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Revista Coamo edição Junho de 2020

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EXPEDIENTE<br />

Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />

Ano 46 | Edição 503 | <strong>Junho</strong> <strong>de</strong> <strong>2020</strong><br />

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos: iduarte@coamo.com.br<br />

Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />

Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />

Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />

Milena Luiz Corrêa: mlcorrea@coamo.com.br<br />

Contato: (44) 3599-8129 - comunicacao@coamo.com.br<br />

Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,<br />

Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Edição <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />

Colaboração: Gerências <strong>de</strong> Assistência Técnica; Organização e Gestão da Qualida<strong>de</strong><br />

e Entrepostos.<br />

Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários Ltda<br />

Contato: (11) 5092-3305<br />

Contato publicitário: Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />

É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados ou<br />

citados não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

Acompanhe a <strong>Coamo</strong> pelas re<strong>de</strong>s sociais<br />

COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />

SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460<br />

www.coamo.com.br - coamo@coamo.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly<br />

Cal<strong>de</strong>rari, Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, Rogério <strong>de</strong> Mello Barth e Adriano Bartchechen.<br />

CONSELHO FISCAL: Ricieri Zanatta Neto, Diego Rogério Chitolina e Jonathan Henrique Welz Negri (Membros Efetivos). E<strong>de</strong>r Ricci, Clóvis Antonio Brunetta e Jorge Luiz<br />

Tonet (Membros Suplentes).<br />

DIRETORIA EXECUTIVA: Presi<strong>de</strong>nte Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin <strong>de</strong><br />

Mello. Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor <strong>de</strong> Logística e Operações: E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira. Diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles <strong>de</strong><br />

Oliveira Dias.<br />

Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,59 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2019: R$ 13,97 bilhões.<br />

Tributos e taxas gerados e recolhidos em 2019: R$ 382,32 milhões.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

3


SUMÁRIO<br />

44<br />

<strong>Coamo</strong> antecipa R$ /// em sobras<br />

?????????????????????????????????????????????????????????????????????????????<br />

4 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


SUMÁRIO<br />

Entrevista<br />

10<br />

José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo, é o entrevistado<br />

do mês. Ele aborda sobre a nova governança, faz um resgate da história e o que esperar para o futuro<br />

Vidas transformadas<br />

16<br />

Série <strong>de</strong> reportagens mostra a evolução dos cooperados e a vida transformada pelo cooperativismo.<br />

Conheça a história dos associados Irineu, Ricieri e João Zanatta, Urcino Pereira, e José Maria dos Santos<br />

24<br />

Como receber e armazenar as safras<br />

Des<strong>de</strong> a sua fundação, a <strong>Coamo</strong> realiza investimentos em um setor importante e que implica<br />

diretamente no trabalho dos cooperados. Receber e armazenar as safras <strong>de</strong> forma segura e<br />

eficiente sempre foi um dos objetivos da cooperativa com melhorias nas Unida<strong>de</strong>s<br />

Café, do campo à indústria<br />

34<br />

Reportagem mostra a ca<strong>de</strong>ia produtiva do café, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o campo até a industrialização. Produto faz<br />

parte do portfólio dos Alimentos <strong>Coamo</strong> e ajuda agregar valor à produção dos cooperados<br />

Segurança na produção <strong>de</strong> Alimentos<br />

40<br />

Qualida<strong>de</strong> e segurança alimentar são premissas da <strong>Coamo</strong> para a produção <strong>de</strong> alimentos. Com<br />

certificações e sistemas implementados, é possível produzir alimentos com origem e rastreabilida<strong>de</strong><br />

<strong>Coamo</strong> em décadas<br />

42<br />

Em cinco décadas foram expressivos os resultados conquistados pela <strong>Coamo</strong> e seus cooperados. A<br />

primeira década foi <strong>de</strong> consolidação, busca pelo aperfeiçoamento e <strong>de</strong>scentralização para várias regiões<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

5


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GOVERNANÇA<br />

Nova safra: aumento <strong>de</strong> recursos e redução <strong>de</strong> juros<br />

“<br />

A<br />

cida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> parar, mas<br />

se ela parar, o campo a<br />

fará ressurgir. Mas, se um<br />

dia o campo parar, todos sucumbirão.<br />

Nesta pan<strong>de</strong>mia, o campo<br />

não parou e garantiu nossa<br />

segurança alimentar, e também<br />

fez com que a alimentação não<br />

cessasse nas cida<strong>de</strong>s. Por isso,<br />

temos que agra<strong>de</strong>cer aos produtores<br />

rurais por conseguir manter<br />

os alimentos nas mesas dos<br />

brasileiros com qualida<strong>de</strong> e em<br />

quantida<strong>de</strong>.” Esta foi a mensagem<br />

do Governo Fe<strong>de</strong>ral ao lançar<br />

dia 17 <strong>de</strong> junho o Plano safra<br />

<strong>2020</strong>/2021 com volume total <strong>de</strong><br />

R$ 236,3 bilhões, dos quais R$<br />

179,4 bilhões para custeio e comercialização,<br />

R$ 56,9 bilhões<br />

para investimentos e R$ 1,3 bilhão<br />

para seguro rural.<br />

O setor agrícola sempre<br />

espera mais do Governo, mas<br />

po<strong>de</strong>mos avaliar como positivas<br />

as medidas do novo Plano Safra,<br />

principalmente, se levarmos em<br />

conta o momento em que o país<br />

está vivendo com as dificulda<strong>de</strong>s<br />

da pan<strong>de</strong>mia do coronavírus e os<br />

problemas políticos, que paralisam<br />

a economia do Brasil.<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />

Presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

Os volumes para o custeio<br />

e comercialização tiveram aumento<br />

<strong>de</strong> 5,9% em relação a safra<br />

anterior, passando para R$ 179,38<br />

bilhões. Os R$ 56,92 bilhões para<br />

investimentos em infraestrutura<br />

representam incremento <strong>de</strong> 6,6%<br />

e os recursos <strong>de</strong>stinados à subvenção<br />

ao seguro rural, passaram<br />

<strong>de</strong> R$ 1 bilhão para 1,3 bilhão,<br />

com aumento <strong>de</strong> 30%.<br />

Com relação aos juros, o<br />

governo anunciou redução nas taxas<br />

<strong>de</strong> juros <strong>de</strong> custeio para o Pronaf,<br />

<strong>de</strong> 3% e 4,6% para 2,75% e 4%<br />

ao ano, e para pequenos e médios<br />

produtores <strong>de</strong> 6% para 5% ao ano,<br />

e para os gran<strong>de</strong>s produtores será<br />

<strong>de</strong> 6% ao ano. Nas linhas <strong>de</strong> investimento,<br />

o Mo<strong>de</strong>rfrota caiu <strong>de</strong><br />

8,5% para 7,5% ao ano, e no Programa<br />

ABC, <strong>de</strong> 5,25% e 7% para<br />

4,5% a 6% ao ano.<br />

O setor cooperativista<br />

agra<strong>de</strong>ce a atuação do Ministério<br />

da Agricultura, por meio da<br />

ministra Tereza Cristina, que se<br />

empenhou para construir e divulgar<br />

aumento <strong>de</strong> recursos no<br />

Plano Safra <strong>2020</strong>/2021.<br />

Como disse a ministra, o<br />

campo vai bem, e isso foi mostrado<br />

com a colheita <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong><br />

safra 2019/<strong>2020</strong> <strong>de</strong> 250 milhões<br />

<strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos. O agronegócio<br />

não parou <strong>de</strong> trabalhar e<br />

os produtores brasileiros <strong>de</strong>sempenham<br />

um papel fundamental<br />

na nossa economia. Com certeza,<br />

eles continuarão fazendo a sua<br />

parte para produzir mais com tecnologia<br />

e eficiência no campo.<br />

"Com recursos<br />

necessários, orientamos<br />

os cooperados para<br />

que façam seus<br />

financiamentos na<br />

Credicoamo, para a<br />

proteção e seguro das<br />

suas lavouras."<br />

Com recursos disponíveis,<br />

orientamos os cooperados<br />

para que façam os financiamentos<br />

na Credicoamo, para proteger<br />

e segurar as lavouras.<br />

A nossa expectativa é<br />

que tenhamos a produção <strong>de</strong><br />

uma safra ainda maior, porque a<br />

colheita <strong>de</strong>sse ano, mesmo com<br />

períodos <strong>de</strong> seca, surpreen<strong>de</strong>u<br />

os produtores associados.<br />

Para aten<strong>de</strong>r os cooperados,<br />

a <strong>Coamo</strong> se preparou e<br />

adquiriu com antecedência os<br />

insumos a serem utilizados na<br />

próxima safra. Esse é um gran<strong>de</strong><br />

benefício, haja vista a quantida<strong>de</strong><br />

dos volumes e o número <strong>de</strong> produtores<br />

associados que, graças<br />

ao planejamento e profissionalismo<br />

da cooperativa fizeram excelentes<br />

negócios com a segurança<br />

e soli<strong>de</strong>z da sua cooperativa.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

7


8 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


GESTÃO<br />

Diferencial competitivo para<br />

agregação <strong>de</strong> valor<br />

A<br />

cada safra, o trabalho dos cooperados é adquirir<br />

com antecedência insumos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e lançar<br />

ao solo sementes, com o uso das tecnologias buscando<br />

sempre colher melhores produtivida<strong>de</strong>s.<br />

Após a colheita, a safra é <strong>de</strong>positada nos armazéns<br />

da <strong>Coamo</strong>, que tem uma estrutura privilegiada implantada<br />

ao longo dos anos. Resultado <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s investimentos<br />

para acomodar com tranquilida<strong>de</strong>, segurança e eficiência,<br />

a produção dos cooperados. Este é um diferencial, pois<br />

eles não precisam guardar sua produção em suas proprieda<strong>de</strong>s,<br />

mas armazenar na cooperativa.<br />

A estrutura dos entrepostos é fundamental para o<br />

sucesso das ativida<strong>de</strong>s dos cooperados. Iniciamos a colheita<br />

<strong>de</strong> uma nova safra <strong>de</strong> milho, que era “safrinha” e virou<br />

“safrona” nos últimos anos. Os produtores querem colher o<br />

mais rápido para fugir <strong>de</strong> possíveis problemas climáticos, e<br />

não ter comprometida a retirada do cereal do campo.<br />

Para que isso aconteça, a <strong>Coamo</strong> conta com uma<br />

equipe <strong>de</strong> profissionais e uma estratégia que é planejada<br />

e implementada, para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todas<br />

as regiões. Por isso, são realizados investimentos, aprovados<br />

pelo quadro social nas assembleias, resultando em<br />

a<strong>de</strong>quações e ampliações nas estruturas das 104 unida<strong>de</strong>s,<br />

que recebem a produção e estão localizadas bem<br />

perto das proprieda<strong>de</strong>s dos cooperados.<br />

Todo o trabalho que a área <strong>de</strong> Logística e Operações<br />

realiza tem este objetivo: reduzir o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga<br />

das colheitas nas unida<strong>de</strong>s da cooperativa. Felizmente,<br />

há muitos anos é pequeno o tempo <strong>de</strong> espera para entregar<br />

a produção. Muito diferente dos primeiros anos da<br />

<strong>Coamo</strong> na década <strong>de</strong> 1970, que pelas histórias contadas<br />

pelos pioneiros, duravam dias, fazendo com que produtores<br />

e funcionários dormissem nos caminhões para não<br />

per<strong>de</strong>r a vez nas filas.<br />

Mas isso é coisa do passado, <strong>de</strong> um tempo vivido<br />

pelos avós e pais. Os cooperados mais novos não presenciaram<br />

essa situação e só sabem disso pelas conversas contadas<br />

pelos produtores mais antigos.<br />

A história comprova que a <strong>Coamo</strong> sempre foi<br />

"A estrutura dos entrepostos é expressiva<br />

e fundamental para o sucesso<br />

das ativida<strong>de</strong>s dos cooperados."<br />

mais além e esteve à frente do seu tempo. Investiu <strong>de</strong> forma<br />

expressiva nas estruturas <strong>de</strong> recebimento das unida<strong>de</strong>s,<br />

e sempre praticou o cooperativismo <strong>de</strong> resultados ao<br />

longo dos seus 50 anos.<br />

Por meio <strong>de</strong> uma frota própria com centenas <strong>de</strong><br />

caminhões, além dos terceirizados, promovemos o <strong>de</strong>slocamento<br />

da produção entre os armazéns e unida<strong>de</strong>s, para<br />

que a estrutura esteja livre e pronta, à espera da gran<strong>de</strong><br />

colheita dos cooperados.<br />

A satisfação <strong>de</strong>les com o atendimento na hora<br />

certa é o objetivo do trabalho, por isso consi<strong>de</strong>ramos a<br />

logística e operações como um diferencial a ser mantido<br />

com a melhor estrutura para a competitivida<strong>de</strong> no agronegócio.<br />

Relevante é o recebimento em várias unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> safra 2019/<strong>2020</strong>. Exemplo disso, foi registrado<br />

em Maracaju e Vista Alegre, no Mato Grosso do Sul,<br />

com mais <strong>de</strong> 5,0 milhões <strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> soja recebidas, um<br />

recor<strong>de</strong> em uma mesma safra,<br />

na história dos 50 anos da<br />

<strong>Coamo</strong>. E gran<strong>de</strong> safra nunca<br />

foi e nunca será problema,<br />

mas uma solução.<br />

AIRTON GALINARI<br />

Presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

9


ENTREVISTA: JOSÉ AROLDO GALLASSINI<br />

"Não fundamos a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo para<br />

uma geração, mas para uma vida toda."<br />

Comandar uma empresa<br />

é uma gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>.<br />

Decisões<br />

importantes precisam ser tomadas<br />

a todo momento, po<strong>de</strong>ndo<br />

impactar nos negócios<br />

e nas pessoas que <strong>de</strong>las <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m.<br />

Um bom lí<strong>de</strong>r sabe<br />

disso e toma as <strong>de</strong>vidas precauções<br />

quando <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> passar<br />

o bastão. Ele sabe que mudanças<br />

<strong>de</strong> gestão são arriscadas,<br />

por isso é fundamental garantir<br />

uma sucessão tranquila.<br />

Executivo experiente,<br />

José Aroldo Gallassini, tem<br />

essa visão. “Eu podia chegar e<br />

dizer ‘olha, eu estou com uma<br />

certa ida<strong>de</strong>, estou bem financeiramente,<br />

dá pra tocar a vida,<br />

e vou virar as costas e sair, não<br />

quero mais saber’. Não vou fazer<br />

isso. Não posso fazer isso.<br />

Pela minha responsabilida<strong>de</strong><br />

e pelo sucesso que tivemos<br />

até aqui”, afirma, justificando<br />

os motivos que o levaram a<br />

orquestrar um plano <strong>de</strong> sucessão.<br />

“Não fundamos a <strong>Coamo</strong><br />

e a Credicoamo para uma geração<br />

ou duas, mas para a vida<br />

toda. Elas têm que continuar,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> quem esteja<br />

no comando”, frisa.<br />

Em entrevista, o agora<br />

presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong><br />

Administração, conta como ficou<br />

a nova estrutura organizacional.<br />

José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte<br />

dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da<br />

<strong>Coamo</strong> e da Credicoamo<br />

10 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: Qual o segredo<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>Coamo</strong>?<br />

