Jornal de março
Tudo para você Umbandista
Tudo para você Umbandista
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Edição 03/20 contato: portalcdovendas@gmail.com
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Redação:
Diretor Geral:
Caio Augusto
Colaboradores:
Matuka Castro;
Caio Cassola;
Sebastião Cabral;
Kelli Cristina;
Krsna Fonseca;
Daniel Grecco;
Hugo Lapa;
Pablo Araújo;
João Paulo;
Correção e textos:
Equipe Geral
Artes e Distribuição:
Caio Augusto
João Paulo
Capa:
Fontes de imagens da web e montagens feitas pela equipe
NOTA:
Comunicamos que, o Jornal de Umbanda
Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço
livre que autores enviam seus textos e trabalhos
e é comunicado à na mídia Umbandista, cada um
tem total responsabilidade por seu texto, então
o jornal em geral só si responsabiliza pela
montagem e divulgação!!! Boa leitura.
(Algumas imagens de fonte de internet)
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Reflexão sobre o que queremos na
Umbanda!
Olá amigos e leitores mais um mês uma satisfação em estar com vocês,
venho acompanhando a revolução da internet na religião de Umbanda e
após várias reflexões vi que temos dois públicos frequentadores e filhos
de Umbanda, de inicios devemos ter em nossa consciência que a religião
não tem divisões que por mais que estamos em doutrinas diferentes a
base é única, é momento de deixarmos o Ego de lado e pensarmos sobre
um todo.
Hoje a dois tipos de frequentadores de terreiros de Umbanda, os que
gostam de terreiros cheios e com movimento e os que gostam de terreiros
de vó que são os terreiros menores com pouca gente, ai vem a pergunta
quem está certo?
A resposta é simples todos estão! Pois cada um pode se sentir bem nos
dois lugares e isso não é errado, todos devemos ir e frequentar os lugares
que o coração bate mais forte, se essa casa tem a missão de expansão logo
ela precisa de mais demanda de pessoas para trabalhar, se a outra casa
tem como missão de centralizar grupos menores bem focados de evolução
logo o foco dela é ter menos pessoas e uma intensidade de estudo
espiritual maior, não devemos julgar nossos irmãos até por que todos
somos Umbanda, a Umbanda não diferencia ninguém e já foi feita para
ser a religião dos que não tem espaço.
Muito se vê hoje um julgamento coletivo de tudo na internet e entre os
debates da Umbanda criando “panelinhas” ou times aonde um quer se
denominar isso ou aquilo, vamos pensar em nossas referencias que
trouxeram essas vertentes sendo humildes e muitas vezes apanhando
para que hoje ela exista, então pense nos nossos mais velhos na sua
humildade carinho e amor pela religião e não vamos mais só usar
espadas e sim amor, seu irmão que é do outro time (ridículo ter que
comparar assim) também ama Olorum e também como você bate cabeça,
firma ponto, canta e reza para os Orixás, vamos ser plenos e amorosos
com quem também sofre o mesmo preconceito que nós para estar
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trabalhando e levando a caridade a outros irmão, deixo essa reflexão
para que cada um olhe dentro de si, grande
abraço e axé
(Autor Caio Augusto Direitos reservados e assegurados por estante virtual
04/03/20)
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A evolução espiritual nem sempre acontece
pelo sofrimento; ela pode ocorrer por meio do
despertar íntimo e da aceitação dos fatos.
Mas, ainda hoje, o sofrimento é a mola
propulsora de evolução da maioria dos
espíritos. Este livro traz justamente a história
de Ricardo, que, por causa das escolhas em
suas encarnações, acabou gerando um
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emaranhado de acontecimentos, trazendo
sofrimento e criando ligações profundas
entre os envolvidos diante da evolução.
