Revista Coamo edição Abril de 2020
www.coamo.com.br
ABRIL/2020 ANO 46 EDIÇÃO 501
VIA SOLLUS
Doze anos
compartilhando
benefícios
CREDICOAMO
Financiamentos para
custeio de trigo e
seguro agrícola
PLANO SAFRA
Coamo disponibiliza
condições especiais
para safra 2020/21
Ivo Gabrieli, de Xanxerê (SC)
SAFRA HISTÓRICA
Cooperados colhem uma das maiores safras da história, onde o investimento
em tecnologia, o trabalho criterioso de manejo das lavouras e o clima favorável
na maior parte do ciclo, foram determinantes para o sucesso desta produção
EXPEDIENTE
Órgão de divulgação da Coamo
Ano 46 | Edição 501 | Abril de 2020
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO
Ilivaldo Duarte de Campos: iduarte@coamo.com.br
Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br
Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br
Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br
Contato: (44) 3599-8126/3599-8129.
Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte de Campos.
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,
Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte de Campos.
Edição de fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima.
Colaboração: Gerências de Assistência Técnica e Organização e Gestão da Qualidade,
Entrepostos e Milena Luiz Corrêa.
Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento de Negócios Publicitários Ltda
Contato: (11) 5092-3305 e Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457.
É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou
citados não exprimem, necessariamente, a opinião da Revista Coamo.
Acompanhe a Coamo pelas redes sociais
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA
SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460
www.coamo.com.br - coamo@coamo.com.br
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presidente: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly
Calderari, Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira de Godoy, Rogério de Mello Barth e Adriano Bartchechen.
CONSELHO FISCAL: Ricieri Zanatta Neto, Diego Rogério Chitolina e Jonathan Henrique Welz Negri (Membros Efetivos). Eder Ricci, Clóvis Antonio Brunetta e Jorge Luiz
Tonet (Membros Suplentes).
DIRETORIA EXECUTIVA: Presidente executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin de
Mello. Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor de Logística e Operações: Edenilson Carlos de Oliveira. Diretor de Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles de
Oliveira Dias.
Extensão Territorial: 4,5 milhões de hectares. Capacidade Global de Armazenagem: 6,59 milhões de toneladas. Receita Global de 2019: R$ 13,97 bilhões. Tributos
e taxas gerados e recolhidos em 2019: R$ 382,32 milhões.
Abril/2020 REVISTA
3
SUMÁRIO
QUER TRANSFORMAR SUAS NOTAS
FISCAIS EM DINHEIRO PARA VOCÊ?
É .
44
É COAMO NO
CLUBE AGRO.
O Clube Agro é um programa de relacionamento multimarcas gratuito,
que chegou para aumentar o poder de compra do produtor rural.
Basta registrar suas notas fiscais no app ou no site do programa e
você já acumula pontos. Depois, é só trocá-los por cupons de desconto
e apresentar na COAMO para abater o valor em produtos das marcas
participantes, ou na Via Sollus para um seguro rural.
BAIXE JÁ O APP!
Mais informações:
(19) 99210-4990
/CLUBEAGROBR
Coamo antecipa R$ /// em sobras
www.clubeagro.com.br
?????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
4 REVISTA
No momento são aceitas apenas NFs de remessa com destino para os Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, emitidas a partir de 01/11/2019.
Abril/2020
Para registro de apólices de seguro, a abrangência é nacional. Todas as apólices vigentes, efetivadas a partir de 01/11/2019, pontuam no programa.
Saiba mais no regulamento do Clube.
SUMÁRIO
Entrevista
10
João Dornellas, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), é
o entrevistado do mês. Para ele, os consumidores têm buscado alimentos com mais valor agregado
14
Na rota da produtividade
Para registrar os bons resultados e acompanhar o trabalho dos associados durante a
colheita da safra, uma equipe de reportagem da Revista Coamo percorreu várias regiões
no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul
Plano Verão 2020/2021
33
Tradicionalmente, a cooperativa lança o Plano Safra de Verão. Para os cooperados, é a oportunidade
de fazer com antecedência a aquisição dos insumos com condições especiais e segurança
Credicoamo
34
Produtores de trigo, cooperados da Coamo e da Credicoamo, estão buscando financiamentos de
custeio da nova safra de inverno. Outro benefício é o seguro agrícola para proteção das lavouras
Doze anos da Via Sollus
36
Fundada em 05 de maio de 2008, a Corretora vem contabilizando números expressivos na sua
trajetória, prestando serviços na área de Seguros e oportunizando benefícios no ramo de seguros
Novo Laboratório de Sementes Coamo
38
Instalação entrou em operação em fevereiro deste ano, e conta com estrutura ampla e formato
para atender 100% da demanda de todas as Unidades de Beneficiamento de Sementes da Coamo
Abril/2020 REVISTA
5
Mais litros de leite por
área plantada não é sorte
É o resultado dos
híbridos para silagem
da Brevant Sementes
Análises bromatológicas comprovam: a nova versão
do híbrido B2688PWU com tecnologia PowerCore®
ULTRA traz melhor digestibilidade ao seu rebanho,
possibilitando a absorção de mais nutrientes e
aumentando o rendimento de carne e leite. Não é
sorte, é Brevant Sementes.
Proteção
contra insetos
e plantas daninhas.
Ampla janela
de corte.
Alto rendimento
de leite por área.
Simplicidade
na formulação
da dieta.
POWERCORE® é uma tecnologia desenvolvida pela Dow AgroSciences e Monsanto. POWERCORE® é uma marca da
Monsanto LLC. Agrisure Viptera® é marca registrada da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada
nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. LibertyLink® é marca registrada da BASF.
O SUPERPRECOCE MAIS COMPLETO DO MERCADO
B2418VYHR
Produtividade
Sanidade
Precocidade
Qualidade de grãos
Agrisure Viptera® é marca registrada e utilizada sob licença da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença
da Syngenta Crop Protection AG. YieldGard® e o logotipo YieldGard são marcas registradas utilizadas sob a licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra
insetos Herculex® I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. Herculex® e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o
logotipo da gota de água são marcas da BASF. Roundup Ready TM é marca utilizada sob licença da Monsanto Company.
Acesse e descubra: www.brevant.com.br | 0800 772 2492
®,TM
Marcas registradas da Dow AgroSciences, DuPont ou Pioneer e de
suas companhias afiliadas ou de seus respectivos proprietários.
©2020 CORTEVA
EDITORIAL
Grande safra e novo comportamento dos cooperados
Na história dos seus 50
anos, a Coamo está colhendo
a maior safra de
verão de todos os tempos, que
deve ultrapassar 90 milhões
de sacas de soja. É uma colheita
com altas produtividades e,
também, de bons preços para
os cooperados. É isso que esperamos
em nossa atividade que é
de risco e plantada a céu aberto,
totalmente dependente do
clima. Com boas safras e bons
preços, os agricultores podem
se capitalizar e continuar tendo
sucesso no seu negócio.
A produção expressiva
foi recebida sem filas e com
tranquilidade em nossas unidades,
provocando aumento
no volume de exportação pelo
Porto de Paranaguá (PR), um dos
mais importantes do país, que
segue com fluxo normal, com o
escoamento para outros continentes.
Em um ano que deve
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,
Presidente do Conselho de Administração
ter bons resultados, o que nos
impressiona é o comportamento
dos cooperados na venda da
produção. Diferente dos outros
anos, nesta safra, os produtores
estão vendendo grandes volumes
e de forma rápida, aproveitando
os preços e as oportunidades
de mercado. Em um
só dia na Coamo, o volume de
vendas dos cooperados foi de
R$ 1,6 bilhão. Em função do coronavírus
entramos em contato
com eles para que não viessem
na cooperativa e fizessem suas
vendas pelos nossos Canais de
Atendimento, o que foi uma
operação bem-sucedida, facilitando
a vida dos produtores.
Os cooperados estão
analisando seus custos de produção
e aproveitando o bom
momento da comercialização.
Exemplo dessa mudança é a
venda de cerca de 23% da produção
safra de soja 2020/21,
que nunca havia sido realizada
nesses volumes.
O ano de 2020 deve ser
também de uma grande produção
de milho segunda safra,
com o recebimento em torno
de 40 milhões de sacas. Poderíamos
ter problemas para o recebimento
do cereal, caso não
ocorresse a comercialização de
grandes volumes da safra de
soja. Mas, com tudo resolvido,
a eficiente estrutura e logística
que a Coamo tem, prevemos o
recebimento do milho com tranquilidade
e segurança.
"Esta safra é diferente das
outras, a medida que,
em função dos negócios,
os cooperados estão
analisando seus custos de
produção e aproveitando
o bom momento da
comercialização."
Safras com grandes volumes
nunca foram problemas
para a Coamo, que sempre soube
de forma profissional resolver
as situações. Então, vamos torcer
para que as previsões sejam confirmadas.
Os resultados são comemorados
pelo clima regular e,
também, pelo trabalho de assistência
da cooperativa com a difusão
e o uso de tecnologias pelos
produtores.
Com esses volumes de
produção e exportação, os cooperados
e a cooperativa estão
satisfeitos, bem como o agronegócio
e todos da cadeia produtiva.
Quem também ganha é o
nosso país, que há muitos anos
percebe a força do nosso setor
como importante alavanca para
o superávit da balança comercial
brasileira.
Abril/2020 REVISTA
7
Pense a longo prazo.
Uma nutrição de qualidade deixa herança nutritiva para as próximas safras.
Líder mundial em nutrição de plantas, a Yara conta com as melhores soluções em fertilizantes para
aumentar a produtividade e a qualidade da sua lavoura. Conheça algumas das soluções Yara:
Fertilizante multinutriente
para adubação de base
com até 8 nutrientes
no mesmo grânulo para
nutrição balanceada e
uniforme de cada planta.
Fertilizante NPK no
grânulo de alta eficiência
e qualidade física
superior para adubações
uniformes no campo.
Fonte de nitrogênio
equilibrado para a
redução de perdas por
volatilização, alta eficiência
nutricional e operacional
para as lavouras.
Fertilizantes foliares
de alta eficiência,
otimizando o sistema
para plantas mais
produtivas e resistentes.
FOLICARE
Perfeito para o aumento
do transporte de açúcar,
maior enchimento de
grãos e uniformidade de
maturação, garantindo mais
produtividade da lavoura.
https://www.yarabrasil.com.br/nutricao-de-plantas/produtos/#utm_source=QR_CODE&utm_medium
Os Programas Nutricionais da Yara garantem os melhores resultados em todas
as fases do ciclo. Acesse o site através do QR Code e saiba mais.
8 REVISTA
yarabrasil.com.br
Abril/2020
GOVERNANÇA
COMPROMISSO COM OS COOPERADOS
E A FORÇA DO COOPERATIVISMO
Estamos vivendo um momento diferente, não
somente para nós do agronegócio, como para
o mundo todo, que exige disciplina e cuidados,
com mudanças de hábitos que vieram de uma
forma repentina e radical.
Nesse momento é importante destacar a
força do cooperativismo e o modelo de cooperação
que está propiciando muitos benefícios aos cooperados
em nossa atividade, que é essencial para o
país.
Os produtores da Coamo estão concentrados
nas regiões produtoras de 70 municípios, que sediam
entrepostos da cooperativa nos Estados do Paraná,
Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, e recebem todo
o nosso respaldo para suas operações.
O atendimento aos cooperados está seguindo
as orientações do Ministério da Saúde e das
autoridades sanitárias. Os nossos Canais de Atendimento,
por telefone, e-mail e de forma digital, estão
sendo muito utilizados, beneficiando os produtores.
Desejamos que o cooperado continue trabalhando
e fazendo a sua parte.
Os cooperados da Coamo e da Credicoamo
têm uma grande vantagem praticando o cooperativismo
e sendo fiel às suas cooperativas. Eles
encontram tudo o que precisam em um único local,
com assistência técnica, fornecimento de insumos,
peças, produtos veterinários, entrega da safra em
modernas unidades, com assistência financeira e a
comercialização da produção com pagamento no
ato. Tudo isso, é possível acesso pelos nossos canais
digitais, fundamentais neste período de prevenção
ao coronavírus.
Parabenizo aos cooperados pela compreensão
e participação de forma diferenciada neste momento,
quando se faz necessário evitar a aglomeração
e a circulação de pessoas.
Destaco como exemplo muito positivo e
elogiável, o que aconteceu no dia 1º de abril, na
AIRTON GALINARI
Presidente Executivo da Coamo
“Os cooperados da Coamo e da
Credicoamo têm uma grande vantagem
praticando o cooperativismo e sendo fiel
às suas cooperativas. Eles encontram tudo
o que precisam em um único local.”
