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UM MUNDO DE PEÇAS AO SEU DISPOR<br />
jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />
<strong>169</strong><br />
dezembro 2019<br />
PERIODICIDADE | MENSAL<br />
ANO XV | 3 EUROS<br />
PUB<br />
REPINTURA AUTOMÓVEL<br />
ONDE PARAM<br />
os PINTORES? PÁG. 10<br />
mecatrónico 2019<br />
PÁG. 6<br />
A quinta edição da competição<br />
foi a mais disputada de sempre.<br />
Marco Cordeiro levou a melhor<br />
entrevista<br />
PÁG. 26<br />
Amílcar Nascimento, da Exide,<br />
aborda o mercado <strong>das</strong> baterias e<br />
os quase 100 anos da marca Tudor<br />
fuchs<br />
PÁG. 48<br />
Paul Cezanne, diretor-geral, faz o<br />
balanço <strong>das</strong> três déca<strong>das</strong> da<br />
empresa em território nacional<br />
veículos pesados<br />
PÁG. 58<br />
Acidente de camião requer<br />
minucioso procedimento técnico<br />
para analisar amplitude dos danos<br />
akzo_nobel.pdf 2 14/02/19 12:27<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
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Editorial<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
EDITOR EXECUTIVO<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
REDAÇÃO<br />
Jorge Flores<br />
jorge.flores@apcomunicacao.com<br />
Joana Calado<br />
joana.calado@apcomunicacao.com<br />
DIRETOR COMERCIAL<br />
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mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
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IMAGEM<br />
António Valente<br />
MULTIMÉDIA<br />
Catarina Gomes<br />
ARTE<br />
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.es<br />
Parceiro<br />
em Espanha<br />
EDIÇÃO<br />
AP COMUNICAÇÃO<br />
Propriedade/Editor João Vieira -<br />
Publicações Unipessoal, Lda.<br />
Contribuinte 510447953<br />
Sede Bela Vista Office, Sala 2.29,<br />
Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A<br />
2735 - 336 Cacém - Portugal<br />
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Email geral@apcomunicacao.com<br />
Consulte o Estatuto Editorial no<br />
site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
ACESSO<br />
A DADOS<br />
O<br />
acesso aos dados do veículo é, provavelmente, a tendência inovadora que mais poderá incidir no<br />
pós-venda a curto prazo. Na verdade, a utilização da informação gerada pelos veículos pode<br />
representar uma verdadeira revolução. Entre outras razões, devido à possibilidade de permitir a<br />
oferta de serviços adicionais aos utilizadores para que a experiência destes seja mais completa e<br />
personalizada.<br />
De acordo com um estudo da consultora McKinsey, a faturação no pós-venda pode duplicar com estes serviços<br />
ligados à análise destes dados. Um em cada cinco automóveis estará conectado em 2020. No ano de 2030, este<br />
novo nicho de mercado poderá gerar um negócio de até 640 mil milhões de euros a nível mundial. Os agentes<br />
que conseguirem aproveitar as oportunidades de lucrar com os dados, terão uma posição de vantagem, assinala<br />
o estudo, mas a estimativa é que apenas metade será assegurada pelos fornecedores tradicionais.<br />
As marcas dos veículos partem com vantagem, pois são elas quem fabrica e comercializa o automóvel. E os dados<br />
vão permitir melhorar a qualidade dos seus produtos e a eficiência operacional, inovar na procura de novos serviços,<br />
conhecer melhor os clientes, estabelecer uma integração digital com outros agentes e disponibilizar uma<br />
manutenção preditiva. Além do mais, as marcas de automóveis estão a fazer lóbi para restringir a informação,<br />
alegando a proteção dos cidadãos. Está em jogo a comunicação direta com o condutor<br />
para, a partir da análise dos dados, antecipar as necessidades do<br />
veículo e propor diferentes opções de manutenção mediante uma<br />
comunicação direta através do próprio veículo.<br />
Nesse sentido, os restantes agentes da cadeia de valor, fabricantes<br />
de componentes e distribuição principalmente, terão de dar<br />
um passo à frente para que esse mercado seja transparente e<br />
de acesso aberto, de modo a que exista livre concorrência. Este<br />
passo está a ser dado em diversas frentes através de associações<br />
do setor, com o desenvolvimento de uma plataforma tecnológica<br />
que permita o acesso aos dados do veículo a todos os operadores<br />
do mercado em igualdade de circunstâncias, garantindo a segurança<br />
tanto dos dados como do próprio veículo.<br />
Em qualquer caso, existe alguma incerteza quanto à evolução<br />
do enquadramento legal no que respeita à propriedade, à<br />
gestão e à cedência dos dados. Sem esquecer o papel que<br />
as administrações públicas podem desempenhar, não só<br />
como agentes regulamentares, criando o enquadramento<br />
legal dos dados, tanto da recolha como da sua gestão e<br />
exploração, mas, também, como recetores privilegiados<br />
dessa informação, serão, provavelmente, parceiros essenciais<br />
para muitas <strong>das</strong> estratégias dos fabricantes de<br />
veículos.<br />
A chave é como nos devemos posicionar para sermos<br />
intervenientes relevantes e, mais importante ainda,<br />
como rentabilizar essa gestão dos dados. O que<br />
parece ser evidente é a necessidade de estabelecer<br />
alianças com parceiros tecnológicos. Mas a questão<br />
essencial é saber se será possível concorrer em<br />
igualdade de circunstâncias. l<br />
João Vieira | Diretor
FOLHA<br />
DE SERVIÇO<br />
IPSIS<br />
VERBIS<br />
MIGUEL FRANCO, VICE PRESIDENT<br />
OF BUSINESS DEVELOPMENT DA<br />
STRATIO<br />
A NOVA ABORDAGEM<br />
À MANUTENÇÃO,<br />
QUE RECORRE<br />
À INTELIGÊNCIA<br />
ARTIFICIAL,<br />
BASEIA-SE NA<br />
LEITURA DE DADOS<br />
DOS SENSORES<br />
INSTALADOS NOS<br />
VEÍCULOS<br />
JO LANÇOU NOVO SITE<br />
No ano em que completa o seu 15.° aniversário, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> lançou um novo site. Com um<br />
visual mais apelativo e de fácil navegação, conta, agora, com novas e úteis secções para os profissionais<br />
do pós-venda automóvel. O lançamento do site (www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com) surge como<br />
consequência natural do trabalho que temos desenvolvido na área do pós-venda automóvel. A crescente<br />
procura de informação na Internet relacionada com o aftermarket veio confirmar a necessidade de avançarmos<br />
com esta remodelação digital, que irá evoluir naturalmente, a par com a edição impressa. Será,<br />
acima de tudo, um verdadeiro portal de informação sobre o pós-venda automóvel, totalmente gratuito e<br />
acessível a todos os visitantes. As características do site permitem que operadores, empresas, especialistas<br />
e técnicos tenham acesso, de forma ordenada e clara, aos temas que, hoje, dominam a atualidade do<br />
setor da reparação e manutenção automóvel, promovendo o seu desenvolvimento. Sendo um canal online,<br />
com a publicação diária de notícias, o setor tem à sua disposição um instrumento que visa promover<br />
o aftermarket nas suas mais varia<strong>das</strong> vertentes.<br />
ANA FAZENDA, RESPONSÁVEL<br />
DA CAETANO COLISÃO<br />
AO LONGO DOS ANOS,<br />
TEMOS VERIFICADO<br />
UMA CRESCENTE<br />
NECESSIDADE<br />
DE TÉCNICOS DE<br />
REPARAÇÃO DE<br />
CHAPA E PINTURA<br />
SEMÁFORO<br />
AMÍLCAR NASCIMENTO, KEY<br />
ACCOUNT & MARKETING MANAGER<br />
DA EXIDE TECHNOLOGIES<br />
DEVIDO, SOBRETUDO,<br />
À IDADE DO PARQUE,<br />
O NEGÓCIO DAS<br />
BATERIAS ESTÁ BEM<br />
E MANTER-SE-Á<br />
ESTÁVEL POR MAIS<br />
ALGUNS ANOS<br />
DEVOLUÇÃO DE PEÇAS<br />
O excesso de devolução de peças<br />
continua a assombrar os distribuidores.<br />
O nosso Semáforo Vermelho, de protesto,<br />
vai para uma situação reveladora de<br />
uma errada cultura do mercado oficinal,<br />
que continua a adquirir peças sem<br />
o planeamento devido. Resultado?<br />
As encomen<strong>das</strong> que acabam por ser<br />
devolvi<strong>das</strong> devido ao facto de não serem<br />
necessárias. Não haverá maneira de<br />
otimizar este processo?<br />
LÍTIO NACIONAL<br />
O interesse global no lítio português<br />
alimenta muitas notícias e dá azo a<br />
especulação. Além <strong>das</strong> dúvi<strong>das</strong> que<br />
envolvem a exploração deste metal<br />
fundamental para a composição <strong>das</strong><br />
baterias dos veículos elétricos. O nosso<br />
Semáforo Laranja, de expectativa, está<br />
relacionada com a seguinte pergunta:<br />
saberá o nosso país explorar este recurso<br />
natural sem permitir que outros obscuros<br />
interesses se levantem?<br />
PRODUÇÃO RECORDE<br />
A Autoeuropa está de parabéns<br />
e merece o nosso Semáforo Verde, de<br />
aplauso. Até ao dia 13 de novembro deste<br />
ano, a produção superara já o volume<br />
total de 2018 (226.972 contra 223.200<br />
unidades). Um marco histórico para<br />
a quinta maior fábrica de veículos de<br />
passageiros da Volkswagen, que ocupa<br />
ainda o primeiro lugar do ranking <strong>das</strong><br />
unidades fabris da marca alemã neste<br />
segmento.<br />
4 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Este é o Matthias Jendrossek,<br />
proprietário da oficina Jendrossek Autoeile, Alemanha.<br />
Ao colocar na sua oficina um ringue de boxe para<br />
manter a sua equipa em forma e satisfeita e ao dar<br />
formação interna sobre a tecnologia dos veículos<br />
elétricos, Matthias está a garantir que o seu negócio<br />
é forte e está orientado para o futuro.<br />
No nosso centro de #OFICINASORIGINAIS juntamos<br />
os Verdadeiros Originais de oficinas de todo o mundo,<br />
que confiam na TRW e partilham a nossa dedicação à<br />
excelência. Verdadeiros profissionais que utilizam as<br />
suas ideias e soluções originais para se certificarem<br />
de que as suas oficinas são as melhores em tudo<br />
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e descobrir conselhos, ideias e dicas que fazem com<br />
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mercado de pós-venda, os produtos TRW ditam os padrões da segurança e da qualidade.
COMPETIÇÃO<br />
MELHOR MECATRÓNICO 2019<br />
VENCEDOR<br />
VOOU DOS AÇORES<br />
NA EDIÇÃO MAIS DISPUTADA DE SEMPRE E EXIBINDO O NÍVEL MAIS ELEVADO NA HISTÓRIA DA COMPETIÇÃO, O<br />
MELHOR MECATRÓNICO 2019 FOI GANHO POR MARCO CORDEIRO, DA AUTO CORDEIRO, LOCALIZADA NA ILHA DE<br />
S. MIGUEL, NOS AÇORES, PERTENCENTE À REDE A OFICINA. DURANTE DOIS DIAS, A INICIATIVA ORGANIZADA PELO<br />
JORNAL DAS OFICINAS EM PARCERIA COM A ATEC – ACADEMIA DE FORMAÇÃO, RECEBEU LARGAS DEZENAS DE<br />
PROFISSIONAIS E VISITANTES. NEM OS FINALISTAS DE 2018 FALTARAM por Bruno Castanheira<br />
6 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Foi o culminar de um trabalho<br />
árduo realizado ao longo do<br />
ano de 2019. Pela quarta vez<br />
na história desta iniciativa ímpar no<br />
panorama do aftermarket nacional,<br />
o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceira<br />
com a ATEC – Academia de Formação,<br />
elegeu o Melhor Mecatrónico. A<br />
fasquia esteve ainda elevada do que<br />
em edições anteriores, é certo, mas a<br />
prova foi superada. E excedeu, diga-<br />
-se em abono da verdade, as expectativas.<br />
Mas o objetivo desta competição<br />
manteve-se fiel às suas origens:<br />
promover, dignificar e premiar a<br />
profissão de mecatrónico automóvel,<br />
proporcionando o intercâmbio<br />
de experiências entre profissionais<br />
no ativo e estimulando o desenvolvimento<br />
de competências individuais.<br />
Iniciativa concorrida<br />
Entre os especialistas em mecânica e<br />
eletrónica que trabalhavam para oficinas<br />
independentes e os que integravam<br />
oficinas afetas a marcas de veículos,<br />
foram muitos os profissionais<br />
de mecatrónica no ativo que concorreram<br />
à iniciativa deste ano. O que<br />
é, sem dúvida, o melhor indicador da<br />
mais-valia desta competição, que assenta<br />
nos pressupostos acima mencionados.<br />
Como é, também, da mais<br />
elementar justiça destacar os patrocinadores,<br />
que aderiram ao Melhor<br />
Mecatrónico 2019 desde a primeira<br />
hora, sem os quais esta iniciativa não<br />
teria o sucesso que teve. A saber (por<br />
ordem alfabética): Autozitânia, Bahco,<br />
bilstein group Portugal (marcas<br />
febi, SWAG e Blue Print), Interescape,<br />
Optibelt, Schaeffler Repxpert,<br />
SKF Portugal e Valvoline.<br />
Para participar, os concorrentes tiveram<br />
de responder aos questionários<br />
que foram sendo colocados online<br />
SETE FINALISTAS E UM PAINEL DE<br />
JURADOS COMPOSTO POR NOVE<br />
ELEMENTOS, NUMA COMPETIÇÃO<br />
QUE JÁ SE tornoU REFERÊNCIA<br />
entre os meses de março e julho de<br />
2019, ao ritmo de um por mês. Cada<br />
questionário contemplou 10 perguntas,<br />
tipo teste americano, de resposta<br />
única. Os concorrentes entraram no<br />
site da competição (www.melhormecatronico.pt),<br />
preencheram os seus<br />
dados pessoais e assinalaram as respostas<br />
que entenderam ser as corretas.<br />
A seleção dos oito finalistas (embora<br />
tivessem comparecido sete na<br />
derradeira etapa, uma vez que houve<br />
uma baixa de última hora por motivo<br />
de força maior), foi feita entre os<br />
que atingiram a pontuação mais alta<br />
e que foram os mais rápidos no envio<br />
<strong>das</strong> respostas aos cinco questionários<br />
publicados pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
Alexandre Santos, Hugo Guerra,<br />
Nelson Sousa, Marco Cordeiro, Radu<br />
Holban, Armando Coutinho e Nuno<br />
Cristão foram os mecatrónicos que<br />
receberam o “passaporte” para viajar<br />
para Palmela, onde se disputou, nos<br />
dias 15 e 16 de novembro, a derradeira<br />
etapa desta competição.<br />
Conhecimentos à prova<br />
A organização há muito que tinha<br />
divulgado o regulamento. A final<br />
do Melhor Mecatrónico 2019 realizar-se-ia<br />
nas instalações da ATEC –<br />
Academia de Formação, situada no<br />
Parque Industrial da Volkswagen<br />
Da esq.ª para a dta. (fila de cima):<br />
Armando Coutinho; Nelson Sousa;<br />
Hugo Guerra e Radu Holban. Fila<br />
de baixo: Alexandre Santos; Marco<br />
Cordeiro e Nuno Cristão<br />
ORGANIZAÇÃO<br />
PARCERIA
MELHOR<br />
MECATRÓNICO<br />
2019<br />
CADA FINALISTA REALIZOU SETE HORAS E MEIA DE PROVAS, DIVIDIDAS POR<br />
CINCO MÓDULOS. TRÊS PROVAS TIVERAM UMA DURAÇÃO MÁXIMA DE DUAS<br />
HORAS, AS OUTRAS NÃO EXCEDERAM OS 45 MINUTOS. A PRESSÃO FOI MUITA<br />
Autoeuropa. E assim foi. Mas, este<br />
ano, além do envio prévio de documentação<br />
técnica, a organização<br />
realizou um briefing com os finalistas<br />
no teatro de operações dias antes<br />
da realização da derradeira etapa da<br />
competição. Tudo para que os concorrentes<br />
tivessem verdadeira noção<br />
do que iriam encontrar e interiorizassem<br />
a seriedade da iniciativa. A final<br />
da competição contemplou, este<br />
ano, automóveis de diferentes marcas:<br />
dois VW Sharan, um Seat Ibiza,<br />
um Renaullt Clio e um Nissan Micra<br />
(estes dois últimos equipados com o<br />
motor 1.5 dCi). Ao todo, cada finalista<br />
realizou sete horas e meia de provas,<br />
dividi<strong>das</strong> por cinco módulos: A<br />
(Reparação de motor – duas horas);<br />
B (Diagnóstico de motor – duas horas);<br />
C (Diagnóstico sistema elétrico<br />
VW Sharan – duas horas); D (Diagnóstico<br />
Seat – 45 minutos); E (Reparação<br />
de caixa de velocidades DSG –<br />
45 minutos).<br />
Todos os materiais, ferramentas e<br />
equipamentos foram fornecidos pela<br />
organização. Os concorrentes só tiveram<br />
de trazer os seus EPI´s (roupa<br />
de trabalho, botas, óculos). E, claro,<br />
conhecimento, concentração e afinco<br />
para dar o seu melhor. Até porque,<br />
além do título de Melhor Mecatrónico<br />
2019, o vencedor da competição<br />
levaria para casa um diploma, um<br />
troféu e uma panóplia de artigos de<br />
merchandising e prémios dados pelos<br />
patrocinadores. Pouco passava <strong>das</strong><br />
10h quando os sete finalistas se apresentaram<br />
no “terreno de jogo”. Depois<br />
do briefing dado por Carlos Isidro,<br />
coordenador da área de Mecatrónico<br />
Automóvel da ATEC e presidente do<br />
júri, as provas tiveram início, com os<br />
concorrentes (a acusarem ansiedade<br />
e nervosismo) a distribuírem-se pelas<br />
provas, depois de sorteada a ordem<br />
de entrada em cena. Tudo, mas<br />
PontuAÇÃo final<br />
1.° Marco Cordeiro<br />
2.° Alexandre Santos<br />
3.° Nuno Cristão<br />
4.° Armando Coutinho<br />
5.° Nelson Sousa<br />
6.° Hugo Guerra<br />
7.° Radu Holban<br />
mesmo tudo, foi avaliado. Desde o<br />
conhecimento técnico, até ao manuseamento<br />
<strong>das</strong> ferramentas, passando<br />
por hábitos de limpeza. As condições<br />
eram iguais para todos. A isenção e<br />
a abrangência <strong>das</strong> provas foram por<br />
demais elogia<strong>das</strong>. E o notável rigor e<br />
empenho dos jurados ditou, uma vez<br />
mais, o sucesso desta iniciativa.<br />
Melhor está em S. Miguel<br />
No final do primeiro dia de competição,<br />
as opiniões dos participantes<br />
eram unânimes, independentemente<br />
daquilo que estivesse reservado para<br />
o segundo dia. “Experiência única,<br />
teste aos conhecimentos, excelente<br />
ambiente de trabalho e espírito<br />
de camaradagem,” foram alguns dos<br />
comentários feitos pelos finalistas. O<br />
dia terminou com um jantar de con-
A Final do Melhor Mecatrónico<br />
2019 contou com um<br />
programa recheado de<br />
atividades, onde não faltou o<br />
sorteio de um Curso Técnico<br />
de Intervenção em sistemas<br />
de ar condicionado e uma ação<br />
de formação conjunta bilstein<br />
group Portugal/Autozitânia<br />
vívio no Golf & Country Club Quinta<br />
do Peru, na Quinta do Conde, onde<br />
formadores, concorrentes, patrocinadores<br />
e organização puderam confraternizar,<br />
descontrair e fazer o balanço<br />
do primeiro dia.<br />
Na manhã seguinte, sábado, 16 de<br />
novembro, era o tudo ou nada. Só ao<br />
final da tarde, depois de concluí<strong>das</strong><br />
as provas e atribuí<strong>das</strong> as pontuações,<br />
é que houve “fumo branco” por parte<br />
do júri. Marco Cordeiro, da Auto<br />
Cordeiro, localizada na ilha de S. Miguel,<br />
nos Açores, pertencente à rede<br />
A Oficina, arrecadou o título de “Melhor<br />
Mecatrónico 2019”.<br />
A terminar, refira-se que, ao longo<br />
dos dois dias, enquanto decorriam<br />
as provas, passaram pelas instalações<br />
da ATEC - Academia de Formação<br />
várias dezenas de pessoas, que<br />
estiveram atentas ao desenrolar dos<br />
acontecimentos e interagiram com<br />
os patrocinadores presentes. Nem<br />
os finalistas de 2018 faltaram. E até<br />
houve lugar ao sorteio de um Curso<br />
Técnico de Intervenção em sistemas<br />
de ar condicionado e uma apresentação<br />
de componentes eletrónicos<br />
e sensores <strong>das</strong> marcas febi, SWAG<br />
e Blue Print por parte de Gonçalo<br />
Pinto, consultor técnico do bilstein<br />
group Portugal, perante a presença<br />
de dois elementos da Autozitânia,<br />
Flávio Menino, diretor de marketing<br />
e comunicação, e Rui Almeida, responsável<br />
comercial da zona sul. Para<br />
o ano, haverá novidades nesta competição.<br />
Tudo indica que a 5.ª edição<br />
do Melhor Mecatrónico se vá realizar<br />
no Salão expoMECÂNICA... l<br />
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DESTAQUE<br />
REPINTURA AUTOMÓVEL<br />
ONDE PARAM<br />
OS PINTORES
ORDENADOS ACIMA DA MÉDIA, TAXA DE EMPREGABILIDADE A 100%<br />
E POSSIBILIDADE DE PROGRESSÃO NUMA CARREIRA DE VANGUARDA.<br />
MAS, AFINAL, ONDE PARAM OS PINTORES DO RAMO AUTOMÓVEL?<br />
O JORNAL DAS OFICINAS FOI À PROCURA DE RESPOSTAS E CONVERSOU<br />
COM UM PROFISSIONAL DA ÁREA por Jorge Flores<br />
Em busca do profissional perdido. Este bem poderia<br />
ser o título que vai na cabeça dos responsáveis<br />
<strong>das</strong> empresas especializa<strong>das</strong> em repintura automóvel.<br />
Não apenas no mercado oficinal português, como<br />
em toda a Europa. Ordenados acima da média, taxa<br />
de empregabilidade a 100%, forte possibilidade de progressão<br />
numa carreira de vanguarda e de futuro assegurado.<br />
E entidades formadoras à disposição. Mas, afinal,<br />
porque existe tão pouca oferta de pintores perante tanta<br />
procura? Porque têm os gestores oficinais tanta dificuldade<br />
para renovar uma classe profissional cada vez<br />
mais envelhecida? João Calha, key account manager &<br />
training center leader da Axalta Coating Systems Portugal,<br />
acredita que falta, sobretudo, “valorizar” a profissão.<br />
“Temos de perceber que não podemos mudar tudo<br />
de um dia para o outro. O trabalho de divulgação tem<br />
de ser feito de uma forma consistente, ao longo do tempo.<br />
De raiz. Deverá ser dirigido às escolas e a uma população<br />
mais jovem, no sentido de esta valorizar a profissão.<br />
Hoje, é um trabalho de laboratório, equipamentos<br />
de segurança e limpo. Não é algo que se aprende facilmente,<br />
visto que tem uma componente técnica grande<br />
e requer habilidade no uso dos materiais. Mas é uma<br />
profissão tecnologicamente evoluída, com ferramentas<br />
digitais, bem paga e de emprego garantido. Com futuro.<br />
Mas os mais jovens, hoje, preferem os cursos de mecatrónico,<br />
que, muitas vezes, vai dar ao desemprego”, lamenta<br />
João Calha ao nosso jornal.<br />
O problema podia estar relacionado com a inexistência<br />
de cursos de formação. Mas não é o caso. Existem<br />
vários exemplos. A começar por marcas como a Mercedes-Benz<br />
e pela Toyota, através dos centros da Salvador<br />
Caetano (ambas para alimentarem a própria rede)<br />
ou entidades como o CEPRA, a Santa Casa da Misericórdia,<br />
através da Aldeia de Santa Isabel, ou o próprio<br />
Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)<br />
em várias delegações pelo país. Acontece que, muitas<br />
vezes, o número de inscritos não chega para formar<br />
uma turma. E muitos dos que se inscrevem acabam<br />
por desistir a meio da formação. “O problema é de tal<br />
maneira grave, que o <strong>Jornal</strong> Expresso, dois anos seguidos,<br />
colocou os pintores do ramo automóvel entre as<br />
10 profissões mais carentes de profissionais”, acrescenta<br />
Virgílio Maia, diretor de marketing e comunicação<br />
da Axalta Coating Systems Portugal.<br />
Mercado preocupado<br />
Os gestores oficinais contactados pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
manifestaram a sua preocupação com a escassez<br />
de pintores do ramo automóvel. Pedro Ramos, responsável<br />
da oficina Maniquecar, em Alcabideche, considera<br />
que a falta de profissionais é um problema que não<br />
afeta apenas a repintura automóvel, mas sim o setor<br />
na sua globalidade. Na sua opinião, as áreas da chapa<br />
e pintura são as mais graves. Mas não esquece as<br />
rececionistas. “Não há”, afirma. Em relação aos pintores,<br />
concretamente, para si, “faltam centros de formação”,<br />
lamenta. “Os cursos existem, mas falta informação.<br />
As pessoas desconhecem que podem ganhar entre<br />
€1200 a €1300, mais do que muitos ‘doutores’. Não<br />
existe essa perceção. Também ignoram o facto de ser<br />
uma profissão de futuro, porque, de pintura, os automóveis<br />
nunca deixarão de necessitar”, explica. E acrescenta:<br />
“Mas preferem todos ir para mecatrónica”. Segundo<br />
Pedro Ramos, esta situação obriga o mercado<br />
a contratar “profissionais estrangeiros”, porque portugueses,<br />
“não há. Nem bons nem maus”, diz.<br />
Uma sugestão? “Sensibilizar as pessoas para esta profissão,<br />
através de campanhas. Explicar que é uma profissão<br />