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ESPIRITISMO NÃO PODE TER ÍDOLOS
De vez em quando surgem questionamentos nos grupos
espiritualistas sobre tal ou tal médium, sobre esse ou aquele
“grande” palestrante espírita. Quando alguém faz uma crítica a
um palestrante ou médium, algumas pessoas ficam melindradas
e já reagem com ataques e críticas. Essas pessoas defendem um
palestrante ou um médium com unhas e dentes, às vezes de
forma incondicional e não permitem que seu ídolo seja objeto de
uma análise crítica, seja de sua obra, seja de suas ideias, seja de
sua postura etc. Eu me pergunto se não acabamos criando certos
“ídolos” no Espiritismo, pessoas que não podem ser criticadas,
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que não podem ser objeto de debate, que estão acima de
qualquer suspeita, que não podem ter sua obra e suas
qualificações analisadas e questionadas com nosso direito à
liberdade de expressão.
Precisamos tomar muito cuidado com esse personalismo no
espiritismo. Não pode existir uma pessoa intocável, que não
pode ser criticada. Ninguém pode jamais estar acima do bem e
do mal. Obviamente precisamos tomar todo o cuidado para não
julgar, para não sermos levianos e rotularmos uma pessoa. Todo
rótulo é um limite, todo julgamento é uma distorção da realidade.
Por outro lado, não podemos alimentar em hipótese alguma a
existência de ídolos, alguém do qual ninguém pode tecer
comentários, e caso o faça, surgem dezenas de fãs desse “ídolo”
para atacar quem teceu comentários sobre uma pessoa e sua
obra.
Em O Livro dos Espíritos é abordado várias vezes a respeito do
valor da abnegação como ferramenta imprescindível de evolução.
Jesus falou muito sobre a importância da renúncia de si mesmo e
da humildade: “Os humildes serão exaltados”. O próprio Chico
Xavier disse que ele não passava de um pezinho de grama… um
cisco… e que as pessoas sempre o elevavam a um patamar que
ele mesmo não julgava merecer. Chico foi muito humilde, foi
atacado durante toda a sua vida e nunca reclamou disso…
Jamais pediu aos seus seguidores que o defendessem desses
ataques. Ele nunca pediu, por exemplo, que os espíritas fossem a
sede da revista “O Cruzeiro” para ataca-la pelas reportagens
críticas que foram publicadas contra ele. Não… Chico sempre
aceitou todas as críticas e nunca estimulou o personalismo no
Espiritismo. Ele sempre deixou claro que nosso mestre é Jesus e
é ele quem devemos louvar e seguir. No fundo, as pessoas
querem um guru, alguém para seguir, alguém que lhes dê
segurança… querem alguém para se apoiar. No entanto, para a
decepção dessas pessoas, não existem gurus no Espiritismo.
Podemos sim falar da obra de qualquer palestrante ou escritor
espírita de modo crítico, com análises minuciosas de suas ideias.
Não há nenhum problema nisso. É saudável e positivo que haja
debates e troca de ideias, de forma crítica, sobre a obra dos
expoentes do Espiritismo. Espiritismo não tem ídolos, mas tem
servidores… tem obreiros que jamais devem colocar sua própria
persona em destaque, ou acima de outras, como sendo a “mais
conhecedora”, a “mais capaz”, a “mais caridosa”. Vaidade e
Espiritismo são duas coisas opostas… O palestrante vaidoso,
que se jacta de suas grandes performances como expositor ou
como médium, está em desalinho com a proposta de humildade
que o Espiritismo ensinou desde a sua origem.
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Ninguém pode ser acima de qualquer suspeita… ninguém está
acima do bem e do mal. Por outro lado, vamos lembrar que julgar
positivamente também é julgar. Sim… tanto julgar negativamente
quanto positivamente são julgamentos da mesma forma. Se você
diz que uma pessoa é picareta, você a está julgando… e se você
diz que uma pessoa é honesta, íntegra, maravilhosa e iluminada,
você também a está julgando, está julgando positivamente. Tanto
o julgamento negativo quanto o julgamento positivo devem ser
evitados. Jesus disse “Não julgueis”. Ele não disse não julgueis
negativamente… ele disse apenas “não julgueis”, isso implica em
não julgar nem negativamente e nem positivamente.
