Elas por elas 2020
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
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Preta ou negra?
Na reportagem foram utilizadas
as duas nomeclaturas:
preta e negra, conforme a fala
das próprias entrevistadas.
O termo preto, que se refere
a cor da pele de seres humanos,
pode significar um xingamento
racista para alguns.
Portanto, a ideia de utilizá-lo
como um sinônimo para negro
é se apropriar do termo
como algo positivo e ressignificá-lo
dentro de uma disputa
no plano simbólico. Conforme
as fontes, uma demanda política
num país onde o racismo
ainda predomina.
Como explica a professora
Tatiana Carvalho, existe uma
discussão no movimento negro
em relação à autodeclaração
de raça definida na metodologia
do IBGE para o Censo
da população brasileira. “Negro
no Brasil é quem se autodeclara
preto ou pardo. Só que
a ideia de pardo é um pouco
confusa, porque diz da miscigenação
brasileira e, em certo
sentido histórico, tem a ver
com um projeto eugenista, que
prevê a ‘melhoria da raça’ no
Brasil, pretendendo a miscigenação
pelo branqueamento da
sociedade. A ideia de se referir
ao nome preto como algo positivo
é uma demanda política,
porque foi a pretidão alvo de
sucessivas políticas públicas
de estado de extermínio do
povo negro”, afirma Tatiana.
Quilombos culturais
Cinema
NOIRBLUE
Direção: Ana Pi
27min. Minas Gerais/França/2017
No continente africano, Ana Pi se reconecta
às suas origens através do gesto
coreográfico, engajando-se num experimento
espaço-temporal que une o
movimento tradicional ao contemporâneo.
Em uma dança de fertilidade e
de cura, a pele negra sob o véu azul se
integra ao espaço, reencenando formas
e cores que evocam a ancestralidade,
o pertencimento, a resistência e
o sentimento de liberdade.
Ana Pi nasceu em Belo Horizonte. É
uma artista coreográfica e da imagem,
pesquisadora das danças urbanas,
dançarina contemporânea e
pedagoga.
https://anazpi.com/
Produtora audiovisual
RENCA INTERAÇÕES E
PRODUÇÕES CULTURAIS
Produtora de audiovisual formada por
três jovens negras da periferia de Belo
Horizonte, com a proposta de envolver
a comunidade na construção das
produções.
@rencaproducoes
Teatro
SEGUNDA PRETA
Projeto idealizado por artistas negros
e negras de Belo Horizonte, que acontece
em temporadas no teatro Espanca,
com apresentações artísticas e
debates acerca da cena contemporânea
negra.
http://segundapreta.com/
Internet
ALMA PRETA
Agência de jornalismo especializado
na temática racial do Brasil.
www.almapreta.com
Música
COLETIVO NEGRAS AUTORAS
Tempo Liberdade
Meu olhar riscou o mundo
Avistei foi liberdade
Sou kilumba, sou rainha Nzinga
Me disseram que o sol vai
Me disseram que o sol vem
Me disseram que o sol vai curar
Toda essa história
Curar
Toda essa história
Queima a pele de Maria
Maria que foi menina
Menina que foi pra lá trabalhar
Menino de erê te guarda
Do lado um anjo da guarda
Sentinela guia o seu caminhar
O tempo lavou a alma enfim
O tempo dirá nossas vitórias
O tempo é o senhor das vozes
O tempo liberdade é agora
@negrasautoras
Revista Elas por Elas - março 2020
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