Revista Coamo edição Março de 2020
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MARÇO/2020 ANO 46
EDIÇÃO 500
CREDICOAMO
AGO aprova resultados
e elege novo Conselho
de Administração
500 EDIÇÕES
Publicação impressa
da Coamo chega a
edição 500
ENCONTRO DE
CONHECIMENTO
Cooperativa realizou entre os dias 03 e 07 de fevereiro, a 32ª edição do
Encontro de Verão na Fazenda Experimental. Em cada edição, os cooperados
podem vivenciar teoria e prática de uma forma didática e prática
Sucesso em
suas receitas!
Alimentos
Coamo.
Com alta qualidade, rendimento
e muito mais sabor, os Alimentos
Coamo trazem a origem e a
confiança de uma cooperativa
para a sua mesa.
EXPEDIENTE
Órgão de divulgação da Coamo
Ano 46 | Edição 500 | Março de 2020
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Oliveira Dias.
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e taxas gerados e recolhidos em 2019: R$ 382,32 milhões.
Março/2020 REVISTA
3
SUMÁRIO
44
Coamo antecipa R$ /// em sobras
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4 REVISTA
Março/2020
SUMÁRIO
Entrevista
10
Julio Cezar Franchini, pesquisador da área de Manejo de Solo e da Cultura da Embrapa Soja, é o entrevistado
do mês na Revista Coamo. Ele aborda sobre as novas tecnologia e avanços na agricultura
Encontro de Verão
A Fazenda Experimental da Coamo foi palco entre os dias 03 e 07 de fevereiro da 32ª edição do Encontro
de Verão. Mais de cinco mil cooperados e técnicos marcaram presença no evento, que é puro conhecimento
14
34
Assembleia da Credicoamo
Credicoamo realizou a 30ª Assembleia Geral Ordinária, onde foi apresentado e aprovado
o balanço financeiro 2019. Cooperativa registrou crescimento de 5,58% sobre o exercício
anterior com sobras líquidas no montante de R$ 98,49 milhões.
Descomplica Rural
47
Governo do Paraná e o Sistema Faep/Senar, lançaram o Programa Descomplica Rural, com objetivo de desburocratiza
a vida de agropecuaristas que querem investir em novos negócios ou ampliar seus empreendimentos
Edição 500
A Revista Coamo chegou a marca histórica de 500 edições, cumprindo a missão de levar informações
das atividades desenvolvidas pelos cooperados, setores cooperativista e agropecuário nacional
Coronavírus
49
51
Preocupadas com a saúde dos cooperados, funcionários, clientes, fornecedores e consumidores,
Coamo e Credicoamo criaram um comitê e adotaram medidas de prevenção ao Coronavírus
Março/2020 REVISTA
5
EDITORIAL
Edição nº 500, tecnologia no campo e resultados da Credicoamo
Esta edição da Revista Coamo
é histórica. É a de número
500. Da sua primeira edição,
em novembro de 1974, como
“Informativo Coamo” mudou para
“Jornal Coamo” e desde 2015 circula
como “Revista Coamo”. Já se
passaram 45 anos e, nesse período,
a comunicação da cooperativa
evoluiu e se modernizou, tanto
na edição impressa quanto na digital,
no site e dispositivos móveis.
Um dos temas recorrentes
ao longo dessas 500 edições
da Comunicação Coamo é a tecnologia
difundida pela Fazenda
Experimental que, também, está
comemorando 45 anos. De forma
estruturada, publicamos matérias
com informações técnicas nos 32
anos do Encontro de Cooperados,
que foi realizado em fevereiro,
novamente. O evento é pioneiro
na tecnologia agrícola brasileira.
A Coamo promove a difusão de
tecnologias por meio da pesquisa
e da assistência técnica, e apresenta
aos cooperados novidades
para incrementar as produtividades.
Os cooperados verificam in
loco e têm acesso à materiais testados
e validados pelo Coamo e
instituições da pesquisa brasileira.
Nesta edição, é destaque
também o cooperativismo
de crédito, por meio da Credicoamo,
que seguindo a filosofia
da Coamo, registrou no exercício
de 2019, novamente um ano positivo,
para a satisfação dos seus
20 mil associados. Em Assembleia
Geral realizada em fevereiro, os
associados aprovaram o balanço
que totalizou sobras líquidas no
montante de R$ 98,49 milhões
e um patrimônio líquido de R$
735,50 milhões, resultado 16,52%
superior ao anterior.
O desempenho confirma
que a cooperativa vem crescendo
de forma organizada e profissionalizada
em 30 anos de existência,
com atendimento de qualidade
às necessidades do quadro
social.
Pensando no futuro, a
Credicoamo implantou o planejamento
estratégico com o objetivo
de uma visão de longo prazo.
Na continuidade do processo
de reestruturação, implantou a
governança corporativa com a
segregação das atividades do
Conselho de Administração e da
diretoria Executiva.
Agradeço aos associados
pelo apoio e confiança que recebi
para continuação do trabalho
como presidente do Conselho de
Administração, que tem a função
de proteger e valorizar a cooperativa
e promover o desenvolvimento.
Desta forma, como aprovado
em Assembleia Geral, darei expediente
integral para acompanhar
e apoiar o trabalho da diretoria
Executiva presidida por Alcir José
Goldoni, com as decisões necessárias,
visando o cumprimento
dos objetivos sociais e o crescimento
da Credicoamo.
A Credicoamo é formada
exclusivamente por cooperados
da Coamo e está entre as dez
"Agradeço aos associados
pelo apoio e confiança que
recebi para continuação
do trabalho como
presidente do Conselho
de Administração da
Credicoamo."
maiores instituições financeiras
no país, no ranking de bancos e
cooperativas de crédito. Prestando
diversos serviços como custeio
e investimentos, crédito fundiário,
capital de giro e vários programas,
entre os quais o Moradia Feliz. A
Credicoamo é uma cooperativa totalmente
voltada para o desenvolvimento
das atividades dos seus
cooperados.
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,
Presidente do Conselho de Administração
Março/2020 REVISTA
7
Mykola Borivskiy
Ucrânia
“A tecnologia não existia
e agora está aqui, nos
impulsionando. Mas, sem
as pessoas, não funciona.
Vamos sempre precisar
de profissionais e que
sejam cada vez mais
qualificados”.
#EuFaçoOFuturo
Servir. Esse é o
nosso propósito.
Trabalhamos para que a agricultura
não pare de crescer e o agricultor
possa fazer o seu trabalho com
tranquilidade e eficiência.
Assim, cada um faz o seu melhor
e juntos vamos construir um
mundo melhor.
2dcb.com.br
jacto.com
8 REVISTA
Março/2020
GOVERNANÇA
Duas situações diferentes:
a grande safra e o coronavírus
O
Brasil está vivendo dois momentos distintos neste
início de 2020. De um lado, as colheitas com
uma grande safra, reflexo de altas produtividades
em todas as regiões da nossa área de ação. Os cooperados
estão satisfeitos com a colheita histórica, em muitos
casos a produção passa as 200 sacas por alqueire, algo
que até há alguns anos era considerado impossível.
O trabalho da assistência técnica ao longo dos anos
na difusão de novas variedades e tecnologias, e a adoção
por parte dos produtores, de maneira sustentável, são responsáveis
pelo incremento da
produção e de colheita nunca
vistas na história da agricultura.
A Coamo, por sua vez,
de forma estruturada e profissional,
recebe com agilidade
uma grande produção dos
seus cooperados, em 104 unidades
operacionais e com uma
eficiente logística, promove o
escoamento das safras de soja
e milho para a exportação.
Na comercialização,
o preço do dólar registrou
muitas vezes valor nunca visto
no mercado, superando os R$
4,00 e R$ 5,00, provocando preços altos nas commodities
para a satisfação dos cooperados e impulsionado a exportação
da produção brasileira.
Se de um lado temos uma safra histórica, do outro,
desde a última semana do mês de fevereiro, o país
vem sofrendo com o advento do novo Coronavírus, que
vem assustando a população brasileira. Diante desta situação,
nos ambientes da Coamo e Credicoamo foram implantadas
medidas emergenciais no combate à doença,
definidas pelo Comitê de Prevenção ao Coronavírus.
Em consonância com o Ministério da Saúde e
autoridades sanitárias estamos divulgando amplamente
orientações aos cooperados, funcionários, familiares e comunidade,
por meio dos nossos canais de comunicação,
"Na agricultura, tudo tem seu
tempo certo, seja na hora de
plantar ou colher e não pode
parar. Produzir alimentos
para o Brasil é uma atividade
essencial."
tais como evitar aglomeração e circulação de pessoas, e a
higienização pessoal.
Na estratégia de combate ao Coronavírus, solicitamos
aos cooperados para que realizem suas operações
via canais de atendimento e façam deslocamentos somente
em casos essenciais.
Tomamos todas as providências para garantir a
segurança dos nossos cooperados e funcionários. Entre
as medidas estão a suspensão de cursos, treinamentos
e atividades presenciais para funcionários, cooperados e
familiares. Adotamos regimes
de redução de tempo de horas
trabalhadas sem comprometer
salários, sistema de rodízio nas
unidades e regime de quarentena
para grupos de risco.
Assim, estamos promovendo
condições para vencer
essa dura batalha, que deve
demorar alguns meses. Por isso,
é necessário o engajamento e
envolvimento de todos para ultrapassar
esta situação grave e
o quanto antes retornarmos às
nossas atividades normais.
Agradecemos de maneira
especial aos nossos funcionários, que cívica e bravamente,
permanecem desenvolvendo o seu trabalho, para
que não faltem alimentos para o Brasil e para o mundo.
AIRTON GALINARI
Presidente Executivo da Coamo
Março/2020 REVISTA
9
ENTREVISTA: JULIO FRANCHINI
"Trabalhamos para aprimorar
continuamente o sistema de produção."
Paranaense de Rondon
(Noroeste do
Paraná), filho de pai
mineiro e mãe paulista,
que se mudaram para o
Paraná na década de 1960
atraídos pelo café, o engenheiro
agrônomo Julio Cezar
Franchini, pesquisador
da área de Manejo de Solo
e da Cultura da Embrapa
Soja, é o entrevistado do
mês na Revista Coamo.
Ele conta que a
agronomia faz parte da
sua vida desde quando
ainda era criança e cuidava
da horta no quintal de
casa e não conseguia produzir
bem os alimentos
que cultivava (depois entendeu
que faltava calcário).
Franchini trabalha na
área de manejo do solo
e da cultura. "Nossa principal
linha de trabalho é
aprender continuamente
como fazer o solo se manter
sempre produtivo para
poder incorporar as novas
tecnologias que nunca
param de surgir na agricultura.
Trabalhamos para
aprimorar continuamente
o sistema de plantio direto
na palha, que nasceu
aqui no Paraná, e é o sistema
que revolucionou a
forma de fazer agricultura
no Brasil.”
Legenda: Julio Cezar Franchini dos Santos é engenheiro agrônomo formado pela Universidade Estadual de
Londrina (UEL), em 1990. Mestre pela Universidade Federal de Lavras (1993) e doutor pela USP de Piracicaba
(1997). Fez pós-doutorado em Sevilha na Espanha (1998). É pesquisador da área de Manejo de Solo e da Cultura
da Embrapa Soja em Londrina desde 2001.
RC: Qual a importância dos resultados
do trabalho da Embrapa Soja?
Julio Cezar Franchini: Sempre trabalhamos
em parceria com o produtor,
procurando entender suas dificuldades
e as melhores formas de resolver
seus problemas. Nosso maior resultado
é fazer com que nos bons momentos,
o solo esteja nas melhores condições
e pronto para responder aos ganhos
10 REVISTA
Março/2020
genéticos e tecnológicos que tem
ocorrido nos últimos anos. Nos
momentos difíceis, principalmente
quando ocorrem períodos prolongados
com falta de chuvas, os solos
melhor manejados permitem estabilidade
de produção e mantêm a
rentabilidade do produtor.
RC: Como vê a parceria entre agricultores
e pesquisa?
Franchini: Sem essa parceria a pesquisa
não faz sentido. Essa sempre
foi uma característica da Embrapa,
estar próxima do produtor. As novas
tecnologias embarcadas nas
máquinas têm nos ajudado a mudar
a forma de fazer pesquisa. Hoje,
estamos coletando informações
dentro das propriedades. Isso aumenta
o valor dos resultados e faz
com que o produtor participe da
solução dos problemas. Aliás, uma
tecnologia que foi “inventada” pelo
produtor é o milho segunda safra,
responsável pela maior parte do
milho produzido no Brasil. Se estamos
juntos do produtor podemos
participar do aprimoramento e
desenvolvimento das novas ideias
que surgem todos os dias.
RC: Quais são os desafios para os
próximos anos?
Franchini: Estamos vivendo uma
fase de transformações profundas
na agricultura. A tecnologia está
permitindo obter um conjunto,
cada vez maior, de informações.
Nosso maior desafio é aprender
a gerenciar estas informações em
benefício do produtor, com três objetivos
principais: melhorar a qualidade
das operações, reduzir custos
e aumentar a produtividade. A nova
geração de agricultores tem um
"Estamos vivendo uma
fase de transformações
profundas na
agricultura. A tecnologia
está permitindo obter
um conjunto, cada vez
maior, de informações."
papel importante neste processo.
