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*Dezembro/2019 - Revista Biomais 36

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PRINCIPAL<br />

J<br />

á não é novidade para ninguém, mesmo a<br />

passos tímidos, que a economia brasileira está<br />

retomando o crescimento após quase uma<br />

década de retração que resultou em uma estagnação<br />

considerável em todos os setores industriais.<br />

No caso da geração de biomassa, um segmento ainda<br />

em desenvolvimento no Brasil, não foi diferente. Mas,<br />

mesmo assim, as empresas fornecedoras de maquinários<br />

souberam driblar as dificuldades e trouxeram para<br />

o consumidor peças com alta performance e grande<br />

retorno financeiro.<br />

A exemplo disso, a energia de biomassa comercializou<br />

20.488 GWh (Gigawatts/hora) no SIN (Sistema Interligado<br />

Nacional), somente durante os primeiros nove<br />

meses do ano passado. Esse resultado, coletado pela<br />

Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), representa<br />

quase 10% a mais que no mesmo período de 2017.<br />

O estudo, corroborado com os dados da Câmara<br />

de Comercialização de Energia Elétrica, mostra também<br />

que a bioeletricidade brasileira é duas vezes mais<br />

produtiva que a cadeia de energia elétrica de um dos<br />

nossos países vizinhos, o Paraguai.<br />

Já em <strong>2019</strong>, essa recente prática energética desbancou<br />

a produção de eletricidade por termelétricas de<br />

carvão vegetal, produzindo 13.387 GWh para o SIN, um<br />

volume 2,5 vezes maior que essa atividade de origem<br />

fóssil.<br />

E os números poderiam ser ainda melhores, caso<br />

houvesse maior engajamento dos órgãos públicos em<br />

incentivar o uso da biomassa. A Associação da Indústria<br />

da Cogeração de Energia estima que a receita gerada<br />

pelas usinas de biomassa poderia ser até R$ 1 bilhão<br />

maior, por safra do setor sucroenergético, se o MME<br />

(Ministério de Minas e Energia) aprovasse pleito da<br />

associação para mudar a portaria que define os limites<br />

da garantia física das usinas a biomassa. De acordo com<br />

a associação, bastaria uma medida infralegal do MME<br />

para o país ter 1 GW (Gigawatt) na geração vinda do<br />

setor sucroenergético.<br />

Já o diretor de Tecnologia e Regulação da Cogen,<br />

Leonardo Caio Filho, defende que bastaria uma simples<br />

alteração na Portaria MME nº 564/2014 para ampliar<br />

os montantes de garantia física, isto é, o volume de<br />

bioeletricidade que as usinas podem comercializar no<br />

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