José Aroldo Gallassini: Começamos<br />

do zero e construímos uma<br />

gran<strong>de</strong> cooperativa. A <strong>Coamo</strong><br />

Agroindustrial Cooperativa é a<br />

35ª maior empresa do Brasil e a<br />

1ª maior empresa do Paraná. Com<br />

se<strong>de</strong> em Campo Mourão (Centro-<br />

-Oeste do Paraná), possui entrepostos<br />

em 71 municípios do Paraná,<br />

Santa Catarina e Mato Grosso<br />

do Sul. A cooperativa é <strong>de</strong>staque<br />

no anuário da Exame, consi<strong>de</strong>rada<br />

uma das mais importantes<br />

publicações do país. A <strong>Coamo</strong> é<br />

também a 10ª maior do país com<br />

capital 100% nacional. Posso dizer<br />

com segurança que o segredo <strong>de</strong><br />

todo esse sucesso é a sua credibilida<strong>de</strong><br />

junto ao seus cooperados.<br />

São 50 anos trabalhando ao lado<br />

<strong>de</strong>les, apoiando o seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e impulsionando a economia<br />

dos municípios em que a cooperativa<br />

atua. Po<strong>de</strong>mos dizer que<br />

a história <strong>de</strong> Campo Mourão po<strong>de</strong><br />

ser dividida em antes e <strong>de</strong>pois do<br />

surgimento da cooperativa. No final<br />

da década <strong>de</strong> 1960, boa parte<br />

da região era <strong>de</strong> uma pobreza<br />

bastante gran<strong>de</strong>. Vivíamos o final<br />

do ciclo da ma<strong>de</strong>ira e, à medida<br />

que as empresas foram encerrando<br />

suas ativida<strong>de</strong>s, a situação<br />

econômica dos produtores rurais<br />

foi piorando. Quando <strong>de</strong>cidimos<br />

fundar uma cooperativa, já foi possível<br />

uma melhor organização dos<br />

produtores. A <strong>Coamo</strong> foi constituída<br />

por 79 agricultores. Depois foi<br />

entrando bastante gente e a cooperativa<br />

foi se consolidando. Em<br />

resumo, a agricultura na região <strong>de</strong><br />

Campo Mourão <strong>de</strong>u certo porque<br />

a cooperativa se colocou ao lado<br />

do produtor.<br />

RC: Qual é o gran<strong>de</strong> aprendizado<br />

<strong>de</strong> sua experiência no cooperativismo?<br />

Gallassini: Esses 50 anos <strong>de</strong> trabalho<br />

me <strong>de</strong>ram uma bagagem<br />

gran<strong>de</strong> em diversos assuntos. Eu<br />

trabalhava na Acarpa quando aju<strong>de</strong>i<br />

a constituir a <strong>Coamo</strong>. Isso foi<br />

O segredo do sucesso<br />

é a sua credibilida<strong>de</strong><br />

junto aos cooperados.<br />

São 50 anos<br />

trabalhando para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong>les."<br />

em 1970. Dois anos <strong>de</strong>pois, fui<br />

contratado como gerente e, em<br />

1975, assumi a presidência. Mais<br />

tar<strong>de</strong>, sentimos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ter uma cooperativa <strong>de</strong> crédito<br />

para apoiar nossos agricultores.<br />

Constituímos, então, a Credicoamo.<br />

Tanto a <strong>Coamo</strong> como a Credicoamo<br />

<strong>de</strong>ram muito certo. O sucesso<br />

é inegável. E <strong>de</strong> tudo o que<br />

aprendi nessas cinco décadas,<br />

posso dizer com segurança que a<br />

gran<strong>de</strong> lição que levo comigo é o<br />

lado social do cooperativismo, ou<br />

seja, o fato <strong>de</strong> que o cooperado<br />

precisa ser bem atendido.<br />

RC: Quais estratégias adotou na<br />

gestão da <strong>Coamo</strong> que consi<strong>de</strong>ra<br />

exitosas?<br />

Gallassini: A <strong>Coamo</strong> é uma gran<strong>de</strong><br />

cooperativa. Possui mais <strong>de</strong> 29<br />

mil cooperados. A previsão para<br />

este ano é receber 8,920 milhões<br />

<strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos. E o faturamento<br />

está estimado em R$ 16<br />

bilhões. O que <strong>de</strong>u certo, na minha<br />

visão, foi escolher uma única<br />

linha <strong>de</strong> atuação. A <strong>Coamo</strong> é uma<br />

cooperativa <strong>de</strong> grãos. Atuamos<br />

em todos os processos, da orientação<br />

aos cooperados em relação<br />

ao plantio à armazenagem, industrialização<br />

e comercialização.<br />

Ao longo <strong>de</strong> 50 anos, poucos<br />

projetos nossos não tiveram ligação<br />

com grãos. Investimos neles,<br />

aten<strong>de</strong>ndo solicitações <strong>de</strong> nossos<br />

cooperados. Mas, aos poucos,<br />

eles foram percebendo que o retorno<br />

econômico não era bem o<br />

que eles esperavam. Foram <strong>de</strong>sistindo<br />

e não <strong>de</strong>mos sequência a<br />

esses projetos.<br />

RC: A experiência da <strong>Coamo</strong> na<br />

pecuária e proteína animal foi um<br />

<strong>de</strong>sses projetos?<br />

Gallassini: A <strong>Coamo</strong> sempre fez<br />

a vonta<strong>de</strong> dos seus cooperados,<br />

por isso, há alguns anos, investimos<br />

na suinocultura. Um grupo<br />

<strong>de</strong> cooperados tinha cria<strong>de</strong>iras<br />

e outro grupo fazia a engorda,<br />

e a cooperativa comercializava.<br />

Isso foi bem até certa altura, mas<br />

daí veio uma crise e os cooperados,<br />

principalmente aqueles com<br />

cria<strong>de</strong>iras, foram <strong>de</strong>sistindo. Esta<br />

experiência só reforçou o entendimento<br />

<strong>de</strong> que o perfil do nosso<br />

cooperado é grãos.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 11


ENTREVISTA: JOSÉ AROLDO GALLASSINI<br />

“DE TUDO O QUE APRENDI EM CINCO DÉCADAS, A GRANDE LIÇÃO É O LADO SOCIAL<br />

QUE O COOPERATIVISMO TEM. O COOPERADO PRECISA SER BEM ATENDIDO."<br />

José Aroldo Gallassini<br />

RC: A <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo<br />

adotaram um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

gestão e governança. O que o senhor<br />

espera com essas mudanças?<br />

Gallassini: O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governança<br />

adotado pelo cooperativismo<br />

é um pouco do Brasil, no<br />

sentido <strong>de</strong> que o comando é <strong>de</strong>cidido<br />

por eleição. Os associados<br />

fundam a cooperativa, elegem<br />

uma diretoria que tem presi<strong>de</strong>nte,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte, secretários e conselheiros<br />

<strong>de</strong> administração e fiscal.<br />

De maneira geral, esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

governança <strong>de</strong>u certo. O gran<strong>de</strong><br />

risco, porém, é a sucessão e a garantia<br />

<strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> da cooperativa.<br />

Uma eleição po<strong>de</strong> mudar<br />

toda a diretoria <strong>de</strong> uma única vez<br />

e isso po<strong>de</strong> trazer problemas, porque<br />

a sucessão não é planejada.<br />

Por este motivo, chegamos à conclusão<br />

<strong>de</strong> que era preciso mudar.<br />

Não fundamos a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo<br />

para uma geração ou duas,<br />

mas para a vida toda. Elas têm que<br />

continuar, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> quem<br />

esteja no comando. Nosso novo<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governança assemelha-se<br />

ao adotado por gran<strong>de</strong>s<br />

bancos, corporações, indústrias,<br />

principalmente, os negócios familiares.<br />

Também cooperativas<br />

da Europa implantaram esse mo<strong>de</strong>lo.<br />

Temos um Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

composto por nove<br />

cooperados que irão assessorar a<br />

Diretoria Executiva. Este Conselho<br />

se reúne uma vez por mês, e o seu<br />

presi<strong>de</strong>nte dá expediente integral<br />

na cooperativa. Já a Diretoria<br />

Executiva é contratada, possui um<br />

diretor-presi<strong>de</strong>nte e cinco diretores<br />

<strong>de</strong> área, todos profissionais<br />

com 30 a 40 anos <strong>de</strong> trabalho na<br />

<strong>Coamo</strong>.<br />

RC: Qual a importância <strong>de</strong> ter na<br />

Diretoria Executiva profissionais<br />

que são pratas da casa?<br />

Gallassini: Os cinco diretores escolhidos<br />

para compor a Diretoria<br />

Executiva e o presi<strong>de</strong>nte executivo<br />

da <strong>Coamo</strong> conhecem como ninguém<br />

a gestão da cooperativa e<br />

como se trabalha com os cooperados.<br />

Nesses 50 anos <strong>de</strong> cooperativismo,<br />

aprendi que não dá certo<br />

contratar um executivo <strong>de</strong> uma<br />

gran<strong>de</strong> empresa para comandar<br />

uma cooperativa. Uma empresa<br />

gran<strong>de</strong> é formada por gran<strong>de</strong>s<br />

executivos, gente muito competente,<br />

mas com foco econômico. A<br />

busca é pelo lucro. A cooperativa<br />

tem o aspecto econômico que é<br />

importante, mas tão importante<br />

quanto, é o social. Uma cooperativa<br />

precisa trabalhar por aquele<br />

que está na base, pelo seu cooperado.<br />

Ela tem que pensar em tudo,<br />

da produção <strong>de</strong> sementes, plantio,<br />

colheita, entrega, armazenagem,<br />

industrialização até a comercialização.<br />

Tem ainda que ajudar o<br />

cooperado a buscar novas tecnologias<br />

e garantir empréstimo, tirando<br />

do seu capital do giro, para<br />

que ele possa plantar. Enfim, uma<br />

cooperativa tem objetivos que<br />

uma empresa não tem.<br />

RC: A nova governança vai manter<br />

a essência da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo?<br />

Gallassini: A <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo<br />

não po<strong>de</strong>m correr riscos,<br />

por isso é importante manter a sua<br />

essência. É por causa disso que fiz<br />

questão <strong>de</strong> cumprir expediente na<br />

cooperativa, na função <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

na gestão <strong>2020</strong>/2024. Eu podia<br />

chegar e dizer ‘olha, eu estou com<br />

uma certa ida<strong>de</strong>, estou bem financeiramente,<br />

dá pra tocar a vida, e<br />

vou virar as costas e sair, não quero<br />

mais saber’. Não vou fazer isso. Não<br />

posso fazer isso. Pela minha responsabilida<strong>de</strong><br />

e pelo sucesso que<br />

tivemos até aqui. Mas amanhã ou<br />

<strong>de</strong>pois, posso não estar mais aqui,<br />

aí não posso garantir que o estilo<br />

atual <strong>de</strong> gestão vai continuar igual.<br />

12 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


Administrar uma empresa é uma<br />

coisa muito pessoal.<br />

RC: Como o senhor acredita que<br />

<strong>de</strong>ve ser mantida a coesão e o<br />

sentimento <strong>de</strong> pertencimento dos<br />

cooperados, principalmente para<br />

aqueles que não vivenciaram a<br />

história do trabalho e as conquistas<br />

<strong>de</strong> décadas anteriores?<br />

Gallassini: Temos que trabalhar<br />

muito esses dois públicos: o gran<strong>de</strong><br />

e o jovem produtor. É preciso<br />

enten<strong>de</strong>r isso. Com o gran<strong>de</strong><br />

produtor, o objetivo é fazer com<br />

que ele consiga ver além do que<br />

é do seu interesse. Ele está numa<br />

cooperativa, tem que trabalhar <strong>de</strong><br />

acordo com a cooperativa, e perceber<br />

que, <strong>de</strong>ssa forma, há benefícios<br />

para todos, fruto da união <strong>de</strong><br />

todos. Já o jovem é contestador<br />

por natureza, quer mudar o mundo.<br />

Ele acha que os pais, às vezes,<br />

não têm visão. Então, surgem os<br />

conflitos <strong>de</strong> gerações. Na <strong>Coamo</strong>,<br />

temos um programa <strong>de</strong> formação<br />

<strong>de</strong> jovens lí<strong>de</strong>res, on<strong>de</strong> eles conhecem<br />

a filosofia cooperativista<br />

e enten<strong>de</strong>m a importância <strong>de</strong> dar<br />

sequência ao trabalho dos pais. Já<br />

são mais <strong>de</strong> 900 jovens formados<br />

em 23 turmas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998.<br />

RC: A <strong>Coamo</strong> é uma gran<strong>de</strong> empresa<br />

<strong>de</strong> comodities internacionais.<br />

Faz parte das estratégias entrar<br />

em operações internacionais,<br />

por meio <strong>de</strong> alianças, com cooperativas<br />

e empresas <strong>de</strong> outros países?<br />

Gallassini: Não. A estratégia comercial<br />

da <strong>Coamo</strong> é atuar individualmente.<br />

Exportamos cerca <strong>de</strong> 50%<br />

da produção recebida dos nossos<br />

cooperados. A comercialização das<br />

commodities agrícolas é feita com<br />

base nos sistemas FOB e CIF, com<br />

certificado <strong>de</strong> rastreabilida<strong>de</strong>, que<br />

garante o controle dos produtos<br />

<strong>Coamo</strong> do campo até o seu <strong>de</strong>stino.<br />

Temos também um terminal portuário<br />

próprio no Porto <strong>de</strong> Paranaguá,<br />

principal porta <strong>de</strong> saída para o<br />

"O cooperativismo é<br />

antes <strong>de</strong> tudo uma<br />

filosofia <strong>de</strong> vida.<br />

Desenvolve milhões<br />

<strong>de</strong> cooperados e<br />

familiares."<br />

mercado externo. Atualmente, ven<strong>de</strong>mos<br />

para Europa, China e vários<br />

outros países da Ásia.<br />

RC: Qual a importância do Sistema<br />

Ocepar para a consolidação<br />

do cooperativismo no Paraná e<br />

melhoria do processo <strong>de</strong> governança<br />

e gestão do setor?<br />

Gallassini: Consi<strong>de</strong>ro a Ocepar<br />

(Sindicato e Organização das Cooperativas<br />

do Paraná) o órgão político<br />

do cooperativismo, em âmbito<br />

estadual, e a OCB, em âmbito<br />

nacional. Então, o Sistema Ocepar<br />

presta um gran<strong>de</strong> trabalho que<br />

é coroado <strong>de</strong> sucesso. Orgulha<br />

e eleva o cooperativismo paranaense<br />

por sua serieda<strong>de</strong>, gestão<br />

e contribuição para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do nosso setor.<br />

RC: Qual sua visão sobre o futuro<br />

do cooperativismo do Paraná?<br />

Gallassini: A minha vida gira em<br />

torno do cooperativismo, afinal, são<br />

50 anos <strong>de</strong> trabalho na <strong>Coamo</strong> e 30<br />

anos na Credicoamo. Sou produtor<br />

<strong>de</strong> soja, milho e crio boi, portanto,<br />

sou cooperado da <strong>Coamo</strong> (agropecuária),<br />

Credicoamo (crédito),<br />

Cooperaliança (carnes) e, também,<br />

beneficiário da Unimed (saú<strong>de</strong>).<br />

Então, o cooperativismo é a minha<br />

vida. Entendo que o cooperativismo<br />

continuará tendo muito sucesso,<br />

porque nenhuma empresa comum<br />

faz igual a uma cooperativa.<br />

Empresas da China tentaram se<br />

estabelecer aqui. Apareceram também<br />

multinacionais com a intenção<br />

<strong>de</strong> comprar empresas locais para<br />

receber soja na origem. Empresas<br />

querem lucrar, diferente das cooperativas,<br />

que tentam equilibrar o<br />

econômico com o social. Por isso,<br />

digo que esse trabalho junto ao<br />

cooperado tem que ser feito pelas<br />

cooperativas. E tem também a<br />

introdução <strong>de</strong> novas tecnologias, o<br />

apoio para o aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />

e armazenagem suficiente,<br />

para que todos os cooperados<br />

possam ser atendidos. Isso só o<br />

cooperativismo faz. O cooperativismo<br />

é, antes <strong>de</strong> tudo, uma filosofia<br />

<strong>de</strong> vida. Tenho plena certeza <strong>de</strong><br />

que continuará a prestar gran<strong>de</strong>s<br />

serviços para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> cooperados e seus<br />

familiares.<br />

Entrevista publicada, também, na <strong>Revista</strong> Paraná Cooperativo.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 13


