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Revista dos Pneus 57

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EMPRESAS Rodrigues Tyres e Pneufurado

REPORTAGEM S. José Logística de Pneus

A revista n.º 1

dos profissionais

revistadospneus.com

57

Dezembro 2019

ANO IX | 5 euros

Periodicidade: Trimestral

Entrevista joão madeira

Gestor de comunicação e marketing da Euro

Tyre explica como a nova app lançada pela

empresa facilita a mobilidade aos clientes

avon tyres

134 anos

de história

técnica

guia de

tamanhos

FABRICANTES INOVAM

FUTURO EM

MOVIMENTO

PUB

www.yokohamaiberia.com

Investimento seguro | Rentabilizar negócio | Exemplos dos fabricantes


70

O inovador desenho do piso do Proxes TR1,

combina performances de excelência com a

exclusividade de um design único.

Os exclusivos indicadores de desgaste do piso,

auxiliam os condutores mais entusiastas da

condução desportiva a tirar o máximo rendimento

da excepcional tração e do superior

comportamento em curva do Proxes TR1.

VERÃO

Uma forte redução do impacto ambiental é

assegurada pelo maior aproveitamento da vida

útil do pneu.

Índices de velocidade V, W e Y.

Jantes 14 - 20 polegadas.

255 617 480


Editorial

Diretor

João Vieira

joao.vieira@apcomunicacao.com

Editor executivo

Bruno Castanheira

bruno.castanheira@apcomunicacao.com

Redação

Jorge Flores

jorge.flores@apcomunicacao.com

Joana Calado

joana.calado@apcomunicacao.com

Mantenha-se

atento

JOÃO VIEIRA, Diretor

Diretor comercial

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Gestor de clientes

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webmaster

António Valente

IMagem e Multimédia

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Arte

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e contabilidade

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Trimestral

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Nos termos legais em vigor, é totalmente

interdita a utilização ou a reprodução desta

publicação, no seu todo ou em parte, sem a

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DOS PNEUS

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2730 - 053 Barcarena Tel.: 214 345 400

TIRAGEM

5.000 exemplares

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Proprietário/Editor

JOÃO VIEIRA - PUBLICAÇÕES UNIPESSOAL,

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CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL

NO SITE WWW.REVISTADOSPNEUS.COM

As mudanças que estão a acontecer

no pós-venda automóvel

vão, inevitavelmente, ter

repercussões no comércio de

pneus e nas diversas atividades

associadas. É importante estar atento a essas

mudanças, saber interpretá-las e conhecer

as tendências do mercado. No caso das marcas

de automóveis, é previsível que melhorem o

seu posicionamento a curto prazo na distribuição

de peças de substituição, incluindo

pneus. A estrutura do parque, com um maior

crescimento dos automóveis com menos de

cinco anos, é favorável aos concessionários, os

quais estão mais preparados para as mudanças

e têm maior capacidade de investimento face

ao canal multimarca, porque são intervenientes

muito maiores e com muito mais músculo

financeiro, o qual vai ser necessário para os

investimentos exigidos pelos novos desafios

do pós-venda. É razoável pensar que os concessionários

vão melhorar, significativamente,

o seu posicionamento, enquanto as oficinas

independentes vão ter de ceder parte do seu

negócio, o que resultará em tensões nos preços,

as quais já se começam a fazer sentir.

Por outro lado, o número de decisores sobre

onde realizar a reparação do veículo irá diminuir,

o que resultará numa concentração

do negócio de pós-venda. Estamos a dirigir-

-nos para um mercado onde a utilização tem

prioridade sobre a posse do veículo. Isto

implica que a propriedade dos veículos

tenderá a concentrar-se em menos proprietários

a médio prazo. Existirão, portanto, dois

níveis de relação, com o proprietário da

frota e a tradicional com o utilizador, e resta

ver como se posicionam os diversos intervenientes.

Mas, naturalmente, haverá menos

decisores e menor necessidade de intermediação,

pelo que as oficinas independentes

poderão ser prejudicadas.

Esta concentração na propriedade do veículo

implicará uma concentração do negócio de

pós-venda. As empresas de renting e as seguradoras

vão manter nas suas políticas de

concentração de negócio de pós-venda uma

forte pressão sobre o preço. E as marcas de

automóveis vão favorecer que as frotas sob

o seu controlo (renting de marca ou carsharing)

recebam manutenção nas suas próprias redes

de concessionários. Por último, o canal online

será consolidado, podendo ser controlado

por agentes atuais do mercado de peças de

substituição. Apesar de o canal online ter,

atualmente, uma presença mínima com uma

quota de mercado inferior a 1% e embora

num horizonte de três anos seja previsível que

atinja apenas os 3%, as previsões europeias

projetam um cenário com 10-15% de quota

em 2025. O crescimento do canal online é

indiscutível e rapidamente tornar-se-á exponencial.

A transparência de preços será acelerada

ou ganhará ainda maior evidência em

todos os canais ao disponibilizar informação

de preços de referência dos diferentes pneus.

E, muito importante, com o crescimento do

canal online, a distribuição perderá poder

prescritivo e, por conseguinte, a marca do

fabricante de pneus ganhará relevância.

A crescente transparência em toda a cadeia

de valor gerará tensões nos preços, resultando

numa maior pressão por parte dos distribuidores

para reduzir o diferencial de preços

com o canal de marcas. O resultado levará a

que a compressão de margens tenda a aumentar,

sendo esta uma das maiores preocupações

de todos os agentes da cadeia.

Com este panorama, não é de estranhar que

surja um aumento de tensão na relação

entre fornecedores e distribuidores.

O automóvel do futuro será elétrico, conectado,

autónomo, partilhado e personalizado.

Quando este for uma realidade, irá verificar-

-se uma redução de cerca de 40% no pós-

-venda por causa dos elétricos. Porque, com

os autónomos, as oficinas de chapa e pintura

vão ter um volume de negócio reduzido.

E porque, em 2030, um em cada três quilómetros

conduzidos será realizado por um

automóvel partilhado. Estas tendências vão

afetar o volume e a estrutura do mercado,

bem como os modelos de negócio de todos

os agentes.

www.revistadospneus.com | 03


Produto estrela

Avon ZX7

Máximo rendimento

Distribuída em Portugal, desde janeiro de 2019, pela NEX Tyres, a Avon Tyres dispõe de

um amplo portefólio de produtos para automóveis e motos. Um dos pneus

mais evoluídos da sua oferta dá pelo nome de ZX7. Concebido para modelos CUV/SUV

de médio e grande porte, está disponível em 48 dimensões, com jantes de 16” a 21”

e códigos de velocidade H, V, W e Y

Por: Bruno Castanheira

O

ZX7, da Avon Tyres, marca

britânica que é distribuída

no nosso país, desde janeiro

de 2019, pela NEX Tyres, é um

pneu de elevado desempenho para modelos

CUV/SUV de médio e grande porte.

Embora se trate de um produto concebido

para uma utilização 100% em estrada, também

anuncia uma resposta extraordinária

na direção, graças à sua baixa massa. Disponível

em 48 dimensões, com jantes de

16” a 21” e códigos de velocidade H, V, W e

Y, o ZX7 ostenta a classificação “A” no que

diz respeito à aderência em piso molhado.

O seu desenho assimétrico, exclusivo, foi

especialmente projetado para suportar o

peso de automóveis de grande volume e

ajuda a melhorar a aderência em piso molhado,

otimizando a resposta da direção e

evitando o aquaplaning.

O ZX7 incorpora lamelas 3D com pontos

tridimensionais interconectados, que

melhoram a manobrabilidade e reduzem

o desgaste. As lamelas 3D oferecem

os mesmos benefícios das lamelas tradicionais,

ajudando o pneu a aquecer mais

rapidamente e proporcionando maior

aderência em piso molhado. E ao limitarem

a quantidade de flexão no bloco do

piso, as lamelas 3D ajudam a controlar a

quantidade de calor gerada em ambiente

seco, acabando por manter o bloco do

piso estável.

Os moldes da linha de pneus ZX7 recorrem

à mais avançada tecnologia no design de

molas de ventilação, de modo a obter estilo

e qualidade superior. Grande parte da eficácia

superior em piso molhado deste pneu

de verão UHP da Avon Tyres deve-se ao

composto de sílica acoplado, que melhora

a aderência. A tecnologia de polímero funcional

mais recente contribui, também, para

a excelente aderência em pisos molhado

e seco. O ZX7 anuncia ainda construção

leve e baixa resistência ao rolamento. ♦

04 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


TRAVÕES BATERIA REVISÃO MECÂNICA MUDANÇA ÓLEO CLIMATIZAÇÃO PNEUS PRÉ-CONTROLO

TÉCNICO

SUSPENSÃO VISIBILIDADE KIT DE

ESCAPE

DISTRIBUIÇÃO

“A MINHA OFICINA

JÁ É RECONHECIDA

EM TODO O MUNDO”

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A EUROREPAR CAR SERVICE é uma ampla rede internacional de reparadores, com um vasto e profundo

conhecimento do mercado multimarca. Presente em 22 países, com mais de 4000 oficinas em todo

o mundo e mais de 120 em Portugal, o nosso grupo tem tudo o que precisa para levar a sua oficina ainda

mais longe.

Algumas das vantagens dos nossos aderentes:

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Equipamento do mês

Hofmann Geodyna 9000p

Diagnóstico com equilíbrio

A Lusilectra estabeleceu um acordo de parceria com a Hofmann, empresa pertencente

ao universo do Grupo Snap-on e que está vocacionada para os equipamentos

de pneus. Um deles dá pelo nome de Geodyna 9000p. Trata-se de uma máquina de

equilibrar rodas que é, também, um centro de diagnóstico, tendo capacidade para fazer

o check-up completo à roda

Por: Bruno Castanheira

A

Hofmann mudou de representação

em Portugal. E a novidade

foi apresentada ao mercado na

edição de 2019 do Salão MECÂ-

NICA, que se realizou, em Lisboa, de 22 a

24 de novembro. A Lusilectra, empresa do

Grupo Salvador Caetano, iniciou, assim, a comercialização

dos equipamentos Hofmann

no nosso país, marca com mais de 80 anos

de história que pertence ao universo do

Grupo Snap-on.

A Hofmann é, não só, reconhecida pela

qualidade e inovação dos seus produtos,

como, também, pela performance das suas

máquinas de desmontar pneus, equilibrar

rodas e, claro, para alinhamento automóvel.

A parceria estabelecida entre a Lusilectra e

a Hofmann surge como uma mais-valia para

ambas as partes e para todos os intervenientes.

Desta forma, a Lusilectra vê reforçado e

melhorado o seu portefólio de equipamentos

para pneus e, consequentemente, uma

melhoria do seu serviço pós-venda.

A máquina de equilibrar rodas Geodyna

9000p é, também, considerada um centro

de diagnóstico, tendo capacidade para fazer

o check-up completo à roda. Eis as principais

vantagens competitivas anunciadas para

este evoluído equipamento: imagens de

Características técnicas

análise em 3D; cinco câmaras de alta resolução

executam o scan detalhado de todo

o pneu; análise do piso e da profundidade

dos pneus; otimização da posição das rodas

no veículo; monitor tátil; deteção de defeitos

e desgastes nos pneus e nas jantes; análise

da parede lateral e do piso; pré verificação

do alinhamento; previsão de desgaste dos

pneus; índice de tração dos pneus. ♦

Gama de aperto 12”-30”

Largura máxima da roda 15”

Diâmetro da roda 47”

Velocidade de rotação

Descolamento / Enchimento do pneu

Easymont pro

Elevador de roda

7-20 rpm

Sim

Standard

Standard

06 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


DINÂMICO

INOVADOR

ALTO DESEMPENHO

DX640

Pneu com design dinâmico,

para automóveis ligeiros e SUV,

desenhado para aderência

máxima e alto desempenho.

Design inovador do piso,

conjugado com um composto

avançado de sílica para um

desempenho ótimo e uma

condução ágil.


Quatro ranhuras longitudinais garantem

a ótima dissipação da água, permitindo

níveis superiores de aderência em

pavimento molhado.

Design assimétrico com uma banda

exterior contínua para aderência

avançada nas curvas e um design

de blocos cónicos interiores para tração

em tempo húmido.

A disposição dos blocos alargados

do ombro com ranhuras compartimentadas

contém ativamente o ruído e garante

uma condução silenciosa.

As formas inovadoras dos blocos variam

com o desgaste do piso, garantindo

um desempenho progressivo ao longo

da vidaútil do pneu.

Proteção de jante integrada para

prevenir danos na roda.

BAIXO NÍVEL

DE RUÍDO

ADERÊNCIA

EXCECIONAL

CONDUÇÃO

DESPORTIVA

OFFICIAL PARTNER

OF EVERTON F.C.

Since 2017


Mercado

Sempre

a descer

Em outubro de 2019, o mercado de pneus novos de substituição, em

Portugal, no segmento Consumer, caiu 7,4% face a igual mês de 2018.

Já no acumulado dos 10 meses deste ano, verificou-se, para não variar,

também uma queda, ainda que menos acentuada: 1,6%

Por: Bruno Castanheira

De acordo com dados do Europool,

em outubro de 2019, no que ao

mercado de pneus novos de

substituição disse respeito,

venderam-se, em Portugal, no segmento

Consumer (ligeiros de passageiros, comerciais

ligeiros e 4x4), 237.387 unidades, ou

seja, menos 19.101 comparativamente ao

período homólogo do ano anterior. O que,

na prática, traduziu-se numa descida de

7,4%. Quanto ao acumulado dos 10 meses

deste ano, registou-se, também, uma queda,

ainda menos acentuada, 1,6% (2.517.731

unidades contra 2.476.917 transacionadas

entre janeiro e outubro de 2018).

Na divisão por categorias, no décimo mês de

2019, o mercado nacional “absorveu” 200.566

pneus radiais para veículos de passageiros

(-8,4% do que em outubro de 2018), 20.780

pneus radiais para veículos comerciais ligeiros

(-12,9%) e 16.041 pneus 4x4 (+17,9%). No

acumulado de janeiro a outubro de 2019,

por comparação com os primeiros 10 meses

de 2018, o Europool indica que foram vendidos,

no nosso país, 2.124.110 pneus radiais

para veículos de passageiros (-2,7%), 202.338

pneus radiais para veículos comerciais ligeiros

(+1,5%) e 150.469 pneus 4x4 (+10,9%).

Analisando os segmentos, em outubro de

2019, a maior fatia pertenceu aos pneus premium,

com 114.475 (-4%), seguindo-se os

mid, com 60.954 (+4,2%), e os budget, com

60.854 (-21,6%). No acumulado de janeiro

a outubro de 2019, os números alteram-

-se para 1.179.297 pneus premium (-1,5%),

590.822 pneus mid (+0,2%) e 696.837 pneus

budget (-2,9%) comparativamente aos 10

primeiros meses de 2018.

Quanto à tipologia, em outubro de 2019,

foram comercializados 63.686 pneus HRD,

ou seja, destinados a jantes de 17” para cima

(-0,6%), 16.041 pneus SUV/4x4 (+17,9%),

9.479 pneus RFT (+9%) e 2.266 pneus All

Season (+14,2%). Números que, no acumulado

de janeiro a outubro de 2019, alteram-se

para 701.894 pneus HRD (+10,1%), 150.469

pneus SUV/4x4 (+10,9%), 116.959 pneus RFT

(+25,8%) e 18.253 pneus All Season (+44,5). ♦

08 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Europool

UNIDADES OUTUBRO 2018 OUTUBRO 2019 VARIAÇÃO

TOTAL 256.488 237.387 -7,4%

Passageiros 219.024 200.566 -8,4%

Comerciais 23.862 20.780 -12,9%

4x4 13.602 16.041 +17,9%

All Season 2.642 2.266 -14,2%

HRD 64.048 63.686 -0,6%

RFT 8.697 9.479 +9%

SUV/4x4 13.602 16.041 +17,9%

Budget 77.660 60.854 -21,6%

Mid 58.524 60.954 +4,2%

Premium 119.280 114.475 -4%

12” 34 11 -67,6%

13” 9.582 9.129 -4,7%

14” 33.916 28.212 -16,8%

15” 76.324 65.287 -14,5%

16” 71.560 69.891 -2,3%

17” 41.699 36.959 -11,4%

18” 15.527 16.588 +6,8%

19” 4.852 6.832 +40,8%

20” 1.491 2.291 +53,7%

21” 398 730 +83,4%

22” 81 281 +246,9%

23” 0 5 -

UNIDADES JAN./OUT. 2018 JAN./OUT. 2019 VARIAÇÃO

TOTAL 2.517.731 2.476.917 -1,6%

Passageiros 2.182.655 2.124.110 -2,7%

Comerciais 199.362 202.338 +1,5%

4x4 135.714 150.469 +10,9%

All Season 12.632 18.253 +44,5%

HRD 637.759 701.894 +10,1%

RFT 92.996 116.959 +25,8%

SUV/4x4 135.714 150.469 +10,9%

Budget 717.728 696.837 -2,9%

Mid 589.410 590.822 +0,2%

Premium 1.197.546 1.179.297 -1,5%

12” 377 207 -45,1%

13” 99.605 91.285 -8,4%

14” 331.161 304.757 -8%

15” 715.162 666.646 -6,8%

16” 720.352 701.929 -2,6%

17” 394.372 422.871 +7,2%

18” 160.800 179.695 +11,8%

19” 54.333 61.117 +12,5%

20” 18.998 25.893 +36,3%

21” 7.972 10.056 +26,1%

22” 1.285 2.167 +68,6%

23” -3 95 -3.166,7%

www.revistadospneus.com | 09


Destaque

E se

os pneus

falassem?

10 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Futuro em movimento

Num horizonte não muito longínquo, os pneus comunicarão diretamente com os

automóveis e condutores, dispensando o ar comprimido. Nas próximas páginas, a

Revista do Pneus mostra-lhe por onde “rola” a tecnologia dos grandes fabricantes

Por: Jorge Flores

Redondos, pretos e com um buraco

no meio? Sim, os pneus (ainda)

continuam a ser isso tudo e a servir

de (único) elo de ligação entre o

veículo e a estrada. Mas muito do que sabemos,

atualmente, sobre pneus está a mudar.

A um ritmo alucinante. Hoje, estes são já

produtos tecnológicos, onde os principais

fabricantes investem milhões de euros. Ambientais

como nunca? Sem ar comprimido?

Conectados e competentes para comunicar

como condutor? Tudo isso (e muito mais...) se

encontra, neste momento, a “rolar” nos centros

de investigação e desenvolvimento dos

construtores mundiais do setor. Ao longo

destas páginas, a Revista dos Pneus procura

desvendar alguma da muita tecnologia de

vanguarda que as grandes marcas estão a

desenvolver, de modo a fazerem parte desta

revolução em movimento.

Pirelli: conectividade 5G

O fabricante italiano, por exemplo, tem centrado

as suas atenções no desenvolvimento

do Cyber Tyre. De que trata? Simples. De

uma nova geração de pneus inteligentes,

equipados com sensores, capazes de moni-

torizar, em tempo real, as condições da estrada,

antecipando e informando o condutor

sobre potenciais perigos e transmitindo os

dados recolhidos, através da rede 5G, para

infraestruturas e outros veículos ao longo

do percurso.

A Pirelli deu a conhecer este conceito durante

um evento realizado em Turim, subordinado

ao tema “O papel da tecnologia

5G na comunicação V2X”, recorrendo a uma

demonstração dinâmica, na qual a tecnologia

incorporada nos pneus do veículo de

teste permitiu identificar a existência de um

lençol de água, alertando o veículo que seguia

imediatamente atrás acerca do perigo

iminente de aquaplaning. Segundo os responsáveis

da marca transalpina, no futuro,

o Cyber Tyre será capaz de fornecer dados

ao veículo para que este consiga adaptar,

autonomamente, o nível de atuação dos

seus sistemas de assistência à condução,

otimizando segurança, conforto e prestações.

“O grande potencial da tecnologia

5G permite situar o pneu no centro de um

amplo contexto de comunicação, que está

relacionado por completo com o ecossistema

do tráfego, contribuindo, de modo

ativo, para o desenvolvimento de soluções e

serviços para o futuro da mobilidade e dos

sistemas de condução autónoma”, explica

fonte oficial do fabricante italiano.

Michelin: sem ar comprimido

Já a Michelin, em parceria com a General

Motors (GM), pretende eliminar o ar comprimido

dos pneus. O fabricante pretende, por

isso, encarar o futuro de “pulmões cheios”.

www.revistadospneus.com | 11


Destaque

Futuro em movimento

E deixou isso bem vincado na conferência

Movin’On, realizada, recentemente, em Montreal,

no Canadá. A grande novidade, neste

evento, foi o protótipo UPTIS, uma nova geração

de pneus sem ar comprimido para

automóveis. A tecnologia do UPTIS (sigla

que resulta de Unique Puncture-proof Tire

System) foi apresentada por Eric Vinesse,

diretor de pesquisa e desenvolvimento do

Grupo Michelin, para quem o protótipo

representa a visão que a empresa tem “a

favor da mobilidade durável”, garantindo

que, apesar de ser, hoje, apenas “um conceito,

será um dia realidade”.

A tecnologia do UPTIS é resultado de 10 anos

Bridgestone: mobilidade total

Outro fabricante que não tira os olhos do

futuro, é a Bridgestone. Combinando a sua

experiência na indústria de pneus com uma

aposta forte em investigação e desenvolvimento

– e uma compreensão ímpar

dos condutores e o desenvolvimento de

capacidades digitais -, a Bridgestone dispõe

de respostas para muitos dos desafios

enfrentados atualmente pelos condutores,

através de uma ampla gama de soluções de

mobilidade e aplicações digitais que ajudam

a responder às necessidades dos clientes.

Mobox, um serviço completo de subscrição

mensal que disponibiliza novos pneus, garantia

total e outros serviços relacionados a

veículos premium por um preço acessível,

de modo a permitir que os consumidores

mantenham as despesas sob controlo. Não

menos importante, o Webfleet, uma solução

premiada de gestão de frotas. A beneficiar

mais de 50 mil clientes de todo o mundo,

este sistema apresenta informações em

tempo real sobre a localização dos veículos

individuais, permitindo que os gestores

de frota comuniquem, diretamente, com

de estudos. Trata-se de uma estrutura única,

que junta componentes de borracha, alumínio

e resina, além de incluir “alta tecnologia”

- que os responsáveis da Michelin preferem

não especificar -, mas que torna o protótipo

“extremamente leve e resistente”. Segundo

Eric Vinesse, a Michelin, em parceria com a

GM, acredita poder equipar os veículos com

estes inovadores pneus “em 2024”.

