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FIM DE ANO Tradicional evento reúne o setor florestal em Santa Catarina para negócios e confraternização<br />
SAFETY AND<br />
PRODUCTIVITY<br />
MECHANIZATION OF THE HARVESTING<br />
SYSTEM ENSURES MORE ACCURATE<br />
RESULTS IN LESS TIME<br />
SEGURANÇA E<br />
PRODUTIVIDADE<br />
MECANIZAÇÃO NO SISTEMA<br />
DE COLHEITA GARANTE<br />
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DEZEMBRO <strong>2019</strong><br />
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MECANIZAÇÃO<br />
COM MAIS<br />
SEGURANÇA E<br />
AGILIDADE<br />
10 Editorial<br />
12 Cartas<br />
14 Bastidores<br />
16 Coluna Ivan Tomaselli<br />
18 Notas<br />
32 Frases<br />
34 Entrevista<br />
40 Principal<br />
46 Especial<br />
54 Mercado<br />
58 Economia<br />
62 Espécie<br />
66 Pesquisa<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
54<br />
58<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
09 Agroceres<br />
11 BKT<br />
13 Carrocerias Bachiega<br />
76 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
25 DRV Ferramentas<br />
04 Emex<br />
27 Engeforest<br />
21 Envimat<br />
06 Grupo AIZ<br />
39 Komatsu Forest<br />
15 Liebherr Brasil<br />
53 Lion Equipamentos<br />
73 Master Brasil<br />
19 Minusa Forest<br />
63 Mill Indústrias<br />
65 Mill Indústrias<br />
23 Raptor <strong>Florestal</strong><br />
31 Rotary-Ax<br />
61 Rotor Equipamentos<br />
17 Sergomel<br />
70 Show <strong>Florestal</strong><br />
75 TMO<br />
29 Vantec<br />
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das infestações: na tecnologia embarcada, no capital humano e na<br />
expertise gerencial das operações de controle.
EDITORIAL<br />
Adeus <strong>2019</strong>!<br />
Mais um ano se encerra e para fechar o desafiante <strong>2019</strong> para o<br />
cenário brasileiro, bem como, comemorar os resultados e já se inspirar<br />
em novas ideias para o setor florestal, profissionais e empresários<br />
da área confraternizaram durante a 13 a Codornada <strong>Florestal</strong>.<br />
A cobertura completa, do evento que virou tradição e está repleto<br />
de novidades, está nesta edição da REFERÊNCIA FLORESTAL. Outro<br />
destaque é o processo de mecanização entre empresas de pequeno<br />
e médio porte que deram um salto de produtividade e na redução<br />
de acidentes após o investimento em máquinas especializadas. A<br />
edição da REFERÊNCIA FLORESTAL ainda traz uma entrevista internacional<br />
com Matthew Hansen, professor da Universidade americana<br />
de Maryland, falando sobre algoritmos usados para o sistema<br />
de monitoramento de florestas. Além de uma ótima leitura, toda<br />
a equipe da REFERÊNCIA FLORESTAL deseja boas festas e um Ano<br />
Novo repleto de realizações e sucesso!<br />
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Mecanização traz retorno<br />
financeiro e aumenta<br />
segurança no sistema de<br />
colheita<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXI • N°<strong>214</strong> • Dezembro <strong>2019</strong><br />
FIM DE ANO Tradicional evento reúne o setor florestal em Santa Catarina para negócios e confraternização<br />
SAFETY AND<br />
PRODUCTIVITY<br />
MECHANIZATION OF THE HARVESTING<br />
SYSTEM ENSURES MORE ACCURATE<br />
RESULTS IN LESS TIME<br />
SEGURANÇA E<br />
PRODUTIVIDADE<br />
MECANIZAÇÃO NO SISTEMA<br />
DE COLHEITA GARANTE<br />
RESULTADOS MAIS PRECISOS<br />
EM MENOR TEMPO<br />
GOODBYE <strong>2019</strong>!<br />
Another year ends. To end the very challenging <strong>2019</strong> for the<br />
Brazilian scene, as well as to celebrate the results and be inspired<br />
by new ideas for the Forest Sector, professionals and entrepreneurs<br />
in the area fraternized during the 13th Codornada <strong>Florestal</strong>. Complete<br />
coverage of the event that has become tradition and is full<br />
of news is in this issue of REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong>. Another highlight<br />
is the mechanization process for small and medium-sized companies<br />
that have made a leap in productivity and accident reduction<br />
after investing in specialized machines. This issue of REFERÊNCIA<br />
<strong>Florestal</strong> has an international side with an interview with American<br />
Matthew Hansen, Professor at the University of Maryland, talking<br />
about algorithms used in forest monitoring systems. In addition to<br />
pleasant reading, the entire REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> team wishes you<br />
happy holidays and a new year full of achievements and success!<br />
Entrevista com<br />
Matthew Hansen<br />
Setor em festa na Codornada<br />
<strong>Florestal</strong> <strong>2019</strong><br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXI - EDIÇÃO <strong>214</strong> - DEZEMBRO <strong>2019</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Ivan Tomaselli<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Fabiano Mendes<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Gabriel Santos Ferreira<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Cartunista / Cartunist<br />
Francis Ortolan<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Supervisão - Cassiele Ferreira<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
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MANEJO Etnias indígenas de Mato Grosso lutam para conseguir tirar da floresta o seu próprio sustento<br />
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tecnológicas, que são vistas e entendidas<br />
pelo mercado como ferramentas modernas<br />
que propiciam o nascimento de novas<br />
técnicas operacionais mais rentáveis,<br />
econômicas e adequadas às exigências<br />
brasileiras. Para que seja possível fazer<br />
isso, temos que estar sempre atentos e<br />
entender cada parte que compõem uma<br />
operação, um departamento, uma diretoria,<br />
uma empresa, um mercado, enfim, ter<br />
uma visão de como funciona o conjunto<br />
das peças e como que elas se interagem.<br />
Assim, é possível entender onde se pode<br />
inovar e propor as tecnologias que irão<br />
gerar grandes impactos positivos, uma vez<br />
que o mercado atual presente não fornece<br />
e desconhece completamente. Fazer isso<br />
não é uma tarefa fácil! Por isso que, para<br />
nós, a Rrevista REFERÊNCIA FLORESTAl<br />
é uma grande aliada, porque nos ajuda a<br />
trazer informações de excelente qualidade e<br />
confiáveis. Sabemos que sempre poderemos<br />
contar com ela e toda sua equipe! Meus<br />
sinceros parabéns a todos da REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL pelo ótimo trabalho!<br />
E-mails, críticas e<br />
sugestões podem ser<br />
enviados para redação<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />
respeito de reportagem produzida<br />
pelo veículo.<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
referenciamadeira<br />
Por Elson Ramos Junior -<br />
São Paulo (SP)<br />
Gosto muito da Revista<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL, assino<br />
ela desde 2007. É bom que<br />
hoje com a falta de tempo, levo<br />
ela comigo onde vou e sempre<br />
que sobra um tempinho consigo<br />
ler. Os artigos são bem feitos e<br />
a diagramação também, assim<br />
fica fácil de ler e compreender<br />
todos os assuntos.<br />
MAQUINÁRIO<br />
Por José Almeida -<br />
Campo Largo (PR)<br />
Sou muito fã da Revista<br />
REFERÊNCIA. Adoro saber<br />
mais sobre o ramo em que<br />
atuo e sempre conheço<br />
novos maquinários. Essa<br />
Revista faz a diferença no<br />
nosso trabalho.<br />
PRESERVAÇÃO<br />
Por Julio César -<br />
Ribeirão Pires (SP)<br />
Gostei muito da entrevista<br />
com o Diretor Valdir Collato,<br />
mais uma vez ele nos deu<br />
uma aula sobre a luta pela<br />
preservação da floresta nativa,<br />
obrigado!<br />
Foto: REFERÊNCIA Foto: Fabiano Mendes Foto: divulgação<br />
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Charge<br />
Foto: Fabiano Mendes<br />
Charge: Francis Ortolan<br />
Revista<br />
VIAGEM<br />
A EQUIPE DA REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL VIAJOU ATÉ SANTA CATARINA PARA CONHECER O PROCESSO DE<br />
MECANIZAÇÃO DE EMPRESAS LOCALIZADAS NAS CIDADES DE CALMON E MAFRA. A EQUIPE JORNALÍSTICA CONVERSOU<br />
COM EMPRESAS QUE MODERNIZARAM SEUS PROCESSOS DE COLHEITA E, COM ISSO, CONSEGUIRAM AMBIENTES DE<br />
TRABALHO MAIS SEGUROS E PRODUTIVOS.<br />
Equipe da REFERÊNCIA FLORESTAL é<br />
recebida em Calmon (SC) pelos funcionários<br />
da Agro <strong>Florestal</strong> Aliança (AFA) para a<br />
produção da reportagem especial de capa.<br />
Em Mafra (SC), Ritzmann Empreendimentos Agro<br />
Florestais mostrou à equipe da REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
