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Jornal das Oficinas 169

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UM MUNDO DE PEÇAS AO SEU DISPOR<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

<strong>169</strong><br />

dezembro 2019<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XV | 3 EUROS<br />

PUB<br />

REPINTURA AUTOMÓVEL<br />

ONDE PARAM<br />

os PINTORES? PÁG. 10<br />

mecatrónico 2019<br />

PÁG. 6<br />

A quinta edição da competição<br />

foi a mais disputada de sempre.<br />

Marco Cordeiro levou a melhor<br />

entrevista<br />

PÁG. 26<br />

Amílcar Nascimento, da Exide,<br />

aborda o mercado <strong>das</strong> baterias e<br />

os quase 100 anos da marca Tudor<br />

fuchs<br />

PÁG. 48<br />

Paul Cezanne, diretor-geral, faz o<br />

balanço <strong>das</strong> três déca<strong>das</strong> da<br />

empresa em território nacional<br />

veículos pesados<br />

PÁG. 58<br />

Acidente de camião requer<br />

minucioso procedimento técnico<br />

para analisar amplitude dos danos<br />

akzo_nobel.pdf 2 14/02/19 12:27<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

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Editorial<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

EDITOR EXECUTIVO<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

REDAÇÃO<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Joana Calado<br />

joana.calado@apcomunicacao.com<br />

DIRETOR COMERCIAL<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

GESTOR DE CLIENTES<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

IMAGEM<br />

António Valente<br />

MULTIMÉDIA<br />

Catarina Gomes<br />

ARTE<br />

Hélio Falcão<br />

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS<br />

E CONTABILIDADE<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

PERIODICIDADE<br />

Mensal<br />

ASSINATURAS<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta publicação,<br />

no seu todo ou em parte, sem a autorização<br />

prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Estrada Consiglieri Pedroso, 90<br />

2730 - 053 Barcarena Tel.: 214 345 400<br />

N.º de Registo na ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

Tiragem – 10.000 exemplares<br />

.es<br />

Parceiro<br />

em Espanha<br />

EDIÇÃO<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Propriedade/Editor João Vieira -<br />

Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Contribuinte 510447953<br />

Sede Bela Vista Office, Sala 2.29,<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A<br />

2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

Tel. +351 219 288 052/4<br />

Fax +351 219 288 053<br />

Email geral@apcomunicacao.com<br />

Consulte o Estatuto Editorial no<br />

site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

ACESSO<br />

A DADOS<br />

O<br />

acesso aos dados do veículo é, provavelmente, a tendência inovadora que mais poderá incidir no<br />

pós-venda a curto prazo. Na verdade, a utilização da informação gerada pelos veículos pode<br />

representar uma verdadeira revolução. Entre outras razões, devido à possibilidade de permitir a<br />

oferta de serviços adicionais aos utilizadores para que a experiência destes seja mais completa e<br />

personalizada.<br />

De acordo com um estudo da consultora McKinsey, a faturação no pós-venda pode duplicar com estes serviços<br />

ligados à análise destes dados. Um em cada cinco automóveis estará conectado em 2020. No ano de 2030, este<br />

novo nicho de mercado poderá gerar um negócio de até 640 mil milhões de euros a nível mundial. Os agentes<br />

que conseguirem aproveitar as oportunidades de lucrar com os dados, terão uma posição de vantagem, assinala<br />

o estudo, mas a estimativa é que apenas metade será assegurada pelos fornecedores tradicionais.<br />

As marcas dos veículos partem com vantagem, pois são elas quem fabrica e comercializa o automóvel. E os dados<br />

vão permitir melhorar a qualidade dos seus produtos e a eficiência operacional, inovar na procura de novos serviços,<br />

conhecer melhor os clientes, estabelecer uma integração digital com outros agentes e disponibilizar uma<br />

manutenção preditiva. Além do mais, as marcas de automóveis estão a fazer lóbi para restringir a informação,<br />

alegando a proteção dos cidadãos. Está em jogo a comunicação direta com o condutor<br />

para, a partir da análise dos dados, antecipar as necessidades do<br />

veículo e propor diferentes opções de manutenção mediante uma<br />

comunicação direta através do próprio veículo.<br />

Nesse sentido, os restantes agentes da cadeia de valor, fabricantes<br />

de componentes e distribuição principalmente, terão de dar<br />

um passo à frente para que esse mercado seja transparente e<br />

de acesso aberto, de modo a que exista livre concorrência. Este<br />

passo está a ser dado em diversas frentes através de associações<br />

do setor, com o desenvolvimento de uma plataforma tecnológica<br />

que permita o acesso aos dados do veículo a todos os operadores<br />

do mercado em igualdade de circunstâncias, garantindo a segurança<br />

tanto dos dados como do próprio veículo.<br />

Em qualquer caso, existe alguma incerteza quanto à evolução<br />

do enquadramento legal no que respeita à propriedade, à<br />

gestão e à cedência dos dados. Sem esquecer o papel que<br />

as administrações públicas podem desempenhar, não só<br />

como agentes regulamentares, criando o enquadramento<br />

legal dos dados, tanto da recolha como da sua gestão e<br />

exploração, mas, também, como recetores privilegiados<br />

dessa informação, serão, provavelmente, parceiros essenciais<br />

para muitas <strong>das</strong> estratégias dos fabricantes de<br />

veículos.<br />

A chave é como nos devemos posicionar para sermos<br />

intervenientes relevantes e, mais importante ainda,<br />

como rentabilizar essa gestão dos dados. O que<br />

parece ser evidente é a necessidade de estabelecer<br />

alianças com parceiros tecnológicos. Mas a questão<br />

essencial é saber se será possível concorrer em<br />

igualdade de circunstâncias. l<br />

João Vieira | Diretor


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

IPSIS<br />

VERBIS<br />

MIGUEL FRANCO, VICE PRESIDENT<br />

OF BUSINESS DEVELOPMENT DA<br />

STRATIO<br />

A NOVA ABORDAGEM<br />

À MANUTENÇÃO,<br />

QUE RECORRE<br />

À INTELIGÊNCIA<br />

ARTIFICIAL,<br />

BASEIA-SE NA<br />

LEITURA DE DADOS<br />

DOS SENSORES<br />

INSTALADOS NOS<br />

VEÍCULOS<br />

JO LANÇOU NOVO SITE<br />

No ano em que completa o seu 15.° aniversário, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> lançou um novo site. Com um<br />

visual mais apelativo e de fácil navegação, conta, agora, com novas e úteis secções para os profissionais<br />

do pós-venda automóvel. O lançamento do site (www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com) surge como<br />

consequência natural do trabalho que temos desenvolvido na área do pós-venda automóvel. A crescente<br />

procura de informação na Internet relacionada com o aftermarket veio confirmar a necessidade de avançarmos<br />

com esta remodelação digital, que irá evoluir naturalmente, a par com a edição impressa. Será,<br />

acima de tudo, um verdadeiro portal de informação sobre o pós-venda automóvel, totalmente gratuito e<br />

acessível a todos os visitantes. As características do site permitem que operadores, empresas, especialistas<br />

e técnicos tenham acesso, de forma ordenada e clara, aos temas que, hoje, dominam a atualidade do<br />

setor da reparação e manutenção automóvel, promovendo o seu desenvolvimento. Sendo um canal online,<br />

com a publicação diária de notícias, o setor tem à sua disposição um instrumento que visa promover<br />

o aftermarket nas suas mais varia<strong>das</strong> vertentes.<br />

ANA FAZENDA, RESPONSÁVEL<br />

DA CAETANO COLISÃO<br />

AO LONGO DOS ANOS,<br />

TEMOS VERIFICADO<br />

UMA CRESCENTE<br />

NECESSIDADE<br />

DE TÉCNICOS DE<br />

REPARAÇÃO DE<br />

CHAPA E PINTURA<br />

SEMÁFORO<br />

AMÍLCAR NASCIMENTO, KEY<br />

ACCOUNT & MARKETING MANAGER<br />

DA EXIDE TECHNOLOGIES<br />

DEVIDO, SOBRETUDO,<br />

À IDADE DO PARQUE,<br />

O NEGÓCIO DAS<br />

BATERIAS ESTÁ BEM<br />

E MANTER-SE-Á<br />

ESTÁVEL POR MAIS<br />

ALGUNS ANOS<br />

DEVOLUÇÃO DE PEÇAS<br />

O excesso de devolução de peças<br />

continua a assombrar os distribuidores.<br />

O nosso Semáforo Vermelho, de protesto,<br />

vai para uma situação reveladora de<br />

uma errada cultura do mercado oficinal,<br />

que continua a adquirir peças sem<br />

o planeamento devido. Resultado?<br />

As encomen<strong>das</strong> que acabam por ser<br />

devolvi<strong>das</strong> devido ao facto de não serem<br />

necessárias. Não haverá maneira de<br />

otimizar este processo?<br />

LÍTIO NACIONAL<br />

O interesse global no lítio português<br />

alimenta muitas notícias e dá azo a<br />

especulação. Além <strong>das</strong> dúvi<strong>das</strong> que<br />

envolvem a exploração deste metal<br />

fundamental para a composição <strong>das</strong><br />

baterias dos veículos elétricos. O nosso<br />

Semáforo Laranja, de expectativa, está<br />

relacionada com a seguinte pergunta:<br />

saberá o nosso país explorar este recurso<br />

natural sem permitir que outros obscuros<br />

interesses se levantem?<br />

PRODUÇÃO RECORDE<br />

A Autoeuropa está de parabéns<br />

e merece o nosso Semáforo Verde, de<br />

aplauso. Até ao dia 13 de novembro deste<br />

ano, a produção superara já o volume<br />

total de 2018 (226.972 contra 223.200<br />

unidades). Um marco histórico para<br />

a quinta maior fábrica de veículos de<br />

passageiros da Volkswagen, que ocupa<br />

ainda o primeiro lugar do ranking <strong>das</strong><br />

unidades fabris da marca alemã neste<br />

segmento.<br />

4 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Este é o Matthias Jendrossek,<br />

proprietário da oficina Jendrossek Autoeile, Alemanha.<br />

Ao colocar na sua oficina um ringue de boxe para<br />

manter a sua equipa em forma e satisfeita e ao dar<br />

formação interna sobre a tecnologia dos veículos<br />

elétricos, Matthias está a garantir que o seu negócio<br />

é forte e está orientado para o futuro.<br />

No nosso centro de #OFICINASORIGINAIS juntamos<br />

os Verdadeiros Originais de oficinas de todo o mundo,<br />

que confiam na TRW e partilham a nossa dedicação à<br />

excelência. Verdadeiros profissionais que utilizam as<br />

suas ideias e soluções originais para se certificarem<br />

de que as suas oficinas são as melhores em tudo<br />

aquilo que fazem.<br />

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e descobrir conselhos, ideias e dicas que fazem com<br />

que os clientes regressem sempre às suas oficinas.<br />

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NEGÓCIO DE SUCESSO<br />

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Parte da ZF Aftermarket, cada peça TRW é concebida para superar desafios, tal como os colaboradores<br />

dedicados de todo o mundo que as fazem chegar até si. Apoiados por uma rede global de especialistas no<br />

mercado de pós-venda, os produtos TRW ditam os padrões da segurança e da qualidade.


COMPETIÇÃO<br />

MELHOR MECATRÓNICO 2019<br />

VENCEDOR<br />

VOOU DOS AÇORES<br />

NA EDIÇÃO MAIS DISPUTADA DE SEMPRE E EXIBINDO O NÍVEL MAIS ELEVADO NA HISTÓRIA DA COMPETIÇÃO, O<br />

MELHOR MECATRÓNICO 2019 FOI GANHO POR MARCO CORDEIRO, DA AUTO CORDEIRO, LOCALIZADA NA ILHA DE<br />

S. MIGUEL, NOS AÇORES, PERTENCENTE À REDE A OFICINA. DURANTE DOIS DIAS, A INICIATIVA ORGANIZADA PELO<br />

JORNAL DAS OFICINAS EM PARCERIA COM A ATEC – ACADEMIA DE FORMAÇÃO, RECEBEU LARGAS DEZENAS DE<br />

PROFISSIONAIS E VISITANTES. NEM OS FINALISTAS DE 2018 FALTARAM por Bruno Castanheira<br />

6 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Foi o culminar de um trabalho<br />

árduo realizado ao longo do<br />

ano de 2019. Pela quarta vez<br />

na história desta iniciativa ímpar no<br />

panorama do aftermarket nacional,<br />

o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceira<br />

com a ATEC – Academia de Formação,<br />

elegeu o Melhor Mecatrónico. A<br />

fasquia esteve ainda elevada do que<br />

em edições anteriores, é certo, mas a<br />

prova foi superada. E excedeu, diga-<br />

-se em abono da verdade, as expectativas.<br />

Mas o objetivo desta competição<br />

manteve-se fiel às suas origens:<br />

promover, dignificar e premiar a<br />

profissão de mecatrónico automóvel,<br />

proporcionando o intercâmbio<br />

de experiências entre profissionais<br />

no ativo e estimulando o desenvolvimento<br />

de competências individuais.<br />

Iniciativa concorrida<br />

Entre os especialistas em mecânica e<br />

eletrónica que trabalhavam para oficinas<br />

independentes e os que integravam<br />

oficinas afetas a marcas de veículos,<br />

foram muitos os profissionais<br />

de mecatrónica no ativo que concorreram<br />

à iniciativa deste ano. O que<br />

é, sem dúvida, o melhor indicador da<br />

mais-valia desta competição, que assenta<br />

nos pressupostos acima mencionados.<br />

Como é, também, da mais<br />

elementar justiça destacar os patrocinadores,<br />

que aderiram ao Melhor<br />

Mecatrónico 2019 desde a primeira<br />

hora, sem os quais esta iniciativa não<br />

teria o sucesso que teve. A saber (por<br />

ordem alfabética): Autozitânia, Bahco,<br />

bilstein group Portugal (marcas<br />

febi, SWAG e Blue Print), Interescape,<br />

Optibelt, Schaeffler Repxpert,<br />

SKF Portugal e Valvoline.<br />

Para participar, os concorrentes tiveram<br />

de responder aos questionários<br />

que foram sendo colocados online<br />

SETE FINALISTAS E UM PAINEL DE<br />

JURADOS COMPOSTO POR NOVE<br />

ELEMENTOS, NUMA COMPETIÇÃO<br />

QUE JÁ SE tornoU REFERÊNCIA<br />

entre os meses de março e julho de<br />

2019, ao ritmo de um por mês. Cada<br />

questionário contemplou 10 perguntas,<br />

tipo teste americano, de resposta<br />

única. Os concorrentes entraram no<br />

site da competição (www.melhormecatronico.pt),<br />

preencheram os seus<br />

dados pessoais e assinalaram as respostas<br />

que entenderam ser as corretas.<br />

A seleção dos oito finalistas (embora<br />

tivessem comparecido sete na<br />

derradeira etapa, uma vez que houve<br />

uma baixa de última hora por motivo<br />

de força maior), foi feita entre os<br />

que atingiram a pontuação mais alta<br />

e que foram os mais rápidos no envio<br />

<strong>das</strong> respostas aos cinco questionários<br />

publicados pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />

Alexandre Santos, Hugo Guerra,<br />

Nelson Sousa, Marco Cordeiro, Radu<br />

Holban, Armando Coutinho e Nuno<br />

Cristão foram os mecatrónicos que<br />

receberam o “passaporte” para viajar<br />

para Palmela, onde se disputou, nos<br />

dias 15 e 16 de novembro, a derradeira<br />

etapa desta competição.<br />

Conhecimentos à prova<br />

A organização há muito que tinha<br />

divulgado o regulamento. A final<br />

do Melhor Mecatrónico 2019 realizar-se-ia<br />

nas instalações da ATEC –<br />

Academia de Formação, situada no<br />

Parque Industrial da Volkswagen<br />

Da esq.ª para a dta. (fila de cima):<br />

Armando Coutinho; Nelson Sousa;<br />

Hugo Guerra e Radu Holban. Fila<br />

de baixo: Alexandre Santos; Marco<br />

Cordeiro e Nuno Cristão<br />

ORGANIZAÇÃO<br />

PARCERIA


MELHOR<br />

MECATRÓNICO<br />

2019<br />

CADA FINALISTA REALIZOU SETE HORAS E MEIA DE PROVAS, DIVIDIDAS POR<br />

CINCO MÓDULOS. TRÊS PROVAS TIVERAM UMA DURAÇÃO MÁXIMA DE DUAS<br />

HORAS, AS OUTRAS NÃO EXCEDERAM OS 45 MINUTOS. A PRESSÃO FOI MUITA<br />

Autoeuropa. E assim foi. Mas, este<br />

ano, além do envio prévio de documentação<br />

técnica, a organização<br />

realizou um briefing com os finalistas<br />

no teatro de operações dias antes<br />

da realização da derradeira etapa da<br />

competição. Tudo para que os concorrentes<br />

tivessem verdadeira noção<br />

do que iriam encontrar e interiorizassem<br />

a seriedade da iniciativa. A final<br />

da competição contemplou, este<br />

ano, automóveis de diferentes marcas:<br />

dois VW Sharan, um Seat Ibiza,<br />

um Renaullt Clio e um Nissan Micra<br />

(estes dois últimos equipados com o<br />

motor 1.5 dCi). Ao todo, cada finalista<br />

realizou sete horas e meia de provas,<br />

dividi<strong>das</strong> por cinco módulos: A<br />

(Reparação de motor – duas horas);<br />

B (Diagnóstico de motor – duas horas);<br />

C (Diagnóstico sistema elétrico<br />

VW Sharan – duas horas); D (Diagnóstico<br />

Seat – 45 minutos); E (Reparação<br />

de caixa de velocidades DSG –<br />

45 minutos).<br />

Todos os materiais, ferramentas e<br />

equipamentos foram fornecidos pela<br />

organização. Os concorrentes só tiveram<br />

de trazer os seus EPI´s (roupa<br />

de trabalho, botas, óculos). E, claro,<br />

conhecimento, concentração e afinco<br />

para dar o seu melhor. Até porque,<br />

além do título de Melhor Mecatrónico<br />

2019, o vencedor da competição<br />

levaria para casa um diploma, um<br />

troféu e uma panóplia de artigos de<br />

merchandising e prémios dados pelos<br />

patrocinadores. Pouco passava <strong>das</strong><br />

10h quando os sete finalistas se apresentaram<br />

no “terreno de jogo”. Depois<br />

do briefing dado por Carlos Isidro,<br />

coordenador da área de Mecatrónico<br />

Automóvel da ATEC e presidente do<br />

júri, as provas tiveram início, com os<br />

concorrentes (a acusarem ansiedade<br />

e nervosismo) a distribuírem-se pelas<br />

provas, depois de sorteada a ordem<br />

de entrada em cena. Tudo, mas<br />

PontuAÇÃo final<br />

1.° Marco Cordeiro<br />

2.° Alexandre Santos<br />

3.° Nuno Cristão<br />

4.° Armando Coutinho<br />

5.° Nelson Sousa<br />

6.° Hugo Guerra<br />

7.° Radu Holban<br />

mesmo tudo, foi avaliado. Desde o<br />

conhecimento técnico, até ao manuseamento<br />

<strong>das</strong> ferramentas, passando<br />

por hábitos de limpeza. As condições<br />

eram iguais para todos. A isenção e<br />

a abrangência <strong>das</strong> provas foram por<br />

demais elogia<strong>das</strong>. E o notável rigor e<br />

empenho dos jurados ditou, uma vez<br />

mais, o sucesso desta iniciativa.<br />

Melhor está em S. Miguel<br />

No final do primeiro dia de competição,<br />

as opiniões dos participantes<br />

eram unânimes, independentemente<br />

daquilo que estivesse reservado para<br />

o segundo dia. “Experiência única,<br />

teste aos conhecimentos, excelente<br />

ambiente de trabalho e espírito<br />

de camaradagem,” foram alguns dos<br />

comentários feitos pelos finalistas. O<br />

dia terminou com um jantar de con-


A Final do Melhor Mecatrónico<br />

2019 contou com um<br />

programa recheado de<br />

atividades, onde não faltou o<br />

sorteio de um Curso Técnico<br />

de Intervenção em sistemas<br />

de ar condicionado e uma ação<br />

de formação conjunta bilstein<br />

group Portugal/Autozitânia<br />

vívio no Golf & Country Club Quinta<br />

do Peru, na Quinta do Conde, onde<br />

formadores, concorrentes, patrocinadores<br />

e organização puderam confraternizar,<br />

descontrair e fazer o balanço<br />

do primeiro dia.<br />

Na manhã seguinte, sábado, 16 de<br />

novembro, era o tudo ou nada. Só ao<br />

final da tarde, depois de concluí<strong>das</strong><br />

as provas e atribuí<strong>das</strong> as pontuações,<br />

é que houve “fumo branco” por parte<br />

do júri. Marco Cordeiro, da Auto<br />

Cordeiro, localizada na ilha de S. Miguel,<br />

nos Açores, pertencente à rede<br />

A Oficina, arrecadou o título de “Melhor<br />

Mecatrónico 2019”.<br />

A terminar, refira-se que, ao longo<br />

dos dois dias, enquanto decorriam<br />

as provas, passaram pelas instalações<br />

da ATEC - Academia de Formação<br />

várias dezenas de pessoas, que<br />

estiveram atentas ao desenrolar dos<br />

acontecimentos e interagiram com<br />

os patrocinadores presentes. Nem<br />

os finalistas de 2018 faltaram. E até<br />

houve lugar ao sorteio de um Curso<br />

Técnico de Intervenção em sistemas<br />

de ar condicionado e uma apresentação<br />

de componentes eletrónicos<br />

e sensores <strong>das</strong> marcas febi, SWAG<br />

e Blue Print por parte de Gonçalo<br />

Pinto, consultor técnico do bilstein<br />

group Portugal, perante a presença<br />

de dois elementos da Autozitânia,<br />

Flávio Menino, diretor de marketing<br />

e comunicação, e Rui Almeida, responsável<br />

comercial da zona sul. Para<br />

o ano, haverá novidades nesta competição.<br />

Tudo indica que a 5.ª edição<br />

do Melhor Mecatrónico se vá realizar<br />

no Salão expoMECÂNICA... l<br />

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DESTAQUE<br />

REPINTURA AUTOMÓVEL<br />

ONDE PARAM<br />

OS PINTORES


ORDENADOS ACIMA DA MÉDIA, TAXA DE EMPREGABILIDADE A 100%<br />

E POSSIBILIDADE DE PROGRESSÃO NUMA CARREIRA DE VANGUARDA.<br />

MAS, AFINAL, ONDE PARAM OS PINTORES DO RAMO AUTOMÓVEL?<br />

O JORNAL DAS OFICINAS FOI À PROCURA DE RESPOSTAS E CONVERSOU<br />

COM UM PROFISSIONAL DA ÁREA por Jorge Flores<br />

Em busca do profissional perdido. Este bem poderia<br />

ser o título que vai na cabeça dos responsáveis<br />

<strong>das</strong> empresas especializa<strong>das</strong> em repintura automóvel.<br />