A informação está disponível por
todos de várias formas e o aparelho
que traduz bem todo esse processo
é o celular. Pelo celular recebemos
informações sobre a previsão climática,
imagens de satélite com o
vigor da cultura, relatório das operações
realizadas pelas máquinas,
preços de insumos, o preço da soja
em Chicago e muito mais. Estamos
aprendendo a ensinar as máquinas
a fazer o trabalho difícil do campo
para termos mais tempo para pensar
nas decisões importantes que
temos que tomar. Do pequeno ao
grande produtor, todos têm se beneficiado
do ganho em tecnologia.
RC: Como observa a relação entre
as tecnologias e o seu uso pelos
agricultores?
Franchini: O trabalho no campo é
muito árduo e depende de fatores
que não podem ser controlados,
como o clima. O produtor precisa e
busca por praticidade. No caso da
soja e do milho, em termos genéticos
a primeira geração de transgênicos
resistente à herbicidas foi um
grande salto tecnológico. A segunda
geração resistente às lagartas
tem dado seguimento às conquistas.
Mas, o maior ganho tem sido o
de produtividade. Boa parte deste
aumento vem da genética, mas também
do ganho de qualidade nas
operações realizadas pelas máquinas.
A semeadura, as pulverizações
e a colheita, tem nível de qualidade
muito maior do que há alguns anos.
Como o produtor costuma dizer:
um bom plantio significa metade do
caminho até uma boa colheita. Em
termos práticos, todas as máquinas
novas já vêm com sistema de posicionamento
por satélite, o conhecido
GPS. Isso permite, por exemplo,
o uso do piloto automático na plantadeira,
melhor controle das operações
de pulverização e a obtenção
de mapas de colheita. No caso do
plantio, o produtor pode continuar o
trabalho durante a noite para aproveitar
a condição de umidade, sem
se preocupar em perder a direção.
Sem falar no gerenciamento de tudo
os que as máquinas estão fazendo
dentro da propriedade, como está o
consumo de combustível, horas trabalhadas
e quando está na hora da
manutenção.
RC: A estrutura do solo é componente
essencial da fertilidade?
Franchini: Na agricultura, a fertilidade
do solo significa sua capacidade
em suportar a vida das culturas e
para isso ele tem que cumprir várias
funções: ser fonte de nutrientes,
permitir o armazenamento de água
e o crescimento das raízes e ter diversidade
biológica suficiente para
suprimir as principais doenças e fa-
Março/2020 REVISTA 11
ENTREVISTA: JULIO FRANCHINI
"NOSSA PRINCIPAL LINHA DE TRABALHO É APRENDER CONTINUAMENTE COMO
FAZER O SOLO SE MANTER PRODUTIVO PARA INCORPORAR AS NOVAS TECNOLOGIAS."
vorecer os organismos benéficos. A
fertilidade química é muito importante
e foi a área que se desenvolveu
primeiro. Hoje, a coleta de amostras
de solo geo-referenciadas permite a
obtenção de mapas de diagnósticos
precisos e mapas de correção à taxa
variável, onde se aplica apenas o necessário.
No entanto, em muitos casos,
quando se atinge níveis ótimos
de fertilidade química, as limitações
à produtividade podem estar associadas
a outros fatores. O sistema de
produção é muito intensivo, permitindo
no mínimo duas safras por ano.
Na maioria das vezes a janela entre a
colheita e o plantio da próxima cultura
é curta e estas operações podem
ser realizadas com solo úmido, onde
a compactação é inevitável. Nesse
momento, a estrutura do solo pode
passar a ser limitante à produtividade,
principalmente em períodos de
deficiência hídrica. Nosso trabalho
tem sido focado em práticas de prevenção
à compactação, principalmente
a diversificação de culturas
Julio Franchini participa todos os anos dos
encontros na Fazenda Experimental da Coamo
por meio do consórcio com as braquiárias
e o uso de janelas para aumentar
a produção de palha e raízes.
RC: Quais foram as principais tecnologias
conquistadas nos últimos
anos?
Franchini: A tecnologia mais importante
nos últimos anos, sem dúvida
nenhuma, foi e continua sendo
o plantio direto. Com ele conseguimos
produzir com sustentabilidade,
preservando o meio ambiente.
O plantio direto também permitiu
que o plantio da soja fosse gradativamente
sendo antecipado, saindo
do início de novembro na década
de 1970 para o início de outubro
nos anos mais recentes. Isso foi
muito importante para viabilizar a
cultura do milho segunda safra nas
regiões mais quentes. O aumento
na produção e produtividade da
soja e do milho segunda safra ao
longo dos anos ajudou a estruturar
a indústria de transformação e de
produção de proteína, agregando
valor e modificando a economia do
país. O aprimoramento do plantio
direto impulsionou as mudanças do
padrão genético do milho e principalmente
da soja.
RC: Qual o impacto e resultado da
correta utilização do manejo do solo?
Franchini: Nosso maior desafio é
avaliar corretamente a qualidade
física do solo. Recentemente nossa
equipe desenvolveu um método
para o Diagnóstico Rápido da Estrutura
do Solo (DRES), que permite
"A tecnologia mais
importante nos últimos
anos, sem dúvida
nenhuma, foi e continua
sendo o plantio direto."
que os técnicos e produtores consigam
diferenciar por seus próprios
meios o que é uma boa estrutura de
uma estrutura ruim. Com uma amostra
retirada da camada superficial do
solo, com uma pá, se pode ver o que
está acontecendo com a estrutura do
solo. Isso é muito importante do ponto
de vista didático e de entendimento
dos processos no solo. A partir daí
as pessoas começam a entender que
uma boa estrutura do solo é dependente
da produção de raízes e aí nós
voltamos a falar em plantio direto de
qualidade com maior produção de
palha e de raízes.
RC: Quais os aspectos a serem
melhorados no uso do manejo do
solo?
Franchini: O manejo correto do
solo passa pelo planejamento do
sistema de produção para que ele
próprio produza os insumos mais
importantes, a palha e as raízes. Os
melhores produtores que acompanhamos
são aqueles que adotam
sistemas que permitem a diversificação
de produção em pelo me-
12 REVISTA
Março/2020
nos 25% da área. Estes produtores
têm as maiores produtividades nos
melhores anos e produtividades
acima do custo de produção em
anos ruins. Diversificação não significa
desistir de produzir culturas
econômicas, como a soja e o milho,
mas apenas preencher o que nós
chamamos de janelas, com culturas
que vão aumentar a produção
de palha e raízes. Nesse sentido, o
consórcio do milho com braquiária
é o melhor exemplo. No caso das
áreas que plantam trigo é possível
ocupar a janela entre a soja e o trigo
com culturas como milheto e o
nabo forrageiro, ou a mistura destas
espécies. Em nossos trabalhos
com a Coamo em áreas de produtores,
temos observado nos mapas
de colheita do milho 2ª safra, que
em aproximadamente 30% da área,
o produtor está tendo prejuízo, por
estar produzindo abaixo do custo
de produção. Essa informação é
muito importante, pois mostra que
existe oportunidade para diversificar
e aumentar a rentabilidade, simplesmente
investindo em recuperar
o solo e deixando de ter prejuízo.
RC: Qual a importância da Agricultura
4.0 e as principais novidades
que os produtores terão nos próximos
anos?
Franchini: A agricultura 4.0 é um
marco importante no processo de
evolução ao longo dos séculos,
desde a invenção do arado, 5.000
anos a.C.. De forma objetiva, significa
que todas as máquinas novas:
o trator, o pulverizador, o aplicador,
o transbordo e a colhedora, têm a
capacidade de receber e transmitir
dados, é a internet das coisas. Na
prática as operações poderão ser
"A Embrapa sempre foi e
continuará sendo parceira
da Coamo porque a
forma de trabalho
da cooperativa está
totalmente alinhada com
a missão da Embrapa."
programadas no escritório e enviadas
para as máquinas executarem.
Hoje já podemos fazer aplicações
de fertilizantes e corretivos à taxa
variável, baseado nos mapas de fertilidade
do solo. Já existem alguns
exemplos mais avançados disso
como o trator conceito autônomo
lançado há três anos no Brasil. A
obtenção massiva de dados também
está permitindo que processos
sejam modelados e, com isso,
as máquinas sejam ensinadas a tomarem
decisões sozinhas, já incorporando
conceitos de inteligência
artificial. Já existem protótipos de
pulverizadores que reconhecem a
espécie de interesse e aplicam o
herbicida nas demais, fazendo uma
aplicação seletiva. Os sensores embarcadores
em drones vão evoluir
cada vez mais rápido e permitir que
seja feito o diagnóstico da causa
das alterações no padrão das imagens
obtidas nas culturas. Já conseguimos
ver variações no vigor das
plantas dentro dos talhões, mas ainda
precisamos de análises complementares
do solo e da planta, para
identificar a causa do problema. No
futuro próximo, problemas específicos
poderão ser identificados por
deixarem uma assinatura espectral
característica. Assim poderemos
identificar a partir de imagens, deficiências
nutricionais ou o ataque
de pragas e doenças, por exemplo.
Existe um projeto em andamento
na Embrapa Instrumentação que
está desenvolvendo um robô autônomo
que fará a análise de solo
diretamente no campo a partir da
emissão de um feixe de raio laser. A
partir do plasma gerado será possível
determinar a composição de
alguns elementos de interesse. O
equipamento é bastante promissor
para a análise de Potássio.
RC: O trabalho da Fazenda Experimental
da Coamo é importante instrumento
de difusão?
Franchini: Para se ter uma ideia
da visão de futuro da Coamo é só
olhar para a Fazenda Experimental,
que já tem mais de 40 anos. Isso
demonstra o valor que a cooperativa
sempre teve pela geração de
informação e, posteriormente, pela
difusão desta informação para seus
cooperados. Continuem acreditando
e investindo no cooperativismo.
A Coamo representa um modelo
de empresa de sucesso e orgulho
para o Brasil graças aos seus cooperados.
A Embrapa sempre foi e
continuará sendo parceira da Coamo
porque a forma de trabalho
da cooperativa está totalmente alinhada
com a missão da Embrapa.
Trabalhando em parceria com a
Coamo, estamos trabalhando com
vocês. Contém sempre conosco e
sucesso a todos.
Março/2020 REVISTA 13
ENCONTRO DE VERÃO
CONHECIMENTO PARA TODOS
Encontro de Verão na Fazenda Experimental da Coamo é realizado
anualmente para que o cooperado saia na frente no campo da produção
14 REVISTA
Março/2020
MARCOS ANDRÉ PALUDO
São Domingos (Oeste de Santa Catarina)
Fazemos uma viagem longa para participar do
encontro. Mas, sem dúvida nenhuma, vale muito
a pena. A Coamo tem essa preocupação com o associado,
de apresentar novas tecnologias para me-
“
“
lhorar a atividade e produzir cada vez mais.
JOSÉ APARECIDO SACOMAN
Luiziana (Centro-Oeste do Paraná)
A Fazenda Coamo é como se fosse uma escola. Venho
aqui, passo um dia e levo muito conhecimento.
São vários assuntos importantes, seja relacionado
a novas variedades, tecnologias de aplicação ou
controle de doenças e plantas daninhas.
Com a porteira sempre
aberta para o quadro
social, a Fazenda Experimental
da Coamo, realizou a 32ª
edição do Encontro de Verão,
entre os dias 03 e 07 de fevereiro.
Com dez experimentos distribuídos
em estações de pesquisa,
mais de cinco mil associados do
Paraná, Santa Catarina e Mato
Grosso do Sul marcaram presença
no evento, que é puro conhecimento.
Em cada edição, eles
podem vivenciar teoria e prática
de uma forma didática, por meio
de palestras ministradas pelo
José Aroldo Gallassini participou da abertura de todos os dias de evento
quadro técnico da Coamo e por
pesquisadores dos principais
institutos de pesquisa do país,
parceiros da Coamo.
Desde a fundação da
Coamo, a difusão de tecnologias
é uma premissa. Com quase 50
anos de pesquisa, é incalculável
o avanço agropecuário proporcionado
ao quadro social por
meio de eventos técnicos. O
objetivo segundo o engenheiro
agrônomo Lucas Simas, chefe
da Fazenda Experimental da
Coamo, é apresentar aos associados
as novas tecnologias que
foram testadas e aprovadas. “É
uma oportunidade ímpar para se
atualizar. Apresentamos assuntos
do momento, que realmente
necessitam ser discutidos pelos
nossos associados, juntamente
com os técnicos e pesquisadores.
Quem participa sai na frente”,
considera Simas.
Segundo o gerente de
Assistência Técnica da Coamo,
Marcelo Sumiya, o trabalho da
Fazenda Experimental é testar
produtos e estudar as tecnologias
para disponibilizar aos cooperados.
“O associado tem a
certeza de que o que está sendo
apresentado foi testado e validado.
A forma como apresentamos
é para facilitar a compreensão e
aplicação na propriedade. Estudamos,
também, para o cooperado
não fazer investimentos que
não sejam adequados. Trata-se
de um evento técnico, mas nossa
Fazenda Experimental está
aberta para os cooperados o ano
todo.”
