*Março/2020 Referência Florestal 216

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24.03.2020 Views

TECNOLOGIA Drones são a tendência para operações de silvicultura, colheita e medição de volume de madeira EFICAZ E INOVADOR TRITURADORES SEM NECESSIDADE DE AFIAÇÃO É UMA TECNOLOGIA BRASILEIRA QUE FACILITA A LIMPEZA DE ÁREAS FLORESTAIS EFFECTIVE AND INNOVATIVE MULCHERS WITHOUT THE NEED FOR SHARPENING, USING A BRAZILIAN TECHNOLOGY THAT FACILITATES THE CLEANING OF FOREST AREAS

TECNOLOGIA Drones são a tendência para operações de silvicultura, colheita e medição de volume de madeira<br />

EFICAZ E INOVADOR<br />

TRITURADORES SEM NECESSIDADE DE AFIAÇÃO<br />

É UMA TECNOLOGIA BRASILEIRA QUE<br />

FACILITA A LIMPEZA DE ÁREAS FLORESTAIS<br />

EFFECTIVE AND<br />

INNOVATIVE<br />

MULCHERS WITHOUT THE NEED FOR SHARPENING,<br />

USING A BRAZILIAN TECHNOLOGY THAT FACILITATES<br />

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do Brasil. Hoje, com o investimento na maior planta de<br />

produção de sulfluramida, o ingrediente ativo de seus<br />

produtos, a Dinagro é a empresa líder no mercado.<br />

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SUMÁRIO<br />

MARÇO <strong>2020</strong><br />

36<br />

TRITURADOR<br />

SEM AFIAÇÃO<br />

10 Editorial<br />

12 Cartas<br />

14 Bastidores<br />

16 Coluna Ivan Tomaselli<br />

18 Notas<br />

28 Frases<br />

30 Entrevista<br />

36 Principal<br />

42 Especial<br />

48 Economia<br />

52 Silvicultura<br />

56 Espécie<br />

60 Pesquisa<br />

64 Agenda<br />

66 Espaço Aberto<br />

48<br />

52<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

13 BKT<br />

11 Carrocerias Bachiega<br />

65 D’Antonio Equipamentos<br />

68 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

04 Emex<br />

27 Engeforest<br />

67 Envimat<br />

25 Fex Ferro e Aço<br />

06 Grupo AIZ<br />

35 Himev<br />

09 Komatsu Forest<br />

47 Log Max<br />

59 Mill Indústrias<br />

63 Mill Indústrias<br />

15 Ponsse<br />

51 Potenza<br />

33 Prêmio REFERÊNCIA <strong>2020</strong><br />

55 Rodoleve<br />

21 Rotor Equipamentos<br />

17 Sergomel<br />

29 Show <strong>Florestal</strong><br />

23 Vantec<br />

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EDITORIAL<br />

Tecnologia<br />

na floresta<br />

Tudo indica ser um caminho sem volta o uso dos drones<br />

no setor florestal. Além do monitoramento com informações<br />

precisas, esses Vants (Veículos Aéreos Não Tripulados) também<br />

poderão ser utilizados para atividades de combate e outras<br />

etapas da operação florestal, como você pode conferir em uma<br />

reportagem especial sobre o assunto. E por falar em inovações<br />

tecnológicas, apresentamos o pioneirismo da Himev na<br />

fabricação de trituradores que substituem as facas, gerando<br />

mais produtividade e agilidade. Com exclusividade, realizamos<br />

uma entrevista com o novo presidente da Ageflor, Paulo Cesar<br />

Nunes Azevedo, que faz um panaroma do setor gaúcho e projeções<br />

para o cenário nacional. Confira tudo isso e muito mais.<br />

Uma ótima leitura.<br />

2<br />

A segurança que o seu desafio<br />

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inédita de fabricação no Brasil<br />

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Ano XXII • N°<strong>216</strong> • Março <strong>2020</strong><br />

TECNOLOGIA Drones são a tendência para operações de silvicultura, colheita e medição de volume de madeira<br />

EFICAZ E INOVADOR<br />

TRITURADORES SEM NECESSIDADE DE AFIAÇÃO<br />

É UMA TECNOLOGIA BRASILEIRA QUE<br />

FACILITA A LIMPEZA DE ÁREAS FLORESTAIS<br />

EFFECTIVE AND<br />

INNOVATIVE<br />

MULCHERS WITHOUT THE NEED FOR SHARPENING,<br />

USING A BRAZILIAN TECHNOLOGY THAT FACILITATES<br />

THE CLEANING OF FOREST AREAS<br />

TECHNOLOGY IN THE FOREST<br />

All indicates that the use of drones in forestry is on a path<br />

of no end. In addition to monitoring with accurate information,<br />

these Unmanned Aerial Vehicles can also be used for combat activities<br />

and at other stages of the forest operation, as you can<br />

see in a special report on the subject. And speaking of technological<br />

innovations, we present Himev’s pioneering in the manufacture<br />

of mulchers substituting knives, generating more productivity<br />

and agility. We interviewed Paulo Cesar Nunes Azevedo, the<br />

new president of Ageflor, who presents a panorama of the State<br />

of Rio Grande do Sul’s Forest Sector and makes projections as to<br />

the national scenario. The main news of the month also makes<br />

up part of this issue. Pleasant reading<br />

Entrevista com o<br />

novo presidente<br />

da Ageflor<br />

Uso de drones na área florestal<br />

tem aumentado no país<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXII - EDIÇÃO <strong>216</strong> - MARÇO <strong>2020</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Lídia Ferreira<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriel Santos Ferreira<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

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AND SUSTAINABILITY<br />

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Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de fevereiro de <strong>2020</strong><br />

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Ano XXII • N°215 • Fevereiro <strong>2020</strong><br />

COMPROMISSO<br />

Por Ricardo Dantas - Biólogo, Escritor e Mestre em Agroecologia<br />

na Ecologia e <strong>Florestal</strong>, via Linkedin<br />

A Revista é fantástica. Muita informação, novidades e o compromisso com a<br />

verdade. Parabéns todos os envolvidos nesse grande serviço ao setor florestal<br />

CONTEÚDO<br />

Por Amanda Almeida Viana -<br />

Curvelo (MG)<br />

O conteúdo da REFERÊNCIA FLORESTAL é simplesmente sensacional<br />

LEITURA<br />

Por Gideão Santos - Funcionário Público, Castanhal (PA)<br />

A única coisa que posso afirmar quando leio a Revista: é muiiiiito bom.<br />

Parabéns!<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />

respeito de reportagem produzida<br />

pelo veículo.<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

UNIVERSIDADES<br />

Por Jacira Martins - Estudante de<br />

Engenharia <strong>Florestal</strong>, Salvador (BA)<br />

Como estudante, achei muito<br />

legal a valorização das pesquisas,<br />

apresentando também o que as<br />

universidades estão estudando sobre<br />

o setor. Conhecimento e informação<br />

sempre trazem bons resultados.<br />

referenciamadeira<br />

INTERNET<br />

Por Adélia Oliveira - Engenheira Agrônoma, Porto Alegre (RS)<br />

Conheci a pouco tempo a publicação e fiquei muito satisfeita com a qualidade<br />

do conteúdo, especialmente nessa era de fake news na internet. Parabéns!<br />

Foto: REFERÊNCIA Foto: Fabiano Mendes Foto: Erico X.<br />

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BASTIDORES<br />

Charge<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

Revista<br />

VIAGEM À CAMPO ALEGRE (SC)<br />

No início de março, a equipe de reportagem da REFERÊNCIA FLORESTAL esteve na cidade<br />

de Campo Alegre (SC) para conhecer as instalações da Himev e o processo de fabricação de<br />

implementos desenvolvido pela empresa.<br />

Equipe da Himev, listados da esquerda para<br />

direita: em cima, Vicente Goetten, José Reidin,<br />

José Carlos Pycocz, Manuel Ribeiro, Rosilda<br />

Ribeiro e Samuel Arendf. Em baixo, Márcio<br />

Jacezim, Erivelton Souza e Tatiane Stelzner.<br />

Foto: Fabiano Mendes<br />

Equipe de produção da Himev durante a<br />

produção da reportagem para a Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />

Foto: Fabiano Mendes<br />

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COLUNA<br />

AGENDA DO GOVERNO FEDERAL<br />

PARA O SETOR FLORESTAL E<br />

PERSPECTIVAS<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

Flutuações de demanda e preços no mercado são<br />

frequentes, não só para produtos florestais, devido<br />

o resultado de fatos econômicos, políticos e outros<br />

Foto: divulgação<br />

No Brasil, os<br />

investimentos<br />

no setor florestal<br />

continuam, mas<br />

os projetos em<br />

implantação e<br />

anunciados são<br />

basicamente<br />

concentrados em<br />

papel e celulose<br />

J<br />

á foi apresentado em coluna anterior<br />

algumas reflexões sobre a crise na<br />

economia nacional, iniciada em 2014,<br />

e que levou a uma queda no PIB por<br />

três anos consecutivos. Como resultado<br />

da crise, houve redução na atividade econômica<br />

em geral, afetando a indústria florestal.<br />

A alternativa do setor florestal foi o mercado<br />

internacional.<br />

Iniciamos 2019 com um novo governo e<br />

uma nova perspectiva. Um governo liberal, que<br />

anunciou mudanças na condução das políticas<br />

econômicas. Todos os setores foram levados a<br />

revisar o planejamento dos negócios, tendo sido<br />

previsto uma expansão dos investimentos.<br />

A perspectiva de melhoria dos negócios<br />

florestais ao longo de 2019 foi em grande parte<br />

frustrada pela redução na demanda e nos preços<br />

internacionais, que afetou todos os segmentos,<br />

incluindo o de madeira sólida e o de celulose.<br />

No final do ano haviam indícios de que com<br />

a queda nos estoques, os preços internacionais<br />

tenderiam a se estabilizar e a expectativa é de<br />

uma reação ao longo de <strong>2020</strong>, o que de certa<br />

forma vem ocorrendo. Além disto é esperado<br />

um aumento da demanda no mercado nacional.<br />

Flutuações de demanda e preços no mercado<br />

são frequentes, não só para produtos florestais.<br />

Estas flutuações são resultado de fatos<br />

econômicos, políticos e outros. No entanto a<br />

análise do negócio, incluindo as decisões quanto<br />

à investimentos, deve ser feita sempre considerando<br />

uma série de longo prazo.<br />

A perspectiva de longo prazo de um país,<br />

região, de um setor ou até mesmo de um negócio,<br />

depende basicamente da capacidade de<br />

atrair investimentos para promover melhorias<br />

nas operações, visando ganhar produtividade e<br />

assegurar a competitividade no mercado.<br />

No Brasil, os investimentos no setor florestal<br />

continuam, mas os projetos relevantes em<br />

implantação ou anunciados são basicamente<br />

concentrados em papel e celulose. O porte das<br />

empresas atuando neste segmento tem garantido<br />

o acesso a fontes de financiamento para<br />

uma constante ampliação e modernização das<br />

operações. Com estes investimentos o Brasil é<br />

hoje o maior exportador mundial de celulose de<br />

mercado.<br />

No entanto os investimentos no segmento<br />

de madeira sólida têm sido limitados, e concentrados<br />

principalmente na indústria baseada<br />

em plantações florestais. Em mais de um ano<br />

de novo governo nenhuma política impactante,<br />

para promoção do desenvolvimento da indústria<br />

florestal de madeira sólida baseada em floresta<br />

nativa, foi proposta. As florestas tropicais<br />

brasileiras são recursos com grande potencial<br />

para gerar benefícios econômicos e sociais para<br />

a sociedade brasileira, mas mudanças são necessárias<br />

para atrair investimentos e promover<br />

o desenvolvimento de uma indústria mais competitiva.<br />

As mudanças necessárias são estruturais,<br />

tendo como premissa a necessidade de melhorar<br />

o clima de negócios. O foco deveriam ser os<br />

fatores intra e inter setoriais. É necessário criar<br />

um programa de governo de longo prazo com<br />

objetivos de, entre outros, reduzir os custos de<br />

transação, promover o uso sustentado dos recursos,<br />

melhorar a produtividade das operações<br />

para ganhar competitividade e facilitar o acesso<br />

ao mercado. Somente com uma agenda que<br />

busque melhoria do clima de negócios serão<br />

atraídos os investimentos necessários ao desenvolvimento<br />

de uma indústria florestal tropical<br />

competitiva, e que corroborará para garantir a<br />

sustentabilidade das florestas tropicais.<br />

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NOTAS<br />

Agenda Verde<br />

A agenda das concessões de infraestrutura do governo<br />

federal está mais verde com o anúncio de um pacote de<br />

projetos que pretende repassar à iniciativa privada, ações<br />

com a temática ambiental. No pacote de 22 novos projetos<br />

incluídos no programa, estão as concessões do Parque Nacional<br />

de Canela (RS) e da Floresta Nacional de São Francisco de<br />

Paula (RS). A oferta das unidades de conservação têm o leilão<br />

previsto para o quarto trimestre deste ano, mas o modelo<br />

de disputa ainda não foi definido. A secretária de apoio ao<br />

licenciamento ambiental e à desapropriação da Secretaria<br />

Especial do PPI do Ministério da Economia, Rose Hofmann,<br />

disse que as concessões de parques nacionais e florestas não<br />

têm objetivo arrecadatório, e sim de garantir exploração do<br />

turismo e proteção ambiental. “As florestas do Rio Grande do<br />

Sul serão concedidas em uma modalidade para explorar capacidade<br />

turística, além da proteção ambiental. Já as florestas<br />

do Amazonas serão concedidas para o manejo florestal, com<br />

exploração dos recursos da floresta de forma direta em bases<br />

sustentáveis”, afirmou.<br />

Foto: arquivo<br />

Lelião de imóvel com<br />

vegetação nativa<br />

Foto: divulgação<br />

Um terreno com cerca 166 mil m2<br />

(metros quadrados), em Quatro Barras<br />

(PR), Região Metropolitana de Curitiba<br />

(PR), será leiloado com lance inicial de R$<br />

5 milhões. A área chama a atenção por<br />

ter vegetação nativa, eucaliptos e pedra<br />

granito. Não há nenhum imóvel construído<br />

no local e o bem é entregue livre<br />

de quaisquer dívidas ou ônus. O terreno<br />

está sendo leiloado para pagamento de<br />

dívidas. Os interessados poderão parcelar<br />

a compra em até 30 vezes com entrada<br />

de 25%. Para dar os lances online, os<br />

interessados devem se cadastrar no site<br />

Kronberg Leilões (www.hkleiloes.com.br)<br />

e seguir o passo a passo indicado. Depois<br />

de habilitado, basta acessar a plataforma<br />

online e entrar no leilão desejado.<br />

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Inovação em soluções<br />

de transporte<br />

A Mercedes-Benz, referência na oferta de caminhões e serviços para as mais diversas atividades de transporte e<br />

logística, vai apresentar dois novos Actros – o caminhão mais inteligente, conectado, eficiente e seguro do Brasil, nos<br />

modelos 2648 6x4 e 2045 4x2.<br />

“Os caminhões extrapesados Actros, assim como os modelos da Linha Axor, fazem a interligação entre as indústrias<br />

e os centros de distribuição. Já os leves, médios e semipesados Accelo e Atego completam a logística até os milhares de<br />

pontos de venda e locais de obras nas cidades”, informa Ari de Carvalho, diretor de Vendas e Marketing Caminhões da<br />

Mercedes-Benz do Brasil.<br />

O portfólio de soluções do Novo Actros leva a Mercedes-Benz a um novo patamar de serviços e conectividade<br />

exclusivas para caminhões, o que se aplica perfeitamente às atividades de transporte e logística da construção civil.<br />

O MB Uptime, por exemplo, utiliza inteligência artificial e telemetria a serviço da disponibilidade do caminhão para o<br />

trabalho. O Habbl tem todos os processos de logística e transporte numa só plataforma digital. Além disso, a Empresa<br />

também lançou quatro App’s, que auxiliam no dia a dia dos motoristas.<br />

O Novo Actros é o primeiro caminhão digital do mercado, trazendo diferenciais em conectividade, como painéis<br />

digitais, espelhamento de celular via Apple CarPlay ou Android Auto, recarga sem fio e muitos outros recursos.<br />