Não apenas no mercado oficinal português, como<br />

em toda a Europa. Ordenados acima da média, taxa<br />

de empregabilidade a 100%, forte possibilidade de progressão<br />

numa carreira de vanguarda e de futuro assegurado.<br />

E entidades formadoras à disposição. Mas, afinal,<br />

porque existe tão pouca oferta de pintores perante tanta<br />

procura? Porque têm os gestores oficinais tanta dificuldade<br />

para renovar uma classe profissional cada vez<br />

mais envelhecida? João Calha, key account manager &<br />

training center leader da Axalta Coating Systems Portugal,<br />

acredita que falta, sobretudo, “valorizar” a profissão.<br />

“Temos de perceber que não podemos mudar tudo<br />

de um dia para o outro. O trabalho de divulgação tem<br />

de ser feito de uma forma consistente, ao longo do tempo.<br />

De raiz. Deverá ser dirigido às escolas e a uma população<br />

mais jovem, no sentido de esta valorizar a profissão.<br />

Hoje, é um trabalho de laboratório, equipamentos<br />

de segurança e limpo. Não é algo que se aprende facilmente,<br />

visto que tem uma componente técnica grande<br />

e requer habilidade no uso dos materiais. Mas é uma<br />

profissão tecnologicamente evoluída, com ferramentas<br />

digitais, bem paga e de emprego garantido. Com futuro.<br />

Mas os mais jovens, hoje, preferem os cursos de mecatrónico,<br />

que, muitas vezes, vai dar ao desemprego”, lamenta<br />

João Calha ao nosso jornal.<br />

O problema podia estar relacionado com a inexistência<br />

de cursos de formação. Mas não é o caso. Existem<br />

vários exemplos. A começar por marcas como a Mercedes-Benz<br />

e pela Toyota, através dos centros da Salvador<br />

Caetano (ambas para alimentarem a própria rede)<br />

ou entidades como o CEPRA, a Santa Casa da Misericórdia,<br />

através da Aldeia de Santa Isabel, ou o próprio<br />

Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)<br />

em várias delegações pelo país. Acontece que, muitas<br />

vezes, o número de inscritos não chega para formar<br />

uma turma. E muitos dos que se inscrevem acabam<br />

por desistir a meio da formação. “O problema é de tal<br />

maneira grave, que o <strong>Jornal</strong> Expresso, dois anos seguidos,<br />

colocou os pintores do ramo automóvel entre as<br />

10 profissões mais carentes de profissionais”, acrescenta<br />

Virgílio Maia, diretor de marketing e comunicação<br />

da Axalta Coating Systems Portugal.<br />

Mercado preocupado<br />

Os gestores oficinais contactados pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

manifestaram a sua preocupação com a escassez<br />

de pintores do ramo automóvel. Pedro Ramos, responsável<br />

da oficina Maniquecar, em Alcabideche, considera<br />

que a falta de profissionais é um problema que não<br />

afeta apenas a repintura automóvel, mas sim o setor<br />

na sua globalidade. Na sua opinião, as áreas da chapa<br />

e pintura são as mais graves. Mas não esquece as<br />

rececionistas. “Não há”, afirma. Em relação aos pintores,<br />

concretamente, para si, “faltam centros de formação”,<br />

lamenta. “Os cursos existem, mas falta informação.<br />

As pessoas desconhecem que podem ganhar entre<br />

€1200 a €1300, mais do que muitos ‘doutores’. Não<br />

existe essa perceção. Também ignoram o facto de ser<br />

uma profissão de futuro, porque, de pintura, os automóveis<br />

nunca deixarão de necessitar”, explica. E acrescenta:<br />

“Mas preferem todos ir para mecatrónica”. Segundo<br />

Pedro Ramos, esta situação obriga o mercado<br />

a contratar “profissionais estrangeiros”, porque portugueses,<br />

“não há. Nem bons nem maus”, diz.<br />

Uma sugestão? “Sensibilizar as pessoas para esta profissão,<br />

através de campanhas. Explicar que é uma profissão<br />

com muitas condições. Muitos têm medo dos<br />

pós e receiam que seja uma atividade suja. Não é o<br />

caso. Era necessário maior envolvimento <strong>das</strong> associações<br />

do setor”, defende o responsável da Maniquecar,<br />

cuja repintura automóvel representa entre 60 a 65%<br />

do seu negócio, com tendência para aumentar. “Assim<br />

haja profissionais”. Ao serviço, nesta área, tem três bate-chapas<br />

e cinco pintores.<br />

A oficina 11 Auto, por seu turno, dedica-se quase em<br />

exclusivo à repintura, apesar de ter serviços de mecânica<br />

como complemento do negócio. Significa isto que<br />

sente, como poucos, a carência de massa laboral. Hugo<br />

Silva, responsável da oficina de Mafra, reconhece<br />

que tal limitação obriga a impor uma “sobrecarga horária<br />

aos funcionários. Estamos sempre a pedir-lhes<br />

mais uma hora extra”. No seu entender, faltam cursos<br />

de formação em chapa e pintura. “Os centros preferem<br />

dar cursos de mecatrónica, onde basta uma sala<br />

de formação. Não tem grandes investimentos. Para dar<br />

formação na nossa área, é preciso outra logística e investimento<br />

maiores, como numa estufa, por exemplo”,<br />

explica ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 11


C<br />

REPINTURA<br />

AUTOMÓVEL<br />

Mão de obra envelhecida<br />

Ana Fazenda, responsável pelos 19<br />

centros da Salvador Caetano, tem um<br />

olhar próprio sobre esta questão. “Ao<br />

longo dos anos, temos verificado uma<br />

crescente necessidade de técnicos de<br />

reparação de chapa e pintura. Efetivamente,<br />

esta era uma profissão que<br />

surgia na figura do aprendiz da profissão,<br />

iniciando-se quando os jovens<br />

tinham entre 14 e 16 anos”, adianta.<br />

“Com o tempo”, continua, a “formação<br />

de aprendizes transitou para as escolas<br />

de formação e para o ensino técnico-profissional.<br />

Estas novas áreas escolares/formação<br />

foram-se dedicando<br />

a diversas temáticas do setor automóvel,<br />

como a mecânica e a mecatrónica,<br />

mas, até então, ainda não se tinham<br />

dedicado à pintura e à reparação de<br />

chapa. Estas são duas áreas profissionais<br />

que exigem conhecimento mais<br />

específico, diversas ferramentas, tintas<br />

e materiais de pintura, bancos de<br />

ensaio e estufas, que tornam a formação<br />

dispendiosa e a necessitar de infraestruturas<br />

de outra dimensão. Assim,<br />

os profissionais destas duas áreas<br />

foram envelhecendo, não existindo a<br />

sua substituição natural. O mercado,<br />

em geral, tem, neste momento, uma<br />

população envelhecida nesta profissão,<br />

com poucos técnicos entre os 25<br />

e 45 anos, e a iniciar as primeiras formações<br />

na área”, diz.<br />

A Caetano Colisão conta com 19 centros<br />

de colisão multimarca, cerca de<br />

193 técnicos de pintura e reparação<br />

de chapa, 25,6 milhões de euros de<br />

faturação e cerca de 25.600 reparações<br />

de colisão em 2018. “Somos um<br />

dos principais operadores no mercado<br />

e distinguimo-nos pelas excelentes<br />

instalações, domínio e uso da<br />

mais recente tecnologia utilizada nas<br />

atividades de pintura e reparação de<br />

chapa, capacidade técnica de equipamentos,<br />

máquinas e ferramentas,<br />

know-how, formação contínua<br />

e certificação técnica por entidades<br />

externas dos nossos recursos humanos.<br />

Somos reconhecidos no mercado<br />

pelo nosso compromisso com<br />

parceiros, exigência e qualidade, re-<br />

sultando na completa satisfação dos<br />

clientes. A solidez do Grupo Salvador<br />

Caetano é um fator diferenciador<br />

na opção de muitos técnicos, o<br />

que, aliado à melhoria contínua dos<br />

nossos processos, com ganhos de eficiência<br />

<strong>das</strong> operações e dos processos,<br />

resulta numa menor necessidade<br />

destes recursos com perspetivas de<br />

renovação a curto prazo, em resultado<br />

dos investimentos em projetos<br />

de formação nesta área pelo próprio<br />

Grupo Salvador Caetano”, explica.<br />

“Determinante para resolver esta dificuldade<br />

foi, sem dúvida, o trabalho<br />

desenvolvido pelo Centro de Formação<br />

de qualificação de jovens do<br />

GSC, que, desde 1983, desenvolve<br />

cursos de formação quer nesta área<br />

de reparação e pintura quer em muitas<br />

outras relaciona<strong>das</strong> com os negócios<br />

do grupo, materializando o lema<br />

do seu fundador, Salvador Caetano,<br />

que dizia: ‘se não há profissionais no<br />

mercado, façam-nos’. Podemos afirmar<br />

que, como consequência direta<br />

de tudo isto, não temos falta destes<br />

recursos, salvo em situações excecionais<br />

de picos de trabalho e algum absentismo”,<br />

garante.<br />

ORLANDO SILVA, PINTOR DA MOTICRISTO<br />

O PRAZER DE SER PINTOR DE AUTOMÓVEIS VEM COM A NOSSA dedicaÇão<br />

Amante de BTT (e <strong>das</strong> bicicletas em geral),<br />

modalidade em que já se sagrou Campeão<br />

Regional em 2013, Orlando Silva, de 36 anos,<br />

acredita que é com esforço e dedicação que<br />

se alcança, não apenas o sucesso, como,<br />

inclusivamente, o “prazer naquilo que se faz”.<br />

Uma receita que aplica nas várias áreas da<br />

sua vida. Seja no desporto (hoje, dedica-se ao<br />

duatlo: corrida/bicicleta), como na profissão.<br />

Pintor de automóveis da oficina Moticristo, em<br />

Mafra, desde 2006, depois de uma experiência<br />

inicial num concessionário da Mitsubishi, onde<br />

deu os primeiros passos, em 1999, Orlando Silva<br />

garante que aprendeu a “gostar muito” daquilo<br />

que faz. “Gosto do serviço, da casa onde trabalho<br />

e dos meus colegas”, acrescenta. Reconhece<br />

que, tal como muitos outros jovens em início<br />

de carreira, a sua paixão não apontou logo à<br />

repintura. As cores eram outras. “Gosto muito<br />

de automóveis e de mecânica”. Mas, aos poucos,<br />

foi descobrindo outros mundos. Outros ramos.<br />

A repintura conquistou-o. E ele a repintura.<br />

“A maior parte dos jovens que aqui chegam,<br />

vindos dos centros de formação, tem sempre a<br />

mecânica na cabeça”, admite. E encontra uma<br />

explicação para essa preferência: “Este é um<br />

trabalho mais complexo. Na repintura, não há<br />

réguas nem manuais que nos possam garantir<br />

que estamos 100% certos no que fazemos. Não<br />

há uma chave que resolva o problema. Temos<br />

de ser nós e a dedicação que emprestamos<br />

ao serviço”, afirma. E vai ainda mais longe no<br />

raciocínio: “A repintura talvez não pareça tão<br />

emocionante, de início, como a mecânica.<br />

Não é um prazer tão imediato. Vai evoluindo<br />

connosco”, revela.<br />

Orlando Silva reconhece que, atualmente, esta é<br />

uma “profissão que oferece um salário bastante<br />

acima da média, dada a escassez de oferta.<br />

E desmistifica o preconceito de que seja uma<br />

atividade suja. “Só quem quiser mesmo andar<br />

sujo”, brinca. “Hoje, temos um equipamento de<br />

proteção muito completo”, esclarece. E conclui:<br />

“Não é preciso ser um fora de série para ser<br />

pintor de automóveis, um Cristiano Ronaldo<br />

da repintura, mas é fundamental aquilo que<br />

damos de nós próprios para sermos bons no que<br />

fazemos e disso extrair prazer”.<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

12 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Problema internacional<br />

A falta de profissionais na indústria<br />

da repintura é um problema que afeta<br />

os proprietários de oficinas um<br />

pouco por toda a Europa. Não é um<br />

problema apenas nacional. Estudos<br />

regionais indicam que muitos destes<br />

gestores oficinais receiam uma verdadeira<br />

crise no futuro. Jim Muse, vice-presidente<br />

de repintura da Axalta<br />

escassez de mão de obra qualificada.<br />

A falta de interesse por parte de gerações<br />

mais novas e uma mão de obra<br />

em envelhecimento são largamente<br />

considera<strong>das</strong> como as principais<br />

causas. “Para inverter o interesse decrescente<br />

na profissão por parte de jovens<br />

adultos, temos de dar à imagem<br />

do trabalho do pintor uma renovação<br />

muito necessária,” dá conta Jim Mu-<br />

Devido aos muitos desenvolvimentos<br />

rápidos em tecnologia, o processo<br />

é, hoje, realizado de uma forma célere<br />

e precisa, em oficinas modernas com<br />

sistemas digitais avançados, apoiados<br />

por ferramentas de correspondência<br />

de cores digitais que oferecem aos pintores<br />

total mobilidade nas oficinas.<br />

Num sistema de gestão de cor totalmente<br />

digital e baseado na web, os<br />

nascida entre 1995 e 2014, sendo que<br />

os mais velhos estão, agora, a entrar<br />

na força de trabalho. Trata-se de um<br />

grupo significativo e prevê-se que, até<br />

2020, inclua um quarto da mão de<br />

obra mundial. Um estudo recente efetuado<br />

junto de mais de 12 mil jovens<br />

da geração “Z” em 17 países diferentes,<br />

revelou que 80% ambiciona trabalhar<br />

com tecnologias de ponta e 91%<br />

A Falta DE PROFISSIONAIS NO SETOR DA REPINTURA É UM PROBLEMA QUE<br />

AFETA OS PROPRIETÁRIOS DE OFICINAS UM POUCO POR toDA A EUROPA.<br />

ESTÁ LONGE DE SER UM PROBLEMA CIRCUNSCRITO À REALIDADE NACIONAL<br />

na Europa, Médio Oriente e África<br />

(EMEA), afirma que, para superar esta<br />

crise de competências, “o setor deverá<br />

posicionar a profissão como uma<br />

carreira para os que têm experiência<br />

com tecnologias digitais e sensíveis às<br />

questões ambientais”. De acordo com<br />

a visão do responsável, a indústria da<br />

repintura está sob pressão devido à<br />

se. “As inovações na tecnologia significam<br />

que, hoje, a profissão é tão digital<br />

como manual, estando cada vez mais<br />

sensível às questões ambientais”.<br />

Historicamente, o trabalho de repintura<br />

era algo estático, em particular<br />

quando a correspondência de cores era<br />

realizada com microfichas e, depois,<br />

com lamelas de cores tradicionais.<br />

pintores podem aceder a evoluí<strong>das</strong><br />

funcionalidades, como leituras de espectrofotómetros,<br />

fichas de trabalho e<br />

fórmulas de cores, sem fios, a partir de<br />

qualquer dispositivo com acesso à Internet,<br />

como um smartphone ou tablet,<br />

em qualquer lugar nas oficinas.<br />

Os proprietários de oficinas pretendem,<br />

desta forma, atrair a geração “Z”,<br />

declarou que a tecnologia influenciaria<br />

o trabalho. Para os responsáveis<br />

do setor, é fundamental demonstrar<br />

à geração “Z” que a repintura é uma<br />

alternativa atraente em relação a outras<br />

profissões. E que é constituída por<br />

verdadeiros nativos digitais com uma<br />

mentalidade ambiental mais forte do<br />

que as gerações anteriores. l<br />

Untitled-3.pdf 1 06/09/18 15:38<br />

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SALÃO<br />

MECÂNICA 2019<br />

À CONQUISTA<br />

DO ORIENTE<br />

A EDIÇÃO DE 2019 DO<br />

SALÃO MECÂNICA FICOU,<br />

INVARIAVELMENTE, MARCADA<br />

PELA PRESENÇA DE MAIS DE<br />

50 EMPRESAS PROVENIENTES<br />

DA CHINA. AFRONTA PARA UNS,<br />

COMPREENSÍVEL PARA OUTROS,<br />

A VERDADE É QUE A EXPOSALÃO<br />

DECIDIU, ESTE ANO, PARTIR À<br />

CONQUISTA DO ORIENTE. APOSTA<br />

QUE É, DE RESTO, PARA MANTER. A<br />

INFORMAÇÃO FOI AVANÇADA PELO<br />

PRÓPRIO JOSÉ FRAZÃO, DIRETOR<br />

DA FEIRA, QUE REVELOU AO JORNAL<br />

DAS OFICINAS QUE, EM MAIO DE<br />

2021, OS EXPOSITORES ASIÁTICOS<br />

TERÃO O SEU ESPAÇO RESERVADO<br />

NA FIL, NO PARQUE DAS NAÇÕES<br />

por Bruno Castanheira


Em 2019, o 9.° Salão Profissional de Aftermarket,<br />

Equipamento Oficinal e Logística<br />

voltou a realizar-se em Lisboa. Mais concretamente,<br />

na FIL, no Parque <strong>das</strong> Nações. De 22 a 24<br />

de novembro, pelo terceiro ano consecutivo desde<br />

que saiu da Batalha, o aftermarket nacional convergiu<br />

para a capital portuguesa. Este ano também<br />

sem a ExpoTransporte, a feira foi dedicada à temática<br />

da mecânica automóvel, com destaque para a<br />

logística, componente primordial neste setor e que<br />

contribui em muito para a otimização de processos.<br />

Mas houve de tudo um pouco. Desde máquinas<br />

para construção civil até, imagine-se, expositores<br />

de vinhos, passando por veículos do exército.<br />

Um dos momentos altos da feira foi a final da competição<br />

Challenge <strong>Oficinas</strong>, organizada pelo <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> em parceria com a Polivalor.<br />

Negócio da China<br />

Com a realização, em Lisboa, da edição de 2019<br />

da MECÂNICA, a Exposalão decidiu, este ano, fazer<br />

diferente na feira pioneira do aftermarket nacional.<br />

Ao longo dos 10.000 m 2 de área expositiva,<br />

estiveram presentes, de acordo com dados da organização,<br />

150 expositores, que responderam a to<strong>das</strong><br />

as áreas de interesse dos cerca de 20 mil visitantes<br />

profissionais que passaram, ao longo de três dias,<br />

pelo Pavilhão 3 (dados provisórios até ao fecho deste<br />

artigo). Mais do que uma exposição dedicada ao<br />

pós-venda, esta edição apresentou-se como um salão<br />

virado para o oriente. A grande novidade foi a<br />

presença de mais de 50 empresas parceiras do Grupo<br />

SINOMACHINT, oriun<strong>das</strong> da China. A MECÂ-<br />

NICA foi a primeira feira realizada em Portugal a<br />

contar com a presença de um grande grupo industrial<br />

e tecnológico chinês, cotado como a 250.ª empresa<br />

mais poderosa do mundo, proveniente da República<br />

Popular da China: SINOMACHINT.<br />

“O aumento substancial de empresas estrangeiras,<br />

pautado pela presença de fabricantes internacionais<br />

de aftermarket, que pretendem apostar<br />

no mercado ibérico para introduzir as suas marcas<br />

através da MECÂNICA, em Lisboa, veio aumentar<br />

a qualidade e o número de expositores. Todo este<br />

processo se deve ao forte desenvolvimento tecnológico<br />

proveniente da China, com apresentação<br />

de grandes players desse país, que contaram, entre<br />

outras, com uma conferência onde foi abordado<br />

o tema da mobilidade elétrica e os seus equipamentos,<br />

com algumas surpresas e apresentações<br />

de novidades. Também contámos, este ano, com<br />

empresas de Itália, Espanha, Eslovénia e Holanda”,<br />

revelou José Frazão, diretor da feira, ao <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />

Olhos em bico<br />

Segundo a Exposalão, os milhares de profissionais<br />

que aderiram ao evento puderam contactar<br />

com uma vasta gama de produtos, equipamentos e<br />

acessórios para o setor automóvel, nomeadamente<br />

equipamento oficinal, auto diagnóstico, ferramentas,<br />

repintura automóvel, estruturas e equipamentos<br />

para lavagem auto, equipamento GPL, peças e<br />

acessórios, componentes elétricos, vidros, iluminação,<br />

car audio, cosmética automóvel, ar condicionado,<br />

escapes, turbos, pneus, óleos e lubrificantes,<br />

gestão de resíduos, formação, software de<br />

apoio às oficinas, associações setorias e imprensa<br />

especializada.<br />

“Na edição deste ano, apostámos, também, no enriquecimento<br />

do programa de atividades paralelas,<br />

onde propusemos abordar temas dentro da<br />

(r)evolução automóvel, da (r)estruturação da mecânica<br />

automóvel e da (re)invenção mecânica. Participaram<br />

nestas atividades a ANCIA (Associação<br />

Nacional de Centros de Inspeção Automóvel), a<br />

ARAN (Associação Nacional do Ramo Automóvel),<br />

a ANECRA (Associação Nacional <strong>das</strong> Empresas<br />

do Comércio e da Reparação Automóvel),<br />

EAATA, INOV- FLOW, CeNTI (Centre of Nanotechnology<br />

and Smart Materials), CEPRA, e Ricardo<br />

Oliveira, do WorldShopper. Contámos, também,<br />

com um Pitch Slam, da start-up Lisboa”, deu<br />

conta José Frazão.<br />

A Exposalão já está de olhos postos no futuro. Tanto<br />

mais, que o diretor da feira revelou que a próxima<br />

edição, a realizar em maio de 2021, na FIL, em<br />

Lisboa, intercalando com a expoMECÂNICA, na<br />

Exponor, voltará a contar com a presença de vários<br />

expositores de origem asiática. l<br />

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SALÃO<br />

MECÂNICA 2019<br />

7<br />

elementos<br />

do <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

presentes<br />

3dias<br />

de feira<br />

150<br />

expositores presentes<br />

50<br />

empresas de origem<br />

chinesa superou este<br />

número<br />

10.000 M 2 20.000<br />

área total de exposição<br />

visitantes rondaram esta fasquia<br />

1pavilhão<br />

alocado<br />

ao<br />

certame<br />

200<br />

takes em vídeo recolhidos<br />

pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

31<br />

posts feitos pelo<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

no Facebook<br />

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OPINIÃO<br />

MIGUEL FRANCO, VICE PRESIDENT OF BUSINESS DEVELOPMENT DA STRATIO<br />

O SETOR DOS TRANSPORTES ESTÁ<br />

A MUDAR. TAL COMO A MANUTENÇÃO<br />

NO MUNDO ATUAL, AS TRANSPORTADORAS ENFRENTAM UMA AMEAÇA CONSTANTE À MEDIDA<br />

QUE OS MERCADOS SE TORNAM CADA VEZ MAIS GLOBALIZADOS<br />

A<br />

competitividade já não<br />

constitui apenas um<br />

fator determinante para<br />

a rentabilidade. Também define<br />

quais os negócios que irão prosperar<br />

e os que não vão conseguir<br />

sobreviver. As novas tecnologias e os<br />

desenvolvimentos recentes na área<br />

da Inteligência Artificial abriram<br />

uma janela de oportunidade<br />

para uma nova abordagem à<br />

manutenção, que é muito mais<br />

eficaz do que a tradicional<br />

manutenção programada, baseada<br />

na quilometragem ou em períodos<br />

temporais. Esta nova abordagem<br />

à manutenção, que recorre à<br />

Inteligência Artificial, baseia-se na<br />

leitura de dados dos sensores dos<br />

veículos (temperaturas, pressões,<br />

estados) e utiliza matemática, física<br />

e métodos científicos, no geral,<br />

para, com base no comportamento<br />

atual e histórico dos componentes,<br />

prever, com grande grau de certeza,<br />

comportamentos e performance<br />

futura.<br />

Estas análises complexas são efetua<strong>das</strong><br />

de forma automatizada e permitem<br />

aos operadores, não apenas supor<br />

ou estimar, mas efetivamente, saber,<br />

com base em dados factuais, o que<br />

está errado, que componentes têm de<br />

ser substituídos, em quanto tempo e<br />

como evitar disrupções na operação<br />

e eliminar períodos de inatividade.<br />

E o mais interessante é que, ao<br />

contrário do senso comum, esta nova<br />

abordagem não substitui a anterior<br />

A NOVA<br />

ABORDAGEM À<br />

MANUTENÇÃO,<br />

QUE RECORRE<br />

À INTELIGÊNCIA<br />

ARTIFICIAL,<br />

BASEIA-SE NA<br />

LEITURA DE<br />

DADOS DOS<br />

SENSORES<br />

manutenção preventiva. E, como<br />

tal, não invalida um planeamento<br />

da manutenção. Pelo contrário,<br />

complementa-o, tornando-o<br />

dinâmico, com a capacidade para<br />

gerar novas ordens de trabalho e<br />

atualizar os planos de manutenção<br />

de forma automática, permitindo às<br />

empresas um controlo muito mais<br />

rigoroso e uma visibilidade muito<br />

superior, sem a exigência de alocação<br />

de mais recursos para estas tarefas.<br />

A Stratio tem, desde a sua fundação,<br />

liderado a investigação e os avanços<br />

científicos nesta área, apoiando<br />

- desde fabricantes a grandes<br />

operadores - algumas <strong>das</strong> maiores<br />

empresas de transportes da<br />

Europa nesta transição<br />

para uma manutenção<br />

automatizada. A Stratio,<br />

em parceria com os seus<br />

clientes, criou um espaço<br />

onde se poderá ver, em<br />

primeira mão, uma<br />

operação totalmente<br />

automatizada. l<br />

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18 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


OBSERVATÓRIO<br />

CONCEITOS DE MOBILIDADE<br />

SOLUÇÕES PARA TODOS<br />

A<br />

mobilidade está a mudar. E a<br />

um passo mais acelerado do<br />

que nunca. As pessoas preocupam-se<br />

de forma crescente com o<br />

meio ambiente, vivendo, a sua maioria,<br />

nas grandes cidades. Por isso, faz<br />

sentido continuar a falar em mobilidade<br />

partilhada. A emov (agora emov<br />

by Free2move) é a prova viva <strong>das</strong> alterações<br />

que a nossa sociedade está a<br />

atravessar. Com cada vez maior adesão,<br />

a empresa de mobilidade continua<br />

a expandir-se e a aumentar a sua<br />

frota, que, apesar de não exceder os<br />

150 veículos na cidade de Lisboa, começa,<br />

agora, a dar cartas para levar<br />

os seus clientes mais longe.<br />

Do particular AO profissional<br />

As soluções para particulares já são<br />

bastante conheci<strong>das</strong> no “mundo” da<br />

mobilidade. Mas com a aquisição da<br />

emov por parte da Free2move, serviço<br />

de mobilidade do Groupe PSA, a<br />

empresa vai ainda mais longe e chega<br />

aos clientes profissionais. Agora,<br />

para além da aplicação urbana com<br />

NO PASSADO DIA 12<br />

DE NOVEMBRO, A EMOV<br />

REUNIU, NO HOTEL ALTIS<br />

BELÉM, UMA EQUIPA<br />

DE 12 JORNALISTAS,<br />

AOS QUAIS APRESENTOU<br />

AS NOVIDADES DO<br />

SERVIÇO E A NOVA<br />

IMAGEM EMOV BY<br />

FREE2MOVE.<br />

À SEMELHANÇA<br />

DO QUE ACONTECEU EM<br />

ABRIL, IGNACIO RÓMAN,<br />

CEO DA FREE2MOVE<br />

IBERIA, VOLTOU A FALAR,<br />

IN LOCO, DA “SUA” MARCA<br />

por Joana Calado<br />

múltiplas utilizações, que servirá<br />

como um agregador de serviços, a<br />

emov by Free2move disponibilizará,<br />

também, um serviço de aluguer de<br />

veículos por um curto período (Free-<br />

2move Rent) e um serviço de renting<br />

a longo prazo (Free2move Leasing).<br />

E, ainda, uma aplicação totalmente<br />

dedicada aos condutores de veículos<br />

elétricos, onde se pode encontrar<br />

pontos de carga e reservar estacionamentos<br />

(Free2move Services). Todos<br />

estes serviços estão disponíveis para<br />

clientes particulares e profissionais.<br />

“Queremos que, num futuro próximo,<br />

todos os nossos clientes possam<br />

aceder à completa oferta de serviços<br />

que temos através de uma única<br />

aplicação”, afirmou Ignacio Róman,<br />

CEO da Free2move Iberia.<br />

Especialmente direcionados para<br />

clientes profissionais e de frota, a<br />

empresa criou os serviços e-mobility<br />

advisor, connect fleet e fleet sharing,<br />

que prometem, acima de tudo, facilitar<br />

o dia a dia <strong>das</strong> empresas. Com estas<br />

novas soluções, a Free2move vai<br />

conseguir avaliar a potencial de eletrificação<br />

<strong>das</strong> frotas de empresas, gerir<br />

toda a sua frota através de dados<br />

em tempo real e otimizar a monotorização,<br />

além de rentabilizar a sua<br />

frota, permitindo aos colaboradores<br />

uma utilização mais flexível.<br />

Saímos do centro<br />

A grande novidade apresentada<br />

pela emov by Free2move foi a inclusão<br />

de 30 unidades do modelo DS<br />

3 Crossback para complementar a<br />

frota de Citroën C-Zero existentes.<br />

Estes novos modelos possibilitarão<br />

deslocações maiores do que a frota<br />

elétrica. E mais cómo<strong>das</strong>. Se, em<br />

abril, a emov apresentava novas zonas<br />

de atuação, como Benfica, Olivais<br />

e Bairro da Cruz Vermelha, na<br />

apresentação do dia 12 de novembro<br />

foi, literalmente, mais longe, estando<br />

ainda em negociações com a Câmara<br />

Municipal da Amadora, mas<br />

já com uma certeza: em Alfragide<br />

vai ser possível deslocarmo-nos com<br />

a emov by Free2move. l<br />

20 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


empresas<br />

ISRAEL MARCOS, DELEGADO COMERCIAL PARA PORTUGAL,<br />

E ARSENIO GONZÁLEZ, DIRETOR COMERCIAL IBÉRICO, EM FRENTE<br />

ÀS INSTALAÇÕES DA COJALI, QUE ESTÁ PRESENTE EM 115 PAÍSES


COJALI<br />

O FUTURO DA COJALI<br />

EM PORTUGAL SERÁ<br />

DE CINCO ESTRELAS<br />

A COJALI É UM FABRICANTE EUROPEU DE COMPONENTES E DIAGNÓSTICO PARA VEÍCULOS PESADOS.<br />

ESTÁ NO MERCADO HÁ MAIS DE 25 ANOS E TEM UMA HISTÓRIA MUITO LIGADA À PENÍNSULA IBÉRICA.<br />

NESTAS PÁGINAS, FALAMOS SOBRE O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO DA EMPRESA. ISRAEL MARCOS,<br />

DELEGADO COMERCIAL PARA O NOSSO PAÍS, FALA MESMO DE UM FUTURO CINCO ESTRELAS por João Vieira<br />

Fundada em 1992, a Cojali teve<br />

uma evolução constante, passando<br />

dos quatro sócios fundadores<br />

para mais de 500 colaboradores<br />

atuais. Começou com a<br />

produção de núcleos viscosos, pás<br />

de plástico, válvulas e embraiagens,<br />

evoluindo em termos de core business.<br />

Na época, eram poucas as referências<br />

que se fabricavam. No entanto,<br />

a investigação já começava a<br />

ser um dos pilares de maior destaque<br />

desta empresa: conseguiu que<br />

a Cojali e a Jaltest (ver caixa, nestas<br />

páginas) se transformassem em<br />

marcas de referência na Europa,<br />

EUA e resto do mundo.<br />

A marca está presente em mais de<br />

115 países distribuídos por cinco<br />

continentes, com vários acordos comerciais<br />

de distribuição. Os seus<br />

produtos são (re)conhecidos a nível<br />

mundial, tanto no campo do diagnóstico<br />

como dos componentes. O<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> falou com Arsenio<br />