Coamo, quando efetuamos o pagamento para mais
de sete mil contratos, todos liquidados e de forma
segura. Os cooperados entenderam que deveriam
restringir suas movimentações pessoais e físicas.
Eles foram atendidos por nossos funcionários, nos
entrepostos, por meio dos nossos canais e essa operação
resultou em uma movimentação muito grande
de R$ 1,6 bilhões depositados nas suas contas correntes,
sem oferecer riscos tanto para os cooperados
quanto para os funcionários.
Como defendemos, a agricultura não para
e não pode parar. Então, cooperados e cooperativa
estão trabalhando e cumprindo a sua missão, produzindo
e distribuindo alimentos para as mesas dos
brasileiros e de várias partes do mundo.
Abril/2020 REVISTA
9
ENTREVISTA: JOÃO DORNELLAS
"Consumidores buscam alimentos
com mais valor agregado."
“
A
indústria brasileira de
alimentos exporta para
180 países. Esse número
já demonstra a qualidade do
produto brasileiro, além da sua
segurança para o consumidor
e parceiros comerciais”, afirma
João Dornellas, presidente executivo
da Associação Brasileira
da Indústria de Alimentos (Abia),
entrevistado desta edição de
abril da Revista Coamo.
A indústria de Alimentos é
constituída por 37 mil estabelecimentos,
com presença em todos
os municípios do Brasil, e emprega
de forma direta 1,66 milhão
de colaboradores. Em 2019, o
setor faturou o equivalente a
9,6% do PIB. O setor possui forte
conexão com as atividades agropecuárias,
que estão na base de
sua cadeia de suprimentos. Em
2019, a indústria de alimentos
absorveu, segundo estimativa da
Abia, 58% do valor da produção
agropecuária alimentar do país.
Além de garantir o abastecimento
de alimentos à população
brasileira, o setor exporta
todos os anos cerca de 20% do
seu faturamento para mais de
180 países. Em 2019, o setor
gerou um saldo positivo de US$
28,8 bilhões, o que representou
61,7% de todo o saldo da balança
comercial brasileira.
Para Dornellas, os consumidores
têm buscado, cada vez
mais, alimentos com mais valor
agregado, sendo atualmente uma
tendência mundial a procura por
alimentos com benefícios à saúde
das pessoas. “As parcerias entre
os produtores agropecuários e a
agroindústrias de alimentos são
fundamentais para conquistar
o desenvolvimento das cadeias
produtivas de alimentos no País.”
Revista Coamo: A indústria de
alimentos é uma das grandes
impulsionadoras da economia
brasileira? Quais são os desafios
desta categoria para continuar
crescendo com sustentabilidade?
João Dornellas: Mesmo antes
da crise do coronavírus, a cadeia
de produção e distribuição brasileira
já sofre há anos o impacto
das deficiências de infraestrutura
dos sistemas logísticos. Esse é
um dos principais desafios que o
Brasil terá que superar nos próximos
anos se quiser ser competitivo
diante da ratificação dos
acordos de livre comércio do
Mercosul com a União Europeia
(EU) e a Associação Europeia de
Livre Comércio (Efta). Outro gargalo
que subtrai a nossa competitividade
é a complexidade do
sistema tributário brasileiro, que
implica em elevados custos de
gestão e no acúmulo de créditos
de impostos nas operações
de exportação. Nesse sentido, a
Reforma Tributária em tramitação
no Congresso Nacional será uma
excelente oportunidade para resolver
essas questões.
RC: Como analisa a posição do
Brasil como segundo maior exportador
de alimentos industrializados
do mundo e as perspectivas
para 2020 considerando os
adventos do coronavírus?
Dornellas: Devido a pandemia
do novo coronavírus, ainda não
foi possível estimar os impactos
gerados nas vendas para o mercado
interno e as exportações. A
economia mundial está sofrendo
um declínio muito forte em todos
os setores, mas estamos confiantes
e vamos reunir esforços para
que tudo volte ao normal o mais
rápido possível.
RC: A ministra da Agricultura
Tereza Cristina tem destacado
o papel da agricultura que não
pode parar e que não corremos
risco de desabastecimento de
alimentos no País. Qual a análise
da Abia desta situação?
Dornellas: Concordamos com
a ministra Tereza Cristina. Cerca
de 80% da produção da indústria
10 REVISTA
Abril/2020
"Mesmo antes da
crise do coronavírus,
a cadeia de produção
e a distribuição
brasileira já sofre
há anos o impacto
das deficiências de
infraestrutura dos
sistemas logísticos."
brasileira de alimentos é voltada
para o mercado interno. Desde
que não haja restrições à circulação
das matérias-primas, dos
insumos e dos profissionais que
atuam na cadeia produtiva de
alimentos e bebidas, o funcionamento
do setor segue dentro da
normalidade e não há nenhum
risco imediato de desabastecimento
no País.
RC: Com o avanço do novo coronavírus
quais foram as medidas
implantadas pelo Comitê de Crise
da Abia em parceria com a Associação
Paulista de Supermercados
e a Associação Brasileira
de Supermercados?
Dornellas: O Comitê de Crise
monitora diariamente o fluxo de
vendas e estoques nos supermercados
e hipermercados espalhados
pelo Brasil, para garan-
João Dornellas, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia). É graduado
em Tecnologia de Leites e Derivados, em Administração pela Universidade Ítalo Brasileira, pós-graduado
em Gestão de Negócios, com MBA pelo IBMEC-SP e pela FESP-SP, com especialização em Liderança pela
London Business School, e em Gestão de Recursos Corporativos pelo IMD-Lausanne, Suíça. Possui também
especialização em Recursos Humanos e em Gestão do Conhecimento pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). É
Conselheiro de Administração pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Foi vice-presidente
da Nestlé do Brasil, onde atuou nas áreas de operações, de desenvolvimento de novos produtos, tecnologia
e regulatória, Recursos Humanos e Corporate Affairs, e vice-presidente de Pessoas & Gestão no Grupo NC -
holding que concentra grandes empresas farmacêuticas (EMS, Germed, Legrand, Novamed e Novaquímica),
empresas de Comunicação (NSC -SC), Construção Civil ( ACS - 3Z ) e de Energias Renováveis.
Abril/2020 REVISTA 11
ENTREVISTA: JOÃO DORNELLAS
"O COOPERATIVISMO AGRÍCOLA É UM EXEMPLO DE ORGANIZAÇÃO VITORIOSA
EM NOSSO PAÍS, QUE SOUBE SE REINVENTAR E SE MODERNIZAR."
tir que o abastecimento não seja
prejudicado nesse período. Caso
o monitoramento sinalize algum
problema de abastecimento,
o comitê pode tomar decisões
mais rápidas e efetivas para resolvê-lo.
RC: Qual é o cenário da indústria
brasileira de alimentos? Quais os
avanços que devem ser percorridos
nos próximos anos?
Dornellas: A indústria de Alimentos
é constituída por 37 mil
estabelecimentos, com presença
em todos os munícipios do Brasil,
e empregam de forma direta
1,66 milhão de colaboradores.
Em 2019, o setor faturou o equivalente
a 9,6% do PIB. O setor
possui forte conexão com as atividades
agropecuárias, que estão
na base de sua cadeia de suprimentos.
Em 2019, a indústria
de alimentos absorveu, segundo
estimativa da ABIA, 58% do valor
da produção agropecuária alimentar
do país. Além de garantir
o abastecimento de alimentos à
população brasileira, o setor ainda
exporta todos os anos cerca
de 20% do seu faturamento para
mais de 180 países. Em 2019, o
setor gerou um saldo positivo de
US$ 28,8 bilhões, o que representou
61,7% de todo o saldo
da balança comercial brasileira.
Entre os principais gargalos ao
desenvolvimento da indústria de
alimentos no País, estão as deficiências
na infraestrutura do sistema
logístico, o custo de gestão
do complexo sistema tributário e
a elevada carga tributária sobre
os alimentos.
RC: Quanto a logística de abastecimento
nos supermercados
brasileiros?
Dornellas: No caso dos alimentos
industrializados,
as grandes
redes de supermercados
adquirem,
em geral,
os produtos diretamente
das
indústrias de alimentos.
A entrega
aos centros de
distribuição do
varejo é efetuada
por operado-
"A indústria de
Alimentos tem 37
mil estabelecimentos
e está presente em
todos os municípios
do Brasil, empregando
diretamente
1,66 milhão de
colaboradores."
res logísticos e transportadoras
contratadas pela indústria. Os
supermercados de menor porte
são atendidos tanto diretamente
pela indústria, quanto pelos seus
distribuidores diretos e atacadistas,
que podem ser de autosserviço
ou de entrega.
RC: Como define a qualidade
dos alimentos produzidos nas
indústrias brasileiras? Os consumidores
estão cada vez mais exigentes?
Dornellas: A indústria brasileira
de alimentos exporta para 180
países. Esse número já demonstra
a qualidade do produto brasileiro,
além da sua segurança
12 REVISTA
Abril/2020
para o consumidor e parceiros
comerciais. Em todo o mundo,
os consumidores têm buscado,
cada vez mais, alimentos com
mais valor agregado. A indústria
de alimentos tem procurado
atender a essa demanda com o
lançamento de alimentos fortificados
e com maior valor nutricional.
Também é uma tendência
mundial a procura por alimentos
com benefícios a saúde das pessoas.
Produtos à base de probióticos,
aminoácidos e vitaminas
podem receber mais investimentos
das indústrias. A indústria já
reduziu os teores de sódio e gorduras
trans e está em processo a
redução de açúcares dos alimentos
industrializados. Os produtos
com menos açúcar, sódio e gorduras
também estão na mira dos
consumidores e podem ter mais
espaço na prateleira nos próximos
anos, assim como os alimentos
integrais e os funcionais.
RC: Qual é a atuação da cadeia
produtiva e a parceria para produção
de alimentos com qualidade?
Dornellas: As parcerias entre os
produtores agropecuários e a
agroindústrias de alimentos são
fundamentais para se conquistar
o desenvolvimento das cadeias
produtivas de alimentos no País.
Por meio dessas relações, são
produzidos alimentos com elevado
padrão de qualidade, conectando
o campo à mesa de
dezenas de milhões de consumidores.
Além disso, viabilizam-se
diversos ganhos de eficiência,
como a redução do custo de produção
pela ampliação da escala
das operações e maior eficiência
no planejamento da cadeia
de suprimentos, com redução
de perdas e custos financeiros.
Dessa forma, as inovações empreendidas
por quaisquer dos
participantes da cadeia produtiva
são compartilhadas por todos
os seus integrantes, em benefício
direto aos consumidores, aos negócios
e ao meio ambiente.
RC: O cooperativismo brasileiro
investe na agroindustrialização. A
Coamo tem na soja sua principal
commoditie e a industrialização
em três parques industriais em
Campo Mourão e Paranaguá (PR)
e Dourados (MS). Qual a importância
do trabalho das cooperativas
nesse segmento?
Dornellas: A industrialização de
parte dos alimentos produzidos
pelas cooperativas, seja para a
produção de ingredientes alimentares
ou alimentos embalados
aos consumidores finais,
constitui-se em uma importante
estratégia para a agregação de
valor ao negócio de todos os
cooperados, além de contribuir
para o desenvolvimento do emprego
e da renda nas regiões
onde estão situados.
RC: Qual sua mensagem para os
cooperados da Coamo?
Dornellas: O cooperativismo
agrícola é um exemplo de organização
vitoriosa em nosso
"Milhões de
produtores rurais e
suas famílias acordam
cedo sabendo que
alimentos irão
produzir, quais as
melhores técnicas e
padrões de qualidade
a serem adotados para
alimentar o Brasil e o
mundo."
país, que soube se reinventar
e se modernizar. Todos os dias,
milhões de produtores rurais e
as suas famílias acordam cedo
sabendo que alimentos irão produzir,
quais as melhores técnicas
e padrões de qualidade a serem
adotados, a origem dos insumos
e dos recursos financeiros necessários
à manutenção das atividades
e, principalmente, onde e
para quem irão comercializar os
alimentos produzidos, tendo a
certeza que chegarão à milhares
de lares, alimentando pessoas
de todo Brasil e do mundo, contribuindo
para uma melhor qualidade
de vida de todos nós.
Abril/2020 REVISTA 13
PRODUTIVIDADE
Uma safra para ficar na história
Cooperados celebram uma das maiores safras da história. Equipe de
Comunicação da Coamo realizou Tour da Safra para conferir os bons resultados
em toda a área de ação no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul
A
falta de chuva na
primeira quinzena
de setembro de
2019 deixou os agricultores
apreensivos. Afinal, era
o momento de dar largada
ao plantio da soja, principal
cultura e a que mais
gera renda na maioria das
propriedades. Na área de
ação da Coamo, a região
Oeste do Paraná, tradicionalmente,
abre o período
de plantio. Era um olho no
tempo e o outro no calendário
já que cada dia perdido
influencia diretamente
no planejamento, com
a semeadura do milho de
segunda safra.
