Revista Coamo edição Abril de 2020
Revista Coamo edição Abril de 2020
Revista Coamo edição Abril de 2020
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www.coamo.com.br<br />
ABRIL/<strong>2020</strong> ANO 46 EDIÇÃO 501<br />
VIA SOLLUS<br />
Doze anos<br />
compartilhando<br />
benefícios<br />
CREDICOAMO<br />
Financiamentos para<br />
custeio <strong>de</strong> trigo e<br />
seguro agrícola<br />
PLANO SAFRA<br />
<strong>Coamo</strong> disponibiliza<br />
condições especiais<br />
para safra <strong>2020</strong>/21<br />
Ivo Gabrieli, <strong>de</strong> Xanxerê (SC)<br />
SAFRA HISTÓRICA<br />
Cooperados colhem uma das maiores safras da história, on<strong>de</strong> o investimento<br />
em tecnologia, o trabalho criterioso <strong>de</strong> manejo das lavouras e o clima favorável<br />
na maior parte do ciclo, foram <strong>de</strong>terminantes para o sucesso <strong>de</strong>sta produção
EXPEDIENTE<br />
Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />
Ano 46 | Edição 501 | <strong>Abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2020</strong><br />
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />
Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos: iduarte@coamo.com.br<br />
Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />
Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />
Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />
Contato: (44) 3599-8126/3599-8129.<br />
Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos.<br />
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,<br />
Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos.<br />
Edição <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima.<br />
Colaboração: Gerências <strong>de</strong> Assistência Técnica e Organização e Gestão da Qualida<strong>de</strong>,<br />
Entrepostos e Milena Luiz Corrêa.<br />
Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários Ltda<br />
Contato: (11) 5092-3305 e Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457.<br />
É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados ou<br />
citados não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />
Acompanhe a <strong>Coamo</strong> pelas re<strong>de</strong>s sociais<br />
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />
SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460<br />
www.coamo.com.br - coamo@coamo.com.br<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly<br />
Cal<strong>de</strong>rari, Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, Rogério <strong>de</strong> Mello Barth e Adriano Bartchechen.<br />
CONSELHO FISCAL: Ricieri Zanatta Neto, Diego Rogério Chitolina e Jonathan Henrique Welz Negri (Membros Efetivos). E<strong>de</strong>r Ricci, Clóvis Antonio Brunetta e Jorge Luiz<br />
Tonet (Membros Suplentes).<br />
DIRETORIA EXECUTIVA: Presi<strong>de</strong>nte executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin <strong>de</strong><br />
Mello. Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor <strong>de</strong> Logística e Operações: E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira. Diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles <strong>de</strong><br />
Oliveira Dias.<br />
Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,59 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2019: R$ 13,97 bilhões. Tributos<br />
e taxas gerados e recolhidos em 2019: R$ 382,32 milhões.<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
3
SUMÁRIO<br />
QUER TRANSFORMAR SUAS NOTAS<br />
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É .<br />
44<br />
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4 REVISTA<br />
No momento são aceitas apenas NFs <strong>de</strong> remessa com <strong>de</strong>stino para os Estados do Paraná, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e Santa Catarina, emitidas a partir <strong>de</strong> 01/11/2019.<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong><br />
Para registro <strong>de</strong> apólices <strong>de</strong> seguro, a abrangência é nacional. Todas as apólices vigentes, efetivadas a partir <strong>de</strong> 01/11/2019, pontuam no programa.<br />
Saiba mais no regulamento do Clube.
SUMÁRIO<br />
Entrevista<br />
10<br />
João Dornellas, presi<strong>de</strong>nte executivo da Associação Brasileira da Indústria <strong>de</strong> Alimentos (Abia), é<br />
o entrevistado do mês. Para ele, os consumidores têm buscado alimentos com mais valor agregado<br />
14<br />
Na rota da produtivida<strong>de</strong><br />
Para registrar os bons resultados e acompanhar o trabalho dos associados durante a<br />
colheita da safra, uma equipe <strong>de</strong> reportagem da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> percorreu várias regiões<br />
no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul<br />
Plano Verão <strong>2020</strong>/2021<br />
33<br />
Tradicionalmente, a cooperativa lança o Plano Safra <strong>de</strong> Verão. Para os cooperados, é a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> fazer com antecedência a aquisição dos insumos com condições especiais e segurança<br />
Credicoamo<br />
34<br />
Produtores <strong>de</strong> trigo, cooperados da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo, estão buscando financiamentos <strong>de</strong><br />
custeio da nova safra <strong>de</strong> inverno. Outro benefício é o seguro agrícola para proteção das lavouras<br />
Doze anos da Via Sollus<br />
36<br />
Fundada em 05 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2008, a Corretora vem contabilizando números expressivos na sua<br />
trajetória, prestando serviços na área <strong>de</strong> Seguros e oportunizando benefícios no ramo <strong>de</strong> seguros<br />
Novo Laboratório <strong>de</strong> Sementes <strong>Coamo</strong><br />
38<br />
Instalação entrou em operação em fevereiro <strong>de</strong>ste ano, e conta com estrutura ampla e formato<br />
para aten<strong>de</strong>r 100% da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> todas as Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Beneficiamento <strong>de</strong> Sementes da <strong>Coamo</strong><br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
5
Mais litros <strong>de</strong> leite por<br />
área plantada não é sorte<br />
É o resultado dos<br />
híbridos para silagem<br />
da Brevant Sementes<br />
Análises bromatológicas comprovam: a nova versão<br />
do híbrido B2688PWU com tecnologia PowerCore®<br />
ULTRA traz melhor digestibilida<strong>de</strong> ao seu rebanho,<br />
possibilitando a absorção <strong>de</strong> mais nutrientes e<br />
aumentando o rendimento <strong>de</strong> carne e leite. Não é<br />
sorte, é Brevant Sementes.<br />
Proteção<br />
contra insetos<br />
e plantas daninhas.<br />
Ampla janela<br />
<strong>de</strong> corte.<br />
Alto rendimento<br />
<strong>de</strong> leite por área.<br />
Simplicida<strong>de</strong><br />
na formulação<br />
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da Syngenta Crop Protection AG. YieldGard® e o logotipo YieldGard são marcas registradas utilizadas sob a licença da Monsanto Company. Tecnologia <strong>de</strong> proteção contra<br />
insetos Herculex® I <strong>de</strong>senvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. Herculex® e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o<br />
logotipo da gota <strong>de</strong> água são marcas da BASF. Roundup Ready TM é marca utilizada sob licença da Monsanto Company.<br />
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Marcas registradas da Dow AgroSciences, DuPont ou Pioneer e <strong>de</strong><br />
suas companhias afiliadas ou <strong>de</strong> seus respectivos proprietários.<br />
©<strong>2020</strong> CORTEVA
EDITORIAL<br />
Gran<strong>de</strong> safra e novo comportamento dos cooperados<br />
Na história dos seus 50<br />
anos, a <strong>Coamo</strong> está colhendo<br />
a maior safra <strong>de</strong><br />
verão <strong>de</strong> todos os tempos, que<br />
<strong>de</strong>ve ultrapassar 90 milhões<br />
<strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> soja. É uma colheita<br />
com altas produtivida<strong>de</strong>s e,<br />
também, <strong>de</strong> bons preços para<br />
os cooperados. É isso que esperamos<br />
em nossa ativida<strong>de</strong> que é<br />
<strong>de</strong> risco e plantada a céu aberto,<br />
totalmente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do<br />
clima. Com boas safras e bons<br />
preços, os agricultores po<strong>de</strong>m<br />
se capitalizar e continuar tendo<br />
sucesso no seu negócio.<br />
A produção expressiva<br />
foi recebida sem filas e com<br />
tranquilida<strong>de</strong> em nossas unida<strong>de</strong>s,<br />
provocando aumento<br />
no volume <strong>de</strong> exportação pelo<br />
Porto <strong>de</strong> Paranaguá (PR), um dos<br />
mais importantes do país, que<br />
segue com fluxo normal, com o<br />
escoamento para outros continentes.<br />
Em um ano que <strong>de</strong>ve<br />
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />
Presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
ter bons resultados, o que nos<br />
impressiona é o comportamento<br />
dos cooperados na venda da<br />
produção. Diferente dos outros<br />
anos, nesta safra, os produtores<br />
estão ven<strong>de</strong>ndo gran<strong>de</strong>s volumes<br />
e <strong>de</strong> forma rápida, aproveitando<br />
os preços e as oportunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> mercado. Em um<br />
só dia na <strong>Coamo</strong>, o volume <strong>de</strong><br />
vendas dos cooperados foi <strong>de</strong><br />
R$ 1,6 bilhão. Em função do coronavírus<br />
entramos em contato<br />
com eles para que não viessem<br />
na cooperativa e fizessem suas<br />
vendas pelos nossos Canais <strong>de</strong><br />
Atendimento, o que foi uma<br />
operação bem-sucedida, facilitando<br />
a vida dos produtores.<br />
Os cooperados estão<br />
analisando seus custos <strong>de</strong> produção<br />
e aproveitando o bom<br />
momento da comercialização.<br />
Exemplo <strong>de</strong>ssa mudança é a<br />
venda <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 23% da produção<br />
safra <strong>de</strong> soja <strong>2020</strong>/21,<br />
que nunca havia sido realizada<br />
nesses volumes.<br />
O ano <strong>de</strong> <strong>2020</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />
também <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> produção<br />
<strong>de</strong> milho segunda safra,<br />
com o recebimento em torno<br />
<strong>de</strong> 40 milhões <strong>de</strong> sacas. Po<strong>de</strong>ríamos<br />
ter problemas para o recebimento<br />
do cereal, caso não<br />
ocorresse a comercialização <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>s volumes da safra <strong>de</strong><br />
soja. Mas, com tudo resolvido,<br />
a eficiente estrutura e logística<br />
que a <strong>Coamo</strong> tem, prevemos o<br />
recebimento do milho com tranquilida<strong>de</strong><br />
e segurança.<br />
"Esta safra é diferente das<br />
outras, a medida que,<br />
em função dos negócios,<br />
os cooperados estão<br />
analisando seus custos <strong>de</strong><br />
produção e aproveitando<br />
o bom momento da<br />
comercialização."<br />
Safras com gran<strong>de</strong>s volumes<br />
nunca foram problemas<br />
para a <strong>Coamo</strong>, que sempre soube<br />
<strong>de</strong> forma profissional resolver<br />
as situações. Então, vamos torcer<br />
para que as previsões sejam confirmadas.<br />
Os resultados são comemorados<br />
pelo clima regular e,<br />
também, pelo trabalho <strong>de</strong> assistência<br />
da cooperativa com a difusão<br />
e o uso <strong>de</strong> tecnologias pelos<br />
produtores.<br />
Com esses volumes <strong>de</strong><br />
produção e exportação, os cooperados<br />
e a cooperativa estão<br />
satisfeitos, bem como o agronegócio<br />
e todos da ca<strong>de</strong>ia produtiva.<br />
Quem também ganha é o<br />
nosso país, que há muitos anos<br />
percebe a força do nosso setor<br />
como importante alavanca para<br />
o superávit da balança comercial<br />
brasileira.<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
7
Pense a longo prazo.<br />
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8 REVISTA<br />
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<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
GOVERNANÇA<br />
COMPROMISSO COM OS COOPERADOS<br />
E A FORÇA DO COOPERATIVISMO<br />
Estamos vivendo um momento diferente, não<br />
somente para nós do agronegócio, como para<br />
o mundo todo, que exige disciplina e cuidados,<br />
com mudanças <strong>de</strong> hábitos que vieram <strong>de</strong> uma<br />
forma repentina e radical.<br />
Nesse momento é importante <strong>de</strong>stacar a<br />
força do cooperativismo e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cooperação<br />
que está propiciando muitos benefícios aos cooperados<br />
em nossa ativida<strong>de</strong>, que é essencial para o<br />
país.<br />
Os produtores da <strong>Coamo</strong> estão concentrados<br />
nas regiões produtoras <strong>de</strong> 70 municípios, que sediam<br />
entrepostos da cooperativa nos Estados do Paraná,<br />
Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, e recebem todo<br />
o nosso respaldo para suas operações.<br />
O atendimento aos cooperados está seguindo<br />
as orientações do Ministério da Saú<strong>de</strong> e das<br />
autorida<strong>de</strong>s sanitárias. Os nossos Canais <strong>de</strong> Atendimento,<br />
por telefone, e-mail e <strong>de</strong> forma digital, estão<br />
sendo muito utilizados, beneficiando os produtores.<br />
Desejamos que o cooperado continue trabalhando<br />
e fazendo a sua parte.<br />
Os cooperados da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo<br />
têm uma gran<strong>de</strong> vantagem praticando o cooperativismo<br />
e sendo fiel às suas cooperativas. Eles<br />
encontram tudo o que precisam em um único local,<br />
com assistência técnica, fornecimento <strong>de</strong> insumos,<br />
peças, produtos veterinários, entrega da safra em<br />
mo<strong>de</strong>rnas unida<strong>de</strong>s, com assistência financeira e a<br />
comercialização da produção com pagamento no<br />
ato. Tudo isso, é possível acesso pelos nossos canais<br />
digitais, fundamentais neste período <strong>de</strong> prevenção<br />
ao coronavírus.<br />
Parabenizo aos cooperados pela compreensão<br />
e participação <strong>de</strong> forma diferenciada neste momento,<br />
quando se faz necessário evitar a aglomeração<br />
e a circulação <strong>de</strong> pessoas.<br />
Destaco como exemplo muito positivo e<br />
elogiável, o que aconteceu no dia 1º <strong>de</strong> abril, na<br />
AIRTON GALINARI<br />
Presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />
“Os cooperados da <strong>Coamo</strong> e da<br />
Credicoamo têm uma gran<strong>de</strong> vantagem<br />
praticando o cooperativismo e sendo fiel<br />
às suas cooperativas. Eles encontram tudo<br />
o que precisam em um único local.”<br />
<strong>Coamo</strong>, quando efetuamos o pagamento para mais<br />
<strong>de</strong> sete mil contratos, todos liquidados e <strong>de</strong> forma<br />
segura. Os cooperados enten<strong>de</strong>ram que <strong>de</strong>veriam<br />
restringir suas movimentações pessoais e físicas.<br />
Eles foram atendidos por nossos funcionários, nos<br />
entrepostos, por meio dos nossos canais e essa operação<br />
resultou em uma movimentação muito gran<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> R$ 1,6 bilhões <strong>de</strong>positados nas suas contas correntes,<br />
sem oferecer riscos tanto para os cooperados<br />
quanto para os funcionários.<br />
Como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos, a agricultura não para<br />
e não po<strong>de</strong> parar. Então, cooperados e cooperativa<br />
estão trabalhando e cumprindo a sua missão, produzindo<br />
e distribuindo alimentos para as mesas dos<br />
brasileiros e <strong>de</strong> várias partes do mundo.<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
9
ENTREVISTA: JOÃO DORNELLAS<br />
"Consumidores buscam alimentos<br />
com mais valor agregado."<br />
“<br />
A<br />
