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MATA ATLÂNTICA
Ministério do Meio Ambiente põe fim à insegurança jurídica nas áreas consolidadas
AUTOMATED
PLANTER
WITH NEW TECHNOLOGY, TWO OPERATIONS
CONSIDERED CHALLENGES IN FORESTRY
BECOME MECHANIZED:
PLANTING AND IRRIGATION
PLANTADEIRA
AUTOMATIZADA
COM NOVA TECNOLOGIA, DUAS OPERAÇÕES
CONSIDERADAS DESAFIOS NA SILVICULTURA
PASSAM A SER MECANIZADAS:
O PLANTIO E A IRRIGAÇÃO
SUMÁRIO
40
O DESAFIO
DO PLANTIO
MECANIZADO
MAIO 2020
12 Editorial
14 Cartas
16 Bastidores
18 Coluna Ivan Tomaselli
20 Notas
32 Frases
34 Entrevista
40 Principal
46 Covid-19
50 Espécie
54 Especial
56 Legislação
62 Economia
66 Pesquisa
72 Agenda
74 Espaço Aberto
50
56
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
11 Agroceres
15 Bayer
13 BKT
17 Carrocerias Bachiega
73 D’Antonio Equipamentos
32 Denis Cimaf
76 Denis Cimaf
02 Dinagro
04 Emex
27 Engeforest
75 Envimat
29 Fex Ferro e Aço
06 Grupo AIZ
08 Grupo AIZ
65 Himev
39 Komatsu Forest
23 Log Max
69 Mill Indústrias
71 Mill Indústrias
19 Ponsse
59 Potenza
37 Prêmio REFERÊNCIA 2020
61 Rodoleve
33 Rotary-Ax
53 Rotor Equipamentos
25 Sergomel
49 Show Florestal
31 Vantec
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EDITORIAL
Resiliência
e ação
É impossível negar os impactos gerados pela inesperada
Covid-19 aqui e no mundo. O momento requer resiliência, mas
as ações para reerguer um futuro mais próspero já começaram
e, aos poucos, novos caminhos vão surgindo. A MP Agro,
que inclui os produtos florestais, chega como a boa notícia da
temporada, assim como as ações para flexibilizar os contratos
de concessões florestais. Nesta edição, trazemos também uma
entrevista com pesquisadores do Programa Macaco-Prego, que
falam sobre o desafio em gerenciar a presença desses animais
nas florestas plantadas, na tentativa de evitar prejuízos às empresas
do setor. A edição ainda traz informações especializadas
nas editorias Pesquisa e Espécie, além das principais notícias do
mês. Uma excelente leitura a todos.
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Confiabilidade e Produtividade com
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DENISCIMAF.COM
Capa da edição apresenta a
nova plantadeira da Komatsu
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
www.referenciaflorestal.com.br
Ano XXII • N°218 • Maio 2020
MATA ATLÂNTICA
AUTOMATED
PLANTER
WITH NEW TECHNOLOGY, TWO OPERATIONS
CONSIDERED CHALLENGES IN FORESTRY
BECOME MECHANIZED:
PLANTING AND IRRIGATION
Ministério do Meio Ambiente põe fim à insegurança jurídica nas áreas consolidadas
PLANTADEIRA
AUTOMATIZADA
COM NOVA TECNOLOGIA, DUAS OPERAÇÕES
CONSIDERADAS DESAFIOS NA SILVICULTURA
PASSAM A SER MECANIZADAS:
O PLANTIO E A IRRIGAÇÃO
RESILIENCE AND ACTION
It is impossible to deny the impacts generated by the
unexpected Covid-19. The moment requires resilience, but the
actions to rebuild a more prosperous future have begun, and,
gradually, new paths are going to emerge. MP Agro, which
includes the production of forest products, has some good
news for the times, such as taking actions to establish more
flexible forest concession contracts. In this issue, we also have
an interview with scientists from the Programa Macaco-Prego
(Capuchin Monkey Program). They talk to us about the
challenge of managing the presence of these animals in planted
forests in an attempt to avoid losses to companies in the Sector.
This issue also provides specific information in the Research and
Species Sections in addition to the main news of the month.
Pleasant reading!
Entrevista com os
pesquisadores do
programa Macaco-
Prego, da Embrapa
Contratos de Concessão Florestal
são flexibilizados
3
EXPEDIENTE
ANO XXII - EDIÇÃO 218 - MAIO 2020
Diretor Comercial / Commercial Director
Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director
Pedro Bartoski Jr
bartoski@revistareferencia.com.br
Redação / Writing
Lídia Ferreira
jornalismo@revistareferencia.com.br
Colunista
Ivan Tomaselli
Depto. de Criação / Graphic Design
Fabiana Tokarski - Supervisão
Fabiano Mendes
Crislaine Briatori Ferreira
criacao@revistareferencia.com.br
Tradução / Translation
John Wood Moore
Cartunista / Cartunist
Francis Ortolan
Depto. Comercial / Sales Departament
Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,
Tainá Carolina Brandão
comercial@revistareferencia.com.br
fone: +55 (41) 3333-1023
Representante Comercial
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina
Knop
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ASSINATURAS
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GARANTIDA GARANTEED
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos
direitos autorais, exceto para fins didáticos.
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication
directed at the producers and consumers of the good and services of the
lumberz industry, research institutions, university students, governmental
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited
without the written authorization of the holders of the authorial rights.
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CARTAS
COVID-19 Entidades do setor florestal realizam mobilizações em todo o país para reverter impactos econômicos
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
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Capa da Edição 217 da
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
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Melhores Lucros em Trabalhos Intensivos.
Foto: DAH-125D e John Deere 160D LC
mês de abril de 2020
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Fone: 19 3802.2742
comercial@deniscimaf.com
DENISCIMAF.COM
Ano XXII • N°217 • Abril 2020
EFICIÊNCIA NA LIMPEZA
TRITURADORES FLORESTAIS REBAIXAM
TOCOS E REDUZEM RESÍDUOS COMO
PREPARAÇÃO PARA O REPLANTIO MECANIZADO
CARREIRA
Por Amanda Daphny, gerente comercial – Curitiba (PR)
Descobri, por acaso, a Revista pelas redes sociais e acabei descobrindo
uma nova área para a qual pretendo direcionar minha carreira. É uma
publicação muito boa para vários profissionais.
CONTEÚDO
Por Janaína Braga, universitária – Belém (PA)
Obrigada por compartilhar e liberar nas redes sociais edições
grátis, assim consegui conhecer a Revista e também ter um
panorama nacional do setor que estou me formando.
Foto: divulgação
ESPERANÇA
Por Silvio Ferreira, empresário – Uberlândia (MG)
Mesmo diante de todos os problemas da Covid-19, temos que
reagir e continuar. Muitas matérias da última edição mostraram
que a hora não é de recuar, e sim, lutar.
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SELFIE
EM CASA, CONFORME AS RECOMENDAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE SOBRE A COVID-19,
NOSSAS LEITORAS APROVEITAM PARA SE ATUALIZAREM
A nossa leitora Valéria, da
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E-mails, críticas e sugestões podem ser
enviados também para redação
revistareferencia@revistareferencia.com.br
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
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Charge: Francis Ortolan
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FLORESTAL, Joseane Knop, em visita no início
do ano, na Carrocerias Bachiega, junto com os
diretores Sheila e Fábio Bachiega
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COLUNA
COVID-19
E ECONOMIA
O IMPACTO DA PANDEMIA NO BRASIL E NO
MUNDO SEGUNDO O FMI
Ivan Tomaselli
Diretor-presidente da Stcp
Engenharia de Projetos Ltda
Contato: itomaselli@stcp.com.br
Foto: divulgação
O Fundo
Monetário
Internacional
disponibilizou
em abril um
relatório
que faz uma
análise dos
impactos para
a economia
mundial
Apandemia do Covid-19 afetou
praticamente todos os países.
A busca inicial tem sido pela
melhoria da assistência médica
e isolamento para reduzir a propagação
do vírus. É uma crise da saúde, com
forte impacto na atividade econômica. Segundo
o FMI (Fundo Monetário Internacional) a
pandemia deverá causar em 2020 uma contração
de 3% na economia mundial, um efeito
mais acentuado que a crise de 2008-09. Para
os países desenvolvidos é projetado para 2020
uma redução no PIB (Produto Interno Bruto)
de 6,1% e para os países emergentes e em
desenvolvimento 1,0%. Este cenário considera
que a pandemia será superada no segundo
semestre de 2020.
