03.07.2020 Views

Revista Coamo edição Junho de 2020

Revista Coamo edição Junho de 2020

Revista Coamo edição Junho de 2020

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

EXPEDIENTE<br />

Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />

Ano 46 | Edição 503 | <strong>Junho</strong> <strong>de</strong> <strong>2020</strong><br />

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos: iduarte@coamo.com.br<br />

Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />

Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />

Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />

Milena Luiz Corrêa: mlcorrea@coamo.com.br<br />

Contato: (44) 3599-8129 - comunicacao@coamo.com.br<br />

Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,<br />

Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Edição <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />

Colaboração: Gerências <strong>de</strong> Assistência Técnica; Organização e Gestão da Qualida<strong>de</strong><br />

e Entrepostos.<br />

Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários Ltda<br />

Contato: (11) 5092-3305<br />

Contato publicitário: Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />

É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados ou<br />

citados não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

Acompanhe a <strong>Coamo</strong> pelas re<strong>de</strong>s sociais<br />

COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />

SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460<br />

www.coamo.com.br - coamo@coamo.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly<br />

Cal<strong>de</strong>rari, Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, Rogério <strong>de</strong> Mello Barth e Adriano Bartchechen.<br />

CONSELHO FISCAL: Ricieri Zanatta Neto, Diego Rogério Chitolina e Jonathan Henrique Welz Negri (Membros Efetivos). E<strong>de</strong>r Ricci, Clóvis Antonio Brunetta e Jorge Luiz<br />

Tonet (Membros Suplentes).<br />

DIRETORIA EXECUTIVA: Presi<strong>de</strong>nte Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin <strong>de</strong><br />

Mello. Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor <strong>de</strong> Logística e Operações: E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira. Diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles <strong>de</strong><br />

Oliveira Dias.<br />

Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,59 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2019: R$ 13,97 bilhões.<br />

Tributos e taxas gerados e recolhidos em 2019: R$ 382,32 milhões.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

3


SUMÁRIO<br />

44<br />

<strong>Coamo</strong> antecipa R$ /// em sobras<br />

?????????????????????????????????????????????????????????????????????????????<br />

4 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


SUMÁRIO<br />

Entrevista<br />

10<br />

José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo, é o entrevistado<br />

do mês. Ele aborda sobre a nova governança, faz um resgate da história e o que esperar para o futuro<br />

Vidas transformadas<br />

16<br />

Série <strong>de</strong> reportagens mostra a evolução dos cooperados e a vida transformada pelo cooperativismo.<br />

Conheça a história dos associados Irineu, Ricieri e João Zanatta, Urcino Pereira, e José Maria dos Santos<br />

24<br />

Como receber e armazenar as safras<br />

Des<strong>de</strong> a sua fundação, a <strong>Coamo</strong> realiza investimentos em um setor importante e que implica<br />

diretamente no trabalho dos cooperados. Receber e armazenar as safras <strong>de</strong> forma segura e<br />

eficiente sempre foi um dos objetivos da cooperativa com melhorias nas Unida<strong>de</strong>s<br />

Café, do campo à indústria<br />

34<br />

Reportagem mostra a ca<strong>de</strong>ia produtiva do café, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o campo até a industrialização. Produto faz<br />

parte do portfólio dos Alimentos <strong>Coamo</strong> e ajuda agregar valor à produção dos cooperados<br />

Segurança na produção <strong>de</strong> Alimentos<br />

40<br />

Qualida<strong>de</strong> e segurança alimentar são premissas da <strong>Coamo</strong> para a produção <strong>de</strong> alimentos. Com<br />

certificações e sistemas implementados, é possível produzir alimentos com origem e rastreabilida<strong>de</strong><br />

<strong>Coamo</strong> em décadas<br />

42<br />

Em cinco décadas foram expressivos os resultados conquistados pela <strong>Coamo</strong> e seus cooperados. A<br />

primeira década foi <strong>de</strong> consolidação, busca pelo aperfeiçoamento e <strong>de</strong>scentralização para várias regiões<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

5


#EuFaçoOFuturo<br />

Junto com a<br />

Jacto, sem sair<br />

do campo.<br />

2dcb.com.br<br />

Baixe o aplicativo direto no<br />

Google Play, Apple Store<br />

ou pelos QR Co<strong>de</strong>s abaixo:<br />

Com o Jacto Connect, você po<strong>de</strong> acessar os<br />

produtos e serviços a hora que quiser, ser<br />

atendido com facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer lugar<br />

durante toda a vida do seu produto. Baixe<br />

agora e <strong>de</strong>scubra todas as funcionalida<strong>de</strong>s.<br />

Conte com a gente!<br />

jacto.com


GOVERNANÇA<br />

Nova safra: aumento <strong>de</strong> recursos e redução <strong>de</strong> juros<br />

“<br />

A<br />

cida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> parar, mas<br />

se ela parar, o campo a<br />

fará ressurgir. Mas, se um<br />

dia o campo parar, todos sucumbirão.<br />

Nesta pan<strong>de</strong>mia, o campo<br />

não parou e garantiu nossa<br />

segurança alimentar, e também<br />

fez com que a alimentação não<br />

cessasse nas cida<strong>de</strong>s. Por isso,<br />

temos que agra<strong>de</strong>cer aos produtores<br />

rurais por conseguir manter<br />

os alimentos nas mesas dos<br />

brasileiros com qualida<strong>de</strong> e em<br />

quantida<strong>de</strong>.” Esta foi a mensagem<br />

do Governo Fe<strong>de</strong>ral ao lançar<br />

dia 17 <strong>de</strong> junho o Plano safra<br />

<strong>2020</strong>/2021 com volume total <strong>de</strong><br />

R$ 236,3 bilhões, dos quais R$<br />

179,4 bilhões para custeio e comercialização,<br />

R$ 56,9 bilhões<br />

para investimentos e R$ 1,3 bilhão<br />

para seguro rural.<br />

O setor agrícola sempre<br />

espera mais do Governo, mas<br />

po<strong>de</strong>mos avaliar como positivas<br />

as medidas do novo Plano Safra,<br />

principalmente, se levarmos em<br />

conta o momento em que o país<br />

está vivendo com as dificulda<strong>de</strong>s<br />

da pan<strong>de</strong>mia do coronavírus e os<br />

problemas políticos, que paralisam<br />

a economia do Brasil.<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />

Presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

Os volumes para o custeio<br />

e comercialização tiveram aumento<br />

<strong>de</strong> 5,9% em relação a safra<br />

anterior, passando para R$ 179,38<br />

bilhões. Os R$ 56,92 bilhões para<br />

investimentos em infraestrutura<br />

representam incremento <strong>de</strong> 6,6%<br />

e os recursos <strong>de</strong>stinados à subvenção<br />

ao seguro rural, passaram<br />

<strong>de</strong> R$ 1 bilhão para 1,3 bilhão,<br />

com aumento <strong>de</strong> 30%.<br />

Com relação aos juros, o<br />

governo anunciou redução nas taxas<br />

<strong>de</strong> juros <strong>de</strong> custeio para o Pronaf,<br />

<strong>de</strong> 3% e 4,6% para 2,75% e 4%<br />

ao ano, e para pequenos e médios<br />

produtores <strong>de</strong> 6% para 5% ao ano,<br />

e para os gran<strong>de</strong>s produtores será<br />

<strong>de</strong> 6% ao ano. Nas linhas <strong>de</strong> investimento,<br />

o Mo<strong>de</strong>rfrota caiu <strong>de</strong><br />

8,5% para 7,5% ao ano, e no Programa<br />

ABC, <strong>de</strong> 5,25% e 7% para<br />

4,5% a 6% ao ano.<br />

O setor cooperativista<br />

agra<strong>de</strong>ce a atuação do Ministério<br />

da Agricultura, por meio da<br />

ministra Tereza Cristina, que se<br />

empenhou para construir e divulgar<br />

aumento <strong>de</strong> recursos no<br />

Plano Safra <strong>2020</strong>/2021.<br />

Como disse a ministra, o<br />

campo vai bem, e isso foi mostrado<br />

com a colheita <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong><br />

safra 2019/<strong>2020</strong> <strong>de</strong> 250 milhões<br />

<strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos. O agronegócio<br />

não parou <strong>de</strong> trabalhar e<br />

os produtores brasileiros <strong>de</strong>sempenham<br />

um papel fundamental<br />

na nossa economia. Com certeza,<br />

eles continuarão fazendo a sua<br />

parte para produzir mais com tecnologia<br />

e eficiência no campo.<br />

"Com recursos<br />

necessários, orientamos<br />

os cooperados para<br />

que façam seus<br />

financiamentos na<br />

Credicoamo, para a<br />

proteção e seguro das<br />

suas lavouras."<br />

Com recursos disponíveis,<br />

orientamos os cooperados<br />

para que façam os financiamentos<br />

na Credicoamo, para proteger<br />

e segurar as lavouras.<br />

A nossa expectativa é<br />

que tenhamos a produção <strong>de</strong><br />

uma safra ainda maior, porque a<br />

colheita <strong>de</strong>sse ano, mesmo com<br />

períodos <strong>de</strong> seca, surpreen<strong>de</strong>u<br />

os produtores associados.<br />

Para aten<strong>de</strong>r os cooperados,<br />

a <strong>Coamo</strong> se preparou e<br />

adquiriu com antecedência os<br />

insumos a serem utilizados na<br />

próxima safra. Esse é um gran<strong>de</strong><br />

benefício, haja vista a quantida<strong>de</strong><br />

dos volumes e o número <strong>de</strong> produtores<br />

associados que, graças<br />

ao planejamento e profissionalismo<br />

da cooperativa fizeram excelentes<br />

negócios com a segurança<br />

e soli<strong>de</strong>z da sua cooperativa.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

7


8 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


GESTÃO<br />

Diferencial competitivo para<br />

agregação <strong>de</strong> valor<br />

A<br />

cada safra, o trabalho dos cooperados é adquirir<br />

com antecedência insumos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e lançar<br />

ao solo sementes, com o uso das tecnologias buscando<br />

sempre colher melhores produtivida<strong>de</strong>s.<br />

Após a colheita, a safra é <strong>de</strong>positada nos armazéns<br />

da <strong>Coamo</strong>, que tem uma estrutura privilegiada implantada<br />

ao longo dos anos. Resultado <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s investimentos<br />

para acomodar com tranquilida<strong>de</strong>, segurança e eficiência,<br />

a produção dos cooperados. Este é um diferencial, pois<br />

eles não precisam guardar sua produção em suas proprieda<strong>de</strong>s,<br />

mas armazenar na cooperativa.<br />

A estrutura dos entrepostos é fundamental para o<br />

sucesso das ativida<strong>de</strong>s dos cooperados. Iniciamos a colheita<br />

<strong>de</strong> uma nova safra <strong>de</strong> milho, que era “safrinha” e virou<br />

“safrona” nos últimos anos. Os produtores querem colher o<br />

mais rápido para fugir <strong>de</strong> possíveis problemas climáticos, e<br />

não ter comprometida a retirada do cereal do campo.<br />

Para que isso aconteça, a <strong>Coamo</strong> conta com uma<br />

equipe <strong>de</strong> profissionais e uma estratégia que é planejada<br />

e implementada, para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todas<br />

as regiões. Por isso, são realizados investimentos, aprovados<br />

pelo quadro social nas assembleias, resultando em<br />

a<strong>de</strong>quações e ampliações nas estruturas das 104 unida<strong>de</strong>s,<br />

que recebem a produção e estão localizadas bem<br />

perto das proprieda<strong>de</strong>s dos cooperados.<br />

Todo o trabalho que a área <strong>de</strong> Logística e Operações<br />

realiza tem este objetivo: reduzir o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga<br />

das colheitas nas unida<strong>de</strong>s da cooperativa. Felizmente,<br />

há muitos anos é pequeno o tempo <strong>de</strong> espera para entregar<br />

a produção. Muito diferente dos primeiros anos da<br />

<strong>Coamo</strong> na década <strong>de</strong> 1970, que pelas histórias contadas<br />

pelos pioneiros, duravam dias, fazendo com que produtores<br />

e funcionários dormissem nos caminhões para não<br />

per<strong>de</strong>r a vez nas filas.<br />

Mas isso é coisa do passado, <strong>de</strong> um tempo vivido<br />

pelos avós e pais. Os cooperados mais novos não presenciaram<br />

essa situação e só sabem disso pelas conversas contadas<br />

pelos produtores mais antigos.<br />

A história comprova que a <strong>Coamo</strong> sempre foi<br />

"A estrutura dos entrepostos é expressiva<br />

e fundamental para o sucesso<br />

das ativida<strong>de</strong>s dos cooperados."<br />

mais além e esteve à frente do seu tempo. Investiu <strong>de</strong> forma<br />

expressiva nas estruturas <strong>de</strong> recebimento das unida<strong>de</strong>s,<br />

e sempre praticou o cooperativismo <strong>de</strong> resultados ao<br />

longo dos seus 50 anos.<br />

Por meio <strong>de</strong> uma frota própria com centenas <strong>de</strong><br />

caminhões, além dos terceirizados, promovemos o <strong>de</strong>slocamento<br />

da produção entre os armazéns e unida<strong>de</strong>s, para<br />

que a estrutura esteja livre e pronta, à espera da gran<strong>de</strong><br />

colheita dos cooperados.<br />

A satisfação <strong>de</strong>les com o atendimento na hora<br />

certa é o objetivo do trabalho, por isso consi<strong>de</strong>ramos a<br />

logística e operações como um diferencial a ser mantido<br />

com a melhor estrutura para a competitivida<strong>de</strong> no agronegócio.<br />

Relevante é o recebimento em várias unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> safra 2019/<strong>2020</strong>. Exemplo disso, foi registrado<br />

em Maracaju e Vista Alegre, no Mato Grosso do Sul,<br />

com mais <strong>de</strong> 5,0 milhões <strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> soja recebidas, um<br />

recor<strong>de</strong> em uma mesma safra,<br />

na história dos 50 anos da<br />

<strong>Coamo</strong>. E gran<strong>de</strong> safra nunca<br />

foi e nunca será problema,<br />

mas uma solução.<br />

AIRTON GALINARI<br />

Presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

9


ENTREVISTA: JOSÉ AROLDO GALLASSINI<br />

"Não fundamos a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo para<br />

uma geração, mas para uma vida toda."<br />

Comandar uma empresa<br />

é uma gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>.<br />

Decisões<br />

importantes precisam ser tomadas<br />

a todo momento, po<strong>de</strong>ndo<br />

impactar nos negócios<br />

e nas pessoas que <strong>de</strong>las <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m.<br />

Um bom lí<strong>de</strong>r sabe<br />

disso e toma as <strong>de</strong>vidas precauções<br />

quando <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> passar<br />

o bastão. Ele sabe que mudanças<br />

<strong>de</strong> gestão são arriscadas,<br />

por isso é fundamental garantir<br />

uma sucessão tranquila.<br />

Executivo experiente,<br />

José Aroldo Gallassini, tem<br />

essa visão. “Eu podia chegar e<br />

dizer ‘olha, eu estou com uma<br />

certa ida<strong>de</strong>, estou bem financeiramente,<br />

dá pra tocar a vida,<br />

e vou virar as costas e sair, não<br />

quero mais saber’. Não vou fazer<br />

isso. Não posso fazer isso.<br />

Pela minha responsabilida<strong>de</strong><br />

e pelo sucesso que tivemos<br />

até aqui”, afirma, justificando<br />

os motivos que o levaram a<br />

orquestrar um plano <strong>de</strong> sucessão.<br />

“Não fundamos a <strong>Coamo</strong><br />

e a Credicoamo para uma geração<br />

ou duas, mas para a vida<br />

toda. Elas têm que continuar,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> quem esteja<br />

no comando”, frisa.<br />

Em entrevista, o agora<br />

presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong><br />

Administração, conta como ficou<br />

a nova estrutura organizacional.<br />

José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte<br />

dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da<br />

<strong>Coamo</strong> e da Credicoamo<br />

10 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: Qual o segredo<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>Coamo</strong>?<br />

José Aroldo Gallassini: Começamos<br />

do zero e construímos uma<br />

gran<strong>de</strong> cooperativa. A <strong>Coamo</strong><br />

Agroindustrial Cooperativa é a<br />

35ª maior empresa do Brasil e a<br />

1ª maior empresa do Paraná. Com<br />

se<strong>de</strong> em Campo Mourão (Centro-<br />

-Oeste do Paraná), possui entrepostos<br />

em 71 municípios do Paraná,<br />

Santa Catarina e Mato Grosso<br />

do Sul. A cooperativa é <strong>de</strong>staque<br />

no anuário da Exame, consi<strong>de</strong>rada<br />

uma das mais importantes<br />

publicações do país. A <strong>Coamo</strong> é<br />

também a 10ª maior do país com<br />

capital 100% nacional. Posso dizer<br />

com segurança que o segredo <strong>de</strong><br />

todo esse sucesso é a sua credibilida<strong>de</strong><br />

junto ao seus cooperados.<br />

São 50 anos trabalhando ao lado<br />

<strong>de</strong>les, apoiando o seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e impulsionando a economia<br />

dos municípios em que a cooperativa<br />

atua. Po<strong>de</strong>mos dizer que<br />

a história <strong>de</strong> Campo Mourão po<strong>de</strong><br />

ser dividida em antes e <strong>de</strong>pois do<br />

surgimento da cooperativa. No final<br />

da década <strong>de</strong> 1960, boa parte<br />

da região era <strong>de</strong> uma pobreza<br />

bastante gran<strong>de</strong>. Vivíamos o final<br />

do ciclo da ma<strong>de</strong>ira e, à medida<br />

que as empresas foram encerrando<br />

suas ativida<strong>de</strong>s, a situação<br />

econômica dos produtores rurais<br />

foi piorando. Quando <strong>de</strong>cidimos<br />

fundar uma cooperativa, já foi possível<br />

uma melhor organização dos<br />

produtores. A <strong>Coamo</strong> foi constituída<br />

por 79 agricultores. Depois foi<br />

entrando bastante gente e a cooperativa<br />

foi se consolidando. Em<br />

resumo, a agricultura na região <strong>de</strong><br />

Campo Mourão <strong>de</strong>u certo porque<br />

a cooperativa se colocou ao lado<br />

do produtor.<br />

RC: Qual é o gran<strong>de</strong> aprendizado<br />

<strong>de</strong> sua experiência no cooperativismo?<br />

Gallassini: Esses 50 anos <strong>de</strong> trabalho<br />

me <strong>de</strong>ram uma bagagem<br />

gran<strong>de</strong> em diversos assuntos. Eu<br />

trabalhava na Acarpa quando aju<strong>de</strong>i<br />

a constituir a <strong>Coamo</strong>. Isso foi<br />

O segredo do sucesso<br />

é a sua credibilida<strong>de</strong><br />

junto aos cooperados.<br />

São 50 anos<br />

trabalhando para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong>les."<br />

em 1970. Dois anos <strong>de</strong>pois, fui<br />

contratado como gerente e, em<br />

1975, assumi a presidência. Mais<br />

tar<strong>de</strong>, sentimos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ter uma cooperativa <strong>de</strong> crédito<br />