González, diretor comercial da<br />

Cojali Ibérica, e Israel Marcos, delegado<br />

comercial da marca para Portugal,<br />

e ficou a conhecer, em detalhe,<br />

uma empresa cujas motivações são<br />

muito fortes para atacar um mercado<br />

em constante evolução.<br />

MERCADO PORTUGUÊS<br />

A Cojali está presente no mercado português<br />

desde a sua criação. Ou seja, o nosso país foi,<br />

desde sempre, considerado um mercado sem<br />

diferenças para o espanhol. Por isso, a presença<br />

ronda os 27 anos. Em Portugal, a distribuição<br />

da Cojali é feita através de lojas de peças de<br />

reposição, que estão encarregues de colocar os<br />

produtos da empresa à disposição <strong>das</strong> oficinas<br />

e <strong>das</strong> frotas. A rede de distribuição está muito<br />

consolidada, podendo dizer-se que há uma<br />

presença generalizada da marca em todo o país.<br />

O mercado luso tem um peso específico muito<br />

importante para a empresa, até porque o produto<br />

Cojali é muito procurado pelos utilizadores e<br />

a rede de distribuição tem um grande papel<br />

nesta ação. A empresa marca presença nas feiras<br />

nacionais, sempre através de distribuidores.<br />

Para além de estar presente, a Cojali também dá<br />

formação sobre os produtos.<br />

Quanto a desafios para o futuro, é preciso<br />

defender os interesses do setor e a Cojali quer<br />

participar nisso. Mas, também, é preciso manter<br />

a confiança dos clientes. A marca quer criar um<br />

sem fim de propostas e de produtos para que se<br />

transforme numa referência no mercado luso.<br />

Portugal é um país com muito potencial. É um<br />

mercado ávido de evolução e que pede produtos<br />

tecnologicamente evoluídos. “O futuro da Cojali<br />

em Portugal será de cinco estrelas”, assegura<br />

Israel Marcos.<br />

Motivações fortes essas que têm por<br />

base o passado da empresa, que tem<br />

sido um verdadeiro caso de sucesso<br />

baseado numa força comercial sem<br />

igual. Os dois responsáveis da Cojali<br />

partilham ideias, conceitos, projetos e<br />

até respostas. O mercado português e<br />

a marca Jaltest, a referência de diagnóstico<br />

da Cojali, foram outros temas<br />

abordados nesta conversa interessante,<br />

completa e muito honesta.<br />

Arsenio e Israel começara por mencionar<br />

os três pontos chave para o<br />

crescimento da empresa. Se, para Arsenio,<br />

a aposta na internacionalização<br />

foi fundamental, com a presença<br />

da marca em cinco continentes,<br />

a criação do departamento de engenharia,<br />

o desenvolvimento constante<br />

de processos e produtos, bem como<br />

a clara aposta no talento e no capital<br />

humano da empresa, já Israel é mais<br />

pragmático e refere a importância de<br />

momentos e produtos, como o desenho<br />

e a produção de válvulas e viscosidade<br />

eletromagnética, o desenvolvimento<br />

de módulos de diagnóstico<br />

para veículos industriais e agrícolas,<br />

obras públicas e embarcações, e, por<br />

fim, o desenvolvimento e produção<br />

de módulos telemáticos com funcionalidade<br />

de diagnóstico. Aqui, percebe-se<br />

que os pilares de sucesso são<br />

variados e díspares, mas fortes.<br />

Trabalho, foco, dedicação<br />

Quando questionados sobre a facilidade<br />

em vender componentes hoje<br />

e há 25 anos, a resposta também foi<br />

perentória, até porque ambos acham<br />

que este negócio nunca foi fácil.<br />

“Atualmente, o aftermarket está exposto<br />

a constantes alterações tecnológicas,<br />

à pressão dos fabricantes e a<br />

um longo rol de situações que provocam<br />

algumas dificuldades”. A Cojali<br />

encontrou o antídoto perfeito: o trabalho,<br />

a dedicação, o foco no cliente.<br />

Trata-se de uma empresa dinâmica,<br />

que coloca constantes desafios aos<br />

seus colaboradores. Os clientes agradecem<br />

por isso.<br />

Relativamente ao mercado em geral,<br />

quando uma empresa tem soluções, é<br />

muito bom. De outro ponto de vista,<br />

os produtos contam com um ciclo de<br />

vida muito limitado. Portanto, estar,<br />

constantemente, a lançar novos produtos,<br />

significa que a Cojali é parte<br />

ativa desse mesmo mercado. Os responsáveis<br />

falaram, também, dos produtos<br />

e serviços que oferecem aos<br />

clientes, frisando que estão totalmente<br />

focados no veículo industrial com<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 23


COJALI<br />

COMO EMPRESA DE DIMENSÃO CONSIDERÁVEL QUE É, A COJALI TEM<br />

UMA PLATAFORMA DE VENDAS B2B, SENDO UMA FORMA DE ESTAR<br />

COM O CLIENTE 24 HORAS POR DIA E SETE DIAS POR SEMANA<br />

um portefólio muito amplo de artigos<br />

que abrange sistemas de travagem,<br />

sistemas de refrigeração, diagnóstico<br />

e telemática. No âmbito dos serviços,<br />

a empresa vai apostar fortemente na<br />

assistência técnica e na formação com<br />

veículos de última geração.<br />

Como empresa de dimensão considerável<br />

que é, a Cojali tem uma plataforma<br />

de ven<strong>das</strong> B2B. “Para nós, é<br />

uma forma de estarmos disponíveis<br />

24 horas por dia e sete dias por semana.<br />

E os nossos clientes contam<br />

com informação em tempo real sobre<br />

stock, novos produtos e várias<br />

referências. A nossa plataforma B2B<br />

evoluiu também, permitindo o acesso<br />

dos clientes para gerir trâmites e<br />

processos administrativos (acesso a<br />

faturas, devoluções, prazos de entrega)”,<br />

afirmam em uníssono.<br />

Estratégia de especialização<br />

As gamas de produtos refrigeração,<br />

componentes de travão, componentes<br />

eletrónicos e Jaltest (ver caixa,<br />

nestas páginas) existem a partir do<br />

pressuposto de ampliar a gama, melhorar<br />

a cobertura no mercado, oferecer<br />

um valor acrescentado, com<br />

formação e informação técnica de<br />

montagem. O objetivo é continuar<br />

a ampliar o portefólio de uma forma<br />

muito focalizada no core business<br />

da própria empresa. Já do ponto de<br />

vista comercial, a estratégia coloca o<br />

foco no cliente ou no distribuidor. A<br />

ideia é manter relações a longo prazo<br />

com os clientes através da oferta<br />

do produto adequado para cobrir<br />

as necessidades do mercado e com o<br />

serviço e o tratamento prestado ao<br />

cliente. Para isso, é preciso vender.<br />

E também será necessário motivar a<br />

equipa de ven<strong>das</strong>. Como se consegue<br />

isso? “Seguimos um formato de trabalho<br />

baseado em ações e não apenas<br />

nos resultados. A nossa premissa de<br />

trabalho é informar, propor, assessorar.<br />

E este formato permite fazer<br />

bem o trabalho e ficar entusiasmado<br />

com o projeto. Ainda a nível comercial,<br />

aposta-se forte na formação,<br />

em conhecer o produto e o mercado.<br />

Esta é a melhor forma de motivar a<br />

equipa comercial”, afirmou Arsenio<br />

Gonzalez.<br />

Outro tema muito importante, tem a<br />

ver com a forma como se pode ser mais<br />

rápido e eficiente na entrega dos componentes<br />

às oficinas. Arsenio Gonzalez<br />

refere que não se dá importância suficiente<br />

a quem vende peças de reposição.<br />

“Tendo em conta a diversidade de<br />

marcas, modelos e sistemas no mercado,<br />

se pensarmos em como é incrível<br />

que uma oficina depois de um simples<br />

telefonema peça um silent block, uma<br />

braçadeira de um tubo de escape ou<br />

um sensor de rotações e tenha por trás<br />

um profissional que a identifique imediatamente,<br />

tenha a peça em stock e faça<br />

a gestão da sua entrega em menos<br />

de 24 horas, é obra”, frisa.<br />

EQUIPAMENTO DE<br />

diagNÓSTICO PARA<br />

PESADOS JaltEST<br />

A Jaltest é a vertente de diagnóstico da Cojali.<br />

Estamos a falar de equipamentos de diagnóstico<br />

que permitem à empresa-mãe estar posicionada<br />

perto do cliente final, seja na oficina ou na frota.<br />

São produtos de diagnóstico para camiões,<br />

reboques, autocarros, modelos pick-up, furgões,<br />

tratores, veículos industriais e embarcações.<br />

Produtos exigentes, uma vez que a venda é<br />

realizada apenas uma vez, mas são utilizados<br />

diariamente na oficina. Isto significa que, a<br />

cada dia, os produtos da Jaltest são colocados<br />

à prova. A confiança na marca é tal, que os<br />

responsáveis falam em situação idílica, pois já são<br />

os utilizadores dos equipamentos a recomendar<br />

o produto.<br />

A Jaltest segue uma estratégia 100% focada no<br />

utilizador. Desta forma, a equipa de diagnóstico<br />

centra-se em trabalhar de uma forma intuitiva<br />

e semelhante to<strong>das</strong> as marcas, apesar de dispor<br />

de um portefólio com mais de 59 marcas de<br />

camião, 49 de autocarro e 32 de furgões, to<strong>das</strong><br />

provenientes dos grandes centros de produção<br />

a nível mundial, na China, Índia, EUA, Coreia do<br />

Norte, Japão e Europa. A capacidade de ouvir o<br />

utilizador e de entender as suas necessidades,<br />

permitiu à Jaltest transformar-se no produto<br />

recomendado pelos profissionais para...<br />

profissionais. E não só.<br />

Proposta para os utilizadores<br />

Sendo uma empresa com uma grande<br />

ligação à Península Ibérica, impunha-se<br />

uma análise ao aftermarket<br />

ibérico dentro do segmento de mercado<br />

onde a Cojali atua. “O aftermarket<br />

tem uma posição complexa,<br />

ainda que coloquemos ao serviço dos<br />

utilizadores ferramentas e valores<br />

aos quais as OEM não estão acostuma<strong>das</strong>.<br />

Sempre desfrutámos de<br />

menos informação técnica, menos<br />

capacidade para a identificação de<br />

componentes e uma série de outras<br />

desvantagens que nos fizeram desenvolver<br />

capacidades que também<br />

são valoriza<strong>das</strong> pelo cliente, como o<br />

serviço, a capacidade de adaptação,<br />

a imaginação e a inovação, entre outras.<br />

Quiçá não estamos numa posição<br />

de equilíbrio, mas sim poderíamos<br />

dizer que o OEM, com as suas<br />

vantagens e desvantagens, e o aftermarket,<br />

com as nossas, permite que<br />

sejamos, de facto, uma proposta válida<br />

para os utilizadores”, afirmam. As<br />

perspetivas de faturação para 2019<br />

são muito favoráveis, ainda que, com<br />

as eleições espanholas (que aconteceram<br />

recentemente), o investimento<br />

público se encontre parado, afetando<br />

o setor. Mesmo assim, a empresa espera<br />

resultados positivos.<br />

Para o futuro, o grande desafio da Cojali<br />

é manter uma política orientada<br />

para o cliente, como núcleo principal<br />

da sua atividade. l<br />

24 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ENTREVISTA


AMÍLCAR NASCIMENTO,<br />

KEY ACCOUNT & MARKETING MANAGER DA EXIDE TECHNOLOGIES<br />

NEM TODOS PODEM<br />

DIZER QUE TRABALHAM<br />

NUMA EMPRESA (QUASE)<br />

CENTENÁRIA<br />

QUASE UM SÉCULO CUMPRIDO SOBRE A PRESENÇA DAS BATERIAS TUDOR NO MERCADO NACIONAL,<br />

A EXIDE TECHNOLOGIES CONTINUA A ESTAR NA VANGUARDA DA TECNOLOGIA DO MERCADO.<br />

RESPONSÁVEL DO FABRICANTE, NO NOSSO PAÍS, FALA DE UMA LONGA HISTÓRIA DE SUCESSO<br />

por Jorge Flores<br />

As baterias Tudor estão quase a comemorar<br />

100 anos de presença em Portugal – data<br />

que será celebrada em 2020. Um nome<br />

histórico pelo qual, ainda hoje, o fabricante mundial,<br />

Exide Technologies, é conhecido no mercado<br />

nacional. Em entrevista ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />

Amílcar Nascimento, key account & marketing<br />

manager, fala da forte responsabilidade ambiental<br />

da empresa e do seu compromisso com a vanguarda<br />

e a qualidade dos produtos.<br />

Qual o balanço de 2019 para a Exide?<br />

A nossa empresa, como sabem, não trabalha com<br />

o ano civil, mas sim com o norte-americano, que<br />

vai de 1 de abril a 31 de março. O ano começou por<br />

ser um pouco atípico, devido, sobretudo, às condições<br />

climatéricas, que influenciam (e muito) o rendimento<br />

e o tempo de vida útil <strong>das</strong> baterias. Mas<br />

podemos dizer que está a ser um ano dentro <strong>das</strong><br />

nossas expectativas e que iremos cumprir. Em alguns<br />

aspetos, ultrapassaremos os nossos objetivos<br />

iniciais.<br />

Na sua opinião, como se encontra a saúde do<br />

mercado <strong>das</strong> baterias em Portugal?<br />

Devido, sobretudo, à idade do parque, o negócio<br />

<strong>das</strong> baterias está bem e manter-se-á estável por<br />

mais alguns anos. Existe muita oferta, muitas marcas<br />

de baterias e, isso, faz com que continue a existir<br />

uma pressão muito forte para o mercado de preço<br />

em detrimento da qualidade, embora o cliente<br />

final já esteja muito informado e a dar cada vez<br />

mais importância a outros fatores que não apenas<br />

o preço, bem como a preferir marcas de baterias<br />

instantaneamente reconheci<strong>das</strong> e confiáveis. Também<br />

o facto de os veículos mais recentes serem tecnicamente<br />

mais evoluídos, veio criar um novo desafio<br />

para selecionarem o produto certo. Quando<br />

todos os blocos de baterias aparecem, lado a lado,<br />

a marca é o único garante real da qualidade interna.<br />

A Exide mantêm a reputação <strong>das</strong> suas marcas.<br />

Quais os principais desafios deste setor?<br />

São, sem dúvida, a evolução tecnológica que se tem<br />

verificado no setor automóvel. Os veículos conti-<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 27


AMÍLCAR<br />

NASCIMENTO<br />

O GRUPO EXIDE SOUBE APROVEITAR O POTENCIAL DAS SUAS SEIS<br />

MARCAS PREMIUM: EXIDE, TUDOR, FULMEN, DETA, SONNAK E<br />

CENTRA. QUALQUER DELAS É REFERÊNCIA NO PAÍS ONDE ESTÁ<br />

nuam a evoluir e, hoje, temos veículos<br />

mais ecológicos, com maior eficiência<br />

no consumo, menos emissões,<br />

eletrónica mais avançada a bordo,<br />

redução do compartimento do motor,<br />

alteração no padrão de condução<br />

e alterações climáticas, entre outros<br />

aspetos. Tudo isto é um desafio para<br />

as baterias, que serão obriga<strong>das</strong> a ter<br />

ligas de alta tecnologia, armaduras e<br />

matéria ativa que garantam a mais<br />

alta potência de CCA otimizado para<br />

o tempo frio, design e recursos de<br />

segurança superiores, que permitam<br />

resistência em situações adversas e a<br />

altas temperaturas, blocos e tampas<br />

de alta qualidade que ofereçam mais<br />

vida útil e segurança no uso e, sobretudo,<br />

que as tecnologias desenvolvi<strong>das</strong><br />

para o OEM Start & Stop estejam<br />

disponíveis de imediato para o<br />

aftermarket. A Exide, neste aspeto,<br />

tem uma grande vantagem: é um fabricante<br />

de baterias de classe mundial<br />

para equipamento original e mercado<br />

de reposição, reconhecida pelos fabricantes<br />

de veículos e pela indústria automóvel<br />

pela mais alta qualidade de<br />

fabricação, já que to<strong>das</strong> as nossas fábricas<br />

na Europa são certifica<strong>das</strong> com<br />

o ISO/TS. Na nossa empresa, os processos<br />

de linha de produção são idênticos<br />

para as baterias OE e AM, o que<br />

nos permite produzir a gama mais<br />

abrangente de baterias de chumbo-ácido<br />

para to<strong>das</strong> as aplicações. A nossa<br />

experiência nos mercados automóvel<br />

e industrial permite-nos oferecer a<br />

mais ampla diversidade de tecnologias<br />

de baterias, fornecendo a bateria<br />

certa para cada necessidade, desde o<br />

arranque confiável de um pequeno<br />

ciclomotor até ao fornecimento de<br />

energia necessária para o arranque e<br />

alimentação de equipamentos num<br />

grande veículo comercial ou embarcação<br />

marítima.<br />

A Exide sempre teve uma forte<br />

ligação ao ambiente. Como encara a<br />

revolução, em marcha, dos veículos<br />

elétricos?<br />

É um facto que a nossa empresa sempre<br />

teve (e continua a ter) uma forte<br />

responsabilidade ambiental. Somos<br />

uma <strong>das</strong> maiores recicladoras do<br />

mundo e uma <strong>das</strong> poucas empresas<br />

com capacidade de fornecer o Total<br />

Battery Management, também conhecido<br />

como reciclagem em circuito fechado.<br />

Esse processo liberta os clientes<br />

da carga de manusear as baterias<br />

usa<strong>das</strong> nas suas instalações. Em 1984,<br />

foi fundada a SONALUR, atualmente<br />

Exide Technologies Recycling II, S.A.,<br />

a fim de se iniciar o processo de reciclagem<br />

de baterias de chumbo ácido<br />

(já então com grandes preocupações<br />

ambientais). Atualmente, ainda é a<br />

única empresa do ramo a operar em<br />

Portugal. A eletrificação, por enquanto,<br />

ainda não é verdadeiramente um<br />

problema, visto estarmos a falar ainda<br />

de um nicho de mercado com uma expressão<br />

no AM muito reduzida, além<br />

de que os veículos elétricos continuam<br />

a necessitar de uma bateria para alimentar<br />

todos os equipamentos existentes<br />

a bordo.<br />

Em 2020, celebram 100 anos de<br />

presença em Portugal. Ainda há<br />

quem trate a empresa por Tudor?<br />

Sim, essa é uma realidade ainda muito<br />

presente no mercado. Mas, nesse<br />

capítulo, o Grupo Exide soube aproveitar<br />

o potencial <strong>das</strong> suas seis marcas<br />

premium. A saber: Exide, Tudor, Fulmen,<br />

Deta, Sonnak e Centra. Qualquer<br />

uma destas marcas é de referência<br />

no país onde estão inseri<strong>das</strong> e, por<br />

esse motivo, o grupo decidiu manter o<br />

posicionamento igual para estas marcas,<br />

de forma a poder aproveitar toda<br />

a notoriedade angariada ao longo de<br />

anos de trabalho no respetivo mercado,<br />

como é o caso da marca Tudor<br />

em Portugal, que sempre foi (e continua<br />

a ser) a marca de referência para<br />

os consumidores. No entanto, com a<br />

abertura do mercado e o aparecimento<br />

de novos players, vimos necessidade<br />

de introduzir as marcas Exide e<br />

Fulmen, de forma a termos o mesmo<br />

nível de oferta. Mas, ao mesmo tempo,<br />

proteger a rede de distribuição da<br />

marca que sempre nos acompanhou e<br />

ajudou a ser o que, hoje, somos.<br />

Pensam celebrar esta data? De que<br />

forma?<br />

A história da nossa empresa é uma<br />

coisa que enche todos os trabalhadores<br />

de orgulho. Não são todos que podem<br />

dizer que trabalham numa empresa<br />

prestes a completar 100 anos<br />

de atividade, sempre ao mais alto<br />

nível e a contribuir para o desenvolvimento<br />

do nosso país. A forma como<br />

celebraremos este acontecimento<br />

ainda está a ser estudada. Oportunamente,<br />

será comunicada, primeiro, a<br />

todos os trabalhadores da empresa e,<br />

posteriormente, ao mercado. l<br />

28 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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RICARDO COSTA, SAULO SACO, ANA RITA SOARES E JORGE<br />

SALVADOR NUM MOMENTO DE BOA DISPOSIÇÃO. MAIS UM<br />

EXEMPLO QUE DEMONSTRA QUE A LEIRILIS É UMA FAMÍLIA


REPORTAGEM<br />

CONVENÇÃO REDSERVICE<br />

REDE (RE)UNIDA<br />

PARA ASSINALAR O 3.º ANIVERSÁRIO DA REDE E FAZER O BALANÇO DA SUA ATIVIDADE<br />

AO LONGO DESSE TEMPO, A LEIRILIS REALIZOU, NO SÁBADO, DIA 26 DE OUTUBRO,<br />

EM LISBOA, NO LOUNGE PONTILE, SITUADO NA DOCA DE ALCÂNTARA, A CONVENÇÃO REDSERVICE,<br />

QUE REUNIU TODOS OS PARCEIROS DESTE CONCEITO OFICINAL por Joana Calado<br />

Os intervenientes da ação não poderiam ser<br />

mais ilustres: Saulo Saco, administrador da<br />

Leirilis, Ana Rita Soares, gestora de marketing<br />

da Leirilis, Ricardo Costa, sales manager da<br />

Leirilis, e Jorge Salvador, coordenador nacional da<br />

rede RedService. Foi precisamente este último que<br />

abriu a sessão, agradecendo a presença de todos<br />

e destacando o facto de todos os anos a rede ter<br />

vindo a crescer. Por isso, “cada vez temos uma sala<br />

mais cheia”, disse. O coordenador deu ainda ênfase<br />

ao facto de, “apesar de este ser o 3.° aniversário da<br />

rede, na verdade é já a quarta reunião”.<br />

Saulo Saco deu as boas-vin<strong>das</strong> a todos os convidados<br />

e congratulou os parceiros pelo bom desempenho<br />

da rede ao longo destes três anos de atividade.<br />

“É, sem dúvida, muito gratificante ver esta sala<br />

cheia e um grande orgulho para a família Leirlis<br />

poder contar com a vossa presença aqui”, afirmou<br />

o administrador da empresa de Leiria.<br />

Mercado automóvel em análise<br />

A intervenção do administrador, Saulo Saco, começou<br />

com a apresentação de dados de mercado,<br />

disponibilizando diversas informações positivas<br />

para a rede de oficinas. “Desde 2015, o parque automóvel<br />

tem vindo a crescer. Em 2018, fechámos<br />

o ano com uma subida de 4%. Se o parque automóvel<br />

aumenta, há mais veículos para reparar, o<br />

que quer dizer que temos mais trabalho”, explicou<br />

o administrador. Sendo que, atualmente, o parque<br />

automóvel ronda as seis milhões de unidades, apesar<br />

de, neste momento, também se registar um aumento<br />

na vida útil dos veículos. Em 2018, a idade<br />

média dos ligeiros de passageiros era de 12,8 anos<br />

e a dos comerciais de 13,8 anos.<br />

Saulo Saco também aproveitou para falar sobre as<br />

novas energias, provando que, apesar de a sociedade<br />

estar a desenvolver uma maior consciência ecológica,<br />

os motores a combustão ainda representam<br />

99% do parque automóvel, sendo que 1% inclui,<br />

não só, energia elétrica, mas, também, GPL. E apesar<br />

de os dados mostrarem uma nova perspetiva,<br />

o aumento de veículos com energias alternativas<br />

ainda é muito reduzido.<br />

Novidades já chegaram<br />

Jorge Salvador, coordenador nacional da RedService,<br />

começou por apresentar aos parceiros o trabalho<br />

realizado durante o ano, bem como algumas<br />

novidades, onde se destaca o site, lançado no dia 1<br />

de novembro.<br />

Este novo site nasceu fruto da necessidade de colocar<br />

a RedService a comunicar o melhor possível<br />

com o cliente final. Por isso, dispõe de várias funcionalidades,<br />

como a possibilidade de os clientes<br />

fazerem marcações online e escolherem o tipo de<br />

serviço que pretendem utilizar, além de verificarem<br />

logo quais são as oficinas da rede mais perto<br />

da sua localização e ainda tomar conhecimento <strong>das</strong><br />

campanhas mensaisque a rede cria.<br />

A nova página também inclui opções de vários packs<br />

de manutenção, que, como explicou o coordenador,<br />

vão desde a revisão simples, óleo, filtro de<br />

óleo, reposição dos níveis de líquido limpa-vidros,<br />

do líquido refrigerante e da pressão dos pneus a<br />

um check-up de 25 pontos, passando pela revisão<br />

profissional, que inclui a revisão simples mais a<br />

mudança de filtro de ar e um check-up de 45 pontos.<br />

No topo da gama, situa-se a revisão total, que<br />

inclui a revisão profissional e a mudança do filtro<br />

de gasóleo.<br />

Após a escolha do pack de revisão adequado, o<br />

cliente pode selecionar a oficina e efetuar logo um<br />

pedido de marcação. No mesmo campo em que faz<br />

a marcação, o cliente também poderá indicar serviços<br />

extra que pretende ver realizados.<br />

Também no que diz respeito aos pneus, houve novidades.<br />

O cliente dispõe, agora, de um simulador<br />

onde coloca a altura e o diâmetro, podendo, de seguida,<br />

visualizar todos os produtos disponíveis de<br />

determinada medida.<br />

Durante a convenção, houve ainda lugar a mais<br />

novidades, nomeadamente o protocolo realizado<br />

com a MedicareAuto, que permite aos clientes dis-<br />

porem de um seguro de “saúde” para os seus veículos.<br />

No caso da parceria com a RedService, os<br />

detentores deste seguro terão um desconto de 25%<br />

em produtos (à exceção dos pneus) e ainda 25% de<br />

desconto em mão de obra.<br />

A responsável de marketing da Leirilis, Ana Rita<br />

Soares, aproveitou a oportunidade para apresentar<br />

aos membros da rede o novo merchadising que poderão<br />

oferecer já neste Natal. Este ano, o destaque<br />

vai para calendários de secretária e blocos de notas,<br />

todos com a imagem da RedService, mas feitos,<br />

especificamente, para cada oficina, tendo sempre<br />

esse elemento diferenciador.<br />

Dp AUtomotive também tem novo layout<br />

Não só para os clientes finais houve novidades. A cargo<br />

de Ricardo Costa, sales manager da Leirilis, ficou<br />

a responsabilidade de apresentar aos presentes o novo<br />

site da DP Automotive, que para além de um novo<br />

layout, a partir de agora permite a pesquisa por matrícula,<br />

modelo, chassis e número TecDoc.<br />

Com o novo site, se o profissional pesquisar determinado<br />

produto, será possível perceber se existe<br />

alguma equivalência da Leirilis para ele, permitindo<br />

filtros de pesquisa por marca ou especificações<br />

de peças. Para além disso, no caso de peças de retorno,<br />

aparece o alerta de valor de casco.<br />

O site passa a disponibilizar um chat para que o<br />

comprador possa rapidamente contactar o serviço<br />

de apoio ao cliente. Outra novidade é a possibilidade<br />

de acesso ao programa XPoint, pedir brindes,<br />

consultar o catálogo e aceder ao regulamento. Na<br />

área pessoal, o cliente tem ainda acesso ao seu histórico<br />

de encomen<strong>das</strong> e à conta corrente.<br />

No final da convenção, Saulo Saco subiu novamente<br />

ao palanque para falar sobre os objetivos futuros,<br />

pelos quais passa a interligação de todos os softwares<br />

e programas, de forma a facilitar o dia a dia dos<br />

profissionais e oferecer ao cliente final uma garantia<br />

a nível nacional, de modo a que este consiga resolver<br />

um problema em qualquer oficina RedService,<br />

mesmo não sendo a sua oficina habitual. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 31