Considerando que os esforços de contenção
do vírus deem resultado e que os governos
adotem políticas apropriadas para recuperação
econômica, o crescimento da economia
global em 2021 deverá ser de 5,8%, sendo de
4,5% nos países desenvolvidos e de 6,6% para
os emergentes e em desenvolvimento.
Para o Brasil a redução da atividade
econômica em 2020 será maior (- 5,3%) e a
retomada de crescimento mais lenta (+2,9%
em 2021). Os índices do Brasil são piores em
função de vários fatores como crise fiscal e
política, e dependência em commodities.
O impacto da pandemia nas commodities
tem sido forte. Desde janeiro os preços
do petróleo Brent caíram em torno de 60%.
Metais também foram afetados, os preços de
platina reduziram este ano mais de 30%, e os
de zinco, cobre e prata mais de 20%. Também
os preços de commodities agrícolas reduziram.
O preço do algodão, cacau e azeite de dendê
caíram 15%. Não existem ainda indicadores do
impacto da pandemia nos preços e na demanda
de produtos florestais.
O FMI considera que existem grandes
incertezas para projetar o crescimento da economia
mundial, e dependerá de vários fatores
que interagem de maneiras difíceis de prever
entre eles a evolução da pandemia, a intensidade/eficácia
dos esforços de contenção,
as interrupções das atividades econômicas,
mudanças nos padrões comportamentais e
outros. Muitos países enfrentam a pandemia
com medidas drásticas, e que terão maior
impacto na economia. Os países dependentes
de capital e exportadores de commodities,
são os de maior risco, como é o caso do Brasil.
Estes países, dependerão de políticas eficazes,
primeiro para reduzir o contágio e proteger
vidas, e em seguida para garantir uma recuperação
econômica consistente.
Não existem dúvidas que a prioridade
imediata é conter o surto de Covid-19, salvando
vidas. No entanto políticas econômicas sadias
não podem ser abandonadas. O impacto
da desaceleração na atividade econômica nas
pessoas, empresas e nas finanças do próprio
governo, podem ter efeitos graves.
Preservar o equilíbrio fiscal e adotar medidas
monetárias e financeiras para apoiar
famílias e empresas, é essencial para que a
atividade econômica retorne gradualmente a
normalidade. Alguns países já vêm desenhando
políticas públicas nesta direção, como a
Austrália, Alemanha, Japão e outros. O mesmo
vem sendo adotado por alguns emergentes e
em desenvolvimento, como China, Indonésia
e África do Sul. O Brasil necessita trilhar este
mesmo caminho.
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NOTAS
Contratos prorrogados
O Banco Central do Brasil prorrogou os contratos
de câmbio de exportação para 1.500 dias como
prazo máximo entre a contratação e a liquidação do
contrato. A medida irá contribuir para a atuação das
empresas exportadoras de produtos madeireiros.
Anteriormente o prazo máximo era de 750 dias e,
durante esse período, o exportador tinha que observar
o prazo intermediário de 360 dias para embarcar a
mercadoria/prestar o serviço. Essa alteração traz uma
maior mobilidade para que o embarque da mercadoria
ocorra em qualquer data nesse período, bem como
possibilita que as empresas negociem com os bancos
prazos maiores para as operações de ACC e ACE.
Também foi ampliado o prazo para o pagamento antecipado
de importação, de 180 para 360 dias. A pauta
foi articulada por meio da CFB (Coalizão Empresarial
para Facilitação de Comércio e Barreiras), que reúne as
principais entidades setoriais do país.
Foto: divulgação
Campanha em prol das
exportações
O setor industrial madeireiro, representado
pela Abimci (Associação Brasileira da
Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),
assinou um documento, enviado aos
governos do Brasil e dos EUA (Estados Unidos
da América), solicitando o estabelecimento de
compromissos para a facilitação de comércio e
boas práticas regulatórias entre os dois países.
A campanha é uma iniciativa da Coalizão
Empresarial para CFB (Facilitação de Comércio
e Barreiras), liderada pela CNI (Confederação
Nacional da Indústria), a USChamber, a Amcham e outras 28 entidades, incluindo a Abimci. A campanha solicita no documento
que “os governos do Brasil e dos EUA aproveitem o momento único da relação bilateral construída sob a liderança
dos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump para concluir, ainda neste ano, um pacote bilateral de comércio que permita
aprofundar a parceria econômica entre os dois países, em linha com o comunicado conjunto assinado em março último, em
Mar-a-Lago.” As solicitações incluem compromissos vinculantes em áreas prioritárias como modernização aduaneira e facilitação
de comércio, boas práticas regulatórias, comércio eletrônico e combate à corrupção. As entidades acreditam que uma
proposta de acordo de modernização comercial poderia ser alcançada no curto prazo, sem a necessidade de envolvimento
do Mercosul ou de legislação nos EUA. O documento afirma também que a proposta “reduziria custos, aumentaria o comércio
e o investimento bilateral e representaria, ainda, um primeiro passo em direção a um acordo futuro mais abrangente.”
Foto: divulgação
20 www.referenciaflorestal.com.br
MP Agro
beneficia
setor florestal
A medida provisória nº 897/2019, conhecida como MP do
Agro, foi sancionada no último mês e beneficiará também os
produtores florestais. O documento aprimora as ferramentas do
crédito rural, ampliando o acesso ao financiamento, expandindo
os recursos e reduzindo taxas de juros.
A lei 13.986/2020 trará benefícios ao setor florestal por
incluir os derivados de florestas plantadas, conservação de florestas
nativas e apoio ao manejo de florestas nativas no âmbito
das concessões de florestas públicas entre os produtos passíveis
de emissão da CPR (Cédula de Produto Rural).
De acordo com o Boletim do Senif (Sistema Nacional de
Informações Florestais) 2019, o setor florestal movimentou,
em 2019, aproximadamente R$ 20 bilhões. Desse total, R$ 2,01
bilhões foram em produtos florestais não madeireiros e R$ 18,5
bilhões em produtos madeireiros, sendo 86% retirados das florestas
plantadas e 14% das florestas nativas.
A matéria-prima florestal ao ser processada (serrados,
laminados, painéis, celulose, etc) gerou, em 2017, R$ 109 bilhões
na economia nacional. Para o diretor de Concessão Florestal e
Monitoramento do Senif, Paulo Carneiro, a extensão de emissão
da CPR para produtos florestais é um avanço significativo para
o setor. “Com essa inclusão, ficará disponível ao produtor ou
ao manejador florestal mais uma alternativa de crédito para o
financiamento de suas atividades. A CPR já é largamente utilizada
pelos agricultores nacionais, permitindo o adiantamento
de parte do valor da safra frente a uma promessa de entrega de
produto” afirmou Paulo.
A lei 13.896/2020 modifica a lei nº 8.929/94, que institui
a Cédula de Produto Rural. A nova lei define produtos rurais
obtidos a partir das atividades agrícola, pecuária, de floresta
plantada e de pesca e aquicultura, seus derivados, subprodutos
e resíduos de valor econômico, inclusive quando submetidos a
beneficiamento ou a primeira industrialização. Inclui ainda as
atividades relacionadas à conservação de florestas nativas e dos
respectivos biomas e ao manejo de florestas nativas no âmbito
do programa de concessão de florestas públicas, ou obtidos em
outras atividades florestais que vierem a ser definidas pelo poder
executivo como ambientalmente sustentáveis.
De acordo com a lei, a CPR poderá ser emitida por pessoas
físicas ou jurídicas que explorem floresta nativa ou plantada ou
que beneficiem ou promovam a primeira industrialização dos
produtos rurais. A CPR pode garantir uma nova fonte de recursos
ao produtor rural, além de garantir a comercialização dos produtos
agrícolas. Essa modalidade pode ser utilizada para diversas
finalidades: aquisição de produtos e insumos, financiamento de
produção, prestação de garantia, dentre outras.
Foto: Fabiano Mendes
Maio 2020
21
NOTAS
Alta tecnologia em madeira
engenheirada
Foto: divulgação
A Amata, empresa brasileira que atua na gestão
sustentável e rentável de ativos florestais, implantará
uma indústria com alta tecnologia para a produção de
madeira engenheirada no Brasil, com previsão de inauguração
em 2022. A empresa atua há mais de 10 anos
no mercado florestal e tem como modelo para o projeto
a adoção da madeira engenheirada em países como
Inglaterra, Canadá, Alemanha e EUA (Estados Unidos da
América), por exemplo. De acordo com a empresa, com
a madeira engenheirada é possível realizar obras mais
limpas, em menos tempo, e em alinhamento com as
tendências internacionais como assertividade de prazo,
durabilidade e sustentabilidade. A indústria de madeira
engenheirada da Amata utilizará o pinus como matéria-
-prima e terá capacidade produtiva média de 60.000m³/
ano, trazendo escala, produtividade e custo competitivo
para o mercado nacional.