Quem também reforça
o impacto positivo do Encontro
de Verão é o diretor de Suprimentos
e Assistência Técnica da
Coamo, engenheiro agrônomo
Aquiles de Oliveira Dias. “É um
evento que preparamos durante
o ano todo e culminamos com
as apresentações. Quem participa
adquire muito conhecimento,
Março/2020 REVISTA 15
ENCONTRO DE VERÃO
ENTRE OS DIAS 03 E 07 DE FEVEREIRO, COOPERADOS DO PR, SC E MS MARCARAM
PRESENÇA NO ENCONTRO NA FAZENDA EXPERIMENTAL, QUE É PURO CONHECIMENTO
Lucas Simas, chefe da Fazenda Experimental Coamo
pois procuramos sempre trazer
os temas do momento. Vamos,
inclusive, buscar tecnologias fora
do país. Isso é algo que somente
o associado da Coamo tem.”
Como resultado dessa
difusão de conhecimento, as
produtividades vêm aumentando
gradualmente ao longo dos
anos, que em contato direto com
a pesquisa têm as informações
em primeira mão. “O Encontro na
Fazenda Experimental é tradicional,
apresenta as novidades que
a pesquisa desenvolve e repassa
aos associados. Praticamente do-
bramos as produtividades de soja
e milho e, certamente, a pesquisa
e o trabalho realizado na Fazenda
Experimental têm muito a ver
com isso”, comemora o presidente
do Conselho de Administração
da Coamo, José Aroldo Gallassini.
Gallassini é um entusiasta
do trabalho realizado pela
cooperativa por meio da Fazenda
Experimental. “A missão da
Coamo é gerar renda aos cooperados
com desenvolvimento sustentável
do agronegócio, e esse
trabalho passa pela assistência
técnica e o repasse de tecnologias
para ter mais produtividades
e redução dos custos. Nesse encontro,
os associados conhecem
a realidade e o trabalho da pesquisa,
novas tecnologias e práticas
para fazer bem feito na sua
lavoura com um contato direto
junto aos pesquisadores de importantes
empresas e entidades
públicas e privadas.”
Aquiles Dias, diretor de Suprimentos
e Assistência Técnica da Coamo
SAIBA MAIS:
FAZENDA EXPERIMENTAL COAMO
- 45 anos
- 2 grandes encontros anuais: verão e inverno
- Mais de 100 experimentos mantidos
ENCONTRO DE VERÃO
- 32ª edição
- 5 dias de encontro
- Mais de 5.000 pessoas participaram
ESTAÇÕES APRESENTADAS EM 2020
- Tecnologia de aplicação de defensivos
- Tratamento de Semente Industrial Coamo
- Manejo da Ferrugem da Soja
- Manejo de Percevejos na Cultura da Soja
- Resultados Experimento Calagem e Gessagem
Coamo e UEM
- Cultivares de Soja
- Novos Desafios no Manejo da Buva
- Manejo do Complexo de Enfezamento na Cultura
Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica, Aquiles Dias, diretor de Suprimentos e
Assistência Técnica, Alcir José Goldoni, presidente Executivo da Credicoamo, Airton Galinari,
presidente Executivo da Coamo, Ricardo Calderari e Claudio Rizzatto, membros do Conselho de
Administração da Coamo, e José Aroldo Gallassini, Presidente do Conselho de Administração
do Milho
- Agricultura 4.0 e Precisão na Agricultura
16 REVISTA
Março/2020
No alvo
Estação abordou
conceitos básicos da
tecnologia de aplicação
de defensivos. Dinâmica
mostrou importância da
escolha dos bicos
Alvo, ambiente, momento de aplicação, máquina
e produto. São diversos os aspectos
que precisam ser levados em consideração
quando o assunto é tecnologia de aplicação. Uma
tarefa difícil, mas que foi abordada de forma didática
e tecnológica durante o Encontro de Verão da
Fazenda Experimental da Coamo. Segundo o engenheiro
agrônomo José Petruise Ferreira Junior, da
Coamo em Campo Mourão, esse assunto é prioridade,
pois no passado já foi considerada uma atividade
de risco e de desperdício para a agricultura.
“A assistência técnica da Coamo tem a consciência
e preocupação de orientar os cooperados para executar
com eficiência essas operações.”
Petruise enfatiza a necessidade de se difundir
o conhecimento científico sobre esse tema. “Com informação
se obtém a correta colocação do produto
biologicamente ativo no alvo desejado e na quantidade
necessária, a fim de que possam ser controladas
a população ou a presença de pragas, doenças
e plantas daninhas. Além de se evitar danos econômicos,
com segurança e o mínimo de contaminação
para o aplicador, realizando a operação da forma
mais econômica possível”, considera o agrônomo.
Uma das prioridades da tecnologia de aplicação,
de acordo com o engenheiro agrônomo,
é quanto à escolha das pontas de pulverização. “É
um componente de fundamental importância no
pulverizador. É responsável pela vazão e qualidade
das gotas, impactando diretamente na qualidade da
operação. Também é preciso ter cuidado com relação
à altura de barra e a escolha ideal do tamanho
de gota em função do alvo desejado. Temos situações
onde em função da declividade do terreno,
Março/2020 REVISTA 17
ENCONTRO DE VERÃO
FOCO FOI, PRINCIPALMENTE, NAS PONTAS E A DEPOSIÇÃO DA CALDA PARA QUE SEJA
ECONOMICAMENTE VIÁVEL, BUSCANDO O MÁXIMO DE EFICIÊNCIA DOS PRODUTOS
uma variação da altura da barra de pulverização,
pode expor as gotas à deriva. E se essa barra de pulverização
estiver muito perto do alvo, é possível que
hajam falhas de aplicação entre um bico e outro.”
O importante, segundo Petruise, é analisar a
situação. “Avalie cada caso e veja qual o bico correto.
Procure a assistência técnica para que seja escolhida
a ponta adequada. Toda a equipe técnica da
cooperativa está capacitada para dar esse suporte
ao quadro social.”
O engenheiro agrônomo da Teejet, Guilherme
Bandieri Napoli, acrescenta que as pontas (ou bicos)
são responsáveis por fragmentar a calda de maneira
homogênea em diferentes tamanhos de gotas,
proporcionando cobertura suficiente do produto sobre
o alvo. “O uso de um modelo de ponta inadequada
ou desgastada, poder gerar um custo adicional de
reaplicação ou mesmo uma percepção errada sobre
a qualidade e eficiência do produto aplicado.”
SAIBA MAIS:
Diego Scharan (Roncador), Nilton Cesar Cavalheri (Campo Mourão), José Petruise
Ferreira Junior (Campo Mourão) e Everton Paulo Bosquese (Engenheiro Beltrão)
Semente certificada
Associados conheceram benefícios do
Tratamento de Sementes Industrial
Tudo começa com a escolha da semente que
será plantada. Se esta semente não tiver qualidade,
toda lavoura pode estar fadada ao
fracasso. Razão pela qual, a produção de sementes
de qualidade é uma das bandeiras levantadas pela
Coamo. Desde 2013, a cooperativa conta com o
Tratamento de Sementes Industrial, tecnologia que
colocou a Coamo na vanguarda do processo de
produção e segue rigorosos padrões para obter
os dois selos de qualidade existentes no mercado
atualmente, um conferido pela Basf e o outro pela
Syngenta.
COMO ESCOLHER A PONTA IDEAL?
- Definir o tamanho das gotas em função do tipo e modo de ação do
produto, condições climáticas e do alvo.
- Tipo de ponta em função do tamanho de gota.
- Definir a taxa de aplicação (l/ha).
- Checar a velocidade de deslocamento do pulverizador.
- Calcular a vazão necessária na ponta.
- Escolher, dentro do tipo de ponta já definida, a vazão e pressão de
trabalho que produza o tamanho de gota desejada.
18 REVISTA
Março/2020
Glauco Matsunaga Ferreira (Quinta do Sol), Diogo Alves (Altamira do Paraná), Cleber
Dienis Voidelo (Campo Mourão) e Paulo Nedes de Souza Peres (Manoel Ribas)
Parceiros na apresentação da estação sobre Tratamento Industrial de Sementes:
Gustavo Alves (Syngenta), João Gabriel Tonon (Basf) e Gerhard Ecker (Syngenta)
Segundo Cleber Dienis Voidelo, coordenador
de Tratamento de Semente Industrial da Coamo,
apesar da segurança existente no processo, muitos
associados ainda têm dúvidas sobre a dosagem destas
sementes e, por esta razão, a cooperativa destinou
uma estação de pesquisa do Encontro de Verão para
este assunto. “O produtor pode ter certeza da qualidade
da semente Coamo. Não é somente o cooperado
que quer que a semente esteja com a dosagem
correta, é de interesse também para a cooperativa
entregar o produto com qualidade para que o agricultor
possa alcançar bons resultados.”
A Coamo, conforme Voidelo, trabalha com
as maiores empresas do segmento e que geram a
pesquisa nessa área. “Buscamos os melhores produtos
e formas de operacionalizar o processo de
tratamento industrial. No mercado de tratamento
de semente industrial, existem dois selos emitidos.
A Coamo está certificada nos dois. Para obter estes
selos, não basta acertar a dose, tem muito mais que
isso, temos responsabilidades social e ambiental, e
temos que treinar nossas equipes a cada ano para
renovar a certificação”, reforça Voidelo.
João Tonon da área de Desenvolvimento de
Produto e Mercado para Tratamento de Sementes da
Basf, que estava na estação de pesquisa da Coamo, ressalta
que o selo de qualidade conta com um processo
rigoroso. “Certificamos e entregamos o selo para nossos
principais parceiros, como é o caso da Coamo. Esse
selo engloba diversas análises para garantir os produtos,
a segurança do meio ambiente e do produtor.”
Para Gustavo Costa Prado Alves, pesquisador
Seedcare Syngenta, a avaliação para obter a certificação
envolve os mais diversos fatores de qualidade
dentro do tratamento de sementes. “A Coamo
conta com o selo de certificação de excelência em
tratamento de sementes Seedcare porque realmente
atende todos os parâmetros descritos ano após
ano. Portanto, podemos dizer que excelência em
tratamento de sementes e Coamo são sinônimos.
Então o cooperado pode se sentir orgulhoso de ter
uma semente de qualidade e protegida para a sua
lavoura, para alcançar altas produtividades.”
JENIFER KARINE GISH SEIBOTH
Nova Santa Rosa (Oeste do Paraná)
“
“
resultados, com a máxima eficiência econômica.
Vemos nos encontros o que a pesquisa está desenvolvendo
para que possamos utilizar no campo. O
que está funcionando da melhor forma, podemos
aplicar na propriedade. É possível ver os melhores
JOÃO CARLOS FERNANDES
São João do Ivaí (Centro-Norte do Paraná)
Desde que me cooperei na Coamo, em 1996,
nunca perdi um encontro. Volto sempre porque
cada ano tem novidades. Boa parte do que
vi nos eventos, apliquei na propriedade e tive
bons resultados.
Março/2020 REVISTA 19
ENCONTRO DE VERÃO
De olho na longevidade dos fungicidas
Estação abordou doenças da soja, com ênfase nos fungicidas multissítios para melhorar
a performance dos fungicidas sítios específico e minimizar os riscos de resistência
O
panorama geral da ferrugem da soja e outras
doenças que acometem a cultura, com
ênfase na utilização de fungicidas multissítios
para melhorar a performance dos fungicidas
sítios específico, e ainda, para minimizar os riscos de
resistência e garantir a longevidade foi tema de uma
das estações no Encontro de Verão na Fazenda Experimental.
Foram abordadas outras ferramentas e
estratégias que podem e devem ser utilizadas dentro
do manejo integrado de doenças na cultura.
De acordo com o engenheiro agrônomo
José Marcelo Fernandes Rubio, da Coamo em Campo
Mourão, a safra 2019/2020 foi um pouco diferente
em relação a ferrugem asiática, influenciada pelo
clima seco que atrasou o plantio. “Contudo, a ferrugem
é uma doença que requer atenção. A doença
continua presente e poderá ser totalmente diferente
na próxima safra”, destaca. O agrônomo ressalta que
a ferrugem não é a única doença que deve ter atenção.
“A mancha púrpura ou cercospora, a septoria
e, principalmente, a mancha alvo também podem
causar prejuízos às lavouras”, acrescenta.
Nesse sentido, a recomendação é para a utilização
de fungicidas multissítios, que afetam diferentes
pontos metabólicos do fungo e apresentam
Alessandro de Oliveira (Juranda), Sebastiao Francisco Ribas Martins Neto (Boa
Ventura de São Roque), José Marcelo Fernandes Rubio (Campo Mourão) e
Ulysses Marcellos Rocha Netto (Janiópolis)
20 REVISTA
Março/2020
SAIBA MAIS:
O QUE SÃO FUNGICIDAS MULTISSÍTIOS?
Cláudia Vieira Godoy, Embrapa/Soja
Rafael Moreira Soares, Embrapa/Soja
São fungicidas que afetam diferentes pontos
metabólicos do fungo e apresentam
baixo risco de resistência.
SAIBA MAIS:
baixo risco de resistência. “São
produtos que tem ação sobre
outros fungos que, também, vêm
apresentando resistência aos fungicidas
específicos. “É importante
a rotação de mecanismo de ação.
Cada ano é diferente e cada região
tem a sua particularidade.
