Revista Coamo Edição de Dezembro de 2019
Revista Coamo Edição de Dezembro de 2019
Revista Coamo Edição de Dezembro de 2019
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Coamo é a cooperativa campeã nas Melhores do Agronegócio da Globo Rural
www.coamo.com.br
DEZEMBRO/2019 ANO 45
EDIÇÃO 498
NATAL DE LUZES
Evento marca abertura
das festas de fim de
ano em CM
NOVO MARCO NA
INDUSTRIALIZAÇÃO
SOBRAS
Coamo antecipa
R$ 100 milhões para
os associados
Coamo inaugurou em Dourados (MS) moderno complexo
industrial para produção de farelo, óleo bruto e óleo refinado
de soja, agregando mais valor às atividades dos associados
Feliz Natal.
Próspero 2020.
coamo.com.br
O melhor do fim de ano é ter a família reunida e comemorar a
vida e as conquistas com muita emoção e felicidade.
É tempo de renovar expectativas e sonhos, e acreditar que
com a força do trabalho e união teremos dias melhores,
com muita fé, esperança e amor.
EXPEDIENTE
Órgão de divulgação da Coamo
Ano 45 | Edição 498 | Dezembro de 2019
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO
Ilivaldo Duarte de Campos: iduarte@coamo.com.br
Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br
Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br
Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br
Contato: (44) 3599-8126/3599-8129
Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte de Campos
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,
Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte de Campos
Edição de fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima
Colaboração: Gerências de Assistência Técnica e Organização e Gestão da Qualidade,
Entrepostos e Milena Luiz Corrêa
Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento de Negócios Publicitários Ltda
Contato: (11) 5092-3305 e Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457
É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados
ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião da Revista Coamo.
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA
SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460
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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presidente: Engº Agrº José Aroldo Gallassini, Vice-Presidente: Engº Agrº Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Diretor-Secretário: Engº
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Gaspar Colombo.
CONSELHO FISCAL: Diego Rogério Chitolina, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Willian Ferreira Sehaber (Efetivos). Calebe Honório Welz Negri, Clóvis Antonio Bruneta,
Reginaldo Antonio Mariot (Suplentes).
SUPERINTENDENTES: Administrativo: Antonio Sérgio Gabriel; Comercial: Alcir José Goldoni; Industrial: Divaldo Corrêa; Logística e Operações : Airton Galinari;
Técnico: Aquiles de Oliveira Dias.
Extensão Territorial: 4,5 milhões de hectares. Capacidade Global de Armazenagem: 6,41 milhões de toneladas. Receita Global de 2018: R$ 14,79 bilhões. Tributos e
taxas gerados e recolhidos em 2018: R$ 436,73 milhões.
Dezembro/2019 REVISTA
3
SUMÁRIO
44
Percevejos:
passe por cima
dos obstáculos da
produtividade na
soja e no milho.
• Flexibilidade para aplicação aérea e terrestre.
• Produto completo: controla ovos, ninfas e adultos.
Sobras
• Modo de ação diferenciado e excelente ferramenta
para o manejo de resistência.
Coamo antecipa R$ /// em sobras
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4 REVISTA
Dezembro/2019
www.fmcagricola.com.br
Copyright © Novembro 2019 FMC. Todos os direitos reservados.
SUMÁRIO
Entrevista
08
Luciano Calheiros, CEO da Swiss Re Corporate Solutions Brasil (SRCSB), é o entrevistado do mês.
Ele aborda sobre seguro rural, perspectivas para o agronegócio em 2020 e cooperativismo
Novo layout
A frota de caminhões dos Alimentos Coamo está com novo layout. O foco está em impulsionar a
comunicação da atual campanha das Margarinas Coamo, que estão com novo design e mais vitaminas
Produto de cooperativa
12
15
A Coamo, por meio da sua linha alimentícia, foi uma das marcas mais lembradas em pesquisa de
Pesquisa de imagem e posicionamento do cooperativismo e suas marcas, encomendada pela Ocepar
Novas Indústrias da Coamo
Em um momento histórico para a Coamo, no Mato Grosso do Sul, foi inaugurado no dia 25 de
novembro, um moderno complexo industrial da cooperativa em Dourados, Mato Grosso do Sul
16
24
R$ 100 milhões em antecipação de Sobras
Cooperados de toda a área de ação da Coamo no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso
do Sul receberam no dia 10 de dezembro a antecipação de R$ 100 milhões em sobras.
O dinheiro, apelidado de 13º do cooperado, é bastante aguardado entre os agricultores
associados, comunidades e comércio das cidades que a cooperativa está presente. Na
imagem o presidente da Coamo e os associados Ezequiel e Marcelo Slompo
Melhores do Agronegócio da Globo Rural
30
Anuário “As 500 maiores do agro”, apresenta as melhores em 21 segmentos. Na classificação geral, a Coamo
se destacou como a 3ª maior empresa do país com capital nacional, 2ª maior do Sul e a maior do Paraná
Dezembro/2019 REVISTA
5
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EDITORIAL
As novas indústrias e as sobras da Coamo
As unidades da Coamo receberam
um grande número
de associados no
dia 10 de dezembro nos estados
do Paraná, Santa Catarina e Mato
Grosso do Sul, para o pagamento
das sobras antecipadas no valor
de R$ 100 milhões. Ficamos felizes
em ver o semblante de alegria
e orgulho dos associados e familiares
quando da entrega desse
benefício relevante, que é fruto da
sua participação na cooperativa.
O cooperativismo além
de ser uma filosofia de vida é
muito importante quando da
distribuição dos dividendos, os
quais chamamos de sobras. Os
associados recebem de acordo
com sua atuação na aquisição
dos insumos e nas entregas dos
produtos soja, milho e trigo em
2019. Mas, o valor unitário para
cada agricultor, seja ele pequeno,
médio ou grande é o mesmo,
e esta é uma grande diferença
a favor do cooperativismo.
A segunda parcela das sobras
será devolvida aos associados
após a aprovação das contas do
exercício 2019, em fevereiro na
Assembleia Geral Ordinária.
A expectativa por este
momento é sempre grande, pois
as sobras da Coamo, além de beneficiar
os associados neste período,
que antecede as festas de fim
de ano, também servem para movimentar
a economia nos municípios
e comunidades na área ação
da cooperativa.
É uma grande satisfação
para a diretoria da Coamo poder
realizar este evento, tendo em
vista que 2019 foi um ano de dificuldades
e incertezas na parte
política e econômica brasileira.
Porém, com a graça de Deus e
administração profissional podemos
comemorar novamente um
ano de bons resultados da Coamo
e propiciar esta felicidade aos
associados, também, responsáveis
pelo sucesso da Coamo.
Outro evento grandioso
realizado recentemente, foi
a inauguração, dia 25 de novembro,
das novas indústrias da
Coamo em Dourados, que estão
produzindo farelo, óleo bruto e
óleo refinado de soja e agregando
valor à produção dos
associados. Estas indústrias irão
expandir a presença da cooperativa
no mercado brasileiro. São
resultado de forte investimento
para o processamento de 3 mil
toneladas/dia de soja, produção
de farelo de soja e uma refinaria
para 720 toneladas/dia de óleo
de soja, o que equivale a 15 milhões
de sacas. Desta maneira,
com as indústrias de Dourados,
somados aos outros dois parques
industriais, a Coamo com
dez indústrias amplia sua capacidade
de processamento de
soja para 8 mil toneladas/dia, de
refino para 1.440 toneladas/dia
de óleo de soja refinado.
Neste final de ano, agradecemos
a Deus por tudo de
bom que tivemos na Coamo e
em nossos negócios. Aproveitamos
a oportunidade para desejar
a todos os cooperados, funcionários,
clientes, fornecedores, consumidores
e parceiros da cooperativa,
boas festas e um 2020
com excelentes colheitas.
"Continuaremos o
nosso trabalho com
tecnologias para gerar
produtividades e renda
à família cooperada.
Feliz 2020 com
excelentes colheitas."
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,
Diretor-presidente
Dezembro/2019 REVISTA
7
ENTREVISTA: LUCIANO CALHEIROS
"Seguro Agrícola, melhor
ferramenta para redução de risco"
Luciano Calheiros, CEO da Swiss Re Corporate Solutions Brasil (SRCSB)
No “ Brasil, o governo
vem sinalizando e
promovendo novas
ações para fomentar o setor.
Infelizmente essa é uma
realidade não somente do
nosso país, onde a maioria
dos produtores rurais apenas
contratam o seguro se
este vem como parte de algum
subsídio por parte do
governo. Por isso, essas iniciativas
podem impulsionar
o mercado.” A afirmação é
de Luciano Calheiros, CEO
da Swiss Re Corporate Solutions
Brasil (SRCSB) desde
maio de 2017. Calheiros tem
como missão administrar a
joint venture entre a Swiss
Re Corporate Solutions no
Brasil e a carteira de grandes
riscos da Bradesco Seguros.
Formado em Engenharia
Civil pela Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo
(USP), acumula mais de
20 anos de experiência no
Brasil e no exterior, atuando
em cargos executivos em
seguradoras e corretoras de
seguros. Antes de assumir a
presidência da empresa, foi
Diretor Comercial da seguradora
suíça no País.
8 REVISTA
Dezembro/2019
Revista Coamo: Qual a realidade
atual do mercado de seguros
no País e de modo especial no
segmento Agronegócio?
Luciano Calheiros: O setor do
agronegócio no Brasil vem crescendo
constantemente nos últimos
anos, independentemente
de crises e ações econômicas.
Porém, o setor está sempre sujeito
à volatilidade do cenário
de comércio mundial, e pode
ser afetado de forma positiva ou
negativa a depender dos acontecimentos,
por exemplo, a guerra
comercial entre China e EUA que
pode ter impactos na performance
do setor agrícola.
RC: Quais as perspectivas para
2020?
Calheiros: As perspectivas são
as melhores. No Brasil, o governo
vem sinalizando e promovendo
novas ações para fomentar
o setor. Infelizmente essa é uma
realidade não somente do nosso
país, onde a maioria dos produtores
rurais apenas contratam o
seguro se este vem como parte
de algum subsídio por parte do
governo. Por isso, essas iniciativas
podem impulsionar o mercado.
O número de players em
seguros no segmento agrícola
também aumentou muito nos
últimos anos. Hoje temos seguradoras
com históricos de longo
prazo e outras seguradoras que
entraram recentemente no mercado.
Por isso, acreditamos que
o próximo ano será chave para
testarmos se todas estas promessas
realmente conseguirão
chegar ao campo e beneficiar o
produtor rural. Se isto acontecer,
posso dizer que o ano será muito
positivo para o Seguro Agrícola
no Brasil.
"Um produtor que
segue boas práticas
de manejo, corrige
e conserva o solo
e protege matas
ciliares e florestas, não
apenas entregará um
mundo melhor para
as próximas gerações,
mas também
produzirá mais e
melhor."
RC: Qual a preocupação da Swiss
Re em relação ao crescimento sustentável
da agropecuária no mundo
e atuação da cadeia produtiva
para evitar desembolsos em momentos
indesejáveis na atividade?
Calheiros: Entendemos que a
sustentabilidade se faz necessária
para garantir ciclos de crescimento
de longo prazo. Um produtor
que segue boas práticas
de manejo, corrige e conserva o
solo, protege matas ciliares e florestas,
não apenas entregará um
mundo melhor para as próximas
gerações – ele também produz
mais e melhor. O risco de um produtor
que faz rotação de cultura,
realiza plantio direto, culturas
consorciadas, etc., é menor do
que aquele com visão “extrativista”.
Estamos atentos à estas práticas
de sustentabilidade no setor
e buscamos incorporar as novas
tecnologias desenvolvidas pela
equipe de engenheiros agrônomos
da Coamo em nossa política
de aceitação de risco. Um bom
exemplo de como trabalhamos
junto a nossos clientes para criar
melhores soluções é a aceitação
pioneira por parte da SRCSB da
cultura milho safrinha consorciado
com braquiária. Era algo que
o setor de seguros não via com
bons olhos, mas que começou a
ser desenvolvido após uma visita
de nossos Subscritores no Dia de
Campo, organizado pela Coamo.
RC: As catástrofes climáticas e
até mesmo os eventos menos
drásticos podem afetar os resultados
do agronegócio. Quais as
ferramentas utilizadas pela Swiss
Re para gestão de riscos e coberturas
aos agricultores?
Calheiros: O objetivo da Swiss
Re Corporate Solutions é apoiar
o agricultor na mitigação de riscos.
A apólice de seguros, por
exemplo, pode ser um instru-
Dezembro/2019 REVISTA
9
"SEGUROS PARA PROTEÇÃO DA CULTURA, EQUIPAMENTOS E REBANHOS, SÃO
GARANTIAS CONSIDERADAS COMO ALAVANCADORAS DO CRÉDITO AGRÍCOLA."
mento importante para viabilizar
o crédito agrícola em muitos casos.
A partir do momento que o
produtor rural conta com a apólice
de seguros - protegendo a
sua cultura, seus equipamentos e
rebanhos -, essa garantia é considerada
pelos agentes financeiros
um alavancador do crédito agrícola.
Além disso, é possível contar
com apoio técnico, muitas vezes
dado por cooperativas como
a Coamo, que apoiam o produtor
na hora de fazer a sua produção
agrícola e de escolher os seus insumos
- isso também ajuda muito
na mitigação de riscos e normalmente
é analisado e acompanhado
pela Swiss Re Corporate Solutions
junto com a cooperativa.