Outras vantagens desta criação da Michelin?

Elimina o risco de perfurações, “deixando

de haver viaturas estacionadas na beira da

estrada para trocar o pneu furado, além de

reduzir a poluição ambiental, dado que,

atualmente, são dispensados “mais de 250

milhões de pneus no mundo”, sublinha

Eric Vinesse, para quem o UPTIS garantirá

“mais mobilidade, mais segurança e menor

impacto ambiental”. Refira-se que este conceito

assenta em quatro pilares principais

de inovação: “Airless” (sem ar), “Connected”

(conectado), “3D printable” (impressão a três

dimensões) e “100% sustainable” (materiais

totalmente renováveis ou de base biológica).

Exemplos? Desde logo, o Bridgestone Connect,

uma solução de manutenção avançada

que utiliza um dongle telemático embutido

para monitorizar os principais componentes

de um veículo, como pneus, travões, bateria,

óleo do motor e sinais de alerta em tempo

real e que sinaliza qualquer problema diretamente

através de uma aplicação. Depois, o

os condutores e ajudando a melhorar o

comportamento durante a condução e a

economizar combustível. Tudo enquanto

se associa a um extenso ecossistema de

soluções de terceiros.

Mas nem tudo para o fabricante se resume

ao desenvolvimento de soluções digitais. A

empresa é pioneira numa gama de novas

12 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


muito do que sabemos, atualmente, sobre pneus está a

mudar. A um ritmo alucinante. Hoje, estes são produtos

tecnológicos, onde se investem milhões de euros

tecnologias para desenvolver o pneu do

futuro e responder a estas exigências em

constante evolução. Caso do Enliten, um

pneu leve e inovador da Bridgestone desenhado

para reduzir as emissões de CO2

e melhorar a eficiência de combustível. Ou

da B-Silent, uma tecnologia para minimizar

o ruído no veículo para todos os tipos de

pisos por forma a aumentar o conforto do

condutor. Não esquecendo nunca a tecnologia

Run Flat, que faz parte do portefólio

da Bridgestone em matéria de soluções

para furos de pneus e que permite que

um pneu sem ar continue a circular a uma

velocidade de até 80 km/h durante 80 km.

Ou ainda a B-Seal, tecnologia de selagem

automática da Bridgestone, que garante a

retenção de ar sempre que pregos, pedras

ou outros objetos perfurem até 5 mm de

diâmetro o piso do pneu.

Destaque ainda para a tecnologia ologic,

projetada para reduzir a resistência ao rolamento,

aumentar a eficiência de combustível

e reduzir as emissões de CO2 através

de dois recursos: um diâmetro grande para

reduzir o contacto do pneu com a estrada

e uma largura mais estreita para reduzir a

resistência aerodinâmica. Estas tecnologias

podem ser encontradas nos pneus que a

Bridgestone fornece como equipamento

de origem para diversos automóveis premium,

como Audi, BMW e Mercedes-Benz.

As bicicletas “Air Free” da Bridgestone são

outra das inovações do fabricante japonês.

Utilizando uma estrutura única de raios, a

tecnologia “Air Free” elimina a necessidade

de os pneus estarem cheios de ar. Esta solução

ajuda, também, a melhorar a eficiência

dos recursos, em comparação com as bicicletas

tradicionais.

Continental: pneus verdes

Para a Continental, o futuro e o ambiente

estão umbilicalmente ligados. Segundo

os responsáveis do fabricante alemão, a

conservação de recursos naturais e a economia

de combustível são as metas chave

no fabrico de pneus. E a resposta que apresenta,

neste capítulo, responde pelo nome

de w. “Desenvolvemos sustentabilidade”:

é o lema da Continental e o seu grande

foco atual. Nesse sentido, especialistas de

diversas áreas estão a estudar e a desenvolver,

em colaboração com os setores de

pesquisa e desenvolvimento da empresa,

formas de tornar o pneu do futuro ainda

mais eficiente em termos energéticos e

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Destaque

Futuro em movimento

de travagem em piso molhado.

Outra tecnologia em destaque é o designado

“pneu dente-de-leão”. Neste campo, a

Continental está a colaborar com o Instituto

Fraunhofer de Biologia Molecular e Ecologia

Aplicada (IME). O objetivo? Utilizar o látex natural

obtido a partir das raízes de dente-de-

-leão como substituto comercialmente viável

do látex natural obtido a partir de plantações

em florestas tropicais. Os dentes-de-leão podem

ser cultivados em terrenos impróprios

para culturas de subsistência. Desta forma, a

criação de “plantações junto das fábricas de

pneus” na Europa Central faz pleno sentido,

tanto a nível económico como ecológico. As

curtas distâncias de transporte traduzem-

-se na redução substancial das emissões de

CO2. Além disso, com esta medida, poderá

elétricos. Segundo testes do fabricante, os

pneus tradicionais podem sofrer um desgaste

até 30% mais rápido nos veículos elétricos,

devido ao substancial binário instantâneo dos

motores elétricos e ao peso adicional deste

tipo de veículos imposto pelos seus pesados

packs de baterias. “A combinação entre

as normas para reduzir emissões, a vontade

de reduzir a dependência de combustíveis

fósseis e os rápidos avanços registados na

tecnologia de baterias estão a criar um ambiente

ideal para veículos elétricos”, diz Chris

Delaney, presidente da Goodyear na Europa,

Médio Oriente e África (EMEA).

A juntar aos requisitos de durabilidade dos

pneus, os fabricantes de automóveis pressionam

no sentido de uma menor resistência ao

rolamento nos veículos elétricos. Aumentar

Ambientais como nunca? Sem ar comprimido? Conectados

e competentes para comunicar com o condutor? Tudo

isto (e muito mais...) se encontra em desenvolvimento

ecológicos, nas várias fases do seu ciclo

de vida: fabrico, utilização e reciclagem.

Os especialistas questionam todos os componentes

do pneu, substituindo-os, sempre

que necessário, por materiais mais “amigos”

do ambiente. De modo a tornar mais sustentáveis

as linhas de produção, a Continental

introduziu um processo de incorporação de

resíduos de borracha, que permite a reutilização

da borracha de pneus de pesados em

fim de vida, durante a recauchutagem.

O fabricante está ainda determinado em reduzir

as emissões de CO 2, através do desenvolvimento

de pneus para veículos elétricos

e híbridos. Como é o caso do produto desenvolvido

para estes últimos e que promete uma

redução de 30% da resistência ao rolamento

face a um pneu padrão. Equipados com esta

borracha, os modelos híbridos conseguem

reduzir as distâncias percorridas com o auxílio

dos seus motores de combustão interna e

aumentar as distâncias percorridas em modo

elétrico. Os engenheiros da Continental não

tiveram de abdicar de propriedades relevantes

em matéria de segurança para alcançarem

uma melhoria na resistência ao rolamento,

tal como evidenciado pela classificação “A”

atribuída ao pneu, segundo os critérios de

etiquetagem de pneus da EU, tanto para resistência

ao rolamento como para distância

reduzir-se o volume de monoculturas de

árvores-da-borracha em florestas tropicais. Simultaneamente,

o fabricante de pneus ganha

alguma imunidade à volatilidade dos preços

no mercado mundial de borracha. Tendo em

conta que 10% a 30% da borracha utilizada

em pneus provém da árvore-da-borracha (Hevea

brasiliensis), brevemente, estes benefícios

serão notórios.

Goodyear: EfficientGrip

O protótipo EfficientGrip Performance, com

tecnologia Electric Drive, é a grande aposta

da Goodyear no desenvolvimento de pneus

especificamente concebidos para veículos

a autonomia é uma prioridade clara para os

consumidores, devido a uma subdesenvolvida

infraestrutura de recarregamento elétrico na

maioria dos países. O silêncio e o conforto dos

pneus são outras considerações, dado que, a

baixas velocidades, os veículos elétricos geram

apenas metade da quantidade de ruído

face aos veículos tradicionais. Para enfrentar

estes desafios, o protótipo EfficientGrip Performance,

com tecnologia Electric Drive da

Goodyear, oferece diversas soluções em vários

campos. Desde logo, uma “quilometragem

aumentada, graças ao desenho inovador da

banda de rolamento: as lamelas dos sulcos

da banda de rolamento mais delgadas (pe-

14 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


quenos canais) proporcionam maior área de

contacto da borracha na superfície da estrada

face às ranhuras radiais tradicionais.

Com mais borracha na estrada, o pneu pode

lidar melhor com elevados níveis de binário,

ao mesmo tempo que mantém um excelente

desempenho em piso molhado”. Além disso,

“o desenho da banda de rolamento também

evita que as ondas sonoras entrem nas suas

ranhuras, reduzindo o ruído do pneu tanto no

interior do veículo como no exterior”.

Mas a tecnologia vai mais longe. “Construção

de elevada capacidade de carga: a forma da

cavidade do pneu foi otimizada para suportar

o peso adicional do veículo devido às baterias,

mantendo, ao mesmo tempo, um ótimo

contacto da banda de rolamento com o solo,

para uma elevada performance”. Por último,

“a autonomia aumenta: as propriedades materiais

do composto da banda de rolamento

foram ajustadas para proporcionar uma ultra

reduzida resistência ao rolamento, por

forma a ampliar a autonomia do veículo e

fazer frente aos elevados níveis de binário.

Adicionalmente, a parede lateral foi desenhada

para reduzir a resistência aerodinâmica

e o perfil produz menos massa em rotação,

do que resulta uma redução do consumo

de energia”. Segundo o mesmo responsável,

para uma empresa com 120 anos apresentar

“produtos inovadores, que ajudam a transformar

o mundo dos transportes”, o EfficientGrip

Performance, com tecnologia Electric Drive,

“é uma prova de que a Goodyear continua

a liderar neste campo rumo à mobilidade

do futuro”.

Analisar o futuro da Goodyear obriga, também,

a falar do AERO. Um pneu que tanto

circula em estrada como serve de hélice

para os automóveis voadores autónomos

do futuro. Um primeiro passo para tirar os

pneus do asfalto? Porventura. Entre as diversas

características inovadoras do protótipo

AERO, encontra-se o design: conceito multimodal

de rotor de inclinação. Serve como

trem motriz para transferir e absorver forças

para e a partir da estrada, numa orientação

tradicional e como um sistema de propulsão

de avião, para proporcionar uma elevação,

noutra orientação. Além disso, a estrutura

não pneumática é suficientemente flexível

para amortecer os impactos em estrada, mas

resistente para girar a elevadas velocidades

necessárias para que os rotores criem uma

elevação vertical. Os braços do protótipo

proporcionam apoio para suportar o peso

do veículo ou atuam como lâminas de ventilador,

de modo a garantir elevação quando

o pneu esteja inclinado.

O AERO conta ainda com uma propulsão

magnética para proporcionar propulsão

sem fricção. Algo que lhe permitiria alcançar

elevadas velocidades de rotação necessárias

para conduzir o veículo no solo, e, quando a

roda estivesse inclinada, levantar o veículo no

ar e propulsioná-lo para a frente. ♦

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Atualidade

Descubra as

diferenças

Com a chegada da neve, é importante conhecer as principais diferenças entre

pneus de inverno, pneus All Season e correntes de neve para poder tomar a opção

mais adequada. Neste artigo, explicamos-lhe tudo o que importa saber

Por: João Vieira

16 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Pneus de inverno, All Season e correntes de neve

Com o inverno à porta e a ameaça

do regresso das más condições

meteorológicas, saiba como se

deve precaver caso a neve teime

em ser um obstáculo. Comparativamente

ao uso de correntes, os pneus de inverno

são uma solução muito mais prática e fiável,

uma vez que evitam a montagem das

correntes. Os pneus de inverno permitem

alcançar quotas de segurança muito superiores

porque melhoram a tração em

superfícies escorregadias. Desta forma,

proporcionam maior controlo do veículo

ao subir e descer encostas e reduzem, de

forma categórica, a distância de travagem.

Os pneus de inverno têm um desempenho

ótimo sempre que a temperatura ambiente

seja inferior a 7°C.

Por outro lado, para colocar as correntes

All Season são projetados para frio e calor,

algo que não acontece com os pneus de

inverno. É importante verificar se eles dispõem

do acrónimo M+S (Mud+Snow - lama

e neve em português). Nesse caso, podem

circular com neve e não será necessário usar

correntes. Os pneus All Season também são

perfeitos para chuva, pois apresentam maior

capacidade de evacuação da água face aos

pneus convencionais, além de maior aderência.

Os pneus All Season são montados nos

dois eixos, enquanto as correntes devem

ser colocadas no eixo motor, para que não

interfiram na operação de certos sistemas de

segurança, como o ABS, o controlo de tração

ou o controlo de estabilidade. É necessário

ter um espaço para armazenar pneus de

inverno durante as estações sazonais mais

quentes. Pelo contrário, os pneus All Season

não precisam de ser retirados do veículo e é

possível circular com eles durante o verão.

CORRENTES DE NEVE

As correntes de neve são, principalmente,

utilizadas nas regiões de montanha ou numa

situação excecional quando os pneus de

inverno ou All Season deixam de ser suficientes

para circular nas melhores condições

de segurança. É necessário instalá-las

quando circulamos numa estrada com neve,

nomeadamente numa descida acentuada.

Conduzir com correntes de neve permitir-

-lhe-á manter máxima aderência à estrada.

Trata-se, então, de um equipamento de segurança

que garante a adesão do veículo à

estrada durante o inverno e que, por vezes,

é obrigatório na montanha.

Constituídas por elos metálicos, as correntes

de neve destinam-se a envolver o pneu de

modo a melhorar a aderência do mesmo ao

chão com neve. A corrente de neve é, simplesmente,

colocada à volta dos pneus das duas

rodas motoras, ou seja, os pneus da frente na

maioria dos veículos. Contrariamente ao que

se pensa, esta operação é relativamente fácil

de realizar. O principal inconveniente reside

no facto de ser necessário instalar as correntes

no frio, o que entorpece rapidamente os

dedos e complica a manobra. Para ter a certeza

de que consegue colocar as correntes

o mais rapidamente possível, aconselhamos

que pratique antecipadamente a montagem

das mesmas.

Eis uma informação a reter: é proibido conduzir

com correntes em estrada seca ou, simplesmente,

molhada. Tal poderia deteriorar

os pneus e/ou as correntes, bem como o

asfalto. Estas têm, portanto, de ser montadas

no último instante. Se tiver decidido

equipar-se, há que saber que as suas futuras

correntes de neve têm de ser adaptadas às

dimensões dos pneus. Poderá ser sensato

privilegiar correntes de neve que disponham

temos de parar o veículo e proceder a

uma operação complexa à beira da estrada,

que, em certas ocasiões, pode ter escassa segurança

ou ter iluminação insuficiente, com

o consequente risco de atropelamento. Os

pneus de inverno instalam-se nos dois eixos

do veículo e não apenas no eixo motriz. Este

facto garante que os sistemas de segurança

do veículo, tal como o ABS, o controlo de

tração, o controlo de estabilidade e todos

os avançados sistemas que, hoje, equipam

os automóveis, funcionem corretamente.

Os pneus de inverno devem ser substituídos

por outros se houver algum tipo de

desgaste, quebra ou imperfeição, algo que

também acontece com a “estação do ano”.

No que diz respeito ao piso, enquanto no

resto dos pneus o mínimo legal é de 1,6

mm, no caso dos pneus de inverno é de

4 mm.

PNEUS DE INVERNO VS ALL SEASON

Diferentes dos pneus de inverno, os pneus

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Atualidade

Pneus de Inverno, All Season e correntes de neve

Comparativamente ao uso de correntes, os pneus de inverno

são muito mais práticos e fiáveis. já os pneus all season,

concebidos para frio e calor, são para utilizar todo o ano

de um sistema de fecho prático, para que a

colocação das mesmas seja feita o mais rapidamente

possível, bem como de um sistema

de tensão e centragem automática, de modo

a evitar que tenha de parar regularmente

para esticar as correntes.

Com correntes de neve, não se deve exceder

os 50 km/h. No entanto, deve ter-se em

consideração que, se for necessário o uso

de correntes de neve, é porque há neve suficiente

e, nesse caso, a velocidade deve ser

reduzida, adaptando-a às circunstâncias da

estrada e às condições climatéricas. As correntes

de neve não devem ser colocadas nos

pneus de inverno. Os pneus de inverno são

suficientes e muito eficazes.

CORRENTES TÊXTIL

No caso da corrente têxtil para neve, o uso

deverá salvaguardar-se para situações pontuais

ou de emergência. Não perturbam

o funcionamento de sistemas eletrónicos

de segurança, como o ABS e o ESP, sendo

a montagem mais simples e rápida, podendo

ser retiradas como capas sobre os

pneus. Estas correntes, com uma textura

permeável, produzem um efeito de “fricção

a seco”, em que a água na superfície do

gelo é absorvida e expelida, permitindo o

contacto direto do tecido com o gelo. Combinando

com carga eletroestática do têxtil,

a fricção assegura a estabilidade direcional

e a tração. Este tipo de correntes deverá ser

utilizada apenas em situações de queda de

neve intensa ou de emergência. Deverão

ser retiradas em estradas secas para evitar

danos. Depois de cada utilização, deverá

lavar este equipamento, retirando o sal que

danifica o tecido.

EVITAR ERROS NA MONTAGEM

Ao colocar as correntes, podem ser cometidos

erros. Por esse motivo, é aconselhável tentar

instalá-las antes que os primeiros flocos

caiam e sempre seguindo as instruções do

fabricante. As correntes devem ser colocadas

nas rodas motrizes. Se o veículo tiver tração

dianteira, as correntes deverão ser colocadas

nas rodas da frente. Se a tração for traseira,

deverão ser colocadas nas rodas de trás. No

caso de veículos com tração às quatro rodas,

é recomendável colocar as correntes nos

quatro pneus. As correntes de neve podem

ser fundamentais para evitar dissabores e

situações perigosas. Existem correntes têxtil

em alternativa às de metal e as correntes

podem ser de tensão manual ou automática.

A instalação da corrente têxtil é muito simples,

mas a aderência é menor e a duração

da tela limitada.

Na escolha das correntes de neve adequadas

para o veículo, deve ter em consideração as

medidas dos pneus – inseridas nas laterais

dos mesmos – a frequência de utilização

e as circunstâncias em que são utilizadas.

Ressalva-se que será útil praticar a montagem

das correntes de neve, por exemplo,

numa garagem, para que, em situações de

emergência, esteja preparado. Existem outros

sistemas mais caros, úteis para quem vive em

zonas frias, como as correntes de lâminas, que

se acoplam à jante, ou os pneus de inverno,

para instalar durante os meses de maior risco.

Se optar pelas correntes metálicas, antes

de as montar estique-as e certifique-se de

que não se encontram emaranhadas. Deverá

esticar o cabo de aço por trás do pneu,

encaixando-o. De seguida, estique a corrente

sobre a superfície do pneu. Movimente a

viatura para fixar a restante corrente. Para

montar as correntes recorrentes a tecido,

deverá desenrolá-las primeiro, assegurando-

-se que as coloca pelo lado correto. O têxtil

deverá ajustar-se, de forma firme e esticada.

Após a colocação da parte superior, garanta

que a roda gira sobre o revestimento e aplique

a corrente no resto do pneu. ♦

18 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Reportagem

Nova era de

20 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


S. José Logística de Pneus

desenvolvimento

A S. José Logística de Pneus inaugurou, oficialmente, no dia 5 de outubro, umas

grandiosas instalações, em Cantanhede. O evento reuniu muitos clientes, fornecedores

e amigos, num ambiente de festa e celebração

Por: João Vieira

O

evento juntou mais de 300 convidados,

entre clientes, colaboradores,

representantes locais

e fornecedores, onde se destacavam

os representantes da BKT - Arvind

Poddar, presidente da Balkrishna Tires (BKT),

Lucia Salmaso, Sandesh Jain e Gaurav Aneja

-, a marca GOODRIDE, através de Gu Wen, YI

LIU e ainda Kevin Wang, da Powertrac Miss

Kenna. A chefiar as suas equipas, estavam

Pedro Teixeira, da Continental, Nuno Ferreira,

da Michelin, Afonso Neto, da Bridgestone,

Mário Récio,da Goodyear/Dunlop, Sérgio

Sá, da Pirelli, Hélder Pedro, da ACAP/Valorpneu,

e a presidente da Câmara Municipal de

Cantanhede, Helena Teodósio.

Depois de alguns momentos de animação

proporcionados pelo Football Free Styler Iya

Troré, usaram da palavra os sócios-gerentes

José Aniceto, Helena Aniceto Tomé e Luís

Aniceto, seguindo-se Arvind Poddar e Lucia

www.revistadospneus.com | 21


Reportagem

Salmaso da BKT, Yi Liu da GOODRIDE, Pedro

Teixeira, da Continental, e a presidente da Câmara

de Cantanhede, Helena Teodósio. Foram

apresentados vídeos com a nova imagem e

o vídeo corporativo da empresa, a que se

seguiu o discurso de abertura de José Aniceto,

que começou por afirmar que as novas

instalações “são mais do que o concretizar

de um sonho. São a garantia que estamos

preparados para ser mais competitivos e eficientes,

de modo a satisfazer as necessidades

dos clientes”. A empresa, fundada em 1966,

com este investimento numa nova sede e

novo armazém logístico, vai aumentar o stock,

o que será fundamental para projetar o futuro,

com aumento de eficiência e consequente

aumento da capacidade competitiva.

MAIS ESPAÇO PARA ARMAZENAR

Apesar de já dispor de uma área coberta

de 10.000 m 2 , começaram a surgir sinais de

menor eficácia, devido ao estrangulamento

da operação dispersa por três armazéns. José

Aniceto explicou as razões que levaram à

construção das novas instalações: “Eram muitos

pneus e pouca área de armazenamento.

O esforço dos colaboradores foi crucial para

ultrapassar as dificuldades que a falta de

espaço estava a originar. Ou encontrávamos

uma alternativa ou parávamos de crescer. A

decisão de construir um novo armazém, que

concentrasse a operação logística, foi unânime.