REPORTAGEM<br />

30.ª CONVENÇÃO ANUAL DA ANECRA<br />

TRADIÇÃO<br />

COM TRÊS DÉCADAS<br />

HÁ PRECISAMENTE 30 ANOS QUE, DE FORMA ININTERRUPTA, A ANECRA REALIZA A SUA CONVENÇÃO ANUAL.<br />

A 30.ª EDIÇÃO DECORREU NO INÍCIO DO PASSADO MÊS DE NOVEMBRO, NO CENTRO DE CONGRESSOS DE<br />

LISBOA, E TEVE COMO LEMA “HORIZONTE 20/30 - QUE AUTOMÓVEL? QUE NEGÓCIO?” por João Vieira<br />

No discurso de abertura da 30.ª Convenção<br />

Anual da ANECRA, o presidente da direção,<br />

Alexandre Ferreira, reforçou a posição da associação<br />

relativamente à economia paralela, um dos<br />

pilares da sua ação, juntamente com a reforma da<br />

fiscalidade automóvel. A carga fiscal que incide sobre<br />

o automóvel é objeto de severas críticas por parte<br />

da ANECRA, uma vez que, no seu entender, está<br />

a limitar o direito à mobilidade individual. “Se, por<br />

um lado, o Governo tem dado incentivos à mobilidade<br />

coletiva, subsidiando passes, por outro, tem<br />

financiado os mesmos com o aumento de impostos<br />

sobre o automóvel, o combustível e a sua posse.<br />

Castigando, desta forma, a mobilidade individual,<br />

quando a maioria da população não tem alternativa<br />

ra os painéis, assim como da presença de oradores<br />

credenciados, que promoveram uma ampla<br />

discussão sobre aquilo que realmente importa ao<br />

setor. O desafio da eletrificação foi o denominador<br />

comum a to<strong>das</strong> as apresentações, sendo que,<br />

este ano, o primeiro dia da convenção começou<br />

com uma novidade paralela ao evento: o Encontro<br />

Especializado do Comércio de Usados. Para a<br />

ANECRA, o segmento de automóveis usados tem,<br />

atualmente, uma dinâmica empresarial e de mercado<br />

que justificam, claramente, a inclusão deste<br />

encontro no programa da convenção.<br />

Vários especialistas deste setor de atividade debateram<br />

conteúdos totalmente vocacionados para os<br />

assuntos relacionados com o comércio de automóà<br />

mesma”, disse Alexandre Ferreira.<br />

O responsável da ANECRA apontou, também, as<br />

dificuldades relativas à formação profissional, nomeadamente<br />

dos não ativos, que exigem a adoção<br />

de medi<strong>das</strong> mais eficazes para que se possam colmatar<br />

as carências revela<strong>das</strong> pelos empresários do<br />

setor da reparação, principalmente na área da colisão.<br />

“É necessário sensibilizar os jovens no sentido<br />

de que, após a sua formação académica, possam<br />

encontrar no mercado de trabalho colocação digna<br />

e garantida, acautelando o seu futuro”, disse.<br />

Foco nos automóveis usados<br />

A 30.ª Convenção Anual da ANECRA suscitou<br />

uma seleção criteriosa dos temas escolhidos pa-<br />

32 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


veis usados, um mercado que tem assistido a uma<br />

grande volatilidade nos valores de venda de viaturas<br />

ao longo dos últimos quatro trimestres, que tiveram<br />

uma queda acentuada no primeiro trimestre<br />

de 2019. No primeiro painel deste encontro,<br />

debateu-se a importância dos brokers financeiros e<br />

o controlo sobre o cumprimento dos rácios de solvabilidade/taxas<br />

de esforço no crédito ao consumo,<br />

assim como a fiscalização e o controlo da atividade.<br />

O segundo painel foi dedicado aos grandes desafios<br />

do comércio de usados nos próximos 10 anos.<br />

futuro <strong>das</strong> oficinas<br />

O segundo dia da convenção foi inteiramente dedicado<br />

ao futuro <strong>das</strong> oficinas e dos vários conceitos<br />

oficinais que vão surgir, consequência <strong>das</strong> novas<br />

motorizações e da nova geração de clientes com hábitos<br />

muito diferentes <strong>das</strong> gerações passa<strong>das</strong>. O painel<br />

sobre “Seguradoras, gestoras de frotas e oficinas”<br />

abriu com uma intervenção de José Maria Cancer,<br />

diretor-geral do CESVIMAP.<br />

Seguiu-se o debate moderado por Nuno Roldão,<br />

vice-presidente da ANECRA, que contou com<br />

quatro oradores: Luís Santos, administrador da<br />

os clientes através nos novos canais”, referiu.<br />

Nuno Medeiros, coordenador de lojas da Soulima,<br />

abordou o tema da venda de peças online, alertando<br />

para o problema da especificidade da maioria<br />

dos componentes, que exige know-how para a sua<br />

montagem. Para o responsável, a oferta de um serviço<br />

global por parte distribuidores, que inclua informação<br />

técnica, hotline, tecnologia, informação<br />

e formação é a solução que faz sentido e que garante<br />

a máxima eficiência às oficinas.<br />

No último painel do dia, moderado por Dário<br />

Afonso, o tema principal foram as redes oficinais.<br />

Manuel Pena, responsável da CGA Car Service, da<br />

Auto Delta, Artur Teixeira, sócio-gerente da Yes<br />

Car, Joaquim Carvalho, administrador da Auto<br />

Índia, José Cid Proença, diretor-geral da Spinerg,<br />

e Dulce Semedo, membro do Conselho de Administração<br />

da Roady, foram os oradores presentes.<br />

A opinião relativamente às vantagens <strong>das</strong> oficinas<br />

pertencerem a uma rede foi unânime, quer a nível<br />

da formação e consultoria técnica, financeira e<br />

marketing, quer como gerador de negócio, beneficiando<br />

de uma estrutura global que permite impulsionar<br />

o negócio.<br />

Estabelecer ligação com clientes<br />

Seguiu-se a apresentação de Ana Xavier, coordenadora<br />

de business intelligence & marketing da Polivalor,<br />

sobre “Bridging the Gap – Comunicação eficaz<br />

com os clientes”. É essencial estabelecer pontes<br />

de ligação com os clientes e, na atualidade, o marketing<br />

digital é a melhor forma de fazê-lo. Mas a comunicação,<br />

para ser eficaz, tem de ser sistemática e<br />

o processo deve ser contínuo.<br />

Antes no encerramento oficial da convenção, os<br />

participantes tiveram ainda oportunidade de assistir<br />

a uma interessante apresentação de Luís Mira<br />

Amaral, presidente do Conselho da Indústria Portuguesa<br />

da CIP, sobre a atualidade e o futuro do comércio<br />

e da reparação automóvel. “Se a tecnologia<br />

vai assegurar a neutralidade em CO 2 e NO x entre<br />

Diesel e gasolina, deixem o mercado funcionar e os<br />

clientes escolherem, até chegarmos à era elétrica”,<br />

disse. Na 30.ª Convenção Anual, foi ainda anunciada<br />

uma nova solução tecnológica de apoio às oficinas,<br />

ANECRA CarData, que foi, oficialmente, apresentada<br />

no Salão MECÂNICA, em Lisboa. Trata-se<br />

de uma plataforma online que permite o acesso à<br />

informação técnica por parte <strong>das</strong> oficinas. l<br />

A ECONOMIA PARALELA, A ELEVada CARGA FISCAL E A<br />

formação PROFISSIONAL SÃO TRÊS PREOCUPaçÕES DA<br />

associação LIDERADA POR ALEXANDRE FERREIRA<br />

Impoeste, Tiago Ribeiro, da Audatex, João Ferreira<br />

do Amaral, da Tranquilidade, e Carlos Carvalho,<br />

da Arval. O painel concluiu a necessidade de as oficinas<br />

investirem mais na qualificação dos colaboradores<br />

e no equilíbrio entre as margens da mão de<br />

obra e <strong>das</strong> peças.<br />

O início do segundo painel, dedicado à “Digitalização<br />

do pós-venda”, foi protagonizado por Carlos<br />

López, diretor de ven<strong>das</strong> da Launch Ibérica,<br />

que fez uma apresentação sobre o ADAS. Segundo<br />

o responsável, os serviços de calibração de sistemas<br />

ADAS vão crescer exponencialmente, uma<br />

vez que, até 2022, todos os veículos terão de estar<br />

equipados de fábrica com este sistema. O estudo<br />

que foi apresentado indica que o preço médio de<br />

calibração é de €225 por automóvel. Sendo o custo<br />

de um equipamento de calibração de cerca de<br />

€7.500, a oficina pode amortizar este investimento<br />

com apenas 33 calibrações. José Carlos Valentim,<br />

responsável de formação em pós-venda da Toyota<br />

Caetano Portugal, chamou a atenção para as diferentes<br />

motorizações que, hoje, equipam as viaturas<br />

e a necessidade de a oficina estar preparada para<br />

dar assistência a to<strong>das</strong> elas. “A formação dos técnicos<br />

não chega. É preciso haver acompanhamento<br />

às pessoas e necessidade de DMS’s mais robustos,<br />

monotorização dos indicadores de atividade, ferramentas<br />

de orçamentação e saber comunicar com


ENTREVISTA<br />

JOSÉ CRESPO DE CARVALHO, PROFESSOR DO INDEG- ISCTE<br />

TOMARAM MUITOS<br />

SETORES TEREM UMA DPAI<br />

ARRANCOU MAIS UMA EDIÇÃO DO PROGRAMA AVANÇADO DE GESTÃO PARA PROFISSIONAIS<br />

DO PÓS-VENDA AUTOMÓVEL, UMA INICIATIVA DA DPAI/ACAP, EM PARCERIA COM O INDEG-ISCTE.<br />

JOSÉ CRESPO DE CARVALHO, PROFESSOR, FAZ O BALANÇO DESTE CURSO, LANÇADO EM 2016 por João Vieira<br />

Antecipando anos que se preveem muito desafiantes,<br />

a ACAP considera fundamental promover<br />

a consolidação <strong>das</strong> competências dos<br />

profissionais da indústria do pós-venda automóvel,<br />

assegurando a sua capacidade de tomar decisões de<br />

gestão bem sustenta<strong>das</strong>, de identificar e concretizar<br />

oportunidades de negócio e de desenvolver equipas<br />

mais produtivas e motiva<strong>das</strong> para o sucesso. Neste<br />

contexto, iniciou-se, no passado mês de outubro, um<br />

novo curso para executivos do aftermarket, desta feita<br />

nas instalações do INDEG-ISCTE, em Lisboa. O<br />

curso visa aprofundar os conhecimentos do pós-venda<br />

automóvel e servir de espaço privilegiado para debate<br />

e reflexão sobre o futuro do setor em Portugal.<br />

O Programa Avançado de Gestão para Profissionais<br />

do Pós-Venda Automóvel aposta em nove módulos<br />

intensivos, ao longo de oito meses, especificamente<br />

concebidos para as necessidades de gestão dos decisores<br />

do setor, num formato plenamente compatível<br />

com a sua vida profissional. O programa teve início<br />

em outubro de 2019, com as “Tendências e Desafio<br />

do Pós-Venda Automóvel” e terminará, em maio<br />

de 2020, com o “Wrap-up: Definição Estratégica<br />

do Negócio Pós-Venda Automóvel”. Tem o seguinte<br />

corpo docente: Dário Afonso (Módulos 1 e 9); Hélia<br />

Pereira (Módulo 2); Isabel Lourenço (Módulo<br />

3); Crespo de Carvalho (Módulo 4); Rogério Canhoto<br />

(Módulo 5); Helena Teixeira (Módulo 6); Oliver<br />

Röhrich (Módulo 7); Pedro Janela (Módulo 8). Com<br />

quatro edições já realiza<strong>das</strong>, pedimos ao professor<br />

34 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


José Crespo de Carvalho para nos fazer o balanço do<br />

“Programa Avançado de Gestão para Profissionais do<br />

Pós-venda Automóvel”, lançado em 2016.<br />

Que balanço faz <strong>das</strong> edições realiza<strong>das</strong> até agora<br />

e qual tem sido a evolução deste curso?<br />

Faço um balanço muito positivo. Assim se mantenha<br />

a dinâmica. E a quantos mais profissionais chegarmos,<br />

melhor. Cria-se rede, partilha de conhecimentos,<br />

debatem-se questões críticas, conhecem-se<br />

outras formas de fazer e de profissionalizar a gestão<br />

e alavanca-se a dimensão conhecimento, lato senso.<br />

Como define este novo curso a nível de conteúdos<br />

e grau de dificuldade?<br />

Houve um cuidado enorme em manter o que vinha<br />

sendo apreciado pelos participantes e em introduzir<br />

dimensões mais digitais e de transformação do<br />

negócio para os dias que correm. Quanto à dificuldade,<br />

nada é difícil quando se tem vontade. Tudo<br />

é difícil quando se acha que tudo se domina e que<br />

não é preciso mais do que fazer o que se faz há anos<br />

sem investir em formação. A formação permite uma<br />

partilha enorme e um ganho acelerado, em pouco<br />

tempo, de dimensões críticas: conhecimento, outras<br />

realidades, outras formas de fazer, criação de rede,<br />

“apetite” para resolver problemas reais.<br />

Considera que os módulos escolhidos abordam as<br />

principais áreas relaciona<strong>das</strong> com a gestão <strong>das</strong><br />

modernas empresas do pós-venda automóvel?<br />

Certamente que sim. E, nesse aspeto, temos contado<br />

com o apoio permanente de Joaquim Candeias<br />

e de Pedro Barros. Internamente, da Catarina e da<br />

Alexandra Afonso. Adicionalmente e não menos<br />

importante, do Dário Afonso, que vai pavimentando<br />

as tendências que nos devem orientar nas várias<br />

dimensões da gestão. A equipa é fortíssima e<br />

os participantes também. Temos tudo para fazer<br />

sempre mais e melhor.<br />

Qual o perfil dos participantes do atual curso?<br />

Temos a cadeia toda (com fornecedores de fornecedores<br />

e clientes de clientes) em sala, o que é muito<br />

bom para debater os problemas aos vários níveis e<br />

posições. Temos pessoas seniores, o que é muito bom,<br />

porque valorizam a formação e valorizam o conhecimento.<br />

Temos participantes mais juniores, que são<br />

o futuro. Portanto, ingredientes não faltam. Precisamos<br />

de fazer sair, de novo, uma belíssima fornada.<br />

Quais os principais ensinamentos que são<br />

transmitidos aos participantes e que resultam em<br />

mais-valias para a gestão <strong>das</strong> suas empresas?<br />

Trata-se de gerir e procurar melhorar em termos<br />

de gestão. Por isso, as problemáticas que vão surgir<br />

serão financeiras, de stocks, de marketing, comerciais,<br />

que são as típicas do negócio. Mas onde se<br />

teve a preocupação de integrar a componente digital<br />

e as tendências setoriais. Para, no global, termos<br />

melhor gestão, mais eficiência e maior eficácia.<br />

Passar por uma formação deste tipo dá uma<br />

maturidade na abordagem aos problemas e uma<br />

capacidade de visão completamente diferente <strong>das</strong><br />

várias temáticas. Para melhor, claro.<br />

Que objetivos a DPAI/ACAP e o INDEG/ISCTE<br />

pretendem atingir com a realização destes cursos?<br />

Qualificar profissionais e empresas para o futuro. E<br />

qualificar significa preparar para o que aí vem. Ninguém<br />

sabe o que vem. Mas se tivermos a humildade de<br />

partilhar e construir em conjunto, estaremos a construir<br />

o nosso próprio futuro. E é mais fácil de perceber<br />

o futuro quando se participa na sua construção.<br />

E qual vai ser o futuro destes cursos? Vão voltar a<br />

realizar algum módulo no Porto?<br />

Claro. No Porto ou onde houver mercado. Ou onde<br />

a DPAI/ACAP sentir necessidades formativas. Há<br />

uma associação e uma DPAI que fazem um trabalho<br />

excecional pelos associados e pela comunidade<br />

em geral. Tomaram muitos setores e muitas empresas<br />

terem uma DPAI nos seus caminhos.<br />

Que mensagem quer transmitir aos profissionais<br />

do pós-venda automóvel sobre as vantagens e<br />

mais-valias de participarem neste curso?<br />

Acho que mensagens por mensagens não passam<br />

de palavras depois de escritas. O mais importante<br />

é que sintam apelo por fazer uma formação destas.<br />

Por co-criar. Por participar. Por fazerem parte<br />

de um movimento amplo que lhes permite encarar,<br />

de forma mais profissional, o seu futuro. Como<br />

sempre digo: só precisamos dos que cá estão,<br />

pois estarão certamente por bem. E mais, muitos<br />

mais, virão. A aprendizagem faz a diferença nas<br />

nossas vi<strong>das</strong>. É pena que só se dê por isso quando<br />

se passa por ela. Antes disso, há sempre muitos<br />

entraves. Se abolíssemos esses entraves e apagássemos<br />

essas barreiras mentais, teríamos melhores<br />

empresas e gestão. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 35


DEPOIS DE MUITOS ANOS A TRABALHAR NOUTRA ATIVIDADE,<br />

ANTÓNIO CARAPINHA DECIDIU INVESTIR NUMA OFICINA<br />

ROADY, QUE ABRIU PORTAS NO INÍCIO DE OUTUBRO


Oficina<br />

do Mês<br />

A OFICINA DO MÊS É PATROCINADA POR TOTAL ROC (RAPID OIL CHANGE)<br />

ROADY (MEM MARTINS)<br />

TIRO DE PARTIDA<br />

A NOVA OFICINA DA REDE ROADY, EM MEM MARTINS, É O RESULTADO DE UMA PAIXÃO ANTIGA<br />

DO FUNDADOR, ANTÓNIO CARAPINHA. O TIRO DE PARTIDA FOI DADO EM OUTUBRO E O RESPONSÁVEL<br />

AFIRMA QUE ESTÁ COM AS BATERIAS A 99% por Jorge Flores<br />

Tudo cheira a primeiros tempos no novo centro<br />

auto da rede Roady, em Mem Martins.<br />

Desde a oficina, com sete portas de entrada<br />

e totalmente apetrechada com equipamentos da<br />

empresa Tecniverca, até à loja de acessórios para<br />

automóvel, composta por amplos corredores, repletos<br />

de produtos, onde não falta uma área para<br />

venda de pneus. O tiro de partida para esta oficina<br />

foi dado no início de outubro último, mas António<br />

Carapinha, de 51 anos, responsável da empresa, é<br />

um apaixonado pelo mundo automóvel desde tenra<br />

idade, tendo, inclusivamente, sido o melhor aluno<br />

do curso de mecânica, nos seus tempos de estudante,<br />

na Suécia, onde viveu na década de oitenta.<br />

Durante esse período, chegou a trabalhar na Volvo,<br />

mas passado algum tempo regressou, juntamente<br />

com os pais, para Portugal, onde ainda estudou<br />

por um ano e meio, até abraçar o negócio de família:<br />

primeiro, num minimercado e, depois, num<br />

hipermercado que veio a liderar – espaços comerciais<br />

que, em 1992, começavam a surgir no nosso<br />

país. “Depois de tantos anos a trabalhar noutra atividade,<br />

decidi investir numa oficina Roady”, conta<br />

António Carapinha.<br />

Aposta nas froTAs<br />

Pouco mais de um mês decorrido sobre a abertura<br />

de portas ao público, não é possível fazer um balan-<br />

ço sobre a atividade. Nem falar da carteira de clientes<br />

existentes. Tudo está a começar agora. Falemos,<br />

então, de expectativas. “Este é um negócio assente<br />

no serviço, do qual os clientes gostam ou não. Ainda<br />

não temos histórico, temos de criá-lo”, explica António<br />

Carapinha ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. Com uma<br />

equipa composta por 13 pessoas, o novo centro auto<br />

Roady está preparado para enfrentar o mercado.<br />

“Em termos de equipamento, temos tudo. Não falta<br />

nada: máquinas para ar condicionado antigo e novo,<br />

e duas máquinas de diagnóstico. Fazemos aqui<br />

OFICINA ROADY (MEM MARTINS)<br />

Gerente António Carapinha<br />

Morada Rua António Feijó, n.° 113,<br />

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Site www.roady.pt<br />

todos os serviços. Apenas os trabalhos de chapa e<br />

pintura subcontratamos”, afirma. Para já, os clientes<br />

têm sido particulares, mas o responsável está a<br />

trabalhar para alargar o negócio aos stands de automóveis<br />

e a duas gestoras de frotas: LeasePlan e<br />

Arval. Além do volume que estas empresas frotistas<br />

conseguem assegurar, trazem ainda para a atividade<br />

“veículos mais recentes”, explica.<br />

Entre a oficina e a loja, António Carapinha está<br />

convicto de que a faturação será assegurada, sobretudo,<br />

pela primeira. “No negócio Roady, a loja<br />

costuma ter peso, mas a minha experiência, aqui,<br />

diz-me que será um complemento”, revela. Mas será<br />

que a experiência com superfícies comerciais<br />

não o poderá ajudar nesta área da loja? “O supermercado<br />

funciona a 50% por impulso. Aqui não.<br />

Os clientes já vêm com a ideia do que querem. A<br />

única coisa que pode ser comprado por impulso<br />

será o cheirinho para o carro”. Para António Carapinha,<br />

a prioridade, nesta fase, é “colocar a casa<br />

em ordem”. A segunda fase será dotar a casa de<br />

capacidade (e equipamentos) para poder enfrentar<br />

a revolução dos veículos elétricos e híbridos.<br />

O responsável garante que não tem receios nesta<br />

atividade. “Ainda estou com as pilhas a 99%.<br />

Quando chegar aos 50% é que pensarei nessas<br />

ameaças e verei o que poderia ter feito melhor. Hoje<br />

ainda não”... l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 37


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

ASER AFTERMARKET AUTOMOTIVE<br />

IV CONVENÇÃO DECORREU EM SEVILHA<br />

Reunindo mais de 130 participantes, entre<br />

parceiros e fornecedores, o Grupo ASER realizou,<br />

entre 7 e 10 de novembro, a sua IV Convenção,<br />

que rumou até à capital da Andaluzia: Sevilha.<br />

As atividades realiza<strong>das</strong> permitiram estreitar o<br />

vínculo entre parceiros e fornecedores, aprofundando<br />

as relações comerciais e pessoais num ambiente<br />

mais descontraído do que o habitual. Para José Luis<br />

Bravo, diretor-geral da ASER, “com apenas três<br />

anos de experiência, já nos tornámos num grupo de<br />

referência no mercado, onde gostamos de fazer as<br />

coisas de forma diferente e sempre alinhados com<br />

nossos valores: proximidade, comunicação, inovação<br />

e transparência. A convenção tornou-se num<br />

espaço de trabalho mais amplo, no qual os sócios e<br />

a administração dos nossos principais fornecedores<br />

podem conhecer-se melhor e partilhar problemas<br />

do dia a dia de forma mais descontraída e sempre<br />

procurando soluções”. Já Max Margalef, presidente<br />

da ASER, destacou o trabalho do grupo nesses três<br />

anos. “Hoje, somos 42 parceiros, com cerca de 90<br />

pontos de venda e presença em Espanha e Portugal.<br />

Fazemos parte da Nexus. Mas chegar aqui não teria<br />

sido possível sem o trabalho da equipa liderada por<br />

José Luis Bravo, sem o apoio total dos fornecedores<br />

e o envolvimento absoluto de todos os parceiros,<br />

que acreditam no nosso projeto”.<br />

38 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


APOIO RUGEMPEÇAS E MÉGUIN<br />

GONÇALO REIS ACABOU ÉPOCA DE ENDURO EM ALTA<br />

RugemPecas.pdf 1 27/11/19 17:22<br />

PUB<br />

A<br />

temporada de 2019 de Enduro,<br />

que teve o seu desfecho<br />

no fim de semana passado,<br />

no Algarve, com a realização dos<br />

ISDE (International Six Days Enduro),<br />

não poderia ter terminado da<br />

melhor forma para o piloto português<br />

Gonçalo Reis.<br />

Campeão Nacional de Enduro na Categoria<br />

Elite 1, vencedor da Taça do<br />

Mundo 2T, Campeão Catalão e Medalha<br />

de Ouro nos ISDE (International<br />

Six Days Enduro), prova que<br />

decorreu no fim de semana de 16 e<br />

17 de novembro, no Algarve, onde o<br />

piloto integrou a seleção portuguesa,<br />

que conquistou um 8.° lugar.<br />

A temporada de 2019 de Enduro<br />

dificilmente poderia ter corrido melhor<br />

ao piloto luso Gonçalo Reis.<br />

Para tal, muito se deveu ao apoio da<br />

RugemPeças (empresa da Terrugem<br />

e Abóboda, especialista em peças e<br />

acessórios auto) e da marca de lubrificantes<br />

Méguin (comercializada<br />

pela RugemPeças e que assegura um<br />

importante volume de faturação).<br />

“Estou bastante grato com o patrocínio<br />

que a RugemPeças, empresa<br />

que considero como uma família, e<br />

a marca Méguin me deram este ano.<br />

A performance da moto foi espetacular<br />

e a época correu bem”, revelou<br />

Gonçalo Reis ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />

Com o início da nova temporada a<br />

aproximar-se a passos largos (arrancará<br />

no final de janeiro de 2020),<br />

o piloto português ainda está em<br />

negociações com patrocinadores. A<br />

continuidade da marca Méguin, por<br />

enquanto, ainda é uma incógnita.<br />

Ao contrário da RugemPeças, com<br />

quem Gonçalo Reis já firmou um<br />

acordo para a próxima temporada.<br />

Boas Festas<br />

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e-mail: rugempecas@gmail.pt<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 39


