gravrou um programa para “Pequenas Empresas,<br />

Grandes Negócios”, explorando a iniciativa<br />

de pai e filho.<br />

“A equipe foi conosco para comprar os<br />

produtos que usávamos na preparação dos<br />

lanches, entrevistou alguns clientes e ficou o<br />

dia todo gravando para mostrar a maneira que<br />

fazíamos nossos lanches”, disse Buíra.<br />

Quando abriu o Extra Hipermercados,<br />

suas vendas cresceram consideravelmente.<br />

“Nossa vida voltou a ser como era na época<br />

do Michetti. Compramos a casa onde vivemos,<br />

uma área de lazer, carro zero km. Agora vivemos<br />

uma vida agradável graças ao esforço do<br />

meu pai com a lanchonete e atualmente com<br />

o quiosque de lanches”.<br />

Com a mãe Clotildes de Oliveira Brandão<br />

da Silva, Buíra, em seu quiosque, faz o que<br />

mais gosta: lanches e servir seus clientes. Tímida,<br />

dona Clotildes diz que vai até o quiosque<br />

para limpar o local, mas o filho a entrega. “Ela<br />

limpa também, mas gosta de fazer lanches e<br />

há pessoas que pedem os lanches dela, que<br />

faz com muito carinho”, diz Buíra. Ao lado, a<br />

mãe confirma. “Gosto de fazer o que faço”.<br />

Benedito, ou melhor, Escurinho, morreu<br />

aos 74 anos, no dia 24 de junho de 2006,<br />

após sofrer um ano e meio com um câncer no<br />

intestino. Ao velho e bom Escurinho, fica a homenagem<br />

da Revista Comércio & Indústria.<br />

O início, trabalhando de garçom<br />

Dona Clotildes atendendo o jogador Eder,<br />

do Palmeiras e Seleção Brasileira, na<br />

Lanchonete do Hotel Uirapuru em 1986<br />

Um sopro no seu último aniversário<br />

33


TECNOLOGIA<br />

Soffner assume ITEC e<br />

anuncia o IV Biz Games<br />

No exato momento em que<br />

nossa cidade está se tornando<br />

em um forte polo de tecnologia<br />

no interior do estado, Manoel<br />

Soffner é empossado presidente<br />

do ITEC com novos projetos<br />

e desafios pela frente.<br />

Manoel Soffner em sua empresa, a Maq Soffner<br />

34<br />

Manoel Soffner, atual presidente, ao lado de<br />

José Natal de Moura que encerrou seu<br />

mandato e Fábio Furlan, vice-presidente<br />

O empresário Manoel, da empresa Maq<br />

Soffner, assumiu em <strong>2014</strong> a presidência do<br />

ITEC - Instituto Tecnológico de Araraquara. O<br />

mandato de Soffner terá a duração de dois<br />

anos, exercendo uma função das mais importantes<br />

na atualidade pela transformação<br />

de Araraquara nos últimos anos em polo de<br />

tecnologia.<br />

Na ocasião, o ex-presidente José Natal de<br />

Moura agradeceu o apoio recebido, destacando<br />

que sem o envolvimento da classe não teria<br />

alcançado seus objetivos: “Sou grato a todos;<br />

tivemos a honra de conduzir o ITEC neste período<br />

em que a cidade dá um salto tecnológico<br />

significativo, possibilitando a expansão do<br />

mercado e permitindo principalmente o acesso<br />

de centenas de profissionais a um segmento<br />

que exige qualificação técnica. O nosso foco<br />

é este, aproximar as empresas de T.I. e trazer<br />

benefícios e inovações tecnológicas para o setor”,<br />

completou.<br />

Já o novo presidente, Manoel Soffner, argumentou<br />

que os caminhos são difíceis, exigem<br />

grande dedicação e união das empresas<br />

e instituições de tecnologia da informação,<br />

acompanhamento permanente em função<br />

da evolução dos produtos e serviços no segmento.<br />

“Estamos atentos para isso, fato que<br />

nos conduz a ampliar o quadro associativo e<br />

e a Comissão de Trabalhos que darão acompanhamento<br />

e suporte aos projetos que pretendemos<br />

implantar nestes próximos anos.”,<br />

concluiu o dirigente.<br />

Moura realizou uma espécie de prestação<br />

de contas da sua administração, recebendo<br />

elogios pela sua gestão: “Nem tudo que planejamos<br />

foi possível realizar, mas entendemos<br />

que o ITEC hoje é uma instituição bastante respeitada,<br />

parceira do nosso polo tecnológico,<br />

capaz de oferecer à cidade, serviços e inovações<br />

tecnológicas.”, disse.<br />

O IV BIZ GAMES EM NOVEMBRO<br />

Previsto para novembro, o Biz Games é<br />

um evento direcionado a estudantes e admiradores<br />

de tecnologia, a investidores, universitários,<br />

cientistas, pesquisadores, psicólogos,<br />

profissionais de saúde, educadores e pessoas<br />

em geral apaixonadas por fabricação de jogos<br />

profissionais.<br />

De acordo com Soffner, o Biz Games quebra<br />

paradigmas ao permitir que, por meio dos<br />

jogos, o jovem possa aprender e expandir toda<br />

a sua criatividade. Representantes de quase<br />

60 cidades dos estados de São Paulo, Paraná,<br />

Rio de Janeiro e Minas Gerais deverão participar<br />

da edição deste, incluindo várias universidades<br />

públicas e privadas. Nos eventos anteriores<br />

obteve uma média expressiva de jovens<br />

e especialistas palestrantes na área.<br />

No Brasil, existem aproximadamente 50<br />

milhões de jogadores e o país movimenta cerca<br />

de R$ 400 milhões por ano no setor, embora<br />

tenha potencial para movimentar até R$<br />

3 bilhões.


SEGURANÇA<br />

Cães especiais para<br />

localizar desaparecidos<br />

Eles ainda são filhotes,<br />

brincalhões e encantadores.<br />

Poderiam integrar qualquer<br />

família, mas um casal de cães,<br />

irmãos da raça bloodhound, é<br />

a novidade nos 50 anos de<br />

vida do Canil da Polícia Militar.<br />

Conhecidos pela habilidade em rastrear<br />

pistas, os bloodhound são os primeiros a serem<br />

treinados em Araraquara na busca de<br />

pessoas desaparecidas ou escondidas. Os<br />

animais se unem a outros 15 cachorros, alguns<br />

de policiamento, faro e de controle de<br />

distúrbio civil.<br />

Em setembro, o Canil da PM local inovou<br />

com o treino de mais uma raça de cães, desta<br />

vez, com o melhor policial canino para a função.<br />

“Estávamos com 15 no adestramento na<br />

busca por drogas e policiamento. Esses cães<br />

que chegaram são top no mundo na busca<br />

por pessoas em mata e cidade”, diz o sargento<br />

Gabriel Veltre, comandante do Grupamento<br />

do Canil da PM, lembrando que já houve adestramento<br />

de cão de busca em mata, mas era<br />

outra raça: o pastor belga malinois.<br />

O casal de bloodhound não usará farda,<br />

mas trabalhará no mínimo 18 meses, antes<br />

de estar apto para o serviço. “Ainda estamos<br />

analisando os animais para ver se eles têm o<br />

temperamento para o serviço e se o atrativo<br />

para incentivá-los será brinquedo ou ração.”<br />

Para a vereadora Juliana Damus, houve<br />

casos recentes em que foi preciso buscar o<br />

apoio de cães especializados na busca por<br />

desaparecidos. Os filhotes foram doados por<br />

uma pessoa de Salto de Pirapora.<br />

Os irmãos em fase de treinamento<br />

Juliana durante visita feita ao Canil<br />

da Polícia Militar que está completando<br />

50 anos de atividades em Araraquara<br />

Os cachorros policiais ficam divididos em<br />

baias e vão sendo soltos aos poucos durante<br />

o dia para quase 40 minutos de adestramento.<br />

Somente nos últimos três meses foram dez<br />

flagrantes realizados pelos cães policiais. O<br />

labrador Madox é um cão militar temido por<br />

muitos traficantes. Especializado em farejar<br />

drogas, já levou muitos criminosos para a cadeia.<br />

“Ele não tem tanta resistência, mas o<br />

poder de intimidação é grande”, explica Veltre.<br />

Outras raças como o Pastor Alemão e o<br />

Pastor Belga Malinois, usados para o policiamento,<br />

além do Rottweiler treinado para o controle<br />

de distúrbio civil fazem parte do serviço.<br />

“O labrador é bom por não assustar durante<br />

as abordagens e cumprimentos de mandado<br />

de busca e apreensão. Ele vai procurar e<br />

poderá até brincar próximo de crianças, mas<br />

sempre farejando o entorpecente, acreditando<br />

ser o seu brinquedo do treino diário.”<br />

A vereadora Juliana Damus visitou o canil<br />

e aproveitou para rever as apresentações que<br />

estavam suspensas há algum tempo. Hoje, o<br />

que se vê ali é só enfeite. “A PM está focada na<br />

produção policial deixando de lado as antigas<br />

exposições com superação de obstáculos”,<br />

destaca o sargento. “Nós sabemos do trabalho<br />

que a polícia faz em relação à segurança<br />

pública e os cães ajudam dando uma força<br />

maior nas buscas. Vemos a forma como eles<br />

cuidam dos animais com amor e carinho.”<br />

35


CR<strong>ED</strong>IBILIDADE<br />

Sinal da TV Cultura Paulista<br />

estreia no dia 6 de outubro<br />

Pesquisa da BBC elegeu a TV Cultura de São Paulo a melhor emissora do Brasil e a segunda do mundo em qualidade.<br />

A TV Cultura Paulista, com sede em Araraquara, é a mais nova afiliada da Rede Cultura de Televisão<br />

Fernando Mori<br />

Diretor executivo da TV Cultura Paulista,<br />

Virgílio Quintão, acredita na combinação<br />

entre a mundialmente consagrada grade<br />

da TV Cultura e o conteúdo regional, de<br />

interesse da população local<br />

Araraquara, São Carlos, Matão e mais<br />

15 cidades da região, que somam Índice<br />

de Potencial de Consumo (IPC) de mais<br />

de 700 mil habitantes, recebem a partir<br />

do dia 6 de outubro o sinal da TV Cultura<br />

Paulista, afiliada da Rede Cultura de Televisão.<br />

Em Araraquara, a emissora estará<br />

disponível pelos canais 31 em UHF e 12<br />

na NET; em São Carlos, pelos canais 11<br />

em VHF e 18 na NET; e em Matão, pelo<br />

canal 47 em UHF.<br />

O diretor executivo da TV Cultura Paulista,<br />

Virgílio Quintão, explica que o sinal<br />

terá como base a grade da TV Cultura de<br />

São Paulo, enriquecida com programas de<br />

foco regional. “Os telespectadores continuam<br />

com a programação habitual, como<br />

o Jornal da Cultura, o Roda Viva, o Cartão<br />

Verde, o Sr. Brasil, com Rolando Boldrin,<br />

o Castelo Rá-Tim-Bum!, só que ela ganha<br />

em conteúdo local”, diz.<br />

Dentre outros programas, a emissora<br />

vai produzir dois jornais diários, o Jornal<br />

da Cultura Paulista 1ª e 2ª edição (de segunda<br />

a sexta, das 7h30 às 8h e das 19h<br />

às 19h30), o Universo Mais, programa de<br />

variedades e entretenimento (de segunda<br />

a sexta, das 14h às 15h), e o Painel Cultura<br />

Paulista, sob o comando do jornalista<br />

José Carlos Magdalena (também de segunda<br />

a sexta, das 18h às 19h). “A ideia é<br />

trazer assuntos nacionais para o âmbito<br />

local”, conta Quintão. “O programa receberá<br />

convidados para comentar e debater<br />

questões da atualidade, sempre com enfoque<br />

regional”.<br />

Sobre a área de apoio cultural, Quintão<br />

assegura que a TV Cultura Paulista representa<br />

uma oportunidade de negócios<br />

para os apoiadores-anunciantes. “Além de<br />

campanhas institucionais, rotineiras no<br />

mercado publicitário, 36 existe a possibilidade<br />

de veiculação de projetos viabilizados<br />

por meio de leis de incentivo fiscal. Historicamente,<br />

a TV Cultura tem uma relação<br />

de proximidade com materiais educativos,<br />

documentários e curtas-metragens.<br />

Empresas que apoiam iniciativas pedagógicas,<br />

culturais e artísticas podem ter sua<br />

marca veiculada, o que é um diferencial<br />

em televisão”, avalia.


AGRO<br />

N E G Ó C I O S<br />

INFORMATIVO<br />

edição outubro <strong>2014</strong><br />

Maria Cristina Meneghin (Babi), pesquisadora e instrutora do SENAR e Mariana Gouvêa Rodrigues,<br />

doutoranda do Programa de Alimentos e Nutrição da Química - UNESP<br />

CONCURSO DA CACHAÇA<br />

As melhores cachaças do<br />

país são aprovadas aqui<br />

Sindicato Rural de Araraquara,<br />

SENAR e Faculdade de Ciências<br />

Farmacêuticas da UNESP se aliam<br />

na preservação e qualificação<br />

da cachaça, o mais popular dos<br />

produtos brasileiros. O hábito de se<br />

tomar a cachaça que se arrasta por<br />

quase 400 anos, não apenas cresce<br />

como também exige cuidados<br />

técnicos, e se torna uma fonte de<br />

economia até mesmo no mercado<br />

internacional. “Daí o crescente<br />

interesse em prepararmos o<br />

empreendedor a produzir<br />

qualidade e dar à cachaça o<br />

conceito de bebida de todas as<br />

O diretor Mário Porto, representando o<br />

Sindicato Rural, entrega os prêmios a Fernando<br />

César e seu pai Cyreneo Antonio Tonolli, da<br />

Cachaça JP, que obteve a primeira colocação<br />

na categoria de Não Envelhecida<br />

classes”, afirma Nicolau de Souza<br />

Freitas, presidente do Sindicato<br />

Rural. A parceria da entidade<br />

com o SENAR e a Faculdade de<br />

Ciências Farmacêuticas, além<br />

da seriedade do projeto, exige<br />

aplicação de novas técnicas ainda<br />

que seja artesanal. Hoje, além de<br />

ser uma bebida plena, repleta de<br />

qualidades de sabor, cor e aroma<br />

que muitos outros destilados não<br />

conseguem alcançar, a cachaça<br />

está sendo vestida por lindas<br />

embalagens. E toda essa história<br />

acontece na cidade.<br />

SEGUE »<br />

<strong>OUTUBRO</strong>/<strong>2014</strong><br />

CURSOS<br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />

PULVERIZADOR COSTAL MANUAL<br />

06/10/<strong>2014</strong> até 08/10/<strong>2014</strong><br />

13/10/<strong>2014</strong> até 15/10/<strong>2014</strong><br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />

COM TURBO PULVERIZADOR<br />

07/10/<strong>2014</strong> até 09/10/<strong>2014</strong><br />

21/10/<strong>2014</strong> até 23/10/<strong>2014</strong><br />

• TURISMO RURAL - ATENDENDO E<br />

ENCANTANDO O CLIENTE (MÓDULO<br />

VIII)<br />

06/10/<strong>2014</strong> até 20/10/<strong>2014</strong><br />

07/10/<strong>2014</strong> até 09/10/<strong>2014</strong><br />

• EQUIDEOCULTURA - PREPARAR O<br />

ANIMAL PARA A LIDA COM O GADO<br />

BOVINO<br />

27/10/<strong>2014</strong> até 31/10/<strong>2014</strong><br />

• BANANA - MANEJO E TRATOS<br />

CULTURAIS<br />

01/10/<strong>2014</strong> até 03/10/<strong>2014</strong><br />

37<br />

• HIDROPONIA<br />

20/10/<strong>2014</strong> até 22/10/<strong>2014</strong><br />

• OLERICULTURA BÁSICA - CULTIVO<br />

EM AMBIENTE PROTEGIDO<br />

13/10/<strong>2014</strong> até 15/10/<strong>2014</strong><br />

• JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO -<br />

MÓDULO VIII<br />

01/10/<strong>2014</strong> até 31/10/<strong>2014</strong><br />

REALIZAÇÕES:<br />

Coordenador SENAR/SP Araraquara: Mário Roberto Porto


CONCURSO DA CACHAÇA<br />

Prêmio para<br />

as melhores<br />

No Dia Nacional da Cachaça,<br />

o Sindicato Rural, SENAR e a<br />

Faculdade de Ciências<br />

Farmacêuticas organizaram o<br />

Encontro da Cadeia Produtiva<br />

da Cachaça, e o Concurso<br />

da Cachaça premiando as<br />

melhores bebidas do país.<br />

Ricardo Coelho, Babi Meneghin, Vitor Rocha dos Santos, Michelle Boesso Rota, Mariana<br />