para apoiar nossos agricultores.<br />

Constituímos, então, a Credicoamo.<br />

Tanto a <strong>Coamo</strong> como a Credicoamo<br />

<strong>de</strong>ram muito certo. O sucesso<br />

é inegável. E <strong>de</strong> tudo o que<br />

aprendi nessas cinco décadas,<br />

posso dizer com segurança que a<br />

gran<strong>de</strong> lição que levo comigo é o<br />

lado social do cooperativismo, ou<br />

seja, o fato <strong>de</strong> que o cooperado<br />

precisa ser bem atendido.<br />

RC: Quais estratégias adotou na<br />

gestão da <strong>Coamo</strong> que consi<strong>de</strong>ra<br />

exitosas?<br />

Gallassini: A <strong>Coamo</strong> é uma gran<strong>de</strong><br />

cooperativa. Possui mais <strong>de</strong> 29<br />

mil cooperados. A previsão para<br />

este ano é receber 8,920 milhões<br />

<strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos. E o faturamento<br />

está estimado em R$ 16<br />

bilhões. O que <strong>de</strong>u certo, na minha<br />

visão, foi escolher uma única<br />

linha <strong>de</strong> atuação. A <strong>Coamo</strong> é uma<br />

cooperativa <strong>de</strong> grãos. Atuamos<br />

em todos os processos, da orientação<br />

aos cooperados em relação<br />

ao plantio à armazenagem, industrialização<br />

e comercialização.<br />

Ao longo <strong>de</strong> 50 anos, poucos<br />

projetos nossos não tiveram ligação<br />

com grãos. Investimos neles,<br />

aten<strong>de</strong>ndo solicitações <strong>de</strong> nossos<br />

cooperados. Mas, aos poucos,<br />

eles foram percebendo que o retorno<br />

econômico não era bem o<br />

que eles esperavam. Foram <strong>de</strong>sistindo<br />

e não <strong>de</strong>mos sequência a<br />

esses projetos.<br />

RC: A experiência da <strong>Coamo</strong> na<br />

pecuária e proteína animal foi um<br />

<strong>de</strong>sses projetos?<br />

Gallassini: A <strong>Coamo</strong> sempre fez<br />

a vonta<strong>de</strong> dos seus cooperados,<br />

por isso, há alguns anos, investimos<br />

na suinocultura. Um grupo<br />

<strong>de</strong> cooperados tinha cria<strong>de</strong>iras<br />

e outro grupo fazia a engorda,<br />

e a cooperativa comercializava.<br />

Isso foi bem até certa altura, mas<br />

daí veio uma crise e os cooperados,<br />

principalmente aqueles com<br />

cria<strong>de</strong>iras, foram <strong>de</strong>sistindo. Esta<br />

experiência só reforçou o entendimento<br />

<strong>de</strong> que o perfil do nosso<br />

cooperado é grãos.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 11


ENTREVISTA: JOSÉ AROLDO GALLASSINI<br />

“DE TUDO O QUE APRENDI EM CINCO DÉCADAS, A GRANDE LIÇÃO É O LADO SOCIAL<br />

QUE O COOPERATIVISMO TEM. O COOPERADO PRECISA SER BEM ATENDIDO."<br />

José Aroldo Gallassini<br />

RC: A <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo<br />

adotaram um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

gestão e governança. O que o senhor<br />

espera com essas mudanças?<br />

Gallassini: O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governança<br />

adotado pelo cooperativismo<br />

é um pouco do Brasil, no<br />

sentido <strong>de</strong> que o comando é <strong>de</strong>cidido<br />

por eleição. Os associados<br />

fundam a cooperativa, elegem<br />

uma diretoria que tem presi<strong>de</strong>nte,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte, secretários e conselheiros<br />

<strong>de</strong> administração e fiscal.<br />

De maneira geral, esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

governança <strong>de</strong>u certo. O gran<strong>de</strong><br />

risco, porém, é a sucessão e a garantia<br />

<strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> da cooperativa.<br />

Uma eleição po<strong>de</strong> mudar<br />

toda a diretoria <strong>de</strong> uma única vez<br />

e isso po<strong>de</strong> trazer problemas, porque<br />

a sucessão não é planejada.<br />

Por este motivo, chegamos à conclusão<br />

<strong>de</strong> que era preciso mudar.<br />

Não fundamos a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo<br />

para uma geração ou duas,<br />

mas para a vida toda. Elas têm que<br />

continuar, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> quem<br />

esteja no comando. Nosso novo<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governança assemelha-se<br />

ao adotado por gran<strong>de</strong>s<br />

bancos, corporações, indústrias,<br />

principalmente, os negócios familiares.<br />

Também cooperativas<br />

da Europa implantaram esse mo<strong>de</strong>lo.<br />

Temos um Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

composto por nove<br />

cooperados que irão assessorar a<br />

Diretoria Executiva. Este Conselho<br />

se reúne uma vez por mês, e o seu<br />

presi<strong>de</strong>nte dá expediente integral<br />

na cooperativa. Já a Diretoria<br />

Executiva é contratada, possui um<br />

diretor-presi<strong>de</strong>nte e cinco diretores<br />

<strong>de</strong> área, todos profissionais<br />

com 30 a 40 anos <strong>de</strong> trabalho na<br />

<strong>Coamo</strong>.<br />

RC: Qual a importância <strong>de</strong> ter na<br />

Diretoria Executiva profissionais<br />

que são pratas da casa?<br />

Gallassini: Os cinco diretores escolhidos<br />

para compor a Diretoria<br />

Executiva e o presi<strong>de</strong>nte executivo<br />

da <strong>Coamo</strong> conhecem como ninguém<br />

a gestão da cooperativa e<br />

como se trabalha com os cooperados.<br />

Nesses 50 anos <strong>de</strong> cooperativismo,<br />

aprendi que não dá certo<br />

contratar um executivo <strong>de</strong> uma<br />

gran<strong>de</strong> empresa para comandar<br />

uma cooperativa. Uma empresa<br />

gran<strong>de</strong> é formada por gran<strong>de</strong>s<br />

executivos, gente muito competente,<br />

mas com foco econômico. A<br />

busca é pelo lucro. A cooperativa<br />

tem o aspecto econômico que é<br />

importante, mas tão importante<br />

quanto, é o social. Uma cooperativa<br />

precisa trabalhar por aquele<br />

que está na base, pelo seu cooperado.<br />

Ela tem que pensar em tudo,<br />

da produção <strong>de</strong> sementes, plantio,<br />

colheita, entrega, armazenagem,<br />

industrialização até a comercialização.<br />

Tem ainda que ajudar o<br />

cooperado a buscar novas tecnologias<br />

e garantir empréstimo, tirando<br />

do seu capital do giro, para<br />

que ele possa plantar. Enfim, uma<br />

cooperativa tem objetivos que<br />

uma empresa não tem.<br />

RC: A nova governança vai manter<br />

a essência da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo?<br />

Gallassini: A <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo<br />

não po<strong>de</strong>m correr riscos,<br />

por isso é importante manter a sua<br />

essência. É por causa disso que fiz<br />

questão <strong>de</strong> cumprir expediente na<br />

cooperativa, na função <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

na gestão <strong>2020</strong>/2024. Eu podia<br />

chegar e dizer ‘olha, eu estou com<br />

uma certa ida<strong>de</strong>, estou bem financeiramente,<br />

dá pra tocar a vida, e<br />

vou virar as costas e sair, não quero<br />

mais saber’. Não vou fazer isso. Não<br />

posso fazer isso. Pela minha responsabilida<strong>de</strong><br />

e pelo sucesso que<br />

tivemos até aqui. Mas amanhã ou<br />

<strong>de</strong>pois, posso não estar mais aqui,<br />

aí não posso garantir que o estilo<br />

atual <strong>de</strong> gestão vai continuar igual.<br />

12 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


Administrar uma empresa é uma<br />

coisa muito pessoal.<br />

RC: Como o senhor acredita que<br />

<strong>de</strong>ve ser mantida a coesão e o<br />

sentimento <strong>de</strong> pertencimento dos<br />

cooperados, principalmente para<br />

aqueles que não vivenciaram a<br />

história do trabalho e as conquistas<br />

<strong>de</strong> décadas anteriores?<br />

Gallassini: Temos que trabalhar<br />

muito esses dois públicos: o gran<strong>de</strong><br />

e o jovem produtor. É preciso<br />

enten<strong>de</strong>r isso. Com o gran<strong>de</strong><br />

produtor, o objetivo é fazer com<br />

que ele consiga ver além do que<br />

é do seu interesse. Ele está numa<br />

cooperativa, tem que trabalhar <strong>de</strong><br />

acordo com a cooperativa, e perceber<br />

que, <strong>de</strong>ssa forma, há benefícios<br />

para todos, fruto da união <strong>de</strong><br />

todos. Já o jovem é contestador<br />

por natureza, quer mudar o mundo.<br />

Ele acha que os pais, às vezes,<br />

não têm visão. Então, surgem os<br />

conflitos <strong>de</strong> gerações. Na <strong>Coamo</strong>,<br />

temos um programa <strong>de</strong> formação<br />

<strong>de</strong> jovens lí<strong>de</strong>res, on<strong>de</strong> eles conhecem<br />

a filosofia cooperativista<br />

e enten<strong>de</strong>m a importância <strong>de</strong> dar<br />

sequência ao trabalho dos pais. Já<br />

são mais <strong>de</strong> 900 jovens formados<br />

em 23 turmas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998.<br />

RC: A <strong>Coamo</strong> é uma gran<strong>de</strong> empresa<br />

<strong>de</strong> comodities internacionais.<br />

Faz parte das estratégias entrar<br />

em operações internacionais,<br />

por meio <strong>de</strong> alianças, com cooperativas<br />

e empresas <strong>de</strong> outros países?<br />

Gallassini: Não. A estratégia comercial<br />

da <strong>Coamo</strong> é atuar individualmente.<br />

Exportamos cerca <strong>de</strong> 50%<br />

da produção recebida dos nossos<br />

cooperados. A comercialização das<br />

commodities agrícolas é feita com<br />

base nos sistemas FOB e CIF, com<br />

certificado <strong>de</strong> rastreabilida<strong>de</strong>, que<br />

garante o controle dos produtos<br />

<strong>Coamo</strong> do campo até o seu <strong>de</strong>stino.<br />

Temos também um terminal portuário<br />

próprio no Porto <strong>de</strong> Paranaguá,<br />

principal porta <strong>de</strong> saída para o<br />

"O cooperativismo é<br />

antes <strong>de</strong> tudo uma<br />

filosofia <strong>de</strong> vida.<br />

Desenvolve milhões<br />

<strong>de</strong> cooperados e<br />

familiares."<br />

mercado externo. Atualmente, ven<strong>de</strong>mos<br />

para Europa, China e vários<br />

outros países da Ásia.<br />

RC: Qual a importância do Sistema<br />

Ocepar para a consolidação<br />

do cooperativismo no Paraná e<br />

melhoria do processo <strong>de</strong> governança<br />

e gestão do setor?<br />

Gallassini: Consi<strong>de</strong>ro a Ocepar<br />

(Sindicato e Organização das Cooperativas<br />

do Paraná) o órgão político<br />

do cooperativismo, em âmbito<br />

estadual, e a OCB, em âmbito<br />

nacional. Então, o Sistema Ocepar<br />

presta um gran<strong>de</strong> trabalho que<br />

é coroado <strong>de</strong> sucesso. Orgulha<br />

e eleva o cooperativismo paranaense<br />

por sua serieda<strong>de</strong>, gestão<br />

e contribuição para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do nosso setor.<br />

RC: Qual sua visão sobre o futuro<br />

do cooperativismo do Paraná?<br />

Gallassini: A minha vida gira em<br />

torno do cooperativismo, afinal, são<br />

50 anos <strong>de</strong> trabalho na <strong>Coamo</strong> e 30<br />

anos na Credicoamo. Sou produtor<br />

<strong>de</strong> soja, milho e crio boi, portanto,<br />

sou cooperado da <strong>Coamo</strong> (agropecuária),<br />

Credicoamo (crédito),<br />

Cooperaliança (carnes) e, também,<br />

beneficiário da Unimed (saú<strong>de</strong>).<br />

Então, o cooperativismo é a minha<br />

vida. Entendo que o cooperativismo<br />

continuará tendo muito sucesso,<br />

porque nenhuma empresa comum<br />

faz igual a uma cooperativa.<br />

Empresas da China tentaram se<br />

estabelecer aqui. Apareceram também<br />

multinacionais com a intenção<br />

<strong>de</strong> comprar empresas locais para<br />

receber soja na origem. Empresas<br />

querem lucrar, diferente das cooperativas,<br />

que tentam equilibrar o<br />

econômico com o social. Por isso,<br />

digo que esse trabalho junto ao<br />

cooperado tem que ser feito pelas<br />

cooperativas. E tem também a<br />

introdução <strong>de</strong> novas tecnologias, o<br />

apoio para o aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />

e armazenagem suficiente,<br />

para que todos os cooperados<br />

possam ser atendidos. Isso só o<br />

cooperativismo faz. O cooperativismo<br />

é, antes <strong>de</strong> tudo, uma filosofia<br />

<strong>de</strong> vida. Tenho plena certeza <strong>de</strong><br />

que continuará a prestar gran<strong>de</strong>s<br />

serviços para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> cooperados e seus<br />

familiares.<br />

Entrevista publicada, também, na <strong>Revista</strong> Paraná Cooperativo.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 13


COOPERATIVISMO<br />

Conjugando o verbo cooperar<br />

Nei Renczeczen com o filho Cristiano e o neto Cristofer: trabalho,<br />

evolução e sucessão no campo são <strong>de</strong>staques na família <strong>de</strong> Pitanga (PR)<br />

Os cooperados são a razão<br />

da existência da <strong>Coamo</strong> e<br />

da Credicoamo e fazem o<br />

sucesso do cooperativismo. É para<br />

eles que as cooperativas atuam fortes<br />

e firmes, aten<strong>de</strong>ndo suas <strong>de</strong>mandas<br />

e necessida<strong>de</strong>s, com eficiência e<br />

qualida<strong>de</strong> na prestação <strong>de</strong> serviços e<br />

o profissionalismo da diretoria e funcionários.<br />

Comemorado sempre no<br />

primeiro sábado <strong>de</strong> julho, o Dia do<br />

Homenagem ao Cooperativismo<br />

A <strong>Coamo</strong> produziu um filme em homenagem<br />

ao cooperativismo, fazendo parte dos seus 50<br />

anos. No material, cooperados contam a transformação<br />

<strong>de</strong> suas vidas por meio <strong>de</strong>ste sistema<br />

que gera renda e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Cooperativismo, lembra<br />

e resgata a história <strong>de</strong>sse<br />

importante instrumento<br />

<strong>de</strong> transformação.<br />

Os associados<br />

da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo<br />

integram um sistema<br />

que proporciona o<br />

bem comum e inúmeros<br />

benefícios, por meio <strong>de</strong><br />

uma parceria sólida e vitoriosa<br />

visando o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da agricultura<br />

e pecuária, e a produção<br />

<strong>de</strong> alimentos para o Brasil<br />

e o mundo. “O cooperativismo<br />

é um movimento<br />

e antes <strong>de</strong> tudo uma<br />

filosofia <strong>de</strong> vida. É um instrumento<br />

eficaz que une<br />

pessoas e promove o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento econômico<br />

e bem-estar social,<br />

tendo como referencial a participação<br />

<strong>de</strong>mocrática, solidarieda<strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pendência<br />

e autonomia”, explica o<br />

engenheiro agrônomo José Aroldo<br />

Gallassini, i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte<br />

dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da<br />

<strong>Coamo</strong> e da Credicoamo. As cooperativas<br />

continuam trabalhando, pensando<br />

e agindo para o melhor dos<br />

associados e familiares.<br />

Para acessar o<br />

ví<strong>de</strong>o, aproxime<br />

o celular com<br />

leitor QR Co<strong>de</strong><br />

na imagem.<br />

SER COOPERADO COAMO<br />

São muitos os benefícios disponibilizados<br />

pela <strong>Coamo</strong> aos associados,<br />

nas áreas <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e inovação; logística, gestão<br />

e suporte; e da cooperação que vai<br />

além do campo. Os associados têm à<br />

disposição apoio da assistência técnica<br />

que presta serviços <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o planejamento<br />

à comercialização da safra,<br />

inclusive com atendimento à campo<br />

por meio da utilização <strong>de</strong> tecnologia<br />

móvel e agricultura <strong>de</strong> precisão.<br />

Importante também é o trabalho<br />

realizado no planejamento e organização<br />

da produção agrícola, <strong>de</strong><br />

acordo com as particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

cada região <strong>de</strong> atuação da <strong>Coamo</strong>, o<br />

fornecimento <strong>de</strong> sementes produzidas<br />

e tratadas em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Beneficiamento<br />

próprias e o fornecimento<br />

dos insumos agropecuários <strong>de</strong> alta<br />

tecnologia com qualida<strong>de</strong> assegurada,<br />

por meio <strong>de</strong> planos e condições<br />

comerciais exclusivas.<br />

Na área <strong>de</strong> Logística, por exemplo, a<br />

estrutura da cooperativa, com mais<br />

<strong>de</strong> 104 unida<strong>de</strong>s é tecnologicamente<br />

atualizada e ágil para a recepção,<br />

classificação, armazenamento e exp<strong>edição</strong><br />

<strong>de</strong> produtos agrícolas, com<br />

ampla cobertura geográfica, o que<br />

garante ao cooperado redução <strong>de</strong><br />

gastos e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comercializar<br />

sua produção na época que<br />

julgar mais a<strong>de</strong>quada. "A <strong>Coamo</strong><br />

tem uma logística a<strong>de</strong>quada e segura<br />

para movimentação <strong>de</strong> produtos<br />

agrícolas, industrializados e insumos<br />

agrícolas, por meio <strong>de</strong> frota própria,<br />

frota <strong>de</strong>dicada e frota spot (parcerias<br />

com fornecedores <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />

transporte)", explica Airton Galinari,<br />

presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong>.<br />

14 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


Há 50 anos<br />

a <strong>Coamo</strong><br />

transforma vidas.<br />

E aqui vamos<br />

conhecer<br />

algumas <strong>de</strong>las.


