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*Dezembro/2019 - Referência Florestal 214

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FIM DE ANO Tradicional evento reúne o setor florestal em Santa Catarina para negócios e confraternização<br />

SAFETY AND<br />

PRODUCTIVITY<br />

MECHANIZATION OF THE HARVESTING<br />

SYSTEM ENSURES MORE ACCURATE<br />

RESULTS IN LESS TIME<br />

SEGURANÇA E<br />

PRODUTIVIDADE<br />

MECANIZAÇÃO NO SISTEMA<br />

DE COLHEITA GARANTE<br />

RESULTADOS MAIS PRECISOS<br />

EM MENOR TEMPO


Desejamos um<br />

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CARGA SEGURA<br />

NÓS INVENTAMOS O CONCEITO


SUMÁRIO<br />

DEZEMBRO <strong>2019</strong><br />

40<br />

MECANIZAÇÃO<br />

COM MAIS<br />

SEGURANÇA E<br />

AGILIDADE<br />

10 Editorial<br />

12 Cartas<br />

14 Bastidores<br />

16 Coluna Ivan Tomaselli<br />

18 Notas<br />

32 Frases<br />

34 Entrevista<br />

40 Principal<br />

46 Especial<br />

54 Mercado<br />

58 Economia<br />

62 Espécie<br />

66 Pesquisa<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

54<br />

58<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

09 Agroceres<br />

11 BKT<br />

13 Carrocerias Bachiega<br />

76 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

25 DRV Ferramentas<br />

04 Emex<br />

27 Engeforest<br />

21 Envimat<br />

06 Grupo AIZ<br />

39 Komatsu Forest<br />

15 Liebherr Brasil<br />

53 Lion Equipamentos<br />

73 Master Brasil<br />

19 Minusa Forest<br />

63 Mill Indústrias<br />

65 Mill Indústrias<br />

23 Raptor <strong>Florestal</strong><br />

31 Rotary-Ax<br />

61 Rotor Equipamentos<br />

17 Sergomel<br />

70 Show <strong>Florestal</strong><br />

75 TMO<br />

29 Vantec<br />

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UM NOVO CAPÍTULO NA GESTÃO OPERACIONAL<br />

DE CONTROLE, EM REFLORESTAMENTOS.<br />

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TUDO SOB MEDIDA<br />

Análise de infestações<br />

Plano customizado de controle<br />

Monitoramento de operações<br />

ÚNICO EM RESULTADOS<br />

Result agrega valor nas três dimensões estratégicas para melhor gestão<br />

das infestações: na tecnologia embarcada, no capital humano e na<br />

expertise gerencial das operações de controle.


EDITORIAL<br />

Adeus <strong>2019</strong>!<br />

Mais um ano se encerra e para fechar o desafiante <strong>2019</strong> para o<br />

cenário brasileiro, bem como, comemorar os resultados e já se inspirar<br />

em novas ideias para o setor florestal, profissionais e empresários<br />

da área confraternizaram durante a 13 a Codornada <strong>Florestal</strong>.<br />

A cobertura completa, do evento que virou tradição e está repleto<br />

de novidades, está nesta edição da REFERÊNCIA FLORESTAL. Outro<br />

destaque é o processo de mecanização entre empresas de pequeno<br />

e médio porte que deram um salto de produtividade e na redução<br />

de acidentes após o investimento em máquinas especializadas. A<br />

edição da REFERÊNCIA FLORESTAL ainda traz uma entrevista internacional<br />

com Matthew Hansen, professor da Universidade americana<br />

de Maryland, falando sobre algoritmos usados para o sistema<br />

de monitoramento de florestas. Além de uma ótima leitura, toda<br />

a equipe da REFERÊNCIA FLORESTAL deseja boas festas e um Ano<br />

Novo repleto de realizações e sucesso!<br />

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19 3802.2742<br />

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A segurança que o seu desafio<br />

será cumprido e produtivo.<br />

Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />

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Mecanização traz retorno<br />

financeiro e aumenta<br />

segurança no sistema de<br />

colheita<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXI • N°<strong>214</strong> • Dezembro <strong>2019</strong><br />

FIM DE ANO Tradicional evento reúne o setor florestal em Santa Catarina para negócios e confraternização<br />

SAFETY AND<br />

PRODUCTIVITY<br />

MECHANIZATION OF THE HARVESTING<br />

SYSTEM ENSURES MORE ACCURATE<br />

RESULTS IN LESS TIME<br />

SEGURANÇA E<br />

PRODUTIVIDADE<br />

MECANIZAÇÃO NO SISTEMA<br />

DE COLHEITA GARANTE<br />

RESULTADOS MAIS PRECISOS<br />

EM MENOR TEMPO<br />

GOODBYE <strong>2019</strong>!<br />

Another year ends. To end the very challenging <strong>2019</strong> for the<br />

Brazilian scene, as well as to celebrate the results and be inspired<br />

by new ideas for the Forest Sector, professionals and entrepreneurs<br />

in the area fraternized during the 13th Codornada <strong>Florestal</strong>. Complete<br />

coverage of the event that has become tradition and is full<br />

of news is in this issue of REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong>. Another highlight<br />

is the mechanization process for small and medium-sized companies<br />

that have made a leap in productivity and accident reduction<br />

after investing in specialized machines. This issue of REFERÊNCIA<br />

<strong>Florestal</strong> has an international side with an interview with American<br />

Matthew Hansen, Professor at the University of Maryland, talking<br />

about algorithms used in forest monitoring systems. In addition to<br />

pleasant reading, the entire REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> team wishes you<br />

happy holidays and a new year full of achievements and success!<br />

Entrevista com<br />

Matthew Hansen<br />

Setor em festa na Codornada<br />

<strong>Florestal</strong> <strong>2019</strong><br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXI - EDIÇÃO <strong>214</strong> - DEZEMBRO <strong>2019</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriel Santos Ferreira<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Supervisão - Cassiele Ferreira<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

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CARTAS<br />

MANEJO Etnias indígenas de Mato Grosso lutam para conseguir tirar da floresta o seu próprio sustento<br />

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Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de novembro de <strong>2019</strong><br />

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Ano XXI • N°213 • Novembro <strong>2019</strong><br />

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Por Eder Buscarato - Curitiba (PR)<br />

A minha empresa Ibiguarim Soluções<br />

Agrícolas e Florestais fornece ao mercado<br />

de máquinas e equipamentos soluções<br />

e principalmente novas propostas<br />

tecnológicas, que são vistas e entendidas<br />

pelo mercado como ferramentas modernas<br />

que propiciam o nascimento de novas<br />

técnicas operacionais mais rentáveis,<br />

econômicas e adequadas às exigências<br />

brasileiras. Para que seja possível fazer<br />

isso, temos que estar sempre atentos e<br />

entender cada parte que compõem uma<br />

operação, um departamento, uma diretoria,<br />

uma empresa, um mercado, enfim, ter<br />

uma visão de como funciona o conjunto<br />

das peças e como que elas se interagem.<br />

Assim, é possível entender onde se pode<br />

inovar e propor as tecnologias que irão<br />

gerar grandes impactos positivos, uma vez<br />

que o mercado atual presente não fornece<br />

e desconhece completamente. Fazer isso<br />

não é uma tarefa fácil! Por isso que, para<br />

nós, a Rrevista REFERÊNCIA FLORESTAl<br />

é uma grande aliada, porque nos ajuda a<br />

trazer informações de excelente qualidade e<br />

confiáveis. Sabemos que sempre poderemos<br />

contar com ela e toda sua equipe! Meus<br />

sinceros parabéns a todos da REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL pelo ótimo trabalho!<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />

respeito de reportagem produzida<br />

pelo veículo.<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

referenciamadeira<br />

Por Elson Ramos Junior -<br />

São Paulo (SP)<br />

Gosto muito da Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL, assino<br />

ela desde 2007. É bom que<br />

hoje com a falta de tempo, levo<br />

ela comigo onde vou e sempre<br />

que sobra um tempinho consigo<br />

ler. Os artigos são bem feitos e<br />

a diagramação também, assim<br />

fica fácil de ler e compreender<br />

todos os assuntos.<br />

MAQUINÁRIO<br />

Por José Almeida -<br />

Campo Largo (PR)<br />

Sou muito fã da Revista<br />

REFERÊNCIA. Adoro saber<br />

mais sobre o ramo em que<br />

atuo e sempre conheço<br />

novos maquinários. Essa<br />

Revista faz a diferença no<br />

nosso trabalho.<br />

PRESERVAÇÃO<br />

Por Julio César -<br />

Ribeirão Pires (SP)<br />

Gostei muito da entrevista<br />

com o Diretor Valdir Collato,<br />

mais uma vez ele nos deu<br />

uma aula sobre a luta pela<br />

preservação da floresta nativa,<br />

obrigado!<br />

Foto: REFERÊNCIA Foto: Fabiano Mendes Foto: divulgação<br />

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BASTIDORES<br />

Charge<br />

Foto: Fabiano Mendes<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

Revista<br />

VIAGEM<br />

A EQUIPE DA REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL VIAJOU ATÉ SANTA CATARINA PARA CONHECER O PROCESSO DE<br />