Outro meio, é a oferta de seguros
personalizados (cobertura feitas
sob medida). Buscamos incentivar
os produtores a investir mais
em tecnologia e boas práticas
de manejo, porque entendemos
que com esta abordagem, podemos
dar mais segurança e viabilizar
investimentos mais intensivos
na lavoura e, com isto, ajudar a
mitigar os efeitos de eventos climáticos
adversos.
RC: Quais os tipos de seguros
disponíveis para atender as diferentes
necessidades dos agricultores
para que eles possam
produzir com tranquilidade e segurança?
Calheiros: A Swiss Re Corporate
Solutions possui uma ampla
gama de produtos direcionados
ao segmento agrícola, nós oferecemos
produtos para lavouras,
para rebanhos em geral, produtos
sob medida com base em
índices climáticos, seguros para
máquinas, equipamentos e ben-
"O cooperativismo é
o melhor canal para
fornecer insumos,
capacitação técnica
e referência para a
pesquisa e extensão
rural, sendo excelente
alternativa para
organização dos
produtores."
feitorias. Em resumo, ajudamos
os produtores rurais a mitigar riscos
em diversas situações, sejam
elas relacionadas ao clima e/ou
a sua realidade, sejam produtos
padronizados ou produtos personalizados.
Luciano Calheiros com o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini e o
diretor-secretário Ricardo Accioly Calderari, em recente visita à cooperativa
RC: O presidente da Coamo e
Credicoamo, José Aroldo Gallassini,
defende e trabalha no sentido
de que a adesão ao seguro
deve ser uma prática natural e
estar na cultura de todos. Qual a
sua opinião?
10 REVISTA
Dezembro/2019
Calheiros: O presidente da Coamo
José Aroldo Gallassini é pioneiro
em muitas iniciativas no
setor e com o Seguro Agrícola
não foi diferente. Sua visão vem
se mostrando acertada ao longo
dos anos e o mercado como
um todo reconhece esta sua capacidade.
A quebra de safra observada
nos anos de 2004/05,
2008/09, 2011/12 foram importantes
para ajudar a desenhar o
formato de seguro mais adequado
aos cooperados da Coamo e
da Credicoamo. No ano passado,
tivemos problemas climáticos
com o milho safrinha (2017/18)
e a soja (2018/19). Vários produtores
sofreram perdas e foram
indenizados pela nossa seguradora.
A cooperativa, contudo,
não foi afetada e os produtores
tiveram condições de continuar
suas atividades normalmente.
Isto confirma tudo o que o Dr.
Aroldo sempre falou sobre a
importância do Seguro Agrícola
como a melhor ferramenta de
mitigação de risco. A estratégia
pensada e implantada sobre este
tema para a Coamo, no início dos
anos 2000, hoje se mostra como
sendo o melhor programa de seguros
agrícolas do Brasil. Minha
opinião é a de que os demais
gestores do agronegócio, que
vem sofrendo com clima, olhem
um pouco para alguém que já
passou por muitos eventos adversos
e mesmo assim construiu
a maior cooperativa agrícola da
América Latina. Com relação à
cultura de seguros dos brasileiros,
já observamos mudanças
positivas quando comparamos
com o cenário de 10 anos atrás.
RC: Qual deve ser o papel do
cooperativismo na difusão e
conscientização junto aos seus
associados para o uso cada vez
mais efetivo dos seguros?
Calheiros: O cooperativismo é
fundamental na disseminação
do conhecimento e boas práticas
agrícolas. Além disso, é um
ótimo canal para negociação
das condições de seguros para
os produtores, pois consegue
utilizar seu tamanho e posicionamento
para desenhar melhores
soluções para toda uma região,
o que não é possível individualmente.
Exemplo: neste ano, estamos
ofertando a cobertura por
perda de qualidade para a cultura
do milho safrinha. Esta cobertura
é oferecida apenas para
o canal Credicoamo e foi negociada
para todos os cooperados
que aderirem ao seguro agrícola
junto a SRCSB por meio da Via
Sollus Corretora de Seguros, exclusivamente.
No passado, fizemos
o mesmo com a cobertura
por perda de qualidade na cultura
da soja (hoje já copiada pelo
mercado). O cooperativismo reúne
e organiza os produtores de
forma a conseguir melhores condições
para os mesmos.
RC: Como analisa o cooperativismo
brasileiro e sua importância
para o desenvolvimento do agronegócio
do país?
"O presidente da
Coamo é pioneiro em
muitas iniciativas e
no seguro agrícola
não foi diferente. Sua
visão é acertada e o
mercado como um
todo reconhece esta
sua capacidade."
Calheiros: Para regiões com produtores
que possuam grandes extensões
de terra, como no Centro-
-Oeste, o papel do cooperativismo
talvez não fique tão aparente. Para
regiões como Sul, onde os produtores
tradicionalmente são menores
e mais pulverizados, vemos
como essencial para o desenvolvimento
do agronegócio. Este é
o melhor canal para fornecer insumos
e capacitação técnica para
os produtores, além de ser um
ponto de referência para pesquisa
e extensão rural. Não imagino
uma agricultura forte sem a organização
dos pequenos e médios
produtores e, para isto, o Cooperativismo
vem se mostrando como
uma excelente alternativa.
Dezembro/2019 REVISTA 11
ALIMENTOS COAMO
Novo layout dos caminhões
Plotagem acompanha a comunicação da campanha das novas margarinas
A
frota de caminhões da
Coamo está com novo
layout. O foco está em impulsionar
a comunicação da atual
campanha das Margarinas Coamo,
que estão com novo design e mais
vitaminas. Ao todo são 61 caminhões
com a nova plotagem, que
transportam os Alimentos Coamo.
Para a divulgação foram definidas
três artes, uma para cada margarina:
Coamo Família, Coamo Extra
Cremosa e Coamo Light. Além disso,
o layout reforça ao consumidor
a mensagem de que os alimentos
produzidos pela Coamo são de
confiança, e de uma cooperativa
com qualidade e segurança.
12 REVISTA
Dezembro/2019
ALIMENTOS COAMO
Tem sabor de Coamo
Curso reuniu consumidoras dos Alimentos Coamo em uma tarde descontraída e de conhecimento
A
Coamo realizou o 1º Curso de Culinária “Tem Sabor de
Coamo” no Supermercado Paraná Família em Campo
Mourão (Centro-Oeste do Paraná). Durante uma tarde
descontraída consumidores dos Alimentos Coamo aprenderam
a fazer deliciosos cookies com as Misturas de Bolos de chocolate
e baunilha da Coamo Linha Fácil e Margarina Coamo Família
e Empada Integral com Óleo de Soja Coamo, Margarina Coamo
Light e Farinha de Trigo Integral Moinho de Pedra Coamo.
Cookies de Chocolate/Baunilha
Ingredientes
- 500g Mistura Bolo de Chocolate/
Baunilha Coamo;
- 60g Margarina 80% (Coamo Família
ou Culinária 1,010kg) ou 3 colheres de
sopa
- 100g Ovos (2 unidades)
- 75g Gotas de Chocolate
Modo de preparo
Caso a margarina esteja muito dura (culinária), colocar por 30 segundos no micro-ondas para derreter.
Colocar a mistura de bolo e a margarina na batedeira (pode usar a ponta dos dedos, caso não tenha
batedeira) e misturar (vai virar uma farofa seca). Adicionar os ovos e misturar até homogeneizar, ficará
uma massa brilhosa. Adicionar as gotas de chocolate e misturar bem. Fazer bolinhas de 40g deixar na
geladeira por 30 minutos. Colocar na assadeira sem amassar. Pode ser usada uma colher de servir sorvete
como medida, importante padronizar para os cookies assarem no mesmo tempo. Pré-aquecer o forno (15
minutos) e assar a 200°C, por 15 ou 20 minutos, depende do forno. A massa vai ficar crocante por baixo
e macio por cima, depois que tirar do forno os cookies ficarão crocantes (após esfriarem).
Rendimento: 35 cookies
Empada
Integral
Ingredientes
. 500g de Farinha Integral Coamo
. 300 a 320g (12 colheres) Margarina Coamo Light 30%
. 10 ml Óleo de Soja Coamo
. 3 gemas de ovo
. 15g sal
Modo de preparo
Coloque todos ingredientes na batedeira planetária
com batedor modelo raquete, bata por mais ou menos 3
minutos, deixe a massa descansar por uns 15 minutos,
modele e recheie a gosto.
Rendimento: 15 unidades
Dezembro/2019 REVISTA 13
ALIMENTOS COAMO
Qualidade em primeiro lugar
Para o consumidor, esse é o principal atributo dos produtos e serviços das cooperativas
paranaenses. É o que demonstra pesquisa de mercado sobre o cooperativismo e suas marcas
Coamo é uma das marcas mais lembradas pelos consumidores em pesquisa
Para os consumidores, a
qualidade é o principal
atrativo dos produtos das
cooperativas do Paraná. O preço
justo e a boa procedência da
produção do setor também influenciam
na decisão de compra.
É o que demonstra a Pesquisa
de Imagem e Posicionamento
do Cooperativismo e Suas Marcas,
encomendada pelo Sistema
Ocepar e realizada pelo Grupo
Datacenso.
A Coamo por meio da
sua linha alimentícia, uma das
marcas mais lembradas na pesquisa,
traz consigo sinônimo de
qualidade e origem. Isso porque,
os Alimentos Coamo são produzidos
nos campos dos mais de
29 mil associados da cooperativa,
que contam com assistência
técnica em todas as etapas da
produção. Além disso, a Coamo
prima pela qualidade em todas
fases da produção, desde a escolha
da semente, à industrialização,
até a entrega deste produto.
Por este motivo, para marcar esse
diferencial que somente uma
cooperativa tem, há dois anos
está estampado nas embalagens
dos produtos da Coamo, um selo
indicativo com o seguinte texto:
“A Coamo faz bem pra você. Produto
de Cooperativa”.
A iniciativa de demonstrar
que os Alimentos Coamo são
de uma cooperativa, partiu do resultado
positivo de uma pesquisa
encomendada pelo Sistema
Ocepar em 2017, que resultou na
Pesquisa de Imagem e Posicionamento
do Cooperativismo e suas
marcas no Paraná, onde a origem
e qualidade dos alimentos produzidos
pelas cooperativas do
Paraná foram reconhecidos pelo
consumidor.
A pesquisa foi repetida
neste ano e os números revelam
que o trabalho desenvolvido pela
Coamo tem rendido bons frutos.
Nas pesquisas, espontânea múltipla
de nomes que vêm à mente
quando pensam em cooperativa
e marcas que os paranaenses
têm conhecimento que são de
cooperativas, a Coamo está em
destaque.
O superintendente Comercial
da Coamo, Alcir José
Goldoni, afirma que a divulgação
reforça a confiança que o con-
Selo ‘Produto de Cooperativa’,
lançado pela Coamo em 2018
14 REVISTA
Dezembro/2019
sumidor pode ter nos Alimentos
Coamo. "Estamos sintonizados
com as tendências dos consumidores,
que desejam estar muito
bem informados sobre o alimento
que estão consumindo. A
Coamo tem origem desde a sua
fundação, com um processo de
qualidade que começa na escolha
da semente até o momento
da entrega da produção. Assim,
temos a certeza de entregar um
alimento seguro e com qualidade
e sabor ao consumidor."
O presidente da Coamo,
José Aroldo Gallassini, destaca
que todo esse trabalho sempre
fez parte da Coamo e que
existe uma busca constante de
evolução comercial e técnica, e
os cooperados são conscientes
dessa necessidade. “Em nossos
eventos técnicos e reuniões de
campo, sempre orientamos os
associados, que a matéria-prima
gerada no campo só agregará
valor se for produzida dentro dos
padrões de qualidade e sustentabilidade.
Produzir alimentos é
uma grande responsabilidade e,
por isso, cumprimos essa tarefa
com muita seriedade e comprometimento.
Essa postura, o nosso
quadro social adota há vários
anos”, registra o presidente.
Pesquisa demonstra impacto
das cooperativas no mercado
O estudo teve por objetivo
avaliar a percepção dos consumidores
sobre o cooperativismo,
identificando também, fatores de
influência na decisão de compra,
conhecimento, preferência, satisfação,
aceitação e rejeição às
marcas das cooperativas. As entrevistas
foram realizadas de 3 a
21 de junho de forma presencial,
em supermercados de Curitiba,
Londrina, Maringá, Ponta Grossa,
Cascavel, Pato Branco e Francisco
Beltrão. A metodologia utilizada
foi a mesma de pesquisa realizada
em 2017, o que permite o
comparativo entre os resultados.
O grau de confiança é de 95%.
A realização da pesquisa
contínua foi uma das ações
definidas pelos participantes do
comitê de mercado do PRC 100,
o planejamento estratégico do
cooperativismo.
Segundo a pesquisa, a
percepção positiva sobre o coo-
perativismo do Paraná segue elevada
e estável em comparação à
pesquisa de 2017. Mais de 90%
dos entrevistados concordam
com frases que definem as cooperativas
como associações de
pessoas que desenvolvem atividades
com base no esforço de
seus cooperados, atuando nas
mais diversas áreas da economia.