Uma história <strong>de</strong> sucesso<br />

De empregado<br />

a parte <strong>de</strong><br />

uma história<br />

<strong>de</strong> sucesso<br />

A transformação <strong>de</strong> Urcino Pereira<br />

O ano era 1976. Um então<br />

fazen<strong>de</strong>iro do distrito <strong>de</strong><br />

Piquirivaí, em Campo Mourão,<br />

pega um <strong>de</strong> seus diaristas,<br />

coloca no carro e o leva até uma<br />

cooperativa para se associar.<br />

A cooperativa ainda no início,<br />

com seis anos <strong>de</strong> fundação,<br />

era a <strong>Coamo</strong> e o trabalhador<br />

rural, o hoje cooperado Urcino<br />

Pereira. Quarenta e quatro<br />

anos se passaram, muitas<br />

foram as transformações tanto<br />

na vida do associado como na<br />

cooperativa, que em novembro<br />

completará 50 anos.<br />

O cooperativismo proporciona histórias<br />

inspiradoras. São famílias que ao<br />

longo dos anos conseguiram evoluir e<br />

tiveram as vidas transformadas. “É até<br />

engraçado dizer que um boia fria, que<br />

ganhava pelo dia que trabalhava, hoje<br />

planta 300 alqueires <strong>de</strong> lavoura”, diz seu<br />

Urcino, que viu a sua vida se transformar<br />

quando o seu então patrão arrendou<br />

para ele dois alqueires <strong>de</strong> terra e o levou<br />

para se associar à <strong>Coamo</strong>.<br />

O cooperado trabalhava na mesma<br />

proprieda<strong>de</strong> que hoje arrenda e planta<br />

com a família. Ele trabalhou por 15<br />

anos na fazenda e <strong>de</strong>pois arrendou as<br />

terras. “Se eu não tivesse a coragem<br />

que tive, seria tudo diferente”, frisa.<br />

Seu Urcino recorda o dia que o patrão<br />

chegou e falou que o levaria à <strong>Coamo</strong>,<br />

que na época tinha seis anos <strong>de</strong><br />

fundação: “Eu falei que não tinha nada,<br />

mas ele lembrou que eu tocava dois<br />

alqueires <strong>de</strong> terra. Lembro também<br />

das palavras que o patrão disse: você<br />

po<strong>de</strong> não ter muita coisa, mas é um<br />

gran<strong>de</strong> homem, um trabalhador.<br />

Assim começou a minha história com a<br />

<strong>Coamo</strong>”, diz.<br />

Ele trabalha na proprieda<strong>de</strong> em<br />

parceria com os três filhos, Si<strong>de</strong>nei,<br />

Osnei e Rogerlei, também cooperados.<br />

“Somos 100% <strong>Coamo</strong>. A partir do<br />

momento que o fazen<strong>de</strong>iro me levou<br />

a <strong>Coamo</strong>, e me tornei associado,<br />

tudo mudou e para melhorar. De<br />

dois alqueires temos 300 <strong>de</strong> lavoura<br />

e já tenho área própria. A intenção é<br />

continuar trabalhando e progredindo.<br />

Tenho um gran<strong>de</strong> prazer <strong>de</strong> ir à <strong>Coamo</strong><br />

porque sou muito bem recebido.”<br />

Ele trabalha na proprieda<strong>de</strong> em parceria com os três filhos, Si<strong>de</strong>nei, Osnei e Rogerlei, também cooperados.


O cooperado<br />

aconselha para<br />

que as pessoas<br />

trabalhem <strong>de</strong> forma<br />

honesta e busquem<br />

seus sonhos .<br />

Sempre acor<strong>de</strong>i cedo para trabalhar e dizia para minha<br />

esposa a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter pelo menos uma casa para morar<br />

e dar conforto para a família. Mas, não imaginava que<br />

fosse ter o que tenho hoje. Nunca pensei que pu<strong>de</strong>sse<br />

comprar caminhão, máquinas agrícolas e caminhonete<br />

do ano. Isso não passava pela minha cabeça. Mas, é o<br />

resultado <strong>de</strong> muito empenho e <strong>de</strong>dicação.<br />

Seu Urcino lembra que muitas vezes,<br />

quando ainda era diarista na fazenda,<br />

ouvia dos colegas que era um ‘puxasaco’<br />

da fazenda, porque não parava<br />

e dava conta <strong>de</strong> tudo. “Eu sempre<br />

tive comigo que <strong>de</strong>veria merecer<br />

pelo que estava ganhando e fazia a<br />

minha parte. E olha o que aconteceu<br />

tempos <strong>de</strong>pois: o fazen<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>ixou<br />

a sua proprieda<strong>de</strong> nas minhas mãos,<br />

arrendou tudo porque viu que eu era<br />

um homem trabalhador e honesto.”<br />

Baiano, seu Ursino veio ainda jovem<br />

para o Paraná. Os pais, segundo ele,<br />

não conseguiram ganhar dinheiro, e<br />

os irmãos acabaram indo embora para<br />

outras cida<strong>de</strong>s. Já ele, encarou o cabo<br />

<strong>de</strong> enxada e não mediu esforços na<br />

lida com a agricultura. “Não faz muito<br />

tempo que evoluímos. Na <strong>Coamo</strong><br />

entramos há mais tempo, mas <strong>de</strong> uns<br />

15 anos para cá é que tivemos essa<br />

gran<strong>de</strong> mudança na vida. Subi muito<br />

e não vou parar. O segredo é fazer<br />

bem feito porque sempre tem alguém<br />

olhando para você. Posso dizer que<br />

sou um homem privilegiado e muito<br />

feliz <strong>de</strong> ser cooperado e ter a <strong>Coamo</strong><br />

como parceira.”<br />

Todo o esforço, trabalho e <strong>de</strong>dicação<br />

do cooperado <strong>de</strong>ixaram marcas,<br />

principalmente em suas mãos. Os<br />

calos, como ele diz, são como uma<br />

medalha pelas conquistas. “Isso aqui<br />

[mostrando para as mãos] nunca<br />

sairá. É uma herança <strong>de</strong> quando era<br />

novo, são marcas do cabo da enxada.”<br />

Com 74 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, o ritmo <strong>de</strong><br />

trabalho diminuiu um pouco. Mas, ele<br />

está sempre por perto das ativida<strong>de</strong>s,<br />

acompanhando tudo e fazendo<br />

companhia para os três filhos e netos<br />

que estão cuidando <strong>de</strong> toda a parte<br />

operacional da proprieda<strong>de</strong>. “Temos<br />

maquinários bons e todos adquiridos<br />

na <strong>Coamo</strong>, que sempre me ajudou<br />

na condução <strong>de</strong> tudo. A história<br />

da cooperativa é bem parecida<br />

com a minha. Nós evoluímos e nos<br />

transformamos.”<br />

Para ele, sem a <strong>Coamo</strong> e o<br />

cooperativismo, a história<br />

seria totalmente diferente. “O<br />

cooperativismo é a melhor coisa que<br />

fizeram. É uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />

para quem quer trabalhar e evoluir <strong>de</strong><br />

forma honesta. Trabalhe, seja parceiro<br />

da cooperativa e o retorno será muito<br />

bom. Esses ensinamentos já passei<br />

para os meus filhos e tenho certeza<br />

<strong>de</strong> que terão a <strong>Coamo</strong> como parceira<br />

para o resto <strong>de</strong> suas vidas.”


Continuida<strong>de</strong> no trabalho<br />

Sucesso e<br />

evolução no<br />

campo<br />

O trabalho da família Zanatta<br />

Em Mamborê os<br />

irmãos Irineu,<br />

Ricieri e João Luiz<br />

Zanatta estão dando<br />

continuida<strong>de</strong> ao<br />

trabalho iniciado pelo<br />

pai Angelo Zanatta,<br />

que chegou no<br />

município em 1951<br />

Em Mamborê os irmãos Irineu,<br />

Ricieri e João Luiz Zanatta estão<br />

dando continuida<strong>de</strong> ao trabalho<br />

iniciado pelo pai Angelo Zanatta,<br />

que chegou no município em<br />

1951. Inicialmente ele trabalhou<br />

com ma<strong>de</strong>ira, primeiro como<br />

funcionário e <strong>de</strong>pois proprietário<br />

<strong>de</strong> serraria. Com o fim do ciclo<br />

da ma<strong>de</strong>ira, passou para a<br />

agricultura e pecuária.<br />

A proprieda<strong>de</strong> foi adquirida em<br />

1969 e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então passou por<br />

evoluções e transformações.<br />

Os três irmãos trabalham em<br />

parceria, como uma extensão<br />

do cooperativismo praticado<br />

pela <strong>Coamo</strong>. “Nossos pais<br />

sempre apoiaram e incentivaram<br />

para que ficássemos unidos,<br />

dando continuida<strong>de</strong> ao que<br />

conquistaram”, conta.<br />

Ele lembra que o pai foi um dos<br />

pioneiros do município e da<br />

<strong>Coamo</strong>, com gran<strong>de</strong> participação.<br />

“É um sentimento <strong>de</strong> orgulho<br />

fazer parte <strong>de</strong>ssa história. Nosso<br />

pai <strong>de</strong>ixou seu legado e estamos<br />

seguindo seus passos.”<br />

Para Ricieri, o cooperativismo<br />

agrega e a <strong>Coamo</strong> sempre<br />

foi parceira apoiando e<br />

Irineu, Ricieri e João Zanatta


“Evoluímos juntos e creditamos<br />

isso ao cooperativismo, a <strong>Coamo</strong>,<br />

que sempre aten<strong>de</strong>u as nossas<br />

necessida<strong>de</strong>s.”<br />

oferecendo toda condição<br />

para que as ativida<strong>de</strong>s<br />

fossem conduzidas da<br />

melhor maneira possível.<br />

“Eu cresci vendo a <strong>Coamo</strong><br />

evoluir. A cooperativa<br />

sempre esteve do nosso<br />

lado. Com o cooperativismo<br />

conquistamos mais. Essa<br />

evolução é graças ao nosso<br />

trabalho e à <strong>Coamo</strong>.”<br />

Na proprieda<strong>de</strong> são<br />

<strong>de</strong>senvolvidas ativida<strong>de</strong>s<br />

agrícola e pecuária, com<br />

integração entre lavoura<br />

e gado. Irineu é o irmão<br />

mais velho. Ele diz que o<br />

cooperativismo acrescenta<br />

e colabora para a evolução<br />

das famílias. “São vários os<br />

benefícios que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o momento do plantio até<br />

a comercialização da safra.<br />

Cooperativa e cooperados são<br />

como um time, on<strong>de</strong> todos têm<br />

o mesmo objetivo, puxam para<br />

o mesmo lado. Nesses anos,<br />

houve uma gran<strong>de</strong> evolução<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o tempo do nosso pai.<br />

Acompanhei tudo <strong>de</strong> perto.<br />

Agora, estamos passando pelo<br />

nosso momento e queremos<br />

continuar crescendo e<br />

evoluindo.”<br />

João Luiz é o caçula dos três<br />

irmãos. Ele conta que tudo<br />

que precisam encontram<br />

na <strong>Coamo</strong>. “É uma parceria<br />

<strong>de</strong> longa data, sempre com<br />

orgulho e gratidão. Ficamos<br />

felizes <strong>de</strong> ter uma cooperativa<br />

nos auxiliando. Nosso pai<br />

é um dos pioneiros do<br />

cooperativismo na região<br />

e crescemos vendo todo<br />

esse trabalho”, pon<strong>de</strong>ra.<br />

De acordo com ele, se a<br />

<strong>Coamo</strong> cresceu nesses anos<br />

todos, com a família não<br />

foi diferente. “Evoluímos<br />

juntos e creditamos isso ao<br />

cooperativismo, a <strong>Coamo</strong>, que<br />

sempre aten<strong>de</strong>u as nossas<br />

necessida<strong>de</strong>s.”


Uma história <strong>de</strong> parceria<br />

Crescimento<br />

amparado no<br />

cooperativismo<br />

A <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> José Maria dos Santos<br />

A experiência <strong>de</strong> vida<br />

do cooperado José<br />

Maria dos Santos, <strong>de</strong><br />

Engenheiro Beltrão,<br />

é um exemplo <strong>de</strong><br />

sucesso <strong>de</strong> parceria<br />

com a <strong>Coamo</strong><br />

O cooperado José Maria dos<br />

Santos, <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão<br />

(Centro-Oeste do Paraná), chegou<br />

ao Brasil aos 20 anos. Natural da<br />

região <strong>de</strong> Beira Baixa - cerca <strong>de</strong><br />

200 quilômetros <strong>de</strong> Lisboa, capital<br />

<strong>de</strong> Portugal, ele <strong>de</strong>sembarcou em<br />

Maringá em 1959 para trabalhar<br />

com um primo no ramo <strong>de</strong> secos e<br />

molhados. Um ano <strong>de</strong>pois, assumiu<br />

a administração <strong>de</strong> uma das filiais<br />

do armazém em Ivailândia (distrito<br />

<strong>de</strong> Engenheiro Beltrão), on<strong>de</strong> teve o<br />

primeiro contato com a agropecuária.<br />

A região era coberta por matas e<br />

cultivo <strong>de</strong> café e hortelã.<br />

Em 1965, o cooperado adquiriu o<br />

seu primeiro sítio. O café cultivado<br />

na proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>u lugar à soja<br />

e ao algodão. Trabalhando com<br />

<strong>de</strong>terminação, o cooperado foi<br />

crescendo com naturalida<strong>de</strong>.<br />

Em 1972, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> acompanhar<br />

o nascimento da <strong>Coamo</strong> e as<br />

Cooperado José Maria dos Santos em reportagem <strong>de</strong> comemoração dos 30 anos da <strong>Coamo</strong>


primeiras experiências <strong>de</strong> sucesso da cooperativa,<br />

ele não pensou duas vezes. Procurou a <strong>Coamo</strong> e se<br />

tornou sócio, a fim <strong>de</strong> contar com os benefícios na<br />

armazenagem da safra e adquirir produtos para o<br />

cultivo das lavouras.<br />

"Na época era muito difícil. Tínhamos que entregar a<br />

safra em Campo Mourão e a distância fazia com que<br />

às vezes o caminhão ficasse até dois dias na fila. A<br />

<strong>Coamo</strong> mesmo pequena já tinha muitos agricultores<br />

entregando. Mas <strong>de</strong>pois, com a instalação do<br />

entreposto em Engenheiro Beltrão tudo melhorou",<br />

lembra o cooperado.<br />

De acordo com ele, a <strong>Coamo</strong> ajudou a implantar muitas<br />

tecnologias para o campo, difundindo o cooperativismo.<br />

Ele afirma que a parceria firmada entre a <strong>Coamo</strong> e os<br />

agricultores é o gran<strong>de</strong> segredo do seu sucesso. "Não<br />

sei como po<strong>de</strong>ria ser a nossa agricultura sem o apoio<br />

da <strong>Coamo</strong>, que além <strong>de</strong> facilitar o recebimento da safra<br />

regulou o mercado e nos ofereceu a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produzirmos mais e melhor", <strong>de</strong>staca.<br />

A harmonia constante na administração da<br />

cooperativa, também foi fundamental para o seu<br />

crescimento e consolidar a confiança do cooperado.<br />

"A diretoria sempre mereceu o nosso respeito,<br />

pela honestida<strong>de</strong>, serieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>dicação. O<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da <strong>Coamo</strong> tem como responsável<br />

o Dr. Aroldo, que sempre foi muito organizado e com<br />

gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança", afirma.<br />

Segundo João Maria, a organização e a competência<br />

administrativa também possibilitaram um gran<strong>de</strong><br />

equilíbrio, gerando satisfação entre todo o quadro<br />

social. “A <strong>Coamo</strong> é isso que estamos vendo. Eu só<br />

compro na <strong>Coamo</strong> e entrego toda minha produção<br />

na cooperativa. Sinto segurança, entrego o produto,<br />

vendo no momento em que precisar e recebo também<br />

na hora”. Ainda segundo o cooperado, nesses 50<br />

anos, a cooperativa se transformou e evoluiu e os<br />

associados acompanharam a transformação. “Quando<br />

comecei, eu era pequeno, hoje evolui. Nunca fui<br />

aventureiro, mas fomos fazendo alguns negócios, e<br />

crescemos juntos. Temos que comemorar e celebrar<br />

essas conquistas e o orgulho <strong>de</strong> fazer parte <strong>de</strong> uma<br />

cooperativa <strong>de</strong>sse tamanho e com tantas virtu<strong>de</strong>s.”<br />

Quando comecei, eu era pequeno, hoje evolui.<br />

Nunca fui aventureiro, mas fomos fazendo alguns<br />

negócios, e crescemos juntos. Temos que<br />

comemorar e celebrar essas conquistas.


22 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


CREDICOAMO<br />

Tecnologia para todos<br />

Internet Banking/Mobile é importante<br />

ferramenta para gestão financeira dos associados<br />

Vera Regina Ribeiro Gehring, <strong>de</strong> Campo Mourão, gosta <strong>de</strong> se manter atualizada e está sempre atenta às tecnologias<br />

Vera Regina Ribeiro Gehring, <strong>de</strong> Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná),<br />

gosta <strong>de</strong> se manter atualizada e está sempre atenta às tecnologias. Para ela<br />

o Internet Banking/Mobile da Credicoamo foi uma novida<strong>de</strong> muito boa.<br />

“Não somos mais crianças, e as vezes o manejo do aplicativo po<strong>de</strong> ser um pouco<br />

difícil. Mas, com a boa vonta<strong>de</strong> da equipe da Credicoamo, passamos a utilizar <strong>de</strong><br />

uma maneira muito eficaz.”<br />

Ela administra as ativida<strong>de</strong>s junto a família e avalia positivamente o aplicativo<br />

da Credicoamo. “Dá para fazer pagamento, controlar as contas. Eu mesma,<br />

ainda estou procurando apren<strong>de</strong>r mais, porém, achei que foi um <strong>de</strong>safio muito<br />

bom para mim. Um <strong>de</strong>safio, pois mesmo com a ida<strong>de</strong> que eu tenho, ainda estou<br />

apren<strong>de</strong>ndo algo <strong>de</strong>ntro da informática. Diante <strong>de</strong>ssa facilida<strong>de</strong>, que passamos<br />

a necessitar ainda mais com a pan<strong>de</strong>mia do coronavírus, não precisamos ficar<br />

saindo <strong>de</strong> casa se submetendo à aglomerações. Foi algo fantástico.”<br />

Apesar <strong>de</strong> ter começado a utilizar o aplicativo há mais tempo, foi na<br />

pan<strong>de</strong>mia que dona Vera sentiu a facilida<strong>de</strong> que tem na palma da mão. “Aconselho<br />

todas as pessoas a usar. A ida<strong>de</strong> não importa, <strong>de</strong>vemos aceitar novos<br />

<strong>de</strong>safios em nossas vidas. Não é tão difícil, e se tivermos dúvidas, é só entrar em<br />

contato com a Credicoamo, on<strong>de</strong> o pessoal aten<strong>de</strong> muito bem.”<br />

Segura em utilizar a ferramenta, ela não tem receios <strong>de</strong> fazer as movimentações<br />

financeiras da família pelo aplicativo. “As pessoas po<strong>de</strong>m usar sem<br />

medo. Eu tenho 70 anos, e penso que <strong>de</strong>vemos apren<strong>de</strong>r sempre.”<br />