Gouvêa Rodrigues, Crislaine Peres, Prof. Dr. João Bosco Faria e Raul Natale<br />

Dia 13 de setembro é o Dia Nacional da<br />

Cachaça, e para comemorar a data, no mesmo<br />

dia, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da<br />

Qualidade da Cachaça, da UNESP de Araraquara,<br />

com a participação do Sindicato Rural de Araraquara<br />

e SENAR-SP, realizou o IX Encontro da<br />

Cadeia Produtiva da Cachaça, onde palestras<br />

foram ministradas por especialistas de diversos<br />

setores que envolvem o produto. Na mesma<br />

ocasião, aconteceu o já tradicional Concurso de<br />

Qualidade da Cachaça, em sua décima edição.<br />

Segundo o coordenador do projeto, professor<br />

doutor João Bosco Faria, não são analisados<br />

os parâmetros físico-químicos das bebidas.<br />

“Essa premiação é para eleger qual é a cachaça<br />

mais gostosa, na opinião do público consumidor.<br />

A avaliação é apenas sensorial”.<br />

João Edson Oliveira (Cachaça Ouro 1 Prata),<br />

Reinaldo Isaias da Silva (Cachaça 51) e<br />

Fernando César Tonolli (Cachaça JP)<br />

João Edson Oliveira (Cachaça Ouro 1 Prata),<br />

Mário Finelli (Aroeirinha) e Erick Zurita (Fuzuê)<br />

ENTREGA DE TROFÉUS E CERTIFICADOS<br />

No dia do encontro, cerca de 50 produtores<br />

de cachaça de quatro Estados brasileiros, além<br />

de São Paulo, se reuniram para aprender mais<br />

sobre a produção da bebida, legalização da<br />

produção, exportação e os tributos que incidem<br />

sobre a cachaça.<br />

Para o produtor de cachaça Otávio Bertozzi,<br />

é muito bom esclarecer um assunto que é<br />

tão amplo e poucas pessoas têm acesso às informações.<br />

“Tivemos diversas palestras e uma<br />

delas foi sobre exportação. A pessoa que nos<br />

orientou, deu todos os caminhos para podermos<br />

colocar nosso produto lá fora”, afirma.<br />

Este concurso de cachaça, realizado pelo<br />

departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade<br />

de Ciências Farmacêuticas da UNESP<br />

de Araraquara, é o único que ocorre no Brasil<br />

Erick Zurita (Fuzuê), André Fioravanti (Middas),<br />

Leandro Roberto Mastellini (Middas) e Jorge<br />

Artur Girelli Ribeiro (Mazzaropi)<br />

Jorge Artur Girelli Ribeiro (Mazzaropi), Marcelo<br />

Ciuldin (Bico Doce) e Carlos A. B. Mattos (Sebastiana)<br />

38<br />

com estes critérios e metodologia. Amostras das<br />

bebidas são enviadas pelos produtores e posteriormente<br />

são oferecidas ao público em lugares<br />

estratégicos para a avaliação.<br />

No final do encontro, 12 cachaças foram<br />

premiadas nas categorias “envelhecida”, “descansada”,<br />

“não envelhecida” e também a “melhor<br />

apresentação”, que deu o trofeu para a embalagem<br />

mais bonita nas três categorias.<br />

De acordo com a pesquisadora e instrutora<br />

do SENAR-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

Rural), Maria Cristina Meneghin, duas novas<br />

categorias foram apresentadas em 2013.<br />

“Criamos a ‘descansada’ por haver a necessidade<br />

de enquadrar as que eram “não envelhecidas”,<br />

porém que descansaram em tonéis de<br />

madeira. A nova categoria “melhor apresentação<br />

do produto”, foi uma maneira de beneficiar<br />

os produtores que se preocuparam em ter uma<br />

boa apresentação da sua bebida no mercado”.<br />

Segundo Mariana Gouvêa Rodrigues, doutoranda<br />

do Programa de Alimentos e Nutrição<br />

e também organizadora do evento, o produtor<br />

é beneficiado de diversas formas. “Além do encontro<br />

com as palestras oferecidas, o produtor<br />

tem a oportunidade de oferecer a sua bebida<br />

para que o público em geral deguste e avalie<br />

sua cachaça”.<br />

Mariana conta ainda que o centro de pesquisa<br />

também é beneficiado. “Essa troca entre<br />

produtores e universidade permite conhecer o<br />

perfil sensorial da cachaça de diferentes regiões<br />

do país e também desenvolver pesquisas baseadas<br />

em problemas reais, visando a qualidade da<br />

cachaça”<br />

O coordenador do SENAR-SP e diretor do<br />

Sindicato Rural de Araraquara, Mário Porto, enfatiza<br />

a importância de parcerias como essa. “É<br />

uma parceria de sucesso entre a universidade<br />

e o SENAR. É uma felicidade vermos que um<br />

evento deste porte está na décima edição, além<br />

de ver tantas pessoas de diversos Estados prestigiando<br />

nossa cidade”, finaliza.


A avalição para apontar as cachaças vencedoras é feita com<br />

a participação do consumidor em bares e restaurantes da<br />

cidade. Após a degustação, são dadas notas para as cachaças.<br />

O coordenador do<br />

projeto, João Bosco<br />

Faria, entrega o<br />

prêmio a Jorge Artur<br />

Girelli Ribeiro<br />

(Mazzaropi)<br />

CATEGORIA: CACHAÇA DESCANSADA<br />

Primeiro lugar<br />

Fuzuê Amendoim<br />

Segundo lugar<br />

Aroeirinha<br />

CATEGORIA: CACHAÇA ENVELHECIDA<br />

Terceiro lugar<br />

Ouro Mineiro<br />

Maria Cristina Meneghin,<br />

pesquisadora e instrutora<br />

do SENAR, com Mário<br />

Finelli (Aroeirinha)<br />

Primeiro lugar<br />

Sebastiana<br />

Segundo lugar<br />

Bico Doce<br />

Terceiro lugar<br />

Mazzaropi<br />

CATEGORIA: CACHAÇA NÃO ENVELHECIDA<br />

Michelle Boesso Rota<br />

entrega o prêmio para<br />

Erick Zurita, da Cachaça<br />

Fuzuê<br />

Primeiro lugar<br />

JP<br />

Segundo lugar<br />

51<br />

Terceiro lugar<br />

Ouro 1<br />

MELHOR APRESENTAÇÃO DO PRODUTO<br />

Público participante do evento organizado pela Faculdade de<br />

Ciências Farmacêuticas da UNESP, com apoio do Sindicato Rural<br />

de Araraquara e SENAR-SP<br />

Middas<br />

Categoria Descansada<br />

39<br />

Mazzaropi<br />

Categoria Envelhecida<br />

Fuzuê<br />

Categoria Não Envelhecida


MERCADO ABERTO<br />

Sindicato Rural e Senar incentivam assentados<br />

a entrar na cultura de nova fruta: a banana<br />

Considerada a fruta mais<br />

consumida no mundo, a banana<br />

deve ganhar novos adéptos na<br />

sua produção em breve, graças<br />

aos esforços do Sindicato Rural<br />

e SENAR que iniciam o processo<br />

de capacitação dos produtores.<br />

O desembarque de 48 mudas de banana<br />

no Sindicato Rural de Araraquara em setembro<br />

chegou a assustar, no entanto, elas<br />

tinham endereço certo: Assentamento Monte<br />

Alegre, bem próximo a Bueno de Andrade.<br />

Uma semana após a chegada das mudas<br />

que vieram embaladas e trazidas de Andradas<br />

(MG) por uma transportadora, outra notícia<br />

corria o mundo dos negócios: “Depois da laranja,<br />

a Cutrale quer ser a Rainha das Bananas”.<br />

A empresa sediada em Araraquara demonstrava<br />

quase que simultaneamente com<br />

o fato vivido em nossa cidade, sua ansiedade<br />

em adquirir a companhia norteamericana Chiquita<br />

Brands, uma das líderes da produção de<br />

bananas em todo o mundo, tendo apresentado<br />

inclusive, proposta de US$ 625 milhões,<br />

que não foi aceita pela empresa.<br />

Banana, fruta mais consumida no mundo, é obrigatoriedade nos<br />

supermercados e varejões<br />

Pedro Cesar Barbosa Avelar, de Cristais<br />

Paulista, instrutor dos cursos de Instalação e<br />

Manejo da Cultura da Banana, Manejo e Tratos<br />

Culturais de Café e curso de Olericultura<br />

Manejo e Tratos Culturais em Cana-de-açucar,<br />

orientou os futuros produtores no curso que<br />

começou em 11 e 12 de setembro, com duração<br />

de 16 horas. Já nos dias 24, 25 e 26 de<br />

setembro, foi promovido o curso de Manejo e<br />

Tratos Culturais, dando sequência ao projeto.<br />

uma produção esperada<br />

de 30 toneladas. Para ter<br />

sucesso na empreitada, o<br />

produtor deverá fazer sua<br />

cultura de acordo com as<br />

recomendações técnicas<br />

passadas durante o curso<br />

e acreditar na cultura.<br />

“De acordo com as<br />

características da região,<br />

indiquei como opção de<br />

plantio, a banana Prata<br />

(variedade FHIA 18) e a<br />

banana Nanica (variedade Grand Naime), por<br />

serem atualmente, as mais consumidas. Suas<br />

propriedades nutricionais são excelentes, pois<br />

a banana é rica em potássio, vitaminas do<br />

complexo B, em especial a vitamina B6, magnésio<br />

e fibras.<br />

Com relação à comercialização, os agricultores<br />

envolvidos possuem as opções dos mercados<br />

internos como distribuidores, através<br />

do Governo, para instituições como creches,<br />

presídios, escolas ou mesmo no mercado da<br />

cidade como varejões, feiras e até no CEA-<br />

GESP.<br />

Cada região do estado de São Paulo possui<br />

um Sindicato Rural e ele tem as extensões<br />

de base nos municípios menores; o Sindicato<br />

desenvolve o projeto e solicita dos instrutores<br />

a possibilidade de atender determinado curso<br />

de acordo com o cadastro no SENAR: “Para os<br />

pequenos produtores, a banana está chegando<br />

em boa hora”, completa Mário Porto.<br />

Mário Porto (SENAR e Sindicato Rural) e Pedro César Alvez com os assentados do Monte Alegre<br />

Enquanto isso, resguardadas as proporções,<br />

em Araraquara o foco era outro: 20 pequenos produtores<br />

rurais aprendiam as técnicas para o cultivo<br />

da banana no Assentamento Monte Alegre, trabalho<br />

conjunto do Sindicato Rural e o SENAR.<br />

Transportadora<br />

trouxe as mudas<br />

de Andradas até<br />

o Sindicato Rural<br />

Segundo Pedro Cesar, o local do curso foi<br />

bem apropriado, pois os participantes possuem<br />

lotes de terra no Assentamento, próximo<br />

a Bueno de Andrade, havendo interesse<br />

no seu cultivo. A banana é uma cultura que<br />

requer altas temperaturas e de fácil manejo,<br />

encaixando-se bem para a agricultura familiar<br />

e principalmente, com um alto retorno econômico<br />

por área.<br />

O custo para implantação de 1 hectare<br />

de banana, segundo Mário Porto, coordenador<br />

do SENAR, fica em torno de R$ 5 mil, com<br />

40<br />

O instrutor do SENAR, Pedro Paulo


Em forma de alerta, a conscientização saindo<br />

da escola para a população<br />

A água que chega dos rios até o DAAE e em seguida a distribuição para os consumidores<br />

