ECONOMIA UNIÃO AFRICANAARMAS CALADASE FRONTEIRASABERTASA União Africana reconheceu oficialmente a ameaça armada do Norte de Moçambiquee até disse como poderia ajudar. Calar as armas é a prioridade no continente, com o novopresidente da União Africana, Cyril Ramaphosa, a prometer impulsionar o Acordo de LivreComércio em ÁfricaLUÍS FONSECA *24 | Exame Moçambique
CIMEIRA: A União Africana dedicougrande atenção aos actos de terrorismono continentee abrir caminho à formação de um governode unidade nacional”. Anunciou tambémque a África do Sul irá acolher, em Maio,uma cimeira extraordinária da UA sob olema do silenciamento das armas no continente,para avaliar o programa adoptadoem 2013 com o objectivo de acabar com osconflitos em África até 2020.“Da cimeira que vamos acolher têm desair acções concretas que, como africanos,temos de tomar para acabar com os conflitose lidar com actos de terrorismo emmuitos países em regiões como o Sahel e oCorno de África, e que agora estão a alastrara outras partes”, disse. Moçambique éuma dessas partes. Smail Chergui, comis-“ Focaremos os nossosesforços na resolução deconflitos no continente,especialmente naquelespaíses que vivem conflitosprolongados.” Foi com estas palavrasque o chefe de Estado sul-africano, CyrilRamaphosa, deixou clara a sua prioridade.Desejo expresso ao assumir a presidênciada União Africana (UA), a 9 de Fevereiro,na 33.ª Cimeira da organização. Ramaphosarecebeu simbolicamente o marteloe a bandeira da UA das mãos do homólogoegípcio Al-Sissi. Na ocasião, prometeuenvidar esforços para organizar umaconferência sobre a Líbia de modo a promover“um cessar-fogo” e estabelecer o diálogoentre as partes em conflito, bem como“trabalhar com as partes no Sudão do Sulpara implementar as decisões do acordo“O ACORDO [DE LIVRECOMÉRCIO] SERÁFUNDAMENTAL PARAA INDEPENDÊNCIAECONÓMICA DE ÁFRICA”BENEDICT ORAMAHPRESIDENTE DO AFREXIMBANKSTRAGENDA 2063:UMA MOEDA,UM MERCADO,UM PASSAPORTEEm 21 de Março de 2018, nacimeira extraordinária da UniãoAfricana (UA), que decorreu emKigali, capital do Ruanda, 44 dos54 Estados-membros da organizaçãopan-africana aprovaram oacordo que prevê lançar o tratadode criação da Zona de LivreComércio Africana (ZLEC). A adesão,que permitirá criar o maiormercado do mundo, é voluntáriae já cativou 40 dos 55 estados daUA, representando um PIB acumuladode 2,5 biliões de dólares.A ZLEC inscreve-se no quadro deum processo que, até 2028, prevêa constituição de um mercadocomum e de uma união económicae monetária de África, razãopela qual também está em cursoa implementação do PassaporteÚnico Africano, tudo incluído nachamada Agenda 2063, que visadesenvolver económica, financeirae socialmente o continenteaté àquele ano.março 2020 | 25