indústria brasileira <strong>de</strong><br />
alimentos exporta para<br />
180 países. Esse número<br />
já <strong>de</strong>monstra a qualida<strong>de</strong> do<br />
produto brasileiro, além da sua<br />
segurança para o consumidor<br />
e parceiros comerciais”, afirma<br />
João Dornellas, presi<strong>de</strong>nte executivo<br />
da Associação Brasileira<br />
da Indústria <strong>de</strong> Alimentos (Abia),<br />
entrevistado <strong>de</strong>sta <strong>edição</strong> <strong>de</strong><br />
abril da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />
A indústria <strong>de</strong> Alimentos é<br />
constituída por 37 mil estabelecimentos,<br />
com presença em todos<br />
os municípios do Brasil, e emprega<br />
<strong>de</strong> forma direta 1,66 milhão<br />
<strong>de</strong> colaboradores. Em 2019, o<br />
setor faturou o equivalente a<br />
9,6% do PIB. O setor possui forte<br />
conexão com as ativida<strong>de</strong>s agropecuárias,<br />
que estão na base <strong>de</strong><br />
sua ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos. Em<br />
2019, a indústria <strong>de</strong> alimentos<br />
absorveu, segundo estimativa da<br />
Abia, 58% do valor da produção<br />
agropecuária alimentar do país.<br />
Além <strong>de</strong> garantir o abastecimento<br />
<strong>de</strong> alimentos à população<br />
brasileira, o setor exporta<br />
todos os anos cerca <strong>de</strong> 20% do<br />
seu faturamento para mais <strong>de</strong><br />
180 países. Em 2019, o setor<br />
gerou um saldo positivo <strong>de</strong> US$<br />
28,8 bilhões, o que representou<br />
61,7% <strong>de</strong> todo o saldo da balança<br />
comercial brasileira.<br />
Para Dornellas, os consumidores<br />
têm buscado, cada vez<br />
mais, alimentos com mais valor<br />
agregado, sendo atualmente uma<br />
tendência mundial a procura por<br />
alimentos com benefícios à saú<strong>de</strong><br />
das pessoas. “As parcerias entre<br />
os produtores agropecuários e a<br />
agroindústrias <strong>de</strong> alimentos são<br />
fundamentais para conquistar<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento das ca<strong>de</strong>ias<br />
produtivas <strong>de</strong> alimentos no País.”<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: A indústria <strong>de</strong><br />
alimentos é uma das gran<strong>de</strong>s<br />
impulsionadoras da economia<br />
brasileira? Quais são os <strong>de</strong>safios<br />
<strong>de</strong>sta categoria para continuar<br />
crescendo com sustentabilida<strong>de</strong>?<br />
João Dornellas: Mesmo antes<br />
da crise do coronavírus, a ca<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> produção e distribuição brasileira<br />
já sofre há anos o impacto<br />
das <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> infraestrutura<br />
dos sistemas logísticos. Esse é<br />
um dos principais <strong>de</strong>safios que o<br />
Brasil terá que superar nos próximos<br />
anos se quiser ser competitivo<br />
diante da ratificação dos<br />
acordos <strong>de</strong> livre comércio do<br />
Mercosul com a União Europeia<br />
(EU) e a Associação Europeia <strong>de</strong><br />
Livre Comércio (Efta). Outro gargalo<br />
que subtrai a nossa competitivida<strong>de</strong><br />
é a complexida<strong>de</strong> do<br />
sistema tributário brasileiro, que<br />
implica em elevados custos <strong>de</strong><br />
gestão e no acúmulo <strong>de</strong> créditos<br />
<strong>de</strong> impostos nas operações<br />
<strong>de</strong> exportação. Nesse sentido, a<br />
Reforma Tributária em tramitação<br />
no Congresso Nacional será uma<br />
excelente oportunida<strong>de</strong> para resolver<br />
essas questões.<br />
RC: Como analisa a posição do<br />
Brasil como segundo maior exportador<br />
<strong>de</strong> alimentos industrializados<br />
do mundo e as perspectivas<br />
para <strong>2020</strong> consi<strong>de</strong>rando os<br />
adventos do coronavírus?<br />
Dornellas: Devido a pan<strong>de</strong>mia<br />
do novo coronavírus, ainda não<br />
foi possível estimar os impactos<br />
gerados nas vendas para o mercado<br />
interno e as exportações. A<br />
economia mundial está sofrendo<br />
um <strong>de</strong>clínio muito forte em todos<br />
os setores, mas estamos confiantes<br />
e vamos reunir esforços para<br />
que tudo volte ao normal o mais<br />
rápido possível.<br />
RC: A ministra da Agricultura<br />
Tereza Cristina tem <strong>de</strong>stacado<br />
o papel da agricultura que não<br />
po<strong>de</strong> parar e que não corremos<br />
risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>sabastecimento <strong>de</strong><br />
alimentos no País. Qual a análise<br />
da Abia <strong>de</strong>sta situação?<br />
Dornellas: Concordamos com<br />
a ministra Tereza Cristina. Cerca<br />
<strong>de</strong> 80% da produção da indústria<br />
10 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
"Mesmo antes da<br />
crise do coronavírus,<br />
a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção<br />
e a distribuição<br />
brasileira já sofre<br />
há anos o impacto<br />
das <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong><br />
infraestrutura dos<br />
sistemas logísticos."<br />
brasileira <strong>de</strong> alimentos é voltada<br />
para o mercado interno. Des<strong>de</strong><br />
que não haja restrições à circulação<br />
das matérias-primas, dos<br />
insumos e dos profissionais que<br />
atuam na ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>de</strong><br />
alimentos e bebidas, o funcionamento<br />
do setor segue <strong>de</strong>ntro da<br />
normalida<strong>de</strong> e não há nenhum<br />
risco imediato <strong>de</strong> <strong>de</strong>sabastecimento<br />
no País.<br />
RC: Com o avanço do novo coronavírus<br />
quais foram as medidas<br />
implantadas pelo Comitê <strong>de</strong> Crise<br />
da Abia em parceria com a Associação<br />
Paulista <strong>de</strong> Supermercados<br />
e a Associação Brasileira<br />
<strong>de</strong> Supermercados?<br />
Dornellas: O Comitê <strong>de</strong> Crise<br />
monitora diariamente o fluxo <strong>de</strong><br />
vendas e estoques nos supermercados<br />
e hipermercados espalhados<br />
pelo Brasil, para garan-<br />
João Dornellas, presi<strong>de</strong>nte executivo da Associação Brasileira da Indústria <strong>de</strong> Alimentos (Abia). É graduado<br />
em Tecnologia <strong>de</strong> Leites e Derivados, em Administração pela Universida<strong>de</strong> Ítalo Brasileira, pós-graduado<br />
em Gestão <strong>de</strong> Negócios, com MBA pelo IBMEC-SP e pela FESP-SP, com especialização em Li<strong>de</strong>rança pela<br />
London Business School, e em Gestão <strong>de</strong> Recursos Corporativos pelo IMD-Lausanne, Suíça. Possui também<br />
especialização em Recursos Humanos e em Gestão do Conhecimento pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). É<br />
Conselheiro <strong>de</strong> Administração pelo Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Governança Corporativa (IBGC). Foi vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
da Nestlé do Brasil, on<strong>de</strong> atuou nas áreas <strong>de</strong> operações, <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos, tecnologia<br />
e regulatória, Recursos Humanos e Corporate Affairs, e vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Pessoas & Gestão no Grupo NC -<br />
holding que concentra gran<strong>de</strong>s empresas farmacêuticas (EMS, Germed, Legrand, Novamed e Novaquímica),<br />
empresas <strong>de</strong> Comunicação (NSC -SC), Construção Civil ( ACS - 3Z ) e <strong>de</strong> Energias Renováveis.<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 11
ENTREVISTA: JOÃO DORNELLAS<br />
"O COOPERATIVISMO AGRÍCOLA É UM EXEMPLO DE ORGANIZAÇÃO VITORIOSA<br />
EM NOSSO PAÍS, QUE SOUBE SE REINVENTAR E SE MODERNIZAR."<br />
tir que o abastecimento não seja<br />
prejudicado nesse período. Caso<br />
o monitoramento sinalize algum<br />
problema <strong>de</strong> abastecimento,<br />
o comitê po<strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões<br />
mais rápidas e efetivas para resolvê-lo.<br />
RC: Qual é o cenário da indústria<br />
brasileira <strong>de</strong> alimentos? Quais os<br />
avanços que <strong>de</strong>vem ser percorridos<br />
nos próximos anos?<br />
Dornellas: A indústria <strong>de</strong> Alimentos<br />
é constituída por 37 mil<br />
estabelecimentos, com presença<br />
em todos os munícipios do Brasil,<br />
e empregam <strong>de</strong> forma direta<br />
1,66 milhão <strong>de</strong> colaboradores.<br />
Em 2019, o setor faturou o equivalente<br />
a 9,6% do PIB. O setor<br />
possui forte conexão com as ativida<strong>de</strong>s<br />
agropecuárias, que estão<br />
na base <strong>de</strong> sua ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos.<br />
Em 2019, a indústria<br />
<strong>de</strong> alimentos absorveu, segundo<br />
estimativa da ABIA, 58% do valor<br />
da produção agropecuária alimentar<br />
do país. Além <strong>de</strong> garantir<br />
o abastecimento <strong>de</strong> alimentos à<br />
população brasileira, o setor ainda<br />
exporta todos os anos cerca<br />
<strong>de</strong> 20% do seu faturamento para<br />
mais <strong>de</strong> 180 países. Em 2019, o<br />
setor gerou um saldo positivo <strong>de</strong><br />
US$ 28,8 bilhões, o que representou<br />
61,7% <strong>de</strong> todo o saldo<br />
da balança comercial brasileira.<br />
Entre os principais gargalos ao<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da indústria <strong>de</strong><br />
alimentos no País, estão as <strong>de</strong>ficiências<br />
na infraestrutura do sistema<br />
logístico, o custo <strong>de</strong> gestão<br />
do complexo sistema tributário e<br />
a elevada carga tributária sobre<br />
os alimentos.<br />
RC: Quanto a logística <strong>de</strong> abastecimento<br />
nos supermercados<br />
brasileiros?<br />
Dornellas: No caso dos alimentos<br />
industrializados,<br />
as gran<strong>de</strong>s<br />
re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> supermercados<br />
adquirem,<br />
em geral,<br />
os produtos diretamente<br />
das<br />
indústrias <strong>de</strong> alimentos.<br />
A entrega<br />
aos centros <strong>de</strong><br />
distribuição do<br />
varejo é efetuada<br />
por operado-<br />
"A indústria <strong>de</strong><br />
Alimentos tem 37<br />
mil estabelecimentos<br />
e está presente em<br />
todos os municípios<br />
do Brasil, empregando<br />
diretamente<br />
1,66 milhão <strong>de</strong><br />
colaboradores."<br />
res logísticos e transportadoras<br />
contratadas pela indústria. Os<br />
supermercados <strong>de</strong> menor porte<br />
são atendidos tanto diretamente<br />
pela indústria, quanto pelos seus<br />
distribuidores diretos e atacadistas,<br />
que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> autosserviço<br />
ou <strong>de</strong> entrega.<br />
RC: Como <strong>de</strong>fine a qualida<strong>de</strong><br />
dos alimentos produzidos nas<br />
indústrias brasileiras? Os consumidores<br />
estão cada vez mais exigentes?<br />
Dornellas: A indústria brasileira<br />
<strong>de</strong> alimentos exporta para 180<br />
países. Esse número já <strong>de</strong>monstra<br />
a qualida<strong>de</strong> do produto brasileiro,<br />
além da sua segurança<br />
12 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
para o consumidor e parceiros<br />
comerciais. Em todo o mundo,<br />
os consumidores têm buscado,<br />
cada vez mais, alimentos com<br />
mais valor agregado. A indústria<br />
<strong>de</strong> alimentos tem procurado<br />
aten<strong>de</strong>r a essa <strong>de</strong>manda com o<br />
lançamento <strong>de</strong> alimentos fortificados<br />
e com maior valor nutricional.<br />
Também é uma tendência<br />
mundial a procura por alimentos<br />
com benefícios a saú<strong>de</strong> das pessoas.<br />
Produtos à base <strong>de</strong> probióticos,<br />
aminoácidos e vitaminas<br />
po<strong>de</strong>m receber mais investimentos<br />
das indústrias. A indústria já<br />
reduziu os teores <strong>de</strong> sódio e gorduras<br />
trans e está em processo a<br />
redução <strong>de</strong> açúcares dos alimentos<br />
industrializados. Os produtos<br />
com menos açúcar, sódio e gorduras<br />
também estão na mira dos<br />
consumidores e po<strong>de</strong>m ter mais<br />
espaço na prateleira nos próximos<br />
anos, assim como os alimentos<br />
integrais e os funcionais.<br />
RC: Qual é a atuação da ca<strong>de</strong>ia<br />
produtiva e a parceria para produção<br />
<strong>de</strong> alimentos com qualida<strong>de</strong>?<br />
Dornellas: As parcerias entre os<br />
produtores agropecuários e a<br />
agroindústrias <strong>de</strong> alimentos são<br />
fundamentais para se conquistar<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento das ca<strong>de</strong>ias<br />
produtivas <strong>de</strong> alimentos no País.<br />
Por meio <strong>de</strong>ssas relações, são<br />
produzidos alimentos com elevado<br />
padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, conectando<br />
o campo à mesa <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> consumidores.<br />
Além disso, viabilizam-se<br />
diversos ganhos <strong>de</strong> eficiência,<br />
como a redução do custo <strong>de</strong> produção<br />
pela ampliação da escala<br />
das operações e maior eficiência<br />
no planejamento da ca<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> suprimentos, com redução<br />
<strong>de</strong> perdas e custos financeiros.<br />
Dessa forma, as inovações empreendidas<br />
por quaisquer dos<br />
participantes da ca<strong>de</strong>ia produtiva<br />
são compartilhadas por todos<br />
os seus integrantes, em benefício<br />
direto aos consumidores, aos negócios<br />
e ao meio ambiente.<br />
RC: O cooperativismo brasileiro<br />
investe na agroindustrialização. A<br />
<strong>Coamo</strong> tem na soja sua principal<br />
commoditie e a industrialização<br />
em três parques industriais em<br />
Campo Mourão e Paranaguá (PR)<br />
e Dourados (MS). Qual a importância<br />
do trabalho das cooperativas<br />
nesse segmento?<br />
Dornellas: A industrialização <strong>de</strong><br />
parte dos alimentos produzidos<br />
pelas cooperativas, seja para a<br />
produção <strong>de</strong> ingredientes alimentares<br />
ou alimentos embalados<br />
aos consumidores finais,<br />
constitui-se em uma importante<br />
estratégia para a agregação <strong>de</strong><br />
valor ao negócio <strong>de</strong> todos os<br />
cooperados, além <strong>de</strong> contribuir<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento do emprego<br />
e da renda nas regiões<br />
on<strong>de</strong> estão situados.<br />
RC: Qual sua mensagem para os<br />
cooperados da <strong>Coamo</strong>?<br />
Dornellas: O cooperativismo<br />
agrícola é um exemplo <strong>de</strong> organização<br />
vitoriosa em nosso<br />
"Milhões <strong>de</strong><br />
produtores rurais e<br />
suas famílias acordam<br />
cedo sabendo que<br />
alimentos irão<br />
produzir, quais as<br />
melhores técnicas e<br />
padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
a serem adotados para<br />
alimentar o Brasil e o<br />
mundo."<br />
país, que soube se reinventar<br />
e se mo<strong>de</strong>rnizar. Todos os dias,<br />
milhões <strong>de</strong> produtores rurais e<br />
as suas famílias acordam cedo<br />
sabendo que alimentos irão produzir,<br />
quais as melhores técnicas<br />
e padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> a serem<br />
adotados, a origem dos insumos<br />
e dos recursos financeiros necessários<br />
à manutenção das ativida<strong>de</strong>s<br />
e, principalmente, on<strong>de</strong> e<br />
para quem irão comercializar os<br />
alimentos produzidos, tendo a<br />
certeza que chegarão à milhares<br />
<strong>de</strong> lares, alimentando pessoas<br />
<strong>de</strong> todo Brasil e do mundo, contribuindo<br />
para uma melhor qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vida <strong>de</strong> todos nós.<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 13
PRODUTIVIDADE<br />
Uma safra para ficar na história<br />