Por isso reafirmamos e isso é muito importante… Não existe e
nem pode existir ninguém que é inquestionável no espiritismo.
Inquestionabilidade existe apenas nas religiões ortodoxas, nas
religiões que são conhecidas por seu dogmatismo ou
fundamentalismo… não existe o dogma da infalibilidade de
nenhum autor ou médium espírita. Ninguém deve ser endeusado
jamais. Ninguém deve ser colocado na posição do arauto da fé,
do “mestre do Espiritismo”, do maior divulgador e do maior
médium. Todos podem e devem ser questionados. O Espiritismo
não combina com criação de ídolos intocáveis.
Estamos falando do Espiritismo, mas isso também serve para o
Espiritualismo e para qualquer outra forma de conhecimento e
prática. Eu também não estou, em hipótese alguma, acima de
críticas, ao contrário… faço questão de, todos os dias, postar nas
redes sociais a minha obra para ser analisada e criticada por
todos. Sempre procuro perguntar se as pessoas concordam ou
não com as mensagens expostas. As críticas nos ajudam a fazer
revisões dos nossos escritos, de nossas ideias e aperfeiçoá-las,
posto que nada está pronto, nada está fechado, nada jamais está
completo… tudo está em constante progresso. Não existe
nenhum espírito evoluído aqui entre nós… existem apenas
espíritos em evolução. Todos nós estamos no mesmo barco,
sofrendo com os mesmos espinhos.
Estamos todos praticamente no mesmo grau de elevação, e por
isso mesmo, ninguém deve ser considerado infalível, intocável,
inquestionável, indispensável, insubstituível etc.
(Hugo Lapa) me siga no facebook!
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Falange da Meia Noite
Irmão de fé, venho por meio deste texto tentar retratar um pouco
da minha experiência e conhecimento da
linha de trabalho da Falange da Meia Noite. O intuito aqui não é
contar uma história de vida desta entidade,
mas sim trazer mais clareza a uma linha de trabalho que muitas
vezes não é compreendida como deveria.
Eu sempre prefiro falar sobre posturas e comportamentos
religioso-social, porém recebi a intuição de escrever
sobre esta linha de trabalho que tanto tenho apreço, então como
não deixo passar assuntos que julgo
importante, descreverei um pouco sobre eles.
Para compreender a trajetória de um espirito que assume o papel
de um Exú Guardião recomendo a leitura do
livro “O Guardião da Meia Noite” de nosso mestre Rubens
Saraceni, Ed Madras.
Durante muitos anos de Umbanda eu nunca havia tido contato
com esta linha de trabalho, porém após o
direcionamento de meu Exu Guardião e guardião de nossa
Tenda, recebi a graça de incorporar o Exu da Meia
Noite. Confesso que no começo foi intrigante, uma energia muito
complexa, na qual eu não soube
compreender na primeira vez, mas me senti muito bem (muito
mesmo) o que me deu uma segurança para
continuar a trabalhar com ele.
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Com a incorporação do Sr. Meia Noite, muitas coisas mudaram
em minha vida, a forma de entender as
pessoas, compreender melhor suas ações, suas formas de
pensar e agir, entender que cada um só é capaz de
dar aquilo que pode e não quer dizer que ela se limita somente
aquele momento, mas sim que todos estamos
em um processo de evolução aonde não cabe julgamentos,
entender que, nós seres humanos, estamos muito
longe da empatia, da compaixão e da verdade.
Instintivamente nós somos seres julgadores, sempre olhamos
para o outro com o olhar de provação, sempre
buscamos no outro algum defeito, pois assim podemos criticar e
falar: eu sabia!
Com o Sr. Meia Noite aprendi que o dia e a noite são condições e
não períodos, e que cada ser se encaixa
melhor em uma condição, o que não nos faz melhor que o outro.