A primeira dificuldade foi encontrar

um terreno com o espaço pretendido de,

pelo menos, 50.000 m 2 . Depois de ultrapassada

a escolha do local, com a colaboração

da Câmara Municipal de Cantanhede, foi

preciso encontrar os parceiros que projetassem

e construíssem as instalações, cujo

layout estava na nossa cabeça. Este processo

demorou mais de três anos, mas, finalmente,

estamos aqui a festejar a inauguração da

nova unidade logística”.

O novo armazém tem 17 cais de carga, uma

área coberta de 20.000 m 2 e está implantado

num terreno com 52.000 m 2 defronte à antiga

sede e unidade fabril, que vai continuar

a laborar. “No total, passamos a ter 26.000 m 2

de área coberta, equipados com avançado

software logístico e novos equipamentos de

controlo e movimentação de pneus, num

total de 15 empilhadores. Ficámos com o

maior armazém logístico de pneus do país

e um dos maiores a nível ibérico. Mas o que

queremos, mesmo, é que seja o melhor ao

nível da eficiência do serviço. Vamos poder

aumentar a oferta de produto disponível

ao cliente, com mais medidas e gamas de

pneus. Queremos continuar a afirmar que temos

a oferta mais diversificada do mercado.

Desde qualquer medida de pneus ligeiros

até pneus de camião. E desde o pneu de

jardim até ao maior pneu de engenharia civil,

passando, também, pela gama de agricultura.

Queremos que para qualquer medida

de pneus, de qualquer tipo, se continue a

dizer: a S. José tem. Chegados aqui, é gratificante

poder dizer que a S. José é uma

empresa com passado, no presente e com

futuro. Com muito futuro”, disse José Aniceto.

Sobre as novas instalações, o responsável

revelou a urgência de construir o novo

armazém: “Decidimos aumentar a área e,

também, o nível de segurança da operação,

melhorando as condições de trabalho,

aumentando os níveis de controlo e a qualidade

do serviço, tendo em vista o aumento

da produtividade. Enfim, preparar a empresa

para o futuro. O aumento da área era urgente

tanto para os pneus ligeiros como

para os pneus de camião e agro-industriais.

Neste tipo de pneus, realço a necessidade

crescente de aumento de stock para poder

continuar a assegurar com eficácia a logística

de uma operação para toda a Península

Ibérica, com o consequente enorme stock

que necessita”.

No final do seu discurso, José Aniceto referiu

o significado do número 9 na vida da

empresa: “Olhando para trás, esta geração

começou em 1979, com a fundação da Pneubox.

Em 1989, reconvertemos a recauchutagem.

Em 1999, mudámos de instalações.

Com a inauguração das instalações, a S. José Logística

de Pneus entra numa nova era de desenvolvimento,

afirmando-se como um grande distribuidor ibérico de pneus

22 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


“Ficámos com o maior armazém logístico de pneus do país e

um dos maiores a nível ibérico. mas o objetivo é que seja o

melhor, ao nível da eficiência do serviço”, disse José Aniceto

Em 2009, aumentámos a área existente e, em

2109, inaugurámos este armazém. Passados

estes 40 anos, o número 9 passa a ser o nosso

talismã. Espero que a próxima geração possa,

pelo menos até 2029, voltar a inovar”.

NOVA IMAGEM

A inauguração da sede foi, também, uma

oportunidade para a empresa atualizar a

sua imagem institucional e corporativa,

tornando-a mais moderna, mas mantendo

o perfil sóbrio e clássico dos últimos 53 anos.

É nas estradas de montanha, entre traçados

mais sinuosos, que a segurança e o desempeças

e jovens, como os Meninos do Padre Serra

e do Frei Gil, o Banco de Leite de Crianças

Desfavorecidas, os Bombeiros Voluntários de

Cantanhede e muitas outras instituições de

solidariedade social do nosso país”.

Também em Espanha, com o apoio da BKT

e com a colaboração dos distribuidores, a S.

José promoveu uma ação no seu stand da

IFEMA, de troca de bolas por euros. No final,

o montante recolhido foi muito simpático,

tendo sido entregue a uma instituição de solidariedade

de Saragoça para apoiar crianças

com cancro. No dia de aniversário da empresa,

os clientes também podem contribuir para

tos colaboradores presentes: “É, para nós,

uma satisfação e motivo de orgulho que o

tempo de permanência dos colaboradores na

nossa empresa seja muito alto. A maior parte

está connosco há mais de 10 anos, havendo

colaboradores com mais de 20 e até 30 anos

de casa. É nosso objetivo manter a equipa

coesa e eficiente, com vontade de continuar

envolvida no crescimento deste projeto, que

queremos que seja de todos”, destacou.

BKT ALAVANCA CRESCIMENTO

Luís Aniceto destacou a importância da BKT

no crescimento e consolidação da empresa

nho dos pneus é colocada à prova. Com esta

reflexão, despontou o serpentear presente

no tipo de letra elegido para a marca S José.

A escolha da cor dourada surge em jeito de

homenagem ao fundador, José Abrantes

Aniceto, falecido no ano em que a marca

comemorava as bodas de ouro. Um legado

de 50 anos que infelizmente não pode festejar

e que perpetuará no tempo. Foi decidido juntar

à sua identidade uma representação que

acompanhará a marca e que procura envolver

o público na forma como a marca encara o

mercado. O brasão, de aspeto robusto, representa

os valores de família transmitidos

durante gerações na história da S. José, assim

como o escudo com que quer defender os

clientes. Quanto à chita, transmite a velocidade

na capacidade de resposta e decisão.

VERTENTE SOLIDÁRIA

Na sua intervenção, Helena Aniceto destacou

a importante vertente solidária da S. José.

“Não estivemos alheios ao que se passou em

Moçambique. Nem a causas como a Acreditar,

a Associação de Pais de Amigos de Crianças

com Cancro, as obras sociais de apoio a crianuma

boa causa, pois por cada pneu comprado

nesse dia, a S. José oferece um euro a uma

instituição de solidariedade social.

A par da responsabilidade social, a S. José

também suporta o desporto em várias vertentes,

principalmente o desporto jovem, com o

apoio às escolinhas de formação de futebol,

com cerca de 500 crianças. Apoia, também,

uma equipa de BTT, que, por diversas vezes,

levou o nome da S. José ao pódio. Com estes

eventos, a empresa procura estimular o

espírito de equipa e harmonia entre todos.

A terminar, Helena Aniceto dirigiu-se aos muicomo

um dos principais players ibéricos na

distribuição de pneus. “Quero realçar a confiança

que a BKT demonstrou na S. José, ao

atribuir-nos a responsabilidade de sermos

o importador exclusivo para Portugal e Espanha.

E quero agradecer a Arvin Poddar e

Lucia Salmaso por nos honrarem hoje com a

sua presença. Vai fazer 13 anos que iniciámos

esta parceria com a BKT, cumprindo com o seu

slogan “Growing Together” – Crescer juntos.

Queremos partilhar esta visão com todos os

nossos clientes e distribuidores: crescermos

juntos”. ♦

www.revistadospneus.com | 23


Entrevista

“Going

mobile era

o próximo

passo

lógico”

24 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


João Madeira, Gestor de Comunicação e Marketing da Euro Tyre

A Euro Tyre apresentou a sua nova app móvel, uma

ferramenta de trabalho que se junta ao portal www.eurotyre.

pt, que recebe uma média de cinco mil visitas diárias. Numa

entrevista concedida à Revista dos Pneus, João Madeira,

gestor de comunicação e marketing, revela que a empresa

decidiu avançar com a construção da app de forma a facilitar

a mobilidade aos clientes. E vai mais longe, ao afirmar que

“going mobile era o próximo passo lógico”

Por: Bruno Castanheira

A

Euro Tyre nasceu em 2007 para

operar no negócio da distribuição

de pneus. Presente, hoje, em Portugal

e Espanha, a empresa liderada

por Manuel Félix lançou-se, em 2015, na

área das peças. E a experiência tem corrido de

vento em popa. Mas num mundo cada vez mais

digital, onde a informação chega ao segundo,

quem não se atualiza, fica para trás. Por isso, de

acordo com a sua visão no acompanhamento

do desenvolvimento automóvel e permanência

na liderança da oferta comercial tecnológica

e de serviço, a Euro Tyre apresentou uma nova

app móvel, redesenhada de modo a proporcionar

uma experiência mais cómoda, mais fácil e

mais rápida ao cliente. João Madeira, gestor de

comunicação e marketing da empresa, revela,

nesta entrevista, as características e vantagens

desta ferramenta de trabalho, que se junta ao

portal www.eurotyre.pt.

Porque decidiu a Euro Tyre lançar uma

nova app?

A nossa nova app móvel gratuita, que consiste

numa ferramenta de trabalho para os clientes,

vem juntar-se ao portal www.eurotyre.pt, que

recebe uma média de cinco mil visitas diárias

(a média mensal é de 100 mil). Permite agilizar

processos de pesquisa, filtro e organização

de resultados em função do pretendido pelo

utilizador. Dispomos de cinco mil referências

em permanência. Estamos atentos ao

desenvolvimento do mercado automóvel e

às necessidades e tendências do aftermarket.

Decidimos avançar com a construção

da app de forma a facilitar a mobilidade aos

clientes. Going mobile era o próximo passo

lógico. A app apresenta uma solução light do

portal, mas com toda a informação necessária

e apresentada de forma otimizada. Foram

feitas centenas de testes e avaliações antes

de a aplicação ser colocada a público. Não

havendo um benchmark nacional, uma vez

mais somos nós a definir esses targets para

os players do mercado. Citando o líder da Euro

Tyre, Manuel Félix, “é fácil seguir o caminho que

os outros traçam. Difícil é inovar”. A melhoria na

comunicação com os clientes tem sido um dos

fatores nos quais persistimos, a par da rapidez

do serviço e da competitividade no preço.

Quais as mais-valias desta ferramenta

digital?

Esta ferramenta de trabalho permite aos clientes

beneficiar de promoções exclusivas, aceder

a preços e consultar informação detalhada em

qualquer lugar. Possibilidade efetuar encomendas

em apenas quatro cliques, garantindo a

habitual rapidez e excelente capacidade de

resposta. Esta aplicação vem ajudar aqueles

que, dia após dia, confiam na Euro Tyre e nas

ferramentas que a empresa disponibiliza para

apoiar o trabalho dos seus clientes, estreitando

os canais comunicativos de forma eficiente.

A nova app móvel pode ser descarregada, de

forma gratuita, na App Store e no Google Play.

A nova app é uma forma de “aliviar” o call

center?

Sem dúvida. Recebemos, no nosso call center,

uma média de 350 chamadas por dia. Com a

nova app, podemos dar uma alternativa aos

clientes que não tenham forma de aceder à

informação ou prefiram mesmo fazer essa pesquisa/encomenda

in app. São mais de 150 mil

os pneus que temos em stock e mais de cinco

mil as referências permanentes que podem

ser consultadas em milissegundos através da

app. E não é apenas porque a tendência é going

mobile. A app funciona, resolve rapidamente a

questão da mobilidade e comodidade. E consiste

numa ferramenta de trabalho útil para os

utilizadores que procuram essa rapidez.

Estão satisfeitos com os resultados

obtidos pela app?

É satisfatório ver que os clientes estão a aderir

e percebem a facilidade com que, em quatro

www.revistadospneus.com | 25


Entrevista

João Madeira

é satisfatório ver que os clientes estão a aderir a esta

ferramenta digital e que percebem a facilidade com que, em

apenas quatro cliques, podem fazer uma encomenda

cliques, se faz uma encomenda. As pesquisas

dispõem dos mais variados filtros

memorizáveis nas definições, devolvendo

resultados praticamente instantâneos. E o

design da interface está feito de maneira a

apresentar a informação relevante da forma

mais cómoda e eficiente possível, além de

exibir campanhas e ofertas exclusivas.

Que conteúdo se pode encontrar na

aplicação móvel?

Existe uma página inicial com campanhas e

acesso direto ao artigo com o preço de campanha.

O menu inclui, também, uma página

de pesquisa com informação de stock por

armazém, agilizando entregas, permitindo

consultar o preço atual (com comparativo

caso esteja em campanha). Existe um separador

de informações do artigo, com todos

os detalhes e vista 360°, além de um atalho

“adicionar ao carrinho”, onde pode escolher

a quantidade. Uma página de carrinho com

quantidades, onde pode rever a encomenda

e adicionar detalhes à mesma, também não

foi esquecida. O funcionamento é simples:

pesquisa por referência > adicionar ao carrinho

> escolha das quantidades > finalizar

encomenda.

Considera que a Euro Tyre está melhor

preparada do que nunca para o futuro?

A Euro Tyre é, hoje, mais do que um distribuidor

de pneus. É líder nacional na disponibilidade

de stock, na capacidade de

resposta, na competitividade dos preços

e, também, nas ferramentas que disponibiliza

aos seus parceiros no dia a dia. A Euro

Tyre é um fornecedor global de aftermarket.

Este conceito baseia-se na diversificação da

nossa atividade. Pensamos que o negócio

da distribuição “convencional” de pneus, na

verdadeira aceção da palavra, tem os dias

contados. Pelo menos, não acreditamos no

modelo de negócio da distribuição apenas

de pneus. O sucesso futuro da nossa atividade

dependerá da forma como conseguirmos

conciliar a oferta de produtos de

elevada qualidade com a melhor relação

qualidade/preço, servir os clientes através

de ferramentas digitais inovadoras com soluções

flexíveis e adequadas ao mercado,

garantir melhor serviço logístico de elevada

eficiência e transparência, assegurar

estabilidade das soluções tecnológicas e

proporcionar rapidez dos processos, sempre

com foco no cliente. Por isso, diversificámos

a nossa atividade e somos, neste momento,

um fornecedor global de aftermarket. Damos

todas as soluções ao setor. Ou, melhor

ainda, tentamos dar todas as soluções aos

profissionais do setor. Quer sejam oficinas,

operadores de retalho ou todos os canais

que possam absorver tudo o que envolve o

aftermarket. Os pneus ainda são o core business

da Euro Tyre, quanto mais não seja

pelo valor de faturação que representam

(cerca de 90%, ficando 10% para as peças).

Onde acredita que a Euro Tyre faz a

diferença no mercado?

A nossa grande vantagem é a disponibilidade

de stock. Depois, a qualidade do

serviço que prestamos, quer ao nível do call

center, quer com a nossa distribuição direta

para os distritos de Coimbra, Leiria, Aveiro e

Viseu. O armazém que temos em Lisboa é outra

mais-valia, uma vez que dispõe, também,

de stock de pneus UHP, com quatro entregas

diárias. No topo das nossas prioridades, está

o stock, seguindo-se-lhe a disponibilidade, o

serviço e, só depois, o preço. Embora todos

estes fatores sejam essenciais na nossa atividade.

Apostamos na rentabilidade. Sem ela,

não existem negócios sustentáveis. Tentamos

sempre ter um preço adequado aos produtos

existentes em stock. Não estamos à procura

de volume. Continuamos com uma média

de vendas de três unidades por encomenda.

Qual o futuro do negócio da

distribuição de pneus em Portugal?

Estamos muito focados em nós e naquilo que

podemos fazer para melhorar o negócio que

temos. Todos os dias é possível criar valor e

traçar uma perspetiva de sermos cada vez

mais eficazes. Orientados, obviamente, para

a rentabilidade. O que queremos sempre é

comprar bem, ou seja, a um preço mais competitivo

possível dentro das 20 marcas que

trabalhamos. Tudo o que compramos tem de

ser rentável. Ter os fornecedores connosco

(os independentes e os fabricantes), numa

perspetiva de rentabilidade, é essencial. E

estarem connosco é precisamente venderem-nos

pneus numa perspetiva de rentabilidade.

Fomentar as três marcas próprias

exclusivas de que dispomos, é outro dos

nossos objetivos. Além disso, focamo-nos,

também, em tudo o que é otimização de recursos.

Como, por exemplo, baixar os custos

de transporte e tornar o call center rentável,

isto é, ouvir o cliente e tentar, sempre que

possível, efetivar uma venda. Incentivamos

bastante a compra (B2B) de pneus online. Não

acreditamos no modelo de negócio online

orientado para o consumidor final, uma vez

que não nos aporta valor. Encaramos o futuro

com otimismo. Até porque a Euro Tyre tem

muita energia e muita dinâmica para dar ao

mercado nos próximos anos. ♦

26 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


evistapneus_NOV.pdf 4 28/11/2019 12:11:58

EspecialistaS

em pneus OTR

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

> Mais profundidade de piso

> Carcaça ultra-robusta

> Parede lateral reforçada

> Mais rentabilidade para

o seu negócio



255 617 480


Reportagem

28 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


17.º Encontro Valorpneu

pelas águas

do Douro

Realizou-se, nos dias 22 e 23 de outubro, no Douro Royal

Valley Hotel, o 17.º Encontro da Valorpneu. Como já vem

sendo hábito, toda a rede de recolha respondeu

à chamada para dois dias de lazer e trabalho

Por: Joana Calado

Dividido por dois dias, o encontro

organizado pela Valorpneu

contou com dois programas

distintos: um de lazer e convívio

ao longo do dia 22; outro de trabalho num

ambiente mais profissional no dia 23, que

contou com a presença de vários oradores.

No dia 22, os convidados rumaram à Régua

para desfrutar de uma romântica subida

do Douro acompanhados pelo pôr-do-sol.

Passeio de barco concluído, foi a vez de a

comitiva rumar à Quinta da Pacheca, onde,

após uma degustação de vinho do Porto e

uma visita à zona de produção, foi possível

saborear um agradável jantar.

Terminados os momentos de lazer, o dia 23

levou os presentes à sala de conferências

do Douro Royal Valley Hotel para conhecer

as novidades apresentadas pela Valorpneu.

RESULTADOS SUBIRAM AO PALCO

Hélder Pedro, gerente da Valorpneu, abriu

a sessão, dando especial destaque à importância

da realização deste tipo de eventos.

“A Valorpneu procura encontrar novas formas

de utilização do produto que resulta da

reciclagem dos pneus, apoiando diversos

projetos de investigação e desenvolvimento,

quer com universidades, quer com outras

entidades”, afirmou.

Cristina Carrola, da Agência Portuguesa do

Ambiente (APA), também voltou a marcar

presença no encontro, focando a sua apresentação

no novo decreto-lei.

Climénia Silva, diretora-geral da Valorpneu,

também fez o seu discurso habitual, onde

salientou que, “por cada tonelada tratada,

evitam-se 1,5 toneladas de emissões de

gases com efeito estufa (GEE)”.

Este ano, o encontro contou com mais apresentações

por parte dos membros da Valorpneu,

onde discursaram Diogo Aresta Branco,

em representação da rede de produtores,

Dora Gervásio, do departamento de logística,

na parte que integra a rede de recolha,

e Paulo Silva, do departamento de logística,

sobre a rede de valorização e transporte.

www.revistadospneus.com | 29


Reportagem

17.° Encontro Valorpneu

Um dos pontos altos (e mais aguardados)

do encontro é sempre a entrega do Prémio

de Desempenho, que, mais uma vez, foi arrecadado

pela empresa Metais Jaime Dias,

este ano recebido pelo próprio Jaime Dias.

3.415

detentores de pneus usados

88%

estar satisfeita, muito

satisfeita ou totalmente satisfeita

com a simpatia e disponibilidade

95%

99%considera

da Valorpneu

dos detentores

no continente e

Nas ilhas,

A rapidez de resposta é

motivo de satisfação de 97%

100% dos detentores em Portugal continental e

100% nas ilhas

está satisfeita com a simpatia e

disponibilidade da Valorpneu

99%

dos detentores separa os pneus usados de

outros resíduos

Em Portugal continental,

74%

armazena os pneus no

exterior e, nas ilhas,

58%

dos detentores

nas Ilhas

conhece o SGPU

Nas ilhas, apenas

68%

reconhece o contributo da Valorpneu

91%

dos detentores em

Portugal Continental

conhece o SGPU

dos detentores de

pneus do continente

reconhece o contributo

Em Portugal continental, da Valorpneu

9%

está satisfeita com o serviço

da Valorpneu

62%

dos pneus

usados fica sem

cobertura

86%

dos pneus usados estão sob piso

impermeável

86%

Nas ilhas,

98%

está satisfeita com o

serviço da Valorpneu

89% nas

ilhas está satisfeita com

as condições físicas de

acesso e descarga dos

centros de receção

74%

dos detentores no

continente armazena os

pneus usados em pilha e

apenas

57%

o faz nas ilhas

A Valorpneu procura encontrar novas formas de

utilização do produto que resulta da reciclagem dos

pneus, apoiando diversos projetos de investigação

CARACTERIZAR O MERCADO

Ao longo de 2019, a Valorpneu tem vindo

a desenvolver um estudo de marketing,

destinado a realizar uma caracterização do

mercado. Este estudo foi realizado durante

a ação Circuito Portugal Valorpneu, onde a

entidade gestora visitou todos os detentores

de pneus usados a nível nacional: cerca de

3.400. “Os detentores de pneus usados são

comerciantes, distribuidores e oficinas que

retomam os pneus usados dos seus clientes

quando vendem pneus novos”, explicou

Climénia Silva.

Esta ação pretendeu, não só, a realização

de um estudo extenso sobre o estado do

mercado de pneus usados em Portugal, mas,

também, aproximar os detentores destes

pneus da rede Valorpneu, percebendo as

suas dificuldades e dando a conhecer a rede

e o seu trabalho.

Esta ação promovida pela Valorpneu demorou

cerca de um ano a ser preparada,

colocando no terreno 11 pessoas apoiadas

por uma equipa de back office com 10 elementos

e tendo a duração de sete meses.

Este é já o segundo estudo realizado pela

Valorpneu, que já teria levado a cabo outro

em 2015, mas para um universo mais restrito.

Os resultados do estudo foram apresentados

de uma forma extensa no final do encontro,

por António Gomes, diretor da GfK. Sobre a

amostra do estudo, António Gomes referiu

que “44% das 3.415 entrevistas foram realizadas

a oficinas, 26% a empresas especializadas

no comércio de pneus, 8% a centros

auto, 6% ao comércio de veículos, 3% ao

comércio de peças e 10% a outras entidades”.

No total de todos os detentores de pneus

usados, verificou-se que 67% recolhe até 10

toneladas de pneus por ano, 16% entre 10 a

25 toneladas, 10% entre 25 a 50 toneladas

e apenas 7% recolhe mais de 50 toneladas.