MINUTO VERDE VALORPNEU<br />

65%<br />

Publireportagem<br />

DOS DETENTORES DE PNEUS USADOS<br />

CONSIDERAM BOM O CONTRIBUTO DA VALORPNEU<br />

E<br />

m Portugal Continental, 65% dos<br />

detentores de pneus usados<br />

considera acima de razoável a sua<br />

satisfação relativamente ao contributo da<br />

Valorpneu enquanto gestora do sistema. Se<br />

formos para a Madeira e Açores, esta<br />

percentagem corresponde a 49%. Apenas 3%<br />

afirma ser pouco relevante, quer do Continente<br />

quer <strong>das</strong> Regiões Autónomas.<br />

Esta é uma <strong>das</strong> conclusões de um estudo<br />

realizado no âmbito da avaliação da satisfação<br />

com o Sistema de Gestão de Pneus Usados<br />

(SGPU) e do nível de serviço prestado pela<br />

Valorpneu, elaborado na sequência da iniciativa<br />

“Circuito Portugal Valorpneu 2019”. Este primeiro<br />

estudo a nível nacional no âmbito da retoma<br />

de pneus em fim de vida do fluxo específico,<br />

realizado em parceria com a consultora GfK,<br />

revela ainda que mais de metade dos detentores<br />

(53%) assume um bom conhecimento sobre o<br />

sistema, com maior incidência nas regiões norte<br />

e sul do país.<br />

O estudo identificou que 99% dos inquiridos tem<br />

os pneus usados armazenados separadamente<br />

de outros resíduos. No Continente, 38% e, nas<br />

ilhas, 42%, encontram-se armazenados no<br />

interior da oficina e, respetivamente, 86% e<br />

87% em piso impermeável. Já em 100% dos<br />

inquiridos, existem extintores e sinalética de<br />

segurança nas instalações.<br />

O objetivo desta operação passou por conhecer<br />

as práticas de cada detentor, o seu nível de<br />

conhecimento sobre o sistema, assim como<br />

escutar anseios e preocupações, a fim de<br />

aproximar a relação entre estes agentes e a<br />

Valorpneu, além de obter um conhecimento<br />

mais profundo sobre as necessidades do setor.<br />

A iniciativa da Valorpneu envolveu cerca de 770<br />

visitas mensais, numa ação de sensibilização que<br />

levou até aos detentores nacionais, pela primeira<br />

vez, um pneu telecomandado, que relembrou os<br />

passos fundamentais a cumprir na gestão destes<br />

resíduos. Uma forma interativa e dinâmica de<br />

contacto, que permitiu envolver os interlocutores<br />

com as mensagens da Valorpneu e concluir que,<br />

também a este nível, o balanço é positivo, uma<br />

vez que “76% dos inquiridos confirma conhecer<br />

a legislação associada à gestão de pneus usados<br />

e 86% tem conhecimento que decorre da<br />

legislação obrigações para as suas empresas,<br />

o que nos deixa francamente satisfeitos”, disse<br />

Climénia Silva.<br />

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Notícias<br />

empresas<br />

COMEMORAÇÃO DOS 40 ANOS<br />

ngk spark plug europe | A sede regional para a Europa, Médio<br />

Oriente e África (EMEA), em Ratingen, na Alemanha, celebrou, em outubro,<br />

os seus 40 anos de sucesso. Em 1989, a sede alemã assumiu, oficialmente, as<br />

atividades em toda a Europa e adotou o nome atual: NGK Spark Plug Europe<br />

GmbH. O crescimento continuou quando, em 2017, expandiu-se ainda mais<br />

para incluir o Médio Oriente e a África, com o objetivo de fortalecer a sua<br />

posição na EMEA. Hoje, a NGK Spark Plug Europe equipa quase todos os<br />

fabricantes de automóveis da EMEA como equipamento de origem (OE) e peças<br />

de revenda autoriza<strong>das</strong> (OES), além de fornecer o aftermarket (IAM). A sua<br />

abordagem única tornou-a no fornecedor número um de velas de ignição e<br />

son<strong>das</strong> Lambda, além de fornecedor líder de velas de pré-aquecimento, bobinas<br />

de ignição, cabos e várias tecnologias de sensores. Organizacionalmente, a<br />

operação da EMEA cresceu para abranger 10 empresas do grupo e mais de 1.000<br />

colaboradores, além de duas fábricas em França e na África do Sul e um centro<br />

técnico de ponta em Ratingen, inaugurado em 1990.<br />

CATÁLOGO ONLINE COM IMAGENS 360°<br />

Veneporte | A empresa passou a disponibilizar, no seu catálogo online, uma nova funcionalidade que permite<br />

aos utilizadores visualizar a imagem dos produtos a 360°. Esta funcionalidade foi desenvolvida com o objetivo de<br />

melhorar e enriquecer a experiência do utilizador sempre que este recorre ao catálogo online da Veneporte na procura<br />

de um determinado produto. Após efetuar a pesquisa do produto, que pode ser realizada por modelo de automóvel,<br />

por matrícula ou por referência, para além de toda a informação técnica que o catálogo já disponibilizava, agora<br />

o utilizar consegue, também, visualizar a 360° a respetiva peça. Assim, de uma forma rápida, fácil e intuitiva, o<br />

utilizador consegue, em três cliques, ter acesso a toda informação de que necessita.<br />

PACK AUTOData / ASSISTÊNCIA TÉCNICA<br />

Car Academy | A academia especialista em formação e consultoria<br />

para o setor automóvel irá comercializar, até final de 2019, um pack que<br />

combina Autodata e assistência técnica. Ao adquirirem este pacote, os<br />

clientes terão acesso a um alargado leque de informação e apoio técnico, com<br />

condições comerciais bastante vantajosas. Ambos os serviços continuarão a ser<br />

disponibilizados, também, nas versões stand alone.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 41


Notícias<br />

EMPRESAS<br />

PRORIGINAL: SELO DA TMD FRICTION<br />

Textar | Com o intuito de proteger melhor os clientes de produtos falsificados,<br />

a Textar lançou o PROriginal, um novo selo de segurança da TMD Friction para as suas<br />

embalagens. Começando pela embalagem para aplicações em veículos de passageiros,<br />

todos os produtos da Textar serão protegidos com um selo, que deve ser removido<br />

antes de ser aberta a caixa. Na parte de trás do selo, existe um código QR e um código<br />

alfanumérico de 12 dígitos, ambos associados, exclusivamente, ao produto. Isto permite<br />

ao cliente verificar a autenticidade do produto de duas formas: fazendo a leitura do código<br />

QR com a app Textar Brakebook (gratuita para iOS e Android) ou com outro scanner de<br />

código QR. Uma vez inserido o código ou feito o scan, o cliente obtém uma resposta.<br />

Este procedimento permite ao cliente descobrir, de forma imediata, se o produto de que<br />

dispõe é original ou falsificado. Se o cliente tiver um código inválido ou que já tenha sido<br />

digitado, é altamente provável que o produto seja falsificado.<br />

PRO4MATIC<br />

ABRE SUCURSAL NO ALGARVE<br />

Sediada na zona centro do país, a Pro4matic, especialista em suspensões<br />

pneumáticas, abre, em parceria com a Konzept Automobile, um novo<br />

centro de distribuição e reparação na região do Algarve, mais concretamente<br />

em Almancil. De acordo com a nota de imprensa enviada pela organização<br />

liderada por Nuno Durão, “esta iniciativa permite melhorar o nosso serviço<br />

e estar mais perto dos clientes de que dispomos. Espera-se, assim, uma maior<br />

celeridade e eficiência no apoio ao cliente”. A Pro4matic - Air Suspension Center<br />

assume-se como empresa líder na distribuição de suspensões pneumáticas<br />

na Europa.<br />

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42 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


TRAVÕES BATERIA REVISÃO MECÂNICA MUDANÇA ÓLEO CLIMATIZAÇÃO PNEUS PRÉ-CONTROLO<br />

TÉCNICO<br />

SUSPENSÃO VISIBILIDADE KIT DE<br />

ESCAPE<br />

DISTRIBUIÇÃO<br />

“O SUCESSO<br />

DA MINHA OFICINA<br />

NÃO CONHECE<br />

FRONTEIRAS”<br />

FAÇA PARTE DA REDE EUROREPAR CAR SERVICE<br />

A EUROREPAR CAR SERVICE é uma ampla rede internacional de reparadores, com um vasto e profundo<br />

conhecimento do mercado multimarca. Presente em 25 países, com mais de 4400 oficinas em todo<br />

o mundo e mais de 150 em Portugal, o nosso grupo tem tudo o que precisa para levar a sua oficina ainda<br />

mais longe.<br />

Algumas <strong>das</strong> vantagens dos nossos aderentes:<br />

• SISTEMA INFORMÁTICO DE GESTÃO OFICINAL E FACTURAÇÃO<br />

• LINHA DE APOIO TÉCNICO<br />

• ACESSO A PLATAFORMA DE COMERCIALIZAÇÃO DE VIATURAS USADAS/SEMI-NOVAS<br />

• GAMA DE PEÇAS MULTIMARCA EUROREPAR COM MAIS DE 12.000 REFERÊNCIAS,<br />

INCLUINDO PNEUS E LUBRIFICANTES<br />

Vá já a www.eurorepar.pt e solicite a nossa visita


Notícias<br />

EMPRESAS<br />

FORMAÇÃO EM TECNOLOGIA PASSTHRU<br />

RecOficial | A rede ibérica de oficinas multimarca promoveu, no passado mês de<br />

outubro, nas instalações da sede do Grupo Recalvi, em Vigo, uma ação de formação sobre<br />

“Tecnologia PassThru e Funções de Diagnóstico”. Nesta formação, exclusiva para os aderentes<br />

ao projeto RecOficial, as oficinas puderam aceder à referida informação através de um<br />

equipamento de diagnóstico preparado com tecnologia PassThru. Esta tecnologia permite<br />

às oficinas reprogramar a maioria <strong>das</strong> unidades de controlo do veículo, bem como aceder à<br />

informação técnica dos fabricantes. Já são 12 as oficinas que, em Portugal, optaram por aderir<br />

ao projeto RecOficial, um conceito assente numa forte componente de conhecimento, de<br />

apoio técnico e de formação.<br />

UM MUNDO DE EXCELÊNCIA AO SERVIÇO DO AUTOMÓVEL<br />

Rua Fernando Vicente - Armazém 15 - 2560-677 Torres Vedras<br />

Telefone: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt<br />

Coordena<strong>das</strong> GPS - Latitude 39º5'42.83"N - Longitude 9º15'7,74"W<br />

CURSO PARA ELÉTRICOS E HÍBRIDOS<br />

Centro Zaragoza | Programou uma nova edição do curso presencial “Veículos<br />

elétricos e híbridos”, que será ministrado, de 16 a 20 de dezembro, nas suas instalações. A<br />

duração é de cinco dias (30 horas letivas) e o horário é <strong>das</strong> 9h às 17h. O curso é destinado<br />

a engenheiros, técnicos, especialistas em seguros, professores de formação profissional<br />

e a qualquer pessoa cuja área de trabalho esteja relacionada com veículos equipados<br />

com sistemas de alta tensão. O objetivo geral é fornecer aos alunos todo o conhecimento<br />

necessário sobre a arquitetura e os componentes dos veículos elétricos e híbridos, bem<br />

como manuseá-los com segurança, evitando ferimentos em pessoas e danos materiais no<br />

ambiente.<br />

Readapt Portugal, Lda<br />

CONCLUÍDA MAIS UMA AÇÃO<br />

Grupo Beirauto ACADEMIA | Em parceria com o CEPRA, o grupo realizou, no<br />

passado mês de outubro, uma formação em veículos elétricos e híbridos. Nestes dois dias,<br />

foram abordados princípios de funcionamento, componentes, diagramas elétricos, sistema de<br />

carregamento, diagnóstico e substituição de módulos <strong>das</strong> baterias de tração. Os formandos<br />

consideraram esta formação de enorme importância dado o contexto atual da introdução<br />

destes veículos no mercado automóvel e tiveram oportunidade de efetuar testes a este tipo<br />

de veículos num simulador de um Toyota Prius e de um BMW i3. O Grupo Beirauto Academia<br />

é um conceito desenvolvido para os clientes <strong>das</strong> empresas Mondegopeças e Beirauto, para<br />

proporcionar mais ferramentas aos seus clientes que lhes permitam ultrapassar obstáculos.<br />

44 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


sachsprovenperformers.pt<br />

Christian Engelhart ACELERA ATÉ<br />

290kM/H DURANTE<br />

24 HORAS<br />

COM UMA EMBRAIAGEM SACHS<br />

Veja Christian Engelhart,<br />

embaixador da ZF, em ação:<br />

SACHSprovenperformance<br />

@sachsofficial<br />

@sachsofficial


produto<br />

DESDE QUE INICIOU O FABRICO DE SONDAS LAMBDA, NO INÍCIO DE 2000,<br />

A FAE NÃO TEM PARADO DE FAZER EVOLUIR ESTE COMPONENTE, QUE TEM<br />

COMO PRINCIPAL FUNÇÃO REDUZIR A EMISSÃO DOS GASES DE ESCAPE


SONDAS LAMBDA FAE<br />

EVOLUÇÃO CONTÍNUA<br />

A EVOLUÇÃO DAS SONDAS LAMBDA É CONSIDERÁVEL, DESTACANDO-SE A INTRODUÇÃO DAS “VERSÕES”<br />

AQUECIDAS, O APARECIMENTO DAS VARIANTES DE BANDA LARGA E O DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA<br />

PLANAR, NO QUAL A FAE APOSTOU MUITO FORTE, VISTO QUE, DESDE HÁ ANOS, A TEM DESENVOLVIDO<br />

por João Vieira<br />

A<br />

FAE fabrica son<strong>das</strong> Lambda<br />

há mais de duas déca<strong>das</strong> na<br />

sua fábrica de Barcelona. To<strong>das</strong><br />

as referências já estão disponíveis<br />

no TecDoc, onde a FAE é certificada<br />

como fornecedor de dados<br />

“Classe A”, bem como no catálogo online<br />

deste fabricante espanhol especialista<br />

em componentes elétricos e<br />

eletrónicos.<br />

É importante saber que as primeiras<br />

son<strong>das</strong> Lambda não eram aqueci<strong>das</strong><br />

e tinham um tempo de resposta útil<br />

superior a 120 segundos. Isto significa<br />

que, desde que se punha o veículo<br />

a trabalhar, a ECU não recebia uma<br />

leitura clara até terem passado dois<br />

minutos, quando o motor frio polui<br />

mais.<br />

De forma genérica, pode dizer-se<br />

que, durante todos estes anos, foi-se<br />

procurando melhorar a velocidade, a<br />

estabilidade e a precisão da resposta<br />

da sonda Lambda, independentemente<br />

do regime do motor e um<br />

menor tempo de colocação em funcionamento,<br />

ou seja, o tempo que o<br />

sensor demora a alcançar a temperatura<br />

de trabalho, como, também, a<br />

sua resistência e durabilidade.<br />

Tipos de son<strong>das</strong> lambda<br />

Primeiro, as son<strong>das</strong> de zircónio. Tratam-se<br />

de son<strong>das</strong> Lambda binárias,<br />

fabrica<strong>das</strong> com cerâmica composta<br />

por dióxido de zircónio ou zircónia,<br />

que contêm um eletrólito sólido que<br />

proporciona uma tensão elétrica que<br />

se obtém por comparação de duas<br />

atmosferas (os gases de escape, por<br />

um lado, e o ar exterior, por outro).<br />

É sensível à concentração de oxigénio<br />

nos gases de escape. As misturas<br />

ricas em combustível produzem uma<br />

tensão alta e as misturas pobres produzem<br />

uma tensão baixa, dando, assim,<br />

uma resposta binária on-off com<br />

apenas dois valores: 0 ou 1, facilmente<br />

interpretável pela eletrónica.<br />

Son<strong>das</strong> lambda de titânio<br />

Nas son<strong>das</strong> de titânio, o sensor é constituído<br />

por um elemento cerâmico de<br />

dióxido de titânio. Ao contrário <strong>das</strong><br />

son<strong>das</strong> Lambda basea<strong>das</strong> em dióxido<br />

de zircónio, estas não geram qualquer<br />

tensão e o material sensor encontra-<br />

-se submerso nos gases de escape,<br />

sem necessitar de ar exterior. Estas<br />

son<strong>das</strong> incluem sempre um aquecedor<br />

e, a alta temperatura, a resistência<br />

deste material é sensível à variação da<br />

concentração de oxigénio nos gases de<br />

escape. Para uma mistura rica, a resistência<br />

desce para valores mínimos<br />

e, para uma mistura pobre, sobe para<br />

valores máximos. A ECU alimenta a<br />

sonda Lambda com uma tensão fixa<br />

e lê a resposta da sonda Lambda através<br />

de um circuito divisor de tensão.<br />

Son<strong>das</strong> lambda de banda larga<br />

Ao contrário <strong>das</strong> son<strong>das</strong> Lambda de<br />

zircónia binárias, as de banda larga<br />

proporcionam uma resposta contínua,<br />

não binária, perante o valor<br />

Lambda detetado. Por este motivo,<br />

medem com grande exatidão a composição<br />

dos gases de escape, o que<br />

também as torna adequa<strong>das</strong> para motores<br />

a gasolina e Diesel. Estas contêm<br />

duas células eletroquímicas que<br />

trabalham de forma paralela. Uma<br />

delas mede o carácter rico ou pobre<br />

da mistura de gases, de forma similar<br />

às son<strong>das</strong> Lambda binárias. A outra<br />

célula eletroquímica reage condicionada<br />

pelo sinal da primeira célula<br />

e pela quantidade de oxigénio no gás<br />

de combustão. O funcionamento conjunto<br />

de ambas as células proporciona<br />

uma corrente elétrica positiva para<br />

misturas pobres, negativa para misturas<br />

ricas e nula para o caso de uma<br />

mistura perfeita ou estequiométrica.<br />

A corrente gerada pelas son<strong>das</strong> Lambda<br />

de banda larga é calibrada e, além<br />

disso, deve ser transformada em tensão<br />

para que possa ser lida pela ECU<br />

do veículo. Por estes motivos, a sonda<br />

integra uma resistência de calibragem<br />

no conector. Esta resistência é diferente<br />

para cada sonda Lambda, pelo<br />

que não se deve, em caso algum, substituir<br />

uma sonda Lambda por outra<br />

cortando os cabos. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 47


MÁQUINA<br />

D0 TEMPO<br />

FUCHS<br />

INVESTIMOS, TODOS<br />

OS ANOS, MAIS DE<br />

47 MILHÕES DE EUROS<br />

EM I&D<br />

A FUCHS CELEBRA 30 ANOS EM PORTUGAL COM A RESTRUTURAÇÃO DAS INSTALAÇÕES.<br />

COM OS OLHOS COLOCADOS NO FUTURO, A EMPRESA QUER ESTAR NA VANGUARDA. PAUL CEZANNE<br />

É O HOMEM AO LEME DESDE A PRIMEIRA HORA por Jorge Flores<br />

Cumprir três déca<strong>das</strong> de presença no mercado<br />

nacional não está ao alcance de todos.<br />

No caso da Fuchs, deu até direito a uma<br />

prenda muito especial: a renovação total <strong>das</strong> suas<br />

instalações. Mas uma data tão especial, como esta,<br />

também convida a olhar para o passado. Para esse<br />

exercício, ninguém como Paul Cezanne, diretor-<br />

-geral da empresa desde a sua primeira hora, em<br />

1989. Alemão nascido no Porto, há 61 anos, o responsável<br />

licenciou-se em Gestão e Administração<br />

de Empresas pela Universidade de Frankfurt, depois<br />

de ter tirado o curso de três anos de Comercial<br />

Industrial na Hoechst.<br />

Em Portugal, foi responsável de ven<strong>das</strong> e marketing<br />

numa empresa de componentes para a indústria<br />

de calçado. Até que abraçou a Fuchs. Qual o<br />

sentimento com que olha para o caminho percorrido<br />

ao longo de 30 anos? “Sinto-me realizado. Tem<br />

sido uma experiência muito positiva e com muitos<br />

desafios. Como temos clientes de setores diversos,<br />

a nossa atividade todos os dias tem novas situações<br />

e considero isso altamente motivador. A Fuchs tem<br />

uma <strong>das</strong> gamas mais alarga<strong>das</strong> de lubrificantes –<br />

lubrificantes automóveis e industriais, massas lubrificantes,<br />

fluidos de tratamento de metais, lubrificantes<br />

para aplicações especiais e serviços – e,<br />

isso, leva a uma partilha de informação com diferentes<br />

tipos de clientes, de maneira a servi-los da<br />

melhor forma possível”, começa por explicar.<br />

Mecânicos deslumbrados<br />

As primeiras memórias da empresa no nosso país<br />

apontam para um escritório na Rua Sá da Bandeira<br />

e o armazém em Pedrouços. Foi o começo de tudo.<br />

“A construção da fábrica revelou-se um enorme<br />

desafio. A par disso, levámos algum tempo até encontrar<br />

a equipa certa, mas conseguimos. Aliás, algumas<br />

<strong>das</strong> pessoas que colaboram, hoje, connosco,<br />

são dessa altura. Lembro-me, também, da crise de<br />

petróleo, logo no início da empresa, com subi<strong>das</strong><br />

vertiginosas nos preços <strong>das</strong> matérias-primas. Foi<br />

uma gestão complicada. Recordo-me, também,<br />

de negociar com os bancos a taxas de juro de 23 e<br />

24%. O mercado era mesmo muito diferente. Nas<br />

primeiras visitas a clientes, éramos completamente<br />

desconhecidos. Quebrar esta barreira era difícil,<br />

mas, a partir do momento que experimentavam os<br />

nossos produtos, nunca mais os largavam. Os mecânicos<br />

ficavam maravilhados”, afirma.<br />

Na altura, o mercado era muito distinto do atual.<br />

“No setor automóvel, antes, havia muitos pequenos<br />

operadores a atuar no mercado e a preocupação<br />

ambiental e a limpeza eram aspetos menos relevantes<br />

do que atualmente. Hoje, há uma consolidação e<br />

surgiram, também, as marcas brancas. Além disso,<br />

antes desta era da digitalização, o acesso à informação<br />

era demorado. Agora, tudo está à distância de<br />

um clique e acessível a qualquer pessoa. Em 2008,<br />

lançámos o Oil Chooser, uma plataforma onde é<br />

possível escolher os lubrificantes ideais para um automóvel<br />

específico. Antes, isso era impensável. O<br />

setor automóvel está em permanente mudança e é<br />

altamente competitivo. No caso dos lubrificantes,<br />

há quem ofereça produtos com baixo preço e, muitas<br />

vezes, de qualidade duvidosa. Representantes<br />

que reclamam aprovações dos OEM que não têm.<br />

O óleo, ‘peça’ que tem vindo a ganhar terreno ao lubrificante,<br />

produto tecnológico. O custo é a redução<br />

da qualidade e da longevidade do equipamento onde<br />

é utilizado, bem como a frequente recomendação<br />

incorreta. Ainda assim, há uma importante fatia<br />

do mercado que valoriza a qualidade, o serviço ao<br />

cliente e a formação/informação do seu fornecedor<br />

de lubrificantes. É nesta faixa de mercado que nos<br />

posicionamos. Oferecemos ao mercado tecnologia<br />

com retorno”, conta.<br />

Momentos marcantes<br />

Para Paul Cezanne, o principal segredo do sucesso<br />

da Fuchs é o “trabalho, dia a dia”. Mas mais do que<br />

isso. “O empenho da equipa em levar a empresa<br />

em frente e, muito importante, o foco no cliente.<br />

Os nossos pontos fortes são qualidade, segurança,<br />

inovação tecnológica e respeito ambiental. A aposta<br />

na formação técnica contínua da nossa equipa<br />

representa um dos maiores investimentos da Fuchs<br />

em Portugal”, explica o responsável.<br />

Num percurso longo como o da empresa, determi-<br />

48 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


FUCHS<br />

EVOLUÇÃO EM PORTUGAL<br />

1989<br />

Primeiras instalações em Pedrouços, na<br />

Maia, onde iniciou a produção de lubrificantes<br />

industriais e para automóveis<br />

nados momentos ficam gravados na pedra. “Destaco<br />

três. Primeiro, o início da atividade, com todos os seus<br />

desafios. Segundo, a aquisição da Luso Química. Até essa<br />

altura, estávamos em armazéns alugados e, com a fusão,<br />

passámos a estar em instalações próprias, onde ainda<br />

hoje estamos. Conseguimos unir as duas unidades de<br />

blending existentes e criar um laboratório de raiz. Começámos<br />

a ganhar escala e os resultados começaram a<br />

aparecer. E, por último, a renovação <strong>das</strong> instalações que<br />

fizemos este ano”, revela Paul Cezanne, que não esconde<br />

a existência de momentos negativos. Também os houve.<br />

O pior deles? “Foi o fecho da produção, em Portugal,<br />

em 2013. Na altura, estávamos a crescer, mas, por uma<br />

questão de competitividade e de estratégia do grupo,<br />

acabámos com a produção aqui. No entanto, conseguimos<br />

continuar a desenvolver o laboratório até hoje para<br />

o apoio ao cliente”, adianta o diretor-geral.<br />

“Novas” instalações<br />

Celebrar 30 anos com a restruturação completa <strong>das</strong> instalações,<br />