Licenças prorrogadas
em Mato Grosso
Produtos florestais terão prazos de validade das licenças de
operação, outorgas e cadastros de consumidores prorrogados
para 31 de dezembro, no Estado do Mato Grosso. O Decreto
464, de 24 de abril de 2020, do governo estadual, contempla
todas as licenças vigentes a partir de 20 de março. O pleito foi
solicitado à Sema-MT (Secretaria Estadual de Meio Ambiente
de Mato Grosso) e à Casa Civil, pelo Cipem (Centro das Indústrias
Produtoras e Exportadoras de Madeiras do Estado de
Mato Grosso), como uma das ações para o enfrentamento na
contenção de um colapso econômico no setor de base florestal
do Estado, devido aos efeitos econômicos negativos causados
pela Covid-19. “Há o risco eminente de múltiplas falências e
demissões em massa em caso de inércia ou demora na tomada de decisões para evitar a ruína econômica que se apresenta”,
detalhou o presidente do Cipem, Rafael Mason. Ele ainda destacou que existe um Plano de Ação em andamento para que o
setor atravesse o momento, com foco em medidas que amenizem os resultados que o segmento já vem enfrentando, como
relatos de empresas industriais em busca de informações relacionadas à prorrogação de títulos, informe de paralisação temporária,
demissões e fechamento definitivo. O Plano de Ação contempla ainda importante demanda no sentido de viabilizar
a prorrogação de Autex (Autorização de Exploração). A solicitação foi feita ao Ministério do Meio Ambiente pelo Fnbf (Fórum
Nacional das Atividades de Base Florestal) e permanece em análise.
Foto: divulgação
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NOTAS
Concessão florestal gera
empregos
A concessão florestal em florestas
nacionais - Flonas - gerou 1140
empregos com carteira assinada em
2019, na região norte do País. Esse número
representa um aumento de 218
empregos diretos em relação ao ano
de 2018, quando houve a contratação
de 922 pessoas.
O número de empregos formais
se refere a 15 contratos ativos de concessão
florestal em florestas nacionais
localizadas nos estados do Pará e de
Rondônia. Por força de contrato, todos
os empregos gerados na concessão
florestal devem ser formalizados. A
quantidade de empregos gerados
é relativa às atividades necessárias
para a prática do manejo florestal e
do processamento da madeira nas
indústrias.
O diretor de Concessão Florestal
e Monitoramento do SFB (Serviço
Florestal Brasileiro), Paulo Carneiro,
estima que foram gerados dois mil
empregos indiretos. “Encontramos
respaldo na literatura que contabiliza
que dois empregos indiretos são
gerados a partir da contratação de um
emprego formal, dessa forma entendemos
que as concessões florestais
geraram cerca de três mil empregos
formais e informais”, projeta.
“Vamos finalizar este ano a contratação
para a concessão florestal nas
Florestas Nacionais do Amapá e da
cidade de Humaitá (AM). Assim, com
o incremento de aproximadamente 550 mil ha (hectares) em manejo florestal, estamos prevendo a geração de mais 1100
empregos formais nesses Estados”, afirmou Paulo Carneiro.
A Lei 11.284/2006, Lei de Gestão de Florestas Públicas, criou a possibilidade da concessão de áreas de florestas com
o objetivo de incentivar o uso sustentável destas áreas, associando a conservação da cobertura vegetal com geração local
de emprego e renda. Dessa forma, levando a melhoria da qualidade de vida da população que vive em seu entorno e do
estímulo à economia formal com produtos e serviços oriundos do manejo florestal.
Desde 2006, o governo pode conceder a empresas e comunidades o direito de manejar florestas públicas para extrair
madeira, produtos não madeireiros e oferecer serviços de turismo. Em contrapartida ao direito do uso sustentável, os
concessionários pagam ao governo quantias que variam em função da proposta de preço apresentada durante o processo
de licitação destas áreas. Em 2019, os valores arrecadados nas concessões florestais federais foram de R$ 16,5 milhões.
Foto: REFERÊNCIA
24 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Construção em tempo recorde
Foto: divulgação
Em apenas 40 dias, um
hospital com 100 novos leitos
foi erguido em São Paulo (SP)
para atender aos casos de
Covid-19. O tempo recorde
da obra foi possível pelo uso
do sistema modular, com técnica
inspirada no wood frame
alemão, onde são projetados
painéis que utilizam madeira
estrutural de florestas plantadas,
com dupla secagem
e tratada com preservante
químico que garantem durabilidade
superior a 50 anos.
Para a unidade de saúde,
foi utilizada a madeira Pinus
Taeda e Elliotti na estrutura
de paredes. A tecnologia
construtiva é assinada pela
Tecverde, empresa de engenharia
instalada no Paraná, e
o projeto teve parceria com
a Brasil ao Cubo, responsável
pela produção dos chassis metálicos, contendo painéis de piso, pilares e cobertura vedados. A obra, que foi viabilizada
pela Ambev, Gerdau e Hospital Israelita Albert Einstein, realizou 750m² (metros quadrados) de área construída. O hospital,
que iria levar até seis meses no padrão de construção brasileiro, de acordo com especialistas da construção civil,
ficará permanente anexo ao hospital Municipal M’boi Mirim e poderá, inclusive, passar por reformas futuramente.
Videoaulas sobre Sistemas
Agroflorestais
O IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) lançou
uma série de videoaulas gratuitas sobre SAFs (Sistemas
Agroflorestais). Em quatro módulos, os técnicos
do Instituto explicam a pequenos produtores rurais
como eles podem realizar o sistema de plantio, quais
os benefícios socioeconômicos que ele traz e como
esse modelo também é importante para a biodiversidade.
Os SAFs têm se destacado como modelos produtivos
que potencializam a produção agrícola de forma
sustentável. Há mais de 20 anos, o IPÊ trabalha com esse sistema no Pontal do Paranapanema, junto a assentados rurais, em
uma área de grande impacto para a proteção da Mata Atlântica e toda a sua biodiversidade. As aulas podem ser acessadas
no site: www.ipe.org.br/saf
Imagem: reprodução
26 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Nova vespa em plantio de
eucalipto
No último mês de abril, o Ipef (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais) informou que foi identificada a ocorrência de uma
nova vespa-de-galha no Brasil. De acordo com a instituição, a vespa tem atacado clones de materiais híbridos de Eucalyptus grandis
x Eucalyptus camaldulensis, no Estado de São Paulo.
A espécie foi identificada como Ophelimus maskelli (Hymenoptera: Eulophidae). Ela apresenta a maior distribuição geográfica
dentro de seu gênero e já está presente em diversos países da Europa, África, Oriente Médio, Ásia e Américas do Norte e Sul,
com ocorrências identificadas na Argentina. Esta vespa ocasiona a formação de galhas no limbo foliar de materiais de eucalipto.
Segundo os relatos de introdução da espécie em outros países, elas, em sua grande maioria, são acompanhadas pela presença de
parasitoides. Contudo, nas amostras analisadas ainda não foram identificados.
Caso os sintomas de ataque por esta vespa sejam identificados, recomenda-se a erradicação das folhas contendo as galhas e
a notificação ao Ipef (renato@ipef.br) para confirmação e acompanhamento da distribuição pelo Brasil. A pesquisa sobre o tema,
está sendo realizada pelo professor doutor Carlos F. Wilcken, que é coordenador científico Protef (Programa Cooperativo sobre
Proteção Florestal) e a engenheira agrônoma Thais Alves da Mota, mestranda em Ciência Florestal.
Em 2003, houve a detecção do psilídeo-de-concha (Glycaspis brimblecombei). Em 2008, foram detectadas duas pragas: o
percevejo bronzeado (Thaumastocoris eregrinus) e a vespa-de-galha (Leptocybe invasa). Em todos esses casos, as pragas se disseminaram
por todas as regiões brasileiras, causando
prejuízos estimados superiores a R$ 1 bilhão. Desde o
início do século, as plantações de eucalipto brasileiras
vêm sofrendo com a introdução de pragas exóticas.