COOPERATIVISMO<br />

Conjugando o verbo cooperar<br />

Nei Renczeczen com o filho Cristiano e o neto Cristofer: trabalho,<br />

evolução e sucessão no campo são <strong>de</strong>staques na família <strong>de</strong> Pitanga (PR)<br />

Os cooperados são a razão<br />

da existência da <strong>Coamo</strong> e<br />

da Credicoamo e fazem o<br />

sucesso do cooperativismo. É para<br />

eles que as cooperativas atuam fortes<br />

e firmes, aten<strong>de</strong>ndo suas <strong>de</strong>mandas<br />

e necessida<strong>de</strong>s, com eficiência e<br />

qualida<strong>de</strong> na prestação <strong>de</strong> serviços e<br />

o profissionalismo da diretoria e funcionários.<br />

Comemorado sempre no<br />

primeiro sábado <strong>de</strong> julho, o Dia do<br />

Homenagem ao Cooperativismo<br />

A <strong>Coamo</strong> produziu um filme em homenagem<br />

ao cooperativismo, fazendo parte dos seus 50<br />

anos. No material, cooperados contam a transformação<br />

<strong>de</strong> suas vidas por meio <strong>de</strong>ste sistema<br />

que gera renda e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Cooperativismo, lembra<br />

e resgata a história <strong>de</strong>sse<br />

importante instrumento<br />

<strong>de</strong> transformação.<br />

Os associados<br />

da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo<br />

integram um sistema<br />

que proporciona o<br />

bem comum e inúmeros<br />

benefícios, por meio <strong>de</strong><br />

uma parceria sólida e vitoriosa<br />

visando o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da agricultura<br />

e pecuária, e a produção<br />

<strong>de</strong> alimentos para o Brasil<br />

e o mundo. “O cooperativismo<br />

é um movimento<br />

e antes <strong>de</strong> tudo uma<br />

filosofia <strong>de</strong> vida. É um instrumento<br />

eficaz que une<br />

pessoas e promove o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento econômico<br />

e bem-estar social,<br />

tendo como referencial a participação<br />

<strong>de</strong>mocrática, solidarieda<strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pendência<br />

e autonomia”, explica o<br />

engenheiro agrônomo José Aroldo<br />

Gallassini, i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte<br />

dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da<br />

<strong>Coamo</strong> e da Credicoamo. As cooperativas<br />

continuam trabalhando, pensando<br />

e agindo para o melhor dos<br />

associados e familiares.<br />

Para acessar o<br />

ví<strong>de</strong>o, aproxime<br />

o celular com<br />

leitor QR Co<strong>de</strong><br />

na imagem.<br />

SER COOPERADO COAMO<br />

São muitos os benefícios disponibilizados<br />

pela <strong>Coamo</strong> aos associados,<br />

nas áreas <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e inovação; logística, gestão<br />

e suporte; e da cooperação que vai<br />

além do campo. Os associados têm à<br />

disposição apoio da assistência técnica<br />

que presta serviços <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o planejamento<br />

à comercialização da safra,<br />

inclusive com atendimento à campo<br />

por meio da utilização <strong>de</strong> tecnologia<br />

móvel e agricultura <strong>de</strong> precisão.<br />

Importante também é o trabalho<br />

realizado no planejamento e organização<br />

da produção agrícola, <strong>de</strong><br />

acordo com as particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

cada região <strong>de</strong> atuação da <strong>Coamo</strong>, o<br />

fornecimento <strong>de</strong> sementes produzidas<br />

e tratadas em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Beneficiamento<br />

próprias e o fornecimento<br />

dos insumos agropecuários <strong>de</strong> alta<br />

tecnologia com qualida<strong>de</strong> assegurada,<br />

por meio <strong>de</strong> planos e condições<br />

comerciais exclusivas.<br />

Na área <strong>de</strong> Logística, por exemplo, a<br />

estrutura da cooperativa, com mais<br />

<strong>de</strong> 104 unida<strong>de</strong>s é tecnologicamente<br />

atualizada e ágil para a recepção,<br />

classificação, armazenamento e exp<strong>edição</strong><br />

<strong>de</strong> produtos agrícolas, com<br />

ampla cobertura geográfica, o que<br />

garante ao cooperado redução <strong>de</strong><br />

gastos e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comercializar<br />

sua produção na época que<br />

julgar mais a<strong>de</strong>quada. "A <strong>Coamo</strong><br />

tem uma logística a<strong>de</strong>quada e segura<br />

para movimentação <strong>de</strong> produtos<br />

agrícolas, industrializados e insumos<br />

agrícolas, por meio <strong>de</strong> frota própria,<br />

frota <strong>de</strong>dicada e frota spot (parcerias<br />

com fornecedores <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />

transporte)", explica Airton Galinari,<br />

presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong>.<br />

14 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


Há 50 anos<br />

a <strong>Coamo</strong><br />

transforma vidas.<br />

E aqui vamos<br />

conhecer<br />

algumas <strong>de</strong>las.


Uma história <strong>de</strong> sucesso<br />

De empregado<br />

a parte <strong>de</strong><br />

uma história<br />

<strong>de</strong> sucesso<br />

A transformação <strong>de</strong> Urcino Pereira<br />

O ano era 1976. Um então<br />

fazen<strong>de</strong>iro do distrito <strong>de</strong><br />

Piquirivaí, em Campo Mourão,<br />

pega um <strong>de</strong> seus diaristas,<br />

coloca no carro e o leva até uma<br />

cooperativa para se associar.<br />

A cooperativa ainda no início,<br />

com seis anos <strong>de</strong> fundação,<br />

era a <strong>Coamo</strong> e o trabalhador<br />

rural, o hoje cooperado Urcino<br />

Pereira. Quarenta e quatro<br />

anos se passaram, muitas<br />

foram as transformações tanto<br />

na vida do associado como na<br />

cooperativa, que em novembro<br />

completará 50 anos.<br />

O cooperativismo proporciona histórias<br />

inspiradoras. São famílias que ao<br />

longo dos anos conseguiram evoluir e<br />

tiveram as vidas transformadas. “É até<br />

engraçado dizer que um boia fria, que<br />

ganhava pelo dia que trabalhava, hoje<br />

planta 300 alqueires <strong>de</strong> lavoura”, diz seu<br />

Urcino, que viu a sua vida se transformar<br />

quando o seu então patrão arrendou<br />

para ele dois alqueires <strong>de</strong> terra e o levou<br />

para se associar à <strong>Coamo</strong>.<br />

O cooperado trabalhava na mesma<br />

proprieda<strong>de</strong> que hoje arrenda e planta<br />

com a família. Ele trabalhou por 15<br />

anos na fazenda e <strong>de</strong>pois arrendou as<br />

terras. “Se eu não tivesse a coragem<br />

que tive, seria tudo diferente”, frisa.<br />

Seu Urcino recorda o dia que o patrão<br />

chegou e falou que o levaria à <strong>Coamo</strong>,<br />

que na época tinha seis anos <strong>de</strong><br />

fundação: “Eu falei que não tinha nada,<br />

mas ele lembrou que eu tocava dois<br />

alqueires <strong>de</strong> terra. Lembro também<br />

das palavras que o patrão disse: você<br />

po<strong>de</strong> não ter muita coisa, mas é um<br />

gran<strong>de</strong> homem, um trabalhador.<br />

Assim começou a minha história com a<br />

<strong>Coamo</strong>”, diz.<br />

Ele trabalha na proprieda<strong>de</strong> em<br />

parceria com os três filhos, Si<strong>de</strong>nei,<br />

Osnei e Rogerlei, também cooperados.<br />

“Somos 100% <strong>Coamo</strong>. A partir do<br />

momento que o fazen<strong>de</strong>iro me levou<br />

a <strong>Coamo</strong>, e me tornei associado,<br />

tudo mudou e para melhorar. De<br />

dois alqueires temos 300 <strong>de</strong> lavoura<br />

e já tenho área própria. A intenção é<br />

continuar trabalhando e progredindo.<br />

Tenho um gran<strong>de</strong> prazer <strong>de</strong> ir à <strong>Coamo</strong><br />

porque sou muito bem recebido.”<br />

Ele trabalha na proprieda<strong>de</strong> em parceria com os três filhos, Si<strong>de</strong>nei, Osnei e Rogerlei, também cooperados.


O cooperado<br />

aconselha para<br />

que as pessoas<br />

trabalhem <strong>de</strong> forma<br />

honesta e busquem<br />

seus sonhos .<br />

Sempre acor<strong>de</strong>i cedo para trabalhar e dizia para minha<br />

esposa a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter pelo menos uma casa para morar<br />

e dar conforto para a família. Mas, não imaginava que<br />

fosse ter o que tenho hoje. Nunca pensei que pu<strong>de</strong>sse<br />

comprar caminhão, máquinas agrícolas e caminhonete<br />

do ano. Isso não passava pela minha cabeça. Mas, é o<br />

resultado <strong>de</strong> muito empenho e <strong>de</strong>dicação.<br />

Seu Urcino lembra que muitas vezes,<br />

quando ainda era diarista na fazenda,<br />

ouvia dos colegas que era um ‘puxasaco’<br />

da fazenda, porque não parava<br />

e dava conta <strong>de</strong> tudo. “Eu sempre<br />

tive comigo que <strong>de</strong>veria merecer<br />

pelo que estava ganhando e fazia a<br />

minha parte. E olha o que aconteceu<br />

tempos <strong>de</strong>pois: o fazen<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>ixou<br />

a sua proprieda<strong>de</strong> nas minhas mãos,<br />

arrendou tudo porque viu que eu era<br />

um homem trabalhador e honesto.”<br />

Baiano, seu Ursino veio ainda jovem<br />

para o Paraná. Os pais, segundo ele,<br />

não conseguiram ganhar dinheiro, e<br />

os irmãos acabaram indo embora para<br />

outras cida<strong>de</strong>s. Já ele, encarou o cabo<br />

<strong>de</strong> enxada e não mediu esforços na<br />

lida com a agricultura. “Não faz muito<br />

tempo que evoluímos. Na <strong>Coamo</strong><br />

entramos há mais tempo, mas <strong>de</strong> uns<br />

15 anos para cá é que tivemos essa<br />

gran<strong>de</strong> mudança na vida. Subi muito<br />

e não vou parar. O segredo é fazer<br />

bem feito porque sempre tem alguém<br />

olhando para você. Posso dizer que<br />

sou um homem privilegiado e muito<br />

feliz <strong>de</strong> ser cooperado e ter a <strong>Coamo</strong><br />

como parceira.”<br />

Todo o esforço, trabalho e <strong>de</strong>dicação<br />

do cooperado <strong>de</strong>ixaram marcas,<br />

principalmente em suas mãos. Os<br />

calos, como ele diz, são como uma<br />

medalha pelas conquistas. “Isso aqui<br />

[mostrando para as mãos] nunca<br />

sairá. É uma herança <strong>de</strong> quando era<br />

novo, são marcas do cabo da enxada.”<br />

Com 74 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, o ritmo <strong>de</strong><br />

trabalho diminuiu um pouco. Mas, ele<br />

está sempre por perto das ativida<strong>de</strong>s,<br />

acompanhando tudo e fazendo<br />

companhia para os três filhos e netos<br />

que estão cuidando <strong>de</strong> toda a parte<br />

operacional da proprieda<strong>de</strong>. “Temos<br />

maquinários bons e todos adquiridos<br />

na <strong>Coamo</strong>, que sempre me ajudou<br />

na condução <strong>de</strong> tudo. A história<br />

da cooperativa é bem parecida<br />

com a minha. Nós evoluímos e nos<br />

transformamos.”<br />

Para ele, sem a <strong>Coamo</strong> e o<br />

cooperativismo, a história<br />

seria totalmente diferente. “O<br />

cooperativismo é a melhor coisa que<br />

fizeram. É uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />

para quem quer trabalhar e evoluir <strong>de</strong><br />

forma honesta. Trabalhe, seja parceiro<br />

da cooperativa e o retorno será muito<br />

bom. Esses ensinamentos já passei<br />

para os meus filhos e tenho certeza<br />

<strong>de</strong> que terão a <strong>Coamo</strong> como parceira<br />

para o resto <strong>de</strong> suas vidas.”


Continuida<strong>de</strong> no trabalho<br />

Sucesso e<br />

evolução no<br />

campo<br />

O trabalho da família Zanatta<br />

Em Mamborê os<br />

irmãos Irineu,<br />

Ricieri e João Luiz<br />

Zanatta estão dando<br />

continuida<strong>de</strong> ao<br />

trabalho iniciado pelo<br />

pai Angelo Zanatta,<br />

que chegou no<br />

município em 1951<br />

Em Mamborê os irmãos Irineu,<br />

Ricieri e João Luiz Zanatta estão<br />

dando continuida<strong>de</strong> ao trabalho<br />

iniciado pelo pai Angelo Zanatta,<br />

que chegou no município em<br />

1951. Inicialmente ele trabalhou<br />

com ma<strong>de</strong>ira, primeiro como<br />

funcionário e <strong>de</strong>pois proprietário<br />

<strong>de</strong> serraria. Com o fim do ciclo<br />

da ma<strong>de</strong>ira, passou para a<br />

agricultura e pecuária.<br />

A proprieda<strong>de</strong> foi adquirida em<br />

1969 e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então passou por<br />

evoluções e transformações.<br />

Os três irmãos trabalham em<br />

parceria, como uma extensão<br />

do cooperativismo praticado<br />

pela <strong>Coamo</strong>. “Nossos pais<br />

sempre apoiaram e incentivaram<br />

para que ficássemos unidos,<br />

dando continuida<strong>de</strong> ao que<br />

conquistaram”, conta.<br />

Ele lembra que o pai foi um dos<br />

pioneiros do município e da<br />

<strong>Coamo</strong>, com gran<strong>de</strong> participação.<br />

“É um sentimento <strong>de</strong> orgulho<br />

fazer parte <strong>de</strong>ssa história. Nosso<br />

pai <strong>de</strong>ixou seu legado e estamos<br />

seguindo seus passos.”<br />

Para Ricieri, o cooperativismo<br />

agrega e a <strong>Coamo</strong> sempre<br />

foi parceira apoiando e<br />

Irineu, Ricieri e João Zanatta


“Evoluímos juntos e creditamos<br />

isso ao cooperativismo, a <strong>Coamo</strong>,<br />

que sempre aten<strong>de</strong>u as nossas<br />

necessida<strong>de</strong>s.”<br />

oferecendo toda condição<br />

para que as ativida<strong>de</strong>s<br />

fossem conduzidas da<br />

melhor maneira possível.<br />

“Eu cresci vendo a <strong>Coamo</strong><br />

evoluir. A cooperativa<br />

sempre esteve do nosso<br />

lado. Com o cooperativismo<br />

conquistamos mais. Essa<br />

evolução é graças ao nosso<br />

trabalho e à <strong>Coamo</strong>.”<br />

Na proprieda<strong>de</strong> são<br />

<strong>de</strong>senvolvidas ativida<strong>de</strong>s<br />

agrícola e pecuária, com<br />

integração entre lavoura<br />

e gado. Irineu é o irmão<br />

mais velho. Ele diz que o<br />

cooperativismo acrescenta<br />

e colabora para a evolução<br />

das famílias. “São vários os<br />

benefícios que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o momento do plantio até<br />

a comercialização da safra.<br />

Cooperativa e cooperados são<br />

como um time, on<strong>de</strong> todos têm<br />

o mesmo objetivo, puxam para<br />

o mesmo lado. Nesses anos,<br />

houve uma gran<strong>de</strong> evolução<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o tempo do nosso pai.<br />

Acompanhei tudo <strong>de</strong> perto.<br />

Agora, estamos passando pelo<br />

nosso momento e queremos<br />

continuar crescendo e<br />

evoluindo.”<br />

João Luiz é o caçula dos três<br />

irmãos. Ele conta que tudo<br />

que precisam encontram<br />

na <strong>Coamo</strong>. “É uma parceria<br />

<strong>de</strong> longa data, sempre com<br />

orgulho e gratidão. Ficamos<br />

felizes <strong>de</strong> ter uma cooperativa<br />

nos auxiliando. Nosso pai<br />

é um dos pioneiros do<br />

cooperativismo na região<br />

e crescemos vendo todo<br />

esse trabalho”, pon<strong>de</strong>ra.<br />

De acordo com ele, se a<br />

<strong>Coamo</strong> cresceu nesses anos<br />

todos, com a família não<br />

foi diferente. “Evoluímos<br />

juntos e creditamos isso ao<br />

cooperativismo, a <strong>Coamo</strong>, que<br />

sempre aten<strong>de</strong>u as nossas<br />

necessida<strong>de</strong>s.”