Via Sollus oferece<br />

Central <strong>de</strong><br />

Atendimento aos<br />

segurados<br />

A Via Sollus Corretora <strong>de</strong> Seguros passou<br />

a disponibilizar um novo serviço<br />

para os seus segurados: a Central <strong>de</strong><br />

Atendimento com assistência 24 horas<br />

e comunicado <strong>de</strong> sinistro. Assim,<br />

a corretora dos cooperados da <strong>Coamo</strong><br />

e Credicoamo, dá um passo a frente<br />

para dar mais qualida<strong>de</strong> ao atendimento<br />

dos segurados.<br />

Segundo o gerente da Via Sollus, Sidinei<br />

Lucheti Martioli, a corretora tem<br />

papel fundamental na intermediação<br />

dos negócios entre o segurado e a seguradora.<br />

“Trabalhamos para proteger<br />

o patrimônio e garantir a tranquilida<strong>de</strong><br />

das famílias seguradas, facilitando<br />

o contato e agilizando o processo <strong>de</strong><br />

acionamento do seguro. Esse é um<br />

serviço diferenciado que faz toda a<br />

diferença num momento difícil que é<br />

o sinistro.”<br />

Um segurado da agência da Credicoamo<br />

<strong>de</strong> Pitanga, resi<strong>de</strong>nte em São<br />

Leopoldo (RS), fez questão <strong>de</strong> elogiar<br />

o novo serviço que precisou utilizar. “O<br />

segurado teve o veículo roubado e entrou<br />

em contato com a Central 24h. Ele<br />

relata que foi muito bem atendido por<br />

um funcionário que sanou as dúvidas<br />

e ainda o acalmou diante da situação,<br />

uma vez que foi um roubo à mão armada”,<br />

relata o gerente da Agência <strong>de</strong><br />

Pitanga, Marllon Alves Martins.<br />

Para mais informações:<br />

viasollus.com.br<br />

Central <strong>de</strong> Atendimento:<br />

0800 773 34 34<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 23


LOGÍSTICA<br />

SAFRAS RECORDES,<br />

DESAFIOS SUPERADOS<br />

Trabalho é planejado para recebimento e<br />

armazenagem <strong>de</strong> cada nova safra<br />

A<br />

produção no campo dos<br />

cooperados da <strong>Coamo</strong><br />

vem aumentando a cada<br />

ano. São novas tecnologias empregadas<br />

e sistemas sendo ajustados.<br />

Tudo para garantir altas<br />

produtivida<strong>de</strong>s. O trabalho operacional<br />

na ativida<strong>de</strong>, também<br />

está mais eficiente com plantio e<br />

colheita mais rápidas, diminuindo<br />

o intervalo entre uma cultura<br />

e outra. Isso tudo tem sido um<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para a <strong>Coamo</strong><br />

que não me<strong>de</strong> esforços para<br />

a<strong>de</strong>quar toda a estrutura operacional<br />

com a nova realida<strong>de</strong> vivenciada<br />

no campo.<br />

A <strong>Coamo</strong> conta com 104<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recebimento espalhadas<br />

em regiões estratégicas<br />

no Paraná, Santa Catarina e Mato<br />

Grosso do Sul. São estruturas eficientes,<br />

preparadas e com alto nível<br />

<strong>de</strong> automatização. “A <strong>Coamo</strong><br />

está acompanhando a evolução<br />

no campo para que possa receber<br />

e armazenar a produção dos<br />

cooperados. São realizados investimentos<br />

constantes visando<br />

aprimorar o trabalho”, comenta o<br />

diretor <strong>de</strong> Logística e Operações<br />

da <strong>Coamo</strong>, E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong><br />

Oliveira.<br />

De acordo com<br />

ele, há um gran<strong>de</strong> trabalho<br />

<strong>de</strong> logística nas operações<br />

para receber, armazenar<br />

e transportar os<br />

produtos entregues pelos<br />

associados. “A produção<br />

vem crescendo, o trabalho<br />

no campo está mais ágil e<br />

temos que acompanhar<br />

nas nossas unida<strong>de</strong>s. Isso<br />

tudo, para que os cooperados<br />

possam entregar a<br />

produção <strong>de</strong> forma rápida<br />

e segura.”<br />

<strong>Coamo</strong> conta com 104<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recebimento<br />

espalhadas em regiões<br />

estratégicas no Paraná, Santa<br />

Catarina e Mato Grosso do Sul<br />

24 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


Oliveira observa que as melhorias realizadas<br />

constantemente têm influenciado diretamente no<br />

fluxo <strong>de</strong> recebimento. “São a<strong>de</strong>quações nas unida<strong>de</strong>s<br />

preparando-as para as situações que vêm do<br />

campo, uma vez que, as colheitas estão mais rápidas,<br />

além da aproximação entre as safras <strong>de</strong> verão<br />

e inverno. Antes, uma colheita<strong>de</strong>ira colhia 700 sacas<br />

<strong>de</strong> soja por dia, hoje são quatro mil sacas. Os<br />

caminhões que levam a produção à cooperativa,<br />

também, estão maiores e, por isso, o trabalho <strong>de</strong> recebimento<br />

precisa ser mais rápido”, <strong>de</strong>staca.<br />

Conforme o diretor <strong>de</strong> Logística e Operações<br />

da <strong>Coamo</strong> a safra dura poucos dias. Porém, há<br />

um trabalho intenso, uma gran<strong>de</strong> estrutura que alavanca<br />

essa ativida<strong>de</strong>. “Acomodar toda a produção e<br />

sem prejudicar o trabalho dos cooperados é o gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>safio que sempre vencemos, safra após safra”,<br />

frisa.<br />

As melhorias são expandidas para todas as<br />

Unida<strong>de</strong>s que contam com caladores pneumáticos,<br />

balanças automatizadas, moegas equipadas com<br />

tombadores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> potencial, po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>scarregar<br />

bitrens, carretas e caminhões. Também há investimento<br />

para ampliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpeza,<br />

pré-limpeza e <strong>de</strong> secagem, com equipamentos automatizados.<br />

E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira,<br />

diretor <strong>de</strong> Logística e Operações da <strong>Coamo</strong><br />

Safras planejadas<br />

Armazenagem com<br />

qualida<strong>de</strong> e eficiência<br />

Receber, armazenar e transportar a safra é<br />

um <strong>de</strong>safio diário. De acordo com o gerente <strong>de</strong> Produtos<br />

da <strong>Coamo</strong>, José Carlos <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, a cooperativa<br />

conta com uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenagem<br />

<strong>de</strong> 5,72 milhões <strong>de</strong> toneladas para produto a granel,<br />

e em <strong>2020</strong> a previsão é <strong>de</strong> receber 8,76 milhões <strong>de</strong><br />

toneladas (somando todas as culturas), aproximadamente<br />

146.000.000 sacas.<br />

Outro ponto <strong>de</strong>stacado pelo gerente é a<br />

proximida<strong>de</strong> entre a safra <strong>de</strong> verão e a safrinha. “São<br />

menos <strong>de</strong> dois meses entre uma safra e outra. Isso ne-<br />

O planejamento <strong>de</strong> cada safra inicia antes do<br />

plantio, com base nas informações colhidas<br />

em campo e nas estratégias <strong>de</strong>finidas pela<br />

cooperativa. Isso, levando em consi<strong>de</strong>ração<br />

o estoque <strong>de</strong> passagem (produto ainda não<br />

comercializado pelo cooperado), ou seja, a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos armazenados da safra<br />

anterior. O trabalho envolve várias áreas da<br />

cooperativa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a gerência <strong>de</strong> Assistência<br />

Técnica, realizando as estimativas <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> cada cooperado e região, à Comercialização,<br />

trabalhando para ven<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>safogar<br />

as Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> armazenamento, passando<br />

pela gerência <strong>de</strong> Produtos, responsável pela<br />

conservação da produção entregue.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 25


LOGÍSTICA<br />

PLANEJAMENTO DE CADA SAFRA INICIA ANTES DO PLANTIO, COM BASE NAS INFOR-<br />

MAÇÕES COLHIDAS EM CAMPO E NAS ESTRATÉGIAS DEFINIDAS PELA COOPERATIVA<br />

cessita <strong>de</strong> um bom planejamento<br />

e trabalho intenso para acomodar<br />

e movimentar a produção sem<br />

que os cooperados sejam prejudicados”,<br />

observa Andra<strong>de</strong>.<br />

Um levantamento realizado<br />

pela gerência <strong>de</strong> Produtos<br />

confirma uma gran<strong>de</strong> evolução<br />

na entrega da produção dos cooperados<br />

nos últimos <strong>de</strong>z anos,<br />

aliado ao aumento da área <strong>de</strong><br />

plantio, produtivida<strong>de</strong>s e aos investimentos<br />

realizados pela cooperativa.<br />

Em 2010, o recebimento<br />

<strong>de</strong> soja foi <strong>de</strong> 53,41 milhões<br />

<strong>de</strong> sacas e em <strong>2020</strong> saltou para<br />

90,70 milhões <strong>de</strong> sacas, um aumento<br />

70%. Já o milho, primeira<br />

e segunda safra, subiu 86%, passando<br />

<strong>de</strong> 24,91 milhões <strong>de</strong> sacas<br />

para 46,29 milhões <strong>de</strong> sacas, que<br />

é a previsão para <strong>2020</strong>. O recebimento<br />

<strong>de</strong> trigo, também aumentou,<br />

passando <strong>de</strong> 8,26 milhões <strong>de</strong><br />

sacas para 9,19 milhões <strong>de</strong> sacas<br />

(previsão <strong>2020</strong>) um incremento<br />

<strong>de</strong> 11%.<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenagem<br />

da <strong>Coamo</strong> era <strong>de</strong> 4,24<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas em 2010<br />

e aumentou para 5,72 milhões<br />

<strong>de</strong> toneladas em <strong>2020</strong>, um crescimento<br />

<strong>de</strong> 35%. “Houve um<br />

aumento na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenagem.<br />

Contudo, o recebimento<br />

cresceu ainda mais. Nossa<br />

previsão é fechar <strong>2020</strong> com 8,76<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas. Isso ainda<br />

EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas<br />

2010<br />

5,24<br />

<strong>2020</strong><br />

5,72<br />

EVOLUÇÃO DO RECEBIMENTO<br />

milhões <strong>de</strong> sacas<br />

2010<br />

<strong>2020</strong><br />

José Carlos <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, gerente <strong>de</strong> Produtos; E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira,<br />

diretor <strong>de</strong> Logística e Operações da <strong>Coamo</strong>; Jarbas Luiz Kleveston, gerente <strong>de</strong> Engenharia<br />

Soja: 53,41<br />

Milho: 24,91<br />

Trigo: 8,26<br />

Soja: 90,70<br />

Milho: 46,29<br />

Trigo: 9,19<br />

26 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da confirmação da segunda<br />

safra <strong>de</strong> milho e do trigo”,<br />

assinala Andra<strong>de</strong>.<br />

De acordo com o gerente<br />

<strong>de</strong> Produtos, em <strong>de</strong>z anos o<br />

aumento total dos produtos soja,<br />

milho e trigo, foi <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 55,42<br />

milhões <strong>de</strong> sacas, e próximo <strong>de</strong><br />

70% em crescimento. “Isso é possível<br />

<strong>de</strong>vido a confiança dos nossos<br />

cooperados na cooperativa,<br />

o trabalho exemplar <strong>de</strong> todos os<br />

colaboradores envolvidos, e principalmente<br />

a visão <strong>de</strong> futuro da<br />

diretoria.”<br />

Investimentos constantes<br />

Des<strong>de</strong> o início da <strong>de</strong>scentralização<br />

da <strong>Coamo</strong>, que<br />

ocorreu em 1974 com a instalação<br />

dos entrepostos em Engenheiro<br />

Beltrão e Mamborê, a<br />

cooperativa se preocupa em fazer<br />

melhorias e a<strong>de</strong>quações necessárias<br />

para o bom atendimento<br />

aos associados.<br />

Para se ter uma i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong>sse trabalho, a gerência <strong>de</strong><br />

Engenharia da <strong>Coamo</strong> fez um<br />

levantamento dos investimentos<br />

realizados nos últimos <strong>de</strong>z anos.<br />

Foram mais <strong>de</strong> R$ 1.89 bilhões<br />

empregados em unida<strong>de</strong>s. Se<br />

acrescentar os investimentos realizados<br />

nas indústrias, esse valor<br />

sobe para R$ 2.94 bilhões nos últimos<br />

<strong>de</strong>z anos.<br />

De acordo com o gerente<br />

<strong>de</strong> Engenharia da <strong>Coamo</strong>,<br />

Jarbas Luiz Kleveston, no momento,<br />

existem 94 obras <strong>de</strong> melhorias<br />

em toda a área <strong>de</strong> ação<br />

da cooperativa, sendo 50 em<br />

andamento e 42 previstas para<br />

os próximos meses totalizando<br />

R$ 189,15 milhões. “As obras são<br />

planejadas para que não atrapalhem<br />

o recebimento do cooperado.<br />

Há um cuidado para que isso<br />

ocorra da melhor maneira possível”,<br />

ressalta.<br />

250.000.000,00<br />

Confira nos gráficos os investimentos<br />

realizados pela <strong>Coamo</strong> para melhorar o recebimento e<br />

armazenagem <strong>de</strong> grãos nos últimos <strong>de</strong>z anos<br />

122.318.804,00<br />

INVESTIMENTOS EM UNIDADES E INDÚSTRIAS R$<br />

154.631.637,00<br />

405.200.053,00<br />

77.143.272,00<br />

270.131.442,00 287.052.545,00 204.351.969,83<br />

518.775.917,73<br />

296.167.952,65<br />

361.261.932,04<br />

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 <strong>2020</strong><br />

13.597<br />

82.122.000,00<br />

15.117<br />

90.008.000<br />

15.717<br />

94.348.000<br />

16.657<br />

97.247.000<br />

CAPACIDADE DE SECAGEM TON/H<br />

18.507<br />

CAPACIDADE ESTÁTICA DE RECEBIMENTO EM SACAS<br />

105.046.400 105.745.400<br />

19.037 19.287<br />

110.161.400<br />

20.507 20.857 21.157 21.457 21.557<br />

até 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 <strong>2020</strong><br />

113.412.916<br />

116.957.916<br />

119.237.896 119.659.896<br />

até 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 <strong>2020</strong><br />

121.056.896<br />

Investimentos<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 27


LOGÍSTICA<br />

Toledo, cinco unida<strong>de</strong>s no município<br />

Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Toledo (PR)<br />

<strong>Coamo</strong> está há 25 anos<br />

no Oeste do Paraná e<br />

conta com cinco unida<strong>de</strong>s<br />

em Toledo, sendo<br />

duas na cida<strong>de</strong> e outras<br />

três em distritos – Vila<br />

Nova, Dois Irmãos e<br />

Dez <strong>de</strong> Maio<br />

A <strong>Coamo</strong> está há 25 anos<br />

no Oeste do Paraná e conta com<br />

cinco unida<strong>de</strong>s, sendo duas na<br />

cida<strong>de</strong> e outras três em distritos<br />

– Vila Nova, Dois Irmãos e Dez<br />

<strong>de</strong> Maio. Des<strong>de</strong> a sua chegada,<br />

houve significativa ampliação em<br />

toda a estrutura, melhorando o<br />

recebimento e armazenamento.<br />

A<strong>de</strong>mir Scheid é cooperado<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando a cooperativa<br />

se instalou na região. Ele<br />

acompanhou toda a evolução<br />

e ampliação <strong>de</strong> recebimento e<br />

armazenamento <strong>de</strong> grãos. “Não<br />

adianta produzirmos mais no<br />

campo, se não ter on<strong>de</strong> entregar<br />

a produção. A <strong>Coamo</strong> sempre<br />

teve esse compromisso <strong>de</strong><br />

acompanhar a nossa evolução.<br />

É uma cooperativa que caminha<br />

do nosso lado e que vem cres-<br />

cendo a cada ano”, comenta.<br />

A última carga <strong>de</strong> soja<br />

entregue pelo cooperado ocorreu<br />

no dia 21 <strong>de</strong> fevereiro. “A janela<br />

neste ano foi maior porque<br />

houve atraso na safra <strong>de</strong> verão e,<br />

Unida<strong>de</strong> em Vila Nova, distrito <strong>de</strong> Toledo (PR)<br />

28 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


consequentemente, influenciou<br />

na segunda safra. A colheita está<br />

muito mais rápida. Se pensarmos<br />

há 25 anos, quando a <strong>Coamo</strong><br />

chegou no Oeste, a colheita <strong>de</strong><br />

soja <strong>de</strong>morava mais <strong>de</strong> um mês<br />

e meio. Hoje, fazemos tudo em<br />

15 dias. Houve um gran<strong>de</strong> incremento<br />

e a cooperativa acompanhou<br />

essa evolução para que<br />

pudéssemos ser atendidos", diz<br />

o cooperado.<br />

De acordo com ele, alguns<br />

anos ainda ocorrem problemas<br />

com filas, principalmente, na<br />

segunda safra <strong>de</strong> milho. Contudo,<br />

isso é <strong>de</strong>vido a produção<br />

acima da média, que não ocorre<br />

todos os anos. “Na verda<strong>de</strong>, estou<br />

até com sauda<strong>de</strong>s das filas”,<br />

diz, ao recordar que nesse ano a<br />

safra será bem menor, <strong>de</strong>vido as<br />

condições climáticas.<br />

O cooperado faz o trabalho<br />

no campo, seguindo as<br />

recomendações técnicas e sabe<br />

on<strong>de</strong> entregar a produção <strong>de</strong><br />

forma segura e eficiente, pelos<br />

investimentos contínuos da sua<br />

cooperativa.<br />

Cooperado A<strong>de</strong>mir Scheid acompanhou toda<br />

a evolução e ampliação <strong>de</strong> recebimento e<br />

armazenamento <strong>de</strong> grãos<br />

A<strong>de</strong>quação ambiental<br />

Todo processo <strong>de</strong> investimento<br />

passa também por rea<strong>de</strong>quações<br />

da estrutura visando<br />

a questão ambiental. São efetuados<br />

estudos para reaproveitamento<br />

máximo dos resíduos <strong>de</strong><br />

modo que não fiquem <strong>de</strong>positados<br />

a céu aberto. As unida<strong>de</strong>s<br />

contam com filtros <strong>de</strong> mangas<br />

coletores, sistemas <strong>de</strong> capacitação<br />

<strong>de</strong> pó em moegas, filtros nos<br />

ciclones, nas máquinas, secadores<br />

com sistemas <strong>de</strong> captação <strong>de</strong><br />

pó e partículas.<br />

A Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juranda<br />

(Centro-Oeste do Paraná), por<br />

exemplo, está passando por uma<br />

gran<strong>de</strong> reforma visando aten<strong>de</strong>r<br />

as <strong>de</strong>mandas dos associados e,<br />

também, da comunida<strong>de</strong> vizinha<br />

das instalações que reclamavam<br />

<strong>de</strong> poeiras em suas residências.<br />

O cooperado Marcio<br />

Leandro <strong>de</strong> Carvalho recorda<br />

que a <strong>Coamo</strong> vem se mo<strong>de</strong>rnizando<br />

e melhorando o fluxo <strong>de</strong><br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juranda está recebendo investimento<br />

<strong>de</strong> R$ 11 milhões para diversas melhorias<br />

Andamento das melhorias na estrutura em Juranda (PR)<br />

recebimento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua instalação<br />

no município, há mais <strong>de</strong> 40<br />

anos. “Vemos a preocupação da<br />

diretoria em manter uma estrutura<br />

mo<strong>de</strong>rna e ágil, acompanhando<br />

nosso crescimento no campo.<br />

Não muito tempo atrás, para<br />

<strong>de</strong>scarregar tínhamos que abrir<br />

bica do caminhão e puxar tudo<br />

no rodo. Atualmente, é tudo automatizado<br />

com moegas equipadas<br />

com tombadores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

potencial, po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>scarregar<br />

bitrens, carretas e caminhões.”<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 29