com muitas condições. Muitos têm medo dos<br />
pós e receiam que seja uma atividade suja. Não é o<br />
caso. Era necessário maior envolvimento <strong>das</strong> associações<br />
do setor”, defende o responsável da Maniquecar,<br />
cuja repintura automóvel representa entre 60 a 65%<br />
do seu negócio, com tendência para aumentar. “Assim<br />
haja profissionais”. Ao serviço, nesta área, tem três bate-chapas<br />
e cinco pintores.<br />
A oficina 11 Auto, por seu turno, dedica-se quase em<br />
exclusivo à repintura, apesar de ter serviços de mecânica<br />
como complemento do negócio. Significa isto que<br />
sente, como poucos, a carência de massa laboral. Hugo<br />
Silva, responsável da oficina de Mafra, reconhece<br />
que tal limitação obriga a impor uma “sobrecarga horária<br />
aos funcionários. Estamos sempre a pedir-lhes<br />
mais uma hora extra”. No seu entender, faltam cursos<br />
de formação em chapa e pintura. “Os centros preferem<br />
dar cursos de mecatrónica, onde basta uma sala<br />
de formação. Não tem grandes investimentos. Para dar<br />
formação na nossa área, é preciso outra logística e investimento<br />
maiores, como numa estufa, por exemplo”,<br />
explica ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 11
C<br />
REPINTURA<br />
AUTOMÓVEL<br />
Mão de obra envelhecida<br />
Ana Fazenda, responsável pelos 19<br />
centros da Salvador Caetano, tem um<br />
olhar próprio sobre esta questão. “Ao<br />
longo dos anos, temos verificado uma<br />
crescente necessidade de técnicos de<br />
reparação de chapa e pintura. Efetivamente,<br />
esta era uma profissão que<br />
surgia na figura do aprendiz da profissão,<br />
iniciando-se quando os jovens<br />
tinham entre 14 e 16 anos”, adianta.<br />
“Com o tempo”, continua, a “formação<br />
de aprendizes transitou para as escolas<br />
de formação e para o ensino técnico-profissional.<br />
Estas novas áreas escolares/formação<br />
foram-se dedicando<br />
a diversas temáticas do setor automóvel,<br />
como a mecânica e a mecatrónica,<br />
mas, até então, ainda não se tinham<br />
dedicado à pintura e à reparação de<br />
chapa. Estas são duas áreas profissionais<br />
que exigem conhecimento mais<br />
específico, diversas ferramentas, tintas<br />
e materiais de pintura, bancos de<br />
ensaio e estufas, que tornam a formação<br />
dispendiosa e a necessitar de infraestruturas<br />
de outra dimensão. Assim,<br />
os profissionais destas duas áreas<br />
foram envelhecendo, não existindo a<br />
sua substituição natural. O mercado,<br />
em geral, tem, neste momento, uma<br />
população envelhecida nesta profissão,<br />
com poucos técnicos entre os 25<br />
e 45 anos, e a iniciar as primeiras formações<br />
na área”, diz.<br />
A Caetano Colisão conta com 19 centros<br />
de colisão multimarca, cerca de<br />
193 técnicos de pintura e reparação<br />
de chapa, 25,6 milhões de euros de<br />
faturação e cerca de 25.600 reparações<br />
de colisão em 2018. “Somos um<br />
dos principais operadores no mercado<br />
e distinguimo-nos pelas excelentes<br />
instalações, domínio e uso da<br />
mais recente tecnologia utilizada nas<br />
atividades de pintura e reparação de<br />
chapa, capacidade técnica de equipamentos,<br />
máquinas e ferramentas,<br />
know-how, formação contínua<br />
e certificação técnica por entidades<br />
externas dos nossos recursos humanos.<br />
Somos reconhecidos no mercado<br />
pelo nosso compromisso com<br />
parceiros, exigência e qualidade, re-<br />
sultando na completa satisfação dos<br />
clientes. A solidez do Grupo Salvador<br />
Caetano é um fator diferenciador<br />
na opção de muitos técnicos, o<br />
que, aliado à melhoria contínua dos<br />
nossos processos, com ganhos de eficiência<br />
<strong>das</strong> operações e dos processos,<br />
resulta numa menor necessidade<br />
destes recursos com perspetivas de<br />
renovação a curto prazo, em resultado<br />
dos investimentos em projetos<br />
de formação nesta área pelo próprio<br />
Grupo Salvador Caetano”, explica.<br />
“Determinante para resolver esta dificuldade<br />
foi, sem dúvida, o trabalho<br />
desenvolvido pelo Centro de Formação<br />
de qualificação de jovens do<br />
GSC, que, desde 1983, desenvolve<br />
cursos de formação quer nesta área<br />
de reparação e pintura quer em muitas<br />
outras relaciona<strong>das</strong> com os negócios<br />
do grupo, materializando o lema<br />
do seu fundador, Salvador Caetano,<br />
que dizia: ‘se não há profissionais no<br />
mercado, façam-nos’. Podemos afirmar<br />
que, como consequência direta<br />
de tudo isto, não temos falta destes<br />
recursos, salvo em situações excecionais<br />
de picos de trabalho e algum absentismo”,<br />
garante.<br />
ORLANDO SILVA, PINTOR DA MOTICRISTO<br />
O PRAZER DE SER PINTOR DE AUTOMÓVEIS VEM COM A NOSSA dedicaÇão<br />
Amante de BTT (e <strong>das</strong> bicicletas em geral),<br />
modalidade em que já se sagrou Campeão<br />
Regional em 2013, Orlando Silva, de 36 anos,<br />
acredita que é com esforço e dedicação que<br />
se alcança, não apenas o sucesso, como,<br />
inclusivamente, o “prazer naquilo que se faz”.<br />
Uma receita que aplica nas várias áreas da<br />
sua vida. Seja no desporto (hoje, dedica-se ao<br />
duatlo: corrida/bicicleta), como na profissão.<br />
Pintor de automóveis da oficina Moticristo, em<br />
Mafra, desde 2006, depois de uma experiência<br />
inicial num concessionário da Mitsubishi, onde<br />
deu os primeiros passos, em 1999, Orlando Silva<br />
garante que aprendeu a “gostar muito” daquilo<br />
que faz. “Gosto do serviço, da casa onde trabalho<br />
e dos meus colegas”, acrescenta. Reconhece<br />
que, tal como muitos outros jovens em início<br />
de carreira, a sua paixão não apontou logo à<br />
repintura. As cores eram outras. “Gosto muito<br />
de automóveis e de mecânica”. Mas, aos poucos,<br />
foi descobrindo outros mundos. Outros ramos.<br />
A repintura conquistou-o. E ele a repintura.<br />
“A maior parte dos jovens que aqui chegam,<br />
vindos dos centros de formação, tem sempre a<br />
mecânica na cabeça”, admite. E encontra uma<br />
explicação para essa preferência: “Este é um<br />
trabalho mais complexo. Na repintura, não há<br />
réguas nem manuais que nos possam garantir<br />
que estamos 100% certos no que fazemos. Não<br />
há uma chave que resolva o problema. Temos<br />
de ser nós e a dedicação que emprestamos<br />
ao serviço”, afirma. E vai ainda mais longe no<br />
raciocínio: “A repintura talvez não pareça tão<br />
emocionante, de início, como a mecânica.<br />
Não é um prazer tão imediato. Vai evoluindo<br />
connosco”, revela.<br />
Orlando Silva reconhece que, atualmente, esta é<br />
uma “profissão que oferece um salário bastante<br />
acima da média, dada a escassez de oferta.<br />
E desmistifica o preconceito de que seja uma<br />
atividade suja. “Só quem quiser mesmo andar<br />
sujo”, brinca. “Hoje, temos um equipamento de<br />
proteção muito completo”, esclarece. E conclui:<br />
“Não é preciso ser um fora de série para ser<br />
pintor de automóveis, um Cristiano Ronaldo<br />
da repintura, mas é fundamental aquilo que<br />
damos de nós próprios para sermos bons no que<br />
fazemos e disso extrair prazer”.<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
12 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Problema internacional<br />
A falta de profissionais na indústria<br />
da repintura é um problema que afeta<br />
os proprietários de oficinas um<br />
pouco por toda a Europa. Não é um<br />
problema apenas nacional. Estudos<br />
regionais indicam que muitos destes<br />
gestores oficinais receiam uma verdadeira<br />
crise no futuro. Jim Muse, vice-presidente<br />
de repintura da Axalta<br />
escassez de mão de obra qualificada.<br />
A falta de interesse por parte de gerações<br />
mais novas e uma mão de obra<br />
em envelhecimento são largamente<br />
considera<strong>das</strong> como as principais<br />
causas. “Para inverter o interesse decrescente<br />
na profissão por parte de jovens<br />
adultos, temos de dar à imagem<br />
do trabalho do pintor uma renovação<br />
muito necessária,” dá conta Jim Mu-<br />
Devido aos muitos desenvolvimentos<br />
rápidos em tecnologia, o processo<br />
é, hoje, realizado de uma forma célere<br />
e precisa, em oficinas modernas com<br />
sistemas digitais avançados, apoiados<br />
por ferramentas de correspondência<br />
de cores digitais que oferecem aos pintores<br />
total mobilidade nas oficinas.<br />
Num sistema de gestão de cor totalmente<br />
digital e baseado na web, os<br />
nascida entre 1995 e 2014, sendo que<br />
os mais velhos estão, agora, a entrar<br />
na força de trabalho. Trata-se de um<br />
grupo significativo e prevê-se que, até<br />
2020, inclua um quarto da mão de<br />
obra mundial. Um estudo recente efetuado<br />
junto de mais de 12 mil jovens<br />
da geração “Z” em 17 países diferentes,<br />
revelou que 80% ambiciona trabalhar<br />
com tecnologias de ponta e 91%<br />
A Falta DE PROFISSIONAIS NO SETOR DA REPINTURA É UM PROBLEMA QUE<br />
AFETA OS PROPRIETÁRIOS DE OFICINAS UM POUCO POR toDA A EUROPA.<br />
ESTÁ LONGE DE SER UM PROBLEMA CIRCUNSCRITO À REALIDADE NACIONAL<br />
na Europa, Médio Oriente e África<br />
(EMEA), afirma que, para superar esta<br />
crise de competências, “o setor deverá<br />
posicionar a profissão como uma<br />
carreira para os que têm experiência<br />
com tecnologias digitais e sensíveis às<br />
questões ambientais”. De acordo com<br />
a visão do responsável, a indústria da<br />
repintura está sob pressão devido à<br />
se. “As inovações na tecnologia significam<br />
que, hoje, a profissão é tão digital<br />
como manual, estando cada vez mais<br />
sensível às questões ambientais”.<br />
Historicamente, o trabalho de repintura<br />
era algo estático, em particular<br />
quando a correspondência de cores era<br />
realizada com microfichas e, depois,<br />
com lamelas de cores tradicionais.<br />
pintores podem aceder a evoluí<strong>das</strong><br />
funcionalidades, como leituras de espectrofotómetros,<br />
fichas de trabalho e<br />
fórmulas de cores, sem fios, a partir de<br />
qualquer dispositivo com acesso à Internet,<br />
como um smartphone ou tablet,<br />
em qualquer lugar nas oficinas.<br />
Os proprietários de oficinas pretendem,<br />
desta forma, atrair a geração “Z”,<br />
declarou que a tecnologia influenciaria<br />
o trabalho. Para os responsáveis<br />
do setor, é fundamental demonstrar<br />
à geração “Z” que a repintura é uma<br />
alternativa atraente em relação a outras<br />
profissões. E que é constituída por<br />
verdadeiros nativos digitais com uma<br />
mentalidade ambiental mais forte do<br />
que as gerações anteriores. l<br />
Untitled-3.pdf 1 06/09/18 15:38<br />
PUB
SALÃO<br />
MECÂNICA 2019<br />
À CONQUISTA<br />
DO ORIENTE<br />
A EDIÇÃO DE 2019 DO<br />
SALÃO MECÂNICA FICOU,<br />
INVARIAVELMENTE, MARCADA<br />
PELA PRESENÇA DE MAIS DE<br />
50 EMPRESAS PROVENIENTES<br />
DA CHINA. AFRONTA PARA UNS,<br />
COMPREENSÍVEL PARA OUTROS,<br />
A VERDADE É QUE A EXPOSALÃO<br />
DECIDIU, ESTE ANO, PARTIR À<br />
CONQUISTA DO ORIENTE. APOSTA<br />
QUE É, DE RESTO, PARA MANTER. A<br />
INFORMAÇÃO FOI AVANÇADA PELO<br />
PRÓPRIO JOSÉ FRAZÃO, DIRETOR<br />
DA FEIRA, QUE REVELOU AO JORNAL<br />
DAS OFICINAS QUE, EM MAIO DE<br />
2021, OS EXPOSITORES ASIÁTICOS<br />
TERÃO O SEU ESPAÇO RESERVADO<br />
NA FIL, NO PARQUE DAS NAÇÕES<br />
por Bruno Castanheira
Em 2019, o 9.° Salão Profissional de Aftermarket,<br />
Equipamento Oficinal e Logística<br />
voltou a realizar-se em Lisboa. Mais concretamente,<br />
na FIL, no Parque <strong>das</strong> Nações. De 22 a 24<br />
de novembro, pelo terceiro ano consecutivo desde<br />
que saiu da Batalha, o aftermarket nacional convergiu<br />
para a capital portuguesa. Este ano também<br />
sem a ExpoTransporte, a feira foi dedicada à temática<br />
da mecânica automóvel, com destaque para a<br />
logística, componente primordial neste setor e que<br />
contribui em muito para a otimização de processos.<br />
Mas houve de tudo um pouco. Desde máquinas<br />
para construção civil até, imagine-se, expositores<br />
de vinhos, passando por veículos do exército.<br />
Um dos momentos altos da feira foi a final da competição<br />
Challenge <strong>Oficinas</strong>, organizada pelo <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> em parceria com a Polivalor.<br />
Negócio da China<br />
Com a realização, em Lisboa, da edição de 2019<br />
da MECÂNICA, a Exposalão decidiu, este ano, fazer<br />
diferente na feira pioneira do aftermarket nacional.<br />
Ao longo dos 10.000 m 2 de área expositiva,<br />
estiveram presentes, de acordo com dados da organização,<br />
150 expositores, que responderam a to<strong>das</strong><br />
as áreas de interesse dos cerca de 20 mil visitantes<br />
profissionais que passaram, ao longo de três dias,<br />
pelo Pavilhão 3 (dados provisórios até ao fecho deste<br />
artigo). Mais do que uma exposição dedicada ao<br />
pós-venda, esta edição apresentou-se como um salão<br />
virado para o oriente. A grande novidade foi a<br />
presença de mais de 50 empresas parceiras do Grupo<br />
SINOMACHINT, oriun<strong>das</strong> da China. A MECÂ-<br />
NICA foi a primeira feira realizada em Portugal a<br />
contar com a presença de um grande grupo industrial<br />
e tecnológico chinês, cotado como a 250.ª empresa<br />
mais poderosa do mundo, proveniente da República<br />
Popular da China: SINOMACHINT.<br />
“O aumento substancial de empresas estrangeiras,<br />
pautado pela presença de fabricantes internacionais<br />
de aftermarket, que pretendem apostar<br />
no mercado ibérico para introduzir as suas marcas<br />
através da MECÂNICA, em Lisboa, veio aumentar<br />
a qualidade e o número de expositores. Todo este<br />
processo se deve ao forte desenvolvimento tecnológico<br />
proveniente da China, com apresentação<br />
de grandes players desse país, que contaram, entre<br />
outras, com uma conferência onde foi abordado<br />
o tema da mobilidade elétrica e os seus equipamentos,<br />
com algumas surpresas e apresentações<br />
de novidades. Também contámos, este ano, com<br />
empresas de Itália, Espanha, Eslovénia e Holanda”,<br />
revelou José Frazão, diretor da feira, ao <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
Olhos em bico<br />
Segundo a Exposalão, os milhares de profissionais<br />
que aderiram ao evento puderam contactar<br />
com uma vasta gama de produtos, equipamentos e<br />
acessórios para o setor automóvel, nomeadamente<br />
equipamento oficinal, auto diagnóstico, ferramentas,<br />
repintura automóvel, estruturas e equipamentos<br />
para lavagem auto, equipamento GPL, peças e<br />
acessórios, componentes elétricos, vidros, iluminação,<br />
car audio, cosmética automóvel, ar condicionado,<br />
escapes, turbos, pneus, óleos e lubrificantes,<br />
gestão de resíduos, formação, software de<br />
apoio às oficinas, associações setorias e imprensa<br />
especializada.<br />
“Na edição deste ano, apostámos, também, no enriquecimento<br />
do programa de atividades paralelas,<br />
onde propusemos abordar temas dentro da<br />
(r)evolução automóvel, da (r)estruturação da mecânica<br />
automóvel e da (re)invenção mecânica. Participaram<br />
nestas atividades a ANCIA (Associação<br />
Nacional de Centros de Inspeção Automóvel), a<br />
ARAN (Associação Nacional do Ramo Automóvel),<br />
a ANECRA (Associação Nacional <strong>das</strong> Empresas<br />
do Comércio e da Reparação Automóvel),<br />
EAATA, INOV- FLOW, CeNTI (Centre of Nanotechnology<br />
and Smart Materials), CEPRA, e Ricardo<br />
Oliveira, do WorldShopper. Contámos, também,<br />
com um Pitch Slam, da start-up Lisboa”, deu<br />
conta José Frazão.<br />
A Exposalão já está de olhos postos no futuro. Tanto<br />
mais, que o diretor da feira revelou que a próxima<br />
edição, a realizar em maio de 2021, na FIL, em<br />
Lisboa, intercalando com a expoMECÂNICA, na<br />
Exponor, voltará a contar com a presença de vários<br />
expositores de origem asiática. l<br />
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SALÃO<br />
MECÂNICA 2019<br />
7<br />
elementos<br />
do <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
presentes<br />
3dias<br />
de feira<br />
150<br />
expositores presentes<br />
50<br />
empresas de origem<br />
chinesa superou este<br />
número<br />
10.000 M 2 20.000<br />
área total de exposição<br />
visitantes rondaram esta fasquia<br />
1pavilhão<br />
alocado<br />
ao<br />
certame<br />
200<br />
takes em vídeo recolhidos<br />
pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
31<br />
posts feitos pelo<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
no Facebook<br />
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OPINIÃO<br />
MIGUEL FRANCO, VICE PRESIDENT OF BUSINESS DEVELOPMENT DA STRATIO<br />
O SETOR DOS TRANSPORTES ESTÁ<br />
A MUDAR. TAL COMO A MANUTENÇÃO<br />
NO MUNDO ATUAL, AS TRANSPORTADORAS ENFRENTAM UMA AMEAÇA CONSTANTE À MEDIDA<br />
QUE OS MERCADOS SE TORNAM CADA VEZ MAIS GLOBALIZADOS<br />
A<br />
competitividade já não<br />
constitui apenas um<br />
fator determinante para<br />
a rentabilidade. Também define<br />
quais os negócios que irão prosperar<br />
e os que não vão conseguir<br />
sobreviver. As novas tecnologias e os<br />
desenvolvimentos recentes na área<br />
da Inteligência Artificial abriram<br />
uma janela de oportunidade<br />
para uma nova abordagem à<br />
manutenção, que é muito mais<br />
eficaz do que a tradicional<br />
manutenção programada, baseada<br />
na quilometragem ou em períodos<br />
temporais. Esta nova abordagem<br />
à manutenção, que recorre à<br />
Inteligência Artificial, baseia-se na<br />
leitura de dados dos sensores dos<br />
veículos (temperaturas, pressões,<br />
estados) e utiliza matemática, física<br />
e métodos científicos, no geral,<br />
para, com base no comportamento<br />
atual e histórico dos componentes,<br />
prever, com grande grau de certeza,<br />
comportamentos e performance<br />
futura.<br />
Estas análises complexas são efetua<strong>das</strong><br />
de forma automatizada e permitem<br />
aos operadores, não apenas supor<br />
ou estimar, mas efetivamente, saber,<br />
com base em dados factuais, o que<br />
está errado, que componentes têm de<br />
ser substituídos, em quanto tempo e<br />
como evitar disrupções na operação<br />
e eliminar períodos de inatividade.<br />
E o mais interessante é que, ao<br />
contrário do senso comum, esta nova<br />
abordagem não substitui a anterior<br />
A NOVA<br />
ABORDAGEM À<br />
MANUTENÇÃO,<br />
QUE RECORRE<br />
À INTELIGÊNCIA<br />
ARTIFICIAL,<br />
BASEIA-SE NA<br />
LEITURA DE<br />
DADOS DOS<br />
SENSORES<br />
manutenção preventiva. E, como<br />
tal, não invalida um planeamento<br />
da manutenção. Pelo contrário,<br />
complementa-o, tornando-o<br />
dinâmico, com a capacidade para<br />
gerar novas ordens de trabalho e<br />
atualizar os planos de manutenção<br />
de forma automática, permitindo às<br />
empresas um controlo muito mais<br />
rigoroso e uma visibilidade muito<br />
superior, sem a exigência de alocação<br />
de mais recursos para estas tarefas.<br />
A Stratio tem, desde a sua fundação,<br />
liderado a investigação e os avanços<br />
científicos nesta área, apoiando<br />
- desde fabricantes a grandes<br />
operadores - algumas <strong>das</strong> maiores<br />
empresas de transportes da<br />
Europa nesta transição<br />
para uma manutenção<br />
automatizada. A Stratio,<br />
em parceria com os seus<br />
clientes, criou um espaço<br />
onde se poderá ver, em<br />
primeira mão, uma<br />
operação totalmente<br />
automatizada. l<br />
PUB<br />
18 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
OBSERVATÓRIO<br />
CONCEITOS DE MOBILIDADE<br />
SOLUÇÕES PARA TODOS<br />
A<br />
mobilidade está a mudar. E a<br />
um passo mais acelerado do<br />
que nunca. As pessoas preocupam-se<br />
de forma crescente com o<br />
meio ambiente, vivendo, a sua maioria,<br />
nas grandes cidades. Por isso, faz<br />
sentido continuar a falar em mobilidade<br />
partilhada. A emov (agora emov<br />
by Free2move) é a prova viva <strong>das</strong> alterações<br />
que a nossa sociedade está a<br />
atravessar. Com cada vez maior adesão,<br />
a empresa de mobilidade continua<br />
a expandir-se e a aumentar a sua<br />
frota, que, apesar de não exceder os<br />
150 veículos na cidade de Lisboa, começa,<br />
agora, a dar cartas para levar<br />
os seus clientes mais longe.<br />
Do particular AO profissional<br />
As soluções para particulares já são<br />
bastante conheci<strong>das</strong> no “mundo” da<br />
mobilidade. Mas com a aquisição da<br />
emov por parte da Free2move, serviço<br />
de mobilidade do Groupe PSA, a<br />
empresa vai ainda mais longe e chega<br />
aos clientes profissionais. Agora,<br />
para além da aplicação urbana com<br />
NO PASSADO DIA 12<br />
DE NOVEMBRO, A EMOV<br />
REUNIU, NO HOTEL ALTIS<br />
BELÉM, UMA EQUIPA<br />
DE 12 JORNALISTAS,<br />
AOS QUAIS APRESENTOU<br />
AS NOVIDADES DO<br />
SERVIÇO E A NOVA<br />
IMAGEM EMOV BY<br />
FREE2MOVE.<br />
À SEMELHANÇA<br />
DO QUE ACONTECEU EM<br />
ABRIL, IGNACIO RÓMAN,<br />
CEO DA FREE2MOVE<br />
IBERIA, VOLTOU A FALAR,<br />
IN LOCO, DA “SUA” MARCA<br />
por Joana Calado<br />
múltiplas utilizações, que servirá<br />
como um agregador de serviços, a<br />
emov by Free2move disponibilizará,<br />
também, um serviço de aluguer de<br />
veículos por um curto período (Free-<br />
2move Rent) e um serviço de renting<br />
a longo prazo (Free2move Leasing).<br />
E, ainda, uma aplicação totalmente<br />
dedicada aos condutores de veículos<br />
elétricos, onde se pode encontrar<br />
pontos de carga e reservar estacionamentos<br />
(Free2move Services). Todos<br />
estes serviços estão disponíveis para<br />
clientes particulares e profissionais.<br />
“Queremos que, num futuro próximo,<br />
todos os nossos clientes possam<br />
aceder à completa oferta de serviços<br />
que temos através de uma única<br />
aplicação”, afirmou Ignacio Róman,<br />
CEO da Free2move Iberia.<br />
Especialmente direcionados para<br />
clientes profissionais e de frota, a<br />
empresa criou os serviços e-mobility<br />
advisor, connect fleet e fleet sharing,<br />
que prometem, acima de tudo, facilitar<br />
o dia a dia <strong>das</strong> empresas. Com estas<br />
novas soluções, a Free2move vai<br />
conseguir avaliar a potencial de eletrificação<br />
<strong>das</strong> frotas de empresas, gerir<br />
toda a sua frota através de dados<br />
em tempo real e otimizar a monotorização,<br />
além de rentabilizar a sua<br />
frota, permitindo aos colaboradores<br />
uma utilização mais flexível.<br />
Saímos do centro<br />
A grande novidade apresentada<br />
pela emov by Free2move foi a inclusão<br />
de 30 unidades do modelo DS<br />
3 Crossback para complementar a<br />
frota de Citroën C-Zero existentes.<br />
Estes novos modelos possibilitarão<br />
deslocações maiores do que a frota<br />
elétrica. E mais cómo<strong>das</strong>. Se, em<br />
abril, a emov apresentava novas zonas<br />
de atuação, como Benfica, Olivais<br />
e Bairro da Cruz Vermelha, na<br />
apresentação do dia 12 de novembro<br />
foi, literalmente, mais longe, estando<br />
ainda em negociações com a Câmara<br />
Municipal da Amadora, mas<br />
já com uma certeza: em Alfragide<br />
vai ser possível deslocarmo-nos com<br />
a emov by Free2move. l<br />
20 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
empresas<br />
ISRAEL MARCOS, DELEGADO COMERCIAL PARA PORTUGAL,<br />
E ARSENIO GONZÁLEZ, DIRETOR COMERCIAL IBÉRICO, EM FRENTE<br />
ÀS INSTALAÇÕES DA COJALI, QUE ESTÁ PRESENTE EM 115 PAÍSES
COJALI<br />
O FUTURO DA COJALI<br />
EM PORTUGAL SERÁ<br />
DE CINCO ESTRELAS<br />
