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MANIMAL
COLECAO 2019
MANIMAL
Ficou ou vai ficar insustentável a nossa estadia na
terra caso não repensemos a relação do homem
com a natureza. Acreditamos que o avanço do
homem até ao que se tornou hoje, uma coisa
maravilhosa e de enorme orgulho, mas agora
chega, não precisamos provar a mais ninguém e
nem a nós mesmos a nossa capacidade. Ou seja,
tudo o que passamos era necessário passar, de
modo a criar uma nova responsabilidade para
com a terra e os animais que nela habitam.
No decorrer dessa Era Anthropocene culminamos
a habilidade do homem de criar, alterar e destruir
o nosso planeta. Por diversas razões, durante
esse percurso o Homem teve de se reinventar,
ou porque precisava de mais água, mais comida,
mais terra, mais cultura, mais ciência, mais
guerra, mais paz entre muitas outras coisas. E
tudo isso nos trouxe até hoje, onde tomamos o
conhecimento de que agora precisamos voltar
a ter sintonia com o nosso planeta pois caso
contrário podemos não o deixar para as futuras
gerações.
Não somos críticos sobre o percurso do Homem,
mas seremos caso nada se altere nas próximas
décadas. Oaumento populacional, foi tanto causa
como causador do período Anthropocene, mas
agora finalmente fomos confrontados com a
proximidade de uma sobrecarga que o nosso
planeta não comportará por muito mais tempo. A
vida é cíclica e é normal de tempos em tempos
sentirmos a necessidade de repensarmos onde
chegamos e onde queremos ir dali por diante,
não apenas individualmente, mas de uma forma
global, uma solução para todos nós. Quando
dizemos global, falamos de países, raças, religiões,
cidades, continentes, ou seja, a solução para uma
situação que precisa ser de todos e de tudo.
Estamos constantemente em busca da
importância da essência do Homem, tanto
individualmente, quanto no impacto que ele causa
no seu entorno. Pretendemos alertar as pessoas
para um dos pontos desta problemática, a nossa
responsabilidade com o que está acontecendo
com a nossa casa. Obem-estar do planeta tem
que estar no centro das nossas decisões, ou pelo
menos ser um dos parâmetros a ser considerado
nos nossos processos decisórios.
Observando como os outros seres vivos utilizam
os recursos naturais para construírem seu
habitat, ficamos inspirados com a arquitetura
dos pássaros; como interferem no mundo e
a forma como usam os resíduos da natureza
para fabricação das suas casas. Durante nossa
pesquisa, os ninhos dos pássaros brasileiros
João de Barros, do João Graveto e dos Tecelões
chamaram nossa atenção pelo uso do barro,
gravetos e folhas; além de todas essas casas
atenderem às necessidades dos seus moradores
e não causando impacto ao planeta.
Depois da experiência de observação dos
pássaros, nós quisemos fazer uma conexão dos
resíduos deixados pelo Homem nos centros
urbanos, comparando-os aos resíduos utilizados
pelos pássaros. Decidimos por construir uma
instalação com três casas/ninhos. Com seus
formatos em espiral, as pessoas poderão ter
uma experiência multissensorial, cheiro, cor,
temperatura, texturas e aparência. Elas serão
construídas a partir de dois aspectos distintos;
Ocentro de cada ninho será produzido com
os resíduos naturais utilizados por cada pássaro. No caminho
para a área mais externa esses resíduos serão substituídos
pelos resíduos urbanos do Homem; preservando as técnicas de
construção dos pássaros. Optamos por trabalhar com resíduos
do dia a dia do Homem: papel, madeira e plástico. No centro de
cada ninho, apresentaremos as casas originais dos pássaros
encontradas desativadas no Brasil.
Nossa motivação com esse projeto é mais do que apresentar
soluções, pretendemos apresentar uma forma diferente de vida
mostrando que o mundo foi criado com a comunhão de diversas
espécies e isso pode permanecer a existir; é só uma questão de
o que queremos deixar de legado para as sociedades futuras.
João de Barro
Nome Científico - Furnarius rufus (Gmelin,
1788) | Estado de Conservação - Pouco
preocupante
Ocasal constrói em conjunto um ninho
interessante, em formato de forno de barro,
o qual pode ser facilmente encontrado em
regiões campestres. No interior do ninho
há uma parede que separa a entrada e
a câmara incubadora, construída para
diminuir as correntes de ar e o acesso de
possíveis predadores. Utiliza como matériaprima
o barro úmido, esterco e palha, cujas
proporções dependem do tipo de solo (se
arenoso, a quantidade de esterco chega a
ser maior do que a de terra).
ø3.0 x h2.5m
Barro & Papel cartão & outros
João do Pau
Nome Científico - Phacellodomus rufifrons (Wied, 1821)
| Estado de conservação - Pouco preocupante
Constrói ninhos enormes com gravetos (razão do
nome comum). Os gravetos são relativamente grandes
para o tamanho do passarinho. Ocasal atua em
parceria na construção da casa, que será utilizada
durante todo o ano pelos dois e pela ninhada (mesmo
após voar) como local de abrigo. Ao terminar o
primeiro ninho, o casal continua colocando material
e construindo outros, em seqüência. Com isso, o
galho de apoio começa a pender e a ficar coberto
de material, destacando-se na paisagem. Em casos
extremos, o ninho chega a 2 metros de comprimento.
A câmara incubatória é forrada por grossa camada
de penas, paina, etc., de formato esférico. Oninho
geralmente localiza-se em árvores isoladas, na
extremidade de galhos flexíveis, que acabam por
vergar com o excesso de peso. Sua construção pode
ocorrer com a participação de todo o grupo e não
apenas do casal. Põe 3 ovos.
Rufous-fronted Thornbird
urnariidae: : Phacellodomus rufifrons)
fotografia: Luis FLorit
ø3.0 x h2.5m
Vime & palletes
Guacho
Nome Científico - Cacicus haemorrhous(Linnaeus,
1766)| Estado de Conservação - Pouco
preocupante
Somente a fêmea constrói o ninho em forma de
bolsa com 40 a 70 centímetros de comprimento,
em colônias, com material de vários vegetais e
localização variada, podendo ser à pouca altura
sobre a água, no alto de árvores no meio da
floresta ou em palmeiras nas bordas da floresta.
Põe 2 a 3 ovos brancos com pontos e manchas
avermelhados e roxos, tendo de 2 a 3 ninhadas
por período de reprodução.
fotografia: Nunes da Costa
ø3.0 x h2.5m
Rede de Pesca & Fibra de Coco & outros
www.mameluca.com.br