Aprendi que não importa como, alguém
sempre irá lhe surpreender e sabe por que? Porque nós criamos
uma imagem das pessoas e quando elas não
atingem o que queremos somos surpreendidos. Com isso fica
claro que não são as pessoas que falham
conosco, mas sim falham com aquilo que nós achamos que não
aconteceria.
Aprendi a olhar nos olhos e entender que o olhar diz muito sobre
uma pessoa, e a falta de olhar também.
Aprendi que devemos ler os textos e identificar suas metáforas,
afinal a Falange da Meia Noite a utiliza por
demais.
O dia claro, traz aquilo que as pessoas querem ser, mas é na
noite que elas realmente são. Na noite é onde
estão suas sombras, seus medos e defeitos.
No dia claro o ser se envolve em tudo aquilo que lhe traga o
sustento, na noite aquilo que lhe traga prazer.
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No começo do dia nós planejamos o que queremos, mas é a noite
que nós vemos o resultado de nossas ações.
O nascer do dia traz sempre novas esperanças e a noite nos trás
o medo de não conseguir.
No dia lutamos, batalhamos, nos dedicamos em busca de todos
os nossos sonhos, mas é na noite fria e solitária
que nos entregamos ao mais profundo abismo.
Nos mostram que é necessário o equilibro da vida... Nos
mostram que o passado estará sempre presente em
nosso futuro, por isso sempre faça a escolha certa. Certa para
quem? Para você, para que você não se
atormente pelo resto dos seus dias.
Você no seu intimo
sabe o que é certo e o
que é errado, não
precisam de leis para
isso, pois a Lei e a
Justiça
Divina estão em
nosso DNA.
A falange da Meia
Noite, tanto em sua
polaridade Masculina
ou Feminina, Exu e
Pomba Gira, Guardião
ou
Guardiã é composta por seres de Luz que compreendem
intimamente seus filhos e todos aqueles que param
em sua frente para conversar. Eles são capazes de ler a sua vida
espiritual/material em questões de minutos e
isso não os da o direito de abrir para você o que está
acontecendo, mas faz com que eles consigam auxiliar a
todos de uma maneira rápida e sem rodeios. São diretos.
São, em sua maioria, mestres de magia antiga, podendo ser de
qualquer tempo ou região deste mundo, muitos
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foram sábios (as), bruxos (as), anciões (ãs).
Gostam de realizar rituais em trabalhos fechados para evitar
curiosos, mas sempre com a corrente da casa
presente para que todos possam aprender e compreender o que
está acontecendo.
Atuam com a linha do tempo, conseguindo auxiliar em trabalhos
magísticos/ritualísticos realizados em vidas
passadas ou presente.
Para os trabalhos velas pretas e brancas também são
costumeiras para representar o dia e a noite. Água
Mineral e Bebidas de boa qualidade assim como charutos
também são utilizados.
Trabalham na força de todos os Orixás, mas em sua maioria com
Oxalá e Omolu, com isso seus trabalhos
consistem sempre em paralisar ações negativas e purificar o ser.
Bom... Essas são algumas informações da Falange da Meia Noite,
espero ter conseguido auxiliar um pouco à
todos a interpretar essa Divina Falange.
Deixo aqui uma frase do S. Meia Noite: “Eu sou o começo do fim
e o fim do começo. Motumba”
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Entrando num templo de Umbanda
Muitos irmãos e irmãs umbandistas ao conhecerem um
templo da religião em que se identificam
energética e magneticamente com sua ritualística, se
dirigem ao sacerdote responsável pelo templo
com o intuito de adentrar a corrente mediúnica.
É muito bonito ver um irmão(a) despertar a intenção e o
desejo de trabalhar mediunicamente a serviço
da espiritualidade, mas isso não é tudo.
Despertar em seu coração e íntimo a vontade de atuar
ativamente em um templo da religião é o
primeiro passo para entrar, mas por vezes o sacerdote
pede ao irmão(a) que permaneça ainda durante
algum tempo na assistência.