CONSUMISMO E SUSTENTABILIDADE<br />

Alunos do Liceu deram<br />

show na XV FECOL<br />

Escola coloca em debate um<br />

dos temas mais apreciados dos<br />

últimos anos, voltado para a<br />

sustentabilidade do planeta e as<br />

consequências ocasionadas pelo<br />

desleixo dos povos. O foco dado<br />

fortaleceu a feira que recebeu<br />

visitantes durante dois dias.<br />

Nos dias 2 e 3 de setembro, o Liceu Monteiro<br />

Lobato organizou em suas salas a XV<br />

FECOL - Feira de Ciências, Artes e Cultura do<br />

Liceu. Nestes quinze anos, o empreendimento<br />

educacional mostrou sua importância para o<br />

aprendizando dos alunos e o seu valor para<br />

a comunidade, pois os temas colocados em<br />

discussão visam conscientizar os habitantes<br />

sobre a defesa e a preservação das questões<br />

ambientais.<br />

“Na verdade, a FECOL visa estimular o<br />

trabalho de pesquisa e o espírito criativo dos<br />

jovens”, destacou Eliane Tedeschi de Barros,<br />

diretora Pedagógica da escola. Segundo ela,<br />

o movimento tem a efetiva participação dos<br />

alunos, coordenados por professores, desde a<br />

escolha do tema, pesquisa, estudo e definição<br />

de ações a serem executadas para montagem<br />

e apresentação aos visitantes.<br />

Na verdade, a preocupação com a utilização<br />

dos recursos naturais, enquanto bens<br />

considerados como finitos se deu em fins da<br />

década de 60, início dos anos 70, com a divulgação<br />

de análises dos impactos de restrições<br />

de recursos ambientais ante o crescimento<br />

econômico.<br />

A FECOL deste ano traçou um panorama<br />

da evolução das discussões que vão desde o<br />

processo produtivo, principalmente a partir da<br />

Revolução Industrial, causando danos à natureza<br />

pela poluição e esgotamento de recursos<br />

naturais com o objetivo de atender as exigências<br />

da sociedade consumista.<br />

Essa conscientização feita pelos alunos à<br />

população foi o tema para se evitar a degradação<br />

ambiental: “Hoje são adotados critérios<br />

ambientais como forma de gestão dos recursos<br />

naturais, para amenizar estragos maiores<br />

à natureza”, comentou Eliane.<br />

A preocupação gira em torno não apenas<br />

da exploração dos recursos naturais, mas<br />

também pela poluição que adquiriu caráter<br />

multifatorial. Ou seja, existem diversos fatores<br />

que contribuem para a degradação ambiental<br />

e um grande desafio para a sociedade e para<br />

o poder público para assegurar a reserva de<br />

recursos naturais e a sustentabilidade ambiental<br />

para as presentes e futuras gerações,<br />

completou a diretora.<br />

Vários ambientes foram criados na escola<br />

para os jovens mostrarem seus trabalhos<br />

41


DIA DO COMPOSITOR<br />

Tixa: “Eu sou seresteiro,<br />

poeta e cantor”<br />

“Lua quebrada hoje não clareia o chão, nem tem sol que seca e<br />

mata a raiz da plantação” - trecho de uma das músicas de Sérgio<br />

Eduardo de Carvalho Costa, o Tixa, expressa a qualidade dos seus<br />

versos, hoje parte importante do Portal dos Poetas Brasileiros.<br />

Sérgio Eduardo de Carvalho Costa (Tixa)<br />

Expressar um sentimento em frases ou<br />

poesia é magnifico. Mas, imagina sob um som<br />

de violão, de um coral, de uma banda, junto<br />

com um ritmo que traga harmonia para nosso<br />

corpo e alma? Música é o que alimenta toda<br />

essa paixão, domina o ser, esplandece o nosso<br />

dia, indo para o trabalho de carro, bicicleta<br />

ou a pé, com a sonoridade que vai pra dentro<br />

antes de começar mais uma rotina, apenas<br />

para trazer a paz que está habitada em nós,<br />

mas escondida. A música liberta isso.<br />

E se não fossem os compositores, essa<br />

paixão não estaria perpetuada, ninguém iria<br />

encontrá-la. O Dia do Compositor Brasileiro<br />

é comemorado no dia 7 de outubro. Um dos<br />

mais fluentes e importantes compositores<br />

do nosso país foi o carioca Heitor Villa-Lobos.<br />

Suas obras foram importantes para formar o<br />

conceito sobre o nacionalismo musical e, ao<br />

mesmo tempo, representou a música brasileira<br />

em diversos países.<br />

Araraquara tem também seus compositores<br />

de respeito, que reverenciamos nesta data<br />

tão importante. Um deles é Sérgio Eduardo<br />

de Carvalho Costa, o popular Lagartixa, ou<br />

simplesmente Tixa. Nasceu no ano de 1947,<br />

uma época áurea de nossa música, em meio a<br />

“Copacabana” (João de Barro), “Brasileirinho”<br />

(Waldir Azevendo), “Mulher” (Custódio Mesquita,<br />

interpretada por Silvio Caldas), “Atire a<br />

Primeira Pedra” (Ataulfo Alves) e tantos outros.<br />

O olhar com a música começou aos 17<br />

anos, ao ir aos ensaios do Coral Araraquarense<br />

acompanhado de sua mãe, Lucilla de Carvalho<br />

Costa e de sua tia, Ana Eunice de Carvalho<br />

Guedes. “As irmãs Dorsas (Yolanda, Idalina e<br />

Marisa) do coral, eram amigas da minha mãe<br />

e também cantoras. Eu acompanhava os ensaios<br />

do coral e a partir dali, comecei a desenvolver<br />

um gosto pela música”, relata Tixa.<br />

A família não apoiava as aventuras do até<br />

então garoto, no mundo da música. Mas, graças<br />

a Valfrides Brandão, gerente do extinto Banco<br />

Bandeirantes, que ficava na Av. Dom Pedro II,<br />

a sua vida tomaria outro rumo. “Ele morava em<br />

42<br />

frente da minha casa e foi ele quem me ensinou<br />

os primeiros dedilhados no violão. Segundo<br />

Valfrides, eu tinha facilidade em tocar e compor.<br />

Isso ajudou muito”.<br />

Em 1967, aconteceu o Festival Araraquarense<br />

da Canção no IEBA. Tixa compôs diversas<br />

músicas para concorrer ao prêmio de melhor música.<br />

Entre os concorrentes estavam José Roberto<br />

Telarolli, Paulo Ferrante e Didinho (da Chalu) e<br />

Marinho Callera. Além deles, outros músicos do<br />

interior do estado estiveram presentes no festival<br />

pela tamanha repercussão e grandiosidade.<br />

“Para aquele festival eu compus a canção<br />

“A Tela”. O grupo, formado pela minha família,<br />

que tinha Marisia (tia), Leda Maria Gattás e Mário<br />

Sérgio de Carvalho (primos), além de outros,<br />

cantaram comigo a composição”. Para um primeiro<br />

festival, até que Tixa se saiu bem. Ficou<br />

na segunda colocação, perdendo para a canção<br />

“Viola”, de Marinho Galera. Depois, participou<br />

de outros festivais em Franca, Registro, Campinas<br />

e São Paulo.Teve grande influência também<br />

de autores mais modernos como Chico Buarque,<br />

Tom Jobim, Osvaldo Montenegro, Taiguara,<br />

Luís Vieira, Sidney Muller e Edu Lobo.<br />

“Hoje eu ouço mais o Yamandú Costa,<br />

que, pra mim, atualmente, é um dos grandes<br />

músicos e compositores do país. Ele passa por<br />

estilos polkas, jazz, tango, samba de gafieira e<br />

tantos outros ritmos e o som me agrada muito”.<br />

E, claro, Tixa não deixou de lado os músicos<br />

de Araraquara pelos quais admira e gosta<br />

muito de ouví-los. “A nossa cidade tem Pedro<br />

e Paulo Martelli como excelentes violonistas.<br />

Grupo que eu gosto bastante também é Os Seresteiros<br />

que, pra mim, poderia ser comparado<br />

a um MPB4, por exemplo. Tem muita força<br />

e qualidade sonora”.<br />

Porém, a música sofreu mudanças com<br />

o passar do tempo. Hoje, a essência é praticamente<br />

tirada do passado até por causa da<br />

fase que em se encontra a música brasileira. “A<br />

música de hoje foge um pouco do meu estilo,<br />

não por preconceito, mas por eu admirar o que<br />

é belo. Na década de 60 ou 70, ou até mesmo<br />

80, as músicas nacionais eram mais ricas em<br />

melodia e letra, diziam mais. A música é a que<br />

te toca, envolve. A letra tem que falar alguma<br />

coisa. Um dia isso poderá voltar. Tudo se transforma.<br />

Se o bom virou nisso que está aí, quem<br />

sabe ele ainda pode voltar ao que era”.<br />

Atualmente, Tixa trabalha em composições<br />

voltadas para regiões do país e fará novo<br />

CD, sem grandes investimentos. Além disso,<br />

outros cantores já usaram de sua composição,<br />

entre eles, Dani & Danilo, com a música<br />

“Terra Molhada”, que conta sobre o Pantanal.<br />

Faz suas idas e vindas a Campinas, seu segundo<br />

lar, aonde costuma tocar em bares com os<br />

amigos e se reúne, em Araraquara, na casa<br />

de Rodolfo Sotrati, do Castelinho, onde fazem<br />

uma grande roda de música, além de muita<br />

poesia, apresentações teatrais e sapateados.<br />

Lua Quebrada, última<br />

composição feita por Tixa:<br />

Relampeou, fez vento forte a noite inteira<br />

A chuva fina tá caindo no quintal<br />

Se água molha o pé descalço da mangueira<br />

É quase certo que lá vem o temporal,<br />

Está tão perto tá chegando um temporal<br />

Bico calado, pode ser um temporal<br />

Lua quebrada hoje não pisa no céu<br />

Nem tem brancas borboletas com asas de papel<br />

Lua quebrada hoje não clareia o chão<br />

Nem tem sol que seca e mata<br />

A raiz da plantação<br />

E o vento forte fustigou a passarada<br />

E os galhos secos num balé de vai e vem<br />

Foi tão grande a chuvarada que o caboclo<br />

Decidiu dar duas lágrimas também<br />

E a meninada da Janela de Maria<br />

Viu a noite virar dia numa forma de oração<br />

Chuva pesada que por sua conta e risco<br />

Implorou pra São Francisco trazer água<br />

pro sertão<br />

Pito de palha, fogão de lenha, carro de boi,<br />

levando leite de ordenha<br />

Chuva de vento, com tempestade, molhando<br />

a terra e a poeira da saudade<br />

Café bem forte, pão sobre a mesa, moça bonita<br />

com jeitinho de princesa<br />

Venha comigo bem do meu lado, abraça e beija<br />

o teu caboclo apaixonado<br />

Reportagem: Rafael Zocco


INÉDITO<br />

Pela primeira vez<br />

um vice na ACIA<br />

O juramento<br />

profissional<br />

MERCADO DE TRABALHO<br />

OAB entrega carteiras a novos<br />

advogados de Araraquara<br />

O setor advocatício em nossa<br />

cidade está mais forte com a<br />

inclusão de novos profissionais.<br />

Hoje cerca de 1.500 advogados<br />

atuam na área disputando uma<br />

vaga no crescente mercado.<br />

João Milani Veiga, que tem mandato até<br />

2015, vem realizando uma gestão com total<br />

liberdade de todos os advogados da cidade e<br />

de Américo Brasiliense, que fazem parte da<br />

subseção. “Quero desenvolver um trabalho<br />

para atender a todos os advogados, facilitando<br />

o trabalho de cada um deles, inclusive com<br />

orientações sobre ética”, disse ele quando<br />

empossado em 2013.<br />

Veiga, ao presidir a solenidade de entrega<br />

das carteiras aos novos profissionais em julho<br />

deste ano, destacou a importância da missão<br />

e a necessidade de que a classe esteja cada<br />

vez mais unida para o seu fortalecimento.<br />

Mariana Hebling Arroyo, recebe a carteira<br />

definitiva de advogada das mãos de sua<br />

mãe Meire<br />

Michel Temer<br />

Não consta na história da<br />

Associação Comercial a<br />

visita de um vice-presidente<br />

da República ainda que por<br />

uma ação política.<br />

É verdade que o Michel Temer visitou a<br />

nossa cidade por questões políticas e partidárias,<br />

mas sua importância como homem<br />

público está acima de vaidades ou manifestações<br />

que depreciem sua passagem pela<br />

Associação Comercial. A colocação feita<br />

pelo presidente da ACIA, Renato Haddad,<br />

espelha o orgulho com que a entidade recebeu<br />

Michel Temer no final de setembro,<br />

recepcionado pelo prefeito Marcelo Barbieri<br />

e dezenas de políticos e empresários da cidade.<br />

Pela primeira vez em 80 anos de existência,<br />

a ACIA teve a satisfação de ter em<br />

seu auditório um vice-presidente da República<br />

e uma das personalidades políticas<br />

mais influentes da nossa história. Sobre<br />

esta mesma linha de raciocínio, o vice-presidente<br />

regional da FACESP, Gino Torrezan,<br />

comentou: “Um acontecimento que enobrece<br />

todos os araraquarenses”.<br />

Nayara da Costa recebe a carteira das<br />

mãos de sua mãe, Leonilda<br />

Joisy e sua mãe Laide de Araujo Lopes,<br />

durante a cerimônia na OAB<br />

43<br />

Gino Torrezan (vice presidente regional<br />

da FACESP), Hudson Aparecido Martins<br />

(Associação Comercial de Matão) e Renato<br />

Haddad (ACIA)


SOLIDARI<strong>ED</strong>ADE<br />

O destino do seu Imposto de Renda<br />

vai ajudar as nossas entidades sociais<br />

Dos quase 6 milhões de reais<br />

que empresas e pessoas físicas<br />

de Araraquara desembolsam<br />

ao Leão do Imposto de Renda,<br />

apenas 10% ficam na cidade<br />

para ajudar as entidades sociais.<br />

Em setembro, o auditor Fiscal da<br />

Receita Federal, Osvaldo Magno<br />

Freixo, explicou o que é a<br />

destinação dos recursos e como<br />

deve ser feita.<br />

Os contribuintes que têm imposto a pagar,<br />

em vez de destiná-lo ao governo, podem destinar<br />

o valor a entidades beneficentes e abater<br />

a destinação do imposto de renda devido. Mas<br />

para isso é preciso que a instituição beneficiada<br />

se enquadre nas regras das destinações<br />

com incentivo tributário.<br />

Samuel, presidente do COMCRIAR e sua vice<br />

Jaqueline Pereira, durante reunião do órgão<br />

Segundo Samuel Brasil Bueno, presidente<br />

do COMCRIAR (Conselho Municipal dos Direitos<br />

da Criança e do Adolescente de Araraquara),<br />

que mantém o FUMCAD (Fundo Municipal<br />

da Criança e do Adolescente), órgão que recebe<br />

as destinações para depois repassá-las às<br />

entidades cadastradas, do IR arrecadado em<br />

nossa cidade, o índice pode ser bem maior<br />

que os 10% que aqui permanecem.<br />

Toda orientação para este procedimento<br />

foi dada pelo Auditor Fiscal da Receita Federal<br />

em Araraquara, Osvaldo Magno Freixo, no final<br />

de setembro à Revista Comércio & Indústria<br />

visando conscientizar empresários e pessoas<br />

físicas a aderirem ao movimento, ajudando<br />

assim as entidades sociais que tiverem projetos<br />

aprovados pelo Conselho para colocar em<br />

prática.<br />

Osvaldo Magno Freixo, Auditor Fiscal da Receita<br />

em Araraquara<br />

RCI: O que é destinar os recursos do IR?<br />

Osvaldo Freixo: Significa decidir qual será<br />

o destino de parte do Imposto de Renda (IR)<br />

devido. Não se trata de doação, porque o<br />

imposto será pago de qualquer forma. Se for<br />

pago normalmente, sem destinação feita pelo<br />

contribuinte, o IR irá compor o Orçamento da<br />

União. Se o contribuinte resolver destinar parte<br />

do IR devido, essa parcela vai para a entidade<br />

ou Fundo Municipal dos Direitos da Criança<br />

e do Adolescente (FMDCA) que escolher. Também<br />

é possível fazer a doação de bens, cujos<br />

valores podem, a princípio, ser deduzidos do<br />

IR devido, segundo critérios estabelecidos<br />

pela Receita Federal do Brasil.<br />

RCI: Quem pode fazer a destinação<br />

ao Fundo?<br />

Osvaldo Freixo: Podem destinar parte do<br />

IR devido, as Pessoas Físicas que fazem sua<br />

Declaração Anual de Ajuste do IR utilizando o<br />

modelo completo, e as Pessoas Jurídicas que<br />

apuram o IR com base no Lucro Real. O limite<br />

para a destinação é de 1% do Imposto devido<br />

pelas Pessoas Jurídicas e de 6% para as<br />

Pessoas Físicas. Vale lembrar que o limite de<br />

6% para as Pessoas Físicas é global, ou seja,<br />

inclui outros tipos de destinações legais, como<br />

aquelas para projetos culturais, por exemplo,<br />

entre outros.<br />

RCI: Para quais finalidades são destinados<br />

os recursos do Fundo Municipal dos<br />

Direitos da Criança e do Adolescente?<br />

Osvaldo Freixo: Quem disciplina a aplicação<br />

dos recursos destinados aos FMDCA é o<br />

44<br />

Jorge Lorenzetti,<br />

do Redenção, uma<br />

das entidades<br />

beneficiadas em<br />

Araraquara com<br />

as destinações do<br />

Imposto de Renda<br />

Conselho Nacional dos Direitos da Criança e<br />

do Adolescente (CONANDA), vinculado à Secretaria<br />

de Direitos Humanos da Presidência<br />

da República. Tal disciplinamento é feito por<br />

meio de Resoluções, elaboradas segundo as<br />

diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente<br />

(ECA). A Receita Federal estabelece e<br />

fiscaliza os procedimentos de arrecadação e<br />

destinação dos recursos provenientes do IR,<br />

podendo atuar também, em conjunto com o<br />

Ministério Público, na fiscalização da aplicação<br />

dos recursos.<br />

RCI: Existe um prazo para fazer destinação<br />

ao Fundo?<br />

Osvaldo Freixo: Para quem pretende fazer<br />

a destinação ao longo do ano-calendário<br />

(<strong>2014</strong>), o prazo para efetuar os pagamentos<br />

aos FMDCA é 31/dezembro, sem considerar<br />

eventuais prazos de compensações bancárias,<br />

ou seja, até 31/dez/<strong>2014</strong> os recursos<br />

devem ter saído da conta do contribuinte e<br />

entrado na conta do FMDCA. Os valores transferidos<br />

para os FMDCA poderão, então, ser<br />

abatidos do IR devido pelo contribuinte no<br />

momento de sua Declaração Anual de Ajuste,<br />

a ser feita em março e abril de 2015. Eis o porquê<br />

de se tratar de uma destinação e não de<br />

doação. O contribuinte primeiramente passa<br />

os recursos para o FMDCA e, posteriormente,<br />

deduz tais valores do IR devido, até os limites<br />

já mencionados.<br />

RCI: As destinações podem ser depositadas<br />

no Fundo mensalmente?<br />

Osvaldo Freixo: Se o contribuinte resolver<br />

fazer as destinações no próprio ano-calendário,<br />

sua frequência depende apenas de sua<br />

vontade e capacidade, podendo ser mensalmente,<br />

bimestralmente, trimestralmente, uma<br />

ou duas vezes por ano, etc., ou seja, como o<br />

contribuinte preferir.