Outras regiões
também aguardaram com
expectativa o início do
plantio. Em meio a incertezas,
a soja foi semeada e
no decorrer dos meses, o
clima se regularizou e no
final a safra registrou uma
produção histórica, com
produtividades médias, em
muitos casos, acima de 200
sacas por alqueire. Números
que até então estavam
apenas na imaginação de
muitos agricultores.
LAGUNA CARAPÃ-MS
AMAMBAI-MS
TOLEDO-PR
UNIDADES VISITADAS
BRAGANTINA-PR
Para registrar esse
momento e acompanhar
o trabalho dos associados
durante a colheita da safra,
uma equipe de reportagem
da Revista Coamo realizou
o Tour da Safra, percorrendo
várias regiões no Paraná,
Santa Catarina e Mato
Grosso do Sul. Durante a
expedição cooperados e
técnicos relataram o comportamento
da safra.
PARANÁ
Bragantina
Toledo
Campo Mourão
Luiziana
Ivaiporã
Santa Maria do Oeste
Pinhão
Mangueirinha
MATO GROSSO DO SUL
Laguna Carapã
Amambai
SANTA CATARINA
São Domingos
Xanxerê
CAMPO MOURÃO-PR
LUIZIANA-PR
SÃO DOMINGOS-SC
MANGUEIRINHA-PR
SANTA MARIA DO OESTE-PR
IVAIPORÃ-PR
PINHÃO-PR
14 REVISTA
Abril/2020
XANXERÊ-SC
Safra diferente
no Oeste do PR
“Foi uma safra diferente.” Essa foi a frase
escolhida pelo cooperado Antonio de Souza, de
Bragantina (Oeste do Paraná), para definir o que
foi a safra de verão 2019/2020 em sua propriedade.
“Achávamos que seria mais difícil, pois o
plantio ocorreu bem mais tarde do que estamos
acostumados. Porém, no decorrer da safra o clima
foi normalizando e fechamos com um bom resultado”,
acrescenta.
A região Oeste do Paraná abre o período de
plantio no Estado, dando início aos trabalhos ainda na
primeira quinzena de setembro, logo que se encerra o
período do vazio sanitário. De acordo com o associado,
o plantio da sua lavoura iniciou no dia 24 de outubro.
“Na safra passada terminamos o plantio no dia 24
de setembro e nesta 2019/20 começamos em outubro.
Há algum tempo já plantávamos nessa época, em
outubro. Voltamos ao calendário antigo”, recorda.
O cooperado fechou com uma média de
172 sacas de soja por alqueire. Ele ressalta que a tecnologia
utilizada também foi importante para a boa
produtividade. “Sempre investimos e seguimos as recomendações
da assistência técnica da Coamo. Procuramos
novas tecnologias para produzir, cada vez
mais, e ter mais renda. A lavoura é como uma empresa,
que para dar lucro precisa ser bem conduzida.”
Com a mudança no cronograma da safra de
verão, foi preciso um novo planejamento para a segunda
safra. A ideia inicial era de que toda a área
seria com milho. Porém, o associado readequou e
semeará trigo em parte da área. “Já faz mais de dez
anos que não planto trigo, pois nos últimos anos a
lavoura não tinha bom rendimento. Nesta safra, devido
a tudo que ocorreu vou plantar novamente e
espero uma boa safra.”
Segundo seu Antonio, fica a lição de que
é preciso paciência na agricultura. “A previsão [do
tempo] é uma importante ferramenta, mas as vezes
engana. Muitos agricultores plantaram confiando
nas previsões e a chuva não veio. Temos que espe-
Cooperado Antonio de Souza, de Bragantina (Oeste do Paraná)
rar o momento certo, seja no período que estamos
acostumados ou mais tarde. O plantio representa
mais da metade da lavoura e precisa ser bem feito”,
analisa o cooperado.
O engenheiro agrônomo Carlos Brandalise,
da Coamo em Bragantina, revela que a safra de
verão foi desafiadora. Ele explica que os agricultores
fizeram um planejamento para iniciar o plantio
Engenheiro agrônomo Carlos Brandalise, da Coamo em Bragantina,
revela que a safra de verão foi desafiadora
Abril/2020 REVISTA 15
Família Vogt, de Toledo (PR)
confirma boa produção
REGIÃO OESTE DO PARANÁ ABRE O PERÍODO DE PLANTIO NO ESTADO. FALTA DE
CHUVA ATRASOU INÍCIO. CONTUDO, CLIMA SE REGULARIZOU DURANTE A SAFRA
a partir de 11 de setembro. Porém,
as chuvas mais significativas
ocorreram a partir de 23 de outubro.
“O cenário foi desafiador
pela época de plantio e porque
a maior parte das lavouras eram
de variedades com ciclo longo.
Apesar de um início preocupante,
no decorrer da safra as chuvas
se normalizaram e os associados
estão colhendo produtividades
altas, em alguns casos passando
de 200 sacas por alqueire.”
Brandalise ressalta a
importância de o associado ter
paciência, esperar o momento
certo para o plantio. “Quem seguiu
essa recomendação e faz
um bom investimento na lavoura
teve um resultado mais satisfatório”,
frisa.
O mesmo cenário é confirmado
pela Família Vogt, de Toledo
(Oeste do Paraná). Na opinião
do cooperado Dionísio José
Vogt, a safra foi de superação.
“Realmente, pensávamos que
seria mais um ano de frustação.
Contudo, a produção superou as
expectativas, com produtividades
de até 185 sacas por alqueire. A
média final ficou em 174,6 sacas.
A falta de chuva no início deu um
susto, mas no final deu certo. Não
choveu muito, mas sempre na
hora certa. Não chegamos nas
200 sacas porque foi plantada a
lavoura um pouco tarde e as plantas
cresceram demais.”
De acordo com o cooperado,
na agricultura nem sempre
o resultado sai conforme o planejado.
“O agricultor depende
do sol e da chuva e a água podem
não vir no momento certo.
Dependemos de várias situações
Utilização de tecnologias e o manejo correto foram importantes para o bom resultado
16 REVISTA
Abril/2020
para ter o sucesso na agricultura.
Temos boa assistência técnica e
usamos insumos de qualidade. A
nossa parte, fazemos da melhor
maneira possível”, observa Dionísio
e acrescenta que todas as decisões
são tomadas em conjunto
com a cooperativa.
Diante da situação da safra
de verão, a família, também,
precisou mudar o planejamento
da segunda safra. No lugar do
milho, veio o trigo. “Tradicionalmente
plantamos milho, mas
seria muito arriscado. Muitos
agricultores plantaram no cedo,
mesmo sem condição de umidade.
Alguns tiveram que replantar
e outros continuaram com a lavoura
e colheram pouco. Por outro
lado, estão com o milho em
bom desenvolvimento, mas não
irá superar as perdas na soja.”
O engenheiro agrônomo
Douglas Sala de Faria, da Coamo
em Toledo, explica que a utilização
de tecnologias e o manejo
correto foram importantes para
o bom resultado. “São ações que
ajudam nas situações adversas
de clima. O cooperado que segue
a recomendação técnica, faz
a lição de casa e corre menos risco.
A Coamo oferece tudo o que
o associado precisa para uma
boa safra.” Ele diz que, no geral,
o agricultor que esperou o melhor
momento para o plantio se
saiu melhor, mesmo com o atraso
da safra. “Os problemas foram
para quem plantou fora das condições
ideais. Muitos tiveram que
replantar e o resultado ficou bem
abaixo da média.”
Milho no sistema
de produção
Geraldo Ferreira de Almeida, de Pinhão (PR), busca um bom resultado com
o milho e sempre utiliza tecnologias que possam melhorar a produtividade
O milho tem uma grande importância na safra de verão, tanto
para a renda como, também, para o sistema produtivo fazendo a rotação
de culturas. Tem cooperado que não abre não dessa cultura e sempre
destina parte da área para o plantio do cereal. É o caso de Geraldo
Ferreira de Almeida, de Pinhão (Centro-Sul do Paraná).
Ele revela que sempre busca um bom resultado com o milho e
não abre mão de utilizar tecnologias que possam melhorar a produtividade.
“Esse ano está ainda melhor, já que os preços estão bons. Acabei
diminuindo um pouco a área em comparação aos anos anteriores. Mas,
a produção deve compensar e animou para plantar mais milho na próxima
safra.” Na área de 37 alqueires, o cooperado teve uma produtividade
média de 490 sacas. “Historicamente a média tem ultrapassados
as 500 sacas por alqueires”, destaca.
Já a soja teve área com 150 sacas e outras com 170 por alqueire.
De acordo com o associado a região de Pinhão é favorecida pelo
clima, com chuvas regulares durante a safra de verão. Porém, neste ano
foi um pouco diferente. “Choveu, mas foi no limite. O suficiente para o
desenvolvimento das plantas”, frisa. Ele destaca que sempre faz a lição
de casa, não poupando investimento. “O restante é com o clima, que
sempre tem sido favorável.”
O engenheiro agrônomo Giliandro Bavaresco, da Coamo em
Pinhão, confirma que o clima na região ajuda no cultivo das lavouras de
verão e que isso incentiva os associados a fazer novos investimentos e
implementar novas tecnologias. “No milho tivemos produtividades que
oscilaram de 430 a 540 sacas por alqueire. Já a soja apresentou de 130
a 240 em alguns talhões. Também não tivemos pressão de ferrugem
asiática o que ajudou a produtividade.”
Abril/2020 REVISTA 17
MILHO TEM UMA GRANDE IMPORTÂNCIA NA SAFRA DE VERÃO, TANTO PARA A RENDA
COMO, TAMBÉM, PARA O SISTEMA PRODUTIVO FAZENDO A ROTAÇÃO DE CULTURAS
Conforme o agrônomo,
o clima é o que determina uma
safra. Contudo, de nada adianta
chover bem e o associado não
investir na lavoura, aderir às novas
tecnologias, fazer o manejo
correto e não utilizar práticas e
sistemas que possam manter o
ambiente mais sustentável. “Os
cooperados que seguem as recomendações
e fazem a lição
de casa costumam sair na frente.
Eles estão satisfeitos neste ano,
pois estão tendo uma boa safra
e com bons preços.”
Geraldo Ferreira de Almeida sempre faz a lição de casa, não poupando investimento
Rompendo barreiras
Em Ivaiporã (Centro-Norte
do Paraná), o cooperado Luiz
Carvalho perseguia uma meta
ousada e desejada pela maioria
dos produtores e nesta safra ele
alcançou seu objetivo de romper
a barreira das 200 sacas de soja
por alqueire. Na safra 2016/17,
a equipe da Revista Coamo já
havia visitado o cooperado, que
naquela oportunidade também
estava obtendo alta produtividade,
mas queria mais e previu que
nos próximos três anos atingiria
a média, agora superada. “Naquele
ano colhi 179,5 sacas de
média, era minha melhor marca.
Mas, sabemos que a soja pode
Trabalho em parceria com a Coamo ajudou a impulsionar a produção na lavoura do cooperado Luiz Carvalho
18 REVISTA
Abril/2020
Cooperado Luiz Carvalho, de Ivaiporã (PR)
alcançou meta ousada e desejada pela
maioria dos produtores, de romper a barreira
das 200 sacas de soja por alqueire
produzir muito mais e por isso
eu buscava superar essa barreira
das 200 sacas de média”, comemora
o cooperado, declarando
que não se sentia confortável
com a produtividade até então
alcançada. “Minha meta sempre
foi produzir mais, eu não estava
contente com aquilo porque já
temos um custo pronto e este
ano foi maravilhoso graças ao
foco no trabalho, assistência técnica
de primeira, alto investimento
e muita qualidade no manejo”,
explica. Carvalho cultivou 114 alqueires
de soja nesta safra.
Feliz com os resultados,
o cooperado enaltece a parceria
com a Coamo, que para ele tem
sido fundamental no sucesso da
sua atividade. “Não dá para acender
uma vela para cada santo. Tenho
fidelidade com a Coamo. Fiz
agricultura de precisão e tenho
acesso aos melhores insumos.
Utilizamos novas variedades, pulverização
eficiente, novos adubos
e novos herbicidas, além da
inoculação e outras técnicas modernas
adotadas graças a orientação
da cooperativa”, valoriza.
E não para por aí, animado
com o êxito, Carvalho promete
ir mais longe. “O céu é o limite.