O que alguns irmãos e irmãs umbandistas ainda não
atinaram é para o motivo deste pedido do
sacerdote de permanecer algum período ainda fora da
corrente mediúnica, mas dentro do espaço físico
e espiritual do templo em tratamento.
Portanto explorarei sobre o assunto a fim de clarear o
pensamento dos que desconhecem.
Deixo explícito que esta é uma prática de alguns
templos, mas não todos, cuja o sacerdote é orientado
por seus guias espirituais para proceder dessa forma, a
fim de manter saudável o ambiente do templo.
Todos os lugares têm uma vibração e energia específica,
que pode variar a sua frequência conforme a
qualidade energética e vibracional de quem o habita.
Com o templo de Umbanda não é diferente.
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Cada templo de Umbanda tem uma energia, vibração e
magnetismo que provém do altar, dos
assentamentos e da tronqueira que são intimamente
ligados ao sacerdote do templo, que também
contribui com o seu padrão vibratório para o espaço
consagrado.
Cada irmão e irmã que adentra a corrente mediúnica tem
seu padrão vibratório pessoal, que se une ao
padrão vibratório do templo e pode vir a aumentar,
estabilizar ou mesmo diminuir o padrão vibratório
geral do templo, dependendo das condições emocionais
e dos excessos deste irmão(a).
Quando o padrão vibratório do templo diminui, o
sacerdote e as divindades ligadas ao templo começam
a fornecer mais energias positivas e vibrações elevadas
para sustentar e estabilizar o padrão vibratório,
exigindo, no caso do sacerdote, um maior esforço
mental que pode vir a sobrecarregá-lo.
Por este motivo, é prudente que o sacerdote oriente o
adepto umbandista que manifestou interesse em
adentrar a corrente de seu templo de permanecer na
assistência por algum período, até que seu padrão
vibratório e seu magnetismo tenham sido depurados dos
excessos e negativismos. Nesse período
também pode ser orientado ao membro futuro alguns
procedimentos pertinentes a sua preparação,
como banhos e firmezas.
Outro motivo para o irmão(a) recém-chegado
permanecer um período na assistência é para ir se
integrando ao funcionamento do templo, seus horários,
procedimentos, ritualística e organização. Ao se
atentar com cada um desses processos, pode se
certificar se tem o real desejo de adentrar a corrente
mediúnica.
Então entendam irmãos e irmãs que não se trata de uma
frescura ou má vontade do sacerdote em
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receber um novo adepto, mas sim um cuidado
necessário e fundamentado.
Cabe salientar que existe o caso do irmão(a) que
manifestou seu desejo em adentrar o templo seja
alguém que já frequenta os trabalhos espirituais a certo
tempo, o que pode ou não dispensar mais
tempo de permanência na assistência. Cada caso é um
caso e deve ser avaliado com delicadeza pelo
sacerdote juntamente das orientações concedidas pelos
guias chefes do templo.
Com isso explicado, retornamos ao comentário.
Quando um irmão ou irmã entra para o corpo mediúnico
do templo, este deve procurar saber com seu
sacerdote e seus irmãos de corrente sobre os
procedimentos do templo de preceito, sobre os horários,
a conduta e todas as regras vigentes no templo.
Invariavelmente deve-se ter respeito por todos os seus
irmãos de corrente, pela assistência e por seu
sacerdote, respeitando a hierarquia do templo, tanto a
humana quanto a espiritual.
As dúvidas devem ser tiradas com o sacerdote ou com
quem ele assim determinar, pois o sacerdote é o
responsável pela condução de sua mediunidade e
regulador de todos os procedimentos do templo,
aquele que mais conhece e mais preparado está para
responder e direcionar, independentemente de
sua idade, classe social ou orientação sexual.
Estar em uma corrente mediúnica é, sem dúvidas, uma
grande oportunidade de aprender, de crescer
como pessoa, de desenvolver os sentidos e virtudes e de
rever seus hábitos e costumes, se estão
dentro de uma conduta positiva.