A COJALI É UM FABRICANTE EUROPEU DE COMPONENTES E DIAGNÓSTICO PARA VEÍCULOS PESADOS.<br />
ESTÁ NO MERCADO HÁ MAIS DE 25 ANOS E TEM UMA HISTÓRIA MUITO LIGADA À PENÍNSULA IBÉRICA.<br />
NESTAS PÁGINAS, FALAMOS SOBRE O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO DA EMPRESA. ISRAEL MARCOS,<br />
DELEGADO COMERCIAL PARA O NOSSO PAÍS, FALA MESMO DE UM FUTURO CINCO ESTRELAS por João Vieira<br />
Fundada em 1992, a Cojali teve<br />
uma evolução constante, passando<br />
dos quatro sócios fundadores<br />
para mais de 500 colaboradores<br />
atuais. Começou com a<br />
produção de núcleos viscosos, pás<br />
de plástico, válvulas e embraiagens,<br />
evoluindo em termos de core business.<br />
Na época, eram poucas as referências<br />
que se fabricavam. No entanto,<br />
a investigação já começava a<br />
ser um dos pilares de maior destaque<br />
desta empresa: conseguiu que<br />
a Cojali e a Jaltest (ver caixa, nestas<br />
páginas) se transformassem em<br />
marcas de referência na Europa,<br />
EUA e resto do mundo.<br />
A marca está presente em mais de<br />
115 países distribuídos por cinco<br />
continentes, com vários acordos comerciais<br />
de distribuição. Os seus<br />
produtos são (re)conhecidos a nível<br />
mundial, tanto no campo do diagnóstico<br />
como dos componentes. O<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> falou com Arsenio<br />
González, diretor comercial da<br />
Cojali Ibérica, e Israel Marcos, delegado<br />
comercial da marca para Portugal,<br />
e ficou a conhecer, em detalhe,<br />
uma empresa cujas motivações são<br />
muito fortes para atacar um mercado<br />
em constante evolução.<br />
MERCADO PORTUGUÊS<br />
A Cojali está presente no mercado português<br />
desde a sua criação. Ou seja, o nosso país foi,<br />
desde sempre, considerado um mercado sem<br />
diferenças para o espanhol. Por isso, a presença<br />
ronda os 27 anos. Em Portugal, a distribuição<br />
da Cojali é feita através de lojas de peças de<br />
reposição, que estão encarregues de colocar os<br />
produtos da empresa à disposição <strong>das</strong> oficinas<br />
e <strong>das</strong> frotas. A rede de distribuição está muito<br />
consolidada, podendo dizer-se que há uma<br />
presença generalizada da marca em todo o país.<br />
O mercado luso tem um peso específico muito<br />
importante para a empresa, até porque o produto<br />
Cojali é muito procurado pelos utilizadores e<br />
a rede de distribuição tem um grande papel<br />
nesta ação. A empresa marca presença nas feiras<br />
nacionais, sempre através de distribuidores.<br />
Para além de estar presente, a Cojali também dá<br />
formação sobre os produtos.<br />
Quanto a desafios para o futuro, é preciso<br />
defender os interesses do setor e a Cojali quer<br />
participar nisso. Mas, também, é preciso manter<br />
a confiança dos clientes. A marca quer criar um<br />
sem fim de propostas e de produtos para que se<br />
transforme numa referência no mercado luso.<br />
Portugal é um país com muito potencial. É um<br />
mercado ávido de evolução e que pede produtos<br />
tecnologicamente evoluídos. “O futuro da Cojali<br />
em Portugal será de cinco estrelas”, assegura<br />
Israel Marcos.<br />
Motivações fortes essas que têm por<br />
base o passado da empresa, que tem<br />
sido um verdadeiro caso de sucesso<br />
baseado numa força comercial sem<br />
igual. Os dois responsáveis da Cojali<br />
partilham ideias, conceitos, projetos e<br />
até respostas. O mercado português e<br />
a marca Jaltest, a referência de diagnóstico<br />
da Cojali, foram outros temas<br />
abordados nesta conversa interessante,<br />
completa e muito honesta.<br />
Arsenio e Israel começara por mencionar<br />
os três pontos chave para o<br />
crescimento da empresa. Se, para Arsenio,<br />
a aposta na internacionalização<br />
foi fundamental, com a presença<br />
da marca em cinco continentes,<br />
a criação do departamento de engenharia,<br />
o desenvolvimento constante<br />
de processos e produtos, bem como<br />
a clara aposta no talento e no capital<br />
humano da empresa, já Israel é mais<br />
pragmático e refere a importância de<br />
momentos e produtos, como o desenho<br />
e a produção de válvulas e viscosidade<br />
eletromagnética, o desenvolvimento<br />
de módulos de diagnóstico<br />
para veículos industriais e agrícolas,<br />
obras públicas e embarcações, e, por<br />
fim, o desenvolvimento e produção<br />
de módulos telemáticos com funcionalidade<br />
de diagnóstico. Aqui, percebe-se<br />
que os pilares de sucesso são<br />
variados e díspares, mas fortes.<br />
Trabalho, foco, dedicação<br />
Quando questionados sobre a facilidade<br />
em vender componentes hoje<br />
e há 25 anos, a resposta também foi<br />
perentória, até porque ambos acham<br />
que este negócio nunca foi fácil.<br />
“Atualmente, o aftermarket está exposto<br />
a constantes alterações tecnológicas,<br />
à pressão dos fabricantes e a<br />
um longo rol de situações que provocam<br />
algumas dificuldades”. A Cojali<br />
encontrou o antídoto perfeito: o trabalho,<br />
a dedicação, o foco no cliente.<br />
Trata-se de uma empresa dinâmica,<br />
que coloca constantes desafios aos<br />
seus colaboradores. Os clientes agradecem<br />
por isso.<br />
Relativamente ao mercado em geral,<br />
quando uma empresa tem soluções, é<br />
muito bom. De outro ponto de vista,<br />
os produtos contam com um ciclo de<br />
vida muito limitado. Portanto, estar,<br />
constantemente, a lançar novos produtos,<br />
significa que a Cojali é parte<br />
ativa desse mesmo mercado. Os responsáveis<br />
falaram, também, dos produtos<br />
e serviços que oferecem aos<br />
clientes, frisando que estão totalmente<br />
focados no veículo industrial com<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 23
COJALI<br />
COMO EMPRESA DE DIMENSÃO CONSIDERÁVEL QUE É, A COJALI TEM<br />
UMA PLATAFORMA DE VENDAS B2B, SENDO UMA FORMA DE ESTAR<br />
COM O CLIENTE 24 HORAS POR DIA E SETE DIAS POR SEMANA<br />
um portefólio muito amplo de artigos<br />
que abrange sistemas de travagem,<br />
sistemas de refrigeração, diagnóstico<br />
e telemática. No âmbito dos serviços,<br />
a empresa vai apostar fortemente na<br />
assistência técnica e na formação com<br />
veículos de última geração.<br />
Como empresa de dimensão considerável<br />
que é, a Cojali tem uma plataforma<br />
de ven<strong>das</strong> B2B. “Para nós, é<br />
uma forma de estarmos disponíveis<br />
24 horas por dia e sete dias por semana.<br />
E os nossos clientes contam<br />
com informação em tempo real sobre<br />
stock, novos produtos e várias<br />
referências. A nossa plataforma B2B<br />
evoluiu também, permitindo o acesso<br />
dos clientes para gerir trâmites e<br />
processos administrativos (acesso a<br />
faturas, devoluções, prazos de entrega)”,<br />
afirmam em uníssono.<br />
Estratégia de especialização<br />
As gamas de produtos refrigeração,<br />
componentes de travão, componentes<br />
eletrónicos e Jaltest (ver caixa,<br />
nestas páginas) existem a partir do<br />
pressuposto de ampliar a gama, melhorar<br />
a cobertura no mercado, oferecer<br />
um valor acrescentado, com<br />
formação e informação técnica de<br />
montagem. O objetivo é continuar<br />
a ampliar o portefólio de uma forma<br />
muito focalizada no core business<br />
da própria empresa. Já do ponto de<br />
vista comercial, a estratégia coloca o<br />
foco no cliente ou no distribuidor. A<br />
ideia é manter relações a longo prazo<br />
com os clientes através da oferta<br />
do produto adequado para cobrir<br />
as necessidades do mercado e com o<br />
serviço e o tratamento prestado ao<br />
cliente. Para isso, é preciso vender.<br />
E também será necessário motivar a<br />
equipa de ven<strong>das</strong>. Como se consegue<br />
isso? “Seguimos um formato de trabalho<br />
baseado em ações e não apenas<br />
nos resultados. A nossa premissa de<br />
trabalho é informar, propor, assessorar.<br />
E este formato permite fazer<br />
bem o trabalho e ficar entusiasmado<br />
com o projeto. Ainda a nível comercial,<br />
aposta-se forte na formação,<br />
em conhecer o produto e o mercado.<br />
Esta é a melhor forma de motivar a<br />
equipa comercial”, afirmou Arsenio<br />
Gonzalez.<br />
Outro tema muito importante, tem a<br />
ver com a forma como se pode ser mais<br />
rápido e eficiente na entrega dos componentes<br />
às oficinas. Arsenio Gonzalez<br />
refere que não se dá importância suficiente<br />
a quem vende peças de reposição.<br />
“Tendo em conta a diversidade de<br />
marcas, modelos e sistemas no mercado,<br />
se pensarmos em como é incrível<br />
que uma oficina depois de um simples<br />
telefonema peça um silent block, uma<br />
braçadeira de um tubo de escape ou<br />
um sensor de rotações e tenha por trás<br />
um profissional que a identifique imediatamente,<br />
tenha a peça em stock e faça<br />
a gestão da sua entrega em menos<br />
de 24 horas, é obra”, frisa.<br />
EQUIPAMENTO DE<br />
diagNÓSTICO PARA<br />
PESADOS JaltEST<br />
A Jaltest é a vertente de diagnóstico da Cojali.<br />
Estamos a falar de equipamentos de diagnóstico<br />
que permitem à empresa-mãe estar posicionada<br />
perto do cliente final, seja na oficina ou na frota.<br />
São produtos de diagnóstico para camiões,<br />
reboques, autocarros, modelos pick-up, furgões,<br />
tratores, veículos industriais e embarcações.<br />
Produtos exigentes, uma vez que a venda é<br />
realizada apenas uma vez, mas são utilizados<br />
diariamente na oficina. Isto significa que, a<br />
cada dia, os produtos da Jaltest são colocados<br />
à prova. A confiança na marca é tal, que os<br />
responsáveis falam em situação idílica, pois já são<br />
os utilizadores dos equipamentos a recomendar<br />
o produto.<br />
A Jaltest segue uma estratégia 100% focada no<br />
utilizador. Desta forma, a equipa de diagnóstico<br />
centra-se em trabalhar de uma forma intuitiva<br />
e semelhante to<strong>das</strong> as marcas, apesar de dispor<br />
de um portefólio com mais de 59 marcas de<br />
camião, 49 de autocarro e 32 de furgões, to<strong>das</strong><br />
provenientes dos grandes centros de produção<br />
a nível mundial, na China, Índia, EUA, Coreia do<br />
Norte, Japão e Europa. A capacidade de ouvir o<br />
utilizador e de entender as suas necessidades,<br />
permitiu à Jaltest transformar-se no produto<br />
recomendado pelos profissionais para...<br />
profissionais. E não só.<br />
Proposta para os utilizadores<br />
Sendo uma empresa com uma grande<br />
ligação à Península Ibérica, impunha-se<br />
uma análise ao aftermarket<br />
ibérico dentro do segmento de mercado<br />
onde a Cojali atua. “O aftermarket<br />
tem uma posição complexa,<br />
ainda que coloquemos ao serviço dos<br />
utilizadores ferramentas e valores<br />
aos quais as OEM não estão acostuma<strong>das</strong>.<br />
Sempre desfrutámos de<br />
menos informação técnica, menos<br />
capacidade para a identificação de<br />
componentes e uma série de outras<br />
desvantagens que nos fizeram desenvolver<br />
capacidades que também<br />
são valoriza<strong>das</strong> pelo cliente, como o<br />
serviço, a capacidade de adaptação,<br />
a imaginação e a inovação, entre outras.<br />
Quiçá não estamos numa posição<br />
de equilíbrio, mas sim poderíamos<br />
dizer que o OEM, com as suas<br />
vantagens e desvantagens, e o aftermarket,<br />
com as nossas, permite que<br />
sejamos, de facto, uma proposta válida<br />
para os utilizadores”, afirmam. As<br />
perspetivas de faturação para 2019<br />
são muito favoráveis, ainda que, com<br />
as eleições espanholas (que aconteceram<br />
recentemente), o investimento<br />
público se encontre parado, afetando<br />
o setor. Mesmo assim, a empresa espera<br />
resultados positivos.<br />
Para o futuro, o grande desafio da Cojali<br />
é manter uma política orientada<br />
para o cliente, como núcleo principal<br />
da sua atividade. l<br />
24 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ENTREVISTA
AMÍLCAR NASCIMENTO,<br />
KEY ACCOUNT & MARKETING MANAGER DA EXIDE TECHNOLOGIES<br />
NEM TODOS PODEM<br />
DIZER QUE TRABALHAM<br />
NUMA EMPRESA (QUASE)<br />
CENTENÁRIA<br />
QUASE UM SÉCULO CUMPRIDO SOBRE A PRESENÇA DAS BATERIAS TUDOR NO MERCADO NACIONAL,<br />
A EXIDE TECHNOLOGIES CONTINUA A ESTAR NA VANGUARDA DA TECNOLOGIA DO MERCADO.<br />
RESPONSÁVEL DO FABRICANTE, NO NOSSO PAÍS, FALA DE UMA LONGA HISTÓRIA DE SUCESSO<br />
por Jorge Flores<br />
As baterias Tudor estão quase a comemorar<br />
100 anos de presença em Portugal – data<br />
que será celebrada em 2020. Um nome<br />
histórico pelo qual, ainda hoje, o fabricante mundial,<br />
Exide Technologies, é conhecido no mercado<br />
nacional. Em entrevista ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />
Amílcar Nascimento, key account & marketing<br />
manager, fala da forte responsabilidade ambiental<br />
da empresa e do seu compromisso com a vanguarda<br />
e a qualidade dos produtos.<br />
Qual o balanço de 2019 para a Exide?<br />
A nossa empresa, como sabem, não trabalha com<br />
o ano civil, mas sim com o norte-americano, que<br />
vai de 1 de abril a 31 de março. O ano começou por<br />
ser um pouco atípico, devido, sobretudo, às condições<br />
climatéricas, que influenciam (e muito) o rendimento<br />
e o tempo de vida útil <strong>das</strong> baterias. Mas<br />
podemos dizer que está a ser um ano dentro <strong>das</strong><br />
nossas expectativas e que iremos cumprir. Em alguns<br />
aspetos, ultrapassaremos os nossos objetivos<br />
iniciais.<br />
Na sua opinião, como se encontra a saúde do<br />
mercado <strong>das</strong> baterias em Portugal?<br />
Devido, sobretudo, à idade do parque, o negócio<br />
<strong>das</strong> baterias está bem e manter-se-á estável por<br />
mais alguns anos. Existe muita oferta, muitas marcas<br />
de baterias e, isso, faz com que continue a existir<br />
uma pressão muito forte para o mercado de preço<br />
em detrimento da qualidade, embora o cliente<br />
final já esteja muito informado e a dar cada vez<br />
mais importância a outros fatores que não apenas<br />
o preço, bem como a preferir marcas de baterias<br />
instantaneamente reconheci<strong>das</strong> e confiáveis. Também<br />
o facto de os veículos mais recentes serem tecnicamente<br />
mais evoluídos, veio criar um novo desafio<br />
para selecionarem o produto certo. Quando<br />
todos os blocos de baterias aparecem, lado a lado,<br />
a marca é o único garante real da qualidade interna.<br />
A Exide mantêm a reputação <strong>das</strong> suas marcas.<br />
Quais os principais desafios deste setor?<br />
São, sem dúvida, a evolução tecnológica que se tem<br />
verificado no setor automóvel. Os veículos conti-<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 27
AMÍLCAR<br />
NASCIMENTO<br />
O GRUPO EXIDE SOUBE APROVEITAR O POTENCIAL DAS SUAS SEIS<br />
MARCAS PREMIUM: EXIDE, TUDOR, FULMEN, DETA, SONNAK E<br />
CENTRA. QUALQUER DELAS É REFERÊNCIA NO PAÍS ONDE ESTÁ<br />
nuam a evoluir e, hoje, temos veículos<br />
mais ecológicos, com maior eficiência<br />
no consumo, menos emissões,<br />
eletrónica mais avançada a bordo,<br />
redução do compartimento do motor,<br />
alteração no padrão de condução<br />
e alterações climáticas, entre outros<br />
aspetos. Tudo isto é um desafio para<br />
as baterias, que serão obriga<strong>das</strong> a ter<br />
ligas de alta tecnologia, armaduras e<br />
matéria ativa que garantam a mais<br />
alta potência de CCA otimizado para<br />
o tempo frio, design e recursos de<br />
segurança superiores, que permitam<br />
resistência em situações adversas e a<br />
altas temperaturas, blocos e tampas<br />
de alta qualidade que ofereçam mais<br />
vida útil e segurança no uso e, sobretudo,<br />
que as tecnologias desenvolvi<strong>das</strong><br />
para o OEM Start & Stop estejam<br />
disponíveis de imediato para o<br />
aftermarket. A Exide, neste aspeto,<br />
tem uma grande vantagem: é um fabricante<br />
de baterias de classe mundial<br />
para equipamento original e mercado<br />
de reposição, reconhecida pelos fabricantes<br />
de veículos e pela indústria automóvel<br />
pela mais alta qualidade de<br />
fabricação, já que to<strong>das</strong> as nossas fábricas<br />
na Europa são certifica<strong>das</strong> com<br />
o ISO/TS. Na nossa empresa, os processos<br />
de linha de produção são idênticos<br />
para as baterias OE e AM, o que<br />
nos permite produzir a gama mais<br />
abrangente de baterias de chumbo-ácido<br />
para to<strong>das</strong> as aplicações. A nossa<br />
experiência nos mercados automóvel<br />
e industrial permite-nos oferecer a<br />
mais ampla diversidade de tecnologias<br />
de baterias, fornecendo a bateria<br />
certa para cada necessidade, desde o<br />
arranque confiável de um pequeno<br />
ciclomotor até ao fornecimento de<br />
energia necessária para o arranque e<br />
alimentação de equipamentos num<br />
grande veículo comercial ou embarcação<br />
marítima.<br />
A Exide sempre teve uma forte<br />
ligação ao ambiente. Como encara a<br />
revolução, em marcha, dos veículos<br />
elétricos?<br />
É um facto que a nossa empresa sempre<br />
teve (e continua a ter) uma forte<br />
responsabilidade ambiental. Somos<br />
uma <strong>das</strong> maiores recicladoras do<br />
mundo e uma <strong>das</strong> poucas empresas<br />
com capacidade de fornecer o Total<br />
Battery Management, também conhecido<br />
como reciclagem em circuito fechado.<br />
Esse processo liberta os clientes<br />
da carga de manusear as baterias<br />
usa<strong>das</strong> nas suas instalações. Em 1984,<br />
foi fundada a SONALUR, atualmente<br />
Exide Technologies Recycling II, S.A.,<br />
a fim de se iniciar o processo de reciclagem<br />
de baterias de chumbo ácido<br />
(já então com grandes preocupações<br />
ambientais). Atualmente, ainda é a<br />
única empresa do ramo a operar em<br />
Portugal. A eletrificação, por enquanto,<br />
ainda não é verdadeiramente um<br />
problema, visto estarmos a falar ainda<br />
de um nicho de mercado com uma expressão<br />
no AM muito reduzida, além<br />
de que os veículos elétricos continuam<br />
a necessitar de uma bateria para alimentar<br />
todos os equipamentos existentes<br />
a bordo.<br />
Em 2020, celebram 100 anos de<br />
presença em Portugal. Ainda há<br />
quem trate a empresa por Tudor?<br />
Sim, essa é uma realidade ainda muito<br />
presente no mercado. Mas, nesse<br />
capítulo, o Grupo Exide soube aproveitar<br />
o potencial <strong>das</strong> suas seis marcas<br />
premium. A saber: Exide, Tudor, Fulmen,<br />
Deta, Sonnak e Centra. Qualquer<br />
uma destas marcas é de referência<br />
no país onde estão inseri<strong>das</strong> e, por<br />
esse motivo, o grupo decidiu manter o<br />
posicionamento igual para estas marcas,<br />
de forma a poder aproveitar toda<br />
a notoriedade angariada ao longo de<br />
anos de trabalho no respetivo mercado,<br />
como é o caso da marca Tudor<br />
em Portugal, que sempre foi (e continua<br />
a ser) a marca de referência para<br />
os consumidores. No entanto, com a<br />
abertura do mercado e o aparecimento<br />
de novos players, vimos necessidade<br />
de introduzir as marcas Exide e<br />
Fulmen, de forma a termos o mesmo<br />
nível de oferta. Mas, ao mesmo tempo,<br />
proteger a rede de distribuição da<br />
marca que sempre nos acompanhou e<br />
ajudou a ser o que, hoje, somos.<br />
Pensam celebrar esta data? De que<br />
forma?<br />
A história da nossa empresa é uma<br />
coisa que enche todos os trabalhadores<br />
de orgulho. Não são todos que podem<br />
dizer que trabalham numa empresa<br />
prestes a completar 100 anos<br />
de atividade, sempre ao mais alto<br />
nível e a contribuir para o desenvolvimento<br />
do nosso país. A forma como<br />
celebraremos este acontecimento<br />
ainda está a ser estudada. Oportunamente,<br />
será comunicada, primeiro, a<br />
todos os trabalhadores da empresa e,<br />
posteriormente, ao mercado. l<br />
28 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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RICARDO COSTA, SAULO SACO, ANA RITA SOARES E JORGE<br />
SALVADOR NUM MOMENTO DE BOA DISPOSIÇÃO. MAIS UM<br />
EXEMPLO QUE DEMONSTRA QUE A LEIRILIS É UMA FAMÍLIA
REPORTAGEM<br />
CONVENÇÃO REDSERVICE<br />
REDE (RE)UNIDA<br />
PARA ASSINALAR O 3.º ANIVERSÁRIO DA REDE E FAZER O BALANÇO DA SUA ATIVIDADE<br />
AO LONGO DESSE TEMPO, A LEIRILIS REALIZOU, NO SÁBADO, DIA 26 DE OUTUBRO,<br />
EM LISBOA, NO LOUNGE PONTILE, SITUADO NA DOCA DE ALCÂNTARA, A CONVENÇÃO REDSERVICE,<br />
QUE REUNIU TODOS OS PARCEIROS DESTE CONCEITO OFICINAL por Joana Calado<br />
Os intervenientes da ação não poderiam ser<br />
mais ilustres: Saulo Saco, administrador da<br />
Leirilis, Ana Rita Soares, gestora de marketing<br />
da Leirilis, Ricardo Costa, sales manager da<br />
Leirilis, e Jorge Salvador, coordenador nacional da<br />
rede RedService. Foi precisamente este último que<br />
abriu a sessão, agradecendo a presença de todos<br />
e destacando o facto de todos os anos a rede ter<br />
vindo a crescer. Por isso, “cada vez temos uma sala<br />
mais cheia”, disse. O coordenador deu ainda ênfase<br />
ao facto de, “apesar de este ser o 3.° aniversário da<br />
rede, na verdade é já a quarta reunião”.<br />
Saulo Saco deu as boas-vin<strong>das</strong> a todos os convidados<br />
e congratulou os parceiros pelo bom desempenho<br />
da rede ao longo destes três anos de atividade.<br />
“É, sem dúvida, muito gratificante ver esta sala<br />
cheia e um grande orgulho para a família Leirlis<br />
poder contar com a vossa presença aqui”, afirmou<br />
o administrador da empresa de Leiria.<br />
Mercado automóvel em análise<br />
A intervenção do administrador, Saulo Saco, começou<br />
com a apresentação de dados de mercado,<br />
disponibilizando diversas informações positivas<br />
para a rede de oficinas. “Desde 2015, o parque automóvel<br />
tem vindo a crescer. Em 2018, fechámos<br />
o ano com uma subida de 4%. Se o parque automóvel<br />
aumenta, há mais veículos para reparar, o<br />
que quer dizer que temos mais trabalho”, explicou<br />
o administrador. Sendo que, atualmente, o parque<br />
automóvel ronda as seis milhões de unidades, apesar<br />
de, neste momento, também se registar um aumento<br />
na vida útil dos veículos. Em 2018, a idade<br />
média dos ligeiros de passageiros era de 12,8 anos<br />
e a dos comerciais de 13,8 anos.<br />
Saulo Saco também aproveitou para falar sobre as<br />
novas energias, provando que, apesar de a sociedade<br />
estar a desenvolver uma maior consciência ecológica,<br />
os motores a combustão ainda representam<br />
99% do parque automóvel, sendo que 1% inclui,<br />
não só, energia elétrica, mas, também, GPL. E apesar<br />
de os dados mostrarem uma nova perspetiva,<br />
o aumento de veículos com energias alternativas<br />
ainda é muito reduzido.<br />
Novidades já chegaram<br />
Jorge Salvador, coordenador nacional da RedService,<br />
começou por apresentar aos parceiros o trabalho<br />
realizado durante o ano, bem como algumas<br />
novidades, onde se destaca o site, lançado no dia 1<br />
de novembro.<br />
Este novo site nasceu fruto da necessidade de colocar<br />
a RedService a comunicar o melhor possível<br />
com o cliente final. Por isso, dispõe de várias funcionalidades,<br />
como a possibilidade de os clientes<br />
fazerem marcações online e escolherem o tipo de<br />
serviço que pretendem utilizar, além de verificarem<br />
logo quais são as oficinas da rede mais perto<br />
da sua localização e ainda tomar conhecimento <strong>das</strong><br />
campanhas mensaisque a rede cria.<br />
A nova página também inclui opções de vários packs<br />
de manutenção, que, como explicou o coordenador,<br />
vão desde a revisão simples, óleo, filtro de<br />