LOGÍSTICA<br />

COAMO CONTA COM 104 UNIDADES EM REGIÕES ESTRATÉGICAS NO PR, SC E MS.<br />

SÃO ESTRUTURAS EFICIENTES, PREPARADAS E COM ALTO NÍVEL DE AUTOMATIZAÇÃO<br />

Na visão do cooperado,<br />

os recentes investimentos<br />

na unida<strong>de</strong> mostram a preocupação<br />

da <strong>Coamo</strong> com a comunida<strong>de</strong>.<br />

“É uma satisfação fazer<br />

parte <strong>de</strong> uma cooperativa que<br />

se preocupa com os cooperados<br />

e a comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> está<br />

inserida.”<br />

O gerente da <strong>Coamo</strong> em<br />

Juranda, Wagner Custódio, revela<br />

que está sendo investido mais<br />

<strong>de</strong> R$ 11 milhões em melhorias<br />

com impacto no atendimento<br />

aos cooperados e na questão<br />

ambiental. “São a<strong>de</strong>quações na<br />

estrutura já existente e instalação<br />

<strong>de</strong> novos equipamentos que visam<br />

melhorar o fluxo como um<br />

todo”, explica.<br />

Ampliação no Mato Grosso do Sul<br />

Do escritório do cooperado<br />

Irineu Schwambach se vê<br />

toda a estrutura erguida pela<br />

<strong>Coamo</strong> em Guaíba, comunida<strong>de</strong><br />

do município <strong>de</strong> Ponta Porã<br />

(Sudoeste do Mato Grosso do<br />

Sul). Apenas uma rodovia separa<br />

a proprieda<strong>de</strong> do complexo da<br />

cooperativa. Ele chegou na região<br />

bem antes da <strong>Coamo</strong>, há 47<br />

anos, e acompanhou a evolução<br />

da cooperativa que se instalou<br />

<strong>de</strong> forma oficial em 2010. Nesses<br />

<strong>de</strong>z anos, os investimentos foram<br />

gran<strong>de</strong>s, ampliando consi<strong>de</strong>ravelmente<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber<br />

e armazenar produtos.<br />

O cooperado recorda<br />

que até pouco tempo a região<br />

<strong>de</strong> Guaíba tinha como ativida<strong>de</strong><br />

predominante a pecuária, mas<br />

que a soja foi tomando espaço<br />

e hoje é a principal ativida<strong>de</strong><br />

agrícola. “Também temos o<br />

Cooperado Marcio Leandro <strong>de</strong> Carvalho recorda<br />

que a <strong>Coamo</strong> vem se mo<strong>de</strong>rnizando e melhorando<br />

o fluxo <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua instalação no<br />

município, há mais <strong>de</strong> 40 anos<br />

milho segunda safra que tem<br />

gran<strong>de</strong> importância nas proprieda<strong>de</strong>s.<br />

A <strong>Coamo</strong> teve papel<br />

fundamental para que a agricul-<br />

Irineu Schwambach, entrega toda a produção na unida<strong>de</strong><br />

Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Guaíba (MS), teve ampliação e melhoria no atendimento aos cooperados<br />

30 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


tura se fortalecesse e a cooperativa<br />

cresceu junto.”<br />

De acordo com ele, a<br />

<strong>Coamo</strong> passou a oferecer um<br />

novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> trabalho, com<br />

serieda<strong>de</strong> e honestida<strong>de</strong>. “Des<strong>de</strong><br />

a chegada da cooperativa, houve<br />

muitas mudanças que ampliaram<br />

e agilizaram o trabalho. Antes da<br />

<strong>Coamo</strong>, tínhamos uma estrutura<br />

antiga e com muitos problemas<br />

para receber a armazenar.”<br />

A <strong>Coamo</strong> acompanhou<br />

a evolução que os cooperados<br />

estão tendo no campo. “Do que<br />

era antes, sobrou pouca coisa.<br />

Hoje temos uma estrutura mo<strong>de</strong>rna",<br />

concluí.<br />

Unida<strong>de</strong><br />

pioneira<br />

Em plena colheita do<br />

milho segunda safra, o associado<br />

Anésio Zanin, <strong>de</strong> Engenheiro<br />

Beltrão (Centro-Oeste do Paraná),<br />

vem evoluindo a cada novo<br />

ciclo. “O sistema <strong>de</strong> colher e<br />

plantar mudou. Hoje, a gente já<br />

retira a soja e a máquina vai atrás<br />

plantado a safrinha. Temos que<br />

trabalhar no campo sintonizados<br />

com a <strong>Coamo</strong> para que ela possa<br />

receber a nossa produção sem<br />

transtornos.”<br />

De acordo com ele, a<br />

agricultura é uma empresa a<br />

céu aberto e o trabalho com a<br />

cooperativa <strong>de</strong>ve ser alinhado.<br />

“Há um gran<strong>de</strong> elo entre a<br />

cooperativa e os cooperados.<br />

Vemos que houve uma gran<strong>de</strong><br />

evolução na nossa produção e,<br />

Anésio Zanin, <strong>de</strong> Engenheiro<br />

Beltrão, vem evoluindo a cada<br />

novo ciclo, assim como a <strong>Coamo</strong><br />

também, em investimentos para<br />

que nossos produtos sejam recebidos”,<br />

comenta.<br />

Ele acrescenta que há<br />

pouco tempo, a área <strong>de</strong> plantio<br />

era inferior e a produção bem<br />

menor do que a atual. Mesmo<br />

assim, havia fila para entregar<br />

a produção. “Atualmente, com<br />

todo o investimento, a produção<br />

aumentou e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

receber também. Se antes, ficávamos<br />

até um dia na fila, hoje o<br />

caminhão vai e volta da proprieda<strong>de</strong><br />

em poucas horas.”<br />

Engenheiro Beltrão conta<br />

com três unida<strong>de</strong>s. Foi o primeiro<br />

município a receber o entreposto<br />

da <strong>Coamo</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

Campo Mourão. Também estão<br />

instaladas estruturas nos distritos<br />

Figueira do Oeste e Ivailândia,<br />

esta uma das mais mo<strong>de</strong>rnas unida<strong>de</strong>s<br />

da <strong>Coamo</strong>.<br />

Engenheiro Beltrão (PR) foi o primeiro entreposto fora <strong>de</strong> Campo Mourão e vem se a<strong>de</strong>quando todos os anos<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 31


Maracaju (MS) recebeu mais <strong>de</strong> 5,0 milhões <strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> soja na safra 2019/20<br />

ESTRUTURA EFICIENTE<br />

garante recebimento recor<strong>de</strong><br />

Gran<strong>de</strong>s safras nunca foram problemas para<br />

a <strong>Coamo</strong>, mas sim motivo <strong>de</strong> satisfação para os seus<br />

cooperados, como tem revelado ao longo dos 50<br />

anos da cooperativa, o engenheiro agrônomo José<br />

Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

da <strong>Coamo</strong>. O trabalho da diretoria e dos<br />

profissionais da cooperativa é voltado totalmente<br />

para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s dos cooperados e<br />

como diz Gallassini, safra se faz na safra.<br />

Com o suporte <strong>de</strong> diversas áreas, a difusão<br />

do conhecimento e o uso <strong>de</strong> tecnologias com sementes<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, o cooperado está aumentando<br />

a produção a cada nova safra.<br />

O diretor <strong>de</strong> Logística e Operações E<strong>de</strong>nilson<br />

Carlos <strong>de</strong> Oliveira, conhece bem todo esse<br />

processo, haja vista experiências anteriores gerenciando<br />

várias unida<strong>de</strong>s. “A colheita hoje é muito rá-<br />

Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Guarani, distrito <strong>de</strong> Mamborê<br />

CONFIRA A EVOLUÇÃO NO RECEBIMENTO NAS<br />

UNIDADES DE RONCADOR, TRICOLOR E GUARANI.<br />

*em sacas <strong>de</strong> soja<br />

UNIDADES 2012/2013 2016/2017 2019/<strong>2020</strong><br />

Roncador 1.219.410 1.652.973 1.871.997<br />

Guarani - Mamborê 1.162.227 1.418.703 1.585.709<br />

Tricolor - Roncador 437.119 588.758 749.543<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tricolor, distante 30 km <strong>de</strong><br />

Roncador e 14 Km <strong>de</strong> Guarani (Mamborê)<br />

32 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


EXPORTAÇÃO<br />

pida e as nossas estruturas<br />

estão prontas para armazenar<br />

a safra dos cooperados.<br />

Neste ano, recebemos os<br />

maiores volumes nas cinco<br />

décadas da <strong>Coamo</strong> com<br />

muita segurança e tranquilida<strong>de</strong>",<br />

afirma.<br />

O presi<strong>de</strong>nte Executivo<br />

Airton Galinari <strong>de</strong>staca a<br />

evolução dos cooperados e<br />

a satisfação <strong>de</strong> colher gran<strong>de</strong>s<br />

produções. "Em várias<br />

regiões registramos volumes<br />

recor<strong>de</strong>s no recebimento<br />

da safra <strong>de</strong> soja, como, por<br />

exemplo, nas regiões <strong>de</strong><br />

Roncador, Tricolor, Guarani e<br />

no Mato Grosso do Sul. Em<br />

Caarapó foram mais <strong>de</strong> 4,0<br />

milhões <strong>de</strong> sacas e nas unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Maracaju, o volume<br />

foi superior a 5,0 milhões <strong>de</strong><br />

sacas. Recebimento histórico<br />

em uma única safra."<br />

Galinari lembra que<br />

o trabalho da <strong>Coamo</strong> é estar<br />

cada vez mais perto dos cooperados.<br />

Cita o exemplo da<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tricolor, distante<br />

14 km <strong>de</strong> Guarani (Mamborê)<br />

30 km <strong>de</strong> Roncador, inaugurada<br />

em 2012, cujo investimento<br />

foi assertivo para a<br />

melhoria do atendimento<br />

aos cooperados.<br />

<strong>Coamo</strong> participa <strong>de</strong> carregamento<br />

histórico no porto <strong>de</strong> Paranaguá<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong>, por meio <strong>de</strong> seu terminal no Porto <strong>de</strong> Paranaguá, participou<br />

<strong>de</strong> um momento histórico, com o carregamento <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong> soja em<br />

um graneleiro <strong>de</strong> 292 metros <strong>de</strong> comprimento e 45 <strong>de</strong> boca (largura,<br />

o maior já recebido no complexo até hoje. O navio Pacific South saiu do Porto<br />

<strong>de</strong> Paranaguá com 103 mil toneladas <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong> soja, sendo que a maior<br />

parte, cerca <strong>de</strong> 84 mil toneladas, saiu do terminal da <strong>Coamo</strong>.<br />

De acordo com E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira, diretor <strong>de</strong> Logística<br />

e Operações da <strong>Coamo</strong>, o momento, também, é histórico para a cooperativa<br />

que vem aumentando o volume <strong>de</strong> exportação. “Para aten<strong>de</strong>r esse<br />

carregamento houve um gran<strong>de</strong> esforço evolvendo as três indústrias <strong>de</strong><br />

esmagamento <strong>de</strong> soja – Campo Mourão, Dourados e Paranaguá –, e a<br />

equipe <strong>de</strong> logística da cooperativa para transportar o farelo até o Porto”,<br />

salienta.<br />

De ban<strong>de</strong>ira das Ilhas Marshall, o navio Pacific South veio do porto<br />

<strong>de</strong> Xangai, na China, e atracou no Porto <strong>de</strong> Paranaguá no dia 08 <strong>de</strong> junho.<br />

Segundo a empresa responsável pela operação, o carregamento levou<br />

cerca <strong>de</strong> cinco dias. O farelo foi para o porto <strong>de</strong> Amsterdã, na Holanda.<br />

O volume <strong>de</strong> 103 mil toneladas - suficiente para carregar 3.400<br />

caminhões - supera, em 13 mil toneladas, o recor<strong>de</strong> anterior registrado<br />

há pouco mais <strong>de</strong> um ano. Em 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2019, o navio chinês Lan<br />

Hua Hai, <strong>de</strong> 254 metros, carregou 90 mil toneladas <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong> soja.<br />

Desta vez, a embarcação é 38 metros maior. Em média, os navios graneleiros<br />

recebidos no Porto <strong>de</strong> Paranaguá me<strong>de</strong>m entre 199 e 229 metros<br />

<strong>de</strong> comprimento. Esses, em geral, costumam receber pouco mais <strong>de</strong> 60<br />

mil toneladas <strong>de</strong> carga (soja, milho ou farelo).<br />

O Corredor <strong>de</strong> Exportação é formado por nove terminais privados,<br />

entre eles a <strong>Coamo</strong>. Além <strong>de</strong> dois terminais públicos: um silo vertical,<br />

com capacida<strong>de</strong> estática <strong>de</strong> cem mil toneladas, e um silo horizontal, com<br />

capacida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> 60 mil toneladas.<br />

Suficiente<br />

para carregar<br />

3.400 caminhões<br />

Capacida<strong>de</strong>: 176.000<br />

toneladas calado <strong>de</strong><br />

8,8 m comprimento<br />

291,8 m largura<br />

(boca) 45 m<br />

Tamanho<br />

equivalente<br />

a 3 campos<br />

oficiais <strong>de</strong><br />

futebol<br />

Carregado com<br />

103.000 toneladas<br />

- farelo <strong>de</strong> soja<br />

aproximadamente<br />

5 dias <strong>de</strong> operação<br />

Cerca <strong>de</strong> 84<br />

mil toneladas,<br />

saíram da<br />

<strong>Coamo</strong><br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> Maio/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

33


PRODUÇÃO AGRÍCOLA E INDUSTRIAL<br />

PAIXÃO PELO CAFÉ<br />

O “ouro preto” do passado<br />

Guilherme Galeriani Neto, mantém a tradição<br />

<strong>de</strong> produzir café em Corumbataí do Sul<br />

A<br />

tradição <strong>de</strong> produzir café<br />

é mantida firmemente<br />

há pelo menos três gerações<br />

na família do cooperado<br />

Guilherme Galeriani Neto, <strong>de</strong><br />

Corumbataí do Sul (Centro-Oeste<br />

do Paraná). Com 46 anos <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong>, ele recorda que cultivar<br />

a bebida faz parte da sua história<br />

do pai e do falecido avô. Um<br />

trabalho <strong>de</strong>senvolvido há mais<br />

<strong>de</strong> 50 anos aos arredores da chácara<br />

Santa Teresinha, <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />

da família. “Eu nasci aqui e<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então vivo do café. Cultivo<br />

essa lavoura, assim como meu<br />

pai e avô. É muito prazeroso produzir<br />

café e espero produzi-lo até<br />

quando a saú<strong>de</strong> permitir”, afirma.<br />

Apaixonado pela bebida,<br />

não escon<strong>de</strong> o brilho nos<br />

olhos quando fala da sua experiência<br />

<strong>de</strong> vida com o café. “É<br />

uma lavoura mágica, especial.<br />

Quem produz sabe o que estou<br />

dizendo. Ela encanta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a florada<br />

até a colheita. O café era o<br />

ouro preto do passado no Paraná<br />

e com ele consegui formar e sustentar<br />

minha família. Quase tudo<br />

que tenho conquistei com ele”,<br />

revela Guilherme.<br />

Antes amplamente explorado<br />

na região, com o passar<br />

dos anos os cafezais foram sendo<br />

substituídos pelas lavouras<br />

<strong>de</strong> soja, milho e a pecuária. Uma<br />

migração que reduziu drasticamente<br />

a produção da bebida em<br />

Corumbataí do Sul, município<br />

tradicional na produção cafeeira<br />

e na maioria das regiões produ-<br />

34 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


toras do Paraná. Exatamente o<br />

que aconteceu na proprieda<strong>de</strong><br />

do associado Guilherme Neto.<br />

Ele observa que muitos<br />

fatores influenciaram a redução<br />

<strong>de</strong> área da cultura, entre eles a<br />

qualida<strong>de</strong> exigida e necessária<br />

para a finalização <strong>de</strong> um produto<br />

com agregação <strong>de</strong> valor. “Antes<br />

não havia a exigência <strong>de</strong> uma<br />

padronização. Hoje o mercado<br />

quer qualida<strong>de</strong>. Mudou o manejo,<br />

o jeito <strong>de</strong> colher e muitos<br />

outros aspectos que valorizam o<br />

produto e, certamente, a falta <strong>de</strong><br />

mão <strong>de</strong> obra”, explica ele, informando<br />

que a proprieda<strong>de</strong> agora<br />

está mais diversificada. “É preciso<br />

ter outras fontes <strong>de</strong> renda e,<br />

por isso, temos, também, lavoura<br />

<strong>de</strong> soja, frutas e pecuária. Tivemos<br />

<strong>de</strong> migrar para outras ativida<strong>de</strong>s<br />

por conta da <strong>de</strong>fasagem<br />

no preço do café, mas ainda representa<br />

cerca <strong>de</strong> 20% da nossa<br />

renda anual.”<br />

Na opinião do cooperado,<br />

a exigência pela qualida<strong>de</strong><br />

não <strong>de</strong>manda apenas <strong>de</strong> mão <strong>de</strong><br />

obra, mas sobretudo, <strong>de</strong> estrutura.<br />

“Tem que estar preparado porque<br />

mesmo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> colhido se<br />

não seguir alguns protocolos o<br />

produto per<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, e isso<br />

só é possível com investimento”,<br />

<strong>de</strong>clara Neto, valorizando a parceira<br />

com a <strong>Coamo</strong>. “Apren<strong>de</strong>mos<br />

muito nesses anos com a cooperativa,<br />

que nos apoia sempre e,<br />

também, com outros colegas <strong>de</strong><br />

profissão e a família, é lógico.”<br />

A maioria dos cooperados<br />

que trabalham com a cultura<br />

na região <strong>de</strong> Corumbataí do<br />

Sul, são produtores tradicionais e<br />

Apaixonado pela bebida, cooperado Guilherme Galeriani não escon<strong>de</strong><br />

o brilho nos olhos quando fala da sua experiência <strong>de</strong> vida com o café<br />

têm amor pela bebida, conforme<br />

observa o engenheiro agrônomo<br />

da <strong>Coamo</strong>, Douglas Romualdo<br />

Casavechia. “Eles são muito apegados<br />

à cultura e para muitos ela<br />

representa boa parte da renda<br />

anual”, comenta o técnico, acrescentando<br />

que uma das dificulda<strong>de</strong>s<br />

é a falta <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra. “É<br />

um trabalho que está cada vez<br />

mais escasso no mercado e os<br />

produtores acabam tendo mais<br />

dificulda<strong>de</strong> para realizar o manejo<br />

e a colheita”, finaliza.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 35


PRODUÇÃO AGRÍCOLA E INDUSTRIAL<br />

Se no campo existe uma<br />

paixão comum dos cooperados<br />

pela produção <strong>de</strong> café, na<br />

<strong>Coamo</strong> a ativida<strong>de</strong> é valorizada<br />

e levada em consi<strong>de</strong>ração na<br />

industrialização da bebida. Afinal<br />

<strong>de</strong> contas, o café faz parte<br />

da vida dos brasileiros e começar<br />

o dia muito bem para muita<br />

gente, passa necessariamente<br />

por tomar uma xícara <strong>de</strong> café.<br />

O aroma então, nem se discute.<br />

Aquele cheirinho <strong>de</strong> café que<br />

acabou <strong>de</strong> ficar pronto é um<br />

convite irrecusável para um momento<br />

agradável.<br />

A verda<strong>de</strong> é que o café<br />

conquista a cada ano milhares<br />

<strong>de</strong> novos consumidores e, por<br />

isso, na linha <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

alimentos da cooperativa, o café<br />

faz parte do portifólio <strong>de</strong> produtos<br />

há mais <strong>de</strong> duas décadas.<br />

“Há cerca <strong>de</strong> 22 anos, a <strong>Coamo</strong><br />

passou a industrializar a produção<br />

dos cooperados. No início,<br />

Do campo à<br />

industrialização<br />

este trabalho era terceirizado,<br />

feito por uma empresa parceira.<br />

Tínhamos somente uma linha <strong>de</strong><br />

café que era o <strong>Coamo</strong> Tradicional.<br />

Passados alguns anos a diretoria<br />

resolveu investir mais na<br />

bebida. Em 2009, foi inaugurada<br />

a indústria <strong>de</strong> torrefação. Hoje<br />

temos três marcas e categorias<br />

<strong>de</strong> cafés. O <strong>Coamo</strong> Tradicional<br />

foi o pioneiro, <strong>de</strong>pois vieram as<br />

linhas Extra Forte, <strong>Coamo</strong>, Sollus<br />

e o Duallis, além do café <strong>Coamo</strong><br />

Premium na categoria superior,<br />

para aten<strong>de</strong>r a linha <strong>de</strong> cafeterias”,<br />

<strong>de</strong>staca Wan<strong>de</strong>rlei Aparecido<br />

da Silva, chefe do <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> Torrefação <strong>de</strong> Café.<br />