Cabe esclarecer que estar dentro de uma corrente
mediúnica de um templo da religião não trará, por si
só, um aumento de bens materiais ou mesmo a
conquista de um emprego melhor. O templo lhe dará
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sustentação espiritual, que pode vir auxiliar e culminar
em mudanças necessárias a sua vida.
Aproveite o espaço do templo para meditar, adsorver as
energias positivas e vibrações de nível
superior. Meditar ajuda no aumento da concentração
durante os trabalhos espirituais e purifica a mente
de pensamentos de baixo escalão.
Se o templo oferece cursos como o de desenvolvimento
mediúnico e de formação teológica, é
aconselhável que o irmão(a) iniciante no templo estude
e se dedique a aprender sobre os rituais
realizados no templo e as doutrinas ensinadas.
Este comentário não tem a intenção de reformular a
tratativa dos templos da religião, nem tão pouco
impor este como uma verdade umbandista, excluindo as
demais formas adotadas por outros
sacerdotes. Somente em esclarecer e elucidar os irmãos
e irmãs sobre
procedimentos
comuns a alguns
Templos, visão
esta que pode
auxiliar a
chegada de novos
membros e suas
permanências nos
Abençoados templos umbandistas.
Um abraço fraterno a todos.
Paz e bem a todos
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Reflexão
Não haverá sentimento no universo maior do que o
amor genuíno, entretanto, não esqueçamos de que
toda ação provoca uma força contrária na mesma
intensidade, não é raro vermos o ódio se
destacando em todos os setores da vida cotidiana.
Não é raro também, vermos irmãos carnais
sucumbirem seu amor por uma pequena parte de
herança, pais e filhos nem se quer, querem se
encontrar, embora isso seja reflexo de novos
desafios da humanidade, tais atitudes nos mostra
que, o amor e o ódio andam de mãos dadas, são
sentimentos que vibram na mesma intensidade, o
que faz a diferença entre eles é a evolução do
espírito humano, então, quando nós entendermos
essa Nossa capacidade de manipular os
sentimentos e desejarmos para nosso irmão o
mesmo que para nós, aí então o amor divino
triunfará em nossas vidas.
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Médium, Maga, Sacerdotisa de Umbanda, Dirigente Espiritual do TEU Ogum Beira Mar.
Tranca Rua
Ele é Guardião Guerreiro
Traz a Força e o Esplendor
Tranca Rua é Guardião da Umbanda
Tranca e destranca com força e vigor.
Seu Mistério revela ao mundo
O Poder Vitalizador
Também ordena e disciplina
Os que “o buscam” em seu clamor.
Destranca os corações das amarguras
Destranca os olhos para a verdade
Destranca as almas trancadas
Pelo ódio, pela cólera e vaidade.
Salve o Mistério Tranca Rua!
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Colabore com nosso jornal, mande textos para
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Expressão
Adianta tentar se expressar, se a expressão se tornou além de
necessária, uma faca de dois gumes?
No corte que a carne sente, mais severa são as palavras mal
ditas, mas mais dolorosas são as palavras ditas com bom gosto,
que são destorcidas e se transformam em monstros ...
Expressar-se requer coragem, de esperar o que vem pela frente,
um ataque cruel, uma pena dura, porém, a verdade, nua e crua ...
Mas, de uma coisa eu estou convencida, de que todas as minhas
expressões vem e vão de maneira solta e leve, que pesa somente
à aqueles que devem, não que devam algo, mas que sua própria
consciência lhes diz que sim!
Então, a você que questiona o não cumprimento do Direito a
expressão, eu lhe digo, o que a mim tem dado certo! Seja solto e
leve, entre palavras e opiniões, mas nunca, jamais, amargue suas
palavras com ódio!
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Ah... O Ódio... Esse se faz de bom! Se mostra manço, converte
pessoas, e entra nos corações... Seria ele o próprio "Diabo" que a
humanidade tanto fala? Não sei, mas ele causa destruição, por
entre flores e brisa, ele se esconde e finge ! Finge muito bem ...