Sempre tem uma determinada
doença que predomina e quanto
mais diversificar e rotacionar os
produtos, mais protegidas ficam
as lavouras e com mais eficiência.”
A estação contou com a
participação dos pesquisadores
na área de fitopatologia da Embrapa/Soja,
Cláudia Vieira Godoy
e Rafael Moreira Soares. Cláudia
observa que cada safra deixa uma
lição e é sempre importante monitorar
a situação das doenças antes
de tomar qualquer medida. “A
ferrugem é a principal doença da
soja, mas tem outras que também
são preocupantes. A principal ferramenta
é o monitoramento. O
produtor tem que acompanhar o
clima, a evolução do plantio e os
possíveis aparecimentos de focos
da doença para que possa definir
o controle”, pondera.
Rafael lembra que embora
a safra 2019/2020 tenha sido
mais “tranquila” para a ferrugem,
é preciso atenção, pois se trata
de uma doença agressiva e de
difícil controle. “Os fungicidas
multissítios são uma ferramenta
importante nesse processo aliado
a outras práticas como, por
exemplo, respeitar o vazio sanitário
e fazer a rotação de fungicidas
conforme o modo de ação.
Os trabalhos devem ocorrer de
modo preventivo para que a
doença não se prevaleça.”
- Fungicidas multissítios são imóveis na
planta (não são absorvidos)
- Permanecem no local da aplicação
- Possui característica de formar uma camada
protetora sobre a superfície da folha
- Atua de forma preventiva
- Necessita de boa cobertura no momento
da aplicação
- São laváveis pela chuva e por isso seu “residual”
é menor
POR QUE UTILIZAR
FUNGICIDA MULTISSÍTIO?
- Aumentar performance no controle
- Proteger os fungicidas sítios específicos
contra o surgimento da resistência
- Tem ação sobre outros fungos que também
vêm apresentando resistência aos fungicidas
específicos
RICARDO AUGUSTO ROMAGNOLI
Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná)
“
“
fazer o melhor na nossa atividade.
Nos encontros são apresentadas novas tecnologias,
práticas e soluções que facilitam nosso
dia a dia. Temos que acompanhar, pois o cenário
agrícola muda sempre e buscamos sempre
GERSON MARON
Dourados (Sudoeste do Mato Grosso do Sul)
Recebemos mais conhecimento, temos muito a aprender
ainda e sempre tem algo novo nos eventos da Coamo.
Analisamos tudo o que foi apresentado e vemos o
que serve para a nossa realidade. É um dia de trabalho,
para melhorar o que a gente vem fazendo.
Março/2020 REVISTA 21
ENCONTRO DE VERÃO
Percevejos
no foco
Foram apresentados problemas
ocasionados pelo percevejo
marrom, uma das principais
pragas da soja
Considerada uma das principais pragas
da cultura da soja, o percevejo
marrom (Euschistus heros) vem causando
preocupação e perdas nas lavouras.
O controle passa, principalmente, pelo
monitoramento de forma sistemática das
lavouras para que possa ser definida a melhor
ação. “Decidimos nossas ações sempre
com embasamento técnico, e para isso é
preciso monitorar a lavoura. Se na fase R3
(vagem com 0,5 cm em um dos quatro nós
superiores do caule com folha completamente
desenvolvida - conhecido como fase
de canivetinhos), por exemplo, encontrarmos
dois percevejos por metro linear para
lavouras destinadas a grãos e um percevejo
por metro linear em lavouras destinadas
para sementes, é o momento de fazer intervenção
com produto químico. Porém, antes
e após a aplicação, o monitoramento deve
acontecer”, diz o engenheiro agrônomo Lucas
Gouvea Vilela Esperandino, da Coamo
em Campo Mourão.
Ele ressalta que o percevejo ataca
a vagem da soja e se alimenta diretamente
do produto final, que é o grão. “Trata-se
de uma praga importante, devido a densidade
populacional, frisa. Entre as medidas
de controle recomendadas pela assistência
técnica da Coamo estão a utilização de
produtos químicos, biológicos e o controle
22 REVISTA
Março/2020
Erick Adriano Reis (Luiziana), Lucas Gouvea Vilela Esperandino (Campo Mourão),
Fernando Mauro Soster (Ivaiporã) e Conrado Vitor Moreira de Souza Zanuto
(Ivailândia)
alternativo. “Fazem parte do controle alternativo o
uso de cultivares precoces e tolerantes ao percevejo,
eliminação de plantas hospedeiras, utilização de
armadilhas e atenção com o espaçamento e densidade
de plantio”, observa e acrescenta que as ações
devem ocorrer durante todo o ciclo da lavoura e a
atenção a partir da fase R3. “É uma praga que tem
várias culturas como hospedeiras e vai migrando de
uma lavoura para outra. É a ponte verde, como chamamos.
Quando não tem plantas, o inseto vai para
as matas e sai quando a lavoura é implantada, fazendo
um novo povoamento.
A praga está presente em todas as regiões da
Coamo, seja com maior ou menor intensidade, conforme
o clima. Esperandino explica que o percevejo
marrom, por exemplo, gosta de regiões mais quentes.
Outro ponto destacado pelo agrônomo é a
tecnologia de aplicação dos defensivos. De acordo
com o agrônomo é importante que o associado siga
as recomendações técnicas. “É essencial que essa
ação seja realizada da melhor maneira possível, para
que o alvo seja atingido. O associado deve levar em
consideração o estágio e arquitetura da planta para
definir a melhor estratégia”, salienta.
Alicerce do
sistema agrícola
SAIBA MAIS:
É NECESSÁRIO:
- Considerar o sistema produtivo, analisando a realidade
atual das culturas de soja e milho;
- Monitorar as lavouras durante o ano todo;
- Utilizar critérios técnicos para o manejo das pragas;
- Mudanças estão ocorrendo na dinâmica dos percevejos, especialmente
o percevejo barriga verde, com alta incidência
no milho segunda safra e preocupação futura para a Soja.
COMBATER:
- O uso aleatório e indiscriminado de inseticidas.
DANOS CAUSADO PELO PERCEVEJO NA SOJA
- Afetam diretamente o rendimento e a qualidade das sementes;
- Os grãos atacados ficam menores, enrugados, chochos e
com cor mais escura que o normal;
- Pode ocorrer abortamento de vagens;
- Redução na qualidade, na viabilidade e no vigor das sementes
de soja;
- Alterações nos teores de proteína e qualidade do óleo;
- Pode ocorrer retardamento da maturação (retenção foliar
e haste verde).
Associados conheceram os resultados de
um experimento iniciado em 2012 com
diferentes fatores para calcário e gesso
O
experimento de calagem e gessagem na
Fazenda Experimental iniciou em 2012
em parceria com a Universidade Estadual
de Maringá (UEM). Há oito anos, esse estudo
se transforma em uma estação de pesquisa e os
resultados têm se mostrado coerentes com o que
vem sendo repassado aos agricultores. “É um trabalho
importante porque o calcário e o gesso são
corretivos fundamentais que possibilitam maior
eficiência dos fertilizantes, aumentam a disponibilidade
de nutrientes e promoção do desenvolvimento
radicular. Tudo isso culminará em melhores
condições químicas do solo. A fertilidade do
solo é o alicerce de todo o sistema de produção
agrícola”, afirma o engenheiro agrônomo, Diego
Monteiro, da Coamo em Mamborê.
Março/2020 REVISTA 23
ENCONTRO DE VERÃO
EXPERIMENTO DE CALAGEM E GESSAGEM NA FAZENDA EXPERIMENTAL INICIOU
EM 2012, EM PARCERIA COM A UEM E VEM APRESENTANDO BONS RESULTADOS
Quando bem conduzida, essa prática garante
incremento de produtividade. “Nossas avaliações
são com base na produtividade para grandes culturas.
Queremos aumentar a massa de raiz de soja, por
meio da correção, do uso de gesso, criar um perfil
de solo, para que isso retorne ao produtor rural em
lucro”, afirma Monteiro.
O calcário e o gesso são os elementos principais
no estudo conforme explica Diego Monteiro.
“Medimos massa, diâmetro, comprimento e volume
de raízes, por meio de um escâner que desce em
profundidade em um tubo de acrílico, colocado na
João Rafael Bauermeister (Barbosa Ferraz), Diego Monteiro
(Mamborê) e José Eduardo Frandson Filho (Marilândia do Sul)
entrelinha de plantio dos tratamentos. É um trabalho
muito importante porque permite quantificar a real
situação do sistema radicular da planta por meio de
dados obtidos pelas imagens do escâner, gerando
informações fundamentais para a condução da pesquisa
e o entendimento dos resultados obtidos”.
O professor Marcelo Augusto Batista, da
Universidade Estadual de Maringá, enfatiza que os
produtores têm esquecido da calagem e gessagem.
“Temos observado que as recomendações que preconizamos
são as mais adequadas para o sistema de
produção. Depois de oito anos pesquisando soja,
milho e trigo na mesma área, fazendo diferentes doses
de calcário e gesso, e revolvimento do solo para
calcário, fica evidente que mantemos a recomendação
que sempre fizemos, saturação das bases de
70% para soja, milho e trigo. Sem revolvimento, e se
possível uso de gesso, melhoram essa produtividade,
principalmente para milho e trigo”, afirma Batista
que ainda acrescenta, “as vezes as pessoas querem
reinventar a roda e acabam causando certos problemas.
É importante esse tipo de experimento para
reafirmar que o que vem sendo feito é o correto”.
24 REVISTA
Março/2020
Marcelo Augusto Batista, UEM
O calcário tem como
uma das funções elevar o pH do
solo, pois se este estiver adequado,
todas as demais características
químicas estarão. “O calcário
eleva o pH para deixar na condição
ideal para melhorar a disponibilidade
de nutrientes. Primeiro
se corrige o pH e, depois, investe
em fertilizantes. O calcário atua
na superfície do solo (camada de
0 a 20 cm), e fornece o cálcio e
magnésio, de acordo com cada
solo”, explica o professor.
Quanto ao gesso, Marcelo
Batista ensina, que atua na camada
abaixo de 20 cm, a subsuperfície
do solo. “O gesso fornece
enxofre e cálcio, e melhora essa
camada movimentando os nutrientes,
criando um perfil de solo,
ou seja, um solo mais homogêneo
para que a raiz possa crescer
em profundidade, sofrer menos
estresse, principalmente o hídrico
e fornecer mais nutrientes para as
plantas de forma geral. ”
Outro pesquisador que
estava nesta estação é Marcos
Renan Besen, também da UEM.
Ele revela os resultados da pesquisa,
principalmente, após a
reaplicação em 2016. “Observamos
expressivo aumento radicular,
comprimento de raiz e volume.
Se temos mais raiz, temos
mais acesso a água e nutrientes,
ou seja, uma planta mais resistente
às intempéries climáticas.”
Portanto, a partir deste
experimento muitos conceitos
foram renovados. “O gesso, às
vezes, é visto como um contaminante,
mas não é. É um resíduo
que na década de 1970 teve
seus benefícios descobertos no
Brasil e virou um produto comercializado
que tem respondido
bem à muitas culturas. O que
se deve levar em conta é a dosagem
correta.”
Marcos Renan Besen, UEM
SAIBA MAIS:
Benefícios da Calagem
- Correção da acidez do solo
- Neutralização do Alumínio tóxico
- Elevação dos teores de Cálcio e Magnésio
- Aumenta a disponibilidade de nutrientes
- Aumenta a eficiência do uso de fertilizantes
Benefícios da Gessagem
- Fonte de Cálcio e Enxofre
- Precipitação do Alumínio tóxico (profundidade)
- Melhoria da eficiência do Nitrogênio em
milho
- Promover desenvolvimento radicular
Cultivares com destaque nas recomendações
Foram apresentadas cultivares da
Embrapa e Fundação Meridional,
TMG, Cordius, Don Mario, Brasmax,
Nidera, Syngenta, FT Sementes,
Monsoy e SoyTech
Novidades relacionadas as cultivares de soja
são sempre aguardadas pelos associados.
Tradicionalmente, a Coamo mantém duas
estações que apresentam as melhores opções para
toda a área de ação da cooperativa e trata de assuntos
relacionados ao manejo da lavoura. Em uma delas,
foi abordado sobre a dessecação pré-colheita e
discutido o porquê, quando e como fazer, além das
consequências dessa prática.
Março/2020 REVISTA 25
ENCONTRO DE VERÃO
DESSECAÇÃO DAS LAVOURAS FOI TEMA DE UMA DAS ESTAÇÕES SOBRE CULTIVARES,
DISCUTIDO O PORQUÊ, QUANDO E COMO FAZER, ALÉM DAS CONSEQUÊNCIAS DESSA PRÁTICA
O engenheiro agrônomo, Guilherme da Silva
Francicani, da Coamo em Campo Mourão, revela
que a pesquisa recomenda o estágio R7.3 como
o indicado para a dessecação. “É uma decisão do
Engenheiro Agrônomo para o cooperado que pretende
antecipar a colheita, geralmente, para plantar
o milho segunda safra, eliminar plantas daninhas ou
ainda uniformizar a lavoura para a colheita.”