“A partir de diversas tecnologias conectadas e interativas, inovamos os nossos serviços para ampliar o apoio e a<br />

assistência aos clientes na gestão de sua frota, na logística e nas ações de manutenção, o que é essencial para empresas<br />

da construção civil, como de outros setores”, destaca Ari de Carvalho. “Nosso amplo portfólio ganha serviços em<br />

total sintonia com a evolução do mercado, que aproveita cada vez mais o potencial do mundo digital. É o caminhão<br />

inteligente na palma da mão.”<br />

O Novo Actros traz mais inovações tecnológicas para o Brasil, como o MirrorCam, sistema que substitui os retrovisores<br />

convencionais por câmeras digitais e faz dele o primeiro caminhão sem retrovisor externo do País. Além disso,<br />

o modelo é pioneiro em lançar no País o ABA 5 de série, único sistema que identifica pedestres e freia sozinho, além<br />

de contar com Assistente de Ponto Cego. Isso resulta em mais segurança nas estradas para o motorista, o caminhão, a<br />

carga e os demais veículos.<br />

Foto: divulgação<br />

Março <strong>2020</strong><br />

19


NOTAS<br />

Mercado florestal<br />

em São Paulo<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

O preço máximo das madeiras in natura de<br />

eucalipto e pinus não teve variações no mês de<br />

janeiro de <strong>2020</strong>, quando comparado com dezembro<br />

de 2019, no mercado interno de São Paulo<br />

(SP). As coletas de preços de madeiras in natura<br />

e semiprocessadas de eucalipto e de pinus, bem<br />

como dos preços de pranchas de essências nativas,<br />

abrangem as regiões de Bauru, Campinas,<br />

Itapeva, Marília e Sorocaba.<br />

Já com relação aos preços das madeiras semiprocessadas<br />

de eucalipto e pinus tiveram duas<br />

variações positivas no mês de janeiro de <strong>2020</strong>,<br />

quando comparado com dezembro de 2019.<br />

Essas variações são referentes ao preço máximo<br />

do metro cúbico do preço do sarrafo de pinus<br />

para a região de Marília e, ao preço máximo do<br />

metro cúbico da prancha de pinus, para a região<br />

de Bauru, 50% e 3%, respectivamente. Dentre as madeiras serradas de essências nativas vendidas em São Paulo, em nível<br />

de varejo, houve a estabilidade nos seus preços máximos entre os meses de dezembro de 2019 e janeiro de <strong>2020</strong> para as<br />

regiões de Bauru, Marília e Campinas.<br />

Construção civil<br />

Representantes de 27 entidades setoriais do país,<br />

que formam a Coalizão pela Construção com objetivo<br />

de restaurar a recuperação da construção civil no Brasil,<br />

estiveram na apresentação do projeto “Construção<br />

2030 - Engajamento do setor no novo ciclo econômico”,<br />

evento realizado em São Paulo pela Cbic (Câmara Brasileira<br />

da Indústria da Construção). Além do segmento<br />

da construção civil, estiveram presentes no encontro<br />

associações e entidades setoriais de diversos segmentos<br />

florestais e industriais, representantes do governo,<br />

como a secretaria especial de Produtividade Emprego e<br />

Competitividade do Ministério da Economia.<br />

O estudo: Construção 2030; apresenta cenários de<br />

futuro a fim de preparar o setor para as modificações e<br />

avanços tecnológicos, para a melhora da competitividade<br />

e inovação da construção no país, trazendo melhoria<br />

no ambiente de negócios, neste que é o principal segmento<br />

da economia no consumo de madeira.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Mil novas máquinas<br />

financiadas<br />

Foto: Fabiano Mendes<br />

O Banco Komatsu do Brasil S/A, que iniciou sua operação em abril de 2016, atingiu, no último mês de fevereiro, a marca de<br />

mil máquinas novas financiadas, o equivalente a R$ 500 milhões em vendas de equipamentos Komatsu. “Nesses quase 4 anos<br />

de operações, agregamos valor aos 900 clientes do Banco Komatsu no Brasil, com prioridade para viabilizar a aquisição dos equipamentos<br />

da marca. Para tanto, oferecemos produtos financeiros, seguros e serviços que atendem todas as necessidades dos<br />

clientes, passando pelo CDC (Crédito Direto ao Consumidor), leasing e Finame”, explica Carlos Eduardo Modeli Ribeiro, presidente<br />

do Banco Komatsu.<br />

Atualmente, 70% das operações do Banco Komatsu são via CDC, por, segundo Ribeiro, ser mais competitivo e permitir transações<br />

mais ágeis. “Conseguimos aprovar um crédito em, no máximo, 3h (horas). E, se a máquina já estiver disponível, fazer toda<br />

a operação de formalização e desembolso no mesmo dia”, informa. Com essa agilidade, os principais produtos oferecidos pelo<br />

banco são financiamentos de compras de peças, serviços e acessórios, além de máquinas novas e usadas.<br />

ATUAÇÃO<br />

Presente no mercado brasileiro desde 1975, a marca Komatsu reforçou sua posição com a criação do banco, o primeiro da<br />

empresa no mundo, oferecendo uma gama de produtos financeiros, através de suas subsidiárias financeiras em países como EUA<br />

(Estados Unidos da América), Japão, China, Austrália, Indonésia e Chile, entre outros. Ao todo, são 12 operadoras financeiras,<br />

em 12 países. Além do Japão, o Brasil é o único que está na categoria banco, seguindo as regulamentações do Banco Central do<br />

Brasil.<br />

Com forte atuação nos segmentos de construção, mineração e florestal, esses são também o público-alvo do Banco Komatsu.<br />

O banco opera junto à marca, definindo mercados estratégicos e clientes potenciais para alavancar suas vendas, com o mesmo<br />

foco da fábrica de equipamentos e sem limites para criar e desenvolver produtos e serviços que satisfaçam as necessidades dos<br />

seus clientes.<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


Foto: divulgação<br />

NOTAS<br />

Artefatos com resíduos do<br />

manejo florestal<br />

Os Jovens responsáveis por confeccionar artefatos de madeira<br />

a partir de resíduos do manejo florestal do PAE (Projeto de Assentamento<br />

Agroextrativista) Porto Dias passarão por uma qualificação<br />

profissional com foco em levar seus produtos para o mercado. A<br />

iniciativa é fruto de uma cooperação técnica entre a BVRio com o<br />

Governo do Estado do Acre, por meio da Sema (Secretaria de Estado<br />

de Meio Ambiente). “Se as gamelas já são lindas, imagine o que<br />

esses jovens serão capazes de produzir depois de aprender técnicas<br />

de produção e acabamento de peças refinadas, que poderão ser vendidas<br />

a um público seleto e exigente”, disse o secretário de Estado de<br />

Meio Ambiente, Israel Milani, que recebeu a visita do coordenador<br />

da iniciativa DMS (Design & Madeira Sustentável) da BVRio, Renato<br />

Castro Santos, e aproveitou a oportunidade para apresentar os demais<br />

projetos de sucesso desenvolvidos e apoiados pela Sema.<br />

O contato entre a BVRio e o Estado do Acre foi estabelecido pela<br />

equipe do Núcleo de Manejo <strong>Florestal</strong> Madeireiro da Sema que,<br />

acompanhando de perto o potencial do grupo de artesãos da Aspd<br />

(Associação Seringueira Porto Dias), estimulou a assinatura do termo<br />

de cooperação. O primeiro contato aconteceu durante a exposição dos objetos de design, criados na primeira fase da iniciativa<br />

DMS, na MADE (Mercado.Arte.Design), a maior feira de design autoral da América Latina. As formações já iniciaram<br />

neste mês de março, com o curso de marcenaria básica e confecção de pequenos objetos na sede Instituto Senai de Tecnologia<br />

em Madeira e Móveis, em Rio Branco (AC). Quatro integrantes da Aspd vão participar de um intercâmbio na Floresta<br />

Nacional do Tapajós, no estado do Pará, junto com representantes da Coomflona (Cooperativa Mista da Flona do Tapajós).<br />

Lá eles desenvolverão a primeira fase da iniciativa DMS, da BVRio. A imersão contará com a presença do designer Carlos<br />

Motta, que vai orientar o processo de criação de peças em madeira.<br />

Feira em<br />

São Paulo<br />

A Feicon Batimat, uma das<br />

maiores e mais importantes feiras<br />

voltadas para os setores de construção<br />

civil, arquitetura e decoração,<br />

foi adiada devido às recomendações<br />

do Ministério da Saúde com<br />

relação ao Coronavírus (Covid-19).<br />

O evento será de 15 a 18 de setembro, em São Paulo (SP). Com 25 edições a Feicon Batimat é o principal evento voltado para<br />

os mercados de construção civil e arquitetura na América Latina, reconhecido como o ambiente perfeito para atualização,<br />

visão estratégica, inovação e contato direto com os principais players da construção civil e arquitetura. A edição 2019 atingiu<br />

o público recorde de 84 mil visitantes. Mais informações pelo site www.feicon.com.br.<br />