Fotos: divulgação
28 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Nota de falecimento
Foto: divulgação
A REFERÊNCIA FLORESTAL, bem como a
ACR (Associação Catarinense de Empresas
Florestais), informa com muito pesar o falecimento
do vice-presidente da entidade,
Felipe Alexandre Fuck, ocorrido no último
dia 6 de maio. Felipe era engenheiro florestal
e diretor da e F. Comp, de Canoinhas (SC),
empresa associada a ACR. Em nota, a ACR
declarou que “quem teve a oportunidade
de conviver com Felipe, sabe que trata-se
de uma pessoa extraordinária, que irá fazer
muita falta. Profissionalmente muito contribuiu
com o setor florestal de Santa Catarina.
Nossa solidariedade aos amigos e familiares”,
reforça a nota.
ALTA
PARCERIA CONTRA A COVID-19
Como forma de cooperar para o enfrentamento da
pandemia do coronavírus e seus efeitos na região, a
Suzano e a Veracel Celulose, em parceria, lançaram
um conjunto de ações que incluem a montagem
de um hospital de campanha na cidade de Teixeira
de Freitas (Bahia). As empresas doaram, no total,
35 respiradores para o território baiano (27 para
o governo do Estado e 8 para a prefeitura municipal
de Salvador), 80 mil máscaras hospitalares
importadas da China e distribuiram 83 mil litros de
álcool 70% glicerinado em diversos municípios do
estado. A manutenção da unidade será realizada
pelo Governo do Estado.
MAIO 2020
SEM CONSULTA
O IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina)
publicou, sem qualquer tipo de diálogo com o setor privado
e sem considerar a importância do setor de florestas
plantadas para o desenvolvimento econômico, social e
ambiental do estado onde atua, três portarias que estabelecem
restrições e procedimentos de uso e controle para
espécies dos gêneros Eucalyptus, Corymbia e Pinus, além
de procedimentos técnicos para a introdução de espécies
exóticas ao Estado. Na tentativa de reverter a situação,
a Ibá e os representantes das associadas estaduais se
reuniram para alinhar a elaboração de um ofício, que será
assinado pelo presidente da Csfp (Câmara Setorial de Florestas
Plantadas) do Mapa, em apoio à ACR (Associação
Catarinense de Empresas Florestais).
BAIXA
30 www.referenciaflorestal.com.br
FRASES
Foto: Antonio Augusto/ Câmara dos Deputados
Aqueles que vão financiar hoje o
agro brasileiro precisam dessa
segurança, são mecanismos
que vão facilitar os produtores
para tomada de crédito. Isso é
importante porque a agricultura
precisa de novos mecanismos
Senador Luís Carlos Heinze (PP-RS), que preside
a comissão mista que analisou a MP Agro que irá
beneficiar produtos florestais
“O setor florestal na Bahia,
responsável pela produção e
processamento de madeira para
papel, celulose, entre outros, gera
200 mil empregos no Estado. Temos
construído uma importante agenda
positiva. Essa doação da Suzano
e Veracel reforça o compromisso
do segmento, não apenas com o
desenvolvimento econômico, mas
com o bem estar do povo baiano”
“Nosso case é um singelo
exemplo do que é possível
realizar com vontade e atitude.
Acreditamos em nós mesmos e
acreditamos que somos capazes
de fazer coisas extraordinárias
acontecerem. E este é o espírito
que cada brasileiro deve ter
neste momento para enfrentar a
crise, acreditar em si mesmo em
primeiro lugar”
Destaca o vice-governador da Bahia, João Leão, sobre a
parceria com as empresas do setor florestal
Caio Bonatto, CEO da Tecverde, sobre o hospital
construído, em 40 dias, com sistema modular wood frame
Marca
de
Confiança.
32 www.referenciaflorestal.com.br
otaryax
rotaryaxoficial
ENTREVISTA
Danos florestais e
MACACO-
PREGO
Damage to the forest and
the capuchin monkey
O
segundo semestre traz um desafio a mais para
o setor florestal. A ocorrência de macacos que
passam a se alimentar da seiva de árvores se
torna maior, causando inclusive graves prejuízos
às empresas do setor. A alternativa convencional de
alimentação desses animais são os frutos e sementes nativas,
que se tornam escassos no inverno e primavera. Por ser um
tema complexo e repleto de variáveis, foi que a Embrapa Floresta
criou, em 2003, o Programa Macaco Prego dedicado a
realizar pesquisas sobre o tema que contribuem com a coleta
de dados e análise e discussão dos resultados. Os pesquisadores
Dieter Liebsch e Sandra Bos Mikich fazem um panorama do
tema.
T
he second half of the year always presents one
more challenge to the Forestry Sector. The occurrence
of the capuchin monkey when the feeding on
the sap of trees becomes more significant, causing
losses to companies in the Sector. The conventional alternative
is feeding these animals native fruits and seeds, which are
scarce in winter and spring. Because this is a complex theme
with many variables, in 2003, Embrapa Floresta created the
Programa Macaco Prego (Capuchin Monkey Program) dedicated
to carrying out research on the subject that contributed to
data collection and analysis and discussion of results. Scientists
Dieter Liebsch and Sandra Bos Mikich provided an overview of
the theme.
Foto: divulgação
Dieter Liebsch
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Consultor, sócio-fundador da empresa Arauka Ambiental
Scientific Specialist at Embrapa Florestas
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:
Graduação em Biologia pela PUC-PR (Pontifícia Universidade
Católica do Paraná) - 2002, mestrado em Botânica pela Ufpr (Universidade
Federal do Paraná) - 2006 e doutorado em Engenharia
Florestal da Ufpr - 2018
B.Sc. in Biology, State of Paraná Catholic Pontificate University
(2002), M.Sc. in Botany, State of Paraná Federal University (2006),
and Ph.D. in Forest Engineering, State of Paraná Federal University
Foto: Alessandra Mikich
Sandra Bos Mikich
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Pesquisadora em Ecologia da Embrapa Florestas, professora-orientadora
da Unesp (PG-Biologia Animal).
Ecology Scientist at Embrapa Florestas, Professor, Unesp, and
Associate Scientist in the Zoology Department, Oxford University
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:
Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (1988), mestrado em Zoologia pela Universidade
Federal do Paraná (1994), doutorado em Zoologia pela
Universidade Federal do Paraná (2001) e pós-doutorado pela
University of Oxford (2014)
B.Sc. in Biological Science, State of Rio Grande do Sul Federal University
(1988), M.Sc. in Zoology, State of Paraná Federal University
(1994), Ph.D. in Zoology, State of Paraná Federal University (2001),
and post-doctorate studies at Oxford University (2014)
34 www.referenciaflorestal.com.br
Os resultados da pesquisa refletem a realidade do
setor de base florestal, tanto para produção de toras e
madeira serrada, quanto para a produção de celulose
>> Como ocorre o monitoramento de danos florestais
pelos macacos?
Antes de mais nada é importante destacar que todas as
pesquisas do Programa são realizadas em parceria com
empresas do setor florestal, dentro de suas áreas de
produção e não, por exemplo, em áreas experimentais da
Embrapa Florestas. Desse modo, os resultados refletem a
realidade do setor de base florestal, tanto para produção
de toras e madeira serrada quanto para a produção de
celulose. O monitoramento de danos é realizado anualmente,
sempre no final do ano (dezembro), para refletir
o dano acumulado ao longo do ano (lembrando que o
período principal de danos vai de julho a novembro) e
utiliza as parcelas de inventário florestal já implantadas
pelas empresas para o acompanhamento da produção,
de tal forma que o esforço amostral é significativo e os
dados de danos e produção podem ser diretamente relacionados.
>> Os danos vêm aumentado ou diminuído ao longo dos
anos?
Esse monitoramento revela que os danos não têm aumentado
(ou diminuído) nos últimos anos. O que ocorrem
são variações pontuais na frequência dos danos,
causadas, aparentemente, por pequenos deslocamentos
de bandos de macacos em resposta às operações florestais,
por exemplo a colheita dentro ou fora dos limites
de uma empresa/propriedade; e à disponibilidade de
recursos, por exemplo, no corte da vegetação nativa, o
desenvolvimento de um talhão jovem de pinus que ao
atingir 5-6 anos passou a ser atacado. Assim, locais que
anteriormente não sofriam danos podem passar a sofrer,
inclusive com bastante intensidade, dando a impressão
que os danos totais aumentaram. Lembramos ainda que
os macacos-prego apresentam alta mortalidade durante
surtos de febre amarela, como o que está ocorrendo nos
últimos anos, de modo que suas populações estão ainda
mais reduzidas e, portanto, eventuais aumentos pontuais
de danos não refletem a situação geral do problema. No
entanto, a redução gradual da qualidade (nem sempre da
quantidade) de florestas nativas atua no outro sentido,
How is the monitoring of forest losses due to the
Capuchin Monkey carried out?