o seu processo de colheita a partir da mecanização,<br />
para a produção da matéria de capa desta edição.<br />
Foto: Fabiano Mendes<br />
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COLUNA<br />
A OIMT E AS DISCUSSÕES SOBRE<br />
O MERCADO DE MADEIRAS<br />
TROPICAIS<br />
Desinteresse do Brasil na pauta da entidade<br />
é motivo de alerta<br />
Ivan Tomaselli<br />
Diretor-presidente da Stcp<br />
Engenharia de Projetos Ltda<br />
Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Por diversas<br />
razões o<br />
mercado de<br />
madeiras<br />
tropicais vem<br />
declinando,<br />
e no caso do<br />
Brasil de forma<br />
acentuada<br />
N<br />
a primeira semana de dezembro<br />
ocorreu a 55ª, sessão do Conselho<br />
Internacional de Madeiras<br />
Tropicais no Togo, sob o qual<br />
opera a Oimt (Organização Internacional<br />
de Madeiras Tropicais). Esta Organização,<br />
criada nos anos 1980, tem como objetivo<br />
principal “promover o comércio de madeiras<br />
tropicais de fontes sustentáveis”, e o Brasil é<br />
membro. Nos últimos anos as prioridades da<br />
Oimt foram gradualmente mudando, com maior<br />
foco em temas de conservação, biodiversidade<br />
e mais recentemente em mudança climática.<br />
Por diversas razões o mercado de madeiras<br />
tropicais vem declinando, e no caso do Brasil de<br />
forma acentuada. A conjugação de diferentes<br />
fatores tem levado o Brasil a perder interesse<br />
na Oimt, e o país sequer enviou delegação para<br />
a reunião do Togo. Não está claro a posição do<br />
governo brasileiro em relação a Oimt, e o principal<br />
interessado em discutir o assunto, o setor<br />
privado, não tem sido consultado.<br />
Por problemas de gestão a Oimt passou por<br />
um período crítico, e ainda não se recuperou.<br />
Os recursos aportados por países consumidores<br />
para implementação de projetos diminuíram<br />
sensivelmente, e muitos países membros reduziram<br />
o interesse na organização.<br />
Para o setor privado o assunto mais importante<br />
desta última reunião foi o “Market Discussion”,<br />
organizado pelo TAG-Trade Advisory<br />
Group, e que teve representante do setor privado<br />
brasileiro (Cipem).<br />
A Declaração do TAG traz elementos importantes<br />
sobre a evolução recente do comércio<br />
internacional de madeiras tropicais, como o<br />
impacto da guerra comercial EUA (Estados Unidos<br />
da América)-China. Este conflito reduziu as<br />
exportações de produtos de madeiras tropicais<br />
da China para os EUA, tendo a China reduzido<br />
as importações de madeiras tropicais. Como<br />
alternativa a China buscou mercado na Europa<br />
e no primeiro semestre de <strong>2019</strong> as exportações<br />
chinesas de painéis compensados tropical para<br />
aquele mercado cresceram 39%. Perderam mercado<br />
tradicionais exportadores destes produtos,<br />
a Malásia, por exemplo, teve uma redução de<br />
32%.<br />
A Declaração do TAG, no entanto, mostra<br />
que o problema no mercado internacional de<br />
produtos de madeira tropical tem diversas outras<br />
facetas, muito mais profundas que a guerra<br />
comercial entre a China e os EUA (Estados Unidos<br />
da América). Um relatório da Oimt/Flegt<br />
de maio de <strong>2019</strong> sobre políticas de compras<br />
públicas nos países da Europa aponta que para<br />
madeira e produtos de madeira (HS Code 44) as<br />
importações de países parceiros reduziram 52%<br />
nos últimos 12 anos.<br />
A Oimt está, neste momento, realizando um<br />
estudo global para identificar “incentivos e desincentivos<br />
para cadeias de valor de crescimento<br />
verde para florestas tropicais”. Na América do<br />
Sul serão analisados dois casos: Brasil e Peru. A<br />
expectativa é identificar opções de incentivos<br />
para que os países criem políticas que possam<br />
promover um desenvolvimento sustentado e<br />
competitivo da indústria de madeiras tropicais.<br />
A pauta de discussão na Oimt também tem sido<br />
mais direcionada para a promoção de plantações<br />
florestais tropicais, como fonte de matéria<br />
prima industrial e mitigação da mudança climática.<br />
Estas mudanças abrem novas perspectivas<br />
no âmbito da Oimt. São assuntos de interesse<br />
do setor privado, e especialmente importantes<br />
no caso do Brasil que precisa desenvolver políticas<br />
e uma estratégia para recuperar a indústria<br />
de madeiras tropicais brasileira, e promover o<br />
desenvolvimento social e econômico sustentado<br />
da Amazônia.<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Desmate ilegal<br />
Um total de 85% dos desmates ocorridos no Mato<br />
Grosso foram feitos de forma ilegal, de acordo com um mapeamento<br />
feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa<br />
Espacial). Para o instituto, a combinação de desmatamento<br />
ilegal e impunidade segue sendo o principal motor da<br />
devastação no Estado, onde, ao todo, foram derrubados<br />
1.685 km² (quilômetros quadrados) de florestas. Segundo<br />
o relatório, o resultado sinaliza que o ritmo de destruição<br />
da floresta no estado ‘continua alarmante’. Com a maior<br />
taxa de desmatamento dos últimos onze anos, em <strong>2019</strong><br />
houve mais que o dobro da área desmatada em 2012,<br />
que foi de 757 km². Isso também significa que é o quinto<br />
ano consecutivo que o Estado mantêm taxas superiores a<br />
1.480 km²/ano, se distanciando das metas de redução do<br />
desmatamento assumidas em 2015, durante a Conferência<br />
do Clima em Paris. A situação é potencializada pelas falhas<br />
na fiscalização, que não consegue conter o desmatamento<br />
ilegal nem mesmo em áreas já incluídas no CAR (Cadastro<br />
Ambiental Rural). Perto de 85 % dos desmatamentos entre<br />
2018 e <strong>2019</strong> em Mato Grosso foram ilegais.<br />
Foto: arquivo<br />
Mais árvores<br />
no Araguaia<br />
Criada em 2011, a Black Jaguar<br />
Foundation é uma fundação criada pelo<br />
empresário holandês Ben Valks que tem<br />
o objetivo de plantar milhares de árvores<br />
nativas do Cerrado e da Amazônia<br />
ao longo de 1 milhão de hectares na bacia<br />
do rio Araguaia. Totalmente dependente<br />
de doações, o projeto já plantou<br />
mais de 50 mil árvores. Mais informações<br />
https://www.black-jaguar.org/<br />
Imagem: reprodução<br />
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NOTAS<br />
Guia de manejo<br />
florestal<br />
Está disponível na internet o guia sobre Planejamento<br />
Participativo, Execução Colaborativa e Gestão Comunitária<br />
em Unidades de Conservação de Uso Sustentável<br />
na Amazônia no site do Icmbio (Instituto Chico Mendes<br />
de Conservação da Biodiversidade). O material foi oficialmente<br />
apresentado no Iufro (Congresso Mundial da<br />
União Internacional de Organizações de Pesquisa <strong>Florestal</strong>),<br />
realizado em Curitiba (PR). O conteúdo do guia explica<br />
com detalhes os passos para o licenciamento do Manejo<br />
<strong>Florestal</strong> Comunitário em Unidades de Conservação<br />
Federal de Uso Sustentável, com indicação de métodos<br />
e procedimentos para facilitar o diálogo e a organização<br />
socioprodutiva nesses territórios comunitários.<br />
Paraíba tem 45% da extensão<br />
territorial de vegetação natural<br />
O IFN (Inventário <strong>Florestal</strong>), realizado pelo<br />
SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), identificou<br />
que 45% da extensão territorial da Paraíba é<br />
coberta por vegetação natural, predominantemente<br />
do Bioma Caatinga. Dos 223 municípios,<br />
31% (69 deles) apresentam mais de 50% do<br />
território coberto de vegetação natural. Foi<br />
constatado ainda que a espécie endêmica<br />
Guarda-Orvalho (Erythroxylum pauferrense),<br />
que só ocorre em brejos de altitude do Estado,<br />
está ameaçada de extinção por ser rara na<br />
natureza e por ocorrer em ambientes sujeitos a<br />
degradação. O levantamento ocorreu em todo<br />
o Estado, em uma área de 56 mil km² e 223<br />
municípios. Na Paraíba, o IFN foi realizado por<br />
meio de um trabalho conjunto entre o Serviço<br />
<strong>Florestal</strong> Brasileiro, as Secretaria da Infraestrutura,<br />
dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente do Estado (Seirhma) e do Herbário Lauro Pires Xavier da Universidade Federal<br />
da Paraíba, por intermédio do Projeto de Apoio ao IFN, com recursos do GEF (Global Environment Facility), administrados pela<br />
FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). A coleta de dados em campo aconteceu em 151<br />
unidades amostrais, distribuídas a cada 20 Km, sobre todo o território estadual, no período de maio de 2016 a março de 2017,<br />