Cooperados celebram uma das maiores safras da história. Equipe <strong>de</strong><br />
Comunicação da <strong>Coamo</strong> realizou Tour da Safra para conferir os bons resultados<br />
em toda a área <strong>de</strong> ação no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul<br />
A<br />
falta <strong>de</strong> chuva na<br />
primeira quinzena<br />
<strong>de</strong> setembro <strong>de</strong><br />
2019 <strong>de</strong>ixou os agricultores<br />
apreensivos. Afinal, era<br />
o momento <strong>de</strong> dar largada<br />
ao plantio da soja, principal<br />
cultura e a que mais<br />
gera renda na maioria das<br />
proprieda<strong>de</strong>s. Na área <strong>de</strong><br />
ação da <strong>Coamo</strong>, a região<br />
Oeste do Paraná, tradicionalmente,<br />
abre o período<br />
<strong>de</strong> plantio. Era um olho no<br />
tempo e o outro no calendário<br />
já que cada dia perdido<br />
influencia diretamente<br />
no planejamento, com<br />
a semeadura do milho <strong>de</strong><br />
segunda safra.<br />
Outras regiões<br />
também aguardaram com<br />
expectativa o início do<br />
plantio. Em meio a incertezas,<br />
a soja foi semeada e<br />
no <strong>de</strong>correr dos meses, o<br />
clima se regularizou e no<br />
final a safra registrou uma<br />
produção histórica, com<br />
produtivida<strong>de</strong>s médias, em<br />
muitos casos, acima <strong>de</strong> 200<br />
sacas por alqueire. Números<br />
que até então estavam<br />
apenas na imaginação <strong>de</strong><br />
muitos agricultores.<br />
LAGUNA CARAPÃ-MS<br />
AMAMBAI-MS<br />
TOLEDO-PR<br />
UNIDADES VISITADAS<br />
BRAGANTINA-PR<br />
Para registrar esse<br />
momento e acompanhar<br />
o trabalho dos associados<br />
durante a colheita da safra,<br />
uma equipe <strong>de</strong> reportagem<br />
da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> realizou<br />
o Tour da Safra, percorrendo<br />
várias regiões no Paraná,<br />
Santa Catarina e Mato<br />
Grosso do Sul. Durante a<br />
exp<strong>edição</strong> cooperados e<br />
técnicos relataram o comportamento<br />
da safra.<br />
PARANÁ<br />
Bragantina<br />
Toledo<br />
Campo Mourão<br />
Luiziana<br />
Ivaiporã<br />
Santa Maria do Oeste<br />
Pinhão<br />
Mangueirinha<br />
MATO GROSSO DO SUL<br />
Laguna Carapã<br />
Amambai<br />
SANTA CATARINA<br />
São Domingos<br />
Xanxerê<br />
CAMPO MOURÃO-PR<br />
LUIZIANA-PR<br />
SÃO DOMINGOS-SC<br />
MANGUEIRINHA-PR<br />
SANTA MARIA DO OESTE-PR<br />
IVAIPORÃ-PR<br />
PINHÃO-PR<br />
14 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong><br />
XANXERÊ-SC
Safra diferente<br />
no Oeste do PR<br />
“Foi uma safra diferente.” Essa foi a frase<br />
escolhida pelo cooperado Antonio <strong>de</strong> Souza, <strong>de</strong><br />
Bragantina (Oeste do Paraná), para <strong>de</strong>finir o que<br />
foi a safra <strong>de</strong> verão 2019/<strong>2020</strong> em sua proprieda<strong>de</strong>.<br />
“Achávamos que seria mais difícil, pois o<br />
plantio ocorreu bem mais tar<strong>de</strong> do que estamos<br />
acostumados. Porém, no <strong>de</strong>correr da safra o clima<br />
foi normalizando e fechamos com um bom resultado”,<br />
acrescenta.<br />
A região Oeste do Paraná abre o período <strong>de</strong><br />
plantio no Estado, dando início aos trabalhos ainda na<br />
primeira quinzena <strong>de</strong> setembro, logo que se encerra o<br />
período do vazio sanitário. De acordo com o associado,<br />
o plantio da sua lavoura iniciou no dia 24 <strong>de</strong> outubro.<br />
“Na safra passada terminamos o plantio no dia 24<br />
<strong>de</strong> setembro e nesta 2019/20 começamos em outubro.<br />
Há algum tempo já plantávamos nessa época, em<br />
outubro. Voltamos ao calendário antigo”, recorda.<br />
O cooperado fechou com uma média <strong>de</strong><br />
172 sacas <strong>de</strong> soja por alqueire. Ele ressalta que a tecnologia<br />
utilizada também foi importante para a boa<br />
produtivida<strong>de</strong>. “Sempre investimos e seguimos as recomendações<br />
da assistência técnica da <strong>Coamo</strong>. Procuramos<br />
novas tecnologias para produzir, cada vez<br />
mais, e ter mais renda. A lavoura é como uma empresa,<br />
que para dar lucro precisa ser bem conduzida.”<br />
Com a mudança no cronograma da safra <strong>de</strong><br />
verão, foi preciso um novo planejamento para a segunda<br />
safra. A i<strong>de</strong>ia inicial era <strong>de</strong> que toda a área<br />
seria com milho. Porém, o associado rea<strong>de</strong>quou e<br />
semeará trigo em parte da área. “Já faz mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<br />
anos que não planto trigo, pois nos últimos anos a<br />
lavoura não tinha bom rendimento. Nesta safra, <strong>de</strong>vido<br />
a tudo que ocorreu vou plantar novamente e<br />
espero uma boa safra.”<br />
Segundo seu Antonio, fica a lição <strong>de</strong> que<br />
é preciso paciência na agricultura. “A previsão [do<br />
tempo] é uma importante ferramenta, mas as vezes<br />
engana. Muitos agricultores plantaram confiando<br />
nas previsões e a chuva não veio. Temos que espe-<br />
Cooperado Antonio <strong>de</strong> Souza, <strong>de</strong> Bragantina (Oeste do Paraná)<br />
rar o momento certo, seja no período que estamos<br />
acostumados ou mais tar<strong>de</strong>. O plantio representa<br />
mais da meta<strong>de</strong> da lavoura e precisa ser bem feito”,<br />
analisa o cooperado.<br />
O engenheiro agrônomo Carlos Brandalise,<br />
da <strong>Coamo</strong> em Bragantina, revela que a safra <strong>de</strong><br />
verão foi <strong>de</strong>safiadora. Ele explica que os agricultores<br />
fizeram um planejamento para iniciar o plantio<br />
Engenheiro agrônomo Carlos Brandalise, da <strong>Coamo</strong> em Bragantina,<br />
revela que a safra <strong>de</strong> verão foi <strong>de</strong>safiadora<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 15
Família Vogt, <strong>de</strong> Toledo (PR)<br />
confirma boa produção<br />
REGIÃO OESTE DO PARANÁ ABRE O PERÍODO DE PLANTIO NO ESTADO. FALTA DE<br />
CHUVA ATRASOU INÍCIO. CONTUDO, CLIMA SE REGULARIZOU DURANTE A SAFRA<br />
a partir <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> setembro. Porém,<br />
as chuvas mais significativas<br />
ocorreram a partir <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> outubro.<br />
“O cenário foi <strong>de</strong>safiador<br />
pela época <strong>de</strong> plantio e porque<br />
a maior parte das lavouras eram<br />
<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s com ciclo longo.<br />
Apesar <strong>de</strong> um início preocupante,<br />
no <strong>de</strong>correr da safra as chuvas<br />
se normalizaram e os associados<br />
estão colhendo produtivida<strong>de</strong>s<br />
altas, em alguns casos passando<br />
<strong>de</strong> 200 sacas por alqueire.”<br />
Brandalise ressalta a<br />
importância <strong>de</strong> o associado ter<br />
paciência, esperar o momento<br />
certo para o plantio. “Quem seguiu<br />
essa recomendação e faz<br />
um bom investimento na lavoura<br />
teve um resultado mais satisfatório”,<br />
frisa.<br />
O mesmo cenário é confirmado<br />
pela Família Vogt, <strong>de</strong> Toledo<br />
(Oeste do Paraná). Na opinião<br />
do cooperado Dionísio José<br />
Vogt, a safra foi <strong>de</strong> superação.<br />
“Realmente, pensávamos que<br />
seria mais um ano <strong>de</strong> frustação.<br />
Contudo, a produção superou as<br />
expectativas, com produtivida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> até 185 sacas por alqueire. A<br />
média final ficou em 174,6 sacas.<br />
A falta <strong>de</strong> chuva no início <strong>de</strong>u um<br />
susto, mas no final <strong>de</strong>u certo. Não<br />
choveu muito, mas sempre na<br />
hora certa. Não chegamos nas<br />
200 sacas porque foi plantada a<br />
lavoura um pouco tar<strong>de</strong> e as plantas<br />
cresceram <strong>de</strong>mais.”<br />
De acordo com o cooperado,<br />
na agricultura nem sempre<br />
o resultado sai conforme o planejado.<br />
“O agricultor <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
do sol e da chuva e a água po<strong>de</strong>m<br />
não vir no momento certo.<br />
Depen<strong>de</strong>mos <strong>de</strong> várias situações<br />
Utilização <strong>de</strong> tecnologias e o manejo correto foram importantes para o bom resultado<br />
16 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
para ter o sucesso na agricultura.<br />
Temos boa assistência técnica e<br />
usamos insumos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. A<br />
nossa parte, fazemos da melhor<br />
maneira possível”, observa Dionísio<br />
e acrescenta que todas as <strong>de</strong>cisões<br />
são tomadas em conjunto<br />
com a cooperativa.<br />
Diante da situação da safra<br />
<strong>de</strong> verão, a família, também,<br />
precisou mudar o planejamento<br />
da segunda safra. No lugar do<br />
milho, veio o trigo. “Tradicionalmente<br />
plantamos milho, mas<br />
seria muito arriscado. Muitos<br />
agricultores plantaram no cedo,<br />
mesmo sem condição <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>.<br />
Alguns tiveram que replantar<br />
e outros continuaram com a lavoura<br />
e colheram pouco. Por outro<br />
lado, estão com o milho em<br />
bom <strong>de</strong>senvolvimento, mas não<br />
irá superar as perdas na soja.”<br />
O engenheiro agrônomo<br />
Douglas Sala <strong>de</strong> Faria, da <strong>Coamo</strong><br />
em Toledo, explica que a utilização<br />
<strong>de</strong> tecnologias e o manejo<br />
correto foram importantes para<br />
o bom resultado. “São ações que<br />
ajudam nas situações adversas<br />
<strong>de</strong> clima. O cooperado que segue<br />
a recomendação técnica, faz<br />
a lição <strong>de</strong> casa e corre menos risco.<br />
A <strong>Coamo</strong> oferece tudo o que<br />
o associado precisa para uma<br />
boa safra.” Ele diz que, no geral,<br />
o agricultor que esperou o melhor<br />
momento para o plantio se<br />
saiu melhor, mesmo com o atraso<br />
da safra. “Os problemas foram<br />
para quem plantou fora das condições<br />
i<strong>de</strong>ais. Muitos tiveram que<br />
replantar e o resultado ficou bem<br />
abaixo da média.”<br />
Milho no sistema<br />
<strong>de</strong> produção<br />
Geraldo Ferreira <strong>de</strong> Almeida, <strong>de</strong> Pinhão (PR), busca um bom resultado com<br />
o milho e sempre utiliza tecnologias que possam melhorar a produtivida<strong>de</strong><br />
O milho tem uma gran<strong>de</strong> importância na safra <strong>de</strong> verão, tanto<br />
para a renda como, também, para o sistema produtivo fazendo a rotação<br />
<strong>de</strong> culturas. Tem cooperado que não abre não <strong>de</strong>ssa cultura e sempre<br />
<strong>de</strong>stina parte da área para o plantio do cereal. É o caso <strong>de</strong> Geraldo<br />
Ferreira <strong>de</strong> Almeida, <strong>de</strong> Pinhão (Centro-Sul do Paraná).<br />
Ele revela que sempre busca um bom resultado com o milho e<br />
não abre mão <strong>de</strong> utilizar tecnologias que possam melhorar a produtivida<strong>de</strong>.<br />
“Esse ano está ainda melhor, já que os preços estão bons. Acabei<br />
diminuindo um pouco a área em comparação aos anos anteriores. Mas,<br />
a produção <strong>de</strong>ve compensar e animou para plantar mais milho na próxima<br />
safra.” Na área <strong>de</strong> 37 alqueires, o cooperado teve uma produtivida<strong>de</strong><br />
média <strong>de</strong> 490 sacas. “Historicamente a média tem ultrapassados<br />
as 500 sacas por alqueires”, <strong>de</strong>staca.<br />
Já a soja teve área com 150 sacas e outras com 170 por alqueire.<br />
De acordo com o associado a região <strong>de</strong> Pinhão é favorecida pelo<br />
clima, com chuvas regulares durante a safra <strong>de</strong> verão. Porém, neste ano<br />
foi um pouco diferente. “Choveu, mas foi no limite. O suficiente para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento das plantas”, frisa. Ele <strong>de</strong>staca que sempre faz a lição<br />
<strong>de</strong> casa, não poupando investimento. “O restante é com o clima, que<br />
sempre tem sido favorável.”<br />
O engenheiro agrônomo Giliandro Bavaresco, da <strong>Coamo</strong> em<br />
Pinhão, confirma que o clima na região ajuda no cultivo das lavouras <strong>de</strong><br />
verão e que isso incentiva os associados a fazer novos investimentos e<br />
implementar novas tecnologias. “No milho tivemos produtivida<strong>de</strong>s que<br />
oscilaram <strong>de</strong> 430 a 540 sacas por alqueire. Já a soja apresentou <strong>de</strong> 130<br />
a 240 em alguns talhões. Também não tivemos pressão <strong>de</strong> ferrugem<br />
asiática o que ajudou a produtivida<strong>de</strong>.”<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 17
MILHO TEM UMA GRANDE IMPORTÂNCIA NA SAFRA DE VERÃO, TANTO PARA A RENDA<br />
COMO, TAMBÉM, PARA O SISTEMA PRODUTIVO FAZENDO A ROTAÇÃO DE CULTURAS<br />
Conforme o agrônomo,<br />
o clima é o que <strong>de</strong>termina uma<br />
safra. Contudo, <strong>de</strong> nada adianta<br />
chover bem e o associado não<br />
investir na lavoura, a<strong>de</strong>rir às novas<br />
tecnologias, fazer o manejo<br />
correto e não utilizar práticas e<br />
sistemas que possam manter o<br />
ambiente mais sustentável. “Os<br />
cooperados que seguem as recomendações<br />
e fazem a lição<br />
<strong>de</strong> casa costumam sair na frente.<br />
Eles estão satisfeitos neste ano,<br />
pois estão tendo uma boa safra<br />
e com bons preços.”<br />
Geraldo Ferreira <strong>de</strong> Almeida sempre faz a lição <strong>de</strong> casa, não poupando investimento<br />
Rompendo barreiras<br />
Em Ivaiporã (Centro-Norte<br />
do Paraná), o cooperado Luiz<br />
Carvalho perseguia uma meta<br />
ousada e <strong>de</strong>sejada pela maioria<br />
dos produtores e nesta safra ele<br />
alcançou seu objetivo <strong>de</strong> romper<br />
a barreira das 200 sacas <strong>de</strong> soja<br />
por alqueire. Na safra 2016/17,<br />
a equipe da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> já<br />
havia visitado o cooperado, que<br />
naquela oportunida<strong>de</strong> também<br />
estava obtendo alta produtivida<strong>de</strong>,<br />
mas queria mais e previu que<br />
nos próximos três anos atingiria<br />
a média, agora superada. “Naquele<br />
ano colhi 179,5 sacas <strong>de</strong><br />
média, era minha melhor marca.<br />
Mas, sabemos que a soja po<strong>de</strong><br />
Trabalho em parceria com a <strong>Coamo</strong> ajudou a impulsionar a produção na lavoura do cooperado Luiz Carvalho<br />
18 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
Cooperado Luiz Carvalho, <strong>de</strong> Ivaiporã (PR)<br />
alcançou meta ousada e <strong>de</strong>sejada pela<br />
maioria dos produtores, <strong>de</strong> romper a barreira<br />
das 200 sacas <strong>de</strong> soja por alqueire<br />
produzir muito mais e por isso<br />
eu buscava superar essa barreira<br />
das 200 sacas <strong>de</strong> média”, comemora<br />
o cooperado, <strong>de</strong>clarando<br />
que não se sentia confortável<br />
com a produtivida<strong>de</strong> até então<br />
alcançada. “Minha meta sempre<br />
foi produzir mais, eu não estava<br />
contente com aquilo porque já<br />
temos um custo pronto e este<br />
ano foi maravilhoso graças ao<br />
foco no trabalho, assistência técnica<br />
<strong>de</strong> primeira, alto investimento<br />
e muita qualida<strong>de</strong> no manejo”,<br />
explica. Carvalho cultivou 114 alqueires<br />
<strong>de</strong> soja nesta safra.<br />
Feliz com os resultados,<br />
o cooperado enaltece a parceria<br />
com a <strong>Coamo</strong>, que para ele tem<br />
sido fundamental no sucesso da<br />
sua ativida<strong>de</strong>. “Não dá para acen<strong>de</strong>r<br />
uma vela para cada santo. Tenho<br />
fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> com a <strong>Coamo</strong>. Fiz<br />
agricultura <strong>de</strong> precisão e tenho<br />
acesso aos melhores insumos.<br />
Utilizamos novas varieda<strong>de</strong>s, pulverização<br />
eficiente, novos adubos<br />
e novos herbicidas, além da<br />
inoculação e outras técnicas mo<strong>de</strong>rnas<br />