óleo, reposição dos níveis de líquido limpa-vidros,<br />
do líquido refrigerante e da pressão dos pneus a<br />
um check-up de 25 pontos, passando pela revisão<br />
profissional, que inclui a revisão simples mais a<br />
mudança de filtro de ar e um check-up de 45 pontos.<br />
No topo da gama, situa-se a revisão total, que<br />
inclui a revisão profissional e a mudança do filtro<br />
de gasóleo.<br />
Após a escolha do pack de revisão adequado, o<br />
cliente pode selecionar a oficina e efetuar logo um<br />
pedido de marcação. No mesmo campo em que faz<br />
a marcação, o cliente também poderá indicar serviços<br />
extra que pretende ver realizados.<br />
Também no que diz respeito aos pneus, houve novidades.<br />
O cliente dispõe, agora, de um simulador<br />
onde coloca a altura e o diâmetro, podendo, de seguida,<br />
visualizar todos os produtos disponíveis de<br />
determinada medida.<br />
Durante a convenção, houve ainda lugar a mais<br />
novidades, nomeadamente o protocolo realizado<br />
com a MedicareAuto, que permite aos clientes dis-<br />
porem de um seguro de “saúde” para os seus veículos.<br />
No caso da parceria com a RedService, os<br />
detentores deste seguro terão um desconto de 25%<br />
em produtos (à exceção dos pneus) e ainda 25% de<br />
desconto em mão de obra.<br />
A responsável de marketing da Leirilis, Ana Rita<br />
Soares, aproveitou a oportunidade para apresentar<br />
aos membros da rede o novo merchadising que poderão<br />
oferecer já neste Natal. Este ano, o destaque<br />
vai para calendários de secretária e blocos de notas,<br />
todos com a imagem da RedService, mas feitos,<br />
especificamente, para cada oficina, tendo sempre<br />
esse elemento diferenciador.<br />
Dp AUtomotive também tem novo layout<br />
Não só para os clientes finais houve novidades. A cargo<br />
de Ricardo Costa, sales manager da Leirilis, ficou<br />
a responsabilidade de apresentar aos presentes o novo<br />
site da DP Automotive, que para além de um novo<br />
layout, a partir de agora permite a pesquisa por matrícula,<br />
modelo, chassis e número TecDoc.<br />
Com o novo site, se o profissional pesquisar determinado<br />
produto, será possível perceber se existe<br />
alguma equivalência da Leirilis para ele, permitindo<br />
filtros de pesquisa por marca ou especificações<br />
de peças. Para além disso, no caso de peças de retorno,<br />
aparece o alerta de valor de casco.<br />
O site passa a disponibilizar um chat para que o<br />
comprador possa rapidamente contactar o serviço<br />
de apoio ao cliente. Outra novidade é a possibilidade<br />
de acesso ao programa XPoint, pedir brindes,<br />
consultar o catálogo e aceder ao regulamento. Na<br />
área pessoal, o cliente tem ainda acesso ao seu histórico<br />
de encomen<strong>das</strong> e à conta corrente.<br />
No final da convenção, Saulo Saco subiu novamente<br />
ao palanque para falar sobre os objetivos futuros,<br />
pelos quais passa a interligação de todos os softwares<br />
e programas, de forma a facilitar o dia a dia dos<br />
profissionais e oferecer ao cliente final uma garantia<br />
a nível nacional, de modo a que este consiga resolver<br />
um problema em qualquer oficina RedService,<br />
mesmo não sendo a sua oficina habitual. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 31
REPORTAGEM<br />
30.ª CONVENÇÃO ANUAL DA ANECRA<br />
TRADIÇÃO<br />
COM TRÊS DÉCADAS<br />
HÁ PRECISAMENTE 30 ANOS QUE, DE FORMA ININTERRUPTA, A ANECRA REALIZA A SUA CONVENÇÃO ANUAL.<br />
A 30.ª EDIÇÃO DECORREU NO INÍCIO DO PASSADO MÊS DE NOVEMBRO, NO CENTRO DE CONGRESSOS DE<br />
LISBOA, E TEVE COMO LEMA “HORIZONTE 20/30 - QUE AUTOMÓVEL? QUE NEGÓCIO?” por João Vieira<br />
No discurso de abertura da 30.ª Convenção<br />
Anual da ANECRA, o presidente da direção,<br />
Alexandre Ferreira, reforçou a posição da associação<br />
relativamente à economia paralela, um dos<br />
pilares da sua ação, juntamente com a reforma da<br />
fiscalidade automóvel. A carga fiscal que incide sobre<br />
o automóvel é objeto de severas críticas por parte<br />
da ANECRA, uma vez que, no seu entender, está<br />
a limitar o direito à mobilidade individual. “Se, por<br />
um lado, o Governo tem dado incentivos à mobilidade<br />
coletiva, subsidiando passes, por outro, tem<br />
financiado os mesmos com o aumento de impostos<br />
sobre o automóvel, o combustível e a sua posse.<br />
Castigando, desta forma, a mobilidade individual,<br />
quando a maioria da população não tem alternativa<br />
ra os painéis, assim como da presença de oradores<br />
credenciados, que promoveram uma ampla<br />
discussão sobre aquilo que realmente importa ao<br />
setor. O desafio da eletrificação foi o denominador<br />
comum a to<strong>das</strong> as apresentações, sendo que,<br />
este ano, o primeiro dia da convenção começou<br />
com uma novidade paralela ao evento: o Encontro<br />
Especializado do Comércio de Usados. Para a<br />
ANECRA, o segmento de automóveis usados tem,<br />
atualmente, uma dinâmica empresarial e de mercado<br />
que justificam, claramente, a inclusão deste<br />
encontro no programa da convenção.<br />
Vários especialistas deste setor de atividade debateram<br />
conteúdos totalmente vocacionados para os<br />
assuntos relacionados com o comércio de automóà<br />
mesma”, disse Alexandre Ferreira.<br />
O responsável da ANECRA apontou, também, as<br />
dificuldades relativas à formação profissional, nomeadamente<br />
dos não ativos, que exigem a adoção<br />
de medi<strong>das</strong> mais eficazes para que se possam colmatar<br />
as carências revela<strong>das</strong> pelos empresários do<br />
setor da reparação, principalmente na área da colisão.<br />
“É necessário sensibilizar os jovens no sentido<br />
de que, após a sua formação académica, possam<br />
encontrar no mercado de trabalho colocação digna<br />
e garantida, acautelando o seu futuro”, disse.<br />
Foco nos automóveis usados<br />
A 30.ª Convenção Anual da ANECRA suscitou<br />
uma seleção criteriosa dos temas escolhidos pa-<br />
32 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
veis usados, um mercado que tem assistido a uma<br />
grande volatilidade nos valores de venda de viaturas<br />
ao longo dos últimos quatro trimestres, que tiveram<br />
uma queda acentuada no primeiro trimestre<br />
de 2019. No primeiro painel deste encontro,<br />
debateu-se a importância dos brokers financeiros e<br />
o controlo sobre o cumprimento dos rácios de solvabilidade/taxas<br />
de esforço no crédito ao consumo,<br />
assim como a fiscalização e o controlo da atividade.<br />
O segundo painel foi dedicado aos grandes desafios<br />
do comércio de usados nos próximos 10 anos.<br />
futuro <strong>das</strong> oficinas<br />
O segundo dia da convenção foi inteiramente dedicado<br />
ao futuro <strong>das</strong> oficinas e dos vários conceitos<br />
oficinais que vão surgir, consequência <strong>das</strong> novas<br />
motorizações e da nova geração de clientes com hábitos<br />
muito diferentes <strong>das</strong> gerações passa<strong>das</strong>. O painel<br />
sobre “Seguradoras, gestoras de frotas e oficinas”<br />
abriu com uma intervenção de José Maria Cancer,<br />
diretor-geral do CESVIMAP.<br />
Seguiu-se o debate moderado por Nuno Roldão,<br />
vice-presidente da ANECRA, que contou com<br />
quatro oradores: Luís Santos, administrador da<br />
os clientes através nos novos canais”, referiu.<br />
Nuno Medeiros, coordenador de lojas da Soulima,<br />
abordou o tema da venda de peças online, alertando<br />
para o problema da especificidade da maioria<br />
dos componentes, que exige know-how para a sua<br />
montagem. Para o responsável, a oferta de um serviço<br />
global por parte distribuidores, que inclua informação<br />
técnica, hotline, tecnologia, informação<br />
e formação é a solução que faz sentido e que garante<br />
a máxima eficiência às oficinas.<br />
No último painel do dia, moderado por Dário<br />
Afonso, o tema principal foram as redes oficinais.<br />
Manuel Pena, responsável da CGA Car Service, da<br />
Auto Delta, Artur Teixeira, sócio-gerente da Yes<br />
Car, Joaquim Carvalho, administrador da Auto<br />
Índia, José Cid Proença, diretor-geral da Spinerg,<br />
e Dulce Semedo, membro do Conselho de Administração<br />
da Roady, foram os oradores presentes.<br />
A opinião relativamente às vantagens <strong>das</strong> oficinas<br />
pertencerem a uma rede foi unânime, quer a nível<br />
da formação e consultoria técnica, financeira e<br />
marketing, quer como gerador de negócio, beneficiando<br />
de uma estrutura global que permite impulsionar<br />
o negócio.<br />
Estabelecer ligação com clientes<br />
Seguiu-se a apresentação de Ana Xavier, coordenadora<br />
de business intelligence & marketing da Polivalor,<br />
sobre “Bridging the Gap – Comunicação eficaz<br />
com os clientes”. É essencial estabelecer pontes<br />
de ligação com os clientes e, na atualidade, o marketing<br />
digital é a melhor forma de fazê-lo. Mas a comunicação,<br />
para ser eficaz, tem de ser sistemática e<br />
o processo deve ser contínuo.<br />
Antes no encerramento oficial da convenção, os<br />
participantes tiveram ainda oportunidade de assistir<br />
a uma interessante apresentação de Luís Mira<br />
Amaral, presidente do Conselho da Indústria Portuguesa<br />
da CIP, sobre a atualidade e o futuro do comércio<br />
e da reparação automóvel. “Se a tecnologia<br />
vai assegurar a neutralidade em CO 2 e NO x entre<br />
Diesel e gasolina, deixem o mercado funcionar e os<br />
clientes escolherem, até chegarmos à era elétrica”,<br />
disse. Na 30.ª Convenção Anual, foi ainda anunciada<br />
uma nova solução tecnológica de apoio às oficinas,<br />
ANECRA CarData, que foi, oficialmente, apresentada<br />
no Salão MECÂNICA, em Lisboa. Trata-se<br />
de uma plataforma online que permite o acesso à<br />
informação técnica por parte <strong>das</strong> oficinas. l<br />
A ECONOMIA PARALELA, A ELEVada CARGA FISCAL E A<br />
formação PROFISSIONAL SÃO TRÊS PREOCUPaçÕES DA<br />
associação LIDERADA POR ALEXANDRE FERREIRA<br />
Impoeste, Tiago Ribeiro, da Audatex, João Ferreira<br />
do Amaral, da Tranquilidade, e Carlos Carvalho,<br />
da Arval. O painel concluiu a necessidade de as oficinas<br />
investirem mais na qualificação dos colaboradores<br />
e no equilíbrio entre as margens da mão de<br />
obra e <strong>das</strong> peças.<br />
O início do segundo painel, dedicado à “Digitalização<br />
do pós-venda”, foi protagonizado por Carlos<br />
López, diretor de ven<strong>das</strong> da Launch Ibérica,<br />
que fez uma apresentação sobre o ADAS. Segundo<br />
o responsável, os serviços de calibração de sistemas<br />
ADAS vão crescer exponencialmente, uma<br />
vez que, até 2022, todos os veículos terão de estar<br />
equipados de fábrica com este sistema. O estudo<br />
que foi apresentado indica que o preço médio de<br />
calibração é de €225 por automóvel. Sendo o custo<br />
de um equipamento de calibração de cerca de<br />
€7.500, a oficina pode amortizar este investimento<br />
com apenas 33 calibrações. José Carlos Valentim,<br />
responsável de formação em pós-venda da Toyota<br />
Caetano Portugal, chamou a atenção para as diferentes<br />
motorizações que, hoje, equipam as viaturas<br />
e a necessidade de a oficina estar preparada para<br />
dar assistência a to<strong>das</strong> elas. “A formação dos técnicos<br />
não chega. É preciso haver acompanhamento<br />
às pessoas e necessidade de DMS’s mais robustos,<br />
monotorização dos indicadores de atividade, ferramentas<br />
de orçamentação e saber comunicar com
ENTREVISTA<br />
JOSÉ CRESPO DE CARVALHO, PROFESSOR DO INDEG- ISCTE<br />
TOMARAM MUITOS<br />
SETORES TEREM UMA DPAI<br />
ARRANCOU MAIS UMA EDIÇÃO DO PROGRAMA AVANÇADO DE GESTÃO PARA PROFISSIONAIS<br />
DO PÓS-VENDA AUTOMÓVEL, UMA INICIATIVA DA DPAI/ACAP, EM PARCERIA COM O INDEG-ISCTE.<br />
JOSÉ CRESPO DE CARVALHO, PROFESSOR, FAZ O BALANÇO DESTE CURSO, LANÇADO EM 2016 por João Vieira<br />
Antecipando anos que se preveem muito desafiantes,<br />
a ACAP considera fundamental promover<br />
a consolidação <strong>das</strong> competências dos<br />
profissionais da indústria do pós-venda automóvel,<br />
assegurando a sua capacidade de tomar decisões de<br />
gestão bem sustenta<strong>das</strong>, de identificar e concretizar<br />
oportunidades de negócio e de desenvolver equipas<br />
mais produtivas e motiva<strong>das</strong> para o sucesso. Neste<br />
contexto, iniciou-se, no passado mês de outubro, um<br />
novo curso para executivos do aftermarket, desta feita<br />
nas instalações do INDEG-ISCTE, em Lisboa. O<br />
curso visa aprofundar os conhecimentos do pós-venda<br />
automóvel e servir de espaço privilegiado para debate<br />
e reflexão sobre o futuro do setor em Portugal.<br />
O Programa Avançado de Gestão para Profissionais<br />
do Pós-Venda Automóvel aposta em nove módulos<br />
intensivos, ao longo de oito meses, especificamente<br />
concebidos para as necessidades de gestão dos decisores<br />
do setor, num formato plenamente compatível<br />
com a sua vida profissional. O programa teve início<br />
em outubro de 2019, com as “Tendências e Desafio<br />
do Pós-Venda Automóvel” e terminará, em maio<br />
de 2020, com o “Wrap-up: Definição Estratégica<br />
do Negócio Pós-Venda Automóvel”. Tem o seguinte<br />
corpo docente: Dário Afonso (Módulos 1 e 9); Hélia<br />
Pereira (Módulo 2); Isabel Lourenço (Módulo<br />
3); Crespo de Carvalho (Módulo 4); Rogério Canhoto<br />
(Módulo 5); Helena Teixeira (Módulo 6); Oliver<br />
Röhrich (Módulo 7); Pedro Janela (Módulo 8). Com<br />
quatro edições já realiza<strong>das</strong>, pedimos ao professor<br />
34 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
José Crespo de Carvalho para nos fazer o balanço do<br />
“Programa Avançado de Gestão para Profissionais do<br />
Pós-venda Automóvel”, lançado em 2016.<br />
Que balanço faz <strong>das</strong> edições realiza<strong>das</strong> até agora<br />
e qual tem sido a evolução deste curso?<br />
Faço um balanço muito positivo. Assim se mantenha<br />
a dinâmica. E a quantos mais profissionais chegarmos,<br />
melhor. Cria-se rede, partilha de conhecimentos,<br />
debatem-se questões críticas, conhecem-se<br />
outras formas de fazer e de profissionalizar a gestão<br />
e alavanca-se a dimensão conhecimento, lato senso.<br />
Como define este novo curso a nível de conteúdos<br />
e grau de dificuldade?<br />
Houve um cuidado enorme em manter o que vinha<br />
sendo apreciado pelos participantes e em introduzir<br />
dimensões mais digitais e de transformação do<br />
negócio para os dias que correm. Quanto à dificuldade,<br />
nada é difícil quando se tem vontade. Tudo<br />
é difícil quando se acha que tudo se domina e que<br />
não é preciso mais do que fazer o que se faz há anos<br />
sem investir em formação. A formação permite uma<br />
partilha enorme e um ganho acelerado, em pouco<br />
tempo, de dimensões críticas: conhecimento, outras<br />
realidades, outras formas de fazer, criação de rede,<br />
“apetite” para resolver problemas reais.<br />
Considera que os módulos escolhidos abordam as<br />
principais áreas relaciona<strong>das</strong> com a gestão <strong>das</strong><br />
modernas empresas do pós-venda automóvel?<br />
Certamente que sim. E, nesse aspeto, temos contado<br />
com o apoio permanente de Joaquim Candeias<br />
e de Pedro Barros. Internamente, da Catarina e da<br />
Alexandra Afonso. Adicionalmente e não menos<br />
importante, do Dário Afonso, que vai pavimentando<br />
as tendências que nos devem orientar nas várias<br />
dimensões da gestão. A equipa é fortíssima e<br />
os participantes também. Temos tudo para fazer<br />
sempre mais e melhor.<br />
Qual o perfil dos participantes do atual curso?<br />
Temos a cadeia toda (com fornecedores de fornecedores<br />
e clientes de clientes) em sala, o que é muito<br />
bom para debater os problemas aos vários níveis e<br />
posições. Temos pessoas seniores, o que é muito bom,<br />
porque valorizam a formação e valorizam o conhecimento.<br />
Temos participantes mais juniores, que são<br />
o futuro. Portanto, ingredientes não faltam. Precisamos<br />
de fazer sair, de novo, uma belíssima fornada.<br />
Quais os principais ensinamentos que são<br />
transmitidos aos participantes e que resultam em<br />
mais-valias para a gestão <strong>das</strong> suas empresas?<br />
Trata-se de gerir e procurar melhorar em termos<br />
de gestão. Por isso, as problemáticas que vão surgir<br />
serão financeiras, de stocks, de marketing, comerciais,<br />
que são as típicas do negócio. Mas onde se<br />
teve a preocupação de integrar a componente digital<br />
e as tendências setoriais. Para, no global, termos<br />
melhor gestão, mais eficiência e maior eficácia.<br />
Passar por uma formação deste tipo dá uma<br />
maturidade na abordagem aos problemas e uma<br />
capacidade de visão completamente diferente <strong>das</strong><br />
várias temáticas. Para melhor, claro.<br />
Que objetivos a DPAI/ACAP e o INDEG/ISCTE<br />
pretendem atingir com a realização destes cursos?<br />
Qualificar profissionais e empresas para o futuro. E<br />
qualificar significa preparar para o que aí vem. Ninguém<br />
sabe o que vem. Mas se tivermos a humildade de<br />
partilhar e construir em conjunto, estaremos a construir<br />
o nosso próprio futuro. E é mais fácil de perceber<br />
o futuro quando se participa na sua construção.<br />
E qual vai ser o futuro destes cursos? Vão voltar a<br />
realizar algum módulo no Porto?<br />
Claro. No Porto ou onde houver mercado. Ou onde<br />
a DPAI/ACAP sentir necessidades formativas. Há<br />
uma associação e uma DPAI que fazem um trabalho<br />
excecional pelos associados e pela comunidade<br />
em geral. Tomaram muitos setores e muitas empresas<br />
terem uma DPAI nos seus caminhos.<br />
Que mensagem quer transmitir aos profissionais<br />
do pós-venda automóvel sobre as vantagens e<br />
mais-valias de participarem neste curso?<br />
Acho que mensagens por mensagens não passam<br />
de palavras depois de escritas. O mais importante<br />
é que sintam apelo por fazer uma formação destas.<br />
Por co-criar. Por participar. Por fazerem parte<br />
de um movimento amplo que lhes permite encarar,<br />
de forma mais profissional, o seu futuro. Como<br />
sempre digo: só precisamos dos que cá estão,<br />
pois estarão certamente por bem. E mais, muitos<br />
mais, virão. A aprendizagem faz a diferença nas<br />
nossas vi<strong>das</strong>. É pena que só se dê por isso quando<br />
se passa por ela. Antes disso, há sempre muitos<br />
entraves. Se abolíssemos esses entraves e apagássemos<br />
essas barreiras mentais, teríamos melhores<br />
empresas e gestão. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 35
DEPOIS DE MUITOS ANOS A TRABALHAR NOUTRA ATIVIDADE,<br />
ANTÓNIO CARAPINHA DECIDIU INVESTIR NUMA OFICINA<br />
ROADY, QUE ABRIU PORTAS NO INÍCIO DE OUTUBRO
Oficina<br />
do Mês<br />
A OFICINA DO MÊS É PATROCINADA POR TOTAL ROC (RAPID OIL CHANGE)<br />
ROADY (MEM MARTINS)<br />
TIRO DE PARTIDA<br />
A NOVA OFICINA DA REDE ROADY, EM MEM MARTINS, É O RESULTADO DE UMA PAIXÃO ANTIGA<br />
DO FUNDADOR, ANTÓNIO CARAPINHA. O TIRO DE PARTIDA FOI DADO EM OUTUBRO E O RESPONSÁVEL<br />
AFIRMA QUE ESTÁ COM AS BATERIAS A 99% por Jorge Flores<br />
Tudo cheira a primeiros tempos no novo centro<br />
auto da rede Roady, em Mem Martins.<br />
Desde a oficina, com sete portas de entrada<br />
e totalmente apetrechada com equipamentos da<br />
empresa Tecniverca, até à loja de acessórios para<br />
automóvel, composta por amplos corredores, repletos<br />
de produtos, onde não falta uma área para<br />
venda de pneus. O tiro de partida para esta oficina<br />
foi dado no início de outubro último, mas António<br />
Carapinha, de 51 anos, responsável da empresa, é<br />
um apaixonado pelo mundo automóvel desde tenra<br />
idade, tendo, inclusivamente, sido o melhor aluno<br />
do curso de mecânica, nos seus tempos de estudante,<br />
na Suécia, onde viveu na década de oitenta.<br />
Durante esse período, chegou a trabalhar na Volvo,<br />
mas passado algum tempo regressou, juntamente<br />
com os pais, para Portugal, onde ainda estudou<br />
por um ano e meio, até abraçar o negócio de família:<br />
primeiro, num minimercado e, depois, num<br />
hipermercado que veio a liderar – espaços comerciais<br />
que, em 1992, começavam a surgir no nosso<br />
país. “Depois de tantos anos a trabalhar noutra atividade,<br />
decidi investir numa oficina Roady”, conta<br />
António Carapinha.<br />
Aposta nas froTAs<br />
Pouco mais de um mês decorrido sobre a abertura<br />
de portas ao público, não é possível fazer um balan-<br />
ço sobre a atividade. Nem falar da carteira de clientes<br />
existentes. Tudo está a começar agora. Falemos,<br />
então, de expectativas. “Este é um negócio assente<br />
no serviço, do qual os clientes gostam ou não. Ainda<br />
não temos histórico, temos de criá-lo”, explica António<br />
Carapinha ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. Com uma<br />
equipa composta por 13 pessoas, o novo centro auto<br />
Roady está preparado para enfrentar o mercado.<br />
“Em termos de equipamento, temos tudo. Não falta<br />
nada: máquinas para ar condicionado antigo e novo,<br />
e duas máquinas de diagnóstico. Fazemos aqui<br />
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Gerente António Carapinha<br />
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todos os serviços. Apenas os trabalhos de chapa e<br />
pintura subcontratamos”, afirma. Para já, os clientes<br />
têm sido particulares, mas o responsável está a<br />
trabalhar para alargar o negócio aos stands de automóveis<br />
e a duas gestoras de frotas: LeasePlan e<br />
Arval. Além do volume que estas empresas frotistas<br />
conseguem assegurar, trazem ainda para a atividade<br />
“veículos mais recentes”, explica.<br />
Entre a oficina e a loja, António Carapinha está<br />
convicto de que a faturação será assegurada, sobretudo,<br />
pela primeira. “No negócio Roady, a loja<br />
costuma ter peso, mas a minha experiência, aqui,<br />
diz-me que será um complemento”, revela. Mas será<br />
que a experiência com superfícies comerciais<br />
não o poderá ajudar nesta área da loja? “O supermercado<br />
funciona a 50% por impulso. Aqui não.<br />
Os clientes já vêm com a ideia do que querem. A<br />
única coisa que pode ser comprado por impulso<br />
será o cheirinho para o carro”. Para António Carapinha,<br />
a prioridade, nesta fase, é “colocar a casa<br />
em ordem”. A segunda fase será dotar a casa de<br />
capacidade (e equipamentos) para poder enfrentar<br />
a revolução dos veículos elétricos e híbridos.<br />
O responsável garante que não tem receios nesta<br />
atividade. “Ainda estou com as pilhas a 99%.<br />
Quando chegar aos 50% é que pensarei nessas<br />
ameaças e verei o que poderia ter feito melhor. Hoje<br />
ainda não”... l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 37
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z<br />
Empresas<br />
ASER AFTERMARKET AUTOMOTIVE<br />
IV CONVENÇÃO DECORREU EM SEVILHA<br />
Reunindo mais de 130 participantes, entre<br />
parceiros e fornecedores, o Grupo ASER realizou,<br />
entre 7 e 10 de novembro, a sua IV Convenção,<br />
que rumou até à capital da Andaluzia: Sevilha.<br />
As atividades realiza<strong>das</strong> permitiram estreitar o<br />
vínculo entre parceiros e fornecedores, aprofundando<br />
as relações comerciais e pessoais num ambiente<br />
mais descontraído do que o habitual. Para José Luis<br />
Bravo, diretor-geral da ASER, “com apenas três<br />
anos de experiência, já nos tornámos num grupo de<br />
referência no mercado, onde gostamos de fazer as<br />
coisas de forma diferente e sempre alinhados com<br />