é algo extremamente importante. Para todos.<br />

“É uma satisfação, para mim, contemplar o bem-estar<br />

da equipa. Estou muito feliz por termos conseguido realizar<br />

este investimento para garantir maior conforto a<br />

todos. Renovámos os edifícios, ampliámos a área administrativa,<br />

investimos no revestimento térmico e acústico<br />

e num sistema de climatização central, essenciais<br />

para assegurar, também, a eficiência energética. Sinto<br />

que isso nos deixa ainda mais bem preparados para o<br />

futuro”, sublinha.<br />

A vontade de agarrar o futuro marcará a atividade da<br />

Fuchs em Portugal, que pretende estar na “vanguarda<br />

tecnológica dos produtos”, diz. “E acrescenta: “Queremos<br />

continuar a oferecer ao mercado produtos de altíssima<br />

qualidade com um serviço ao cliente cada vez mais<br />

apurado. Os esforços exigidos aos lubrificantes têm aumentado<br />

imenso. Isto é uma consequência de um conjunto<br />

de fatores: da redução do tamanho dos motores,<br />

<strong>das</strong> diferentes e cada vez mais extremas condições operacionais<br />

e da introdução de novas tecnologias”.<br />

Atualmente, a empresa dispõe de 25 laboratórios de Investigação<br />

& Desenvolvimento, em todo o mundo, com<br />

quase 500 engenheiros e cientistas a nível mundial. “Investimos,<br />

todos os anos, mais de 47 milhões de euros<br />

em I&D e temos cerca de 580 projetos a decorrer em simultâneo.<br />

Somos pioneiros no desenvolvimento de lubrificantes<br />

biodegradáveis e esse é, também, um fator<br />

de diferenciação para os clientes”, conclui Paul Cezanne<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. l<br />

1995<br />

Aquisição da Luso Química e <strong>das</strong> atuais<br />

instalações, na Zona Industrial da Maia<br />

1996, a Fuchs mudou-se para a Zona<br />

Industrial da Maia, após a aquisição da Luso<br />

Química, em janeiro de 1995<br />

2006<br />

Renovação exterior <strong>das</strong> instalações<br />

2008<br />

Lançamento do Oil Chooser<br />

2013<br />

Encerramento da produção em Portugal<br />

Lançamento da Engenharia de Aplicação e<br />

dos serviços de análises e de GPP (Gestão de<br />

Produto em Processo)<br />

2019<br />

Lançamento do Fuchs Care, um serviço pioneiro,<br />

criado em Portugal, e com laboratório próprio<br />

em solo nacional<br />

Renovação interior <strong>das</strong> instalações<br />

50 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

FEBI<br />

CALENDÁRIO PARA 2020 JÁ CHEGOU<br />

Glaciares, caldeiras naturais e fumarolas: o<br />

novo calendário de oficina da febi viajou este<br />

ano até à Islândia. Na próxima edição, que<br />

irá ser enviada, exclusivamente, a clientes febi a nível<br />

mundial, a paisagem terá um destaque maior do<br />

que na versão anterior. A Islândia oferece inúmeros<br />

pretextos fotográficos pela sua beleza natural, desde<br />

o glaciar Vatnajökull até aos campos de lava e<br />

cascatas impressionantes. Foram capta<strong>das</strong> mais de<br />

6.000 fotografias em 22 locais em maio de 2019,<br />

mas apenas as 12 melhores foram seleciona<strong>das</strong> para<br />

a versão final. As imagens foram ainda tira<strong>das</strong> em<br />

lugares que serviram anteriormente de cenário para<br />

filmes e séries conheci<strong>das</strong>. A foto de capa foi tirada<br />

numa baía onde Pierce Brosnan posou como James<br />

Bond. A imagem do mês de outubro: cascata foi utilizada<br />

como pano de fundo na famosa série Game<br />

of Thrones. Aquilo que parece simples nas imagens<br />

não foi tarefa fácil, especialmente no que diz respeito<br />

à participação <strong>das</strong> modelos, pela temperatura<br />

local, que rondava os 7°C. Mas o trabalho árduo foi<br />

compensado: a 19.ª edição do calendário de oficina<br />

da febi combina elegância e força da natureza. Uma<br />

verdadeira atração para qualquer oficina.<br />

52 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOVIDADES NA GAMA DE MARCA PRÓPRIA<br />

EUROPART | A empresa alemã especialista em peças para veículos pesados<br />

complementa a gama de marca própria, EUROPART Premium Parts, com vários<br />

produtos. Entre eles, estão disponíveis, pela primeira vez, as pastilhas de travão<br />

de disco “Green Coating”. “O ‘Green Coating’ consiste num revestimento especial<br />

que é aplicado na superfície da pastilha, permitindo reduzir, significativamente,<br />

a fase de assentamento <strong>das</strong> pastilhas de travão novas, oferecendo um valor de<br />

fricção constante a partir da primeira travagem”, explica Oliver Hirzmann, diretor de<br />

International Sourcing da EUROPART. A mistura de materiais de alta qualidade da<br />

pastilha de fricção de compostos múltiplos, a placa traseira fabricada com precisão e,<br />

finalmente, os processos de produção automatizados, cumprem os elevados padrões<br />

de to<strong>das</strong> as pastilhas de travão da EUROPART. As pastilhas de travão com “Green<br />

Coating” podem ser reconheci<strong>das</strong> pela faixa em forma de crescente no revestimento<br />

de fricção.<br />

NEDERMAN<br />

SOLUÇÃO FILTERBOX<br />

A<br />

Filterbox é um dos produtos mais antigos e de maior sucesso da Nederman.<br />

Durante muitos anos, ocupou no mercado um espaço singular, trazendo significativos<br />

benefícios para a Nederman<br />

e para os seus clientes. A Filterbox<br />

é o complemento indispensável de<br />

qualquer posto de trabalho. De uso pessoal,<br />

dimensões reduzi<strong>das</strong> e facilidade<br />

de operação, é feita para limpar a zona<br />

de trabalho do operador de poluentes<br />

do ar, como sejam fumos e poeiras inerentes<br />

a várias atividades. Como unidade<br />

móvel com ro<strong>das</strong> ou fixa, integra-se<br />

facilmente nas operações de despejo de<br />

sacos, pesagens, na aspiração de fumos<br />

de soldadura ou como instalação fixa ligada<br />

a uma série de pontos de extração.<br />

Os poluentes são capturados através do<br />

braço articulado, fácil de posicionar e<br />

retidos no filtro com limpeza automática<br />

que os deposita no contentor para<br />

serem despejados ou reciclados.<br />

PUB<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 53


Notícias<br />

Produto<br />

COMPONENTES DE AR<br />

CONDICIONADO PARA ELÉTRICOS<br />

Pierburg | Em veículos com motor de combustão interna<br />

convencional, o compressor de ar condicionado é, regra geral,<br />

acionado por uma polia e uma correia em V. Nos veículos elétricos,<br />

este mecanismo não está disponível, sendo o compressor de ar nestes<br />

acionado por um motor elétrico integrado na rede de alta tensão do<br />

veículo. A Pierburg desenvolveu um compressor de ar condicionado<br />

(eCC) que incorpora os muitos anos de experiência de que dispõe na<br />

área dos componentes mecatrónicos.<br />

FECHADURA DE PORTAS NA OFERTA<br />

KRAUTLI Portugal | Incorporou no seu portefólio de produtos<br />

fechaduras de porta do fornecedor KSH Europe. Com a crescente procura<br />

por este tipo de produtos, a KRAUTLI Portugal realizou um importante<br />

investimento em stock de toda a gama KSH para garantir uma excelente taxa<br />

de serviço aos seus parceiros com a qualidade habitual que a caracteriza. A<br />

KRAUTLI Portugal apresenta, assim, uma nova gama de produtos de elevada<br />

qualidade com muita procura no mercado a um preço competitivo. Esta nova<br />

gama está presente no TecDoc.<br />

GAMA DE DIREÇÃO E SUSPENSÃO<br />

AISIN | No final de 2017, a AISIN Europe Aftermarket lançou uma<br />

gama limitada de peças de direção e suspensão apenas para veículos<br />

asiáticos, japoneses e sul-coreanos. O mercado reagiu e, depois<br />

de um forte impulso de ven<strong>das</strong> relativa a essa gama, foi tomada a<br />

decisão de lançar uma linha completa de componentes de direção<br />

e suspensão, não apenas para as marcas asiáticas mas, também,<br />

para as marcas europeias. Assim, a AISIN anunciou o lançamento de,<br />

aproximadamente, 1.200 referências para aplicações europeias, que<br />

complementam a variedade existente de veículos asiáticos, oferecendo<br />

uma cobertura do mercado europeu entre 85% e 90%.<br />

NOVA BOMBA DE ÁGUA ELÉTRICA<br />

Grupo Metelli | Disponível nas referências Metelli 24-1369, GRAF<br />

PA1369 e KWP 101369, o novo componente pode ser instalado nos BMW<br />

equipados com motores V6 a gasolina de 2,5 e 3,0 litros (N52 - N53), muito<br />

comuns na Europa, EUA e Ásia, cobrindo uma frota de 800 mil veículos,<br />

distribuídos por 19 modelos. A bomba de água foi submetida a testes de<br />

laboratório que garantem desempenhos técnicos e qualitativos com resultados<br />

iguais ou superiores aos do equipamento original. Desempenhos esses que são<br />

alcançados graças aos componentes de elevada qualidade testados de forma<br />

singular, que garantem grande fiabilidade, característica que é, de resto,<br />

comum a todos os produtos do Grupo Metelli.<br />

TUBOS DE TRAVÃO<br />

DE ALTA QUALIDADE<br />

Corteco | Marca do Grupo Freudenberg<br />

afirma que a segurança dos condutores é a sua<br />

prioridade. Por isso, testa todos os itens que<br />

fornece ao mercado. Os principais testes de<br />

controlo nos tubos de travão incluem a verificação<br />

dos dados, valores de qualidade de crimpagem<br />

e registo oficial; tração na primeira parte do lote<br />

de produção (destrutiva); teste de chicote sem<br />

mangueira semi-acabada (destrutiva); ensaio<br />

volumétrico de expansão em mangueira semiacabada;<br />

teste de queimadura em mangueira<br />

semi-acabada (destrutiva); pressão em cada<br />

componente acabado. Todos os tubos de travão<br />

da Corteco têm de passar no teste de pressão de<br />

120 bar, que deixa uma marca na junta.<br />

BOSCH EXCHANGE:<br />

QUALIDADE SEM COMPLICAÇÕES<br />

Bosch | Mais de 75 anos de experiência em sistemas de injeção Diesel e mais de 20 em<br />

injetores common rail. Através do programa “Bosch eXchange”, a empresa oferece uma ampla<br />

gama de injetores e bombas de alta pressão remanufaturados para veículos de turismo e<br />

comerciais ligeiros. Com mais de 1.300 referências, que alcançam uma cobertura de 97%<br />

no aftermarket, o programa de remanufaturação da Bosch oferece a mesma fiabilidade e<br />

durabilidade dos seus novos produtos e a mesma qualidade do equipamento original. Os<br />

modernos sistemas de injeção Diesel da Bosch caracterizam-se por ter uma injeção precisa,<br />

sujeita a pressões muito altas. Tolerâncias extremamente pequenas, na ordem de milésimos<br />

de milímetro, exigem que os componentes se ajustem perfeitamente entre si, algo que já<br />

foi demonstrado nas verificações de funcionamento que seguem as normas do fabrico de<br />

primeiro equipamento.<br />

FILTRO DE ÓLEO PARA GRUPO VOLKSWAGEN<br />

UFI Filters | Tem um novo módulo de óleo utilizado como equipamento original<br />

em todos os motores 2.0 l EA 288 EVO equipados com sistema mild hybrid do Grupo<br />

Volkswagen, com potências entre os 100 kw (136 cv) e os 150 kw (204 cv). Os sistemas<br />

de filtragem UFI Filters adaptam-se às necessidades dos novos sistemas híbridos, como<br />

o motor de quatro cilindros do Grupo Volkswagen, com um starter-generator conectado<br />

a uma bateria de iões de lítio. Este é um dos motores mais vendidos e apreciados na<br />

marca alemã, instalado em vários modelos, entre eles os VW Golf e Passat, o Škoda<br />

Octavia e o SEAT Leon, oferecendo inúmeras vantagens em termos de consumo de<br />

combustível, conforto e desempenho. O novo módulo da UFI Filters, com corpo de<br />

plástico e tamanho compacto, permite uma redução no peso e no consumo do próprio<br />

motor. Está equipado com uma válvula de derivação e uma válvula solenóide, que<br />

permitem uma melhor gestão do fluxo de óleo e do líquido de arrefecimento do motor.<br />

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54 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


COMLINE<br />

AUMENTA PORTEFÓLIO DE PRODUTOS<br />

DE TRAVAGEM<br />

A<br />

marca<br />

britânica, que tem vindo a registar<br />

um rápido crescimento no mercado europeu,<br />

adicionou novas e importantes referências<br />

à sua gama de pastilhas e discos revestidos com<br />

aprovação R90. Os especialistas de aftermarket da<br />

Comline continuam a fortalecer a sua linha de fricção<br />

de alta qualidade, adicionando uma infinidade<br />

de novas referências à gama. As novidades, que incluem<br />

pastilhas de travão em conformidade com o<br />

regulamento R90 e discos de travão totalmente revestidos,<br />

juntam-se ao amplo portefólio da marca,<br />

que dá resposta às necessidades de todos os veículos<br />

europeus, japoneses e sul-coreanos. Disponíveis em<br />

stock para entrega imediata, os lançamentos mais<br />

recentes representam a amplitude da cobertura de<br />

mercado da marca. Oferecendo aplicações para automóveis<br />

de passageiros e comerciais ligeiros, a lista<br />

abrange marcas tradicionais e premium.<br />

FICHA DE DIAGNÓSTICO FCA<br />

Grupo Bombóleo | Anunciou a<br />

comercialização de um novo componente de<br />

diagnóstico da Magneti Marelli, exclusivo para veículos<br />

do Grupo FCA. A nova Security Pass, da Magneti<br />

Marelli, permite efetuar diagnóstico em veículos do<br />

Grupo FCA (Fiat Chrysler Automotive) de nova geração<br />

dotados de security gateway. Este novo produto,<br />

comercializado pela Bombóleo, foi desenvolvido de<br />

acordo com as diretrizes e parâmetros da FCA, em<br />

conformidade com as suas normas, funcionando de<br />

acordo com os seus protocolos. Poderá ser utilizado<br />

em qualquer máquina de diagnóstico, dispõe de<br />

uma interface simples que, ligado à ficha OBD, e,<br />

posteriormente, à máquina de diagnóstico, conecta-se<br />

à plataforma online da FCA, desbloqueando o acesso.<br />

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Notícias<br />

Produto<br />

PISTÃO DE AÇO KOLBENSCHMIDT<br />

Motorservice Group | A Kolbenschmidt, que integra a<br />

Rheinmetall Automotive, é pioneira no desenvolvimento de pistões<br />

de aço para uso em motores de veículos ligeiros, uma tecnologia<br />

que há muito se estabeleceu na construção de motores modernos.<br />

O pistão de aço anuncia vantagens em relação ao pistão de alumínio,<br />

como a redução do atrito, do peso e do consumo. A MS Motorservice<br />

International GmbH traz, agora, esta tecnologia para o mercado de pós-venda.<br />

A utilização cada vez maior do pistão de aço deve-se a várias vantagens em comparação com o<br />

pistão de alumínio. Com pistões de aço, são possíveis pressões de ignição muito acima dos 200 bar e<br />

temperaturas de pico superiores a 400°C. Assim, são obti<strong>das</strong> potências de litro mais eleva<strong>das</strong>, o que,<br />

por sua vez, permite reduzir ainda mais o tamanho dos motores. Além disso, a dilatação térmica do<br />

aço é bastante inferior à do alumínio.<br />

LUBRIFICANTES 100% SINTÉTICOS DA GAMA 8100<br />

Motul | A marca francesa atualizou a sua gama de produtos através dos lubrificantes<br />

100% sintéticos 8100 X-Clean GEN2 5W40, 8100 Eco-Clean 0W20 e 8100 Eco-Clean 0W30.<br />

A Motul não poupou esforços para reduzir o impacto ambiental dos seus lubrificantes<br />

8100, gama preferida dos distribuidores multimarca e dos clientes de peças sobressalentes<br />

independentes, alcançando 95% <strong>das</strong> homologações de fabricantes de automóveis. Durante<br />

este ano, tendo como objetivo oferecer os melhores lubrificantes especializados, a Motul<br />

desenvolveu três novas atualizações para a sua gama 8100 para automóveis. Primeiro,<br />

reformulou o lubrificante 8100 X-Clean para a BMW. Depois, o 8100 ECO-Clean 0W20 também<br />

foi alterado para a BMW, com a nova norma BMW LL-17 FE+ para todos os motores N20 e Bx8.<br />

Por último, procedeu a uma melhoria na fórmula do 8100 Eco-Clean 0W30, acrescentando-se<br />

a norma Land Rover ST.JLR.03.5007.<br />

25 NOVAS REFERÊNCIAS NO PORTEFÓLIO<br />

FAE | O fabricante espanhol especialista em componentes elétricos e eletrónicos lançou 25 novas<br />

referências para veículos dos mercados europeu, norte-americano e asiático, para as marcas Audi,<br />

Seat, Škoda e Volkswagen. Nos 25 novos produtos, incluem-se<br />

três son<strong>das</strong> Lambda, um interruptor stop, um captor de<br />

impulsos, um sensor de pressão de gases de escape, quatro<br />

sensores de pressão e 15 bobines de ignição. To<strong>das</strong> as<br />

referências já estão disponíveis no TecDoc, onde a FAE (Francisco<br />

Albero S.A.U.) é certificada como fornecedor de dados “Classe A”,<br />

bem como no catálogo online deste fabricante especialista em<br />

componentes elétricos e eletrónicos.<br />

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Técnica &Serviço<br />

VEÍCULOS PESADOS SINISTRADOS<br />

CONTROLO PERICIAL DE DANOS<br />

O ACIDENTE DE UM CAMIÃO DE ELEVADA TONELAGEM, SOBRETUDO SE ENVOLVER OUTROS VEÍCULOS E/OU<br />

PESSOAS, REQUER UM MINUCIOSO PROCEDIMENTO TÉCNICO PARA ANALISAR, A PARTIR DE UM PONTO DE<br />

VISTA PERICIAL, A AMPLITUDE DOS DANOS PRODUZIDOS<br />

O<br />

perito tem plena consciência de<br />

que, num acidente, os volumes<br />

destes veículos e, portanto, a<br />

massa que eles deslocam, produzem<br />

elevados danos por efeito direto ou indireto<br />

da inércia que desenvolvem. Em<br />

alguns elementos mecânicos, estes danos<br />

talvez não sejam facilmente observáveis<br />

de forma direta. Para conhecer<br />

exatamente a sua amplitude, poderá<br />

ser necessário realizar determina<strong>das</strong><br />

verificações dimensionais específicas<br />

para cada peça. O perito responsável<br />

por avaliar os danos materiais provocados<br />

num acidente assumirá, além do<br />

mais, um papel adicional: controlar o<br />

estado de alguns elementos mecânicos<br />

que poderão ter sofrido danos. É de<br />

extrema importância para conservar a<br />

segurança do veículo.<br />

Todos os componentes mecânicos de<br />

um camião são importantes, mas, do<br />

ponto de vista pericial, os da parte<br />

dianteira, ligados, direta ou ndiretamente,<br />

ao mecanismo da direção do<br />

veículo, são cruciais para controlar<br />

danos e deformações resultantes. Os<br />

mais importantes são: eixo dianteiro;<br />

caixa da direção e tirantes; molas<br />

de lâminas de suspensão.<br />

Eixo dianteiro<br />

Num camião que transporte mercadorias,<br />

seja de configuração rígida<br />

(camião chassis-cabina com carroçaria),<br />

ou trator, as ro<strong>das</strong> dianteiras são<br />

os pontos de apoio que transmitem<br />

a distribuição de cargas máximas<br />

sobre o eixo dianteiro. Esta circunstância<br />

implica que os requisitos de<br />

resistência mecânica aos quais são<br />

sujeitas sejam muito elevados, visto<br />

que trabalham durante toda a vida<br />

do camião com enormes forças compressivas.<br />

Um sinistro de elevada intensidade<br />

num eixo dianteiro pode<br />

levar a que as forças de compressão,<br />

alia<strong>das</strong> às de deformação, danifiquem<br />

a viga do eixo dianteiro. Nestes<br />

casos, é recomendável efetuar um<br />

controlo dimensional.<br />

O primeiro elemento a verificar serão<br />

as bases de apoio do eixo, verificando<br />

que os planos de ambas continuam a<br />

formar 0° entre si, ou seja, que não<br />

foi produzida uma torção na viga do<br />

eixo dianteiro. Para o efeito, devemos<br />

colocar sobre estas bases réguas com<br />

o maior cumprimento possível, verificando<br />

se existe deformação torcional<br />

entre elas. Por vezes, ainda que o acidente<br />

do camião não seja muito violento,<br />

se estiver localizado em alguma<br />

<strong>das</strong> extremidades do eixo, a geometria<br />

da própria manga de eixo e da roda<br />

poderá ter sido afetada. É necessário<br />

controlar fundamentalmente o alojamento<br />

do pino da manga de eixo na<br />

direção longitudinal (direção paralela<br />

ao eixo de simetria longitudinal do<br />

veículo) e transversal (direção perpendicular<br />

à anterior). Logicamente,<br />

em ambas as extremidades do eixo<br />

terão de corresponder exatamente os<br />

mesmos valores absolutos e tolerâncias<br />

especificados por cada fabricante<br />

para cada eixo em concreto. Ao avaliar<br />

estas variáveis, poderemos assegurar-nos<br />

de que o eixo não está deformado<br />

nas suas extremidades.<br />

Caixa da direção e tirantes<br />

Localizada geralmente na zona frontal<br />

esquerda do camião e, portanto,<br />

58 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Colaboração Centro CESVIMAP<br />

www.cesvimap.com<br />

1 Inspeção de barras e hastes da<br />

direção<br />

2 Ângulo de queda do pino da manga<br />

de eixo<br />

3 Inclinação longitudinal do pino da<br />

manga de eixo<br />

4 Controlo <strong>das</strong> molas de lâminas de<br />

suspensão<br />

5 Inspeção da caixa da direção<br />

6 Verificação da torção da mola de<br />

lâminas<br />

1 2<br />

3<br />

muito exposta a impactos diretos em<br />

acidentes, a caixa da direção é um elemento<br />

mecânico de condução crucial<br />

para a segurança. Face a danos na<br />

zona dianteira do camião, em primeiro<br />

lugar é necessário realizar o controlo<br />

de forma visual, verificando se a<br />

caixa ou os respetivos suportes sofreram<br />

algum esforço direto. Se o corpo<br />

da caixa apresentar ruturas, devemos<br />

4 5<br />

OS COMPONENTES MECÂNICOS DA ZONA DIANTEIRA SÃO CRUCIAIS<br />

PARA CONTROLAR DANOS E DEFORMAÇÕES RESULTANTES<br />

proceder à substituição. Caso contrário,<br />

se apresentar marcas de esforços<br />

ou impactos, poderá ser testada no<br />

serviço oficial do fabricante da caixa<br />

da direção, tanto do ponto de vista estrutural<br />

como funcional, aspeto este<br />

de máxima importância.<br />

De qualquer forma, em qualquer sinistro,<br />

na zona dianteira de um camião é<br />

sempre recomendável verificar que o<br />

funcionamento da caixa da direção<br />

continua uniforme, suave, sem ressaltos<br />

ou pontos de fricção intermédios.<br />

Os mecanismos de união entre a caixa<br />

da direção e as mangas de eixo <strong>das</strong><br />

ro<strong>das</strong> implicam os tirantes de acionamento<br />

da rotação <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> dianteiras.<br />