MECANIZAÇÃO DE EMPRESAS LOCALIZADAS NAS CIDADES DE CALMON E MAFRA. A EQUIPE JORNALÍSTICA CONVERSOU<br />

COM EMPRESAS QUE MODERNIZARAM SEUS PROCESSOS DE COLHEITA E, COM ISSO, CONSEGUIRAM AMBIENTES DE<br />

TRABALHO MAIS SEGUROS E PRODUTIVOS.<br />

Equipe da REFERÊNCIA FLORESTAL é<br />

recebida em Calmon (SC) pelos funcionários<br />

da Agro <strong>Florestal</strong> Aliança (AFA) para a<br />

produção da reportagem especial de capa.<br />

Em Mafra (SC), Ritzmann Empreendimentos Agro<br />

Florestais mostrou à equipe da REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

o seu processo de colheita a partir da mecanização,<br />

para a produção da matéria de capa desta edição.<br />

Foto: Fabiano Mendes<br />

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COLUNA<br />

A OIMT E AS DISCUSSÕES SOBRE<br />

O MERCADO DE MADEIRAS<br />

TROPICAIS<br />

Desinteresse do Brasil na pauta da entidade<br />

é motivo de alerta<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Por diversas<br />

razões o<br />

mercado de<br />

madeiras<br />

tropicais vem<br />

declinando,<br />

e no caso do<br />

Brasil de forma<br />

acentuada<br />

N<br />

a primeira semana de dezembro<br />

ocorreu a 55ª, sessão do Conselho<br />

Internacional de Madeiras<br />

Tropicais no Togo, sob o qual<br />

opera a Oimt (Organização Internacional<br />

de Madeiras Tropicais). Esta Organização,<br />

criada nos anos 1980, tem como objetivo<br />

principal “promover o comércio de madeiras<br />

tropicais de fontes sustentáveis”, e o Brasil é<br />

membro. Nos últimos anos as prioridades da<br />

Oimt foram gradualmente mudando, com maior<br />

foco em temas de conservação, biodiversidade<br />

e mais recentemente em mudança climática.<br />

Por diversas razões o mercado de madeiras<br />

tropicais vem declinando, e no caso do Brasil de<br />

forma acentuada. A conjugação de diferentes<br />

fatores tem levado o Brasil a perder interesse<br />

na Oimt, e o país sequer enviou delegação para<br />

a reunião do Togo. Não está claro a posição do<br />

governo brasileiro em relação a Oimt, e o principal<br />

interessado em discutir o assunto, o setor<br />

privado, não tem sido consultado.<br />

Por problemas de gestão a Oimt passou por<br />

um período crítico, e ainda não se recuperou.<br />

Os recursos aportados por países consumidores<br />

para implementação de projetos diminuíram<br />

sensivelmente, e muitos países membros reduziram<br />

o interesse na organização.<br />

Para o setor privado o assunto mais importante<br />

desta última reunião foi o “Market Discussion”,<br />

organizado pelo TAG-Trade Advisory<br />

Group, e que teve representante do setor privado<br />

brasileiro (Cipem).<br />

A Declaração do TAG traz elementos importantes<br />

sobre a evolução recente do comércio<br />

internacional de madeiras tropicais, como o<br />

impacto da guerra comercial EUA (Estados Unidos<br />

da América)-China. Este conflito reduziu as<br />

exportações de produtos de madeiras tropicais<br />

da China para os EUA, tendo a China reduzido<br />

as importações de madeiras tropicais. Como<br />

alternativa a China buscou mercado na Europa<br />

e no primeiro semestre de <strong>2019</strong> as exportações<br />

chinesas de painéis compensados tropical para<br />

aquele mercado cresceram 39%. Perderam mercado<br />

tradicionais exportadores destes produtos,<br />

a Malásia, por exemplo, teve uma redução de<br />

32%.<br />

A Declaração do TAG, no entanto, mostra<br />

que o problema no mercado internacional de<br />

produtos de madeira tropical tem diversas outras<br />

facetas, muito mais profundas que a guerra<br />

comercial entre a China e os EUA (Estados Unidos<br />

da América). Um relatório da Oimt/Flegt<br />

de maio de <strong>2019</strong> sobre políticas de compras<br />

públicas nos países da Europa aponta que para<br />

madeira e produtos de madeira (HS Code 44) as<br />

importações de países parceiros reduziram 52%<br />

nos últimos 12 anos.<br />

A Oimt está, neste momento, realizando um<br />

estudo global para identificar “incentivos e desincentivos<br />

para cadeias de valor de crescimento<br />

verde para florestas tropicais”. Na América do<br />

Sul serão analisados dois casos: Brasil e Peru. A<br />

expectativa é identificar opções de incentivos<br />

para que os países criem políticas que possam<br />

promover um desenvolvimento sustentado e<br />

competitivo da indústria de madeiras tropicais.<br />

A pauta de discussão na Oimt também tem sido<br />

mais direcionada para a promoção de plantações<br />

florestais tropicais, como fonte de matéria<br />

prima industrial e mitigação da mudança climática.<br />

Estas mudanças abrem novas perspectivas<br />

no âmbito da Oimt. São assuntos de interesse<br />

do setor privado, e especialmente importantes<br />

no caso do Brasil que precisa desenvolver políticas<br />

e uma estratégia para recuperar a indústria<br />

de madeiras tropicais brasileira, e promover o<br />

desenvolvimento social e econômico sustentado<br />

da Amazônia.<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Desmate ilegal<br />

Um total de 85% dos desmates ocorridos no Mato<br />

Grosso foram feitos de forma ilegal, de acordo com um mapeamento<br />

feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa<br />

Espacial). Para o instituto, a combinação de desmatamento<br />

ilegal e impunidade segue sendo o principal motor da<br />

devastação no Estado, onde, ao todo, foram derrubados<br />

1.685 km² (quilômetros quadrados) de florestas. Segundo<br />

o relatório, o resultado sinaliza que o ritmo de destruição<br />

da floresta no estado ‘continua alarmante’. Com a maior<br />

taxa de desmatamento dos últimos onze anos, em <strong>2019</strong><br />

houve mais que o dobro da área desmatada em 2012,<br />

que foi de 757 km². Isso também significa que é o quinto<br />

ano consecutivo que o Estado mantêm taxas superiores a<br />

1.480 km²/ano, se distanciando das metas de redução do<br />

desmatamento assumidas em 2015, durante a Conferência<br />

do Clima em Paris. A situação é potencializada pelas falhas<br />

na fiscalização, que não consegue conter o desmatamento<br />

ilegal nem mesmo em áreas já incluídas no CAR (Cadastro<br />

Ambiental Rural). Perto de 85 % dos desmatamentos entre<br />

2018 e <strong>2019</strong> em Mato Grosso foram ilegais.<br />

Foto: arquivo<br />

Mais árvores<br />

no Araguaia<br />

Criada em 2011, a Black Jaguar<br />

Foundation é uma fundação criada pelo<br />

empresário holandês Ben Valks que tem<br />

o objetivo de plantar milhares de árvores<br />

nativas do Cerrado e da Amazônia<br />

ao longo de 1 milhão de hectares na bacia<br />

do rio Araguaia. Totalmente dependente<br />

de doações, o projeto já plantou<br />

mais de 50 mil árvores. Mais informações<br />

https://www.black-jaguar.org/<br />

Imagem: reprodução<br />

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NOTAS<br />

Guia de manejo<br />

florestal<br />

Está disponível na internet o guia sobre Planejamento<br />

Participativo, Execução Colaborativa e Gestão Comunitária<br />

em Unidades de Conservação de Uso Sustentável<br />

na Amazônia no site do Icmbio (Instituto Chico Mendes<br />

de Conservação da Biodiversidade). O material foi oficialmente<br />

apresentado no Iufro (Congresso Mundial da<br />

União Internacional de Organizações de Pesquisa <strong>Florestal</strong>),<br />

realizado em Curitiba (PR). O conteúdo do guia explica<br />

com detalhes os passos para o licenciamento do Manejo<br />

<strong>Florestal</strong> Comunitário em Unidades de Conservação<br />

Federal de Uso Sustentável, com indicação de métodos<br />

e procedimentos para facilitar o diálogo e a organização<br />

socioprodutiva nesses territórios comunitários.<br />

Paraíba tem 45% da extensão<br />

territorial de vegetação natural<br />

O IFN (Inventário <strong>Florestal</strong>), realizado pelo<br />

SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), identificou<br />

que 45% da extensão territorial da Paraíba é<br />

coberta por vegetação natural, predominantemente<br />

do Bioma Caatinga. Dos 223 municípios,<br />

31% (69 deles) apresentam mais de 50% do<br />

território coberto de vegetação natural. Foi<br />

constatado ainda que a espécie endêmica<br />

Guarda-Orvalho (Erythroxylum pauferrense),<br />

que só ocorre em brejos de altitude do Estado,<br />

está ameaçada de extinção por ser rara na<br />

natureza e por ocorrer em ambientes sujeitos a<br />

degradação. O levantamento ocorreu em todo<br />

o Estado, em uma área de 56 mil km² e 223<br />

municípios. Na Paraíba, o IFN foi realizado por<br />

meio de um trabalho conjunto entre o Serviço<br />

<strong>Florestal</strong> Brasileiro, as Secretaria da Infraestrutura,<br />

dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente do Estado (Seirhma) e do Herbário Lauro Pires Xavier da Universidade Federal<br />

da Paraíba, por intermédio do Projeto de Apoio ao IFN, com recursos do GEF (Global Environment Facility), administrados pela<br />

FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). A coleta de dados em campo aconteceu em 151<br />

unidades amostrais, distribuídas a cada 20 Km, sobre todo o território estadual, no período de maio de 2016 a março de 2017,<br />

e foi realizada pela empresa Nordeste Reflore. Essas informações se dividem em três componentes: análise da cobertura de vegetação,<br />

coleta de dados biofísicos e levantamento socioambiental. O IFN, realizado pelo Governo Federal, faz o levantamento<br />

de dados diretamente nas florestas naturais e plantadas, onde são realizadas coletas de amostras botânicas, amostras de solo,<br />

medição de árvores, além de entrevistas com moradores das proximidades, com o objetivo de identificar as realidades locais.<br />

Foto: divulgação<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br


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NOTAS<br />

Incêndios florestais deixa<br />

o mar escuro<br />

A água do mar da Austrália ficou escura<br />

com toda sujeira proveniente dos imensos<br />

incêndios florestais que atingiram o sul e o<br />

sudeste do país, desde novembro. As nuvens<br />

de fumaça, fuligem e cinzas deixaram<br />

até mesmo as praias de Sydney impróprias<br />

para o banho. Foram registrados mais de<br />

100 incêndios na costa leste da Austrália.<br />

As mudanças climáticas, com temperaturas<br />

mais quentes e úmidas se traduzem<br />

em mais incêndio, são apontadas como os<br />

principais motivos para o desastre que vem<br />

ocorrendo desde fevereiro de <strong>2019</strong>.<br />

Foto: divulgação<br />

Nova diretoria<br />

para 2020-2021<br />

A Ageflor (Associação Gaúcha de Empresas Florestais)<br />

elegeu, no último dia 29 de novembro, no Hotel Ritter, em<br />

Porto Alegre (RS), seus órgãos diretivos para gestão entre 2020<br />

e 2021: diretoria, conselho fiscal, conselho deliberativo e conselho<br />

consultivo. Paulo Cesar Azevedo assume a presidência da<br />

Ageflor em sucessão ao mandato de Diogo Leuck que se encerra neste ano de <strong>2019</strong>. Antes, os associados tiveram<br />

oportunidade de ouvir durante reunião-almoço a presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, bem como, o<br />

senador Luis Carlos Heinze. A presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, explanou sobre o projeto de lei do novo<br />

Código Ambiental do Rio Grande do Sul e outras iniciativas que o governo vem realizando no sentido de agilizar<br />

seus processos e de obter maior sinergia entre seus agentes. Engenheira <strong>Florestal</strong> e que acompanhou a aprovação<br />

do Zoneamento Ambiental da Silvicultura, Marjorie é ciente dos anseios do setor para atualização do ZAS<br />

(RS). Este foi outro tema em pauta. Já o senador Luis Carlos Heinze fez questão de estar presente para prestigiar<br />

a última assembleia da Ageflor com Diogo Leuck como presidente, a aclamação de Paulo Cesar Azevedo e pelo<br />

convite especial feito por Ney Azevedo, ex-presidente da Ageflor entre 1974 e 1976 e pai de Paulo Cesar. Heinze<br />

na oportunidade também trouxe relato sobre demandas do agronegócio em Brasília e sua atuação para projetos<br />

que aprimorem a rede de estradas, ferrovias e portos no Rio Grande do Sul. Na foto: ex-presidente da Ageflor,<br />

Diogo Leuck (à esquerda) ao lado do novo presidente Paulo Cesar Nunes Azevedo (Âmbar <strong>Florestal</strong> Ltda.)<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Retração na<br />

indústria do sul<br />

A atividade industrial do sul retraiu 1,1% no trimestre finalizado<br />

em agosto, em comparação ao encerrado em maio,<br />

quando crescera 1,6%, de acordo com dados consolidados e<br />

dessazonalizados da PIM-PF Regional do Ibge, sobressaindo<br />

os recuos em produtos alimentícios, máquinas e equipamentos,<br />

e outros produtos químicos. Houve expansão no<br />

volume produzido em sete das dezoito atividades pesquisadas,<br />

principalmente nas indústrias automotivas e de<br />

petróleo e biocombustíveis. Considerados períodos de doze<br />

meses, a indústria expandiu 5,0% em agosto, na comparação<br />

com igual período anterior, desacelerando em relação<br />

ao registrado em maio (7,1%). Os dados foram divulgados<br />

no Boletim Banco Central.<br />

Senado cria o<br />

MEI caminhoneiro<br />

O Plenário do Senado aprovou nesta<br />

quarta-feira (11) o Projeto de Lei Complementar<br />

147/19, que expandiu a categoria do MEI<br />

(Microempreendedor Individual) aos Caminhoneiros,<br />

reinseriu diversas atividades que haviam<br />

sido excluídas do MEI e também incluiu o<br />

Sebrae, a Comicro (Confederação Nacional das<br />

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte)<br />

e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa<br />

no Cgsn (Comitê Gestor do Simples Nacional).<br />

O projeto aprovado pelo Senado segue para<br />

a Câmara, onde deve ser votado na próxima<br />

semana e, caso seja aprovado, será encaminhado<br />

para a sanção presidencial. Caso sancionada,<br />

a medida deve atingir cerca de 1 milhão<br />

de caminhoneiros, que, formalizados como<br />

MEI, passarão a contar com Cnpj, benefícios<br />

previdenciários, emitir nota fiscal e facilidades<br />

no acesso a crédito. O Projeto, além de criar a<br />

figura do MEI Caminhoneiro, prevê a reinserção<br />

de diversas atividades que haviam sido excluídas do MEI por uma Resolução do Conselho Gestor do Simples Nacional, no<br />

dia 3 de dezembro. Entre essas atividades estavam: astrólogo, cantor ou músico, professor particular, entre outras.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Reflorestamento na<br />

Bacia do Rio Doce<br />

Em caráter compensatório, a Samarco e suas acionistas<br />

Vale e BHP Billiton iniciaram o projeto de recuperação<br />

de 5 mil nascentes e 40 mil ha (hectares) de áreas de<br />

preservação ambiental na bacia do Rio Doce. O projeto<br />

faz parte de um acordo firmado em março de 2016 entre<br />

o governo federal e os de Minas Gerais e do Espírito<br />

Santo. A medida, visa restaurar a mata nativa além da<br />

área que foi degradada após o rompimento da barragem<br />

da mineradora em Mariana (MG). Passados quatros anos<br />

da tragédia, esse trabalho é reforçado por famílias de<br />

trabalhadores rurais. O acordo entre as mineradoras e os<br />

governos também levou à criação da Fundação Renova<br />

para gerir todas as medidas reparatórias e compensatórias<br />

dos danos causados. A entidade firmou com o MST (Movimento<br />

dos Trabalhadores Rurais sem Terra) um convênio<br />

para produzir, este ano, 150 mil mudas. A meta é recuperar<br />

180 ha mas, como o trabalho vem sendo bem avaliado,<br />

já se estuda uma expansão para 340 ha, com a demanda<br />

por mais mudas e a consolidação da parceria, conforme<br />

informações da Agência Brasil.<br />

Foto: divulgação<br />

Confraternização<br />

Foto: divulgação<br />

No último dia 04 de novembro de<br />

<strong>2019</strong>, a Hansa-Flex (empresa do segmento<br />

de mangueiras e conexões hidráulicas), comemorou<br />

20 anos no Brasil. Atualmente,<br />

com a matriz sediada em Blumenau (SC),<br />

a empresa conta com mais de 90 funcionários,<br />

além de possuir 10 unidades no<br />

sul e sudeste do país e outras 3 unidades<br />

móveis para atendimento. Estas unidades<br />

móveis têm como principal objetivo atender<br />

ao cliente in loco com o máximo de<br />

rapidez, para evitar prejuízos com tempo<br />

de máquina parada. Já as oficinas containers<br />

visam atender clientes com demanda<br />

frequente e necessidades especiais. A<br />

Hansa-Flex está muito forte nos segmentos<br />

florestal, construção, offshore, máquinas<br />

equipamentos e implementos. Como diferencial, a empresa tem o atendimento personalizado, com comprometimento na<br />

entrega de materiais e no pós- venda, garantindo, assim, uma melhor e maior satisfação dos clientes.<br />