EM ARARAQUARA<br />

Jardim vertical passa a<br />

ser uma grande paixão<br />

Para muitos, cultivar um jardim<br />

é mais do que um simples<br />

hobby. Muita gente na verdade,<br />

considera esta atividade uma<br />

grande paixão, que ocupa os<br />

dias com muita alegria. Afinal,<br />

quem não gosta de ver suas<br />

plantinhas favoritas crescerem<br />

no quintal de casa?<br />

Texto: Daniela Mariano França<br />

Jardim & Cia<br />

O jardim vertical, também conhecido<br />

como parede verde, é uma técnica moderna<br />

de paisagismo cada vez mais difundida no<br />

mundo, inclusive no Brasil. É uma tendência<br />

que cresce junto ao ramo da construção civil e<br />

vem ganhando espaço no comércio e também<br />

nas residências.<br />

Esta nova modalidade teve início com o<br />

botânico francês Patrick Blanc, que se especializou<br />

em plantas de florestas tropicais, sendo<br />

o responsável pela inovação e a popularização<br />

do jardim vertical.<br />

Dentre a beleza e a originalidade, os jardins<br />

verticais possuem diversas vantagens, in-<br />

Museu Quai Branly em Paris - uma obra de<br />

Patrick Blanc<br />

clusive relacionada ao meio ambiente. Primeiro,<br />

os jardins verticais ajudam a diminuir os<br />

efeitos da emissão de gás carbônico presente<br />

na atmosfera. Além disso, através do controle<br />

da energia solar, podem ser capazes de diminuir<br />

a temperatura do ambiente, o que, para<br />

lugares internos, a casa por exemplo, é muito<br />

útil, já que acabam por diminuir também a utilização<br />

de aparelhos eletrônicos, contribuindo<br />

para a economia de energia elétrica.<br />

Exitem muitas formas de montar um<br />

jardim vertical. O mais interessante é que<br />

todos esses modos<br />

cabem em vários locais<br />

e servem para todos os<br />

bolsos também. Dos<br />

mais econômicos até<br />

aqueles mais sofisticados,<br />

basta escolher<br />

uma ideia, ver as suas<br />

vantagens e ir logo arrumar<br />

um bom local<br />

para construir o seu.<br />

Em Araraquara, os jardins<br />

com o conceito de<br />

vertical já podem ser<br />

notados em muitos lugares<br />

45


CIDADE<br />

Jaraguá confirma para março o fim<br />

da sua terceira fase de expansão<br />

Uma beleza! Entre a surpresa<br />

e o espanto pela suntuosidade<br />

do espaço, está a ansiedade<br />

pela finalização das obras que<br />

levam o nosso shopping a<br />

figurar no ranking dos maiores<br />

e mais belos do Estado.<br />

Barbieri ficou encantado com<br />

a arquitetura projetada nesta<br />

expansão<br />

Com novo formato, o Shopping Jaraguá entra para a lista dos maiores do interior paulista<br />

No primeiro dia de outubro, com a presença<br />

do prefeito Marcelo Barbieri, o Shopping<br />

Jaraguá realizou café da manhã de apresentação<br />

das obras de expansão que começam<br />

a entrar na reta final, com algumas etapas essenciais<br />

para que o empreendimento passe a<br />

oferecer aos clientes de Araraquara e região, o<br />

que há de mais moderno em varejo, lazer, conveniência<br />

e serviços, quando terá o dobro de<br />

seu tamanho, contando com 70 novas lojas e<br />

uma ampla praça de eventos.<br />

O prefeito destacou a importância da expansão<br />

do Jaraguá, principalmente para a região<br />

noroeste da cidade, onde está localizado<br />

o empreendimento que ganhará mais 12.647<br />

mil m² e irá gerar, após a conclusão, cerca de<br />

1.500 empregos, direta e indiretamente.<br />

“A expansão do Jaraguá<br />

provoca um grande impacto<br />

em Araraquara e na região,<br />

pelo que ele representa no<br />

seu aspecto comercial e<br />

também social”, enfatizou<br />

Marcelo, que estava acompanhado<br />

do vice-prefeito e coordenador de<br />

Mobilidade Urbana, Coca Ferraz.<br />

De acordo com Telmo Mendes, gerente geral<br />

das Organizações Sol Panamby (empresa a<br />

qual pertence o Jaraguá), trata-se do primeiro<br />

shopping do Brasil a dobrar sua expansão no<br />

setor, visando atender a um público consumidor<br />

de um milhão de habitantes.<br />

O Jaraguá terá novas âncoras e outras<br />

importantes lojas como novidade, cinco salas<br />

de cinema, com som e imagens de última<br />

geração, sendo duas delas com sistema 3D,<br />

ampla praça de eventos, de 850m², além de<br />

Novo cinema terá cinco salas<br />

46


Feira de<br />

Festas<br />

Telmo Mendes, gerente geral das Organizações<br />

Sol Panamby<br />

um maior estacionamento de veículos, segundo<br />

Telmo.<br />

OBRAS<br />

Com 60% da obra de seu terceiro projeto<br />

de expansão já concluída, dentre as etapas<br />

finalizadas, pode-se listar: fundação, estrutura<br />

de concreto, fechamento em alvenaria,<br />

cobertura, piso de concreto, infraestrutura de<br />

esgoto e águas pluviais e SPDA (Sistema de<br />

Proteção de Descargas Atmosféricas).<br />

Desde o início de setembro, o cinema<br />

está fechado para reforma. A partir de janeiro<br />

de 2015, dois meses antes do previsto para<br />

o término do terceiro projeto de expansão, o<br />

público terá à disposição um novo cinema<br />

que contará com cinco salas modernas, com<br />

som e imagem de última geração, sendo duas<br />

com sistema 3D. Com a interdição temporária<br />

do espaço de lazer e entretenimento, etapa<br />

prevista e necessária para que se conclua o<br />

Obras caminham rapidamente para o seu final,<br />

marcando uma fase histórica dentro do nosso<br />

comércio<br />

projeto, o shopping se reorganizou, e com a<br />

proposta de minimizar o reflexo das obras no<br />

dia a dia dos clientes, oferece uma extensa<br />

programação cultural na Praça de Eventos,<br />

com apresentações de diferentes expressões<br />

artísticas como música, teatro, dança e eventos<br />

infantis.<br />

Localizado em uma região considerada,<br />

hoje, polo técnico e de inovação, com um milhão<br />

de habitantes e intensos investimentos,<br />

o Shopping entra na nova fase para acompanhar<br />

o próspero crescimento e desenvolvimento<br />

do Centro Paulista.<br />

Com o término das obras, ele terá mais<br />

12.535m² de área bruta locável com mais<br />

três âncoras, entre elas a Riachuelo e a Renner,<br />

três megalojas, 70 lojas satélites, além de<br />

nova praça de eventos e um piso superior que<br />

acomodará o novo cinema e um restaurante.<br />

Restando apenas concluir as cancelas,<br />

gradil e rampa de saída, o novo estacionamento,<br />

com 80% de sua obra já concluída, oferecerá<br />

mais 900 vagas que trarão maior comodidade<br />

e facilidade de acesso.<br />

Talita Held e Simone Soriano<br />

(coordenadora de marketing)<br />

Entre os dias 25 e 28 de setembro,<br />

clientes do Shopping Jaraguá Araraquara<br />

conferiram as melhores opções em empresas<br />

especializadas na realização de<br />

eventos comemorativos para qualquer<br />

ocasião, como casamentos, bodas, aniversários,<br />

baile de debutantes entre outras.<br />

Foi a 1ª edição da Feira de Festas,<br />

mostra organizada pela direção do Jaraguá,<br />

com o objetivo de dar mais visibilidade<br />

a empresas desse ramo de atividades.<br />

Participaram: Studio Adriano Fotos,<br />

Studio Daniel Foto e Vídeo, Estilista Lourice<br />

Martinelli, Praticidade Eventos, Dj<br />

André Eventos, Banda de Lá, Musical<br />

Horizon Eventos e Márcia Conde Photo<br />

and Movie. A feira aconteceu na Praça<br />

de Eventos. O trabalho foi coordenado<br />

por Talita Held, organizadora da Feira de<br />

Festas.<br />

47


PAISAGISMO E JARDINAGEM<br />

Lá foram os araraquarenses, a<br />

maioria atuando em jardinagem<br />

e paisagismo, para Holambra,<br />

próxima de Campinas, para<br />

uma visita à Expoflora, maior<br />

exposição de flores e plantas<br />

ornamentais da América Latina.<br />

Mas, como uma pequena cidade<br />

de 11 mil habitantes consegue<br />

encantar o país, organizando<br />

um evento que é referência<br />

nacional no mês que antecede<br />

à primavera?<br />

Atração do evento é a exposição de arranjos com<br />

novidades que tempos depois chegam ao mercado<br />

Fotos: Humberto de Castro / Família Coelho - Colaboração: Ateliê da Notícia<br />

Araraquara invadiu Holambra para<br />

conhecer tendências da Expoflora<br />

EXPOSIÇÃO DE ARRANJOS<br />

Para lá que a Revista Comércio & Indústria<br />

foi no dia 21 de setembro, logo cedo. Holambra<br />

está localizada a 140 km de SP e a 40km<br />

de Campinas. Ao lado de tantos araraquarenses,<br />

fomos uma pequena parcela destes 300<br />

mil visitantes.<br />

Para dar as boas-vindas à Primavera, a exposição<br />

de arranjos florais, grande vitrine para<br />

os principais produtores de flores do Brasil,<br />

teve como tema Flores, magia e alegria. Numa<br />

viagem mágica e deslumbrante, os cenários<br />

incluem as fantasias do País das Maravilhas<br />

ao fantástico mundo do circo. Já a Mostra de<br />

Paisagismo e Jardinagem criou o tema Jardins<br />

em Festa. Em 28 ambientes, cerca de 35 paisagistas,<br />

arquitetos, decoradores e designer<br />

de interiores mostram como as áreas verdes<br />

podem ser melhor utilizadas para celebrações<br />

que vão de grandes casamentos a um piquenique<br />

a dois.<br />

No grande parque temático de 250 mil m²<br />

os visitantes encontraram, ainda, uma série<br />

de outras atrações. O evento neste ano incluiu<br />

city tour pela antiga colônia holandesa e visita<br />

a um campo de produção de flores, desfile de<br />

carros alegóricos e a espetacular Chuva de Pétalas,<br />

para a qual são utilizadas aproximadamente<br />

18 mil rosas ou 150 quilos de pétalas.<br />

Diz a tradição que quem pega uma pétala ainda<br />

no ar tem os seus desejos realizados.<br />

SHOPPING DE FLORES<br />

A Expoflora não é uma feira, pois o seu<br />

objetivo não é vender, mas sim, fomentar o<br />

comércio de flores e plantas ornamentais em<br />

todo o país. No parque estavam expostas cerca<br />

de 200 espécies e mais de 3000 variedades<br />

cultivadas por aproximadamente 300 produtores.<br />

As duas cooperativas de Holambra,<br />

48<br />

Veiling e Cooperflora, respondem por 50% das<br />

flores e plantas vendidas no Brasil.<br />

Para que os visitantes pudessem levar um<br />

pedacinho da Holambra para casa, a Expoflora<br />

contou com um imenso Shopping de Flores,<br />

City tour pela antiga colônia holandesa


Morador estilizado holandês ao desejar boas vindas aos visitantes<br />

numa área de 3.300m². São prateleiras e bancadas<br />

repletas de flores e plantas em vasos,<br />

além de sementes e bulbos.<br />

ATRAÇÃO TURISTÍCA<br />

A realização da Expoflora não é importante<br />

apenas para a Holambra, estância turística<br />

declarada como a Capital Nacional das Flores.<br />

Os reflexos para a região são extremamente<br />

positivos: esta grande festa após seu fechamento<br />

deverá movimentar entre R$ 20 milhões<br />

e R$ 22 milhões nas cidades localizadas<br />

num raio de 80 km de Holambra. Este ano, o<br />

investimento no evento é calculado em R$ 3,7<br />

milhões e gerados 1.800 empregos diretos e<br />

cerca de 5 mil vagas temporárias.<br />

Os arranjos são maravilhosos<br />

A CIDADE<br />

Flores ou plantas em todos os cantos<br />

Holambra é a junção das palavras Holanda,<br />

América e Brasil. A antiga colônia holandesa,<br />

hoje um município com cerca de 12 mil<br />

habitantes, mantém as tradicionais holandesas<br />

na culinária e nas danças típicas. Cerca<br />

de 300 jovens holambrenses, divididos em 10<br />

grupos, por faixa etária, apresentavam-se às<br />

14h30, nos quatro palcos do recinto. O grupo<br />

de dança de Holambra é o único no mundo a<br />

reunir coreografias de distintas regiões da Holanda,<br />

graças a um intenso trabalho de pesquisa<br />

realizado pelo professor Piet Schoemaker.<br />

Impressionante contudo é como uma cidade<br />

tão pequena consegue organizar uma festa<br />

tão grandiosa, servindo de exemplo para muitos<br />

municípios de grande porte.<br />

A Mostra de Paisagismo<br />

e Jardinagem teve como<br />

tema Jardins em Festa.<br />

Em 28 ambientes, cerca de<br />

35 paisagistas, arquitetos,<br />

decoradores e designer de<br />

interiores mostraram como<br />

os espaços podem ser<br />

melhor utilizados para<br />

celebrações que vão de<br />

grandes casamentos a<br />

um piquenique a dois.<br />

49


Marcinha,<br />

retorno<br />

com festa<br />

ACIDENTE<br />

Renascer<br />

para a vida<br />

Como estão as atletas Marcinha<br />

e Camila, após o susto causado<br />

pelo acidente na curva do<br />

Chibarro, em agosto? Elas<br />

dizem que renasceram.<br />

Era dia 18 de agosto, manhã de segundafeira,<br />

quando Marcinha Fusieger e Camila Leão<br />

voltavam para Araraquara. Elas retomariam os<br />

treinamentos no time de vôlei da Uniara/AFAV.<br />

Porém, um acidente na pista fez com que as<br />

suas vidas quase tomassem outro rumo. O veículo<br />

que Marcinha pilotava perdeu o controle e<br />

invadiu o canteiro central, capotando diversas<br />

vezes até se chocar com um caminhão carregado<br />

de madeira na pista contrária. Marcinha<br />

sofreu um corte profundo e Camila fraturou<br />

costelas e a clavícula. Ambas foram encaminhadas<br />

à Santa Casa de Araraquara.<br />

Quase dois meses após o acidente, a recuperação<br />

das meninas segue além do esperado.<br />

Marcinha, que era o caso mais grave,<br />

já voltou ao time. Já Camila ainda<br />

segue em recuperação na casa dos<br />

pais, em Minas Gerais e deve retornar<br />

em outubro.<br />

Sobre o acidente Marcinha diz<br />

que não se lembra de nada: “Eu estava<br />

dirigindo o carro e só acordei no<br />

hospital com um corte na cabeça. Os<br />

médicos me alertaram que isso é normal<br />

após um acidente de grande impacto.<br />

É uma segurança que o cérebro<br />

controla. Com o tempo alguns flashes<br />

irão aparecer”, relata a jogadora.<br />

Marcinha ficou duas semanas internada<br />

na Santa Casa. Após receber alta, visitou as jogadoras<br />

durante o amistoso contra o Rio Claro,<br />

sua antiga equipe. A jogadora foi recebida pelas<br />

atuais e antigas companheiras com beijos<br />

e abraços.<br />

“Acho que esse acidente serviu para unir<br />

ainda mais a nossa equipe. Eu considero<br />

aquele dia um renascimento pra mim. A Sandra,<br />

técnica da equipe, me mostrou o lado<br />

bom de ter sofrido aquele acidente, não pelas<br />

marcas deixadas, mas pelo que vem acontecendo,<br />

das pessoas estarem mais próximas.<br />

Só tenho agradecer ainda mais pela minha<br />

vida”.<br />

Estado em que ficou o veículo<br />

Foto: Adriana Nagazako / Portal SIMNews<br />

50


GRANDES CLUBES DA NOSSA TERRA<br />

1956 - Pernambuco, Gregório, Cadorin, Rubens, Laerte e Buru; Jair, Carlito, Cornélio, Lilo e Baia<br />

Quando o time jogava, Tamoio<br />

parecia ser uma usina fantasma<br />

Eles eram de braços fortes, pernas<br />

alongadas, uns jovens senhores<br />

a deslizar seus sonhos por ruas e<br />

avenidas dos verdes canaviais.<br />

Cortavam ao vento o que seria um<br />

balançar à frente do adversário nas<br />

tardes de domingo. Uns respiravam<br />

o silêncio que vinha com o cheiro<br />

da cana tombando; outros de mãos<br />

abertas na espera da bola<br />

disparada no avanço do inimigo.<br />

Diziam ser jogadores de futebol<br />

cuja feição na imensidão dos<br />

campos, os tornava mais donos de<br />

sí, assustando os que pela frente<br />

vinham. Cada um criava seu jeito<br />

de ser na hora da apresentação:<br />

arqueiro, beque de espera, médio<br />

volante, influenciados pela rima que<br />

o rádio esportivo criara nos tempos<br />

40 nas vozes de Edson Leite, Pedro<br />

Luiz, Juarez Soares e Mário Moraes.<br />

Trabalho e futebol eram a<br />

condução para o amor em fuga<br />

nas quermesses e missas da<br />

santificada usina, capaz de tornar<br />

tantos João e Maria, em marido e<br />

mulher. E tamanha era a festa em<br />

casos assim, que os Morganti se<br />

transportavam a um mundo<br />

distante, para que a alegria não se<br />

prendesse a quatro paredes da<br />

pequena casa da colônia.<br />

51<br />

O quadro não era senão a<br />

realidade ponteada pela fumaça<br />

das chaminés, a cana levada no<br />

dorso do trem, a bola correndo nos<br />

fins de semana, a mulher<br />

aguardando o filho que vem.<br />

A vida era uma poesia a cada gol<br />

do Tamoio, simbolizado pelo índio<br />

imponente que cansamos de ver<br />

e que hoje, nos leva a lembrar da<br />

usina que se tornava uma fantasia<br />

quando o time saia para jogar.<br />

SEGUE »<br />

Texto de Abertura: Ivan Roberto Peroni<br />

Fotos: Museu do Futebol, Tetê Viviane,<br />

Sérgio R. Pelegrini e arquivo pessoal


A HISTÓRIA<br />

A cidade grande<br />

dentro da usina<br />

A Usina Tamoio contribuiu na<br />

vida de muitas pessoas, não<br />

apenas com o futebol em suas<br />

terras, mas com Araraquara e<br />

região. De grande propriedade<br />

agroindustrial pertencente à<br />

família Morganti, na época,<br />

parte integrante da Refinadora<br />

Paulista S.A, surgia, em 1930,<br />

um time de futebol que<br />

proporcionaria aos empregados<br />

e funcionários daquela empresa,<br />

a prática esportiva.<br />

Reportagem: Rafael Zocco<br />

Colaboração: O Futebol na Terra do Sol<br />

(Vicente Baroffaldi) e Alessandro Bocchi<br />

1965 - Laerte, Daia, Menon, Ditinho Galvão, Galvão, Dito Cabeludo e Cita; Roberto, Jauna,<br />