Analisando a amostra por distrito, verifica-se

que os que têm maior representatividade

são Porto, com 16%, Lisboa, com 14%, Braga,

com 10%, e Aveiro, com 9%. Já no que diz

respeito às ilhas, destacam-se a Madeira,

com 21%, e São Miguel, com 28%. ♦

30 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


MáquinadoTempo

Genes de

competição

Fundada em 1885, a Avon Tyres, que ostenta o título de segundo fabricante mais

antigo do mundo, disponibiliza uma gama de produtos de qualidade altamente

reconhecida, quer nos segmentos das quatro como das duas rodas. Em janeiro

de 2019, a marca britânica passou a ser distribuída no nosso país pela NEX Tyres.

Aqui fica uma viagem pelos mais de 134 anos de história de um fabricante

que tem genes de competição

Por: Bruno Castanheira

32 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Avon Tyres

A

história da Avon Tyres começou

a escrever-se em 1885, quando

E. G. Browne e J. C. Margetson

adquiriram uma fábrica de tecidos

emborrachados, conhecida como Avon

Mill, nas margens do rio Avon, em Limpley

Stoke, Wiltshire (Inglaterra). Os proprietários

da fábrica eram comerciantes de madeira,

mas, depois, viriam a diversificar a sua produção

para artigos de borracha. Em 1890, o

negócio foi transferido para as instalações

de Melksham e a empresa passou a designar-se

The Avon India Rubber Co., Ltd. Os

produtos da altura incluíam pneus sólidos,

correias transportadoras e componentes

para ferrovias.

No ano 1900, a companhia passou a produzir

pneus para bicicletas, em 1906 foram

anunciados os primeiros pneus para automóveis

e, em 1911, começaram a ser fabricados

pneus de moto. Entre 1914 e 1918,

os pneus Avon começaram a ser utilizados

para todo o tipo de veículos militares.

EXPANSÃO INTERNACIONAL

No ano de 1950, a Avon criou um departamento

de competição. O que fez, de facto,

todo o sentido, até porque, entre 1958 e 1963,

todos os campeões mundiais de motos só

escolhiam correr com pneus da Avon. Mais:

em 1959, as 24 Horas de Le Mans e o World

Sportscar foram ganhos pela Aston Martin,

que também corria com pneus... Avon. A

fama (e o palmarés) do fabricante britânico

ia de vento em popa. Em 1997, o negócio

1885

Criação da The Avon India Rubber Co.,

Ltd., em Melksham, Wiltshire, Inglaterra

1911

Arranque da produção de pneus para

motos

1914 - 1918

Pneus Avon começam a ser utilizados

para todo o tipo de veículos militares

1926

1950

Avon Tyres cria um departamento de

competição

1951

1958 - 1963

Todos os campeões mundiais de motos

escolhem pneus Avon

1961

1959

As 24 Horas de Le Mans e o Campeonato

World Sportscar são ganhos pela Aston

Martin com pneus Avon

1982

Avon Tyres torna-se no único fornecedor

de pneus da Fórmula 3

1988 – 2004

Avon Tyres passa a ser fornecedor

exclusivo dos pneus de corrida para o

campeonato de Fórmula 3000

1993 - 2014

AvonTyres fornece a Fórmula Ford

www.revistadospneus.com | 33


MáquinadoTempo

Avon Tyres

1997

da Avon Tyres foi vendido à Cooper Tire &

Rubber Company, localizada em Findlay, no

Ohio, EUA, deixando a empresa concentrada

nos seus negócios principais de componentes

para automóveis, produtos técnicos e equipamentos

de proteção. O complexo da Cooper

Tires continuou a ser um grande centro

empregador em Melksham.

A Avon Tyres é, também, particularmente

apreciada no segmento das duas rodas. Que

o diga a Triumph Motorcycles, que elegeu

os Cobra Chrome da Avon para a estreia

da Rocket 3, a moto roadster de elevadas

prestações equipada com pneus de medida

150/80 ZR17 na frente e 240/50 ZR16 na

traseira. Os especialistas da Avon Motorcycle

destacam que “a Triumph Rocket 3,

disponível em duas versões (R e GT), está

equipada com o motor de produção em série

com a maior cilindrada do mundo para

uma moto (2500 cc), que oferece um binário

mais elevado do que qualquer outra moto de

produção, para além de uma capacidade de

aceleração incomparável”. A Avon sublinha

mesmo que o facto de ser fornecedora de

origem da Triumph Motorcycles contribuiu

para que tivesse desenvolvido os novos

pneus Cobra Chrome para a Rocket 3.

PALMARÉS INVEJÁVEL

A Avon Tyres dispõe, hoje, na Europa, de

duas unidades de produção (Melksham,

em Inglaterra; Kruševac, na Sérvia) e quatro

armazéns (Alemanha, Espanha, Inglaterra e

Sérvia). Com presença assídua no segmento

de equipamento de origem de marcas britânicas

(nomeadamente Caterham e TVR) ou

ainda em marcas de moto (Triumph e KTM,

por exemplo), a marca dispõe de um portefólio

extremamente abrangente e com muitas

novidades, desde os modelos para veículos

ligeiros ZT7 (gama confort), ZV7 (gama altas

prestações), ZX7 (para SUV de médias e altas

prestações) e ZZ5 (UHP) até ao AX7 para todo-

-o-terreno e aos AV11 e AV12 para veículos

comerciais, só para citarmos alguns. Também

no mercado das duas rodas a marca está em

alta, sendo a sua oferta muito vasta destinada

aos segmentos touring, cruiser e custom.

Mas a história da Avon Tyres está, invariavelmente,

ligada à competição, uma vez que

o envolvimento no desporto motorizado

remonta ao final dos anos 50. O destaque

nessa época vai para a conquista do Campeonato

World Sports Car de 1959 com a

Aston Martin, incluindo a corrida das 24 horas

de Le Mans com Roy Salvadori e Carol

Shelby ao volante do carro número 5. A Avon

Tyres regressou à produção de pneus de

competição em 1980. Desde então, tem sido

um dos principais fornecedores do automobilismo,

construindo uma reputação baseada

na excelência técnica. Em 1981, a empresa

retomou o fornecimento de equipas de corridas

com uma divisão especialmente criada

para o efeito: Avon Tyres Racing.

Por último, mas não menos importante, a

presença em Portugal. Desde janeiro de

2019, Avon Tyres é distribuída, em exclusivo,

pela NEX Tyres nas gamas de pneus ligeiros

e motos. Dando seguimento à política de

consolidação da sua presença em território

nacional, a NEX Tyres pretende, assim, reforçar

a sua presença no segmento quality. ♦

1997

Introdução do pneu Azaro para moto,

com tecnologia de densidade de correia

variável (VBD)

Avon Tyres é adquirida pela Cooper

Tire & Rubber Company, de Ohio

(EUA). Empresa Avon muda de nome

para Cooper Tire & Rubber Company

Europe, Ltd., mas a marca histórica Avon

permanece

2006 – 2015

Avon Tyres torna-se no único fornecedor

do British GT Championship

2006

2011

Avon Motorcycle celebra 100 anos

2013

Introdução do pneu de moto

Hypersport, 3D Ultra

2013

2014

Avon Tyres consegue classificação “A” na

aderência em molhado na gama UHP

Introdução do pneu de moto de alta

performance Storm 3D X-M

2015

Montagem do pneu Cobra com

equipamento de origem para Triumph

Thunderbird

2015

2016

Lançamento dos pneus ZX7 e ZV7 de

alta performance para SUV

Começa o patrocínio ao futebol,

elevando o perfil da marca Avon Tyres

Lançamento do pneu de moto Spirit ST

Hypersport Touring

TVR escolhe pneu ZZ5 para equipar de

origem o novo superdesportivo Griffith

34 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Empresa

36 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Rodrigues Tyres

Parceiro

flexível

Fundada em finais de 2018, dentro do Grupo Rodrigues

& Filhos, a Rodrigues Tyres assume-se como um parceiro

flexível. A diversidade da marca Starmaxx é outro dos trunfos

do projeto liderado por José Saraiva

Por: Jorge Flores

A

história da empresa Rodrigues

Tyres ainda não tem muitos

capítulos. O projeto nasceu no

final de 2018, “fruto do início da

ligação estabelecida com a marca Starmaxx e

com o objetivo de implementação da marca

no eixo atlântico da Península Ibérica”, revela

José Saraiva, responsável do projeto, deixando

a promessa à Revista dos Pneus de que, em

breve, “mais marcas vão complementar o

portefólio de produtos à disposição da nossa

rede de clientes”. A Rodrigues Tyres faz parte

da Rodrigues & Filhos, grupo fundado na década

de 50 e que está presente no negócio

de pneus desde o início. “O projeto Rodrigues

Tyres pretende, agora, ser a unidade de negócio

que se ocupa da distribuição de pneus

e acessórios dentro do grupo. A Rodrigues &

Filhos é a empresa do grupo que se encarrega

do segmento de pneus, já que foi criada uma

outra organização para gerir o negócio de

combustíveis”, sublinha.

Nesta fase, a empresa conta com uma equipa

de quatro pessoas, mas, já no início de 2020,

entrarão mais dois colaboradores. “Destes seis

elementos, quatro dão apoio no terreno aos

clientes e os outros dois são elementos puros

de back office. A totalidade do grupo tem, neste

momento, cerca de 60 colaboradores”, adianta.

PORTEFÓLIO STARMAXX

A diversidade de produtos da marca Starmaxx

é um dos trunfos da empresa. “Uma

responsabilidade positiva. “Obriga-nos a

estar presentes em todos os segmentos do

mercado, embora sempre com um critério

que permita defender aqueles clientes que

mostram dedicação pela nossa empresa e pela

nossa marca principal. O chamado ‘especialista

de pneus’ tem sido, neste início do projeto, o

setor/segmento onde efetuamos mais contactos,

mas temos, neste momento, clientes

em todos os segmentos”, explica.

“Além da Starmaxx, não é possível determinar,

com detalhe, quais das outras marcas comercializadas

são as mais pretendidas. Das restantes

marcas, posso destacar, principalmente,

Michelin, Bridgestone, Dunlop e Goodyear.

Depende sempre do nível das ofertas e dos

produtos que vamos colocando à disposição

dos clientes e, isso, varia quase todos os meses,

para não dizer todas as semanas. A quantidade

de ‘atores’ presentes, atualmente, na

distribuição cria uma instabilidade de preços,

que obriga a uma análise diária que permita

adequar a oferta ao mercado. A moderna plataforma

B2B que introduzimos recentemente e

que está já em pleno funcionamento, permite

uma rápida comunicação de todas as nossas

www.revistadospneus.com | 37


Empresa

Rodrigues Tyres

a ligação estabelecida com a marca starmaxx marcou o

arranque do projeto rodrigues tyres, que faz parte da

rodrigues & filhos, grupo fundado na década de 50

promoções à rede de clientes”, acrescenta

o responsável do projeto Rodrigues Tyres.

ARMAZÉM EM 2020

A Starmaxx tem cerca de 600 códigos de artigo.

“Neste momento, temos em stock cerca

de 90% desses artigos. Além disso, temos

um variadíssimo leque de dimensões e tipos

nas marcas que, antes, referi. Temos os pneus

colocados em mais do que um armazém e,

portanto, é muito difícil precisar números.

O que posso dizer é que já no próximo ano

iniciaremos a construção de um armazém

com cerca de 10.000 m 2 , num local muito

mais central face aos atualmente existentes,

onde concentraremos toda a atividade relativa

ao segmento da distribuição”, afirma.

Segundo José Saraiva, o nível de serviço disponibilizado

aos clientes “é fundamental

neste tipo de negócio”. Por isso, “realizamos

entregas no próprio dia (bi-diário), numa

grande parte do território português. Nas

restantes zonas, entregamos, no máximo,

num prazo de 24 horas”, diz.

Qual a leitura que o responsável faz do mercado

de pneus? “Continua numa mutação

permanente que dura já há vários anos.

Continua a ser um mercado pouco maduro

comparativamente a outros mesmo dentro

do setor automóvel. Além do excesso de

oferta, a falta de clareza na política comercial

de alguns fabricantes e as dificuldades financeiras

originadas, bem como deficientes

hábitos de gestão, parecem-me, claramente,

os pontos mais problemáticos para a consecução

de uma estratégia eficaz”, salienta.

EXPERIÊNCIA E JUVENTUDE

Para José Saraiva, o que distingue a Rodrigues

Tyres da concorrência é, acima de

tudo, a “flexibilidade e espírito de parceria”.

Na sua opinião, “são os nossos pontos mais

diferenciadores”. O facto de o grupo estar

há muitas décadas no negócio do retalho

de pneus, “dá-nos um conhecimento muito

profundo do que são as dificuldades e desejos

dos clientes. Por isso, é muito mais

simples entender, rapidamente, como podemos

rentabilizar para ambas as partes a

nossa relação comercial. Temos uma equipa

comercial onde encontramos pessoas de

várias gerações, permitindo uma mescla de

experiência e juventude que faz de nós, definitivamente,

uma empresa diferente”, refere.

Com as energias carregadas, nestes primeiros

tempos de atividade, José Saraiva acredita

que a empresa se encontra numa “fase de

crescimento, fruto da criação desta nova

unidade de negócio”. E reforça a intenção de

“acrescentar ao seu portefólio, em breve, marcas

e produtos de enorme interesse”, garante.

“A reestruturação recentemente efetuada permite

introduzir uma série de ferramentas (da

qual é o melhor e mais recente exemplo a

nossa moderníssima plataforma B2B), que

facilitam e modernizam a forma como nos

relacionamos com os clientes”, conclui. ♦

José Saraiva nasceu há 55 anos

no Porto e está no setor dos pneus há

quase três décadas. Trabalhou, entre

outras, em marcas de prestígio mundial

como Michelin, Continental e, mais

recentemente, Trelleborg. Tem experiência

nas áreas de vendas, marketing e logística.

É um dos principais responsáveis pelo

desenvolvimento do projeto Rodrigues

Tyres, desde o início de 2019.

Rodrigues Tyres

Diretor comercial José Saraiva | Sede Rua 5 de Setembro, 4830 - 573 Póvoa de Lanhoso | Telefone 910 365 114

Email comercial@rodriguestyres.pt | Site www.rodriguestyres.pt

38 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


2

YEARS

WARRANTY

AF_PRESS_EUROREPAR_BATERIAS_190X270_PNEUS.indd 1 08/11/2019 16:56


Empresa

Negócio

consistente

A Pneufurado é uma empresa sólida e consistente, que

privilegia a formação e a qualidade dos seus serviços, produtos

e equipamentos. O gerente, Rui Carrasqueira, contou-nos os

planos de futuro

Por: Jorge Flores

A

Pneufurado conquistou, muito recentemente,

o 2.° lugar na 3.ª edição da competição

Challenge Oficinas, organizada

pelo Jornal das Oficinas em parceria

com a Polivalor. Um bom ponto de partida para a

conversa com o gerente da oficina situada em Rio

de Mouro. Rui Carrasqueira mostrou-se orgulhoso

com o desempenho no concurso. Para mais, tendo

competido com algumas realidades oficinais algo

distintas, caso das concessionárias de marcas.

Recuando no tempo, a Pneufurado nasceu, em

1987, pelas mãos do seu pai, Manuel Carrasqueira,

e do seu irmão, Fernando Carrasqueira. Na época,

a opção recaiu sobre um espaço na Serra das Minas,

próxima das atuais instalações, para onde se

mudaram em 2002. No ano de 2015, a Pneufurado

inaugurou uma segunda casa, na Portela de Sintra.

“Uma Pneufurado II. Vimos um foco de oportunidade

e aproveitámos”, conta. Sinal de que o

negócio tem prosperado. A gerência encontra-se

nas mãos de Rui Carrasqueira, cabendo aos seus

irmãos, Fernando e Graça Carrasqueira, as áreas

da logística e da contabilidade, respetivamente.

O pai do trio continua a acompanhar os trabalhos

de perto, “todos os dias”, numa espécie de

“imposição familiar”, brinca.

PNEUS COMO MATRIZ

No seu conjunto, a empresa é composta por uma

equipa de 18 pessoas. E assume-se como especialista,

antes de mais, em pneus, não deixando

de abraçar as áreas de travagem, suspensão e

ar condicionado. “Os pneus são a nossa matriz.

Representam entre 60 a 65% do negócio. Fazemos

tudo o que são serviços relacionados com

esta área. Somos muito fortes ao nível de geometria

de direção e em inspeções de veículos.

Basta pensar que, nesta zona, os concessionários

quase todos trabalham connosco”, revela.

A clientela da oficina é, maioritariamente (cerca

de 60%), particular. E a explicação é simples.

“Porque assim também o queremos”, esclarece

Rui Carrasqueira. “Por uma questão de equilíbrio

de contas. Faz mais sentido termos um cliente

final do que empresarial”, afirma a mesma fonte.

A capacidade do stock é um dos trunfos da

Pneufurado. “Temos cerca de 4.000 pneus em

stock. É uma vantagem. Quando chega o cliente

e nós temos o produto pretendido, importa ter

o pneu. Acho que é assim em todos os setores

dos automóveis. Quanto mais a peça estiver

perto do cliente, mais o negócio se concretiza.

Antes de mais, baseamo-nos no histórico da

casa. Temos de o conhecer muito bem. Assim

como as tendências do mercado. Todas as nossas

avaliações e compras estão em sintonia com

aquilo que a empresa costuma fazer. Não inventamos.

E, depois, apostamos, sempre, nos

40 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Pneufurado

www.revistadospneus.com | 41


Empresa

Pneufurado

a Pneufurado nasceu, em 1987, pelas mãos do pai de rui

carrasqueira, Manuel Carrasqueira, e do seu irmão,

Fernando Carrasqueira, num espaço na serra das minas

primeiros fabricantes. Isso ajuda-nos a ter

um suporte completamente diferente para o

cliente final. Este sente muito essa diferença

da qualidade e das primeiras linhas”, adianta

Rui Carrasqueira.

A empresa trabalha (muito) marcas como

Goodyear, Dunlop, Pirelli, Michelin, Bridgestone

e Continental. “No fundo, com os

grandes seis fabricantes, embora com maior

incidência comercial nos três primeiros na

gama premium”, sublinha.

RELAÇÕES PRÓXIMAS

A “proximidade com os clientes” é o grande

fator distintivo da Pneufurado, na opinião do

gerente. “Queremos sempre ouvir o cliente

e estar com ele. Muito raramente temos um

cliente que sai daqui insatisfeito com o serviço

e acompanhamento prestado. Temos

a noção de que as pessoas não vêm aqui

fazer negócio com a empresa. Vêm para estar

com algum dos técnicos da Pneufurado. Isso

dá-lhes confiança. Fazemos negócios com

as pessoas”, realça.

Ponto forte da empresa é ainda a qualidade

do equipamento. “Investimos mesmo muito

em maquinaria. Quase toda ela é de topo.

Temos dois robots de mudança de pneus que

não utilizam um ferro de desmontar, ou seja,

o contacto que eles têm com a jante é todo

em kevlar. Isso ajuda a dar um serviço de

qualidade ao cliente. Não há nenhum contacto

metálico com a jante. Temos também

a GSP 9700 de controlo de vibrações, uma

máquina com que trabalhamos há muitos

anos e que nos ajuda a fazer o rastreio de

pneus danificados”, diz.

FUTURO GARANTIDO

Rui Carrasqueira acredita que o mercado dos

pneus tem futuro. “As grandes revoluções

do mercado automóvel vão passar, também,

pelos pneus. Sem dúvida. Basta pensar que

um veículo elétrico, neste momento, tem

um pneu muito mais alto e mais estreito do

que um automóvel de alta gama e potência,

que tem um pneu de perfil baixo e largo”.

O responsável admite, porém, que será um

“desafio” muito grande para os fabricantes de

pneus. Terão de conseguir reformular todos

os seus compostos para veículos elétricos. O

atrito não pode ser muito grande. Porque o

automóvel terá de ser leve para conseguir

rolar, mas, depois, terá de fazer algum atrito

para fazer o carregamento das baterias”, explica

Rui Carrasqueira à Revista dos Pneus.

No seu entender, o mercado não pode continuar

a querer crescer sempre a dois dígitos.

“Temos todos de aprender a viver dentro

do que temos. E essa é a nossa realidade. A

empresa reinveste nela própria tudo o que

ganha”, afirma. Por tudo isto, o futuro será

feito de “consistência”. E sempre com uma

equipa de “técnicos à altura”. Exemplo? “Investimos

muito em formação. Todos os anos,

quase toda a equipa tem uma formação séria,

entre 25 a 50 horas por curso. Fruto de uma

parceria antiga com o CEPRA. Posso adiantar

que todos na Pneufurado têm formação em

veículos elétricos”, conta Rui Carrasqueira,

levantando um pouco o véu sobre um projeto

da empresa, ainda em fase embrionária.

“Queremos começar a fazer reparações e intervenções

em veículos elétricos”, revela. ♦

Pneufurado

Gerente Rui Carrasqueira | Sede Rua do Alto do Forte, 25, 2635 - 099 Rio de Mouro | Telefone 219 170 190

Email pneufurado@vulco.pt | Site www.pneufurado.vulco.pt

42 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


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Notícias

Empresas

Nova tecnologia

para produção de pneus

Recauchutagem 31

reflorestou Pinhal de Leiria

A Fedima Tyres/Recauchutagem 31, no seguimento das

comemorações dos seus 50 anos e na sua vertente de

responsabilidade ambiental e social, promoveu uma ação

de reflorestação de seis hectares do Pinhal de Leiria, em

concreto na Alva de Pataias, durante a manhã do dia 24 de

novembro. Esta ação foi realizada pelos colaboradores da

empresa, em cooperação com a Associação de Produtores

Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré (APFCAN),

num terreno da Câmara Municipal de Alcobaça, sob gestão

do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

Nesta ação, foram plantados cerca de 8.000 pinheiros, que

irão desenvolver o seu sistema radicular durante o inverno,

tendo, assim, maior probabilidade de sobrevivência e resistência

durante o verão. A Fedima Tyres/Recauchutagem

31 é, por si só, uma empresa de reciclagem, uma vez que

a recauchutagem de um pneu permite dar uma nova vida

ao mesmo e, desta forma, estender o seu ciclo de vida. Ao

recauchutar, está a contribuir-se para a preservação do meio

ambiente e para uma utilização sustentável de recursos

numa ótica de Economia Circular.