Uma história <strong>de</strong> parceria<br />

Crescimento<br />

amparado no<br />

cooperativismo<br />

A <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> José Maria dos Santos<br />

A experiência <strong>de</strong> vida<br />

do cooperado José<br />

Maria dos Santos, <strong>de</strong><br />

Engenheiro Beltrão,<br />

é um exemplo <strong>de</strong><br />

sucesso <strong>de</strong> parceria<br />

com a <strong>Coamo</strong><br />

O cooperado José Maria dos<br />

Santos, <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão<br />

(Centro-Oeste do Paraná), chegou<br />

ao Brasil aos 20 anos. Natural da<br />

região <strong>de</strong> Beira Baixa - cerca <strong>de</strong><br />

200 quilômetros <strong>de</strong> Lisboa, capital<br />

<strong>de</strong> Portugal, ele <strong>de</strong>sembarcou em<br />

Maringá em 1959 para trabalhar<br />

com um primo no ramo <strong>de</strong> secos e<br />

molhados. Um ano <strong>de</strong>pois, assumiu<br />

a administração <strong>de</strong> uma das filiais<br />

do armazém em Ivailândia (distrito<br />

<strong>de</strong> Engenheiro Beltrão), on<strong>de</strong> teve o<br />

primeiro contato com a agropecuária.<br />

A região era coberta por matas e<br />

cultivo <strong>de</strong> café e hortelã.<br />

Em 1965, o cooperado adquiriu o<br />

seu primeiro sítio. O café cultivado<br />

na proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>u lugar à soja<br />

e ao algodão. Trabalhando com<br />

<strong>de</strong>terminação, o cooperado foi<br />

crescendo com naturalida<strong>de</strong>.<br />

Em 1972, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> acompanhar<br />

o nascimento da <strong>Coamo</strong> e as<br />

Cooperado José Maria dos Santos em reportagem <strong>de</strong> comemoração dos 30 anos da <strong>Coamo</strong>


primeiras experiências <strong>de</strong> sucesso da cooperativa,<br />

ele não pensou duas vezes. Procurou a <strong>Coamo</strong> e se<br />

tornou sócio, a fim <strong>de</strong> contar com os benefícios na<br />

armazenagem da safra e adquirir produtos para o<br />

cultivo das lavouras.<br />

"Na época era muito difícil. Tínhamos que entregar a<br />

safra em Campo Mourão e a distância fazia com que<br />

às vezes o caminhão ficasse até dois dias na fila. A<br />

<strong>Coamo</strong> mesmo pequena já tinha muitos agricultores<br />

entregando. Mas <strong>de</strong>pois, com a instalação do<br />

entreposto em Engenheiro Beltrão tudo melhorou",<br />

lembra o cooperado.<br />

De acordo com ele, a <strong>Coamo</strong> ajudou a implantar muitas<br />

tecnologias para o campo, difundindo o cooperativismo.<br />

Ele afirma que a parceria firmada entre a <strong>Coamo</strong> e os<br />

agricultores é o gran<strong>de</strong> segredo do seu sucesso. "Não<br />

sei como po<strong>de</strong>ria ser a nossa agricultura sem o apoio<br />

da <strong>Coamo</strong>, que além <strong>de</strong> facilitar o recebimento da safra<br />

regulou o mercado e nos ofereceu a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produzirmos mais e melhor", <strong>de</strong>staca.<br />

A harmonia constante na administração da<br />

cooperativa, também foi fundamental para o seu<br />

crescimento e consolidar a confiança do cooperado.<br />

"A diretoria sempre mereceu o nosso respeito,<br />

pela honestida<strong>de</strong>, serieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>dicação. O<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da <strong>Coamo</strong> tem como responsável<br />

o Dr. Aroldo, que sempre foi muito organizado e com<br />

gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança", afirma.<br />

Segundo João Maria, a organização e a competência<br />

administrativa também possibilitaram um gran<strong>de</strong><br />

equilíbrio, gerando satisfação entre todo o quadro<br />

social. “A <strong>Coamo</strong> é isso que estamos vendo. Eu só<br />

compro na <strong>Coamo</strong> e entrego toda minha produção<br />

na cooperativa. Sinto segurança, entrego o produto,<br />

vendo no momento em que precisar e recebo também<br />

na hora”. Ainda segundo o cooperado, nesses 50<br />

anos, a cooperativa se transformou e evoluiu e os<br />

associados acompanharam a transformação. “Quando<br />

comecei, eu era pequeno, hoje evolui. Nunca fui<br />

aventureiro, mas fomos fazendo alguns negócios, e<br />

crescemos juntos. Temos que comemorar e celebrar<br />

essas conquistas e o orgulho <strong>de</strong> fazer parte <strong>de</strong> uma<br />

cooperativa <strong>de</strong>sse tamanho e com tantas virtu<strong>de</strong>s.”<br />

Quando comecei, eu era pequeno, hoje evolui.<br />

Nunca fui aventureiro, mas fomos fazendo alguns<br />

negócios, e crescemos juntos. Temos que<br />

comemorar e celebrar essas conquistas.


22 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


CREDICOAMO<br />

Tecnologia para todos<br />

Internet Banking/Mobile é importante<br />

ferramenta para gestão financeira dos associados<br />

Vera Regina Ribeiro Gehring, <strong>de</strong> Campo Mourão, gosta <strong>de</strong> se manter atualizada e está sempre atenta às tecnologias<br />

Vera Regina Ribeiro Gehring, <strong>de</strong> Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná),<br />

gosta <strong>de</strong> se manter atualizada e está sempre atenta às tecnologias. Para ela<br />

o Internet Banking/Mobile da Credicoamo foi uma novida<strong>de</strong> muito boa.<br />

“Não somos mais crianças, e as vezes o manejo do aplicativo po<strong>de</strong> ser um pouco<br />

difícil. Mas, com a boa vonta<strong>de</strong> da equipe da Credicoamo, passamos a utilizar <strong>de</strong><br />

uma maneira muito eficaz.”<br />

Ela administra as ativida<strong>de</strong>s junto a família e avalia positivamente o aplicativo<br />

da Credicoamo. “Dá para fazer pagamento, controlar as contas. Eu mesma,<br />

ainda estou procurando apren<strong>de</strong>r mais, porém, achei que foi um <strong>de</strong>safio muito<br />

bom para mim. Um <strong>de</strong>safio, pois mesmo com a ida<strong>de</strong> que eu tenho, ainda estou<br />

apren<strong>de</strong>ndo algo <strong>de</strong>ntro da informática. Diante <strong>de</strong>ssa facilida<strong>de</strong>, que passamos<br />

a necessitar ainda mais com a pan<strong>de</strong>mia do coronavírus, não precisamos ficar<br />

saindo <strong>de</strong> casa se submetendo à aglomerações. Foi algo fantástico.”<br />

Apesar <strong>de</strong> ter começado a utilizar o aplicativo há mais tempo, foi na<br />

pan<strong>de</strong>mia que dona Vera sentiu a facilida<strong>de</strong> que tem na palma da mão. “Aconselho<br />

todas as pessoas a usar. A ida<strong>de</strong> não importa, <strong>de</strong>vemos aceitar novos<br />

<strong>de</strong>safios em nossas vidas. Não é tão difícil, e se tivermos dúvidas, é só entrar em<br />

contato com a Credicoamo, on<strong>de</strong> o pessoal aten<strong>de</strong> muito bem.”<br />

Segura em utilizar a ferramenta, ela não tem receios <strong>de</strong> fazer as movimentações<br />

financeiras da família pelo aplicativo. “As pessoas po<strong>de</strong>m usar sem<br />

medo. Eu tenho 70 anos, e penso que <strong>de</strong>vemos apren<strong>de</strong>r sempre.”<br />

Via Sollus oferece<br />

Central <strong>de</strong><br />

Atendimento aos<br />

segurados<br />

A Via Sollus Corretora <strong>de</strong> Seguros passou<br />

a disponibilizar um novo serviço<br />

para os seus segurados: a Central <strong>de</strong><br />

Atendimento com assistência 24 horas<br />

e comunicado <strong>de</strong> sinistro. Assim,<br />

a corretora dos cooperados da <strong>Coamo</strong><br />

e Credicoamo, dá um passo a frente<br />

para dar mais qualida<strong>de</strong> ao atendimento<br />

dos segurados.<br />

Segundo o gerente da Via Sollus, Sidinei<br />

Lucheti Martioli, a corretora tem<br />

papel fundamental na intermediação<br />

dos negócios entre o segurado e a seguradora.<br />

“Trabalhamos para proteger<br />

o patrimônio e garantir a tranquilida<strong>de</strong><br />

das famílias seguradas, facilitando<br />

o contato e agilizando o processo <strong>de</strong><br />

acionamento do seguro. Esse é um<br />

serviço diferenciado que faz toda a<br />

diferença num momento difícil que é<br />

o sinistro.”<br />

Um segurado da agência da Credicoamo<br />

<strong>de</strong> Pitanga, resi<strong>de</strong>nte em São<br />

Leopoldo (RS), fez questão <strong>de</strong> elogiar<br />

o novo serviço que precisou utilizar. “O<br />

segurado teve o veículo roubado e entrou<br />

em contato com a Central 24h. Ele<br />

relata que foi muito bem atendido por<br />

um funcionário que sanou as dúvidas<br />

e ainda o acalmou diante da situação,<br />

uma vez que foi um roubo à mão armada”,<br />

relata o gerente da Agência <strong>de</strong><br />

Pitanga, Marllon Alves Martins.<br />

Para mais informações:<br />

viasollus.com.br<br />

Central <strong>de</strong> Atendimento:<br />

0800 773 34 34<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 23


LOGÍSTICA<br />

SAFRAS RECORDES,<br />

DESAFIOS SUPERADOS<br />

Trabalho é planejado para recebimento e<br />

armazenagem <strong>de</strong> cada nova safra<br />

A<br />

produção no campo dos<br />

cooperados da <strong>Coamo</strong><br />

vem aumentando a cada<br />

ano. São novas tecnologias empregadas<br />

e sistemas sendo ajustados.<br />

Tudo para garantir altas<br />

produtivida<strong>de</strong>s. O trabalho operacional<br />

na ativida<strong>de</strong>, também<br />

está mais eficiente com plantio e<br />

colheita mais rápidas, diminuindo<br />

o intervalo entre uma cultura<br />

e outra. Isso tudo tem sido um<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para a <strong>Coamo</strong><br />

que não me<strong>de</strong> esforços para<br />

a<strong>de</strong>quar toda a estrutura operacional<br />

com a nova realida<strong>de</strong> vivenciada<br />

no campo.<br />

A <strong>Coamo</strong> conta com 104<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recebimento espalhadas<br />

em regiões estratégicas<br />

no Paraná, Santa Catarina e Mato<br />

Grosso do Sul. São estruturas eficientes,<br />

preparadas e com alto nível<br />

<strong>de</strong> automatização. “A <strong>Coamo</strong><br />

está acompanhando a evolução<br />

no campo para que possa receber<br />

e armazenar a produção dos<br />

cooperados. São realizados investimentos<br />

constantes visando<br />

aprimorar o trabalho”, comenta o<br />

diretor <strong>de</strong> Logística e Operações<br />

da <strong>Coamo</strong>, E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong><br />

Oliveira.<br />

De acordo com<br />

ele, há um gran<strong>de</strong> trabalho<br />

<strong>de</strong> logística nas operações<br />

para receber, armazenar<br />

e transportar os<br />

produtos entregues pelos<br />

associados. “A produção<br />

vem crescendo, o trabalho<br />

no campo está mais ágil e<br />

temos que acompanhar<br />

nas nossas unida<strong>de</strong>s. Isso<br />

tudo, para que os cooperados<br />

possam entregar a<br />

produção <strong>de</strong> forma rápida<br />

e segura.”<br />

<strong>Coamo</strong> conta com 104<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recebimento<br />

espalhadas em regiões<br />

estratégicas no Paraná, Santa<br />

Catarina e Mato Grosso do Sul<br />

24 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


Oliveira observa que as melhorias realizadas<br />

constantemente têm influenciado diretamente no<br />

fluxo <strong>de</strong> recebimento. “São a<strong>de</strong>quações nas unida<strong>de</strong>s<br />

preparando-as para as situações que vêm do<br />

campo, uma vez que, as colheitas estão mais rápidas,<br />

além da aproximação entre as safras <strong>de</strong> verão<br />

e inverno. Antes, uma colheita<strong>de</strong>ira colhia 700 sacas<br />

<strong>de</strong> soja por dia, hoje são quatro mil sacas. Os<br />

caminhões que levam a produção à cooperativa,<br />

também, estão maiores e, por isso, o trabalho <strong>de</strong> recebimento<br />

precisa ser mais rápido”, <strong>de</strong>staca.<br />

Conforme o diretor <strong>de</strong> Logística e Operações<br />

da <strong>Coamo</strong> a safra dura poucos dias. Porém, há<br />

um trabalho intenso, uma gran<strong>de</strong> estrutura que alavanca<br />

essa ativida<strong>de</strong>. “Acomodar toda a produção e<br />

sem prejudicar o trabalho dos cooperados é o gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>safio que sempre vencemos, safra após safra”,<br />

frisa.<br />

As melhorias são expandidas para todas as<br />

Unida<strong>de</strong>s que contam com caladores pneumáticos,<br />

balanças automatizadas, moegas equipadas com<br />

tombadores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> potencial, po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>scarregar<br />

bitrens, carretas e caminhões. Também há investimento<br />

para ampliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpeza,<br />

pré-limpeza e <strong>de</strong> secagem, com equipamentos automatizados.<br />

E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira,<br />

diretor <strong>de</strong> Logística e Operações da <strong>Coamo</strong><br />

