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ponto de vista<br />
DE OLHO NA COPA: É PRECISO CONTER<br />
A POLUIÇÃO VISUAL EM ARARAQUARA<br />
IVAN ROBERTO<br />
PERONI*<br />
Da noite para o dia, os postes de iluminação pública em várias regiões da cidade<br />
foram emporcalhados pela colagem de cartazes anunciando circos e feirões. Ao<br />
mesmo tempo, há casos de candidatos que ainda não se deram ao luxo de retirar placas<br />
da campanha eleitoral finalizada em outubro, desrespeitando normas e contribuindo<br />
com a poluição visual já provocada por outras situações.<br />
O drama de Araraquara é o mesmo vivenciado pela maioria das grandes ou cidades<br />
de médio porte. Há um excesso de elementos relacionados à comunicação visual,<br />
como placas e cartazes distribuídos nas áreas urbanas, especialmente em centros<br />
comerciais.<br />
Mas não é só. Observa-se também a poluição visual em algumas atuações humanas<br />
sem estar ligadas necessariamente à publicidade como o grafite, fios de eletricidade<br />
e telefônicos, os edíficios com falta de manutenção, o lixo exposto não orgânico<br />
e outros resíduos urbanos.<br />
No caso da Avenida 36 por exemplo, os postes emporcalhados e o exagero de<br />
placas publicitárias preocupam, pois promovem um desconforto visual; o excesso<br />
faz com que as cidades modernas fiquem mais saturadas, desvalorizando-as e tornando-as<br />
apenas num espaço de promoção do fetiche e das trocas comerciais capitalistas.<br />
O problema não é a existência da propaganda, mas o seu descontrole.<br />
Por muito tempo, a publicidade integrou a paisagem das cidades, mas hoje percebe-se<br />
um exagero que funciona como um fator de degradação. A poluição visual<br />
acontece quando, com tantas referências acumuladas, as pessoas não têm mais noção<br />
de espaço, prejudicando sua percepção e atrapalhando a circulação dos cidadãos.<br />
Certos municípios, quando tentam revitalizar regiões degradadas pela violência<br />
e pelos diversos tipos de poluição, baixam normas contra a agressividade visual, determinando<br />
que as lojas e outros geradores desse tipo de poluição mudem suas fachadas<br />
a fim de tornar a cidade mais harmônica e esteticamente agradável ao habitante<br />
e visitante.<br />
As cidades - e Araraquara é um exemplo bem aos nossos olhos - apresentam um<br />
grande número de cartazes publicitários, os quais, juntamente com a concentração<br />
de edifícios e a carência de áreas verdes, constituem uma área de extrema poluição<br />
visual que degrada o meio ambiente.<br />
Uma das maiores preocupações sobre a poluição visual em vias públicas de intenso<br />
tráfego, é que ela também pode colaborar para acidentes automobilísticos.<br />
Em alguns casos esse total descontrole põe em risco a vida das pessoas já que muitas<br />
faixas e propagandas são colocadas em cruzamentos de avenidas, confundindo<br />
com as suas cores vermelhas, a sinalização de trânsito.<br />
No ano passado, até que a Câmara Municipal se empenhou em criar regras visando<br />
conter o avanço do emporcalhamento da cidade e olhando a Avenida 36 neste<br />
momento, percebe-se que as tentativas passaram pelos vãos dos dedos e a convivência<br />
com a colagem de cartazes em postes e o volume de placas publicitárias instaladas,<br />
caminham por ruas e avenidas que deverão ser olhadas por culturas diferenciadas<br />
se a Copa do Mundo chegar até nós. Até lá muita coisa pode mudar.<br />
redação<br />
SÔNIA MARIA<br />
MARQUES<br />
A NOSSA R<strong>ED</strong>E HOTELEIRA<br />
Com um Centro Internacional de Eventos<br />
que podemos considerar como cartão de<br />
visita da cidade, as redes hoteleiras<br />
começam a olhar com mais carinho para<br />
aplicação de investimentos no município.<br />
A chegada da Rede Othon em Araraquara<br />
mostra isso, focando seu trabalho na área<br />
corporativa. A expansão do segmento<br />
hoteleiro acompanha a mesma lógica de<br />
desenvolvimento de outros setores-chave<br />
da economia local. Os hotéis também<br />
dependem de demanda em escala para<br />
crescer, por meio de um planejamento de<br />
longo prazo e de parceiros com fôlego para<br />
bancar investimentos bastante elevados,<br />
especialmente em torno das grandes<br />
bandeiras, que escolheram Araraquara como<br />
mercado principal para seu crescimento.<br />
Mas, sobretudo, dependemos de um<br />
horizonte sustentável em torno da demanda,<br />
que não pode estar restrita à sazonalidade.<br />
Neste momento tudo parece caminhar bem:<br />
a cidade cresce e com ela os mais diversos<br />
setores expandem suas atividades. Ao<br />
mesmo tempo, porém, esses<br />
empreendimentos precisam definir<br />
estratégias que lhes garantam a<br />
sustentabilidade do negócio ao longo do<br />
tempo, o que não é tão simples se<br />
observarmos que o setor também enfrenta<br />
obstáculos estruturais que retém um pouco<br />
o ritmo de crescimento.<br />
<strong>ED</strong>IÇÃO N° <strong>91</strong> - <strong>FEVEREIRO</strong>/<strong>2013</strong><br />
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Redação: Rosane D’Andrea<br />
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