First of all, it is essential to highlight that all the
research of the Program is being carried out in
partnership with companies in the Forestry Sector,
within their production areas and not, for example,
in the Embrapa Florestas experimental areas. Thus,
the results reflect the reality of the Forest-based
Sector, both for log and sawn wood production and
pulp production. Damage monitoring is carried out
annually, always at the end of the year (December),
to reflect the accumulated losses throughout the year
(remembering that the main period of loss runs from
July to November) and uses the forest stand inventories
already implemented by companies to monitor
production, such that the sampling effort is significant.
The damage and production data can be directly
related.
Has the damage increased or decreased over the
years?
This monitoring reveals that the damage has not
increased (or decreased) in recent years. What occurs
are occasional variations in the frequency of damage,
apparently caused by small displacements of flocks of
monkeys in response to forest operations, for example,
harvesting within or without the boundaries of a
company/property; and the availability of resources
(for example in the clearing of native vegetation, the
development of a young stand of pine that, when
reaching 5-6 years, began to be attacked. Thus, places
that previously did not suffer damage can begin to
suffer, even with much intensity, giving the impression
that the total damage has increased. We also recall
that capuchin monkeys have a high mortality rate
during outbreaks of yellow fever, such as what has
occurred in recent years, so that their populations are
even smaller and, therefore, any occasional increases
in damage does not reflect the general situation of
the problem. However, the gradual reduction in the
quality (not always of the quantity) of native for-
Maio 2020
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O desafio do plantio
MECANIZADO
Apesar das dificuldades, a silvicultura
brasileira trilha novos caminhos para
a mecanização
Fotos: divulgação
The challenge of
mechanized planting
Despite the difficulties, Brazilian
forestry is continuing along new
paths towards mechanization
Maio 2020
41
PRINCIPAL
S
e por um lado, o processo de colheita está cada vez
mais ágil e tecnológico no setor florestal, por outro
a silvicultura tem unido esforços rumo à mecanização.
Mesmo com a maior parte dos processos
mecanizados, etapas como plantio e irrigação
continuam como desafios na operação e, para reverter isso, o
mercado já apresenta novidades.
Não há dados precisos e atualizados sobre o cenário atual da
mecanização na silvicultura no Brasil. Contudo, de acordo com
o professor José Leonardo de Moraes Gonçalves, engenheiro
agrônomo, com doutorado em Solos e Nutrição Florestal, houve
um avanço expressivo, embora no plantio, especialmente de
segundo e terceiros ciclos, e na irrigação pós-plantio, o sistema
manual e semimecanizado prevaleça. “Hoje, as grandes empresas
trabalham com, pelo menos, 70 a 80% de mecanização na
silvicultura, isso em plantação e manutenção, sendo a colheita
é toda mecanizada. Já as de médio porte, ao menos 50% das
operações estão mecanizadas”, opina o professor, titular do
Departamento de Ciências Florestais da USP (Universidade de
São Paulo).
Outro fator que deixa muito variável o cenário são as características
geográficas e peculiares em cada região brasileira,
com solo, relevo, biomas e climas, entre outros elementos, que
são bem diferentes entre os Estados, destaca o professor da
Unesp (Universidade Estadual Paulista) Saulo Guerra, doutor em
Agronomia e líder do Pcmaf (Programa cooperativo sobre mecanização
e automação Florestal). “Não temos números precisos,
estou falando sobre a minha observação. Há tendência de menor
I
f, on the one hand, the harvesting process in the Forestry
Sector is becoming increasingly agile and technological,
on the other, forestry has united its efforts towards
mechanization. Even with most mechanized processes,
steps such as planting and irrigation remain as challenges
in operations, and, to overcome these, the market has
already presented several novelties.
There is no accurate and up-to-date data on the current scenario
of mechanization in forestry in Brazil. However, according
to Professor José Leonardo de Moraes Gonçalves, Agronomist
Engineer, with a Doctorate in Soils and Forest Nutrition, there
have been significant advances. Still, in planting, especially in the
2nd and 3rd cycles and in post-planting irrigation, the manual
and semi-mechanized systems prevail. “Today, large companies
work with at least 70 to 80% mechanization in forestry, this in
planting and maintenance, and the harvest is all mechanized.
On the other hand, for the medium-sized companies, only about
50% of the operations are mechanized,” opines the Professor,
currently Head of the Department of Forest Sciences of the
University of São Paulo (USP).
Other factors leading to the scenario being very inconstant
are the geographical and peculiar characteristics in each Brazilian
Region, such as soil, relief, biomes, and climates, among
other elements, which are very different among the States,
highlights Saulo Guerra, Professor at the Paulista State University
(Unesp) and Ph.D., in Agronomy and head of the Cooperative
Program on Mechanization and Forest Automation (Pcmaf).
“We don’t have any precise numbers; I’m only talking about my
42 www.referenciaflorestal.com.br
Maio 2020 43
44 www.referenciaflorestal.com.br
Maio 2020 45
COVID – 19
Contratos de
concessões florestais
SÃO FLEXIBILIZADOS
SFB anuncia medidas para
reduzir impactos econômicos
provocados pela pandemia
Fotos: divulgação
46 www.referenciaflorestal.com.br
As medidas de combate à Covid-19 implementadas
no Brasil afetam os contratos
de concessão florestal de diversas maneiras,
especialmente pela recomendação do
isolamento social pelo Ministério da Saúde.
Para minimizar os impactos econômicos provocados
pela pandemia, o SFB (Serviço Florestal Brasileiro)
anunciou medidas a favor dos contratos de concessões
florestais que estão sob sua gestão.
Embora as atividades dentro da floresta estejam no
período anual de embargo, em função do período chuvoso,
as operações nas indústrias e a comercialização
estão ocorrendo e foram afetadas com a necessidade
de isolamento social. “A concessão florestal está sendo
atingida tanto pela implementação de medidas de
restrição de movimentação de pessoas, como o isolamento
social ou a quarentena por parte dos municípios
sede das empresas, quanto pelo impacto na comercialização
de produtos processados ou acabados no mercado
interno e, principalmente, no mercado externo,
uma vez que os principais mercados acessados pelos
concessionários, como o europeu e o norte americano,
também foram impactados pela pandemia, destaca o
diretor do SFB, Paulo Carneiro.
Em função desse cenário, o SFB decidiu adiar o
vencimento da parcela trimestral de pagamento pela
produção florestal. O objetivo principal desta ação é garantir
a manutenção dos empregos e a saúde financeira
das empresas. Como já divulgado em 2019, o conjunto
dos concessionários florestais gerou 1.140 empregos.
A outra medida adotada foi apresentar aos concessionários,
em conjunto com o Bndes (Banco Nacional
de Desenvolvimento Social), as principais linhas de créditos
emergenciais criadas pelo Governo Federal para
apoiar pequenas e médias empresas a superar a crise
econômica causada pela pandemia do Coronavírus.
Além dessas medidas, estão em análise a não aplicação
do reajuste anual dos preços contratados pelos
produtos florestais das concessões florestais e a possibilidade
de postergar o pagamento de termos de parcelamentos
de valores inadimplidos vigentes. As decisões
tomadas pelo SFB estão respaldadas por notas técnicas,
deliberação pelo Conselho Diretor do órgão que convalidam
e consubstanciam tais decisões e nas competências
e previsões legais derivadas da Lei nº 11.284/06, do
Decreto 6.063/07 e da Resolução SFB nº 25/2015.
As empresas que possuem contratos de concessão
florestal pagam ao governo valores financeiros propor-
Maio 2020
47
48 www.referenciaflorestal.com.br
A FEIRA DA
INDÚSTRIA
DO EUCALIPTO
O Show Florestal MS é a nova feira florestal nacional, que
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ESPÉCIE
ACÁCIA:
potência mundial
em reflorestamento
50 www.referenciaflorestal.com.br
Além de ser a mais plantada, o gênero
tem uma área comercialmente explorada
no planeta de 600 mil hectares
Fotos: divulgação
O
gênero Acacia, com aproximadamente
2.000.000 ha plantados em todo o mundo,
apresenta uma relevante importância do
ponto de vista social e industrial no reflorestamento.