e foi realizada pela empresa Nordeste Reflore. Essas informações se dividem em três componentes: análise da cobertura de vegetação,<br />
coleta de dados biofísicos e levantamento socioambiental. O IFN, realizado pelo Governo Federal, faz o levantamento<br />
de dados diretamente nas florestas naturais e plantadas, onde são realizadas coletas de amostras botânicas, amostras de solo,<br />
medição de árvores, além de entrevistas com moradores das proximidades, com o objetivo de identificar as realidades locais.<br />
Foto: divulgação<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
www.envimat.com.br
NOTAS<br />
Incêndios florestais deixa<br />
o mar escuro<br />
A água do mar da Austrália ficou escura<br />
com toda sujeira proveniente dos imensos<br />
incêndios florestais que atingiram o sul e o<br />
sudeste do país, desde novembro. As nuvens<br />
de fumaça, fuligem e cinzas deixaram<br />
até mesmo as praias de Sydney impróprias<br />
para o banho. Foram registrados mais de<br />
100 incêndios na costa leste da Austrália.<br />
As mudanças climáticas, com temperaturas<br />
mais quentes e úmidas se traduzem<br />
em mais incêndio, são apontadas como os<br />
principais motivos para o desastre que vem<br />
ocorrendo desde fevereiro de <strong>2019</strong>.<br />
Foto: divulgação<br />
Nova diretoria<br />
para 2020-2021<br />
A Ageflor (Associação Gaúcha de Empresas Florestais)<br />
elegeu, no último dia 29 de novembro, no Hotel Ritter, em<br />
Porto Alegre (RS), seus órgãos diretivos para gestão entre 2020<br />
e 2021: diretoria, conselho fiscal, conselho deliberativo e conselho<br />
consultivo. Paulo Cesar Azevedo assume a presidência da<br />
Ageflor em sucessão ao mandato de Diogo Leuck que se encerra neste ano de <strong>2019</strong>. Antes, os associados tiveram<br />
oportunidade de ouvir durante reunião-almoço a presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, bem como, o<br />
senador Luis Carlos Heinze. A presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, explanou sobre o projeto de lei do novo<br />
Código Ambiental do Rio Grande do Sul e outras iniciativas que o governo vem realizando no sentido de agilizar<br />
seus processos e de obter maior sinergia entre seus agentes. Engenheira <strong>Florestal</strong> e que acompanhou a aprovação<br />
do Zoneamento Ambiental da Silvicultura, Marjorie é ciente dos anseios do setor para atualização do ZAS<br />
(RS). Este foi outro tema em pauta. Já o senador Luis Carlos Heinze fez questão de estar presente para prestigiar<br />
a última assembleia da Ageflor com Diogo Leuck como presidente, a aclamação de Paulo Cesar Azevedo e pelo<br />
convite especial feito por Ney Azevedo, ex-presidente da Ageflor entre 1974 e 1976 e pai de Paulo Cesar. Heinze<br />
na oportunidade também trouxe relato sobre demandas do agronegócio em Brasília e sua atuação para projetos<br />
que aprimorem a rede de estradas, ferrovias e portos no Rio Grande do Sul. Na foto: ex-presidente da Ageflor,<br />
Diogo Leuck (à esquerda) ao lado do novo presidente Paulo Cesar Nunes Azevedo (Âmbar <strong>Florestal</strong> Ltda.)<br />
Foto: divulgação<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Retração na<br />
indústria do sul<br />
A atividade industrial do sul retraiu 1,1% no trimestre finalizado<br />
em agosto, em comparação ao encerrado em maio,<br />
quando crescera 1,6%, de acordo com dados consolidados e<br />
dessazonalizados da PIM-PF Regional do Ibge, sobressaindo<br />
os recuos em produtos alimentícios, máquinas e equipamentos,<br />
e outros produtos químicos. Houve expansão no<br />
volume produzido em sete das dezoito atividades pesquisadas,<br />
principalmente nas indústrias automotivas e de<br />
petróleo e biocombustíveis. Considerados períodos de doze<br />
meses, a indústria expandiu 5,0% em agosto, na comparação<br />
com igual período anterior, desacelerando em relação<br />
ao registrado em maio (7,1%). Os dados foram divulgados<br />
no Boletim Banco Central.<br />
Senado cria o<br />
MEI caminhoneiro<br />
O Plenário do Senado aprovou nesta<br />
quarta-feira (11) o Projeto de Lei Complementar<br />
147/19, que expandiu a categoria do MEI<br />
(Microempreendedor Individual) aos Caminhoneiros,<br />
reinseriu diversas atividades que haviam<br />
sido excluídas do MEI e também incluiu o<br />
Sebrae, a Comicro (Confederação Nacional das<br />
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte)<br />
e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa<br />
no Cgsn (Comitê Gestor do Simples Nacional).<br />
O projeto aprovado pelo Senado segue para<br />
a Câmara, onde deve ser votado na próxima<br />
semana e, caso seja aprovado, será encaminhado<br />
para a sanção presidencial. Caso sancionada,<br />
a medida deve atingir cerca de 1 milhão<br />
de caminhoneiros, que, formalizados como<br />
MEI, passarão a contar com Cnpj, benefícios<br />
previdenciários, emitir nota fiscal e facilidades<br />
no acesso a crédito. O Projeto, além de criar a<br />
figura do MEI Caminhoneiro, prevê a reinserção<br />
de diversas atividades que haviam sido excluídas do MEI por uma Resolução do Conselho Gestor do Simples Nacional, no<br />
dia 3 de dezembro. Entre essas atividades estavam: astrólogo, cantor ou músico, professor particular, entre outras.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Reflorestamento na<br />
Bacia do Rio Doce<br />
Em caráter compensatório, a Samarco e suas acionistas<br />
Vale e BHP Billiton iniciaram o projeto de recuperação<br />
de 5 mil nascentes e 40 mil ha (hectares) de áreas de<br />
preservação ambiental na bacia do Rio Doce. O projeto<br />
faz parte de um acordo firmado em março de 2016 entre<br />
o governo federal e os de Minas Gerais e do Espírito<br />
Santo. A medida, visa restaurar a mata nativa além da<br />
área que foi degradada após o rompimento da barragem<br />
da mineradora em Mariana (MG). Passados quatros anos<br />
da tragédia, esse trabalho é reforçado por famílias de<br />
trabalhadores rurais. O acordo entre as mineradoras e os<br />
governos também levou à criação da Fundação Renova<br />
para gerir todas as medidas reparatórias e compensatórias<br />
dos danos causados. A entidade firmou com o MST (Movimento<br />
dos Trabalhadores Rurais sem Terra) um convênio<br />
para produzir, este ano, 150 mil mudas. A meta é recuperar<br />
180 ha mas, como o trabalho vem sendo bem avaliado,<br />
já se estuda uma expansão para 340 ha, com a demanda<br />
por mais mudas e a consolidação da parceria, conforme<br />
informações da Agência Brasil.<br />
Foto: divulgação<br />
Confraternização<br />
Foto: divulgação<br />
No último dia 04 de novembro de<br />
<strong>2019</strong>, a Hansa-Flex (empresa do segmento<br />
de mangueiras e conexões hidráulicas), comemorou<br />
20 anos no Brasil. Atualmente,<br />
com a matriz sediada em Blumenau (SC),<br />
a empresa conta com mais de 90 funcionários,<br />
além de possuir 10 unidades no<br />
sul e sudeste do país e outras 3 unidades<br />
móveis para atendimento. Estas unidades<br />
móveis têm como principal objetivo atender<br />
ao cliente in loco com o máximo de<br />
rapidez, para evitar prejuízos com tempo<br />
de máquina parada. Já as oficinas containers<br />
visam atender clientes com demanda<br />
frequente e necessidades especiais. A<br />
Hansa-Flex está muito forte nos segmentos<br />
florestal, construção, offshore, máquinas<br />
equipamentos e implementos. Como diferencial, a empresa tem o atendimento personalizado, com comprometimento na<br />
entrega de materiais e no pós- venda, garantindo, assim, uma melhor e maior satisfação dos clientes.<br />
26 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: divulgação<br />
NOTAS<br />
Sobe a taxa de desmatamento na<br />
Amazônia Legal Brasileira<br />
A taxa de desmatamento da Amazônia Legal Brasileira<br />
teve um aumento de 29,54% com relação ao ano<br />
passado. Os dados foram divulgados pelo Inpe (Instituto<br />
Nacional de Pesquisas Espaciais) e estão relacionados a<br />
um mapeamento em nove estados da Amazônia Legal<br />
Brasileira gerados pelo Prodes (Projeto de Monitoramento<br />
do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite). O<br />
valor estimado é de 9.762 km² (quilômetros quadrados)<br />
em relação a taxa de desmatamento apurada pelo Prodes<br />
2018 que foi de 7.536 km². Esta taxa é fruto dos dados<br />
gerados. O mapeamento utilizou imagens do satélite<br />
Landsat ou similares para registrar e quantificar as áreas<br />
desmatadas maiores que 6,25 ha (hectares). O Prodes<br />
considera como desmatamento a remoção completa da<br />
cobertura florestal primária por corte raso, independentemente<br />