Tutinha, Nelsinho e Amaral<br />

Apoiados pela direção<br />

da indústria, os idealizadores<br />

do movimento para<br />

fundação de um clube na<br />

usina estruturaram a base<br />

em que se assentaria a<br />

entidade desportiva, também<br />

com seu lado social,<br />

para proporcionar entretenimento<br />

aos associados. O<br />

futebol, levaria no uniforme<br />

o nome da empresa, que<br />

representavam e cabiam<br />

honrar. Surgiu assim o Usina<br />

Tamoio Futebol Clube, se<br />

transformando em um dos<br />

mais importantes e respeitados<br />

clubes de futebol amador do Estado.<br />

A usina, em si, oferecia uma estrutura<br />

totalmente surreal. Uma cidade dentro de<br />

uma indústria. Trabalhadores ficavam com<br />

suas famílias acomodados em casas construídas<br />

nas fazendas próximas à sede principal,<br />

contendo armazéns, restaurantes e até<br />

cinemas, sendo um deles dentro da igreja.<br />

Apesar de ser uma forma de lazer em que<br />

os funcionários e pessoas ligadas à usina<br />

usufruíam, o comprometimento era quase a<br />

mesma coisa com o trabalho. Os funcionários<br />

eram convidados ou se voluntariavam<br />

em representar<br />

o time da Tamoio, passando<br />

por uma espécie de peneira.<br />

Isso em todas as suas<br />

seções que faziam parte do<br />

complexo. Ao ingressar na<br />

equipe, os trabalhadores<br />

podiam sair mais cedo do<br />

serviço para treinamentos<br />

as quartas e sextas-feiras,<br />

depois das 16h. Quem não<br />

comparecesse no treinamento,<br />

era suspenso do time.<br />

Em 1946, o clube ficou<br />

filiado à Federação Paulista<br />

de Futebol e à Liga Araraquarense<br />

de Futebol, podendo<br />

disputar os principais campeonatos do futebol<br />

amador do estado de São Paulo. Tendo em<br />

mãos este direito, sagrou-se campeão Amador<br />

da cidade (1954), além de ter conquistado o<br />

Setor 4 do Campeonato do Interior do Estado.<br />

Igreja de Tamoio<br />

Poucos eram os clubes profissionais na<br />

década de 50 que possuiam um estádio de<br />

futebol com a beleza e o conforto do<br />

“Comendador Freitas”, o campo da Tamoio<br />

A diretoria de 1955 era constituída por<br />

Romeu Graziano (Presidente), Alcindo Machado<br />

Guimarães (1º vice-presidente), José Veltri<br />

(2º vice-presidente), Camilo Tôrres (Secretário<br />

Geral), Vitorino Natalin Kraspski (1º Secretário),<br />

Mário Della Valle (2º Secretário), Moacir<br />

Baccarin (1º Tesoureiro) Mário Marcatto (2º<br />

Tesoureiro), Miguel Veltri (Diretor de Esportes),<br />

Antônio Codrin (2º Diretor de Esportes), Aylton<br />

Guimarães Fernandes, Otto Ernani Muller e<br />

Wladimir Orloff (Conselho Fiscal), José Lusne,<br />

Luiz Simionato e Kurt Dudalski (Conselheiros)<br />

1971: Menon, Edi,<br />

Charuto, Fubeca,<br />

Sapeca e Bídia; Miro<br />

Carioca, Elias, Totó,<br />

Manezinho e Zé Câmara<br />

Nos fins de semana os<br />

sócios (funcionários da<br />

Usina), tinham as<br />

brincadeiras dançantes.<br />

Animação dos Bruxos de<br />

Araraquara em 1967.<br />

52


Foi neste estádio<br />

na Tamoio que a<br />

Ferroviária jogou<br />

contra o Santos em<br />

abril de1970, em<br />

comemoração ao<br />

primeiro aniversário<br />

da Usina, que tinha<br />

saído das mãos dos<br />

Morganti, sendo<br />

comprada por Silva<br />

Gordo, se tornando<br />

assim a Refinadora<br />

Paulista<br />

PATRIMÔNIO<br />

A suntuosidade do estádio<br />

Uma das grandes pérolas que<br />

a Usina investiu foi no Estádio<br />

Comendador Freitas, que viria<br />

ser a casa do Tamoio.<br />

Inaugurado em 51, mesmo<br />

ano da Fonte Luminosa, foi<br />

ponto de encontro de clubes<br />

que desembarcavam em<br />

Araraquara para enfrentar<br />

a Ferroviária.<br />

Com uma obra arquitetônica impecável<br />

e que chamava a atenção, o Estádio Comendador<br />

Freitas possuía até uma espécie de camarote,<br />

o que hoje chama na Arena da Fonte<br />

Luminosa de área vip. No reservado, os donos,<br />

diretores e autoridades assistiam aos jogos.<br />

Um fato curioso chamou atenção dos<br />

torcedores da época, mas que aos poucos a<br />

veracidade foi se confirmando com o passar<br />

do tempo. A partida entre Ferroviária e Santos<br />

no “Comendador Freitas” é um fato verídico,<br />

e aconteceu no dia 26 de abril de 1970, um<br />

domingo pela manhã, em comemoração ao<br />

primeiro aniversário da Administração da Refinadora<br />

Paulista S.A.<br />

Nas arquibancadas de cimento (as sociais), estátuas de<br />

Vênus de Milo, a deusa do amor, escultura de 2m de altura<br />

Num segundo momento, embora haja<br />

vários exageros no relato dos bastidores do<br />

jogo que reuniu centenas de torcedores, é que<br />

realmente a AFE venceu por 1 a 0, gol aos 21<br />

minutos do segundo tempo de Amaral, atacante<br />

que substituiu Nelsinho no transcorrer da<br />

partida. Para enfrentar o Santos, a Ferroviária<br />

aproveitou folga no Paulistinha 70, depois de<br />

vencer o clássico Bota-Ferro, por 2 a 0.<br />

Há ‘um pequeno detalhe’, esquecido por<br />

boa parte dos contadores da história do Santos<br />

em Tamoio: é que Pelé, Rei do Futebol não<br />

jogou, bem como os outros craques da equipe<br />

santista, alguns deles futuros campeões mundiais<br />

na Copa do México. Porém, nada apagará<br />

a festividade que foi a vinda do Santos para<br />

encarar a Ferroviária em partida histórica, contudo<br />

para registro oficial e a veracidade dos<br />

fatos, é preciso mencionar que o Santos jogou<br />

com time misto: Agnaldo; Zelão, Paulo, Orlando<br />

e Murias; Alexandre e Nenê; David, Adilson<br />

(Álvaro), Barga (Gilberto) e Fito. Já o técnico<br />

Vail Mota escalou a AFE com: Carlos Alberto;<br />

Baiano, Fernando, Ticão e Fogueira; Muri e<br />

Bazani (Bebeto); Valdir (Peixinho), Zé Luiz (Rui<br />

Júlio), Ismael (Lance) e Nelsinho (Amaral). Na<br />

ocasião não houve cobrança de ingressos e o<br />

árbitro da partida foi Arnaldo Júnior.<br />

Não resta dúvida que o desfile de Pelé e<br />

demais titulares iria fazer com que<br />

o amistoso tivesse mais pompa, independente<br />

do resultado, visto as<br />

vitórias da AFE sobre o Santos, com<br />

ou sem Pelé, em Araraquara, ser fato<br />

normal naqueles anos 60 e 70. Mas<br />

para as futuras gerações é interessante<br />

florearmos o fato, exaltarmos<br />

a promoção e a sacada de um jogo<br />

inesquecível para os araraquarenses,<br />

mas com as informações corretas.<br />

53<br />

Camisa do Tamoio no Museu<br />

do Futebol em Araraquara<br />

Um ano mais tarde, no dia 7 de março de<br />

1971, em partida realizada na Fonte Luminosa,<br />

a Ferroviária estraçalhou o Santos de<br />

Cejas, Clodoaldo, Pelé e Edu, por 4 a 1, com<br />

gols de Lance, Zé Luiz, Bazani e Ney, enquanto<br />

Douglas que entrou no lugar de Pelé, marcou<br />

o gol de honra santista.<br />

Naquele inesquecível duelo, o técnico<br />

grená era Almeida, que escalou Carlos Alberto;<br />

Baiano, Fernando, Ticão e Zé Carlos; Muri<br />

(Ademir) e Ademir (Bazani); Tonho, Zé Luiz (Nicanor),<br />

Lance e Nei.<br />

O Santos contou com Cejas; Orlando, Paulo,<br />

Oberdan e Rildo; Clodoaldo (Lima) e Léo;<br />

Rogério, Ferreti, Pelé (Douglas) e Edu. O juiz foi<br />

José Favili Neto e o público presente na Fonte<br />

foi de 17.434 espectadores.<br />

Orlando (Anchieta), Tutinha e Alcebíades, três<br />

grandes atletas da Usina Tamoio nos anos 60;<br />

ao fundo a posição dos camarotes no estádio,<br />

uma preciosidade para os padrões da época. A<br />

Ferroviária foi ter área vip só com a construção<br />

da arena


GRANDES CLUBES DA NOSSA TERRA<br />

1979. Era o fim da fila. Usina,<br />

a grande campeã da cidade.<br />

Tudo começou em 1941: para<br />

motivar seus colaboradores,<br />

a Usina Tamoio criou o<br />

Campeonato de Corte de Cana<br />

premiando o vencedor ao final<br />

de cada safra. Paralelamente,<br />

o futebol começava a despontar<br />

também como forma de<br />

proporcionar o lazer e o<br />

companheirismo entre todos.<br />

Depois do título de 1954, a equipe do Tamoio<br />

sempre ficou no quase. O clube apresentava<br />

jogadores brilhantes, mas era uma época<br />

em que vários times se sobressaiam e ficava<br />

difícil escolher um campeão de fato no certame.<br />

24 anos depois, este dia para os jogadores<br />

do Tamoio finalmente chegou. Tamoio e<br />

Santana decidiriam o campeonato amador no<br />

Estádio Tenente Siqueira Campos em um jogo<br />

de tirar o fôlego, com muita disputa no certame<br />

imaculado do Estádio Municipal.<br />

Tamoio começou melhor. Logo na primeira<br />

descida, o habilidoso Chumbinho abriu o placar<br />

para o time da usina açucareira, após falha<br />

da zaga santanense. Durante este período,<br />

o Santana sentiu muito a falta de Nardinho,<br />

um dos destaques da equipe no campeonato.<br />

Não tardou e o Tamoio viria ampliar o placar.<br />

Após levantamento na área, ninguém da<br />

defesa santanense pulou para cortar e a bola<br />

sobrou para novo levantamento na área. Os<br />

zagueiros Sidney e Marcos nada fizeram e Gu<br />

CAMPEÃO NO CORTE DA CANA 1944<br />

Dona Janina Morganti com o seu filho Hélio, de óculos, entregando a Taça Dr. Adriano Arcani<br />

ao campeão Virgílio Prevides pelo III Campeonato de Corte de Cana, em outubro de 44<br />

fuzilou para o gol de Edmar. 2x0 para Tamoio<br />

em um Santana despedaçado em campo.<br />

Porém, em um segundo tempo primoroso,<br />

o Santana entrou nos trilhos e foi para cima<br />

do time da usina açucareira. Mostrando muita<br />

acomodação por causa do placar, os santanenses<br />

voltaram renovados para a decisão.<br />

Numa jogada pela linha de fundo de Luiz Roberto,<br />

Zé Magrelo recebeu dentro da pequena<br />

área, virou rapidamente deixando a zaga neutralizada,<br />

deu drible sensacional no goleiro e<br />

tocou cruzado, diminuindo a diferença.<br />

Mesmo com o gol, Tamoio continuou no<br />

mesmo ritmo, enquanto o<br />

Santana continuava a pressão.<br />

E o castigo logo chegou.<br />

Ferrarezi, que havia entrado<br />

no lugar de Fio, cruzou bola<br />

pra área e o arqueiro Menon<br />

saiu de forma estabanada do<br />

gol, tomando um gol inespe-<br />

Futebol campeão: 1979<br />

Cabelo, Rega, Vaguinho,<br />

Vareja, Icão, Menon e<br />

Charuto; Chumbinho, Gu,<br />

Dirceu, Geraldo José e<br />

Turdinho<br />

rado. O empate chegou, mas os times mantinham<br />

a mesma serenidade em campo.<br />

Ao que tudo indicava, o jogo se encaminhava<br />

para a prorrogação. Mas, após cobrança de<br />

escanteio, Gu acertou um ‘sem pulo’ sensacional<br />

na grande área e liquidou a fatura para os<br />

açucareiros de forma heroica e emocionante.<br />

SAUDADES<br />

Na decisão com o Santana, o goleiro Donizete<br />

Simioni ficou no banco, enquanto Wilson<br />

Menon era o titular. O jovem era preparado<br />

para ser utilizado nas temporadas seguintes,<br />

pois aquele seria o último ano de Menon na<br />

equipe. “Na época, tinha 19 anos e pude<br />

acompanhar aquele time em uma grande final<br />

com o Santana. A vantagem que construímos,<br />

o empate do Santana e o ‘sem pulo’ que<br />

o Gu deu dentro da grande área para sagrarmos<br />

campeões com 3x2. Aquilo foi inesquecível”,<br />

relembra Simioni.<br />

O Tamoio sempre teve equipes competitivas.<br />

Em 1980, já como titular, Simioni participou<br />

da campanha que levou o time ao vicecampeonato,<br />

perdendo para o Flamengo. “Em<br />

1980 tínhamos um time fantástico. Acho que<br />

era melhor até mesmo que o time campeão<br />

em 79. Na decisão contra o Flamengo no Mu-<br />

54


Vadéco não pode participar da grande final de 79, porém,<br />

lembra com carinho da participação do time na Copa<br />

Arizona (cigarros) promovida pel’A Gazeta Esportiva<br />

Simioni, goleiro suplente<br />

no time campeão em 79<br />

nicipal, jogamos muito bem, mas tomamos<br />

um gol de muita bobeira. Tentamos reagir,<br />

mas sem sucesso”.<br />

Rivaldo Motta Jr., o Vadéco, foi lateral esquerdo<br />

do Tamoio por muitos anos. Ele estava<br />

no time que conquistou o campeonato em<br />

1979, porém, algo de inusitado aconteceu<br />

naquele ano e não pôde jogar a grande final.<br />

“Jogava pelo Tamoio, porém, no meio do<br />

campeonato, a diretoria encaminhou a minha<br />

transferência para o Palmeirinha. Tudo estava<br />

certo, mas aconteceu algum problema com a<br />

minha documentação e, no meio desse imbróglio<br />

todo, perderam a ficha de inscrição. Não<br />

pude jogar a final do campeonato, pois não estava<br />

mais inscrito pelo time”, lamenta Vadéco.<br />

Porém, Vadéco fala com orgulho sobre ter<br />

participado da Copa Arizona, que reunia equipes<br />

amadoras de todo o Brasil. O torneio era<br />

organizado pelo extinto Cigarros Arizona e pelo<br />

jornal A Gazeta Esportiva. Era uma espécie de<br />

Campeonato Brasileiro de clubes amadores.<br />

“A Copa Arizona foi um dos grandes torneios<br />

que disputei pelo Tamoio na década de<br />

70. Porém, ficamos pelo meio do caminho,<br />

nas oitavas-de-final do campeonato. Tínhamos<br />

um bom time, mas os adversários eram duríssimos.<br />

Perdemos para um time de Barueri nas<br />

penalidades. Era muito disputado”.<br />

Vadéco tinha o futebol como vício. Aos 15<br />

anos, saiu de casa para se aventurar com a<br />

bola, mesmo sendo contrariado pelo pai. Foi<br />

para a casa da avó na cidade de São Carlos e<br />

por lá jogou pelos times juvenis do Madrugada<br />

e Canarinho, os dois melhores da cidade. Na<br />

procura de um sustento, conseguiu um emprego<br />

no Banco Nacional. “Maduro, retornei para<br />

Araraquara. Nasci e cresci na Usina Tamoio,<br />

jogando pelo dente de leite. Meus pais acabaram<br />

aceitando meu destino e não houve mais<br />

discussão sobre isso. E por Tamoio eu continuei;<br />

mas sinto orgulho de ter vivido lá uma<br />

grande parte da minha vida. Foram dias maravilhosos.<br />

Não dá para esquecer”, finaliza.<br />

1980, colocação de faixas no time campeão de 79: Agostinho Rota, Ézio Câmara, Atanagori Viture,<br />

