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RCIA - ED. 68 - MARÇO 2011

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Clari se apaixou pela profissão

aos 18 anos e em 2011, completa

53 anos de atividades

CLARI, O ARTISTA DOS TECIDOS

Alfaiate dos bons, Clari Benjamin Pancera escolheu

Araraquara. Aqui enraizou sua família e construiu uma bela

trajetória profissional à frente da Alfaiataria Del Rey.

Aos 70 anos, Clari Benjamin Pancera

mantém a alegria e satisfação todos os dias

ao desenvolver a sua profissão. Alfaiate,

Clari completa 53 anos de dedicação ao ofício

e se orgulha da clientela fiel que conquistou

em todos esses anos.

Natural de Caçador, no Estado de Santa

Catarina, Clari vem de uma família de

bons alfaiates. Aos 18 anos, começou

aprendendo com o pai . Além de Clari, outros

dois irmãos (de cinco, no total), também

seguiram na profissão. “Quando fui

fazer o Tiro de Guerra tive que deixar meu

emprego e para ganhar algum dinheiro, pedi

ao meu pai que me ensinasse a costurar

calças, não parei mais, me apaixonei pela

profissão”, conta Clari.

Ainda em Caçador, o jovem alfaiate conheceu

sua companheira de toda a vida,

Zilda Zambrano. Casaram-se em 29 de julho

de 1961, ela aos 18 anos e ele aos 21.

Passados alguns anos, já com dois filhos

(Ernane e Edson) e o terceiro a caminho

(Edílson), a família Pancera decidiu se mudar

para Araraquara. “Os pais de Zilda já

moravam na cidade, nós viemos visitá-los

e gostamos; por incentivo deles resolvemos

também começar uma nova vida aqui,

compreendendo que aqui poderíamos fincar

nossas raízes, ainda que fosse uma terra

desconhecida”, explica o alfaiate. Em julho

eles vão fazer Bodas de Ouro de uma feliz

união, completa Clari.

A chegada da família aconteceu em

1968. Ele conta que estava decidido a abandonar

a alfaiataria e buscar uma nova profissão

e foi o que fez. Conseguiu um emprego

como vendedor nas Casas Pernambucanas,

apesar de se sair muito bem no

cargo, percebeu que não era o que desejava.

Então, ficou sabendo que na loja Regional

(na Rua Nove de Julho esquina com

Avenida Feijó) precisavam de alfaiates para

consertos de roupas. Clari permaneceu

por quase dois anos neste emprego; período

que conheceu muitas pessoas e começou

a aceitar pedidos e a trabalhar como alfaiate

em casa. “Chegou uma época que eu

não dava mais conta de trabalhar fora e em

casa”, comenta.

Clari deixou o emprego na loja e passou

a trabalhar com um renomado alfaiate

da cidade, Lucílio Correia Leite. Após

dois anos de trabalho em parceria, Clari ficou

apenas com seu próprio negócio.

“Conquistei uma boa clientela até que em

1977, o Lucílio se aposentou e me chamou

pra alugar o salão dele, aceitei porque minha

casa era pequena e não comportava

mais tanto trabalho. Fiquei 29 anos no mes-

Em 1961, casamento

em Caçador (SC)

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