Não podemos parar nunca,
porque em um talhão colhi 240
sacas por alqueire e espero um
dia, quem sabe, atingir 300 sacas.
Novas tecnologias virão e vamos
investir para produzir mais e
mais, porque o mundo precisa
comer”, ressalta.
A empolgação do cooperado
Luiz Carvalho é elogiada
pelo agrônomo Rafael Viscardi,
da Coamo em Ivaiporã. O técnico
enxerga no modelo de trabalho
do produtor, o caminho certo
para obtenção de melhores
resultados. “Ele faz o necessário
para produzir em grande escala.
É um cooperado que se apega
aos detalhes e isso faz muita
diferença no final de uma safra”,
observa.
Na opinião do gerente
da Coamo em Ivaiporã, Domingos
Carlos Fontana, produtores
como Luiz Carvalho impulsionam
a produtividade da região. “Ele
tem essa característica de querer
produzir mais e confia em nosso
trabalho. Ele acredita porque
transmitimos essa confiança na
qualidade dos produtos que oferecemos,
assistência e os benefícios
que disponibilizamos aos
cooperados”, diz.
Abril/2020 REVISTA 19
#EuFaçoOFuturo
LINHA
UNIPORT
PRECISÃO E FORÇA
PARA A PULVERIZAÇÃO
DA SUA LAVOURA
A linha Uniport traz rendimento superior para
sua lavoura, com a melhor tecnologia Jacto
2dcb.com.br
20 REVISTA
Abril/2020
SAFRA 2019/2020
FOI MARCADA POR
VÁRIOS FATORES QUE
INFLUENCIARAM PARA A
BOA PRODUÇÃO, E UM
DELES FOI O CLIMA
“É a maior safra que tivemos na
nossa terra”, diz o cooperado Luciano
Cartaxo Moura, de Mangueirinha (PR)
Em Mangueirinha (Sudoeste
do Paraná), os cooperados
também registraram boas
produtividades. “É a maior safra
que tivemos na nossa terra”, frisa
o associado Luciano Cartaxo
Moura, que cultivou 330 alqueires
com soja e fechou com uma
média de 170 sacas por alqueire,
e com áreas que ultrapassaram
200 sacas. “As tão faladas
200 sacas por alqueire estão se
tornando realidade. Fizemos um
investimento diferenciado para
chegar nesse resultado e o retorno
foi muito bom. Não podemos,
também, esquecer que o clima
colaborou e podemos aproveitar
todo o potencial de uma safra
bem sucedida.”
Na análise do cooperado,
a safra 2019/2020 foi marcada
por vários fatores que influenciaram
para a boa produção,
e um deles o clima. Os outros
estão relacionados aos investimentos
realizados ao longo do
tempo, principalmente na fertilidade
de solo. “É um trabalho que
vem sendo efetuado em parceria
com a Coamo visando o aumento
das produtividades. Estamos
sendo muito bem orientados na
parte técnica. Também estamos
investindo em novas tecnologias
relacionadas aos maquinários e
estamos tendo um bom retorno.”
Conforme o cooperado,
os investimentos têm sido constantes
e mesmo em anos em que
o clima não contribuiu muito, a
produção tem sido boa. “Agora,
se o clima nos ajuda, somos obrigados
a produzir bem. Porém, se
não estivermos preparados e estruturados
nem o clima iria resolver.
É a soma de vários fatores.”
O engenheiro agrônomo
Cristiano Fabbris, da Coamo
em Mangueirinha, reitera que
o clima foi um dos fatores determinantes
para o sucesso da
safra, aliado a boa tecnologia
utilizada pelos produtores. “As
chuvas foram suficientes para
que as lavouras se desenvolvessem
bem e no limite para que as
doenças, principalmente a ferrugem
asiática, não se alastrasse.
Os resultados estão sendo positivos,
com médias excelentes
e produtividades acima de 200
sacas por alqueire. Em ano ruim,
quem investe em tecnologia se
sai um pouco melhor, mas em
anos bons sai ainda melhor.”
Engenheiro agrônomo Cristiano Fabbris, da Coamo em Mangueirinha,
reitera que o clima foi um dos fatores determinantes para o sucesso
da safra, aliado a boa tecnologia utilizada pelos produtores
Abril/2020 REVISTA
21
Apoio e tecnologia no campo
As boas produtividades
deste ciclo e o aquecimento do
mercado com bons preços oferecidos
aos produtos agrícolas,
somados aos contratos disponibilizados
para o período, são aspectos
que animaram o cooperado
Edison João Sprotte, de Santa
Maria do Oeste (Centro do Paraná).
Ele não abre mão de bom
investimento, com aquisição do
pacote tecnológico oferecido
pela Coamo, além de caprichar
no manejo das lavouras.
O cooperado plantou
nesta safra um total de 155 alqueires,
sendo 135 de soja e 20
de milho. A média com a soja ficou
em 160,59 sacas por alqueire
e no milho fechou em 405,56.
A região também foi influenciada
pelo clima, que contribuiu para
o bom desenvolvimento das lavouras.
Mas, o associado cita que
os preços bons da comodities
aliado à compra do insumos de
forma antecipada e com valores
baixos, proporcionaram uma boa
renda. “Esse ganho na produtividade
melhorou ainda mais a receita”,
frisa.
De acordo com o cooperado,
as boas médias são fruto
de um trabalho que vem sendo
realizado já há várias safras. “Estamos
aprendendo ano após
ano, melhorando o sistema como
um todo. Hoje temos variedades
mais produtivas, mas para que
alcancem todo o seu potencial
é preciso investir em adubação
Edison João Sprotte, de Santa Maria do Oeste (PR), investe na
lavoura com aquisição do pacote tecnológico oferecido pela Coamo
e bom manejo do solo”, comenta
Sprotte em um tom de voz um
pouco mais alto, já que do lado
passava a colheitadeira. “É uma
satisfação ouvir isso. Poucas voltas
já enchem o maquinário. Foi
uma safra bem animadora.”
O segredo, segundo o
cooperado, é utilizar bem os insumos
e as tecnologias existentes.
“Temos que fazer bem feito
da porteira para dentro, porque
a parte de clima não temos como
mudar. Já tivemos muitas dificuldades
em outras safras, mas aos
poucos vamos ajustando e neste
ano só temos o que comemorar.”
O engenheiro agrônomo
Tiago Alves Faria, da Coamo em
Santa Maria do Oeste, observa
que o clima na região vem favorecendo
a agricultura e que os
Segredo, segundo o cooperado,
é utilizar bem os insumos e as
tecnologias existentes
22 REVISTA
Abril/2020
Cooperado Marcio com o pai Alcides Braganholo, de Luiziana
(PR): tecnologias adotadas ajudaram para a boa safra
cooperados estão procurando, cada vez mais, investir na atividade.
“Estamos tendo um incremento muito bom nas produtividades, superando
expectativas. É fruto de um trabalho de parceria e difusão
de tecnologia da Coamo na região.”
A expectativa do cooperado Marcio Braganholo, de Luiziana
(Centro-Oeste do Paraná), era de ter uma produção maior do que a
colhida. Ele conta que a produtividade média foi de 158 sacas por
alqueire, menor do que no ano passado que ficou em 187. “Mesmo
assim ainda foi boa. O problema é que pegamos um veranico durante
o desenvolvimento da lavoura e tivemos atraso no plantio devido
a falta de umidade. A chuva acabou vindo e tranquilizando”, comenta
o cooperado que trabalha em parceria com o pai, seu Alcides.
De acordo com o cooperado, as tecnologias adotadas ajudaram
para a boa safra. “Porém, se tivéssemos um pouco mais de chuva,
o resultado poderia ter sido melhor”, frisa Braganholo, que também é
produtor de sementes para a Coamo. “É um desafio a mais, já que o
campo de semente exige mais cuidados, mais paciência no manejo
para que possamos ter semente de qualidade.”
Ele revela que todo o trabalho é realizado em parceria com a
Coamo desde a escolha e aquisição de insumos, orientações e assistência
técnica. “A parceria é do começo ao fim de cada safra”, ressalta.
Dentro do planejamento, a área da família Braganholo será ocupada
com trigo.
O engenheiro agrônomo Guilherme Teixeira Gonzaga da Silva,
da Coamo em Luiziana, destaca o nível tecnológico dos cooperados
que vem investindo, cada vez mais, nas lavouras. “A falta de chuva
foi superada em muitos casos. Tradicionalmente, os associados da
região investem e buscam novas tecnologias que possam aprimorar
o trabalho no campo. Isso ajudou nesta safra e os cooperados estão
satisfeitos com o bom resultado.”
Engenheiro agrônomo Guilherme Teixeira Gonzaga
da Silva: “A falta de chuva foi superada, em muitos
casos, pela tecnologia utilizada pelos cooperados."
Abril/2020 REVISTA 23
morgansementes.com.br
GENÉTICA DE RESULTADOS,
HÍBRIDOS CAMPEÕES
24 REVISTA
Abril/2020
Susto superado, produtividade
confirmada no Mato Grosso do Sul
Com a segunda safra de
milho já em desenvolvimento, o
associado Gilmar Bilibio e os filhos
Leonardo e Fabiano ainda
guardam na memória os números
e a lição com a lavoura de
soja. Eles cultivaram 70 alqueires
com a oleaginosa em Laguna Carapã
(Sudoeste do Mato Grosso
do Sul). O clima acabou não sendo
como o esperado e mesmo
diante das adversidades a família
acabou fechando com uma média
de 162 sacas por alqueire.
“Faltou chuva no início da safra e
ainda tivemos outra seca durante
o desenvolvimento da lavoura.
Fechamos um pouco abaixo do
esperado, mas diante de tudo o
que aconteceu podemos dizer
que ainda tivemos uma boa safra”,
assegura o associado.
De acordo com ele, foi
utilizada uma variedade que
suportou mais o solo. “Fizemos
tudo o que poderia ser feito e
produziu dentro do esperado”,
frisa. Bilibio ressalta que há pelos
menos quatro safras vêm mantendo
boas médias. “Plantando
sempre com a esperança de ser
a melhor safra. Fazemos uma boa
adubação e todos os tratos culturais
necessários. Enfim, seguimos
todas as recomendações.
Estamos na agricultura porque
gostamos. É o que sabemos fazer.
Então, precisamos fazer bem
feito.”
Gilmar Bilibio e os filhos Fabiano e Leonardo ainda guardam na memória os números e a lição com a lavoura de soja
O cooperado já está de
olho na próxima safra de verão e
junto com o milho segunda safra
semeou bachiaria, pensando na
palhada que poderá beneficiar
a próxima lavoura. De acordo
com ele, cada safra deixa uma lição
e nessa ficou a necessidade
de fazer tudo o que estiver ao
nosso alcance. “Aprendemos a
cada ano, pois um é diferente do
outro. Temos que fazer a nossa
parte, investindo em novas tecnologias.
Precisamos inovar para
que o resultado melhore a cada
safra.”
O engenheiro agrônomo
Mateus Gonçalves, da Coamo em
Laguna Carapã, diz que é constante
o trabalho para melhorar o siste-
Abril/2020 REVISTA 25
DE MANEIRA GERAL OS RESULTADOS DO CICLO 2019/2020 AGRADAM
OS PRODUTORES RURAIS DE NORTE A SUL NA ÁREA DE AÇÃO DA COAMO
ma produtivo na propriedade da família Bilibio. “Os investimentos
têm sido em novas variedades, adubação
e temos buscado alternativas de culturas que possam
contribuir com o sistema, como é o caso da brachiaria.
Os resultados têm sido bons ao longo dos anos.”
Gonçalves revela que o clima é o fator predominante
em Laguna Carapã, interferindo no desenvolvimento
e produção das lavouras. “As primeiras
áreas semeadas sofreram no começo, mas
conseguiram se recuperar bem. As lavouras com
mais investimento tiveram um resultado melhor,
mostrando que vale a pena investir.” O agrônomo
recorda que a falta de chuva atrapalhou o plantio e
que também houve falta de água no decorrer da safra.
“Em algumas regiões, tiveram pancadas a mais.
Altas temperaturas também foram constantes. Contudo,
ainda podemos dizer que as médias foram
dentro do esperado.”
De maneira geral os resultados do ciclo
2019/2020 agradam os sojicultores de Norte a Sul
na área de ação da Coamo, alavancados pelo investimento
em tecnologia, manejo na medida certa,
Engenheiro agrônomo Mateus Gonçalves, da Coamo em Laguna Carapã, diz que é
constante o trabalho para melhorar o sistema produtivo na propriedade da família Bilibio
clima favorável na maior parte do ciclo vegetativo e
pela parceria entre a cooperativa e o quadro social.