Há mais <strong>de</strong> 30 anos trabalhando<br />

na área, ele é um especialista<br />

da bebida, e garante que<br />

a qualida<strong>de</strong> para a finalização<br />

<strong>de</strong> um bom produto na indústria<br />

começa no campo. “O manejo<br />

é que <strong>de</strong>terminará a qualida<strong>de</strong><br />

final. Por isso, é preciso muita<br />

técnica e capricho no cultivo,<br />

nos tratos culturais, na colheita e,<br />

Wan<strong>de</strong>rlei Silva é um especialista em café, trabalhando na área há mais <strong>de</strong> 30 anos<br />

36 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


<strong>de</strong>pois, no terreiro ao finalizar o grão<br />

para entregar. Todos os processos são<br />

importantes”, alerta.<br />

Ele lembra que a cooperativa<br />

tem técnicos especializados na área<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>gustação, cuja responsabilida<strong>de</strong><br />

é tratar o produto com o <strong>de</strong>vido respeito.<br />

“O objetivo é analisar a qualida<strong>de</strong><br />

do grão com cuidado, pois isso<br />

remunera o produtor. Procuramos<br />

avaliar com critérios bem <strong>de</strong>finidos<br />

para extrair o que há <strong>de</strong> melhor no<br />

café”, diz.<br />

Ao chegar na indústria da<br />

<strong>Coamo</strong>, cada lote <strong>de</strong> café é torrado<br />

e <strong>de</strong>gustado pelos provadores. Um<br />

processo que <strong>de</strong>termina a qualida<strong>de</strong><br />

da bebida. “Depois que tiramos<br />

este mix fazemos uma blendagem<br />

(aferição <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da bebida)<br />

para ver se aten<strong>de</strong> ao padrão <strong>de</strong> café<br />

que vamos industrializar. O produto<br />

é condicionado em armazém para a<br />

composição do blend [combinação<br />

<strong>de</strong> diversos grãos <strong>de</strong> café]. Depois<br />

disso, é que ele vem para a torrefação<br />

e envase”, explica.<br />

Como é o processo <strong>de</strong> industrialização!<br />

Processo <strong>de</strong> torra <strong>de</strong> grãos para <strong>de</strong>gustação<br />

O mercado busca excelência em todos os grãos, para<br />

valorizar o trabalho do produtor, dos colhedores e torrefadores,<br />

até serem apreciados pelos consumidores como uma experiência<br />

sensorial única. Essa busca pela perfeição é interminável em qualquer<br />

ramo, e no mundo dos cafés não é diferente. Encontrar grãos<br />

excepcionais é uma tarefa difícil, pois cada grão possui personalida<strong>de</strong><br />

e características únicas. O mesmo lote po<strong>de</strong> sair diferente <strong>de</strong> uma<br />

safra para outra. Para contornar essas variações da natureza e chegar<br />

em uma oferta mais consistente, a solução é o blend.<br />

Na <strong>Coamo</strong>, o café é recebido nas unida<strong>de</strong>s em coco e/ou<br />

beneficiado, e são pagos aos associados conforme a classificação<br />

<strong>de</strong> tipos e bebida. Todos os cafés recebidos têm amostras enviadas<br />

para a prova e logo após a classificação e <strong>de</strong>gustação é digitado<br />

o resultado <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Em posse das informações, a unida<strong>de</strong><br />

imprimi a nota <strong>de</strong> pesagem e segrega o café conforme a qualida<strong>de</strong>.<br />

M<strong>edição</strong> <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> do café<br />

Degustação para aferição <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da bebida<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 37


ALÉM DA<br />

PRODUTIVIDADE<br />

203 ,0<br />

197 ,0<br />

sc/alq<br />

sc/alq<br />

PRODUTOR<br />

Antonio da Silva<br />

MUNICÍPIO<br />

Roncador-PR<br />

PRODUTOR<br />

Maria Eliza Grzyb<br />

MUNICÍPIO<br />

Mangueirinha-PR<br />

200 ,0<br />

190 ,0<br />

sc/alq<br />

sc/alq<br />

PRODUTOR<br />

João Marconi<br />

MUNICÍPIO<br />

Barbosa Ferraz-PR<br />

PRODUTOR<br />

Sérgio Berto<br />

MUNICÍPIO<br />

Engenheiro Beltrão-PR<br />

200 ,0<br />

sc/alq<br />

PRODUTOR<br />

Francisco Loregian<br />

MUNICÍPIO<br />

Coronel Vivida-PR<br />

180 ,0<br />

sc/alq<br />

PRODUTOR<br />

Olcimar Frizon<br />

MUNICÍPIO<br />

Coronel Vivida-PR<br />

38 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong><br />

Além da produtivida<strong>de</strong> tmgenetica www.tmg.agr.br


PRODUÇÃO AGRÍCOLA E INDUSTRIAL<br />

Sabor premiado<br />

A qualida<strong>de</strong> apontada<br />

por Wan<strong>de</strong>rlei Silva e a origem,<br />

aliados ao sabor e aroma marcante,<br />

garantem posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />

aos Cafés <strong>Coamo</strong> no ranking das<br />

100 maiores indústrias <strong>de</strong> café do<br />

Brasil, que fazem parte da Associação<br />

Brasileira da Indústria do<br />

Café (Abic). Em relação ao mais<br />

recente ranking, a <strong>Coamo</strong> subiu<br />

<strong>de</strong>z posições e ocupa a 19ª colocação.<br />

Trata-se <strong>de</strong> uma marca comemorada<br />

pela cooperativa, uma<br />

vez que, compete com empresas<br />

multinacionais e nacionais e com<br />

tradição no mercado cafeeiro.<br />

No levantamento da<br />

Abic, os consumidores brasileiros<br />

estão mais exigentes com relação<br />

a qualida<strong>de</strong>. Isso é resultado<br />

<strong>de</strong> mais conhecimento sobre<br />

cafés, suas características e suas<br />

diferenças por formas <strong>de</strong> preparo.<br />

A Abic iniciou em 2004 um<br />

inédito programa <strong>de</strong> certificação<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, o PQC – Programa<br />

<strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Café, que certifica<br />

e monitora a qualida<strong>de</strong> das<br />

marcas que a<strong>de</strong>rem ao programa<br />

e são <strong>de</strong>stacadas por um selo<br />

que garante ao consumidor o<br />

Café <strong>Coamo</strong>, tem garantia <strong>de</strong> sabor e qualida<strong>de</strong><br />

tipo Extra Forte, Tradicional, Superior<br />

ou Gourmet.<br />

Todos os cafés que compõe<br />

a linha da <strong>Coamo</strong> são reconhecidos<br />

e contam com os Selos <strong>de</strong> Pureza e<br />

Qualida<strong>de</strong> da Abic, têm a certificação<br />

do PQC – Programa <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> da<br />

Abic e, também, levam o Selo <strong>de</strong> Origem<br />

<strong>de</strong> Produto <strong>de</strong> Cooperativa. São<br />

cafés fabricados a partir <strong>de</strong> matéria-<br />

-prima selecionada, que garante uma<br />

bebida com aroma e sabor marcante.<br />

Café Dualis está<br />

ainda melhor<br />

Originado <strong>de</strong><br />

blend especial <strong>de</strong> grãos<br />

selecionados, com torra<br />

média, resultando num<br />

café equilibrado, <strong>de</strong> sabor<br />

marcante e aroma intenso,<br />

preservando o verda<strong>de</strong>iro<br />

sabor do café, o Café Dualis<br />

agrada a todos os paladares.<br />

Esse café da linha<br />

alimentícia da <strong>Coamo</strong>, agora<br />

está <strong>de</strong> volta com blend<br />

100% arábica, muito mais<br />

saboroso e pronto para surpreen<strong>de</strong>r<br />

o consumidor.<br />

Segundo o gerente<br />

Comercial da <strong>Coamo</strong>,<br />

Wagner Schnei<strong>de</strong>r, o café<br />

Dualis voltou para aten<strong>de</strong>r<br />

o mercado <strong>de</strong> licitações<br />

e cestas básicas, cozinhas<br />

industriais, atacados e<br />

distribuidores. “É um café<br />

que tem a qualida<strong>de</strong> e a<br />

confiança da marca <strong>Coamo</strong>,<br />

porém com um preço<br />

mais atrativo para esses<br />

seguimentos que compram<br />

em gran<strong>de</strong>s volumes”,<br />

explica.<br />

PRODUÇÃO<br />

Com capacida<strong>de</strong> instalada <strong>de</strong> 400 toneladas mês, o que gera um montante <strong>de</strong> 800 mil<br />

pacotes, a indústria <strong>de</strong> torrefação da <strong>Coamo</strong> produz atualmente mais <strong>de</strong> 250 toneladas<br />

mês. “Temos capacida<strong>de</strong> para muito mais e acreditamos que em breve vamos operar<br />

com maior volume. Tivemos no último ano um acréscimo <strong>de</strong> trinta por cento na nossa<br />

capacida<strong>de</strong> diária <strong>de</strong> produção”, revela Wan<strong>de</strong>rlei Silva.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 39


ALIMENTOS COAMO<br />

Qualida<strong>de</strong> e segurança<br />

na produção <strong>de</strong> alimentos<br />

Qualida<strong>de</strong> e segurança<br />

<strong>de</strong> alimentos sempre foram<br />

premissas da <strong>Coamo</strong><br />

para a produção <strong>de</strong> alimentos.<br />

Com diversas certificações e<br />

sistemas implementados, é possível<br />

assegurar que os alimentos<br />

produzidos pela <strong>Coamo</strong> - óleo<br />

<strong>de</strong> soja refinado, margarinas, cafés,<br />

farinhas, misturas para pães<br />

e bolos e gorduras - têm além<br />

<strong>de</strong> origem e rastreabilida<strong>de</strong>, total<br />

segurança. Aspectos que têm<br />

sido mais enfatizados e requeridos<br />

pelo consumidor <strong>de</strong>vido a<br />

pan<strong>de</strong>mia do novo coronavírus,<br />

mas, que sempre fizeram parte<br />

das rotinas <strong>de</strong> produção dos<br />

alimentos industrializados pela<br />

<strong>Coamo</strong>.<br />

A cooperativa conta, portanto,<br />

com certificações significativas<br />

para o ramo <strong>de</strong> alimentos,<br />

que abrangem todas as etapas<br />

da produção, tais como: FSSC<br />

22000 (Food Safety System Certification);<br />

GMP+B2 (Feed Safety<br />

Assurance - Holanda); GMP+B3<br />

Internacional; PQC - Programa<br />

<strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Café da ABIC<br />

- Associação Brasileira da Indústria<br />

<strong>de</strong> Café na Torrefação <strong>de</strong><br />

Café; e pela Kosher e Halal, que<br />

atestam que os alimentos foram<br />

produzidos <strong>de</strong>ntro dos requisitos<br />

exigidos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Consi<strong>de</strong>rando a <strong>de</strong>claração<br />

<strong>de</strong> pan<strong>de</strong>mia para o<br />

Coronavírus, pela Organização<br />

Com diversas certificações e sistemas implementados, é possível assegurar que os alimentos produzidos pela <strong>Coamo</strong> têm origem e rastreabilida<strong>de</strong><br />

40 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


Mundial da Saú<strong>de</strong> (OMS), dia<br />

11 <strong>de</strong> março, que afetou todos<br />

os setores do mercado mundial,<br />

a <strong>Coamo</strong> criou o Comitê <strong>de</strong> Prevenção<br />

ao Coronavírus, intensificando<br />

a segurança <strong>de</strong> todo<br />

esse trabalho, conforme explica<br />

o gerente Organizacional e Gestão<br />

da Qualida<strong>de</strong> e membro do<br />

comitê, Mario Arantes. “Criamos<br />

um Plano <strong>de</strong> Contingência e várias<br />

medidas foram implementadas<br />

para assegurar a saú<strong>de</strong> dos<br />

cooperados, funcionários, parceiros,<br />

fornecedores e a comunida<strong>de</strong><br />

em geral.”<br />

INDUSTRIAL - Além das<br />

medidas gerais, a cooperativa intensificou<br />

os cuidados no Parque<br />

Industrial on<strong>de</strong> há a industrialização<br />

dos Alimentos <strong>Coamo</strong>. Conforme<br />

a chefe do <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong>, Alessandra<br />

Cavalcanti, historicamente<br />

a cooperativa aten<strong>de</strong> todos<br />

os requisitos <strong>de</strong> boas práticas<br />

<strong>de</strong> fabricação e análise <strong>de</strong> perigos<br />

e pontos críticos <strong>de</strong> controle.<br />

“Aten<strong>de</strong>mos legislações bem específicas<br />

e certificações <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

que já possuem todos os<br />

critérios para garantir as condições<br />

higiênico sanitárias das pessoas,<br />

equipamentos, ambientes<br />

e, principalmente dos produtos.<br />

Essa sempre foi uma preocupação<br />

da <strong>Coamo</strong>.”<br />

PROCESSOS - Segundo<br />

Cavalcanti, com a pan<strong>de</strong>mia,<br />

as rotinas <strong>de</strong> monitoramento<br />

e verificação foram intensificadas.<br />

“Po<strong>de</strong>mos assegurar que<br />

produzimos alimentos livres <strong>de</strong><br />

qualquer contaminação, física,<br />

química, microbiológica e alergênica.<br />

Os processos <strong>de</strong> fabricação<br />

são muito controlados,<br />

pois as plantas produtivas são<br />

dotadas <strong>de</strong> alta tecnologia e automação,<br />

on<strong>de</strong> não há contato<br />

manual dos funcionários. Temos<br />

equipamentos com sensores <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> processos, temperatura,<br />

contaminantes, além <strong>de</strong><br />

peneiras, filtros, <strong>de</strong>tectores <strong>de</strong><br />

metais, que garantem a segurança<br />

do produto.”<br />

LOGÍSTICA - Outro aspecto<br />

importante é que após o<br />

envase seguro dos Alimentos<br />

<strong>Coamo</strong>, o transporte e a entrega,<br />

mantêm as rotinas <strong>de</strong> segurança<br />

e higiene. Segundo o gerente<br />

<strong>de</strong> Transporte, Rodolpho Coletti<br />

Gomes Leite, o produto já sai<br />

das plantas industriais todo envelopado<br />

com filme strech, que<br />

protege <strong>de</strong> qualquer contaminação<br />

na embalagem primária.<br />

"Os produtos são alocados em<br />

drive sem contato com o chão e<br />

em um centro distribuição totalmente<br />

lacrado. Dali saem para o<br />

consumidor e o transporte é realizado<br />

por frota própria, inspecionada<br />

e refrigerada. Entregamos<br />

aos nossos clientes um alimento<br />

seguro.”<br />

<strong>Coamo</strong> conta com certificações significativas para o ramo <strong>de</strong> alimentos, que abrangem todas as etapas da produção<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 41


Cinco décadas <strong>de</strong> histórias, conquistas e transformações<br />

Primeira década – 1970 a 1980<br />

Em cinco décadas foram expressivos os resultados<br />

conquistados pela <strong>Coamo</strong> e seus cooperados,<br />

fruto <strong>de</strong> muito trabalho, <strong>de</strong>dicação, vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> crescer, produzir mais e obter resultados cada vez<br />

melhores safra após safra.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> inicia com esta publicação<br />

<strong>de</strong> junho, a primeira <strong>de</strong> cinco edições apresentando<br />

um pouco da trajetória da <strong>Coamo</strong>, com<br />

fatos e fotos, que mostram o crescimento e o<br />

profissionalismo conquistados nesses 50 anos,<br />

consolidando a prática <strong>de</strong> um cooperativismo <strong>de</strong><br />

resultados para satisfação e a felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> milhares<br />

<strong>de</strong> produtores associados e <strong>de</strong> seus familiares.<br />

A 'Terra dos Três Ésses'<br />

A história da agricultura na região <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão é contada a partir das primeiras lavouras<br />

surgidas no final da década <strong>de</strong> 60. As matas foram<br />

<strong>de</strong>rrubadas para extração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, e junto com<br />

esse cenário, agricultores <strong>de</strong> outras regiões do Paraná<br />

e até do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul chegaram para iniciar<br />

a ativida<strong>de</strong> agrícola em uma das últimas áreas e<br />

fronteiras <strong>de</strong> terras mecanizáveis a serem exploradas<br />

no Paraná. O solo da região era <strong>de</strong> latossolo roxo,<br />

profundo, <strong>de</strong> textura argilosa e muito fértil, porém,<br />

com alta aci<strong>de</strong>z. Situação que os agricultores tinham<br />

conhecimento, assim como a necessida<strong>de</strong> da correção<br />

do solo para produzir e ter sucesso na agricultura.<br />

As terras eram conhecidas como as “Terras dos<br />

três Ésses” com formiga saúva, sapé e as tradicionais<br />

samambaias. A mecanização agrícola era o caminho<br />

para resolver e melhorar este cenário.<br />

A solução para os agricultores foi encontrada<br />

no cooperativismo. Após várias reuniões, trabalho<br />

sério e responsável coor<strong>de</strong>nado pelo enge-<br />

Cenário da região <strong>de</strong> Campo Mourão na década <strong>de</strong> 1960,<br />

e abaixo momento histórico da fundação da <strong>Coamo</strong>, em 1970<br />

42 REVISTA <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


COAMO EM DÉCADAS<br />

nheiro agrônomo José Aroldo<br />

Gallassini, então extensionista<br />

da Acarpa, que chegou em maio<br />

<strong>de</strong> 1968 na cida<strong>de</strong> para iniciar<br />

o trabalho <strong>de</strong> organização dos<br />

produtores- surgiu a Cooperativa<br />

Agropecuária Mourãoense, com<br />

a sigla <strong>Coamo</strong>, no histórico 28 <strong>de</strong><br />

novembro <strong>de</strong> 1970, por meio <strong>de</strong><br />

um grupo <strong>de</strong> 79 agricultores.<br />

O primeiro presi<strong>de</strong>nte<br />

da <strong>Coamo</strong> foi o ma<strong>de</strong>ireiro e<br />

agricultor Fioravante João Ferri,<br />

com proprieda<strong>de</strong> em Campina<br />

do Amoral. Ele foi escolhido<br />

presi<strong>de</strong>nte por sua credibilida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>dicação e honestida<strong>de</strong><br />

na busca do bem comum. Ferri<br />

aceitou o <strong>de</strong>safio com a condição<br />

<strong>de</strong> que o jovem agrônomo<br />

Gallassini assumisse a gerência<br />

geral da cooperativa.<br />

Fioravante João Ferri, primeiro presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong><br />