Francicani alerta que se a dessecação ocorrer
de forma errada pode causar perda na produção e aumenta
o risco de resíduos em grãos, inviabilizando financeiramente
a prática. “Tem ainda a situação de que
a operação poderá gerar um custo desnecessário, pois
se o associado aguardar mais alguns dias a lavoura estará
pronta para a colheita sem o uso dos produtos.”
SAIBA MAIS:
Alcione Dalla Giacomassa (Palmas), Claudinei Batista do Prado (Campo
Mourão), Marlon de Barros (Araruna), Eugênio Mateus Schleder Pawlina Junior
(Cantagalo) e Guilherme da Silva Francicani (Campo Mourão)
- Analisar a necessidade real da dessecação
- O estádio indicado para dessecação é R7(7.3)
- Dessecações antes de R7 causam perdas de rendimento da soja
- Se houver a dessecação com Paraquat, por exemplo, a colheita
deve ser com intervalo de no mínimo de 7 dias, este é o período de
intervalo de segurança para este ingrediente ativo
Importância da inoculação
Danilo Rodrigues Alves (Roncador), Roberto Shigueo Takeda (Moreira Sales),
Marcelo Santana (Rancho Alegre do Oeste), Luis Cesar Voytena (Campo Mourão)
Outro tema apresentado foi a fixação biológica
de nitrogênio, abordando os resultados
da inoculação e coinoculação na cultura da
soja, bem como da importância desta tecnologia
para os cooperados que buscam alta produtividade.
Conforme o engenheiro agrônomo, Luis Cesar
Voytena, da Coamo em Campo Mourão, o objetivo
foi de alerta para que os associados não deixem
de utilizar essa tecnologia. “Quando o tratamento
de sementes era realizado na propriedade, a inocu-
26 REVISTA
Março/2020
lação era comum. Agora, com o Tratamento Industrial,
como a semente já vem pronta, os agricultores
acabam deixando de usar o inoculante”.
Ele explica que o inoculante é uma bactéria,
um ser vivo, e não pode ficar muito tempo na semente
sem ir para o solo, pois acaba morrendo. Voytena
ressalta que o uso de inoculantes é a maneira
ambiental e econômica mais eficiente para fornecer
nitrogênio para a soja. “A planta precisa de muito nitrogênio
para o desenvolvimento. Para se ter ideia,
40% do grão de soja é composto por proteína e a
formação da proteína necessita do nitrogênio. Sem
o inoculante a lavoura perde em produtividade e
qualidade.”
Estudos confirmam que a reinoculação anual
da soja proporciona um incremento médio no rendimento
de grãos de 8,4% em relação às áreas que
não são inoculadas anualmente. “O custo é baixo
em relação aos outros insumos. É importante fazer
em todas as safras, pois a bactéria acaba perdendo a
eficiência com o tempo, além de que a cada ano há
uma atualização nos produtos, com tecnologias que
proporcionam mais rentabilidade.”
Ralf Udo Dengler, Fundação Meridional André Mateus Prando, Embrapa/Soja Arnold Barbosa de Oliveira, Embrapa/Soja
Cultivares
Nas duas estações foram
apresentadas cultivares para várias
situações e adaptadas para
todas as regiões da Coamo no
Paraná, Santa Catarina e Mato
Grosso do Sul. Os pesquisadores
da Embrapa/Soja, André Mateus
Prando, e Arnold Barbosa de Oliveira,
e da Fundação Meridional,
Ralf Udo Dengler apresentaram
as suas cultivares, entre as novidades
estava uma com a tecnologia
Block, que confere tolerância
aos percevejos. “Todas as cultivares
apresentam sustentabilidade
e mais segurança no campo”, frisa
André Prando.
Ralf Udo Dengler destaca
que a tecnologia Block é
uma ferramenta inovadora e
proporciona mais segurança e
rentabilidade aos agricultores.
“É uma linha de cultivares que
auxilia no manejo integrado de
um dos seus principais inimigos,
o complexo de percevejos.
A tecnologia amplia a proteção
da lavoura ao ataque dessa
praga, com maior tolerância, o
que minimiza a ação destrutiva
da praga”, comenta. De acordo
com ele, a tecnologia não dispensa
o uso do pano de batida,
de inseticidas, mas permite
uma melhor convivência com
esses insetos.
Março/2020 REVISTA 27
ENCONTRO DE VERÃO
Novos desafios com a buva
Planta daninha passou a ser um grande problema em 2005, com a resistência ao glifosato.
Atualmente, apresenta resistência a mais quatro mecanismos de ação de herbicidas
Um assunto recorrente nos encontros de cooperados
é a buva. Uma planta daninha que
sempre causa preocupação para o bom andamento
do sistema produtivo. A buva passou a ser
um grande problema em 2005, quando foi comprovada
a resistência ao glifosato. Atualmente, apresenta
resistência a vários mecanismos de ação de
herbicidas, gerando aumento de custos e, principalmente,
necessidade de planejamento dos sistemas
de cultivo integrando várias práticas de manejo.
De acordo com o engenheiro agrônomo,
Carlos Vinicius Precinotto, da Coamo em Juranda,
é fundamental a utilização e integração de manejo
cultural e químico. “Muitas vezes nos deparamos
com situações em que o produtor quer apenas um
único produto para resolver o problema dele. Con-
tudo, quando o assunto é planta resistente, o caso
fica mais complicado e pode piorar ainda mais, já
que um dos produtos mais usados no controle da
buva terá sua comercialização paralisada ainda neste
ano”, comenta.
Fabrício Gastoni Charneski (Brasilândia do Sul), Victor Hugo de Moura (São João do
Ivaí), Carlos Vinicius Precinotto (Juranda) e Gabriel Juliano Oening (Campo Mourão)
28 REVISTA
Março/2020
Fernando Adegas, Embrapa/Soja Dionisio Gazziero, Embrapa/Soja Rubem Silvério de Oliveira Júnior, UEM
Contudo, o agrônomo
chama a atenção para a utilização
de práticas dentro do
sistema de produção, como a
rotação de culturas e cobertura
de solo. “A buva é uma planta
bastante sensível. Se não tiver
luminosidade não irá emergir.
Então, uma boa palhada contribui
e muito.” Aliada a essa
ação, Precinotto ressalta a importância
de utilizar produtos
com diferentes mecanismos de
ação. “Os produtos devem ser
usados de forma consciente e
eficiente. É preciso eliminar a
planta daninha, caso contrário
irá se espalhar para toda a sua
área e a do vizinho.”
Presente na estação, o
pesquisador da área de plantas
daninhas da Embrapa/Soja, Fernando
Storniollo Adegas, recorda
que até a safra 2005/2006 os
agricultores estavam aprendendo
a lidar com a buva, mas a partir
daí houve a resistência ao glifosato.
“E para complicar ainda
mais, nas últimas safras, estamos
vendo resistência ou aumento a
tolerância a outros produtos. Temos
grandes desafios para essa
planta daninha.” De acordo com
ele, a melhor maneira de controlar
a buva é não deixar a planta
nascer.
Dionisio Luiz Pisa Gazziero,
também pesquisador da área
de plantas daninhas da Embrapa/Soja,
observa que deve haver
um planejamento de controle da
buva o ano todo. “A preocupação
não deve ser só no momento
que antecede o plantio da soja,
período mais recomendado. O
alerta deve estar ligado o ano
todo para que a planta daninha
não se estabeleça e se prolifere.”
Rubem Silvério de Oliveira
Junior, professor da Universidade
Estadual de Maringá
(UEM), diz que uma palavra boa
para definir a buva é desafio.
“Cada ano é diferente, com novas
tolerâncias a produtos dificultando
ainda mais o controle”,
frisa. Conforme o professor, a
buva tem se mostrado uma planta
de fácil adaptação e novas alternativas
de controle precisam
ser analisadas. “Não podemos
depender de apenas um tipo
de controle. O melhor momento
para manejar a planta é quando
ainda está pequena. Estamos
com menos opções químicas e o
problema só crescendo. Precisamos
de um manejo adequado e
custo viável.”
VAGNER PEREZ PATRÍCIO
Araruna (Centro-Oeste do Paraná)
Os encontros da Coamo geram conhecimento
e alternativas para melhorar nosso trabalho no
campo. Sempre tem novas variedades, já testadas
e adaptadas para a nossa realidade, além de esta-
“
“
ções que tratam do controle de pragas e doenças.
PEDRO FERNANDES MORAES
Pitanga (Centro do Paraná)
É um evento tão importante que estamos em plena
colheita, mas fiz questão de vir. Deixei meu filho e
funcionários trabalhando para participar e buscar informações
que possam agregar na lavoura. Sempre
têm novidades que acrescentam no nosso dia a dia.
Março/2020 REVISTA 29
ENCONTRO DE VERÃO
Quando a cigarrinha vira problema
Praga é vetor de doenças conhecidas por complexo de enfezamento do milho.
Doenças causam uma série de consequências negativas para a planta
A
cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) é vetor
de algumas doenças conhecidas por
complexo de enfezamento do milho, composta
por dois molicutes (bactérias) e um vírus MRFV
(Maize Rayado Fino Virus). Estas doenças infectam os
vasos condutores da planta de milho, causando uma
série de consequências negativas para a planta.
De acordo com o engenheiro agrônomo,
Bruno Lopes Paes, da Coamo em Campo Mourão,
há três safras esse inseto é pesquisado na Fazenda
Experimental pela sua alta proliferação.
Paes explica que em regiões onde há milho
em diversos períodos do ano a cigarrinha se prolifera
mais rápido. “O dano da cigarrinha é a transmissão
de doenças, que são molicutes que podem
causar o nanismo, multiespigamento, enfezamento
pálido e vermelho na cultura. A cultura fica suscetí-
Sandro Rodrigo Klein (Roncador), Leo Silva dos Santos (Quarto Centenário),
Luiz Eduardo de Oliveira (Boa Esperança), Bruno Lopes Paes (Campo Mourão) e
Antonio Carlos de Oliveira (São João do Ivaí)
vel a entrada de doenças secundárias que podem
causar o tombamento do milho, como foi visto em
algumas lavouras nesta safra”, alerta.
Segundo o agrônomo não é somente uma
ação que resolverá todos os problemas. “O tratamen-
30 REVISTA
Março/2020
to de sementes é indispensável, a
pulverização foliar até o estágio
V10 da cultura do milho é essencial,
sincronização de plantio, manejo
do milho tiguera na cultura
da soja e trabalhar com híbridos
que tenham uma tolerância genética
maior à essas doenças transmitidas
pela cigarrinha.”
O pesquisador do Instituto
de Desenvolvimento Rural do Paraná
– Iapar-Emater, Rodolfo Bianco,
explica que não é porque tem o
inseto, que existe a doença. “A cigarrinha
está no ambiente a longa
data. Tem anos que ela aumenta
de população. O mais importante
é verificar se tem a doença. Hoje, é
preciso saber que existe um período
crítico do milho, quando é mais
jovem. Pode até ser transmitida depois,
mas o dano é menor.”
Rodolfo Bianco, Iapar-Emater
Um olhar na Agricultura 4.0
Estação abordou novidades da
agricultura de precisão, os trabalhos
de pesquisa conduzidos atualmente e
o que podemos esperar para o futuro
neste segmento
A
tecnologia de informação é um caminho
sem volta no mundo rural, que já vivencia a
chamada "Agricultura 4.0", baseada na produção
digital. O desafio é integrar todas as tecnologias
para aumentar a eficiência no campo. O assunto
foi tratado de forma didática no Encontro de Verão,
mostrando as novidades na agricultura de precisão
oferecidas pela Coamo e os trabalhos de pesquisa
que estão sendo conduzidos atualmente e o que se
pode esperar para o futuro neste segmento.
Março/2020 REVISTA 31
ENCONTRO DE VERÃO
COAMO ESTÁ ATENTA AS EVOLUÇÕES E INOVAÇÕES, BUSCANDO
SEMPRE DISPONIBILIZAR NOVIDADES AOS ASSOCIADOS
O engenheiro agrônomo Fabrício Bueno
Corrêa, da Coamo em Campo Mourão, explica que
a agricultura digital é um conjunto de tecnologias
que auxiliam os produtores rurais em suas atividades.
“Incluem softwares e dispositivos que coletam
dados, viabilizando automação e dar base para tomada
de decisões”, frisa.
Corrêa diz que o momento está sendo considerado
como a quarta evolução da agricultura. De
acordo com ele, o primeiro passo foi a mecanização,
o segundo o uso de agroquímicos, melhoramento
genético e plantio direto e o terceiro a biotecnologia
e análise Geo Espacial. “Estamos no momento
da internet das ‘coisas’, efetivação da robótica e utilização
de imagens de satélites de alta resolução. Ainda
há muito por vir com a inteligência artificial e um
conhecimento mais profundo do mundo digital.”
Contudo, o agrônomo ressalta que novos
investimentos nem sempre são o melhor caminho.
Corrêa alerta que o primeiro passo é o associado
conhecer o que já tem em mãos e definir a estratégia
para que as informações sejam integradas. “Vemos
casos de maquinários que coletam dados seja
na hora de plantar, pulverizar ou colher. Porém, nem
sempre essas informações são analisadas de forma
que possam melhorar o trabalho. A principal preo-
Cristiano Lorandi Sbaraini (São Domingos), Marcelo Balão da Silva (Candói),
Julio Franchinni (Embrapa), Fabrício Bueno Corrêa (Campo Mourão) e Jean
Roger da Silva Frez (Paulistânia)
cupação é para que o investimento se torne viável e
não custo na propriedade.”