adotadas graças a orientação<br />
da cooperativa”, valoriza.<br />
E não para por aí, animado<br />
com o êxito, Carvalho promete<br />
ir mais longe. “O céu é o limite.<br />
Não po<strong>de</strong>mos parar nunca,<br />
porque em um talhão colhi 240<br />
sacas por alqueire e espero um<br />
dia, quem sabe, atingir 300 sacas.<br />
Novas tecnologias virão e vamos<br />
investir para produzir mais e<br />
mais, porque o mundo precisa<br />
comer”, ressalta.<br />
A empolgação do cooperado<br />
Luiz Carvalho é elogiada<br />
pelo agrônomo Rafael Viscardi,<br />
da <strong>Coamo</strong> em Ivaiporã. O técnico<br />
enxerga no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> trabalho<br />
do produtor, o caminho certo<br />
para obtenção <strong>de</strong> melhores<br />
resultados. “Ele faz o necessário<br />
para produzir em gran<strong>de</strong> escala.<br />
É um cooperado que se apega<br />
aos <strong>de</strong>talhes e isso faz muita<br />
diferença no final <strong>de</strong> uma safra”,<br />
observa.<br />
Na opinião do gerente<br />
da <strong>Coamo</strong> em Ivaiporã, Domingos<br />
Carlos Fontana, produtores<br />
como Luiz Carvalho impulsionam<br />
a produtivida<strong>de</strong> da região. “Ele<br />
tem essa característica <strong>de</strong> querer<br />
produzir mais e confia em nosso<br />
trabalho. Ele acredita porque<br />
transmitimos essa confiança na<br />
qualida<strong>de</strong> dos produtos que oferecemos,<br />
assistência e os benefícios<br />
que disponibilizamos aos<br />
cooperados”, diz.<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 19
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20 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
SAFRA 2019/<strong>2020</strong><br />
FOI MARCADA POR<br />
VÁRIOS FATORES QUE<br />
INFLUENCIARAM PARA A<br />
BOA PRODUÇÃO, E UM<br />
DELES FOI O CLIMA<br />
“É a maior safra que tivemos na<br />
nossa terra”, diz o cooperado Luciano<br />
Cartaxo Moura, <strong>de</strong> Mangueirinha (PR)<br />
Em Mangueirinha (Sudoeste<br />
do Paraná), os cooperados<br />
também registraram boas<br />
produtivida<strong>de</strong>s. “É a maior safra<br />
que tivemos na nossa terra”, frisa<br />
o associado Luciano Cartaxo<br />
Moura, que cultivou 330 alqueires<br />
com soja e fechou com uma<br />
média <strong>de</strong> 170 sacas por alqueire,<br />
e com áreas que ultrapassaram<br />
200 sacas. “As tão faladas<br />
200 sacas por alqueire estão se<br />
tornando realida<strong>de</strong>. Fizemos um<br />
investimento diferenciado para<br />
chegar nesse resultado e o retorno<br />
foi muito bom. Não po<strong>de</strong>mos,<br />
também, esquecer que o clima<br />
colaborou e po<strong>de</strong>mos aproveitar<br />
todo o potencial <strong>de</strong> uma safra<br />
bem sucedida.”<br />
Na análise do cooperado,<br />
a safra 2019/<strong>2020</strong> foi marcada<br />
por vários fatores que influenciaram<br />
para a boa produção,<br />
e um <strong>de</strong>les o clima. Os outros<br />
estão relacionados aos investimentos<br />
realizados ao longo do<br />
tempo, principalmente na fertilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> solo. “É um trabalho que<br />
vem sendo efetuado em parceria<br />
com a <strong>Coamo</strong> visando o aumento<br />
das produtivida<strong>de</strong>s. Estamos<br />
sendo muito bem orientados na<br />
parte técnica. Também estamos<br />
investindo em novas tecnologias<br />
relacionadas aos maquinários e<br />
estamos tendo um bom retorno.”<br />
Conforme o cooperado,<br />
os investimentos têm sido constantes<br />
e mesmo em anos em que<br />
o clima não contribuiu muito, a<br />
produção tem sido boa. “Agora,<br />
se o clima nos ajuda, somos obrigados<br />
a produzir bem. Porém, se<br />
não estivermos preparados e estruturados<br />
nem o clima iria resolver.<br />
É a soma <strong>de</strong> vários fatores.”<br />
O engenheiro agrônomo<br />
Cristiano Fabbris, da <strong>Coamo</strong><br />
em Mangueirinha, reitera que<br />
o clima foi um dos fatores <strong>de</strong>terminantes<br />
para o sucesso da<br />
safra, aliado a boa tecnologia<br />
utilizada pelos produtores. “As<br />
chuvas foram suficientes para<br />
que as lavouras se <strong>de</strong>senvolvessem<br />
bem e no limite para que as<br />
doenças, principalmente a ferrugem<br />
asiática, não se alastrasse.<br />
Os resultados estão sendo positivos,<br />
com médias excelentes<br />
e produtivida<strong>de</strong>s acima <strong>de</strong> 200<br />
sacas por alqueire. Em ano ruim,<br />
quem investe em tecnologia se<br />
sai um pouco melhor, mas em<br />
anos bons sai ainda melhor.”<br />
Engenheiro agrônomo Cristiano Fabbris, da <strong>Coamo</strong> em Mangueirinha,<br />
reitera que o clima foi um dos fatores <strong>de</strong>terminantes para o sucesso<br />
da safra, aliado a boa tecnologia utilizada pelos produtores<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
21
Apoio e tecnologia no campo<br />
As boas produtivida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>ste ciclo e o aquecimento do<br />
mercado com bons preços oferecidos<br />
aos produtos agrícolas,<br />
somados aos contratos disponibilizados<br />
para o período, são aspectos<br />
que animaram o cooperado<br />
Edison João Sprotte, <strong>de</strong> Santa<br />
Maria do Oeste (Centro do Paraná).<br />
Ele não abre mão <strong>de</strong> bom<br />
investimento, com aquisição do<br />
pacote tecnológico oferecido<br />
pela <strong>Coamo</strong>, além <strong>de</strong> caprichar<br />
no manejo das lavouras.<br />
O cooperado plantou<br />
nesta safra um total <strong>de</strong> 155 alqueires,<br />
sendo 135 <strong>de</strong> soja e 20<br />
<strong>de</strong> milho. A média com a soja ficou<br />
em 160,59 sacas por alqueire<br />
e no milho fechou em 405,56.<br />
A região também foi influenciada<br />
pelo clima, que contribuiu para<br />
o bom <strong>de</strong>senvolvimento das lavouras.<br />
Mas, o associado cita que<br />
os preços bons da comodities<br />
aliado à compra do insumos <strong>de</strong><br />
forma antecipada e com valores<br />
baixos, proporcionaram uma boa<br />
renda. “Esse ganho na produtivida<strong>de</strong><br />
melhorou ainda mais a receita”,<br />
frisa.<br />
De acordo com o cooperado,<br />
as boas médias são fruto<br />
<strong>de</strong> um trabalho que vem sendo<br />
realizado já há várias safras. “Estamos<br />
apren<strong>de</strong>ndo ano após<br />
ano, melhorando o sistema como<br />
um todo. Hoje temos varieda<strong>de</strong>s<br />
mais produtivas, mas para que<br />
alcancem todo o seu potencial<br />
é preciso investir em adubação<br />
Edison João Sprotte, <strong>de</strong> Santa Maria do Oeste (PR), investe na<br />
lavoura com aquisição do pacote tecnológico oferecido pela <strong>Coamo</strong><br />
e bom manejo do solo”, comenta<br />
Sprotte em um tom <strong>de</strong> voz um<br />
pouco mais alto, já que do lado<br />
passava a colheita<strong>de</strong>ira. “É uma<br />
satisfação ouvir isso. Poucas voltas<br />
já enchem o maquinário. Foi<br />
uma safra bem animadora.”<br />
O segredo, segundo o<br />
cooperado, é utilizar bem os insumos<br />
e as tecnologias existentes.<br />
“Temos que fazer bem feito<br />
da porteira para <strong>de</strong>ntro, porque<br />
a parte <strong>de</strong> clima não temos como<br />
mudar. Já tivemos muitas dificulda<strong>de</strong>s<br />
em outras safras, mas aos<br />
poucos vamos ajustando e neste<br />
ano só temos o que comemorar.”<br />
O engenheiro agrônomo<br />
Tiago Alves Faria, da <strong>Coamo</strong> em<br />
Santa Maria do Oeste, observa<br />
que o clima na região vem favorecendo<br />
a agricultura e que os<br />
Segredo, segundo o cooperado,<br />
é utilizar bem os insumos e as<br />
tecnologias existentes<br />
22 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
Cooperado Marcio com o pai Alci<strong>de</strong>s Braganholo, <strong>de</strong> Luiziana<br />
(PR): tecnologias adotadas ajudaram para a boa safra<br />
cooperados estão procurando, cada vez mais, investir na ativida<strong>de</strong>.<br />
“Estamos tendo um incremento muito bom nas produtivida<strong>de</strong>s, superando<br />
expectativas. É fruto <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> parceria e difusão<br />
<strong>de</strong> tecnologia da <strong>Coamo</strong> na região.”<br />
A expectativa do cooperado Marcio Braganholo, <strong>de</strong> Luiziana<br />
(Centro-Oeste do Paraná), era <strong>de</strong> ter uma produção maior do que a<br />
colhida. Ele conta que a produtivida<strong>de</strong> média foi <strong>de</strong> 158 sacas por<br />
alqueire, menor do que no ano passado que ficou em 187. “Mesmo<br />
assim ainda foi boa. O problema é que pegamos um veranico durante<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento da lavoura e tivemos atraso no plantio <strong>de</strong>vido<br />
a falta <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>. A chuva acabou vindo e tranquilizando”, comenta<br />
o cooperado que trabalha em parceria com o pai, seu Alci<strong>de</strong>s.<br />
De acordo com o cooperado, as tecnologias adotadas ajudaram<br />
para a boa safra. “Porém, se tivéssemos um pouco mais <strong>de</strong> chuva,<br />
o resultado po<strong>de</strong>ria ter sido melhor”, frisa Braganholo, que também é<br />
produtor <strong>de</strong> sementes para a <strong>Coamo</strong>. “É um <strong>de</strong>safio a mais, já que o<br />
campo <strong>de</strong> semente exige mais cuidados, mais paciência no manejo<br />
para que possamos ter semente <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.”<br />
Ele revela que todo o trabalho é realizado em parceria com a<br />
<strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a escolha e aquisição <strong>de</strong> insumos, orientações e assistência<br />
técnica. “A parceria é do começo ao fim <strong>de</strong> cada safra”, ressalta.<br />
Dentro do planejamento, a área da família Braganholo será ocupada<br />
com trigo.<br />
O engenheiro agrônomo Guilherme Teixeira Gonzaga da Silva,<br />
da <strong>Coamo</strong> em Luiziana, <strong>de</strong>staca o nível tecnológico dos cooperados<br />
que vem investindo, cada vez mais, nas lavouras. “A falta <strong>de</strong> chuva<br />
foi superada em muitos casos. Tradicionalmente, os associados da<br />
região investem e buscam novas tecnologias que possam aprimorar<br />
o trabalho no campo. Isso ajudou nesta safra e os cooperados estão<br />
satisfeitos com o bom resultado.”<br />
Engenheiro agrônomo Guilherme Teixeira Gonzaga<br />
da Silva: “A falta <strong>de</strong> chuva foi superada, em muitos<br />
casos, pela tecnologia utilizada pelos cooperados."<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 23
morgansementes.com.br<br />
GENÉTICA DE RESULTADOS,<br />
HÍBRIDOS CAMPEÕES<br />
24 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
Susto superado, produtivida<strong>de</strong><br />
confirmada no Mato Grosso do Sul<br />
Com a segunda safra <strong>de</strong><br />
milho já em <strong>de</strong>senvolvimento, o<br />
associado Gilmar Bilibio e os filhos<br />
Leonardo e Fabiano ainda<br />
guardam na memória os números<br />
e a lição com a lavoura <strong>de</strong><br />
soja. Eles cultivaram 70 alqueires<br />
com a oleaginosa em Laguna Carapã<br />
(Sudoeste do Mato Grosso<br />
do Sul). O clima acabou não sendo<br />
como o esperado e mesmo<br />
diante das adversida<strong>de</strong>s a família<br />
acabou fechando com uma média<br />
<strong>de</strong> 162 sacas por alqueire.<br />
“Faltou chuva no início da safra e<br />
ainda tivemos outra seca durante<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento da lavoura.<br />
Fechamos um pouco abaixo do<br />
esperado, mas diante <strong>de</strong> tudo o<br />
que aconteceu po<strong>de</strong>mos dizer<br />
que ainda tivemos uma boa safra”,<br />
assegura o associado.<br />
De acordo com ele, foi<br />
utilizada uma varieda<strong>de</strong> que<br />
suportou mais o solo. “Fizemos<br />
tudo o que po<strong>de</strong>ria ser feito e<br />
produziu <strong>de</strong>ntro do esperado”,<br />
frisa. Bilibio ressalta que há pelos<br />
menos quatro safras vêm mantendo<br />
boas médias. “Plantando<br />
sempre com a esperança <strong>de</strong> ser<br />
a melhor safra. Fazemos uma boa<br />
adubação e todos os tratos culturais<br />
necessários. Enfim, seguimos<br />
todas as recomendações.<br />
Estamos na agricultura porque<br />
gostamos. É o que sabemos fazer.<br />
Então, precisamos fazer bem<br />
feito.”<br />
Gilmar Bilibio e os filhos Fabiano e Leonardo ainda guardam na memória os números e a lição com a lavoura <strong>de</strong> soja<br />
O cooperado já está <strong>de</strong><br />
olho na próxima safra <strong>de</strong> verão e<br />
junto com o milho segunda safra<br />
semeou bachiaria, pensando na<br />
palhada que po<strong>de</strong>rá beneficiar<br />
a próxima lavoura. De acordo<br />
com ele, cada safra <strong>de</strong>ixa uma lição<br />
e nessa ficou a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> fazer tudo o que estiver ao<br />
nosso alcance. “Apren<strong>de</strong>mos a<br />
cada ano, pois um é diferente do<br />
outro. Temos que fazer a nossa<br />
parte, investindo em novas tecnologias.<br />
Precisamos inovar para<br />
que o resultado melhore a cada<br />
safra.”<br />
O engenheiro agrônomo<br />
Mateus Gonçalves, da <strong>Coamo</strong> em<br />
Laguna Carapã, diz que é constante<br />
o trabalho para melhorar o siste-<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 25
DE MANEIRA GERAL OS RESULTADOS DO CICLO 2019/<strong>2020</strong> AGRADAM<br />
OS PRODUTORES RURAIS DE NORTE A SUL NA ÁREA DE AÇÃO DA COAMO<br />
ma produtivo na proprieda<strong>de</strong> da família Bilibio. “Os investimentos<br />
têm sido em novas varieda<strong>de</strong>s, adubação<br />
e temos buscado alternativas <strong>de</strong> culturas que possam<br />
contribuir com o sistema, como é o caso da brachiaria.<br />
Os resultados têm sido bons ao longo dos anos.”<br />
Gonçalves revela que o clima é o fator predominante<br />
em Laguna Carapã, interferindo no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e produção das lavouras. “As primeiras<br />
áreas semeadas sofreram no começo, mas<br />
conseguiram se recuperar bem. As lavouras com<br />
mais investimento tiveram um resultado melhor,<br />
mostrando que vale a pena investir.” O agrônomo<br />
recorda que a falta <strong>de</strong> chuva atrapalhou o plantio e<br />
que também houve falta <strong>de</strong> água no <strong>de</strong>correr da safra.<br />
“Em algumas regiões, tiveram pancadas a mais.<br />
Altas temperaturas também foram constantes. Contudo,<br />
ainda po<strong>de</strong>mos dizer que as médias foram<br />
<strong>de</strong>ntro do esperado.”<br />
De maneira geral os resultados do ciclo<br />
2019/<strong>2020</strong> agradam os sojicultores <strong>de</strong> Norte a Sul<br />
na área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>, alavancados pelo investimento<br />
em tecnologia, manejo na medida certa,<br />
Engenheiro agrônomo Mateus Gonçalves, da <strong>Coamo</strong> em Laguna Carapã, diz que é<br />
constante o trabalho para melhorar o sistema produtivo na proprieda<strong>de</strong> da família Bilibio<br />
clima favorável na maior parte do ciclo vegetativo e<br />
pela parceria entre a cooperativa e o quadro social.<br />
De uma ponta a outra o sentimento é um só: satisfação<br />
<strong>de</strong> uma safra produtiva e lucrativa. “Com certeza<br />
é uma safra para celebrar. Começamos o plantio com<br />
um certo risco pela falta <strong>de</strong> chuva naquele momento,<br />
mas, aos poucos a situação foi se equilibrando”,<br />
Argeo Fochesato, <strong>de</strong> Amambai (MS), com a esposa<br />
Janete e os filhos Rafael e Alisson em um dia <strong>de</strong> colheita<br />
26 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
observa o cooperado Argeo Fochesato,<br />
<strong>de</strong> Amambai (Sudoeste<br />
<strong>de</strong> Mato Grosso do Sul).<br />
Debaixo <strong>de</strong> sol escaldante<br />
e o calor predominante da<br />
região, ele conta que apesar <strong>de</strong><br />
ter faltado um pouco <strong>de</strong> chuva,<br />