nossos valores: proximidade, comunicação, inovação<br />
e transparência. A convenção tornou-se num<br />
espaço de trabalho mais amplo, no qual os sócios e<br />
a administração dos nossos principais fornecedores<br />
podem conhecer-se melhor e partilhar problemas<br />
do dia a dia de forma mais descontraída e sempre<br />
procurando soluções”. Já Max Margalef, presidente<br />
da ASER, destacou o trabalho do grupo nesses três<br />
anos. “Hoje, somos 42 parceiros, com cerca de 90<br />
pontos de venda e presença em Espanha e Portugal.<br />
Fazemos parte da Nexus. Mas chegar aqui não teria<br />
sido possível sem o trabalho da equipa liderada por<br />
José Luis Bravo, sem o apoio total dos fornecedores<br />
e o envolvimento absoluto de todos os parceiros,<br />
que acreditam no nosso projeto”.<br />
38 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
APOIO RUGEMPEÇAS E MÉGUIN<br />
GONÇALO REIS ACABOU ÉPOCA DE ENDURO EM ALTA<br />
RugemPecas.pdf 1 27/11/19 17:22<br />
PUB<br />
A<br />
temporada de 2019 de Enduro,<br />
que teve o seu desfecho<br />
no fim de semana passado,<br />
no Algarve, com a realização dos<br />
ISDE (International Six Days Enduro),<br />
não poderia ter terminado da<br />
melhor forma para o piloto português<br />
Gonçalo Reis.<br />
Campeão Nacional de Enduro na Categoria<br />
Elite 1, vencedor da Taça do<br />
Mundo 2T, Campeão Catalão e Medalha<br />
de Ouro nos ISDE (International<br />
Six Days Enduro), prova que<br />
decorreu no fim de semana de 16 e<br />
17 de novembro, no Algarve, onde o<br />
piloto integrou a seleção portuguesa,<br />
que conquistou um 8.° lugar.<br />
A temporada de 2019 de Enduro<br />
dificilmente poderia ter corrido melhor<br />
ao piloto luso Gonçalo Reis.<br />
Para tal, muito se deveu ao apoio da<br />
RugemPeças (empresa da Terrugem<br />
e Abóboda, especialista em peças e<br />
acessórios auto) e da marca de lubrificantes<br />
Méguin (comercializada<br />
pela RugemPeças e que assegura um<br />
importante volume de faturação).<br />
“Estou bastante grato com o patrocínio<br />
que a RugemPeças, empresa<br />
que considero como uma família, e<br />
a marca Méguin me deram este ano.<br />
A performance da moto foi espetacular<br />
e a época correu bem”, revelou<br />
Gonçalo Reis ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
Com o início da nova temporada a<br />
aproximar-se a passos largos (arrancará<br />
no final de janeiro de 2020),<br />
o piloto português ainda está em<br />
negociações com patrocinadores. A<br />
continuidade da marca Méguin, por<br />
enquanto, ainda é uma incógnita.<br />
Ao contrário da RugemPeças, com<br />
quem Gonçalo Reis já firmou um<br />
acordo para a próxima temporada.<br />
Boas Festas<br />
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Tel.: 219 609 510 . Tlm.: 967 898 030<br />
e-mail: rugempecas@gmail.pt<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 39
MINUTO VERDE VALORPNEU<br />
65%<br />
Publireportagem<br />
DOS DETENTORES DE PNEUS USADOS<br />
CONSIDERAM BOM O CONTRIBUTO DA VALORPNEU<br />
E<br />
m Portugal Continental, 65% dos<br />
detentores de pneus usados<br />
considera acima de razoável a sua<br />
satisfação relativamente ao contributo da<br />
Valorpneu enquanto gestora do sistema. Se<br />
formos para a Madeira e Açores, esta<br />
percentagem corresponde a 49%. Apenas 3%<br />
afirma ser pouco relevante, quer do Continente<br />
quer <strong>das</strong> Regiões Autónomas.<br />
Esta é uma <strong>das</strong> conclusões de um estudo<br />
realizado no âmbito da avaliação da satisfação<br />
com o Sistema de Gestão de Pneus Usados<br />
(SGPU) e do nível de serviço prestado pela<br />
Valorpneu, elaborado na sequência da iniciativa<br />
“Circuito Portugal Valorpneu 2019”. Este primeiro<br />
estudo a nível nacional no âmbito da retoma<br />
de pneus em fim de vida do fluxo específico,<br />
realizado em parceria com a consultora GfK,<br />
revela ainda que mais de metade dos detentores<br />
(53%) assume um bom conhecimento sobre o<br />
sistema, com maior incidência nas regiões norte<br />
e sul do país.<br />
O estudo identificou que 99% dos inquiridos tem<br />
os pneus usados armazenados separadamente<br />
de outros resíduos. No Continente, 38% e, nas<br />
ilhas, 42%, encontram-se armazenados no<br />
interior da oficina e, respetivamente, 86% e<br />
87% em piso impermeável. Já em 100% dos<br />
inquiridos, existem extintores e sinalética de<br />
segurança nas instalações.<br />
O objetivo desta operação passou por conhecer<br />
as práticas de cada detentor, o seu nível de<br />
conhecimento sobre o sistema, assim como<br />
escutar anseios e preocupações, a fim de<br />
aproximar a relação entre estes agentes e a<br />
Valorpneu, além de obter um conhecimento<br />
mais profundo sobre as necessidades do setor.<br />
A iniciativa da Valorpneu envolveu cerca de 770<br />
visitas mensais, numa ação de sensibilização que<br />
levou até aos detentores nacionais, pela primeira<br />
vez, um pneu telecomandado, que relembrou os<br />
passos fundamentais a cumprir na gestão destes<br />
resíduos. Uma forma interativa e dinâmica de<br />
contacto, que permitiu envolver os interlocutores<br />
com as mensagens da Valorpneu e concluir que,<br />
também a este nível, o balanço é positivo, uma<br />
vez que “76% dos inquiridos confirma conhecer<br />
a legislação associada à gestão de pneus usados<br />
e 86% tem conhecimento que decorre da<br />
legislação obrigações para as suas empresas,<br />
o que nos deixa francamente satisfeitos”, disse<br />
Climénia Silva.<br />
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empresas<br />
COMEMORAÇÃO DOS 40 ANOS<br />
ngk spark plug europe | A sede regional para a Europa, Médio<br />
Oriente e África (EMEA), em Ratingen, na Alemanha, celebrou, em outubro,<br />
os seus 40 anos de sucesso. Em 1989, a sede alemã assumiu, oficialmente, as<br />
atividades em toda a Europa e adotou o nome atual: NGK Spark Plug Europe<br />
GmbH. O crescimento continuou quando, em 2017, expandiu-se ainda mais<br />
para incluir o Médio Oriente e a África, com o objetivo de fortalecer a sua<br />
posição na EMEA. Hoje, a NGK Spark Plug Europe equipa quase todos os<br />
fabricantes de automóveis da EMEA como equipamento de origem (OE) e peças<br />
de revenda autoriza<strong>das</strong> (OES), além de fornecer o aftermarket (IAM). A sua<br />
abordagem única tornou-a no fornecedor número um de velas de ignição e<br />
son<strong>das</strong> Lambda, além de fornecedor líder de velas de pré-aquecimento, bobinas<br />
de ignição, cabos e várias tecnologias de sensores. Organizacionalmente, a<br />
operação da EMEA cresceu para abranger 10 empresas do grupo e mais de 1.000<br />
colaboradores, além de duas fábricas em França e na África do Sul e um centro<br />
técnico de ponta em Ratingen, inaugurado em 1990.<br />
CATÁLOGO ONLINE COM IMAGENS 360°<br />
Veneporte | A empresa passou a disponibilizar, no seu catálogo online, uma nova funcionalidade que permite<br />
aos utilizadores visualizar a imagem dos produtos a 360°. Esta funcionalidade foi desenvolvida com o objetivo de<br />
melhorar e enriquecer a experiência do utilizador sempre que este recorre ao catálogo online da Veneporte na procura<br />
de um determinado produto. Após efetuar a pesquisa do produto, que pode ser realizada por modelo de automóvel,<br />
por matrícula ou por referência, para além de toda a informação técnica que o catálogo já disponibilizava, agora<br />
o utilizar consegue, também, visualizar a 360° a respetiva peça. Assim, de uma forma rápida, fácil e intuitiva, o<br />
utilizador consegue, em três cliques, ter acesso a toda informação de que necessita.<br />
PACK AUTOData / ASSISTÊNCIA TÉCNICA<br />
Car Academy | A academia especialista em formação e consultoria<br />
para o setor automóvel irá comercializar, até final de 2019, um pack que<br />
combina Autodata e assistência técnica. Ao adquirirem este pacote, os<br />
clientes terão acesso a um alargado leque de informação e apoio técnico, com<br />
condições comerciais bastante vantajosas. Ambos os serviços continuarão a ser<br />
disponibilizados, também, nas versões stand alone.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 41
Notícias<br />
EMPRESAS<br />
PRORIGINAL: SELO DA TMD FRICTION<br />
Textar | Com o intuito de proteger melhor os clientes de produtos falsificados,<br />
a Textar lançou o PROriginal, um novo selo de segurança da TMD Friction para as suas<br />
embalagens. Começando pela embalagem para aplicações em veículos de passageiros,<br />
todos os produtos da Textar serão protegidos com um selo, que deve ser removido<br />
antes de ser aberta a caixa. Na parte de trás do selo, existe um código QR e um código<br />
alfanumérico de 12 dígitos, ambos associados, exclusivamente, ao produto. Isto permite<br />
ao cliente verificar a autenticidade do produto de duas formas: fazendo a leitura do código<br />
QR com a app Textar Brakebook (gratuita para iOS e Android) ou com outro scanner de<br />
código QR. Uma vez inserido o código ou feito o scan, o cliente obtém uma resposta.<br />
Este procedimento permite ao cliente descobrir, de forma imediata, se o produto de que<br />
dispõe é original ou falsificado. Se o cliente tiver um código inválido ou que já tenha sido<br />
digitado, é altamente provável que o produto seja falsificado.<br />
PRO4MATIC<br />
ABRE SUCURSAL NO ALGARVE<br />
Sediada na zona centro do país, a Pro4matic, especialista em suspensões<br />
pneumáticas, abre, em parceria com a Konzept Automobile, um novo<br />
centro de distribuição e reparação na região do Algarve, mais concretamente<br />
em Almancil. De acordo com a nota de imprensa enviada pela organização<br />
liderada por Nuno Durão, “esta iniciativa permite melhorar o nosso serviço<br />
e estar mais perto dos clientes de que dispomos. Espera-se, assim, uma maior<br />
celeridade e eficiência no apoio ao cliente”. A Pro4matic - Air Suspension Center<br />
assume-se como empresa líder na distribuição de suspensões pneumáticas<br />
na Europa.<br />
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42 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
TRAVÕES BATERIA REVISÃO MECÂNICA MUDANÇA ÓLEO CLIMATIZAÇÃO PNEUS PRÉ-CONTROLO<br />
TÉCNICO<br />
SUSPENSÃO VISIBILIDADE KIT DE<br />
ESCAPE<br />
DISTRIBUIÇÃO<br />
“O SUCESSO<br />
DA MINHA OFICINA<br />
NÃO CONHECE<br />
FRONTEIRAS”<br />
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A EUROREPAR CAR SERVICE é uma ampla rede internacional de reparadores, com um vasto e profundo<br />
conhecimento do mercado multimarca. Presente em 25 países, com mais de 4400 oficinas em todo<br />
o mundo e mais de 150 em Portugal, o nosso grupo tem tudo o que precisa para levar a sua oficina ainda<br />
mais longe.<br />
Algumas <strong>das</strong> vantagens dos nossos aderentes:<br />
• SISTEMA INFORMÁTICO DE GESTÃO OFICINAL E FACTURAÇÃO<br />
• LINHA DE APOIO TÉCNICO<br />
• ACESSO A PLATAFORMA DE COMERCIALIZAÇÃO DE VIATURAS USADAS/SEMI-NOVAS<br />
• GAMA DE PEÇAS MULTIMARCA EUROREPAR COM MAIS DE 12.000 REFERÊNCIAS,<br />
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Notícias<br />
EMPRESAS<br />
FORMAÇÃO EM TECNOLOGIA PASSTHRU<br />
RecOficial | A rede ibérica de oficinas multimarca promoveu, no passado mês de<br />
outubro, nas instalações da sede do Grupo Recalvi, em Vigo, uma ação de formação sobre<br />
“Tecnologia PassThru e Funções de Diagnóstico”. Nesta formação, exclusiva para os aderentes<br />
ao projeto RecOficial, as oficinas puderam aceder à referida informação através de um<br />
equipamento de diagnóstico preparado com tecnologia PassThru. Esta tecnologia permite<br />
às oficinas reprogramar a maioria <strong>das</strong> unidades de controlo do veículo, bem como aceder à<br />
informação técnica dos fabricantes. Já são 12 as oficinas que, em Portugal, optaram por aderir<br />
ao projeto RecOficial, um conceito assente numa forte componente de conhecimento, de<br />
apoio técnico e de formação.<br />
UM MUNDO DE EXCELÊNCIA AO SERVIÇO DO AUTOMÓVEL<br />
Rua Fernando Vicente - Armazém 15 - 2560-677 Torres Vedras<br />
Telefone: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt<br />
Coordena<strong>das</strong> GPS - Latitude 39º5'42.83"N - Longitude 9º15'7,74"W<br />
CURSO PARA ELÉTRICOS E HÍBRIDOS<br />
Centro Zaragoza | Programou uma nova edição do curso presencial “Veículos<br />
elétricos e híbridos”, que será ministrado, de 16 a 20 de dezembro, nas suas instalações. A<br />
duração é de cinco dias (30 horas letivas) e o horário é <strong>das</strong> 9h às 17h. O curso é destinado<br />
a engenheiros, técnicos, especialistas em seguros, professores de formação profissional<br />
e a qualquer pessoa cuja área de trabalho esteja relacionada com veículos equipados<br />
com sistemas de alta tensão. O objetivo geral é fornecer aos alunos todo o conhecimento<br />
necessário sobre a arquitetura e os componentes dos veículos elétricos e híbridos, bem<br />
como manuseá-los com segurança, evitando ferimentos em pessoas e danos materiais no<br />
ambiente.<br />
Readapt Portugal, Lda<br />
CONCLUÍDA MAIS UMA AÇÃO<br />
Grupo Beirauto ACADEMIA | Em parceria com o CEPRA, o grupo realizou, no<br />
passado mês de outubro, uma formação em veículos elétricos e híbridos. Nestes dois dias,<br />
foram abordados princípios de funcionamento, componentes, diagramas elétricos, sistema de<br />
carregamento, diagnóstico e substituição de módulos <strong>das</strong> baterias de tração. Os formandos<br />
consideraram esta formação de enorme importância dado o contexto atual da introdução<br />
destes veículos no mercado automóvel e tiveram oportunidade de efetuar testes a este tipo<br />
de veículos num simulador de um Toyota Prius e de um BMW i3. O Grupo Beirauto Academia<br />
é um conceito desenvolvido para os clientes <strong>das</strong> empresas Mondegopeças e Beirauto, para<br />
proporcionar mais ferramentas aos seus clientes que lhes permitam ultrapassar obstáculos.<br />
44 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
sachsprovenperformers.pt<br />
Christian Engelhart ACELERA ATÉ<br />
290kM/H DURANTE<br />
24 HORAS<br />
COM UMA EMBRAIAGEM SACHS<br />
Veja Christian Engelhart,<br />
embaixador da ZF, em ação:<br />
SACHSprovenperformance<br />
@sachsofficial<br />
@sachsofficial
produto<br />
DESDE QUE INICIOU O FABRICO DE SONDAS LAMBDA, NO INÍCIO DE 2000,<br />
A FAE NÃO TEM PARADO DE FAZER EVOLUIR ESTE COMPONENTE, QUE TEM<br />
COMO PRINCIPAL FUNÇÃO REDUZIR A EMISSÃO DOS GASES DE ESCAPE
SONDAS LAMBDA FAE<br />
EVOLUÇÃO CONTÍNUA<br />
A EVOLUÇÃO DAS SONDAS LAMBDA É CONSIDERÁVEL, DESTACANDO-SE A INTRODUÇÃO DAS “VERSÕES”<br />
AQUECIDAS, O APARECIMENTO DAS VARIANTES DE BANDA LARGA E O DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA<br />
PLANAR, NO QUAL A FAE APOSTOU MUITO FORTE, VISTO QUE, DESDE HÁ ANOS, A TEM DESENVOLVIDO<br />
por João Vieira<br />
A<br />
FAE fabrica son<strong>das</strong> Lambda<br />
há mais de duas déca<strong>das</strong> na<br />
sua fábrica de Barcelona. To<strong>das</strong><br />
as referências já estão disponíveis<br />
no TecDoc, onde a FAE é certificada<br />
como fornecedor de dados<br />
“Classe A”, bem como no catálogo online<br />
deste fabricante espanhol especialista<br />
em componentes elétricos e<br />
eletrónicos.<br />
É importante saber que as primeiras<br />
son<strong>das</strong> Lambda não eram aqueci<strong>das</strong><br />
e tinham um tempo de resposta útil<br />
superior a 120 segundos. Isto significa<br />
que, desde que se punha o veículo<br />
a trabalhar, a ECU não recebia uma<br />
leitura clara até terem passado dois<br />
minutos, quando o motor frio polui<br />
mais.<br />
De forma genérica, pode dizer-se<br />
que, durante todos estes anos, foi-se<br />
procurando melhorar a velocidade, a<br />
estabilidade e a precisão da resposta<br />
da sonda Lambda, independentemente<br />
do regime do motor e um<br />
menor tempo de colocação em funcionamento,<br />
ou seja, o tempo que o<br />
sensor demora a alcançar a temperatura<br />
de trabalho, como, também, a<br />
sua resistência e durabilidade.<br />
Tipos de son<strong>das</strong> lambda<br />
Primeiro, as son<strong>das</strong> de zircónio. Tratam-se<br />
de son<strong>das</strong> Lambda binárias,<br />
fabrica<strong>das</strong> com cerâmica composta<br />
por dióxido de zircónio ou zircónia,<br />
que contêm um eletrólito sólido que<br />
proporciona uma tensão elétrica que<br />
se obtém por comparação de duas<br />
atmosferas (os gases de escape, por<br />
um lado, e o ar exterior, por outro).<br />
É sensível à concentração de oxigénio<br />
nos gases de escape. As misturas<br />
ricas em combustível produzem uma<br />
tensão alta e as misturas pobres produzem<br />
uma tensão baixa, dando, assim,<br />
uma resposta binária on-off com<br />
apenas dois valores: 0 ou 1, facilmente<br />
interpretável pela eletrónica.<br />
Son<strong>das</strong> lambda de titânio<br />
Nas son<strong>das</strong> de titânio, o sensor é constituído<br />
por um elemento cerâmico de<br />
dióxido de titânio. Ao contrário <strong>das</strong><br />
son<strong>das</strong> Lambda basea<strong>das</strong> em dióxido<br />
de zircónio, estas não geram qualquer<br />
tensão e o material sensor encontra-<br />
-se submerso nos gases de escape,<br />
sem necessitar de ar exterior. Estas<br />
son<strong>das</strong> incluem sempre um aquecedor<br />
e, a alta temperatura, a resistência<br />
deste material é sensível à variação da<br />
concentração de oxigénio nos gases de<br />
escape. Para uma mistura rica, a resistência<br />
desce para valores mínimos<br />
e, para uma mistura pobre, sobe para<br />
valores máximos. A ECU alimenta a<br />
sonda Lambda com uma tensão fixa<br />
e lê a resposta da sonda Lambda através<br />
de um circuito divisor de tensão.<br />
Son<strong>das</strong> lambda de banda larga<br />
Ao contrário <strong>das</strong> son<strong>das</strong> Lambda de<br />
zircónia binárias, as de banda larga<br />
proporcionam uma resposta contínua,<br />
não binária, perante o valor<br />
Lambda detetado. Por este motivo,<br />
medem com grande exatidão a composição<br />
dos gases de escape, o que<br />
também as torna adequa<strong>das</strong> para motores<br />
a gasolina e Diesel. Estas contêm<br />
duas células eletroquímicas que<br />
trabalham de forma paralela. Uma<br />
delas mede o carácter rico ou pobre<br />
da mistura de gases, de forma similar<br />
às son<strong>das</strong> Lambda binárias. A outra<br />
célula eletroquímica reage condicionada<br />
pelo sinal da primeira célula<br />
e pela quantidade de oxigénio no gás<br />
de combustão. O funcionamento conjunto<br />
de ambas as células proporciona<br />
uma corrente elétrica positiva para<br />
misturas pobres, negativa para misturas<br />
ricas e nula para o caso de uma<br />
mistura perfeita ou estequiométrica.<br />
A corrente gerada pelas son<strong>das</strong> Lambda<br />
de banda larga é calibrada e, além<br />
disso, deve ser transformada em tensão<br />
para que possa ser lida pela ECU<br />
do veículo. Por estes motivos, a sonda<br />
integra uma resistência de calibragem<br />
no conector. Esta resistência é diferente<br />
para cada sonda Lambda, pelo<br />
que não se deve, em caso algum, substituir<br />
uma sonda Lambda por outra<br />
cortando os cabos. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 47
MÁQUINA<br />
D0 TEMPO<br />
FUCHS<br />
INVESTIMOS, TODOS<br />
OS ANOS, MAIS DE<br />
47 MILHÕES DE EUROS<br />
EM I&D<br />
A FUCHS CELEBRA 30 ANOS EM PORTUGAL COM A RESTRUTURAÇÃO DAS INSTALAÇÕES.<br />
COM OS OLHOS COLOCADOS NO FUTURO, A EMPRESA QUER ESTAR NA VANGUARDA. PAUL CEZANNE<br />
É O HOMEM AO LEME DESDE A PRIMEIRA HORA por Jorge Flores<br />
Cumprir três déca<strong>das</strong> de presença no mercado<br />
nacional não está ao alcance de todos.<br />
No caso da Fuchs, deu até direito a uma<br />
prenda muito especial: a renovação total <strong>das</strong> suas<br />
instalações. Mas uma data tão especial, como esta,<br />
também convida a olhar para o passado. Para esse<br />
exercício, ninguém como Paul Cezanne, diretor-<br />
-geral da empresa desde a sua primeira hora, em<br />
1989. Alemão nascido no Porto, há 61 anos, o responsável<br />
licenciou-se em Gestão e Administração<br />
de Empresas pela Universidade de Frankfurt, depois<br />
de ter tirado o curso de três anos de Comercial<br />
Industrial na Hoechst.<br />
Em Portugal, foi responsável de ven<strong>das</strong> e marketing<br />
numa empresa de componentes para a indústria<br />
de calçado. Até que abraçou a Fuchs. Qual o<br />
sentimento com que olha para o caminho percorrido<br />
ao longo de 30 anos? “Sinto-me realizado. Tem<br />
sido uma experiência muito positiva e com muitos<br />
desafios. Como temos clientes de setores diversos,<br />
a nossa atividade todos os dias tem novas situações<br />
e considero isso altamente motivador. A Fuchs tem<br />
uma <strong>das</strong> gamas mais alarga<strong>das</strong> de lubrificantes –<br />
lubrificantes automóveis e industriais, massas lubrificantes,<br />
fluidos de tratamento de metais, lubrificantes<br />
para aplicações especiais e serviços – e,<br />
isso, leva a uma partilha de informação com diferentes<br />
tipos de clientes, de maneira a servi-los da<br />
melhor forma possível”, começa por explicar.<br />
Mecânicos deslumbrados<br />
As primeiras memórias da empresa no nosso país<br />
apontam para um escritório na Rua Sá da Bandeira<br />
e o armazém em Pedrouços. Foi o começo de tudo.<br />
“A construção da fábrica revelou-se um enorme<br />
desafio. A par disso, levámos algum tempo até encontrar<br />
a equipa certa, mas conseguimos. Aliás, algumas<br />
<strong>das</strong> pessoas que colaboram, hoje, connosco,<br />
são dessa altura. Lembro-me, também, da crise de<br />
petróleo, logo no início da empresa, com subi<strong>das</strong><br />
vertiginosas nos preços <strong>das</strong> matérias-primas. Foi<br />
uma gestão complicada. Recordo-me, também,<br />
de negociar com os bancos a taxas de juro de 23 e<br />
24%. O mercado era mesmo muito diferente. Nas<br />
primeiras visitas a clientes, éramos completamente<br />
desconhecidos. Quebrar esta barreira era difícil,<br />
mas, a partir do momento que experimentavam os<br />
nossos produtos, nunca mais os largavam. Os mecânicos<br />
ficavam maravilhados”, afirma.<br />
Na altura, o mercado era muito distinto do atual.<br />
“No setor automóvel, antes, havia muitos pequenos<br />
operadores a atuar no mercado e a preocupação<br />
ambiental e a limpeza eram aspetos menos relevantes<br />
do que atualmente. Hoje, há uma consolidação e<br />
surgiram, também, as marcas brancas. Além disso,<br />
antes desta era da digitalização, o acesso à informação<br />
era demorado. Agora, tudo está à distância de<br />
um clique e acessível a qualquer pessoa. Em 2008,<br />
lançámos o Oil Chooser, uma plataforma onde é<br />
possível escolher os lubrificantes ideais para um automóvel<br />
específico. Antes, isso era impensável. O<br />
setor automóvel está em permanente mudança e é<br />
altamente competitivo. No caso dos lubrificantes,<br />
há quem ofereça produtos com baixo preço e, muitas<br />
vezes, de qualidade duvidosa. Representantes<br />
que reclamam aprovações dos OEM que não têm.<br />
O óleo, ‘peça’ que tem vindo a ganhar terreno ao lubrificante,<br />
produto tecnológico. O custo é a redução<br />
da qualidade e da longevidade do equipamento onde<br />
é utilizado, bem como a frequente recomendação<br />
incorreta. Ainda assim, há uma importante fatia<br />
do mercado que valoriza a qualidade, o serviço ao<br />
cliente e a formação/informação do seu fornecedor<br />
de lubrificantes. É nesta faixa de mercado que nos<br />
posicionamos. Oferecemos ao mercado tecnologia<br />
com retorno”, conta.<br />
Momentos marcantes<br />