Eu ? Aprendi com ele, dentro de mim mesma, foi preciso senti-lo,
para que eu pudesse reconhece-lo ! E mesmo o sabendo quem
és, eu continuo a fingir não ver-lhes, por aí, por onde ele tanto
vive, pois só assim, posso amá-lo guia-lo de alguma forma, para
que ele não perpetue seu eu ...
É possível suavizar os possuídos dele, a partir do momento que
nos damos conta, com compreensão e paciência, de que somos
os conscientes da questão! E que você pode e deve dizer o que
pensa, mas sempre, sempre! Com muito cuidado, respeito e
consideração na sua expressão! ...
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A foto é simbólica aqui, porém vou falar sobre os certificados
das federações, Pais e Mães de Santo.
Sou de um tempo em que um quadro pendurado na parede
informando a federação em que estava filiado era seu
pedigree(figurativo) religioso.
Uma foto enquadrada com seu Pai ou Mãe de santo pendurada
na parede era extremamente valiosa de dar orgulho em
qualquer um. Convidar seu Pai ou Mãe de santo para uma
inauguração, festa ou outra comemoração qualquer no terreiro
era de arrepiar e encher o peito de qualquer médium presente.
Sou do tempo que quando passada a informação que o Pai “ tal
“ e seus filhos viriam para a festividade era digno de um
orgulho enorme em poder estar presente. Sou do tempo em que
beijar a mão e pedir as benções ao nosso avô de Santo era algo
mágico e de uma emoção indescritível.
Ficar olhando o Avô de santo no salão incorporado e
trabalhando era a certeza mais que absoluta que nada ali
poderia dar errado, estávamos totalmente protegidos e que
poder tomar um passe com ele era uma emoção que durava um
mês.
Hoje em dia não vemos mais vontade em ser de alguma
federação ( e pode até ser que elas mesmo fizeram algo para que
isto acontecesse). Não vemos mais fotos com o Pai ou Mãe na
parede e nem convites aos avòs(nem que esses sejam novos)
para uma visita, uma festa, um ritual ou inauguração.
Terreiros se isolam em suas novas culturas sem ao menos
lembrar de onde saíram. Nem que seja por pouco tempo, filhos
estiveram com os Pais e Mães, aprenderam alguma coisa e
levarão isso adiante, mas as tradições antigas são chatas e
cafonas então se modernizam e se perdem.
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Que esse modelo seja ultrapassado e cafona, que filhos mais
novos não queiram mais usar isso como referência, mas hoje
então, qual é a moda de troca? Filhos não fazem mais cafonices
e no lugar colocam vaidades? Colocam egocentrismos? Colocam
rivalidades entre terreiros?
O que será do futuro se não tivermos o passado para contar
nossa história? Quem serão esses filhos(agora Pais) se não
tiverem histórias para contar sobre seus modelos? Os terreiros
não se formaram sozinhos, as experiências não apareceram do
nada, e por favor não venha com a narrativa de que suas
entidades fizeram tudo, pois se fizeram algo foi dentro de uma
casa, de um terreiro ou barracão no qual você fazia parte, era
filho de alguém e neto de outro alguém.
Espero que os filhos do futuro sejam tão felizes com as histórias
do passado na religião como eu sou.
Meu nome? Luís Fernando Zonatti, um antigo que vive na
modernidade de forma antiga.
Saravá.
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Destaques De Março
Pai João da Gomeia, o Tata Londirá, é
venerado na Grande Rio sob os aplausos de
Mãe Seci e Mãe Arlene
Pai João da Gomeia, com a sua personalidade forte e inovadora, foi certamente o primeiro
sacerdote de Candomblé a gerar de fato uma transformação na religião.
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Pai João redesenhou os símbolos das divindades africanas e colocou brilho em suas vestes.
Levou a dança do Candomblé aos palcos de importantes casas de espetáculos da época, tais
como, o Cine Teatro Jandaia (em Salvador) e o Cassino da Urca (no Rio de Janeiro).