a produtivida<strong>de</strong> foi satisfatória a<br />
julgar pelo tamanho da área <strong>de</strong><br />
cultivo, que neste ano chegou<br />
aos 467 alqueires, on<strong>de</strong> a média<br />
alcançada foi <strong>de</strong> 164,6 sacas <strong>de</strong><br />
soja por alqueire. “Tivemos resultados<br />
variados, on<strong>de</strong> choveu<br />
um pouco mais, foi melhor. No<br />
entanto, não po<strong>de</strong>mos reclamar<br />
pois o que tem feito a diferença<br />
é a utilização <strong>de</strong> tecnologia”, <strong>de</strong>clara<br />
o produtor, lembrando que<br />
a cada safra não falta esforço na<br />
busca por boas médias. “Nossa<br />
parte fazemos todo ano e estou<br />
muito feliz com o resultado <strong>de</strong>sta<br />
safra. E a <strong>Coamo</strong> tem gran<strong>de</strong><br />
participação no sucesso <strong>de</strong>ste<br />
trabalho”, agra<strong>de</strong>ce.<br />
Se para o cooperado é<br />
satisfatório ver o resultado positivo,<br />
para a assistência técnica<br />
não é diferente. Conforme o engenheiro<br />
agrônomo Dalton Bonácio,<br />
da <strong>Coamo</strong> em Amambai,<br />
é sempre gratificante chegar ao<br />
final <strong>de</strong> um ciclo em que o objetivo<br />
foi alcançado. “Atingimos<br />
altas produtivida<strong>de</strong>s nesta safra<br />
muito por conta da mente aberta<br />
dos nossos cooperados, que<br />
a<strong>de</strong>rem as tecnologias necessárias<br />
e investem na ativida<strong>de</strong>. O<br />
clima é essencial, mas a adoção<br />
<strong>de</strong> tecnologia é fator <strong>de</strong>terminante.<br />
Temos muitos cooperados<br />
alcançando médias altas<br />
por pensarem e agirem assim”,<br />
comenta.<br />
Conforme o engenheiro agrônomo Dalton Bonácio, da <strong>Coamo</strong> em Amambai, é<br />
sempre gratificante chegar ao final <strong>de</strong> um ciclo em que o objetivo foi alcançado<br />
Colheita padronizada<br />
em Santa Catarina<br />
Engenheiro agrônomo Daniel Balestrin e cooperado Ivo Gabrielli, <strong>de</strong><br />
Xanxerê (SC), computam os bons resultados com a safra <strong>de</strong> verão<br />
Nesta safra não foram<br />
apenas os cooperados do Paraná<br />
e Mato Grosso do Sul que<br />
alcançaram êxito ao adotarem<br />
recomendações da assistência<br />
técnica, alicerçados pelo clima e<br />
investimento. Em Santa Catarina,<br />
a história é praticamente a mesma<br />
apresentada por produtores<br />
paranaenses e sul-mato-grossenses.<br />
O roteiro <strong>de</strong>scrito pelo cooperado<br />
Ivo Gabrielli, <strong>de</strong> Xanxerê<br />
(Oeste Catarinense), praticamente<br />
não difere das <strong>de</strong>mais regiões:<br />
falta <strong>de</strong> chuva no início do plantio,<br />
estabilização do clima durante<br />
o ciclo vegetativo, aposta em alta<br />
tecnologia e alta produtivida<strong>de</strong><br />
no final. “Aqui como em todos<br />
os lugares faltou chuva no início,<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 27
Cooperado Ivo Gabrieli, <strong>de</strong><br />
Xanxerê (SC): satisfação e gratidão<br />
pelos bons resultados com a soja<br />
EM SANTA CATARINA, OS COOPERADOS, TAMBÉM, ALCANÇARAM ÊXITO AO ADOTAREM<br />
RECOMENDAÇÕES DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA, ALICERÇADOS PELO CLIMA E INVESTIMENTO<br />
causando um pouco <strong>de</strong> temor. Mas, <strong>de</strong>pois tudo <strong>de</strong>u certo. Graças<br />
a Deus, estamos colhendo ótimo resultados”, afirma seu Ivo.<br />
Conforme ele, o manejo adotado na proprieda<strong>de</strong> foi um<br />
gran<strong>de</strong> agregado para a sanida<strong>de</strong> da lavoura. “Não tivemos problemas<br />
<strong>de</strong> doenças e pragas graças ao investimento em bons<br />
produtos e manejo na hora certa. Isso foi fundamental para a lavoura<br />
expressar seu potencial”, comenta o cooperado, que cultiva<br />
30 alqueires e fechou a área com 190 sacas <strong>de</strong> média.<br />
O sorriso estampado no rosto do seu Ivo é sinônimo <strong>de</strong><br />
alegria para o engenheiro agrônomo Daniel Balestrin, da <strong>Coamo</strong><br />
em Xanxerê. “É muito bom ver essa satisfação, sobretudo pela<br />
parceria com a <strong>Coamo</strong>. Tivemos problemas climáticos, mas nada<br />
que prejudicasse a produtivida<strong>de</strong>. Ficamos muito felizes em encerrar<br />
mais um ciclo vendo o sucesso dos nossos cooperados,<br />
que é nosso também.”<br />
O cooperado Renato Simon, <strong>de</strong> São Domingos (Oeste <strong>de</strong><br />
Santa Catarina), revela que nesta safra colheu produtivida<strong>de</strong>s que<br />
até então ouvia falar, tanto na soja quanto no milho. “Os números<br />
foram surpreen<strong>de</strong>ntes Fizemos tudo o que estava em nosso<br />
alcance e tivemos a contribuição do clima. Estou na agricultura<br />
Cooperado Renato Simon, <strong>de</strong> São Domingos (SC), revela<br />
que nesta safra colheu produtivida<strong>de</strong>s que até então<br />
ouvia falar, tanto na soja quanto no milho<br />
28 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1981 e foi a maior safra<br />
colhida”, conta.<br />
De acordo com Simon,<br />
todas as recomendações técnicas<br />
foram seguidas rigorosamente<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o cuidado com<br />
o solo até os tratos culturais.<br />
Inclusive, investimento no solo<br />
sempre fez parte da cultura do<br />
cooperado que tem o plantio<br />
direto e a rotação como práticas<br />
constantes no planejamento das<br />
lavouras. “Tudo começa com<br />
uma boa análise <strong>de</strong> solo com a<br />
agricultura <strong>de</strong> precisão. O solo<br />
tem que estar em condições<br />
<strong>de</strong> fornecer tudo o que a planta<br />
precisar para que alcance o<br />
seu potencial produtivo. Outro<br />
ponto fundamental é a escolha<br />
da semente e procuramos sempre<br />
a que melhor se adapta ao<br />
nosso planejamento. Também<br />
cuidamos muito bem dos tratos<br />
culturais. Não adianta o tempo<br />
ajudar se não fizermos a nossa<br />
parte. Não po<strong>de</strong>mos errar.”<br />
O som da máquina do<br />
campo é sempre música para os<br />
ouvidos dos agricultores, mas<br />
nesse ano em especial proporcionou<br />
ainda mais prazer. “Dava<br />
gosto <strong>de</strong> estar junto das colheita<strong>de</strong>iras,<br />
se sujar <strong>de</strong> poeira e<br />
saber que o resultado estava<br />
sendo bom. Isso é espetacular,<br />
sentimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>ver cumprido.<br />
Se ano que vem, a safra não for<br />
igual, tomara que, pelo menos,<br />
se aproxime.”<br />
O cooperado cultivou<br />
nesta safra 346 alqueires com<br />
soja e 112 com milho. A soja ren<strong>de</strong>u<br />
uma produtivida<strong>de</strong> média<br />
<strong>de</strong> 191 sacas por alqueire. “Até<br />
então, nossa maior média tinha<br />
sido <strong>de</strong> 160,93 sacas por alqueire.<br />
Nesta safra tivemos áreas que<br />
produziram <strong>de</strong> 229 até 242 sacas<br />
por alqueire. São números surpreen<strong>de</strong>ntes.”<br />
O milho fechou com 571<br />
sacas <strong>de</strong> média, com áreas que<br />
alcançaram até 619 sacas por<br />
alqueire. “Além <strong>de</strong> boa produtivida<strong>de</strong>,<br />
o preço contribuiu e muito<br />
para que tivéssemos uma boa<br />
renda com o milho. Fizemos a<br />
nossa parte, o clima a <strong>de</strong>le e para<br />
ajudar ainda contamos com o<br />
mercado. Não po<strong>de</strong>mos pensar<br />
que será sempre assim, temos<br />
que guardar gordura para possíveis<br />
eventualida<strong>de</strong>s nos próximos<br />
anos”, consi<strong>de</strong>ra Simon<br />
O técnico agrícola Clau<strong>de</strong>mir<br />
Dallagnol, "Kiko", da <strong>Coamo</strong><br />
em São Domingos, lembra<br />
que uma boa safra inicia com<br />
planejamento, e a <strong>Coamo</strong> prima<br />
por esse <strong>de</strong>talhe. “Sentamos com<br />
cada cooperado e <strong>de</strong>cidimos o<br />
melhor caminho a ser seguido,<br />
os investimentos e as tecnologias<br />
empregadas. Depois, é só conduzir<br />
a lavoura da melhor maneira<br />
possível. Nesse ano, tivemos<br />
um gran<strong>de</strong> aliado que foi o clima<br />
e estamos vendo produtivida<strong>de</strong>s<br />
históricas para a região tanto<br />
para a soja como para o milho.”<br />
Cooperado Renato com a esposa<br />
Lizete Simon, <strong>de</strong> São Domingos (SC),<br />
acompanham bons resultados com a safra<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
29
Resultados consolidados<br />
Cada vez mais preparados<br />
e muito bem amparados pela<br />
filosofia cooperativista, os produtores<br />
rurais estão melhorando<br />
os resultados nas proprieda<strong>de</strong>s,<br />
verticalizando a produção das<br />
lavouras e, consequentemente,<br />
conseguindo evoluir no campo.<br />
Alicerçados por um gran<strong>de</strong> aparato<br />
tecnológico, seja <strong>de</strong>ntro ou<br />
fora da porteira, eles somam a<br />
cada safra resultados positivos e<br />
sustentáveis.<br />
Uma condição conquistada<br />
por meio <strong>de</strong> investimento,<br />
boas práticas <strong>de</strong> produção e, sobretudo,<br />
sintonia com a assistência<br />
técnica oferecida pela cooperativa.<br />
O engenheiro agrônomo<br />
Roberto Bueno, da <strong>Coamo</strong> em<br />
Campo Mourão (Centro-Oeste<br />
do Paraná), acompanha um grupo<br />
<strong>de</strong> associados do município<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a safra 1992/93 e a pedido<br />
da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> fez um<br />
levantamento sobre a evolução<br />
<strong>de</strong>sses agricultores. O grupo<br />
soma 6.500 hectares, sendo 28<br />
associados <strong>de</strong> 11 famílias.<br />
De acordo com o agrônomo,<br />
para se ter uma i<strong>de</strong>ia da<br />
evolução é só analisar as produtivida<strong>de</strong>s<br />
médias. Na safra<br />
1992/93 a produtivida<strong>de</strong> ficou<br />
em 116 sacas por alqueire e a<br />
<strong>de</strong> milho verão 201. Nesta safra,<br />
2019/<strong>2020</strong>, a soja ren<strong>de</strong>u uma<br />
média <strong>de</strong> 198 sacas por alqueire<br />
e o milho 477. “Uma situação<br />
presente em todas as safras é a<br />
rotação <strong>de</strong> culturas. De uma maneira<br />
geral, sempre esteve pre-<br />
Engenheiro agrônomo Roberto Bueno, <strong>de</strong> Campo Mourão, acompanha um grupo <strong>de</strong><br />
associados do município <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a safra 1992/93 e que vem evoluindo a cada safra<br />
sente. Tem anos com proporção<br />
maior e outros menor, mas nunca<br />
<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser respeitada nesse<br />
grupo”, pon<strong>de</strong>ra.<br />
Bueno observa que nesta<br />
safra, em função do clima,<br />
a produtivida<strong>de</strong> teve um salto<br />
mais consi<strong>de</strong>rável. Porém, a evolução<br />
é constante ou ao menos a<br />
produção se manteve. “Quando<br />
começamos o plantio em 2019<br />
não imaginávamos que teria essa<br />
produção. Foi uma safra muito<br />
- Médias <strong>de</strong> sete safras - soja e milho<br />
- Sacas por alqueire<br />
121 266<br />
128 341<br />
boa, com altas produtivida<strong>de</strong>,<br />
principalmente, <strong>de</strong> soja com médias<br />
próximas <strong>de</strong> 242 sacas por<br />
alqueire em algumas áreas. Foi<br />
uma boa surpresa tudo isso”, comenta.<br />
Ele revela que foram<br />
inúmeras as ações ao longo dos<br />
anos para que houvesse esse<br />
crescimento sustentável e entre<br />
os trabalhos <strong>de</strong>staca os investimentos<br />
dos cooperados em solo.<br />
De acordo com Bueno, o solo é a<br />
148 460<br />
92/93 a 98/99 99/2000 a 05/06 06/07 a 12/13<br />
169 459<br />
13/14 a 19/<strong>2020</strong><br />
- Levantamento das últimas sete safras <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> cooperados assistidos pelo agrônomo Roberto Bueno, em Campo Mourão<br />
30 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
principal ferramenta para dar sustentação<br />
na produção. “É o maior<br />
patrimônio que o agricultor tem.<br />
Sempre ressaltamos que solo<br />
fértil é sinônimo <strong>de</strong> cuidados na<br />
parte química, física e biológica.<br />
Tivemos um período com mais<br />
atenção na parte química, mas <strong>de</strong><br />
alguns anos para cá, também, se<br />
acentua a parte biológica e física.<br />
Isso é <strong>de</strong> extrema importância<br />
para o sistema produtivo”, diz.<br />
Conforme o engenheiro<br />
agrônomo, a rotação <strong>de</strong> culturas<br />
é imprescindível para dar sustentabilida<strong>de</strong><br />
e elevar a produtivida<strong>de</strong>,<br />
além <strong>de</strong> ajudar no controle<br />
<strong>de</strong> pragas, doenças e plantas<br />
daninhas. Outro ponto <strong>de</strong>stacado<br />
pelo agrônomo é a genética,<br />
com varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> soja e híbridos<br />
<strong>de</strong> milho, cada vez mais,<br />
produtivos, além <strong>de</strong> serem tolerantes<br />
a doenças, pragas e com<br />
adaptação ao clima nas mais variadas<br />
regiões. “O agricultor não<br />
po<strong>de</strong> pensar somente a curto e<br />
médio prazo. É necessário que<br />
haja um planejamento mais longo,<br />
que faça a correção do solo,<br />
pratique a rotação <strong>de</strong> culturas e<br />
continue com o plantio direto.<br />
São ações que ajudam a ter boas<br />
produtivida<strong>de</strong>s e sustentabilida<strong>de</strong><br />
mesmo em anos em que o<br />
clima não contribuiu.<br />
Cooperados tecnificados<br />
Do plantio a colheita, o<br />
atendimento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o planejamento das lavouras com<br />
o fornecimento dos insumos e o<br />
trabalho <strong>de</strong> uma assistência técnica<br />
composta por mais <strong>de</strong> 260 engenheiros<br />
agrônomos no campo,<br />
aliados à assistência financeira e<br />
recursos disponíveis são importantes<br />
instrumentos para que os<br />
cooperados da <strong>Coamo</strong> possam<br />
colher altas produtivida<strong>de</strong>s.<br />
Uma das características<br />
fortes dos associados da <strong>Coamo</strong> é<br />
o otimismo e a <strong>de</strong>terminação em<br />
produzir sempre mais e melhor,<br />
com o uso <strong>de</strong> tecnologias mo<strong>de</strong>rnas<br />
e sustentáveis. Juntamente<br />
com clima regular, esperado a<br />
cada nova semeadura e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da lavoura, o resultado<br />
po<strong>de</strong> ser melhor a cada novo ciclo.<br />
A safra <strong>de</strong> verão 2019/20,<br />
representa a maior colheita <strong>de</strong><br />
produtivida<strong>de</strong>s em toda a história<br />
dos 50 anos da <strong>Coamo</strong>. A busca<br />
pelo que há <strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rno,<br />
sempre fez parte da filosofia e<br />
do planejamento da <strong>Coamo</strong>. “O<br />
nosso trabalho busca tecnologias<br />
inovadoras que viabilizem uma<br />
produção elevada com a prática<br />
<strong>de</strong> uma agricultura sustentável.<br />
A nossa equipe Técnica faz este<br />
trabalho em campo para que os<br />
resultados e a evolução cheguem<br />
aos cooperados para o sucesso<br />
das safras”, afirma Aquiles Dias,<br />
diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência<br />
Técnica da <strong>Coamo</strong>. Segundo<br />
Dias, a parceria entre a cooperativa<br />
e a pesquisa materializada<br />
nos encontros da Fazenda Experimental<br />
da <strong>Coamo</strong> confirmam<br />
que o uso <strong>de</strong> novas tecnologias<br />
po<strong>de</strong>m incrementar as produtivida<strong>de</strong>s.<br />
Os números apresentados<br />
nesta <strong>edição</strong> da <strong>Revista</strong><br />
<strong>Coamo</strong>, com <strong>de</strong>staque para altas<br />
produtivida<strong>de</strong>s em praticamente<br />
todas as regiões da cooperativa,<br />
confirmam a evolução tecnológica<br />
conquistada pelos cooperados.<br />
“São médias excelentes,<br />