da futura utilização destas áreas.<br />
Maquinários chegam para obras<br />
da Ponte da Integração<br />
O início do mês de dezembro foi marcado<br />
pela chegada de maquinários pesados para a<br />
construção da Ponte da Integração Brasil-Paraguai,<br />
na margem direita do Rio Paraná. O transbordo<br />
por meio rodoviário foi feito pela Ponte<br />
da Amizade e representa o avanço da obra. A<br />
Itaipu financiará a Ponte, pelo lado brasileiro,<br />
com R$ 323 milhões. Outros R$ 140 milhões<br />
serão investidos na Perimetral Leste, que<br />
fará a ligação entre a nova ponte e a BR-277,<br />
desviando o tráfego de caminhões pesados das<br />
avenidas turísticas e centrais de Foz do Iguaçu.<br />
A futura ponte terá 760m (metros) de comprimento<br />
e será do tipo estaiada, com vão-livre de<br />
470m, que é um de seus diferenciais estéticos.<br />
A ligação estaiada com o maior vão livre do<br />
mundo é a que liga o continente russo à ilha<br />
Russky. Ela tem 3.100m de extensão e vão-livre<br />
de 1.104m. Embora menor, a ponte sobre o Rio<br />
Paraná também será impactante e se tornará o<br />
novo cartão postal da fronteira.<br />
Foto: Visualhunt.com<br />
28 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Inauguração<br />
Foto: divulgação<br />
No início de dezembro, a indústria de<br />
processamento de madeiras Greenforest<br />
foi inaugurada no município de Arvoredo,<br />
no oeste de Santa Catarina. Localizada na<br />
estrada Rosalino Nardi, altura do quilômetro<br />
20 da Rodovia SC-283, a madeireira ocupa<br />
uma área territorial de 179 mil m2 (metros<br />
quadrados) sobre a qual foi instalada uma estrutura<br />
industrial de 20 mil m2. A capacidade<br />
de expansão já está projetada para as futuras<br />
instalações de unidade fabril. O investimento<br />
foi de R$ 7 milhões.<br />
SETOR MOVELEIRO<br />
ALTA<br />
As exportações do setor moveleiro somaram US$<br />
458,5 milhões no acumulado do ano em <strong>2019</strong>, resultado<br />
que representa alta de 1,1% em comparação com<br />
o mesmo período de 2018. Os dados são da Abimóvel<br />
(Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário).<br />
Desse total, destacam-se as exportações de móveis<br />
para os EUA (Estados Unidos da América), com participação<br />
de 34,1% dos valores exportados e aumento<br />
de 8,2% em relação a 2018. Em 2º lugar no ranking<br />
aparece o Reino Unido com 10,6% de participação, com<br />
queda de 3,7% em termos de valores exportados frente<br />
ao registrado nos nove meses de 2018, e o Uruguai,<br />
em 3º lugar, com 7,5% do total exportado e com alta de<br />
4,4% em comparação com mesmo período de 2018.<br />
DEZEMBRO <strong>2019</strong><br />
DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA<br />
Os estados do Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia<br />
lideram as taxas de desmatamento por corte raso<br />
na Amazônia. De acordo com dados do Inpe (Instituto<br />
Nacional de Pesquisas Espaciais), as três localizações<br />
apresentam 84,13% de todo desmatamento observado<br />
em uma área de 9.762 km² (quilômetros quadrados)<br />
mapeada no período de agosto de 2018 a julho de<br />
<strong>2019</strong>.<br />
BAIXA<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
FRASES<br />
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil<br />
O governo federal não vai ser o<br />
tutelador de conflitos, de situações<br />
neste sentido. Por isso que há<br />
necessidade, de quando apresentar<br />
o registro, de ter a anuência dos<br />
seus confrontantes<br />
Nabhan Garcia, secretário de Assuntos<br />
Fundiários do Ministério da Agricultura, sobre<br />
a MP (Medida Provisória) que prevê regras<br />
para a regularização fundiária<br />
“Em um cenário futuro desafiador, as<br />
florestas estão ganhando um novo status.<br />
Da garantia de suprimento de matériaprima<br />
para todos os usos da madeira<br />
– atuais e potenciais – a uma nova<br />
economia de baixo carbono, a solução<br />
passa pelas florestas plantadas. Para isso,<br />
precisamos trabalhar na ampliação de<br />
mecanismos que incentivem o consumo<br />
de produtos florestais”<br />
“A Frente Parlamentar Mista em<br />
Defesa da Indústria do Mobiliário,<br />
representa um avanço muito<br />
importante para a cadeia produtiva<br />
de madeira e móveis onde teremos,<br />
de forma permanente, parlamentares<br />
defendendo e atuando nas causas<br />
do setor. A frente é um instrumento<br />
de representatividade política<br />
para tratar de assuntos da cadeia<br />
produtiva em âmbito nacional”<br />
Maristela Cusin Longhi, presidente da Abimóvel,<br />
(Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário),<br />
durante lançamento da Frente Parlamentar<br />
Wilson Andrade, diretor executivo da Abaf, durante a Fenagro<br />
“Nós não somos vilões de nada. Ao contrário. Basta olhar um<br />
país que tem 80% da Amazônia preservada, 60% da mata nativa<br />
brasileira preservada. O código florestal é a norma ambiental<br />
mais restritiva do mundo. O vilão são os outros que acabaram<br />
com as suas florestas, poluíram por mais de 100 anos a atmosfera<br />
com gases do efeito estufa com combustíveis fósseis. Portanto, se<br />
há alguém que é vilão de nada, esse alguém é o Brasil”<br />
Disse o ministro do Meio<br />
Ambiente, Ricardo Salles,<br />
durante COP 25, cúpula do<br />
clima da ONU (Organização<br />
das Nações Unidas).<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br
Viramos a página de mais um<br />
ano e com ela a certeza de<br />
que levamos as principais<br />
notícias do setor<br />
Feliz 2020
ENTREVISTA<br />
Monitoramento<br />
das florestas com<br />
O USO DE<br />
ALGORITMOS<br />
Forest monitoring with<br />
the use of algorithms<br />
M<br />
onitorar o estado das florestas do mundo<br />
é uma tarefa monumental com desafios na<br />
coleta, interpretação e exibição de dados. O<br />
GFC (Global Forest Change), um projeto desenvolvido<br />
pelo professor Matthew Hansen, do Departamento<br />
de Geografia da Universidade de Maryland, aborda essa questão<br />
usando algoritmos para distinguir a cobertura florestal e a<br />
mudança nas imagens de satélite. A partir desses dados, o GFC<br />
é capaz de exibir tendências na perda e ganho de cobertura<br />
florestal ao longo do tempo.<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
Matthew<br />
Hansen<br />
M<br />
onitoring the state of the world’s forests<br />
is a monumental task with challenges in<br />
data collection, interpretation, and display.<br />
The Global Forest Change (GFC), a project<br />
developed by Professor Matthew Hansen of the University of<br />
Maryland´s Geography Department, tackles this issue by using<br />
algorithms to distinguish forest cover and change in satellite<br />
imagery. From this data, GFC is able to display trends in forest<br />
cover loss and gain over time.<br />
LOCAL DE NASCIMENTO<br />
EUA (Estados Unidos da América)<br />
The United States<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Professor do Departamento de Geografia da<br />
Universidade de Maryland<br />
Professor in the Geography Department of the<br />
University of Maryland<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
Graduado em Engenharia Elétrica e PHD em Geografia<br />
BSc. Electrical Engineering and PhD. in Geography<br />
34 www.referenciaflorestal.com.br
Em geral, a América Latina<br />
tem capacidade, enquanto<br />
sociedade civil, para<br />
combater o desmatamento.<br />
Acho que eles têm uma<br />
abordagem mais multilateral<br />
>> O GFC exibe um mapa mundial com dados sobre cobertura<br />
florestal, perda e ganho em diferentes anos. Qual<br />
foi o processo na criação do GFC?<br />
Bem, é necessário ter imagens realmente boas, então tivemos<br />
uma série de satélites da Nasa e Usgs (US Geological<br />
Survey) chamada Landsat, que é muito bem projetada e<br />
fornece imagens de séries temporais da Terra. Somos muito<br />
bons em processar esses dados, extraindo informações<br />
temáticas, como árvores, onde elas estão sendo perdidas e<br />
onde estão aumentando. Quanto ao tipo de experiência, é<br />
necessário ser geógrafo, tem que saber algo sobre ciência<br />
ambiental, tem que ser capaz de interpretar imagens, processar<br />
imagens, fazer alguma programação, ser bom em<br />
matemática e estatística, então é um conjunto muito interdisciplinar<br />
de habilidades. Mas, no final, o satélite está<br />
tirando a foto de maneira muito semelhante a como nossos<br />
olhos olham para o mundo. Conhecemos uma floresta<br />
porque vemos um certo padrão e esse processo é muito<br />
semelhante para o satélite.<br />