Para Paul Cezanne, o principal segredo do sucesso<br />
da Fuchs é o “trabalho, dia a dia”. Mas mais do que<br />
isso. “O empenho da equipa em levar a empresa<br />
em frente e, muito importante, o foco no cliente.<br />
Os nossos pontos fortes são qualidade, segurança,<br />
inovação tecnológica e respeito ambiental. A aposta<br />
na formação técnica contínua da nossa equipa<br />
representa um dos maiores investimentos da Fuchs<br />
em Portugal”, explica o responsável.<br />
Num percurso longo como o da empresa, determi-<br />
48 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
FUCHS<br />
EVOLUÇÃO EM PORTUGAL<br />
1989<br />
Primeiras instalações em Pedrouços, na<br />
Maia, onde iniciou a produção de lubrificantes<br />
industriais e para automóveis<br />
nados momentos ficam gravados na pedra. “Destaco<br />
três. Primeiro, o início da atividade, com todos os seus<br />
desafios. Segundo, a aquisição da Luso Química. Até essa<br />
altura, estávamos em armazéns alugados e, com a fusão,<br />
passámos a estar em instalações próprias, onde ainda<br />
hoje estamos. Conseguimos unir as duas unidades de<br />
blending existentes e criar um laboratório de raiz. Começámos<br />
a ganhar escala e os resultados começaram a<br />
aparecer. E, por último, a renovação <strong>das</strong> instalações que<br />
fizemos este ano”, revela Paul Cezanne, que não esconde<br />
a existência de momentos negativos. Também os houve.<br />
O pior deles? “Foi o fecho da produção, em Portugal,<br />
em 2013. Na altura, estávamos a crescer, mas, por uma<br />
questão de competitividade e de estratégia do grupo,<br />
acabámos com a produção aqui. No entanto, conseguimos<br />
continuar a desenvolver o laboratório até hoje para<br />
o apoio ao cliente”, adianta o diretor-geral.<br />
“Novas” instalações<br />
Celebrar 30 anos com a restruturação completa <strong>das</strong> instalações,<br />
é algo extremamente importante. Para todos.<br />
“É uma satisfação, para mim, contemplar o bem-estar<br />
da equipa. Estou muito feliz por termos conseguido realizar<br />
este investimento para garantir maior conforto a<br />
todos. Renovámos os edifícios, ampliámos a área administrativa,<br />
investimos no revestimento térmico e acústico<br />
e num sistema de climatização central, essenciais<br />
para assegurar, também, a eficiência energética. Sinto<br />
que isso nos deixa ainda mais bem preparados para o<br />
futuro”, sublinha.<br />
A vontade de agarrar o futuro marcará a atividade da<br />
Fuchs em Portugal, que pretende estar na “vanguarda<br />
tecnológica dos produtos”, diz. “E acrescenta: “Queremos<br />
continuar a oferecer ao mercado produtos de altíssima<br />
qualidade com um serviço ao cliente cada vez mais<br />
apurado. Os esforços exigidos aos lubrificantes têm aumentado<br />
imenso. Isto é uma consequência de um conjunto<br />
de fatores: da redução do tamanho dos motores,<br />
<strong>das</strong> diferentes e cada vez mais extremas condições operacionais<br />
e da introdução de novas tecnologias”.<br />
Atualmente, a empresa dispõe de 25 laboratórios de Investigação<br />
& Desenvolvimento, em todo o mundo, com<br />
quase 500 engenheiros e cientistas a nível mundial. “Investimos,<br />
todos os anos, mais de 47 milhões de euros<br />
em I&D e temos cerca de 580 projetos a decorrer em simultâneo.<br />
Somos pioneiros no desenvolvimento de lubrificantes<br />
biodegradáveis e esse é, também, um fator<br />
de diferenciação para os clientes”, conclui Paul Cezanne<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. l<br />
1995<br />
Aquisição da Luso Química e <strong>das</strong> atuais<br />
instalações, na Zona Industrial da Maia<br />
1996, a Fuchs mudou-se para a Zona<br />
Industrial da Maia, após a aquisição da Luso<br />
Química, em janeiro de 1995<br />
2006<br />
Renovação exterior <strong>das</strong> instalações<br />
2008<br />
Lançamento do Oil Chooser<br />
2013<br />
Encerramento da produção em Portugal<br />
Lançamento da Engenharia de Aplicação e<br />
dos serviços de análises e de GPP (Gestão de<br />
Produto em Processo)<br />
2019<br />
Lançamento do Fuchs Care, um serviço pioneiro,<br />
criado em Portugal, e com laboratório próprio<br />
em solo nacional<br />
Renovação interior <strong>das</strong> instalações<br />
50 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
Produto<br />
FEBI<br />
CALENDÁRIO PARA 2020 JÁ CHEGOU<br />
Glaciares, caldeiras naturais e fumarolas: o<br />
novo calendário de oficina da febi viajou este<br />
ano até à Islândia. Na próxima edição, que<br />
irá ser enviada, exclusivamente, a clientes febi a nível<br />
mundial, a paisagem terá um destaque maior do<br />
que na versão anterior. A Islândia oferece inúmeros<br />
pretextos fotográficos pela sua beleza natural, desde<br />
o glaciar Vatnajökull até aos campos de lava e<br />
cascatas impressionantes. Foram capta<strong>das</strong> mais de<br />
6.000 fotografias em 22 locais em maio de 2019,<br />
mas apenas as 12 melhores foram seleciona<strong>das</strong> para<br />
a versão final. As imagens foram ainda tira<strong>das</strong> em<br />
lugares que serviram anteriormente de cenário para<br />
filmes e séries conheci<strong>das</strong>. A foto de capa foi tirada<br />
numa baía onde Pierce Brosnan posou como James<br />
Bond. A imagem do mês de outubro: cascata foi utilizada<br />
como pano de fundo na famosa série Game<br />
of Thrones. Aquilo que parece simples nas imagens<br />
não foi tarefa fácil, especialmente no que diz respeito<br />
à participação <strong>das</strong> modelos, pela temperatura<br />
local, que rondava os 7°C. Mas o trabalho árduo foi<br />
compensado: a 19.ª edição do calendário de oficina<br />
da febi combina elegância e força da natureza. Uma<br />
verdadeira atração para qualquer oficina.<br />
52 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOVIDADES NA GAMA DE MARCA PRÓPRIA<br />
EUROPART | A empresa alemã especialista em peças para veículos pesados<br />
complementa a gama de marca própria, EUROPART Premium Parts, com vários<br />
produtos. Entre eles, estão disponíveis, pela primeira vez, as pastilhas de travão<br />
de disco “Green Coating”. “O ‘Green Coating’ consiste num revestimento especial<br />
que é aplicado na superfície da pastilha, permitindo reduzir, significativamente,<br />
a fase de assentamento <strong>das</strong> pastilhas de travão novas, oferecendo um valor de<br />
fricção constante a partir da primeira travagem”, explica Oliver Hirzmann, diretor de<br />
International Sourcing da EUROPART. A mistura de materiais de alta qualidade da<br />
pastilha de fricção de compostos múltiplos, a placa traseira fabricada com precisão e,<br />
finalmente, os processos de produção automatizados, cumprem os elevados padrões<br />
de to<strong>das</strong> as pastilhas de travão da EUROPART. As pastilhas de travão com “Green<br />
Coating” podem ser reconheci<strong>das</strong> pela faixa em forma de crescente no revestimento<br />
de fricção.<br />
NEDERMAN<br />
SOLUÇÃO FILTERBOX<br />
A<br />
Filterbox é um dos produtos mais antigos e de maior sucesso da Nederman.<br />
Durante muitos anos, ocupou no mercado um espaço singular, trazendo significativos<br />
benefícios para a Nederman<br />
e para os seus clientes. A Filterbox<br />
é o complemento indispensável de<br />
qualquer posto de trabalho. De uso pessoal,<br />
dimensões reduzi<strong>das</strong> e facilidade<br />
de operação, é feita para limpar a zona<br />
de trabalho do operador de poluentes<br />
do ar, como sejam fumos e poeiras inerentes<br />
a várias atividades. Como unidade<br />
móvel com ro<strong>das</strong> ou fixa, integra-se<br />
facilmente nas operações de despejo de<br />
sacos, pesagens, na aspiração de fumos<br />
de soldadura ou como instalação fixa ligada<br />
a uma série de pontos de extração.<br />
Os poluentes são capturados através do<br />
braço articulado, fácil de posicionar e<br />
retidos no filtro com limpeza automática<br />
que os deposita no contentor para<br />
serem despejados ou reciclados.<br />
PUB<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 53
Notícias<br />
Produto<br />
COMPONENTES DE AR<br />
CONDICIONADO PARA ELÉTRICOS<br />
Pierburg | Em veículos com motor de combustão interna<br />
convencional, o compressor de ar condicionado é, regra geral,<br />
acionado por uma polia e uma correia em V. Nos veículos elétricos,<br />
este mecanismo não está disponível, sendo o compressor de ar nestes<br />
acionado por um motor elétrico integrado na rede de alta tensão do<br />
veículo. A Pierburg desenvolveu um compressor de ar condicionado<br />
(eCC) que incorpora os muitos anos de experiência de que dispõe na<br />
área dos componentes mecatrónicos.<br />
FECHADURA DE PORTAS NA OFERTA<br />
KRAUTLI Portugal | Incorporou no seu portefólio de produtos<br />
fechaduras de porta do fornecedor KSH Europe. Com a crescente procura<br />
por este tipo de produtos, a KRAUTLI Portugal realizou um importante<br />
investimento em stock de toda a gama KSH para garantir uma excelente taxa<br />
de serviço aos seus parceiros com a qualidade habitual que a caracteriza. A<br />
KRAUTLI Portugal apresenta, assim, uma nova gama de produtos de elevada<br />
qualidade com muita procura no mercado a um preço competitivo. Esta nova<br />
gama está presente no TecDoc.<br />
GAMA DE DIREÇÃO E SUSPENSÃO<br />
AISIN | No final de 2017, a AISIN Europe Aftermarket lançou uma<br />
gama limitada de peças de direção e suspensão apenas para veículos<br />
asiáticos, japoneses e sul-coreanos. O mercado reagiu e, depois<br />
de um forte impulso de ven<strong>das</strong> relativa a essa gama, foi tomada a<br />
decisão de lançar uma linha completa de componentes de direção<br />
e suspensão, não apenas para as marcas asiáticas mas, também,<br />
para as marcas europeias. Assim, a AISIN anunciou o lançamento de,<br />
aproximadamente, 1.200 referências para aplicações europeias, que<br />
complementam a variedade existente de veículos asiáticos, oferecendo<br />
uma cobertura do mercado europeu entre 85% e 90%.<br />
NOVA BOMBA DE ÁGUA ELÉTRICA<br />
Grupo Metelli | Disponível nas referências Metelli 24-1369, GRAF<br />
PA1369 e KWP 101369, o novo componente pode ser instalado nos BMW<br />
equipados com motores V6 a gasolina de 2,5 e 3,0 litros (N52 - N53), muito<br />
comuns na Europa, EUA e Ásia, cobrindo uma frota de 800 mil veículos,<br />
distribuídos por 19 modelos. A bomba de água foi submetida a testes de<br />
laboratório que garantem desempenhos técnicos e qualitativos com resultados<br />
iguais ou superiores aos do equipamento original. Desempenhos esses que são<br />
alcançados graças aos componentes de elevada qualidade testados de forma<br />
singular, que garantem grande fiabilidade, característica que é, de resto,<br />
comum a todos os produtos do Grupo Metelli.<br />
TUBOS DE TRAVÃO<br />
DE ALTA QUALIDADE<br />
Corteco | Marca do Grupo Freudenberg<br />
afirma que a segurança dos condutores é a sua<br />
prioridade. Por isso, testa todos os itens que<br />
fornece ao mercado. Os principais testes de<br />
controlo nos tubos de travão incluem a verificação<br />
dos dados, valores de qualidade de crimpagem<br />
e registo oficial; tração na primeira parte do lote<br />
de produção (destrutiva); teste de chicote sem<br />
mangueira semi-acabada (destrutiva); ensaio<br />
volumétrico de expansão em mangueira semiacabada;<br />
teste de queimadura em mangueira<br />
semi-acabada (destrutiva); pressão em cada<br />
componente acabado. Todos os tubos de travão<br />
da Corteco têm de passar no teste de pressão de<br />
120 bar, que deixa uma marca na junta.<br />
BOSCH EXCHANGE:<br />
QUALIDADE SEM COMPLICAÇÕES<br />
Bosch | Mais de 75 anos de experiência em sistemas de injeção Diesel e mais de 20 em<br />
injetores common rail. Através do programa “Bosch eXchange”, a empresa oferece uma ampla<br />
gama de injetores e bombas de alta pressão remanufaturados para veículos de turismo e<br />
comerciais ligeiros. Com mais de 1.300 referências, que alcançam uma cobertura de 97%<br />
no aftermarket, o programa de remanufaturação da Bosch oferece a mesma fiabilidade e<br />
durabilidade dos seus novos produtos e a mesma qualidade do equipamento original. Os<br />
modernos sistemas de injeção Diesel da Bosch caracterizam-se por ter uma injeção precisa,<br />
sujeita a pressões muito altas. Tolerâncias extremamente pequenas, na ordem de milésimos<br />
de milímetro, exigem que os componentes se ajustem perfeitamente entre si, algo que já<br />
foi demonstrado nas verificações de funcionamento que seguem as normas do fabrico de<br />
primeiro equipamento.<br />
FILTRO DE ÓLEO PARA GRUPO VOLKSWAGEN<br />
UFI Filters | Tem um novo módulo de óleo utilizado como equipamento original<br />
em todos os motores 2.0 l EA 288 EVO equipados com sistema mild hybrid do Grupo<br />
Volkswagen, com potências entre os 100 kw (136 cv) e os 150 kw (204 cv). Os sistemas<br />
de filtragem UFI Filters adaptam-se às necessidades dos novos sistemas híbridos, como<br />
o motor de quatro cilindros do Grupo Volkswagen, com um starter-generator conectado<br />
a uma bateria de iões de lítio. Este é um dos motores mais vendidos e apreciados na<br />
marca alemã, instalado em vários modelos, entre eles os VW Golf e Passat, o Škoda<br />
Octavia e o SEAT Leon, oferecendo inúmeras vantagens em termos de consumo de<br />
combustível, conforto e desempenho. O novo módulo da UFI Filters, com corpo de<br />
plástico e tamanho compacto, permite uma redução no peso e no consumo do próprio<br />
motor. Está equipado com uma válvula de derivação e uma válvula solenóide, que<br />
permitem uma melhor gestão do fluxo de óleo e do líquido de arrefecimento do motor.<br />
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M<br />
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54 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
COMLINE<br />
AUMENTA PORTEFÓLIO DE PRODUTOS<br />
DE TRAVAGEM<br />
A<br />
marca<br />
britânica, que tem vindo a registar<br />
um rápido crescimento no mercado europeu,<br />
adicionou novas e importantes referências<br />
à sua gama de pastilhas e discos revestidos com<br />
aprovação R90. Os especialistas de aftermarket da<br />
Comline continuam a fortalecer a sua linha de fricção<br />
de alta qualidade, adicionando uma infinidade<br />
de novas referências à gama. As novidades, que incluem<br />
pastilhas de travão em conformidade com o<br />
regulamento R90 e discos de travão totalmente revestidos,<br />
juntam-se ao amplo portefólio da marca,<br />
que dá resposta às necessidades de todos os veículos<br />
europeus, japoneses e sul-coreanos. Disponíveis em<br />
stock para entrega imediata, os lançamentos mais<br />
recentes representam a amplitude da cobertura de<br />
mercado da marca. Oferecendo aplicações para automóveis<br />
de passageiros e comerciais ligeiros, a lista<br />
abrange marcas tradicionais e premium.<br />
FICHA DE DIAGNÓSTICO FCA<br />
Grupo Bombóleo | Anunciou a<br />
comercialização de um novo componente de<br />
diagnóstico da Magneti Marelli, exclusivo para veículos<br />
do Grupo FCA. A nova Security Pass, da Magneti<br />
Marelli, permite efetuar diagnóstico em veículos do<br />
Grupo FCA (Fiat Chrysler Automotive) de nova geração<br />
dotados de security gateway. Este novo produto,<br />
comercializado pela Bombóleo, foi desenvolvido de<br />
acordo com as diretrizes e parâmetros da FCA, em<br />
conformidade com as suas normas, funcionando de<br />
acordo com os seus protocolos. Poderá ser utilizado<br />
em qualquer máquina de diagnóstico, dispõe de<br />
uma interface simples que, ligado à ficha OBD, e,<br />
posteriormente, à máquina de diagnóstico, conecta-se<br />
à plataforma online da FCA, desbloqueando o acesso.<br />
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TUDO EM ENERGIA, ENERGIA PARA TUDO<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 55
Notícias<br />
Produto<br />
PISTÃO DE AÇO KOLBENSCHMIDT<br />
Motorservice Group | A Kolbenschmidt, que integra a<br />
Rheinmetall Automotive, é pioneira no desenvolvimento de pistões<br />
de aço para uso em motores de veículos ligeiros, uma tecnologia<br />
que há muito se estabeleceu na construção de motores modernos.<br />
O pistão de aço anuncia vantagens em relação ao pistão de alumínio,<br />
como a redução do atrito, do peso e do consumo. A MS Motorservice<br />
International GmbH traz, agora, esta tecnologia para o mercado de pós-venda.<br />
A utilização cada vez maior do pistão de aço deve-se a várias vantagens em comparação com o<br />
pistão de alumínio. Com pistões de aço, são possíveis pressões de ignição muito acima dos 200 bar e<br />
temperaturas de pico superiores a 400°C. Assim, são obti<strong>das</strong> potências de litro mais eleva<strong>das</strong>, o que,<br />
por sua vez, permite reduzir ainda mais o tamanho dos motores. Além disso, a dilatação térmica do<br />
aço é bastante inferior à do alumínio.<br />
LUBRIFICANTES 100% SINTÉTICOS DA GAMA 8100<br />
Motul | A marca francesa atualizou a sua gama de produtos através dos lubrificantes<br />
100% sintéticos 8100 X-Clean GEN2 5W40, 8100 Eco-Clean 0W20 e 8100 Eco-Clean 0W30.<br />
A Motul não poupou esforços para reduzir o impacto ambiental dos seus lubrificantes<br />
8100, gama preferida dos distribuidores multimarca e dos clientes de peças sobressalentes<br />
independentes, alcançando 95% <strong>das</strong> homologações de fabricantes de automóveis. Durante<br />
este ano, tendo como objetivo oferecer os melhores lubrificantes especializados, a Motul<br />
desenvolveu três novas atualizações para a sua gama 8100 para automóveis. Primeiro,<br />
reformulou o lubrificante 8100 X-Clean para a BMW. Depois, o 8100 ECO-Clean 0W20 também<br />
foi alterado para a BMW, com a nova norma BMW LL-17 FE+ para todos os motores N20 e Bx8.<br />
Por último, procedeu a uma melhoria na fórmula do 8100 Eco-Clean 0W30, acrescentando-se<br />
a norma Land Rover ST.JLR.03.5007.<br />
25 NOVAS REFERÊNCIAS NO PORTEFÓLIO<br />
FAE | O fabricante espanhol especialista em componentes elétricos e eletrónicos lançou 25 novas<br />
referências para veículos dos mercados europeu, norte-americano e asiático, para as marcas Audi,<br />
Seat, Škoda e Volkswagen. Nos 25 novos produtos, incluem-se<br />
três son<strong>das</strong> Lambda, um interruptor stop, um captor de<br />
impulsos, um sensor de pressão de gases de escape, quatro<br />
sensores de pressão e 15 bobines de ignição. To<strong>das</strong> as<br />
referências já estão disponíveis no TecDoc, onde a FAE (Francisco<br />
Albero S.A.U.) é certificada como fornecedor de dados “Classe A”,<br />
bem como no catálogo online deste fabricante especialista em<br />
componentes elétricos e eletrónicos.<br />
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perito tem plena consciência de<br />
que, num acidente, os volumes<br />
destes veículos e, portanto, a<br />
massa que eles deslocam, produzem<br />
elevados danos por efeito direto ou indireto<br />
da inércia que desenvolvem. Em<br />
alguns elementos mecânicos, estes danos<br />
talvez não sejam facilmente observáveis<br />
de forma direta. Para conhecer<br />
exatamente a sua amplitude, poderá<br />
ser necessário realizar determina<strong>das</strong><br />
verificações dimensionais específicas<br />
para cada peça. O perito responsável<br />
por avaliar os danos materiais provocados<br />
num acidente assumirá, além do<br />
mais, um papel adicional: controlar o<br />
estado de alguns elementos mecânicos<br />
que poderão ter sofrido danos. É de<br />
extrema importância para conservar a<br />
segurança do veículo.<br />
Todos os componentes mecânicos de<br />
um camião são importantes, mas, do<br />
ponto de vista pericial, os da parte<br />
dianteira, ligados, direta ou ndiretamente,<br />
ao mecanismo da direção do<br />
veículo, são cruciais para controlar<br />
danos e deformações resultantes. Os<br />
mais importantes são: eixo dianteiro;<br />
caixa da direção e tirantes; molas<br />
de lâminas de suspensão.<br />
Eixo dianteiro<br />
Num camião que transporte mercadorias,<br />
seja de configuração rígida<br />
(camião chassis-cabina com carroçaria),<br />
ou trator, as ro<strong>das</strong> dianteiras são<br />
os pontos de apoio que transmitem<br />
a distribuição de cargas máximas<br />
sobre o eixo dianteiro. Esta circunstância<br />
implica que os requisitos de<br />
resistência mecânica aos quais são<br />
sujeitas sejam muito elevados, visto<br />
que trabalham durante toda a vida<br />
do camião com enormes forças compressivas.<br />
Um sinistro de elevada intensidade<br />
num eixo dianteiro pode<br />
levar a que as forças de compressão,<br />
alia<strong>das</strong> às de deformação, danifiquem<br />
a viga do eixo dianteiro. Nestes<br />
casos, é recomendável efetuar um<br />
controlo dimensional.<br />
O primeiro elemento a verificar serão<br />
as bases de apoio do eixo, verificando<br />
que os planos de ambas continuam a<br />
formar 0° entre si, ou seja, que não<br />
foi produzida uma torção na viga do<br />
eixo dianteiro. Para o efeito, devemos<br />
colocar sobre estas bases réguas com<br />
o maior cumprimento possível, verificando<br />
se existe deformação torcional<br />
entre elas. Por vezes, ainda que o acidente<br />
do camião não seja muito violento,<br />
se estiver localizado em alguma<br />
<strong>das</strong> extremidades do eixo, a geometria<br />
da própria manga de eixo e da roda<br />
poderá ter sido afetada. É necessário<br />
controlar fundamentalmente o alojamento<br />
do pino da manga de eixo na<br />
direção longitudinal (direção paralela<br />
ao eixo de simetria longitudinal do<br />
veículo) e transversal (direção perpendicular<br />
à anterior). Logicamente,<br />
em ambas as extremidades do eixo<br />
terão de corresponder exatamente os<br />
mesmos valores absolutos e tolerâncias<br />
especificados por cada fabricante<br />
para cada eixo em concreto. Ao avaliar<br />
estas variáveis, poderemos assegurar-nos<br />
de que o eixo não está deformado<br />
nas suas extremidades.<br />
Caixa da direção e tirantes<br />
Localizada geralmente na zona frontal<br />
esquerda do camião e, portanto,<br />
58 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Colaboração Centro CESVIMAP<br />
www.cesvimap.com<br />
1 Inspeção de barras e hastes da<br />
direção<br />
2 Ângulo de queda do pino da manga<br />
de eixo<br />
3 Inclinação longitudinal do pino da<br />
manga de eixo<br />
4 Controlo <strong>das</strong> molas de lâminas de<br />
suspensão<br />
5 Inspeção da caixa da direção<br />
6 Verificação da torção da mola de<br />
lâminas<br />
1 2<br />
3<br />
muito exposta a impactos diretos em<br />
acidentes, a caixa da direção é um elemento<br />
mecânico de condução crucial<br />
para a segurança. Face a danos na<br />
zona dianteira do camião, em primeiro<br />
lugar é necessário realizar o controlo<br />
de forma visual, verificando se a<br />
caixa ou os respetivos suportes sofreram<br />
algum esforço direto. Se o corpo<br />
da caixa apresentar ruturas, devemos<br />
4 5<br />
OS COMPONENTES MECÂNICOS DA ZONA DIANTEIRA SÃO CRUCIAIS<br />
PARA CONTROLAR DANOS E DEFORMAÇÕES RESULTANTES<br />
proceder à substituição. Caso contrário,<br />
se apresentar marcas de esforços<br />
ou impactos, poderá ser testada no<br />
serviço oficial do fabricante da caixa<br />
da direção, tanto do ponto de vista estrutural<br />
como funcional, aspeto este<br />
de máxima importância.<br />
De qualquer forma, em qualquer sinistro,<br />
na zona dianteira de um camião é<br />
sempre recomendável verificar que o<br />
funcionamento da caixa da direção<br />
continua uniforme, suave, sem ressaltos<br />
ou pontos de fricção intermédios.<br />
Os mecanismos de união entre a caixa<br />
da direção e as mangas de eixo <strong>das</strong><br />