Para controlar o estado destes tirantes<br />

e barras de direção longitudinais e<br />

transversais, além da análise visual de<br />

cada elemento, poderá ser necessário<br />

um exame comparativo. Sempre que<br />

possível, devemos verificar visualmente,<br />

utilizando como referência uma<br />

barra nova igual. Se tal não for possível,<br />

podemos utilizar um modelo realizado<br />

previamente sobre uma barra<br />

não deformada.<br />

Molas de lâminas de suspensão<br />

Responsáveis por minimizar os efeitos<br />

da rodagem do camião sobre as<br />

irregularidades do terreno, as molas<br />

de lâminas do eixo dianteiro atuam<br />

em conjugação com os elementos de<br />

amortecimento para assegurar a estabilidade<br />

do veículo durante a marcha,<br />

seja descarregado ou carregado até<br />

ao seu limite admissível. Os camiões<br />

podem montar dois tipos diferentes<br />

de molas de lâminas: semielípticas e<br />

parabólicas. Normalmente, estas últi-<br />

6<br />

mas são monta<strong>das</strong> no eixo dianteiro e<br />

as semielípticas são monta<strong>das</strong> no eixo<br />

traseiro em veículos de obras e transportes<br />

mais exigentes.<br />

Também desempenham uma função<br />

como elementos de união e fixação<br />

entre o chassis e o eixo dianteiro do<br />

camião. Caso estejam danifica<strong>das</strong> ou<br />

deforma<strong>das</strong>, a estabilidade em rodagem<br />

será afetada e o veículo não irá<br />

circular adequadamente. Para controlar<br />

o seu estado, em primeiro lugar<br />

é necessário realizar uma inspeção<br />

visual muito pormenorizada a todos<br />

os seus elementos, analisando o estado<br />

e procurando identificar possíveis<br />

impactos diretos ou indiretos. Se as<br />

molas de lâminas estiverem desmonta<strong>das</strong>,<br />

é possível realizar comparações<br />

geométricas entre ambas para assegurar<br />

que as diferentes cotas são iguais<br />

em ambas e que não existe qualquer<br />

deformação de torção entre os seus<br />

pontos de fixação extremos nem entre<br />

os seus apoios ao eixo. Para realizar<br />

estas verificações dimensionais, utilizaremos<br />

um compasso de varas para<br />

medir os comprimentos e réguas com<br />

cones autocentrantes para analisar o<br />

paralelismo. l<br />

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EQUIPAMENTO OFICINAL<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 59


epintura


PPG MOONWALK<br />

MISTURA PRECISA<br />

A PPG APRESENTOU, NO PASSADO DIA 28 DE OUTUBRO, NAS SUAS INSTALAÇÕES, EM RUBÍ,<br />

BARCELONA, A NOVA MÁQUINA DE MISTURA MOONWALK. NOVIDADE<br />

A NÍVEL MUNDIAL, PROMETE TRAZER VÁRIAS VANTAGENS PARA AS OFICINAS<br />

ESPECIALISTAS EM CHAPA E PINTURA por Joana Calado<br />

Moonwalk leva-nos a pensar<br />

imediatamente no conhecido<br />

cantor pop Michael Jackson.<br />

Na verdade, foi nesta “personagem”<br />

incontornável da música que a PPG<br />

se inspirou para “batizar” a sua nova<br />

máquina. E sendo este um grande<br />

passo para a indústria da repintura, faria<br />

ainda mais sentido o nome, relembrando,<br />

também, a mítica frase de Neil<br />

Armstrong, quando andou na Lua.<br />

Esta solução apresenta-se como um<br />

passo para uma nova era e promete<br />

revolucionar a vida dos profissionais<br />

da repintura. A Moonwalk, a novíssima<br />

(e única) máquina de mistura<br />

do mercado, permite ao pintor economizar<br />

tempo e materiais durante o<br />

processo de criação de cor.<br />

Economizar tempo e materiais<br />

A máquina, desenvolvida pelo Grupo<br />

PPG, em conjunto com a Corob, permite<br />

criar quantidades mais pequenas<br />

de tinta e oferece maior precisão<br />

na criação da cor, evitando, assim,<br />

desperdícios de materiais e dispensando<br />

o pintor da necessidade de repetir<br />

o trabalho devido a erro de cor.<br />

A criação desta nova máquina colocou<br />

o profissional da repintura no<br />

centro da inovação tecnológica, pensando,<br />

em primeiro lugar, no sítio<br />

onde poderiam existir mais problemas:<br />

a sala de misturas. Do problema<br />

à solução, foi um pequeno passo<br />

para a PPG, mas um grande passo<br />

para os pintores.<br />

No que diz respeito à poupança de<br />

tinta, a marca afirma ser possível<br />

uma redução de até 9%, sendo que<br />

poupa 2% devido à eliminação da<br />

possibilidade de erro humano, 4%<br />

no que diz respeito à tinta que fica<br />

armazenada nas embalagens e 3%<br />

devido ao facto de não haver uma<br />

quantidade mínima de produto para<br />

mistura.<br />

Também em relação à produtividade,<br />

existe uma poupança significativa:<br />

entre uma e duas horas. Uma<br />

vez que o profissional da repintura<br />

apenas necessita de colocar os recipientes<br />

corretos na máquina para,<br />

de seguida, a Moonwalk fazer a leitura<br />

e a dosagem correta de cada cor,<br />

“misturando-as”. A máquina trabalha<br />

de forma automática e acende a<br />

luz verde assim que termina a “mistura”<br />

da cor. Com este novo sistema,<br />

a PPG maximiza a capacidade da sua<br />

gama de tintas à base de água, sendo<br />

que apenas pode operar com este tipo<br />

de tinta.<br />

valor acrescentado<br />

A PPG anuncia um preço base de<br />

€18.500, sendo que, segundo a marca,<br />

uma oficina especializada em repintura<br />

deverá receber o retorno do<br />

valor num período de seis meses a<br />

um ano. Atualmente, já existem quatro<br />

máquinas Moonwalk em Espanha,<br />

sendo que três estão em oficinas<br />

e uma num distribuidor. A aquisição<br />

desta nova máquina inclui, também,<br />

um serviço pós-venda de topo, onde<br />

consta assistência remota e visitas<br />

anuais. Em situações onde seja necessária<br />

a intervenção da Corob, esta<br />

resposta será dada em menos de<br />

24h, sendo que esta incidência será<br />

sempre acompanhada de perto pela<br />

PPG. l<br />

A MOONWALK É ANUNCIADA COMO UM PEQUENO PASSO PARA A PPG<br />

E UM GRANDE PASSO PARA A REPINTURA, DEVENDO O SEU NOME AO<br />

PASSO DE DANÇA DO LENDÁRIO CANTOR POP MICHAEL JACKSON<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 61


EMPRESA<br />

RIBEIRO & MARQUES<br />

CORES & NÚMEROS<br />

ESPECIALISTA EM TINTAS E NA MARCA R-M, A RIBEIRO & MARQUES É UMA EMPRESA FAMILIAR<br />

QUE CONTINUA A CRESCER DESDE A SUA CRIAÇÃO, EM 1988. O ADMINISTRADOR, ROGÉRIO MARQUES,<br />

PREFERE OS NÚMEROS ÀS CORES... por Jorge Flores<br />

A<br />

Ribeiro & Marques nasceu<br />

nas Cal<strong>das</strong> <strong>das</strong> Rainhas, em<br />

1988, pelas mãos de Maria<br />

de Fátima Marques, juntamente com<br />

uma cunhada, que viria a ceder a sua<br />

parte na sociedade com a entrada em<br />

cena de Rogério Marques, marido da<br />

fundadora. Trata-se de uma empresa<br />

de cariz familiar – um pouco mais<br />

tarde, entraria ao serviço, também,<br />

o filho de ambos, Marco Marques.<br />

Especialista no comércio de tintas,<br />

diluentes, vernizes e todos os acessórios<br />

de pintura e tintas do ramo automóvel<br />

(e da construção), a Ribeiro<br />

& Marques representa as “melhores<br />

marcas” do mercado e conta com uma<br />

vasta experiência no setor, tendo forte<br />

implementação na zona oeste do país.<br />

Rogério Marques reconhece ao <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> que o mercado era muito<br />

distinto na altura da criação da empresa.<br />

“Hoje, tritura-se tudo. Antes,<br />

existia muito mais respeito uns pelos<br />

outros. Tornou-se um pouco mais<br />

competitivo e complicado”, adianta.<br />

Atualmente, o ramo automóvel representa<br />

25 a 30% do volume de negócios<br />

da Ribeiro & Marques. “Com<br />

tendência para subir. Estamos sempre<br />

a crescer. E temos crescido bem.<br />

Este ano, vamos, seguramente, passar<br />

os três milhões de euros. Temos uma<br />

boa clientela”, explica o responsável.<br />

Parceria com a marca R-M<br />

Fundamental para a saúde e evolução<br />

do negócio foi o estabelecimento<br />

da parceria com a R-M, em 2003.<br />

Uma relação “sólida” e cujo valor <strong>das</strong><br />

compras ascende, neste momento, a<br />

“perto de meio milhão de euros” em<br />

equipamentos e produtos vários do<br />

ramo da repintura. “A R-M esteve<br />

sempre mais disponível para a nossa<br />

empresa. Isso é muito importante.<br />

Além disso, presta a melhor assistência<br />

técnica”, acrescenta. A empresa<br />

tem expandido, de forma categórica,<br />

sua área de influência. Prova disso<br />

é que, hoje, tem sete casas abertas:<br />

duas nas Cal<strong>das</strong> da Rainha (onde fica<br />

a sede), Alcobaça, Marinha Grande,<br />

Leiria, Santarém e Alpiarça.<br />

Na carteira de clientes ativos, perto<br />

de 60 são do universo automóvel.<br />

Uma área que continuará a evoluir.<br />

“O que pesa mais na faturação são as<br />

tintas. Mais do que os equipamentos”,<br />

explica Rogério Marques. Como<br />

ponto forte da empresa, Marco Marques<br />

garante que é a “assistência ao<br />

cliente. Temos as lojas, seis carrinhas<br />

na rua. Estamos muito próximos dos<br />

clientes”, reforça. “Foi a R-M que nos<br />

impulsionou e nos ensinou a trabalhar<br />

melhor o ramo automóvel”, frisa<br />

ainda Marco Marques. Distribuída<br />

pelas sete lojas, a Ribeiro & Marques<br />

tem uma uma equipa composta por<br />

16 pessoas, o que obriga a uma gestão<br />

criteriosa para que tudo funcione<br />

na perfeição. Afinal, ao todo, a empresa<br />

tem em stock para cima de um<br />

RIBEIRO & MARQUES<br />

Administrador Rogério<br />

Marques<br />

Sede Rua Sargento Norte, 2, Lote<br />

D, Lavradio, 2500 - 294 Cal<strong>das</strong> da<br />

Rainha<br />

Telefone: 262 824 550<br />

Email geral@ribeiroemarques.pt<br />

Site www.ribeiroemarques.pt<br />

milhão de euros em produtos e equipamentos.<br />

Concorrência desleal<br />

Para Rogério Marques, o facto de nem<br />

todos os clientes pagarem “a tempo e<br />

horas” é a maior dificuldade do negócio.<br />

Mas existem outras. “A concorrência<br />

desleal. O mercado está a fugir para<br />

as marcas mais económicas e para o<br />

que não queremos: os solventes. É um<br />

passo atrás. Muitos querem apenas<br />

vender e não se importam com mais<br />

nada, nem para onde vai o mercado”,<br />

frisa Marco Marques. “Acabamos por<br />

ter muito stock e muito dinheiro na<br />

rua. Por vezes, a tesouraria anda pelas<br />

‘ruas da amargura’, sem qualquer<br />

necessidade”, completa o seu pai. Tanto<br />

um como outro notam ainda que o<br />

mercado está “envelhecido”. Ou seja,<br />

“existe uma grande carência de profissionais<br />

no setor e os que existem são<br />

de uma faixa etária muito elevada”, salienta<br />

o administrador.<br />

Quanto ao futuro, Rogério Marques<br />

não tem dúvi<strong>das</strong> de que será para<br />

crescer. Não rejeita a possibilidade<br />

de abrir mais uma loja, embora ainda<br />

não esteja nos planos. Nada pode ser<br />

feito ao acaso. “Eu não tenho jeito para<br />

cores. Vendo tintas, mas não tenho<br />

jeito para cores. Não tenho problemas<br />

em admitir. Tenho outras áreas”, afirma.<br />

“Tem mais jeito para os números,<br />

que também é uma parte muito importante”,<br />

remata Marco Marques. l<br />

62 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ESPECIALISTA NO COMÉRCIO DE TINTAS, DILUENTES, VERNIZES E<br />

TODOS OS ACESSÓRIOS DE PINTURA E TINTAS DO RAMO AUTOMÓVEL<br />

(E DA CONSTRUÇÃO), A EMPRESA DISPÕE DAS MELHORES MARCAS


NOTÍCIAS // A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET<br />

repintura<br />

AXALTA<br />

SOLUÇÃO PARA A FALTA DE PINTORES<br />

A<br />

escassez de competências na indústria da repintura<br />

é um problema que aflige os proprietários<br />

de oficinas na Europa. Estudos<br />

regionais indicam que muitos receiam que tal se torne<br />

numa verdadeira crise. Jim Muse, vice-presidente<br />

de repintura da Axalta na Europa, Médio Oriente<br />

e África (EMEA), afirma que, para superar esta crise<br />

de competências, o setor deve posicionar a profissão<br />

como uma carreira para os que têm experiência<br />

com tecnologias digitais e sensíveis às questões<br />

ambientais. “Para inverter o interesse decrescente<br />

na profissão por parte de jovens adultos, temos de<br />

dar à imagem do trabalho do pintor uma renovação<br />

muito necessária,” afirmou Jim Muse. “As inovações<br />

na tecnologia significam que, hoje, a profissão é tão<br />

digital como manual, estando cada vez mais sensível<br />

às questões ambientais”, acrescentou. Normalmente,<br />

os proprietários de oficinas pretendem atrair a<br />

chamada geração “Z”, os que nasceram entre 1995 e<br />

2014. Este é um grupo significativo e prevê-se que,<br />

até 2020, inclua um quarto da mão de obra mundial.<br />

Para inverter a escassez de competências, é fundamental<br />

demonstrar à geração “Z” que a repintura<br />

é uma alternativa atraente em relação a outras profissões.<br />

E que é constituída por verdadeiros nativos<br />

digitais com uma mentalidade ambiental mais forte<br />

do que as gerações anteriores.<br />

64 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PRESENÇA NO SEMA SHOW<br />

BESA | Nos quatro dias de feira, os resultados obti<strong>das</strong><br />

pela equipa comercial foram imbatíveis, gerando<br />

inúmeros contactos e opiniões positivas, servindo para<br />

verificar o crescente reconhecimento experimentado<br />

pela marca no mercado norte-americano e latinoamericano<br />

nos últimos anos, aspeto fundamental para a<br />

sua estratégia de expansão. A BESA também aproveitou<br />

o evento para apresentar uma nova linha de produtos<br />

com baixo teor de COV, especialmente adaptados às<br />

regulamentações do mercado norte-americano. Entre os<br />

produtos mais destacados dessa linha, esteve o verniz<br />

BESA-GLASS MS 2.1, composto pelas matérias-primas de<br />

última geração, que se destaca pela sua fácil aplicação,<br />

capacidade de nivelamento e resistência à gasolina e ao<br />

Diesel.<br />

MOTA & PIMENTA<br />

PROTETOR 3D MAGIC BLUE<br />

O<br />

protetor de acabamento 3D Magic Blue foi desenvolvido para ser utilizado em praticamente to<strong>das</strong><br />

as superfícies sóli<strong>das</strong> do veículo. Pode ser usado com eficácia em qualquer acabamento, vinil, para-choques<br />

ou pneus do viatura. Sendo resistente à água, ajuda a impedir a formação de manchas<br />

de água no automóvel, proporcionando<br />

um acabamento brilhante e duradouro. Segundo<br />

a Mota & Pimenta, o 3D Magic Blue<br />

é um produto para aplicar no exterior do<br />

veículo, extremamente duradouro, à base de<br />

solvente, projetado, não apenas para escurecer,<br />

mas, também, para produzir quantidades<br />

extremas de brilho em praticamente qualquer<br />

superfície não pintada. Funciona muito bem<br />

em superfícies exteriores, como borracha,<br />

plástico, pneus, acabamentos e molduras. O<br />

que diferencia este produto de qualquer outro<br />

protetor de acabamento à base de solvente no<br />

mercado é que este seca ao toque e não escorre<br />

ou deixa resíduo pegajoso para trás, eliminando<br />

praticamente as impressões digitais e a<br />

atração de poeira.<br />

PUB<br />

EXTREME<br />

ECONOMIA<br />

DE ENERGIA.<br />

O SISTEMA XTREME:<br />

REDUÇÃO EFETIVA DOS CUSTOS A<br />

40 ° C OU 20 ° C.<br />

Com o Sistema Xtreme, todo o processo de secagem pode<br />

ser feito a 40 ° C ou mesmo a 20 ° C, economizando até<br />

70% dos custos de energia. O novo Aparelho VOC-Xtreme<br />

Wet-on-Wet Filler U7650 está pronto para aplicar a base<br />

bicamada após apenas 5 minutos de evaporação. Depois<br />

de aplicar o Verniz VOC-Xtreme Clearcoat K9580, pode<br />

tirar o veículo da cabine depois de apenas 15 minutos a<br />

40 ° C, para que esteja pronto para o próximo trabalho.<br />

Mesmo sem secagem forçada, todo o processo leva apenas<br />

75 minutos, tornando-o extremamente econômico!<br />

NOVO !<br />

© 2019 Axalta Coating Systems. All rights reserved.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 65


Notícias<br />

repintura<br />

NOVA GAMA DE AR COMPRIMIDO<br />

ZAPHIRO | Comprometida com a produtividade e rentabilidade da oficina,<br />

renovou o seu catálogo de equipamentos para ar comprimido. Novas toma<strong>das</strong> rápi<strong>das</strong><br />

de segurança, pistolas de sopro e mangueiras: são estes os novos produtos que a<br />

ZAPHIRO já começou a distribuir sob a sua marca própria. As toma<strong>das</strong> rápi<strong>das</strong> de<br />

segurança são anti-estáticas e não incluem molas no seu mecanismo, o que facilita<br />

uma conexão mais fácil, podendo ser acopla<strong>das</strong> ao conector sem implicar qualquer<br />

esforço, graças, também, à sua superfície antiderrapante. Já a pistola de sopro, oferece<br />

um jato direcional que garante trabalho de elevada precisão. O gatilho progressivo<br />

de que dispõe permite que seja usado apenas o fluxo necessário, sem desperdiçar ar<br />

comprimido. Finalmente, a nova mangueira, de cor azul, é fornecida com diâmetros<br />

de 15, 16 e 18 mm. Sob sua cobertura externa de EPDM (borracha de etilenopropileno-dieno<br />

tipo M), há uma camada de fios sintéticos trançados.<br />

ROBBIALAC E SÉRGIO MOURATO<br />

Standox | Ao volante de uma Nissan Navara D22, o<br />

jovem piloto português participou na Baja TT Idanha-a-Nova,<br />

realizada em setembro, e na Baja TT Reguengos de Monsaraz<br />

Capital dos Vinhos de Portugal, que teve lugar em maio.<br />

Sérgio Mourato alinhou ainda no evento de cariz social<br />

Campeões da Indiferença, realizado em julho, organizado<br />

pela Associação do Circuito Cego MX, em consórcio com<br />

as Cerci’s de Portalegre e Estremoz. O apoio da Standox –<br />

Robbialac consiste na manutenção e conservação do veículo,<br />

permitindo, assim, reforçar a Standox como marca de<br />

excelência em repintura automóvel.<br />

13.ª EDIÇÃO DO “MELHOR PINTOR”<br />

R-M | A marca premium de tinta para acabamento automóvel da<br />

BASF procura os pintores mais talentosos do setor. A 13.ª edição do<br />

concurso internacional “Melhor Pintor R-M” terá lugar na Europa,<br />

África, Ásia e América do Norte. Pela primeira vez, China e Marrocos<br />

participam na competição. O lema “Driving digital competency<br />

and eco-efficient solutions” combina processos rápidos e soluções<br />

digitais com a noção de sustentabilidade. As finais nacionais<br />

ocorrerão até junho de 2020. A final internacional terá lugar no final<br />

de setembro de 2020, no Refinish Competence Center da R-M, em<br />

Clermont de l’Oise, arredores de Paris. 16 finalistas representarão o<br />

campo internacional e demonstrarão os principais padrões usados<br />

pelos melhores talentos na área da reparação automóvel, na<br />

aplicação da série de tinta ONYX HD à base de água. A competição<br />

é organizada com o apoio ativo dos parceiros comerciais 3M, ANEST<br />

IWATA, EMM, RODIM, SATA, Horn & Bauer, IRA by Hedson, Mettler-<br />

Toledo e sia Abrasives.<br />

ROBERLO<br />

TINTAS À Base DE ÁGUA BLUCROM<br />

ADITIVO PARA VERNIZ LARANJA<br />

Cromax | O cor-de-laranja pode ter um efeito de polarização.<br />

Ou se ama ou se detesta. Mas a verdade é que está muito em<br />

voga. A julgar pelas tendências atuais na moda, acessórios e<br />

automóveis, a opinião dos consumidores sobre o cor-de-laranja<br />

está a mudar rapidamente para o lado positivo do espetro. O corde-laranja<br />

combina a energia do vermelho e a alegria do amarelo<br />

numa cor vibrante, que cria sentimentos de liberdade, otimismo<br />

e felicidade. Por isso, não é de admirar que mais fabricantes<br />

de automóveis estejam a introduzir esta cor nas respetivas<br />

opções de cores. Para permitir que as oficinas possam reparar,<br />

de forma precisa, esta nova cor, a Cromax introduziu o Aditivo<br />

para Verniz Laranja Puro AM54. Esta cor para verniz também<br />

pode ser utilizada para reparar outros laranjas muito cromáticos.<br />

As fórmulas da Base Bicamada Cromax Pro, Cromax e Centari,<br />

que usam o Laranja Puro AM54, já se encontram disponíveis no<br />

ChromaWeb, o abrangente software de procura de cor baseado na<br />

web da Cromax.<br />

Sistema apresentado pela marca destaca-se pela economia significativa que gera, oferecendo<br />

elevado poder de cobertura, rápido tempo de secagem e menor tempo de aplicação. Com<br />

este novo produto, a Roberlo, que há déca<strong>das</strong> concentra a sua pesquisa e desenvolvimento<br />

em produtos complementares,<br />

amplia ainda mais a sua gama<br />

para fechar o ciclo completo de<br />

retoque de veículos, oferecendo<br />

um sistema de cores à base de<br />

água. A Blucrom dá resposta às<br />

exigências dos utilizadores que<br />

procuram as melhores soluções<br />

de pintura: eficazes, precisas e<br />

versáteis. Este novo sistema à<br />

base de água destaca-se, principalmente,<br />

pelo seu alto desempenho<br />

e velocidade, proporcionando<br />

uma mistura segura e grande<br />

versatilidade. Além disso, é complementado<br />

pelos revestimentos<br />

transparentes e primários Roberlo<br />

2K para obter confiabilidade<br />

máxima, durabilidade de topo<br />

e excelente brilho.<br />

66 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MANTENHA<br />

OS MOTORES<br />

JOVENS<br />

Descarregue a nossa<br />

aplicação Lubricant Finder.<br />

DISPONÍVEL NA<br />

Os lubrificantes da Wolf são fórmulas otimiza<strong>das</strong> que foram especialmente concebi<strong>das</strong> para melhorar a eficiência e o<br />

desempenho dos motores de última geração. Os nossos produtos são desenvolvidos com uma precisão fundamental<br />

para maximizar a durabilidade destes motores.<br />

DISPONÍVEL NA<br />

Wolf, the Vital Lubricant.<br />

Todos os pormenores contam. Visite www.wolflubes.com<br />

LUBRICANTS


Mundo<br />

automóvel<br />

VOLVO XC60 T8 AWD R DESIGN<br />

(A)TRAÇÃO SueCA


MOVIDO POR UM SISTEMA HÍBRIDO PLUG-IN COM 390 CV DE<br />

POTÊNCIA E 640 NM DE BINÁRIO (GASOLINA + ELÉTRICO), QUE TRAZ<br />

ACOPLADA CAIXA AUTOMÁTICA DE OITO VELOCIDADES (GEARTRONIC)<br />

E SURGE ASSOCIADO A TRAÇÃO INTEGRAL (AWD), O VOLVO XC60 T8 R<br />

DESIGN É UMA AUTÊNTICA (A)TRAÇÃO SUECA. OU NÃO ESTIVESSE ELE<br />

APTO A PERCORRER UM MÁXIMO DE 52 KM EM MODO 100% ELÉTRICO<br />

(WLTP) E NÃO CUSTASSE CADA LUGAR €17.015 NA UNIDADE AQUI EM<br />

ANÁLISE por Bruno Castanheira<br />

O<br />

XC60 é o SUV de médias dimensões, com<br />

cinco portas e cinco lugares, da Volvo,<br />

sendo construído a partir da SPA (Scalable<br />

Product Architecture), a avançada plataforma<br />

modular que serve de base a todos os modelos da<br />

Séries 90 e 60 da marca sueca. Seguindo os passos<br />

do seu antecessor, a segunda geração do XC60<br />

tornou-se, rapidamente, no modelo mais vendido<br />

da Volvo Cars. Se, do primeiro XC60, foram<br />

vendi<strong>das</strong> quase um milhão de unidades em todo<br />

o mundo (tendo sido o SUV premium de médio<br />

porte mais vendido na Europa), para esta nova geração<br />

as expectativas são ainda mais eleva<strong>das</strong>. Das<br />

quatro versões disponíveis na gama, três são Diesel.<br />

A única a gasolina, ainda para mais associada<br />

a um motor elétrico, é a T8 AWD. Razão pela<br />

qual o XC60 híbrido plug-in (também designado<br />

PHEV ou Twin Engine) é dos mais evoluídos modelos<br />

do construtor nórdico.<br />

Imagem cristalina<br />

Elegância, imponência, sensualidade. O novo<br />

XC60 chama a si todos estes substantivos. Para<br />

mais, pintado de branco “Cristal Inscription”<br />

(€1.513) e equipado com jantes de 19”, sendo o<br />

reflexo da linguagem de design da Volvo, que<br />

reúne ângulos mais clássicos com pormenores<br />

inovadores, como é o caso da grelha frontal e dos<br />

grupos óticos dianteiros de LED estilo “Martelo<br />

de Thor”. Ao pé da porta do condutor, surge<br />

o detalhe que revela que este não é um XC60<br />

qualquer: a tomada de carga. Os farolins traseiros<br />

verticais, esses sim, já se tornaram numa <strong>das</strong><br />

assinaturas estilísticas da Volvo.<br />

No interior, destaca-se a elevada qualidade de<br />

construção, o amplo espaço para ocupantes e bagagem,<br />

o equipamento à discrição e os inúmeros<br />

dispositivos de segurança. O posto de condução é<br />

ótimo, estando todos os comandos colocados de<br />

forma ergonómica. Também no habitáculo a Volvo<br />

aproveitou as dicas do design de interiores escandinavo<br />

e limpo, introduzido, pela primeira vez,<br />

nos modelos da Série 90, elevando a fasquia do<br />

segmento com materiais naturais e novos detalhes<br />

no tablier e painel de instrumentos. E para tornar<br />

ainda mais agradável a estadia a bordo, existem<br />

diversos opcionais que fazem toda a diferença. A<br />

saber: Pack IntelliSafe (€1.722); Pack Business<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 69