Imagem: reprodução<br />

24 www.referenciaflorestal.com.br


Fotos: divulgação<br />

NOTAS<br />

Desafio testa<br />

nova linha<br />

Um total de 22 motoristas participou do desafio Rodoleve,<br />

que teve como meta fazer um test drive com o novo implemento<br />

florestal com menor gasto de combustível. Realizado<br />

em Caçador (SC), a disputa contou com o caminhão Actros<br />

2651, da Malom, distribuidora local da Mercedes Benz, e o<br />

bitrem da nova linha Portleve da Rodoleve para percorrer 12,9<br />

km (quilômetros). Todos os veículos estavam abastecidos com<br />

a mesma carga. “A média de economia, entre o que mais gastou<br />

e o que menos gastou, foi de 60% de combustível. A experiência<br />

do motorista conta muito para o bom desempenho”,<br />

explica o engenheiro de produção da Rodoleve, Itacir Valentim.<br />

O vencedor ganhou 100L (litros) de combustível do posto<br />

AG9. “A disputa foi realizada no lançamento da linha e foi tão<br />

entusiasmante que o vice-presidente da Mercedes Benz nos<br />

telefonou para parabenizar pela iniciativa”, revela Itacir Valentim.<br />

Ele conta que o Portleve é projetado em aço especial,<br />

tornando mais leve a carga de transporte florestal. “Vazio ele<br />

economiza até 15% de combustível”, garante.<br />

ALTA<br />

CORONAVÍRUS NÃO AFETA PORTOS<br />

Os Portos do Paraná tiveram aumento na movimentação<br />

de cargas no primeiro bimestre e, segundo a<br />

administração portuária, o coronavírus não afetou a<br />

operação. Em janeiro e fevereiro, cerca de 7,3 milhões<br />

de toneladas de produtos entraram e saíram do país<br />

pelos terminais do Estado, aumento de 1% ante o<br />

registrado nos dois primeiros meses de 2019, quando a<br />

movimentação totalizou 7,2 milhões de toneladas.<br />

MARÇO <strong>2020</strong><br />

CANCELAMENTO DE FEIRAS<br />

O coronavírus continua avançando e pressionando<br />

os países a tomarem medidas emergenciais para<br />

contê-lo, entre elas o cancelamento de eventos, como<br />

feiras agropecuárias. De acordo com Benedito Rosa,<br />

ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da<br />

Agricultura, isso afeta diretamente os produtores de<br />

vários setores e vai causar um prejuízo alto. No Brasil,<br />

as principais feiras agropecuárias que continuam marcadas<br />

estão sendo analisadas pelos organizadores.<br />

BAIXA<br />

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FRASES<br />

Foto: Fred Loureiro<br />

Li o livro e considero uma obra<br />

fundamental para aproximar o setor<br />

da sociedade. Precisamos comunicar<br />

todas as benesses de nossa indústria<br />

e uma narrativa como esta, que aborda<br />

uma empresa centenária do setor,<br />

que vem construindo uma história de<br />

muito sucesso, torna-se essencial para<br />

apresentar ao público final a indústria de<br />

árvores cultivadas, sua importância no<br />

dia a dia e toda sua evolução<br />

Paulo Hartung, presidente da Ibá, durante o lançamento do<br />

livro: Maurício Klabin – Empreendedor e pioneiro da indústria<br />

“Um país com quase 60% de<br />

seu território coberto por<br />

florestas não pode prescindir de<br />

dispor de um serviço florestal<br />

forte, autônomo e atuante,<br />

que promova o uso sustentável<br />

das florestas, a sua inserção<br />

na economia do país e a<br />

inclusão econômica e social das<br />

populações que dependem do<br />

uso da floresta para viver”<br />

Joberto Freitas, diretor do SBF, em evento de<br />

comemoração dos 14 anos da entidade<br />

“O esforço para a aprovação, neste<br />

semestre, das matérias listadas tem<br />

a capacidade de proteger o Brasil<br />

da crise externa com a continuidade<br />

de reformas estruturais que o país<br />

precisa, será possível recuperar espaço<br />

fiscal suficiente para a concessão de<br />

outros estímulos à economia”<br />

Ministro da Economia, Paulo Guedes, via ofício enviado<br />

aos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia<br />

(DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbe (DEM-AP)<br />

“A concessão de florestas agora é prioridade. São três<br />

importantes florestas que queremos delegar à iniciativa<br />

privada para o manejo sustentável e assim reduzir<br />

queimadas, com mais controle dos investimentos<br />

sustentáveis”<br />

Martha Seillier, secretária<br />

especial da 12ª reunião do<br />

Conselho do PPI (Programa de<br />

Parcerias de Investimentos),<br />

sobre a concessão de três<br />

florestas públicas<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br


A FEIRA DA<br />

INDÚSTRIA<br />

DO EUCALIPTO<br />

O Show <strong>Florestal</strong> MS é a nova feira florestal nacional, que<br />

vem para impulsionar o crescimento do mercado industrial<br />

de florestas plantadas, promover inovação e gerar negócios.<br />

A cidade de Três Lagoas em Mato Grosso do Sul, vai receber<br />

um novo conceito de feira em <strong>2020</strong>, com:<br />

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ENTREVISTA<br />

Boas perspectivas<br />

NO RIO<br />

GRANDE<br />

DO SUL<br />

Good prospects in the<br />

state of Rio Grande do Sul<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

N<br />

ovo presidente da Agleflor (Associação<br />

Gaúcha de Empresas Florestais) para o<br />

biênio <strong>2020</strong>-2021 faz um panorama do<br />

setor florestal na região sul e apresenta<br />

os desafios da entidade para a gestão.<br />

T<br />

he new president of Agleflor (State of<br />

Rio Grande do Sul Association of Forest<br />

Companies) for <strong>2020</strong>-2021 presents an<br />

overview of the Forest Sector in the Southern<br />

Region of Brazil and outlines the challenges of the<br />

Association’s new management.<br />

Paulo Cesar<br />

Nunes Azevedo<br />

DATA E LOCAL DE NASCIMENTO<br />

Porto Alegre, 23/11/1954<br />

November 23, 1954, Porto Alegre<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Engenheiro Agrônomo<br />

Agronomy Engineer<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

-Presidente Ageflor (<strong>2020</strong>-2022)<br />

-Diretor do Grupo Flopal e diretor-fundador da Âmbar <strong>Florestal</strong>,<br />

-Coordenador Técnico do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento<br />

intitulado Fazenda Modelo Flopal, desenvolvido em convênio com a<br />

Universidade Federal de Santa Maria.<br />

- President Ageflor (<strong>2020</strong>-2022),<br />

- Director of Flopal Group and Founding Director of Âmbar <strong>Florestal</strong>,<br />