Menon, Rega, Varejo, Vaguinho, Icão e Mário Morales (diretor); agachados - Roni e Fabiano (filhos<br />

de Menon), Dirceu, Airton, Tudinho, Gu e Roni<br />

55


AS HISTÓRIAS<br />

De joelhos para<br />

pagar promessa<br />

Mas, quem é aquele baixinho<br />

debaixo dos três paus? É o<br />

goleiro do Tamoio? Sim, é<br />

Wilson Menon. A altura era<br />

uma desconfiança para o<br />

adversário. Por não ser tão alto,<br />

perto dos seus 1,75m, Menon<br />

tinha grande impulsão, o que<br />

era um grande diferencial<br />

para o goleiro na época.<br />

Wilson Menon,<br />

mergulha no passado<br />

e relembra com a<br />

Revista Comércio &<br />

Indústria, os momentos<br />

vividos como goleiro<br />

do time de futebol<br />

campeão da Tamoio<br />

em 1979 - trinta e<br />

cinco anos depois.<br />

Ele se emocionou.<br />

Elvio Perassoli,<br />

o Charuto, com a<br />

esposa Neusa<br />

“Joguei por 18 anos no Tamoio. Para mim<br />

era uma grande responsabilidade representar<br />

o time e a empresa. Quando tinha os jogos no<br />

Estádio Comendador Freitas, me sentia em<br />

um time grande ao ver a torcida inflamada. Era<br />

muito bom aquilo”, recorda hoje em sua casa<br />

o goleiro Menon.<br />

Das boas lembranças vem um lance inusitado<br />

na final do campeonato de 1979: “Estava<br />

com 35 anos. Era meu último ano no Tamoio.<br />

Queria muito ganhar aquele título e prometi<br />

para mim mesmo: se eu ganhar vou atravessar<br />

o campo de joelhos”. E os 3x2 foram o<br />

suficiente para que a partida ganhasse requintes<br />

de emoção, sofrimento e alegria para que<br />

Menon fizesse o trajeto de uma lateral a outra<br />

de joelhos. “Não me contive. Logo após o apito<br />

final, fui até a lateral, me ajoelhei e segui<br />

em frente. Alguns torcedores haviam invadido<br />

o campo querendo tirar a minha camisa e os<br />

companheiros queriam me abraçar. Falei para<br />

ninguém tocar em mim até que concluísse o<br />

percurso (risos)”.<br />

Outro personagem importante na história<br />

do futebol do Tamoio foi Élvio Perassoli, o popular<br />

Charuto. Da família que nasceu e viveu<br />

na Usina, Charuto seguiu os mesmos passos<br />

e criou a sua nas terras da família Morganti.<br />

Apaixonado por futebol, jogou como volante<br />

por 20 anos, entre as seções e o time principal<br />

da Usina. “Nasci, cresci e criei minha família<br />

lá. Era algo surreal, coisa que não vemos mais<br />

hoje em dia. As colônias, as fazendas, as pessoas,<br />

as amizades. Tudo. O cinema que havia<br />

se instalado na igreja de Tamoio e fora dela.<br />

Hoje só resta a saudade e eu agradeço muito<br />

pelo que Pedro Morganti fez por mim e por todos<br />

da Tamoio”.<br />

Para Charuto, a Usina Tamoio parecia um<br />

distrito. Chegou a ter cerca de 13 mil habitantes<br />

nas colônias que haviam nas seções. Todas<br />

as fazendas aos arredores da Usina foram<br />

compradas por Pedro Morganti. O tratamento<br />

era de puro luxo, tanto que na Santa Casa de<br />

Araraquara havia uma ala especial apenas<br />

para quem trabalhava na Tamoio, já que na<br />

“cidade Tamoio” havia apenas um ambulatório.<br />

Outra peculiaridade que acontecia na<br />

Usina, era um campeonato um tanto quanto<br />

diferente, o qual Charuto recorda. “A esposa<br />

de Pedro Morganti, Janina, e o seu filho, Hélio,<br />

organizavam vários eventos dentro da Tamoio.<br />

Entre eles era o campeonato de corte de cana,<br />

o qual reunia as seções de toda a Usina”.<br />

Em 1955, a Usina Tamoio foi palco de<br />

uma produção cinematográfica. Com direção<br />

de Carlos Coimbra, “Armas da Vingança” com<br />

o galã Hélio Souto e Vera Nunes. O filme narra<br />

a história de um fazendeiro que está prestes<br />

a falir. Para salvar a fazenda, a filha se casa<br />

com o irmão do futuro noivo, causando indignação<br />

na família. Porém, o marido morre de<br />

forma precoce, fazendo com que a moça se<br />

reaproxime da sua antiga paixão. O filme le-<br />

56<br />

vou o Prêmio Saci de melhor filme, fotografia<br />

e composição, além de ter Luigi Picchi como<br />

o melhor ator.<br />

As histórias de Tamoio não param por aí.<br />

O homem e a mulher que ali trabalhavam,<br />

cortando e carregando cana à locomotiva que<br />

cruzava Araraquara/Ibaté todos os dias, sempre<br />

fez com que a alegria no plantio e na hora<br />

da colheita ficasse depositada nas confraternizações<br />

de 1° de maio em seu estádio e por<br />

toda a Usina.<br />

Nos jogos da equipe, a torcida criou uma<br />

marchinha. Pouco tempo depois, a marchinha<br />

foi adotada por todos como o hino oficial da<br />

Usina Tamoio, fato raro para uma equipe amadora.<br />

Confira a letra na íntegra:<br />

“Ê... Tamoio (4x)<br />

Tamoio<br />

Terra bonita<br />

Tão alegre e tão gentil<br />

Terra do trabalho<br />

Onde ao soar do malho<br />

Se constrói um novo e fecundo Brasil<br />

Tamoio<br />

Terra da cana<br />

Do açúcar e da água ardente<br />

Terra da loirinha<br />

E da morena engraçadinha<br />

Que encanta e prende o coração da gente<br />

Venha Tamoio<br />

Venha conhecer<br />

A maior usina<br />

Deste meu Brasil<br />

Na paz luminosa dos campos de casa<br />

Na rubra e ardente fornalha<br />

Contente e feliz<br />

Cantando e feliz<br />

Cantando trabalha<br />

Um povo viril”