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Foto: divulgação<br />

NOTAS<br />

Sobe a taxa de desmatamento na<br />

Amazônia Legal Brasileira<br />

A taxa de desmatamento da Amazônia Legal Brasileira<br />

teve um aumento de 29,54% com relação ao ano<br />

passado. Os dados foram divulgados pelo Inpe (Instituto<br />

Nacional de Pesquisas Espaciais) e estão relacionados a<br />

um mapeamento em nove estados da Amazônia Legal<br />

Brasileira gerados pelo Prodes (Projeto de Monitoramento<br />

do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite). O<br />

valor estimado é de 9.762 km² (quilômetros quadrados)<br />

em relação a taxa de desmatamento apurada pelo Prodes<br />

2018 que foi de 7.536 km². Esta taxa é fruto dos dados<br />

gerados. O mapeamento utilizou imagens do satélite<br />

Landsat ou similares para registrar e quantificar as áreas<br />

desmatadas maiores que 6,25 ha (hectares). O Prodes<br />

considera como desmatamento a remoção completa da<br />

cobertura florestal primária por corte raso, independentemente<br />

da futura utilização destas áreas.<br />

Maquinários chegam para obras<br />

da Ponte da Integração<br />

O início do mês de dezembro foi marcado<br />

pela chegada de maquinários pesados para a<br />

construção da Ponte da Integração Brasil-Paraguai,<br />

na margem direita do Rio Paraná. O transbordo<br />

por meio rodoviário foi feito pela Ponte<br />

da Amizade e representa o avanço da obra. A<br />

Itaipu financiará a Ponte, pelo lado brasileiro,<br />

com R$ 323 milhões. Outros R$ 140 milhões<br />

serão investidos na Perimetral Leste, que<br />

fará a ligação entre a nova ponte e a BR-277,<br />

desviando o tráfego de caminhões pesados das<br />

avenidas turísticas e centrais de Foz do Iguaçu.<br />

A futura ponte terá 760m (metros) de comprimento<br />

e será do tipo estaiada, com vão-livre de<br />

470m, que é um de seus diferenciais estéticos.<br />

A ligação estaiada com o maior vão livre do<br />

mundo é a que liga o continente russo à ilha<br />

Russky. Ela tem 3.100m de extensão e vão-livre<br />

de 1.104m. Embora menor, a ponte sobre o Rio<br />

Paraná também será impactante e se tornará o<br />

novo cartão postal da fronteira.<br />

Foto: Visualhunt.com<br />

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NOTAS<br />

Inauguração<br />

Foto: divulgação<br />

No início de dezembro, a indústria de<br />

processamento de madeiras Greenforest<br />

foi inaugurada no município de Arvoredo,<br />

no oeste de Santa Catarina. Localizada na<br />

estrada Rosalino Nardi, altura do quilômetro<br />

20 da Rodovia SC-283, a madeireira ocupa<br />

uma área territorial de 179 mil m2 (metros<br />

quadrados) sobre a qual foi instalada uma estrutura<br />

industrial de 20 mil m2. A capacidade<br />

de expansão já está projetada para as futuras<br />

instalações de unidade fabril. O investimento<br />

foi de R$ 7 milhões.<br />

SETOR MOVELEIRO<br />

ALTA<br />

As exportações do setor moveleiro somaram US$<br />

458,5 milhões no acumulado do ano em <strong>2019</strong>, resultado<br />

que representa alta de 1,1% em comparação com<br />

o mesmo período de 2018. Os dados são da Abimóvel<br />

(Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário).<br />

Desse total, destacam-se as exportações de móveis<br />

para os EUA (Estados Unidos da América), com participação<br />

de 34,1% dos valores exportados e aumento<br />

de 8,2% em relação a 2018. Em 2º lugar no ranking<br />

aparece o Reino Unido com 10,6% de participação, com<br />

queda de 3,7% em termos de valores exportados frente<br />

ao registrado nos nove meses de 2018, e o Uruguai,<br />

em 3º lugar, com 7,5% do total exportado e com alta de<br />

4,4% em comparação com mesmo período de 2018.<br />

DEZEMBRO <strong>2019</strong><br />

DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA<br />

Os estados do Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia<br />

lideram as taxas de desmatamento por corte raso<br />

na Amazônia. De acordo com dados do Inpe (Instituto<br />

Nacional de Pesquisas Espaciais), as três localizações<br />

apresentam 84,13% de todo desmatamento observado<br />

em uma área de 9.762 km² (quilômetros quadrados)<br />

mapeada no período de agosto de 2018 a julho de<br />

<strong>2019</strong>.<br />

BAIXA<br />

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FRASES<br />

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil<br />

O governo federal não vai ser o<br />

tutelador de conflitos, de situações<br />

neste sentido. Por isso que há<br />

necessidade, de quando apresentar<br />

o registro, de ter a anuência dos<br />

seus confrontantes<br />

Nabhan Garcia, secretário de Assuntos<br />

Fundiários do Ministério da Agricultura, sobre<br />

a MP (Medida Provisória) que prevê regras<br />

para a regularização fundiária<br />

“Em um cenário futuro desafiador, as<br />

florestas estão ganhando um novo status.<br />

Da garantia de suprimento de matériaprima<br />

para todos os usos da madeira<br />

– atuais e potenciais – a uma nova<br />

economia de baixo carbono, a solução<br />

passa pelas florestas plantadas. Para isso,<br />

precisamos trabalhar na ampliação de<br />

mecanismos que incentivem o consumo<br />

de produtos florestais”<br />

“A Frente Parlamentar Mista em<br />

Defesa da Indústria do Mobiliário,<br />

representa um avanço muito<br />

importante para a cadeia produtiva<br />

de madeira e móveis onde teremos,<br />

de forma permanente, parlamentares<br />

defendendo e atuando nas causas<br />

do setor. A frente é um instrumento<br />

de representatividade política<br />

para tratar de assuntos da cadeia<br />

produtiva em âmbito nacional”<br />

Maristela Cusin Longhi, presidente da Abimóvel,<br />

(Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário),<br />

durante lançamento da Frente Parlamentar<br />

Wilson Andrade, diretor executivo da Abaf, durante a Fenagro<br />

“Nós não somos vilões de nada. Ao contrário. Basta olhar um<br />

país que tem 80% da Amazônia preservada, 60% da mata nativa<br />

brasileira preservada. O código florestal é a norma ambiental<br />

mais restritiva do mundo. O vilão são os outros que acabaram<br />

com as suas florestas, poluíram por mais de 100 anos a atmosfera<br />

com gases do efeito estufa com combustíveis fósseis. Portanto, se<br />

há alguém que é vilão de nada, esse alguém é o Brasil”<br />

Disse o ministro do Meio<br />

Ambiente, Ricardo Salles,<br />

durante COP 25, cúpula do<br />

clima da ONU (Organização<br />

das Nações Unidas).<br />

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Viramos a página de mais um<br />

ano e com ela a certeza de<br />

que levamos as principais<br />

notícias do setor<br />

Feliz 2020


ENTREVISTA<br />

Monitoramento<br />

das florestas com<br />

O USO DE<br />

ALGORITMOS<br />

Forest monitoring with<br />

the use of algorithms<br />

M<br />

onitorar o estado das florestas do mundo<br />

é uma tarefa monumental com desafios na<br />

coleta, interpretação e exibição de dados. O<br />

GFC (Global Forest Change), um projeto desenvolvido<br />

pelo professor Matthew Hansen, do Departamento<br />

de Geografia da Universidade de Maryland, aborda essa questão<br />

usando algoritmos para distinguir a cobertura florestal e a<br />

mudança nas imagens de satélite. A partir desses dados, o GFC<br />

é capaz de exibir tendências na perda e ganho de cobertura<br />

florestal ao longo do tempo.<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

Matthew<br />

Hansen<br />

M<br />

onitoring the state of the world’s forests<br />

is a monumental task with challenges in<br />

data collection, interpretation, and display.<br />

The Global Forest Change (GFC), a project<br />

developed by Professor Matthew Hansen of the University of<br />

Maryland´s Geography Department, tackles this issue by using<br />

algorithms to distinguish forest cover and change in satellite<br />

imagery. From this data, GFC is able to display trends in forest<br />

cover loss and gain over time.<br />

LOCAL DE NASCIMENTO<br />

EUA (Estados Unidos da América)<br />

The United States<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Professor do Departamento de Geografia da<br />

Universidade de Maryland<br />

Professor in the Geography Department of the<br />

University of Maryland<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Graduado em Engenharia Elétrica e PHD em Geografia<br />