- Technical Coordinator of the Research and Development Project,<br />

Flopal Model Farm, carried out in conjunction with the Federal<br />

University of Santa Maria.<br />

30 www.referenciaflorestal.com.br


Como avalia o momento para o setor florestal no Rio Grande<br />

do Sul?<br />

O momento para o setor florestal no Rio Grande do Sul é de<br />

boas perspectivas. Esse setor é muito diversificado nas suas<br />

possibilidades mercadológicas. Quanto aos projetos florestais,<br />

estão inseridos em uma cadeia produtiva estruturada e com<br />

boas práticas empresariais, mesmo passando por momentos<br />

mais complexos e desafiadores que pode normalmente ocorrer<br />

durante os ciclos econômicos favoráveis ou de instabilidades<br />

produzirá bons resultados a todos os envolvidos. Além disso, é<br />

um momento de organização das estruturas públicas e privadas<br />

para pensar no desenvolvimento e qualificação da silvicultura.<br />

É fundamental a elaboração de um Plano Estadual para o Desenvolvimento<br />

da Silvicultura.<br />

>> Neste cenário, quais são os principais desafios da nova<br />

diretoria?<br />

O setor florestal precisa amadurecer, afirmar-se e demonstrar<br />

sua importância social, econômica e ambiental, como algo<br />

positivo para a sociedade e para o meio ambiente. Veja um<br />

exemplo de como isso é possível com monoculturas o caso da<br />

vitivinicultura da serra gaúcha e mesmo demais regiões. A visão<br />

sobre esta cultura é unânime que é de interesse geral. Nosso<br />

desafio é conseguir demonstrar à sociedade o importante<br />

papel que tem o plantio de árvores para fins de produção, de<br />

acácia, eucalipto e pinus. Superou-se um passado meramente<br />

extrativista para a realidade de hoje. Há sempre desafios a<br />

vencer nesse caminho, mas existe um propósito meritório e<br />

dignidade no empreendedorismo florestal. As empresas que<br />

representamos não só cumprem a legislação, como impactam<br />

positivamente as comunidades no lado social e econômico. A<br />

sociedade precisa dos produtos que a cadeia florestal produz.<br />

Nosso principal objetivo é buscar esse amadurecimento porque<br />

as outras questões mais pontuais de ordem política, jurídica e<br />

de burocracia via de regra decorrem disso. E para as pessoas<br />

que trabalham no setor esse prestígio produz sinergia positiva<br />

ao empreendedorismo.<br />

>> O ano de <strong>2020</strong> iniciou com o Novo Código Ambiental do<br />

Rio Grande do Sul sancionado. Qual a avaliação da Ageflor<br />

sobre a legislação?<br />

A legislação deve garantir valores de conservação importantes<br />

à sociedade e ao ambiente, mas deve permitir e incentivar o<br />

empreendedorismo dando segurança jurídica. Neste aspecto<br />

é possível dizer que houve evolução, pois o novo texto está<br />

alinhado à legislação federal e tornou mais razoáveis algumas<br />

exigências relacionadas a silvicultura, como a isenção de licenciamento<br />

ambiental dos empreendimentos de porte mínimo a<br />

partir de um cadastramento e certificado de produtor florestal.<br />

>> Quais eram os entendimentos ou equívocos de legislação<br />

que dificultavam a expansão do setor?<br />

Havia uma visão restritiva, inclusive discordante da lei nacional<br />

e com exigências equivocadas do interesse da sociedade, que<br />

é o de incentivar o desenvolvimento de forma sustentável. De<br />

modo geral, no mundo há uma preocupação do Estado em<br />

estabelecer metas em larga escala e, posteriormente, criar formas<br />

de incentivo para que sejam atingidas. No Rio Grande do<br />

Nosso desafio é conseguir<br />

demonstrar à sociedade o<br />

importante papel que tem o<br />

plantio de árvores para fins de<br />

produção, de acácia, eucalipto<br />

e pinus. Superou-se um passado<br />

meramente extrativista para a<br />

realidade de hoje<br />

At the current time, how do you see the Forest Sector in the<br />

State of Rio Grande do Sul?<br />

At the current time, the prospects for the future of the Forest<br />

Sector in the State are looking good. The market possibilities<br />

for the Sector are very diverse. As for forest projects,<br />

they are inserted in a well-structured productive chain with<br />

sound business practices, even having gone through more<br />

complex and challenging moments with the instabilities<br />

that generally occur during favorable economic cycles, all of<br />

which should produce good results for all involved. As well, it<br />

is time for the organization of public and private structures<br />

to think about forestry development and qualification. It is<br />

essential to elaborate a State Forest Development Plan.<br />

Under this scenario, what are the main challenges for the<br />

new management?<br />

The Forest Sector needs to mature, assert itself more, and<br />

demonstrate its social, economic, and environmental importance,<br />

as something positive for society and the environment.<br />

An example of how this is possible with monocultures<br />

is the case of viticulture in the mountainous region in the<br />

State of Rio Grande do Sul and even in other areas. The view<br />

on this culture is unanimous: it is of general interest. Our<br />

challenge is to be able to demonstrate to society the vital<br />

role of planting trees - acacia, eucalyptus, and pine - has<br />

for production. Overcoming the merely extractive past and<br />

presenting today’s reality. There will always be challenges<br />

to overcome along this path, but there are a noble purpose<br />

and dignity in forest entrepreneurship. The companies we<br />

represent not only comply with the legislation but positively<br />

impact the surrounding communities on the social and<br />

economic side. Society needs the products that the forest<br />

chain produces. Our main objective is to strive for this maturation<br />

because the other more specific political, legal, and<br />

bureaucracy issues as a rule stem from this. And for people<br />

working in the Sector, this prestige produces positive synergy<br />

to entrepreneurship.<br />

Março <strong>2020</strong><br />

31


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Março <strong>2020</strong><br />

37


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M<br />

ais precisão e alta produtividade com baixo<br />

custo de manutenção, para executar<br />

trabalhos de trituração de sobras/resíduos<br />

florestais – galhadas, tocos e supressão<br />

vegetal em geral, têm sido alcançadas com<br />

uma tecnologia diferenciada, desenvolvida com exclusividade<br />

pela Himev no Brasil. Com a capacidade para triturar tocos e<br />

raízes rente ao solo, além de galhadas e outros resíduos florestais,<br />

essa máquina garante desempenho superior por ser<br />

fabricada com outro mecanismo de trituração, desenvolvido<br />

pela engenharia da empresa.<br />

Pioneira no Brasil na fabricação de Trituradores Florestais,<br />

a Himev recentemente lançou a linha HPH com quatro<br />

modelos de trituradores: HPH 190, HPH 210, HPH 240 e HPH<br />

270. Esses modelos são fabricados com sistema de bicos de<br />

vídia, desenvolvido na própria empresa, após a percepção<br />

da necessidade do setor florestal de limpar as áreas com as<br />

sobras de galhadas e tocos para a continuidade/renovação da<br />

plantação ou troca de atividades como pecuária e agricultura<br />

com mais agilidade. “Esse novo sistema de trituração, além<br />

de ser muito eficiente nessa aplicação, tem o diferencial de<br />

assimilar melhor a trituração em terrenos com incidência de<br />

pedregulhos sem causar grande impacto nos bicos. Com o<br />

sistema de facas, não se recomenda trabalhar nesse tipo de<br />

terreno”, explica Vicente Goetten, diretor Comercial da Himev.<br />

De acordo com Márcio Jacezim, coordenador de Pesquisa<br />

e Desenvolvimento (P&D), a tecnologia proporciona mais<br />

eficiência à operação com ganhos na produtividade por esse<br />

sistema com bicos dispensar a afiação. “Ele consegue rebaixar<br />

os tocos, triturar as galhadas e as rebrotas, deixando a área<br />

limpa para a circulação de máquinas e veículos, onde a colheita<br />

é mecanizada. Além disso, o material fica bem triturado<br />

e incorpora facilmente a terra e, assim, em poucos meses, já<br />

vira adubo orgânico”, detalha.<br />

Forest mulchers<br />

without sharpening<br />

Exclusive Brazilian technology have<br />

superior performance as to production<br />

and maintenance costs<br />

M<br />

ore precision and high productivity with a<br />

low maintenance cost, to perform shredding<br />

forest wastes/residues – branches, stumps,<br />

and plant suppression in general – has been<br />

achieved with differentiated technology,<br />

developed exclusively by Himev in Brazil. With the ability to<br />

grind stumps and roots close to the ground, in addition to<br />

branches and other forest waste, this machine guarantees<br />

superior performance by being manufactured with another<br />

grinding mechanism, specially developed by the Company’s<br />

engineering staff.<br />

A pioneer in Brazil in the manufacture of Forest Mulchers,<br />

Himev, recently launched its HPH line with four mulcher<br />

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Março <strong>2020</strong> 39


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Março <strong>2020</strong> 41


ESPECIAL<br />

DRONES<br />

nas operações florestais<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


Silvicultura, colheita e medição de volume de madeira<br />

estão entre as principais atividades realizadas pelos<br />

Vants (Veículos Aéreos Não Tripulados)<br />

Março <strong>2020</strong><br />

43


ESPECIAL<br />

N<br />

ão é apenas no céu de áreas urbanas<br />

que virou rotina ver os drones. Em meio<br />

às florestas brasileiras já é possível<br />

encontrar os Vants (Veículos Aéreos<br />

Não Tripulados) em operações diversificadas.<br />

Considerando o aumento de quase 60% de<br />

cadastros para utilização profissional desses equipamentos,<br />

a tendência é que eles se tornem cada dia<br />

mais comuns no setor florestal.<br />

A prova é que, somente até o final de janeiro<br />

deste ano, havia mais de 76 mil equipamentos com<br />

cadastros ativos na Anac (Agência Nacional de Aviação<br />

Civil), dos quais 29 mil são para uso profissional. Não<br />

há dados específicos sobre o uso no setor florestal,<br />

mas nos últimos cinco anos houve um aumento expressivo<br />

de pessoas interessadas em se habilitar para<br />

atuar em operações florestais com Vants. “O drone já<br />

é uma profissão atualmente, tanto na área de pilotagem<br />

quanto na área de processamento de imagens e<br />

extração de informações. Cada vez mais o piloto tem<br />

que se profissionalizar, pois esse equipamento não é<br />

um brinquedo. Sua efetiva utilização merece destaque<br />

no setor florestal pois traz grandes vantagens na<br />

gestão de projetos, permitindo um monitoramento<br />

Somente até o final de janeiro<br />

deste ano, havia mais de<br />

76 mil equipamentos com<br />

cadastros ativos na Anac,<br />

dos quais 29 mil são para uso<br />

profissional<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


Março <strong>2020</strong> 45


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Março <strong>2020</strong><br />