COLUNA<br />

ESPORTE É AVENTURA<br />

Carlinhos Tavares<br />

Absolute Fit<br />

16 3114.8664<br />

Movimente seu corpo<br />

e trabalhe sua mente<br />

Nesta edição vou falar de uma coisa que<br />

considero a mais importante no ser humano:<br />

“A Mente”.<br />

Nossa mente é a chave para o sucesso e<br />

a realização em todos os setores de nossas<br />

vidas. Tudo que existe hoje, existiu primeiramente<br />

em nossas mentes, e foi isso que me<br />

levou a escrever sobre “Treinamento Mental”.<br />

Tudo que buscamos ou almejamos, seja<br />

no âmbito do treinamento físico ou na vida<br />

pessoal, depende primordialmente de como<br />

programamos nossa mente para o que queremos.<br />

Treinamento mental é saber trabalhar<br />

com foco, objetivo, motivação, concentração,<br />

é saber lidar com as suas emoções usando<br />

todo o seu potencial para atingir seus objetivos.<br />

As atitudes positivas, vontade e autoconfiança<br />

estão diretamente ligadas com o<br />

sucesso e com o êxito nas atividades físicas,<br />

esporte que você pratica, ou em sua vida.<br />

Sendo assim, o objetivo de treinar sua mente<br />

é fazer com que se eliminem os pensamentos<br />

negativos através da concentração, indispensável<br />

nos esportes, abrindo as portas<br />

para as experiências positivas e o desenvolvimento<br />

da vontade e do autoconhecimento.<br />

Saiba que com a atividade física é possível<br />

mudar a programação mental, dando à<br />

pessoa um novo olhar para a vida, com muito<br />

mais foco e autoconfiança, ampliando assim<br />

o encantamento e entusiasmo pela vida.<br />

Você passa a ter mais energia, vitalidade e<br />

disposição, elevando seus níveis de saúde.<br />

Contará com um outro nível mental, emocional<br />

e espiritual, melhorando as relações afetivas<br />

e interpessoais, o que ajudará você em<br />

todos os setores de sua vida.<br />

É a emoção que faz a vida. E garanto que<br />

praticando atividades físicas você trabalhará<br />

seu emocional, traçando metas com seu personal<br />

trainer, firmando objetivos e transformando<br />

corpo e mente dia após dia.<br />

Essa nova programação mental trará<br />

grandes benefícios ao seu corpo físico, ajudando<br />

você a parar de fumar, ingerir álcool,<br />

iniciar uma dieta alimentar, dormir mais e<br />

com qualidade, melhorando assim todo seu<br />

lado emocional. Ter um bom emocional é ser<br />

capaz de fazer as coisas boas para si mesmo.<br />

Saiba que com a atividade física é possível<br />

mudar a programação mental, dando<br />

à pessoa um novo olhar para a vida,<br />

com muito mais foco e autoconfiança,<br />

ampliando assim o encantamento e<br />

entusiasmo pela vida.<br />

A Absolute Fit é especialista em cuidar<br />

de pessoas, e estamos aqui de portas abertas<br />

para receber seres humanos repletos de<br />

anseios, problemas e em busca de uma vida<br />

melhor, com mais saúde, qualidade de vida e<br />

amor próprio. Lembre-se que a Absolute Fit é<br />

especialista na preparação física de atletas<br />

amadores e profissionais. E consequentemente,<br />

na formação e programação mental<br />

de pessoas. Para saber mais, como dicas de<br />

treino, etc., curta nossa página no Facebook.<br />

Neste canal, você, leitor, poderá interagir,<br />

compartilhar fotos e fazer perguntas.<br />

A Absolute Fit contando<br />

com a participação de<br />

profissionais do mais alto<br />

nível, hoje desenvolve na<br />

cidade importante trabalho.<br />

Acompanhe seus projetos<br />

e programas, pois eles<br />

contribuirão na melhoria<br />

da sua qualidade de vida.<br />

57


SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />

TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />

DAGMAR F<strong>ED</strong>OZZI CATANEU<br />

Uma vida amparada pelo signo<br />

da felicidade e a prática do bem<br />

Logo que se formou em Serviço<br />

Social no Colégio Progresso,<br />

Dagmar tinha um objetivo:<br />

lutaria com todas as suas forças<br />

para proporcionar felicidade<br />

ao próximo. Talvez seu sorriso<br />

sempre festivo tenha sido sua<br />

ferramente de trabalho, pois<br />

sempre foi assim, até mesmo<br />

no mais doloroso momento<br />

que a doença lhe surpreendeu.<br />

Possuidora de nobres qualidades, a vida<br />

de Dagmar Fedozzi Cataneu foi, nos últimos<br />

tempos, uma série de lutas e vitórias. Com<br />

espírito humanitário e seu amor desmedido<br />

às pessoas necessitadas, asseguram-lhe um<br />

lugar de destaque entre as pessoas notáveis,<br />

que empregam o melhor de seus esforços em<br />

prol dos semelhantes.<br />

Ela nasceu em Araraquara, no dia 22 de<br />

março de 1961, amando esta terra de forma<br />

intensa. “Araraquara é minha paixão”, dizia<br />

Dagmar, quando alguém lhe perguntava -<br />

onde você nasceu? Era assim então, o seu<br />

relacionamento com a cidade.<br />

Filha de Maciel Fedozzi e Artemizia Pereira<br />

Fedozzi, teve dois irmãos: Dr. Dikvan Fedozzi,<br />

residente em São Paulo, casado com Maria<br />

Auxiliadora Cataneu Fedozzi e Drª Donizett<br />

Fedozzi.<br />

Dagmar cursou o primário no Grupo Escolar<br />

“João Manuel do Amaral”; o 2º grau fez<br />

no Instituto de Educação “Bento de Abreu”, o<br />

antigo IEBA. Formou-se em Serviço Social pelo<br />

Colégio Progresso de Araraquara; o estágio foi<br />

realizado no então Instituto Araraquarense de<br />

Psiquiatria, na Vila Xavier.<br />

Dagmar conheceu seu eleito durante uma<br />

festa junina, quando foi apresentada a Geraldo<br />

José Cataneu pela cunhada Maria Auxiliadora,<br />

que é prima de Geraldo José. Ele é filho<br />

de Geraldo Cataneu e de Natalina Ginatto<br />

Cataneu. O casamento ocorreu na Igreja de<br />

Santa Cruz, no dia 17 de dezembro de 1982.<br />

Desse matrimônio nasceram dois filhos: Alexandre,<br />

que é formado em Administração de<br />

Empresas e Thamyres, que cursou Engenharia<br />

Mecatrônica, ambos solteiros.<br />

Dagmar, uma vida voltada<br />

para a solidariedade em<br />

Araraquara<br />

Em um momento de descontração familiar,<br />

Dagmar ladeada pelos filhos Thamyres e<br />

Alexandre e o marido Geraldo José Cataneu<br />

Com a família sempre unida<br />

em torno de um ideal - a<br />

felicidade - Dagmar não<br />

deixou que os dias mais<br />

complicados com sua saúde,<br />

ficassem apartados de um<br />

sentimento - a beleza da vida<br />

Como se observa, a alegria<br />

era uma das características<br />

de Dagmar, sempre<br />

procurando transmitir<br />

uma felicidade incontida<br />

58


O QUE É O CRAS E O QUE<br />

ELE REALIZA NO SELMI DEI<br />

O Serviço de Convivência e<br />

Fortalecimento de Vínculos<br />

para Adolescentes e Jovens<br />

de 15 a 17 anos (Projovem<br />

Adolescente), tem por foco<br />

o fortalecimento da<br />

convivência familiar e<br />

comunitária, o retorno dos<br />

adolescentes à escola e sua<br />

permanência no sistema de<br />

ensino. Isso é feito por meio<br />

do desenvolvimento de<br />

atividades que estimulem a<br />

convivência social, a<br />

participação cidadã e<br />

uma formação geral para<br />

o mundo do trabalho. O<br />

CRAS, unidade para a qual<br />

Dagmar cedeu seu nome,<br />

fica no Selmi Dei<br />

Dagmar, após o casamento, dedicou-se<br />

à família e às obras filantrópicas. Durante 15<br />

anos consecutivos, foi voluntária e teve participação<br />

ativa na diretoria da Casa Betânia,<br />

onde ocupou o cargo de vice-presidente. Juntamente<br />

com sua diretoria, dinamizou os serviços<br />

da entidade, tornando-a mais funcional e<br />

receptiva. “Uma parte de nossas vidas temos<br />

que encontrar tempo para aqueles que tanto<br />

precisam da ajuda, de uma palavra amiga”,<br />

justificava.<br />

Sempre alegre e sorridente, acompanhava<br />

o esposo Geraldo José nos eventos da Loja<br />

Maçônica e da Fraternidade.<br />

Dagmar Fedozzi Cataneu lutou arduamente<br />

por quatro anos contra pertinaz doença, sem<br />

nunca reclamar um só dia do porquê de sua enfermidade.<br />

Faleceu aos 46 anos de idade,<br />

no dia 3 de julho de 2007, estando<br />

sepultada no Cemitério São Bento.<br />

Seu nome está na rua através da<br />

Lei Nº 6.680, de 28 de dezembro de<br />

2007, cujo projeto foi de autoria do<br />

vereador José Carlos Porsani e sancionada<br />

pelo prefeito Edinho Silva, que<br />

denomina “Avenida Dagmar Fedozzi<br />

Cataneu,” a via pública da sede do município,<br />

conhecida como Avenida “10”,<br />

do loteamento denominado Jardim<br />

Residencial Quinta dos Oitis, com início<br />

na Rua “H” e término na Rua “C”<br />

do mesmo loteamento.<br />

Momento em que os filhos Thamyres e Alexandre<br />

descerram a placa marcando a inauguração<br />

do CRAS (Centro de Referência de Assistência<br />

Social) - Casa das Famílias “Dagmar Fedozzi<br />

Cataneu”, no Selmi Dei. Uma obra de grande<br />

importância para a nossa comunidade.<br />

59


Com excelente<br />

estrutura, a Bella<br />

Hair está situada<br />

na Av. Mauá, 186,<br />

no centro da cidade<br />

ESTÉTICA E BELEZA<br />

Bella Hair mostra quais são as<br />

tendências do verão em 2015<br />

Tudo parece estar ainda mais<br />

lindo a partir de agora: é tempo<br />

de flores, verão cheio de energia,<br />

prenúncio de um tempo de se<br />

expor para o que existe de mais<br />

belo - a nossa vida. A Bella Hair<br />

contribui com esse período de<br />

transformação.<br />

A estação muda, e com ela surgem novas<br />

tendências, não apenas em matéria de roupas,<br />

acessórios, make, mas os cabelos também<br />

acabam recebendo influências, e não só<br />

o corte, mas a cor também acaba ganhando<br />

atualizações, comenta Isabel Rodrigues Telles,<br />

proprietária da Bella Hair Clínica de Beleza,<br />

Alexçandra, responsável pelo atendimento a<br />

clientes que buscam cuidados para pés, mãos<br />

e massagens que revitalizam o corpo<br />

que há nove anos atende uma grande clientela<br />

na região central da cidade.<br />

Isabel na verdade, antecipa o que será<br />

2015: “Como a moda vem seguindo uma linha<br />

mais natural, as tendências de cores de cabelos<br />

agora são tons mais discretos, marrons e<br />

acobreados mais naturais”.<br />

O tom Canela tostada é uma das tendências de<br />

cores de cabelos que exalta a beleza brasileira,<br />

trazendo o castanho de volta ao cenário.<br />

A Bella Hair Clínica de Beleza apresenta<br />

um grande leque de serviços como cortes<br />

unissex, permanente afro, escova de caviar,<br />

escova definitiva, selante, penteados, hidratação,<br />

manicure e pedicure, unhas de porcelana<br />

e decoradas, limpeza de pele sem dor e sem<br />

marcas, sobrancelhas (hena), bronzeamento<br />

a jato 100% seguro, permanente de cílios,<br />

maquiagem, massagem relaxante, depilação<br />

(depilação artística) e os mais variados e modernos<br />

tipos de mechas.<br />

Segundo Isabel, o atendimento é feito<br />

com hora marcada, o que facilita e dá mais<br />

comodidade para os clientes que encontram<br />

na clínica, os tratamentos feitos com os melhores<br />

produtos, de linhas conceituadas como<br />

L´Oréal, Alfaparf, Mac Paul, Itallian Color, além<br />

de esmaltes das melhores marcas tanto nacionais<br />

como importados.<br />

60<br />

Isabel e o atendimento personalizado<br />

da Bella Hair<br />

Isabel conta com os serviços de Alexçandra<br />

Alves da Silva, principalmente na parte de<br />

unhas e massagens e diz que o importante,<br />

é que na clínica trabalhamos com materiais<br />

totalmente esterilizados em autoclave para<br />

maior segurança para os clientes: “A nossa<br />

prioridade é a satisfação e o cuidado que temos<br />

com cada cliente, pois queremos<br />

que todos saiam da Bella Hair certos<br />

de que o atendimento, os tratamentos<br />

ou outros serviços, utilizando produtos<br />

de qualidade, além de uma esterilização<br />

adequada, foram proporcionados”,<br />

afirma.<br />

Na coloração com bons resultados,<br />

explica, são necessários alguns<br />

cuidados, por como exemplo a cor da<br />

tinta, tipo de cabelo e o mais importante,<br />

a utilização de tinturas de marcas<br />

renomadas. Todo processo da tintura exige<br />

cuidados especiais de um profissional, que<br />

indica a cor da tinta conforme a tonalidade da<br />

sua pele e faz testes para aplicação da tintura,<br />

para ver se não há risco de alergias ou reações<br />

com relação à tinta.<br />

Para conseguir uma cor mais clara do que<br />

a cliente está no momento, é necessário fazer<br />

uma decapagem (que é a remoção da tintura<br />

atual, com pó descolorante e água oxigenada<br />

de alta potência), preparando assim, o cabelo<br />

para receber a nova coloração. A partir daí,<br />

escolhe-se a cor desejada, seguindo um tom<br />

que combine e fique bem no conjunto com o<br />

rosto e principalmente, se identifique com a<br />

personalidade e estilo de cada cliente.<br />

ATENDIMENTO BELLA HAIR<br />

De terça a sábado das 8h às 19h,<br />

sempre com hora marcada<br />

Av. Mauá, 186 (entre as Ruas 0 e 01)<br />

Fone: (16) 3331-5317 / 99741-6797 /<br />

99620-0996


CONCURSO<br />

Enzo Peroni<br />

Enzo, o Baby<br />

Model 2015<br />

Concurso de Beleza organizado<br />

pela Jô Models em setembro,<br />

com apoio da Emy, apontou<br />

vencedores em várias categorias.<br />

Conviver com a passarela desde a tenra<br />

idade e descobrir talentos para uma das mais<br />

promissoras carreiras, são propostas apresentadas<br />

por uma das mais conceituadas<br />

agências de modelos do interior, a Jô Models.<br />

O Concurso de Beleza englobando categorias<br />

de 1 a 10 anos, segundo a empresária Josiane<br />

Seves, a Jô, tem revelado meninas e meninos<br />

que já são contratados para desfiles e<br />

comerciais. O evento de setembro no Clube<br />

Araraquarense apontou novos talentos, um<br />

deles, Enzo Peroni, 9 anos de idade, cursando<br />

o quarto ano do Colégio Progresso. “O Enzo<br />

tem um perfil diferenciado”, comentou Jô logo<br />

após colocar a faixa de Baby Model 2015, categoria<br />

de 7 a 10 anos. Os vencedores a partir<br />

de janeiro, iniciam curso de postura em passarela,<br />

fotos e filmes com Jô Seves.<br />

Lara, maquiada por profissionais da Emy<br />

Perfumaria no evento<br />

Jô e Enzo após entrega da faixa<br />

61


O Rotary Day é um<br />

evento que ocorre em todo<br />

mundo, nos dias 20 e 21 de<br />

setembro. Em <strong>2014</strong>, a opção<br />

dos cinco clubes rotarys da<br />

cidade foi se agregar em um<br />

jantar onde celebridades<br />

servissem 500 convidados,<br />

sendo a renda desta ação<br />

revertida para a APAE.<br />

“Estamos reunidos para uma grande festa<br />

e honrados em participar, pois quer nos<br />

parecer que se trata de um evento inspirado<br />

na solidariedade e no desejo de ajudarmos<br />

ao próximo. Este é o Jantar das Celebridades,<br />

em sua quinta edição. Também poderia ser a<br />

Noite das Celebridades, em função do quadro<br />

a ser pintado – motivado pelas cores que<br />

vêm da alegria, felicidade, fraternidade, amor,<br />

mas principalmente, pelo carinho aos nossos<br />

irmãos e crianças maravilhosas, especiais é<br />

verdade, atendidas pela APAE”. Foi assim a<br />

abertura oficial do Rotary Day, comemorado<br />

no dia 20 de setembro no Bazuah, com a participação<br />

de representantes dos Rotarys Clube<br />

Araraquara, Leste, Carmo, Oeste e Santa Angelina.<br />

Os empresários Pedro Paulo Ferrenha, o<br />

Nenê, presidente da APAE e Damiano Barbiero<br />

Neto, diretor social da APAE, articularam o<br />

evento que se transformou no mais importante<br />

acontecimento social do ano em nossa cidade.<br />

Celebridades do município foram chamadas<br />

para atuar como garçons e garçonetes no<br />

atendimento às mesas. No dia dois de outubro<br />

a APAE anunciou que a festa apresentou um<br />

saldo positivo de R$ 23.300,00.<br />

ROTARY DAY<br />

Jantar das Celebr<br />

uma festa para m<br />

ideal de servir ao<br />

Damiano Barbiero Neto<br />

(esposa Rosa Maria), diretor<br />

social da APAE e Pedro Paulo<br />

Ferrenha (esposa Dóris),<br />

presidente da APAE, durante<br />

o Jantar das Celebridades,<br />

promoveram o lançamento<br />

da 28ª Feira da Bondade, a<br />

ser realizada de 12 a 16 de<br />

novembro. Ambos buscaram<br />

sensibilizar os empresários<br />

a colaborarem com o evento<br />

tradicional em nossa cidade.<br />

Prefeito Marcelo Barbieri<br />

62


CELEBRIDADES <strong>2014</strong><br />

Adriana Albergueti Albano<br />

Juíza de Direito da 1ª Vara Criminal<br />

Alan Esteves Fernandes Gouvêa<br />

Comandante do 13° BPMI / Araraquara<br />

Antônio Deliza Neto<br />

Presidente do SINCOMERCIO<br />

Carlos Alberto Salmazzo<br />

Presidente da Ferroviária S.A.<br />

Profª Drª Clara Pechmann Mendonça<br />

Faculdade Ciências Farmacêuticas – UNESP<br />

Cleide Berti<br />

Prefeita de Américo Brasiliense<br />

Dimas Eduardo Ramalho<br />

Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado<br />

Edson Raminelli<br />

Prefeito de Boa Esperança do Sul<br />

Herivelto de Almeida<br />

Promotor de Justiça de Araraquara<br />

Vereador Jéferson Yashuda<br />

Presidente da Câmara Municipal<br />

idades,<br />

arcar o<br />

próximo<br />

Vereador João Siqueira de Farias<br />

Presidente licenciado da Câmara<br />

Marcelo Fortes Barbieri<br />

Prefeito do Município de Araraquara<br />

Marco Aurélio Bortolim<br />

Juiz de Direito da Vara da Infância e<br />

Juventude e do Idoso de Araraquara<br />

Marco Aurélio Ubiali<br />

Deputado Federal e Presidente das<br />

APAEs do Estado de São Paulo<br />

Maria Augusta Freitas Carvalho<br />

Governadora do Rotary do Distrito 4540<br />

Governadora D4540 Maria Augusta Carvalho<br />

Paulo Brasileiro<br />

Diretor da EPTV Central e Sul de Minas,<br />

Rádio Jovem Pan e Tribuna Impressa<br />

Paulo Sergio Sassi<br />

Diretor do SENAI Araraquara<br />

Raul de Mello Franco Jr.<br />

Promotor de Justiça em Araraquara<br />

Renato Tallel Haddad<br />

Presidente da ACIA<br />

Roberto Massafera<br />

Deputado Estadual<br />

Sandra Maria Galhardo Esteves<br />

Desembargadora do Tribunal de Justiça SP<br />

Juiz de Direito Marco Aurélio Bortolim<br />

Deputado Roberto Massafera<br />

63


O lançamento da<br />

Feira da Bondade<br />

Fotos: Gilmar Fotografias<br />

Em meio à euforia proporcionada pelo<br />

Jantar das Celebridades, foi lançada<br />

mais uma edição da Feira da Bondade,<br />

realizada pela APAE, há 28 anos. A<br />

promoção visa manter programas e projetos<br />

voltados ao atendimento gratuito de 330<br />

pessoas que apresentam deficiência<br />

intelectual e/ou múltiplas. Porém, a maior<br />

ajuda vem da compreensão da classe<br />

empresarial, que através dos recursos que<br />

disponibiliza, dá a segurança e a certeza de<br />

que os assistidos nunca estiveram sozinhos.<br />

Paulo Sérgio Sassi<br />

Diretor do Senai<br />

Carlos Alberto Salmazzo<br />

Presidente da Ferroviária S/A<br />

Dimas Ramalho<br />

Conselheiro do TC SP<br />

Alan Esteves Gouvêa<br />

Comandante do 13° BPMI<br />

Raul de Mello Franco Jr<br />

Promotor de Justiça<br />

64


VIDA SOCIAL<br />

Fotos: Gilmar Fotografias<br />

JANTAR DAS CELEBRIDADES<br />

Tuca e Antônio<br />

Rocha; Maria Teresa<br />

e Levi Horn; Maria<br />

Eugênia e Antônio<br />

Luiz Martinez e<br />

Vicente Simões Pião<br />

Renato Haddad<br />

e Léa<br />

Ricardo Camini, Felipe Boschini, Rogério Ferreira, Rodrigo<br />

Palombo, Carlos Machado, Marco Tato e Igor Figueiredo<br />

(Della Vittá II - Urbplan)<br />

Alan Esteves Fernandes Gouvêa (Comandante<br />

da 13ª BPMI, em Araraquara) com Natália<br />

Dimas Mendonça, Dra. Clara Pechmann, Cleide Berti (Prefeita<br />

de Américo Brasiliense) com o esposo Jaime Ginato<br />

A APAE para se manter, sempre contou com o apoio dos órgãos públicos<br />

e a contribuição valiosa da comunidade através de doações, mas ainda<br />

assim, é pouco diante do montante que necessita para cuidar de 330<br />

pessoas que são atendidas diariamente. A Feira da Bondade é uma<br />

dessas promoções que lhe socorre todos os anos com a participação<br />

dos Rotarys, Lions, Lojas Maçônicas, outras associações, onde todos se<br />

juntam com os mesmos ideais.<br />

A Feira da Bondade, tradição em<br />

Araraquara, costumeiramente<br />

abre espaço para que empresas<br />

e empresários participem e se<br />

envolvam numa ação de<br />

Responsabilidade Social. Com<br />

shows, praça de alimentação,<br />

exposição de produtos, serviços<br />

e artesanato, a Feira da<br />

Bondade visitada por mais de 20<br />

mil pessoas, proporciona esta<br />

oportunidade para que as<br />

empresas agreguem valores na<br />

consolidação da imagem junto<br />

ao público consumidor.<br />

Maria José e Jéferson Yashuda (Vereador)<br />

65<br />

Paulo Sergio Sassi e Joelma


JANTAR DAS CELEBRIDADES<br />

Prefeito Marcelo Barbieri e Zi<br />

Osvaldo Carvalho e Maria Augusta (Governadora<br />

do Distrito 4540 - Rotary)<br />

Elis Frios<br />

A cidade conta com as delícias<br />

servidas pela ELIS FRIOS, que apresenta<br />

enorme variedade de frios com<br />

orçamentos que cabem no seu bolso.<br />

Encomende as deliciosas pizzas<br />

semi-prontas de vários sabores,<br />

ou então experimente os lanches<br />

naturais preparados pela Elis.<br />

Aos domingos, frango assado e<br />

maionese.<br />

É só ligar: 3339 2588 / 99718 2799<br />

Prefeito de Boa Esperança do Sul, Edson Raminelli,<br />

com Maria Antônia<br />

Maria Helena e Raul de Mello Franco Júnior<br />

(Promotor de Justiça de Araraquara)<br />

Poliana e Paulo Brasileiro (Diretor Regional da EPTV)<br />

66


Herivelto de Almeida (Promotor de Justiça de<br />

Araraquara) e Kelei Cristina<br />

Marco Aurélio Bortolin (Juiz de Direito da<br />

Vara da Infância e Juventude e do Idoso<br />

de Araraquara) e Patrícia<br />

Carlos Alberto Salmazzo (Presidente da<br />

Ferroviária) e Alda<br />

Adriana Albergueti Albano (Juíza de Direito<br />

da 1ª Vara Criminal de Araraquara)<br />

Claudia e Hamilton Zenti; Maria Calegari e Jacyr Bussadori; Juliana e Marcelo Rios e Renata<br />

e Tito de Farias<br />

67


JANTAR DAS CELEBRIDADES<br />

Jorge Anysio Haddad e<br />

Renata; Luiz Carlos Penha<br />

Fiel e Vera Lúcia; Vicente<br />

Simões Pião e Rose Mary e<br />

Isabel e Norberto de Freitas<br />

O casal Suse Laine-Marcos Destéfani que<br />

assina Acqua Jet Piscinas com a filha Camila<br />

Maria Augusta Freitas Carvalho<br />

(Governadora do Distrito 4540<br />

- Rotary); Pedro Paulo Ferrenha<br />

(presidente da APAE); Ocimar<br />

Júlio Dal Bem Inocentte e Edna<br />

e Vilmar Alves e Claudia<br />

Neusa e Dalton Guaglianonni durante<br />

evento realizado em benefício da APAE<br />

Jean Robert Borsari com a esposa Milena<br />

em evento beneficente<br />

Mara e Luis Sobral; Fabiana e Agnaldo Amaral; Tamires Brizolari, Matheus Carrascosa, Elenice<br />