As espécies de maior utilização são
Acacia mangium e Acacia auriculiformis sendo suas produções
direcionadas para polpa de celulose, madeira para movelaria
e construção, matéria-prima para compensados, combustível,
controle de erosão, quebra-vento e sombreamento.
A Acacia mangium é a espécie florestal mais plantada, com
uma área comercialmente explorada no planeta de aproximadamente
600 mil ha (hectares). Atualmente, é a mais utilizada
no Sudeste Asiático, principalmente na Indonésia e na Malásia,
de acordo com Galiana et al. (2002) apud Tonini e Vieira (2006).
A espécie é uma leguminosa pioneira e vem despertando a
atenção dos técnicos e pesquisadores pela rusticidade, rapidez
de crescimento e, principalmente, por ser espécie nitrificadora
(Veiga et al.,2000).
O interesse também parte por ela apresentar significativa
capacidade de adaptação às condições edafoclimáticas brasileiras
(Andrade et al., 2000), sobretudo em solos pobres, ácidos
e degradados produzindo elevada quantidade de madeira com
baixa acumulação de nutrientes. Assim, a espécie destaca-se
em programas de RAD (Recuperação de Áreas Degradadas)
e representa uma opção silvicultural para o Brasil (Balieiro et
al.,2004). A acácia é uma espécie nativa da parte noroeste da
Austrália, de Papua Nova-Guiné e do oeste da Indonésia, com
potencial para cultivo nas zonas baixas e úmidas, cuja madeira
apresenta usos variados, entre eles a construção civil e de móveis
(Smiderle,2005).
ASPECTOS ECOLÓGICOS
Árvore perenifólia apresenta crescimento rápido com vida
média de 40 anos.
A Acacia mangium é uma espécie típica de terrenos pouco
elevados que, atrás dos mangues, ocupa zonas pantanosas
estacionais, lagos bem drenados e montes e é frequentemente
encontrada em solos de escassa fertilidade (Doran e Kelton,
1982). A espécie é agressiva, podendo, por alelopatia, impedir
a germinação de outras espécies (Instituto Hórus,s.d.) e um
espectro de tolerância muito grande, pois pode se adaptar praticamente
a quase todos os ambientes (Barbosa,2002).
MORFOLOGIA
A acácia é com freqüência uma árvore de grande porte
que pode alcançar uma altura de 25m a 30m, com um tronco
reto que pode superar a metade da altura total da árvore. Seu
tronco ereto, possui coloração cinza-pardo, com casca pouco
saliente e levemente sulcado longitudinalmente. Quanto a
ramificação, apresenta-se fina, horizontal, espaçada, formando
copa ovalada com folhagem densa (Instituto Hórus,s.d.).
As folhas são simples e alternas, em ramos verdes e alados,
dispostos espiriladamente, ovalado-lanceoladas ou ovalado-
-alongadas, largas, coriáceas, de pecíolo curto, ápice alongado,
com nervuras salientes partindo da base, de 12-18cm de comprimento.
Elas são filódios permanentes que não evoluíram,
não dando origem às folhas verdadeiras que deveriam ser pinadas
(Instituto Hórus,s.d).
Segundo o Cpafro (Centro de Pesquisa Agroflorestal de
Rondônia) – (2004), as flores encontram-se dispostas em espigas
soltas de 10 cm de comprimento, solitárias ou unidas nas
Maio 2020
51
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Maio 2020 53
ESPECIAL
KLABIN:
empreendedorismo
e DNA na madeira
Livro apresenta a história e algumas lições do fundador
da empresa que, hoje, é considerada a maior produtora
e exportadora de papéis de embalagem do Brasil
Fotos: divulgação
54 www.referenciaflorestal.com.br
C
om o DNA familiar na madeira brasileira, como
ressalta Celso Lafer, integrante da família Klabin-Lafer
e do Conselho de Administração da
Klabin S.A., considerada a maior produtora
e exportadora de papéis de embalagem do
Brasil, a gênese da empresa é tema do novo livro: Maurício
Klabin – empreendedor e pioneiro da indústria brasileira.
A partir da consciência de que a base florestal, sua sustentabilidade,
manejo, atividades de reflorestamento são
matéria-prima fundamental, a empresa “conseguiu manter
uma consistência crescente com a implantação do grande
empreendimento de celulose e papel, em Monte Alegre
(PR)”, ressalta Celso, ao destacar os 120 anos de história. E
é a partir desses ideais do fundador e da trajetória dele no
início da formação do empreendimento, que o livro resgata a
memória do que conhecemos hoje como Klabin S.A.
Narrar um século de case verídico em apenas 218 páginas
foi o desafio para o historiador Roney Cytrynowicz. “Os
dotes dele como pesquisador deram vida ao que encontrou
em arquivos e acervos, inclusive o do centro de memória de
Klabin, jornais da época, conferindo dimensão própria à ampla
bibliografia de que se valeu”, destaca Celso Lafer. Ilustrado
com fotografias, documentos e recortes de jornal antigos,
o livro percorre a biografia do fundador.
Com apresentação de Celso Lafer, que também é Professor
Emérito da USP (Universidade São Paulo), e autor de inúmeros
textos relacionados a essa memória familiar, a publicação
teve também como fonte um denso estudo introdutório
do professor José de Souza Martins, sociólogo de São Paulo e
um dos pioneiros da industrialização brasileira, que ressalta
a singularidade empreendedora e os valores de Maurício
Klabin. “O foco é a exemplaridade da trajetória de Maurício.
A sua atuação é um exemplo de um bem sucedido processo
competitivo de substituição de importação de um setor da
vida econômica brasileira, que se aprofundou e se adensou
no tempo e foi adquirindo competitividade e sustentabilidade
crescentes”, afirma.
Pioneiro e o patrono-inaugural da família Klabin-Lafer
no Brasil, Maurício Klabin (1861- 1923) chegou ao território
nacional como imigrante de uma pequena aldeia judaica da
Lituânia, em São Paulo, em 1890. Com a percepção dos caminhos
que a primeira República oferecia ao país, notou espaço
para o setor de papel e celulose. “Numa época em que a
industrialização apenas engatinhava em nosso país, teve a
visão e as qualidades de um empreendedorismo de corte
shumpeteriano apto para enfrentar os riscos e reunir os recursos
para levar adiante, de maneira inovadora, a implantação
da cadeia produtiva de celulose e papel”, revela Lafer.
O livro está estruturado em nove capítulos que tratam
das origens da família na Lituânia; a vinda de Maurício para
o Brasil nos inícios de 1890; os seus primeiros negócios na
área da tipografia e da papelaria; o casamento e a reunião
da família vinda da Lituânia, na década de 1890, que sob sua
liderança impulsionou a criação em 1899 e posterior expansão
de Klabin Irmãos e Cia.; o começo da fase industrial de
seu empreendedorismo com o arrendamento em 1902 de
uma fábrica de papel em Salto de Itú e a subsequente fundação
em 1909 da Cia. Fabricadora de Papel; suas atividades
imobiliárias no desbravamento da Vila Mariana; seu papel na
criação e fundação das primeiras instituições da comunidade
judaica em São Paulo nos anos 1910 e 1920; e seu interesse
pelo movimento sionista nas primeiras décadas do século XX.
CURIOSIDADES
Uma das curiosidades é que Klabin-Lafer é uma única família,
mas nome original familiar é Lafer. “Klabin foi o nome
adotado por Maurício e seu pai Leão, na Europa, em função
das vicissitudes da condição judaica na Lituânia e aponta
para uma área próxima de sua aldeia natal”, conta Celso Lafer.
Outro marco é considerar o ponto de partida de Klabin
S.A, a iniciativa do fundador em criar a Cia Fabricadora de
Papel, na década de 1910 em São Paulo, e que foi, em seu
tempo, a mais moderna fábrica de papel do Brasil.
As nuances da história familiar, que se entrelaça com a
própria memória da industrialização brasileira, são tantas
que há outras publicações sobre o tema. Entre elas esta “A
saga da família Klabin-Lafer” (2017), do historiador Ronaldo
Costa Couto, que também conta com a apresentação de Celso
Lafer. Os livros são vendidos em livrarias tradicionais.