Safras planejadas<br />

Armazenagem com<br />

qualida<strong>de</strong> e eficiência<br />

Receber, armazenar e transportar a safra é<br />

um <strong>de</strong>safio diário. De acordo com o gerente <strong>de</strong> Produtos<br />

da <strong>Coamo</strong>, José Carlos <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, a cooperativa<br />

conta com uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenagem<br />

<strong>de</strong> 5,72 milhões <strong>de</strong> toneladas para produto a granel,<br />

e em <strong>2020</strong> a previsão é <strong>de</strong> receber 8,76 milhões <strong>de</strong><br />

toneladas (somando todas as culturas), aproximadamente<br />

146.000.000 sacas.<br />

Outro ponto <strong>de</strong>stacado pelo gerente é a<br />

proximida<strong>de</strong> entre a safra <strong>de</strong> verão e a safrinha. “São<br />

menos <strong>de</strong> dois meses entre uma safra e outra. Isso ne-<br />

O planejamento <strong>de</strong> cada safra inicia antes do<br />

plantio, com base nas informações colhidas<br />

em campo e nas estratégias <strong>de</strong>finidas pela<br />

cooperativa. Isso, levando em consi<strong>de</strong>ração<br />

o estoque <strong>de</strong> passagem (produto ainda não<br />

comercializado pelo cooperado), ou seja, a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos armazenados da safra<br />

anterior. O trabalho envolve várias áreas da<br />

cooperativa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a gerência <strong>de</strong> Assistência<br />

Técnica, realizando as estimativas <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> cada cooperado e região, à Comercialização,<br />

trabalhando para ven<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>safogar<br />

as Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> armazenamento, passando<br />

pela gerência <strong>de</strong> Produtos, responsável pela<br />

conservação da produção entregue.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 25


LOGÍSTICA<br />

PLANEJAMENTO DE CADA SAFRA INICIA ANTES DO PLANTIO, COM BASE NAS INFOR-<br />

MAÇÕES COLHIDAS EM CAMPO E NAS ESTRATÉGIAS DEFINIDAS PELA COOPERATIVA<br />

cessita <strong>de</strong> um bom planejamento<br />

e trabalho intenso para acomodar<br />

e movimentar a produção sem<br />

que os cooperados sejam prejudicados”,<br />

observa Andra<strong>de</strong>.<br />

Um levantamento realizado<br />

pela gerência <strong>de</strong> Produtos<br />

confirma uma gran<strong>de</strong> evolução<br />

na entrega da produção dos cooperados<br />

nos últimos <strong>de</strong>z anos,<br />

aliado ao aumento da área <strong>de</strong><br />

plantio, produtivida<strong>de</strong>s e aos investimentos<br />

realizados pela cooperativa.<br />

Em 2010, o recebimento<br />

<strong>de</strong> soja foi <strong>de</strong> 53,41 milhões<br />

<strong>de</strong> sacas e em <strong>2020</strong> saltou para<br />

90,70 milhões <strong>de</strong> sacas, um aumento<br />

70%. Já o milho, primeira<br />

e segunda safra, subiu 86%, passando<br />

<strong>de</strong> 24,91 milhões <strong>de</strong> sacas<br />

para 46,29 milhões <strong>de</strong> sacas, que<br />

é a previsão para <strong>2020</strong>. O recebimento<br />

<strong>de</strong> trigo, também aumentou,<br />

passando <strong>de</strong> 8,26 milhões <strong>de</strong><br />

sacas para 9,19 milhões <strong>de</strong> sacas<br />

(previsão <strong>2020</strong>) um incremento<br />

<strong>de</strong> 11%.<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenagem<br />

da <strong>Coamo</strong> era <strong>de</strong> 4,24<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas em 2010<br />

e aumentou para 5,72 milhões<br />

<strong>de</strong> toneladas em <strong>2020</strong>, um crescimento<br />

<strong>de</strong> 35%. “Houve um<br />

aumento na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenagem.<br />

Contudo, o recebimento<br />

cresceu ainda mais. Nossa<br />

previsão é fechar <strong>2020</strong> com 8,76<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas. Isso ainda<br />

EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas<br />

2010<br />

5,24<br />

<strong>2020</strong><br />

5,72<br />

EVOLUÇÃO DO RECEBIMENTO<br />

milhões <strong>de</strong> sacas<br />

2010<br />

<strong>2020</strong><br />

José Carlos <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, gerente <strong>de</strong> Produtos; E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira,<br />

diretor <strong>de</strong> Logística e Operações da <strong>Coamo</strong>; Jarbas Luiz Kleveston, gerente <strong>de</strong> Engenharia<br />

Soja: 53,41<br />

Milho: 24,91<br />

Trigo: 8,26<br />

Soja: 90,70<br />

Milho: 46,29<br />

Trigo: 9,19<br />

26 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da confirmação da segunda<br />

safra <strong>de</strong> milho e do trigo”,<br />

assinala Andra<strong>de</strong>.<br />

De acordo com o gerente<br />

<strong>de</strong> Produtos, em <strong>de</strong>z anos o<br />

aumento total dos produtos soja,<br />

milho e trigo, foi <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 55,42<br />

milhões <strong>de</strong> sacas, e próximo <strong>de</strong><br />

70% em crescimento. “Isso é possível<br />

<strong>de</strong>vido a confiança dos nossos<br />

cooperados na cooperativa,<br />

o trabalho exemplar <strong>de</strong> todos os<br />

colaboradores envolvidos, e principalmente<br />

a visão <strong>de</strong> futuro da<br />

diretoria.”<br />

Investimentos constantes<br />

Des<strong>de</strong> o início da <strong>de</strong>scentralização<br />

da <strong>Coamo</strong>, que<br />

ocorreu em 1974 com a instalação<br />

dos entrepostos em Engenheiro<br />

Beltrão e Mamborê, a<br />

cooperativa se preocupa em fazer<br />

melhorias e a<strong>de</strong>quações necessárias<br />

para o bom atendimento<br />

aos associados.<br />

Para se ter uma i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong>sse trabalho, a gerência <strong>de</strong><br />

Engenharia da <strong>Coamo</strong> fez um<br />

levantamento dos investimentos<br />

realizados nos últimos <strong>de</strong>z anos.<br />

Foram mais <strong>de</strong> R$ 1.89 bilhões<br />

empregados em unida<strong>de</strong>s. Se<br />

acrescentar os investimentos realizados<br />

nas indústrias, esse valor<br />

sobe para R$ 2.94 bilhões nos últimos<br />

<strong>de</strong>z anos.<br />

De acordo com o gerente<br />

<strong>de</strong> Engenharia da <strong>Coamo</strong>,<br />

Jarbas Luiz Kleveston, no momento,<br />

existem 94 obras <strong>de</strong> melhorias<br />

em toda a área <strong>de</strong> ação<br />

da cooperativa, sendo 50 em<br />

andamento e 42 previstas para<br />

os próximos meses totalizando<br />

R$ 189,15 milhões. “As obras são<br />

planejadas para que não atrapalhem<br />

o recebimento do cooperado.<br />

Há um cuidado para que isso<br />

ocorra da melhor maneira possível”,<br />

ressalta.<br />

250.000.000,00<br />

Confira nos gráficos os investimentos<br />

realizados pela <strong>Coamo</strong> para melhorar o recebimento e<br />

armazenagem <strong>de</strong> grãos nos últimos <strong>de</strong>z anos<br />

122.318.804,00<br />

INVESTIMENTOS EM UNIDADES E INDÚSTRIAS R$<br />

154.631.637,00<br />

405.200.053,00<br />

77.143.272,00<br />

270.131.442,00 287.052.545,00 204.351.969,83<br />

518.775.917,73<br />

296.167.952,65<br />

361.261.932,04<br />

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 <strong>2020</strong><br />

13.597<br />

82.122.000,00<br />

15.117<br />

90.008.000<br />

15.717<br />

94.348.000<br />

16.657<br />

97.247.000<br />

CAPACIDADE DE SECAGEM TON/H<br />

18.507<br />

CAPACIDADE ESTÁTICA DE RECEBIMENTO EM SACAS<br />

105.046.400 105.745.400<br />

19.037 19.287<br />

110.161.400<br />

20.507 20.857 21.157 21.457 21.557<br />

até 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 <strong>2020</strong><br />

113.412.916<br />

116.957.916<br />

119.237.896 119.659.896<br />

até 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 <strong>2020</strong><br />

121.056.896<br />

Investimentos<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 27


LOGÍSTICA<br />

Toledo, cinco unida<strong>de</strong>s no município<br />

Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Toledo (PR)<br />

<strong>Coamo</strong> está há 25 anos<br />

no Oeste do Paraná e<br />

conta com cinco unida<strong>de</strong>s<br />

em Toledo, sendo<br />

duas na cida<strong>de</strong> e outras<br />

três em distritos – Vila<br />

Nova, Dois Irmãos e<br />

Dez <strong>de</strong> Maio<br />

A <strong>Coamo</strong> está há 25 anos<br />

no Oeste do Paraná e conta com<br />

cinco unida<strong>de</strong>s, sendo duas na<br />

cida<strong>de</strong> e outras três em distritos<br />

– Vila Nova, Dois Irmãos e Dez<br />

<strong>de</strong> Maio. Des<strong>de</strong> a sua chegada,<br />

houve significativa ampliação em<br />

toda a estrutura, melhorando o<br />

recebimento e armazenamento.<br />

A<strong>de</strong>mir Scheid é cooperado<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando a cooperativa<br />

se instalou na região. Ele<br />

acompanhou toda a evolução<br />

e ampliação <strong>de</strong> recebimento e<br />

armazenamento <strong>de</strong> grãos. “Não<br />

adianta produzirmos mais no<br />

campo, se não ter on<strong>de</strong> entregar<br />

a produção. A <strong>Coamo</strong> sempre<br />

teve esse compromisso <strong>de</strong><br />

acompanhar a nossa evolução.<br />

É uma cooperativa que caminha<br />

do nosso lado e que vem cres-<br />

cendo a cada ano”, comenta.<br />

A última carga <strong>de</strong> soja<br />

entregue pelo cooperado ocorreu<br />

no dia 21 <strong>de</strong> fevereiro. “A janela<br />

neste ano foi maior porque<br />

houve atraso na safra <strong>de</strong> verão e,<br />

Unida<strong>de</strong> em Vila Nova, distrito <strong>de</strong> Toledo (PR)<br />

28 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


consequentemente, influenciou<br />

na segunda safra. A colheita está<br />

muito mais rápida. Se pensarmos<br />

há 25 anos, quando a <strong>Coamo</strong><br />

chegou no Oeste, a colheita <strong>de</strong><br />

soja <strong>de</strong>morava mais <strong>de</strong> um mês<br />

e meio. Hoje, fazemos tudo em<br />

15 dias. Houve um gran<strong>de</strong> incremento<br />

e a cooperativa acompanhou<br />

essa evolução para que<br />

pudéssemos ser atendidos", diz<br />

o cooperado.<br />

De acordo com ele, alguns<br />

anos ainda ocorrem problemas<br />

com filas, principalmente, na<br />

segunda safra <strong>de</strong> milho. Contudo,<br />

isso é <strong>de</strong>vido a produção<br />

acima da média, que não ocorre<br />

todos os anos. “Na verda<strong>de</strong>, estou<br />

até com sauda<strong>de</strong>s das filas”,<br />

diz, ao recordar que nesse ano a<br />

safra será bem menor, <strong>de</strong>vido as<br />

condições climáticas.<br />

O cooperado faz o trabalho<br />

no campo, seguindo as<br />

recomendações técnicas e sabe<br />

on<strong>de</strong> entregar a produção <strong>de</strong><br />

forma segura e eficiente, pelos<br />

investimentos contínuos da sua<br />

cooperativa.<br />

Cooperado A<strong>de</strong>mir Scheid acompanhou toda<br />

a evolução e ampliação <strong>de</strong> recebimento e<br />

armazenamento <strong>de</strong> grãos<br />

A<strong>de</strong>quação ambiental<br />

Todo processo <strong>de</strong> investimento<br />

passa também por rea<strong>de</strong>quações<br />

da estrutura visando<br />

a questão ambiental. São efetuados<br />

estudos para reaproveitamento<br />

máximo dos resíduos <strong>de</strong><br />

modo que não fiquem <strong>de</strong>positados<br />

a céu aberto. As unida<strong>de</strong>s<br />

contam com filtros <strong>de</strong> mangas<br />

coletores, sistemas <strong>de</strong> capacitação<br />

<strong>de</strong> pó em moegas, filtros nos<br />

ciclones, nas máquinas, secadores<br />

com sistemas <strong>de</strong> captação <strong>de</strong><br />

pó e partículas.<br />

A Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juranda<br />

(Centro-Oeste do Paraná), por<br />

exemplo, está passando por uma<br />

gran<strong>de</strong> reforma visando aten<strong>de</strong>r<br />

as <strong>de</strong>mandas dos associados e,<br />

também, da comunida<strong>de</strong> vizinha<br />

das instalações que reclamavam<br />

<strong>de</strong> poeiras em suas residências.<br />

O cooperado Marcio<br />

Leandro <strong>de</strong> Carvalho recorda<br />

que a <strong>Coamo</strong> vem se mo<strong>de</strong>rnizando<br />

e melhorando o fluxo <strong>de</strong><br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juranda está recebendo investimento<br />

<strong>de</strong> R$ 11 milhões para diversas melhorias<br />

Andamento das melhorias na estrutura em Juranda (PR)<br />

recebimento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua instalação<br />

no município, há mais <strong>de</strong> 40<br />

anos. “Vemos a preocupação da<br />

diretoria em manter uma estrutura<br />

mo<strong>de</strong>rna e ágil, acompanhando<br />

nosso crescimento no campo.<br />

Não muito tempo atrás, para<br />

<strong>de</strong>scarregar tínhamos que abrir<br />

bica do caminhão e puxar tudo<br />

no rodo. Atualmente, é tudo automatizado<br />

com moegas equipadas<br />

com tombadores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

potencial, po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>scarregar<br />

bitrens, carretas e caminhões.”<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 29


LOGÍSTICA<br />

COAMO CONTA COM 104 UNIDADES EM REGIÕES ESTRATÉGICAS NO PR, SC E MS.<br />

SÃO ESTRUTURAS EFICIENTES, PREPARADAS E COM ALTO NÍVEL DE AUTOMATIZAÇÃO<br />

Na visão do cooperado,<br />

os recentes investimentos<br />

na unida<strong>de</strong> mostram a preocupação<br />

da <strong>Coamo</strong> com a comunida<strong>de</strong>.<br />

“É uma satisfação fazer<br />

parte <strong>de</strong> uma cooperativa que<br />

se preocupa com os cooperados<br />

e a comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> está<br />

inserida.”<br />

O gerente da <strong>Coamo</strong> em<br />

Juranda, Wagner Custódio, revela<br />

que está sendo investido mais<br />

<strong>de</strong> R$ 11 milhões em melhorias<br />

com impacto no atendimento<br />

aos cooperados e na questão<br />

ambiental. “São a<strong>de</strong>quações na<br />

estrutura já existente e instalação<br />

<strong>de</strong> novos equipamentos que visam<br />

melhorar o fluxo como um<br />

todo”, explica.<br />

Ampliação no Mato Grosso do Sul<br />

Do escritório do cooperado<br />

Irineu Schwambach se vê<br />

toda a estrutura erguida pela<br />

<strong>Coamo</strong> em Guaíba, comunida<strong>de</strong><br />

do município <strong>de</strong> Ponta Porã<br />

(Sudoeste do Mato Grosso do<br />

Sul). Apenas uma rodovia separa<br />

a proprieda<strong>de</strong> do complexo da<br />

cooperativa. Ele chegou na região<br />

bem antes da <strong>Coamo</strong>, há 47<br />

anos, e acompanhou a evolução<br />

da cooperativa que se instalou<br />

<strong>de</strong> forma oficial em 2010. Nesses<br />

<strong>de</strong>z anos, os investimentos foram<br />

gran<strong>de</strong>s, ampliando consi<strong>de</strong>ravelmente<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber<br />

e armazenar produtos.<br />

O cooperado recorda<br />

que até pouco tempo a região<br />

<strong>de</strong> Guaíba tinha como ativida<strong>de</strong><br />

predominante a pecuária, mas<br />

que a soja foi tomando espaço<br />

e hoje é a principal ativida<strong>de</strong><br />

agrícola. “Também temos o<br />

Cooperado Marcio Leandro <strong>de</strong> Carvalho recorda<br />

que a <strong>Coamo</strong> vem se mo<strong>de</strong>rnizando e melhorando<br />

o fluxo <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua instalação no<br />

município, há mais <strong>de</strong> 40 anos<br />

milho segunda safra que tem<br />

gran<strong>de</strong> importância nas proprieda<strong>de</strong>s.<br />

A <strong>Coamo</strong> teve papel<br />

fundamental para que a agricul-<br />

Irineu Schwambach, entrega toda a produção na unida<strong>de</strong><br />

Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Guaíba (MS), teve ampliação e melhoria no atendimento aos cooperados<br />