Conforme Corrêa, a Coamo está atenta as
evoluções e inovações buscando sempre disponibilizar
novidades aos associados. “Temos ações sendo
desenvolvidas seja pela própria cooperativa ou por
meio de parceiros. A agricultura digital é um caminho
sem volta e os cooperados precisam adotar ou
melhorar o uso de novas tecnologias digitais que
possam agregar mais valor à produção e ser mais
eficiente no campo. Para isso, cada um precisa analisar
a sua realidade e necessidade, avaliar o custo
benefício e definir qual ferramenta utilizar.”
O engenheiro agrônomo Julio Cezar Franchinni
dos Santos, da área de pesquisa e desenvol-
32 REVISTA
Março/2020
vimento da Embrapa/Soja, observa
que, de forma resumida,
a agricultura digital nada mais
é do que implantar no dia a dia
das propriedades todas as informações
que os maquinários
transmitem e recebem quando
estão em uso. “São informações
relacionadas a aplicação dos defensivos
agrícolas, quantidade
de semente depositada no solo,
velocidade, consumo de combustível
e qual a produção. Aliado
a isso, temos as imagens por
satélites com mais precisão e uso
de drones para complementar o
diagnóstico.”
Ele reitera que o desafio
é como trabalhar com o volume
de informações e filtrar as que
realmente interessam na realidade
de cada produtor rural.
“Gerar informação sem que haja
melhora na atividade e aumento
da produtividade não é interessante.
Isso tudo custa dinheiro. É
necessário um bom planejamento
e busca por entendimento das
informações coletadas para mais
eficiência no campo.”
Franchinni alerta para
que nada adianta ter todas as novidades,
se o agricultor não fizer
o básico na propriedade que é
corrigir o solo, fazer rotação de
culturas e o plantio direto. Segundo
ele, de início, a Agricultura
de Precisão é uma boa ferramenta.
“A Coamo oferece um
ótimo serviço de Agricultura de
Precisão, onde o agricultor terá
informações sobre o seu cenário.
Na Agricultura 4.0 não existe
apenas uma tecnologia e uma
solução. São várias as ferramentas
e a agricultura digital é para
todos, cada um é que deve saber
qual caminho seguir.”
Julio Franchinni, Embrapa/Soja
HOMENAGENS
No Encontro de Cooperados na Fazenda Experimental, os
engenheiros agrônomos Claudio Rizzato e Ricardo Calderari,
membros do Conselho de Administração da Coamo, receberam
homenagem pelos serviços prestados, dedicação e apoio
à pesquisa e difusão de novas tecnologias que ajudaram a desenvolver
a atividade agrícola nos últimos anos. Eles receberam
uma réplica da sede Fazenda Experimental confeccionada
pelo funcionário da fazenda, Elias Gabriel Souza.
Março/2020 REVISTA 33
DESEMPENHO
Credicoamo tem sobras de
R$ 98,49 MILHÕES
A
Credicoamo Crédito Rural
Cooperativa realizou
no dia 19 de fevereiro,
em Campo Mourão (Centro-
-Oeste do Paraná), a sua 30ª Assembleia
Geral Ordinária (AGO),
reunindo associados do Paraná,
Santa Catarina e Mato Grosso
do Sul. Na oportunidade, foram
apresentados e aprovados o balanço
financeiro e de atividades
de 2019. A cooperativa registrou,
mesmo com a redução dos juros,
um crescimento de 5,58% sobre
o exercício anterior com sobras líquidas
no montante de R$ 98,49
milhões, além de um Patrimônio
Líquido de R$ 735,50 milhões,
um crescimento de 16,52%. Os
tributos e taxas recolhidos durante
o exercício de 2019 foram de
R$ 35,95 milhões.
Na Assembleia, os associados
reelegeram o engenheiro
agrônomo, José Aroldo
Gallassini, como presidente do
Conselho de Administração, gestão
2020/2024. O Conselho tem
como membros os cooperados
Claudio Francisco Bianchi Rizzatto,
Ricardo Accioly Calderari,
João Marco Nicaretta, Antonio
Gancedo e Willian Ferreira Seha-
Cooperativa registrou, mesmo com a redução dos
juros, um crescimento de 5,58% sobre o exercício
anterior com sobras líquidas no montante de R$
98,49 milhões, além de um Patrimônio Líquido de
R$ 735,50 milhões, crescimento de 16,52%
34 REVISTA
Março/2020
NÚMEROS DA CREDICOAMO
R$ 98,49 milhões em sobras
R$ 735,50 milhões de Patrimônio Líquido
R$ 35,95 milhões de tributos e taxas recolhidos
19.904 associados
272 funcionários
46 Agências no PR, SC e MS
Conselho de Administração 2020/2024: João Marco Nicaretta, Antonio Gancedo, Ricardo Accioly Calderari,
José Aroldo Gallassini, Claudio Francisco Bianchi Rizzatto e Willian Ferreira Sehaber
ber. Como resultado da reforma
do Estatuto Social e da adequação
da estrutura de Governança
Corporativa aprovada em Assembleia
Geral Extraordinária
(AGE) no dia de 28 de outubro
do ano passado, Gallassini fez a
apresentação da Diretoria Executiva
da Credicoamo, que tem
Alcir José Goldoni como presidente
Executivo, Dilmar Antonio
Peri, diretor de Negócios, e José
Luiz Conrado, diretor de Controladoria.
“A Credicoamo completou
30 anos em novembro de
2019. Iniciou a estruturação e
implementação do planejamento
estratégico objetivando uma
visão de longo prazo e deu continuidade
ao processo de restruturação
de sua governança com
a segregação das atividades do
Conselho de Administração e
da Diretoria Executiva conforme
aprovado na reforma do estatuto
social”, explica José Aroldo
Gallassini, presidente do Conselho
de Administração da Credicoamo.
Gallassini recorda que a
economia brasileira vem apresentando
perspectiva de melhoria
e a Credicoamo tem que estar
atenta e preparada para aproveitar
essas oportunidades. Ele destaca
ainda o expressivo volume
de seguro agrícola contratado
no ano passado, com importância
segurada de R$ 1,31 bilhão.
Além disso, ocupa a 10ª posição
entre as instituições privadas
aplicadoras de crédito rural, conforme
dados do Banco Central
do Brasil. “Este posicionamento é
resultado da efetiva participação
dos associados na sua Cooperativa”,
frisa.
A Credicoamo encerrou
2019 com 19.904 associados,
um crescimento de 2,70% em relação
a 2018, os quais são atendidos
nas 46 agências localizadas
no Paraná, Santa Catarina e Mato
Grosso do Sul, e com 272 funcionários.
Na Assembleia também
foi apresentado o Plano de Atividades
da Credicoamo que será
executado pela Diretoria Executiva
com foco nas estratégias de
melhorias dos processos e no
incremento de novos produtos e
serviços aos associados.
Outro assunto apresentado
na Assembleia, foi a importância
e o crescimento da
Março/2020 REVISTA 35
DESEMPENHO
NA ASSEMBLEIA, OS ASSOCIADOS REELEGERAM JOSÉ AROLDO GALLASSINI, COMO
PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, GESTÃO 2020/2024, DA CREDICOAMO
Via Sollus – Corretora de
Seguros da Coamo que
presta serviços na contratação
de seguros agrícolas,
de veículos, máquinas,
residências, barracões e
de vida. “Podem fazer seguros
na Via Sollus tanto
associados como terceiros
(comunidade). A corretora
está estruturada para
atender às necessidades
dos associados, familiares
e sociedade em geral”, diz
Gallassini.
O presidente do
Conselho de Administração
da Credicoamo
destaca a importância
da cooperativa de crédito
estar estruturada para
impulsionar os negócios
dos associados. “A Credicoamo
tem que estar
cada vez mais estruturada
para dar continuidade ao
crescimento que até hoje
apresentou e agora em
consonância com o novo
marco regulatório que o
Banco Central está dando
ao setor cooperativista de
crédito”, diz.
Crescimento constante
Na opinião do superintendente
do Sistema Ocepar,
Robson Mafioletti, a Credicoamo
apresenta expressivo crescimento
ano após ano. “Os resultados da
Credicoamo são fantásticos. É um
Robson Mafioletti, superintendente do Sistema Ocepar
Sempre presente nas assembleias
da Credicoamo, Carmen
Rodrigues Truite, gerente de
Operações de Produtores Rurais e
Convênios do Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul
(BRDE), enfatizou que a 30ª AGO
modelo que está dando muito certo,
uma vez que, os associados são
os mesmos da Coamo. O resultado
desta gestão eficiente foi demonstrado
na assembleia e no dia a dia,
o cooperado tem trabalhado cada
vez mais, e acreditamos que tem
potencial para crescer ainda mais.”
Para Robson Mafioletti a
estrutura de governança corporativa
irá manter o modelo de sucesso
da cooperativa de crédito. “Estamos
em casa, foi tudo muito bem
pensado e encabeçado, inclusive
pelo Dr. Aroldo Gallassini, depois
de uma demanda do Banco Central.”
Segurança em todos os momentos
da cooperativa de crédito foi diferente
e lhe encheu os olhos d’água.
“Vemos o crescimento e desenvolvimento
da Credicoamo, reflexo
da dedicação do corpo técnico,
da boa orientação dos conselhos e
da administração, da participação
ADILSON THIESEN BERLESI
Dourados (Sudoeste do Mato Grosso do Sul)
“
A presença da Credicoamo ajudou a desenvolver
a nossa região. É cooperativa séria que
atende as necessidades e demandas dos associados.
Tudo o que precisamos para a nossa
atividade, encontramos na Credicoamo.
ANTONINHO ANDOLFATO
Xanxerê (Oeste de Santa Catarina)
“
É muito bom ver esses resultados da Credicoamo
que vem aumentando a cada ano. É uma cooperativa
que presta um atendimento diferenciado
e com boa administração. Que continue assim,
para que possamos evoluir cada vez mais.
36 REVISTA
Março/2020
do cooperado. Como brasileiro muitas vezes ficamos
apreensivos com as decisões do governo sobre o crédito
rural, mas quando você está numa cooperativa,
você tem segurança, pois independente do cenário,
ali é o local mais seguro e confortável para fazer um
bom negócio e com quem entende do seu negócio.
Diferente de um banco comercial que só objetiva seu
próprio crescimento.”
Carmen Truite, gerente de Operações de Produtores Rurais e Convênios do BRDE
Fatos relevantes
Credicoamo 30 anos
No exercício de 2019 foram contratadas 15.917 operações
de crédito e aplicados recursos na ordem de
R$ 1,82 bilhão.
Destaca-se o expressivo volume de seguro agrícola
contratado no ano 2019, com importância segurada
de R$ 1,31 bilhão, para uma área de 466.130 hectares
por meio de 5.450 apólices.
Associados fundadores na comemoração dos 30 anos da Credicoamo
O canal de atendimento por internet banking, permitiu
que milhares de associados utilizassem este serviço
para realizar consultas e transações financeiras de um
jeito simples, prático e seguro. Os associados podem
acessar suas contas correntes por meio do aplicativo
baixado no celular ou no site Credicoamo no computador
pessoal.
Em 2019 a Credicoamo ocupou a 10ª posição entre
as instituições privadas aplicadoras de crédito rural,
conforme dados do Banco Central do Brasil. Este posicionamento
é resultado da efetiva participação dos
associados na sua Cooperativa.
A Credicoamo completou em novembro
de 2019, 30 anos de fundação. Para marcar a data,
foi realizado um evento solene comemorativo
reunindo associados fundadores e familiares.
“Foi um evento muito especial para todos nós
fundadores da Credicoamo, um reconhecimento
para quem se juntou e unidos pensaram em uma
cooperativa de crédito para ser a solução para
uma série de problemas”, comemora José Aroldo
Gallassini, associado nº 01 da Credicoamo e
presidente da cooperativa.
Os associados fundadores e os familiares
representantes dos falecidos receberam da
diretoria um troféu e uma medalha comemorativa
dos 30 anos de fundação da cooperativa.
EDISON ANTONIO SIMÕES
Coronel Vivida (Sudoeste do Paraná)
“
Esses bons resultados demonstram a seriedade da
nossa cooperativa. A Credicoamo tem várias linhas de
recursos para atender em tudo que precisamos com
agilidade. Em relação as sobras, costumo dizer que é
uma gratificação pela nossa efetiva participação.
LEOMAR MARCOS PARIZOTO
Cantagalo (Centro-Sul do Paraná)
“
A Credicoamo está sempre nos surpreendendo. O
bom resultado e as sobras distribuídas deixam os
cooperados, cada vez mais, satisfeitos. A cooperativa
nos atende em todos os momentos oferecendo recursos
para a nossa atividade e condições de aplicações.
