ESPECIAL Fotos: Marcos Mancinni ABPM COMEMORA 50 ANOS EM ENCONTRO COM ASSOCIADOS 34 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>
AAbpm (Associação Brasileira de Preservadores de Madeira) completou, em 2019, 50 anos de história. Para comemorar a importante marca, a entidade organizou, no dia 12 de dezembro, um evento com os associados para discutir as perspectivas para os próximos anos. Palestrantes renomados envolvidos na cadeia produtiva da madeira participaram do encontro realizado em São Pedro (SP). Para Gonzalo Lopez, presidente da Abpm, os 50 anos da Associação se resumem à luta, desafios e inúmeras conquistas. Ao longo dessa história, ele destacou a organização de encontros técnicos e de um evento internacional – o Wood Protection – em parceria com FG4 Mad e Malinovski, publicações de anais, workshops, entre outros. “Nosso objetivo sempre foi nos aproximar dos mercados regionais, discutir dificuldades, caminhos, tudo isso para difundir a utilização de madeira tratada. Também temos continuamente incentivado a correta utilização da madeira tratada em novos segmentos. Temos que fazer o mercado conhecer os benefícios. Para isso, precisamos levar esse conhecimento aos diferentes públicos”, afirmou. Como um marco dos 50 anos, Lopez destacou a nova sede da Associação, com uma recepção conjunta entre Abpm, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Núcleo da Madeira e SBS. Além disso, ele citou a importante ação para inclusão da atividade de indústria de preservação de madeira no Cnae (Cadastro Nacional de Atividades Econômicas), com criação de subclasses específicas, e o trabalho para derrubar uma “fake news” que circula pelo país com relação à contaminação de pessoas com a madeira tratada, o que incluiu uma publicação especial no portal de notícias G1, da Globo, na editoria “Fato ou Fake”. “Também criamos a comissão de madeira tratada na construção civil, com Guilherme Stamato, estamos com uma demanda para registro de ingredientes ativos no Ibama, temos participado ativamente na revisão e criação de normas, etc. Mas ainda temos muito mais para fazer, como fortalecer continuamente a correta utilização de madeira tratada. Para isso, vamos fazer reuniões técnicas com diferentes mercados, discutindo questões como disciplinamento fiscal, para trazer clareza às condições de comércio, garantindo qualidade. Outra frente de trabalho será fortalecer e ampliar o programa Qualitrat”, garantiu. Joseane Knop, da Dash7, empresa responsável pela Comunicação e Marketing da instituição, também fez um balanço do ano no encontro, destacando que a gestão do facebook da Abpm teve um panorama muito positivo e que os boletins on-line trabalharam a comunicação direta da Associação com o mercado, com informações do que está acontecendo no setor. “Em 2019, lançamos um novo site, discutimos assuntos variados, falando sobre o panorama do setor em 2019, novos associados, os 50 anos da Abpm, movimentações do setor na construção civil, uso da madeira tratada nas mais diversas formas, entre outros temas. Acredito que não estamos aqui somente para fazer negócios, mas para celebrar e nos conectar. A vida é feita de pessoas e a publicidade e a comunicação têm a ver com esclarecer todo esse conteúdo para melhorar a vida das pessoas”, comentou. Quem também marcou presença no encontro da Abpm foi o ex-presidente Aldo Gandolfi, um dos fundadores da Associação. Para ele, o saldo dos 50 anos da entidade é bastante positivo. “Fizemos muita coisa. São 50 anos de sobrevivência. Não foi um caminho fácil, mas conseguimos boas interlocuções com o governo e profissionais de modo geral. Fico emocionado de poder estar aqui comemorando essa marca. Pensei em todos os presentes nesse evento durante 50 anos”, salientou. Para a associada Maíra Venturoli, diretora da Venturoli, eventos como o organizado pela Abpm são muito importantes, porque fortalecem as empresas. Ela afirmou que esses espaços servem para discutir as preocupações, as coisas que afligem o setor e o que pode ser feito para melhorar o dia a dia. “Além disso, a troca de conhecimento é fundamental, porque vemos a realidade de outras usinas no Brasil e sabemos que não estamos sozinhos, que nossas dores também são as dores dos outros. Aqui, podemos ter excelente conteúdo, como ter a presença, por exemplo, de Paulo Pupo, que está no cenário internacional e que conhece o que acontece em outros países e em outros Estados. Tudo isso nos ajuda a planejar os próximos passos”, ressaltou. Eudes Ribeiro, gerente da Seap, reforçou que a Abpm é uma entidade muito importante para o setor, pois representa e dá suporte. “A Associação é fundamental para o setor, com profissionais e diretoria altamente capacitados. Ao longo do tempo, a Abpm veio acumulando experiência, o que para o setor é essencial, trabalhando com normas, reuniões, workshops. É uma associação bastante atuante e que faz a diferença para o setor de madeira tratada”, disse. De acordo com Leonardo Puppi Bernardi, diretor-presidente da TWBrazil, a Associação representa as empresas em nível nacional, já que muitas empresas ficam limitadas ao seu raio de atuação. Porém, ele ressaltou que, quando se amplia o mercado, é importante ter uma bandeira como a da Associação para garantir qualidade homogênea em todos os Estados. “Muitas questões que temos no nosso dia a dia são realidade de todas as empresas, então estar associado a uma entidade tão atuante nos ajuda a fortalecer essa luta, que é uma luta de todo setor. O evento garantiu ainda mais isso, com excelentes palestrantes que trouxeram muita informação técnica e relevante para que possamos tomar as decisões nos próximos meses e anos. Esse encontro orienta nossas decisões em investimentos e de mercado e acaba impactando na criação de uma infraestrutura de produção de madeira tratada que pode perdurar por anos. O nível é cada vez melhor”, garante Leonardo. Outro associado que esteve presente foi Raimundo Santana, diretor da STWood. Na avaliação dele, o evento foi bastante produtivo e serviu para mostrar que a cadeia da madeira tratada está sendo desenvolvida e vem crescendo. “É muito vantajoso ter um evento como esse, porque acabamos conhecendo outras pessoas que têm as mesmas dificuldades, e isso acaba ajudando as empresas a superar obstáculos. Quem trata madeira tem que se unir. Nosso concorrente não somos nós mesmos, mas, sim, outros ma- FEVEREIRO <strong>2020</strong> 35