De uma ponta a outra o sentimento é um só: satisfação
de uma safra produtiva e lucrativa. “Com certeza
é uma safra para celebrar. Começamos o plantio com
um certo risco pela falta de chuva naquele momento,
mas, aos poucos a situação foi se equilibrando”,
Argeo Fochesato, de Amambai (MS), com a esposa
Janete e os filhos Rafael e Alisson em um dia de colheita
26 REVISTA
Abril/2020
observa o cooperado Argeo Fochesato,
de Amambai (Sudoeste
de Mato Grosso do Sul).
Debaixo de sol escaldante
e o calor predominante da
região, ele conta que apesar de
ter faltado um pouco de chuva,
a produtividade foi satisfatória a
julgar pelo tamanho da área de
cultivo, que neste ano chegou
aos 467 alqueires, onde a média
alcançada foi de 164,6 sacas de
soja por alqueire. “Tivemos resultados
variados, onde choveu
um pouco mais, foi melhor. No
entanto, não podemos reclamar
pois o que tem feito a diferença
é a utilização de tecnologia”, declara
o produtor, lembrando que
a cada safra não falta esforço na
busca por boas médias. “Nossa
parte fazemos todo ano e estou
muito feliz com o resultado desta
safra. E a Coamo tem grande
participação no sucesso deste
trabalho”, agradece.
Se para o cooperado é
satisfatório ver o resultado positivo,
para a assistência técnica
não é diferente. Conforme o engenheiro
agrônomo Dalton Bonácio,
da Coamo em Amambai,
é sempre gratificante chegar ao
final de um ciclo em que o objetivo
foi alcançado. “Atingimos
altas produtividades nesta safra
muito por conta da mente aberta
dos nossos cooperados, que
aderem as tecnologias necessárias
e investem na atividade. O
clima é essencial, mas a adoção
de tecnologia é fator determinante.
Temos muitos cooperados
alcançando médias altas
por pensarem e agirem assim”,
comenta.
Conforme o engenheiro agrônomo Dalton Bonácio, da Coamo em Amambai, é
sempre gratificante chegar ao final de um ciclo em que o objetivo foi alcançado
Colheita padronizada
em Santa Catarina
Engenheiro agrônomo Daniel Balestrin e cooperado Ivo Gabrielli, de
Xanxerê (SC), computam os bons resultados com a safra de verão
Nesta safra não foram
apenas os cooperados do Paraná
e Mato Grosso do Sul que
alcançaram êxito ao adotarem
recomendações da assistência
técnica, alicerçados pelo clima e
investimento. Em Santa Catarina,
a história é praticamente a mesma
apresentada por produtores
paranaenses e sul-mato-grossenses.
O roteiro descrito pelo cooperado
Ivo Gabrielli, de Xanxerê
(Oeste Catarinense), praticamente
não difere das demais regiões:
falta de chuva no início do plantio,
estabilização do clima durante
o ciclo vegetativo, aposta em alta
tecnologia e alta produtividade
no final. “Aqui como em todos
os lugares faltou chuva no início,
Abril/2020 REVISTA 27
Cooperado Ivo Gabrieli, de
Xanxerê (SC): satisfação e gratidão
pelos bons resultados com a soja
EM SANTA CATARINA, OS COOPERADOS, TAMBÉM, ALCANÇARAM ÊXITO AO ADOTAREM
RECOMENDAÇÕES DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA, ALICERÇADOS PELO CLIMA E INVESTIMENTO
causando um pouco de temor. Mas, depois tudo deu certo. Graças
a Deus, estamos colhendo ótimo resultados”, afirma seu Ivo.
Conforme ele, o manejo adotado na propriedade foi um
grande agregado para a sanidade da lavoura. “Não tivemos problemas
de doenças e pragas graças ao investimento em bons
produtos e manejo na hora certa. Isso foi fundamental para a lavoura
expressar seu potencial”, comenta o cooperado, que cultiva
30 alqueires e fechou a área com 190 sacas de média.
O sorriso estampado no rosto do seu Ivo é sinônimo de
alegria para o engenheiro agrônomo Daniel Balestrin, da Coamo
em Xanxerê. “É muito bom ver essa satisfação, sobretudo pela
parceria com a Coamo. Tivemos problemas climáticos, mas nada
que prejudicasse a produtividade. Ficamos muito felizes em encerrar
mais um ciclo vendo o sucesso dos nossos cooperados,
que é nosso também.”
O cooperado Renato Simon, de São Domingos (Oeste de
Santa Catarina), revela que nesta safra colheu produtividades que
até então ouvia falar, tanto na soja quanto no milho. “Os números
foram surpreendentes Fizemos tudo o que estava em nosso
alcance e tivemos a contribuição do clima. Estou na agricultura
Cooperado Renato Simon, de São Domingos (SC), revela
que nesta safra colheu produtividades que até então
ouvia falar, tanto na soja quanto no milho
28 REVISTA
Abril/2020
desde 1981 e foi a maior safra
colhida”, conta.
De acordo com Simon,
todas as recomendações técnicas
foram seguidas rigorosamente
desde o cuidado com
o solo até os tratos culturais.
Inclusive, investimento no solo
sempre fez parte da cultura do
cooperado que tem o plantio
direto e a rotação como práticas
constantes no planejamento das
lavouras. “Tudo começa com
uma boa análise de solo com a
agricultura de precisão. O solo
tem que estar em condições
de fornecer tudo o que a planta
precisar para que alcance o
seu potencial produtivo. Outro
ponto fundamental é a escolha
da semente e procuramos sempre
a que melhor se adapta ao
nosso planejamento. Também
cuidamos muito bem dos tratos
culturais. Não adianta o tempo
ajudar se não fizermos a nossa
parte. Não podemos errar.”
O som da máquina do
campo é sempre música para os
ouvidos dos agricultores, mas
nesse ano em especial proporcionou
ainda mais prazer. “Dava
gosto de estar junto das colheitadeiras,
se sujar de poeira e
saber que o resultado estava
sendo bom. Isso é espetacular,
sentimento de dever cumprido.
Se ano que vem, a safra não for
igual, tomara que, pelo menos,
se aproxime.”
O cooperado cultivou
nesta safra 346 alqueires com
soja e 112 com milho. A soja rendeu
uma produtividade média
de 191 sacas por alqueire. “Até
então, nossa maior média tinha
sido de 160,93 sacas por alqueire.
Nesta safra tivemos áreas que
produziram de 229 até 242 sacas
por alqueire. São números surpreendentes.”
O milho fechou com 571
sacas de média, com áreas que
alcançaram até 619 sacas por
alqueire. “Além de boa produtividade,
o preço contribuiu e muito
para que tivéssemos uma boa
renda com o milho. Fizemos a
nossa parte, o clima a dele e para
ajudar ainda contamos com o
mercado. Não podemos pensar
que será sempre assim, temos
que guardar gordura para possíveis
eventualidades nos próximos
anos”, considera Simon
O técnico agrícola Claudemir
Dallagnol, "Kiko", da Coamo
em São Domingos, lembra
que uma boa safra inicia com
planejamento, e a Coamo prima
por esse detalhe. “Sentamos com
cada cooperado e decidimos o
melhor caminho a ser seguido,
os investimentos e as tecnologias
empregadas. Depois, é só conduzir
a lavoura da melhor maneira
possível. Nesse ano, tivemos
um grande aliado que foi o clima
e estamos vendo produtividades
históricas para a região tanto
para a soja como para o milho.”
Cooperado Renato com a esposa
Lizete Simon, de São Domingos (SC),
acompanham bons resultados com a safra
Abril/2020 REVISTA
29
Resultados consolidados
Cada vez mais preparados
e muito bem amparados pela
filosofia cooperativista, os produtores
rurais estão melhorando
os resultados nas propriedades,
verticalizando a produção das
lavouras e, consequentemente,
conseguindo evoluir no campo.
Alicerçados por um grande aparato
tecnológico, seja dentro ou
fora da porteira, eles somam a
cada safra resultados positivos e
sustentáveis.
Uma condição conquistada
por meio de investimento,
boas práticas de produção e, sobretudo,
sintonia com a assistência
técnica oferecida pela cooperativa.
O engenheiro agrônomo
Roberto Bueno, da Coamo em
Campo Mourão (Centro-Oeste
do Paraná), acompanha um grupo
de associados do município
desde a safra 1992/93 e a pedido
da Revista Coamo fez um
levantamento sobre a evolução
desses agricultores. O grupo
soma 6.500 hectares, sendo 28
associados de 11 famílias.
De acordo com o agrônomo,
para se ter uma ideia da
evolução é só analisar as produtividades
médias. Na safra
1992/93 a produtividade ficou
em 116 sacas por alqueire e a
de milho verão 201. Nesta safra,
2019/2020, a soja rendeu uma
média de 198 sacas por alqueire
e o milho 477. “Uma situação
presente em todas as safras é a
rotação de culturas. De uma maneira
geral, sempre esteve pre-
Engenheiro agrônomo Roberto Bueno, de Campo Mourão, acompanha um grupo de
associados do município desde a safra 1992/93 e que vem evoluindo a cada safra
sente. Tem anos com proporção
maior e outros menor, mas nunca
deixou de ser respeitada nesse
grupo”, pondera.
Bueno observa que nesta
safra, em função do clima,
a produtividade teve um salto
mais considerável. Porém, a evolução
é constante ou ao menos a
produção se manteve. “Quando
começamos o plantio em 2019
não imaginávamos que teria essa
produção. Foi uma safra muito
- Médias de sete safras - soja e milho
- Sacas por alqueire
121 266
128 341
boa, com altas produtividade,
principalmente, de soja com médias
próximas de 242 sacas por
alqueire em algumas áreas. Foi
uma boa surpresa tudo isso”, comenta.
Ele revela que foram
inúmeras as ações ao longo dos
anos para que houvesse esse
crescimento sustentável e entre
os trabalhos destaca os investimentos
dos cooperados em solo.
De acordo com Bueno, o solo é a
148 460
92/93 a 98/99 99/2000 a 05/06 06/07 a 12/13
169 459
13/14 a 19/2020
- Levantamento das últimas sete safras de um grupo de cooperados assistidos pelo agrônomo Roberto Bueno, em Campo Mourão
30 REVISTA
Abril/2020
principal ferramenta para dar sustentação
na produção. “É o maior
patrimônio que o agricultor tem.
Sempre ressaltamos que solo
fértil é sinônimo de cuidados na
parte química, física e biológica.
Tivemos um período com mais
atenção na parte química, mas de
alguns anos para cá, também, se
acentua a parte biológica e física.
Isso é de extrema importância
para o sistema produtivo”, diz.
Conforme o engenheiro
agrônomo, a rotação de culturas
é imprescindível para dar sustentabilidade
e elevar a produtividade,
além de ajudar no controle
de pragas, doenças e plantas
daninhas. Outro ponto destacado
pelo agrônomo é a genética,
com variedades de soja e híbridos
de milho, cada vez mais,
produtivos, além de serem tolerantes
a doenças, pragas e com
adaptação ao clima nas mais variadas
regiões. “O agricultor não
pode pensar somente a curto e
médio prazo. É necessário que
haja um planejamento mais longo,
que faça a correção do solo,
pratique a rotação de culturas e
continue com o plantio direto.
São ações que ajudam a ter boas
produtividades e sustentabilidade
mesmo em anos em que o
clima não contribuiu.
Cooperados tecnificados
Do plantio a colheita, o
atendimento de qualidade desde
o planejamento das lavouras com
o fornecimento dos insumos e o
trabalho de uma assistência técnica
composta por mais de 260 engenheiros
agrônomos no campo,
aliados à assistência financeira e
recursos disponíveis são importantes
instrumentos para que os
cooperados da Coamo possam
colher altas produtividades.
Uma das características
fortes dos associados da Coamo é
o otimismo e a determinação em
produzir sempre mais e melhor,
com o uso de tecnologias modernas
e sustentáveis. Juntamente
com clima regular, esperado a
cada nova semeadura e desenvolvimento
da lavoura, o resultado
pode ser melhor a cada novo ciclo.
A safra de verão 2019/20,
representa a maior colheita de
produtividades em toda a história
dos 50 anos da Coamo. A busca
pelo que há de mais moderno,
sempre fez parte da filosofia e
do planejamento da Coamo. “O
nosso trabalho busca tecnologias
inovadoras que viabilizem uma
produção elevada com a prática
de uma agricultura sustentável.
A nossa equipe Técnica faz este
trabalho em campo para que os
resultados e a evolução cheguem
aos cooperados para o sucesso
das safras”, afirma Aquiles Dias,
diretor de Suprimentos e Assistência
Técnica da Coamo. Segundo
Dias, a parceria entre a cooperativa
e a pesquisa materializada
nos encontros da Fazenda Experimental
da Coamo confirmam
que o uso de novas tecnologias
podem incrementar as produtividades.