NA LINHA DO TEMPO<br />

1971<br />

ESTRUTURA - A cooperativa funcionou inicialmente no centro <strong>de</strong><br />

Campo Mourão em um pequeno escritório alugado, com máquinas<br />

<strong>de</strong> escrever e calcular emprestadas. Em 14 <strong>de</strong> setembro iniciou suas<br />

ativida<strong>de</strong>s com o recebimento em armazéns alugados <strong>de</strong> 209 mil<br />

sacas <strong>de</strong> trigo, e contava com 148 associados. A safra <strong>de</strong> trigo foi tão<br />

expressiva, que provocou a contratação <strong>de</strong> financiamento para o surgimento<br />

do primeiro armazém próprio.<br />

1972<br />

SEDE PRÓPRIA - Constituída no final <strong>de</strong> 1970, a <strong>Coamo</strong> começou<br />

a funcionar efetivamente em abril <strong>de</strong> 1972, quando mudou do escritório<br />

alugado e provisório <strong>de</strong> 50 m², para as instalações próprias<br />

numa área construída <strong>de</strong> 130 m², o que proporcionou uma maior<br />

mobilida<strong>de</strong> funcional. A se<strong>de</strong> própria tinha salas para contabilida<strong>de</strong>,<br />

administração, escritório geral e assistência técnica.<br />

Em abril <strong>de</strong>sse ano, a <strong>Coamo</strong> se mudou para uma se<strong>de</strong> própria e em<br />

1º <strong>de</strong> setembro foi inaugurado o primeiro armazém da cooperativa<br />

para 80 mil sacas com máquinas <strong>de</strong> secagem e limpeza, financiado<br />

pelo BRDE – Banco Regional <strong>de</strong> Desenvolvimento do Extremo-Sul. A<br />

segunda etapa resultou na construção e entrega em maio do ano seguinte,<br />

<strong>de</strong> armazém graneleiro para 500 mil sacas e armazém <strong>de</strong> sementes<br />

para 60 mil sacas. Suce<strong>de</strong>ram-se inúmeros financiamentos<br />

para ampliação da estrutura em função do crescimento nos números<br />

<strong>de</strong> associados e <strong>de</strong> produção nas áreas <strong>de</strong> atuação da cooperativa.<br />

1973<br />

TRIGO E SOJA – Com participação <strong>de</strong> 650 associados, a cooperativa<br />

recebeu 480 mil sacas <strong>de</strong> soja e 830 mil sacas <strong>de</strong> trigo, sendo<br />

a campeã estadual no recebimento <strong>de</strong>ste cereal, o que motivou<br />

o lançamento na cida<strong>de</strong> da Campanha Estadual para aumento<br />

na produção <strong>de</strong> trigo<br />

sediando evento com a<br />

presença do governador<br />

do Paraná, Emilio<br />

Gomes. “Simpatia por<br />

Campo Mourão e região,<br />

homenagem aos produtores<br />

da cida<strong>de</strong> que mais<br />

produziram trigo no<br />

Estado e incentivar o aumento<br />

da produção para<br />

ser exemplo aos outros<br />

Municípios”, foram os<br />

motivos da cida<strong>de</strong> para<br />

o lançamento da Campanha<br />

<strong>de</strong> Trigo, segundo<br />

o governador.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

43


Cinco décadas <strong>de</strong> histórias, conquistas e transformações<br />

LABORATÓRIO DE SEMENTES - A produção <strong>de</strong> Sementes<br />

fez parte do planejamento estratégico <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da <strong>Coamo</strong>.<br />

Nesse ano entrou em operação o Laboratório <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Sementes,<br />

para produção com qualida<strong>de</strong> nos campos dos cooperados, que<br />

no ano seguinte, obteve o cre<strong>de</strong>ncimanto oficial. Trata-se <strong>de</strong> um<br />

laboratório próprio e mo<strong>de</strong>rno, com profissionais qualificados realiza<br />

testes <strong>de</strong> germinação, pureza, peso hectolítrico (<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> dos<br />

grãos) e umida<strong>de</strong>, e acompanha as análises dos lotes <strong>de</strong> sementes<br />

atualmente em 11 UBS – Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Beneficiamento <strong>de</strong> Sementes.<br />

1974<br />

Construção do entreposto<br />

em Engenheiro Beltrão<br />

DESCENTRALIZAÇÃO - Com 1.200 associados e uma capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> armazenagem <strong>de</strong> 1.200.000 sacas e uma estrutura e organização<br />

das mais mo<strong>de</strong>rnas foi aprovado em Assembleias Gerais pelos<br />

associados o início da <strong>de</strong>scentralização da cooperativa, inicialmente<br />

no município <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão e <strong>de</strong>pois para Mamborê, com a<br />

construção dos primeiros entrepostos da cooperativa, com capacida<strong>de</strong><br />

para 700 mil sacas cada.<br />

COMUNICAÇÃO – A implantação dos Comitês Educativos em 1972,<br />

era fonte <strong>de</strong> ligação entre a diretoria e cooperados para disseminar<br />

as diretrizes e políticas da cooperativa, coletar informações e <strong>de</strong>mandas<br />

do quadro social. Em função do aumento da sua área <strong>de</strong> ação,<br />

para facilitar a integração com os produtores, a <strong>Coamo</strong> criou em novembro<br />

<strong>de</strong> 1974, a publicação impressa “Informativo <strong>Coamo</strong>”, exatamente<br />

para informar as notícias <strong>de</strong> interesse dos cooperados, que<br />

no ano seguinte foi ampliado e circulando com o nome <strong>de</strong> Jornal<br />

<strong>Coamo</strong>.<br />

PERDA – Em 23 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong>sse ano, faleceu repentinamente<br />

o fundador e primeiro presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, Fioravante João Ferri.<br />

O vice-presi<strong>de</strong>nte, Gelindo Stefanuto, que inclusive, na fundação da<br />

cooperativa foi o autor da sigla “<strong>Coamo</strong>”, assumiu o cargo interinamente<br />

até o final da gestão. Seu Ferri, foi homenageado com o nome<br />

da rua em frente a se<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong>.<br />

1975<br />

NOVA DIREÇÃO – Por ocasião<br />

da 5ª Assembleia Geral Ordinária<br />

em janeiro <strong>de</strong> 1975, os cooperados<br />

elegeram para a presidência<br />

da cooperativa o engenheiro<br />

agrônomo José Aroldo<br />

Gallassini.<br />

MOINHO - Começa a funcionar,<br />

em 30 <strong>de</strong> junho, o Moinho <strong>de</strong><br />

Trigo <strong>Coamo</strong>.<br />

REORGANIZAÇÃO - Para continuar<br />

crescendo e pensando<br />

no futuro, foi realizada uma<br />

reorganização administrativa com a criação inicialmente <strong>de</strong> sete<br />

<strong>de</strong>partamentos - Transportes, Técnico, Produção <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />

Produção <strong>de</strong> Entrepostos, Administrativo e Financeiro, Fornecimento<br />

<strong>de</strong> Insumos, e Comercial, para propiciar um bom atendimento aos<br />

cooperados. Posteriormente passou-se a 15 <strong>de</strong>partamentos em função<br />

da prosperida<strong>de</strong> da cooperativa com a movimentação expressiva<br />

dos associados.<br />

FAZENDA EXPERIMENTAL - Criada nesse ano para que os produtores<br />

pu<strong>de</strong>ssem aumentar a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas culturas com a<br />

utilização <strong>de</strong> tecnologias mo<strong>de</strong>rnas. De uma produtivida<strong>de</strong> média<br />

44 REVISTA <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


COAMO EM DÉCADAS<br />

na época <strong>de</strong> 70 sacas <strong>de</strong> soja por alqueire, esse número atualmente<br />

é <strong>de</strong> 150 sacas e muitas proprieda<strong>de</strong>s já colheram mais <strong>de</strong> 200 sacas<br />

por alqueire. O trabalho com experimentos na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrativa<br />

da <strong>Coamo</strong> permite testes em todas as fases do cultivo, da preparação<br />

da terra à colheita.<br />

CULTURA – ”Esse período foi fundamental na consolidação da ‘Cultura<br />

<strong>Coamo</strong>’ , com a <strong>de</strong>finição informal das regras <strong>de</strong> comportamento<br />

no relacionamento interno e externo com os funcionários, com os<br />

cooperados, e com a socieda<strong>de</strong>. Regras estas que teriam influência<br />

no futuro da cooperativa”, informa o Relatório <strong>de</strong> 5 anos da <strong>Coamo</strong>.<br />

MAIS DE 2 MIL ASSOCIADOS – Voltada já no seu início para seus<br />

cooperados, dos 79 fundadores, a cooperativa encerrou seus primeiros<br />

cinco anos com mais <strong>de</strong> dois mil associados, com a certeza <strong>de</strong><br />

que, com passos firmes, constitui-se como agente <strong>de</strong> transformação<br />

da agricultura, da socieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> pessoas.<br />

1976<br />

CRÉDITO - Para facilitar o entendimento e o acesso dos cooperados<br />

ao crédito, a cooperativa implantou na safra <strong>de</strong> trigo 1976, o crédito<br />

<strong>de</strong> Repasse, sendo os recursos tomados no Banco do Brasil. Os trâmites<br />

foram feitos <strong>de</strong>ntro da própria cooperativa e foi consi<strong>de</strong>rado um<br />

gran<strong>de</strong> serviço, haja vista que os produtores pu<strong>de</strong>ram fazer adiantamento<br />

para plantar as safras para pagamento na comercialização.<br />

HORTELÃ – Entre 1976 e 1978, a <strong>Coamo</strong> recebeu a produção <strong>de</strong><br />

óleo <strong>de</strong> ementa <strong>de</strong> 15 cooperados das regiões <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão,<br />

Quinta do Sol, Fênix e Barbosa Ferraz, que era conhecida na<br />

época como a “Capital da Menta do Paraná.” O gênero Mentha<br />

abriga uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> 25 a 30 espécies diferentes. No Brasil é<br />

mais comum encontrar a Mentha piperita, popularmente conhecida<br />

como hortelã e a Mentha spicata, mais conhecida como menta.<br />

PNCS – Campo Mourão, por meio da <strong>Coamo</strong>, foi se<strong>de</strong> em setembro<br />

do lançamento do Plano Nacional <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong> Solos<br />

(PNCS), com a presença<br />

do ministro da Agricultura<br />

Alysson Paulinelli,<br />

governador do Paraná,<br />

Jayme Canet Júnior e<br />

autorida<strong>de</strong>s. Monumento<br />

alusivo foi construído<br />

na Praça do Fórum (Bento<br />

Munhoz da Rocjha<br />

Netto).<br />

ENTREPOSTO DA USINA – Entrou em funcionamento o entreposto<br />

Fioravante João Ferri, inicialmente com dois silos para 42 mil toneladas<br />

cada e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1,4 milhões <strong>de</strong>r sacas a granel. Entreposto<br />

funciona no parque industrial da cooperativa em Campo Mourão.<br />

ALGODÃO - <strong>Coamo</strong> inicia o recebimento <strong>de</strong> algodão, com atuação<br />

em 15 municípios.<br />

CTA - Início das ativida<strong>de</strong>s do Centro <strong>de</strong> Treinamento Agrícola da<br />

<strong>Coamo</strong> (CTA), com objetivo <strong>de</strong> capacitar os cooperados no uso correto<br />

dos equipamentos, maquinários e insumos<br />

1977<br />

INSUMOS – Em junho <strong>de</strong>sse ano foram inauguradas as lojas <strong>de</strong> insumos<br />

em Engenheiro Beltrão e Mamborê, resultado da política <strong>de</strong><br />

interiorização <strong>de</strong>finida pela diretoria em 1975.<br />

INFORMATIVO NO RÁDIO - A partir <strong>de</strong>sse ano, a <strong>Coamo</strong> passa a<br />

produzir e apresentar programa <strong>de</strong> rádio com o nome <strong>de</strong> “Informativo<br />

<strong>Coamo</strong>” com o objetivo <strong>de</strong> levar as informações da cooperativa<br />

e da agricultura aos associados <strong>de</strong> forma mais rápida e com mais<br />

regularida<strong>de</strong>. Posteriormente o programa foi veiculado também em<br />

outras regiões, e atualmente está presente em emissoras que abrange<br />

toda a área <strong>de</strong> ação da cooperativa nos Estados do Paraná, Santa<br />

Catarina e Mato Grosso do Sul.<br />

PLANTIO DIRETO - <strong>Coamo</strong> promove primeira Convenção sobre<br />

Plantio Direto, em junho.<br />

TERMINAL PORTUÁRIO – Inaugurado em Paranaguá, com a presença<br />

do presi<strong>de</strong>nte da República Ernesto Geisel, o Terminal Portuário<br />

da Cotriguaçu, da qual a <strong>Coamo</strong> fez parte juntamente com cooperativas<br />

singulars <strong>de</strong> várias regiões do Paraná. Com o Terminal, na<br />

época, o Porto <strong>de</strong> Paranaguá dobrou sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> embarque<br />

a graneis passando a carregar navios <strong>de</strong> 30 mil toneladas em 10<br />

horas. A capacida<strong>de</strong> inedpendfente dio Terminal era <strong>de</strong> 1.500 toneladas/hora,<br />

idêntica a do Corredor <strong>de</strong> Exportação.<br />

1978<br />

CAFÉ- A cooperativa passou a receber, beneficiar, armazenar e comercializar<br />

a produção dos seus cooperados, que recebiam assistência<br />

técnica e o fornecimento dos insumos para produzir bem e com<br />

qualida<strong>de</strong><br />

COAMO-SUL - Em agosto, a <strong>Coamo</strong> começa a atuar no Sul do Paraná,<br />

com a incorporação da Cooperativa Palmense (Copalma) e atuar<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

45


Cinco décadas <strong>de</strong> histórias, conquistas e transformações<br />

nas regiões <strong>de</strong> Palmas e Mangueirinha (Sudoeste), passando a produzir<br />

sementes próprias <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> em região com clima propício<br />

e beneficiando também produtores <strong>de</strong> Mangueirinha.<br />

ESCOAMENTO - O presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, Dr. Aroldo Gallassini,<br />

reivindica ao governador Ney Braga, em nome dos cooperados, as<br />

pavimentações das rodovias BR 487 (Campo Mourão/Iretama) e PR<br />

460 (Iretama/Pitanga), para facilitar o escoamento das produções<br />

dos agricultores<br />

EXPANSÃO - Antes <strong>de</strong> terminar a década <strong>de</strong> 1970, a <strong>Coamo</strong> já era<br />

uma potência regional, tendo se estabelecido em diversas localida<strong>de</strong>s<br />

na região <strong>de</strong> Campo Mourão com entrepostos em Engenheiro<br />

Beltrão, Mamborê, Fênix, Boa Esperança, Peabiru, Iretama, Roncador,<br />

Juranda e Barbosa Ferraz. Sem contar as incorporações nas regiões<br />

Centro e Sul do Paraná. A maior parte dos associados era formada<br />

por pequenos e médios produtores. Mas em muitos municípios era<br />

<strong>de</strong> mini e pequenos produtores e muitos utilizavam tração animal,<br />

como principal instrumento <strong>de</strong> trabalho. A cooperativa recebia milho,<br />

arroz, feijão, algodão, soja e outros produtos, e estava perto das<br />

proprieda<strong>de</strong>s dos seus mais <strong>de</strong> 5 mil associados.<br />

1979<br />

COAMO-CENTRO - A cooperativa passou a partir <strong>de</strong>sse ano a beneficiar<br />

produtores da região <strong>de</strong> Pitanga, então, uma das maiores produtoras<br />

<strong>de</strong> milho do Paraná, com a incorporação da Coopercentro.<br />

Expansão possibilitou <strong>de</strong>senvolvimento com tecnologia e cooperativismo<br />

aos produtores também <strong>de</strong> das regiões <strong>de</strong> Cândido <strong>de</strong> Abreu e<br />

Palmital. Nesse processo <strong>de</strong> expansão, a cooperativa também passou<br />

a atuar em Em 1979, a presença da <strong>Coamo</strong> alcançou a região <strong>de</strong> Pitanga,<br />

então uma das maiores produtoras <strong>de</strong> milho no Estado, com<br />

participação <strong>de</strong> produtores <strong>de</strong> Cândido <strong>de</strong> Abreu e Palmital.<br />

1980<br />

PRÊMIO - Em setembro, a <strong>Coamo</strong> é eleita pela primeira vez, a empresa<br />

<strong>de</strong> "Melhor <strong>de</strong>sempenho no setor Agropecuário Nacional",<br />

pela revista "Exame".<br />

EUCALIPTO – A <strong>Coamo</strong> inicia experimentos inéditos no Paraná, com<br />

a cultura do eucalipto, em parceria com a Embrapa/CNPF.<br />

46 REVISTA <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


AGROPECUÁRIA<br />

Plano Safra terá<br />

R$ 236,3 bilhões<br />

Do total <strong>de</strong> recursos, R$ 179,38 bilhões serão <strong>de</strong>stinados ao custeio e<br />

comercialização e R$ 56,92 bilhões serão para investimentos em infraestrutura<br />

O<br />

governo fe<strong>de</strong>ral anunciou,<br />

no dia 17 <strong>de</strong> junho, R$<br />

236,3 bilhões em recursos<br />

para o Plano Safra <strong>2020</strong>/2021, valor<br />

6,1% superior aos R$ 223 bilhões<br />

disponibilizados no ciclo passado.<br />

Conforme o presi<strong>de</strong>nte<br />

do Sistema Ocepar, José Roberto<br />

Ricken, a avaliação das medidas<br />

anunciadas é positiva. "Com<br />

esse reconhecimento ao setor,<br />

as cooperativas e os produtores<br />

rurais <strong>de</strong>vem investir em tecnologia<br />

e continuar produzindo com<br />

eficiência no campo", afirma.<br />

Do total <strong>de</strong> recursos, R$<br />

179,38 bilhões serão <strong>de</strong>stinados<br />

ao custeio e comercialização<br />

(5,9% acima do valor da safra passada)<br />

e R$ 56,92 bilhões serão<br />

para investimentos em infraestrutura<br />

(aumento <strong>de</strong> 6,6%). O governo<br />

também ampliou o montante<br />

<strong>de</strong>stinado à subvenção ao seguro<br />

rural, que passou <strong>de</strong> R$ 1 bilhão<br />

para 1,3 bilhão, um aumento <strong>de</strong><br />

30%.Segundo o Ministério da<br />

Agricultura, o valor <strong>de</strong>ve possibilitar<br />

a contratação <strong>de</strong> 298 mil apólices,<br />

num montante segurado da<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 52 bilhões e cobertura<br />