>> Quais são as distinções ou contribuições importantes<br />
que o GFC é capaz de fornecer?<br />
O GFC é o primeiro sistema de monitoramento de florestas<br />
em resolução de 30m (metros). Nós dividimos o mundo<br />
em áreas de 30 m2 (metros quadrados), então fica em uma<br />
escala na qual os humanos agem nas paisagens. Então,<br />
quando fazem os cortes, nós vemos isso claramente, esse<br />
é o primeiro diferencial. O GFC é o primeiro registro global<br />
de mudanças na terra nessa resolução espacial, agora por<br />
catorze anos. Vamos processá-lo todos os anos e vamos<br />
desenvolver tendências sobre como as coisas estão progredindo.<br />
Veremos se as taxas de desmatamento estão<br />
subindo ou se os padrões de reflorestamento estão mudando.<br />
Existem tantas histórias incríveis em florestas em<br />
todo o mundo e essa resolução neste produto nos ajuda a<br />
rastrear e quantificar essas histórias.<br />
The Global Forest Change (GFC) displays a world map<br />
with data on forest cover, loss, and gain over different<br />
years. What was the process in creating GFC?<br />
Well, you have to have really good imagery, so we<br />
had a Nasa and Usgs (US Geological Survey) satellite<br />
series called Landsat that is really well-engineered and<br />
provides time-series images of the Earth. We’re really<br />
good at processing that data, extracting thematic information<br />
like where trees are, where they aren’t, where<br />
they’ve lost, and where they’re gained. The kind of<br />
expertise that you need, you need to be a geographer,<br />
have to know something about environmental science,<br />
have to be able to interpret images, process images, do<br />
some programming, be good at math and statistics, so<br />
it’s a very interdisciplinary skillset. But in the end, the<br />
satellite is taking the picture very similar to the way our<br />
eyes look at the world. We know a forest because we<br />
see a certain pattern, and that process is very similar for<br />
the satellite.<br />
What are important distinctions or contributions that<br />
GFC is able to provide?<br />
It’s the first [forest monitoring system] in 30-meter resolution.<br />
We divide the world up into 30-meter squares,<br />
so you’re at a scale at which humans act on landscapes.<br />
So when they clear cut, we see it very clearly, so that’s<br />
the first thing. It’s the first global land change record at<br />
that spatial resolution, now for fourteen years. We will<br />
process it every year moving forward, and we will develop<br />
trends on which way things are progressing. We’ll<br />
see if deforestation rates are going up or if regrowth<br />
patterns are changing. There are so many different<br />
amazing stories in forests globally, and this resolution in<br />
this product helps us track and quantify those stories.<br />
There has been some criticism that GFC classifies any<br />
vegetative growth higher than five meters as a tree<br />
and therefore counts plantation trees as forests. How<br />
do you plan on differentiating between vegetation<br />
higher than 5 meters such as plantation forestry and<br />
natural forests?<br />
Plantations will be identified soon. It’s kind of intuitive.<br />
If you have trees systematically coming and going in a<br />
landscape, we can draw a line around that and call that<br />
a plantation. That’s not going to be a problem. The real<br />
problem is that we need to get a long enough record.<br />
We’ll have a place like Sweden that might have slower<br />
regrowth than places like Indonesia. We need a longer<br />
record to get net change. We will get the net change dynamic.<br />
We will identify the landscapes where trees are<br />
a crop and reforestation, and afforestation differences<br />
will come out. Even on a spatial scale, if you look at our<br />
website, and you look at the RGB where the trees are<br />
green, loss is red, gain is blue, and pink is both loss and<br />
gain, you see the plantation landscapes. They are really<br />
obvious. Southeast US, it’s really pink. It’s all green, red<br />
Dezembro <strong>2019</strong><br />
35
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Dezembro <strong>2019</strong> 41
PRINCIPAL<br />
O<br />
mercado global de florestas plantadas para fins<br />
industriais considera as plantações de árvores<br />
brasileiras como as mais produtivas do mundo.<br />
Esse interesse internacional movimenta toda a<br />
cadeia do setor da madeira e, para acompanhar<br />
a tendência da área, empresas de pequeno e médio porte<br />
encontram na mecanização e, principalmente, na escolha em<br />
selecionar o maquinário de uma única marca como o caminho<br />
para se manterem mais competitivas, reduzirem os custos e<br />
aumentarem a segurança em seus processos.<br />
Com atuação nas cidades de Calmon e Matos Costas (SC),<br />
a AFA (Agro <strong>Florestal</strong> Aliança) iniciou desde 2014 o processo de<br />
mudança dos seus procedimentos e hoje já está 100% mecanizada.<br />
A atividade principal da empresa é a venda de tora de<br />
pinus para fornecer ao mercado, sendo especializados na área.<br />
A primeira vantagem, considerada pela empresa, foi a segurança<br />
durante o processo. Em <strong>2019</strong> foi marcado o quarto ano consecutivo<br />
sem acidentes de trabalho. “Antes a gente usava motosserras<br />
e o número de acidentes era muito alto. Além disso, no<br />
sistema antigo, tínhamos que ficar preocupados com a previsão<br />
do tempo”, destaca o gerente florestal Pedro Augusto Scherer.<br />
Com as máquinas operando em dias de sol ou chuva, a empresa<br />
conseguiu reduzir os custos e ter mais rentabilidade. Antes<br />
de 2014, para o processo de corte, colheita e carregamento a<br />
AFA tinha 76 funcionários ativos na operação, número que foi<br />
reduzido para 11 pessoas. A produção de volume por tonelada<br />
continua a mesma e com a garantia maior para manter o prazo<br />
de entrega. “Essa pontualidade atraí muito os clientes, pois<br />
Mechanization with<br />
more safety and agility<br />
Small and medium-sized companies find<br />
mechanization as the way to ensure long<br />
term profitability for their companies<br />
T<br />
he global market for forests planted for industrial<br />
purposes considers Brazilian planted forests as the<br />
most productive in the world. This international<br />
interest influences the entire Forest Sector chain<br />
and, to keep up with the trend in this area, small<br />
and medium-sized producers find mechanization and, mainly,<br />
choosing to select the machinery of a single brand as the way<br />
to remain more competitive, reduce costs, and increase safety<br />
in their processes.<br />
In 2014, operating in the Calmon and Matos Costas areas<br />
in the State of Santa Catarina, Agro <strong>Florestal</strong> Aliança (AFA)<br />
started the process of changing its procedures and, today is<br />
already 100% mechanized. The main activity of the Company<br />
is specializing in the sale of pine logs to the market. The first<br />
advantage, considered by the Company, was worker safety<br />
during the process. <strong>2019</strong> was the fourth consecutive year<br />
without any work accidents. “Before we used chainsaws and<br />
the number of accidents was very high. Also, in the old system,<br />
we had to be concerned with the weather,” highlights Pedro<br />
Augusto Scherer, Forest Manager for AFA.<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
Dezembro <strong>2019</strong> 43
44 www.referenciaflorestal.com.br
Dezembro <strong>2019</strong> 45
ESPECIAL<br />
13 a Codornada<br />
FLORESTAL<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
A tradicional reunião de amigos, com muita<br />
codorna e bons negócios fechou o ano com<br />
chave de ouro para o setor florestal<br />
DIA DE CAMPO<br />
Com muita chuva, o primeiro dia do evento foi<br />
marcado pelo tradicional dia de campo, onde os apaixonados<br />
por tecnologia de ponta puderam conferir<br />
como as máquinas funcionam em ação. A primeira<br />
demonstração foi feita pela empresa Komatsu, que<br />
apresentou o Komatsu 911, um harvester para todos<br />
os usos e com vantagens únicas quando se trata de<br />
produtividade e ambiente de trabalho ergonômico. O<br />
segundo maquinário apresentado foi o DAH-15OE da<br />
Denis Cimaf, um equipamento industrial de trituração<br />
florestal de alta potência que é instalado na maioria<br />
das escavadeiras ou máquinas com braços articulados.<br />
Com uma demonstração dupla, a J de Souza e<br />
a Manos mostraram como é feito o carregamento<br />
florestal, as garras da J de Souza pegavam toras de<br />
madeira inteiras e colocavam dentro do caminhão da<br />