Os números apresentados
nesta edição da Revista
Coamo, com destaque para altas
produtividades em praticamente
todas as regiões da cooperativa,
confirmam a evolução tecnológica
conquistada pelos cooperados.
“São médias excelentes,
mostrando que o solo responde,
e o uso de tecnologias é necessário
para superar as produtividades
a cada safra. Quem participa
e tem interesse sai na frente
e pode obter ganhos de produtividades.
Lembro bem quando
começamos na década de 1970,
a colheita era em torno de 70 sacas
por alqueire, e já há alguns
anos é superior as 200 sacas”, comemora
Aquiles Dias.
Aquiles Dias, diretor de Suprimentos
e Assistência Técnica da Coamo
Abril/2020 REVISTA 31
32 REVISTA
Abril/2020
PLANO SAFRA
Reserva de insumos de qualidade
e condições especiais aos cooperados
O
trabalho da Coamo é totalmente voltado para
o sucesso dos cooperados. A cooperativa por
meio de um planejamento estratégico e a estruturação
das suas áreas Técnica, Insumos, Compras e
Financeira, vai ao mercado para buscar junto aos fornecedores
condições favoráveis para a próxima safra
dos cooperados. Entre estas opções estão a reserva e
aquisição dos insumos observando a quantidade e a
qualidade, e o prazo de entrega para o abastecimento
dos produtores, antes do início do novo plantio.
A assistência Técnica da Coamo acompanha
e orienta os cooperados o ano todo na melhoria dos
processos, do planejamento e da gestão, pensando
sempre no incremento das produtividades. “Os nossos
técnicos analisam junto com eles como foi a safra anterior,
os resultados e trocam ideias sobre o que pode
ser aprimorado na safra seguinte. Assim, os cooperados
têm a oportunidade de usar novas tecnologias
para aumentar a produção”, considera Aquiles Dias, diretor
de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo.
Desta maneira, os cooperados têm acesso ao
Plano Safra, que a Coamo realiza há mais de 30 anos,
com o objetivo de oferecer os melhores insumos e
condições do mercado. “Os cooperados aguardam
o Plano Safra, pois com antecedência já sabem o que
farão para o incremento da produção na próxima safra,
e têm a certeza da retirada dos produtos quando
precisarem”, garante o engenheiro agrônomo Carlos
Eduardo Borsari, gerente de Fornecimento de Insumos
Agrícolas da Coamo.
Para os cooperados Eroides e Marcos Milani,
pai e filho, de Campo Mourão, o Plano Safra é uma
grande vantagem e mostra o trabalho que a Coamo faz
em benefício dos produtores. “Contamos com a nossa
assistência o ano todo. Nesse momento consolidamos
o nosso planejamento aderindo ao plano da Coamo
que é uma excelente opção de negócios." Em função
da prevenção do Coronavírus, os cooperados estão
realizando o Plano Safra 2020/21 mediante agendamento
com os técnicos em todas as Unidades.
Marcos e Eroídes Milane consolidando o Plano Safra 2020/21 com
o engenheiro agrônomo Bruno Lopes Paes, em Campo Mourão
Abril/2020 REVISTA
33
Cooperados contratam financiamento
para custeio da nova safra de trigo
Os produtores de trigo,
cooperados da Coamo
e da Credicoamo estão
procurando em grande número
as cooperativas para aquisição
dos insumos e contratação dos
financiamentos de custeio desta
importante lavoura de inverno.
Assim, eles garantem os recursos
com boas condições para
implantar a cultura, considerada
importante no sistema de rotação
de culturas.
Para o presidente Executivo
da Credicoamo, Alcir José
Goldoni, a procura dos cooperados
pelos financiamentos mostra
o interesse dos produtores tradicionais
que investem na cultura do
trigo como importante alternativa
para o inverno e vantagens ao
sistema produtivo. “Trabalhamos
para agregar valor à produção dos
cooperados. O financiamento de
custeio é um benefício que resulta
da parceria da Coamo e da Credicoamo
com os bancos parceiros
na busca de boas condições para
repasse aos produtores.”
A diretoria de Negócios
da Credicoamo informa que para
o custeio da safra de trigo 20/20
as taxas de juros foram reduzidas.
Para os grandes produtores,
TAXA DE JUROS – FINANCIAMENTO DO CUSTEIO SAFRA DE TRIGO
CLASSIFICAÇÃO MODALIDADE TAXA DE JUROS
Grandes Produtores Demais Produtores De 8% para 6%
Médio Produtores Pronamp De 6% para 5%
Mini/Pequeno Produtores Pronaf 3%
* Classificação definida pelo Banco Central para formalização de contratação de financiamentos.
denominados dentro da classificação
do Banco Central como
“Demais produtores”, as taxas
caíram de 8% para 6%; para os
médios produtores, classificados
dentro no Pronamp, de 6% para
5%; e para os produtores dentro
do Pronaf, a taxa é de 3,0%. “É
uma conquista importante, pois
a Credicoamo foi ao mercado
de forma antecipada para buscar
recursos, os quais são benefícios
que atendem as demandas dos
cooperados para a implantação
da safra, agregar valor e gerar
receitas nas suas atividades”, explica
Dilmar Antonio Peri, diretor
de Negócios da Credicoamo.
O cooperado que ainda
não efetivou o pedido para
financiamento do custeio
da nova safra de trigo pode
procurar o departamento
Técnico da Coamo para a
realização do projeto e análise
da proposta para encaminhamento
à Credicoamo.
34 REVISTA
Abril/2020
CREDICOAMO
Com o seguro agrícola, cooperados têm proteção das lavouras
Há alguns anos, o número
de lavouras seguradas
entre os cooperados da
Coamo e Credicoamo era muito
menor do que registrado nas
últimas safras. Essa alteração nos
procedimentos ocorreu em função
da conscientização dos produtores,
que passaram a ver o
seguro como um investimento e
uma necessidade na proteção do
patrimônio. “O Dr. Aroldo enfatiza
nas reuniões com os cooperados
que o seguro é um insumo
fundamental para proteção das
lavouras, e eles estão incorporando
o seguro na contratação
dos financiamentos”, explica Alcir
Goldoni, presidente Executivo
da Credicoamo.
Segundo Goldoni, a
Coamo e a Credicoamo estão na
vanguarda do agronegócio e do
cooperativismo, e mantêm negociações
diretas com as seguradoras
para beneficiar os coope-
Alcir Goldoni, presidente Executivo da Credicoamo
rados, levando em consideração,
o enquadramento das safras e
a participação dos produtores.
“Aliado à credibilidade das nossas
cooperativas e a postura dos
cooperados, conseguimos ao
longo dos anos diferenciais que
vêm resultando em importante
benefício para a segurança e
proteção do patrimônio dos cooperados.”
Para a contratação do seguro
agrícola, a base é a produtividade
própria do cooperado.
O preço garantido de cobertura
é R$ 55,00 por saca de trigo nos
Estados do Paraná, Santa Catarina
e Mato Grosso do Sul. A regulação
em caso de sinistro, é realizada
por talhão mínimo de 15
hectares e a taxa do prêmio é de
caráter individual com base no
histórico dos sinistros.
A Credicoamo negociou
com as seguradoras um benefício
para os cooperados em
relação a subvenção
em caso de sinistros,
sendo 40% em nível
Federal limitado a R$
48 mil do prêmio e a
50% em nível Estadual
do restante do prêmio,
porém limitado a R$
4.400,00 por CPF. O
diretor de Negócios
da Credicoamo, Dilmar
Peri exemplifica.
“Um cooperado que
teria que pagar um
prêmio de R$ 10 mil,
com a aplicação das
SEGURO AGRÍCOLA
Com base na média de produtividade
dos últimos cinco anos.
Taxa de Prêmio: Individual, com base
no histórico do cooperado.
Subvenção
Federal: 40% limitado a R$ 48 mil ano civil.
Estadual: 50% do restante do prêmio,
limitado a R$ 4.400,00 por CPF.
Cobertura: Todos os riscos da lavoura,
exceto qualidade do produto.
PROAGRO
Com base na produção prevista no projeto.
Taxa de Prêmio: 6,5%.
Sem subvenção.
Cobertura: Todos os riscos da lavoura, de
acordo com o projeto técnico.
subvenções Federal e Estadual,
terá que pagar um prêmio de
apenas R$ 3 mil, haja vista que
ele teria sido beneficiado com
uma subvenção de 70% no total.
Esse valor pode ser financiado
junto à cédula rural, sem a necessidade
do associado bancar com
recursos próprios. São diferenciais
consideráveis que a cooperativa
de crédito dos cooperados
da Coamo disponibiliza.”
O presidente do Conselho
de Administração da Credicoamo,
engenheiro agrônomo
José Aroldo Gallassini, incentiva
a adesão do seguro agrícola. “O
seguro tem um custo relativamente
baixo e traz tranquilidade
e segurança em caso de frustração
das lavouras.”
Abril/2020 REVISTA 35
SEGUROS
Via Sollus completa 12 anos
compartilhando benefícios
Doze anos de atividades.
Esta é a conquista da
Via Sollus Corretora de
Seguros em 2020. Fundada em
05 de maio de 2008, a Corretora
vem contabilizando números
expressivos na sua trajetória
prestando serviços na área de
Seguros e oportunizando benefícios
aos cooperados da Coamo
e Credicoamo, aos funcionários
das cooperativas e comunidade.
Com presença em todas
as unidades da Coamo e da Credicoamo
nos Estados do Paraná,
Santa Catarina e Mato Grosso do
Sul, em parceria com as melhores
seguradoras do Brasil, a Via Sollus
é uma corretora da Coamo
Agroindustrial Cooperativa que
contrata seguros de diversas modalidades
- Veículos, Residência,
Vida, Máquinas e equipamentos,
Empresarial, Prestamista, Agrícola-
para atender às necessidades
dos seus milhares de segurados.
Segundo o gerente da
Via Sollus, Sidinei Lucheti Martioli,
a corretora é uma empresa que
comemora 12 anos de sucesso,
com a garantia, credibilidade,
transparência e a qualidade da
marca Coamo.
Outro diferencial apresentado
por Martioli é o fato de que
a Via Sollus atua na intermediação
entre o segurado e a seguradora,
e busca os melhores resultados
para os segurados com produto,
preço e atendimento, com alta
competitividade de registro de
volumes significativos no número
de adesões aos seus produtos e
serviços. “É importante fazer seguro
como forma de proteção e
prevenção. Considerando que
a vida é imprevisível e as nossas
atividades, por mais simples que
sejam, podem trazer riscos, então,
o seguro tem papel fundamental
como ferramenta de proteção. A
Via Sollus segue a filosofia e administração
da Coamo, e representa
um grande benefício oferecido
aos seus usuários na proteção do
patrimônio e da vida”, considera.
Os 12 anos da Via Sollus
são avaliados como sendo de
crescimento constante com bons
resultados e a satisfação dos usuários.
“É um trabalho sério e responsável,
que vem sendo feito com
apoio direto da Coamo e da Cre-
Os 12 anos da Via Sollus são avaliados como sendo de crescimento constante com bons resultados e a satisfação dos usuários
36 REVISTA
Abril/2020
dicoamo, e beneficiando diretamente um grande
público, independente de vínculo com a Coamo”,
explica o presidente do Conselho de Administração
da Coamo, José Aroldo Gallassini.
Novidades - Na estratégia de oferecer
serviços de qualidade para os seus segurados,
em breve a Via Sollus terá uma nova estruturação
para melhor atendê-los e colocará à disposição
o serviço de uma Central de Atendimento
para dar tranquilidade e segurança aos
clientes.
Acesse www.viasollus.com.br e conheça
as modalidades de seguros disponibilizadas.
“A Via Sollus era o que faltava para nós”,
diz o cooperado Vilson Janguas
O agricultor Vilson Janguas,
da região de Sussuí, em
Engenheiro Beltrão é cooperativista
desde 1983, período que
trabalha a terra e sempre acreditou
em bom clima e safras produtivas.
“A lavoura é semeada e
conduzida com capricho, mas
para obter bons resultados de-
-pendemos da natureza”, avalia.
Segundo Janguas, conhecido
há muitos anos como “Mamão”,
pai de quatro filhos, todos
cooperados na Coamo e Credicoa-
mo, querem segurança na condução
e na administração do seu patrimônio.
“Então, o caminho é fazer
seguro, seguro da lavoura, de vida,
do maquinário e dos nossos carros,
porque a gente nunca sabe o que
vai acontecer”, diz Janguas, acrescentando
que “se tivermos um fato
indesejável, um sinistro, com a Via
Sollus a gente pode ficar tranquilo,
sossegado, porque está tudo dentro
da nossa casa Coamo.”