Um indicador a ser destacado
em relação ao levantamento
de 2017: subiu o percentual
de entrevistados que afirmam
considerar as cooperativas organizações
sustentáveis ambiental
e socialmente. Entre os consumidores,
o grau de concordância
foi de 82%, ante 56% verificado
na pesquisa anterior. Enquanto
na amostragem de não consumidores,
79% concordam, índice
que supera o percentual de 53%
verificado em 2017.
Com informações do Sistema Ocepar
Parque Industrial em Campo Mourão
Dezembro/2019 REVISTA 15
INVESTIMENTO
Coamo inaugura novas
indústrias em Dourados
Cerimônia de inauguração
contou com presenças da
ministra da Agricultura,
Tereza Cristina, governador
Reinaldo Azambuja,
lideranças, autoridades,
cooperados e diretoria da
cooperativa
Em um momento histórico
para a Coamo no Mato
Grosso do Sul, foi inaugurado
no dia 25 de novembro
um moderno e amplo complexo
industrial da cooperativa em
Dourados (Sudoeste do Estado).
As novas indústrias já estão produzindo
farelo, óleo bruto e óleo
refinado de soja, agregando
mais valor à produção dos associados.
A cerimônia de inauguração
foi prestigiada por centenas
de pessoas, entre elas a ministra
da Agricultura, Tereza Cristina, o
governador do Estado do Mato
Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja,
o presidente da Organização
das Cooperativas Brasileiras
(OCB) Márcio Lopes de Freitas,
parlamentares, lideranças, parceiros
da cooperativa e associados
da Coamo.
A obra foi aprovada em
Assembleia Geral Extraordinária,
realizada em Campo Mourão
(Centro-Oeste do Paraná),
em 23 de março de 2016, e em
Autoridades durante a cerimônia de inauguração das novas indústrias da Coamo em Dourados (MS)
16 REVISTA
Dezembro/2019
Novo parque industrial tem capacidade para processamento de 3.000 toneladas/dia de soja, produção de farelo de soja e uma refinaria para 720 toneladas/dia de óleo de soja
06 dezembro do mesmo ano, foi
lançada a pedra fundamental,
com a presença de autoridades
da Coamo, do município, deputados
e do governador do Estado,
Reinaldo Azambuja. As obras
iniciaram em 2017, em uma área
construída de 92 mil metros quadrados.
Os trabalhos de construção
e montagem foram realizados
por 1.600 colaboradores
diretos e indiretos, integrantes
de dezenas de empresas contratadas.
“Estas indústrias permitirão
expandir a presença da Coamo
no mercado brasileiro com
óleo refinado, nos Estados de
Santa Catarina e Rio Grande do
Sul com farelo de soja e, também,
ampliar a nossa participação no
mercado europeu com farelo de
soja”, afirma o engenheiro agrônomo
José Aroldo Gallassini,
idealizador e diretor-presidente
da Coamo.
Gallassini destaca a necessidade
das novas indústrias
e a escolha da região de Dourados
para instalação. “O volume
de soja recebido pela Coamo
no Mato Grosso do Sul comporta
perfeitamente a instalação de
uma moderna indústria esmagadora
de soja e de uma refinaria
de óleo de soja, justificando plenamente
a redução de custo com
o transporte do produto já industrializado
ao invés de transportá-
-lo in natura para a industrialização
em Campo Mourão ou em
Paranaguá”, pondera.
Segundo ele, para a operacionalização
das indústrias estão
sendo gerados mais de 300 empregos
diretos, além de temporá-
Divaldo Corrêa, superintendente Industrial da Coamo, apresentou o fluxo operacional e os processos das novas indústrias
Dezembro/2019 REVISTA 17
INVESTIMENTO
NOVAS INDÚSTRIAS DA COAMO, EM DOURADOS (MS), PRODUZEM FARELO, ÓLEO BRUTO
E ÓLEO REFINADO DE SOJA, AGREGANDO MAIS VALOR À PRODUÇÃO DOS ASSOCIADOS
José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo, durante pronunciamento na cerimônia de inauguração das novas indústrias da Coamo em Dourados
rios e avulsos nos períodos de safra.
Também será implantado um
Centro Regional de Distribuição
de Insumos e uma Central Regional
de Transporte para coordenação
de toda logística necessária
para o abastecimento das indústrias
e distribuição dos produtos
industrializados, os quais irão gerar
mais de 100 empregos diretos.
“Com todo esse investimento,
mostramos o quanto acreditamos
em nosso país. Cremos na determinação
do atual governo de colocar
nosso Brasil na posição que
ele merece no cenário mundial”
considera o presidente da Coamo.
As novas indústrias de
óleo e refinaria de óleo de soja
foram construídas à margem da
BR 163, entre Dourados e Caarapó,
com investimento superior a
R$ 780 milhões, têm capacidade
para processamento de 3.000
toneladas/dia de soja, produção
de farelo de soja e uma refinaria
para 720 toneladas/dia de óleo
de soja, equivalente a 15 milhões
de sacas. “Com as indústrias de
Dourados, somados aos outros
dois parques industriais, a Coamo
com dez indústrias amplia a
capacidade de processamento
de soja para 8.000 toneladas/dia
e a de refino para 1.440 toneladas/dia
de óleo de soja refinado”,
revela Divaldo Corrêa, superintendente
Industrial da Coamo.
No início da cerimônia, ele fez
uma breve explanação sobre o
fluxo operacional e os processos
das novas indústrias da Coamo.
Centenas de pessoas prestigiaram a inauguração das novas indústrias em Dourados
18 REVISTA
Dezembro/2019
Tereza Cristina: "O cooperativismo
é um exemplo para o Brasil"
Gallassini e autoridades recepcionaram a ministra da Agricultura, Tereza Cristina
A ministra da Agricultura,
Tereza Cristina, destaca que
o empreendimento da Coamo é
um dos maiores da América Latina
para esmagamento de soja, e
que as indústrias agregarão valor
à soja exportada, com a produção
de farelo e refino de óleo. “No
momento em que o Brasil exporta,
abre mercado, ter mais produtos
de valor agregado à nossa
soja, em forma de farelo e óleo, é
importantíssimo. Vamos ter mais
farelo à disposição da suinocultura,
avicultura e bovinocultura. São
empregos de mais qualidade, só
ganhos”, afirma. Ela ressalta que
ainda está em negociação a abertura
do mercado da China para o
farelo da soja brasileira.
A ministra recorda que
a instalação do complexo industrial
é um sonho desde quando
era secretária da Agricultura no
MS. “Em 2007, como secretária,
tive um encontro com a diretoria
da Coamo e pedimos para que
intensificassem o cooperativismo
no Estado. Hoje, com essa nova
obra, parabenizo os associados
e diretoria dessa cooperativa. A
Coamo é um exemplo para o Brasil”,
assinala.
Tereza Cristina destaca
que a Coamo está agregando valor
à soja, principal produto não
só do MS, como de todo o Brasil.
“É um grão dourado, é abençoado.
É uma satisfação participar de
um momento como este, de um
setor que tem ajudado o Brasil
a crescer. Tenho uma luta muito
grande pela difusão e evolução
do cooperativismo. Se tivéssemos
mais cooperativas pelo Brasil,
mais agricultores cooperados,
tenho certeza que nosso trabalho
seria menos difícil, menos árduo.”
Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destaca que o empreendimento é um dos maiores da América Latina e as indústrias agregarão valor à soja exportada
Dezembro/2019 REVISTA 19
INVESTIMENTO
Azambuja:
"Agradeço a
confiança da
Coamo por
acreditar no
MS"
Governador, Reinaldo Azambuja, lembra que o complexo industrial mostra a confiança da cooperativa no MS
O governador Reinaldo
Azambuja, associado da Coamo,
lembra que o funcionamento do
complexo industrial, inaugurado
menos de três anos após o lançamento
da pedra fundamental,
mostra a confiança da cooperativa
no Mato Grosso do Sul, que
ocupa a quinta posição entre os
Estados mais competitivos do
País, conforme levantamento
do Centro de Liderança Pública
(CLP). “A Coamo potencializou o
investimento em nosso Estado.
Isso é uma prova real de confiança
e de cumplicidade nossa, para
dar mais competividade à economia
e diversificação da produção.
A região de Dourados recebe
uma bela e moderna edificação,
que é um cartão postal na entrada
da cidade. Aplaudo a decisão
da Coamo por este investimento
e pelos excelentes resultados alcançados
ano após ano.”
Ele recorda que em 2015,
logo que assumiu o primeiro
mandato do governo, fez uma
visita à Campo Mourão. “Na época,
fomos muito bem recebidos.
Visitamos o complexo industrial,
agradecemos pelas unidades que
já existiam e pedimos que a diretoria
olhasse com carinho a possibilidade
de industrializar dentro
do Estado. E de pronto, disseram
que fariam um estudo. Hoje estamos
aqui inaugurando essa
grande estrutura. Esse Brasil que
é real, dinâmico e que impulsiona
o país”, comentou Azambuja em
seu discurso durante o evento.
Ele destaca que o complexo
industrial agregará mais
valor à produção do Estado.
“É uma grande alegria viver
esse momento e inaugurar esse
complexo industrial que gera
emprego, agrega valor e coloca
o Mato Grosso do Sul num
patamar extremante diferente,
um Estado que cumpre as suas
obrigações com uma economia
diversificada e pujante. Agradeço
pela confiança da diretoria
da Coamo por acredita no MS
e colocar esse complexo em
Dourados gerando inúmeras
oportunidades.”
Délia: "Um sonho
que se torna realidade"
A prefeita de Dourados,
Délia Razuk, afirma que o sonho
se tornou realidade. “Não foi por
acaso que a Coamo escolheu
Dourados. O município oferece
tudo o que se precisa em produção
agrícola e a cooperativa vem
ao encontro com o seu espírito
empreendedor”, diz a prefeita.
Segundo ela, o complexo industrial
é fruto dessa união de forças
no caminho da cooperação,
trabalho em conjunto, respeito e
parceria.
Para a prefeita, as indústrias
da Coamo reforçam a vocação
de Dourados como Capital
do Agronegócio no Mato Gros-
20 REVISTA
Dezembro/2019
so do Sul e agregação de valor aos grãos que saem
dos campos, com geração de centenas de empregos
diretos e milhares de empregos indiretos e,
renova a esperança em um futuro com desenvolvimento
sustentável. “A Coamo tem um trabalho
de responsabilidade com os seus associados, de
comprometimento com a região onde se instala.
Estamos apostando muito neste novo empreendimento.
Dourados será uma antes e outra depois
da instalação deste complexo, pois, certamente,
outras empresas se instalarão no município e na
região. Para Dourados há um ganho imensurável e
como prefeita, fico imensamente feliz.”
Prefeita de Dourados, Délia Razuk, afirma que o sonho se torna realidade
Força do cooperativismo
O presidente do Sistema OCB
(Organização das Cooperativas do Brasil),
Marcio Lopes de Freitas, ressalta que o novo
complexo industrial reforça a expansão da
Coamo e do cooperativismo no Mato Grosso
do Sul. “A presença da Coamo no Estado coroa
um trabalho dos produtores rurais associados
de uma cooperativa que é referência em
agropecuária para o Brasil. A Coamo com
sua capacidade empreendedora e de visão,
garante mais renda e absorve a produção para
industrialização e agregação de valor.”
Celso Ramos Régis, presidente do
Sistema OCB/MS, observa que as novas
indústrias são mais um empreendimento do
cooperativismo brasileiro, que se encontra em
expansão no país. “A Coamo se consolidou
no Estado. Não tenho nenhuma dúvida que
a população de Dourados e da região está
muito satisfeita. Tenho convicção de que esse
novo empreendimento já está promovendo
mais desenvolvimento para o Estado. É a
consolidação de um projeto de mais qualidade
de vida para as famílias brasileiras.”
O presidente do Sistema Ocepar,
José Roberto Ricken, também prestigiou a
inauguração em Dourados. Na visão dele,
o cooperativismo está se estruturando em
todo o país. “Temos uma sintonia grande
com o Mato Grosso do Sul. É um Estado
com potencial enorme para a economia
brasileira. Atualmente, o cooperativismo já
recebe metade da safra brasileira e temos que
industrializar, transformar e agregar valor. Isso
tudo é em benefício dos associados. É um belo
exemplo da Coamo e um grande investimento
do cooperativismo”, ressalta.
Marcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB
Dezembro/2019 REVISTA 21
INVESTIMENTO
Industrialização Coamo
A industrialização dos produtos recebidos
nas mais de 100 Unidades da Coamo no Paraná,
Parque Industrial da Coamo em Campo Mourão (PR)
Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, objetiva agregar
valor à produção dos associados e é feita em um
parque fabril composto por dez indústrias de esmagamento
de soja, fábrica de margarinas e gorduras
vegetais, indústria de óleo de soja refinado, fiações
de algodão, moinho de trigo e torrefação e moagem
de café. Em Paranaguá, litoral paranaense, a Coamo
mantém terminal marítimo.
As estruturas disponibilizadas aos agricultores
associados, bem como, os procedimentos
operacionais e industriais adotados pela Coamo,
obedecem critérios para a produção de alimentos
de forma economicamente viável, ambientalmente
correta e socialmente justa.