Maio 2020
55
LEGISLAÇÃO
MUDANÇAS NO CÓDIGO
FLORESTAL PARA A
MATA ATLÂNTICA
Fotos: divulgação
56 www.referenciaflorestal.com.br
Decreto do
Ministério do Meio
Ambiente põe fim
à insegurança
jurídica relativa às
áreas consolidadas
Maio 2020
57
LEGISLAÇÃO
C
hegou ao fim um impasse ambiental que
vinha trazendo dor de cabeça a muitos
paranaenses. O mês de abril teve como
marco a publicação do MMA (Ministério
do Meio Ambiente), que publicou no Diário
Oficial da União, o despacho 4.410/2020 revogando
um despacho anterior (64773/2017), de autoria do ex-
-ministro da pasta, José Sarney Filho, que estabelecia que
as regras para as áreas consolidadas, previstas no Código
Florestal Brasileiro de 2012, não eram válidas no bioma
Mata Atlântica.
Com base neste entendimento, o Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis) aplicou multas pesadas a produtores paranaenses,
mesmo que estes estivessem agindo dentro da
legislação pertinente. O fim deste embaraço jurídico só
foi possível por conta da ação rápida e efetiva da Faep
(Federação da Agricultura do Estado do Paraná), dos sindicatos
rurais e da CNA (Confederação Nacional da Agricultura
e Pecuária). A decisão do atual ministro, Ricardo
Salles, de revogar o despacho anterior, tomou como
base o parecer da AGU (Advocacia Geral da União) em
consulta solicitada pelo setor produtivo. Por meio das demandas
dos produtores, encaminhadas pelos sindicatos
à Faep e por esta à CNA, foi possível reunir a argumentação
necessária para a construção desse entendimento.
O processo envolveu várias instâncias, como o Mapa
(Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e a
Casa Civil do governo federal.
Com despacho anterior, o
Ibama (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis) aplicou
multas pesadas a produtores
paranaenses
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Maio 2020 61
ECONOMIA
RENDA E EMPREGO
EM SANTA CATARINA
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Pesquisa aponta que o Estado conseguiu
gerar 15% de vagas formais no setor florestal
Fotos: divulgação
Maio 2020
63
ECONOMIA
S
anta Catarina é responsável por gerar 15%
do número de empregos formais dentro do
setor florestal brasileiro de base plantada, ao
longo dos últimos anos. O Estado também
tem outros índices positivos na área, conforme
o panorama divulgados pela ACR (Associação Catarinense
de Empresas Florestais) no início de maio de 2020.
Os dados foram retirados do Anuário Estatístico de
Base Florestal para o estado de Santa Catarina 2019, das
pesquisas do Funpinus (Fundo Cooperativo para Melhoramento
de Pinus) e de um estudo desenvolvido em 2019
pela Udesc-cav (Universidade do Estado de Santa Catarina),
a pedido da ACR. Por esta razão, não considera o cenário
atual da pandemia da Covid-19, mas um levantamento
até o ano anterior ao da pesquisa.
No aspecto de emprego e renda, o Brasil registrou,
em 2018, 598 mil empregos diretos no setor florestal em
2017,com manutenção nos níveis de emprego em 2018, o
que representou aproximadamente 600 mil postos de trabalho.
Santa Catarina, que em 2017 consolidou 90 mil empregos,
teve um acréscimo de 200 novos postos em 2018.
Outro reflexo está na arrecadação de tributos, diretamente
proporcional ao desempenho do setor florestal no Vbps
(Valor Bruto da Produção da Silvicultura). A produção de
madeira em toras em Santa Catarina no ano de 2018 arrecadou
R$ 137,6 milhões em tributos.
Estatísticas do número de empresas por segmento no
estado de 2018 contabilizam 2.568 empresas de móveis,
representando 46% do total. Este segmento é seguido
pelo de serrarias com desdobramento de toras com 1.028
estabelecimentos, ou seja, 18% do total de empresas no
estado. Na sequência, observam-se fábricas de esquadrias
de madeira e de peças para instalações industriais/comerciais
com cerca de 500 empresas, representando 9% do
total. As demais empresas somam 1.486 estabelecimentos
e representam 27% do total presente no estado.
A produção de madeira em
toras em Santa Catarina no
ano de 2018 arrecadou
R$ 137,6 milhões em tributos
PINUS É DESTAQUE
O estudo identificou que o estado catarinense possui
828,9 mil hectares de área com florestas plantadas. Desta
totalidade, a grande maioria ou 67% (553,6 mil hectares)
com Pinus. Cerca de 33% (275,3 mil hectares) são ocupados
com Eucalyptus.
Especialmente o Pinus adaptou-se na localidade devido
às condições edafoclimáticas serem favoráveis para o
seu desenvolvimento.
A IMA (produtividade florestal média) no Brasil é de
30,5 m³/ha.ano para o Pinus (IBÁ, 2017). Empresas de
maior porte e com alto nível tecnológico atingem médias
maiores, dependendo da localização dos seus plantios e
investimento empreendido. Em relação à Santa Catarina,
no que diz respeito ao clima, o estado apresenta temperaturas
mais baixas nos meses de inverno, o que não compromete
o desenvolvimento deste gênero (espécies Pinus
taeda e Pinus elliottii). A produtividade florestal média do
Pinus nessa região está entre 34-37 m³/ha.ano.
Em 2018 a produção de madeira serrada de Pinus no
Brasil atingiu 7,84 milhões de m³, enquanto o consumo
aparente foi de 5,30 milhões de m³ do produto. A evolução
histórica da produção de madeira serrada de Pinus no Brasil
se manteve praticamente constante entre 2009-2013,
com a taxa de crescimento anual na produção de 0,9%.
DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL GENÉTICO
As condições de clima e solo e um longo trabalho de
melhoramento genético transformaram a Região Sul do
Brasil em uma das principais produtoras de madeira de
pinus, capaz de atender uma diversificada linha de produtos:
celulose e papel, embalagens, madeira serrada para
móveis e diversos outros segmentos.
As pesquisas com pinus começaram na década de
1970, quando Brasil, África do Sul, Colômbia, Zimbábue,
Índia e Honduras criaram uma rede experimental através
de um programa de cooperação internacional. O melhoramento
do pinus no Brasil foi implementado por empresas
florestais, principalmente indústrias de celulose e papel e
instituições de pesquisa, entre elas a Embrapa Florestas.
“O principal objetivo do melhoramento é a perpetuação
64 www.referenciaflorestal.com.br
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Soluções para
Supressão Vegetal
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SEM QUEIMADAS
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tritura a vegetação ao
invés de queimá-la.
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PRODUÇÃO
SUSTENTÁVEL
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e servem de
cobertura para
umidade e matéria
orgânica.
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Conecta o triturador
no trator
e já sai usando.
AUMENTO DA PRODUTIVIDADE
Tecnologia substitui o trabalho
de 15 pessoas e evita riscos de
acidentes e picadas de animais.
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Matriz europeia adaptada para a realidade brasileira.
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Maio 2020
65
PESQUISA
AVALIAÇÃO DO DESGALHADOR
FLORESTAL DE DISCOS EM FUNÇÃO
DO TEMPO DE ESTOCAGEM
DA MADEIRA EM CAMPO
Fotos: REFERÊNCIA
Os objetivos específicos do estudo foram
determinar a produtividade e os custos
de produção em função do período de
estocagem da madeira em campo
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RODRIGO PETRONGARI TONIN
ENGENHEIRO FLORESTAL, MSC., DOUTORANDO EM CIÊNCIA FLORESTAL, FACULDADE DE
CIÊNCIAS AGRONÔMICAS, UNESP
RICARDO HIDEAKI MIYAJIMA
ENGENHEIRO FLORESTAL, MSC., DOUTORANDO EM CIÊNCIA FLORESTAL, FACULDADE DE
CIÊNCIAS AGRONÔMICAS, UNESP
JOSÉ RAIMUNDO DE SOUZA PASSOS
ENGENHEIRO FLORESTAL, DR., PROFESSOR ASSISTENTE DO DEPARTAMENTO DE
BIOESTATÍSTICA, INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS, UNESP
PAULO TORRES FENNER
ENGENHEIRO FLORESTAL, DR., PROFESSOR ADJUNTO DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA
FLORESTAL, FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS, UNESP
Maio 2020
67
PESQUISA
RESUMO
C
om as inovações da colheita mecanizada
no Brasil, tornam-se indispensáveis estudos
para obtenção de dados reais sobre as novas
máquinas que estão surgindo no mercado.