ro<strong>das</strong> implicam os tirantes de acionamento<br />
da rotação <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> dianteiras.<br />
Para controlar o estado destes tirantes<br />
e barras de direção longitudinais e<br />
transversais, além da análise visual de<br />
cada elemento, poderá ser necessário<br />
um exame comparativo. Sempre que<br />
possível, devemos verificar visualmente,<br />
utilizando como referência uma<br />
barra nova igual. Se tal não for possível,<br />
podemos utilizar um modelo realizado<br />
previamente sobre uma barra<br />
não deformada.<br />
Molas de lâminas de suspensão<br />
Responsáveis por minimizar os efeitos<br />
da rodagem do camião sobre as<br />
irregularidades do terreno, as molas<br />
de lâminas do eixo dianteiro atuam<br />
em conjugação com os elementos de<br />
amortecimento para assegurar a estabilidade<br />
do veículo durante a marcha,<br />
seja descarregado ou carregado até<br />
ao seu limite admissível. Os camiões<br />
podem montar dois tipos diferentes<br />
de molas de lâminas: semielípticas e<br />
parabólicas. Normalmente, estas últi-<br />
6<br />
mas são monta<strong>das</strong> no eixo dianteiro e<br />
as semielípticas são monta<strong>das</strong> no eixo<br />
traseiro em veículos de obras e transportes<br />
mais exigentes.<br />
Também desempenham uma função<br />
como elementos de união e fixação<br />
entre o chassis e o eixo dianteiro do<br />
camião. Caso estejam danifica<strong>das</strong> ou<br />
deforma<strong>das</strong>, a estabilidade em rodagem<br />
será afetada e o veículo não irá<br />
circular adequadamente. Para controlar<br />
o seu estado, em primeiro lugar<br />
é necessário realizar uma inspeção<br />
visual muito pormenorizada a todos<br />
os seus elementos, analisando o estado<br />
e procurando identificar possíveis<br />
impactos diretos ou indiretos. Se as<br />
molas de lâminas estiverem desmonta<strong>das</strong>,<br />
é possível realizar comparações<br />
geométricas entre ambas para assegurar<br />
que as diferentes cotas são iguais<br />
em ambas e que não existe qualquer<br />
deformação de torção entre os seus<br />
pontos de fixação extremos nem entre<br />
os seus apoios ao eixo. Para realizar<br />
estas verificações dimensionais, utilizaremos<br />
um compasso de varas para<br />
medir os comprimentos e réguas com<br />
cones autocentrantes para analisar o<br />
paralelismo. l<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 59
epintura
PPG MOONWALK<br />
MISTURA PRECISA<br />
A PPG APRESENTOU, NO PASSADO DIA 28 DE OUTUBRO, NAS SUAS INSTALAÇÕES, EM RUBÍ,<br />
BARCELONA, A NOVA MÁQUINA DE MISTURA MOONWALK. NOVIDADE<br />
A NÍVEL MUNDIAL, PROMETE TRAZER VÁRIAS VANTAGENS PARA AS OFICINAS<br />
ESPECIALISTAS EM CHAPA E PINTURA por Joana Calado<br />
Moonwalk leva-nos a pensar<br />
imediatamente no conhecido<br />
cantor pop Michael Jackson.<br />
Na verdade, foi nesta “personagem”<br />
incontornável da música que a PPG<br />
se inspirou para “batizar” a sua nova<br />
máquina. E sendo este um grande<br />
passo para a indústria da repintura, faria<br />
ainda mais sentido o nome, relembrando,<br />
também, a mítica frase de Neil<br />
Armstrong, quando andou na Lua.<br />
Esta solução apresenta-se como um<br />
passo para uma nova era e promete<br />
revolucionar a vida dos profissionais<br />
da repintura. A Moonwalk, a novíssima<br />
(e única) máquina de mistura<br />
do mercado, permite ao pintor economizar<br />
tempo e materiais durante o<br />
processo de criação de cor.<br />
Economizar tempo e materiais<br />
A máquina, desenvolvida pelo Grupo<br />
PPG, em conjunto com a Corob, permite<br />
criar quantidades mais pequenas<br />
de tinta e oferece maior precisão<br />
na criação da cor, evitando, assim,<br />
desperdícios de materiais e dispensando<br />
o pintor da necessidade de repetir<br />
o trabalho devido a erro de cor.<br />
A criação desta nova máquina colocou<br />
o profissional da repintura no<br />
centro da inovação tecnológica, pensando,<br />
em primeiro lugar, no sítio<br />
onde poderiam existir mais problemas:<br />
a sala de misturas. Do problema<br />
à solução, foi um pequeno passo<br />
para a PPG, mas um grande passo<br />
para os pintores.<br />
No que diz respeito à poupança de<br />
tinta, a marca afirma ser possível<br />
uma redução de até 9%, sendo que<br />
poupa 2% devido à eliminação da<br />
possibilidade de erro humano, 4%<br />
no que diz respeito à tinta que fica<br />
armazenada nas embalagens e 3%<br />
devido ao facto de não haver uma<br />
quantidade mínima de produto para<br />
mistura.<br />
Também em relação à produtividade,<br />
existe uma poupança significativa:<br />
entre uma e duas horas. Uma<br />
vez que o profissional da repintura<br />
apenas necessita de colocar os recipientes<br />
corretos na máquina para,<br />
de seguida, a Moonwalk fazer a leitura<br />
e a dosagem correta de cada cor,<br />
“misturando-as”. A máquina trabalha<br />
de forma automática e acende a<br />
luz verde assim que termina a “mistura”<br />
da cor. Com este novo sistema,<br />
a PPG maximiza a capacidade da sua<br />
gama de tintas à base de água, sendo<br />
que apenas pode operar com este tipo<br />
de tinta.<br />
valor acrescentado<br />
A PPG anuncia um preço base de<br />
€18.500, sendo que, segundo a marca,<br />
uma oficina especializada em repintura<br />
deverá receber o retorno do<br />
valor num período de seis meses a<br />
um ano. Atualmente, já existem quatro<br />
máquinas Moonwalk em Espanha,<br />
sendo que três estão em oficinas<br />
e uma num distribuidor. A aquisição<br />
desta nova máquina inclui, também,<br />
um serviço pós-venda de topo, onde<br />
consta assistência remota e visitas<br />
anuais. Em situações onde seja necessária<br />
a intervenção da Corob, esta<br />
resposta será dada em menos de<br />
24h, sendo que esta incidência será<br />
sempre acompanhada de perto pela<br />
PPG. l<br />
A MOONWALK É ANUNCIADA COMO UM PEQUENO PASSO PARA A PPG<br />
E UM GRANDE PASSO PARA A REPINTURA, DEVENDO O SEU NOME AO<br />
PASSO DE DANÇA DO LENDÁRIO CANTOR POP MICHAEL JACKSON<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 61
EMPRESA<br />
RIBEIRO & MARQUES<br />
CORES & NÚMEROS<br />
ESPECIALISTA EM TINTAS E NA MARCA R-M, A RIBEIRO & MARQUES É UMA EMPRESA FAMILIAR<br />
QUE CONTINUA A CRESCER DESDE A SUA CRIAÇÃO, EM 1988. O ADMINISTRADOR, ROGÉRIO MARQUES,<br />
PREFERE OS NÚMEROS ÀS CORES... por Jorge Flores<br />
A<br />
Ribeiro & Marques nasceu<br />
nas Cal<strong>das</strong> <strong>das</strong> Rainhas, em<br />
1988, pelas mãos de Maria<br />
de Fátima Marques, juntamente com<br />
uma cunhada, que viria a ceder a sua<br />
parte na sociedade com a entrada em<br />
cena de Rogério Marques, marido da<br />
fundadora. Trata-se de uma empresa<br />
de cariz familiar – um pouco mais<br />
tarde, entraria ao serviço, também,<br />
o filho de ambos, Marco Marques.<br />
Especialista no comércio de tintas,<br />
diluentes, vernizes e todos os acessórios<br />
de pintura e tintas do ramo automóvel<br />
(e da construção), a Ribeiro<br />
& Marques representa as “melhores<br />
marcas” do mercado e conta com uma<br />
vasta experiência no setor, tendo forte<br />
implementação na zona oeste do país.<br />
Rogério Marques reconhece ao <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> que o mercado era muito<br />
distinto na altura da criação da empresa.<br />
“Hoje, tritura-se tudo. Antes,<br />
existia muito mais respeito uns pelos<br />
outros. Tornou-se um pouco mais<br />
competitivo e complicado”, adianta.<br />
Atualmente, o ramo automóvel representa<br />
25 a 30% do volume de negócios<br />
da Ribeiro & Marques. “Com<br />
tendência para subir. Estamos sempre<br />
a crescer. E temos crescido bem.<br />
Este ano, vamos, seguramente, passar<br />
os três milhões de euros. Temos uma<br />
boa clientela”, explica o responsável.<br />
Parceria com a marca R-M<br />
Fundamental para a saúde e evolução<br />
do negócio foi o estabelecimento<br />
da parceria com a R-M, em 2003.<br />
Uma relação “sólida” e cujo valor <strong>das</strong><br />
compras ascende, neste momento, a<br />
“perto de meio milhão de euros” em<br />
equipamentos e produtos vários do<br />
ramo da repintura. “A R-M esteve<br />
sempre mais disponível para a nossa<br />
empresa. Isso é muito importante.<br />
Além disso, presta a melhor assistência<br />
técnica”, acrescenta. A empresa<br />
tem expandido, de forma categórica,<br />
sua área de influência. Prova disso<br />
é que, hoje, tem sete casas abertas:<br />
duas nas Cal<strong>das</strong> da Rainha (onde fica<br />
a sede), Alcobaça, Marinha Grande,<br />
Leiria, Santarém e Alpiarça.<br />
Na carteira de clientes ativos, perto<br />
de 60 são do universo automóvel.<br />
Uma área que continuará a evoluir.<br />
“O que pesa mais na faturação são as<br />
tintas. Mais do que os equipamentos”,<br />
explica Rogério Marques. Como<br />
ponto forte da empresa, Marco Marques<br />
garante que é a “assistência ao<br />
cliente. Temos as lojas, seis carrinhas<br />
na rua. Estamos muito próximos dos<br />
clientes”, reforça. “Foi a R-M que nos<br />
impulsionou e nos ensinou a trabalhar<br />
melhor o ramo automóvel”, frisa<br />
ainda Marco Marques. Distribuída<br />
pelas sete lojas, a Ribeiro & Marques<br />
tem uma uma equipa composta por<br />
16 pessoas, o que obriga a uma gestão<br />
criteriosa para que tudo funcione<br />
na perfeição. Afinal, ao todo, a empresa<br />
tem em stock para cima de um<br />
RIBEIRO & MARQUES<br />
Administrador Rogério<br />
Marques<br />
Sede Rua Sargento Norte, 2, Lote<br />
D, Lavradio, 2500 - 294 Cal<strong>das</strong> da<br />
Rainha<br />
Telefone: 262 824 550<br />
Email geral@ribeiroemarques.pt<br />
Site www.ribeiroemarques.pt<br />
milhão de euros em produtos e equipamentos.<br />
Concorrência desleal<br />
Para Rogério Marques, o facto de nem<br />
todos os clientes pagarem “a tempo e<br />
horas” é a maior dificuldade do negócio.<br />
Mas existem outras. “A concorrência<br />
desleal. O mercado está a fugir para<br />
as marcas mais económicas e para o<br />
que não queremos: os solventes. É um<br />
passo atrás. Muitos querem apenas<br />
vender e não se importam com mais<br />
nada, nem para onde vai o mercado”,<br />
frisa Marco Marques. “Acabamos por<br />
ter muito stock e muito dinheiro na<br />
rua. Por vezes, a tesouraria anda pelas<br />
‘ruas da amargura’, sem qualquer<br />
necessidade”, completa o seu pai. Tanto<br />
um como outro notam ainda que o<br />
mercado está “envelhecido”. Ou seja,<br />
“existe uma grande carência de profissionais<br />
no setor e os que existem são<br />
de uma faixa etária muito elevada”, salienta<br />
o administrador.<br />
Quanto ao futuro, Rogério Marques<br />
não tem dúvi<strong>das</strong> de que será para<br />
crescer. Não rejeita a possibilidade<br />
de abrir mais uma loja, embora ainda<br />
não esteja nos planos. Nada pode ser<br />
feito ao acaso. “Eu não tenho jeito para<br />
cores. Vendo tintas, mas não tenho<br />
jeito para cores. Não tenho problemas<br />
em admitir. Tenho outras áreas”, afirma.<br />
“Tem mais jeito para os números,<br />
que também é uma parte muito importante”,<br />
remata Marco Marques. l<br />
62 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ESPECIALISTA NO COMÉRCIO DE TINTAS, DILUENTES, VERNIZES E<br />
TODOS OS ACESSÓRIOS DE PINTURA E TINTAS DO RAMO AUTOMÓVEL<br />
(E DA CONSTRUÇÃO), A EMPRESA DISPÕE DAS MELHORES MARCAS
NOTÍCIAS // A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET<br />
repintura<br />
AXALTA<br />
SOLUÇÃO PARA A FALTA DE PINTORES<br />
A<br />
escassez de competências na indústria da repintura<br />
é um problema que aflige os proprietários<br />
de oficinas na Europa. Estudos<br />
regionais indicam que muitos receiam que tal se torne<br />
numa verdadeira crise. Jim Muse, vice-presidente<br />
de repintura da Axalta na Europa, Médio Oriente<br />
e África (EMEA), afirma que, para superar esta crise<br />
de competências, o setor deve posicionar a profissão<br />
como uma carreira para os que têm experiência<br />
com tecnologias digitais e sensíveis às questões<br />
ambientais. “Para inverter o interesse decrescente<br />
na profissão por parte de jovens adultos, temos de<br />
dar à imagem do trabalho do pintor uma renovação<br />
muito necessária,” afirmou Jim Muse. “As inovações<br />
na tecnologia significam que, hoje, a profissão é tão<br />
digital como manual, estando cada vez mais sensível<br />
às questões ambientais”, acrescentou. Normalmente,<br />
os proprietários de oficinas pretendem atrair a<br />
chamada geração “Z”, os que nasceram entre 1995 e<br />
2014. Este é um grupo significativo e prevê-se que,<br />
até 2020, inclua um quarto da mão de obra mundial.<br />
Para inverter a escassez de competências, é fundamental<br />
demonstrar à geração “Z” que a repintura<br />
é uma alternativa atraente em relação a outras profissões.<br />
E que é constituída por verdadeiros nativos<br />
digitais com uma mentalidade ambiental mais forte<br />
do que as gerações anteriores.<br />
64 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PRESENÇA NO SEMA SHOW<br />
BESA | Nos quatro dias de feira, os resultados obti<strong>das</strong><br />
pela equipa comercial foram imbatíveis, gerando<br />
inúmeros contactos e opiniões positivas, servindo para<br />
verificar o crescente reconhecimento experimentado<br />
pela marca no mercado norte-americano e latinoamericano<br />
nos últimos anos, aspeto fundamental para a<br />
sua estratégia de expansão. A BESA também aproveitou<br />
o evento para apresentar uma nova linha de produtos<br />
com baixo teor de COV, especialmente adaptados às<br />
regulamentações do mercado norte-americano. Entre os<br />
produtos mais destacados dessa linha, esteve o verniz<br />
BESA-GLASS MS 2.1, composto pelas matérias-primas de<br />
última geração, que se destaca pela sua fácil aplicação,<br />
capacidade de nivelamento e resistência à gasolina e ao<br />
Diesel.<br />
MOTA & PIMENTA<br />
PROTETOR 3D MAGIC BLUE<br />
O<br />
protetor de acabamento 3D Magic Blue foi desenvolvido para ser utilizado em praticamente to<strong>das</strong><br />
as superfícies sóli<strong>das</strong> do veículo. Pode ser usado com eficácia em qualquer acabamento, vinil, para-choques<br />
ou pneus do viatura. Sendo resistente à água, ajuda a impedir a formação de manchas<br />
de água no automóvel, proporcionando<br />
um acabamento brilhante e duradouro. Segundo<br />
a Mota & Pimenta, o 3D Magic Blue<br />
é um produto para aplicar no exterior do<br />
veículo, extremamente duradouro, à base de<br />
solvente, projetado, não apenas para escurecer,<br />
mas, também, para produzir quantidades<br />
extremas de brilho em praticamente qualquer<br />
superfície não pintada. Funciona muito bem<br />
em superfícies exteriores, como borracha,<br />
plástico, pneus, acabamentos e molduras. O<br />
que diferencia este produto de qualquer outro<br />
protetor de acabamento à base de solvente no<br />
mercado é que este seca ao toque e não escorre<br />
ou deixa resíduo pegajoso para trás, eliminando<br />
praticamente as impressões digitais e a<br />
atração de poeira.<br />
PUB<br />
EXTREME<br />
ECONOMIA<br />
DE ENERGIA.<br />
O SISTEMA XTREME:<br />
REDUÇÃO EFETIVA DOS CUSTOS A<br />
40 ° C OU 20 ° C.<br />
Com o Sistema Xtreme, todo o processo de secagem pode<br />
ser feito a 40 ° C ou mesmo a 20 ° C, economizando até<br />
70% dos custos de energia. O novo Aparelho VOC-Xtreme<br />
Wet-on-Wet Filler U7650 está pronto para aplicar a base<br />
bicamada após apenas 5 minutos de evaporação. Depois<br />
de aplicar o Verniz VOC-Xtreme Clearcoat K9580, pode<br />
tirar o veículo da cabine depois de apenas 15 minutos a<br />
40 ° C, para que esteja pronto para o próximo trabalho.<br />
Mesmo sem secagem forçada, todo o processo leva apenas<br />
75 minutos, tornando-o extremamente econômico!<br />
NOVO !<br />
© 2019 Axalta Coating Systems. All rights reserved.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 65
Notícias<br />
repintura<br />
NOVA GAMA DE AR COMPRIMIDO<br />
ZAPHIRO | Comprometida com a produtividade e rentabilidade da oficina,<br />
renovou o seu catálogo de equipamentos para ar comprimido. Novas toma<strong>das</strong> rápi<strong>das</strong><br />
de segurança, pistolas de sopro e mangueiras: são estes os novos produtos que a<br />
ZAPHIRO já começou a distribuir sob a sua marca própria. As toma<strong>das</strong> rápi<strong>das</strong> de<br />
segurança são anti-estáticas e não incluem molas no seu mecanismo, o que facilita<br />
uma conexão mais fácil, podendo ser acopla<strong>das</strong> ao conector sem implicar qualquer<br />
esforço, graças, também, à sua superfície antiderrapante. Já a pistola de sopro, oferece<br />
um jato direcional que garante trabalho de elevada precisão. O gatilho progressivo<br />
de que dispõe permite que seja usado apenas o fluxo necessário, sem desperdiçar ar<br />
comprimido. Finalmente, a nova mangueira, de cor azul, é fornecida com diâmetros<br />
de 15, 16 e 18 mm. Sob sua cobertura externa de EPDM (borracha de etilenopropileno-dieno<br />
tipo M), há uma camada de fios sintéticos trançados.<br />
ROBBIALAC E SÉRGIO MOURATO<br />
Standox | Ao volante de uma Nissan Navara D22, o<br />
jovem piloto português participou na Baja TT Idanha-a-Nova,<br />
realizada em setembro, e na Baja TT Reguengos de Monsaraz<br />
Capital dos Vinhos de Portugal, que teve lugar em maio.<br />
Sérgio Mourato alinhou ainda no evento de cariz social<br />
Campeões da Indiferença, realizado em julho, organizado<br />
pela Associação do Circuito Cego MX, em consórcio com<br />
as Cerci’s de Portalegre e Estremoz. O apoio da Standox –<br />
Robbialac consiste na manutenção e conservação do veículo,<br />
permitindo, assim, reforçar a Standox como marca de<br />
excelência em repintura automóvel.<br />
13.ª EDIÇÃO DO “MELHOR PINTOR”<br />
R-M | A marca premium de tinta para acabamento automóvel da<br />
BASF procura os pintores mais talentosos do setor. A 13.ª edição do<br />
concurso internacional “Melhor Pintor R-M” terá lugar na Europa,<br />
África, Ásia e América do Norte. Pela primeira vez, China e Marrocos<br />
participam na competição. O lema “Driving digital competency<br />
and eco-efficient solutions” combina processos rápidos e soluções<br />
digitais com a noção de sustentabilidade. As finais nacionais<br />
ocorrerão até junho de 2020. A final internacional terá lugar no final<br />
de setembro de 2020, no Refinish Competence Center da R-M, em<br />
Clermont de l’Oise, arredores de Paris. 16 finalistas representarão o<br />
campo internacional e demonstrarão os principais padrões usados<br />
pelos melhores talentos na área da reparação automóvel, na<br />
aplicação da série de tinta ONYX HD à base de água. A competição<br />
é organizada com o apoio ativo dos parceiros comerciais 3M, ANEST<br />
IWATA, EMM, RODIM, SATA, Horn & Bauer, IRA by Hedson, Mettler-<br />
Toledo e sia Abrasives.<br />
ROBERLO<br />
TINTAS À Base DE ÁGUA BLUCROM<br />
ADITIVO PARA VERNIZ LARANJA<br />
Cromax | O cor-de-laranja pode ter um efeito de polarização.<br />
Ou se ama ou se detesta. Mas a verdade é que está muito em<br />
voga. A julgar pelas tendências atuais na moda, acessórios e<br />
automóveis, a opinião dos consumidores sobre o cor-de-laranja<br />
está a mudar rapidamente para o lado positivo do espetro. O corde-laranja<br />
combina a energia do vermelho e a alegria do amarelo<br />
numa cor vibrante, que cria sentimentos de liberdade, otimismo<br />
e felicidade. Por isso, não é de admirar que mais fabricantes<br />
de automóveis estejam a introduzir esta cor nas respetivas<br />
opções de cores. Para permitir que as oficinas possam reparar,<br />
de forma precisa, esta nova cor, a Cromax introduziu o Aditivo<br />
para Verniz Laranja Puro AM54. Esta cor para verniz também<br />
pode ser utilizada para reparar outros laranjas muito cromáticos.<br />
As fórmulas da Base Bicamada Cromax Pro, Cromax e Centari,<br />
que usam o Laranja Puro AM54, já se encontram disponíveis no<br />
ChromaWeb, o abrangente software de procura de cor baseado na<br />
web da Cromax.<br />
Sistema apresentado pela marca destaca-se pela economia significativa que gera, oferecendo<br />
elevado poder de cobertura, rápido tempo de secagem e menor tempo de aplicação. Com<br />
este novo produto, a Roberlo, que há déca<strong>das</strong> concentra a sua pesquisa e desenvolvimento<br />
em produtos complementares,<br />
amplia ainda mais a sua gama<br />
para fechar o ciclo completo de<br />
retoque de veículos, oferecendo<br />
um sistema de cores à base de<br />
água. A Blucrom dá resposta às<br />
exigências dos utilizadores que<br />
procuram as melhores soluções<br />
de pintura: eficazes, precisas e<br />
versáteis. Este novo sistema à<br />
base de água destaca-se, principalmente,<br />
pelo seu alto desempenho<br />
e velocidade, proporcionando<br />
uma mistura segura e grande<br />
versatilidade. Além disso, é complementado<br />
pelos revestimentos<br />
transparentes e primários Roberlo<br />
2K para obter confiabilidade<br />
máxima, durabilidade de topo<br />
e excelente brilho.<br />
66 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MANTENHA<br />
OS MOTORES<br />
JOVENS<br />
Descarregue a nossa<br />
aplicação Lubricant Finder.<br />
DISPONÍVEL NA<br />
Os lubrificantes da Wolf são fórmulas otimiza<strong>das</strong> que foram especialmente concebi<strong>das</strong> para melhorar a eficiência e o<br />
desempenho dos motores de última geração. Os nossos produtos são desenvolvidos com uma precisão fundamental<br />
para maximizar a durabilidade destes motores.<br />
DISPONÍVEL NA<br />
Wolf, the Vital Lubricant.<br />
Todos os pormenores contam. Visite www.wolflubes.com<br />
LUBRICANTS
Mundo<br />
automóvel<br />
VOLVO XC60 T8 AWD R DESIGN<br />
(A)TRAÇÃO SueCA
MOVIDO POR UM SISTEMA HÍBRIDO PLUG-IN COM 390 CV DE<br />
POTÊNCIA E 640 NM DE BINÁRIO (GASOLINA + ELÉTRICO), QUE TRAZ<br />
ACOPLADA CAIXA AUTOMÁTICA DE OITO VELOCIDADES (GEARTRONIC)<br />
E SURGE ASSOCIADO A TRAÇÃO INTEGRAL (AWD), O VOLVO XC60 T8 R<br />
DESIGN É UMA AUTÊNTICA (A)TRAÇÃO SUECA. OU NÃO ESTIVESSE ELE<br />
APTO A PERCORRER UM MÁXIMO DE 52 KM EM MODO 100% ELÉTRICO<br />
(WLTP) E NÃO CUSTASSE CADA LUGAR €17.015 NA UNIDADE AQUI EM<br />
ANÁLISE por Bruno Castanheira<br />
O<br />
XC60 é o SUV de médias dimensões, com<br />
cinco portas e cinco lugares, da Volvo,<br />
sendo construído a partir da SPA (Scalable<br />
Product Architecture), a avançada plataforma<br />
modular que serve de base a todos os modelos da<br />
Séries 90 e 60 da marca sueca. Seguindo os passos<br />
do seu antecessor, a segunda geração do XC60<br />
tornou-se, rapidamente, no modelo mais vendido<br />
da Volvo Cars. Se, do primeiro XC60, foram<br />
vendi<strong>das</strong> quase um milhão de unidades em todo<br />
o mundo (tendo sido o SUV premium de médio<br />
porte mais vendido na Europa), para esta nova geração<br />
as expectativas são ainda mais eleva<strong>das</strong>. Das<br />
quatro versões disponíveis na gama, três são Diesel.<br />
A única a gasolina, ainda para mais associada<br />
a um motor elétrico, é a T8 AWD. Razão pela<br />
qual o XC60 híbrido plug-in (também designado<br />
PHEV ou Twin Engine) é dos mais evoluídos modelos<br />
do construtor nórdico.<br />
Imagem cristalina<br />
Elegância, imponência, sensualidade. O novo<br />
XC60 chama a si todos estes substantivos. Para<br />
mais, pintado de branco “Cristal Inscription”<br />
(€1.513) e equipado com jantes de 19”, sendo o<br />
reflexo da linguagem de design da Volvo, que<br />
reúne ângulos mais clássicos com pormenores<br />
inovadores, como é o caso da grelha frontal e dos<br />
grupos óticos dianteiros de LED estilo “Martelo<br />