22 REVISTA
Dezembro/2019
INVESTIMENTO
Ministra da Agricultura Tereza Cristina acompanhou processo de envase do óleo de soja refinado Coamo
Processo de envase de óleo de soja refinado da Coamo
Para a operacionalização das indústrias serão gerados mais de 300 empregos diretos
Celso Ramos Régis, presidente do Sistema OCB/MS, Airton Galinari,
superintendente de Lógistica e Operações da Coamo, Ricardo Accioly Calderari,
diretor-secretário da Coamo, José Aroldo Gallassini, diretor-presidente da
Coamo, Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, diretor-vice-presidente da Coamo,
Divaldo Corrêa, superintendente Industrial da Coamo, e José Roberto Ricken,
presidente do Sistema Ocepar
Gallassini com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, prefeita de Dourados,
Délia Razuk, governador do MS, Reinaldo Azambuja, e o cooperado da Coamo,
Luiz Carlos Seibt, no descerramento da placa de inauguração da indústria
Dezembro/2019 REVISTA 23
SOBRAS
Coamo antecipa R$ 100 milhões
A
antecipação de parte das
sobras de cada exercício
já é uma tradição na Coamo.
O dinheiro, apelidado de 13º
do cooperado, foi distribuído no
dia 10 de dezembro, no valor de
R$ 100 milhões. É um momento
aguardado com expectativa pelos
agricultores associados e as
comunidades na área de atuação
da cooperativa no Paraná, Santa
Catarina e Mato Grosso do Sul. O
comércio, também, espera pelas
Sobras da Coamo para incremento
das vendas neste final de ano.
O pagamento foi efetuado
de forma simultânea em todas
as Unidades e cada cooperado
recebeu conforme sua movimentação
durante o ano na fixação
dos produtos soja, milho, trigo e
aquisição de insumos. O restante
das Sobras será devolvido aos
cooperados após a Assembleia
Geral Ordinária de 2020.
Conforme o presidente
da Coamo, José Aroldo Gallassini,
é uma satisfação para a diretoria
antecipar esse benefício ao
quadro social. “A Coamo possui
tradição do pagamento antecipado
das sobras nesta época
do ano. É um momento bastante
aguardado pelos associados que
podem passar o fim de ano mais
felizes e tranquilos. É um valor
significativo.”
Ele recorda que 2019 foi
um ano de dificuldades e incertezas
na parte política e econômica
brasileira, mas que, mesmo assim,
os resultados da Coamo foram
bons. “Fazemos questão de transferir
o que é dos cooperados para
eles que são os donos da cooperativa
e recebem parte do lucro, que
no cooperativismo é chamado de
sobras. Quanto mais participar,
mais forte ele fica e mais forte fica
a cooperativa”, diz Gallassini.
O associado Diogo Bertan
Marin, de São Domingos
(Oeste de Santa Catarina), ressalta
que as sobras são um incentivo
a mais para continuar 100% com
a Coamo. “É um dinheiro extra,
um grande benefício da nossa
cooperativa. Aguardamos com
ansiedade por esse momento.
Parte do valor recebido vou usar
para comprar presentes para a
família”, assinala.
Ernesto Zafalão, de Laguna
Carapã, está há dois anos no
Mato Grosso do Sul. Cooperado
já há mais de 30 anos, até então
morava e trabalhava com a Coamo
na região de Campo Mourão.
“É uma alegria continuar trabalhando
com a cooperativa e poder
receber esse dinheiro extra.
A Coamo é igual em qualquer
lugar que esteja. É a filosofia do
cooperativismo sempre aplicada
pela Coamo.”
Jocelha Szeremeta Reifur,
mora em Campo Mourão,
mas tem propriedade em Juranda
(Centro-Oeste do Paraná).
Ela conta que é cooperada há
quase 30 anos, e sempre recebe
José Aroldo Gallassini com os associados
Ezequiel e Marcelo Slompo, pai e filho
24 REVISTA
Dezembro/2019
perativa em 1998. Como pai e filho
cooperativistas, eles também
ficam felizes e têm orgulho em receber
há muitos anos esse dinheiro
extra nesta época do ano.
Reginaldo Martins Vedovati, de Campo Mourão
as sobras da Coamo. “A antecipação
é um grande diferencial.
Recebemos esse dinheiro em
boa hora, em um momento que
precisamos para as festas de final
de ano e começamos com mais
tranquilidade o novo ano.”
Reginaldo Martins Vedovati,
de Campo Mourão (Centro-
-Oeste do Paraná), revela que já
sabe o que fará com o dinheiro.
“Parte vai para despesas com a
família e a outra investirei na propriedade,
já me preparando para
a colheita. Esse dinheiro é importante,
pois vem em um momento
que as lavouras estão em desenvolvimento,
e ajudam a dar um
fôlego a mais.”
O associado José Paschoeto
se deslocou de Maringá
até Campo Mourão acompanhado
do neto Cauan para receber a
antecipação das sobras. O garoto
que pretende seguir os passos
do avô aproveitou a oportunidade
e já adiantou que quer um
presente. “Não sei o que ainda,
talvez uma viagem.” Seu José
segue a mesma linha de pensamento
do neto e pretende usar o
dinheiro para “curtir” com a família.
“A antecipação sempre vem
em boa hora e ajuda a passar um
final de ano mais tranquilo.”
O associado da Coamo
desde 1978 em Campo Mourão,
Ezequiel Eluir Slompo recebeu as
sobras juntamente com o filho
Marcelo, que se associou à coo-
Diogo Bertan Marin, de São Domingos (SC)
Ernesto Zafalão, de Laguna Carapã (MS)
Jocelha Szeremeta Reifur, de Juranda
José Paschoeto com o neto Cauan, de Campo Mourão
Dezembro/2019 REVISTA 25
DIVERSIFICAÇÃO
A cachoeira do empreendedorismo
Associado otimiza pequena propriedade ao explorar visitação em cachoeira
e transforma sítio em local de lazer e degustação de produtos do campo
Associado, Edvaldo Costa, de Faxinal (PR), em uma das atrações da propriedade: Cachoeira da Fonte, de 52 metros de altura
Quem chega ao sítio
Santo Antônio, de propriedade
do cooperado
Edvaldo Costa, localizado no
vale que corta a comunidade Bufadeira,
no município de Faxinal
(Centro Norte do Paraná), logo se
encanta com a beleza da região,
rodeada por uma paisagem que
valoriza ainda mais o lugar. Da
porteira já é possível ouvir o som
da queda d’agua da Cachoeira
da Fonte, de 52 metros de altura,
uma das atrações da propriedade,
visitada por milhares de pessoas
ao longo do ano, principalmente
depois que ele resolveu
apostar num nicho de mercado
que começa a ganhar força naquela
região: o turismo rural.
Há três anos e meio residindo
e explorando a propriedade,
Costa lembra que foi incentivado
por amigos e conhecidos a abrir trilhas
que levassem até a cachoeira,
esculpida pela natureza. “Logo que
abrimos as trilhas, uma com cerca
de 850 metros e outra com 350,
os amigos começaram a vir e junto
com eles os amigos dos amigos. O
público foi aumentando, quando tivemos
a ideia de explorar este mercado.
Passamos a cobrar uma pequena
taxa de entrada e oferecer
café colonial, feito com produtos
daqui do sítio como doces, geleias
de tomate e morango, pão caseiro,
leite, queijo e etc. E também almoço
com cardápio variado, que vai
desde um franguinho caipira até o
porco na lata”, conta Costa, orgulhoso
do empreendimento. “Hoje,
além de consumir aqui, as pessoas
compram os produtos e levam
para casa”, comenta.
26 REVISTA
Dezembro/2019
Café colonial servido pela família com produtos da própria propriedade
Trabalho envolve toda a família, num verdadeiro espírito de cooperação
O sítio de apenas sete alqueires,
é a principal fonte de renda
e sustento de toda família, onde
se produz leite, morangos e suinocultura
em pequena escala, com
100% da produção absorvida pela
atividade turística. Para dar conta
do trabalho o cooperado conta
com a ajuda da esposa, dona Silva
Roque Silva, participante assídua
dos cursos sociais da Coamo, dos
filhos e até da sogra, num verdadeiro
espírito de cooperação.
Os fins de semana e feriados
são agitados na propriedade.
Períodos de alto índice de
visitação e muito trabalho para
a família, que agradece o movimento
dos turistas campestres.
Até o final de 2018, desde que
começaram a catalogar e computar
o número de visitantes,
mais de 2.000 pessoas haviam
passado pela propriedade em
busca de desfrutar da cachoeira
e das guloseimas preparadas
pelos Costa. Em 2019 foram mais
de três mil visitantes presentes
no paraíso da família. As visitas
são previamente agendadas por
telefone e são realizadas de todas
as formas, individual, casal
e, em grande parte, em grupos,
sempre animados e deslumbrados
com a atmosfera do lugar.
“No início não imaginava
que esse lugar se tornaria tão
atrativo para as pessoas, mas
hoje estamos muito contentes e
otimistas. Queremos melhorar,
ampliar e fazer o negócio crescer
a cada dia”, planeja Edivaldo, que
já pensa em abandonar o trabalho
de pedreiro na cidade, para
se dedicar apenas ao novo negócio.
“É tão bom que muita gente
vem e volta uma, duas, três vezes
ou mais”, comemora o empreendedor.
Feliz com o progresso da
atividade. “E tem gente que vem
só para tomar café”, brinca.
Belezas naturais são as atrações na propriedade
Por meio de trilhas no meio da mata, visitantes têm contato com a natureza
Dezembro/2019 REVISTA 27
DESEMPENHO
Cooperativas do Paraná ultrapassam
R$ 85 bi de faturamento em 2019
As 216 cooperativas paranaenses
vinculadas ao
Sistema Ocepar seguem
apresentando resultados positivos
a cada e ano e em 2019 não
foi diferente, de acordo com o
levantamento preliminar apresentado
pela entidade no Encontro
Estadual de Cooperativistas Paranaenses,
no dia 06 de dezembro,
em Medianeira (Oeste do Paraná).
Pela primeira vez, as caravanas
de cooperativistas de
todo o Paraná se dirigiram a uma
cidade do interior para participar
do tradicional Encontro Estadual
que, desde a década de 1970,
quando foi criado, vinha sendo
realizado apenas em Curitiba. A
Coamo participou com uma caravana
com cooperados da região
Oeste do Paraná.
“Apesar das adversidades
climáticas vivenciadas no início
de 2019, das quais ninguém
esteve imune, as cooperativas
do Paraná devem confirmar um
crescimento no seu faturamento,
Pela primeira vez tradicional Encontro Estadual foi realizado no interior do Paraná, em Medianeira (Oeste)
ultrapassando R$ 85 bilhões, com
resultados positivos na ordem de
R$ 3,5 bilhões e R$ 2,6 bilhões em
impostos arrecadados”, afirmou o
presidente do Sistema Ocepar,
José Roberto Ricken, em pronunciamento
no evento. Em relação
à 2018, o faturamento alcançado
pelo setor registrou crescimento
de 1,67%, já que no ano passado
a movimentação econômica atingiu
R$ 83,7 bilhões. Atualmente,
as cooperativas do Paraná possuem
mais de dois milhões de
cooperados e 107 mil profissionais
contratados.
Ainda de acordo com ele,
o cooperativismo deve elevar, a
partir de 2020, o montante relativo
aos investimentos. “Temos convicção
de que, para a viabilização do
plano safra ainda é fundamental e
estratégica a disponibilização de
linhas de crédito rural para investimentos
de longo prazo e custeio a
juros compatíveis com a atividade
Coamo participou com uma caravana de cooperados da região Oeste do Paraná
28 REVISTA
Dezembro/2019
produtiva. Neste contexto, as cooperativas
do Paraná demandam o
equivalente a R$ 3,8 bilhões para
projetos de agroindústrias, armazenamento,
tecnologia, infraestrutura
e distribuição, para atender
quase 60% da produção agropecuária
que passam por nossas
cooperativas no Estado”. Em
2018, as cooperativas do Paraná
contabilizaram R$ 1,95 bilhão em
investimentos, o que significa que
o novo valor projetado pelo setor
em melhorias representa um aumento
de mais de 70% em relação
ao ano passado.
O presidente do Sistema
Ocepar também destacou que,
dando continuidade ao Plano
Paraná Cooperativo (PRC100), o
planejamento do setor, as cooperativas
do Paraná mantêm o
propósito de atingir R$100 bilhões
de movimento econômi-
co ao ano. Ele ressaltou ainda
que a opção do setor sempre foi
pelo desenvolvimento das pessoas,
cooperados, cooperativas
e comunidades. “Esse é o nosso
compromisso. Sempre com organização
econômica e responsabilidade
social”, acrescentou.
Ele avalia que, em âmbito mundial
há grandes oportunidades
para o Brasil, devido à demanda
por alimentos, especialmente
proteína animal. “Cabe a nós
identificá-las, contratá-las e nos
organizar para atendê-las com
muita competência. No passado,
a lógica era produzir mais e
buscar mercado. Agora, o nosso
desafio é identificar mercados e
atendê-los com profissionalismo
e qualidade. O mundo sabe do
potencial do nosso País. Gradativamente,
o Brasil vai conquistando
liderança na oferta de muitos
produtos no mercado internacional.
Temos que saber lidar com
essa nova realidade e valorizar
nossos produtos, combatendo
falsas informações que circulam
a nosso respeito, alimentadas
pela concorrência comercial
que se estabeleceu no mundo.
Para sobreviver a isso, nunca foi
tão importante estreitar relações
com os consumidores dos alimentos
que ofertamos”, frisou.