O estudo objetivou a avaliação técnica
e de custos de um desgalhador florestal de discos em
árvores com diferentes tempos de estocagem em campo, e
verificar possíveis correlações entre umidade da madeira,
produtividade e custo de produção. Para a análise técnica
foi realizado um estudo de tempos e movimentos pelo
método de cronometragem de tempos contínuos e para
a análise de custos, calcularam-se os custos operacionais
através do método proposto pela Asabe. Aproximadamente,
aos 40 dias em campo, as árvores atingiram a umidade
de equilíbrio, o teor de umidade não demonstrou possuir
correlação com o rendimento da máquina, que foi na média
643,34 m3/h, e nem com o custo de produção, sendo, o
custo operacional de R$ 180,04/hora, e o custo de produção
médio R$ 0,28/m3.
INTRODUÇÃO
No setor do agronegócio brasileiro, a atividade florestal
detém lugar de destaque, em 2013, o setor brasileiro
de árvores plantadas empregou diretamente em torno
de 630 mil pessoas e adicionou ao PIB (Produto Interno
Bruto) cerca de R$ 56 bilhões, representando 1,2% de toda
a riqueza gerada no País (Industria Brasileira De Árvores,
2014). Nos últimos anos, o setor florestal brasileiro despontou
rapidamente graças aos avanços da mecanização
da colheita e do transporte de madeira (Yonezawa, 2010).
A evolução da mecanização nas operações de colheita
de madeira é motivada pela necessidade de melhoria das
condições de trabalho, redução da mão de obra, aumento
da competitividade com o incremento de novas alternativas
de produção (Seixas, 2010). A intensa mecanização
desencadeou um processo contínuo de avaliação dos
rendimentos operacionais e dos custos, devido à colheita
representar um percentual superior a 50% do total dos
custos finais da madeira posta na indústria (Simões, 2008;
Machado, 2014).
Dada a grande quantidade de máquinas e equipamentos
de corte e extração disponíveis no mercado, as
empresas podem formar vários conjuntos de colheita que
podem ser empregados, cabendo a cada empresa optar
por aquele que seja mais adequado ao sistema utilizado e
às suas peculiaridades (Jacovine et al., 2005).
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Maio 2020 69
70 www.referenciaflorestal.com.br
Maio 2020 71
AGENDA
AGENDA2020/2121
JULHO
2020
Imagem: reprodução
X Semana de Atualização Florestal
14 a 16
Viçosa (MG)
www.sif.org.br
AGOSTO
2020
AGOSTO
2020
IWF - INTERNATIONAL WOODWORKING FAIR
A comunidade global de carpintaria se reúne para experimentar
tudo o que há de novo e o que vem a seguir em
tecnologia de fabricação, inovação, design de produto,
aprendizado, redes e setores emergentes - tudo na incomparável
International Woodworking Fair Atlanta, o maior
evento de carpintaria da América do Norte e o show do
setor. Para toda a comunidade da madeira - desde pequenas
lojas até os principais fabricantes - a IWF é onde os
empreendedores da madeira fazem negócios.
IWF - International Woodworking Fair
25 a 28
Atlanta (Estados Unidos)
www.iwfatlanta.com
Feria Forestal Argentina
17 a 20
Posadas (Argentina)
www.feriaforestal.com.ar
SETEMBRO
2020
SETEMBRO
2021
FERIA FORESTAL ARGENTINA
É considerado o maior evento de floresta industrial
ao ar livre da Argentina. Possui um terreno de 16 ha
(hectares), um setor descoberto destinado à exibição de
máquinas para a primeira e a segunda transformação.
O setor de 10 mil m2 (metros quadrados) de cobertura,
onde estão localizadas as empresas de fabricação de
madeira, móveis e construção.
Imagem: reprodução
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Disco de corte para Feller
AGENDA2020/2021
• Discos de corte com encaixe para
utilização de até 18 ferramentas
• Diâmetro externo e encaixe central
de acordo com o padrão da máquina
OUTUBRO
2020
Detalhe de encaixe para
ferramentas de 4 lados
Hdom Summit
21 e 22
São Paulo (SP)
www.hdomsummit.com.br
• Discos de corte para Feller
conforme modelo ou amostra
• Discos especiais
• Pistões hidráulicos
(fabricação e reforma)
• Usinagem de médio e grande porte
ABRIL
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Água Vermelha - Sertãozinho - SP
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dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br
D’Antonio Equipamentos
Mecânicos e Industriais Ltda
Congresso Florestal MS
13
Mato Grosso do Sul
www.msflorestalonline.com.br
ABRIL
2021
Show Florestal MS
14 a 16
Três Lagoas (MG)
www.showflorestal.com.br
Maio 2020
73
ESPAÇO ABERTO
Foto: Carmine Furletti
Novos rumos na gestão
DAS EMPRESAS
Por David Braga,
CEO da Prime Talent
A pandemia do Coronavírus
gerou um impacto
disruptivo imediato no
ambiente organizacional
74 www.referenciaflorestal.com.br
D
e uma hora para outra, grande parte dos funcionários das empresas
de todo o mundo foram obrigados a trabalhar em home-
-office. Ou seja, houve um impacto disruptivo imediato no ambiente
organizacional, após o anúncio da pandemia da Covid-19
e, consequentemente, a necessidade de quarentena em todos
os países. Na avaliação do CEO e headhunter da Prime Talent, David Braga,
essa alteração é, provavelmente, apenas o começo de diversas mudanças que
virão pela frente nos processos e na cultura organizacional, com desafios para
empresas e empregados de variados níveis hierárquicos.
Em todos os aspectos, os impactos da pandemia do Coronavírus ainda
são incalculáveis. No entanto, é certo que isso alterou a dinâmica de trabalho,
cobrando novos hábitos das corporações, inclusive modelos de gestão diferenciados.
“Empresas que eram receosas com o trabalho remoto, se viram obrigadas
a adotar essa solução, que tem se mostrado eficiente ou talvez a melhor
opção para o momento. Isso, porém, tem colocado à prova empresas que,
tradicionalmente, têm uma cultura de poder e controle (gestão centralizada)”,
argumenta Braga.
Nesse sentido, o executivo explica que manter os profissionais à distância
exige a adoção de um modelo descentralizado, com foco em performance
(entregas) e, não, apenas no controle das oito horas diárias trabalhadas. Em
consequência, as lideranças precisam desenvolver uma comunicação mais apurada,
com maior transparência na passagem das informações e alinhamentos
com os times, que, agora, estão descentralizados (pontos distintos) e precisam
manter os compromissos. “A gestão remota precisa ser assertiva, garantindo as
entregas na qualidade e nos prazos pré-estabelecidos com os clientes”, explica.
Portanto, no pós-pandemia, as empresas precisarão lidar com sua percepção
de como o trabalho deve ser feito, uma vez que precisarão mudar.
“Modelos tradicionais de gestão estão sendo questionados, até porque não
se mostraram eficientes no primeiro momento da quarentena, que exigiu respostas
rápidas, colaboração, cocriação e, sobretudo, decisão compartilhada e
descentralizada”, destaca Braga.
Da mesma forma, não apenas no pós-pandemia, mas mesmo antes, é
fundamental avaliar a estrutura das organizações, verificando se faz sentido
reestruturar, reduzindo custos, mas com uma atenção muito especial para não
perder capital intelectual. “Na última crise, várias empresas fizeram cortes,
tendo como base apenas os maiores salários. Isso levou a resultados desastrosos
no médio e longo prazos”, pontua o CEO da Prime, especializada na seleção
de executivos de média e alta gestão.
Um dos pontos que deve ser analisado, nesse contexto, é a real necessidade
de todos os colaboradores, independentemente da área de atuação, trabalharem
dentro das empresas. “Quanto custo fixo poderia ser reduzido com
a entrega de andares em prédios ao se adotar o home-office? As organizações
mais estratégicas têm líderes capazes de delegar e fazer os respectivos follow
ups, empoderando seus colaboradores, na tratativa dos problemas. Somente
praticando, crescemos. É o que chamamos de aprendizado on the job”, conclui
David Braga.
Ele reforça que as corporações que possuem práticas de gestão mais modernas,
ações diferenciadas de talent management, além de ideias e soluções
oriundas de startups e abertura para adotar modelos disruptivos, são as que
deram respostas mais ágeis e assertivas diante da crise. Por isso, a perspectiva
é de que a Covid-19 mude os negócios e a sociedade de maneira importante.
Após o atual período de urgências passar, as empresas devem considerar o
que muda e o que aprenderam para que possam refletir as transformações em
seus planos.
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