BSc. Electrical Engineering and PhD. in Geography<br />

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Em geral, a América Latina<br />

tem capacidade, enquanto<br />

sociedade civil, para<br />

combater o desmatamento.<br />

Acho que eles têm uma<br />

abordagem mais multilateral<br />

>> O GFC exibe um mapa mundial com dados sobre cobertura<br />

florestal, perda e ganho em diferentes anos. Qual<br />

foi o processo na criação do GFC?<br />

Bem, é necessário ter imagens realmente boas, então tivemos<br />

uma série de satélites da Nasa e Usgs (US Geological<br />

Survey) chamada Landsat, que é muito bem projetada e<br />

fornece imagens de séries temporais da Terra. Somos muito<br />

bons em processar esses dados, extraindo informações<br />

temáticas, como árvores, onde elas estão sendo perdidas e<br />

onde estão aumentando. Quanto ao tipo de experiência, é<br />

necessário ser geógrafo, tem que saber algo sobre ciência<br />

ambiental, tem que ser capaz de interpretar imagens, processar<br />

imagens, fazer alguma programação, ser bom em<br />

matemática e estatística, então é um conjunto muito interdisciplinar<br />

de habilidades. Mas, no final, o satélite está<br />

tirando a foto de maneira muito semelhante a como nossos<br />

olhos olham para o mundo. Conhecemos uma floresta<br />

porque vemos um certo padrão e esse processo é muito<br />

semelhante para o satélite.<br />

>> Quais são as distinções ou contribuições importantes<br />

que o GFC é capaz de fornecer?<br />

O GFC é o primeiro sistema de monitoramento de florestas<br />

em resolução de 30m (metros). Nós dividimos o mundo<br />

em áreas de 30 m2 (metros quadrados), então fica em uma<br />

escala na qual os humanos agem nas paisagens. Então,<br />

quando fazem os cortes, nós vemos isso claramente, esse<br />

é o primeiro diferencial. O GFC é o primeiro registro global<br />

de mudanças na terra nessa resolução espacial, agora por<br />

catorze anos. Vamos processá-lo todos os anos e vamos<br />

desenvolver tendências sobre como as coisas estão progredindo.<br />

Veremos se as taxas de desmatamento estão<br />

subindo ou se os padrões de reflorestamento estão mudando.<br />

Existem tantas histórias incríveis em florestas em<br />

todo o mundo e essa resolução neste produto nos ajuda a<br />

rastrear e quantificar essas histórias.<br />

The Global Forest Change (GFC) displays a world map<br />

with data on forest cover, loss, and gain over different<br />

years. What was the process in creating GFC?<br />

Well, you have to have really good imagery, so we<br />

had a Nasa and Usgs (US Geological Survey) satellite<br />

series called Landsat that is really well-engineered and<br />

provides time-series images of the Earth. We’re really<br />

good at processing that data, extracting thematic information<br />

like where trees are, where they aren’t, where<br />

they’ve lost, and where they’re gained. The kind of<br />

expertise that you need, you need to be a geographer,<br />

have to know something about environmental science,<br />

have to be able to interpret images, process images, do<br />

some programming, be good at math and statistics, so<br />

it’s a very interdisciplinary skillset. But in the end, the<br />

satellite is taking the picture very similar to the way our<br />

eyes look at the world. We know a forest because we<br />

see a certain pattern, and that process is very similar for<br />

the satellite.<br />

What are important distinctions or contributions that<br />

GFC is able to provide?<br />

It’s the first [forest monitoring system] in 30-meter resolution.<br />

We divide the world up into 30-meter squares,<br />

so you’re at a scale at which humans act on landscapes.<br />

So when they clear cut, we see it very clearly, so that’s<br />

the first thing. It’s the first global land change record at<br />

that spatial resolution, now for fourteen years. We will<br />

process it every year moving forward, and we will develop<br />

trends on which way things are progressing. We’ll<br />

see if deforestation rates are going up or if regrowth<br />

patterns are changing. There are so many different<br />

amazing stories in forests globally, and this resolution in<br />

this product helps us track and quantify those stories.<br />

There has been some criticism that GFC classifies any<br />

vegetative growth higher than five meters as a tree<br />

and therefore counts plantation trees as forests. How<br />

do you plan on differentiating between vegetation<br />

higher than 5 meters such as plantation forestry and<br />

natural forests?<br />

Plantations will be identified soon. It’s kind of intuitive.<br />

If you have trees systematically coming and going in a<br />

landscape, we can draw a line around that and call that<br />

a plantation. That’s not going to be a problem. The real<br />

problem is that we need to get a long enough record.<br />

We’ll have a place like Sweden that might have slower<br />

regrowth than places like Indonesia. We need a longer<br />

record to get net change. We will get the net change dynamic.<br />

We will identify the landscapes where trees are<br />

a crop and reforestation, and afforestation differences<br />

will come out. Even on a spatial scale, if you look at our<br />

website, and you look at the RGB where the trees are<br />

green, loss is red, gain is blue, and pink is both loss and<br />

gain, you see the plantation landscapes. They are really<br />

obvious. Southeast US, it’s really pink. It’s all green, red<br />

Dezembro <strong>2019</strong><br />

35


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Dezembro <strong>2019</strong> 41


PRINCIPAL<br />

O<br />

mercado global de florestas plantadas para fins<br />

industriais considera as plantações de árvores<br />

brasileiras como as mais produtivas do mundo.<br />

Esse interesse internacional movimenta toda a<br />

cadeia do setor da madeira e, para acompanhar<br />

a tendência da área, empresas de pequeno e médio porte<br />

encontram na mecanização e, principalmente, na escolha em<br />

selecionar o maquinário de uma única marca como o caminho<br />

para se manterem mais competitivas, reduzirem os custos e<br />

aumentarem a segurança em seus processos.<br />

Com atuação nas cidades de Calmon e Matos Costas (SC),<br />

a AFA (Agro <strong>Florestal</strong> Aliança) iniciou desde 2014 o processo de<br />

mudança dos seus procedimentos e hoje já está 100% mecanizada.<br />

A atividade principal da empresa é a venda de tora de<br />

pinus para fornecer ao mercado, sendo especializados na área.<br />

A primeira vantagem, considerada pela empresa, foi a segurança<br />

durante o processo. Em <strong>2019</strong> foi marcado o quarto ano consecutivo<br />

sem acidentes de trabalho. “Antes a gente usava motosserras<br />

e o número de acidentes era muito alto. Além disso, no<br />

sistema antigo, tínhamos que ficar preocupados com a previsão<br />

do tempo”, destaca o gerente florestal Pedro Augusto Scherer.<br />

Com as máquinas operando em dias de sol ou chuva, a empresa<br />

conseguiu reduzir os custos e ter mais rentabilidade. Antes<br />

de 2014, para o processo de corte, colheita e carregamento a<br />

AFA tinha 76 funcionários ativos na operação, número que foi<br />

reduzido para 11 pessoas. A produção de volume por tonelada<br />

continua a mesma e com a garantia maior para manter o prazo<br />

de entrega. “Essa pontualidade atraí muito os clientes, pois<br />

Mechanization with<br />

more safety and agility<br />

Small and medium-sized companies find<br />

mechanization as the way to ensure long<br />

term profitability for their companies<br />

T<br />

he global market for forests planted for industrial<br />

purposes considers Brazilian planted forests as the<br />

most productive in the world. This international<br />

interest influences the entire Forest Sector chain<br />

and, to keep up with the trend in this area, small<br />

and medium-sized producers find mechanization and, mainly,<br />

choosing to select the machinery of a single brand as the way<br />

to remain more competitive, reduce costs, and increase safety<br />

in their processes.<br />

In 2014, operating in the Calmon and Matos Costas areas<br />

in the State of Santa Catarina, Agro <strong>Florestal</strong> Aliança (AFA)<br />

started the process of changing its procedures and, today is<br />

already 100% mechanized. The main activity of the Company<br />

is specializing in the sale of pine logs to the market. The first<br />

advantage, considered by the Company, was worker safety<br />

during the process. <strong>2019</strong> was the fourth consecutive year<br />

without any work accidents. “Before we used chainsaws and<br />

the number of accidents was very high. Also, in the old system,<br />

we had to be concerned with the weather,” highlights Pedro<br />

Augusto Scherer, Forest Manager for AFA.<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


Dezembro <strong>2019</strong> 43


44 www.referenciaflorestal.com.br


Dezembro <strong>2019</strong> 45


ESPECIAL<br />

13 a Codornada<br />

FLORESTAL<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

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A tradicional reunião de amigos, com muita<br />