Michelin anuncia joint venture

com a Faurecia

A Michelin e a Faurecia, líder tecnológico na indústria automóvel,

formalizaram a criação da Symbio, originando a

Faurecia Michelin Hydrogen Company. A nova joint venture

reunirá todas as atividades dedicadas à tecnologia da pilha

de combustível, com o objetivo de tornar-se líder mundial

na mobilidade baseada no hidrogénio. Construída em torno

de um ecossistema único, esta desenvolverá, produzirá e

comercializará sistemas de pilha de combustível de hidrogénio

para veículos de turismo, comerciais e camiões, além

de aplicações para outras áreas da mobilidade elétrica. A

Faurecia contribuirá com a sua experiência tecnológica em

mobilidade baseada no hidrogénio e com os resultados

obtidos com os seus trabalhos de I+D realizados em colaboração

com a Comissão Francesa de Energias Alternativas

e Energia Atómica (CEA). Por sua vez, a Michelin contribuirá

com os conhecimentos da sua subsidiária Symbio, fornecedor

de sistemas de pilhas de combustível de hidrogénio, assim

como com a sua completa gama de serviços e atividades

de design e produção.

A Sumitomo Rubber Industries, Ltd. desenvolveu uma nova tecnologia baseada

em Inteligência Artificial, com a qual é possível fazer previsões fiáveis sobre o

desempenho das novas fórmulas de borracha a partir de indicadores chave, em

conjunto com dados de análises avançadas da estrutura interna dos compostos

de borracha. Isto afeta os pneus novos mas, sobretudo, também os pneus cuja estrutura

interna é alterada durante a condução por tensões mecânicas e alterações

no perfil de atrito, o que influencia as propriedades de rodagem. A nova solução

chama-se “Tyre Leap AI Analyse” e ajuda a desenvolver uma tecnologia que mantém

o desempenho durante toda a vida útil de um pneu, que, por sua vez, é um

elemento essencial dos “pneus inteligentes”. Com a “Tyre Leap AI Analyse”, alterações

no desempenho do pneu durante a sua vida útil podem ser previstas com

grande precisão a partir da comparação de imagens entre pneus novos e usados.

Point S abriu

primeira localização em Singapura

A Point S continua a sua implantação na Ásia com a abertura da primeira loja na

região de Sin Ming Industrial Estate, em Singapura. “O nosso parceiro Point S em

Singapura, BCC Automotive, é uma experiente cadeia de oficinas de reparação

automóvel, com mais de 45 anos de know-how na reparação de veículos da Europa

e do Japão”, referiu Fabien Bouquet, CEO internacional da Point S. Atualmente,

a BCC Automotive dispõe de cinco lojas de reparação automóvel em Singapura e

conta com uma vasta experiência que remonta à década de 1970, onde começou

como uma oficina num posto de combustível. A Point S também criou, recentemente,

a empresa JV na China para implementar o conceito Point S.

44 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Novo regulamento para etiqueta

de pneus novos entra em 2021

Colaboradores da Continental Pneus

Portugal apoiam Re-food

Com o intuito de assinalar o S. Martinho (tradição tipicamente portuguesa) e de uma

forma informal e descontraída reforçar os laços de proximidade entre a equipa, os colaboradores

da Continental Pneus Portugal (CPP) organizam, há vários anos, um Magusto

Convívio. A dinâmica do evento conta com a colaboração de todos e a equipa

é desafiada a contribuir, ativamente, para este momento com o “seu melhor petisco”.

Tendo em conta o desperdício de alimentos verificado em anos anteriores, a Continental

Pneus Portugal contactou a Re-food para que, no final do convívio, toda a comida

fosse recolhida e entregue às famílias apoiadas por esta associação. Pedro Teixeira,

diretor-geral da Continental Pneus Portugal, afirmou que “quando tomámos consciência

da quantidade de alimentos que, todos os anos, excediam as necessidades de

consumo, a equipa sugeriu aproveitar a oportunidade para ajudar quem mais precisa.

Contactámos a Re-food, que realiza um trabalho extraordinário nesta área”.

A Comissão Europeia chegou a acordo para alterar o regulamento

(CE) N.° 1222/2009, relativo à nova etiqueta

de pneus novos. A 13 de novembro, foi alcançado um

acordo político entre o Conselho, o Parlamento Europeu

e a Comissão para tornar a etiqueta “mais visível, mais

precisa e mais sustentável”. O texto do regulamento

deverá ser formalmente aprovado pelo Parlamento

Europeu e pelo Conselho. Uma vez concluída esta

etapa, o regulamento será publicado no Jornal Oficial

da União Europeia e deverá entrar em vigor a 1 de

maio de 2021. O objetivo é aumentar a segurança

e a eficiência económica e ambiental do transporte

rodoviário através da promoção de pneus energeticamente

eficientes, seguros e com baixas emissões

sonoras. A etiquetagem dos pneus deverá permitir aos

consumidores fazerem escolhas mais informadas, ao

terem a possibilidade de equacionar vários elementos,

além de outros critérios normalmente considerados

no momento da compra.

Yokohama regressa ao Dakar

pela terceira vez consecutiva

Pirelli reuniu clientes

de Portugal e Espanha

A Pirelli reuniu, no passado mês de novembro, cerca de uma centena de melhores

clientes de Portugal e Espanha para uma convenção, que teve lugar nas instalações do

Motorsport Institute (MSI), em Madrid. A reunião serviu para colocar em cima da mesa

a situação do mercado, o crescente incremento do mix e as oportunidades imediatas

que, pela sazonalidade, abrem o mercado All Season e Winter. O encontro começou

com uma abordagem atual da situação da Pirelli na Península Ibérica, com os discursos

do CEO, Alejandro Recasens, e Míchel Delgado, diretor comercial. Alejandro Recasens

enalteceu o excelente volume e qualidade dos participantes, comentando que “é importante

promover reuniões da marca com os retalhistas e partilhar experiências entre

eles, para que tomem as melhores decisões no mercado real do dia a dia”. Míchel

Delgado concentrou o seu discurso em novas oportunidades: “A Pirelli tem uma forte

liderança no mercado ibérico de jantes de 18” para cima, um segmento que não para

de crescer com o passar dos meses. A este facto, somam-se as oportunidades que o

outono e o inverno abrem em termos de pneus para todos os climas, duas linhas de

produto nas quais a empresa do P Longo é particulamente forte”. Neste sentido, proporcionou-se

aos assistentes uma detalhada e completa formação sobre a gama Pirelli,

realizada pelo formador da empresa, Enric Llimargas.

A Yokohama junta-se novamente ao desafio do rally

raid mais exigente do mundo, pela equipa de SsangYong

Espanha com o novo Korando DKR. A dupla

Óscar Fuertes/Diego Vallejo, perante os sucessos em

2018 e 2019, regressa com um novo veículo para

enfrentar o objetivo Arábia Saudita 2020. A equipa

voltará a usar Geolandar M/T G003, que demonstrou

um rendimento incrível nas provas anteriores. De 5

a 17 de janeiro, o Dakar decorrerá no Médio Oriente,

com partida em Yidda (Jeddah) e final no novo megacentro

de entretenimento, Al-Qiddiya, apenas a 40

km da capital, Riade. A prova prevista divide-se em

12 fases, com um total de mais de 12.000 km, entre

etapas cronometradas e ligações, ou seja, mais 5.000

km do que na última edição. O Geolandar M/T G003

é o pneu fora de estrada para SUV e modelos pick-

-up. Favorece um rendimento extremo em situações

fora de estrada, desde lama a rocha, terra e gravilha.

www.revistadospneus.com | 45


Notícias

Empresas

ACAP promoveu ação

de sensibilização

BFGoodrich apresentou plano para 2020

A BFGoodrich cumprirá 150 anos em 2020. E quis celebrar a efeméride convidando os seus distribuidores

para um evento que teve lugar a 13 de novembro, nos emblemáticos Cines Callao.

A marca norte-americana fez uma antevisão do que será 2020: o ano em que se incorporará,

na sua atual oferta, a aguardada gama para veículos de turismos e SUV. O evento contou com a

presença de Sandrine Combeaux, máxima representante da marca na Europa do Sul, para falar

dos 150 anos de história. Durante o evento, a equipa de marketing falou do mercado quality,

da oferta de produtos e das animações previstas para 2020, com a diretora comercial, Rebeca

Nieto, a agradecer a presença das mais de 160 empresas que assistiram ao evento. A nova gama

BFGoodrich Advantage substituirá, em 2020, a atual oferta g-Grip para veículos de turismo. Os

novos modelos foram desenvolvidos para responder às necessidades específicas do mercado.

A ACAP (Associação Automóvel de Portugal),

através da sua Comissão Especializada de Produtores

de Pneus (CEPP), deu continuidade

ao seu projeto “Perto de si...mais ligados à

estrada”. No início de novembro, esteve em

Braga para verificar o estado dos pneus dos

automobilistas portugueses, naquela que

foi mais uma edição da campanha de sensibilização

pública dirigida aos condutores:

Pneus? Muito mais do que um acessório.

A sua segurança”. A ACAP e a sua CEPP têm

estado a desenvolver ações de sensibilização

junto dos condutores nas cidades de Lisboa,

Porto, Coimbra e, agora, Braga, pretendendo

alargar a outras zonas do país a sua campanha

de sensibilização dos condutores de veículos

de ligeiros, que não apenas os residentes nos

grandes centros urbanos.

Pirelli inaugurou quinto

espaço P Zero World

Goodyear ‘66

História dos pneus do filme Le Mans

Le Mans ‘66 estreou em toda a Europa em novembro. O filme conta a história do lendário duelo

entre Ford e Ferrari, que teve lugar durante o emblemático desafio de resistência francês desse

ano. Um dos elementos chave da corrida foi o papel fundamental que desempenharam os

pneus Goodyear, que levaram Bruce McLaren e Chris Amon a conseguir a vitória. Quando estes

alcançaram a vitória nas 24 horas de Le Mans de 1966, a Ford não foi a única empresa norte-

-americana que deixou a sua marca no mundo. O célebre GT40 Mark II negro correu com pneus

Goodyear, depois de ter iniciado a corrida com pneus da grande rival da empresa na chamada

guerra de pneus: a Firestone. O empate técnico entre os dois carros da Shelby continua a ser

debatido até aos dias de hoje, mas a história conta que McLaren e Amon obtiveram a vitória

por terem partido uns metros mais atrás e, por isso, terem percorrido maior distância durante

o mesmo período. Contudo, caso não tivessem trocado os seus pneus pelos Goodyear, nem

sequer teriam estado na luta pela vitória.

Após Los Angeles (2016), Munique (2017),

Mónaco (2018) e Abu Dhabi no início de

2019, Melbourne juntou-se à lista de países

e cidades com um espaço P Zero World. As

flagship stores da Pirelli reforçam o posicionamento

da marca, assim como a sua estratégia

retail, que completa a sua cobertura mundial

com a inauguração num novo continente. O

conceito de P Zero World resume-se a “uma

boutique de pneus”. Nomeadamente, um espaço

em que os clientes têm à disposição

os produtos mais exclusivos da Pirelli, além

de um vasto cardápio de serviços personalizados

para veículos desportivos ou de alta

gama. Estes pontos de venda são os únicos

espaços que mostram toda a gama da marca.

46 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


BKT exibiu todo o seu

poderio tecnológico na Agritechnica

Os pneus que a multinacional indiana apresentou na feira de maquinaria

agrícola e jardinagem tiveram um denominador comum: tecnologia. O objetivo

é responder às necessidades atuais e futuras dos agricultores. Entre os

muitos caminhos sustentáveis possíveis que fazem deste setor um verdadeiro

e animado desafio, a BKT decidiu concentrar-se na proteção do solo, um

elemento essencial para uma produção “cuidadosa”. Destaque para o V-Flexa,

produto Flotation de última geração com tecnologia VF (Very High Flexion),

que permite o transporte de cargas pesadas com uma pressão de enchimento

30% inferior à de um pneu normal do mesmo tamanho. Este pneu combina

a tecnologia VF com uma banda de rodagem equipada com correias

de aço, que conferem maior resistência à carcaça e, portanto, aos impactos.

O V-Flexa tem três camadas adicionais de aço com cinta de aço HD (Heavy

Duty) e dispõe de uma parede lateral super resistente para melhorar ainda

mais o desempenho. A área de contacto extra-larga permite uma distribuição

perfeita da carga, sendo extremamente suave para o solo sempre que necessário,

evitando, assim, a sua compactação e preservando o valor das culturas.

Trelleborg anunciou parceria

com a Agricolus

A Trelleborg Wheel Systems e a Agricolus Srl divulgaram a sua

iniciativa conjunta de longo termo na Agritechnica 2019, para

acelerar a introdução de novas e inovadoras soluções baseadas

na “nuvem” para agricultura de precisão, que combinam

know-how, recursos e tecnologia de ambas as empresas.Paolo

Pompei, presidente da Trelleborg Wheels Systems, explica que

“a agricultura de precisão consiste em fornecer aos agricultores

inovações de alta tecnologia. Acreditamos, firmemente, que o

apoio à agricultura sustentável deve incluir uma abordagem

de recursos abertos, onde diferentes empresas, com a mesma

visão, combinam conhecimentos para oferecer aos agricultores

profissionais as soluções digitais mais inteligentes. O que inclui

a colaboração com as mais inovadoras start-ups, que exibem o

seu potencial nos segmentos onde a Trelleborg opera”. A parceria

com a Agricolus enriquecerá o portefólio da Trelleborg e

ampliará a sua capacidade de alavancar a ampla experiência

de uma equipa jovem e avançada de profissionais. A Trelleborg

também apoiará a Agricolus no seu processo de expansão na

Europa e no resto do mundo.

Goodyear mudou divisões

de Consumer e Retail

A Goodyear Iberia anunciou alterações nas suas divisões de Consumer e Retail,

efetivas desde 1 de setembro. Mario Recio foi nomeado sales general manager

consumer Iberia após a saída de Alberto Granadino, que decidiu assumir

novos desafios profissionais fora da Goodyear. Mario Recio entrou para a

Goodyear em 2012. Desde então, ocupou diversos cargos na área de vendas

e, na sua mais recente etapa, ocupou o posto de retail director Iberia à frente

da rede Vulco. O seu conhecimento do mercado e as necessidades atuais

dos clientes permitir-lhe-á continuar a garantir a estratégia que posiciona a

Goodyear como uma das empresas de referência do setor, tanto em Espanha

como em Portugal. Alberto Villarreal, sales general manager commercial

Iberia, assumiu a responsabilidade legal da empresa e será o representante

máximo da Goodyear na Península Ibérica. Por outro lado, Margarita Acuñas

assumiu a função de retail director Iberia e estará à frente da rede Vulco.

Firestone distribuída

pela Recambios Frain

A Firestone, marca pertencente ao Grupo Bridgestone, líder

mundial no fabrico de pneus e produtos de borracha, passa

a ser distribuída pela Recambios Frain no que diz respeito aos

produtos para o segmento agrícola. O pneu agrícola Firestone

foi projetado especificamente para as necessidades do mercado

europeu, sendo desenvolvido e avaliado no Centro de Pesquisa

e Desenvolvimento em Roma e fabricado em Espanha. Durante

o processo de fabricação, todos os testes são realizados com a

colaboração de agricultores profissionais. Graças a testes contínuos

e a tecnologia avançada, são capazes de oferecer inovações

constantes que atendem às necessidades dos agricultores

europeus. A Recambios Frain acaba de fechar um círculo, tendo,

agora, todas as marcas premium no seu portefólio, oferecendo

a todos os clientes da Península Ibérica as melhores soluções

em pneus agrícolas, industriais e florestais.

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Notícias

Empresas

Continental lançou novos pneus

agrícolas na Agritechnica

A Continental apresentou, na edição deste ano da

Agritechnica, os novos pneus híbridos que integram

sensores de pressão para ajudar o operador a minimizar

a compactação do solo no campo e reduzir o desgaste na

estrada. TractorMaster VF Hybrid, com sensores inteligentes

para monitorização digital de pneus, ContiConnect e

ContiPressureCheck, foram as novidades apresentadas.

O fabricante exibiu, também, os comprovados sistemas

ContiPressureCheck (solução de veículo singular)

e ContiConnect (solução para frotas) como conceitos

inteligentes para o setor agrícola. Com a sua visão de

pneus inteligentes e zero acidentes, bem como com

os diversos ambientes de trabalho dos agricultores em

mente, a Continental desenvolve, continuamente, soluções

digitais para pneus agrícolas.

BKT criou website

dedicado ao desporto

A BKT apresentou o novo site sponsorship.bkt-tires.

com, que nasce com o intuito de mostrar a paixão que

a empresa tem vindo a mostrar, descendo ao campo

para patrocinar alguns dos eventos mais importantes

e competitivos de todo o mundo. Neste novo site,

existem secções dedicadas ao futebol italiano da Série

BKT, ao cricket australiano da KFC Big Bash League, ao

futebol espanhol da LaLiga, às sensacionais acrobacias

do Monster Jam e à competição de futebol francesa da

Coupe de la Ligue BKT. Para cada uma destas grandes

manifestações desportivas, uma secção específica reúne

as últimas notícias e a revista de imprensa. A página

“eventos” contém globalmente todos os acontecimentos

de cada campeonato patrocinado pela BKT e, por fim,

o Social Wall propõe um feed sempre atualizado com

os posts provenientes das redes sociais com os tópicos

mais atuais. O portal da BKT dedicado ao desporto

merece várias visitas.

Pirelli revelou pneus com rede 5G

A Pirelli é a primeira empresa mundial que transmite, através da rede 5G, informações

relacionadas com a estrada detetadas por pneus inteligentes. A empresa

apresentou, em Turim, o conceito chamado “Primeiro Sistema ADG 5G Avançado”.

A demonstração teve lugar durante o evento “O papel da 5G na comunicação V2X”,

organizado pela Associação Automóvel 5GAA, da qual a Pirelli é membro. Pirelli,

Ericsson, Audi, Tim, Italdesign e KTH organizaram uma ação conjunta na pista da

cobertura do edifício Lingotto, com um veículo equipado com sensores nos pneus

(Pirelli Cyber Tire) ligados à rede 5G. Estes pneus são capazes de detetar possíveis

situações de aquaplaning e transmitir este potencial perigo ao veículo que vem a seguir.

Isto é baseado na tecnologia 5G, que dispõe de uma grande largura de banda

e baixa latência. Os pneus Pirelli Cyber Tyre, equipados com sensores no seu interior,

serão, no futuro, capazes de fornecer dados ao veículo relativos ao modelo do pneu

montado acerca dos quilómetros realizados, das cargas dinâmicas e, pela primeira

vez, das situações potenciais de risco sobre o asfalto, como a presença de água ou

zonas com fraca aderência.

First Stop promoveu

ação de formação da Motul

A rede de oficina da Bridgestone realizou, no passado mês de outubro, em São

João da Madeira e Frielas, uma ação de formação da Motul nas instalações da

Create Business, distribuidor oficial da marca em Portugal. Participaram nestas jornadas

formativas cerca de 25 pessoas, repartidas pelas duas sessões de formação,

realizadas no centro e sul do país. Mário Mendes, coordenador da Rede First Stop

em Portugal, realçou que “esta formação teve como objetivo elucidar os diferentes

tipos de lubrificantes existentes, hoje, no mercado”. De acordo com o responsável,

“as diferenças existentes atualmente, derivam do desenvolvimento de motorizações

e sistemas de proteção ambiental que as marcas de automóveis implementam

nas suas viaturas”. A concluir, Mário Mendes deu conta que “é fundamental

que a First Stop se posicione na vanguarda da tecnologia lubrificante”.

50 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


A Inter-Sprint, juntamente com o fabricante da marca europeia de pneus Tyfoon, decidiram renovar a sua imagem.

Optou-se pela remodelação total do seu logotipo, sem descurar a essência ou identidade que sempre a marcou.

O fabricante e a Inter-Sprint sempre demonstraram muita atenção e interesse nos novos modelos - referências e

dimensões – especialmente nos últimos anos, daí a sua renovação em termos de desenho dos perfis.

Tendo em vista a evolução do mercado internacional, é necessária uma adaptação constante. Isso resultou num produto

de Alta Tecnologia que pode competir facilmente com muitas outras marcas.

Assim sendo, um produto moderno e de Alta Qualidade requer uma aparência adequada. Essa linha de pensamento

serviu de base para, entre outras coisas, o desenvolvimento do novo logotipo. A Inter-Sprint, como proprietária da marca

e, portanto, distribuidora dos pneus Tyfoon, está muito satisfeita com a sua evolução.

“Como uma de nossas marcas privadas, a Tyfoon tem vindo a realizar grandes avanços na qualidade e na extensão

da sua gama. Os ajustes no logotipo e a identidade corporativa é um passo lógico nesse sentido. Os nossos clientes

também apreciam cada vez mais a marca e tem havido um crescimento de mercado na procura de produtos mais

exclusivos. Quase todas as versões são produzidas pelo maior fabricante europeu de pneus. Em parte por isso, a

qualidade e disponibilidade estão garantidas. ”

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Domingos & Morgado realizou ação

de formação com a MANATEC

No seguimento do desenvolvimento da parceria com a MANATEC, líder no fabrico

de alinhadoras 3D para pesados, a Domingos & Morgado realizou uma ação de formação

com a marca indiana. Enquadrada na política de formação contínua dos seus

quadros técnicos, a empresa recebeu a visita de Muthukumaran, formador da MANA-

TEC, que, durante quatro dias, explicou e demonstrou o funcionamento do revolucionário

equipamento. Já no Centro de Formação da Domingos & Morgado, na Maia,

foram ministradas dezenas de horas de formação teórica, em que estiveram presentes

todos os elementos dos serviços técnicos da empresa liderada por José Morgado,

Domingos Lopes e Mário Leal. Esta iniciativa enquadrou-se na atitude intransigente

da empresa no que diz respeito ao serviço pós-venda, pois a Domingos & Morgado

considera os clientes como amigos e parceiros num negócio com futuro. Futuro este

que, segundo diz, “só será proveitoso para ambas as partes quando a qualidade do

equipamento seja superada pela qualidade da nossa assistência técnica”.