Março/2020 REVISTA 37
GOVERNANÇA
Nova estrutura da Credicoamo
Na Assembleia Geral Extraordinária
(AGE) no dia de 28 de
outubro de 2019, os associados
da Credicoamo aprovaram mudanças
no Estatuto Social e uma
nova estrutura de Governança
Corporativa, e na Assembleia Geral
Ordinária de 19 de fevereiro, o
presidente do Conselho de Administração
da Credicoamo, José
Aroldo Gallassini, apresentou aos
associados a Diretoria Executiva
da Credicoamo. Alcir José Goldoni
é o presidente Executivo,
Dilmar Antonio Peri, diretor de
Negócios, e José Luiz Conrado,
diretor de Controladoria.
Goldoni é funcionário
com mais de 40 anos de serviços
junto à Coamo e à Credicoamo.
“Antes de entrar na Coamo, trabalhei
por quase oito anos em
bancos, onde vivenciei toda a
parte bancária de uma agência,
dos serviços iniciais até uma gerência.
Quando entrei na Coamo,
em 1978, fiquei 28 anos na área
Financeira, sendo 20 deles como
gerente Financeiro. Na sequência,
fui para a área Comercial, onde
permaneci por 13 anos no cargo
de superintendente, e agora, tive
a honra de ser convidado para assumir
a presidência Executiva da
Credicoamo”, relata.
Porém, a ligação dele
com a Credicoamo vai mais além.
“Participei da constituição da
Credicoamo e continuei como
coordenador Técnico até 2007,
quando fui para a área Comercial.
Começamos os estudos em 1987
Diretoria Executiva da Credicoamo: diretor de Negócios, Dilmar Antonio Peri,
presidente Executivo, Alcir José Goldoni, e diretor de Controladoria, José Luiz Conrado
e inauguramos a cooperativa de
crédito em 1989. Foi um trabalho
objetivando o futuro, com a visão
e estratégia do Dr. Aroldo de buscar
recursos para o próprio associado
se financiar. A modelagem
para isso foi a criação de uma
cooperativa de crédito.”
A nova diretoria Executiva
da Credicoamo precisou ser
homologada pelo Banco Central,
conforme esclarece Goldoni.
“Por se tratar da autoridade monetária
responsável pela condução
do mercado financeiro do
país, o Banco Central, tem a responsabilidade
de acompanhar
as instituições financeiras e saber
quem são as pessoas que trabalharão
com o dinheiro do público.
Para isso, existe um processo,
onde autoriza-se a constituição
de uma cooperativa de crédito
e, também, avalia os diretores.
Para isso, é preciso formalizar
uma carta propósito ao Banco
Central, para que o órgão avalie
o perfil, conhecimento e todas as
demais informações da vida de
cada diretor.”
Goldoni explica a estrutura
da Diretoria Executiva da
Credicoamo. “Estarão neste modelo
de gestão dois diretores,
sendo na diretoria de Negócios,
Dilmar Peri, que tem quase 14
38 REVISTA
Março/2020
anos de trabalho junto à Credicoamo
e, na diretoria de Controladoria,
José Luis Conrado, com
mais de 30 anos. Eles conhecem
o mercado e, principalmente, a
Credicoamo. Tenho certeza de
que juntos vamos fazer um processo
virtuoso para a Credicoamo
atender na plenitude o seu
dono que é o associado.”
Segundo o presidente
Executivo, a Credicoamo manterá
a forma de trabalho que vem
sendo sucesso de gestão há 30
anos, dando continuidade ao
trabalho de informatização dos
serviços. “O mercado financeiro
vem se informatizando e a concorrência
está alta. Temos que
nos adaptar a isso, uma vez que,
a partir de 2009, com a Lei Complementar
130, que foi um marco
regulatório para as cooperativas
de crédito, se permitiu a abertura
de mais serviços e produtos.
Hoje, as cooperativas deste ramo
estão profissionalizadas e conscientes
da responsabilidade e
obrigações junto aos associados
e, com isso, o Banco Central vem
liberando, cada vez mais opções
de produtos. Dentro disso, vem
as plataformas digitais, e temos
que nos preparar para fazer frente
aos bancos digitais e a todos
os produtos que esse mercado
está oferecendo. Estamos de
olho nisso e queremos que o associado
opere com a Credicoamo
em qualquer lugar que ele
esteja e da melhor forma possível”,
garante Goldoni.
ALCIR JOSÉ GOLDONI, presidente Executivo
Assumiu dia 19 de fevereiro deste ano como presidente Executivo da
Credicoamo. Mas sua história no cooperativismo foi iniciada em novembro
de 1978 quando foi admitido na Coamo na área Financeira, onde
permaneceu por 28 anos, dos quais 20 como gerente Financeiro. Na sequência,
foi promovido a superintendente Comercial tendo atuado por
13 anos nesta área. Na Credicoamo, também atuou como coordenador
Técnico participando dos trabalhos de constituição da cooperativa em
1989. É graduado em Administração de Empresas, com especialização
em gestão financeira.
DILMAR ANTONIO PERI, diretor de Negócios
Com mais de 30 anos na área Financeira, é formado em Administração
para Bancários e em Administração de Empresas. Entrou na cooperativa
em fevereiro de 2006 como gerente de Produção, cargo que
ocupava antes da promoção para ser diretor de Negócios da Credicoamo.
É membro do Fundo Garantidor do Cooperartivismo de Crédito
(FGCoop).
JOSÉ LUIZ CONRADO, diretor de Controladoria
Graduado em Ciências Contábeis e Administração de Empresas, com
especialização em Gerência Contábil e Auditoria e MBA em Planejamento
Financeiro em Cooperativas de Crédito. Ingressou na Credicoamo
em abril de 1992 como contador, sendo promovido em 2001 para
gerente e em 2006 para gerente Administrativo. Antes da Credicoamo,
trabalhou durante oito anos na Coamo (1984 a 1992) nas áreas Administrativa,
Fiscal e Contabilização.
Março/2020 REVISTA 39
CREDICOAMO - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2019
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019 E 2018
(Valores em R$ 1)
A T I V O
ATIVO
(Valores em R$ 1)
2019 2018
2019 2018
ATIVO CIRCULANTE 2.491.392.679 1.755.025.884
DISPONIBILIDADES 5.111.409 10.662.648
Caixa 2.792.154 3.168.485
Depósitos Bancários 262.716 232.506
Cotas de Fundos de Investimento 2.056.539 7.261.657
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ 584.697.474 586.805.989
Aplicações em Operações Compromissadas 504.052.264 509.789.352
Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 80.645.210 77.016.637
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 648.434.406 120.482.877
Títulos de Renda Fixa 648.434.406 120.482.877
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 300.000 147.909
Direitos Junto a Participantes do Sistema de Liquidação 300.000 147.909
OPERAÇÕES DE CRÉDITO 1.249.701.812 1.035.256.114
Empréstimos 210.923.292 160.304.724
Financiamentos 21.600.974 15.479.152
Financiamentos Rurais - Aplicação Recursos Próprios 79.431.122 61.610.936
Financiamentos Rurais - Aplicação Recursos de Repasses e D.I.R. 979.691.437 831.314.508
( - ) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (41.945.013) (33.453.206)
OUTROS CRÉDITOS 2.480.491 1.655.779
Créditos Avais e Fianças Honrados 132.052 1.244.346
Rendas a Receber 1.002.934 775.093
Devedores Diversos - País 1.549.800 895.363
( - ) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (204.295) (1.259.023)
OUTROS VALORES E BENS 667.087 14.568
Bens Não de Uso Próprio 600.322 -
Despesas Antecipadas 66.765 14.568
ATIVO NÃO CIRCULANTE 279.518.478 633.104.398
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 277.804.892 631.483.132
Títulos de Renda Fixa 162.715.813 561.517.904
Empréstimos 64.810.483 23.270.512
Financiamentos 44.089.119 35.218.382
Financiamentos Rurais - Aplicação Recursos Próprios 1.530.636 484.019
Financiamentos Rurais - Aplicação Recursos de Repasses e D.I.R. 1.462.986 9.656.565
Outros Créditos 3.195.855 1.335.750
IMOBILIZADO 425.622 614.126
Imobilizado de Uso 425.622 614.126
INTANGÍVEL 1.287.964 1.007.140
Outros Ativos Intangíveis 1.287.964 1.007.140
TOTAL DO ATIVO 2.770.911.157 2.388.130.282
40 REVISTA Março/2020
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDOS
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2019 2018
2019 2018
PASSIVO CIRCULANTE 1.930.452.816 1.744.004.931
DEPÓSITOS 1.783.422.620 1.582.828.984
Depósitos à Vista 85.830.992 75.969.490
Depósitos a Prazo 763.277.488 764.370.178
Depósitos Interfinanceiros 934.314.140 742.489.316
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS/INTERDEPENDÊNCIAS 515.978 1.262.948
Recursos em Trânsito de Terceiros 515.978 1.262.860
Obrigações Junto a Participantes do Sistema de Liquidação - 88
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES 8.050.107 4.622.048
Repasses 8.050.107 4.622.048
OUTRAS OBRIGAÇÕES 138.464.111 155.290.951
Sociais e Estatutárias 66.112.594 80.839.580
Fiscais e Previdenciárias 3.286.326 1.984.962
Provisão de Pagamentos a Efetuar 60.114.450 64.152.778
Provisão Para Passivos Contingentes 7.427.719 7.028.044
Credores Diversos - País 1.523.022 1.285.587
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 104.289.202 12.315.624
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 104.289.202 12.315.624
Repasses 2.229.501 12.315.624
Depósitos Interfinanceiros 102.059.701 -
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS 673.957 615.432
Rendas Antecipadas 673.957 615.432
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 735.495.182 631.194.295
Capital Social 210.521.826 188.321.391
Reserva Legal 359.482.923 317.409.446
Fundo de Manutenção do Capital de Giro Próprio 139.664.351 125.463.458
Sobras à Disposição da A.G.O. 25.826.082 -
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.770.911.157 2.388.130.282
As Demonstrações Contábeis acompanhadas das Notas Explicativas, do Relatório dos Auditores Independentes e do
Parecer do Conselho Fiscal, estão disponíveis no site: www.credicoamo.com.br
JOSÉ AROLDO GALLASSINI
Diretor Presidente
CLÁUDIO FRANCISCO BIANCHI RIZZATTO
Diretor Administrativo
RICARDO ACCIOLY CALDERARI
Diretor Operacional
EDSON DE SANTANA PERES
Contador - CRC-PR 31809/O-0
Março/2020 REVISTA 41
CREDICOAMO - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2019
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019 E 2018
(Valores em R$ 1)
2019 2018
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 189.769.737 182.245.268
Operações de Crédito 115.898.440 103.446.396
Resultado de Títulos e Valores Mobiliários 73.871.297 78.798.872
DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (90.164.592) (79.660.266)
Captação no Mercado (79.518.552) (66.559.529)
Empréstimos e Repasses (764.179) (16.580.465)
Créditos de Liquidação Duvidosa (9.881.861) 3.479.728
RESULTADO BRUTO INTERM. FINANCEIRA 99.605.145 102.585.002
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS 1.022.916 (1.420.572)
Receitas de Prestação de Serviços 12.879.442 11.161.092
Despesas de Pessoal (24.249.091) (23.463.306)
Outras Despesas Administrativas (4.541.958) (4.276.666)
Despesas Tributárias (546.354) (602.742)
Outras Receitas Operacionais 19.546.489 17.859.097
Outras Despesas Operacionais (2.065.612) (2.098.047)
RESULTADO OPERACIONAL 100.628.061 101.164.430
RESULTADO NÃO OPERACIONAL 210.467 (262.251)
RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIB.SOCIAL 100.838.528 100.902.179
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (2.352.640) (2.217.780)
SOBRAS LÍQUIDAS 98.485.888 98.684.399
DESTINAÇÕES LEGAIS E ESTATUTÁRIAS
F.A.T.E.S. (Resultados Atos Com Não Associados) 4.989.272 3.878.440
F.A.T.E.S. (Resultados Atos Com Associados) 4.674.830 4.740.298
Fundo de Reserva 42.073.477 42.662.681
Fundo para Manutenção do Capital de Giro Próprio 20.922.226 22.604.892
Sobras à Disposição da A.G.O. 25.826.083 24.798.088
TOTAL DAS DESTINAÇÕES 98.485.888 98.684.399
JOSÉ AROLDO GALLASSINI
Diretor Presidente
CLÁUDIO FRANCISCO BIANCHI RIZZATTO
Diretor Administrativo
RICARDO ACCIOLY CALDERARI
Diretor Operacional
EDSON DE SANTANA PERES
Contador - CRC-PR 31809/O-0
42 REVISTA Março/2020
CREDICOAMO - PRINCIPAIS ÍNDICES EM 2019
Número de Associados
Ativos
ATIVOS
em bilhões de reais
2,77
Número de Associados
2018 2019
2,39
Número de Associados
ASSOCIADOS
19.904
19.381
Operações de Crédito 1
OPERAÇÕES DE CRÉDITOS
recursos aplicados em bilhões de reais
1,46 1,82
Seguro Agrícola 1
SEGURO AGRÍCOLA
importância segurada em bilhões reais
1,31
Patrimônio Líquido
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
em bilhões de reais
735,49
1,07
631,19
Operações de Crédito 1
GERAÇÃO DE TRIBUTOS
em milhões de reais
32,6 35,9
Operações de Crédito 1
SOBRAS LÍQUIDAS
em milhões de reais
98,6
98,4
Março/2020 REVISTA 43
FATOS MARCANTES NA HISTÓRIA
DOS 50 ANOS DA COAMO
Assembleia da Coamo, em 1975, elegeu José Aroldo Gallassini como presidente
JANEIRO
1975 Assembleia e eleição de José Aroldo Gallassini para presidente da Coamo
1987 Instalação de terminais de computadores na maioria das Unidades da cooperativa integrando-as
ao sistema de computação que a Sede dispõe
1999 Paranaguá: Duplicação da capacidade de esmagamento da indústria de soja e modernização
do terminal portuário
2000 Modernização da estrutura operacional com automação do processo de recebimento de
produtos através de sistema de informação das balanças
2013 Presidente da Coamo batiza navio no Japão, da empresa alema Oetker
FEVEREIRO
1975 Implantação da Fazenda Experimental Coamo
44 REVISTA
Março/2020
1976 Aprovação do novo sistema de comercialização para soja
dividido em 3 modalidades: Autorização, Preço do dia e Preço médio
Fazenda Experimental da Coamo, implantada em 1975
1993 Projeto Colono: Coamo viabiliza produção diversificada
2009 Lançamento da Margarina Coamo Família
2015 Lançamento da Revista Coamo
2018 Apresentadora Ana Maria Braga é a nova embaixadora dos Alimentos Coamo
2019 Lançamento do livro biografia do Presidente da Coamo José Aroldo Gallassini: Uma visão compartilhada
MARÇO
1975 Criação do Laboratório de Sementes Coamo
1984 Nova Sede da Coamo e concluída: subsolo, 1º e
2º andar. Coamo é destaque em Recursos Humanos -Instituto
Paranaense de Administração Pessoal (IPAD)
1985 Implantação do Ensaio de Rotação de Culturas na
Fazenda Experimental Coamo
1989 1° Encontro de Cooperados na Fazenda Experimental Coamo
1996 Exportação de milho para Marrocos
1997 Programa de qualidade e padronização de sementes - Selo Qualidade Paraná de Sementes - Associação
Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (APASEM)
2014 Registro da marca Coamo na Comunidade Europeia
2018 Lançamento do Fideliza, programa de fidelidade Coamo
Março/2020 REVISTA 45
46 REVISTA
Março/2020
PROGRAMA
Descomplica Rural é apresentado em Campo Mourão
Nery Thomé, presidente do Sindicato Rural de Campo Mourão, Ágide Meneguette,
presidente do Sistema Faep/ Senar, Ricardo Calderari, membro do Conselho
de Administração da Coamo, e Airton Galinari, presidente executivo da Coamo
O
governo do Paraná, por meio da Secretaria
de Estado do Desenvolvimento Sustentável e
do Turismo, em parceria com o Sistema Faep/
Senar, lançou o Programa Descomplica Rural, que tem
como objetivo desburocratiza a vida de agropecuaristas
que querem investir em novos negócios ou ampliar
seus empreendimentos. Em Campo Mourão, o evento
de lançamento foi no dia 13 de março. “É um momento
histórico que coloca o nosso agronegócio, que é a
grande matriz do Estado do Paraná, em condição de
competitividade”, diz o secretário do Desenvolvimento
Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.