codorna e bons negócios fechou o ano com<br />

chave de ouro para o setor florestal<br />

DIA DE CAMPO<br />

Com muita chuva, o primeiro dia do evento foi<br />

marcado pelo tradicional dia de campo, onde os apaixonados<br />

por tecnologia de ponta puderam conferir<br />

como as máquinas funcionam em ação. A primeira<br />

demonstração foi feita pela empresa Komatsu, que<br />

apresentou o Komatsu 911, um harvester para todos<br />

os usos e com vantagens únicas quando se trata de<br />

produtividade e ambiente de trabalho ergonômico. O<br />

segundo maquinário apresentado foi o DAH-15OE da<br />

Denis Cimaf, um equipamento industrial de trituração<br />

florestal de alta potência que é instalado na maioria<br />

das escavadeiras ou máquinas com braços articulados.<br />

Com uma demonstração dupla, a J de Souza e<br />

a Manos mostraram como é feito o carregamento<br />

florestal, as garras da J de Souza pegavam toras de<br />

madeira inteiras e colocavam dentro do caminhão da<br />

Manos. Com as toras na carreta, o evento seguiu para<br />

mais uma demonstração em equipe, enquanto o picador<br />

florestal TR King, da Bruno Industrial processava<br />

os troncos de madeira, o implemento com piso móvel<br />

da Carrocerias Bachiega realizava o armazenamento<br />

do material, finalizando assim as 5h (horas) de campo.<br />

Dezembro <strong>2019</strong><br />

47


ESPECIAL<br />

R<br />

echeada de novidades e com o dobro de tamanho,<br />

a confraternização dos amigos florestais<br />

já se tornou tradição em Ponte Alta do Norte<br />

(SC) e chegou à sua 13 a edição no início de<br />

dezembro. A Codornada <strong>Florestal</strong> reuniu tudo<br />

o que uma festa de fim de ano tem de melhor: networking,<br />

negócios, ação social e solidariedade em um clima de descontração<br />

com comida de qualidade e música boa.<br />

O foco principal é, de fato, o cunho social e a confraternização<br />

entre amigos e parceiros do setor. O evento tem o<br />

objetivo de arrecadar brinquedos para as crianças carentes da<br />

região e, para isso, reúnem grandes nomes da cadeia florestal<br />

do Brasil, como os representantes das empresas Bachiega,<br />

Denis Cimaf, Envimat, Potenza, Rotary-Ax, AIZ, Log Max, J de<br />

Souza, Minusa, Manos, Komatsu, Bruno Industrial, TMO, entre<br />

outras.<br />

Segundo Fábio Calomeno, diretor da NP Transportes e<br />

Biomassa e idealizador da Codornada, o evento tem uma proposta<br />

de ser menos formal do que os demais da área realizados<br />

ao longo ano. “Nossa ideia é reunir todo o setor florestal<br />

com a finalidade de agradecer pelo ano que passou, além de<br />

angariar novas parcerias. Mas o cunho social ainda é o nosso<br />

maior objetivo, a cada ano me surpreendo mais em quantos<br />

presentes conseguimos arrecadar. Devemos isso a todos os<br />

nossos parceiros, como a Dash7 e a REVISTA REFERÊNCIA,<br />

que são os responsáveis pela divulgação do evento”, afirma<br />

Calomeno.<br />

Nesta edição, a estimativa da organização é de ter arrecado,<br />

aproximadamente, 500 brinquedos. “Tivemos um recorde<br />

de público visitante, expositores e patrocinadores. Para se<br />

ter uma noção, o jantar foi para cerca de 700 pessoas e, fora<br />

do salão, arrisco dizer que havia pelo menos 1000 pessoas”,<br />

ressalta a organizadora e responsável pela divulgação da Codornada,<br />

Joseane Knop.<br />

De acordo com ela, a 13 a Codornada <strong>Florestal</strong> foi marcada<br />

por uma mudança na programação e na estrutura física do<br />

evento. A edição marca a realização do “1º Seminário <strong>Florestal</strong>”,<br />

com palestras e debates. Além disso, o evento que era<br />

realizado em um salão passou a ter dois espaços para os expositores<br />

e para a circulação do público.<br />

1º SEMINÁRIO FLORESTAL<br />

O segundo dia de Codornada <strong>Florestal</strong> começou<br />

com uma grande novidade: o Seminário<br />

<strong>Florestal</strong>. A ação contou com palestras de três<br />

referências no ramo florestal, a Profª Dra. Millana<br />

Pagnussat, que falou sobre as capacidades<br />

individuais de operadores de máquinas de alta<br />

performance; o empresário Rafael Brunacci,<br />

que trouxe em pauta tudo sobre data analytics<br />

no segmento florestal; e o engenheiro Claudio<br />

Ortolan, que mostrou seus estudos e reflexões<br />

sobre o mercado florestal.<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


Dezembro <strong>2019</strong> 49


50 www.referenciaflorestal.com.br


Dezembro <strong>2019</strong> 51


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Dezembro <strong>2019</strong> 53


MERCADO<br />

EXPORTAÇÃO DE<br />

COMPENSADOS<br />

DE PINUS E SERRADO DE MADEIRA<br />

COM PREVISÃO DE RETRAÇÃO<br />

Foto: Fabiano Mendes<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


Pela primeira vez em oito anos, a expectativa para o<br />

fechamento de <strong>2019</strong> é negativa, segundo especialista<br />

Dezembro <strong>2019</strong><br />

55


MERCADO<br />

E<br />

mbora a exportação brasileira de compensados<br />

de pinus e serrado de madeira entre 2011 e<br />

2018 tenha sido crescente, a situação atual das<br />

exportações tem preocupado os especialistas.<br />

Após 8 anos consecutivos de expansão, <strong>2019</strong><br />

tende a ser o primeiro ano de retração.<br />

Em agosto e setembro de 2018, o setor se destacava<br />

em um momento positivo do mercado e um impulso no aumento<br />

das exportações de compensado de pinus e madeira<br />

serrada. No entanto, em maio de <strong>2019</strong>, uma análise feita<br />

com foco na exportação de compensados de pinus, percebeu<br />

uma queda de 31% no volume exportado nos meses de<br />

março e abril deste ano. Foi revelado, então, que o que havia<br />

causado a redução da demanda pelo produto brasileiro<br />

havia sido o efeito das condições climáticas negativas durante<br />

a temporada de construções nos EUA (Estados Unidos da<br />

América). Os dados foram publicados pela Forest2Market do<br />

Brasil - empresa que possui um banco de dados atual e exclusivo<br />

de transações entregues e uma abrangente infraestrutura<br />

de coleta de dados.<br />

Por outro lado, o mercado da construção civil norte-americano<br />

(grande driver da exportação de produtos madeireiros<br />

brasileiros) ganhou destaque por ter tido o melhor<br />

desempenho mensal desde 2007. Marcelo Schmid, sócio-diretor<br />

da Forest2Market do Brasil, afirma que: “esse pode ser<br />

um sinal que indica o início de uma temporada de construção<br />

tardia que traz ao mercado de construção norte-americano<br />

esperanças de um final de ano positivo”, analisa.<br />

Sobre a indústria brasileira, Schmid alerta: “a situação<br />

atual das exportações do mercado de compensados de<br />

pinus tem preocupado bastante”. Apesar da tendência da<br />

exportação entre 2011 e 2018 ter sido crescente (como<br />

apresenta a figura 01), para alcançar o volume exportado<br />

em 2018, o Brasil teria que exportar mais de 105 mil toneladas<br />

por mês até o fim do ano. Porém, nos últimos três<br />

meses (agosto, setembro e outubro), a média mensal de<br />

exportação foi de 83 mil toneladas.<br />

Após um excelente crescimento no mês de maio, todos<br />

os meses seguintes tiveram retração, quando comparados<br />

aos mesmos meses no ano passado, conforme demonstra a<br />

figura 02. Marcelo revela, ainda, que “a expectativa para o<br />

fechamento de <strong>2019</strong> não é positiva, provavelmente será o<br />

primeiro ano de retração desde 2011”.<br />

MADEIRA SERRADA<br />

“No caso da madeira serrada, o caminho parece ser o<br />

mesmo”, alerta Schmid. Para alcançar o volume exportado<br />

em 2018, o Brasil teria que exportar mais de 115 mil toneladas<br />

por mês até o fim do ano, conforme apresenta a figura<br />

03. Entretanto, nos últimos três meses, a média mensal foi<br />

de apenas 79 mil toneladas.<br />

Embora o saldo da comparação das exportações de <strong>2019</strong><br />

com 2018 ainda seja positivo, o ritmo vem caindo desde junho.<br />

Marcelo ressalta que “nos meses de agosto, setembro<br />

e outubro o Brasil exportou 79% a menos que nos mesmos<br />

meses de 2018.” O fato é demonstrado na figura 04.<br />

Figura 01. Evolução anual da exportação de compensados de pinus<br />

brasileiro<br />

*Até o mês de outubro<br />

Fonte: Comex, adaptado por Forest2Market do Brasil<br />

Figura 02. Comparação mensal do volume de compensados de<br />

pinus exportado em 2018 e <strong>2019</strong><br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