mostrando que o solo respon<strong>de</strong>,<br />
e o uso <strong>de</strong> tecnologias é necessário<br />
para superar as produtivida<strong>de</strong>s<br />
a cada safra. Quem participa<br />
e tem interesse sai na frente<br />
e po<strong>de</strong> obter ganhos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>s.<br />
Lembro bem quando<br />
começamos na década <strong>de</strong> 1970,<br />
a colheita era em torno <strong>de</strong> 70 sacas<br />
por alqueire, e já há alguns<br />
anos é superior as 200 sacas”, comemora<br />
Aquiles Dias.<br />
Aquiles Dias, diretor <strong>de</strong> Suprimentos<br />
e Assistência Técnica da <strong>Coamo</strong><br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 31
32 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
PLANO SAFRA<br />
Reserva <strong>de</strong> insumos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
e condições especiais aos cooperados<br />
O<br />
trabalho da <strong>Coamo</strong> é totalmente voltado para<br />
o sucesso dos cooperados. A cooperativa por<br />
meio <strong>de</strong> um planejamento estratégico e a estruturação<br />
das suas áreas Técnica, Insumos, Compras e<br />
Financeira, vai ao mercado para buscar junto aos fornecedores<br />
condições favoráveis para a próxima safra<br />
dos cooperados. Entre estas opções estão a reserva e<br />
aquisição dos insumos observando a quantida<strong>de</strong> e a<br />
qualida<strong>de</strong>, e o prazo <strong>de</strong> entrega para o abastecimento<br />
dos produtores, antes do início do novo plantio.<br />
A assistência Técnica da <strong>Coamo</strong> acompanha<br />
e orienta os cooperados o ano todo na melhoria dos<br />
processos, do planejamento e da gestão, pensando<br />
sempre no incremento das produtivida<strong>de</strong>s. “Os nossos<br />
técnicos analisam junto com eles como foi a safra anterior,<br />
os resultados e trocam i<strong>de</strong>ias sobre o que po<strong>de</strong><br />
ser aprimorado na safra seguinte. Assim, os cooperados<br />
têm a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar novas tecnologias<br />
para aumentar a produção”, consi<strong>de</strong>ra Aquiles Dias, diretor<br />
<strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica da <strong>Coamo</strong>.<br />
Desta maneira, os cooperados têm acesso ao<br />
Plano Safra, que a <strong>Coamo</strong> realiza há mais <strong>de</strong> 30 anos,<br />
com o objetivo <strong>de</strong> oferecer os melhores insumos e<br />
condições do mercado. “Os cooperados aguardam<br />
o Plano Safra, pois com antecedência já sabem o que<br />
farão para o incremento da produção na próxima safra,<br />
e têm a certeza da retirada dos produtos quando<br />
precisarem”, garante o engenheiro agrônomo Carlos<br />
Eduardo Borsari, gerente <strong>de</strong> Fornecimento <strong>de</strong> Insumos<br />
Agrícolas da <strong>Coamo</strong>.<br />
Para os cooperados Eroi<strong>de</strong>s e Marcos Milani,<br />
pai e filho, <strong>de</strong> Campo Mourão, o Plano Safra é uma<br />
gran<strong>de</strong> vantagem e mostra o trabalho que a <strong>Coamo</strong> faz<br />
em benefício dos produtores. “Contamos com a nossa<br />
assistência o ano todo. Nesse momento consolidamos<br />
o nosso planejamento a<strong>de</strong>rindo ao plano da <strong>Coamo</strong><br />
que é uma excelente opção <strong>de</strong> negócios." Em função<br />
da prevenção do Coronavírus, os cooperados estão<br />
realizando o Plano Safra <strong>2020</strong>/21 mediante agendamento<br />
com os técnicos em todas as Unida<strong>de</strong>s.<br />
Marcos e Eroí<strong>de</strong>s Milane consolidando o Plano Safra <strong>2020</strong>/21 com<br />
o engenheiro agrônomo Bruno Lopes Paes, em Campo Mourão<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
33
Cooperados contratam financiamento<br />
para custeio da nova safra <strong>de</strong> trigo<br />
Os produtores <strong>de</strong> trigo,<br />
cooperados da <strong>Coamo</strong><br />
e da Credicoamo estão<br />
procurando em gran<strong>de</strong> número<br />
as cooperativas para aquisição<br />
dos insumos e contratação dos<br />
financiamentos <strong>de</strong> custeio <strong>de</strong>sta<br />
importante lavoura <strong>de</strong> inverno.<br />
Assim, eles garantem os recursos<br />
com boas condições para<br />
implantar a cultura, consi<strong>de</strong>rada<br />
importante no sistema <strong>de</strong> rotação<br />
<strong>de</strong> culturas.<br />
Para o presi<strong>de</strong>nte Executivo<br />
da Credicoamo, Alcir José<br />
Goldoni, a procura dos cooperados<br />
pelos financiamentos mostra<br />
o interesse dos produtores tradicionais<br />
que investem na cultura do<br />
trigo como importante alternativa<br />
para o inverno e vantagens ao<br />
sistema produtivo. “Trabalhamos<br />
para agregar valor à produção dos<br />
cooperados. O financiamento <strong>de</strong><br />
custeio é um benefício que resulta<br />
da parceria da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo<br />
com os bancos parceiros<br />
na busca <strong>de</strong> boas condições para<br />
repasse aos produtores.”<br />
A diretoria <strong>de</strong> Negócios<br />
da Credicoamo informa que para<br />
o custeio da safra <strong>de</strong> trigo 20/20<br />
as taxas <strong>de</strong> juros foram reduzidas.<br />
Para os gran<strong>de</strong>s produtores,<br />
TAXA DE JUROS – FINANCIAMENTO DO CUSTEIO SAFRA DE TRIGO<br />
CLASSIFICAÇÃO MODALIDADE TAXA DE JUROS<br />
Gran<strong>de</strong>s Produtores Demais Produtores De 8% para 6%<br />
Médio Produtores Pronamp De 6% para 5%<br />
Mini/Pequeno Produtores Pronaf 3%<br />
* Classificação <strong>de</strong>finida pelo Banco Central para formalização <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> financiamentos.<br />
<strong>de</strong>nominados <strong>de</strong>ntro da classificação<br />
do Banco Central como<br />
“Demais produtores”, as taxas<br />
caíram <strong>de</strong> 8% para 6%; para os<br />
médios produtores, classificados<br />
<strong>de</strong>ntro no Pronamp, <strong>de</strong> 6% para<br />
5%; e para os produtores <strong>de</strong>ntro<br />
do Pronaf, a taxa é <strong>de</strong> 3,0%. “É<br />
uma conquista importante, pois<br />
a Credicoamo foi ao mercado<br />
<strong>de</strong> forma antecipada para buscar<br />
recursos, os quais são benefícios<br />
que aten<strong>de</strong>m as <strong>de</strong>mandas dos<br />
cooperados para a implantação<br />
da safra, agregar valor e gerar<br />
receitas nas suas ativida<strong>de</strong>s”, explica<br />
Dilmar Antonio Peri, diretor<br />
<strong>de</strong> Negócios da Credicoamo.<br />
O cooperado que ainda<br />
não efetivou o pedido para<br />
financiamento do custeio<br />
da nova safra <strong>de</strong> trigo po<strong>de</strong><br />
procurar o <strong>de</strong>partamento<br />
Técnico da <strong>Coamo</strong> para a<br />
realização do projeto e análise<br />
da proposta para encaminhamento<br />
à Credicoamo.<br />
34 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
CREDICOAMO<br />
Com o seguro agrícola, cooperados têm proteção das lavouras<br />
Há alguns anos, o número<br />
<strong>de</strong> lavouras seguradas<br />
entre os cooperados da<br />
<strong>Coamo</strong> e Credicoamo era muito<br />
menor do que registrado nas<br />
últimas safras. Essa alteração nos<br />
procedimentos ocorreu em função<br />
da conscientização dos produtores,<br />
que passaram a ver o<br />
seguro como um investimento e<br />
uma necessida<strong>de</strong> na proteção do<br />
patrimônio. “O Dr. Aroldo enfatiza<br />
nas reuniões com os cooperados<br />
que o seguro é um insumo<br />
fundamental para proteção das<br />
lavouras, e eles estão incorporando<br />
o seguro na contratação<br />
dos financiamentos”, explica Alcir<br />
Goldoni, presi<strong>de</strong>nte Executivo<br />
da Credicoamo.<br />
Segundo Goldoni, a<br />
<strong>Coamo</strong> e a Credicoamo estão na<br />
vanguarda do agronegócio e do<br />
cooperativismo, e mantêm negociações<br />
diretas com as seguradoras<br />
para beneficiar os coope-<br />
Alcir Goldoni, presi<strong>de</strong>nte Executivo da Credicoamo<br />
rados, levando em consi<strong>de</strong>ração,<br />
o enquadramento das safras e<br />
a participação dos produtores.<br />
“Aliado à credibilida<strong>de</strong> das nossas<br />
cooperativas e a postura dos<br />
cooperados, conseguimos ao<br />
longo dos anos diferenciais que<br />
vêm resultando em importante<br />
benefício para a segurança e<br />
proteção do patrimônio dos cooperados.”<br />
Para a contratação do seguro<br />
agrícola, a base é a produtivida<strong>de</strong><br />
própria do cooperado.<br />
O preço garantido <strong>de</strong> cobertura<br />
é R$ 55,00 por saca <strong>de</strong> trigo nos<br />
Estados do Paraná, Santa Catarina<br />
e Mato Grosso do Sul. A regulação<br />
em caso <strong>de</strong> sinistro, é realizada<br />
por talhão mínimo <strong>de</strong> 15<br />
hectares e a taxa do prêmio é <strong>de</strong><br />
caráter individual com base no<br />
histórico dos sinistros.<br />
A Credicoamo negociou<br />
com as seguradoras um benefício<br />
para os cooperados em<br />
relação a subvenção<br />
em caso <strong>de</strong> sinistros,<br />
sendo 40% em nível<br />
Fe<strong>de</strong>ral limitado a R$<br />
48 mil do prêmio e a<br />
50% em nível Estadual<br />
do restante do prêmio,<br />
porém limitado a R$<br />
4.400,00 por CPF. O<br />
diretor <strong>de</strong> Negócios<br />
da Credicoamo, Dilmar<br />
Peri exemplifica.<br />
“Um cooperado que<br />
teria que pagar um<br />
prêmio <strong>de</strong> R$ 10 mil,<br />
com a aplicação das<br />
SEGURO AGRÍCOLA<br />
Com base na média <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />
dos últimos cinco anos.<br />
Taxa <strong>de</strong> Prêmio: Individual, com base<br />
no histórico do cooperado.<br />
Subvenção<br />
Fe<strong>de</strong>ral: 40% limitado a R$ 48 mil ano civil.<br />
Estadual: 50% do restante do prêmio,<br />
limitado a R$ 4.400,00 por CPF.<br />
Cobertura: Todos os riscos da lavoura,<br />
exceto qualida<strong>de</strong> do produto.<br />
PROAGRO<br />
Com base na produção prevista no projeto.<br />
Taxa <strong>de</strong> Prêmio: 6,5%.<br />
Sem subvenção.<br />
Cobertura: Todos os riscos da lavoura, <strong>de</strong><br />
acordo com o projeto técnico.<br />
subvenções Fe<strong>de</strong>ral e Estadual,<br />
terá que pagar um prêmio <strong>de</strong><br />
apenas R$ 3 mil, haja vista que<br />
ele teria sido beneficiado com<br />
uma subvenção <strong>de</strong> 70% no total.<br />
Esse valor po<strong>de</strong> ser financiado<br />
junto à cédula rural, sem a necessida<strong>de</strong><br />
do associado bancar com<br />
recursos próprios. São diferenciais<br />
consi<strong>de</strong>ráveis que a cooperativa<br />
<strong>de</strong> crédito dos cooperados<br />
da <strong>Coamo</strong> disponibiliza.”<br />
O presi<strong>de</strong>nte do Conselho<br />
<strong>de</strong> Administração da Credicoamo,<br />
engenheiro agrônomo<br />
José Aroldo Gallassini, incentiva<br />
a a<strong>de</strong>são do seguro agrícola. “O<br />
seguro tem um custo relativamente<br />
baixo e traz tranquilida<strong>de</strong><br />
e segurança em caso <strong>de</strong> frustração<br />
das lavouras.”<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 35
SEGUROS<br />
Via Sollus completa 12 anos<br />
compartilhando benefícios<br />
Doze anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s.<br />
Esta é a conquista da<br />
Via Sollus Corretora <strong>de</strong><br />
Seguros em <strong>2020</strong>. Fundada em<br />
05 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2008, a Corretora<br />
vem contabilizando números<br />
expressivos na sua trajetória<br />
prestando serviços na área <strong>de</strong><br />
Seguros e oportunizando benefícios<br />
aos cooperados da <strong>Coamo</strong><br />
e Credicoamo, aos funcionários<br />
das cooperativas e comunida<strong>de</strong>.<br />
Com presença em todas<br />
as unida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo<br />
nos Estados do Paraná,<br />
Santa Catarina e Mato Grosso do<br />
Sul, em parceria com as melhores<br />
seguradoras do Brasil, a Via Sollus<br />
é uma corretora da <strong>Coamo</strong><br />
Agroindustrial Cooperativa que<br />
contrata seguros <strong>de</strong> diversas modalida<strong>de</strong>s<br />
- Veículos, Residência,<br />
Vida, Máquinas e equipamentos,<br />
Empresarial, Prestamista, Agrícola-<br />
para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s<br />
dos seus milhares <strong>de</strong> segurados.<br />
Segundo o gerente da<br />
Via Sollus, Sidinei Lucheti Martioli,<br />
a corretora é uma empresa que<br />
comemora 12 anos <strong>de</strong> sucesso,<br />
com a garantia, credibilida<strong>de</strong>,<br />
transparência e a qualida<strong>de</strong> da<br />
marca <strong>Coamo</strong>.<br />
Outro diferencial apresentado<br />
por Martioli é o fato <strong>de</strong> que<br />
a Via Sollus atua na intermediação<br />
entre o segurado e a seguradora,<br />
e busca os melhores resultados<br />
para os segurados com produto,<br />
preço e atendimento, com alta<br />
competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> registro <strong>de</strong><br />
volumes significativos no número<br />
<strong>de</strong> a<strong>de</strong>sões aos seus produtos e<br />
serviços. “É importante fazer seguro<br />
como forma <strong>de</strong> proteção e<br />
prevenção. Consi<strong>de</strong>rando que<br />
a vida é imprevisível e as nossas<br />
ativida<strong>de</strong>s, por mais simples que<br />
sejam, po<strong>de</strong>m trazer riscos, então,<br />
o seguro tem papel fundamental<br />
como ferramenta <strong>de</strong> proteção. A<br />
Via Sollus segue a filosofia e administração<br />
da <strong>Coamo</strong>, e representa<br />
um gran<strong>de</strong> benefício oferecido<br />
aos seus usuários na proteção do<br />
patrimônio e da vida”, consi<strong>de</strong>ra.<br />
Os 12 anos da Via Sollus<br />
são avaliados como sendo <strong>de</strong><br />
crescimento constante com bons<br />
resultados e a satisfação dos usuários.<br />
“É um trabalho sério e responsável,<br />
que vem sendo feito com<br />
apoio direto da <strong>Coamo</strong> e da Cre-<br />
Os 12 anos da Via Sollus são avaliados como sendo <strong>de</strong> crescimento constante com bons resultados e a satisfação dos usuários<br />
36 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
dicoamo, e beneficiando diretamente um gran<strong>de</strong><br />
público, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vínculo com a <strong>Coamo</strong>”,<br />
explica o presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
da <strong>Coamo</strong>, José Aroldo Gallassini.<br />
Novida<strong>de</strong>s - Na estratégia <strong>de</strong> oferecer<br />
serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para os seus segurados,<br />
em breve a Via Sollus terá uma nova estruturação<br />
para melhor atendê-los e colocará à disposição<br />
o serviço <strong>de</strong> uma Central <strong>de</strong> Atendimento<br />
para dar tranquilida<strong>de</strong> e segurança aos<br />
clientes.<br />
Acesse www.viasollus.com.br e conheça<br />
as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seguros disponibilizadas.<br />
“A Via Sollus era o que faltava para nós”,<br />
diz o cooperado Vilson Janguas<br />
O agricultor Vilson Janguas,<br />
da região <strong>de</strong> Sussuí, em<br />
Engenheiro Beltrão é cooperativista<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1983, período que<br />
trabalha a terra e sempre acreditou<br />
em bom clima e safras produtivas.<br />
“A lavoura é semeada e<br />
conduzida com capricho, mas<br />
para obter bons resultados <strong>de</strong>-<br />
-pen<strong>de</strong>mos da natureza”, avalia.<br />
Segundo Janguas, conhecido<br />
há muitos anos como “Mamão”,<br />
pai <strong>de</strong> quatro filhos, todos<br />
cooperados na <strong>Coamo</strong> e Credicoa-<br />
mo, querem segurança na condução<br />
e na administração do seu patrimônio.<br />
“Então, o caminho é fazer<br />
seguro, seguro da lavoura, <strong>de</strong> vida,<br />
do maquinário e dos nossos carros,<br />