O secretário explica que o programa Descomplica
Rural agilizará os processos de licenciamento
ambiental no campo. O objetivo, segundo
ele, é induzir o desenvolvimento sustentável com
metodologia mais moderna, e permitir a geração de
novos negócios e mais empregos. Ele destaca que
o programa atualiza as classificações da produção
agropecuária e os tamanhos dos estabelecimentos
rurais e dá celeridade às análises dos pedidos de licenças.
“Aquilo que chegava a demorar um ano será
resolvido em poucos dias”, frisa.
O presidente do Sistema Faep/ Senar, Ágide
Meneguette, diz que a segurança dos alimentos
produzidos pelo Paraná faz com que agroindústrias
firmem contratos futuros de venda com países que
pagam mais. Ele lembra que o programa é uma demonstração
da importância de agilizar e desburocratizar
a liberação de licenças ambientais para que
haja segurança para quem queira investir. “Obedecer
as regras ambientais é uma questão de vida ou
morte para a produção agrícola, a palavra de ordem
hoje tem que ser a sustentabilidade”, diz.
O presidente executivo da Coamo, Airton
Galinari, lembra que o homem do campo tem no
seu dia a dia o grande desafio de produzir alimentos
e o produtor brasileiro já é o que mais preserva
o meio ambiente no mundo. “Só que infelizmente
isso é muito pouco divulgado. Vemos um esforço de
governo para facilitar a produção e essa iniciativa
merece ser comemorada e divulgada. Hoje o setor
agropecuário pode comemorar”, observa.
O presidente do Sindicato Rural de Campo
Mourão, Nery Thomé reafirmou que o programa vai
destravar as barreiras burocráticas do agronegócio.
Segundo ele, a produção de alimentos é uma das
principais contribuições do Brasil para o mundo e
por isso o processo tem que ser facilitado. “O Governo
do Paraná teve a coragem de tomar estas
medidas que vão facilitar a vida dos agricultores”,
destacou, ao agradecer a presença maciça dos participantes.
Fonte: Jornal Tribuna do Interior e Faep.
Março/2020 REVISTA 47
48 REVISTA
Março/2020
MÍDIA COAMO
500edições
“O nome não importa, e sim a mensagem que chegará
até os Senhores. Seremos mais um elo entre a
Cooperativa e os Cooperados”, constava no primeiro
dos cinco parágrafos do Editorial inaugural da
primeira publicação que circulou em novembro de
1974 com o nome de Informativo Coamo. Esse foi
o início da comunicação impressa na cooperativa.
Comunicação que já tem 45 anos de existência e
que neste mês de março alcançou marca histórica
de 500 edições.
Durante todos esses anos, a publicação foi
evoluindo, seguindo os passos da cooperativa, e
Imagens das históricas da edição nº 01 do
Informativo Coamo e nº 500 da Revista Coamo
em 2015 passou
a ser editada no
formato de revista,
alinhada a um dos
sete princípios do
cooperativismo e à
filosofia da própria
Coamo.
O princípio
cooperativista da
informação, presente
na lista definida
em 1995,
vigente até hoje,
dá conta de que a
ação cooperativa,
em qualquer parte
do mundo, deve
orientar-se por estas diretrizes fundamentais. Com a
mesma premissa do sistema cooperativista, a Coamo
sempre adotou a comunicação como área estratégica,
conforme destaca o presidente do Conselho de
Administração da cooperativa, José Aroldo Gallassini.
“Nosso objetivo é manter o cooperado por dentro
das novas tecnologias, tendências de mercado e de
produção para que possam produzir sempre mais. A
Revista Coamo se preocupa em mostrar o melhor caminho.
A Revista Coamo colabora e presta esse serviço,
de forma clara e objetiva. São 500 edições acompanhando
toda a trajetória da Coamo”, assinala.
Ao comemorar a edição de número 500, a
Revista Coamo continua se destacando. Com uma
maior estrutura, nova diagramação e visão mais ampla
dos seus objetivos, a Revista cumpre a missão
de levar informações das atividades desenvolvidas
pelos cooperados, e setores cooperativista e agropecuário
nacional.
A Revista Coamo é um dos principais canais
de comunicação criados pela cooperativa para interagir
com todos os seus públicos, sobretudo os
cooperados, clientes, fornecedores, parceiros, instituições
e comunidade em geral”, destaca Ilivaldo
Duarte, assessor de Comunicação da Coamo. Além
da versão impressa, a Revista Coamo possui versões
eletrônicas, com total conteúdo, para acesso
na internet.
Março/2020 REVISTA 49
SAÚDE
50 REVISTA
Março/2020
SAÚDE
Coamo e Credicoamo criam comitê
de prevenção ao Coronavírus
Considerando a declaração
de pandemia para o Coronavírus,
pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), dia 11
de março, que está afetando todos
os setores do mercado mundial, a
Coamo e a Credicoamo sensibilizadas
com a situação, formaram o Comitê
de Prevenção ao Coronavírus.
"O Plano de Contingências
foi implantado para garantir
a segurança daqueles que estão
na atividade essencial, pois
a agricultura não pode parar.
Em nome de toda a diretoria,
dos cooperados, agradecemos
aos funcionários que deixando
suas casas e suas famílias conti-
nuam trabalhando para garantir
o abastecimento e suprimento
dos alimentos nas mesas não só
CANCELAMENTO
- Eventos programados até dia 30 de junho de 2020
para funcionários e cooperados, esposas e filhas.
- Curso de Jovens Líderes Cooperativistas.
- Eventos do Programa Família Cooperativista (FamiliaCoop)
- Viagens e participações em cursos, congressos etc.
- Visitas à Coamo na Administração Central e nas
Indústrias.
- Cursos e treinamentos presenciais, podendo ser
realizados apenas os eventos por meio de transmissão
virtual.
do Brasil, mas de todo o mundo”,
explica Airton Galinari, presidente
Executivo da Coamo.
MEDIDAS EMERGENCIAIS
IMPLANTAÇÃO
- Redução de carga horária, rodízios e critérios de
afastamento por quarentena dos funcionários pertencentes
ao grupo de risco.
- Atendimento emergencial dos cooperados e utilização
dos canais de atendimento para realização
das operações.
- Disponibilização de álcool em gel e cartazes de
orientações sobre as medidas para evitar a doença.
- Divulgação nos canais das cooperativas para
conscientização e engajamento na prevenção ao
Coronavírus.
Medidas foram implantadas na prevenção da doença
Comitê é composto pelo presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e Credicoamo,
diretorias Executivas da Coamo e Credicoamo, e gestores das áreas de Recursos Humanos,
Administrativa, Compras de Bens de Suprimentos, Comunicação e Organização e Gestão da Qualidade
Março/2020 REVISTA 51
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52 REVISTA
Março/2020
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(MIP) quando disponíveis e apropriados. Restrições temporárias no
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PROMOÇÃO SOCIAL
Cursos Sociais
Promovidos pela Coamo em parceria com o Serviço Social de Aprendizagem
do Cooperativismo (Sescoop), os Cursos Sociais oferecem oportunidades
para que cooperadas, esposas e filhas possam se reunir e aprender
mais sobre culinária, artesanato, dentre outras atividades. Confira nas
imagens abaixo alguns dos cursos realizados recentemente pela Coamo.
Reserva (Centro-Norte do Paraná)
Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná)
Bragantina (Oeste do Paraná)
Mamborê (Centro-Oeste do Paraná)
Boa Ventura de São Roque (Centro do Paraná)
Goioerê (Centro-Oeste do Paraná)
Pinhão (Centro-Sul do Paraná)
Santa Maria do Oeste (Centro do Paraná)
Março/2020 REVISTA 53
RECEITA
Bolo dois
amores
INGREDIENTES
Massa
3 ovos
1 xícara (chá) de leite
12 fatias
½ xícara (chá) de ÓLEO DE SOJA COAMO
2 xícaras (chá) de FARINHA DE TRIGO COAMO TRADICIONAL
1 xícara (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de chocolate em pó
1 colher (sopa) de fermento em pó
Brigadeiro de chocolate
2 latas de leite condensado
2 colheres (sopa) de MARGARINA COAMO FAMÍLIA
6 colheres (sopa) cheias de chocolate em pó 55%
½ caixinha de creme de leite
Brigadeiro de leite em pó
2 latas de leite condensado
2 colheres (sopa) de MARGARINA COAMO FAMÍLIA
6 colheres (sopa) de leite em pó
½ caixinha de creme de leite
Ganache de chocolate
120 g de chocolate ao leite ou meio amargo
60 g de creme de leite
1 caixa de morango para decorar
MODO DE PREPARO
Em uma tigela, misture a farinha com o fermento em pó. Junte os ovos batidos com o leite,
o açúcar, o óleo e o chocolate. Misture e despeje em uma forma redonda (22 cm). Asse no
forno, em temperatura média, por 45 minutos. Desenforme morno e depois de frio corte em
3 camadas. Para o brigadeiro de chocolate, misture os ingredientes e leve ao fogo baixo até
dar ponto de colher. Para o brigadeiro de leite em pó, repita o processo. Para a ganache,
derreta o chocolate no micro-ondas (30 em 30 segundos, sem deixar ferver) e acrescente o
creme de leite. Sobre a primeira camada de bolo, distribua o brigadeiro, cubra com a massa,
com o brigadeiro de leite em pó e finalize com a massa. Alise a lateral para ficar certinha.
Reserve por 2 horas. Despeje a ganache no topo do bolo e deixe escorrer naturalmente.
Decore com brigadeiros de chocolate, brigadeiros de leite em pó e morangos.
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54 REVISTA
Março/2020
1ª edição com o nome
Informativo Coamo
Mudança de nome
para Jornal Coamo
Jornal Coamo ganhou
páginas coloridas
Coamo passou a disponibilizar
o jornal no site Coamo
30 anos do
Jornal Coamo
Inovação - acesso no site da versão
impressa no formato digital
Jornal Coamo
comemora 40 anos
Lançamento da
Revista Coamo
1974
1975 1997 2001 2004 2008 2014 2015
edição
500
Contando boas histórias para o homem do campo,
porque a vida é a gente que transforma.
www.coamo.com.br
Há 5 décadas,
plantamos uma ideia.
Hoje, colhemos
transformação.
A vida é a gente que transforma.