de Thor”. Ao pé da porta do condutor, surge<br />
o detalhe que revela que este não é um XC60<br />
qualquer: a tomada de carga. Os farolins traseiros<br />
verticais, esses sim, já se tornaram numa <strong>das</strong><br />
assinaturas estilísticas da Volvo.<br />
No interior, destaca-se a elevada qualidade de<br />
construção, o amplo espaço para ocupantes e bagagem,<br />
o equipamento à discrição e os inúmeros<br />
dispositivos de segurança. O posto de condução é<br />
ótimo, estando todos os comandos colocados de<br />
forma ergonómica. Também no habitáculo a Volvo<br />
aproveitou as dicas do design de interiores escandinavo<br />
e limpo, introduzido, pela primeira vez,<br />
nos modelos da Série 90, elevando a fasquia do<br />
segmento com materiais naturais e novos detalhes<br />
no tablier e painel de instrumentos. E para tornar<br />
ainda mais agradável a estadia a bordo, existem<br />
diversos opcionais que fazem toda a diferença. A<br />
saber: Pack IntelliSafe (€1.722); Pack Business<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 69
VOLVO XC60<br />
Uma autêntica<br />
sala de estar.<br />
Às “poltronas”<br />
confortáveis, juntase<br />
uma qualidade<br />
irrepreensível<br />
A GRELHA ESCURA E OS GRUPOS ÓTICOS<br />
DIANTEIROS ESTILO “MARTELO DE THOR” SÃO<br />
DETALHES QUE VINCAM O APELO DESTE SUV<br />
Connect Pro (€1.820); Pack Family<br />
(€295); Pack Versatility Pro (€1.279);<br />
Pack Xenium Pro (€1.931); bancos<br />
dianteiros elétricos (€1.261); retrovisores<br />
anti-encadeamento (€215);<br />
vidros traseiros escurecidos (€431);<br />
banco do passageiro com memória<br />
(€92); sensores de estacionamento<br />
à frente e atrás (€418); patilhas da<br />
caixa no volante (€166); suspensão<br />
pneumática Four-C (€2.337).<br />
Compêndio de tecnologia<br />
O XC60 T8 AWD coloca à disposição<br />
do condutor as mais recentes soluções<br />
para que este enfrente todos os<br />
obstáculos da vida quotidiana, onde<br />
se incluem sistemas de conectividade,<br />
informação e entretenimento.<br />
Mas grande parte do compêndio de<br />
tecnologia deste Volvo deve-se essencialmente<br />
ao sistema híbrido plug-in<br />
que o move. Ao motor de 2,0 litros<br />
(família Power-E) com injeção direta<br />
de gasolina, que oferece 303 cv e<br />
400 Nm, junta-se um motor elétrico<br />
de 65 kW (87 cv) e um conjunto de<br />
baterias de iões de lítio. O que perfaz<br />
um rendimento combinado de 390<br />
cv e 640 Nm.<br />
Este SUV híbrido plug-in oferece,<br />
por isso, todos os benefícios de um<br />
motor a gasolina de elevado desempenho<br />
e baixas emissões com um<br />
motor elétrico que liberta potência<br />
em função <strong>das</strong> necessidades do momento,<br />
permitindo emissões de CO 2<br />
baixas ou inexistentes e uma autonomia<br />
máxima em modo 100% elétrico<br />
de 52 km (WLTP). O XC60 T8 AWD<br />
também faz uso do avançado sistema<br />
de recuperação de energia cinética<br />
da Volvo que é acoplado aos motores<br />
de combustão interna da marca, de<br />
modo a criar um conjunto de força<br />
eletrificado integrado. A potência é<br />
transmitida às quatro ro<strong>das</strong> por intermédio<br />
de uma caixa automática<br />
de oito velocidades (Geartronic).<br />
Modos, são cinco: “Constant AWD<br />
(tração integral)”; “Pure (condução<br />
eco)”; “Hybrid (uso dia a dia)”;<br />
“Power (condução desportiva)”; “Off-road<br />
(fora de estrada)”.<br />
Equipado com opcional suspensão<br />
pneumática, este híbrido plug-in<br />
oferece um desempenho de elevado<br />
calibre, conjugando, de forma magistral,<br />
conforto com eficácia. A direção<br />
tem um feeling agradável, a caixa<br />
é de atuação rápida e os travões são<br />
competentes. Claro que tratando-se<br />
de um automóvel com mais de 4,5<br />
metros de comprimento e um peso<br />
superior a duas tonela<strong>das</strong>, a condução<br />
nunca pode ser muito ágil e envolvente,<br />
mas, ainda assim, o XC60<br />
T8 AWD é uma agradável surpresa<br />
em estrada. Fora dela, demonstra<br />
igualmente uma grande capacidade<br />
de progressão, desde que os terrenos<br />
não sejam trialeiros. Outro fator<br />
que está em alta neste SUV é o preço:<br />
€85.077 no caso da unidade aqui<br />
presente. l<br />
MOTOR DE COMBUSTÃO<br />
Tipo<br />
4 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1969<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
82,0x93,2<br />
Taxa de compressão 10,3:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 303/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 400/2200-4800<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação injeção direta de gasolina<br />
Sobrealimentação<br />
turbo + intercooler<br />
MOTOR ELÉTRICO<br />
Potência máxima (kW/cv) 65/87<br />
RENDIMENTO COMBINADO<br />
Potência máxima (cv) 390<br />
Binário máximo (Nm) 640<br />
BATERIA<br />
Tipo<br />
iões de lítio<br />
Capacidade (kWh) 11,6<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
integral permanente com ESP<br />
Caixa de velocidades automática de 8+ma<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 11,4<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventilados (n.d.)<br />
Traseiros (ø mm)<br />
discos ventilados (n.d.)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira triângulos duplos sobrepostos<br />
Traseira<br />
multibraço<br />
Barra estabilizadora (diant./tras.) sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 230 (limitada)<br />
0-100 km/h (s) 5,5<br />
Consumo comb. (l/100 km) 2,8 – 3,4 (WLTP)<br />
Emissões de CO 2 (g/km)<br />
64 – 78 (WLTP)<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
Ângulos (ataque/saída/ventral (°)) 23,1/25,5/20,8<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,32<br />
Comp./larg./alt. (mm) 4688/1902/1658<br />
Distância entre eixos (mm) 2865<br />
Vias frente/trás (mm) 1653/1657<br />
Altura ao solo (mm) 209<br />
Capacidade do depósito (l) 50<br />
Capacidade da mala (l) 468-1395<br />
Peso (kg) 2139<br />
Relação peso/potência comb. (kg/cv) 5,48<br />
Jantes de série<br />
7 1/2Jx19”<br />
Pneus de série 235/55R19<br />
Pneus de teste Michelin Latitude Sport 3<br />
235/55R19 105V XL<br />
GARANTIAS<br />
Mecânica<br />
2 anos sem limite km<br />
Pintura<br />
2 anos<br />
Anticorrosão<br />
12 anos<br />
Bateria<br />
8 anos ou 160.000 km<br />
ASSISTÊNCIA<br />
1.ª revisão 1 ano ou 30.000 km<br />
Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €320<br />
Intervalos<br />
1 ano ou 30.000 km<br />
PREÇO (sem despesas) €74.719<br />
Unidade testada €85.077<br />
Imposto Único de Circulação (IUC) €197,69<br />
70 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
GAMA<br />
BATERIAS<br />
QUALIDADE / PREÇO / PERFORMANCE<br />
PARA SI E PARA OS SEUS CLIENTES!<br />
PERFORMANCE<br />
DURABILIDADE<br />
2<br />
YEARS<br />
WARRANTY<br />
GARANTIA
Mundo<br />
Automóvel<br />
EM ESTRADA<br />
por Bruno Castanheira<br />
PEUGEOT 508 SW 1.5 BLUEHDI EAT8 BUSINESS LINE<br />
PROPOSTA TENTADORA<br />
Mesmo na versão desprovida de pretensões desportivas, como é o caso da 1.5 BlueHDi de 130 cv com<br />
caixa automática de oito velocidades, a 508 SW é uma proposta tentadora. Primeiro, pelo design<br />
marcante que exibe, destacando-se a grelha elegante e os arrojados grupos óticos (as jantes são<br />
de 16” no acabamento Business Line). É que, ao contrário de modelos de marcas concorrentes, na nova<br />
geração do 508 é difícil dizer qual a carroçaria mais apelativa: se a berlina, se a carrinha. Cada uma tem<br />
a sua personalidade, sendo ambas diferentes <strong>das</strong> portas traseiras para trás. Ainda que o cinzento que<br />
reveste a carroçaria da unidade ensaiada não seja, em nossa opinião, <strong>das</strong> cores que melhor resulta, a<br />
verdade é que a 508 SW é sempre elegante. Mesmo com jantes de 16”, que lhe retiram porte atlético.<br />
Por dentro, inovação, qualidade, espaço, posto de condução ergonómico, equipamento e dispositivos<br />
de segurança são os pontos a favor. Aos quais se junta uma bagageira ampla, que facilita a vida <strong>das</strong> famílias. Ligando o motor Diesel (equipado com<br />
sistema start&stop), parte-se à descoberta <strong>das</strong> sensações de condução. A caixa automática de oito relações, rápida e inteligente, favorece (e muito)<br />
o desempenho do bloco de 1,5 litros. Para surpresa, as prestações são menos modestas do que seria de supor. Em termos dinâmicos, bom feeling da<br />
direção, travões eficazes, mas algum rolamento em curva. Com jantes de 16” e suspensão que privilegia o conforto, não há milagres.<br />
Motor 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1499 Potência máxima (cv/rpm) 130/3750 Binário máximo (Nm/rpm)<br />
300/1750 Velocidade máxima (km/h) 210 0-100 km/h (s) 10,1 Consumo combinado (l/100 km) 4,9 (WLTP)<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 129 (WLTP) Preço €38.700 IUC €158,92<br />
SUZUKI VITARA 1.4T GLX ALL GRIP<br />
CONTRARIAR A TENDÊNCIA<br />
Numa altura em que a esmagadora maioria dos SUV aposta tudo (ou quase...) nas<br />
versões Diesel, a Suzuki contraria a tendência e dá preferência à gasolina. Por isso, o<br />
Vitara que, aqui, surge em apreço está equipado com um motor turbo de 1,4 litros com<br />
140 cv (designado Boosterjet), recorrendo à injeção direta de gasolina para otimizar consumos e<br />
emissões, que, como se sabe, saíram penalizados pela entrada em vigor do novo protocolo WLTP.<br />
Associado ao nível de equipamento GLX, com caixa manual e tração integral (sistema All Grip), o<br />
Vitara custa €28.443 (sem incluir despesas e o dourado metalizado que dá elegância à carroçaria).<br />
No entanto, quem aderir a uma campanha, que inclui financiamento, verá o preço baixar €2.700,<br />
passando, neste caso, este SUV a custar €25.743. Sem dúvida, uma boa notícia. Mas tenha ele campanha<br />
ou não, a verdade é que o Vitara, que não prima propriamente por ser muito económico, é uma agradável surpresa. Os plásticos interiores podiam<br />
ser menos duros? Podiam. A insonorização podia ser mais cuidada? Sem dúvida. Mas dificilmente o espaço, o equipamento, os dispositivos de segurança<br />
e o posto de condução agradariam mais. Fazendo uma inevitável comparação com as anteriores gerações do Vitara, este novo evoluiu consideravelmente.<br />
Mal seria se assim não fosse. Pese embora o comando da caixa manual de seis velocidades ser algo renitente, a condução é agradável, com o sistema All Grip<br />
a vincar o lado mais aventureiro deste SUV. O conforto é bastante razoável e as prestações do motor são muito interessantes.<br />
Motor 4 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1373 Potência máxima (cv/rpm) 140/5500 Binário máximo (Nm/rpm) 220/1500-4000<br />
Velocidade máxima (km/h) 200 0-100 km/h (s) 10,2 Consumo combinado (l/100 km) 7,5 (WLTP) Emissões de CO 2 (g/km) <strong>169</strong> (WLTP)<br />
Preço €28.443 IUC €158,92<br />
72 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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tecnologia<br />
MAZDA SKYACTIV-X<br />
DAME MÁS DIESOLINA<br />
A MAZDA INICIOU EM PORTUGAL A COMERCIALIZAÇÃO DOS MODELOS 3 E CX-30 EQUIPADOS COM O NOVO MOTOR<br />
SKYACTIV-X. ATÉ AQUI, NADA DE NOVO. MAS SE LHE DISSERMOS QUE ESTE MOTOR A GASOLINA TRABALHA COM O<br />
PRINCÍPIO DO MOTOR DIESEL? É VERDADE. NESTAS PÁGINAS, EXPLICAMOS-LHE COMO ACONTECE O PROCESSO DE<br />
FUNCIONAMENTO DESTE PROPULSOR QUE A PRÓPRIA MARCA APELIDA DE DIESOLINA por Ricardo Carvalho<br />
A<br />
ideia de combinar a ignição<br />
por compressão com a ignição<br />
por faísca não é nova.<br />
Já apareceu em diversos protótipos,<br />
vários fabricantes já o tentaram anteriormente,<br />
desde a Daimler ao<br />
Grupo Hyundai, mas a verdade é<br />
que, até à data, ninguém conseguiu<br />
ser eficaz e colocar o projeto numa<br />
linha de produção em série. Até que<br />
apareceu a Mazda, que acreditou ser<br />
possível colocar na linha de montagem<br />
um motor com estas características.<br />
Como a marca japonesa utiliza,<br />
normalmente, taxas de compressão<br />
eleva<strong>das</strong> nos seus motores Skyactiv a<br />
gasolina, todo este desenvolvimento<br />
acabou por ser uma evolução lógica.<br />
Diesel com vela<br />
A teoria passa por aumentar a compressão<br />
até esta provocar a ignição,<br />
como acontece nos motores a gasóleo.<br />
Isto é possível, mas a grande<br />
dificuldade estava precisamente na<br />
conciliação de tudo isto com a combustão<br />
por faísca. Até que a Mazda<br />
entrou no “jogo”. Através de um processo<br />
denominado Spark Controlled<br />
Compression Ignition (SPCCI), ou<br />
ignição por compressão controlada<br />
por faísca, a marca cria zonas distintas<br />
de mistura ar/combustível na<br />
câmara de combustão. E não elimina<br />
a faísca. Como assim, não elimina a<br />
faísca? Isso mesmo. Este motor a gasolina<br />
com funcionamento de Diesel<br />
74 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ATRAVÉS DO PROCESSO DENOMINADO SPARK CONTROLLED COMPRESSION<br />
IGNITION (SPCCI), A MAZDA CRIA ZONAS DISTINTAS DE MISTURA AR/<br />
COMBUSTÍVEL NA CÂMARA DE COMBUSTÃO. E NÃO ELIMINA A FAÍSCA<br />
continua a ter uma vela (por êmbolo)<br />
para produzir a faísca para ocorrer a<br />
explosão.<br />
Nos regimes mais baixos, o motor<br />
Skyactiv-X utiliza um compressor<br />
para empobrecer a mistura com duas<br />
a três vezes mais ar do que gasolina.<br />
Um motor “normal” não seria capaz<br />
de provocar a explosão. O Skyactiv-X<br />
começa por aumentar a compressão<br />
até aos 16,3:1, antes de injetar combustível<br />
diretamente para a zona<br />
da vela. Basta uma pequena faísca,<br />
mais pequena do que durante o ciclo<br />
normal, para provocar a ignição do<br />
combustível. Esta ignição provoca o<br />
aumento da pressão na câmara de<br />
combustão até ao ponto desta se propagar<br />
à restante mistura pobre.<br />
Combustão por compressão<br />
Aumentando a carga, o motor muda<br />
impercetivelmente para o modo de<br />
combustão normal. A relação estequiométrica<br />
de combustível e ar assume<br />
um valor mais convencional:<br />
14,7:1. Este modo de funcionamento<br />
acontece apenas nos regimes mais<br />
elevados ou quando o motor está<br />
muito frio. O controlo preciso da ignição<br />
evita problemas de combustão,<br />
como a detonação, assegurando uma<br />
transição impercetível entre os modos<br />
de combustão por compressão e<br />
faísca. Sempre que o veículo circula<br />
no modo combustão por compressão,<br />
o motor utiliza menos combustível,<br />
produzindo menos CO 2.<br />
O processo é, de facto, muito simples<br />
e já estava tudo inventado. Bastou<br />
combinar componentes dos blocos<br />
Diesel e gasolina e acrescentar quatro<br />
sensores de pressão, um por cilindro.<br />
O resto... é programação. Com a<br />
nova tecnologia Skyactiv-X, o bloco<br />
de 1998 cc debita 180 cv às 6000 rpm<br />
e 224 Nm às 3000 rpm. Tal como o<br />
motor Skyactiv-G, o novo Skyactiv-X<br />
está equipado com o sistema Mazda<br />
M Hybrid (sistema mild-hybrid<br />
de 24 Volt que acrescenta eficiência<br />
através do reaproveitamento da<br />
energia recuperada no processo de<br />
desaceleração, alimentando um motor<br />
elétrico, que, por sua vez, assiste<br />
o motor principal), podendo ser associado<br />
a caixas manuais ou automáticas<br />
de seis velocidades e a tração<br />
dianteira ou integral. Quanto a manutenção,<br />
a Mazda afirma que, face<br />
a um Diesel, este motor só precisa<br />
de mudar as velas a cada 64 mil km<br />
sendo, em tudo o resto, muito semelhante.<br />
l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 75
Mundo<br />
Automóvel<br />
NOTÍCIAS por Bruno Castanheira<br />
HYUNDAI<br />
DEU NAS VISTAS NO SEMA SHOW<br />
A Hyundai juntou-se aos líderes da indústria - Bisimoto Engineering<br />
e Rockstar Performance Garage - para criar e apresentar dois<br />
novos concepts no SEMA Show 2019, que decorreu, em Las Vegas,<br />
no estado norte-americano do Nevada, de 5 a 8 de novembro.<br />
Os Bisimoto VeslosterRaptor N Concept e Rockstar Performance<br />
Garage Kauai Ultimate Concept deram nas vistas no espaço da<br />
marca sul-coreana. Concebido para ser um “Type R Killer”, o<br />
Bisimoto VelosterRaptor N Concept oferece 320 cv e uma imagem<br />
exuberante, sendo fruto da colaboração de uma equipa de<br />
quatro engenheiros de várias disciplinas (aeroespacial, mecânica<br />
e química) para aperfeiçoar o chassis do Veloster e melhorar a<br />
eficiência térmica do motor. Já o Rockstar Performance Garage<br />
Kauai Ultimate Concept (equipado com tração integral e motor<br />
turbo), revela o seu lado explorador.<br />
SEAT MII ELECTRIC<br />
LIGADO À CORRENTE<br />
A<br />
SEAT inicia a sua ofensiva elétrica com o lançamento do Mii electric. Este primeiro SEAT<br />
100% elétrico de produção abre caminho a futuros modelos que se juntarão à família. Mais<br />
veículos elétricos (EV) e híbridos plug-in elétricos (PHEV) serão lançados num futuro<br />
próximo pela marca espanhola, incluindo o 100% elétrico el-Born, as versões híbri<strong>das</strong> plug-in do<br />
Tarraco e Leon e as versões híbri<strong>das</strong> plug-in de elevada performance CUPRA Formentor e CUPRA<br />
Leon. Equipado com um motor elétrico de 61 kW (83 cv), o Mii electric assegura até 259 km de<br />
autonomia, ainda que, em utilização citadina, este valor possa chegar aos 358 km com uma única<br />
carga (WLTP). Uma vez ligada através do carregador rápido de corrente contínua (DC), a bateria de<br />
iões de lítio pode ser recarregada até 80% da sua capacidade em apenas uma hora ou durante cerca<br />
de quatro horas a 7.2 kW (sistema de Wallbox ou infraestrutura pública).<br />
AUDI A4<br />
MELHOR DO QUE NUNCA<br />
L<br />
ançada em 2015 e recentemente alvo de uma atualização, a quinta geração do Audi A4 recebeu<br />
um profundo restyling para incorporar, também, a nova linguagem de design. O maior<br />
dinamismo <strong>das</strong> linhas da carroçaria reflete-se num conjunto mais atraente, enquanto no<br />
interior se destaca a funcionalidade e a introdução de tecnologias inovadoras nos campos da digitalização,<br />
dos sistemas de infoentretenimento e de assistência à condução. A gama de motores é ampla e<br />
diversificada, contando com escolhas potentes e eficientes. Na fase inicial de comercialização em Portugal,<br />
a gama reparte-se entre os seguintes motores: 35 TDI de 163 cv (tração dianteira e caixa s tronic<br />
de sete velocidades); 40 TDI de 190 cv (tração dianteira ou quattro com caixa s tronic de sete); allroad<br />
40 TDI de 190 cv (tração quattro com caixa s tronic de sete); allroad 45 TDI de 231 cv (tração quattro<br />
e caixa Tiptronic de oito); S4 V6 3.0 TDI de 347 cv (tração quattro e caixa Tiptronic de oito).<br />
LAND ROVER DEFENDER<br />
JUNTA-SE A JAMES BOND<br />
O mais recente modelo da marca britânica é um dos protagonista da<br />
nova saga do agente secreto mais famoso do mundo, no 25.° filme<br />
oficial de James Bond. “No Time to Die” é o primeiro filme onde<br />
aparece o novo Defender, a última evolução deste lendário modelo,<br />
que participa numa sequência de perseguição. Os especialistas da<br />
equipa deste filme do agente secreto inglês 007 testaram o novo<br />
Defender nas condições de todo-o-terreno mais extremas, onde<br />
o modelo demonstrou o seu carácter imbatível. O novo Defender<br />
oferece uma altura ao solo de 291 mm e anuncia uma geometria<br />
todo-o-terreno de nível mundial, pelo que a versão 110 pode<br />
vangloriar-se de estar equipada com ângulos de ataque, ventral<br />
e saída de 38°, 28° e 40°, respetivamente. A passagem a vau é de<br />
900 mm, sendo conjugada com o novo programa Wade do Sistema<br />
Terrain Response 2, de modo a assegurar que os condutores possam<br />
atravessar cursos de água profundos.<br />
76 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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Automóvel<br />
USO PROFISSIONAL NIKOLA TRE<br />
CABEÇA,<br />
TRONCO E<br />
MEMBROS<br />
A NIKOLA MOSTROU O SEU MAIS RECENTE CAMIÃO MOVIDO A HIDROGÉNIO. CHAMA-SE TRE E PROMETE<br />
UMA AUTONOMIA AO NÍVEL DE UM CAMIÃO ALIMENTADO A COMBUSTÍVEL FÓSSIL. ASSIM QUE A REDE DE<br />
HIDROGÉNIO SE ESTENDER PELA EUROPA, A MARCA NORTE-AMERICANA PODE COMEÇAR A VENDER ESTE<br />
ARROJADO VEÍCULO PESADO<br />
por<br />
Ricardo Carvalho<br />
A<br />
Nikola apresentou o Tre, um<br />
novo protótipo de camião<br />
alimentado a célula de combustível,<br />
especialmente desenvolvido<br />
para o mercado europeu. Com uma<br />
potência de até 1.020 cv e um binário<br />
de 2.700 Nm, o mais recente peso-<br />
-pesado do fabricante norte-americano<br />
está preparado para cumprir a<br />
sua função no transporte de longo<br />
curso. Nomeadamente, se tivermos<br />
em linha de conta que o seu motor<br />
elétrico alimentado a hidrogénio,<br />
através de uma célula de combustível,<br />
confere ao Nikola Tre uma<br />
autonomia que se situa entre 500 e<br />
1.200 km depois de efetuar um abastecimento<br />
completo, processo que<br />
demora entre 15 e 20 minutos. De<br />
registar o feito alcançado na votação<br />
do ITOY (International Truck of the<br />
Year) 2020, onde este concept alcançou<br />
o segundo lugar no prémio “Inovação<br />
e Tecnologia”.<br />
A ausência de uma rede de abastecimento<br />
de hidrogénio adequada para<br />
o transporte na Europa é um dos problemas<br />
que podem “castrar” o êxito<br />
do Nikola Tre no Velho Continente.<br />
Trevor Milton, responsável pela mar-<br />
IVECO INVESTE NA NIKOLA<br />
A CNH Industrial, grupo que detém a Iveco,<br />
anunciou um investimento de 250 milhões de<br />
dólares na Nikola Motors, formando parte da<br />
última ronda de financiamento da nova empresa<br />
norte-americana, cujo objetivo passa por reunir<br />
um valor de capital superior aos dois milhões de<br />
dólares. Mas, para além da transação financeira,<br />
a Nikola vai receber a colaboração <strong>das</strong> marcas<br />
de veículos comerciais e comboios de potência<br />
ca, tem fé que este tipo de combustível<br />
consiga dar um salto, até porque já<br />
existem várias propostas no mercado<br />
movi<strong>das</strong> com este tipo de combustível,<br />
tanto na Europa como nos EUA.<br />
Mundo melhor<br />
Durante a celebração do Nikola<br />
da CNH Industrial, Iveco e FPT Industrial para o<br />
desenvolvimento, produção e comercialização<br />
dos seus camiões equipados com células de<br />
combustível e baterias.<br />
O acordo de colaboração, tanto a nível económico<br />
como técnico, beneficiará, também, os modelos<br />
Nikola One e Nikola Two, fundamentalmente<br />
no mercado norte-americano, bem como nas<br />
restantes regiões onde operar, entre elas a Europa.<br />
World, evento onde a marca exibe<br />
várias propostas de diversos modelos,<br />
Trevor Milton salientou: “Queremos<br />
transformar toda a indústria<br />
do transporte rodoviário. Com a<br />
visão da Nikola, o mundo será mais<br />
limpo, mais seguro e mais saudável”.<br />
A Nikola tem esperança que os seus<br />
veículos consigam alcançar o sucesso<br />
no mercado europeu e aproveitar as<br />
consequências positivas deste feito.<br />
“Imaginem a Europa sem camiões<br />
a gasóleo? As estra<strong>das</strong> seriam mais<br />
limpas e tranquilas”, enfatizou. A<br />
marca contratou mais 2.000 novos<br />
colaboradores para a sua fábrica de<br />
Phoenix, de modo a reforçar a produção<br />
dos seus vários modelos. A<br />
parceria com o Grupo CNH, do qual<br />
faz parte a Iveco, será um dos pilares<br />
da estrutura deste projeto, que vai<br />
ver a luz do dia muito em breve. l<br />
78 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com