<strong>de</strong> 21 milhões <strong>de</strong> hectares.<br />

Houve ainda a redução<br />

das taxas <strong>de</strong> juros <strong>de</strong> custeio<br />

para o Pronaf, <strong>de</strong> 3% e 4,6% para<br />

2,75% e 4% ao ano, e para o Pronamp,<br />

<strong>de</strong> 6% para 5% ao ano. Nos<br />

<strong>de</strong>mais programas, a taxa caiu <strong>de</strong><br />

8% para 6% ao ano. Nas linhas<br />

<strong>de</strong> investimento, as mudanças<br />

foram: Mo<strong>de</strong>rfrota, <strong>de</strong> 8,5% para<br />

7,5% ao ano, e no Programa ABC,<br />

<strong>de</strong> 5,25% e 7% para 4,5% a 6% ao<br />

ano. O PCA ficou com taxas <strong>de</strong> 6<br />

% e 5% ao ano; Inovagro com 6%<br />

ao ano, Pronamp investimento<br />

com 6% ao ano; Mo<strong>de</strong>rinfra com<br />

6% ao ano e Mo<strong>de</strong>ragro com 6%<br />

ao ano.<br />

PARA MAIS INFORMAÇÕES ACESSE:<br />

Análise da Ocepar<br />

http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/images/<br />

Comunicacao/<strong>2020</strong>/noticias/06/18/plano_safra/plano_safra_<br />

clique_aqui_analise_getec_18_06_<strong>2020</strong>.pdf<br />

Apresentação do<br />

Ministério<br />

da Agricultura<br />

Aproxime o celular com leitor QR Co<strong>de</strong> na imagem<br />

http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/images/<br />

Comunicacao/<strong>2020</strong>/noticias/06/18/plano_safra/plano_<br />

safra_clique_aqui_18_06_<strong>2020</strong>.pdf<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 47


48 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


PECUÁRIA<br />

Um ano para se planejar<br />

Agropecuarista <strong>de</strong>ve pensar na alimentação do rebanho durante<br />

todo o ano. O i<strong>de</strong>al é começar o planejamento no final <strong>de</strong> agosto<br />

Nem todo o produtor rural<br />

tem o hábito <strong>de</strong> planejar<br />

corretamente a <strong>de</strong>manda<br />

nutricional das categorias<br />

animais que existem na proprieda<strong>de</strong>,<br />

quanto a volumosos e concentrados.<br />

Mas, essa ação <strong>de</strong>ve<br />

fazer parte do planejamento<br />

anual da proprieda<strong>de</strong>. “É preciso<br />

saber quantos volumosos são<br />

necessários para manter a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ingestos <strong>de</strong>sses animais,<br />

quanto concentrado para<br />

fechar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> cada categoria. Se não<br />

tiver bem calculado e ajustado,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da época do ano, o<br />

agropecuarista po<strong>de</strong> passar por<br />

apuros, com quedas produtivas”,<br />

diz o médico veterinário da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>de</strong> Campo Mourão, Hérico<br />

Alexandre Rossetto.<br />

Segundo o veterinário,<br />

quem não se planeja po<strong>de</strong> ter<br />

um baixo <strong>de</strong>sempenho produtivo<br />

por área, principalmente no<br />

inverno. “Estamos numa fase em<br />

que cai o crescimento vegetativo<br />

das forrageiras, a base alimentar<br />

dos bovinos, <strong>de</strong> corte ou leite.<br />

Temos essa queda na produção,<br />

porque a luminosida<strong>de</strong> reduz e<br />

o fotoperíodo é mais curto. As<br />

temperaturas estão mais baixas,<br />

e isso faz com que as plantas não<br />

tenham seu crescimento vegetativo<br />

<strong>de</strong> forma normal e, principalmente,<br />

por uma <strong>de</strong>ficiência<br />

hídrica. Então a planta para totalmente<br />

<strong>de</strong> crescer.”<br />

Porém, os animais não<br />

param <strong>de</strong> comer e precisam<br />

crescer para produzir. “Há uma<br />

<strong>de</strong>manda natural <strong>de</strong> consumo.<br />

Se o produtor não suprir esse déficit<br />

alimentar do animal, ele vai<br />

ter queda na produção. A vaca<br />

precisa produzir leite, os bovinos<br />

<strong>de</strong> corte precisam ter crescimento<br />

ósseo e muscular. Se eles não<br />

estiverem nutridos vão emagre-<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 49


SOLUÇÕES FMC PARA UM MANEJO<br />

MAIS EFICAZ DE PERCEVEJOS.<br />

Controle imediato, resultado que você vê na hora.<br />

Alta eficácia no controle <strong>de</strong> percevejos<br />

adultos, evitando a proliferação da praga.<br />

Ação redobrada, controlando os percevejos<br />

por caminhamento e contato.<br />

Maior proteção com controle em todo o ciclo<br />

da praga (ovos, ninfas e adultos).<br />

Alta performance e residualida<strong>de</strong>,<br />

contribuindo para um manejo eficiente.<br />

FMC SOJA<br />

Com o Domínio Percevejo,<br />

você tem a flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

usar o inseticida certo na<br />

hora certa. Um programa <strong>de</strong><br />

manejo para quem busca<br />

alta performance no controle<br />

<strong>de</strong> percevejos, po<strong>de</strong>ndo<br />

escolher a ferramenta mais<br />

a<strong>de</strong>quada para cada fase da<br />

cultura e da praga.<br />

Controle <strong>de</strong> percevejos e outros<br />

insetos, otimizando o manejo <strong>de</strong> pragas.<br />

www.fmcagricola.com.br<br />

ATENÇÃO<br />

CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.<br />

Este produto é perigoso à saú<strong>de</strong> humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita.<br />

Siga as 50 recomendações REVISTA <strong>de</strong> controle e restrições <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong><br />

estaduais para os alvos <strong>de</strong>scritos na bula <strong>de</strong> cada produto. Utilize sempre os equipamentos <strong>de</strong> proteção individual.<br />

Nunca permita a utilização do produto por menores <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Faça o Manejo Integrado <strong>de</strong> Pragas. Descarte corretamente as embalagens e os restos <strong>de</strong> produtos.<br />

Uso exclusivamente agrícola. Copyright. Maio <strong>2020</strong> FMC. Todos os direitos reservados.


PECUÁRIA<br />

MANEJO NUTRICIONAL DO REBANHO DEVE SER PLANEJADO COM ANTECEDÊNCIA<br />

PARA QUE EM PERÍODOS SECOS E FRIOS NÃO TENHA QUEDA NA PRODUÇÃO<br />

cer <strong>de</strong>mais nesse período, pois<br />

vão tirar energia do próprio corpo<br />

para produzir”, enfatiza Hérico<br />

Rossetto.<br />

O segredo, portanto, é<br />

o planejamento para não sofrer<br />

com a flutuação sazonal. “O planejamento<br />

<strong>de</strong>ve ser constante,<br />

ou seja, todo mês o produtor<br />

<strong>de</strong>ve pensar no mês subsequente.<br />

O principal é começar já no<br />

final do mês <strong>de</strong> agosto, começo<br />

do mês <strong>de</strong> setembro, pois em<br />

setembro o fotoperíodo começa<br />

a normalizar e já temos mais<br />

luminosida<strong>de</strong>. As temperaturas<br />

médias do dia já estão mais elevadas<br />

e está mais propício para<br />

o crescimento vegetativo das forrageiras.<br />

É o momento i<strong>de</strong>al para<br />

começar a produzir um banco<br />

alimentar dos animais”, orienta o<br />

médico veterinário.<br />

Dessa forma, conforme<br />

Hérico, com a chegada da primavera,<br />

o produtor rural po<strong>de</strong> se<br />

planejar para comprar a semente<br />

e fazer um banco <strong>de</strong> oferta<br />

<strong>de</strong> forrageira para plantar após<br />

a colheita da soja. “Com essa<br />

organização, o associado terá<br />

uma pastagem para ser utilizada<br />

durante o período <strong>de</strong> outono e<br />

inverno. Depen<strong>de</strong>ndo da região,<br />

ele po<strong>de</strong> plantar aveia, azévem,<br />

centeio forrageiro, brachiaria<br />

ruziziensis. Alguns produtores<br />

plantam capineiras, para cortar<br />

e fornecer aos animais, cana <strong>de</strong><br />

açúcar, enfim, o importante é planejar<br />

a <strong>de</strong>manda nutricional dos<br />

seus animais.”<br />

Em um exemplo prático<br />

Rossetto ensina: “Vamos dizer<br />

que o produtor rural tem uma<br />

proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte com 100<br />

vacas, 4 touros, os bezerros aos<br />

pés das vacas, novilhas <strong>de</strong> reposição.<br />

Ele precisa estratificar esse<br />

rebanho em categorias, e o quanto<br />

consome cada categoria mensalmente.<br />

Isso ele vai distribuir<br />

<strong>de</strong> acordo com sua produção <strong>de</strong><br />

massa diária. Feito isso, lança o<br />

número mensal e estratifica para<br />

o ano todo. Assim, é possível ver<br />

o quanto será a <strong>de</strong>manda para<br />

planejar a oferta.”<br />

Outra questão apontada<br />

por Hérico, é que com o planejamento<br />

é possível saber quantos<br />

animais cada forrageira irá<br />

alimentar por alqueire. “Assim<br />

po<strong>de</strong>mos saber se um alqueire<br />

<strong>de</strong> aveia e azevem, por exemplo,<br />

consegue manter cinco ou seis<br />

bois adultos durante os cerca<br />

<strong>de</strong> 120 dias <strong>de</strong> período crítico.<br />

Se, hipoteticamente, tem um alqueire<br />

<strong>de</strong> silagem <strong>de</strong> milho, ele<br />

consegue manter 30 bovinos<br />

adultos, se tem por exemplo um<br />

alqueire <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> açúcar consegue<br />

manter 40 bovinos adultos<br />

e, assim, passar períodos muito<br />

mais tranquilos mantendo em<br />

equilíbrio a produtivida<strong>de</strong> da sua<br />

proprieda<strong>de</strong>.”<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 51


Simplificar o seu dia a dia<br />

está na nossa essência.<br />

Brevant Sementes é a escolha certa<br />

para a sua Safrinha.<br />

GENÉTICA<br />

O maior banco genético<br />

do mercado.<br />

TECNOLOGIA<br />

O que há <strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rno em biotecnologia<br />

com PowerCore® Ultra e Leptra®.<br />

TRATAMENTO DE SEMENTES INDUSTRIAL<br />

Proteção <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início<br />

com Dermacor® e Poncho®.<br />

A Brevant Sementes soma genética, tecnologia e proteção para trazer mais rendimento<br />

para sua lavoura. Um portfolio versátil com diversas soluções que simplificam o seu dia<br />

a dia no campo.<br />

POWERCORE ® é uma tecnologia <strong>de</strong>senvolvida pela Dow AgroSciences e Monsanto. POWERCORE ® é uma marca da Monsanto LLC. Agrisure Viptera ® é marca registrada e utilizada sob licença<br />

da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure ® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. YieldGard ® e o logotipo YieldGard são marcas<br />

registradas utilizadas sob a licença da Monsanto Company. Tecnologia <strong>de</strong> proteção contra insetos Herculex ® I <strong>de</strong>senvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. Herculex ® e o logo HX<br />

são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink ® e o logotipo da gota <strong>de</strong> água são marcas da BASF. Roundup Ready TM é marca utilizada sob licença da Monsanto Company.<br />

Poncho ® é marca registrada da BASF. Atenção: <strong>de</strong>fensivos agrícolas são perigosos à saú<strong>de</strong> humana, animal e ao meio ambiente. Utilize sempre os equipamentos <strong>de</strong> proteção individual<br />

e não permita o contato <strong>de</strong> menores <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> com <strong>de</strong>fensivos agrícolas. Em caso <strong>de</strong> dúvidas, contate um engenheiro agrônomo.<br />

52 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong><br />

www.brevant.com.br | 0800 772 2492<br />

®<br />

, Marcas registradas da Dow AgroSciences, DuPont ou Pioneer e <strong>de</strong> suas<br />

companhias afiliadas ou <strong>de</strong> seus respectivos proprietários. ©<strong>2020</strong> CORTEVA


SAÚDE<br />

Como lidar<br />

com as crianças<br />

durante a<br />

pan<strong>de</strong>mia?<br />

A<br />

pan<strong>de</strong>mia do novo coronavírus<br />

trouxe diversos <strong>de</strong>safios para a<br />

humanida<strong>de</strong>. Mas, para quem<br />

tem crianças em casa o <strong>de</strong>safio po<strong>de</strong> ser<br />

dobrado. Não é fácil manter os pequenos<br />

trancafiados, sem ir à escola, ver os<br />

amiguinhos ou, simplesmente passear. É<br />

um tempo que irá passar, mas enquanto<br />

perdura o isolamento social, a chefe do<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong><br />

Gestores da <strong>Coamo</strong> e, também, mãe <strong>de</strong><br />

duas meninas, Ana Claudia Periçaro, traz<br />

algumas dicas e um ví<strong>de</strong>o que foi divulgado<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais da <strong>Coamo</strong> no YouTube,<br />

Instagram, Facebook e Linkedin.<br />

Segundo Ana Claudia, pais e mães<br />

precisam <strong>de</strong>dicar tempo aos filhos mais do<br />

que nunca neste momento. “Precisamos acolher,<br />

entreter, cuidar e tranquilizar as crianças,<br />

os nossos anjinhos. Sei que não é muito fácil,<br />

pois além <strong>de</strong> nós mesmos termos dificulda<strong>de</strong><br />

em enten<strong>de</strong>r esse momento <strong>de</strong> mudanças e<br />

incertezas, que geram ansieda<strong>de</strong> e, muitas<br />

vezes, medo, temos ainda que dar atenção<br />

especial aos nossos pequenos.”<br />

Ela explica que as crianças<br />

sentem o que os pais estão passando. “Ao<br />

perceberem que estamos estressados e ansiosos,<br />

nossos filhos acabam reproduzindo<br />

esse mesmo comportamento, e buscando<br />

mais apego e sendo mais exigentes com<br />

nós adultos. Acredite, principalmente se eles<br />

estão em ida<strong>de</strong> escolar, nossos meninos e<br />

meninas percebem que há algo errado.”<br />

Conforme Ana Claudia, para lidar<br />

com essa situação não adianta fingir que<br />

nada está acontecendo. “Devemos dar uma<br />

explicação condizente com a faixa etária das<br />

crianças e manter a rotina o mais normal<br />

possível. Se seus filhos <strong>de</strong>monstram preocupação,<br />

acolha, dê carinho, faça os acreditar<br />

que vocês estão juntos e são uma família.<br />

Aju<strong>de</strong>-os a gerenciar suas emoções e aliviar<br />

a ansieda<strong>de</strong> com confiança e fé, pois acreditamos<br />

que tudo vai passar”, <strong>de</strong>staca.<br />

Para quem tem os filhos crescidos<br />

e não moram mais na mesma casa,<br />

Ana Claudia, também dá uma dica. “Para<br />

aliviar a sauda<strong>de</strong> dos filhos e, até mesmo,<br />

<strong>de</strong> pais avós e amigos, utilize a tecnologia<br />

para manter esse vínculo mais forte. Faça<br />

chamadas por ví<strong>de</strong>o, envie mensagens,<br />

fotos. Afinal, mesmo antes da pan<strong>de</strong>mia já<br />

estávamos acostumados a manter relações<br />

pelas re<strong>de</strong>s sociais.”<br />

Como não é possível saber<br />

quando tudo voltará ao normal, ela ressalta<br />

que é preciso construir um novo normal.<br />

“Precisamos construir uma nova dinâmica<br />

para as nossas vidas, nosso trabalho e família.<br />

Temos certeza que o vírus vai passar, e a cura<br />

vai chegar. O amor, a harmonia e a união<br />

entre nós <strong>de</strong>ve prevalecer, porque amamos a<br />

nossa vida e a dos que queremos bem. A vida<br />

é uma dádiva e precisamos nos cuidar com<br />

calma e tranquilida<strong>de</strong>, e com a certeza <strong>de</strong><br />

que a vida é a gente que transforma.”<br />

Ana Claudia Periçaro da gerência <strong>de</strong><br />

Recursos Humanos da <strong>Coamo</strong><br />

Para acessar o ví<strong>de</strong>o produzido pela<br />

<strong>Coamo</strong>, aproxime o celular com<br />

leitor QR Co<strong>de</strong> na imagem.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 53


RECEITA<br />

Pizza <strong>de</strong><br />

tabuleiro<br />

INGREDIENTES<br />

Massa<br />

1 envelope <strong>de</strong> fermento biológico seco<br />

1 e ½ xícara (chá) <strong>de</strong> água<br />

4 colheres (sopa) <strong>de</strong> GORDURA VEGETAL<br />

COAMO em temperatura ambiente<br />

2 colheres (chá) <strong>de</strong> sal<br />

4 xícaras (chá) <strong>de</strong> FARINHA DE TRIGO<br />

COAMO PIZZA<br />

2 pizzas gran<strong>de</strong>s<br />

Cobertura<br />

6 tomates maduros<br />

1 pitada <strong>de</strong> sal<br />

1 pitada <strong>de</strong> orégano<br />

300 g <strong>de</strong> muçarela fatiada<br />

Folhas <strong>de</strong> manjericão fresco<br />

6 azeitonas pretas<br />

MODO DE PREPARO<br />

Massa<br />

Dissolva o fermento na água. Junte a gordura e o sal. Aos<br />

poucos, adicione a farinha e sove até obter uma massa lisa.<br />

Cubra com filme plástico e reserve até dobrar o volume.<br />

Divida a massa em duas partes. Com um rolo ou com as<br />

mãos, abra as massas formando dois retângulos (30x35 cm)<br />

e coloque-as sobre as costas <strong>de</strong> duas assa<strong>de</strong>iras. Espalhe<br />

o molho e leve ao forno, preaquecido, na temperatura alta<br />

(200 ºC), por cerca <strong>de</strong> 20 minutos ou até que a parte <strong>de</strong> baixo<br />

esteja ligeiramente dourada. Retire do forno, cubra com a<br />

muçarela e volte ao forno até dourar. Retire do forno, polvilhe<br />

orégano, manjericão e <strong>de</strong>core com as azeitonas.<br />

Cobertura<br />

Amasse os tomates com um garfo ou bata no liquidificador<br />

rapidamente <strong>de</strong>ixando o molho pedaçudo. Tempere com sal<br />

e orégano.<br />

Dica<br />

Se preferir uma pizza bem fina e crocante, divida a massa em<br />

três partes.<br />

www.alimentoscoamo.com.br<br />

/alimentoscoamo<br />

54 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong><br />

AF01 COI001120I An Receita Pizza <strong>de</strong> Tabuleiro 175x225 cm.indd 1 20/03/20 09:15


Em 50 anos,<br />

muita coisa se<br />

transforma.<br />

Mas o principal<br />

sempre foi<br />

o mesmo:<br />

o cooperado.<br />

De geração em geração, o trabalho sério e a <strong>de</strong>dicação<br />

<strong>de</strong> cada cooperado <strong>Coamo</strong> transformou uma i<strong>de</strong>ia em<br />

50 anos <strong>de</strong> sucesso. Pessoas que nos enchem <strong>de</strong> orgulho<br />

em po<strong>de</strong>r compartilhar essa história e, com certeza,<br />

escrever novos capítulos.<br />

A vida é a gente que transforma.<br />

coamo.com.br

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!