“Com a coordenação do Ministério
da Agricultura, haveremos de
conquistar os avanços necessários
na sanidade agropecuária. A
condição de área livre de aftosa
sem vacinação e a segregação
do Paraná do grupo de 14 Estados
sem peste suína clássica são
medidas importantes para a conquista
de mais espaço para nossas
carnes no mercado mundial”,
acrescentou.
Ministra da Agricultura é homenageada com o Troféu Ocepar
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi homenageada
no encontro com o Troféu Ocepar, entregue
pelo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto
Ricken, junto com os diretores da entidade. “É uma honra
receber essa homenagem da Ocepar”, disse a ministra.
“É o reconhecimento à sua dedicação em defesa da
agropecuária brasileira no exterior e seu empenho para
que haja as condições ideais de tecnologia e sanidade,
para que o nosso produto mereça a confiança dos consumidores
em todo o mundo. Também estamos homenageando
a ministra por seu empenho em relação ao
Plano Safra 2019/20, com atuação muito forte em defesa
do crédito rural junto ao Ministério da Economia e
Banco Central”, destacou Ricken.
O Troféu Ocepar foi instituído pela diretoria
da Ocepar há 42 anos, em julho de 1977, durante uma
solenidade em comemoração ao Dia Internacional do
José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, Tereza Cristina,
ministra da Agricultura, e Ratinho Júnior, governador do Paraná
Cooperativismo. Ele é entregue às pessoas que se destacam
dentro e fora do cooperativismo. Trinta e nove
personalidades já receberam a honraria, entre governadores,
ministros, lideranças políticas, empresariais e
do cooperativismo.
Fonte: Comunicação Ocepar
Dezembro/2019 REVISTA 29
RECONHECIMENTO
Campeã nas Melhores do
Agronegócio da Globo Rural
Anuário “As 500 maiores do
agro”, apresenta as melhores
em 21 segmentos. Na classificação
geral, Coamo se
destacou como a 3ª maior
empresa do país com capital
nacional, 2ª maior do Sul
e a maior do Paraná
Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, vice-presidente da Coamo, representou a cooperativa na premiação
Vencedora na categoria ‘Cooperativas’ do Prêmio
da Revista Globo Rural, a Coamo Agroindustrial
Cooperativa, mais uma vez, se destaca
em conceituada premiação para o agronegócio brasileiro.
O 15º anuário “As 500 maiores do agro”, apresenta
as melhores em 21 segmentos. Na classificação geral, a
cooperativa se destacou como a 3ª maior empresa do
país com capital nacional, 2ª maior empresa do Sul e a
maior do Paraná. O evento de premiação foi no dia 28
de novembro e o vice-presidente da Coamo, Claudio
Francisco Bianchi Rizzatto, representou a cooperativa.
De acordo com o editor-executivo da Revista
Globo Rural, Cassiano Ribeiro, esse prêmio é
considerado o Oscar do Agronegócio. “Temos esse
compromisso de levar ao público da cidade e do
campo, as informações que todos precisam saber
da produção de alimentos. O agro é vital e sustenta
a economia do nosso país. Nesse ano, a novidade
foi a categoria ‘Cooperativismo’, e como paranaense
sou suspeito para falar da força que as cooperativas
têm. As pessoas ficam até chocadas com tamanha
importância para a economia, e quando veem o resultado
de uma Coamo faturando quase 15 bilhões
de reais é uma honra para a gente poder premiar.”
Segundo o vice-presidente da Coamo, Claudio
Francisco Bianchi Rizzatto, o prêmio foi recebido em um
dia muito importante, data em que a cooperativa completou
49 anos de fundação. “Pelo número e qualidade
das empresas que foram premiadas, ver a Coamo ser
premiada dessa forma, é algo muito especial. Queremos
dividir esse prêmio com nossos oito mil funcionários
e mais de 29 mil associados que produzem com
sustentabilidade. Esse prêmio encerra com chave de
ouro um ano em que pudemos crescer e dar ao produtor
rural duas novas indústrias inauguradas em Dourados
no Mato Grosso do Sul.”
Em entrevista ao anuário o presidente e
idealizador da maior cooperativa agrícola da América
Latina, José Aroldo Gallassini destaca que, “A
Coamo tem de ser uma empresa para a vida toda”.
Com essa linha, a reportagem foca nas mudanças
administrativas aprovadas pelos associados neste
ano, com ênfase na governança corporativa, modelo
de gestão que objetiva garantir a perpetuação da
cooperativa. “Perto de completar 50 anos, a cooperativa
paranaense Coamo planeja mudanças importantes
para tornar a gestão ainda mais profissional e
continuar a crescer”, enfatiza o anuário.
30 REVISTA
Dezembro/2019
VALORIZAÇÃO
Cooperando em família
Associados sentem-se valorizados e orgulhosos por
produzir alimentos e fazer parte do sistema cooperativista
Antonio Marcos Pereira, de Ivaiporã
(PR), com a esposa Solange e os filhos e
o atendente Marcos Fernando
Agricultor há 19 anos, Antonio
Marcos Pereira, de
Ivaiporã (Centro-Norte
do Paraná), acompanhou de perto
toda a evolução do município
com a chegada da Coamo na região.
Relembrando essa história
ele destaca que sem a cooperativa
não seria possível ter todo o
conhecimento técnico e acesso a
produtos e serviços que a Coamo
oferece. Sem contar, que o
espírito cooperativista já começa
dentro de casa, onde ele trabalha
lado a lado com a esposa
Solange Merico.
Juntos plantam 29 alqueires.
Solange diz que faz de
tudo um pouco. “Cuido dos filhos,
da casa e trabalho na roça.
Se furar um pneu sou eu quem
vai atrás trocar, se precisar abastecer
a semeadeira sou eu também”,
revela a esposa. O associado
Marcos, inclusive, destaca,
“Sem a Solange não sei o que seria
de nós. Ela é minha outra metade
e sem ela nada funcionaria.”
Para Solange, a ascensão
da mulher na agricultura tem
sido impulsionada pelo cooperativismo.
“Sinto-me valorizada.
Antigamente, trabalhávamos somente
em casa e, hoje, somos
chamadas de agricultoras. Isso
agrega muito valor ao nosso trabalho.
Devemos isso ao cooperativismo
e a Coamo. Tenho pai,
mãe, irmãs e irmão cooperados”,
comemora a produtora rural, que
no dia a dia não abre mão do seu
par de botinas e chapéu.
Ela ainda revela que
outro motivo de orgulho para
a família, é o fato de produzir
alimentos. “Saber que o que
plantamos irá chegar à mesa
de milhares de pessoas é gratificante.
Por isso, temos cuidado
redobrado na hora de semear,
plantar e cuidar da terra.”
Dezembro/2019 REVISTA 31
ENERGIA SOLAR
Vista aérea dos barracões da
granja de frango e das placas
para captação de energia elétrica
Mais energia para a produção
Em Sidrolândia (MS), família Bernart instalou moderno sistema de captação de
energia fotovoltaica na granja de frangos, onde produzem 600 mil aves por ciclo
Com enorme potencial,
devido à sua posição no
globo terrestre, o aproveitamento
da energia solar vem
sendo muito bem explorado no
Brasil. A tecnologia já está presente
em residências, empresas,
clubes e associações e em todo
e qualquer ambiente que receba
radiação solar suficiente para a
geração de energia.
Em Sidrolândia (Centro-
-Norte de Mato Grosso do Sul),
o cooperado Fagner de Araújo
Bernart, não perdeu tempo
quando soube da novidade.
Trabalhando em parceria com
o pai, Dolvino, e o Fábio, eles
resolveram instalar o moderno
sistema de captação de energia
fotovoltaica na granja de frangos,
Fagner com o pai Dolvino e o irmão Fábio
onde produzem 600 mil aves por
ciclo. “Quando ficamos sabendo
fomos atrás para saber como fun-
32 REVISTA
Dezembro/2019
Família Bernart produz 600 mil aves por ciclo, em Sidrolândia (MS)
Equipe da Coamo foi conhecer as instalações da captação de energia elétrica
cionava. Colocamos os custos
da ponta do lápis e chegamos
à conclusão que valia a pena, já
que vamos quitar o investimento
em no máximo seis anos de
utilização”, comenta Fagner, informando
que a princípio o sistema
foi instalado nas granjas
da Fazenda Ipê, de propriedade
da família. “Em breve queremos
estender essa energia
gerada para nossas residências
na cidade”, revela.
O cooperado esclarece
que 16 granjas de frangos
da fazenda recebem energia
por meio do sistema solar,
computando 60 mil kWh/mês.
“Nosso custo em energia hoje
é de R$ 30 a R$ 40 mil mensal.
Um custo que será abatido em
90% com a utilização do sistema
fotovoltaico”, comenta
o cooperado, que financiou o
investimento na Credicoamo.
“Tivemos um grande suporte
da Credicoamo, uma vez que,
em outras instituições financeiras
existe muita burocracia.
Foi muito rápido e eficiente
fazer tudo pela Credicoamo,
estamos muito felizes com o
investimento. Eu recomendo
principalmente para aqueles
que ainda não acreditam nessa
tecnologia fotovoltaica. Podem
ficar tranquilos que vale muito
a pena”, comemora.
A energia fotovoltaica
é uma das formas de produção
que mais cresce no mundo.
Proveniente da luz do sol e obtida
por meio de placas solares,
tem como função captar a energia
luminosa e transformá-la
em energia térmica ou elétrica.
“É a era da sustentabilidade e
desde outubro de 2018, quando
começamos a trabalhar com
este sistema, já comercializamos
mais de 400 conjuntos de
energia fotovoltaica e todos os
produtores que adquiriram estão
muito contentes com o sistema.
O retorno é garantido”,
salienta Mário Luiz Pavanelli,
gerente de Bens e Fornecimento
de Lojas da Coamo.
Suporte financeiro
Com recursos próprios
por meio de linha específica,
a Credicoamo vem
sendo um grande suporte
para os cooperados de toda
área de ação da Coamo, para
aquisição da tecnologia. “Ao
aderir o financiamento o cooperado
pode pagar de forma
semestral ou anual, com o
prazo de cinco anos e juros
de apenas 1% ao mês. Isso
tem sido um grande atrativo
para o nosso quadro social”,
comenta o gerente da agência
da Credicoamo em Sidrolândia,
Marcos Fernando
Cândido. “Os cooperados
que tiverem interesse podem
visitar nossas agências e
buscar informação. Estamos
à disposição também dos
cooperados da Coamo que
ainda não estão associados à
Credicoamo”, ressalta.
Dezembro/2019 REVISTA 33
HOBBY
Soldadinho do Araripe
Viuvinha de Óculos
Tesoura do Campo
Agricultura e fotografia em prosa
A primeira é a profissão, e a segunda o hobby do associado Francisco Hamada, de Palmas.
Independente do objetivo, são duas artes levadas a sério pelo produtor amante da natureza
Francisco Hamada, associado da Coamo em Palmas (PR), tem como hobby fotografar pássaros
A
fotografia revolucionou
a forma de representar
o mundo. Antes era preciso
desenhar ou pintar o que
se desejava retratar. Poucas pessoas
tinham a possibilidade de
ter um retrato para guardar, pois
tinha um alto custo contratar um
pintor. Com a invenção da fotografia,
registrar pessoas, objetos
e momentos se tornou algo democrático
e aos poucos chegou
ao alcance de todos. Para muitos,
inclusive, a fotografia se tornou
profissão. Para outros, apesar de
não ser profissão, é um hobby
que garante momentos de descontração
e relaxamento. Esse
último é o caso do associado da
Coamo em Palmas (Sudoeste do
Paraná), Francisco Hamada.
Hamada é engenheiro
agrônomo e após anos de trabalho
na profissão decidiu adquirir
uma propriedade rural e
se tornou agricultor – ele planta
soja, trigo, maça e tem pecuária
de leite na propriedade. Porém,
além da paixão pelo campo ele
34 REVISTA
Dezembro/2019
Pica-Pau Rei
Saira Beija-Flor
Tie Sangue
tem na fotografia um outro amor.
O associado realiza por meio da
fotografia o bird watching – observação
de pássaros –, uma prática
muito difundida na Europa e
Estados Unidos que aumentou
no Brasil a partir dos anos 2000,
com o advento da máquina fotográfica
digital, pois permitiu de
fato observar os pássaros. “No
Brasil é mais pela fotografia, ao
contrário de outros países, que
apenas observam os pássaros.
Sempre gostei de aves e comecei,
então, com essa prática em
2013, após conhecê-la pela internet”,
explica.
O associado revela que
sempre gostou de fotografia,
apesar de nunca ter feito um curso
na área. “Eu fotografava, prin-
cipalmente, meus filhos. Com a
máquina digital essa prática se
tornou mais dinâmica, apesar de
não ser fácil fotografar aves, pois
elas se mexem muito e ficam em
ambientes muito diversos. Às vezes
você está observando a ave
numa posição e de repente ela
muda e é preciso mudar a regulagem
da máquina. Exige dedicação,
tempo, paciência e persistência.
Não é um hobby fácil, mas
é prazeroso. Tento conciliar meu
trabalho com a fotografia e dou
sempre uma escapada nos finais
de semana. Além das vezes que
viajo para conhecer outros biomas.”
