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FHOX 203 - Jan/Fev/Mar 2020

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10 | · JAN/FEV/MAR 2020

FHOX - Embora a marca Pixel House seja reconhecida

no mercado, nem todos sabem sua

história. Como surgiu e como chegou a tantas

frentes de negócio?

Rodrigo Kfuri - A empresa tem 15 anos, começamos

lá em 2004. Havia um mercado em transformação

e nós acreditamos que todo mercado

em transformação é uma oportunidade. Isso

acontece com vários segmentos e muita gente

desanima. Nós acreditamos que é aí que está a

oportunidade, dependendo do mindset de cada

um. Em 2004 havia um mercado em transformação.

As câmeras de filmes estavam sendo

substituídas pelas digitais e todos diziam ‘o que

vai acontecer com esse mercado de fotografia?

Para onde vai esse mercado?’. Nós vimos algumas

iniciativas, alguns

benchmarking lá fora já

fazendo essa transição

do convencional para o

digital. Na época você

investia 300 mil dólares

e pensava ‘como é que

esse investimento vai retornar

só com um ponto

de venda? Será que é legal

esse conceito de coleta?’.

Olhei para isso e

comecei a me interessar

cada vez mais pelo mercado

de fotografia. Devo

ressaltar que nós tínhamos

zero de investimento

e recursos. Fizemos um investimento inicial do

que seria o boneco, o site, coleta de quiosque, de

rolos de filmes. A ideia do nosso projeto se chamava

minhahistória.com, que seria para ir armazenando

toda a vida das pessoas. Eles coletariam

os rolos de filmes convencionais, digitalizariam e

armazenariam. E depois nós entregaríamos na

casa do cliente. Na época a banda larga ainda

não estava tão difundida. Usávamos a Internet

discada, de provedores; já existia o modelo de

e-commerce, mas tudo era muito difícil ainda.

FHOX - Houve resultado desse trabalho?

Rodrigo Kfuri - Investimos nisso durante três

anos; fizemos pesquisa qualitativa e constatamos

que nada andou. Até que um dia, com a

vinda das Telecoms, estavam investindo muito

em marketing e a gente teve uma sinergia muito

grande com os câmeras phone; não existiam

câmeras phone na época nem de 1 mega; o que

existia era uma fortuna; e para ter uma câmera

cyber shot de 1 mega era caríssimo. Mas a gente

conseguiu apresentar o projeto para a Oi; ficamos

praticamente um ano negociando com eles,

até que finalmente resolveram investir nesse

nosso projeto. Porém antes de assinar o contrato,

em uma das reuniões, eles disseram que não

conseguiriam manter o nossahistória.com, que

seria comunicado de outra forma. Foi então que

percebemos que queriam comunicar a marca Oi.

Daí nasceu o Oifotos, com investimento inicial da

operadora Oi de telefonia celular.

Começamos com uma

loja no centro, com alguns

pontos e parceria

com alguns postos de

conveniência da Esso, da

Shell, com alguns jornaleiros,

na entrada de algumas

empresas e uma

equipe própria de motoboys

coletando e entregando

a revelação em

até 24 horas no Rio de

Janeiro. Foi muito legal,

trouxe uma visibilidade

grande para o projeto. A

Oi começou a comunicar

em vários meios, a fazer propaganda na Veja, no

Luciano Huck. A gente bolou na época a ideia

dos cartões de revelação de fotos pré-pagos, pegando

carona nos distribuidores de cartões pré-

-pagos de celular. E a gente veio nessa parceria

até o ano de 2010, quando mudaram as prioridades

da Oi, e nós sentimos que já tínhamos um

tamanho considerável e brilhava os nossos olhos

a ideia de investir numa marca própria. Foi nesse

momento que mudamos. Nasceu o Nicephotos

que logo começou a ganhar fôlego e hoje acredito

que seja o maior site de varejo do Brasil.

FHOX - O seu negócio veio antes da existência

do smartphone. Pode-se dizer que você foi um

grande pioneiro deste mercado. Você acha que

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