Manos. Com as toras na carreta, o evento seguiu para<br />
mais uma demonstração em equipe, enquanto o picador<br />
florestal TR King, da Bruno Industrial processava<br />
os troncos de madeira, o implemento com piso móvel<br />
da Carrocerias Bachiega realizava o armazenamento<br />
do material, finalizando assim as 5h (horas) de campo.<br />
Dezembro <strong>2019</strong><br />
47
ESPECIAL<br />
R<br />
echeada de novidades e com o dobro de tamanho,<br />
a confraternização dos amigos florestais<br />
já se tornou tradição em Ponte Alta do Norte<br />
(SC) e chegou à sua 13 a edição no início de<br />
dezembro. A Codornada <strong>Florestal</strong> reuniu tudo<br />
o que uma festa de fim de ano tem de melhor: networking,<br />
negócios, ação social e solidariedade em um clima de descontração<br />
com comida de qualidade e música boa.<br />
O foco principal é, de fato, o cunho social e a confraternização<br />
entre amigos e parceiros do setor. O evento tem o<br />
objetivo de arrecadar brinquedos para as crianças carentes da<br />
região e, para isso, reúnem grandes nomes da cadeia florestal<br />
do Brasil, como os representantes das empresas Bachiega,<br />
Denis Cimaf, Envimat, Potenza, Rotary-Ax, AIZ, Log Max, J de<br />
Souza, Minusa, Manos, Komatsu, Bruno Industrial, TMO, entre<br />
outras.<br />
Segundo Fábio Calomeno, diretor da NP Transportes e<br />
Biomassa e idealizador da Codornada, o evento tem uma proposta<br />
de ser menos formal do que os demais da área realizados<br />
ao longo ano. “Nossa ideia é reunir todo o setor florestal<br />
com a finalidade de agradecer pelo ano que passou, além de<br />
angariar novas parcerias. Mas o cunho social ainda é o nosso<br />
maior objetivo, a cada ano me surpreendo mais em quantos<br />
presentes conseguimos arrecadar. Devemos isso a todos os<br />
nossos parceiros, como a Dash7 e a REVISTA REFERÊNCIA,<br />
que são os responsáveis pela divulgação do evento”, afirma<br />
Calomeno.<br />
Nesta edição, a estimativa da organização é de ter arrecado,<br />
aproximadamente, 500 brinquedos. “Tivemos um recorde<br />
de público visitante, expositores e patrocinadores. Para se<br />
ter uma noção, o jantar foi para cerca de 700 pessoas e, fora<br />
do salão, arrisco dizer que havia pelo menos 1000 pessoas”,<br />
ressalta a organizadora e responsável pela divulgação da Codornada,<br />
Joseane Knop.<br />
De acordo com ela, a 13 a Codornada <strong>Florestal</strong> foi marcada<br />
por uma mudança na programação e na estrutura física do<br />
evento. A edição marca a realização do “1º Seminário <strong>Florestal</strong>”,<br />
com palestras e debates. Além disso, o evento que era<br />
realizado em um salão passou a ter dois espaços para os expositores<br />
e para a circulação do público.<br />
1º SEMINÁRIO FLORESTAL<br />
O segundo dia de Codornada <strong>Florestal</strong> começou<br />
com uma grande novidade: o Seminário<br />
<strong>Florestal</strong>. A ação contou com palestras de três<br />
referências no ramo florestal, a Profª Dra. Millana<br />
Pagnussat, que falou sobre as capacidades<br />
individuais de operadores de máquinas de alta<br />
performance; o empresário Rafael Brunacci,<br />
que trouxe em pauta tudo sobre data analytics<br />
no segmento florestal; e o engenheiro Claudio<br />
Ortolan, que mostrou seus estudos e reflexões<br />
sobre o mercado florestal.<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br
Dezembro <strong>2019</strong> 49
50 www.referenciaflorestal.com.br
Dezembro <strong>2019</strong> 51
52 www.referenciaflorestal.com.br
Dezembro <strong>2019</strong> 53
MERCADO<br />
EXPORTAÇÃO DE<br />
COMPENSADOS<br />
DE PINUS E SERRADO DE MADEIRA<br />
COM PREVISÃO DE RETRAÇÃO<br />
Foto: Fabiano Mendes<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
Pela primeira vez em oito anos, a expectativa para o<br />
fechamento de <strong>2019</strong> é negativa, segundo especialista<br />
Dezembro <strong>2019</strong><br />
55
MERCADO<br />
E<br />
mbora a exportação brasileira de compensados<br />
de pinus e serrado de madeira entre 2011 e<br />
2018 tenha sido crescente, a situação atual das<br />
exportações tem preocupado os especialistas.<br />
Após 8 anos consecutivos de expansão, <strong>2019</strong><br />
tende a ser o primeiro ano de retração.<br />
Em agosto e setembro de 2018, o setor se destacava<br />
em um momento positivo do mercado e um impulso no aumento<br />
das exportações de compensado de pinus e madeira<br />
serrada. No entanto, em maio de <strong>2019</strong>, uma análise feita<br />
com foco na exportação de compensados de pinus, percebeu<br />
uma queda de 31% no volume exportado nos meses de<br />
março e abril deste ano. Foi revelado, então, que o que havia<br />
causado a redução da demanda pelo produto brasileiro<br />
havia sido o efeito das condições climáticas negativas durante<br />
a temporada de construções nos EUA (Estados Unidos da<br />
América). Os dados foram publicados pela Forest2Market do<br />
Brasil - empresa que possui um banco de dados atual e exclusivo<br />
de transações entregues e uma abrangente infraestrutura<br />
de coleta de dados.<br />
Por outro lado, o mercado da construção civil norte-americano<br />
(grande driver da exportação de produtos madeireiros<br />
brasileiros) ganhou destaque por ter tido o melhor<br />
desempenho mensal desde 2007. Marcelo Schmid, sócio-diretor<br />
da Forest2Market do Brasil, afirma que: “esse pode ser<br />
um sinal que indica o início de uma temporada de construção<br />
tardia que traz ao mercado de construção norte-americano<br />
esperanças de um final de ano positivo”, analisa.<br />
Sobre a indústria brasileira, Schmid alerta: “a situação<br />
atual das exportações do mercado de compensados de<br />
pinus tem preocupado bastante”. Apesar da tendência da<br />
exportação entre 2011 e 2018 ter sido crescente (como<br />
apresenta a figura 01), para alcançar o volume exportado<br />
em 2018, o Brasil teria que exportar mais de 105 mil toneladas<br />
por mês até o fim do ano. Porém, nos últimos três<br />
meses (agosto, setembro e outubro), a média mensal de<br />
exportação foi de 83 mil toneladas.<br />
Após um excelente crescimento no mês de maio, todos<br />
os meses seguintes tiveram retração, quando comparados<br />
aos mesmos meses no ano passado, conforme demonstra a<br />
figura 02. Marcelo revela, ainda, que “a expectativa para o<br />
fechamento de <strong>2019</strong> não é positiva, provavelmente será o<br />
primeiro ano de retração desde 2011”.<br />
MADEIRA SERRADA<br />
“No caso da madeira serrada, o caminho parece ser o<br />
mesmo”, alerta Schmid. Para alcançar o volume exportado<br />
em 2018, o Brasil teria que exportar mais de 115 mil toneladas<br />
por mês até o fim do ano, conforme apresenta a figura<br />
03. Entretanto, nos últimos três meses, a média mensal foi<br />
de apenas 79 mil toneladas.<br />
Embora o saldo da comparação das exportações de <strong>2019</strong><br />
com 2018 ainda seja positivo, o ritmo vem caindo desde junho.<br />
Marcelo ressalta que “nos meses de agosto, setembro<br />
e outubro o Brasil exportou 79% a menos que nos mesmos<br />
meses de 2018.” O fato é demonstrado na figura 04.<br />
Figura 01. Evolução anual da exportação de compensados de pinus<br />
brasileiro<br />
*Até o mês de outubro<br />
Fonte: Comex, adaptado por Forest2Market do Brasil<br />
Figura 02. Comparação mensal do volume de compensados de<br />
pinus exportado em 2018 e <strong>2019</strong><br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
Dezembro <strong>2019</strong> 57
ECONOMIA<br />
Setor florestal gera 200 mil<br />
EMPREGOS NA BAHIA<br />
Fotos: REFERÊNCIA e divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
SDE e Abaf estão construindo uma agenda<br />
positiva para potencializar o segmento<br />
Dezembro <strong>2019</strong><br />
59
ECONOMIA<br />
O<br />
setor florestal na Bahia, responsável pela<br />
produção e processamento de madeira<br />
para papel, celulose, entre outros produtos,<br />
investiu R$ 1 bilhão em 2018, com<br />
crescimento de 16% em relação ao ano<br />
anterior. O PIB (Produto Interno Bruto) alcançou R$ 14,2<br />
bilhões, correspondendo a 5% do PIB estadual no ano<br />
passado. O setor de base florestal gera mais de 200 mil<br />
empregos, em mais de 50 municípios do interior da Bahia.<br />
Para dinamizar ainda mais o segmento, a SDE (Secretaria<br />
de Desenvolvimento Econômico) está construindo uma<br />
agenda positiva com produtores e empresas do ramo,<br />
representados pela Abaf (Associação Baiana das Empresas<br />
de Base <strong>Florestal</strong>).<br />
“O setor florestal abastece importantes segmentos da<br />