Hamada ainda conta
que às vezes leva a câmera fotográfica
para a lavoura. Afinal de
Associado teve algumas de suas fotografias expostas na unidade da Coamo, em Palmas (PR)
Hamada está sempre com a máquina fotográfica
contas, apesar de ser um hobby
é também levado a sério e com
dedicação, assim como a agropecuária.
“Tudo é momento. De
repente se encontro uma ave
numa posição favorável e que
forme uma boa composição,
já aproveito para registrar. Mas
isso, quando dá tempo”, revela
o associado, que inclusive teve
algumas de suas fotografias expostas
na unidade da Coamo em
Palmas.
Ele tem mais de 1.200
aves fotografadas de todos os
Estados do Brasil, que tem cerca
de 1900 pássaros registrados,
contando os migratórios. As viagens
que faz são uma oportunidade
para retratar os pássaros
que encontra em seus destinos.
Para Hamada, a maior diversidade
do Brasil está no Norte do
país. Dessa região, o Amazonas
ele já conhece, agora, o próximo
destino já está programado para
ano que vem e será o Pará.
Dezembro/2019 REVISTA 35
Associado Edvaldo Garbelini, de Ivaiporã (PR)
é de família tradicional de cafeicultores
Café e renda
Bebida faz parte da cultura dos brasileiros e combina com
quase tudo, inclusive, com produção e renda no campo
O
aroma de café é sempre
inconfundível e irresistível.
A bebida faz
parte da cultura dos brasileiros
e é consumida diariamente. O
café combina com quase tudo,
inclusive, com produção e renda
no campo. A região de Ivaiporã
(Centro-Norte do Paraná) já foi
uma grande produtora de café,
mas as áreas foram ao longo dos
anos perdendo espaço para outras
lavouras como a soja, por
exemplo. Contudo, muitas famílias
ainda resistem e apostam na
cafeicultura como opção para
diversificar, ou mesmo como a
principal cultura na propriedade.
É o caso do associado
Edvaldo Garbelini, morador na
comunidade do Santa Barbara, região
de Jacutinga, distrito de Ivaiporã
e onde abriga a maior parte
das lavouras de café. Ele é de família
tradicional de cafeicultores
e cresceu no meio das lavouras.
Hoje, com 50 anos de idade, é o
36 REVISTA
Dezembro/2019
DIVERSIFICAÇÃO
responsável pela continuidade do trabalho iniciado
em 1962, pelo seu avô. “Ele [o avô] veio
de Rancho Alegre [Norte do Paraná]. Em 1969,
meu pai também se mudou para Ivaiporã. Eu
estava com três meses de idade e posso dizer
que fui criado no meio do café”, destaca.
O associado revela que tudo o que
conseguiram foi com a cultura. “Somos gratos
ao café. Também plantamos um pouco de
soja para ter uma renda a mais, mas não tenho
a intensão de deixar o café. Pelo contrário, a
ideia é investir sempre para que tenhamos
boa produção e qualidade no produto”, pondera
Garbelini.
Na propriedade existem cerca de 15
mil pés de café espalhamos em quatro alqueires.
As plantas têm como características o ciclo
de produção bianual, ou seja, em um ano
produzem bem e no seguinte uma quantidade
menor. De acordo com o cooperado, 2019
foi um ano de baixa produção. “Tradicionalmente,
nos anos bons produzimos mais de mil
sacas de café. Já em anos ruins, a produção
cai até 70%”, revela.
Ele revela que ao longo dos anos as
lavouras foram diminuindo devido aos preços,
falta de mão de obra e geadas, que erradicaram
muitas áreas. “Ficaram as famílias tradicionais,
àquelas que gostam e que fazem questão de
manter o café”, frisa. De acordo com ele, toda
a produção é entregue na Coamo e se sente
orgulhoso em ver o produto industrializado
sendo consumido por milhares de pessoas. “É
uma sensação muito boa. Produzir uma bebida
admirada e faz parte da família brasileira.”
Conforme o engenheiro agrônomo
Danilo Prevedel Capristo, da Coamo em Ivaiporã,
a região de Jacutinga é onde se concentra
a maior parte das lavouras de café. Ele revela
que são estimados cerca de 200 alqueires
com a cultura. “As famílias que ainda resistem
estão sempre buscando novas tecnologias e
alguns deles dependem exclusivamente da
cultura como fonte de renda. Eles não abrem
mão de lavouras produtivas e de produzirem
café com qualidade.”
Edvaldo Garbelini entrega toda a produção na Coamo. Ele diz que se sente orgulhoso
de ver o produto industrializado e sendo consumido por milhares de pessoas
Na propriedade existem cerca de 15 mil pés de café espalhados em quatro alqueires
Dezembro/2019 REVISTA 37
VIDA NO CAMPO
Uma história de gestão e
SUPERAÇÃO
Cooperado de
Sidrolândia (MS) passou
de funcionário para
proprietário rural graças
ao esforço e trabalho
Antenor Carissimi, de Sidrolândia (MS)
Aos 19 anos de idade o agricultor
Antenor Carissimi fez uma
mudança e não imaginava o
que isso se tornaria em sua vida. Ele
trocou o município de Antonio Prado,
no Rio Grande do Sul, por Sidrolândia,
no Mato Grosso do Sul. Já se passaram
mais de 40 anos da mudança e
metade desse tempo foi trabalhando
como empregado em uma propriedade
rural. No emprego, ele juntou
dinheiro para comprar os primeiros
90 hectares de terra, adquiridos com
o suor e economia do trabalho. Com
empenho e sem medir esforços, ele
foi evoluindo e, atualmente, planta em
950 alqueires, sendo 600 próprios.
Carissimi recorda que quando
chegou em Sidrolândia não conhecia
máquina agrícola e nem sabia dirigir
carro. “No Rio Grande do Sul só trabalhava
com serviço braçal, com enxada
e foice.”
Ele diz que sempre foi um sonho
ter, um dia, o seu canto, uma propriedade
que pudesse trabalhar e melhorar
a qualidade de vida da família.
“Tudo foi acontecendo naturalmente.
Se hoje temos nossa terra, foi porque
trabalhamos para isso. O segredo é
nunca gastar mais do que ganha. Se
estou crescendo é porque tenho meu
mérito e não medimos esforços para
trabalhar e a consequência é evoluir,
cada vez mais.” O trabalho é realizado
em família e ele conta com a ajuda dos
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Dezembro/2019
Antenor com Afonso, um dos filhos que ajuda na condução das atividades agrícolas
Afonso com o pai Antenor e o engenheiro agrônomo da Coamo, Laércio Stabelli
dois filhos na atividade agrícola.
Associado à Coamo desde
a instalação da cooperativa
em Sidrolândia, há quase dois
anos, Carissimi recorda que assistia
pela televisão reportagem
de uma cooperativa do Paraná
que dividia parte do lucro com
os cooperados. “Era sócio de
uma cooperativa que faliu aqui
na região, tínhamos receio de
procurar outra. Até que a Coamo
chegou e como sabíamos
dessas histórias de receber as
sobras nos associamos. No ano
passado recebi o dinheiro pela
primeira vez e fiquei muito feliz.
Com o dinheiro paguei financiamento
de máquinas e ainda sobrou
dinheiro.”
De acordo com ele, a
Coamo presta um serviço diferenciado
com qualidade e respeito
de todos os funcionários.
“Há um tratamento igualitário.
Na Coamo todos são iguais. Assim
que entramos no escritório
alguém já vem cumprimentar e
conversar, nenhuma empresa
havia feito isso antes. Na Coamo,
me sinto em casa”, revela o
associado.
O engenheiro agrônomo,
Laércio Stabelli, da Coamo
em Sidrolândia, destaca que a
cooperativa tem ajudado no desenvolvimento
da agropecuária
na região. De acordo com ele, a
Coamo tem difundido o trabalho
técnico e de cooperativismo.
“Desde que chegamos em Sidrolândia
há uma grande adesão dos
agricultores que já contavam com
um bom nível tecnológico. Contudo,
a Coamo veio para agregar
e trazer mais conhecimento e tecnologia
para que os nossos associados
possam ter mais sucesso
em suas atividades. Essa história
do cooperado Antenor Carissimi
nos inspira e motiva a continuar
trabalhando para melhorar a produção
no campo.”
Dezembro/2019 REVISTA 39
COOPERATIVISMO E EVOLUÇÃO
Nelson Fetzer, cooperado em Mangueirinha
(PR), se sente à vontade para lembrar do
passado, falar do presente e prosperar o futuro
TRADIÇÃO CULTIVADA
Cooperado na região de Mangueirinha (PR) guarda objetos e maquinários
antigos que fizeram parte da história e mantém a tradição da família
Em meio a ferramentas antigas
guardadas e preservadas
como parte da história
da família, seu Nelson Fetzer,
cooperado da Coamo em Mangueirinha
(Sudoeste do Paraná),
se sente a vontade para lembrar
do passado, falar do presente e
prosperar o futuro. A propriedade
fica em Chopinzinho, onde
ele chegou em 1956, vindo de
Sarandi, no Rio Grande do Sul,
um mês após casar. A viagem foi
em cima de uma carroça, ainda
guardada com carinho pelo associado.
De nacionalidade alemã,
ele faz questão de manter as tradições
e sempre reúne a família
para preparar alimentos como,
por exemplo, melado de cana,
açúcar mascavo e as tradicionais
chimias. O que também não
pode faltar é a erva de chimarrão,
produzida pelo associado.
“É uma forma de manter parte da
história e de reunir a família. Muitas
dessas ferramentas e desses
costumes foram repassados pelo
meu pai e faço questão de passar
para os filhos e netos para que
eles possam conhecer a história
da família e repassar para as pró-
40 REVISTA
Dezembro/2019
ximas gerações e ter lembranças
dos avôs e bisavôs”, assinala.
Entre as ferramentas antigas
estão triadeira, serrotes,
trados, esquadros, plantadeira
e um trator que durante vários
anos foi o principal maquinário
da família ajudando nas atividades
do dia a dia. Atividades
essas, que foram evoluindo a
cada ano. “Hoje é bem diferente.
Quando chegamos aqui, não
existiam estradas e o meio de
transporte era o cavalo. As cidades
próximas ainda estavam começando,
com poucas famílias
residindo”, recorda Fetzer. Ele
conta que desde que chegou no
local, já percebeu que se tratava
de uma região prospera e que
poderia ter futuro com a família.
O associado é um dos
pioneiros no plantio de soja na
região. Ele recorda que em 1956
trouxe sementes do Rio Grande
do Sul e para não perder, durante
dois anos plantava, e a produção
servia de alimentos para
os porcos. “No terceiro ano de
plantio, vendi a produção. Era
tudo manual, desde o plantio até
à colheita e levávamos ensacadas
para vender.” Ele brinca que
Nelson Fetzer com o filho Odir no trator Massey Ferguson 85 X, 1976, comprado novo pelo associado
hoje em dia, plantar e colher soja
é uma brincadeira, em comparação
ao que era no início. “A produção,
então, nem se compara.
Evoluiu e muito.”
Fetzir se associou à Coamo
logo após a sua instalação
em Mangueirinha. Ele conta que
a Coamo levou benefícios e serviços
que faltavam para completar
o trabalho no campo. “A loja
de peças é um bom exemplo, faltava
isso para nós. Sou a favor do
cooperativismo que ajudou na
evolução da região.”
Outra curiosidade do
associado é em relação as datas
comemorativas. Ele faz aniversário
no dia 28 de fevereiro e faz
festa para lembrar a data, independente
do dia que cai. “Se cair
em uma segunda ou sexta-feira,
a gente faz a festa como se caísse
em um sábado ou domingo. É
um momento de alegria e reúno
familiares e amigos para passar
o dia comigo.” Outra data comemorada
por ele e com festa,
independente do dia que caia,
é o 25 de julho, dia da imigração
alemã no Brasil, do motorista e
do colono. “Reunimos toda a comunidade
para uma bonita festa.
Trouxemos isso com nós e é uma
maneira de mantermos viva a
nossa tradição.”
Família reunida para a produção de iguarias que fazem parte da vida do associado
Seu Nelson faz questão de manter a tradição em família
Dezembro/2019 REVISTA 41
PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS
Sistema harmonizado
Associado da Coamo no Oeste do Paraná, Rogério Aparecido Prati,
adota sistemas e práticas para lavouras mais sustentáveis e planejadas
Rogério Aparecido Prati, associado da
Coamo em São Pedro do Iguaçu (PR), já
faz plantio direto há mais de 30 anos
Um sistema de produção
bem protegido passa por
várias ações que vão desde
o manejo com o solo, cobertura
de área, diversificação e rotação
de culturas, plantio direto,
dentre outras técnicas que possam
beneficiar as lavouras, seja
no verão ou no inverno. E essa é
uma referência para o associado,
Rogério Aparecido Prati. Ele mora
em Vera Cruz do Oeste desde
1982, e é cooperado da Coamo
no município vizinho São Pedro
do Iguaçu (Oeste do Paraná).
Uma das práticas adotadas,
o plantio direto, já é realizado
há mais de 30 anos, se
consolidando como importante
ferramenta na manutenção do
sistema produtivo. “Acreditamos
na importância do plantio direto
que ao longo dos anos vem
dando estabilidade para a produção”,
assinala. Ele recorda que
faz o plantio direto desde quando
ainda não haviam maquinários
adequados para o sistema.