30 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


tura se fortalecesse e a cooperativa<br />

cresceu junto.”<br />

De acordo com ele, a<br />

<strong>Coamo</strong> passou a oferecer um<br />

novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> trabalho, com<br />

serieda<strong>de</strong> e honestida<strong>de</strong>. “Des<strong>de</strong><br />

a chegada da cooperativa, houve<br />

muitas mudanças que ampliaram<br />

e agilizaram o trabalho. Antes da<br />

<strong>Coamo</strong>, tínhamos uma estrutura<br />

antiga e com muitos problemas<br />

para receber a armazenar.”<br />

A <strong>Coamo</strong> acompanhou<br />

a evolução que os cooperados<br />

estão tendo no campo. “Do que<br />

era antes, sobrou pouca coisa.<br />

Hoje temos uma estrutura mo<strong>de</strong>rna",<br />

concluí.<br />

Unida<strong>de</strong><br />

pioneira<br />

Em plena colheita do<br />

milho segunda safra, o associado<br />

Anésio Zanin, <strong>de</strong> Engenheiro<br />

Beltrão (Centro-Oeste do Paraná),<br />

vem evoluindo a cada novo<br />

ciclo. “O sistema <strong>de</strong> colher e<br />

plantar mudou. Hoje, a gente já<br />

retira a soja e a máquina vai atrás<br />

plantado a safrinha. Temos que<br />

trabalhar no campo sintonizados<br />

com a <strong>Coamo</strong> para que ela possa<br />

receber a nossa produção sem<br />

transtornos.”<br />

De acordo com ele, a<br />

agricultura é uma empresa a<br />

céu aberto e o trabalho com a<br />

cooperativa <strong>de</strong>ve ser alinhado.<br />

“Há um gran<strong>de</strong> elo entre a<br />

cooperativa e os cooperados.<br />

Vemos que houve uma gran<strong>de</strong><br />

evolução na nossa produção e,<br />

Anésio Zanin, <strong>de</strong> Engenheiro<br />

Beltrão, vem evoluindo a cada<br />

novo ciclo, assim como a <strong>Coamo</strong><br />

também, em investimentos para<br />

que nossos produtos sejam recebidos”,<br />

comenta.<br />

Ele acrescenta que há<br />

pouco tempo, a área <strong>de</strong> plantio<br />

era inferior e a produção bem<br />

menor do que a atual. Mesmo<br />

assim, havia fila para entregar<br />

a produção. “Atualmente, com<br />

todo o investimento, a produção<br />

aumentou e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

receber também. Se antes, ficávamos<br />

até um dia na fila, hoje o<br />

caminhão vai e volta da proprieda<strong>de</strong><br />

em poucas horas.”<br />

Engenheiro Beltrão conta<br />

com três unida<strong>de</strong>s. Foi o primeiro<br />

município a receber o entreposto<br />

da <strong>Coamo</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

Campo Mourão. Também estão<br />

instaladas estruturas nos distritos<br />

Figueira do Oeste e Ivailândia,<br />

esta uma das mais mo<strong>de</strong>rnas unida<strong>de</strong>s<br />

da <strong>Coamo</strong>.<br />

Engenheiro Beltrão (PR) foi o primeiro entreposto fora <strong>de</strong> Campo Mourão e vem se a<strong>de</strong>quando todos os anos<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 31


Maracaju (MS) recebeu mais <strong>de</strong> 5,0 milhões <strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> soja na safra 2019/20<br />

ESTRUTURA EFICIENTE<br />

garante recebimento recor<strong>de</strong><br />

Gran<strong>de</strong>s safras nunca foram problemas para<br />

a <strong>Coamo</strong>, mas sim motivo <strong>de</strong> satisfação para os seus<br />

cooperados, como tem revelado ao longo dos 50<br />

anos da cooperativa, o engenheiro agrônomo José<br />

Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

da <strong>Coamo</strong>. O trabalho da diretoria e dos<br />

profissionais da cooperativa é voltado totalmente<br />

para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s dos cooperados e<br />

como diz Gallassini, safra se faz na safra.<br />

Com o suporte <strong>de</strong> diversas áreas, a difusão<br />

do conhecimento e o uso <strong>de</strong> tecnologias com sementes<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, o cooperado está aumentando<br />

a produção a cada nova safra.<br />

O diretor <strong>de</strong> Logística e Operações E<strong>de</strong>nilson<br />

Carlos <strong>de</strong> Oliveira, conhece bem todo esse<br />

processo, haja vista experiências anteriores gerenciando<br />

várias unida<strong>de</strong>s. “A colheita hoje é muito rá-<br />

Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Guarani, distrito <strong>de</strong> Mamborê<br />

CONFIRA A EVOLUÇÃO NO RECEBIMENTO NAS<br />

UNIDADES DE RONCADOR, TRICOLOR E GUARANI.<br />

*em sacas <strong>de</strong> soja<br />

UNIDADES 2012/2013 2016/2017 2019/<strong>2020</strong><br />

Roncador 1.219.410 1.652.973 1.871.997<br />

Guarani - Mamborê 1.162.227 1.418.703 1.585.709<br />

Tricolor - Roncador 437.119 588.758 749.543<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tricolor, distante 30 km <strong>de</strong><br />

Roncador e 14 Km <strong>de</strong> Guarani (Mamborê)<br />

32 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


EXPORTAÇÃO<br />

pida e as nossas estruturas<br />

estão prontas para armazenar<br />

a safra dos cooperados.<br />

Neste ano, recebemos os<br />

maiores volumes nas cinco<br />

décadas da <strong>Coamo</strong> com<br />

muita segurança e tranquilida<strong>de</strong>",<br />

afirma.<br />

O presi<strong>de</strong>nte Executivo<br />

Airton Galinari <strong>de</strong>staca a<br />

evolução dos cooperados e<br />

a satisfação <strong>de</strong> colher gran<strong>de</strong>s<br />

produções. "Em várias<br />

regiões registramos volumes<br />

recor<strong>de</strong>s no recebimento<br />

da safra <strong>de</strong> soja, como, por<br />

exemplo, nas regiões <strong>de</strong><br />

Roncador, Tricolor, Guarani e<br />

no Mato Grosso do Sul. Em<br />

Caarapó foram mais <strong>de</strong> 4,0<br />

milhões <strong>de</strong> sacas e nas unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Maracaju, o volume<br />

foi superior a 5,0 milhões <strong>de</strong><br />

sacas. Recebimento histórico<br />

em uma única safra."<br />

Galinari lembra que<br />

o trabalho da <strong>Coamo</strong> é estar<br />

cada vez mais perto dos cooperados.<br />

Cita o exemplo da<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tricolor, distante<br />

14 km <strong>de</strong> Guarani (Mamborê)<br />

30 km <strong>de</strong> Roncador, inaugurada<br />

em 2012, cujo investimento<br />

foi assertivo para a<br />

melhoria do atendimento<br />

aos cooperados.<br />

<strong>Coamo</strong> participa <strong>de</strong> carregamento<br />

histórico no porto <strong>de</strong> Paranaguá<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong>, por meio <strong>de</strong> seu terminal no Porto <strong>de</strong> Paranaguá, participou<br />

<strong>de</strong> um momento histórico, com o carregamento <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong> soja em<br />

um graneleiro <strong>de</strong> 292 metros <strong>de</strong> comprimento e 45 <strong>de</strong> boca (largura,<br />

o maior já recebido no complexo até hoje. O navio Pacific South saiu do Porto<br />

<strong>de</strong> Paranaguá com 103 mil toneladas <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong> soja, sendo que a maior<br />

parte, cerca <strong>de</strong> 84 mil toneladas, saiu do terminal da <strong>Coamo</strong>.<br />

De acordo com E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira, diretor <strong>de</strong> Logística<br />

e Operações da <strong>Coamo</strong>, o momento, também, é histórico para a cooperativa<br />

que vem aumentando o volume <strong>de</strong> exportação. “Para aten<strong>de</strong>r esse<br />

carregamento houve um gran<strong>de</strong> esforço evolvendo as três indústrias <strong>de</strong><br />

esmagamento <strong>de</strong> soja – Campo Mourão, Dourados e Paranaguá –, e a<br />

equipe <strong>de</strong> logística da cooperativa para transportar o farelo até o Porto”,<br />

salienta.<br />

De ban<strong>de</strong>ira das Ilhas Marshall, o navio Pacific South veio do porto<br />

<strong>de</strong> Xangai, na China, e atracou no Porto <strong>de</strong> Paranaguá no dia 08 <strong>de</strong> junho.<br />

Segundo a empresa responsável pela operação, o carregamento levou<br />

cerca <strong>de</strong> cinco dias. O farelo foi para o porto <strong>de</strong> Amsterdã, na Holanda.<br />

O volume <strong>de</strong> 103 mil toneladas - suficiente para carregar 3.400<br />

caminhões - supera, em 13 mil toneladas, o recor<strong>de</strong> anterior registrado<br />

há pouco mais <strong>de</strong> um ano. Em 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2019, o navio chinês Lan<br />

Hua Hai, <strong>de</strong> 254 metros, carregou 90 mil toneladas <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong> soja.<br />

Desta vez, a embarcação é 38 metros maior. Em média, os navios graneleiros<br />

recebidos no Porto <strong>de</strong> Paranaguá me<strong>de</strong>m entre 199 e 229 metros<br />

<strong>de</strong> comprimento. Esses, em geral, costumam receber pouco mais <strong>de</strong> 60<br />

mil toneladas <strong>de</strong> carga (soja, milho ou farelo).<br />

O Corredor <strong>de</strong> Exportação é formado por nove terminais privados,<br />

entre eles a <strong>Coamo</strong>. Além <strong>de</strong> dois terminais públicos: um silo vertical,<br />

com capacida<strong>de</strong> estática <strong>de</strong> cem mil toneladas, e um silo horizontal, com<br />

capacida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> 60 mil toneladas.<br />

Suficiente<br />

para carregar<br />

3.400 caminhões<br />

Capacida<strong>de</strong>: 176.000<br />

toneladas calado <strong>de</strong><br />

8,8 m comprimento<br />

291,8 m largura<br />

(boca) 45 m<br />

Tamanho<br />

equivalente<br />

a 3 campos<br />

oficiais <strong>de</strong><br />

futebol<br />

Carregado com<br />

103.000 toneladas<br />

- farelo <strong>de</strong> soja<br />

aproximadamente<br />

5 dias <strong>de</strong> operação<br />

Cerca <strong>de</strong> 84<br />

mil toneladas,<br />

saíram da<br />

<strong>Coamo</strong><br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> Maio/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

33


PRODUÇÃO AGRÍCOLA E INDUSTRIAL<br />

PAIXÃO PELO CAFÉ<br />

O “ouro preto” do passado<br />

Guilherme Galeriani Neto, mantém a tradição<br />

<strong>de</strong> produzir café em Corumbataí do Sul<br />

A<br />

tradição <strong>de</strong> produzir café<br />

é mantida firmemente<br />

há pelo menos três gerações<br />

na família do cooperado<br />

Guilherme Galeriani Neto, <strong>de</strong><br />

Corumbataí do Sul (Centro-Oeste<br />

do Paraná). Com 46 anos <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong>, ele recorda que cultivar<br />

a bebida faz parte da sua história<br />

do pai e do falecido avô. Um<br />

trabalho <strong>de</strong>senvolvido há mais<br />

<strong>de</strong> 50 anos aos arredores da chácara<br />

Santa Teresinha, <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />

da família. “Eu nasci aqui e<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então vivo do café. Cultivo<br />

essa lavoura, assim como meu<br />

pai e avô. É muito prazeroso produzir<br />

café e espero produzi-lo até<br />

quando a saú<strong>de</strong> permitir”, afirma.<br />

Apaixonado pela bebida,<br />

não escon<strong>de</strong> o brilho nos<br />

olhos quando fala da sua experiência<br />

<strong>de</strong> vida com o café. “É<br />

uma lavoura mágica, especial.<br />

Quem produz sabe o que estou<br />

dizendo. Ela encanta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a florada<br />

até a colheita. O café era o<br />

ouro preto do passado no Paraná<br />

e com ele consegui formar e sustentar<br />

minha família. Quase tudo<br />

que tenho conquistei com ele”,<br />

revela Guilherme.<br />

Antes amplamente explorado<br />

na região, com o passar<br />

dos anos os cafezais foram sendo<br />

substituídos pelas lavouras<br />

<strong>de</strong> soja, milho e a pecuária. Uma<br />

migração que reduziu drasticamente<br />

a produção da bebida em<br />

Corumbataí do Sul, município<br />

tradicional na produção cafeeira<br />

e na maioria das regiões produ-<br />

34 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


toras do Paraná. Exatamente o<br />

que aconteceu na proprieda<strong>de</strong><br />

do associado Guilherme Neto.<br />

Ele observa que muitos<br />

fatores influenciaram a redução<br />

<strong>de</strong> área da cultura, entre eles a<br />

qualida<strong>de</strong> exigida e necessária<br />

para a finalização <strong>de</strong> um produto<br />

com agregação <strong>de</strong> valor. “Antes<br />

não havia a exigência <strong>de</strong> uma<br />

padronização. Hoje o mercado<br />

quer qualida<strong>de</strong>. Mudou o manejo,<br />

o jeito <strong>de</strong> colher e muitos<br />

outros aspectos que valorizam o<br />

produto e, certamente, a falta <strong>de</strong><br />

mão <strong>de</strong> obra”, explica ele, informando<br />

que a proprieda<strong>de</strong> agora<br />

está mais diversificada. “É preciso<br />

ter outras fontes <strong>de</strong> renda e,<br />

por isso, temos, também, lavoura<br />

<strong>de</strong> soja, frutas e pecuária. Tivemos<br />

<strong>de</strong> migrar para outras ativida<strong>de</strong>s<br />

por conta da <strong>de</strong>fasagem<br />

no preço do café, mas ainda representa<br />

cerca <strong>de</strong> 20% da nossa<br />

renda anual.”<br />

Na opinião do cooperado,<br />

a exigência pela qualida<strong>de</strong><br />

não <strong>de</strong>manda apenas <strong>de</strong> mão <strong>de</strong><br />

obra, mas sobretudo, <strong>de</strong> estrutura.<br />

“Tem que estar preparado porque<br />

mesmo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> colhido se<br />

não seguir alguns protocolos o<br />

produto per<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, e isso<br />

só é possível com investimento”,<br />

<strong>de</strong>clara Neto, valorizando a parceira<br />

com a <strong>Coamo</strong>. “Apren<strong>de</strong>mos<br />

muito nesses anos com a cooperativa,<br />

que nos apoia sempre e,<br />

também, com outros colegas <strong>de</strong><br />

profissão e a família, é lógico.”<br />

A maioria dos cooperados<br />

que trabalham com a cultura<br />

na região <strong>de</strong> Corumbataí do<br />

Sul, são produtores tradicionais e<br />

Apaixonado pela bebida, cooperado Guilherme Galeriani não escon<strong>de</strong><br />

o brilho nos olhos quando fala da sua experiência <strong>de</strong> vida com o café<br />