O cooperado diz o que
pensa da adesão ao seguro.
Vilson Janguas com o pai e os irmãos. Família é exemplo de cooperativismo na Coamo
Vilson Janguas, de Engenheiro Beltrão (PR)
“Além da minha lavoura que é o
primeiro seguro, também contratei
seguros de vida, de dois veículos,
de máquinas. Pago para não
usar e é assim que a gente tem
que ver o seguro. Não dá para
deixar de fazer seguro, o que
quero é proteção e tranquilidade,
isso eu tenho com os serviços
contratados na Via Sollus. Há 12
anos, era o que faltava para nós
e depois que surgiu a corretora,
não tivemos mais problemas.”
Abril/2020 REVISTA 37
SEMENTES COAMO
Novas instalações do Laboratório
de Sementes Coamo entraram em
operação em fevereiro deste ano
Novo laboratório de Sementes
Um dos maiores e mais
moderno Laboratório de
Sementes do Paraná está
localizado no Parque Industrial
da Coamo, em Campo Mourão/
PR. Sua nova instalação entrou
em operação em fevereiro deste
ano, e conta com estrutura ampla
e formato para atender 100% das
Breno Rovani, chefe do departamento de
Laboratório de Análise de Sementes da Coamo
demandas de todas UBS´s – Unidades
de Beneficiamento de Sementes
da Coamo. Além disso,
o espaço está preparado para o
aumento do volume de análises
que acontecerão com o crescimento
da Coamo. O laboratório
tem alta capacidade de execução
de análise em um curto período,
mantendo a confiabilidade
nos resultados.
“A Coamo conta com um
laboratório dimensionado para
atender com exclusividade 100%
da demanda interna e disponível
pelos 12 meses do ano. Temos
rastreabilidade das análises, controle
interno de qualidade e resultados
imediatos e on-line. Boletins
são gerados e enviados imediatamente
para as UBS por malote
próprio da cooperativa. Todo esse
Testes realizados para
atender a produção Coamo
• Teste de germinação em papel;
• Teste de germinação em areia;
• Análise de pureza;
• Determinação de outras
sementes por número;
• Verificação de outras cultivares;
• Visual, hipocótilo e peroxidase;
• Teste de tetrazólio;
• Teste de envelhecimento
acelerado;
• Peso de mil sementes;
• Teste de uniformidade
(retenção em peneira);
• Determinação do grau de
umidade.
38 REVISTA
Abril/2020
processo facilita a emissão dos documentos
das sementes e permite
que se mantenha o histórico e monitoramento
de cada lote”, explica
o chefe do departamento de Laboratório
de Análise de Sementes
da Coamo, engenheiro agrônomo
Breno Rovani.
Outro diferencial da
Coamo por ter um laboratório
próprio e moderno é o acompanhamento
da evolução das
análises. “A produção é acompanhada
por relatórios online, que
apresentam a fase em que se encontram
as análises dos lotes de
sementes por UBS, permitindo a
criação de relatórios gerenciais
para visualização do panorama
geral da evolução das análises”,
Espécies multiplicadas
pela Coamo
Soja: Glycine max
Trigo: Triticum aestivum L.
Aveia Preta: Avena strigosa Schreb.
UBS I
UBS II
UBS III
UBS IV
UBS V
UBS VI
UBS VII
UBS VIII
UBS IX
UBS XI
UBS XV
11 UBS de Produção Sementes
Campo Mourão/PR
Coronel Vivida/PR
Mamborê/PR
Mangueirinha/PR
Abelardo Luz/SC
Palmas/PR
Ipuaçu/PR
Santo Antônio/PR
Mamborê II/PR
Furnas/PR
Xanxerê/SC
explica Rovani.
O gerente de Sementes
da Coamo, engenheiro agrônomo
Roberto Destro destaca que
o Laboratório de Sementes é estratégico
para o desenvolvimento
das atividades da Coamo. “A
cooperativa possui atualmente
oito máquinas de TSI, que tratam
70% do volume comercializado,
possui logística de distribuição
para os três Estados da área de
ação da Coamo, atendendo mais
de 70 municípios. No caso da
soja, por exemplo, o plantio inicia
em setembro e a retirada da
semente é a partir de agosto, ou
seja, a ‘janela’ para a realização
do TSI é bastante curta. Por isso,
ter um laboratório próprio atende
às necessidades e o planejamento
estratégico da Coamo,
pois precisamos disponibilizar
resultados em tempo hábil.”
Destro lembra que a área
de Sementes é um processo que
a cooperativa prioriza desde o
início das suas atividades na década
de 1970. “Desde 1.972, ou
seja, há 47 anos, a Coamo produz
sementes, e desde 1974, portanto
há 45 anos, conta com estrutura
de Laboratório de Sementes.”
O Informativo Coamo, jornal
publicado em 1975, destacava
na época: “Hoje, não se justifica
mais a importação de sementes
fiscalizadas, como ocorreu no início,
pois a qualidade de semente
produzida na Coamo supera
o que vinha sendo importado.
(...) A Coamo possui laboratório
equipado e pessoal treinado
para realizar testes de germinação,
pureza, peso hectolítrico e
umidade.”
Área de Sementes é um processo que a Coamo prioriza desde o início das suas atividades na década de 1970
ESTRUTURA FÍSICA
- 700 metros quadrados
- 4º laboratório que a Coamo constrói
em 45 anos
- Dimensionado com base no
planejamento estratégico da Coamo
tendo como referência a demanda do
ano de 2.030
- Ambiente amplo com salas climatizadas
e modernas para atender o crescente
número de amostras a cada ano
Abril/2020 REVISTA 39
40 REVISTA
Abril/2020
SUSTENTABILIDADE
CONSERVAR O SOLO:
garantia do futuro da agricultura
No final da década de
1960 tudo era bem diferente
na região de Campo
Mourão (Centro-Oeste do
Paraná), e em muitas outras do
país. Foi um período marcado
pela abertura das primeiras áreas
de terras agricultáveis com a implantação
inicialmente, de lavouras
de trigo e depois de soja. E
pelo trabalho da assistência técnica
para conscientizar, orientar
e introduzir as práticas conservacionistas
com o objetivo de evitar
a erosão, que fazia parte do cenário
agrícola da época.
Com a visão de futuro,
técnicos desencadearam um
trabalho com a forte preocupação
na conservação de solos e
na qualidade do meio ambiente
produtivo rural. Os produtores
acreditavam chegar ao fim a caminhada
desenfreada da erosão
em terras brasileiras e pouco a
pouco foram tomando consciência
da importância da conservação
de solos.
A difusão tecnológica
provocou a evolução das práticas
de conservação, vieram a
calagem, o plantio direto e a rotação
de culturas, que resultaram
na melhoria da estrutura física, na
incorporação de matéria orgânica,
no combate à doenças e pragas,
e na adubação corretiva.
A região de Campo Mourão
foi a segunda no país a implantar
a tecnologia do plantio
direto na safra 1973/74. “O plantio
direto foi uma das melhores
práticas que aconteceu na nossa
agricultura. É um sistema com
grandes benefícios, foi uma realidade
e tecnologia que mudou
não só a região de Campo Mourão,
mas que promoveu uma revolução
na agricultura. Atualmente
esse sistema é praticado em
100% das áreas agricultáveis dos
cooperados da Coamo, podemos
dizer que saímos das terras lavadas
para uma das mais produtivas
do Brasil”, comemora o agricultor,
engenheiro agrônomo e cooperado
da Coamo, Ricardo Accioly
Calderari - um dos pioneiros na
implantação há 47 anos do sistema
Plantio Direto na região, ao
lado dos agricultores Joaquim
Peres Montans, Antonio Álvaro
Massaretto, Gabriel Borsato e
Henrique Gustavo Salonski.
O engenheiro agrônomo
e presidente do Conselho de
Abril/2020 REVISTA 41
42 REVISTA
Abril/2020
DIA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE SOLOS É
COMEMORADO EM 15 DE ABRIL. TEMA ESTEVE PRESENTE
DE FORMA DIRETA EM DIVERSAS ATIVIDADES
NA HISTÓRIA DOS 50 ANOS DA COAMO
Administração da Coamo, José Aroldo
Gallassini lembra a evolução agrícola na
região. “Das curvas de nível, dos murundus
e base larga, e da erosão, na época,
passamos a ser referência no país pelo
trabalho concentrado de esforços e parceria
entre técnicos e agricultores com
práticas conservacionistas que resultaram
em altas produtividades.”
O que vem se observando é
um compromisso por parte dos produtores,
sejam os mais experientes ou os
mais novos que estão na atividade há
poucos anos ajudando ou sucedendo
o trabalho dos seus pais e familiares. “É
importante destacar que a conservação
de solos é um compromisso com o
futuro da agricultura”, afirma Gallassini.
Ele lembra que nos seus 50
anos de história, a Coamo implantou
vários programas que contribuíram
para a melhoria do solo e a colheitas
de altas produtividades, como o "Fertilidade
do Solo e Nutrição de Plantas",
e atua na difusão e conscientização dos
cooperados quanto a importância do
equilíbrio químico e as características
físicas do solo.
Em alusão a conservação de
solos, foi edificado um monumento na
Praça do Fórum (Bento Munhoz da Rocha
Neto) em Campo Mourão, em setembro
de 1976 no lançamento do Plano
Nacional de Conservação de Solos
(PNCS), que reuniu lideranças, agricultores,
o governador do Paraná Jayme
Canet Júnior e o ministro da Agricultura,
Alysson Paulinelli.
Monumento em alusão a conservação de
solos, em Campo Mourão (PR)
Pioneiros do Plantio Direto na região de Campo Mourão: Joaquim Peres Montans,
José Aroldo Gallassini, Antonio Álvaro Massaretto e Ricardo Accioly Calderari
Capa do Jornal Coamo de setembro de 1976
Abril/2020 REVISTA 43
Só quem coloca lá em cima
o cuidado com as raízes há 10 anos
tem propriedade para oferecer
a proteção que as sementes
e plântulas precisam e promover
um excelente desempenho
para a lavoura.
PARA NÓS, O CUIDADO
COM AS RAÍZES ESTÁ
SEMPRE NO TOPO.
STANDAK ®
TOP:
HÁ 10 ANOS LÍDER
NO TRATAMENTO
DE SEMENTES.
44 REVISTA
Abril/2020
Uso exclusivamente agrícola. Aplique somente as doses recomendadas. Descarte corretamente as embalagens e os restos de produtos.
Incluir outros métodos de controle dentro do programa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados.
Restrições temporárias no Estado do Paraná: Standak ® Top para os alvos Colletotrichum gossypii, Fusarium oxysporum f.sp. vasinfectum
e Lasiodiplodia theobromae em Algodão, Pythium spp. em Milho, Alternaria alternata, Aspergillus spp., Colletotrichum graminicola,
Fusarium moniliforme, Penicillium spp., Phoma spp. e Pythium spp. em Sorgo e Pythium spp. em Trigo. Registro MAPA: Standak ® Top nº 01209.
Conheça os benefícios do uso de Standak ® Top:
Proteção do potencial produtivo das sementes
Melhor enraizamento
Arranque uniforme e bom estabelecimento
Desenvolvimento do número ideal de plantas durante o estabelecimento
Maior tolerância a estresses por intempéries
Eficiência contra pragas e doenças de solo e plântulas
Quer potencializar ainda mais a proteção
e suas sementes? Conheça demais produtos
e serviços da plataforma Seed Solutions
da BASF e comece a sua safra certo.
0800 0192 500
BASF.AgroBrasil
BASF Agricultural Solutions
BASF.AgroBrasilOficial
agriculture.basf.com/br/pt.html
blogagro.basf.com.br/
BASF na Agricultura.
Juntos pelo seu Legado.
Seed Solutions
Soluções para Sementes
Abril/2020 REVISTA 45
PECUÁRIA
Gado nutrido no inverno
Médico veterinário da
Coamo orienta cooperados
para a realização do manejo
nutricional dos ruminantes
na estação mais fria do ano
A
proximidade do inverno
reduz as temperaturas e
a luminosidade em horas
de irradiação solar. Isso faz
com que as pastagens perenes de
verão tenham um declínio na capacidade
de crescimento vegetativo,
pois com o período curto de
luminosidade, elas tendem a alongar
os caules e emitir florescência.
“As pastagens entram em senescência
e envelhecem. Além disso,
como reflexo do pastejo dos animais,
elas não voltam a crescer com
a mesma velocidade dos períodos
de altas temperaturas e luminosidade”,
explica o médico veterinário
da Coamo de Campo Mourão, Hérico
Alexandre Rossetto.