porque a gente nunca sabe o que<br />
vai acontecer”, diz Janguas, acrescentando<br />
que “se tivermos um fato<br />
in<strong>de</strong>sejável, um sinistro, com a Via<br />
Sollus a gente po<strong>de</strong> ficar tranquilo,<br />
sossegado, porque está tudo <strong>de</strong>ntro<br />
da nossa casa <strong>Coamo</strong>.”<br />
O cooperado diz o que<br />
pensa da a<strong>de</strong>são ao seguro.<br />
Vilson Janguas com o pai e os irmãos. Família é exemplo <strong>de</strong> cooperativismo na <strong>Coamo</strong><br />
Vilson Janguas, <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão (PR)<br />
“Além da minha lavoura que é o<br />
primeiro seguro, também contratei<br />
seguros <strong>de</strong> vida, <strong>de</strong> dois veículos,<br />
<strong>de</strong> máquinas. Pago para não<br />
usar e é assim que a gente tem<br />
que ver o seguro. Não dá para<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer seguro, o que<br />
quero é proteção e tranquilida<strong>de</strong>,<br />
isso eu tenho com os serviços<br />
contratados na Via Sollus. Há 12<br />
anos, era o que faltava para nós<br />
e <strong>de</strong>pois que surgiu a corretora,<br />
não tivemos mais problemas.”<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 37
SEMENTES COAMO<br />
Novas instalações do Laboratório<br />
<strong>de</strong> Sementes <strong>Coamo</strong> entraram em<br />
operação em fevereiro <strong>de</strong>ste ano<br />
Novo laboratório <strong>de</strong> Sementes<br />
Um dos maiores e mais<br />
mo<strong>de</strong>rno Laboratório <strong>de</strong><br />
Sementes do Paraná está<br />
localizado no Parque Industrial<br />
da <strong>Coamo</strong>, em Campo Mourão/<br />
PR. Sua nova instalação entrou<br />
em operação em fevereiro <strong>de</strong>ste<br />
ano, e conta com estrutura ampla<br />
e formato para aten<strong>de</strong>r 100% das<br />
Breno Rovani, chefe do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />
Laboratório <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Sementes da <strong>Coamo</strong><br />
<strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> todas UBS´s – Unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Beneficiamento <strong>de</strong> Sementes<br />
da <strong>Coamo</strong>. Além disso,<br />
o espaço está preparado para o<br />
aumento do volume <strong>de</strong> análises<br />
que acontecerão com o crescimento<br />
da <strong>Coamo</strong>. O laboratório<br />
tem alta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> execução<br />
<strong>de</strong> análise em um curto período,<br />
mantendo a confiabilida<strong>de</strong><br />
nos resultados.<br />
“A <strong>Coamo</strong> conta com um<br />
laboratório dimensionado para<br />
aten<strong>de</strong>r com exclusivida<strong>de</strong> 100%<br />
da <strong>de</strong>manda interna e disponível<br />
pelos 12 meses do ano. Temos<br />
rastreabilida<strong>de</strong> das análises, controle<br />
interno <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e resultados<br />
imediatos e on-line. Boletins<br />
são gerados e enviados imediatamente<br />
para as UBS por malote<br />
próprio da cooperativa. Todo esse<br />
Testes realizados para<br />
aten<strong>de</strong>r a produção <strong>Coamo</strong><br />
• Teste <strong>de</strong> germinação em papel;<br />
• Teste <strong>de</strong> germinação em areia;<br />
• Análise <strong>de</strong> pureza;<br />
• Determinação <strong>de</strong> outras<br />
sementes por número;<br />
• Verificação <strong>de</strong> outras cultivares;<br />
• Visual, hipocótilo e peroxidase;<br />
• Teste <strong>de</strong> tetrazólio;<br />
• Teste <strong>de</strong> envelhecimento<br />
acelerado;<br />
• Peso <strong>de</strong> mil sementes;<br />
• Teste <strong>de</strong> uniformida<strong>de</strong><br />
(retenção em peneira);<br />
• Determinação do grau <strong>de</strong><br />
umida<strong>de</strong>.<br />
38 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
processo facilita a emissão dos documentos<br />
das sementes e permite<br />
que se mantenha o histórico e monitoramento<br />
<strong>de</strong> cada lote”, explica<br />
o chefe do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Laboratório<br />
<strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Sementes<br />
da <strong>Coamo</strong>, engenheiro agrônomo<br />
Breno Rovani.<br />
Outro diferencial da<br />
<strong>Coamo</strong> por ter um laboratório<br />
próprio e mo<strong>de</strong>rno é o acompanhamento<br />
da evolução das<br />
análises. “A produção é acompanhada<br />
por relatórios online, que<br />
apresentam a fase em que se encontram<br />
as análises dos lotes <strong>de</strong><br />
sementes por UBS, permitindo a<br />
criação <strong>de</strong> relatórios gerenciais<br />
para visualização do panorama<br />
geral da evolução das análises”,<br />
Espécies multiplicadas<br />
pela <strong>Coamo</strong><br />
Soja: Glycine max<br />
Trigo: Triticum aestivum L.<br />
Aveia Preta: Avena strigosa Schreb.<br />
UBS I<br />
UBS II<br />
UBS III<br />
UBS IV<br />
UBS V<br />
UBS VI<br />
UBS VII<br />
UBS VIII<br />
UBS IX<br />
UBS XI<br />
UBS XV<br />
11 UBS <strong>de</strong> Produção Sementes<br />
Campo Mourão/PR<br />
Coronel Vivida/PR<br />
Mamborê/PR<br />
Mangueirinha/PR<br />
Abelardo Luz/SC<br />
Palmas/PR<br />
Ipuaçu/PR<br />
Santo Antônio/PR<br />
Mamborê II/PR<br />
Furnas/PR<br />
Xanxerê/SC<br />
explica Rovani.<br />
O gerente <strong>de</strong> Sementes<br />
da <strong>Coamo</strong>, engenheiro agrônomo<br />
Roberto Destro <strong>de</strong>staca que<br />
o Laboratório <strong>de</strong> Sementes é estratégico<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
das ativida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong>. “A<br />
cooperativa possui atualmente<br />
oito máquinas <strong>de</strong> TSI, que tratam<br />
70% do volume comercializado,<br />
possui logística <strong>de</strong> distribuição<br />
para os três Estados da área <strong>de</strong><br />
ação da <strong>Coamo</strong>, aten<strong>de</strong>ndo mais<br />
<strong>de</strong> 70 municípios. No caso da<br />
soja, por exemplo, o plantio inicia<br />
em setembro e a retirada da<br />
semente é a partir <strong>de</strong> agosto, ou<br />
seja, a ‘janela’ para a realização<br />
do TSI é bastante curta. Por isso,<br />
ter um laboratório próprio aten<strong>de</strong><br />
às necessida<strong>de</strong>s e o planejamento<br />
estratégico da <strong>Coamo</strong>,<br />
pois precisamos disponibilizar<br />
resultados em tempo hábil.”<br />
Destro lembra que a área<br />
<strong>de</strong> Sementes é um processo que<br />
a cooperativa prioriza <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
início das suas ativida<strong>de</strong>s na década<br />
<strong>de</strong> 1970. “Des<strong>de</strong> 1.972, ou<br />
seja, há 47 anos, a <strong>Coamo</strong> produz<br />
sementes, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1974, portanto<br />
há 45 anos, conta com estrutura<br />
<strong>de</strong> Laboratório <strong>de</strong> Sementes.”<br />
O Informativo <strong>Coamo</strong>, jornal<br />
publicado em 1975, <strong>de</strong>stacava<br />
na época: “Hoje, não se justifica<br />
mais a importação <strong>de</strong> sementes<br />
fiscalizadas, como ocorreu no início,<br />
pois a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> semente<br />
produzida na <strong>Coamo</strong> supera<br />
o que vinha sendo importado.<br />
(...) A <strong>Coamo</strong> possui laboratório<br />
equipado e pessoal treinado<br />
para realizar testes <strong>de</strong> germinação,<br />
pureza, peso hectolítrico e<br />
umida<strong>de</strong>.”<br />
Área <strong>de</strong> Sementes é um processo que a <strong>Coamo</strong> prioriza <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início das suas ativida<strong>de</strong>s na década <strong>de</strong> 1970<br />
ESTRUTURA FÍSICA<br />
- 700 metros quadrados<br />
- 4º laboratório que a <strong>Coamo</strong> constrói<br />
em 45 anos<br />
- Dimensionado com base no<br />
planejamento estratégico da <strong>Coamo</strong><br />
tendo como referência a <strong>de</strong>manda do<br />
ano <strong>de</strong> 2.030<br />
- Ambiente amplo com salas climatizadas<br />
e mo<strong>de</strong>rnas para aten<strong>de</strong>r o crescente<br />
número <strong>de</strong> amostras a cada ano<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 39
40 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
SUSTENTABILIDADE<br />
CONSERVAR O SOLO:<br />
garantia do futuro da agricultura<br />
No final da década <strong>de</strong><br />
1960 tudo era bem diferente<br />
na região <strong>de</strong> Campo<br />
Mourão (Centro-Oeste do<br />
Paraná), e em muitas outras do<br />
país. Foi um período marcado<br />
pela abertura das primeiras áreas<br />
<strong>de</strong> terras agricultáveis com a implantação<br />
inicialmente, <strong>de</strong> lavouras<br />
<strong>de</strong> trigo e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> soja. E<br />
pelo trabalho da assistência técnica<br />
para conscientizar, orientar<br />
e introduzir as práticas conservacionistas<br />
com o objetivo <strong>de</strong> evitar<br />
a erosão, que fazia parte do cenário<br />
agrícola da época.<br />
Com a visão <strong>de</strong> futuro,<br />
técnicos <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aram um<br />
trabalho com a forte preocupação<br />
na conservação <strong>de</strong> solos e<br />
na qualida<strong>de</strong> do meio ambiente<br />
produtivo rural. Os produtores<br />
acreditavam chegar ao fim a caminhada<br />
<strong>de</strong>senfreada da erosão<br />
em terras brasileiras e pouco a<br />
pouco foram tomando consciência<br />
da importância da conservação<br />
<strong>de</strong> solos.<br />
A difusão tecnológica<br />
provocou a evolução das práticas<br />
<strong>de</strong> conservação, vieram a<br />
calagem, o plantio direto e a rotação<br />
<strong>de</strong> culturas, que resultaram<br />
na melhoria da estrutura física, na<br />
incorporação <strong>de</strong> matéria orgânica,<br />
no combate à doenças e pragas,<br />
e na adubação corretiva.<br />
A região <strong>de</strong> Campo Mourão<br />
foi a segunda no país a implantar<br />
a tecnologia do plantio<br />
direto na safra 1973/74. “O plantio<br />
direto foi uma das melhores<br />
práticas que aconteceu na nossa<br />
agricultura. É um sistema com<br />
gran<strong>de</strong>s benefícios, foi uma realida<strong>de</strong><br />
e tecnologia que mudou<br />
não só a região <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />
mas que promoveu uma revolução<br />
na agricultura. Atualmente<br />
esse sistema é praticado em<br />
100% das áreas agricultáveis dos<br />
cooperados da <strong>Coamo</strong>, po<strong>de</strong>mos<br />
dizer que saímos das terras lavadas<br />
para uma das mais produtivas<br />
do Brasil”, comemora o agricultor,<br />
engenheiro agrônomo e cooperado<br />
da <strong>Coamo</strong>, Ricardo Accioly<br />
Cal<strong>de</strong>rari - um dos pioneiros na<br />
implantação há 47 anos do sistema<br />
Plantio Direto na região, ao<br />
lado dos agricultores Joaquim<br />
Peres Montans, Antonio Álvaro<br />
Massaretto, Gabriel Borsato e<br />
Henrique Gustavo Salonski.<br />
O engenheiro agrônomo<br />
e presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong><br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 41
42 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
DIA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE SOLOS É<br />
COMEMORADO EM 15 DE ABRIL. TEMA ESTEVE PRESENTE<br />
DE FORMA DIRETA EM DIVERSAS ATIVIDADES<br />
NA HISTÓRIA DOS 50 ANOS DA COAMO<br />
Administração da <strong>Coamo</strong>, José Aroldo<br />
Gallassini lembra a evolução agrícola na<br />
região. “Das curvas <strong>de</strong> nível, dos murundus<br />
e base larga, e da erosão, na época,<br />
passamos a ser referência no país pelo<br />
trabalho concentrado <strong>de</strong> esforços e parceria<br />
entre técnicos e agricultores com<br />
práticas conservacionistas que resultaram<br />
em altas produtivida<strong>de</strong>s.”<br />
O que vem se observando é<br />
um compromisso por parte dos produtores,<br />
sejam os mais experientes ou os<br />
mais novos que estão na ativida<strong>de</strong> há<br />
poucos anos ajudando ou suce<strong>de</strong>ndo<br />
o trabalho dos seus pais e familiares. “É<br />
importante <strong>de</strong>stacar que a conservação<br />
<strong>de</strong> solos é um compromisso com o<br />
futuro da agricultura”, afirma Gallassini.<br />
Ele lembra que nos seus 50<br />
anos <strong>de</strong> história, a <strong>Coamo</strong> implantou<br />
vários programas que contribuíram<br />
para a melhoria do solo e a colheitas<br />
<strong>de</strong> altas produtivida<strong>de</strong>s, como o "Fertilida<strong>de</strong><br />
do Solo e Nutrição <strong>de</strong> Plantas",<br />
e atua na difusão e conscientização dos<br />
cooperados quanto a importância do<br />
equilíbrio químico e as características<br />
físicas do solo.<br />
Em alusão a conservação <strong>de</strong><br />
solos, foi edificado um monumento na<br />
Praça do Fórum (Bento Munhoz da Rocha<br />
Neto) em Campo Mourão, em setembro<br />
<strong>de</strong> 1976 no lançamento do Plano<br />
Nacional <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong> Solos<br />
(PNCS), que reuniu li<strong>de</strong>ranças, agricultores,<br />
o governador do Paraná Jayme<br />
Canet Júnior e o ministro da Agricultura,<br />
Alysson Paulinelli.<br />
Monumento em alusão a conservação <strong>de</strong><br />
solos, em Campo Mourão (PR)<br />
Pioneiros do Plantio Direto na região <strong>de</strong> Campo Mourão: Joaquim Peres Montans,<br />
José Aroldo Gallassini, Antonio Álvaro Massaretto e Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari<br />
Capa do Jornal <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1976<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 43
Só quem coloca lá em cima<br />
o cuidado com as raízes há 10 anos<br />
tem proprieda<strong>de</strong> para oferecer<br />
a proteção que as sementes<br />
e plântulas precisam e promover<br />
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<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong><br />
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<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 45
PECUÁRIA<br />
Gado nutrido no inverno<br />
Médico veterinário da<br />
<strong>Coamo</strong> orienta cooperados<br />
para a realização do manejo<br />
nutricional dos ruminantes<br />
na estação mais fria do ano<br />
A<br />
proximida<strong>de</strong> do inverno<br />
reduz as temperaturas e<br />
a luminosida<strong>de</strong> em horas<br />
<strong>de</strong> irradiação solar. Isso faz<br />
com que as pastagens perenes <strong>de</strong><br />
verão tenham um <strong>de</strong>clínio na capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> crescimento vegetativo,<br />
pois com o período curto <strong>de</strong><br />
luminosida<strong>de</strong>, elas ten<strong>de</strong>m a alongar<br />
os caules e emitir florescência.<br />
“As pastagens entram em senescência<br />
e envelhecem. Além disso,<br />
como reflexo do pastejo dos animais,<br />
elas não voltam a crescer com<br />
a mesma velocida<strong>de</strong> dos períodos<br />
<strong>de</strong> altas temperaturas e luminosida<strong>de</strong>”,<br />
explica o médico veterinário<br />
da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Campo Mourão, Hérico<br />
Alexandre Rossetto.<br />
Com a queda no teor nutricional,<br />
a pastagem não consegue<br />
suprir a necessida<strong>de</strong> mínima<br />
da microbiótica existente no pré-<br />
-estomago dos bovinos, para que<br />
possam <strong>de</strong>gradar corretamente<br />
os nutrientes consumidos na pastagem.<br />
Diante da redução da capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> nutrição das plantas,<br />
o médico veterinário explica o que<br />
po<strong>de</strong> ser feito para amenizar a falta<br />
nutricional no bovino. “Precisamos<br />
tentar equilibrar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
proteína bruta que essa microbiota<br />
vai precisar. Se a pastagem não<br />