Seu Terreiro no Município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, era frequentado por
grandes personalidades, incluindo os Presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e a
cantora Ângela Maria.
Em 1967, posou com filhas de santo para capa da revista O Cruzeiro, e em 1969 lançou o
antológico disco (Lp) chamado "O Rei do Candomblé".
Tata Londirá (dijina de Pai João) tinha outra paixão além de Matamba e Mutakalambo: era o
Caboclo Pedra Preta. Esse Caboclo o acompanhava desde menino e tinha a fama de
milagroso, pois muitas curas foram a ele atribuídas.
Pai João da Gomeia faleceu em 1971, mas entrou para a história do Candomblé, pois até nos
dias atuais, seu legado desperta curiosidade e admiração. E é esse o legado que a Escola de
Samba Acadêmicos do Grande Rio levará, nesse carnaval de 2020, para a Marques de
Sapucaí, com o enredo "Tata Londirá: o Canto do Caboclo no Quilombo de Caxias".
O enredo desenvolvido pelos carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad tem o
reconhecimento de Sandra dos Reis, conhecida como Mãe Seci Caxi. Foi através do jogo de
búzios do saudoso Pai Tião de Irajá que Mãe Seci foi indicada como sucessora da Gomeia,
quando tinha apenas 10 anos.
Mãe Seci diz que ficou maravilhada quando os carnavalescos lhe falaram do enredo: "Achei
ótimo o enredo, pois reconhece o legado do meu Pai João. Ele foi importante para sua época
e é até hoje. Pai João iniciou muitas pessoas que se tornaram importantes para a religião.
Sofreu perseguição, mas com tudo isso venceu e entrou para a história".
Mãe Arlene de Katendê, que também luta pela preservação do legado de seu avô, vibrou com
o enredo da escola de samba de Duque de Caxias. "Foi uma escolha maravilhosa, pois com
toda a intolerância, perseguição e preconceito que Pai João sofreu, ele conseguiu superar
todas as barreiras, e mostrou para o mundo a força e a beleza do Candomblé".
A Grande Rio será a quinta escola a desfilar no domingo de Carnaval, 23 de fevereiro, e Mãe
Seci e Mãe Arlene desfilarão no carro que homenageia o Axé Gomeia.
Kíua Tata Londirá! Viva João da Gomeia!
Aueto!
Samba-Enredo do G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio 2020
Tata Londirá: o Canto do Caboclo no Quilombo de Caxias
Compositores: Derê, Robson Moratelli, Rafael Ribeiro e Toni Vietnã
É Pedra Preta!
Quem risca ponto nesta casa de caboclo
Chama Flecheiro, Lírio e Arranca-Toco
Seu Serra Negra na jurema, Juremá
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Pedra Preta!
O assentamento fica ao pé do dendezeiro
Na capa de Exu, caminho inteiro
Em cada encruzilhada um alguidar
Era homem, era bicho-flor
Bicho-homem, pena de pavão
A visão que parecia dor
Avisando Salvador, João!
No Camutuê Jubiabá
Lá na roça a gameleira
Da Gomeia dava o que falar
Na curimba feiticeira
Okê! Okê! Oxóssi é caçador
Okê! Arô! Odé!
Na paz de Zambi, ele é Mutalambô!
O Alaketo, guardião do Agueré
É isso, dendê e catiço
O rito mestiço que sai da Bahia
E leva meu pai mandingueiro
Baixar no terreiro quilombo Caxias
Malandro, vedete, herói, faraó
Um saravá pra folia
Bailam os seus pés
E pelo ar o benjoim
Giram presidentes, penitentes, yabás
Curva-se a rainha e os ogans batuqueiros pedem paz
Salve o candomblé, Eparrei Oyá
Grande Rio é Tata Londirá
Pelo amor de Deus, pelo amor que há na fé
Eu respeito seu amém
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Você respeita o meu axé
(Respeita o meu axé)
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