Comforser: a nova marca budget

da Euro Tyre

É uma das marcas asiáticas de referência, sendo

produzida numa das maiores fábricas de pneus do

oriente. Chama-se Comforser, vem reforçar o portefólio

da Euro Tyre e apresenta-se ao mercado com preços

reduzidos e qualidade elevada. A Comforser tem vindo

a destacar-se no segmento budget, apresentando elevada

qualidade e tecnologia de ponta na sua gama de

produtos, fruto do avultado investimento que a empresa

efetuou em equipamento de última geração. Presente,

atualmente, em mais de 90 países distribuídos pelos

quatro cantos do mundo, sendo, em Portugal, comercializada,

exclusivamente, pela Euro Tyre, a Comforser

conta com novas medidas e referências. “Com o lançamento

desta marca, aumentamos a disponibilidade da

oferta neste segmento, com preços mais competitivos

e melhorada qualidade, uma vez que estamos sempre

atentos às necessidades do mercado”, afirma João Madeira,

gestor de comunicação e marketing da Euro Tyre.

Os produtos da Comforser atualmente disponíveis são:

CF300 e CF350 (gamas comerciais); Sports K4 (gama de

uso diário e citadino); CF510 e CF600 (gama citadino

high performance); CF700 (gama ultra high performance).

Hertz Ride e Michelin

anunciam parceria

WWW.TYFOONTYRES.COM

NOVO LOGOTIPO DA TYFOON

A Hertz Ride, serviço de aluguer de motos e mototurismo criado e gerido pela Hertz

Portugal (Grupo Hipogest), anunciou que estabeleceu uma parceria com a Michelin,

player de referência em pneus e acessórios de segurança. A Hertz Ride investe, assim,

na segurança e no desempenho das suas motos com a alta tecnologia de pneus de

qualidade produzidos pela empresa francesa. Desta colaboração, resultou a oferta

de um safety package, do qual

se inclui um equipamento de

monitorização da pressão dos

pneus (TPMS – Tyre Pressure

Monitoring System). Este sistema

de monitorização consiste

numa forma intuitiva e extremamente

eficiente de os motociclistas

monitorizarem a pressão

dos pneus das suas motos.

A Hertz Ride, criada totalmente

em Portugal, já está disponível

em seis países europeus - Portugal,

Espanha, França, Itália,

Áustria e Eslovénia -, tendo entrado,

recentemente, nos EUA.

OS 5 PONTOS FORTES DA TYFOON

Tyfoon: nova imagem,

a mesma identidade

A Inter-Sprint, juntamente com o fabricante da marca

europeia de pneus Tyfoon, decidiu apostar na remodelação

total do seu logótipo, sem descurar a essência ou

identidade que sempre a caracterizou. O fabricante e

a Inter-Sprint sempre demonstraram muita atenção e

interesse nos novos modelos, referências e dimensões,

especialmente nos últimos anos. Daí a sua renovação

em termos de desenho dos perfis. Tendo em vista a

evolução do mercado internacional, é necessária uma

adaptação constante. O que resultou num produto de

alta tecnologia que pode competir facilmente com muitas

outras marcas. Assim sendo, um produto moderno e

de alta qualidade requer uma aparência adequada. Essa

linha de pensamento serviu de base para, entre outras

coisas, desenvolver um novo logótipo. A Inter-Sprint,

como proprietária da marca e, portanto, distribuidora dos

pneus Tyfoon, está muito satisfeita com a sua evolução.

www.revistadospneus.com | 51


Notícias

Empresas

ContiService disponibiliza

marcação de serviços online

Desde o final de outubro que os agentes da rede ContiService passaram

a disponibilizar aos consumidores a possibilidade de agendar um

serviço a partir do site www.contiservice.pt. A nova funcionalidade

surge incorporada numa estratégia global de uma oferta integrada do

ponto de vista digital. “Esta é mais uma das muitas ferramentas que

a rede coloca à disposição de um consumidor que recorre cada vez

mais ao digital, quer como fonte de informação, quer para aquisição

de bens e serviços”, refere Sandra Melo, responsável pela ContiService.

Atenta às especificidades do mercado e à necessidade permanente

de ajustar a oferta de serviços à procura e ao tipo de consumidor,

a nova funcionalidade vai permitir que a rede ContiService esteja

mais próxima dos clientes e possa dar uma resposta mais rápida aos

pedidos. Para efetuar a marcação, basta aceder ao site e, de forma

rápida, selecionar o agente, o tipo de serviço pretendido, especificar

os dados da viatura, indicar a hora preferencial para a realização

do serviço e aguardar uma confirmação final por parte do agente.

Pneubase colaborou na ação

Check & Go da Michelin

A rede Euromaster, através do seu parceiro Pneubase, colaborou na ação

de sensibilização Check & Go, realizada pela Michelin de 18 a 20 de outubro,

no Cascais Shopping Center. A ação teve como objetivo sensibilizar

os condutores para o estado dos pneus das suas viaturas. Para tal, foi instalado

um equipamento de diagnóstico de alta tecnologia, designado

CheckMytire, o qual, em apenas um minuto, consegue medir a espessura

do piso do pneu e a convergência das rodas nos eixos da viatura.

Durante os três dias de realização da ação, foi feito um check-up a cerca

de 300 viaturas, verificando-se que, no que concerne ao desgaste dos

pneus (grau, uniformidade e profundidade do desenho da banda de rodagem),

muitos dos pneus analisados não estavam em conformidade,

havendo mesmo alguns que foram considerados muito perigosos para

a circulação rodoviária. Após a verificação rápida do estado dos pneus

no equipamento de diagnóstico CheckMytire, os condutores seguiam

para uma box, onde técnicos da Pneubase faziam a verificação visual dos

pneus e de outros componentes de segurança das viaturas, como luzes,

amortecedores e travões.

Instalação de “carbon black” da BKT

pronta para capacidade total

A notícia é oficial: a nova fábrica de “carbon black” (carbono negro)

da BKT na unidade de produção de Bhuj funcionará a 100% da

sua capacidade até 2021. No final do primeiro trimestre do ano

fiscal de 2019, a fábrica tinha uma produção de 60.000 toneladas,

aumentando para 80.000 no segundo trimestre. Até 2021, alcançará

a sua capacidade total de produção de 130.000 toneladas. Cerca

de 50% do carbono negro produzido na nova fábrica está a ser

utilizado no processo de fabricação de pneus da BKT, enquanto

os restantes 50% são vendidos no mercado. Além disso, 80.000

MT da atual produção são de qualidade dura, enquanto que uma

capacidade adicional de 50.000 MT em qualidade macia está em fase

de comissionamento. A BKT é a única empresa da indústria indiana

de pneus que dispõe da sua própria fábrica de carbono negro.

Estádio da Luz recebeu Convenção Norauto

Portugal 2019

O Estádio da Luz, em Lisboa, recebeu este ano, pela primeira vez, a Convenção

Anual da Norauto Portugal. O evento foi o pontapé de saída do novo exercício

e teve como tema principal a transformação cultural e digital da empresa. Marcaram

presença cerca de 80 colaboradores, incluindo a Service Team e Diretores

de Centro. Durante dois dias, todos tiveram oportunidade de revisitar a visão

estratégica, conhecer os novos valores da organização e partilhar experiências.

No primeiro dia da convenção, foram apresentados os novos valores da empresa

( Partilha; Espírito Empreendedor; Responsabilidade; Entusiasmo) e foram vividos,

também, momentos de inspiração através da abordagem de temas sobre as mais

recentes tendências de marketing, de inovação e de performance das equipas

preconizadas por professores do ISCTE. No segundo dia da convenção, a empresa

apostou num formato de team building relacionado com temas estratégico.

Percorrendo as ruas da cidade de Lisboa, as equipas tiveram oportunidade de

conhecer e experimentar novas formas de mobilidade.

52 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


The Tire Cologne 2020 realizou

conferência de imprensa

No passado dia 10 de outubro, no Motorworld Cologne, a

organização da feira realizou uma conferência de imprensa

europeia onde abordou a edição de 2020, que será realizada

de 9 a 12 de junho. “A primeira The Tire Cologne, realizada

em 2018, provou que Colónia é o local certo para a nova e

importante feira internacional da indústria nos segmentos

de rodas, pneus e oficinas”. A afirmação pertence a Stephan

Helm, presidente da Associação dos Retalhistas e Comércio

de Vulcanização da Alemanha, a propósito da conferência

de imprensa europeia realizada pela The Tire Cologne. A associação

alemã dos especialistas de pneus, na qualidade de

patrocinadora, apoiará a organização, Koelnmesse GmbH,

na realização da feira. Com uma participação de cerca de um

quarto do volume total nos principais segmentos de pneus

para veículos comerciais e de consumo, o mercado alemão

de substituição de pneus é, de longe, o maior da Europa.

Grupo Soledad firmou acordo ibérico

exclusivo com a Sailun Tyre

Líder na distribuição e comercialização de pneus, o Grupo Soledad estabeleceu

um acordo com a empresa Sailun Tyre, um dos maiores fabricantes

de pneus do mundo. O Grupo Soledad fortaleceu o seu relacionamento comercial

com o Grupo Sailun e é, atualmente, o seu distribuidor exclusivo dos

produtos para Espanha e Portugal. Esta aliança estratégica reforça o posicionamento

líder do Grupo Soledad enquanto distribuidor de pneus na Península

Ibérica. José Pérez, diretor comercial do Grupo Soledad, visitou a direção

europeia do Grupo Sailun, as delegações da empresa em Portugal, Galiza,

Sevilha e Madrid para apresentar o acordo e divulgar aos clientes a variedade

de produtos e a importância da marca a nível global, que ocupa, atualmente,

a 18.ª posição no ranking mundial de fabricantes de pneus. Fundada em

2002, a Sailun Tyre realiza avultados investimentos em inovação através da

pesquisa e desenvolvimento de materiais de borracha e pneus, o que a levou

a uma expansão global no setor de pneus, estando presente em mais de 150

países e regiões em todo o mundo. O Grupo Soledad é uma empresa líder na

distribuição e comercialização de pneus, que conta com mais de 30 anos de

trabalho para fechar o círculo do pneu e fazer parte da sua cadeia de valor.

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Notícias

Empresas

Goodyear foi pneu oficial da

Land Rover Experience Tour

CEMB recebeu prémio “Top 20 Tools”

A revista norte-americana Motor Magazine, especializada no setor automóvel, publicou,

pelo 28.º ano, uma lista das 20 principais ferramentas para a indústria automóvel disponibilizadas

por designers, fabricantes e fornecedores de todo o mundo, que, graças às suas

funções inovadoras, oferecem melhorias para todo o setor. Este ano, nas “Top 20 Tools”,

destaca-se o nome Argos, sistema de alinhamento de rodas sem grampos projetado e

fabricado pela CEMB, que foi premiado como um produto inovador que permite aos profissionais

realizarem as suas atividades com mais facilidade, maior rapidez e melhor desempenho.

Este é o segundo ano consecutivo em que a CEMB aparece na lista. Em 2018,

a marca foi premiada com a máquina de equilibrar rodas ER75 TD. Isto reflete o constante

crescimento que visa desenvolver e oferecer produtos cada vez mais inovadores e próximos

às reais necessidades dos clientes.

Os pneus Goodyear Wrangler DuraTrac exibiram

toda a sua robustez ao longo de uma viagem de

2.000 km através das exigentes estradas africanas,

equipando 16 veículos Land Rover Discovery. Os

participantes, que atravessaram o Parque Nacional

Kavango-Zambezi (Kaza), puderam confiar nos

pneus Goodyear para enfrentar os terrenos mais

difíceis que encontraram na segunda maior reserva

do mundo. O cenário escolhido este ano para levar

a cabo a bienal Land Rover Experience Tour foi o Parque

Nacional Kavango-Zambezi, a segunda maior

reserva do mundo. Os pneus Wrangler DuraTrac

equiparam os 16 veículos Land Rover Discovery,

os quais, ao longo das últimas três décadas, deram

mostras da sua versatilidade e resistência em inúmeras

missões de aventura por todo o mundo. O

Goodyear Wrangler DuraTrac foi desenvolvido para

fazer frente aos terrenos mais difíceis, incluindo

as profundas encostas arenosas, os caminhos de

terra e areia, os arbustos espinhosos da savana e

os caminhos de gravilha cobertos de mato – todos

os terrenos que deverão enfrentar os participantes

durante esta aventura.

PCC apresentou novas

máquinas de equilibrar rodas

Grupo Alves Bandeira ofereceu

mais de €7.000 em pneus

A ação de responsabilidade social teve como destinatários cerca de 30 Corporações de

Bombeiros espalhadas por diversas regiões de Portugal Continental. Terminado o período

crítico de incêndios decretado pelo Governo, o Grupo Alves Bandeira, através das suas

empresas AB Tyres, Alves Bandeira e Petroibérica, promoveu (mais) uma ação de responsabilidade

social junto dos nossos “Heróis sem Capa”. A ação consistiu em equipar as carrinhas

de cerca de 30 Corporações de Bombeiros com pneus da marca Falken. No total, o

grupo ofereceu mais de 120 pneus aos bombeiros portugueses e equipou 30 ambulâncias,

o que representou um donativo de mais de €7.000. “A nossa parceria e ligação com os

Bombeiros já tem mais de 40 anos. Nunca esquecemos o trabalho que ‘os soldados da paz’

desempenham na defesa do nosso país. Hoje, inclusive, temos projetos anuais desenvolvidos,

exclusivamente, para ajudá-los”, destaca Pedro Bandeira, assessor da administração

do Grupo Alves Bandeira. De acordo com o responsável, “esta ação, assim como outras

que realizámos no passado recente, é a forma que encontramos para agradecer, mais uma

vez, a dedicação e a coragem dos Bombeiros na defesa do nosso país durante o período

crítico de incêndios”.

A PCC, empresa especialista em equipamento

oficinal e industrial, apresentou as novas máquinas

de equilibrar rodas da Ravaglioli: Série G2. As

máquinas de equilibrar rodas da Ravaglioli, comercializadas

pela PCC, representam a qualidade

profissional a um custo mais acessível. O sistema

de medição automático de distância e diâmetro,

tal como o seu programa automático ALU S, são

fatores que permitem ao utilizador proceder a

uma calibração rápida e eficaz.

54 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Notícias

Produto

Pirelli criou pneus P Zero específicos

para o novo BMW M8

A Pirelli e o Grupo BMW prolongaram a sua colaboração com

a conceção de pneus P Zero com marcação específica para

o novo desportivo M8. Esta versão exclusiva do P Zero surge

da estreita colaboração entre os departamentos de inovação,

desenvolvimento e ensaios da Pirelli e BMW. O fabricante

do P longo aplicou nestes novos pneus a sua filosofia do

equipamento perfeito, com o propósito de adaptar os P Zero

às características dinâmicas do novo BMW M8. Por isso, foram

ajustados com precisão ao chassis e às características das

duas carroçarias do modelo: coupé e descapotável. Estes

novos pneus homologados para a BMW, diferenciam-se com

uma marcação específica e estão disponíveis nas seguintes

dimensões: P Zero 275/35 ZR20 para o eixo dianteiro;

P Zero 285/35 ZR20 para o eixo traseiro. Em comparação

com o P Zero genérico, esta versão específica para o M8

proporciona um desempenho melhorado nos seguintes

parâmetros: tempo por volta, manobrabilidade em piso

seco e molhado, consistência, travagem, aquaplaning em

linha reta e lateral, peso, conforto, ruído e quilometragem.

Falken apresentou SN110 Ecorun

no Salão Equip Auto

A marca japonesa, pertencente ao Grupo Sumitomo, que, em Portugal, é representada

pela AB Tyres, apresentou o SN110 Ecorun durante a edição deste ano

da feira de Paris dedicada ao aftermarket. Desenvolvido para fornecer uma eficiência

abrangente, este novo pneu, que substituirá o prestigiado SN832, despertou

o interesse dos visitantes do Salão Equip Auto, além da restante da gama

de pneus para automóveis, comerciais ligeiros, camiões e autocarros. “Decidimos

apresentar o SN110 na Equip Auto porque estamos convencidos de que este se

tornará num pneu essencial no mercado europeu de reposição, especialmente

para aqueles que desejam tirar o máximo proveito dos seus pneus”, disse Markus

Bögner, diretor de operações e presidente da Falken Tyre Europe. De acordo

com o responsável, “graças ao seu design aerodinâmico e a uma nova técnica de

construção, os utilizadores desfrutam de maior economia de combustível, menor

desgaste e maior vida útil dos pneus. Em 2020, lançaremos 49 dimensões que

abrangerão a maioria dos veículos compactos e médios do mercado, incluindo as

principais medidas europeias”.

Falken equipa de origem

novo Toyota Corolla

Dois pneus das séries Falken Ziex e Sincera foram aprovados

como equipamento original para o novo Toyota Corolla. Os

pneus escolhidos foram o Ziex ZE914B Ecorun, nas dimensões

225/40R18 92 W XL e 225/45R17 91W, e Sincera SN832B, na

dimensão 205/55R16 91V. O Toyota Corolla, modelo mais

vendido no mundo, é sinónimo de alta fiabilidade. Agora,

com a sua inovadora versão híbrida, também aumenta o nível

de desempenho e eficiência, uma combinação perfeita para

o Falken Ziex ZE914B Ecorun. Este pneu, modificado para

se adaptar aos requisitos avançados dos veículos híbridos,

oferece maior resistência ao rolamento. Ambas as gamas de

pneus provêm da fábrica da SRI, na Turquia, e montadas nas

fábricas da Toyota, em Castle Donington, no Reino Unido,

e em Sarkaya, na Turquia.

Continental escolhida para

elétrico Volkswagen ID.3

Os pneus da Continental estão a ser equipados de fábrica no Volkswagen ID.3.

A marca alemã concedeu aprovações para pneus de verão, para jantes de 18” e

19”. O pneu de verão EcoContact 6 foi adaptado para dar resposta aos requisitos

específicos solicitados pelo ID.3. Sendo um veículo elétrico, o ID.3 circulará em

pneus com baixa resistência ao rolamento, que economizam energia a fim de

promover a máxima autonomia possível entre as cargas, com baixo ruído pneu/

estrada, para o conforto dos passageiros e com o design aerodinâmico da parede

lateral para ajudar a minimizar a resistência aerodinâmica do veículo. Os pneus

de verão incorporam, também, a tecnologia ContiSeal, que resulta da parceria

de sucesso com os construtores de automóveis. A tecnologia ContiSeal permite

reduzir as consequências de perfurações no piso do pneu com um diâmetro até 5

mm (provocados por um prego, por exemplo). As perfurações são imediatamente

vedadas, o que possibilita que não seja necessário parar de imediato e mudar

o pneu na berma da estrada.

56 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Dunlop Mutant: crossover

para o mercado das duas rodas

O novo Mutant da Dunlop adapta-se a todas as estações, a todas as estradas e a mais

de 370 modelos de motos diferentes, sejam elas de aventura, sport touring, naked, retro

ou scrambler. O Dunlop Mutant estará à venda em janeiro de 2020 e resulta da combinação

do conhecimento adquirido com os galardoados pneus hypersport e sport

touring da Dunlop com as tecnologias desenvolvidas em competição em condições

de piso molhado.A Dunlop chamou a esta fusão de inovações “4 Seasons Technology”,

a qual inclui uma mistura de material de capas, construção e compostos concebidos

para garantir a máxima performance nas condições climatéricas mais difíceis, inclusive

no inverno. Exemplo disso, é o facto de o Mutant contar com a marcação “M+S”

(“Mud+Snow”, na sua sigla em inglês), o que significa que se adapta a condições verdadeiramente

extremas.

Q&F, Lda. dispõe

de nova linha de jantes

Presidida por Mário Quintaneiro, a empresa cuja atividade

assenta na representação, comercialização e

assistência técnica de produtos de duas áreas chave,

Performance e Racing, individualmente ou em conjunto,

já fez saber que dispõe de uma nova linha de

jantes. A Q&F, Lda. lançou, assim, uma nova gama de

jantes a preços extremamente competitivos para o

mercado nacional. De fabrico em alumínio e exibindo

um design atual, anunciam elevada quantidade de

soluções de aplicação, com dimensões que começam

nas 14” e terminam nas 17”.

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Notícias

Produto

Marangoni: nova solução

para pneus OTR

Goodyear equipa novo Renault Captur

A Goodyear foi escolhida como um dos principais fornecedores de pneus para o novo Renault

Captur, equipando-o com EfficientGrip Performance de medida 215/55 R18 95H. O

Renault Captur é um dos pequenos SUV mais vendidos do mercado, com 1,5 milhões de

unidades transacionadas em mais de 90 países desde o seu lançamento, em 2013. O novo

Captur mantém a sua fórmula original, que constituiu um enorme sucesso, mas, agora, foi

atualizado com as mais recentes tecnologias. Os pneus EffficientGrip Performance da Goodyear

proporcionam o nível de desempenho perfeito para fazer com que o Captur seja ainda

melhor. Além da medida 215/55 R18 95H, a Goodyear também fornecerá pneus de dimensão

215/60 R17 96H que estão etiquetados com a letra “A” em eficiência de combustível e com

a letra “B” em aderência em piso molhado. A performance destes pneus Goodyear reduz a

distância de travagem do veículo em condições de piso molhado e permite aos condutores

poupar combustível, ajudando, também, a limitar o impacto ambiental.

O desenvolvimento de um novo produto no

segmento de pneus OTR demonstra toda

a competência tecnológica da Marangoni

e a capacidade de a empresa se adaptar

rápida e flexivelmente às exigências do

mercado, implementando soluções para a

recauchutagem dos pneus incorporados mais

recentemente. O novo pneu recauchutado

da Marangoni, MTXL constitui um caso emblemático,

segundo Ayhan Haliloglo, diretor

da área de pneus OTR na Marangoni. “Estes

pneus premium com um tamanho de 29,5

R 29 são caracterizados por uma estrutura

de nova geração, com elevada capacidade

de carga e um novo design da banda de rodagem”,

explicou o diretor da área de pneus

OTR. O utilizador final estava à procura de

uma maneira de usar essa estrutura para

proporcionar-lhes um segundo ciclo de

vida, com um design de banda de rodagem

semelhante ao original e adequado às suas

necessidades: resistência à tração e aos rasgões

(duas características fundamentais nas

aplicações para a indústria de mineração).