“Nos adaptávamos às plantadeiras,
tínhamos poucas ferramentas
para o controle de pragas,
mas acreditávamos que era um
sistema importante, que harmonizava
a produção.”
Na propriedade de 140
alqueires, a soja, milho e trigo
são as principais culturas. Con-
42 REVISTA
Dezembro/2019
tudo, durante o ano as áreas recebem
aveia, nabo, milheto e feijão,
seguindo um planejamento no inverno
e no verão. De acordo com
o associado, essa diversificação e
rotação de culturas é outra prática
importante. “Fazemos as ações
pensando na produção de soja,
que é o carro-chefe. Mas, damos
a importância que cada cultura
merece. O resultado tem sido satisfatório,
mantendo boas produtividades
mesmo em ano em que
o clima não contribui. Essa estabilidade,
acredito, que seja motivada
pelo trabalho que desenvolvemos
na propriedade”
De família cooperativista,
Prati tem na Coamo uma parceira
para manter e desenvolver o sistema.
“A equipe técnica está sempre
se atualizando e buscando novas
tecnologias para aprimorar a nossa
atividade. A cooperativa traz as
informações que precisamos para
o nosso dia a dia, e a Coamo tem
papel fundamental no desenvolvimento
da nossa região.”
O engenheiro agrônomo
Carlos Alberto Dela Riva, da
Coamo em São Pedro do Iguaçu,
destaca que o associado segue as
recomendações técnicas, e planeja
cada safra e ação adotada na
propriedade. “Essa manutenção
do plantio direto há mais de 30
anos, aliado a rotação de culturas
e diversificação de culturas dá
uma boa estabilidade à produção.
Mesmo em anos em que o clima
não contribui, a média se mantém.
Isso mostra que é importante se
preocupar com as lavouras que
trazem retorno financeiro, mas
também ter plantas que possam
melhorar o sistema.”
Engenheiro agrônomo Carlos Alberto Dela Riva, da Coamo em São Pedro do Iguaçu, destaca que
o associado segue as recomendações técnicas, e planeja cada safra e ação adotada na propriedade
Dezembro/2019 REVISTA 43
FIM DE ANO
Funcionários da Coamo, Emerson Pires e Marcelo Batista
O encanto do Natal
de Luzes Coamo
Prédio da Administração Central é um cartão postal em Campo Mourão
Evento tradicional em Campo
Mourão abriu as comemorações
natalinas no município
Milhares de pessoas marcaram presença e acompanharam a chegada do Papai Noel e as atrações diversas
44 REVISTA
Dezembro/2019
Apresentação musical da banda gospel “Tua Palavra”
“
É
tempo de agradecer”,
foi o tema do Natal de
Luzes da Coamo, realizado
no dia 28 de novembro, dia
em que, também, se comemorou
os 49 anos de fundação
da cooperativa. Mais de cinco
mil pessoas marcaram presença.
Nem mesmo a chuva que
caiu um pouco antes do evento,
desanimou o público que
se encantou com o evento e a
decoração natalina da Administração
Central da Coamo.
O Natal de Luzes
abriu as apresentações natalinas
em Campo Mourão e região,
e contou neste ano com
a apresentação musical da
banda gospel “Tua Palavra”
e da dupla de funcionários
da Coamo, Emerson Pires e
Marcelo Batista de Cantagalo.
Logo após o acendimento do
prédio, o papai Noel chegou
para a alegria da criançada e
finalizou o evento com a distribuição
de balas e sessão de
fotos.
“É tempo de agradecer”, foi o tema do Natal de Luzes da Coamo
"Bom Velhinho" fez a alegria dos participantes, principalmente das crianças
Dezembro/2019 REVISTA 45
Família Dalposso, de Ouro Verde do Oeste
(PR), tem no cooperativismo e nos seus
princípios uma filosofia de vida
Nos passos do cooperativismo
Família Dalposso, de Ouro Verde do Oeste (PR), trabalha com a Coamo desde a instalação
da cooperativa no município, há 25 anos. Dedicação e empenho na atividade rural
A
família Dalposso, de
Ouro Verde do Oeste
(Oeste do Paraná), tem
no cooperativismo e nos seus
princípios uma filosofia de vida.
Um trabalho passado de pai para
filho, gerando bons resultados
dentro e fora da atividade. Catarinense,
seu Eloi é o patriarca
e já tirou um pouco os pés do
acelerador. Atualmente, os filhos
Clóvis e Giovano vêm fazendo de
forma eficiente e natural a sucessão
na propriedade.
Eloi é um dos pioneiros
da Coamo em Ouro Verde do
Oeste, sendo o segundo agricultor
a se associar na Unidade.
Isso há 25 anos quando a cooperativa
se instalou na região Oeste
do Paraná. Ele recorda que
46 REVISTA
Dezembro/2019
EVOLUÇÃO E SUCESSÃO
quando começou na atividade
agrícola, o cenário era bastante
diferente. “O trabalho era todo
manual. Com o passar dos anos,
novas tecnologias foram surgindo
e melhorando a atividade. A
Coamo chegou em um momento
importante e ajudou no desenvolvimento
dos agricultores que
acreditaram no cooperativismo”,
assinala.
O trabalho na propriedade
é todo desenvolvido em
família. O associado revela que
desde que os filhos passaram a
trabalhar na lavoura, ele foi repassando
conhecimento sobre
a atividade agrícola e sobre a
importância da união e do cooperativismo.
“Tudo foi acontecendo
de forma natural. Sempre
acreditei que trabalhando juntos,
teríamos mais sucesso. Sou
um cooperativista, e posso dizer
que o trabalho que realizamos na
propriedade e uma extensão do
cooperativismo proporcionado
pela Coamo.”
Clóvis fez parte da 13ª
turma do curso de formação
de Jovens Líderes Cooperativistas
da Coamo, em 2009. Ele
ressalta que muito do aprendizado
adquirido no curso foi
colocado em prática ao longo
desses dez anos. “Um dos ensinamentos
é confiança, perseverança
e nunca desanimar. Estamos
dando sequência a um
trabalho iniciado pelo pai, que
sempre foi um cooperativista e
buscou se aprimorar durante
todos esses anos.”
Giovano ressalta que a
ideia é continuar o trabalho em
família, para que possam se fortalecer
cada vez mais. “Se dividirmos
a área fica mais difícil o trabalho.
Estamos no caminho certo
e damos muita importância às
nossas conquistas. Seguimos os
passos do pai e temos a Coamo
dando todo suporte na condução
da atividade.”
O engenheiro agrônomo
Eduardo Rodrigo Gibbert, da
Coamo em Ouro Verde do Oeste,
ressalta que a família Dalposso é
exemplo de cooperativismo na
essência. “Seu Elói é pioneiro em
Ouro Verde do Oeste, bastante
participativo e que vem passando
o trabalho para os filhos com
responsabilidade e sustentabilidade.
A Coamo tem dado todo
o apoio na condução da atividade
e ajudando no desenvolvimento
deles, com cursos, treinamentos
e assistência para que
continuem melhorando, cada
vez mais, e tendo rentabilidade
nos negócios.”
Associados Clóvis, Eloi e Giovano, engenheiro agrônomo Eduardo Rodrigo Gibbert, da Coamo em Ouro Verde do Oeste, durante o plantio de soja
Dezembro/2019 REVISTA 47
ihara.com.br
PROTEÇÃO NUNCA ANTES VISTA
QUE COMBATE OS PERCEVEJOS
E ELEVA A SUA PRODUTIVIDADE
Molécula exclusiva
e inédita no Brasil
Efeito de choque
e residual únicos
Eficiência incomparável
contra o percevejo
ATENÇÃO
ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO
AMBIENTE; USO AGRÍCOLA; VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO;
CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE
PRAGAS; DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS;
LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA;
E 48 UTILIZE REVISTA
OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Dezembro/2019
INDIVIDUAL.
Zeus
TECNOLOGIA NO CAMPO
Alto desempenho
e mais economia
no campo
Na fazenda Isabella, do cooperado Vicente
Carra, em Sidrolândia no Centro-Norte de
Mato Grosso do Sul, o trabalho de operacionalização
das lavouras está mais ágil e autônomo,
depois da aquisição de um novo e moderno equipamento
que chegou para otimizar o serviço. Trata-
-se de um pulverizador alto propelido (Uniport),
modelo 4530 da fabricante Jacto, com barra de 42
metros e reservatório de 4.500 litros, que aumenta
o desempenho operacional em até 12% e reduz a
massa em até 14%. Trata-se de um dos mais modernos
equipamentos do mercado.
Feliz com a aquisição, sugerida e intermediada
pela gerência de Fornecimento de Bens de Lojas
da Coamo, o cooperado destaca o fortalecimento da
parceria com a cooperativa, que tem gerado bons negócios.
“Recebi visita da equipe da Coamo e da Jacto
e resolvi investir neste equipamento, que é muito
eficiente nas operações da lavoura”, diz o associado,
valorizando a parceria. “A Coamo chegou aqui na região
para nos atender muito bem. Não só eu, como
os demais produtores estamos felizes com a presença
e os serviços oferecidos”, agradece Carra.
Para o encarregado de distribuição da Coa-
Vicente Carra, de Sidrolândia (MS), adquiriu um novo Uniport para otimizar o trabalho
mo, Ricardo Aluísio Muller, o equipamento adquirido
pelo produtor tem o melhor custo-benefício do
mercado, por conta do alto rendimento. “Ele vem
com alta tecnologia embarcada, com corte de seção
bico a bico, que ajuda a economizar e aumenta
a eficiência. É o que tem de melhor no mercado”,
aponta Ricardo, informando que para adquirir o
equipamento basta entrar em contato com qualquer
unidade da Coamo.
Equipamento é um dos mais modernos do mercado
Associado recebeu uma equipe da Coamo para demonstrar novo equipamento
Dezembro/2019 REVISTA 49
LÍDERES COOPERATIVISTAS
23ª turma contou com associados de várias
regiões do Paraná e do Mato Grosso do Sul
Jovens formados
Participantes da 23ª turma do Curso de formação de Jovens Líderes Cooperativistas
participaram de formatura após mais de 122 horas de curso em seis módulos
Associados de várias regiões
do Paraná e do
Mato Grosso do Sul integraram
a 23ª turma do programa
de formação de Jovens Líderes
Cooperativistas da Coamo. A formatura
foi no dia 19 de novembro
com a presença dos jovens
e de familiares em Campo Mourão
(Centro-Oeste do Paraná). O
curso iniciou no dia 24 de abril
e foram mais de 122 horas de
aprendizado em seis módulos
que tratam sobre a Coamo, cooperativismo,
novas tecnologias,
planejamento e gestão estratégica,
liderança e uma viagem
Técnica Cultural aos Entrepostos
da Coamo nas regiões Oeste e
Sudoeste do Paraná e Paranaguá.
O programa é uma realização
da Coamo com apoio do
Sescoop/PR e ocorre anualmente.
Desde a sua primeira edição,
em 1998, foram capacitados
mais de mil associados representando
todas as Unidades da
Coamo no Paraná, Santa Catarina
e Mato Grosso do Sul.
Com a formação, os
jovens passam a ser responsáveis
pela implantação de um
novo modelo de administração
rural, muito mais profissional.
Na gestão dos seus negócios
na propriedade, ou mesmo
quando atuam em parceria
em os pais, eles trabalham de
forma arrojada, sem esquecer
das lições geradas por suas famílias.
Com os pés no chão e
a mente no futuro, eles buscam
resultados concretos baseados
na prática do planejamento e
gerenciamento, e o sucesso do
seu empreendimento.
A Coamo acredita que o
processo de mudança para tornar
o cooperativismo e o agronegócio
mais produtivo e eficiente
passa pela formação, educação
50 REVISTA
Dezembro/2019
e desenvolvimento dos cooperados.
Para o presidente da Coamo,
José Aroldo Gallassini, os
jovens cooperados representam
o presente e, também, o futuro
promissor do cooperativismo e
do agronegócio e, por isso, a diretoria
é a principal apoiadora e
incentivadora para a realização
deste processo de formação. “O
curso tem como objetivo formar
novas lideranças e passar noções
de como administrar a propriedade
de forma que tenham mais
renda na atividade. É uma nova
geração de associados, novos líderes
na cooperativa, entidades
e comunidades que estão inseridos,
e darão continuidade à Coamo”,
assinala.
A associada Daiane
Trombini Gottardi, de Brasilândia
do Sul (Noroeste do Paraná),
foi a oradora da turma. Para ela,
o curso superou as expectativas
em todos os sentidos. “Aprendemos
muito sobre administração
na propriedade, como lidar com
os possíveis problemas do dia a
dia e com pessoas. Foi uma oportunidade
enriquecedora e única.
Para quem ama a agricultura,
como eu amo, e compartilha desse
sonho, vale cada segundo do
curso”, observa.
Daiane revela que termina
o curso com o sentimento
de pertencimento. “Somos uma
semente da Coamo, que foi semeada
e é cuidada continuamente.
Sentimos que fazemos
parte de todo o processo da
cooperativa, que quer a gente
por perto. Quando estamos na
propriedade imaginamos uma
coisa e no curso conhecemos
outra realidade, e isso é mais
forte”, destaca.