economia baiana que precisam de madeira nos seus processos<br />
produtivos, a exemplo da construção civil, indústria<br />
de papel e celulose e agronegócios. Além disso, exerce papel<br />
fundamental no equilíbrio do clima e na regulação do<br />
fluxo hídrico”, aponta o chefe de Gabinete, Luiz Gugé.<br />
Já Andreas Birmoser, presidente da Veracel, acredita<br />
que a abertura para o diálogo é essencial para o setor<br />
privado e, esse trabalho, de parceria das empresas com o<br />
governo, é a maneira mais diligente para conseguir superar<br />
desafios e os problemas que as empresas encontram no<br />
dia a dia. “Esse espaço será a maneira mais eficaz de alcançarmos<br />
os objetivos e melhorarmos a produtividade do<br />
setor, que é tão relevante para o Estado”, destaca.<br />
Para Mariana Lisbôa, gerente Executiva de Relações<br />
Coorporativas da Suzano, a ampliação da parceria com o<br />
estado e a transferência dessa relação são fundamentais,<br />
pois além de garantir a permanência do negócio na Bahia,<br />
permitirão a implementação e acréscimo de atividades do<br />
setor. “As questões ambientais são muito relevantes e merecem<br />
atenção do governo e das empresas”, alerta.<br />
“O que nós defendemos é que a Bahia precisa crescer<br />
e desconcentrar seu desenvolvimento; e nosso setor representa<br />
uma oportunidade para isso. As respostas podem<br />
ser rápidas e há determinadas áreas onde encontramos<br />
alguns entraves e eles podem ser solucionados no âmbito<br />
das entidades do Governo da Bahia. Nosso setor é organizado<br />
e sabe os caminhos que têm que trilhar, sabe a<br />
viabilidade de fazer pedidos que sejam mensuráveis e adequados<br />
à realidade do nosso Estado e é isso que nos entusiasma<br />
a começar esse trabalho”, afirma Wilson Andrade,<br />
diretor executivo da Abaf.<br />
AGENDA POSITIVA<br />
Segundo Laís Maciel, diretora de Interiorização do Desenvolvimento<br />
da SDE, o governo pretende fomentar e articular<br />
principais pontos que vão permitir que o segmento<br />
continue se desenvolvendo, ampliando a cadeia produtiva<br />
e gerando ainda mais desenvolvimento e emprego para o<br />
Estado.<br />
O diretor geral da Bracell, Guilherme Araújo, acredita<br />
que a aproximação do setor privado e governo é importante<br />
para chegar a soluções que mantenham o crescimento<br />
e desenvolvimento do setor e impacte de forma positiva<br />
tanto para comunidade local, quanto para o estado e o<br />
país. Já Carlos Henrique Temporal, Relações Institucionais<br />
da Ferbasa, diz que a agenda positiva já representa um<br />
marco importante.<br />
Reunião realizada entre o poder público e Abaf para discutir<br />
a agenda positiva<br />
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Pioneira em<br />
mÁquinas e peças<br />
Florestais seminovas<br />
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ESPÉCIE<br />
PAU-ROXO:<br />
ALTA DENSIDADE E<br />
VERSATILIDADE<br />
Foto: divulgação<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
A beleza e qualidade da espécie atrai<br />
para o uso em diferentes setores
ESPÉCIE<br />
C<br />
onhecida popularmente como pau-roxo,<br />
pau-roxo-da-terra-firme, pau-roxo-da-<br />
-várzea, roxinho, roxinho-pororoca,<br />
violet, entre outros nomes espécie Peltogyne<br />
spp., Leguminosae integra o gênero<br />
Peltogyne que tem várias espécies com madeiras<br />
de características e valor no comércio semelhantes.<br />
A espécie é facilmente encontrado em países como:<br />
Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Suriname<br />
e, no Brasil, é predominante na Amazônia e Mata<br />
Atlântica, sendo também encontrado no Acre, Amapá,<br />
Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato<br />
Grosso, Minas Gerais, Pará e Rondônia.<br />
Entre as suas características sensoriais estão o<br />
cerne e alburno distintos pela cor, cerne roxo podendo<br />
escurecer com o tempo, alburno bege claro.<br />
Também possui um brilho moderado a acentuado,<br />
com cheiro e gosto imperceptíveis. A espécie tem<br />
uma densidade alta, dura ao corte, com grã direita a<br />
irregular e textura fina a média.<br />
A madeira de pau-roxo é considerada de alta resistência<br />
ao ataque de organismos xilófagos (fungos<br />
apodrecedores e cupins-de-Madeira-seca). Apresenta<br />
baixa resistência a organismos xilófagos marinhos. A<br />
espécie apresenta baixa permeabilidade a soluções<br />
preservante. O cerne é impermeável ao tratamento<br />
com creosoto e CCA-A mesmo em processo sob pressão.<br />
CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO<br />
A madeira de pau-roxo é moderadamente difícil<br />
de ser trabalhada manualmente ou com máquinas,<br />
devido à dureza e exsudação de resina quando aquecida<br />
pelas ferramentas. É fácil de colar e apresenta<br />
bom acabamento. A trabalhabilidade é regular na<br />
plaina e excelente na lixa, torno e broca. Ela apresenta<br />
um polimento lustroso. Recomenda-se a perfuração<br />
prévia à colocação de pregos, de acordo com pesquisas<br />
do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e<br />
dos Recursos Naturais Renováveis).<br />
A secagem ao ar livre é fácil a moderada, com<br />
pequena incidência de rachaduras e empenamentos.<br />
A secagem em estufa é rápida e com poucos defeitos.<br />
Para a espécie P. paniculata a secagem em estufa é<br />
rápida, com pequena tendência à rachaduras de topo,<br />
torcimento e arqueamento fortes.<br />
USOS<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
PESADA EXTERNA:<br />
• Dormentes ferroviários<br />
• Cruzetas<br />
• Esteios<br />
• Estacas<br />
PESADA INTERNA:<br />
• Tesouras<br />
• Vigas<br />
• Caibros<br />
LEVE EM ESQUADRIAS:<br />
• Portas<br />
• Janelas<br />
• Batentes<br />
LEVE INTERNA, DECORATIVA:<br />
• Painéis<br />
• Forros<br />
• Lambris<br />
ASSOALHOS:<br />
• Tábuas<br />
• Tacos<br />
• Parquetes<br />
MOBILIÁRIO<br />
ALTA QUALIDADE:<br />
• Móveis decorativos<br />
OUTROS USOS:<br />
• Embarcações<br />
• Lâminas decorativas<br />
• Cabos de ferramentas<br />
• Cabos para cutelaria<br />
• Transporte<br />
• Decoração e adorno<br />
• Peças torneadas<br />
• Tacos de bilhar<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br
Dezembro <strong>2019</strong> 65
PESQUISA<br />
66 www.referenciaflorestal.com.br
ESTUDO FAZ ANÁLISE DO<br />
SISTEMA DE PRODUÇÃO<br />
DE TECA<br />
NO BRASIL<br />
Fotos: Fabiano Mendes<br />
Pesquisadores apresentam<br />
um apanhado da espécie<br />
de madeira que tem um<br />
mercado promissor<br />
LUIZ GUSTAVO MARTINELLI<br />
FAEF (FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO INTEGRAL)<br />
JOSÉBIO ESTEVES GOMES<br />
FAEF (FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO INTEGRAL)<br />
HANDREY BORGES ARAÚJO<br />
FAEF (FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO INTEGRAL)<br />
Dezembro <strong>2019</strong><br />
67
PESQUISA<br />
RESUMO<br />
O<br />
presente trabalho teve como objetivo a<br />
análise dos diferentes sistemas de produção<br />
de Tectona grandis, no qual se verificou os<br />
espaçamentos mais utilizados, bem como,<br />
os controles silviculturais durante o ciclo da<br />
cultura para se ter um produto final de qualidade, em regiões<br />
onde as condições edafoclimáticas atendam às características<br />
da cultura.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A teca (Tectona grandis) possui uma das madeiras mais<br />
conhecidas no mundo. Keiding (1985) afirmou que a madeira<br />
de teca possui durabilidade, leveza, resistência ao ataque<br />
de térmitas e fungos, fácil de ser trabalhada e com ausência<br />
de rachaduras. De origem asiática, mais precisamente das<br />
florestas de monção na Índia, as plantações de teca no Brasil<br />
tiveram início em 1971, na região de Cáceres estado do Mato<br />
Grosso, após trabalho desenvolvido pela empresa Cáceres<br />
<strong>Florestal</strong> S.A. Essa empresa constatou que a região oferecia<br />
excelentes condições para o seu cultivo, que demonstrou bom<br />
crescimento, boa adaptação às condições climáticas locais,<br />
além de produzir uma madeira que alcançava bons preços no<br />
mercado internacional (Caceres <strong>Florestal</strong> S.A., 2007).<br />
A grande diferença da teca para o mogno por exemplo é<br />
a sua rusticidade, rápido crescimento em altura, e excelente<br />
forma (tronco retilínio e pouco sujeito a bifurcação). A grande<br />
expansão de teca atualmente no Brasil ocorre na região centro-oeste<br />
e norte, sendo o principal produto dessa espécie a<br />
madeira de alta qualidade, muito utilizada em móveis finos e<br />
na construção naval (Lorenzi, 2003). O valor de mercado para<br />