Com a queda no teor nutricional,
a pastagem não consegue
suprir a necessidade mínima
da microbiótica existente no pré-
-estomago dos bovinos, para que
possam degradar corretamente
os nutrientes consumidos na pastagem.
Diante da redução da capacidade
de nutrição das plantas,
o médico veterinário explica o que
pode ser feito para amenizar a falta
nutricional no bovino. “Precisamos
tentar equilibrar a quantidade de
proteína bruta que essa microbiota
vai precisar. Se a pastagem não
está conseguindo fornecer a quantidade
mínima de 7% de proteína
bruta no total de alimento ingerido
pelo bovino, temos que suplementar
por meio de um suplemento
que é fornecido o ano todo para o
animal que é o sal mineral”, orienta.
De acordo com Rossetto,
é preciso colocar ingredientes
com proteínas no sal mineral.
“Esse suplemento passa a
ser chamado de sal proteinado.
O produtor rural deve trabalhar
com formulações específicas para
cada situação da propriedade. Se,
por exemplo, está iniciando o frio
e ainda tem uma certa quantidade
de folhas que fornecem o mínimo
necessário de proteína e um
pouco de energia aos animais, ele
utiliza uma determinada porcentagem
de 40% e 50% de equivalente
proteico na sua formulação.”
Após um ou dois meses,
as plantas consumidas estarão
sem o vigor de crescimento e com
suporte energético e proteico
muito baixo. “O produtor precisa
utilizar um sal chamado de proteico
energético, onde o consumo
vai ser um pouquinho maior,
para suprir aquela microbiótica. É
preciso trabalhar com um suplemento,
que possua consumo um
pouco maior, mas com menos
proteínas na formulação, de 28% a
35% e com um pouco de energia
facilitando a digestibilidade dessa
massa que está sendo ingerida”,
afirma o médico veterinário.
Neste período de outono
e inverno, o pecuarista deve
avaliar a disponibilidade de pastagem
de acordo com a quantidade
de bovinos existentes, optando
por um suplemento proteico
energético que supra a exigência
de manutenção nutricional, viabilizando
o ciclo de produção da
atividade. “Para que a suplementação
ocorra de forma correta deverá
existir uma quantidade suficiente
de cochos (10 cm. lineares/
cabeça), e boa palatabilidade da
mistura mineral", comenta Rossetto,
que ainda orienta para que
os cooperados procurem os médicos
veterinários da Coamo em
eventuais dúvidas.
46 REVISTA
Abril/2020
Hérico Alexandre Rossetto, médico veterinário da Coamo, recorda que a implantação da pastagem anual requer critérios técnicos
Manejo de pastagens perenes
A
implantação da pastagem anual de inverno
requer critérios técnicos. O Instituto de Desenvolvimento
Rural do Paraná (Iapar-Emater),
montou um mapa com três regiões bem definidas
no Estado. Dependendo do clima e região,
uma pastagem é indicada, como por exemplo, aveia
e azevem, centeio forrageiro, em locais mais frios, e
brachiaria ruziziensis, que é uma pastagem perene
de verão, mas tem ótima adaptação como pastagem
anual de inverno, nas regiões quentes, porque aceita
um foto período mais curto.
O médico veterinário Hérico Alexandre Rossetto,
afirma que alguns cuidados devem ser tomados
de acordo com a localização da propriedade.
“Após a escolha da espécie forrageira, é preciso o
uso correto de quantidade de sementes certificadas,
da adubação de base conforme as necessidades da
propriedade e plantar respeitando a profundidade.”
Rossetto explica como deve ser o manejo
de aveia e azevem. “Quando plantar utilize sementes
certificadas, trabalhe em torno de 60kg de semente
de aveia, mais 30kg de azevem por hectare.
A regulagem da profundidade é muito importante,
pois no caso da azevem, por exemplo, quando a
profundidade fica abaixo de 0,7 cm, há uma queda
da capacidade germinativa. Na adubação de base o
ideal é a utilização de um formulado com uma boa
quantidade de nitrogênio de 8% a 16%, pois esse
nitrogênio na base vai auxiliar caso a planta passe
por um estresse futuro”, orienta Rossetto.
O médico veterinário acrescenta que quando
a aveia estiver com quatro perfilhes, o cooperado
deverá fazer a primeira aplicação de adubação
de cobertura de nitrogênio variando de 30 a
50 kg por hectare. "Aí ele pode usar ureia, sulfato
de amônia ou nitrogênio nitrílico. Isso vai fazer com
que esta aveia aumente o perfilhamento, ou seja, a
capacidade do suporte de uma lotação maior de
animais. Depois que fizer o segundo pastejo em
cima desta aveia, vai abrir um espaço para luminosidade
e para expressão do azevem. É quando
deve-se fazer a segunda aplicação da adubação de
cobertura de nitrogênio para o azevem vir com alto
potencial vegetativo e suprir a demanda da lotação
da propriedade.”
A mesma orientação vale para o uso da
brachiaria ruziziensis, a partir do segundo pastejo.
“Com a aplicação nitrogenada e adubação de
base bem feitas, poderá ter uma lotação de 1000 a
1200kg de peso de bovino por hectare. Isso daria
cinco ou seis bovinos adultos por alqueires e não
deverá ultrapassar esse número para que não haja
queda na capacidade de crescimento vegetativo
pós pastejo dessas plantas.”
Abril/2020 REVISTA 47
COMEMORAÇÃO
Ocepar, 49
anos ao lado do
cooperativismo
São 215 cooperativas registradas na
Ocepar, que somaram R$ 87,2 bilhões
de faturamento em 2019. Possuem
mais de 2,1 milhões de cooperados e
empregam mais de 107 mil pessoas
Fundada em 02 de abril de 1971 para representar
institucionalmente o cooperativismo paranaense,
a Ocepar completou 49 anos no dia
02 de abril. Hoje, integra um sistema formado por
três sociedades distintas, sem fins lucrativos, que se
dedicam ao desenvolvimento das cooperativas paranaenses:
o Sindicato e Organização das Cooperativas
do Estado do Paraná (Ocepar), o Serviço Nacional
de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/
PR) e a Federação e Organização das Cooperativas
do Estado do Paraná (Fecoopar).
A Ocepar tem a missão de representar e
defender os interesses do setor cooperativista paranaense
e, ainda, prestar serviços adequados às
cooperativas e seus integrantes. A entidade passou
a exercer funções de sindicato patronal das cooperativas
paranaenses, em 1997, com a criação da Fecoopar.
Já o Sescoop/PR, unidade estadual do Serviço
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo,
começou a funcionar no dia 21 de setembro de
1999. Tem personalidade jurídica de direito privado
e atua no monitoramento, na formação profissional
e promoção social. A Fecoopar é uma entidade que
congrega os sindicatos patronais de cooperativas.
Atualmente são 215 cooperativas registradas
na Ocepar, que somaram R$ 87,2 bilhões de faturamento
em 2019. Possuem mais de 2,1 milhões
de cooperados e empregam mais de 107 mil pessoas.
No ano passado, exportaram U$$ 3,5 bilhões
e recolheram R$ 2,6 bilhões em impostos. O setor
responde por cerca de 60% do PIB agropecuário
paranaense. Estima-se que mais de 3,8 milhões de
pessoas estejam ligadas direta ou indiretamente ao
cooperativismo do Paraná.
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto
Ricken, enfatiza que “o cooperativismo paranaense
se encontra em um caminho muito bom, o
que fica muito evidente no atual momento de dificuldade,
o que deixa claro que o cooperativismo é
uma solução para várias questões de ordem econômica
e social do setor no Estado”.
A opção do cooperativismo é pelo desenvolvimento
das pessoas e comunidades em seu entorno.
Um trabalho que resulta na geração de emprego
e renda, dinamização das economias locais, acesso
aos serviços de crédito e saúde e apoio à formação
profissional. Também são ações prioritárias no cotidiano
das cooperativas, os investimentos em projetos
de agregação de valor, como a agroindustrialização,
diversificação da produção e novas tecnologias,
bem como atividades e capacitações para melhorar
os processos produtivos e de prestação de serviços
aos cooperados.
Abril/2020 REVISTA
49
50 REVISTA
Abril/2020
FATOS MARCANTES NA HISTÓRIA
DOS 50 ANOS DA COAMO
Primeira edição da Copa Coamo
de cooperados foi em 1993
ABRIL
1976 Funcionamento do Entreposto Fioravante João Ferri
1982 Coamo pesquisa o controle biológico de pragas
1993 Copa Coamo: Coamo promove maior evento esportivo rural do Brasil
2003 Coamo recebe prêmios: "Maior Exportadora do Sul do Brasil" no segmento Cooperativas - Federação
das Indústrias do Estado de SC (FIESC) e "Fornecedor Nota 10" - Associação Paranaense de Supermercados
(APRAS)
2008 Lançamento da Margarina Coamo Light
2009 Parceria de arrendamento com a Coagel para atuar em cerca de 10 novos municípios da região de
Goioerê
2012 Associados aprovam incorporação da Coagel pela Coamo
2015 Lançamento do programa Mobilidade Agronomia e do Programa de Incorporação de Argila Ativada
em Tijolo - destinação de resíduos gerados no processo produtivo no Parque Industrial
Abril/2020 REVISTA
51
Tecnologia aplicada para o melhor desenvolvimento da sua lavoura!
~
Total compatibilidade
com defensivos
52 REVISTA
Abril/2020
SAÚDE
Na prevenção ao Coronavírus,
cooperados usam canais de atendimento
Na necessidade de ir até as Unidades, várias medidas são tomadas para prevenir a doença
A
campanha desenvolvida
pela Coamo e Credicoamo
visando evitar
a aglomeração e a circulação
dos cooperados nos entrepostos
neste momento de combate ao
coronavírus está sendo positiva e
atendendo as orientações do Ministério
da Saúde (MS).
“Tem sido pequena a presença
dos cooperados no entreposto
em função da prevenção ao
coronavírus. O nosso trabalho tem
sido forte na comunicação para
que eles venham somente em
caso de necessidade, caso contrário,
façam seus negócios pelos
nossos canais de atendimento
na Coamo e Credicoamo. Percebemos
que, de uma forma geral,
os cooperados e familiares estão
conscientes da gravidade da situação
e estão colaborando, fazendo
a sua parte, e esperam que esse
momento passe logo e tudo volte
em breve ao normal”, afirma Antonio
Carlos Mazzei, gerente da Coamo
em Engenheiro Beltrão.
Em todos os entrepostos
está sendo realizada, desde o
início da campanha do combate
ao coronavírus, uma triagem
para ver a necessidade, ou não,
do acesso dos cooperados, bem
como, disponibilizado álcool em
gel e orientações preventivas necessárias.
Nos Municípios onde
é obrigatório o uso de máscara,
os cooperados que necessitam
de acesso às cooperativas estão
utilizando este material de proteção
respiratória.
Abril/2020 REVISTA 53
RECEITA
Biscoitinho
de queijo
muçarela
INGREDIENTES
42 biscoitinhos
1 xícara (chá) de FARINHA DE TRIGO COAMO
TRADICIONAL
1 colher (café) de fermento químico
1 pitada de sal
4 colheres (sopa) de MARGARINA
COAMO LIGHT em temperatura ambiente
100 g de queijo muçarela ralado fino
(1 xícara de chá)
3 colheres (sopa) de água gelada (45 ml)
1 clara batida
Opções de cobertura
Sal, páprica picante ou gergelim preto
MODO DE PREPARO
No processador, coloque a farinha de trigo, o
fermento químico, o sal e pulse rapidamente.
Junte a margarina e a muçarela e processe por
1 minuto. Aos poucos, adicione a água gelada
até obter uma farofa. Entre 2 folhas de papel-manteiga
ou filme plástico, compacte a farofa com um rolo
até obter uma espessura de 4 mm. Leve à geladeira
por 30 minutos. Descarte o papel e, com uma faca,
corte retângulos (4x3 cm). Coloque em uma assadeira,
pincele com a clara e salpique uma das opções de
cobertura. Asse no forno preaquecido (180 °C) até dourar.
www.alimentoscoamo.com.br
/alimentoscoamo
54 REVISTA
Abril/2020
AF01 COI001120G An Receita Biscoitinho de Queijo 175x225 cm.indd 1 18/03/20 18:06
Margarinas
Coamo.
Com vitaminas,
Ômega 3 e novas
embalagens!
O que já era bom ficou ainda melhor! As Margarinas Coamo estão de cara
nova e ainda mais saudáveis, mas mantiveram o mesmo sabor e cremosidade
que conquistaram o Brasil! Experimente! É produto de cooperativa! É pra você!
www.alimentoscoamo.com.br
/alimentoscoamo