De acordo com o associado
Elvis Lima Deltrejo Júnior,
de Aral Moreira (Sudoeste do
Mato Grosso do Sul), o curso ajudou
a desenvolver os participantes
como administradores rurais,
a conduzir a propriedade como
empresa buscando sempre bons
resultados. “Estamos um pouco
longe da sede da Coamo e ficamos
lisonjeados em participar de
um curso que tem grande importância
para a cooperativa. Aprimoramos
nosso conhecimento
e melhoramos o trabalho na propriedade
rural.”
O professor Juacir João
Wischneski, instrutor do curso,
destaca o empenho e dedicação
da 23ª turma. “Foi uma turma
com média de idade baixa, mas
com muita responsabilidade.
Desde o primeiro momento, passaram
a assumir isso. Brincavam
na hora certa, mas no momento
de trabalhar, trabalhavam muito.
A cada turma é uma emoção diferente.
Deixo sempre a mensagem
para que não parem de estudar,
busquem conhecimento.
Eles não podem parar no tempo,
a liderança tem que continuar
sempre ativa.”
O programa Jovens Líderes
da Coamo foi premiado
em 2004 pela OCB e Revista
Globo Rural como o “Melhor Programa
de Educação Cooperativista”
do Brasil. Proporciona mais
conhecimento e participação
nas atividades técnicas, educacionais
e sociais da cooperativa,
além da ampliação das habilidades
profissionais com uma visão
de futuro. O programa capacita
a geração de cooperados para
desenvolver de forma gradual e
contínua o seu potencial de liderança,
gestão e administração na
atividade rural.
Associada Daiane Trombini Gottardi, de
Brasilândia do Sul (PR), foi a oradora da 23ª
turma de Jovens Líderes Coamo. Para ela, o curso
superou as expectativas em todos os sentidos
Elvis Lima Deltrejo Júnior, de Aral Moreira
(MS), diz que o curso ajudou a desenvolver os
participantes como administradores rurais, a
conduzir a propriedade como empresa
Dezembro/2019 REVISTA 51
COOPERATIVISMO
Em Pitanga, (PR), cooperado Pedro Roberto
Gregio sabe bem da importância que tem a
as cooperativas para sua atividade
Nada como a nossa casa
Na Coamo, os cooperados têm além dos serviços oferecidos pela cooperativa,
apoio creditício da Credicoamo para desenvolver e ter sucesso em suas atividades
Mais que um modelo de
negócio, o cooperativismo
é um movimento
que busca transformar o mundo
em um lugar mais justo, feliz,
equilibrado e com oportunidades
para todos. Um caminho que
mostra que é possível unir desenvolvimento
econômico e social,
produtividade e sustentabilidade,
o individual e o coletivo.
Na Coamo, os cooperados
têm além dos serviços oferecidos
pela cooperativa, apoio
creditício da Credicoamo. Uma
estrutura valorizada pelo quadro
social, que enaltece a parceria
com as duas cooperativas. Em
Pitanga, (Centro do Paraná), o
cooperado Pedro Roberto Gregio
sabe bem a importância das duas
cooperativas para sua atividade.
Nascido no campo, ele
está em Pitanga desde 1981 e
conta que sem essa estrutura seria
tudo muito mais difícil. “Vim
do Rio Grande do Sul para tocar
a lavoura. Aprendi a ser agricultor
com meu pai e desde criança
trabalho no campo. Eu gosto
é de preparar o solo, plantar e
colher. Está no meu sangue. Então,
decidi vir para o Paraná em
52 REVISTA
Dezembro/2019
usca de melhores oportunidades.
Quando cheguei não
tinha muita estrutura, e foi
quando comecei a trabalhar
com a Coamo. Com o apoio
da cooperativa começamos a
crescer na vida”, recorda.
Nessa trajetória cooperativista,
Pedro Gregio
lembra que só houve evolução.
“Nunca tivemos frustração
de safra e a cada ano
aumentamos nossa produtividade.
De 70 sacas passamos
a colher 180 sacas por
alqueire, sabemos que com a
assistência técnica da Coamo
nos repassando as novas tecnologias,
podemos crescer
mais.”
Outra vantagem valorizada
pelo associado é o
apoio creditício. “Quando
a Credicoamo chegou, nosso
trabalho melhorou ainda
mais. Hoje, para financiar ou
fazer qualquer outra movimentação
financeira, temos o
nosso banco dentro de casa.
Vende o soja na Coamo e já
passa para a Credicoamo,
tudo no mesmo horário.”
Gregio ressalta que
o cooperativismo é uma segurança
para o homem do
campo. “Sem as cooperativas
Coamo e Credicoamo
não seríamos os agricultores
que somos. Não somos um
número. Sendo grande ou
pequeno, temos os mesmos
direitos e deveres. Nosso
compromisso é plantar, porque
do restante a Coamo
cuida para a gente.”
Sem riscos
Natural de Pitanga (Centro
do Paraná), Carlos Lucachevicz,
acompanhou
uma fase importante da evolução
da agricultura em seu município.
Em um resgate dos últimos 50
anos, ele lembra que antes tudo
era mato e feito manualmente.
Nada que se compare a realidade
atual, onde as tecnologias se
tornaram aliadas do homem do
campo. Porém, apesar de toda
essa evolução o associado sabe
que não se pode descuidar e trabalhar
desprevenido, por isso, a
Família Lucachevicz, de Pitanga (PR)
Carlos Lucachevicz destaca importância do seguro e da Via Sollus para os associdos
Via Sollus corretora de seguros é
outra parceria de Carlos. “Qualquer
um que trabalha está sujeito
à acidentes”.
A Via Sollus é a corretora
de seguros dos associados da
Coamo que oferece além dos
seguros tradicionais de casa ou
carro, outras modalidades para o
meio rural. “Sempre que precisei
da Via Sollus fui bem atendido.
Tenho todo meu maquinário segurado,
barracão, casa, carro e
o da lavoura. Eu adotei o seguro
como um custo fixo, conforme o
Dr. Aroldo recomenda. Ninguém
está livre de nada. Então, para
que correr riscos?!”
O associado encara o seguro
como um dinheiro bem gasto.
“Fazemos para não usar, pois
sabemos que o importante é não
contar com a sorte. Não quero
correr o risco de me endividar lá
na frente, por não ter me prevenido.
O barato pode sair caro.”
Dezembro/2019 REVISTA 53
#ConteConosco
DESEMPENHO
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JACTO.
SERVINDO
A QUEM FAZ
O FUTURO.
Trabalhar a terra, transformar a semente em alimento,
fibras e energia. Produzir cada vez mais e melhor. Cuidar
dos recursos para produzir hoje e no futuro. Esses são
os desafios de quem vive no campo, homens e mulheres,
que com força e determinação são protagonistas da
sua história e da história da agricultura.
Conte conosco, hoje e sempre.
jacto.com
54 REVISTA
Dezembro/2019
TEMPO DE CASA
Do total de homenageados neste ano, 43 entraram para o clube dos 30 e 40 anos de serviço na cooperativa
Mais de 400 funcionários homenageados
Um total de 416 funcionários foram homenageados
em 2019 pela diretoria da Coamo.
Eles completaram 10, 20, 30 e 40 anos de
trabalho na cooperativa e receberam o reconhecimento
da diretoria com a entrega de placas alusivas,
em eventos realizados em dez regionais no Programa
Tempo de Casa. As homenagens aos funcionários
da Coamo, Credicoamo, Fups, Via Sollus e Arcam
ocorreram em toda a área da Coamo no Paraná,
Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Do total de
homenageados neste ano, 43 entraram para o clube
dos 30 e 40 anos de serviço na cooperativa.
De acordo com Antonio César Marini, gerente
de Recursos Humanos da Coamo, os funcionários
recebem com alegria e felicidade a homenagem da
diretoria. “É uma marca expressiva que merece este
reconhecimento. Por isso, idealizamos e colocamos
em prática o programa Tempo de Casa, que tem a
função de coroar um período importante de trabalho
dos funcionários na cooperativa.”
Dos mais de oito mil funcionários da Coamo,
cerca de 40% deles estão há mais de 10 anos na
cooperativa. “Ficamos felizes em prestar esta homenagem
e neste ano são seis funcionários que completam
40 anos junto conosco. Eles merecem esta
honraria, pois ajudaram e ajudam a desenvolver a
Coamo”, comemora o engenheiro agrônomo José
Aroldo Gallassini, presidente da Coamo.
O gerente de Tecnologia da Informação, Ail-
ton de Almeida Queiróz é um dos seis homenageados
com 40 anos de trabalho na Coamo. Segundo
ele, cada funcionário nas suas funções tem a resposta
para explicar o sucesso da Coamo. “De cada
pessoa, veio o valor, a transparência e a solidez que
lapidaram a grande marca Coamo, cujo maior valor
é a confiança. Cada um de nós leva o sobrenome
Coamo, por isso, também compartilhamos desses
valores e contribuímos para essa marca ser confiável”,
afirma Queiróz.
“É uma homenagem justa e merecida, pois
há 10, 20, 30 e 40 anos eles escolheram a Coamo
para trabalhar e a Coamo escolheu eles. Na Coamo
só cria raízes quem trabalha e quer trabalhar, caso
contrário não permanece”, enaltece o engenheiro
agrônomo Ricardo Accioly Calderari, diretor-secretário
da Coamo, que esteve presente nas regionais
de entrega das honrarias aos homenageados.
Em 2019, seis funcionários completaram 40 anos de trabalho na Coamo
Dezembro/2019 REVISTA 55
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PROMOÇÃO SOCIAL
Cursos Sociais
Promovidos pela Coamo em parceria com o Serviço Social de Aprendizagem
do Cooperativismo (Sescoop), os Cursos Sociais oferecem oportunidades
para que cooperadas, esposas e filhas possam se reunir e aprender
mais sobre culinária, artesanato, dentre outras atividades. Confira nas
imagens abaixo alguns dos cursos realizados recentemente pela Coamo.
Culinária a base de mandioca, em Cândido de Abreu (Centro-Norte do Paraná)
Curso de biscuit, em Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná)
Curso de biquinho em crochê, em Ivaiporã (Centro-Norte do Paraná)
Cozinhando na panela de pressão, em Iretama (Centro-Norte do Paraná)
Cozinhando na panela de pressão, em Nova Tebas (Centro do Paraná)
Boles em potes, em Pitanga (Centro do Paraná)
Culinária oriental, em Rancho Alegre do Oeste (Centro-Oeste do Paraná)
Lanches de pizza, em Xanxerê (Oeste de Santa Catarina)
Dezembro/2019 REVISTA 57
Para mais receitas acesse:
www.facebook.com/alimentoscoamo
www.alimentoscoamo.com.br
Bolo Preto e Branco
Ingredientes
10 porções
Massa
- 1 ½ xícara (chá) de leite
- 1 xícara (chá) de Óleo de Soja Coamo
- 3 ovos
- 1 xícara (chá) de chocolate em pó
- 1 ½ xícara (chá) de açúcar
- 2 ½ xícaras (chá) de Farinha de Trigo Coamo
- 1 colher (sopa) de fermento em pó
- Margarina Coamo para untar
Recheio e cobertura de leite em pó
- 2 xícaras (chá) de leite em pó
- 1 lata de leite condensado
- 2 colheres (sopa) de Margarina Extra Cremosa 60%
Decorar
- 1 xícara (chá) de chocolate ao leite derretido
- Cerejas em calda para decorar
Recheio de chocolate
- 2 xícaras (chá) de chocolate ao leite picado
- ½ caixa de creme de leite (100 g)
- 2 claras em neve
Modo de preparo
Massa - Bata no liquidificador o leite, o óleo, os ovos, o chocolate e o açúcar.
Transfira para uma tigela e junte a farinha e o fermento. Despeje em uma
forma redonda média, untada e enfarinhada. Leve ao forno moderado,
preaquecido, e asse por 30 minutos. Depois de frio, corte o bolo em 3 camadas
e reserve.
Recheio de Chocolate - Derreta o chocolate em banho-maria, ou no microondas,
e misture delicadamente o creme de leite e as claras em neve. Leve à
geladeira por 30 minutos.
Recheio e Cobertura de Leite em Pó - Leve todos os ingredientes ao fogo
médio, mexendo até engrossar levemente. Desligue e deixe esfriar.
Montagem - Sobre uma camada de bolo, espalhe o recheio de chocolate
reservado. Coloque mais uma parte do bolo e espalhe apenas a metade do
recheio de leite em pó. Finalize com a última parte do bolo e o topo e lateral
com o restante do recheio de leite em pó. Coloque o chocolate derretido em um
saquinho plástico ou de confeitar e faça fios sobre o bolo. Decore com cerejas
e leve à geladeira por no mínimo 1 hora.
58 REVISTA
Dezembro/2019
Margarinas
Coamo. Agora
com vitaminas,
Ômega 3 e novas
embalagens!
O que já era bom ficou ainda melhor! As Margarinas Coamo estão de cara
nova e ainda mais saudáveis, mas mantiveram o mesmo sabor e cremosidade
que conquistaram o Brasil! Experimente! É produto de cooperativa! É pra você!
www.alimentoscoamo.com.br
/alimentoscoamo
O extenso levantamento do ambiente agro feito pela Revista
Globo Rural para seu tradicional anuário leva em consideração não
só a estrutura da empresa, mas também a qualidade do que
oferece e suas atuações em responsabilidade social e ambiental.
Isso engrandece ainda mais a conquista da Coamo, que promove
um trabalho integrado e eeciente, de grande proossionalismo,
orientado pela ética, transparência e atenção às pessoas.
www.coamo.com.br