Dezembro <strong>2019</strong> 57


ECONOMIA<br />

Setor florestal gera 200 mil<br />

EMPREGOS NA BAHIA<br />

Fotos: REFERÊNCIA e divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


SDE e Abaf estão construindo uma agenda<br />

positiva para potencializar o segmento<br />

Dezembro <strong>2019</strong><br />

59


ECONOMIA<br />

O<br />

setor florestal na Bahia, responsável pela<br />

produção e processamento de madeira<br />

para papel, celulose, entre outros produtos,<br />

investiu R$ 1 bilhão em 2018, com<br />

crescimento de 16% em relação ao ano<br />

anterior. O PIB (Produto Interno Bruto) alcançou R$ 14,2<br />

bilhões, correspondendo a 5% do PIB estadual no ano<br />

passado. O setor de base florestal gera mais de 200 mil<br />

empregos, em mais de 50 municípios do interior da Bahia.<br />

Para dinamizar ainda mais o segmento, a SDE (Secretaria<br />

de Desenvolvimento Econômico) está construindo uma<br />

agenda positiva com produtores e empresas do ramo,<br />

representados pela Abaf (Associação Baiana das Empresas<br />

de Base <strong>Florestal</strong>).<br />

“O setor florestal abastece importantes segmentos da<br />

economia baiana que precisam de madeira nos seus processos<br />

produtivos, a exemplo da construção civil, indústria<br />

de papel e celulose e agronegócios. Além disso, exerce papel<br />

fundamental no equilíbrio do clima e na regulação do<br />

fluxo hídrico”, aponta o chefe de Gabinete, Luiz Gugé.<br />

Já Andreas Birmoser, presidente da Veracel, acredita<br />

que a abertura para o diálogo é essencial para o setor<br />

privado e, esse trabalho, de parceria das empresas com o<br />

governo, é a maneira mais diligente para conseguir superar<br />

desafios e os problemas que as empresas encontram no<br />

dia a dia. “Esse espaço será a maneira mais eficaz de alcançarmos<br />

os objetivos e melhorarmos a produtividade do<br />

setor, que é tão relevante para o Estado”, destaca.<br />

Para Mariana Lisbôa, gerente Executiva de Relações<br />

Coorporativas da Suzano, a ampliação da parceria com o<br />

estado e a transferência dessa relação são fundamentais,<br />

pois além de garantir a permanência do negócio na Bahia,<br />

permitirão a implementação e acréscimo de atividades do<br />

setor. “As questões ambientais são muito relevantes e merecem<br />

atenção do governo e das empresas”, alerta.<br />

“O que nós defendemos é que a Bahia precisa crescer<br />

e desconcentrar seu desenvolvimento; e nosso setor representa<br />

uma oportunidade para isso. As respostas podem<br />

ser rápidas e há determinadas áreas onde encontramos<br />

alguns entraves e eles podem ser solucionados no âmbito<br />

das entidades do Governo da Bahia. Nosso setor é organizado<br />

e sabe os caminhos que têm que trilhar, sabe a<br />

viabilidade de fazer pedidos que sejam mensuráveis e adequados<br />

à realidade do nosso Estado e é isso que nos entusiasma<br />

a começar esse trabalho”, afirma Wilson Andrade,<br />

diretor executivo da Abaf.<br />

AGENDA POSITIVA<br />

Segundo Laís Maciel, diretora de Interiorização do Desenvolvimento<br />

da SDE, o governo pretende fomentar e articular<br />

principais pontos que vão permitir que o segmento<br />

continue se desenvolvendo, ampliando a cadeia produtiva<br />

e gerando ainda mais desenvolvimento e emprego para o<br />

Estado.<br />

O diretor geral da Bracell, Guilherme Araújo, acredita<br />

que a aproximação do setor privado e governo é importante<br />

para chegar a soluções que mantenham o crescimento<br />

e desenvolvimento do setor e impacte de forma positiva<br />

tanto para comunidade local, quanto para o estado e o<br />

país. Já Carlos Henrique Temporal, Relações Institucionais<br />

da Ferbasa, diz que a agenda positiva já representa um<br />

marco importante.<br />

Reunião realizada entre o poder público e Abaf para discutir<br />

a agenda positiva<br />

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Pioneira em<br />

mÁquinas e peças<br />

Florestais seminovas<br />

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ESPÉCIE<br />

PAU-ROXO:<br />

ALTA DENSIDADE E<br />

VERSATILIDADE<br />

Foto: divulgação<br />

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A beleza e qualidade da espécie atrai<br />

para o uso em diferentes setores


ESPÉCIE<br />

C<br />

onhecida popularmente como pau-roxo,<br />

pau-roxo-da-terra-firme, pau-roxo-da-<br />

-várzea, roxinho, roxinho-pororoca,<br />

violet, entre outros nomes espécie Peltogyne<br />

spp., Leguminosae integra o gênero<br />

Peltogyne que tem várias espécies com madeiras<br />

de características e valor no comércio semelhantes.<br />

A espécie é facilmente encontrado em países como:<br />

Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Suriname<br />

e, no Brasil, é predominante na Amazônia e Mata<br />

Atlântica, sendo também encontrado no Acre, Amapá,<br />

Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato<br />

Grosso, Minas Gerais, Pará e Rondônia.<br />

Entre as suas características sensoriais estão o<br />

cerne e alburno distintos pela cor, cerne roxo podendo<br />

escurecer com o tempo, alburno bege claro.<br />

Também possui um brilho moderado a acentuado,<br />

com cheiro e gosto imperceptíveis. A espécie tem<br />

uma densidade alta, dura ao corte, com grã direita a<br />

irregular e textura fina a média.<br />

A madeira de pau-roxo é considerada de alta resistência<br />

ao ataque de organismos xilófagos (fungos<br />

apodrecedores e cupins-de-Madeira-seca). Apresenta<br />

baixa resistência a organismos xilófagos marinhos. A<br />

espécie apresenta baixa permeabilidade a soluções<br />

preservante. O cerne é impermeável ao tratamento<br />

com creosoto e CCA-A mesmo em processo sob pressão.<br />

CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO<br />

A madeira de pau-roxo é moderadamente difícil<br />

de ser trabalhada manualmente ou com máquinas,<br />

devido à dureza e exsudação de resina quando aquecida<br />

pelas ferramentas. É fácil de colar e apresenta<br />

bom acabamento. A trabalhabilidade é regular na<br />

plaina e excelente na lixa, torno e broca. Ela apresenta<br />

um polimento lustroso. Recomenda-se a perfuração<br />

prévia à colocação de pregos, de acordo com pesquisas<br />

do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e<br />

dos Recursos Naturais Renováveis).<br />

A secagem ao ar livre é fácil a moderada, com<br />

pequena incidência de rachaduras e empenamentos.<br />

A secagem em estufa é rápida e com poucos defeitos.<br />

Para a espécie P. paniculata a secagem em estufa é<br />

rápida, com pequena tendência à rachaduras de topo,<br />

torcimento e arqueamento fortes.<br />

USOS<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

PESADA EXTERNA:<br />

• Dormentes ferroviários<br />

• Cruzetas<br />

• Esteios<br />

• Estacas<br />

PESADA INTERNA:<br />

• Tesouras<br />

• Vigas<br />

• Caibros<br />

LEVE EM ESQUADRIAS:<br />

• Portas<br />

• Janelas<br />

• Batentes<br />

LEVE INTERNA, DECORATIVA:<br />

• Painéis<br />

• Forros<br />

• Lambris<br />

ASSOALHOS:<br />

• Tábuas<br />

• Tacos<br />

• Parquetes<br />

MOBILIÁRIO<br />

ALTA QUALIDADE:<br />

• Móveis decorativos<br />

OUTROS USOS:<br />

• Embarcações<br />

• Lâminas decorativas<br />

• Cabos de ferramentas<br />

• Cabos para cutelaria<br />

• Transporte<br />

• Decoração e adorno<br />

• Peças torneadas<br />

• Tacos de bilhar<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


Dezembro <strong>2019</strong> 65


PESQUISA<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


ESTUDO FAZ ANÁLISE DO<br />

SISTEMA DE PRODUÇÃO<br />

DE TECA<br />

NO BRASIL<br />

Fotos: Fabiano Mendes<br />

Pesquisadores apresentam<br />

um apanhado da espécie<br />

de madeira que tem um<br />

mercado promissor<br />

LUIZ GUSTAVO MARTINELLI<br />

FAEF (FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO INTEGRAL)<br />

JOSÉBIO ESTEVES GOMES<br />

FAEF (FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO INTEGRAL)<br />

HANDREY BORGES ARAÚJO<br />

FAEF (FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO INTEGRAL)<br />

Dezembro <strong>2019</strong><br />

67


PESQUISA<br />

RESUMO<br />

O<br />

presente trabalho teve como objetivo a<br />

análise dos diferentes sistemas de produção<br />

de Tectona grandis, no qual se verificou os<br />

espaçamentos mais utilizados, bem como,<br />

os controles silviculturais durante o ciclo da<br />

cultura para se ter um produto final de qualidade, em regiões<br />

onde as condições edafoclimáticas atendam às características<br />

da cultura.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A teca (Tectona grandis) possui uma das madeiras mais<br />

conhecidas no mundo. Keiding (1985) afirmou que a madeira<br />

de teca possui durabilidade, leveza, resistência ao ataque<br />

de térmitas e fungos, fácil de ser trabalhada e com ausência<br />

de rachaduras. De origem asiática, mais precisamente das<br />

florestas de monção na Índia, as plantações de teca no Brasil<br />

tiveram início em 1971, na região de Cáceres estado do Mato<br />

Grosso, após trabalho desenvolvido pela empresa Cáceres<br />

<strong>Florestal</strong> S.A. Essa empresa constatou que a região oferecia<br />

excelentes condições para o seu cultivo, que demonstrou bom<br />

crescimento, boa adaptação às condições climáticas locais,<br />

além de produzir uma madeira que alcançava bons preços no<br />

mercado internacional (Caceres <strong>Florestal</strong> S.A., 2007).<br />

A grande diferença da teca para o mogno por exemplo é<br />

a sua rusticidade, rápido crescimento em altura, e excelente<br />

forma (tronco retilínio e pouco sujeito a bifurcação). A grande<br />

expansão de teca atualmente no Brasil ocorre na região centro-oeste<br />

e norte, sendo o principal produto dessa espécie a<br />

madeira de alta qualidade, muito utilizada em móveis finos e<br />

na construção naval (Lorenzi, 2003). O valor de mercado para<br />

a madeira de teca madura, livre de nós e com diâmetro para<br />

serraria, chega a superar os valores da espécie Mogno (Swietenia<br />

macrophylla), cujo metro cúbico serrado é comercializado<br />

por valores que chegam a US$ 1.500 como produto final,<br />

já o produto do desbaste inicial é comercializado entre US$ 60<br />

e 80 o metro cúbico (Embrapa, 2007).<br />

A expectativa é de que investimentos em povoamentos<br />

de teca no Brasil constituam uma ótima opção econômica<br />

para regiões que atendam as demandas edafoclimáticas da<br />

espécie. Apesar da potencialidade de mercado para a teca, no<br />

Brasil ainda são escassos os trabalhos que avaliam o potencial<br />

econômico desta espécie, considerando as várias formas de<br />

manejo (Caceres <strong>Florestal</strong> S.A., 2007). Os reflorestamentos<br />

