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John Harrison (CC3.0)<br />
Voltar a compreender e a amar o<br />
maravilhoso é uma verdadeira conversão<br />
Se todos os homens tivessem isso presente, o mundo<br />
seria outro. É incalculável o bem que os sacerdotes fariam<br />
se nas igrejas pronunciassem sermões sobre isso.<br />
Ademais, realçado por algo que a palavra do padre tem<br />
e a do leigo não, isto é, a graça do sacerdócio, salientado<br />
pelo púlpito, pela dignidade e pelas bênçãos especiais<br />
que Deus põe no edifício sagrado.<br />
Entretanto, já na remota época de minha infância a<br />
formação não era dada assim, mas se dizia: “Essas coisas<br />
são bobagens de infância, não pense nisso. Tudo<br />
quanto é maravilha é sonho. Você perde a partida da vida<br />
se pensar em coisas dessas. Seja prático! Para isso<br />
você precisa de duas coisas: ter saúde e ganhar dinheiro.<br />
Preocupe-se em ser saudável e fazer fortuna. Corra<br />
atrás do ouro! Não sonhe essas maravilhas. Que dinheiro<br />
ou que saúde elas lhe dão? Feche seu horizonte ao maravilhoso!<br />
Assim você terá o prazer e a riqueza.”<br />
Ora, esta não é a perfeita formação.<br />
Alguém objetará:<br />
“Está bem, <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong>, mas se não nos empenharmos<br />
cem por cento em ganhar dinheiro, morremos mendigos.”<br />
Nosso Senhor Jesus Cristo afirmou: “Olhai como crescem<br />
os lírios do campo. Não trabalham nem fiam, No entanto,<br />
Eu vos digo, nem Salomão em toda a sua glória jamais<br />
se vestiu como um só dentre eles” (Mt 6, 28-29). Portanto,<br />
confiai, porque isso se arranja. É possível recuperar<br />
a saúde ou a fortuna perdida. Entretanto, não se recupera<br />
o tempo perdido. É necessária uma graça muito<br />
grande para que uma alma, que se tenha deixado trancar<br />
nesses horizontes mais baixos, volte a compreender e<br />
a querer o maravilhoso. É uma verdadeira conversão.<br />
Tais considerações nos levam à ideia de que devemos<br />
pedir a Nossa Senhora essa inocência, para nós e para<br />
todas as pessoas, porque Deus é infinito no seu desejo de<br />
bem e quer abarcar com sua grandeza e bondade a Criação<br />
inteira.<br />
v<br />
(Extraído de conferências de 28/6/1969, 7/6/1974,<br />
29/5/1981, 12/10/1985)<br />
Kgbo (CC3.0)<br />
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