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Livro "São Pedro de Canedo, História de uma Vila" - 2ª Edição

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[Capítulo VIII](Lendas, Orações e Talhações)

• Lendas típicas de Canedo:

Canedo, devido à sua vasta floresta, ao cultivo árduo da terra, à

existência de muitas linhas de água e ser uma terra com grande

religiosidade, tem imensas lendas encantadoras. De muitas outras,

apresento aqui duas.

• Lenda do Poço do Fajouco: A grade encantada

“No dia de S. João, um lavrador do lugar de Lousado decidiu ir buscar a

grade encantada que era de ouro, à meia-noite, porque esta, a essa hora

estava fora do poço, então o lavrador apegou os bois (sabendo que não

podia falar em nome de Deus ou santos).

Desceu caminho abaixo até ao poço e vendo a grade na beira do poço,

o lavrador ficou maravilhado. Delicadamente engatou a grade e subiu o

monte a cima, ao chegar a casa, ia a falar para os bois, a dizer " à bois do

diabo, estou a ficar safo, à bois do demónio, deste-me a sorte", mas no

momento, quando já estava a amanhecer, ao entrar em casa, o demónio

mudou-lhe a mente, e em vez de falar em memória do demo, disse o

contrário e olhou para trás "ai boisinhos de Santo António que me deste a

sorte”.

Como ele não podia olhar para trás nem falar em nome de santos,

quando ele acabou de dizer estas palavras, a grade desengatou e deteve-se

no poço, nunca mais apareceu.”

• Lenda da Cobra Moura

“Existe uma nora antiga no local da cobra, no Lugar da Inha. Depois

dos agricultores regarem os seus campos rente à noite, da respetiva nora

do Rio Inha, viram várias vezes no rego da água um barulho esquisito a

deslizar com os olhos cintilantes e comentavam uns para os outros "Será

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