de teca vêm sendo praticados, em grande escala, há mais de<br />

uma centena de anos. Segundo Dupuy e Verhaegem (1993),<br />

afirmam que a área plantada é estimada em três milhões de<br />

hectares, incluindo plantios estabelecidos na Ásia, Oceania,<br />

África e América. Os plantios tradicionais de teca são realizados<br />

pelo uso de mudas obtidas mediante propagação sexuada,<br />

por intermédio de sementes, fato que envolve alguns<br />

problemas tais como o número limitado de sementes de boa<br />

viabilidade, a grande variabilidade na produção de sementes<br />

viáveis de um ano para o outro, etc. O plantio é realizado entre<br />

os meses de setembro e abril, devido a maior ocorrência<br />

de chuvas, onde é utilizado o espaçamento 3x2m (metros)<br />

entre mudas, também o controle de ervas daninhas é uma<br />

operação crucial nas fases iniciais do desenvolvimento até<br />

que se feche o dossel, para áreas de alta produtividade a capina<br />

deve ser realizada de forma sistemática.<br />

A estratégia de manejo para formação de fustes limpos<br />

e sem nós contempla a operação de desrama e consiste na<br />

remoção dos ramos até a altura de 50% da árvore, ou o fuste<br />

comercial (Floresteca, 2007). Embora já exista tecnologia<br />

suficiente para adotar a propagação vegetativa assexuada,<br />

esta técnica não é muito utilizada pelas empresas que atuam<br />

no Estado do Mato Grosso. Na região de Cáceres, árvores de<br />

teca em plantios manejados com desbastes, alcançam DAP<br />

(Diâmetro a Altura do Peito) de 46 cm (centímetros) e altura<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


Dezembro <strong>2019</strong> 69


A FEIRA DA<br />

INDÚSTRIA DO<br />

EUCALIPTO<br />

O Show <strong>Florestal</strong> MS é a nova feira florestal nacional, que<br />

vem para impulsionar o crescimento do mercado industrial<br />

de florestas plantadas, promover inovação e gerar negócios.<br />

A cidade de Três Lagoas em Mato Grosso do Sul, vai receber<br />

um novo conceito de feira em 2020, com:<br />

info@malinovski.com.br<br />

+55 (41) 9 9924-3993<br />

www.showflorestal.com.br<br />

+55 (41) 3049-7888


EVENTOS<br />

TÉCNICOS<br />

CONGRESSO FLORESTAL MS | 04 DE AGOSTO<br />

O Congresso <strong>Florestal</strong> MS promovido pela Reflore, chega a sua 6ª edição<br />

para manter a tradição de reunir as principais empresas, indústrias e<br />

marcas florestais do estado do Mato Grosso do Sul. O evento propõe<br />

debater os pontos mais importantes do setor florestal no estado,<br />

buscando desenvolvimento e fortalecimento empresarial.<br />

Mais informações: www.showflorestal.com.br<br />

EVOLUTION: ENCONTRO DE INOVAÇÕES E TECNOLOGIAS<br />

FLORESTAIS | 05 E 06 DE AGOSTO (MANHÃ)<br />

O Evolution é um evento de transformação e atualização florestal. Vai<br />

apresentar aos participantes em 2 dias de eventos novidades sobre<br />

temas relevantes nas áreas de:<br />

Painel 1: Geoprocessamento e Planejamento;<br />

Painel 2: Silvicultura (implantação e manutenção);<br />

Painel 3: Colheita <strong>Florestal</strong>;<br />

Painel 4: Logística e Transporte de Madeira.<br />

Mais Informações: www.showflorestal.com.br<br />

Organização:<br />

Apoio Master:


AGENDA<br />

AGENDA2020<br />

JANEIRO<br />

2020<br />

Imagem: reprodução<br />

XXXI Show Rural Coopavel<br />

03 a 07<br />

Cascavel (PR)<br />

www.showrural.com.br<br />

JANEIRO<br />

2020<br />

JAN<br />

2020<br />

FEMUR<br />

Realizada na cidade de Ubá (MG), o evento reunirá<br />

dezenas das maiores e mais representativas empresas<br />

moveleiras do país. Sediada no Parque de Exposições<br />

do Horto <strong>Florestal</strong>, a Femur terá 12 mil m2 (metros<br />

quadrados) com estrutura moderna e confortável<br />

onde receberá expositores e lojistas para a realização<br />

de novos negócios e novas parcerias.<br />

Dinetec (Dia de Negócios e<br />

Tecnologias)<br />

15 a 17<br />

Canarana (MT)<br />

www.dinetec.com.br<br />

Femur - Feira de Móveis de<br />

Minas Gerais<br />

20 a 23<br />

Ubá (MG)<br />

www.femur.com.br/sobre-a-feira/<br />

JANEIRO<br />

2020<br />

MAI<br />

2020<br />

MY WOOD HOME<br />

O evento visa fomentar e capacitar profissionais da<br />

cadeia produtiva da madeira e da construção neste<br />

promissor e tecnológico sistema, a fim de consolidá-lo<br />

no Brasil. O projeto é dividido em três oportunidades<br />

de uso da madeira na construção sustentável: o<br />

sistema wood frame, madeira de tronco de eucalipto e<br />

de madeira engenheirada. Cada tema será apresentado<br />

em dois módulos, seminários e workshop, presenciais<br />

e online.<br />

Imagem: reprodução<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA2020<br />

FEVEREIRO<br />

2020<br />

Tudo que você precisa em manutenção de equipamentos Florestais<br />

como Picadores, HARVESTERS e FORWARDERS de diversas<br />

marcas como Komatsu, John Deere, Caterpillar, Tigercat,<br />

Ponsse, Peterson Pacific e Morbark.<br />

Oregon Logging Conference<br />

16 a 23<br />

Oregon (USA)<br />

https://oregonloggingconference.com<br />

DISTRIBUIDOR<br />

SERVIÇOS ESPECIALIZADOS<br />

MARÇO<br />

2020<br />

mbh@mbh.com.br<br />

Araguaia <strong>Florestal</strong> 2020 -<br />

Do plantio à colheita<br />

24 a 26<br />

Alto Araguaia (MT)<br />

www.altoaraguaia.mt.gov.br<br />

MAIO<br />

2020<br />

My Wood Home<br />

19 A 29<br />

Piracicaba (SP)<br />

http://mywoodhome.com.br<br />

Dezembro <strong>2019</strong><br />

73


ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

Lucro<br />

EMPRESARIAL<br />

Quando o assunto é o LUCRO<br />

da sua empresa, você sabe<br />

exatamente como estão as<br />

coisas?<br />

S<br />

egundo o Sebrae, 7% das empresas fecham<br />

por falta de lucro, 20% por falta de<br />

capital e quase 50% dos pequenos empresários<br />

do Brasil não sabem precisar se<br />

têm lucro ou prejuízo.<br />

Você sabe se sua empresa está dando lucro?<br />

Essas estatísticas nos evidenciam que as empresas<br />

fecham por falta de uma gestão adequada dos seus<br />

recursos.<br />

No mundo dos negócios competitivo em que vivemos<br />

o foco das empresas se torna uno: vender. Vender<br />

é o mantra, o começo, o fim e o meio, mas é só isso?<br />

Não. Não podemos pensar em apenas vender.<br />

Ao pensar apenas em vender, os empresários esquecem<br />

de outros aspectos do negócio e o principal<br />

deles: o foco deve estar no lucro e não no faturamento.<br />

Lógico que precisa faturar, mas precisa ter lucro. Muitas<br />

vezes não dão a devida importância, mas é esse<br />

dinheiro (o lucro) que permitirá maiores investimentos<br />

e trará a prosperidade que ele espera.<br />

Empresários bem sucedidos trabalham e atuam de<br />

maneira diferente dos demais. Um hábito é entender<br />

que, na verdade, é o lucro que move uma empresa e<br />

não o faturamento.<br />

Uma boa dica para fazer com que sua empresa seja<br />

lucrativa é entender que a primeira pessoa que tem<br />

que pensar em lucro é o dono. Se ele não fizer isso,<br />

ninguém fará por ele.<br />

Não é raro observarmos que as empresas possuem<br />

metas de vendas, mas não possuem metas de redução<br />

de custos. Você tem metas de redução de custos na<br />

sua empresa?<br />

Quando foi a última vez que fez uma reunião sobre<br />

lucro e custos com os líderes da sua empresa?<br />

Quem são os líderes na sua empresa? Eles sabem<br />

que uma empresa não vive de venda, e sim de lucro?<br />

Está difundindo esta cultura junto à sua equipe?<br />

Pense nisso e coloque toda sua equipe para focar<br />

em lucro e tenha uma empresa lucrativa.<br />

Por Sidinei Augusto,<br />

Economista, matemático, especialista em vendas, gestão<br />

empresarial com MBA pela FGV e Babson College, Boston - USA.<br />

Palestrante de Vendas, Motivação e Gestão de Alta Performance.<br />

Atualmente é Diretor e Palestrante da Escola de Vendas e Negócios<br />

K.L.A, em Curitiba (PR)<br />

Foto: divulgação<br />

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