e Claudio Genova e Isabela e Marcelo Valentino<br />

68


GASTRONOMIA<br />

Batataria Street,<br />

a nova sensação<br />

Família Janone: Jane e José<br />

Janone; o pequeno Enzo<br />

com Taisa e Dênis Janone;<br />

Graziela e José Janone<br />

Júnior e Vitória com Taís e<br />

Paulo Sacco<br />

Valter Merlos e Célia; Márcia Belotti; Osvaldo Pinto de<br />

Carvalho; Haroldo Araújo e Beatriz e Márcia e Adelino<br />

Francisco<br />

Vaine Monteiro; Lize Cruz; Heloisa e Geraldo Cataneu;<br />

Sergia e Roberto Mota; Fátima e José Mário Redondo;<br />

Claudia e Felipe Maia<br />

Renê Scatena (Assessor da<br />

Federação das APAEs) e Nino<br />

Mengatti<br />

Prefeita de Américo, Cleide<br />

Berti, recebe o fraternal abraço<br />

do rotariano Samuel Brasil<br />

Bueno, também integrante<br />

da nossa revista<br />

69<br />

Carol e Chiquito<br />

“Amor, pede uma porção de<br />

batata frita? OK! você venceu,<br />

Batata frita”. Assim conta a<br />

música da Blitz há 32 anos.<br />

O pedido pode ser o mesmo,<br />

mas a batata agora chega<br />

de forma bem diferente.<br />

Inaugurada na quermesse de São Benedito,<br />

na Vila Xavier, o empreendimento idealizado<br />

pelos publicitários Mário Francisco Pedrolongo<br />

(Chiquito) e Carolina Bacardi, virou<br />

sucesso em sua primeira festa realizada.<br />

Segundo Carol, a inspiração veio de um<br />

vídeo no Facebook. “Chiquito e eu vimos esse<br />

vídeo e compartilhei. Aí o nosso lado publicitário<br />

falou mais alto e resolvemos investir nessa<br />

ideia, pois Araraquara tinha espaço para esse<br />

mercado e estamos muito otimistas”.<br />

A Batataria Street oferece além da tradicional<br />

porção de batata palito em diversos tamanhos,<br />

o diferencial que é a batata espiral,<br />

uma novidade em Araraquara.<br />

A intenção dos jovens empreendedores<br />

é atender diversos pontos da cidade com o<br />

carrinho de batatas. “Queremos servir nossa<br />

batata em festas e eventos, como a Festa do<br />

Dia das Crianças no Clube Araraquarense, no<br />

dia 12 de outubro, a partir das 10h”, explica<br />

Chiquito.<br />

Para mais informações: 16 99770-2204<br />

/batatariastreet<br />

Carol e Chiquito<br />

inovam a batata<br />

palito com bacon<br />

e queijo e lançam<br />

a batata em forma<br />

espiral, que é a<br />

nova sensação<br />

da cidade. Uma<br />

ideia que deu certo<br />

nos mais variados<br />

eventos


JANTAR DAS CELEBRIDADES<br />

Hyundai HMB New-Araraquara: Inês e Agnaldo Duarte;<br />

Marcela e Ivan Mateus; Emérson, Henrique, Jaqueline e<br />

Tiago Martins<br />

Família Quintão: Virgilio (TV Cultura Paulista)<br />

e Glória; Fred (Hot Sign) e Érica<br />

O casal Gabriel Paiva e Suelen. Ele é diretor<br />

da Panfletos & Cia<br />

Alexandre Kopanakis e Carmen<br />

Rejane e Alexandre De Ângelo; Cleusa e Francisco<br />

Tancredi; Rosa e Welson Alves Ferreira Júnior; Rosa e<br />

Paulo Eduardo Machado e Tânia e Valquírio Cabral Júnior<br />

Sempre sorridentes para a vida, Tuffy<br />

Haddad e sua esposa Whadya<br />

Rosana e Marcelo Machado; Ruth e Paulo Nakashima;<br />

Mina e João Rossi; Marlene e Roberto Patreze e Roberto<br />

Patreze Júnior<br />

Azair e Ricardo Nunes de Souza<br />

Casal Joy Alcedo e Suzy<br />

Luis Cardoso Martins e Fátima<br />

70<br />

Marisol e Helton Carlos Leão


71


O Bamboo Sushi Lounge,<br />

sob a direção dos amigos<br />

e sócios Babi Meneghin e<br />

Gil Peres, se transforma<br />

num dos pontos mais<br />

importantes da<br />

gastronomia regional<br />

Roberta, Patrícia, Nadia,<br />

Sandra, Maria Eugenia e<br />

Juliana, desfrutando das<br />

delícias do Bamboo em<br />

uma noite muito especial<br />

As amigas Alexandra<br />

Dias, Suzana Milanez<br />

e Sônia Franciscatto<br />

A culinária nipônica<br />

da casa cria novos<br />

pratos agradando o<br />

paladar dos clientes<br />

Ferrucio, Carla e Arthur<br />

Cada vez mais a comida<br />

oriental invade a mesa<br />

dos brasileiros e ganha<br />

um toque bem<br />

“abrasileirado”. Por que<br />

não aproveitar as delícias<br />

da cozinha japonesa<br />

(rica e saudável) para<br />

comemorar a ceia de<br />

natal entre família?<br />

Danniely Lima, Priscila<br />

Almeida, Gustavo Braga,<br />

Larissa Gregório e Thais<br />

Capparelli, enfeitando a<br />

noite do Bamboo<br />

O Bamboo já está<br />

fazendo reservas<br />

para as festas de<br />

confraternização<br />

no final do ano. É<br />

só ligar e ter mais<br />

informações.<br />

72


ANIVERSÁRIOS<br />

<strong>OUTUBRO</strong><br />

A diretoria da ACIA cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA NOME EMPRESA DATA NOME EMPRESA<br />

01/10<br />

01/10<br />

02/10<br />

02/10<br />

02/10<br />

02/10<br />

03/10<br />

03/10<br />

03/10<br />

04/10<br />

04/10<br />

04/10<br />

05/10<br />

05/10<br />

05/10<br />

06/10<br />

06/10<br />

06/10<br />

06/10<br />

07/10<br />

10/10<br />

10/10<br />

10/10<br />

10/10<br />

11/10<br />

11/10<br />

11/10<br />

11/10<br />

12/10<br />

13/10<br />

13/10<br />

14/10<br />

14/10<br />

14/10<br />

14/10<br />

14/10<br />

14/10<br />

14/10<br />

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17/10<br />

Luiz Antônio Quintiliano<br />

Nilton José Ferreira<br />

José Silvio Carvalho Prada<br />

Márcia R. de Freitas Andrade<br />

Elza A. Rodrigues<br />

Máximo Clemente Delbon<br />

Donizete Fuzari<br />

Damiano Barbiero Neto<br />

Rosa M. Okada<br />

Laerte de Freitas Vellosa<br />

Arlindo Gini<br />

Célia Regina S. Barbieri<br />

Geraldo Rosário Beltrame<br />

Osvaldo Romio Zaniolo<br />

Evaldo Antônio Mendes<br />

Juliana Soranzo<br />

Bruno Alberto Casonato<br />

Luiz Carlos Penha Fiel<br />

Maria Valéria Spinelli Ferraz<br />

Ana Maria Alves F. Pascoalato<br />

Carlos M. Nunes de Oliveira<br />

Aparecida do Carmo Carcelim<br />

Maria Aparecida R. da Silva<br />

Michel Cappato<br />

Denis Henrique Janone<br />

Odail Salgado<br />

Eduardo Aquino Ribeiro<br />

Ivan Roberto Dameto Peroni<br />

Kátia Mara N. B. Delbon<br />

Valnei Rosendo Cosma<br />

Marco Antônio Estrella<br />

Aparecida Camargo Fernandes<br />

Ana Carolina Buso Spir Sako<br />

Walfredo Farias Tejo de Araujo<br />

Carlos Alberto E. de Oliveira<br />

João Atnagoras Ramiro Bezerra<br />

Jadir José Silva<br />

Renato Aparecido Brizolari<br />

Antônio José Cardozo<br />

Nelcides José Mendes<br />

Paulo Afonso Monteiro Delfini<br />

Wanderlene Ieda Bacaro<br />

Geraldo José Cataneu<br />

José Ricardo V. Lemos<br />

Refriara - Peças e Serviços<br />

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AGR Materiais para Construção<br />

JRS Propaganda e Marketing<br />

17/10<br />

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31/10<br />

Maria Cristina Menechin<br />

Suzy Meire Araujo de Ávila<br />

Camila Cristina Claudino<br />

Arnaldo Buainain<br />

Orlando Bonifácio Martins<br />

Ronivaldo Donisete Alves<br />

Sebastião Edson Savegnago<br />

Osny Aparecido Peixoto Júnior<br />

Airton Carlos Borsato<br />

Paulo Sérgio Pessotti Ferraz<br />

Antônio Carlos de Oliveira<br />

Nadir Brancalion Alves Ferreira<br />

Antônio Victuri Junior<br />

Antônio Aparecido Savegnago<br />

Ronaldo Paganini de Oliveira<br />

Abel Trizolio Júnior<br />

Mércia Camargo S. Moura<br />

Carlos Eduardo Nunes<br />

Celso do Carmo Vieira Coelho<br />

Marcos Santana<br />

Antônio Venturini Sobrinho<br />

Roberto Dietrich<br />

Aroldo Lins Machado<br />

Reginaldo Gibim<br />

Celia Abi<br />

Theodoro Clemente Marischen<br />

Luciano Morselli Martinez<br />

Luis Antônio Barroso<br />

Alexandre Ferrenha<br />

Rodrigo de Freitas<br />

Jéferson Luís Yashuda<br />

Osvalte J. Nogueira<br />

Leonildo B. da Cunha Junior<br />

Rosângela Bolsoni<br />

Ronildo Doneda<br />

Luiz Henrique Rodrigues Corrêa<br />

Mário Miller Carvalho Sofner<br />

Débora Cristiane Bertoni<br />

Michel Destefani<br />

Everaldo Luciano de Oliveira<br />

George Palma Mesquita<br />

Maria Inês Gimenez Ferrara<br />

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Antônio Carlos Marçon<br />

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73


Luís Carlos<br />

B<strong>ED</strong>RAN<br />

Sociólogo e articulista da Revista<br />

Comércio & Indústria de Araraquara<br />

VIAGEM À APARECIDA<br />

Se há duas datas importantes para mim neste<br />

outubro (dois aniversários de familiares), há outras<br />

duas muito mais para a Nação: presumivelmente<br />

chegaremos ao segundo turno e então teremos um<br />

novo presidente.<br />

Também não podemos deixar de comemorar<br />

o Dia das Crianças e o dos Professores, esses abnegados<br />

e abnegadas que lutam para que nossos<br />

filhos sejam, pela educação, bons cidadãos para<br />

forjar nosso país.<br />

Mas há um outro que quero registrar: o Dia de<br />

Nossa Senhora de Aparecida.<br />

Depois de muitos e muitos anos voltei à cidade<br />

de Aparecida em companhia de duas pessoas muito<br />

queridas para que elas pudessem cumprir uma<br />

promessa. Foi num domingo de missa, aliás, missas<br />

consecutivas, acompanhadas por milhares de romeiros<br />

ou visitando o santuário e outras tantas, cumprindo<br />

promessas prometidas, às vezes há muito<br />

tempo e vindas de todos os Estados do País, pelas<br />

centenas e centenas de ônibus e carros lá estacionados.<br />

E tudo na maior paz de espírito, sem confusões,<br />

todos unidos em torno da fé na santa, numa<br />

devoção tranquila, aparentando um sentimento de<br />

dever cumprido, de desejo realizado.<br />

Gente rica, de Mercedes, mas também, a<br />

grande maioria, de pessoas humildes, que viajaram<br />

centenas e centenas de quilômetros em ônibus e<br />

que, depois de assistirem à missa, foram lanchar na<br />

enorme praça de alimentação e depois comprar os<br />

souvenirs, as imagens da santa, pequenas lembranças<br />

que foram previamente benzidas para presentear<br />

aos amigos e familiares e até mesmo para ser<br />

cultuadas e colocadas num nicho todo especial em<br />

suas casas, casebres ou mansões.<br />

Pobres e ricos, homens e mulheres, jovens<br />

e idosos, negros e brancos. Como aquela idosa<br />

senhora, arrastando-se de joelhos, num sacrifício<br />

físico extremamente extenuante, para chegar ao<br />

altar e receber a benção do padre celebrante da<br />

missa; como aqueles jovens, já possuidores de<br />

uma fé inabalável, alegres e contentes em participar<br />

das orações e, depois, felizes, retornar aos<br />

seus lares e dizer que viram a imagem da santa,<br />

mostrada com reverência pelo padre e depois devolvida<br />

ao seu altar.<br />

E aquela corrente de gente, numa fila sem confusões,<br />

todos a reverenciar a pequena, mas poderosa<br />

imagem de Nossa Senhora em seu nicho, devidamente<br />

protegida. Cumprindo promessas e retornando<br />

às suas cidades, com a sensação de missão cumprida<br />

e, mais ainda, com sua fé renovada.<br />

Não cheguei a ir à Basílica Velha erigida no<br />

local onde a santa foi encontrada por pescadores<br />

no Rio Paraíba do Sul, mas vi aquela enorme corrente<br />

humana visitando-a. E é preciso muito fôlego<br />

para o romeiro conseguir conhecer aquele, hoje,<br />

centro turístico religioso, pois não se pode deixar de<br />

visitar a Sala dos Milagres, decorada pelas milhares<br />

de fotos pregadas no teto e, principalmente, pelas<br />

centenas e centenas de ex-votos expostos nas<br />

vitrines, além das mensagens, muitas delas comoventes<br />

e sentimentais, agradecendo aos milagres.<br />

Os primeiros milagres, como o das duas velas que<br />

apagadas, acenderam-se espontaneamente, com<br />

a interferência da santa; como o do escravo, que,<br />

acorrentado, pediu ao seu senhor permissão para<br />

rezar, e as correntes, milagrosamente, soltaram-se<br />

de seus pulsos; como o do cavaleiro de Cuiabá que,<br />

passando pela cidade, quis tripudiar da devoção<br />

dos seus humildes moradores e ao tentar entrar a<br />

cavalo na igreja, a pata do animal fixou-se numa<br />

pedra, impedindo-o de penetrar no lugar santo e depois<br />

o homem tornou-se devoto da santa (a pedra,<br />

com a marca da ferradura, está exposta no Salão<br />

dos ex-votos); o da menina cega; o do menino que<br />

caiu no rio, mas que foi salvo do afogamento pelo<br />

pai, após pedido de salvação para Aparecida e o do<br />

caçador que, ao se deparar com uma onça no meio<br />

do caminho, rogou pela santa e o animal foi embora.<br />

E no imenso painel mural do Salão dos Milagres,<br />

há a representação pictórica do encontro da<br />

imagem por três pescadores, em 1717, que, ao lançarem<br />

suas redes para pescar peixes no Rio Paraíba<br />

do Sul para complementar o almoço do Conde de<br />

Assumar, hospedado na Vila de Guaratinguetá, que<br />

a visitava e que era governador da então Província<br />

de São Paulo, encontraram o corpo do ícone. Logo<br />

em seguida, em novo lance, encontraram a cabeça<br />

e então, num verdadeiro milagre, capturaram tantos<br />

peixes que o barco quase adernou.<br />

A imagem da santa ficou com a família de<br />

um dos pescadores e que embora alguns padres<br />

tivessem tentado levá-la para Guaratinguetá, ela<br />

foi devolvida ao local onde foi encontrada, perto do<br />

Porto de Itaguaçu. Posteriormente, no Morro dos<br />

Coqueiros, em 1735, foi erigida uma capela em<br />

sua homenagem, local onde está situada a Basílica<br />

Velha. A construção da nova foi iniciada em 1955 e é<br />

tão grandiosa que só perde para a de Roma, na Itália.<br />

E os agradecimentos pelos milagres da santa<br />

lotam o salão com seus objetos representativos,<br />

como garrafas de aguardente, provando que o<br />

crente deixou de beber, pagando promessa à santa;<br />

como facas e revólveres que não atingiram seus<br />

objetivos e até mesmo uma curiosidade: panelas de<br />

pressão estouradas que, certamente, por um verdadeiro<br />

milagre, não feriram as donas de casa que as<br />

utilizaram. Promessas todas que foram cumpridas.<br />

Mesmo ou principalmente para um tolerante<br />

descrente, não pude deixar de ficar extremamente<br />

comovido e sensibilizado com a fé daquela multidão<br />

de devotos e nem de deixar de ser solidário com todos<br />

eles, respeitando-os profundamente por crerem<br />

como creem.<br />

Por isso rendo aqui minhas homenagens à<br />

Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil,<br />

em seu dia, 12 de outubro, para que proteja as nossas<br />

famílias, o nosso país e todo mundo, pois estamos<br />

precisando e muito. Amém.<br />

74


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