têm amor pela bebida, conforme<br />

observa o engenheiro agrônomo<br />

da <strong>Coamo</strong>, Douglas Romualdo<br />

Casavechia. “Eles são muito apegados<br />

à cultura e para muitos ela<br />

representa boa parte da renda<br />

anual”, comenta o técnico, acrescentando<br />

que uma das dificulda<strong>de</strong>s<br />

é a falta <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra. “É<br />

um trabalho que está cada vez<br />

mais escasso no mercado e os<br />

produtores acabam tendo mais<br />

dificulda<strong>de</strong> para realizar o manejo<br />

e a colheita”, finaliza.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 35


PRODUÇÃO AGRÍCOLA E INDUSTRIAL<br />

Se no campo existe uma<br />

paixão comum dos cooperados<br />

pela produção <strong>de</strong> café, na<br />

<strong>Coamo</strong> a ativida<strong>de</strong> é valorizada<br />

e levada em consi<strong>de</strong>ração na<br />

industrialização da bebida. Afinal<br />

<strong>de</strong> contas, o café faz parte<br />

da vida dos brasileiros e começar<br />

o dia muito bem para muita<br />

gente, passa necessariamente<br />

por tomar uma xícara <strong>de</strong> café.<br />

O aroma então, nem se discute.<br />

Aquele cheirinho <strong>de</strong> café que<br />

acabou <strong>de</strong> ficar pronto é um<br />

convite irrecusável para um momento<br />

agradável.<br />

A verda<strong>de</strong> é que o café<br />

conquista a cada ano milhares<br />

<strong>de</strong> novos consumidores e, por<br />

isso, na linha <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

alimentos da cooperativa, o café<br />

faz parte do portifólio <strong>de</strong> produtos<br />

há mais <strong>de</strong> duas décadas.<br />

“Há cerca <strong>de</strong> 22 anos, a <strong>Coamo</strong><br />

passou a industrializar a produção<br />

dos cooperados. No início,<br />

Do campo à<br />

industrialização<br />

este trabalho era terceirizado,<br />

feito por uma empresa parceira.<br />

Tínhamos somente uma linha <strong>de</strong><br />

café que era o <strong>Coamo</strong> Tradicional.<br />

Passados alguns anos a diretoria<br />

resolveu investir mais na<br />

bebida. Em 2009, foi inaugurada<br />

a indústria <strong>de</strong> torrefação. Hoje<br />

temos três marcas e categorias<br />

<strong>de</strong> cafés. O <strong>Coamo</strong> Tradicional<br />

foi o pioneiro, <strong>de</strong>pois vieram as<br />

linhas Extra Forte, <strong>Coamo</strong>, Sollus<br />

e o Duallis, além do café <strong>Coamo</strong><br />

Premium na categoria superior,<br />

para aten<strong>de</strong>r a linha <strong>de</strong> cafeterias”,<br />

<strong>de</strong>staca Wan<strong>de</strong>rlei Aparecido<br />

da Silva, chefe do <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> Torrefação <strong>de</strong> Café.<br />

Há mais <strong>de</strong> 30 anos trabalhando<br />

na área, ele é um especialista<br />

da bebida, e garante que<br />

a qualida<strong>de</strong> para a finalização<br />

<strong>de</strong> um bom produto na indústria<br />

começa no campo. “O manejo<br />

é que <strong>de</strong>terminará a qualida<strong>de</strong><br />

final. Por isso, é preciso muita<br />

técnica e capricho no cultivo,<br />

nos tratos culturais, na colheita e,<br />

Wan<strong>de</strong>rlei Silva é um especialista em café, trabalhando na área há mais <strong>de</strong> 30 anos<br />

36 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


<strong>de</strong>pois, no terreiro ao finalizar o grão<br />

para entregar. Todos os processos são<br />

importantes”, alerta.<br />

Ele lembra que a cooperativa<br />

tem técnicos especializados na área<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>gustação, cuja responsabilida<strong>de</strong><br />

é tratar o produto com o <strong>de</strong>vido respeito.<br />

“O objetivo é analisar a qualida<strong>de</strong><br />

do grão com cuidado, pois isso<br />

remunera o produtor. Procuramos<br />

avaliar com critérios bem <strong>de</strong>finidos<br />

para extrair o que há <strong>de</strong> melhor no<br />

café”, diz.<br />

Ao chegar na indústria da<br />

<strong>Coamo</strong>, cada lote <strong>de</strong> café é torrado<br />

e <strong>de</strong>gustado pelos provadores. Um<br />

processo que <strong>de</strong>termina a qualida<strong>de</strong><br />

da bebida. “Depois que tiramos<br />

este mix fazemos uma blendagem<br />

(aferição <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da bebida)<br />

para ver se aten<strong>de</strong> ao padrão <strong>de</strong> café<br />

que vamos industrializar. O produto<br />

é condicionado em armazém para a<br />

composição do blend [combinação<br />

<strong>de</strong> diversos grãos <strong>de</strong> café]. Depois<br />

disso, é que ele vem para a torrefação<br />

e envase”, explica.<br />

Como é o processo <strong>de</strong> industrialização!<br />

Processo <strong>de</strong> torra <strong>de</strong> grãos para <strong>de</strong>gustação<br />

O mercado busca excelência em todos os grãos, para<br />

valorizar o trabalho do produtor, dos colhedores e torrefadores,<br />

até serem apreciados pelos consumidores como uma experiência<br />

sensorial única. Essa busca pela perfeição é interminável em qualquer<br />

ramo, e no mundo dos cafés não é diferente. Encontrar grãos<br />

excepcionais é uma tarefa difícil, pois cada grão possui personalida<strong>de</strong><br />

e características únicas. O mesmo lote po<strong>de</strong> sair diferente <strong>de</strong> uma<br />

safra para outra. Para contornar essas variações da natureza e chegar<br />

em uma oferta mais consistente, a solução é o blend.<br />

Na <strong>Coamo</strong>, o café é recebido nas unida<strong>de</strong>s em coco e/ou<br />

beneficiado, e são pagos aos associados conforme a classificação<br />

<strong>de</strong> tipos e bebida. Todos os cafés recebidos têm amostras enviadas<br />

para a prova e logo após a classificação e <strong>de</strong>gustação é digitado<br />

o resultado <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Em posse das informações, a unida<strong>de</strong><br />

imprimi a nota <strong>de</strong> pesagem e segrega o café conforme a qualida<strong>de</strong>.<br />

M<strong>edição</strong> <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> do café<br />

Degustação para aferição <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da bebida<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 37


ALÉM DA<br />

PRODUTIVIDADE<br />

203 ,0<br />

197 ,0<br />

sc/alq<br />

sc/alq<br />

PRODUTOR<br />

Antonio da Silva<br />

MUNICÍPIO<br />

Roncador-PR<br />

PRODUTOR<br />

Maria Eliza Grzyb<br />

MUNICÍPIO<br />

Mangueirinha-PR<br />

200 ,0<br />

190 ,0<br />

sc/alq<br />

sc/alq<br />

PRODUTOR<br />

João Marconi<br />

MUNICÍPIO<br />

Barbosa Ferraz-PR<br />

PRODUTOR<br />

Sérgio Berto<br />

MUNICÍPIO<br />

Engenheiro Beltrão-PR<br />

200 ,0<br />

sc/alq<br />

PRODUTOR<br />

Francisco Loregian<br />

MUNICÍPIO<br />

Coronel Vivida-PR<br />

180 ,0<br />

sc/alq<br />

PRODUTOR<br />

Olcimar Frizon<br />

MUNICÍPIO<br />

Coronel Vivida-PR<br />

38 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong><br />

Além da produtivida<strong>de</strong> tmgenetica www.tmg.agr.br


PRODUÇÃO AGRÍCOLA E INDUSTRIAL<br />

Sabor premiado<br />

A qualida<strong>de</strong> apontada<br />

por Wan<strong>de</strong>rlei Silva e a origem,<br />

aliados ao sabor e aroma marcante,<br />

garantem posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />

aos Cafés <strong>Coamo</strong> no ranking das<br />

100 maiores indústrias <strong>de</strong> café do<br />

Brasil, que fazem parte da Associação<br />

Brasileira da Indústria do<br />

Café (Abic). Em relação ao mais<br />

recente ranking, a <strong>Coamo</strong> subiu<br />

<strong>de</strong>z posições e ocupa a 19ª colocação.<br />

Trata-se <strong>de</strong> uma marca comemorada<br />

pela cooperativa, uma<br />

vez que, compete com empresas<br />

multinacionais e nacionais e com<br />

tradição no mercado cafeeiro.<br />

No levantamento da<br />

Abic, os consumidores brasileiros<br />

estão mais exigentes com relação<br />

a qualida<strong>de</strong>. Isso é resultado<br />

<strong>de</strong> mais conhecimento sobre<br />

cafés, suas características e suas<br />

diferenças por formas <strong>de</strong> preparo.<br />

A Abic iniciou em 2004 um<br />

inédito programa <strong>de</strong> certificação<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, o PQC – Programa<br />

<strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Café, que certifica<br />

e monitora a qualida<strong>de</strong> das<br />

marcas que a<strong>de</strong>rem ao programa<br />

e são <strong>de</strong>stacadas por um selo<br />

que garante ao consumidor o<br />

Café <strong>Coamo</strong>, tem garantia <strong>de</strong> sabor e qualida<strong>de</strong><br />

tipo Extra Forte, Tradicional, Superior<br />

ou Gourmet.<br />

Todos os cafés que compõe<br />

a linha da <strong>Coamo</strong> são reconhecidos<br />

e contam com os Selos <strong>de</strong> Pureza e<br />

Qualida<strong>de</strong> da Abic, têm a certificação<br />

do PQC – Programa <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> da<br />

Abic e, também, levam o Selo <strong>de</strong> Origem<br />

<strong>de</strong> Produto <strong>de</strong> Cooperativa. São<br />

cafés fabricados a partir <strong>de</strong> matéria-<br />

-prima selecionada, que garante uma<br />

bebida com aroma e sabor marcante.<br />

Café Dualis está<br />

ainda melhor<br />

Originado <strong>de</strong><br />

blend especial <strong>de</strong> grãos<br />

selecionados, com torra<br />

média, resultando num<br />

café equilibrado, <strong>de</strong> sabor<br />

marcante e aroma intenso,<br />

preservando o verda<strong>de</strong>iro<br />

sabor do café, o Café Dualis<br />

agrada a todos os paladares.<br />

Esse café da linha<br />

alimentícia da <strong>Coamo</strong>, agora<br />

está <strong>de</strong> volta com blend<br />

100% arábica, muito mais<br />

saboroso e pronto para surpreen<strong>de</strong>r<br />

o consumidor.<br />

Segundo o gerente<br />

Comercial da <strong>Coamo</strong>,<br />

Wagner Schnei<strong>de</strong>r, o café<br />

Dualis voltou para aten<strong>de</strong>r<br />

o mercado <strong>de</strong> licitações<br />

e cestas básicas, cozinhas<br />

industriais, atacados e<br />

distribuidores. “É um café<br />

que tem a qualida<strong>de</strong> e a<br />

confiança da marca <strong>Coamo</strong>,<br />

porém com um preço<br />

mais atrativo para esses<br />

seguimentos que compram<br />

em gran<strong>de</strong>s volumes”,<br />

explica.<br />

PRODUÇÃO<br />

Com capacida<strong>de</strong> instalada <strong>de</strong> 400 toneladas mês, o que gera um montante <strong>de</strong> 800 mil<br />

pacotes, a indústria <strong>de</strong> torrefação da <strong>Coamo</strong> produz atualmente mais <strong>de</strong> 250 toneladas<br />

mês. “Temos capacida<strong>de</strong> para muito mais e acreditamos que em breve vamos operar<br />

com maior volume. Tivemos no último ano um acréscimo <strong>de</strong> trinta por cento na nossa<br />

capacida<strong>de</strong> diária <strong>de</strong> produção”, revela Wan<strong>de</strong>rlei Silva.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 39


ALIMENTOS COAMO<br />

Qualida<strong>de</strong> e segurança<br />

na produção <strong>de</strong> alimentos<br />

Qualida<strong>de</strong> e segurança<br />

<strong>de</strong> alimentos sempre foram<br />

premissas da <strong>Coamo</strong><br />

para a produção <strong>de</strong> alimentos.<br />

Com diversas certificações e<br />

sistemas implementados, é possível<br />

assegurar que os alimentos<br />

produzidos pela <strong>Coamo</strong> - óleo<br />

<strong>de</strong> soja refinado, margarinas, cafés,<br />

farinhas, misturas para pães<br />

e bolos e gorduras - têm além<br />

<strong>de</strong> origem e rastreabilida<strong>de</strong>, total<br />

segurança. Aspectos que têm<br />

sido mais enfatizados e requeridos<br />

pelo consumidor <strong>de</strong>vido a<br />

pan<strong>de</strong>mia do novo coronavírus,<br />

mas, que sempre fizeram parte<br />

das rotinas <strong>de</strong> produção dos<br />

alimentos industrializados pela<br />

<strong>Coamo</strong>.<br />

A cooperativa conta, portanto,<br />

com certificações significativas<br />

para o ramo <strong>de</strong> alimentos,<br />

que abrangem todas as etapas<br />

da produção, tais como: FSSC<br />

22000 (Food Safety System Certification);<br />

GMP+B2 (Feed Safety<br />

Assurance - Holanda); GMP+B3<br />

Internacional; PQC - Programa<br />

<strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Café da ABIC<br />

- Associação Brasileira da Indústria<br />

<strong>de</strong> Café na Torrefação <strong>de</strong><br />

Café; e pela Kosher e Halal, que<br />

atestam que os alimentos foram<br />

produzidos <strong>de</strong>ntro dos requisitos<br />

exigidos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Consi<strong>de</strong>rando a <strong>de</strong>claração<br />

<strong>de</strong> pan<strong>de</strong>mia para o<br />

Coronavírus, pela Organização<br />

Com diversas certificações e sistemas implementados, é possível assegurar que os alimentos produzidos pela <strong>Coamo</strong> têm origem e rastreabilida<strong>de</strong><br />

40 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


Mundial da Saú<strong>de</strong> (OMS), dia<br />

11 <strong>de</strong> março, que afetou todos<br />

os setores do mercado mundial,<br />

a <strong>Coamo</strong> criou o Comitê <strong>de</strong> Prevenção<br />

ao Coronavírus, intensificando<br />

a segurança <strong>de</strong> todo<br />

esse trabalho, conforme explica<br />

o gerente Organizacional e Gestão<br />

da Qualida<strong>de</strong> e membro do<br />

comitê, Mario Arantes. “Criamos<br />

um Plano <strong>de</strong> Contingência e várias<br />

medidas foram implementadas<br />

para assegurar a saú<strong>de</strong> dos<br />

cooperados, funcionários, parceiros,<br />

fornecedores e a comunida<strong>de</strong><br />

em geral.”<br />

INDUSTRIAL - Além das<br />

medidas gerais, a cooperativa intensificou<br />

os cuidados no Parque<br />

Industrial on<strong>de</strong> há a industrialização<br />

dos Alimentos <strong>Coamo</strong>. Conforme<br />

a chefe do <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong>, Alessandra<br />