a madeira de teca madura, livre de nós e com diâmetro para<br />
serraria, chega a superar os valores da espécie Mogno (Swietenia<br />
macrophylla), cujo metro cúbico serrado é comercializado<br />
por valores que chegam a US$ 1.500 como produto final,<br />
já o produto do desbaste inicial é comercializado entre US$ 60<br />
e 80 o metro cúbico (Embrapa, 2007).<br />
A expectativa é de que investimentos em povoamentos<br />
de teca no Brasil constituam uma ótima opção econômica<br />
para regiões que atendam as demandas edafoclimáticas da<br />
espécie. Apesar da potencialidade de mercado para a teca, no<br />
Brasil ainda são escassos os trabalhos que avaliam o potencial<br />
econômico desta espécie, considerando as várias formas de<br />
manejo (Caceres <strong>Florestal</strong> S.A., 2007). Os reflorestamentos<br />
de teca vêm sendo praticados, em grande escala, há mais de<br />
uma centena de anos. Segundo Dupuy e Verhaegem (1993),<br />
afirmam que a área plantada é estimada em três milhões de<br />
hectares, incluindo plantios estabelecidos na Ásia, Oceania,<br />
África e América. Os plantios tradicionais de teca são realizados<br />
pelo uso de mudas obtidas mediante propagação sexuada,<br />
por intermédio de sementes, fato que envolve alguns<br />
problemas tais como o número limitado de sementes de boa<br />
viabilidade, a grande variabilidade na produção de sementes<br />
viáveis de um ano para o outro, etc. O plantio é realizado entre<br />
os meses de setembro e abril, devido a maior ocorrência<br />
de chuvas, onde é utilizado o espaçamento 3x2m (metros)<br />
entre mudas, também o controle de ervas daninhas é uma<br />
operação crucial nas fases iniciais do desenvolvimento até<br />
que se feche o dossel, para áreas de alta produtividade a capina<br />
deve ser realizada de forma sistemática.<br />
A estratégia de manejo para formação de fustes limpos<br />
e sem nós contempla a operação de desrama e consiste na<br />
remoção dos ramos até a altura de 50% da árvore, ou o fuste<br />
comercial (Floresteca, 2007). Embora já exista tecnologia<br />
suficiente para adotar a propagação vegetativa assexuada,<br />
esta técnica não é muito utilizada pelas empresas que atuam<br />
no Estado do Mato Grosso. Na região de Cáceres, árvores de<br />
teca em plantios manejados com desbastes, alcançam DAP<br />
(Diâmetro a Altura do Peito) de 46 cm (centímetros) e altura<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
Dezembro <strong>2019</strong> 69
A FEIRA DA<br />
INDÚSTRIA DO<br />
EUCALIPTO<br />
O Show <strong>Florestal</strong> MS é a nova feira florestal nacional, que<br />
vem para impulsionar o crescimento do mercado industrial<br />
de florestas plantadas, promover inovação e gerar negócios.<br />
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um novo conceito de feira em 2020, com:<br />
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EVENTOS<br />
TÉCNICOS<br />
CONGRESSO FLORESTAL MS | 04 DE AGOSTO<br />
O Congresso <strong>Florestal</strong> MS promovido pela Reflore, chega a sua 6ª edição<br />
para manter a tradição de reunir as principais empresas, indústrias e<br />
marcas florestais do estado do Mato Grosso do Sul. O evento propõe<br />
debater os pontos mais importantes do setor florestal no estado,<br />
buscando desenvolvimento e fortalecimento empresarial.<br />
Mais informações: www.showflorestal.com.br<br />
EVOLUTION: ENCONTRO DE INOVAÇÕES E TECNOLOGIAS<br />
FLORESTAIS | 05 E 06 DE AGOSTO (MANHÃ)<br />
O Evolution é um evento de transformação e atualização florestal. Vai<br />
apresentar aos participantes em 2 dias de eventos novidades sobre<br />
temas relevantes nas áreas de:<br />
Painel 1: Geoprocessamento e Planejamento;<br />
Painel 2: Silvicultura (implantação e manutenção);<br />
Painel 3: Colheita <strong>Florestal</strong>;<br />
Painel 4: Logística e Transporte de Madeira.<br />
Mais Informações: www.showflorestal.com.br<br />
Organização:<br />
Apoio Master:
AGENDA<br />
AGENDA2020<br />
JANEIRO<br />
2020<br />
Imagem: reprodução<br />
XXXI Show Rural Coopavel<br />
03 a 07<br />
Cascavel (PR)<br />
www.showrural.com.br<br />
JANEIRO<br />
2020<br />
JAN<br />
2020<br />
FEMUR<br />
Realizada na cidade de Ubá (MG), o evento reunirá<br />
dezenas das maiores e mais representativas empresas<br />
moveleiras do país. Sediada no Parque de Exposições<br />
do Horto <strong>Florestal</strong>, a Femur terá 12 mil m2 (metros<br />
quadrados) com estrutura moderna e confortável<br />
onde receberá expositores e lojistas para a realização<br />
de novos negócios e novas parcerias.<br />
Dinetec (Dia de Negócios e<br />
Tecnologias)<br />
15 a 17<br />
Canarana (MT)<br />
www.dinetec.com.br<br />
Femur - Feira de Móveis de<br />
Minas Gerais<br />
20 a 23<br />
Ubá (MG)<br />
www.femur.com.br/sobre-a-feira/<br />
JANEIRO<br />
2020<br />
MAI<br />
2020<br />
MY WOOD HOME<br />
O evento visa fomentar e capacitar profissionais da<br />
cadeia produtiva da madeira e da construção neste<br />
promissor e tecnológico sistema, a fim de consolidá-lo<br />
no Brasil. O projeto é dividido em três oportunidades<br />
de uso da madeira na construção sustentável: o<br />
sistema wood frame, madeira de tronco de eucalipto e<br />
de madeira engenheirada. Cada tema será apresentado<br />
em dois módulos, seminários e workshop, presenciais<br />
e online.<br />
Imagem: reprodução<br />
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AGENDA2020<br />
FEVEREIRO<br />
2020<br />
Tudo que você precisa em manutenção de equipamentos Florestais<br />
como Picadores, HARVESTERS e FORWARDERS de diversas<br />
marcas como Komatsu, John Deere, Caterpillar, Tigercat,<br />
Ponsse, Peterson Pacific e Morbark.<br />
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16 a 23<br />
Oregon (USA)<br />
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MARÇO<br />
2020<br />
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Araguaia <strong>Florestal</strong> 2020 -<br />
Do plantio à colheita<br />
24 a 26<br />
Alto Araguaia (MT)<br />
www.altoaraguaia.mt.gov.br<br />
MAIO<br />
2020<br />
My Wood Home<br />
19 A 29<br />
Piracicaba (SP)<br />
http://mywoodhome.com.br<br />
Dezembro <strong>2019</strong><br />
73
ESPAÇO ABERTO<br />
Foto: divulgação<br />
Lucro<br />
EMPRESARIAL<br />
Quando o assunto é o LUCRO<br />
da sua empresa, você sabe<br />
exatamente como estão as<br />
coisas?<br />
S<br />
egundo o Sebrae, 7% das empresas fecham<br />
por falta de lucro, 20% por falta de<br />
capital e quase 50% dos pequenos empresários<br />
do Brasil não sabem precisar se<br />
têm lucro ou prejuízo.<br />
Você sabe se sua empresa está dando lucro?<br />
Essas estatísticas nos evidenciam que as empresas<br />
fecham por falta de uma gestão adequada dos seus<br />
recursos.<br />
No mundo dos negócios competitivo em que vivemos<br />
o foco das empresas se torna uno: vender. Vender<br />
é o mantra, o começo, o fim e o meio, mas é só isso?<br />
Não. Não podemos pensar em apenas vender.<br />
Ao pensar apenas em vender, os empresários esquecem<br />
de outros aspectos do negócio e o principal<br />
deles: o foco deve estar no lucro e não no faturamento.<br />
Lógico que precisa faturar, mas precisa ter lucro. Muitas<br />
vezes não dão a devida importância, mas é esse<br />
dinheiro (o lucro) que permitirá maiores investimentos<br />
e trará a prosperidade que ele espera.<br />
Empresários bem sucedidos trabalham e atuam de<br />
maneira diferente dos demais. Um hábito é entender<br />
que, na verdade, é o lucro que move uma empresa e<br />
não o faturamento.<br />
Uma boa dica para fazer com que sua empresa seja<br />
lucrativa é entender que a primeira pessoa que tem<br />
que pensar em lucro é o dono. Se ele não fizer isso,<br />
ninguém fará por ele.<br />
Não é raro observarmos que as empresas possuem<br />
metas de vendas, mas não possuem metas de redução<br />
de custos. Você tem metas de redução de custos na<br />
sua empresa?<br />
Quando foi a última vez que fez uma reunião sobre<br />
lucro e custos com os líderes da sua empresa?<br />
Quem são os líderes na sua empresa? Eles sabem<br />
que uma empresa não vive de venda, e sim de lucro?<br />
Está difundindo esta cultura junto à sua equipe?<br />
Pense nisso e coloque toda sua equipe para focar<br />
em lucro e tenha uma empresa lucrativa.<br />
Por Sidinei Augusto,<br />
Economista, matemático, especialista em vendas, gestão<br />
empresarial com MBA pela FGV e Babson College, Boston - USA.<br />
Palestrante de Vendas, Motivação e Gestão de Alta Performance.<br />
Atualmente é Diretor e Palestrante da Escola de Vendas e Negócios<br />
K.L.A, em Curitiba (PR)<br />
Foto: divulgação<br />
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