está conseguindo fornecer a quantida<strong>de</strong><br />
mínima <strong>de</strong> 7% <strong>de</strong> proteína<br />
bruta no total <strong>de</strong> alimento ingerido<br />
pelo bovino, temos que suplementar<br />
por meio <strong>de</strong> um suplemento<br />
que é fornecido o ano todo para o<br />
animal que é o sal mineral”, orienta.<br />
De acordo com Rossetto,<br />
é preciso colocar ingredientes<br />
com proteínas no sal mineral.<br />
“Esse suplemento passa a<br />
ser chamado <strong>de</strong> sal proteinado.<br />
O produtor rural <strong>de</strong>ve trabalhar<br />
com formulações específicas para<br />
cada situação da proprieda<strong>de</strong>. Se,<br />
por exemplo, está iniciando o frio<br />
e ainda tem uma certa quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> folhas que fornecem o mínimo<br />
necessário <strong>de</strong> proteína e um<br />
pouco <strong>de</strong> energia aos animais, ele<br />
utiliza uma <strong>de</strong>terminada porcentagem<br />
<strong>de</strong> 40% e 50% <strong>de</strong> equivalente<br />
proteico na sua formulação.”<br />
Após um ou dois meses,<br />
as plantas consumidas estarão<br />
sem o vigor <strong>de</strong> crescimento e com<br />
suporte energético e proteico<br />
muito baixo. “O produtor precisa<br />
utilizar um sal chamado <strong>de</strong> proteico<br />
energético, on<strong>de</strong> o consumo<br />
vai ser um pouquinho maior,<br />
para suprir aquela microbiótica. É<br />
preciso trabalhar com um suplemento,<br />
que possua consumo um<br />
pouco maior, mas com menos<br />
proteínas na formulação, <strong>de</strong> 28% a<br />
35% e com um pouco <strong>de</strong> energia<br />
facilitando a digestibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />
massa que está sendo ingerida”,<br />
afirma o médico veterinário.<br />
Neste período <strong>de</strong> outono<br />
e inverno, o pecuarista <strong>de</strong>ve<br />
avaliar a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pastagem<br />
<strong>de</strong> acordo com a quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> bovinos existentes, optando<br />
por um suplemento proteico<br />
energético que supra a exigência<br />
<strong>de</strong> manutenção nutricional, viabilizando<br />
o ciclo <strong>de</strong> produção da<br />
ativida<strong>de</strong>. “Para que a suplementação<br />
ocorra <strong>de</strong> forma correta <strong>de</strong>verá<br />
existir uma quantida<strong>de</strong> suficiente<br />
<strong>de</strong> cochos (10 cm. lineares/<br />
cabeça), e boa palatabilida<strong>de</strong> da<br />
mistura mineral", comenta Rossetto,<br />
que ainda orienta para que<br />
os cooperados procurem os médicos<br />
veterinários da <strong>Coamo</strong> em<br />
eventuais dúvidas.<br />
46 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
Hérico Alexandre Rossetto, médico veterinário da <strong>Coamo</strong>, recorda que a implantação da pastagem anual requer critérios técnicos<br />
Manejo <strong>de</strong> pastagens perenes<br />
A<br />
implantação da pastagem anual <strong>de</strong> inverno<br />
requer critérios técnicos. O Instituto <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Rural do Paraná (Iapar-Emater),<br />
montou um mapa com três regiões bem <strong>de</strong>finidas<br />
no Estado. Depen<strong>de</strong>ndo do clima e região,<br />
uma pastagem é indicada, como por exemplo, aveia<br />
e azevem, centeio forrageiro, em locais mais frios, e<br />
brachiaria ruziziensis, que é uma pastagem perene<br />
<strong>de</strong> verão, mas tem ótima adaptação como pastagem<br />
anual <strong>de</strong> inverno, nas regiões quentes, porque aceita<br />
um foto período mais curto.<br />
O médico veterinário Hérico Alexandre Rossetto,<br />
afirma que alguns cuidados <strong>de</strong>vem ser tomados<br />
<strong>de</strong> acordo com a localização da proprieda<strong>de</strong>.<br />
“Após a escolha da espécie forrageira, é preciso o<br />
uso correto <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sementes certificadas,<br />
da adubação <strong>de</strong> base conforme as necessida<strong>de</strong>s da<br />
proprieda<strong>de</strong> e plantar respeitando a profundida<strong>de</strong>.”<br />
Rossetto explica como <strong>de</strong>ve ser o manejo<br />
<strong>de</strong> aveia e azevem. “Quando plantar utilize sementes<br />
certificadas, trabalhe em torno <strong>de</strong> 60kg <strong>de</strong> semente<br />
<strong>de</strong> aveia, mais 30kg <strong>de</strong> azevem por hectare.<br />
A regulagem da profundida<strong>de</strong> é muito importante,<br />
pois no caso da azevem, por exemplo, quando a<br />
profundida<strong>de</strong> fica abaixo <strong>de</strong> 0,7 cm, há uma queda<br />
da capacida<strong>de</strong> germinativa. Na adubação <strong>de</strong> base o<br />
i<strong>de</strong>al é a utilização <strong>de</strong> um formulado com uma boa<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nitrogênio <strong>de</strong> 8% a 16%, pois esse<br />
nitrogênio na base vai auxiliar caso a planta passe<br />
por um estresse futuro”, orienta Rossetto.<br />
O médico veterinário acrescenta que quando<br />
a aveia estiver com quatro perfilhes, o cooperado<br />
<strong>de</strong>verá fazer a primeira aplicação <strong>de</strong> adubação<br />
<strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong> nitrogênio variando <strong>de</strong> 30 a<br />
50 kg por hectare. "Aí ele po<strong>de</strong> usar ureia, sulfato<br />
<strong>de</strong> amônia ou nitrogênio nitrílico. Isso vai fazer com<br />
que esta aveia aumente o perfilhamento, ou seja, a<br />
capacida<strong>de</strong> do suporte <strong>de</strong> uma lotação maior <strong>de</strong><br />
animais. Depois que fizer o segundo pastejo em<br />
cima <strong>de</strong>sta aveia, vai abrir um espaço para luminosida<strong>de</strong><br />
e para expressão do azevem. É quando<br />
<strong>de</strong>ve-se fazer a segunda aplicação da adubação <strong>de</strong><br />
cobertura <strong>de</strong> nitrogênio para o azevem vir com alto<br />
potencial vegetativo e suprir a <strong>de</strong>manda da lotação<br />
da proprieda<strong>de</strong>.”<br />
A mesma orientação vale para o uso da<br />
brachiaria ruziziensis, a partir do segundo pastejo.<br />
“Com a aplicação nitrogenada e adubação <strong>de</strong><br />
base bem feitas, po<strong>de</strong>rá ter uma lotação <strong>de</strong> 1000 a<br />
1200kg <strong>de</strong> peso <strong>de</strong> bovino por hectare. Isso daria<br />
cinco ou seis bovinos adultos por alqueires e não<br />
<strong>de</strong>verá ultrapassar esse número para que não haja<br />
queda na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento vegetativo<br />
pós pastejo <strong>de</strong>ssas plantas.”<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 47
COMEMORAÇÃO<br />
Ocepar, 49<br />
anos ao lado do<br />
cooperativismo<br />
São 215 cooperativas registradas na<br />
Ocepar, que somaram R$ 87,2 bilhões<br />
<strong>de</strong> faturamento em 2019. Possuem<br />
mais <strong>de</strong> 2,1 milhões <strong>de</strong> cooperados e<br />
empregam mais <strong>de</strong> 107 mil pessoas<br />
Fundada em 02 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1971 para representar<br />
institucionalmente o cooperativismo paranaense,<br />
a Ocepar completou 49 anos no dia<br />
02 <strong>de</strong> abril. Hoje, integra um sistema formado por<br />
três socieda<strong>de</strong>s distintas, sem fins lucrativos, que se<br />
<strong>de</strong>dicam ao <strong>de</strong>senvolvimento das cooperativas paranaenses:<br />
o Sindicato e Organização das Cooperativas<br />
do Estado do Paraná (Ocepar), o Serviço Nacional<br />
<strong>de</strong> Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/<br />
PR) e a Fe<strong>de</strong>ração e Organização das Cooperativas<br />
do Estado do Paraná (Fecoopar).<br />
A Ocepar tem a missão <strong>de</strong> representar e<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os interesses do setor cooperativista paranaense<br />
e, ainda, prestar serviços a<strong>de</strong>quados às<br />
cooperativas e seus integrantes. A entida<strong>de</strong> passou<br />
a exercer funções <strong>de</strong> sindicato patronal das cooperativas<br />
paranaenses, em 1997, com a criação da Fecoopar.<br />
Já o Sescoop/PR, unida<strong>de</strong> estadual do Serviço<br />
Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem do Cooperativismo,<br />
começou a funcionar no dia 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong><br />
1999. Tem personalida<strong>de</strong> jurídica <strong>de</strong> direito privado<br />
e atua no monitoramento, na formação profissional<br />
e promoção social. A Fecoopar é uma entida<strong>de</strong> que<br />
congrega os sindicatos patronais <strong>de</strong> cooperativas.<br />
Atualmente são 215 cooperativas registradas<br />
na Ocepar, que somaram R$ 87,2 bilhões <strong>de</strong> faturamento<br />
em 2019. Possuem mais <strong>de</strong> 2,1 milhões<br />
<strong>de</strong> cooperados e empregam mais <strong>de</strong> 107 mil pessoas.<br />
No ano passado, exportaram U$$ 3,5 bilhões<br />
e recolheram R$ 2,6 bilhões em impostos. O setor<br />
respon<strong>de</strong> por cerca <strong>de</strong> 60% do PIB agropecuário<br />
paranaense. Estima-se que mais <strong>de</strong> 3,8 milhões <strong>de</strong><br />
pessoas estejam ligadas direta ou indiretamente ao<br />
cooperativismo do Paraná.<br />
O presi<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar, José Roberto<br />
Ricken, enfatiza que “o cooperativismo paranaense<br />
se encontra em um caminho muito bom, o<br />
que fica muito evi<strong>de</strong>nte no atual momento <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>,<br />
o que <strong>de</strong>ixa claro que o cooperativismo é<br />
uma solução para várias questões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m econômica<br />
e social do setor no Estado”.<br />
A opção do cooperativismo é pelo <strong>de</strong>senvolvimento<br />
das pessoas e comunida<strong>de</strong>s em seu entorno.<br />
Um trabalho que resulta na geração <strong>de</strong> emprego<br />
e renda, dinamização das economias locais, acesso<br />
aos serviços <strong>de</strong> crédito e saú<strong>de</strong> e apoio à formação<br />
profissional. Também são ações prioritárias no cotidiano<br />
das cooperativas, os investimentos em projetos<br />
<strong>de</strong> agregação <strong>de</strong> valor, como a agroindustrialização,<br />
diversificação da produção e novas tecnologias,<br />
bem como ativida<strong>de</strong>s e capacitações para melhorar<br />
os processos produtivos e <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços<br />
aos cooperados.<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
49
50 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
FATOS MARCANTES NA HISTÓRIA<br />
DOS 50 ANOS DA COAMO<br />
Primeira <strong>edição</strong> da Copa <strong>Coamo</strong><br />
<strong>de</strong> cooperados foi em 1993<br />
ABRIL<br />
1976 Funcionamento do Entreposto Fioravante João Ferri<br />
1982 <strong>Coamo</strong> pesquisa o controle biológico <strong>de</strong> pragas<br />
1993 Copa <strong>Coamo</strong>: <strong>Coamo</strong> promove maior evento esportivo rural do Brasil<br />
2003 <strong>Coamo</strong> recebe prêmios: "Maior Exportadora do Sul do Brasil" no segmento Cooperativas - Fe<strong>de</strong>ração<br />
das Indústrias do Estado <strong>de</strong> SC (FIESC) e "Fornecedor Nota 10" - Associação Paranaense <strong>de</strong> Supermercados<br />
(APRAS)<br />
2008 Lançamento da Margarina <strong>Coamo</strong> Light<br />
2009 Parceria <strong>de</strong> arrendamento com a Coagel para atuar em cerca <strong>de</strong> 10 novos municípios da região <strong>de</strong><br />
Goioerê<br />
2012 Associados aprovam incorporação da Coagel pela <strong>Coamo</strong><br />
2015 Lançamento do programa Mobilida<strong>de</strong> Agronomia e do Programa <strong>de</strong> Incorporação <strong>de</strong> Argila Ativada<br />
em Tijolo - <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> resíduos gerados no processo produtivo no Parque Industrial<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
51
Tecnologia aplicada para o melhor <strong>de</strong>senvolvimento da sua lavoura!<br />
~<br />
Total compatibilida<strong>de</strong><br />
com <strong>de</strong>fensivos<br />
52 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong>
SAÚDE<br />
Na prevenção ao Coronavírus,<br />
cooperados usam canais <strong>de</strong> atendimento<br />
Na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ir até as Unida<strong>de</strong>s, várias medidas são tomadas para prevenir a doença<br />
A<br />
campanha <strong>de</strong>senvolvida<br />
pela <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />
visando evitar<br />
a aglomeração e a circulação<br />
dos cooperados nos entrepostos<br />
neste momento <strong>de</strong> combate ao<br />
coronavírus está sendo positiva e<br />
aten<strong>de</strong>ndo as orientações do Ministério<br />
da Saú<strong>de</strong> (MS).<br />
“Tem sido pequena a presença<br />
dos cooperados no entreposto<br />
em função da prevenção ao<br />
coronavírus. O nosso trabalho tem<br />
sido forte na comunicação para<br />
que eles venham somente em<br />
caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>, caso contrário,<br />
façam seus negócios pelos<br />
nossos canais <strong>de</strong> atendimento<br />
na <strong>Coamo</strong> e Credicoamo. Percebemos<br />
que, <strong>de</strong> uma forma geral,<br />
os cooperados e familiares estão<br />
conscientes da gravida<strong>de</strong> da situação<br />
e estão colaborando, fazendo<br />
a sua parte, e esperam que esse<br />
momento passe logo e tudo volte<br />
em breve ao normal”, afirma Antonio<br />
Carlos Mazzei, gerente da <strong>Coamo</strong><br />
em Engenheiro Beltrão.<br />
Em todos os entrepostos<br />
está sendo realizada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
início da campanha do combate<br />
ao coronavírus, uma triagem<br />
para ver a necessida<strong>de</strong>, ou não,<br />
do acesso dos cooperados, bem<br />
como, disponibilizado álcool em<br />
gel e orientações preventivas necessárias.<br />
Nos Municípios on<strong>de</strong><br />
é obrigatório o uso <strong>de</strong> máscara,<br />
os cooperados que necessitam<br />
<strong>de</strong> acesso às cooperativas estão<br />
utilizando este material <strong>de</strong> proteção<br />
respiratória.<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 53
RECEITA<br />
Biscoitinho<br />
<strong>de</strong> queijo<br />
muçarela<br />
INGREDIENTES<br />
42 biscoitinhos<br />
1 xícara (chá) <strong>de</strong> FARINHA DE TRIGO COAMO<br />
TRADICIONAL<br />
1 colher (café) <strong>de</strong> fermento químico<br />
1 pitada <strong>de</strong> sal<br />
4 colheres (sopa) <strong>de</strong> MARGARINA<br />
COAMO LIGHT em temperatura ambiente<br />
100 g <strong>de</strong> queijo muçarela ralado fino<br />
(1 xícara <strong>de</strong> chá)<br />
3 colheres (sopa) <strong>de</strong> água gelada (45 ml)<br />
1 clara batida<br />
Opções <strong>de</strong> cobertura<br />
Sal, páprica picante ou gergelim preto<br />
MODO DE PREPARO<br />
No processador, coloque a farinha <strong>de</strong> trigo, o<br />
fermento químico, o sal e pulse rapidamente.<br />
Junte a margarina e a muçarela e processe por<br />
1 minuto. Aos poucos, adicione a água gelada<br />
até obter uma farofa. Entre 2 folhas <strong>de</strong> papel-manteiga<br />
ou filme plástico, compacte a farofa com um rolo<br />
até obter uma espessura <strong>de</strong> 4 mm. Leve à gela<strong>de</strong>ira<br />
por 30 minutos. Descarte o papel e, com uma faca,<br />
corte retângulos (4x3 cm). Coloque em uma assa<strong>de</strong>ira,<br />
pincele com a clara e salpique uma das opções <strong>de</strong><br />
cobertura. Asse no forno preaquecido (180 °C) até dourar.<br />
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54 REVISTA<br />
<strong>Abril</strong>/<strong>2020</strong><br />
AF01 COI001120G An Receita Biscoitinho <strong>de</strong> Queijo 175x225 cm.indd 1 18/03/20 18:06
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