Bridgestone VX-TRACTOR

Desde que a Bridgestone se lançou, em 2014, no mercado de pneus

agrícolas premium, os seus produtos foram reconhecidos por combinar

produtividade, eficiência e redução da compactação do solo. A

aderência e tração superiores, o design inovador dos tacos, a maior

resistência ao desgaste e a substituição de óleos aromáticos por óleos

vegetais sustentáveis nos compostos dos pneus, elevaram ainda

mais os padrões dos pneus agrícolas. Projetado no Centro Europeu

de Investigação e Desenvolvimento da Bridgestone, em Roma, e produzido

nas instalações da Bridgestone, em Espanha, o VX-TRACTOR

foi construído com vista à melhor performance. Com uma carcaça resistente

e barras longas e profundas, anuncia tração excecional com

uma vida útil extremamente longa. Lançado no mercado em várias

medidas no final de 2018, conta já com mais 39 dimensões desde o

dia 1 de novembro de 2019, com o objetivo de atingir um total de 47

medidas até maio de 2020. As novas medidas, que foram apresentadas

na Agritechnica, incluem pneus com três jantes de 16”, projetados

especialmente para aplicações em vinhedos, e vão estar disponíveis

no mercado durante o primeiro trimestre de 2020.

58 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


PneuTrac da Trelleborg escolhido

pela New Holland Agriculture

Pirelli “calça”

novo Aston Martin DBX

Quase três anos de intenso trabalho conjunto entre as equipas de engenharia

e de ensaios da Pirelli com a Aston Martin, resultaram em três tipos diferentes

de pneus destinados a enaltecer as capacidades dinâmicas do novo DBX.

O último modelo do prestigiado fabricante britânico sairá para o mercado

exclusivamente equipado com pneus Pirelli, fruto de um intenso processo

de desenvolvimento em que foram alcançados os requisitos solicitados pelo

construtor. O resultado será um modelo P Zero capaz de levar ao máximo as

prestações e a manobrabilidade do DBX, um Scorpion Zero AS para os amantes

da condução off-road e um Scorpion Winter cuja missão será proporcionar

a máxima segurança e desempenho em condições de inverno, sem renunciar

o mesmo feeling ao volante com pneus de verão. As prestações em piso

molhado do novo Aston Martin DBX foram melhoradas na pista de testes da

empresa italiana, em Vizzola, perto de Milão.

O finalista do “Tractor of The Year 2019”, o T4N da New Holland

Agriculture, surge equipado com o PneuTrac da Trelleborg Wheel

Systems na categoria “Best of Specialized”. O PneuTrac consiste

numa solução híbrida que combina as vantagens de um pneu

agrícola radial em termos de eficiência, conforto e manuseamento

com a ampla pegada e os benefícios de tração de pista.

Proporciona uma performance imbatível em terrenos íngremes

e lamacentos, reduzindo

o stress nas raízes, garantindo

culturas saudáveis

e melhores rendimentos.

Além disso, em aplicações

rodoviárias, a natureza

híbrida do PneuTrac

garante segurança, manuseamento

e conforto,

além de desempenhos de

consumo de combustível

alinhados com um moderno pneu radial.

Testes demonstraram que, com o PneuTrac, alcança-se uma

compressão reduzida do solo de menos de 30% a uma profundidade

de 10 centímetros, em comparação com o tamanho do

pneu correspondente. O PneuTrac inclui os melhores recursos da

classe dos pneus agrícolas da Trelleborg, além de uma parede

lateral que adota a tecnologia CupWheel da Galileo Wheel, Ltd.

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Pneus fiáveis num

mundo em constante

evolução

Campos enlamaçados, pastos escorregadios, terrenos montanhosos e estradas longas. Os pneus

Mitas trabalham com eficácia e fiabilidade em todas as condições. Equipados em vários tipos de

máquinas agrícolas e apto para numerosas aplicações, os pneus Mitas asseguram que os

agricultores profissionais consigam acompanhar o rápido desenvolvimento do mundo agrícola.

Mitas, pneus que trabalham duro desde 1932.

mitas-tyres.com

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Notícias

Produto

Michelin volta a comercializar MX

para o icónico SEAT 600

A Michelin recupera o fabrico de um dos seus mais emblemáticos produtos do século

XX: o Michelin MX. Assim, o icónico SEAT 600 voltará a circular com os melhores pneus.

Com quase 800.000 unidades fabricadas entre 1957 e 1973, o SEAT 600 tornou-se num

ícone da sociedade espanhola durante a segunda metade do século XX. Este modelo,

integralmente produzido na fábrica da SEAT, em Barcelona, deu o impulso definitivo à

motorização de Espanha, chegando a representar mais de um terço do seu parque automóvel.

A sua procura e posterior popularidade, levou a que o pequeno citadino da SEAT

se tornasse num ícone automobilístico de que, atualmente, ainda perduram 10.000 unidades

em circulação, bem conservadas pelos seus proprietários. Considerado como um

dos veículos clássicos mais apreciados pelos colecionadores, volta, agora, a contar com o

melhor aliado da época: o Michelin MX.

Goodyear apresentou novos

Debica para camiões

A Goodyear apresentou uma nova gama de pneus

Debica para camiões, destinados a frotas sensíveis

aos preços. A nova unidade para eixo de tração, Debica

DRD2, e o pneu para eixo direcional, DRS2, proporcionam

melhorias significativas relativamente

aos seus antecessores. As mais recentes gamas para

eixos direcional e de tração oferecem uma melhorada

resistência ao rolamento e cumprem, também,

com a apertada normativa europeia de inverno,

dado que dispõem da marcação da montanha de

três cumes com floco de neve (3PMSF). Composta

por três medidas, no caso do pneu para eixo direcional,

Debica DRS2, e por três medidas, no que diz

respeito ao pneu destinado a eixo de tração, Debica

DRD2, a nova gama substitui os pneus Debica DRS

e DRD das mesmas medidas, que, gradualmente,

serão descontinuadas. Duas das medidas para o eixo

direcional proporcionam uma elevada capacidade

de carga aos camiões modernos, particularmente os

equipados com motores Euro VI, em que os pesos

sobre o eixo dianteiro são elevados.

Yokohama vence prémio

”Red Dot Design 2019”

O “Red Dot Award” é um prémio internacional de desenho e comunicação que existe desde

1955 e é reconhecido em todo o mundo. A distinção “Red Dot” estabeleceu-se como

um dos selos de qualidade mais desejado. Para avaliar a diversidade no campo do desenho

de maneira profissional, o prémio divide-se em três categorias: desenho de produto,

desenho de marcas e comunicação e conceito de desenho. A Yokohama ganhou na

categoria de desenho de produto com o seu pneu Geolandar X-MT G005. Este pneu foi

concebido para veículos todo-o-terreno e modelos pick-up. O desenho distinto e potente

do piso assemelha-se à textura de uma rocha e os sulcos largos permitem uma maior

tração em variados terrenos. O seu grande bloco lateral contribui para uma melhor manobrabilidade

em terrenos difíceis. O júri declarou que o Yokohama Geolandar X-MT G005 é

o produto ótimo para utilização fora de estrada. Graças ao desenho robusto do piso, este

pneu garante estabilidade e aderência em condições extremas.

60 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Dunlop mostrou

novo Trailmax Meridian

A Dunlop revelou os detalhes do novo pneu de moto Trailmax

Meridian, que chega ao mercado sob o lema “O início de uma

nova aventura”. Posicionado acima do aclamado TrailSmart

Max, o Trailmax Meridian foi desenvolvido tendo em conta os

específicos e complexos requisitos das mais modernas motos

de aventura. A investigação também demonstrou à Dunlop

que o Trailmax Meridian tinha de ter a versatilidade para superar

desafios tão distintos como aventuras fora de estrada e

longas rotas pan-europeias, assim como ser capaz de aproveitar

a potência e a performance das mais recentes motos de alta

gama. A Dunlop está particularmente orgulhosa dos ganhos

obtidos em quilometragem registados em condução enérgica.

No Trailmax Meridian traseiro, testes comparativos com o pneu

da concorrência com a melhor performance mostraram um

aumento da quilometragem de 6% na condução em linha reta,

subindo para mais de 15% com ângulos de inclinação de 40°. No

pneu dianteiro, o ganho em quilometragem é ainda maior, com

a vantagem adicional de sincronizar a troca de pneus prevista

para ambas as rodas, o que significa que apenas será necessária

uma visita ao concessionário, ao invés de agendamentos

separadas para os pneus dianteiro e traseiro.

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Gestão

Definir o negócio

A partir de uma perspetiva empresarial, o início do ano é o momento oportuno para

avaliar o estado em que se encontra o seu negócio e identificar formas de melhorá-lo

no futuro. Esta é a altura certa para iniciar o novo ano com um plano

62 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Planear o novo ano

Poderá parecer estranho, mas comece

por racionalizar e definir, de

forma clara, qual é precisamente a

sua atividade. Por exemplo, disponibiliza

serviços especializados, para além da

montagem de pneus, ou um tipo específico

de trabalho, como substituição de vidros ou

reparações de ar condicionado? Se assim for,

certifique-se que essa informação é comunicada

de forma clara e concisa aos clientes,

com uma indicação do género “Especialistas

em serviços de revisão alternativos e

acessíveis para veículos X, Y e Z”, seguida

de uma explicação na qual refira que tem

a formação e o equipamento necessários

para competir com o concessionário principal,

mas com preços mais competitivos. Por

outras palavras, as ofertas do seu negócio

são claras e definidas. Mas estarão elas a ser

comunicadas aos clientes corretamente?

A IMAGEM É TUDO

Pense na forma como os seus clientes o

veem. Literalmente. Qual é a imagem que

passa em todos os “pontos de contacto” com

o cliente? Referimo-nos à imagem das suas

instalações e à sinalética exterior, mas, também,

e não menos importante, à imagem

interior, incluindo design, sinalética e limpeza

da área de receção até à limpeza das instalações

sanitárias, porque todos estes fatores

criam uma perceção do seu negócio para os

clientes. Esta imagem deve estar alinhada

com todo o material publicitário, comunicações

por email, vestuário de trabalho

dos funcionários, cabeçalhos de faturas – a

beleza está nos olhos de quem vê!

MANTENHA-SE INFORMADO

Pode parecer óbvio, mas mantenha-se

atualizado com a tecnologia automóvel em

constante mudança. Não se trata apenas

de enviar os seus técnicos para cursos de

formação (algo que tem uma importância

crucial, claro), mas de compreender que a

tecnologia automóvel está em constante

evolução e perceber a forma como a propriedade

de veículos é parte da “mobilidade

enquanto serviço”, tornando-se cada vez

mais comum. É muito importante perceber

o impacto destes fatores no seu negócio

e planear, antecipadamente, as ações necessárias.

Ao ponderar as formações, tenha também

em consideração o apoio ao cliente, as competências

para atendimento ao cliente, a

conduta ao telefone, a gestão financeira e

a gestão de marketing e redes sociais/meios

digitais. Se não tem capacidade para empregar

funcionários para cobrir todas estas necessidades,

considere alternativas externas.

DEFINA PREÇOS DE FORMA ADEQUADA

Todos gostam de um bom negócio, mas

há uma diferença importante entre preço

e valor. Defina os seus preços de forma a

refletir o valor do produto e do serviço que

presta e não tenha receio de explicar o real

valor da relação custo/benefício dos seus

serviços. Promova a diferença entre preço e

custo. Procure acrescentar valor à sua oferta

de produtos e serviços. Ninguém gosta de

pagar preços elevados, mas se existirem

vantagens adicionais sem custos adicionais,

trata-se de uma boa relação custo/

benefício.

A COMUNICAÇÃO É ESSENCIAL

Deixe que os seus clientes o conheçam

melhor! Aumente a comunicação com eles,

mas apenas quando tiver algo útil para lhes

transmitir. Explique o que lhes pode proporcionar

que seja do seu interesse, destaque

novos investimentos feitos por si que

os beneficiem diretamente ou quaisquer

ofertas apropriadas relacionadas com eles.

Por outras palavras, ao enviar uma carta,

email ou tweet, certifique-se que a informa-

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Gestão

Dedicar tempo à criação, à gestão e à manutenção de

relações com clientes é essencial em qualquer negócio.

tal como analisar o que se está a fazer bem e a fazer mal

ção transmitida é interessante para os seus

clientes, para que leiam a comunicação e não a

considerem correio publicitário não solicitado.

Quando investe no seu negócio, geralmente

é para proporcionar um melhor serviço aos

clientes. Portanto, não hesite em dizer-lhes!

Não se esqueça de perguntar aos seus clientes

se os pode contactar por email, SMS ou WhatsApp.

Desta forma, eles serão atualizados,

automaticamente, sobre quaisquer notícias

que carregue para o seu site, o qual deverá

atualizar regularmente. Facilite a vida aos seus

clientes e preocupe-se por eles. Mantenha

um registo dos detalhes dos seus clientes e

envie lembretes oportunos relativamente à

inspeção periódica, revisões, renovação do

ar condicionado, pneus sobresselentes ou

aproximação das revisões de verão e inverno.

Contudo, certifique-se que cumpre os requisitos

RGPD!

SEJA AMIGO DO AMBIENTE

Desenvolva melhores “credenciais ecológicas”,

planeando como minimizar o impacto

ambiental do seu negócio e, uma vez mais,

não hesite em contar aos seus clientes as medidas

que está a tomar. Tenha orgulho nas

suas credenciais ecológicas, uma vez que estas

medidas também favorecem a sua imagem.

PEÇA FEEDBACK

É bom falar. Crie oportunidades para obter

feedback dos clientes. Peça de forma positiva

aos clientes que proporcionem feedback e

comentários. Esta atitude confirma que está

interessado nas suas opiniões para compreender

o que está a fazer bem. Mas, acima de tudo,

a informação recebida ajudá-lo-á a identificar

potenciais áreas de melhoria. Regra geral, não

somos julgados pelos erros que cometemos

mas pelo que fazemos para corrigi-los. Faça

sempre um acompanhamento dos comentários

dos clientes, tanto bons como maus.

CRIE E REFORCE RELAÇÕES

Dedique tempo à criação, à gestão e à manutenção

de relações com clientes de volumes

mais elevados. Caso tenha clientes regulares

(especialmente com negócios de maior

dimensão), mantenha um contacto pessoal

regular. Debata as necessidades específicas

desses clientes e certifique-se que as satisfaz.

De igual modo, assegure-se de que valorizam

o seu lado da relação. Não receie desafiá-los

quando tal for necessário, mas deverá fazê-lo

de forma estruturada e justificada, de forma a

manter uma relação profissional. Esta questão

é relevante no caso de clientes que se começam

a tornar parte significativa do negócio.

INVESTIR EM PESSOAS

Diz-se que a qualidade de uma empresa

reflete a qualidade dos seus funcionários.

Embora o inverso também seja válido. Portanto,

contrate pessoas com as melhores

qualificações para posições chave. Analise

as atividades do seu negócio e assegure que

as funções mais cruciais são controladas pelas

pessoas mais qualificadas que conseguir empregar.

Se uma pessoa em particular não tiver

o rendimento esperado, procure desenvolver

as suas competências. Caso não se verifiquem

melhorias, será necessário tomar medidas

mais drásticas. Pondere cuidadosamente a

escolha de pessoas para áreas chave. A simples

promoção de um bom técnico poderá

não fazer desse funcionário um bom chefe

de oficina.

Se as nossas recomendações que, aqui, mencionamos

lhe deram motivos para refletir,

identifique um componente por mês para

melhorar o seu negócio. Irá surpreender-se

com a rapidez com que pequenas mudanças

podem produzir grandes diferenças. Portanto,

dedique algum tempo a analisar, de

forma contínua, o que está a fazer bem e o

que está a fazer mal. Rentabilize os sucessos

e corrija as áreas frágeis. Para que o seu

negócio perdure e prospere. ♦

64 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


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Técnica

Guia de

tamanhos

66 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Indicadores comuns dos pneus

As inscrições marcadas nos flancos dos pneus

proporcionam uma quantidade significativa

de informações acerca da finalidade a que se destina

o pneu, dimensões, capacidade de carga e durabilidade

a alta temperatura/velocidade elevada

O

exemplo principal neste artigo

será baseado em variações do

tamanho 225/50R16, embora

surjam outros quando tal seja

adequado. A maioria dos tamanhos começa

com uma letra (ou letras) que identificam o

tipo de veículo e/ou o tipo de serviço para

o qual os pneus foram concebidos. Os indicadores

comuns são os que se seguem.

P225/50R16 91S

P = Quando o tamanho começa com um “P”,

significa que o pneu é de um tamanho que

utiliza o sistema “métrico P”, que foi concebido

para equipar veículos que são usados,

sobretudo, como veículos de passageiros.

Isto inclui automóveis, monovolumes, SUV

e modelos pick-up ligeiras (habitualmente

com capacidade de carga de 1/4 e 1/2 tonelada).

A utilização de tamanhos de sistema

“métrico P” começou no final da década de

70 e é, atualmente, o tipo de tamanho de

pneus mais utilizado frequentemente.

225/50R16 92S

Caso não exista uma letra a preceder a parte

numérica de três dígitos do tamanho do

pneu, significa que o pneu é de um tamanho

que utiliza o sistema “Métrico” (também

denominado “métrico Euro”, visto que estes

tamanhos têm origem na Europa). Embora

os tamanhos de pneu de sistema “Métrico”

sejam utilizados sobretudo em automóveis

europeus, também são utilizados em

carrinhas e SUV. Os tamanhos de sistema

“métrico Euro” são equivalentes em termos

de dimensões aos tamanhos de sistema “métrico

P”, mas, por norma, divergem ligeiramente

nas capacidades de carga.

T125/90D16 98M

T = Se o tamanho de um pneu começa com

um “T”, significa que o pneu é uma “Peça

Sobressalente Temporária” (“economizador

de espaço” ou “minipeça sobressalente”), que

foi concebido par ser utilizado temporariamente

apenas até um pneu furado poder

ser reparado ou substituído.

LT245/75R16 108/104S

LT = Se o tamanho de um pneu começa com

“LT”, significa que o pneu é de um tamanho

que utiliza o sistema métrico “Camião Ligeiro”,

que foi concebido para ser utilizado

em veículos que são capazes de transportar

carga pesada ou puxar grandes reboques.

Isto inclui modelos pick-up médias e pesadas

(habitualmente com capacidade de carga

de 3/4 e de 1 tonelada), SUV e furgões. Os

pneus marcados com a designação “LT” são

os “irmão mais pequenos” dos pneus dos

camiões de 18 rodas e são concebidos para

proporcionarem uma capacidade de reserva

substancial de modo a admitirem esforços

adicionais de transportar carga pesada.

7.50R16LT 112/107Q, 8.75R16.5LT 104/100Q

ou 31x10.50R15LT 109Q

LT = Se o tamanho do pneu termina com “LT”,

significa que o pneu é de um tamanho dito

“Numérico”, “Base Larga” ou “Flutuação” para

Camião Ligeiro, concebido para ser utilizado

em veículos que são capazes de transportar

carga pesada e puxar reboques (tamanhos

Numéricos), utilizar jantes com 16,5” de diâmetro

(tamanhos de Base Larga) ou são pneus

maiores e sobredimensionados, concebidos

www.revistadospneus.com | 67


Técnica

para ajudar o veículo a circular sobre terra

solta ou superfícies arenosas (tamanhos de

Flutuação). Isto inclui modelos pick-up ligeiras,

médias e pesadas (habitualmente com uma

capacidade de carga de 1/2, 3/4 e 1 tonelada)

e SUV. Os pneus marcados com “LT” no final da

respetiva designação de tamanho, são, também,

os “irmãos mais pequenos” dos pneus

dos camiões de 18 rodas e são concebidos

para proporcionarem uma capacidade de

reserva substancial de modo a admitirem esforços

adicionais de transportar carga pesada.

195/70R15C 104/102R

C = Se um pneu dimensionado no sistema

“métrico Euro” termina com um “C”, significa

que é um pneu “Comercial” destinado

a ser utilizado em carrinhas ou camiões de

entrega e que são capazes de transportar

cargas pesadas. Além de serem marcados

com o “C” no respetivo tamanho, estes pneus

também são marcados com a respetiva Descrição

de Serviço adequada.

ST225/75R15

ST = Se o tamanho do pneu começa com

“ST”, significa que o pneu é de um tamanho

para “Serviço de Reboque Especial”, que foi

concebido apenas para ser utilizado em reboques

utilitários, de barcos ou automóveis.

Os pneus de tamanho “ST” nunca deverão

ser utilizados em automóveis, carrinhas ou

camiões ligeiros.

LARGURA DA SECÇÃO

A seguir à(s) letra(s) que identifica(m) o tipo

de veículo e/ou o tipo de serviço para o qual

o pneu foi concebido, a parte numérica de

três dígitos identifica a “Largura da Secção”

(secção transversal) do pneu em milímetros.

P225/50R16 91S

O número 225 indica que este pneu tem

225 milímetros transversalmente desde o

ponto mais longínquo do flanco exterior até

ao ponto mais longínquo do flanco interior

quando montado e medido numa roda de

largura especificada. Esta medida também

é mencionada como a largura da secção do

pneu. Visto que muitas pessoas pensam nas

medidas em polegadas, os 225 mm podem

ser convertidos em polegadas dividindo a

largura da secção em milímetros por 25,4

(o número de milímetros por polegada).

225 mm / 25,4 = 8,86”

RELAÇÃO DE ASPETO DO FLANCO

Habitualmente, a seguir aos três dígitos que

identificam a largura da secção do pneu em

milímetros encontra-se um número de dois

dígitos que identifica o perfil ou relação de

aspeto do pneu.

P225/50R16 91S. O número 50 indica que a

medida da altura do flanco deste pneu (da

jante ao piso) corresponde a 50% da respetiva

largura da secção. A medida é a altura da

secção do pneu e, também, é mencionada

como a série, perfil ou relação de aspeto do

pneu. Quanto maior for o número, mais alto

será o flanco. Quanto menor for o número,

mais baixo será o flanco. Sabemos que a

largura da secção deste pneu é de 225 mm

e que a respetiva altura da secção é 50% de

225 mm. Convertendo os 225 mm para polegadas

(225 / 25,4 = 8,86”) e multiplicando

por 50% (.50), confirma-se que para um pneu

deste tamanho resulta uma altura da secção

do pneu de 4,43”. Caso este pneu fosse do

tamanho P225/70R16, os cálculos confirmariam

que, para esse tamanho, resultaria

uma altura da secção de 6,20”, um flanco

mais alto cerca de 1,8 polegadas.

CONSTRUÇÃO INTERNA

Uma letra (R neste caso) que identifica a

construção interna do pneu segue-se aos

dois dígitos utilizados para identificar a relação

de aspeto.