47


ECONOMIA<br />

Setor florestal atinge<br />

US$ 9,7 bilhões<br />

EM EXPORTAÇÕES<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


Mesmo diante da instabilidade de 2019,<br />

a área manteve sua representatividade<br />

nas exportações nacionais<br />

Fotos: divulgação<br />

Março <strong>2020</strong><br />

49


ECONOMIA<br />

O<br />

s produtos da indústria de base florestal<br />

chegaram a US$ 9,7 bilhões em comercializações<br />

com outros países. Deste total,<br />

os painéis de madeira contabilizaram US$<br />

265 milhões, seguido da celulose com US$<br />

7,5 bilhões e o papel com a soma de US$ 2,0 bilhões, de<br />

acordo com o Boletim Cenários Ibá, produzido pela Ibá (Indústria<br />

Brasileira de Árvores).<br />

O saldo da balança comercial do setor atingiu US$ 8,7<br />

bilhões (-10,2%). A representatividade da balança do setor<br />

permaneceu estável, somando 4,3% do total das exportações<br />

brasileiras e 10,0% das exportações do agronegócio.<br />

Em 2019, a América Latina foi o destino com maior negociação<br />

para painéis de madeira (US$ 164 milhões) e papel<br />

(US$ 1,2 bilhão). A China seguiu como principal mercado<br />

da celulose brasileira, adquirindo US$ 3,2 bilhões do produto.<br />

Para Paulo Hartung, presidente da Ibá, o ano de 2019<br />

foi um período de ajuste para a indústria de base florestal.<br />

Mesmo frente ao desafio setorial e de instabilidade econômica<br />

do país, o setor manteve sua representatividade nas<br />

exportações nacionais. “Em 2019 identificamos crescimento<br />

na produção de papel embalagem e papel cartão, demonstrando<br />

que o material tem sido demandado e tem se<br />

mostrado uma alternativa frente a embalagens de origem<br />

fóssil. E mais, nesta revolução verde pela qual estamos passando,<br />

as árvores cultivadas são a solução com seus novos<br />

produtos e novos usos da madeira como celulose solúvel,<br />

nanocelulose, fios têxteis, biocombustíveis, entre outros”,<br />

analisa.<br />

O presidente do Ibá acrescenta ainda que, os investimentos<br />

previstos e em andamento, na ordem de R$ 32,9<br />

bilhões, são a prova de que o setor trabalha de olho no futuro.<br />

“Isto demonstra a visão de longo prazo, sustentável e<br />

de quem vem trabalhando em favor da sociedade”, destaca.<br />

As vendas de painéis de madeira no Brasil, em 2019,<br />

somaram 6,7 milhões de m3 (-3,0%). Para o mercado exterior,<br />

os painéis de madeira totalizaram 1,0 milhão de m3<br />

exportados. Já o volume de vendas domésticas de papel foi<br />

de 5,5 milhões de toneladas.<br />

As vendas de painéis de<br />

madeira no Brasil, em 2019,<br />

somaram 6,7 milhões de m³<br />

(-3,0%). Para o mercado<br />

exterior, os painéis de<br />

madeira totalizaram 1,0<br />

milhão de m³ exportados<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


www.potenzaindustria.com.br<br />

comercial@potenzaindustria.com.br<br />

Tamanhos de<br />

1.5m² a 2.0m²<br />

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Lages - SC, Brasil<br />

Março <strong>2020</strong><br />

51


SILVICULTURA<br />

Planejamento evita<br />

PREJUÍZO COM PRAGAS FLORESTAIS<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


Saber o momento de intervir pode reduzir até<br />

50% dos custos com os danos<br />

Fotos: Fabiano Mendes<br />

Março <strong>2020</strong><br />

53


SILVICULTURA<br />

O<br />

planejamento desde o viveiro e a decisão<br />

de quando intervir no campo podem fazer<br />

toda a diferença no controle de pragas<br />

florestais. Na era digital, novas técnicas<br />

surgem, mas dois fatores são fundamentais<br />

para o combate: o monitoramento e saber a hora de<br />

intervir.<br />

Uma intervenção mal realizada pode causar o dobro de<br />

prejuízo ou mesmo causar danos irreparáveis, de acordo<br />

com o engenheiro florestal, mestre em proteção de plantas<br />

e doutor em ciências florestais, Alexandre Coutinho<br />

Vianna Lima. Ele reforça, especialmente para produtores<br />

de florestas de eucalipto e pinus, que “o monitoramento<br />

é a base de coleta de dados para tomar a melhor decisão<br />

e que as tecnologias estão cada vez mais presentes não<br />

só na agricultura, mas também no cultivo e manejo silvicultural.”<br />

Entre as novidades no mercado nessa área, ele<br />

destaca as técnicas de diagnóstico de danos por meio do<br />

monitoramento remoto, utilizando imagens de satélite e<br />

drones.<br />

O monitoramento é a base para definir as estratégias<br />

de intervenções, sejam elas com produtos biológicos,<br />

químicos, físicos, etc. A alternativa permite ao investidor<br />

acompanhar o desenvolvimento da floresta e as adversidades<br />

na cultura. “Para ter uma ideia, já tivemos condição de<br />

fazer controle em reboleiras de 300 m2 (metros quadrados)<br />

e evitar disseminação das pragas e doenças em toda área.<br />

Em outras situações, na qual não foi feito nada, a intervenção<br />

chegou a ser em mais de 300 ha (hectares). Não<br />

tenho dúvida nenhuma, para se ter um manejo com altas<br />

produtividades tem que monitorar as florestas comerciais”,<br />

reforça Alexandre Coutinho Vianna Lima, que também é<br />

diretor <strong>Florestal</strong> da MIP <strong>Florestal</strong>.<br />

O engenheiro florestal ressalta ainda que, dependendo<br />

da espécie, o ciclo vai de 6 a 15 anos e, se o investidor<br />

não souber o que está acontecendo para ter uma estratégia,<br />

ele estará diretamente tendo prejuízos financeiros<br />

a longo prazo. “Vale ressaltar que, atualmente, temos<br />

técnicas e metodologias que são capazes de se adaptar<br />

a quaisquer condições de manejo integrado de pragas<br />

para as diversas culturas florestais. Conferindo, assim, um<br />

planejamento inicial é bem mais seguro para o produtor<br />

e grupos de investimentos, rastreando os riscos desde o<br />

viveiro até o campo”, afirma.<br />

Segundo o especialista é necessário definir bem o<br />

conceito para cada caso, pois dentro do monitoramento<br />

existem várias técnicas que podem ser implementadas em<br />

ordens de “apontamento”, no qual mostra se a área está<br />

com problema; ou não e “aplicado” no qual utiliza diversas<br />

ferramentas para compor uma quantidade de dados<br />

para tomada de decisão. Dentre estas ferramentas estão:<br />

armadilhas e amostragem específica para o alvo (índice de<br />

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Março <strong>2020</strong> 55