VOLVO XC60<br />

Uma autêntica<br />

sala de estar.<br />

Às “poltronas”<br />

confortáveis, juntase<br />

uma qualidade<br />

irrepreensível<br />

A GRELHA ESCURA E OS GRUPOS ÓTICOS<br />

DIANTEIROS ESTILO “MARTELO DE THOR” SÃO<br />

DETALHES QUE VINCAM O APELO DESTE SUV<br />

Connect Pro (€1.820); Pack Family<br />

(€295); Pack Versatility Pro (€1.279);<br />

Pack Xenium Pro (€1.931); bancos<br />

dianteiros elétricos (€1.261); retrovisores<br />

anti-encadeamento (€215);<br />

vidros traseiros escurecidos (€431);<br />

banco do passageiro com memória<br />

(€92); sensores de estacionamento<br />

à frente e atrás (€418); patilhas da<br />

caixa no volante (€166); suspensão<br />

pneumática Four-C (€2.337).<br />

Compêndio de tecnologia<br />

O XC60 T8 AWD coloca à disposição<br />

do condutor as mais recentes soluções<br />

para que este enfrente todos os<br />

obstáculos da vida quotidiana, onde<br />

se incluem sistemas de conectividade,<br />

informação e entretenimento.<br />

Mas grande parte do compêndio de<br />

tecnologia deste Volvo deve-se essencialmente<br />

ao sistema híbrido plug-in<br />

que o move. Ao motor de 2,0 litros<br />

(família Power-E) com injeção direta<br />

de gasolina, que oferece 303 cv e<br />

400 Nm, junta-se um motor elétrico<br />

de 65 kW (87 cv) e um conjunto de<br />

baterias de iões de lítio. O que perfaz<br />

um rendimento combinado de 390<br />

cv e 640 Nm.<br />

Este SUV híbrido plug-in oferece,<br />

por isso, todos os benefícios de um<br />

motor a gasolina de elevado desempenho<br />

e baixas emissões com um<br />

motor elétrico que liberta potência<br />

em função <strong>das</strong> necessidades do momento,<br />

permitindo emissões de CO 2<br />

baixas ou inexistentes e uma autonomia<br />

máxima em modo 100% elétrico<br />

de 52 km (WLTP). O XC60 T8 AWD<br />

também faz uso do avançado sistema<br />

de recuperação de energia cinética<br />

da Volvo que é acoplado aos motores<br />

de combustão interna da marca, de<br />

modo a criar um conjunto de força<br />

eletrificado integrado. A potência é<br />

transmitida às quatro ro<strong>das</strong> por intermédio<br />

de uma caixa automática<br />

de oito velocidades (Geartronic).<br />

Modos, são cinco: “Constant AWD<br />

(tração integral)”; “Pure (condução<br />

eco)”; “Hybrid (uso dia a dia)”;<br />

“Power (condução desportiva)”; “Off-road<br />

(fora de estrada)”.<br />

Equipado com opcional suspensão<br />

pneumática, este híbrido plug-in<br />

oferece um desempenho de elevado<br />

calibre, conjugando, de forma magistral,<br />

conforto com eficácia. A direção<br />

tem um feeling agradável, a caixa<br />

é de atuação rápida e os travões são<br />

competentes. Claro que tratando-se<br />

de um automóvel com mais de 4,5<br />

metros de comprimento e um peso<br />

superior a duas tonela<strong>das</strong>, a condução<br />

nunca pode ser muito ágil e envolvente,<br />

mas, ainda assim, o XC60<br />

T8 AWD é uma agradável surpresa<br />

em estrada. Fora dela, demonstra<br />

igualmente uma grande capacidade<br />

de progressão, desde que os terrenos<br />

não sejam trialeiros. Outro fator<br />

que está em alta neste SUV é o preço:<br />

€85.077 no caso da unidade aqui<br />

presente. l<br />

MOTOR DE COMBUSTÃO<br />

Tipo<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1969<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

82,0x93,2<br />

Taxa de compressão 10,3:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 303/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/2200-4800<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação injeção direta de gasolina<br />

Sobrealimentação<br />

turbo + intercooler<br />

MOTOR ELÉTRICO<br />

Potência máxima (kW/cv) 65/87<br />

RENDIMENTO COMBINADO<br />

Potência máxima (cv) 390<br />

Binário máximo (Nm) 640<br />

BATERIA<br />

Tipo<br />

iões de lítio<br />

Capacidade (kWh) 11,6<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

integral permanente com ESP<br />

Caixa de velocidades automática de 8+ma<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 11,4<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventilados (n.d.)<br />

Traseiros (ø mm)<br />

discos ventilados (n.d.)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira triângulos duplos sobrepostos<br />

Traseira<br />

multibraço<br />

Barra estabilizadora (diant./tras.) sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 230 (limitada)<br />

0-100 km/h (s) 5,5<br />

Consumo comb. (l/100 km) 2,8 – 3,4 (WLTP)<br />

Emissões de CO 2 (g/km)<br />

64 – 78 (WLTP)<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

Ângulos (ataque/saída/ventral (°)) 23,1/25,5/20,8<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,32<br />

Comp./larg./alt. (mm) 4688/1902/1658<br />

Distância entre eixos (mm) 2865<br />

Vias frente/trás (mm) 1653/1657<br />

Altura ao solo (mm) 209<br />

Capacidade do depósito (l) 50<br />

Capacidade da mala (l) 468-1395<br />

Peso (kg) 2139<br />

Relação peso/potência comb. (kg/cv) 5,48<br />

Jantes de série<br />

7 1/2Jx19”<br />

Pneus de série 235/55R19<br />

Pneus de teste Michelin Latitude Sport 3<br />

235/55R19 105V XL<br />

GARANTIAS<br />

Mecânica<br />

2 anos sem limite km<br />

Pintura<br />

2 anos<br />

Anticorrosão<br />

12 anos<br />

Bateria<br />

8 anos ou 160.000 km<br />

ASSISTÊNCIA<br />

1.ª revisão 1 ano ou 30.000 km<br />

Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €320<br />

Intervalos<br />

1 ano ou 30.000 km<br />

PREÇO (sem despesas) €74.719<br />

Unidade testada €85.077<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €197,69<br />

70 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


GAMA<br />

BATERIAS<br />

QUALIDADE / PREÇO / PERFORMANCE<br />

PARA SI E PARA OS SEUS CLIENTES!<br />

PERFORMANCE<br />

DURABILIDADE<br />

2<br />

YEARS<br />

WARRANTY<br />

GARANTIA


Mundo<br />

Automóvel<br />

EM ESTRADA<br />

por Bruno Castanheira<br />

PEUGEOT 508 SW 1.5 BLUEHDI EAT8 BUSINESS LINE<br />

PROPOSTA TENTADORA<br />

Mesmo na versão desprovida de pretensões desportivas, como é o caso da 1.5 BlueHDi de 130 cv com<br />

caixa automática de oito velocidades, a 508 SW é uma proposta tentadora. Primeiro, pelo design<br />

marcante que exibe, destacando-se a grelha elegante e os arrojados grupos óticos (as jantes são<br />

de 16” no acabamento Business Line). É que, ao contrário de modelos de marcas concorrentes, na nova<br />

geração do 508 é difícil dizer qual a carroçaria mais apelativa: se a berlina, se a carrinha. Cada uma tem<br />

a sua personalidade, sendo ambas diferentes <strong>das</strong> portas traseiras para trás. Ainda que o cinzento que<br />

reveste a carroçaria da unidade ensaiada não seja, em nossa opinião, <strong>das</strong> cores que melhor resulta, a<br />

verdade é que a 508 SW é sempre elegante. Mesmo com jantes de 16”, que lhe retiram porte atlético.<br />

Por dentro, inovação, qualidade, espaço, posto de condução ergonómico, equipamento e dispositivos<br />

de segurança são os pontos a favor. Aos quais se junta uma bagageira ampla, que facilita a vida <strong>das</strong> famílias. Ligando o motor Diesel (equipado com<br />

sistema start&stop), parte-se à descoberta <strong>das</strong> sensações de condução. A caixa automática de oito relações, rápida e inteligente, favorece (e muito)<br />

o desempenho do bloco de 1,5 litros. Para surpresa, as prestações são menos modestas do que seria de supor. Em termos dinâmicos, bom feeling da<br />

direção, travões eficazes, mas algum rolamento em curva. Com jantes de 16” e suspensão que privilegia o conforto, não há milagres.<br />

Motor 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1499 Potência máxima (cv/rpm) 130/3750 Binário máximo (Nm/rpm)<br />

300/1750 Velocidade máxima (km/h) 210 0-100 km/h (s) 10,1 Consumo combinado (l/100 km) 4,9 (WLTP)<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 129 (WLTP) Preço €38.700 IUC €158,92<br />

SUZUKI VITARA 1.4T GLX ALL GRIP<br />

CONTRARIAR A TENDÊNCIA<br />

Numa altura em que a esmagadora maioria dos SUV aposta tudo (ou quase...) nas<br />

versões Diesel, a Suzuki contraria a tendência e dá preferência à gasolina. Por isso, o<br />

Vitara que, aqui, surge em apreço está equipado com um motor turbo de 1,4 litros com<br />

140 cv (designado Boosterjet), recorrendo à injeção direta de gasolina para otimizar consumos e<br />

emissões, que, como se sabe, saíram penalizados pela entrada em vigor do novo protocolo WLTP.<br />

Associado ao nível de equipamento GLX, com caixa manual e tração integral (sistema All Grip), o<br />

Vitara custa €28.443 (sem incluir despesas e o dourado metalizado que dá elegância à carroçaria).<br />

No entanto, quem aderir a uma campanha, que inclui financiamento, verá o preço baixar €2.700,<br />

passando, neste caso, este SUV a custar €25.743. Sem dúvida, uma boa notícia. Mas tenha ele campanha<br />

ou não, a verdade é que o Vitara, que não prima propriamente por ser muito económico, é uma agradável surpresa. Os plásticos interiores podiam<br />

ser menos duros? Podiam. A insonorização podia ser mais cuidada? Sem dúvida. Mas dificilmente o espaço, o equipamento, os dispositivos de segurança<br />

e o posto de condução agradariam mais. Fazendo uma inevitável comparação com as anteriores gerações do Vitara, este novo evoluiu consideravelmente.<br />

Mal seria se assim não fosse. Pese embora o comando da caixa manual de seis velocidades ser algo renitente, a condução é agradável, com o sistema All Grip<br />

a vincar o lado mais aventureiro deste SUV. O conforto é bastante razoável e as prestações do motor são muito interessantes.<br />

Motor 4 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1373 Potência máxima (cv/rpm) 140/5500 Binário máximo (Nm/rpm) 220/1500-4000<br />

Velocidade máxima (km/h) 200 0-100 km/h (s) 10,2 Consumo combinado (l/100 km) 7,5 (WLTP) Emissões de CO 2 (g/km) <strong>169</strong> (WLTP)<br />

Preço €28.443 IUC €158,92<br />

72 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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tecnologia<br />

MAZDA SKYACTIV-X<br />

DAME MÁS DIESOLINA<br />

A MAZDA INICIOU EM PORTUGAL A COMERCIALIZAÇÃO DOS MODELOS 3 E CX-30 EQUIPADOS COM O NOVO MOTOR<br />

SKYACTIV-X. ATÉ AQUI, NADA DE NOVO. MAS SE LHE DISSERMOS QUE ESTE MOTOR A GASOLINA TRABALHA COM O<br />

PRINCÍPIO DO MOTOR DIESEL? É VERDADE. NESTAS PÁGINAS, EXPLICAMOS-LHE COMO ACONTECE O PROCESSO DE<br />

FUNCIONAMENTO DESTE PROPULSOR QUE A PRÓPRIA MARCA APELIDA DE DIESOLINA por Ricardo Carvalho<br />

A<br />

ideia de combinar a ignição<br />

por compressão com a ignição<br />

por faísca não é nova.<br />

Já apareceu em diversos protótipos,<br />

vários fabricantes já o tentaram anteriormente,<br />

desde a Daimler ao<br />

Grupo Hyundai, mas a verdade é<br />

que, até à data, ninguém conseguiu<br />

ser eficaz e colocar o projeto numa<br />

linha de produção em série. Até que<br />

apareceu a Mazda, que acreditou ser<br />

possível colocar na linha de montagem<br />

um motor com estas características.<br />

Como a marca japonesa utiliza,<br />

normalmente, taxas de compressão<br />

eleva<strong>das</strong> nos seus motores Skyactiv a<br />

gasolina, todo este desenvolvimento<br />

acabou por ser uma evolução lógica.<br />

Diesel com vela<br />

A teoria passa por aumentar a compressão<br />

até esta provocar a ignição,<br />

como acontece nos motores a gasóleo.<br />

Isto é possível, mas a grande<br />

dificuldade estava precisamente na<br />

conciliação de tudo isto com a combustão<br />

por faísca. Até que a Mazda<br />

entrou no “jogo”. Através de um processo<br />

denominado Spark Controlled<br />

Compression Ignition (SPCCI), ou<br />

ignição por compressão controlada<br />

por faísca, a marca cria zonas distintas<br />

de mistura ar/combustível na<br />

câmara de combustão. E não elimina<br />

a faísca. Como assim, não elimina a<br />

faísca? Isso mesmo. Este motor a gasolina<br />

com funcionamento de Diesel<br />

74 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ATRAVÉS DO PROCESSO DENOMINADO SPARK CONTROLLED COMPRESSION<br />

IGNITION (SPCCI), A MAZDA CRIA ZONAS DISTINTAS DE MISTURA AR/<br />

COMBUSTÍVEL NA CÂMARA DE COMBUSTÃO. E NÃO ELIMINA A FAÍSCA<br />

continua a ter uma vela (por êmbolo)<br />

para produzir a faísca para ocorrer a<br />

explosão.<br />

Nos regimes mais baixos, o motor<br />

Skyactiv-X utiliza um compressor<br />

para empobrecer a mistura com duas<br />

a três vezes mais ar do que gasolina.<br />

Um motor “normal” não seria capaz<br />

de provocar a explosão. O Skyactiv-X<br />

começa por aumentar a compressão<br />

até aos 16,3:1, antes de injetar combustível<br />

diretamente para a zona<br />

da vela. Basta uma pequena faísca,<br />

mais pequena do que durante o ciclo<br />

normal, para provocar a ignição do<br />

combustível. Esta ignição provoca o<br />

aumento da pressão na câmara de<br />

combustão até ao ponto desta se propagar<br />

à restante mistura pobre.<br />

Combustão por compressão<br />

Aumentando a carga, o motor muda<br />

impercetivelmente para o modo de<br />

combustão normal. A relação estequiométrica<br />

de combustível e ar assume<br />

um valor mais convencional:<br />

14,7:1. Este modo de funcionamento<br />

acontece apenas nos regimes mais<br />

elevados ou quando o motor está<br />

muito frio. O controlo preciso da ignição<br />

evita problemas de combustão,<br />

como a detonação, assegurando uma<br />

transição impercetível entre os modos<br />

de combustão por compressão e<br />

faísca. Sempre que o veículo circula<br />

no modo combustão por compressão,<br />

o motor utiliza menos combustível,<br />

produzindo menos CO 2.<br />

O processo é, de facto, muito simples<br />

e já estava tudo inventado. Bastou<br />

combinar componentes dos blocos<br />

Diesel e gasolina e acrescentar quatro<br />

sensores de pressão, um por cilindro.<br />

O resto... é programação. Com a<br />

nova tecnologia Skyactiv-X, o bloco<br />

de 1998 cc debita 180 cv às 6000 rpm<br />

e 224 Nm às 3000 rpm. Tal como o<br />

motor Skyactiv-G, o novo Skyactiv-X<br />

está equipado com o sistema Mazda<br />

M Hybrid (sistema mild-hybrid<br />

de 24 Volt que acrescenta eficiência<br />

através do reaproveitamento da<br />

energia recuperada no processo de<br />

desaceleração, alimentando um motor<br />

elétrico, que, por sua vez, assiste<br />

o motor principal), podendo ser associado<br />

a caixas manuais ou automáticas<br />

de seis velocidades e a tração<br />

dianteira ou integral. Quanto a manutenção,<br />

a Mazda afirma que, face<br />

a um Diesel, este motor só precisa<br />

de mudar as velas a cada 64 mil km<br />

sendo, em tudo o resto, muito semelhante.<br />

l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 75


Mundo<br />

Automóvel<br />

NOTÍCIAS por Bruno Castanheira<br />

HYUNDAI<br />

DEU NAS VISTAS NO SEMA SHOW<br />

A Hyundai juntou-se aos líderes da indústria - Bisimoto Engineering<br />

e Rockstar Performance Garage - para criar e apresentar dois<br />

novos concepts no SEMA Show 2019, que decorreu, em Las Vegas,<br />

no estado norte-americano do Nevada, de 5 a 8 de novembro.<br />

Os Bisimoto VeslosterRaptor N Concept e Rockstar Performance<br />

Garage Kauai Ultimate Concept deram nas vistas no espaço da<br />

marca sul-coreana. Concebido para ser um “Type R Killer”, o<br />

Bisimoto VelosterRaptor N Concept oferece 320 cv e uma imagem<br />

exuberante, sendo fruto da colaboração de uma equipa de<br />

quatro engenheiros de várias disciplinas (aeroespacial, mecânica<br />

e química) para aperfeiçoar o chassis do Veloster e melhorar a<br />

eficiência térmica do motor. Já o Rockstar Performance Garage<br />

Kauai Ultimate Concept (equipado com tração integral e motor<br />

turbo), revela o seu lado explorador.<br />

SEAT MII ELECTRIC<br />

LIGADO À CORRENTE<br />

A<br />

SEAT inicia a sua ofensiva elétrica com o lançamento do Mii electric. Este primeiro SEAT<br />

100% elétrico de produção abre caminho a futuros modelos que se juntarão à família. Mais<br />

veículos elétricos (EV) e híbridos plug-in elétricos (PHEV) serão lançados num futuro<br />

próximo pela marca espanhola, incluindo o 100% elétrico el-Born, as versões híbri<strong>das</strong> plug-in do<br />

Tarraco e Leon e as versões híbri<strong>das</strong> plug-in de elevada performance CUPRA Formentor e CUPRA<br />

Leon. Equipado com um motor elétrico de 61 kW (83 cv), o Mii electric assegura até 259 km de<br />

autonomia, ainda que, em utilização citadina, este valor possa chegar aos 358 km com uma única<br />

carga (WLTP). Uma vez ligada através do carregador rápido de corrente contínua (DC), a bateria de<br />

iões de lítio pode ser recarregada até 80% da sua capacidade em apenas uma hora ou durante cerca<br />

de quatro horas a 7.2 kW (sistema de Wallbox ou infraestrutura pública).<br />

AUDI A4<br />

MELHOR DO QUE NUNCA<br />

L<br />

ançada em 2015 e recentemente alvo de uma atualização, a quinta geração do Audi A4 recebeu<br />

um profundo restyling para incorporar, também, a nova linguagem de design. O maior<br />

dinamismo <strong>das</strong> linhas da carroçaria reflete-se num conjunto mais atraente, enquanto no<br />

interior se destaca a funcionalidade e a introdução de tecnologias inovadoras nos campos da digitalização,<br />

dos sistemas de infoentretenimento e de assistência à condução. A gama de motores é ampla e<br />

diversificada, contando com escolhas potentes e eficientes. Na fase inicial de comercialização em Portugal,<br />

a gama reparte-se entre os seguintes motores: 35 TDI de 163 cv (tração dianteira e caixa s tronic<br />

de sete velocidades); 40 TDI de 190 cv (tração dianteira ou quattro com caixa s tronic de sete); allroad<br />

40 TDI de 190 cv (tração quattro com caixa s tronic de sete); allroad 45 TDI de 231 cv (tração quattro<br />

e caixa Tiptronic de oito); S4 V6 3.0 TDI de 347 cv (tração quattro e caixa Tiptronic de oito).<br />

LAND ROVER DEFENDER<br />

JUNTA-SE A JAMES BOND<br />

O mais recente modelo da marca britânica é um dos protagonista da<br />

nova saga do agente secreto mais famoso do mundo, no 25.° filme<br />

oficial de James Bond. “No Time to Die” é o primeiro filme onde<br />

aparece o novo Defender, a última evolução deste lendário modelo,<br />

que participa numa sequência de perseguição. Os especialistas da<br />

equipa deste filme do agente secreto inglês 007 testaram o novo<br />

Defender nas condições de todo-o-terreno mais extremas, onde<br />

o modelo demonstrou o seu carácter imbatível. O novo Defender<br />

oferece uma altura ao solo de 291 mm e anuncia uma geometria<br />

todo-o-terreno de nível mundial, pelo que a versão 110 pode<br />

vangloriar-se de estar equipada com ângulos de ataque, ventral<br />

e saída de 38°, 28° e 40°, respetivamente. A passagem a vau é de<br />

900 mm, sendo conjugada com o novo programa Wade do Sistema<br />

Terrain Response 2, de modo a assegurar que os condutores possam<br />

atravessar cursos de água profundos.<br />

76 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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Mundo<br />

Automóvel<br />

USO PROFISSIONAL NIKOLA TRE<br />

CABEÇA,<br />

TRONCO E<br />

MEMBROS<br />

A NIKOLA MOSTROU O SEU MAIS RECENTE CAMIÃO MOVIDO A HIDROGÉNIO. CHAMA-SE TRE E PROMETE<br />

UMA AUTONOMIA AO NÍVEL DE UM CAMIÃO ALIMENTADO A COMBUSTÍVEL FÓSSIL. ASSIM QUE A REDE DE<br />

HIDROGÉNIO SE ESTENDER PELA EUROPA, A MARCA NORTE-AMERICANA PODE COMEÇAR A VENDER ESTE<br />

ARROJADO VEÍCULO PESADO<br />

por<br />

Ricardo Carvalho<br />

A<br />

Nikola apresentou o Tre, um<br />

novo protótipo de camião<br />

alimentado a célula de combustível,<br />

especialmente desenvolvido<br />

para o mercado europeu. Com uma<br />

potência de até 1.020 cv e um binário<br />

de 2.700 Nm, o mais recente peso-<br />

-pesado do fabricante norte-americano<br />

está preparado para cumprir a<br />

sua função no transporte de longo<br />

curso. Nomeadamente, se tivermos<br />

em linha de conta que o seu motor<br />

elétrico alimentado a hidrogénio,<br />

através de uma célula de combustível,<br />

confere ao Nikola Tre uma<br />

autonomia que se situa entre 500 e<br />

1.200 km depois de efetuar um abastecimento<br />

completo, processo que<br />

demora entre 15 e 20 minutos. De<br />

registar o feito alcançado na votação<br />

do ITOY (International Truck of the<br />

Year) 2020, onde este concept alcançou<br />

o segundo lugar no prémio “Inovação<br />

e Tecnologia”.<br />

A ausência de uma rede de abastecimento<br />

de hidrogénio adequada para<br />

o transporte na Europa é um dos problemas<br />

que podem “castrar” o êxito<br />

do Nikola Tre no Velho Continente.<br />

Trevor Milton, responsável pela mar-<br />

IVECO INVESTE NA NIKOLA<br />

A CNH Industrial, grupo que detém a Iveco,<br />

anunciou um investimento de 250 milhões de<br />

dólares na Nikola Motors, formando parte da<br />

última ronda de financiamento da nova empresa<br />

norte-americana, cujo objetivo passa por reunir<br />

um valor de capital superior aos dois milhões de<br />

dólares. Mas, para além da transação financeira,<br />

a Nikola vai receber a colaboração <strong>das</strong> marcas<br />

de veículos comerciais e comboios de potência<br />

ca, tem fé que este tipo de combustível<br />

consiga dar um salto, até porque já<br />

existem várias propostas no mercado<br />

movi<strong>das</strong> com este tipo de combustível,<br />

tanto na Europa como nos EUA.<br />

Mundo melhor<br />

Durante a celebração do Nikola<br />

da CNH Industrial, Iveco e FPT Industrial para o<br />

desenvolvimento, produção e comercialização<br />

dos seus camiões equipados com células de<br />

combustível e baterias.<br />

O acordo de colaboração, tanto a nível económico<br />

como técnico, beneficiará, também, os modelos<br />

Nikola One e Nikola Two, fundamentalmente<br />

no mercado norte-americano, bem como nas<br />

restantes regiões onde operar, entre elas a Europa.<br />

World, evento onde a marca exibe<br />

várias propostas de diversos modelos,<br />

Trevor Milton salientou: “Queremos<br />

transformar toda a indústria<br />

do transporte rodoviário. Com a<br />

visão da Nikola, o mundo será mais<br />

limpo, mais seguro e mais saudável”.<br />

A Nikola tem esperança que os seus<br />

veículos consigam alcançar o sucesso<br />

no mercado europeu e aproveitar as<br />

consequências positivas deste feito.<br />

“Imaginem a Europa sem camiões<br />

a gasóleo? As estra<strong>das</strong> seriam mais<br />

limpas e tranquilas”, enfatizou. A<br />

marca contratou mais 2.000 novos<br />

colaboradores para a sua fábrica de<br />

Phoenix, de modo a reforçar a produção<br />

dos seus vários modelos. A<br />

parceria com o Grupo CNH, do qual<br />

faz parte a Iveco, será um dos pilares<br />

da estrutura deste projeto, que vai<br />

ver a luz do dia muito em breve. l<br />

78 Dezembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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