P225/50R16, P225/50ZR16

O R no tamanho P225/50R16 91S indica que

o pneu tem uma construção Radial, na qual

as lonas do corpo do pneu “irradiam” a partir

do centro imaginário da roda. Os pneus

radiais são, de longe, o tipo de pneu mais

popular na atualidade, representando mais

de 98% de todos os pneus vendidos.

Se o R no tamanho for substituído por um

D (225/50D16), indica que as lonas internas

do corpo do pneu se cruzam numa Diagonal

e que o pneu tem uma construção de “lona

em viés”. Os pneus que utilizam esta construção

destinam-se a aplicações em camiões

ligeiros e pneus sobressalentes.

Se o R no tamanho for substituído por um

B (225/50B16), isso indica que as lonas do

corpo do pneu não só cruzam o pneu numa

diagonal, como anteriormente mencionado,

mas, também, são reforçadas com cintas sob

a área do piso. Este tipo de construção do

pneu denomina-se «Cintado» (Belted, em

inglês). Os pneus que utilizam esta construção

são praticamente inexistentes.

A European Tyre and Rim Technical Organization

(ETRTO) adotou normas de marcação

que permitiram aos fabricantes de pneus

identificar pneus com construções Run Flat

autoportantes dentro da designação do tamanho

do pneu. Os pneus Run Flat autoportantes

podem ser identificados com a letra

F imediatamente a seguir à tradicional letra

que identifica a construção do pneu (como

o R que designa radial) dentro do tamanho.

Isto resulta em designações de tamanho

tais como 225/45RF17 91Y (para pneus Run

Flat autoportantes que têm um índice de

velocidade indicado na respetiva Descrição

de Serviço) e 255/40ZRF20 (para pneus Run

Flat autoportantes com índice de velocidade

Z, nos quais o índice de velocidade está incluído

no tamanho do pneu).

Uma vez que esta designação de tamanho

de pneus foi adotada bem depois da introdução

dos pneus Run Flat autoportantes no

mercado, os pneus Run Flat autoportantes

introduzidos e produzidos antes de a mesma

ter entrado em vigor não têm de ser marcados

como tal.

ÍNDICE DE VELOCIDADE

Atualmente, os únicos pneus que continuam

a incluir o índice de velocidade no tamanho

do pneu (P225/50ZR16) são os pneus com

índice de velocidade Z. Neste caso, a seguir

aos dois dígitos utilizados para identificar

a relação de aspeto encontram-se as letras

ZR para identificar o índice de velocidade

do pneu (Z) e a respetiva construção interna

(R). Desde 1991, todos os outros índices de

velocidade são indicados na Descrição de

Serviço dos pneus (que será abordada mais

adiante).

68 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


DIÂMETRO DOS PNEUS E DAS JANTES

P225/50R16 91S

O número 16 indica o diâmetro do pneu e

da jante, cuja conceção permite uma correspondência.

Os pneus que têm um diâmetro da jante

expresso em polegadas (P225/50R16, bem

como 8, 10, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 19, 20, 22,

23, 24, 26 e 28) são denominados tamanhos

de “jante em polegadas”. Estes são os tipos

mais comuns de tamanhos de pneu e são

utilizados na maioria dos automóveis, monovolumes,

carrinhas, SUV e camiões ligeiros.

Embora não seja muito comum, dois tipos

adicionais “invulgares” de diâmetros de

pneu/jante ainda se continuam a utilizar

atualmente.

Pneus e jantes que têm um diâmetro da jante

expresso em “meias” polegadas (8.00R16,5LT,

bem como 14,5; 15,5; 17,5 e 19,5) são utilizados

em alguns reboques robustos, camiões

ligeiros robustos e carrinhas de caixa

fechada.

Pneus e jantes que têm um diâmetro da

jante expresso em milímetros (190/65R390,

bem como, 365 e 415) são denominados

tamanhos milimétricos. A Michelin iniciou

os tamanhos milimétricos para os pneus

TRX, que tiveram uma utilização limitada em

muitos modelos de diferentes automóveis

no final dos anos 70 e nos anos 80.

Os pneus Run Flat Michelin PAX System

foram apresentados como um sistema

integrado de jante/pneu, de forma muito

limitada, como Equipamento Original (OE)

na América do Norte. Como exemplo, o tamanho

PAX System de 235/710R460A 104T

expressa as dimensões do pneu e da jante

em milímetros (Largura da Secção de 235

mm, Diâmetro Global do pneu de 710 mm

e diâmetro da jante de 460A mm, com o “A”

em 460A a significar que estes pneus apresentam

talões “assimétricos”, sendo que o

talão exterior (450 mm) e o talão interior (470

mm) têm realmente diferentes diâmetros.

Todos estes diâmetros “invulgares” de

pneus/jantes foram desenvolvidos especificamente

devido ao facto de a conceção

do pneu e da jante ou de a utilização pretendida

para o veículo exigirem que fossem

diferentes dos pneus e jantes convencionais.

Todos estes pneus e jantes apresentam

perfis de flanco que têm uma forma

diferente da dos tradicionais tamanhos de

“jante em polegadas”.

Os pneus e jantes com diâmetros da jante

invulgares nunca devem ser combinados

com pneus e jantes tradicionais de “jante

em polegadas”.

É crucial que se confirme sempre se os

diâmetros do pneu e da jante correspondem

antes de o pneu ser montado na jante.

DESCRIÇÃO DO SERVIÇO

P225/50R16 91S

O 91S representa a Descrição do Serviço do

pneu. Uma Descrição do Serviço identifica o

Índice de Carga e o Índice de Velocidade do

pneu. As Descrições do Serviço são exigidas

em todos os pneus com índice de velocidade

(exceto os de índice de velocidade Z)

produzidos desde 1991. u

www.revistadospneus.com | 69


Avaliação Obrigatória

Prêt-à-porter

Imponente, confortável, funcional, espaçoso. O C5 Aircross é o SUV de maior porte

da Citroën. E tem tudo para agradar aos chefes de família. O estilo está lá todo, a

segurança também, e nem mesmo o motor 1.5 BlueHDi de 130 cv, bem auxiliado

por uma caixa automática de oito velocidades, compromete o desempenho do

conjunto, proporcionando consumos comedidos. No fundo, é como um pronto-avestir:

fica bem à primeira e está disponível com um programa de personalização

Por: Bruno Castanheira

70 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Citroën C5 Aircross 1.5 BlueHDi EAT8 Shine

Inspirado no conceito Citroën Aircross,

revelado em 2015, o C5 Aircross dá continuidade

à ofensiva SUV da Citroën após

o sucesso do lançamento do C3 Aircross,

em 2017. A marca francesa está, assim,

atenta às expectativas dos clientes (e do

próprio mercado europeu, que é, como se

sabe, particularmente apreciador de modelos

SUV), ação que dá força ao slogan

“Inspired By You”.

Em Portugal, o C5 Aircross está disponível

em 10 versões, articuladas em torno de três

motorizações (uma a gasolina; duas Diesel),

três níveis de equipamento (Live; Feel; Shine)

e dos tipos de transmissão (manual de seis

velocidades; automática de oito relações).

A que nos “calhou” em ensaio é das menos

acessíveis, mas das mais apelativas: 1.5

BlueHDi EAT8 Shine.

APARÊNCIA ROBUSTA

Com 4,50 metros de comprimento, o C5

Aircross demarca-se pelo seu ar robusto

e musculado. “Repleto de força, mas sem

arrogância”, como refere a Citroën, este modelo

marca, de facto, a diferença no universo

dos SUV, oferecendo volumes fluidos pontuados

por elementos gráficos, tais como

os Airbump (que se estrearam na primeira

geração do C4 Cactus), as jantes de 18” de

série (19” nesta unidade), a distância ao solo

de 230 mm e as barras de tejadilho identificativas

(€200).

Os grupos óticos e a grelha imponente, que

combinam bem com a carroçaria pintada

de azul “Tijuca”, surgem harmoniosamente

enquadrados com a secção lateral, que

aposta num teto flutuante e numa cintura

de vidro contínua, destacada por uma assinatura

cromada em “C”, refletindo o espaço

interior do veículo. A traseira, encorpada,

larga e alta, sugere espaço e capacidade

de carga (a bagageira pode oferecer 580

ou 720 litros, em função do ajuste longitudinal

dos bancos traseiros). Os farolins

posteriores estão equipados com quatro

módulos de LED oblongos em cada lado do

veículo. O tejadilho deslizante panorâmico

(€1.100) é outro dos extras que vale bem a

pena escolher.

O programa de personalização exterior

estende-se ao habitáculo, disponível em

ambientes que jogam com luz, calor e requinte:

além do ambiente de série (cinzento

“Metropolitan” no nível Shine), o C5 Aircross

oferece os ambientes cinzento “Wild” e cas-

tanho “Hype”. Este SUV assume-se como o

modelo mais confortável do seu segmento,

graças a duas inovações exclusivas: a suspensão

com batentes hidráulicos progressivos

e os bancos Advanced Comfort. Os três

bancos traseiros, independentes, deslizantes

e escamoteáveis, fazem do C5 Aircross

o mais flexível, modular e espaçoso SUV da

sua classe. Equipado com 20 dispositivos

de ajuda à condução e seis tecnologias de

conectividade, este modelo marca, de facto,

a diferença. Bem construído e recheado de

equipamento, o C5 Aircross seduz ainda pelo

posto de condução ergonómico.

TAPETE VOADOR

O C5 Aircross está equipado com suspensões

de batentes hidráulicos progressivos, uma

inovação da Citroën que materializa a sua

competência e experiência no campo do

amortecimento. Esta tecnologia deriva dos

conhecimentos adquiridos no automobilismo

e permite uma melhor absorção das

irregularidades do piso. O objetivo desta

nova tecnologia de suspensão é melhorar a

qualidade da filtragem utilizada pela Citroën

e tão apreciada pelos clientes, com o intuito

de criar o verdadeiro efeito de viagem em

www.revistadospneus.com | 71


Avaliação Obrigatória

Citroën C5 Aircross 1.5 BlueHDi EAT8 Shine

michelin primacy 3

novo composto

otimiza aderência

w O Citroën C5 Aircross que a Revista dos Pneus testou vinha

equipado com Michelin Primacy 3, de medida 205/55 R 19 97V XL

em ambos os eixos. Eleito mais de 120 vezes pelos construtores de

automóveis para equipar, de série, os seus modelos, como é o caso do

que, aqui, surge em análise, o Michelin Primacy 3 dispõe de uma nova

escultura com lamelas autoblocantes que mantêm toda a superfície

do pneu em contacto com a estrada. Além disso, a nova borracha

patenteada pela Michelin para este pneu destina-se a otimizar a

aderência em todas as condições climatéricas.

Espaço, qualidade, requinte, equipamento, segurança. Nada falta

ao Citroën C5 Aircross, o SUV de maior porte da marca francesa

MOTOR

Tipo

4 cil. linha Diesel, transv., diant.

Cilindrada (cc) 1499

Diâmetro x curso (mm)

75,0x84,8

Taxa de compressão 16,5:1

Potência máxima (cv/rpm) 130/3750

Binário máximo (Nm/rpm) 300/1750

Distribuição

2 v.e.c., 16 válvulas

Alimentação

injeção common rail

Sobrealimentação

turbo VTG + intercooler

TRANSMISSÃO

Tração

dianteira com ESP

Caixa de velocidades

automática de 8+ma

DIREÇÃO

Tipo

pinhão e cremalheira

Assistência

sim (elétrica)

Diâmetro de viragem (m) 10,7

TRAVÕES

Dianteiros (ø mm)

discos ventilados (n.d.)

Traseiros (ø mm)

discos maciços (n.d.)

ABS

sim, com REF+AFU

SUSPENSÕES

Dianteira

pseudo McPherson

Traseira

travessa deformável

Barra estabilizadora (dianteira/traseira) sim/não

PERFORMANCES ANUNCIADAS

Velocidade máxima (km/h) 189

0-100 km/h (s) 10,6

Consumo comb. (l/100 km)

5,3 (WLTP)

Emissões de CO 2 (g/km)

137 (WLTP)

Nível de emissões

Euro 6.2d-TEMP

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES

Comprimento/largura/altura (mm) 4500/1840/1654

Distância entre eixos (mm) 2730

Vias frente/trás (mm) 1601/1630

Altura ao solo (mm) 230

Capacidade do depósito (l) 53

Capacidade da mala (l) 580-1630

Peso (kg) 1505

Relação peso/potência (kg/cv) 11,57

Jantes de série

7Jx18”

Pneus de série 225/55R18

PNEUS DE TESTE

Michelin Primacy 3

205/55R19 97V XL

Preço (sem despesas) €40.797

Unidade testada €43.067

Imposto Único de Circulação (IUC) €158,92

“tapete voador”. E não há dúvida que este

SUV é realmente extremamente confortável,

tornando as viagens em verdadeiros

momentos de prazer. Mas se for preciso

adotar um ritmo mais desportivo, o motor,

a direção, a caixa, os travões e os dispositivos

eletrónicos estão lá para o que der e vier.

Com 130 cv, as prestações estão longe de ser

fulgurantes, é um facto, mas desenganem-

-se aqueles que pensam que esta versão

é molengona. Cumpre sem deslumbrar,

acabando por agradar mais pelos baixos

consumos propriamente ditos. O isolamento

acústico é outra das virtudes. Até porque

este SUV foi desenvolvido para permitir uma

redução notável do ruído de rolamento e

dos barulhos aerodinâmicos. Os vidros

dianteiros duplos, temperados e com camada

isolante asseguram aos passageiros

um isolamento de estrada eficaz. Atenção

especial foi igualmente dada ao isolamento

do bloco do motor. O C5 Aircross consegue

atingir um grau de refinamento muito bom.

E para os mais aventureiros (e não só...), o

Grip Control, com Hill Assist Descent, através

do comando circular, permite selecionar o

modo de condução pretendido.

A mais recente geração da caixa automática

EAT8 (“Efficient Automatic Transmission” de

oito velocidades), com comando “Shift and

Park by wire”, oferece ainda mais eficiência

e conforto, anunciando uma redução de

consumo de combustível em 7% comparativamente

à transmissão EAT6, graças às

duas velocidades adicionais. Por tudo isto,

o C5 Aircross é uma excelente escolha. u

72 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


Em Estrada

Por: Bruno Castanheira

Kia XCeed 1.0 T-GDi Tech

Entre CUV e SUV

Depois dos Ceed, Ceed Sportswagon e ProCeed, eis o XCeed. Este

Crossover Utility Vehicle (CUV), que combina o carácter prático

de um SUV com a arquitetura desportiva de um hatchback, tem

tudo para ser um sucesso. A começar pelo design irreverente e

a acabar nos sete anos de garantia. Sem esquecer o preço da

campanha de lançamento: são nada menos do que €4.750 de

desconto. Na versão a gasolina 1.0 T-GDi de 120 cv, com apenas

três cilindros, que dispõe de caixa manual de seis velocidades, as

prestações são modestas e os consumos razoáveis. Na verdade, a

agradabilidade de condução do XCeed deve-se mais às reações

previsíveis e à agilidade do conjunto do que ao rendimento do

motor, que demora o seu tempo a subir de regime e obriga a recorrer

demasiadas vezes à caixa de

velocidades para manter uma

resposta pronta debaixo do

pé direito. O habitáculo prima

pela sobriedade e ergonomia,

estando bem equipado e oferecendo

um espaço de bom nível.

O posto de condução agrada,

mas não deslumbra, tal como

a qualidade geral. Bastante interessante

é o primeiro painel

de instrumentos totalmente digital da Kia: Supervision, de 12,3”.

Concebido para fornecer as informações da forma mais clara possível,

apresenta um ecrã de alta definição (1920x720 pixels), que

substitui os mostradores convencionais.

Mercedes-Benz B 180d

Estrela prateada

Nem mesmo na versão mais acessível o Mercedes-Benz Classe

B perde estatuto. Muito à custa, diga-se em abono da verdade,

dos diversos extras instalados na unidade que testámos. A saber:

Pack Premium; teto de abrir panorâmico em vidro; Pack Night;

acabamentos em alumínio escovado; linha AMG; pintura metalizada

prata “Iridium”; Pack Conectividade para smartphone. Por

isso, em vez de €35.100, este que foi o “nosso” B 180d durante

quatro dias custa €44.864. O motor Diesel de 1,5 litros com 116

cv, que traz acoplada caixa automática de sete velocidades, oferece

prestações muito interessantes com consumos comedidos.

Amplo espaço interior, bagageira volumosa, posto de condução

correto, elevada qualidade

geral, segurança acima de

qualquer suspeita e nível

de conectividade sem precedentes,

são outros argumentos

deste modelo, que se

situa a meio caminho entre

um utilitário e um pequeno

monovolume. Do ponto de

vista dinâmico, a solidez do

conjunto e a elevada sensação de segurança são as tónicas dominantes.

Mesmo não exibindo um acerto desportivo, a condução

não deixa de ser envolvente e assertiva. A direção tem um bom

feeling e a carroçaria não exibe grande rolamento em curva. O B

tem o espaço que o A não consegue oferecer, mas não chega a

ter umas dimensões tão grandes como o C. Depois, para baralhar

ainda mais as contas, existe, também, o A Limousine e a gama

CLA. O difícil, mesmo, é eleger a proposta mais racional.

FICHA TÉCNICA

Motor

3 cil. linha, transv., diant.

Cilindrada (cc) 998

Potência máxima (cv/rpm) 120/6000

Binário máximo (Nm/rpm) 172/1500-4000

Velocidade máxima (km/h) 186

0-100 km/h (s) 11,3

Consumo comb. WLTP (l/100 km) 6,6

Emissões de CO 2 WLTP (g/km) 150

Preço

€24.490 (com campanha)

IUC €124,38

Pneus teste Continental ContiSportContact 5,

235/45R18 94V

FICHA TÉCNICA

Motor

4 cil. linha Diesel, transv., diant.

Cilindrada (cc) 1461

Potência máxima (cv/rpm) 116/4000

Binário máximo (Nm/rpm) 260/1750-2750

Velocidade máxima (km/h) 200

0-100 km/h (s) 10,7

Consumo combinado (l/100 km) 4,3

Emissões de CO 2 (g/km) 122

Preço €35.100

IUC €128,96

Pneus teste

Hankook Ventus S1 evo2,

225/45 R18 91W

www.revistadospneus.com | 73


Em Estrada

Por: Bruno Castanheira

Peugeot 508 1.5 BlueHDi Business Line

Blue moods

Mesmo tratando-se de uma versão desprovida de qualquer pretensão

desportiva, como é o caso da 1.5 BlueHDi de 130 cv com caixa manual

de seis velocidades, o 508 é uma proposta tentadora. Primeiro, pelo

design marcante que exibe, destacando-se a grelha elegante e os

arrojados grupos óticos. É que, ao contrário de modelos de marcas

concorrentes, na nova geração do 508 é difícil dizer qual a carroçaria

mais apelativa: se a berlina, se a carrinha. Cada uma tem a sua personalidade,

sendo ambas diferentes das portas traseiras para trás. Ainda

que o azul que reveste a carroçaria da unidade aqui presente não seja,

em nossa opinião, das cores que melhor resulta, a verdade é que o

508 chama a atenção. Mesmo

com jantes de 16”, que lhe retiram

algum porte atlético. Por

dentro, inovação, qualidade,

espaço, posto de condução

ergonómico, equipamento e

dispositivos de segurança são

os pontos a favor. Aos quais se

junta uma bagageira ampla,

que facilita a vida das famílias.

Ligando o motor Diesel (equipado com sistema start&stop), parte-se

à descoberta das sensações de condução. A caixa manual é agradável

q.b. e permite explorar bem o desempenho do bloco de 1,5 litros.

Em termos dinâmicos, bom feeling da direção, travões eficazes, mas

pouco entusiasmo. Com jantes “pequenas” e suspensão que privilegia

o conforto, não há milagres.

Volvo S60 T5 R Design

Frutos vermelhos

Equipado com motor turbo a gasolina de 2,0 litros com 250

cv, caixa Geartronic, acabamento R Design e tração dianteira,

o Volvo S60 T5 é um cocktail de frutos vermelhos. Ou não estivesse

ele pintado de encarnado “Fusion” (€923). As jantes de

19” (obrigam ao dispêndio de uns adicionais €584) realçam as

linhas elegantes e desportivas deste executivo nórdico. Por

dentro, o S60 T5 passa no teste com distinção, graças ao posto

de condução ergonómico, à qualidade elevada, ao amplo espaço

disponível para ocupantes e bagagem, à panóplia de

dispositivos de segurança e ao equipamento extenso. Depois,

acordando o motor, começa a diversão em formato familiar. Com

uma sonoridade possante e

bem explorado por intermédio

de uma caixa automática

de oito velocidades, este

distinto executivo, ainda

que a direção pudesse ter

mais feeling e pese embora

o facto de as rodas dianteiras

evidenciarem alguma dificuldade

para colocar no chão, cada uma, 125 cv nas acelerações

mais bruscas, o desempenho global está acima da média. Até

pela boa estabilidade e pela sensação de solidez do conjunto.

As performances são muito boas e os consumos, mesmo em

andamentos mais vivos, são algo comedidos. Confortável e

agradável de conduzir, o S60 T5 R Design custa, sem extras,

€50.428. Não é o caso da unidade ensaiada, cujo preço ascende

a €57.867.

FICHA TÉCNICA

Motor

4 cil. linha Diesel, transv., diant.

Cilindrada (cc) 1499

Potência máxima (cv/rpm) 130/3750

Binário máximo (Nm/rpm) 300/1750

Velocidade máxima (km/h) 208

0-100 km/h (s) 9,7

Consumo combinado (l/100 km) 4,7 (WLTP)

Emissões de CO 2 (g/km)

123 (WLTP)

Preço €34.920

IUC €158,92

Pneus teste

Goodyear Efficient Grip Performance,

215/60R16 95V

FICHA TÉCNICA

Motor

4 cil. linha, transv., diant.

Cilindrada (cc) 1969

Potência máxima (cv/rpm) 250/5500

Binário máximo (Nm/rpm) 350/1800-4800

Velocidade máxima (km/h) 240

0-100 km/h (s) 6,5

Consumo combinado (l/100 km) 7,4

Emissões de CO 2 (g/km) 166

Preço €50.428

IUC €227,65

Pneus teste Continental PremiumContact 6,

235/40R19 96W XL

74 | Revista dos Pneus | Dezembro 2019


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