ESPÉCIE<br />

JATOBÁ:<br />

SINÔNIMO DE ALTA QUALIDADE<br />

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Espécie é altamente resistente<br />

aos térmitas e fungos de<br />

podridão branca e parda<br />

C<br />

om uma variação de cerne do castanho-amarelado<br />

ao castanho-avermelhado e alburno branco-<br />

-amarelado, a espécie Hymenaea courbaril L. é<br />

considerada altamente resistente aos térmitas e<br />

fungos de podridão branca e parda, mas susceptível<br />

aos perfuradores marinhos (berni et al.,1979). Popularmente<br />

conhecida como Jatobá, recebe também outros nomes<br />

como copal, courbaril, jataí, jataíba, jatobá-curuba, jatobazinho,<br />

jutaí, jutaí-açu, jutaí-do-igapó, jutaí-grande, jutaí-mirim,<br />

jutaí-vermelho, quebra machado. Suas principais ocorrências<br />

no Brasil são nas florestas da Amazônia e na Mata Atlântica,<br />

podendo ser encontrada principalmente nos estados do Acre,<br />

Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato<br />

Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul,<br />

Rondônia e São Paulo.<br />

Foto: divulgação<br />

JATOBÁ (Hymenaea spp.)<br />

Grupo: pode incluir Hymenaea courbaril, H. intermedia, H.<br />

oblongifolia, H. parvifolia e H. stilbocarpa. Essas madeiras são<br />

semelhantes quanto à densidade de massa e caracteres anatômicos<br />

e têm, praticamente, o mesmo valor comercial.<br />

CARACTERÍSTICAS GERAIS<br />

Características sensoriais: cerne e alburno distintos pela<br />

cor, cerne variando do castanho-amarelado ao castanho-avermelhado,<br />

alburno branco-amarelado; cheiro e gosto imperceptíveis;<br />

densidade alta; dura ao corte; grã regular a irregular;<br />

textura média; superfície pouco lustrosa.<br />

DESCRIÇÃO ANATÔMICA MACROSCÓPICA<br />

• Parênquima axial: visível a olho nu, em faixas marginais<br />

associadas ao paratraqueal vasicêntrico ou aliforme<br />

• Raios: visíveis a olho nu no topo e visíveis sob lente na<br />

face tangencial, pouca visibilidade<br />

Março <strong>2020</strong><br />

57


58 www.referenciaflorestal.com.br


Março <strong>2020</strong> 59


PESQUISA<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


Produtividade de Pinus<br />

caribaea var. hondurensis<br />

E SUAS RELAÇÕES COM ATRIBUTOS QUÍMICOS<br />

DOS SOLOS EM REGIÃO DE CERRADO BRASILEIRO<br />

Foto: divulgação<br />

VINICIUS EVANGELISTA SILVA<br />

ENGENHEIRO FLORESTAL, MSC., ESPECIALISTA EM NUTRIÇÃO E MANEJO FLORESTAL<br />

PAULO RICARDO TEODORO DA SILVA<br />

ENGENHEIRO AGRÔNOMO, MESTRANDO EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO PELO PROGRAMA<br />

DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />

RAFAEL MONTANARI<br />

ENGENHEIRO AGRÔNOMO, DR., PROFESSOR ADJUNTO DO DEPARTAMENTO DE<br />

FITOSSANIDADE, ENGENHARIA RURAL E SOLOS<br />

SARA DIAS DA SILVA LISBOA<br />

ENGENHEIRA AGRÔNOMA, MESTRANDA EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO PELO PROGRAMA<br />

DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />

EDMAR ROBERTO BELLATI BATELLO<br />

ENGENHEIRO AGRÔNOMO, MESTRANDO EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO PELO PROGRAMA<br />

DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />

JAILSON VIEIRA AGUILARI<br />

ENGENHEIRO AGRÔNOMO, MESTRANDO EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO PELO PROGRAMA<br />

DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />

LUCAS APARECIDO MANZANI LISBOA<br />

ENGENHEIRO AGRÔNOMO, MESTRANDO EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO PELO PROGRAMA<br />

DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />

MARLON MARINO ALBERTINI<br />

ENGENHEIRO AGRÔNOMO, MESTRANDO EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO PELO PROGRAMA<br />

DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />

Março <strong>2020</strong><br />

61


PESQUISA<br />

RESUMO<br />

A<br />

silvicultura com espécies exóticas desempenha<br />

importante papel socioeconômico<br />

no Brasil, fornecendo matéria-prima para a<br />

produção de madeira, lenha, carvão vegetal,<br />

celulose, dentre outros. Nesse sentido,<br />

torna-se necessário o aprofundamento do conhecimento<br />

sobre as variáveis ambientais que controlam a produtividade<br />

do Pinus; em especial, as edáficas. O objetivo do<br />

presente trabalho foi avaliar a variabilidade espacial dos<br />

atributos químicos de solo e planta em um plantio comercial<br />

de Pinus caribaea var. hondurensis. O experimento foi<br />

instalado no campus da Unesp (Faculdade de Engenharia<br />

de Ilha Solteira), localizado em Selvíria, Estado de Mato<br />

Grosso do Sul, Brasil, em um Latossolo Vermelho Distroférrico,<br />

textura muito argilosa. Foram analisados os seguintes<br />

atributos químicos do solo: P (fósforo), MO (matéria orgânica),<br />

pH (potencial hidrogeniônico), K (potássio), Ca (cálcio),<br />

Mg (magnésio), H+Al (acidez potencial), Al (alumínio),<br />

SB (soma de bases), CTC (capacidade de troca catiônica),<br />

V% (saturação por bases), CaT (cálcio), MgT (magnésio) e<br />

m (alumínio) na CTC (Capacidade de Troca Catiônica). Todos<br />

os atributos de solo e planta apresentaram dependência<br />

espacial simples na área do estudo, exceto altura, DAP<br />

(Diâmetro a Altura do Peito) e acidez potencial na camada<br />

de 0,10-0,20 m, evidenciando que o manejo de pinus pode<br />

ser realizado de acordo com site específico nas condições<br />

do estudo. O potássio foi o atributo de solo que melhor se<br />

correlacionou com a produtividade de pinus em volume,<br />

bem como os melhores indicadores para a estimativa da<br />

produtividade.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O gênero pinus apresenta cerca de 105 espécies identificadas,<br />

que são fisiologicamente resistentes à seca, muito<br />

exigentes em luz (suportando sombreamento apenas na<br />

fase jovem), quanto à temperatura, suportam temperaturas<br />

de -65°C até 50°C (Graus Celsius). Apresentam diferentes<br />

exigências quanto à fertilidade, textura e profundidade<br />

do solo. Devido à sua grande versatilidade possibilita o<br />

plantio em diferentes condições de ambiente (Auer; Grigolleti<br />

Junior; Santos, 2005).<br />

A silvicultura com espécies exóticas desempenha<br />

importante papel socioeconômico no Brasil, fornecendo<br />

matéria-prima para a produção de madeira, lenha, carvão<br />

e celulose, dentre outros. Nesse sentido, torna-se necessário<br />

o aprofundamento do conhecimento sobre as variáveis<br />

ambientais que controlam a produtividade do pinus, em<br />

especial, as edáficas.<br />

Uma característica marcante em área reflorestada é<br />

a sua aparente homogeneidade; contudo, é frequente a<br />

observação de variações de produtividade significativas<br />

ao longo do plantio. Essas variações podem ser devidas a<br />

vários fatores, dentre eles o solo, a topografia, as variações<br />

na prática silvicultural de plantio e outros (Hakamada et<br />

al., 2015). É usual a adoção de um valor médio, suposto representativo,<br />

obtido de uma amostra (conjunto de parcelas),<br />

para caracterizar o estado atual e temporal da variável<br />

de interesse dentro da floresta. De acordo com Mello et<br />

al. (2005), essa variabilidade espacial pode, muitas vezes,<br />

afetar de forma marcante a qualidade das estimativas obtidas<br />

pelo inventário. Dessa forma, uma análise estatística<br />

levando em consideração a distribuição no espaço é fundamental<br />

para a avaliação do comportamento das variáveis<br />

dendrométricas.<br />

Os atributos físicos, químicos e biológicos dos solos<br />

são importantes componentes da produtividade dos sistemas<br />

florestais, visto que as plantas necessitam de solos<br />

bem-estruturados, sendo por isso a seleção e a utilização<br />

adequada de cada tipo de solo de fundamental importância<br />

para a manutenção da qualidade e da produtividade<br />

dos sítios (Marchão et al., 2007; Pignataro Netto; Kat; GOE-<br />

Dert, 2009; Bognola et al., 2010).<br />

De acordo com estudos feitos por Inamasu et al.<br />

(2011) é possível estabelecer Unidades de Manejo Operacional<br />

para Pinus elliotti utilizando a variável de povoamento<br />

índice de sítio. Isto evidencia que a técnica de<br />

geoestatística é perfeitamente aplicável utilizando variável<br />

de povoamentos de pinus.<br />

Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi<br />

avaliar produtividade de Pinus caribaea var. hondurensis e<br />

suas relações com atributos químicos dos solos em região<br />

de cerrado brasileiro.<br />

MATERIAIS E MÉTODOS<br />

O experimento foi instalado no campus da Faculdade<br />

de Engenharia de Ilha Solteira da Unesp (Universidade<br />

Estadual de São Paulo), localizado em Selvíria, Estado<br />

de Mato Grosso do Sul (Figura 1), Brasil (20º18’05” S e<br />

20º18’28” S e 52º39’02” W e 52º40’28” W). A precipitação<br />

média anual é de 1.300 mm e a temperatura média é de<br />

23,7ºC. O tipo climático é Aw, segundo Köppen, caracterizado<br />

como tropical úmido, com estação chuvosa no verão<br />

e seca no inverno. O solo estudado, classificado conforme<br />

Santos et al. (2006), foi o Latossolo Vermelho Distroférrico<br />

típico muito argiloso a moderado, hipodistrófico, álico,<br />

caulinítico, férrico, epicompactado, muito profundo, moderadamente<br />

ácido (Demattê, 1980).<br />

O plantio comercial de Pinus iniciou em junho de 1986.<br />

O inventário florestal e as coletas e análises de solos foram<br />

realizadas no dia 13 de maio de 2016, tendo o pinus nesta<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


Março <strong>2020</strong> 63


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2020</strong><br />

JUNHO<br />

<strong>2020</strong><br />

Imagem: reprodução<br />

Cibio<br />

25 a 27<br />

Curitiba (PR)<br />

www.congressobiomassa.com<br />

AGO<br />

<strong>2020</strong><br />

SHOW FLORESTAL<br />

A nova feira florestal nacional surge para impulsionar o<br />

crescimento do mercado industrial de florestas plantadas,<br />

promover inovação e gerar negócios. Sua localização, em<br />

Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, é em uma região<br />

estratégica para o desenvolvimento do eucalipto como<br />

matéria-prima da indústria florestal.<br />

JULHO<br />

<strong>2020</strong><br />

V Semana de Atualização <strong>Florestal</strong><br />

14 a 16<br />

Viçosa (MG)<br />

http://sif.org.br/portfolio-items/xsemana-de-atualizacao-florestal<br />

JULHO<br />

<strong>2020</strong><br />

NOV<br />

<strong>2020</strong><br />

FLORESTAS UAI<br />

Imagem: reprodução<br />

Estradas e Logística <strong>Florestal</strong>:<br />

Inovação e Sustentabilidade<br />

Dias 22 e 23 de<br />

Piracicaba (SP)<br />

www.ipef.br<br />

O objetivo é apresentar tendências e perspectivas da<br />

região, com o maior plantio de eucalipto do Brasil, para<br />

fortalecer e potencializar a cadeia produtiva da madeira<br />

no estado de Minas Gerais através de informação e<br />

network qualificado.<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


Disco de corte para Feller<br />

AGENDA<strong>2020</strong><br />

• Discos de corte com encaixe para<br />

utilização de até 18 ferramentas<br />

• Diâmetro externo e encaixe central<br />

de acordo com o padrão da máquina<br />

AGOSTO<br />

<strong>2020</strong><br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

Show <strong>Florestal</strong><br />

5 a 7<br />

Três Lagoas (MG)<br />

www.showflorestal.com.br<br />

• Discos de corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra<br />

• Discos especiais<br />

• Pistões hidráulicos<br />

(fabricação e reforma)<br />

• Usinagem de médio e grande porte<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2020</strong><br />

Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337<br />

Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />

Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650<br />

dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br<br />

D’Antonio Equipamentos<br />

Mecânicos e Industriais Ltda<br />

Feicon Batimat <strong>2020</strong><br />

15 a 18<br />

São Paulo (SP)<br />

www.feicon.com.br<br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2020</strong><br />

Florestas UAI – Encontro da Indústria<br />

<strong>Florestal</strong> de Minas Gerais<br />

4 e 5<br />

Belo Horizonte (MG)<br />

www.engenhariaflorestal.jatai.ufg.br/<br />

Março <strong>2020</strong><br />

65


Foto: divulgação<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

Impostos atrasados:<br />

O QUE FAZER?<br />

Por Robson Prado, advogado,<br />

especialista em Direito Empresarial,<br />

Tributário e Trabalhista<br />

Empresarial<br />

Foto: divulgação<br />

Saber lidar com os passivos<br />

tributários impede que eles<br />

se tornem um pesadelo para<br />

as empresas<br />

O<br />

Pgfn (Procurador-Geral da Fazenda Nacional), José Levi,<br />

afirmou, no fim do ano passado, que mais de 90% da Dívida<br />

Ativa da União é formada por impostos em atraso. Todos<br />

os débitos - impostos ou não - somaram R$ 2,2 trilhões em<br />

2018 e envolveram 5,4 milhões de devedores. Quando a<br />

questão tributária é aplicada às empresas há um risco para as companhias<br />

que não realizam esses pagamentos, comprometendo sua saúde financeira<br />

e podendo até gerar bloqueio de patrimônio, nos casos mais graves.<br />

O termo que define esse valor decorrente de obrigações ou dívidas de<br />

uma empresa ao Fisco (autoridade que tem a função de controlar e fiscalizar<br />

o cumprimento da legislação tributária) é o passivo tributário. Há diversos<br />

motivos pelos quais as empresas deixam de recolher impostos e geram<br />

essa dívida, seja por estratégia, falta de conhecimento ou mesmo por não<br />

ter recebido pagamentos que cobrissem os gastos.<br />

Seja qual for a razão, o resultado é o mesmo: acúmulo de passivos que<br />

podem ser federais, estaduais ou municipais. E quando esse montante se<br />

torna grande demais, fica quase impossível para a empresa voltar a operar.<br />

Em um primeiro momento, o Fisco envia uma cobrança, e se a empresa<br />

deixa que elas se amontoem, ficando inerte, isso se converte em uma execução<br />

fiscal, que pode causar danos às contas e ao patrimônio público da<br />

companhia. Ela pode ser, inclusive, impedida de participar de licitações e<br />

atingir um momento em que não terá mais defesa.<br />

Realizar um processo de acompanhamento desde o começo é muito<br />

menos danoso para a empresa que a recuperação após o acúmulo das dívidas,<br />

por isso, uma consultoria em direito tributário pode ajudar. No caso de<br />

a empresa já ter esses problemas, o especialista também irá acompanhar a<br />

evolução deles, até mesmo antes da inscrição em uma dívida ativa, ou caso<br />

já esteja com os débitos inscritos acompanhará de modo eficiente a execução<br />

fiscal, verificando o andamento dos processos dentro dos órgãos públicos,<br />

além de saber se a cobrança é devida, evitando-se também bloqueios e<br />

penhoras indevidas ou inesperadas.<br />

Até porque, existem empresas que deixam de pagar seus impostos simplesmente<br />

por não conhecer ou possuir um planejamento que lhe permita<br />

adequação tributária de acordo com o perfil empresarial. Com um estudo<br />

exato, é possível até recuperar valores já pagos erroneamente.<br />

Além disso, há várias formas de conter esse passivo, mesmo que não<br />

seja por meio dos ordinários. Ao contar com uma assessoria, é possível ter<br />

uma opção de rediscutir um Refis que fora cancelado - mesmo quando ele<br />

não está em vigor, pois o parcelamento ordinário é muito oneroso. Além de<br />

ser orientada a buscar alternativas diferenciadas como ofertar percentual<br />

do faturamento e fazer pagamentos de valores específicos que vão depois<br />

ser abatidos.<br />

Há empresários que buscam outras soluções para lidar com a dívida<br />

sem o devido acompanhamento, como abrir empresas em nome de outras<br />

pessoas, mas isso os deixa vulneráveis. Pois, além de lidar com uma nova<br />

empresa e com a antiga, a pessoa ainda terá que gerir essa relação com alguém<br />

que será juricamente o dono de seu empreendimento.<br />

Para ajudar essas empresas, já existe um movimento importante que foi<br />

a Medida Provisória nº 899, de 16/10/2019, que propõe a redução de algumas<br />

dívidas federais, com descontos de até 70%. O incentivo de regularização<br />

de dívida com a União serve tanto para pessoa física e microempresa.<br />

O governo federal calcula que 1,9 milhão de pessoas se beneficiarão com a<br />

medida. E ela já está valendo.<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


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