Cavalcanti, historicamente<br />

a cooperativa aten<strong>de</strong> todos<br />

os requisitos <strong>de</strong> boas práticas<br />

<strong>de</strong> fabricação e análise <strong>de</strong> perigos<br />

e pontos críticos <strong>de</strong> controle.<br />

“Aten<strong>de</strong>mos legislações bem específicas<br />

e certificações <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

que já possuem todos os<br />

critérios para garantir as condições<br />

higiênico sanitárias das pessoas,<br />

equipamentos, ambientes<br />

e, principalmente dos produtos.<br />

Essa sempre foi uma preocupação<br />

da <strong>Coamo</strong>.”<br />

PROCESSOS - Segundo<br />

Cavalcanti, com a pan<strong>de</strong>mia,<br />

as rotinas <strong>de</strong> monitoramento<br />

e verificação foram intensificadas.<br />

“Po<strong>de</strong>mos assegurar que<br />

produzimos alimentos livres <strong>de</strong><br />

qualquer contaminação, física,<br />

química, microbiológica e alergênica.<br />

Os processos <strong>de</strong> fabricação<br />

são muito controlados,<br />

pois as plantas produtivas são<br />

dotadas <strong>de</strong> alta tecnologia e automação,<br />

on<strong>de</strong> não há contato<br />

manual dos funcionários. Temos<br />

equipamentos com sensores <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> processos, temperatura,<br />

contaminantes, além <strong>de</strong><br />

peneiras, filtros, <strong>de</strong>tectores <strong>de</strong><br />

metais, que garantem a segurança<br />

do produto.”<br />

LOGÍSTICA - Outro aspecto<br />

importante é que após o<br />

envase seguro dos Alimentos<br />

<strong>Coamo</strong>, o transporte e a entrega,<br />

mantêm as rotinas <strong>de</strong> segurança<br />

e higiene. Segundo o gerente<br />

<strong>de</strong> Transporte, Rodolpho Coletti<br />

Gomes Leite, o produto já sai<br />

das plantas industriais todo envelopado<br />

com filme strech, que<br />

protege <strong>de</strong> qualquer contaminação<br />

na embalagem primária.<br />

"Os produtos são alocados em<br />

drive sem contato com o chão e<br />

em um centro distribuição totalmente<br />

lacrado. Dali saem para o<br />

consumidor e o transporte é realizado<br />

por frota própria, inspecionada<br />

e refrigerada. Entregamos<br />

aos nossos clientes um alimento<br />

seguro.”<br />

<strong>Coamo</strong> conta com certificações significativas para o ramo <strong>de</strong> alimentos, que abrangem todas as etapas da produção<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 41


Cinco décadas <strong>de</strong> histórias, conquistas e transformações<br />

Primeira década – 1970 a 1980<br />

Em cinco décadas foram expressivos os resultados<br />

conquistados pela <strong>Coamo</strong> e seus cooperados,<br />

fruto <strong>de</strong> muito trabalho, <strong>de</strong>dicação, vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> crescer, produzir mais e obter resultados cada vez<br />

melhores safra após safra.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> inicia com esta publicação<br />

<strong>de</strong> junho, a primeira <strong>de</strong> cinco edições apresentando<br />

um pouco da trajetória da <strong>Coamo</strong>, com<br />

fatos e fotos, que mostram o crescimento e o<br />

profissionalismo conquistados nesses 50 anos,<br />

consolidando a prática <strong>de</strong> um cooperativismo <strong>de</strong><br />

resultados para satisfação e a felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> milhares<br />

<strong>de</strong> produtores associados e <strong>de</strong> seus familiares.<br />

A 'Terra dos Três Ésses'<br />

A história da agricultura na região <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão é contada a partir das primeiras lavouras<br />

surgidas no final da década <strong>de</strong> 60. As matas foram<br />

<strong>de</strong>rrubadas para extração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, e junto com<br />

esse cenário, agricultores <strong>de</strong> outras regiões do Paraná<br />

e até do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul chegaram para iniciar<br />

a ativida<strong>de</strong> agrícola em uma das últimas áreas e<br />

fronteiras <strong>de</strong> terras mecanizáveis a serem exploradas<br />

no Paraná. O solo da região era <strong>de</strong> latossolo roxo,<br />

profundo, <strong>de</strong> textura argilosa e muito fértil, porém,<br />

com alta aci<strong>de</strong>z. Situação que os agricultores tinham<br />

conhecimento, assim como a necessida<strong>de</strong> da correção<br />

do solo para produzir e ter sucesso na agricultura.<br />

As terras eram conhecidas como as “Terras dos<br />

três Ésses” com formiga saúva, sapé e as tradicionais<br />

samambaias. A mecanização agrícola era o caminho<br />

para resolver e melhorar este cenário.<br />

A solução para os agricultores foi encontrada<br />

no cooperativismo. Após várias reuniões, trabalho<br />

sério e responsável coor<strong>de</strong>nado pelo enge-<br />

Cenário da região <strong>de</strong> Campo Mourão na década <strong>de</strong> 1960,<br />

e abaixo momento histórico da fundação da <strong>Coamo</strong>, em 1970<br />

42 REVISTA <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


COAMO EM DÉCADAS<br />

nheiro agrônomo José Aroldo<br />

Gallassini, então extensionista<br />

da Acarpa, que chegou em maio<br />

<strong>de</strong> 1968 na cida<strong>de</strong> para iniciar<br />

o trabalho <strong>de</strong> organização dos<br />

produtores- surgiu a Cooperativa<br />

Agropecuária Mourãoense, com<br />

a sigla <strong>Coamo</strong>, no histórico 28 <strong>de</strong><br />

novembro <strong>de</strong> 1970, por meio <strong>de</strong><br />

um grupo <strong>de</strong> 79 agricultores.<br />

O primeiro presi<strong>de</strong>nte<br />

da <strong>Coamo</strong> foi o ma<strong>de</strong>ireiro e<br />

agricultor Fioravante João Ferri,<br />

com proprieda<strong>de</strong> em Campina<br />

do Amoral. Ele foi escolhido<br />

presi<strong>de</strong>nte por sua credibilida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>dicação e honestida<strong>de</strong><br />

na busca do bem comum. Ferri<br />

aceitou o <strong>de</strong>safio com a condição<br />

<strong>de</strong> que o jovem agrônomo<br />

Gallassini assumisse a gerência<br />

geral da cooperativa.<br />

Fioravante João Ferri, primeiro presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong><br />

NA LINHA DO TEMPO<br />

1971<br />

ESTRUTURA - A cooperativa funcionou inicialmente no centro <strong>de</strong><br />

Campo Mourão em um pequeno escritório alugado, com máquinas<br />

<strong>de</strong> escrever e calcular emprestadas. Em 14 <strong>de</strong> setembro iniciou suas<br />

ativida<strong>de</strong>s com o recebimento em armazéns alugados <strong>de</strong> 209 mil<br />

sacas <strong>de</strong> trigo, e contava com 148 associados. A safra <strong>de</strong> trigo foi tão<br />

expressiva, que provocou a contratação <strong>de</strong> financiamento para o surgimento<br />

do primeiro armazém próprio.<br />

1972<br />

SEDE PRÓPRIA - Constituída no final <strong>de</strong> 1970, a <strong>Coamo</strong> começou<br />

a funcionar efetivamente em abril <strong>de</strong> 1972, quando mudou do escritório<br />

alugado e provisório <strong>de</strong> 50 m², para as instalações próprias<br />

numa área construída <strong>de</strong> 130 m², o que proporcionou uma maior<br />

mobilida<strong>de</strong> funcional. A se<strong>de</strong> própria tinha salas para contabilida<strong>de</strong>,<br />

administração, escritório geral e assistência técnica.<br />

Em abril <strong>de</strong>sse ano, a <strong>Coamo</strong> se mudou para uma se<strong>de</strong> própria e em<br />

1º <strong>de</strong> setembro foi inaugurado o primeiro armazém da cooperativa<br />

para 80 mil sacas com máquinas <strong>de</strong> secagem e limpeza, financiado<br />

pelo BRDE – Banco Regional <strong>de</strong> Desenvolvimento do Extremo-Sul. A<br />

segunda etapa resultou na construção e entrega em maio do ano seguinte,<br />

<strong>de</strong> armazém graneleiro para 500 mil sacas e armazém <strong>de</strong> sementes<br />

para 60 mil sacas. Suce<strong>de</strong>ram-se inúmeros financiamentos<br />

para ampliação da estrutura em função do crescimento nos números<br />

<strong>de</strong> associados e <strong>de</strong> produção nas áreas <strong>de</strong> atuação da cooperativa.<br />

1973<br />

TRIGO E SOJA – Com participação <strong>de</strong> 650 associados, a cooperativa<br />

recebeu 480 mil sacas <strong>de</strong> soja e 830 mil sacas <strong>de</strong> trigo, sendo<br />

a campeã estadual no recebimento <strong>de</strong>ste cereal, o que motivou<br />

o lançamento na cida<strong>de</strong> da Campanha Estadual para aumento<br />

na produção <strong>de</strong> trigo<br />

sediando evento com a<br />

presença do governador<br />

do Paraná, Emilio<br />

Gomes. “Simpatia por<br />

Campo Mourão e região,<br />

homenagem aos produtores<br />

da cida<strong>de</strong> que mais<br />

produziram trigo no<br />

Estado e incentivar o aumento<br />

da produção para<br />

ser exemplo aos outros<br />

Municípios”, foram os<br />

motivos da cida<strong>de</strong> para<br />

o lançamento da Campanha<br />

<strong>de</strong> Trigo, segundo<br />

o governador.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

43


Cinco décadas <strong>de</strong> histórias, conquistas e transformações<br />

LABORATÓRIO DE SEMENTES - A produção <strong>de</strong> Sementes<br />

fez parte do planejamento estratégico <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da <strong>Coamo</strong>.<br />

Nesse ano entrou em operação o Laboratório <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Sementes,<br />

para produção com qualida<strong>de</strong> nos campos dos cooperados, que<br />

no ano seguinte, obteve o cre<strong>de</strong>ncimanto oficial. Trata-se <strong>de</strong> um<br />

laboratório próprio e mo<strong>de</strong>rno, com profissionais qualificados realiza<br />

testes <strong>de</strong> germinação, pureza, peso hectolítrico (<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> dos<br />

grãos) e umida<strong>de</strong>, e acompanha as análises dos lotes <strong>de</strong> sementes<br />

atualmente em 11 UBS – Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Beneficiamento <strong>de</strong> Sementes.<br />

1974<br />

Construção do entreposto<br />

em Engenheiro Beltrão<br />

DESCENTRALIZAÇÃO - Com 1.200 associados e uma capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> armazenagem <strong>de</strong> 1.200.000 sacas e uma estrutura e organização<br />

das mais mo<strong>de</strong>rnas foi aprovado em Assembleias Gerais pelos<br />

associados o início da <strong>de</strong>scentralização da cooperativa, inicialmente<br />

no município <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão e <strong>de</strong>pois para Mamborê, com a<br />

construção dos primeiros entrepostos da cooperativa, com capacida<strong>de</strong><br />

para 700 mil sacas cada.<br />

COMUNICAÇÃO – A implantação dos Comitês Educativos em 1972,<br />

era fonte <strong>de</strong> ligação entre a diretoria e cooperados para disseminar<br />

as diretrizes e políticas da cooperativa, coletar informações e <strong>de</strong>mandas<br />

do quadro social. Em função do aumento da sua área <strong>de</strong> ação,<br />

para facilitar a integração com os produtores, a <strong>Coamo</strong> criou em novembro<br />

<strong>de</strong> 1974, a publicação impressa “Informativo <strong>Coamo</strong>”, exatamente<br />

para informar as notícias <strong>de</strong> interesse dos cooperados, que<br />

no ano seguinte foi ampliado e circulando com o nome <strong>de</strong> Jornal<br />

<strong>Coamo</strong>.<br />

PERDA – Em 23 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong>sse ano, faleceu repentinamente<br />

o fundador e primeiro presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, Fioravante João Ferri.<br />

O vice-presi<strong>de</strong>nte, Gelindo Stefanuto, que inclusive, na fundação da<br />

cooperativa foi o autor da sigla “<strong>Coamo</strong>”, assumiu o cargo interinamente<br />

até o final da gestão. Seu Ferri, foi homenageado com o nome<br />

da rua em frente a se<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong>.<br />

1975<br />

NOVA DIREÇÃO – Por ocasião<br />

da 5ª Assembleia Geral Ordinária<br />

em janeiro <strong>de</strong> 1975, os cooperados<br />

elegeram para a presidência<br />

da cooperativa o engenheiro<br />

agrônomo José Aroldo<br />

Gallassini.<br />

MOINHO - Começa a funcionar,<br />

em 30 <strong>de</strong> junho, o Moinho <strong>de</strong><br />

Trigo <strong>Coamo</strong>.<br />

REORGANIZAÇÃO - Para continuar<br />

crescendo e pensando<br />

no futuro, foi realizada uma<br />

reorganização administrativa com a criação inicialmente <strong>de</strong> sete<br />

<strong>de</strong>partamentos - Transportes, Técnico, Produção <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />

Produção <strong>de</strong> Entrepostos, Administrativo e Financeiro, Fornecimento<br />

<strong>de</strong> Insumos, e Comercial, para propiciar um bom atendimento aos<br />

cooperados. Posteriormente passou-se a 15 <strong>de</strong>partamentos em função<br />

da prosperida<strong>de</strong> da cooperativa com a movimentação expressiva<br />

dos associados.<br />

FAZENDA EXPERIMENTAL - Criada nesse ano para que os produtores<br />

pu<strong>de</strong>ssem aumentar a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas culturas com a<br />

utilização <strong>de</strong> tecnologias mo<strong>de</strong>rnas. De uma produtivida<strong>de</strong> média<br />

44 REVISTA <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


COAMO EM DÉCADAS<br />

na época <strong>de</strong> 70 sacas <strong>de</strong> soja por alqueire, esse número atualmente<br />

é <strong>de</strong> 150 sacas e muitas proprieda<strong>de</strong>s já colheram mais <strong>de</strong> 200 sacas<br />

por alqueire. O trabalho com experimentos na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrativa<br />

da <strong>Coamo</strong> permite testes em todas as fases do cultivo, da preparação<br />

da terra à colheita.<br />

CULTURA – ”Esse período foi fundamental na consolidação da ‘Cultura<br />

<strong>Coamo</strong>’ , com a <strong>de</strong>finição informal das regras <strong>de</strong> comportamento<br />

no relacionamento interno e externo com os funcionários, com os<br />

cooperados, e com a socieda<strong>de</strong>. Regras estas que teriam influência<br />

no futuro da cooperativa”, informa o Relatório <strong>de</strong> 5 anos da <strong>Coamo</strong>.<br />

MAIS DE 2 MIL ASSOCIADOS – Voltada já no seu início para seus<br />

cooperados, dos 79 fundadores, a cooperativa encerrou seus primeiros<br />

cinco anos com mais <strong>de</strong> dois mil associados, com a certeza <strong>de</strong><br />

que, com passos firmes, constitui-se como agente <strong>de</strong> transformação<br />

da agricultura, da socieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> pessoas.<br />

1976<br />

CRÉDITO - Para facilitar o entendimento e o acesso dos cooperados<br />

ao crédito, a cooperativa implantou na safra <strong>de</strong> trigo 1976, o crédito<br />

<strong>de</strong> Repasse, sendo os recursos tomados no Banco do Brasil. Os trâmites<br />

foram feitos <strong>de</strong>ntro da própria cooperativa e foi consi<strong>de</strong>rado um<br />

gran<strong>de</strong> serviço, haja vista que os produtores pu<strong>de</strong>ram fazer adiantamento<br />

para plantar as safras para pagamento na comercialização.<br />

HORTELÃ – Entre 1976 e 1978, a <strong>Coamo</strong> recebeu a produção <strong>de</strong><br />

óleo <strong>de</strong> ementa <strong>de</strong> 15 cooperados das regiões <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão,<br />

Quinta do Sol, Fênix e Barbosa Ferraz, que era conhecida na<br />

época como a “Capital da Menta do Paraná.” O gênero Mentha<br />

abriga uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> 25 a 30 espécies diferentes. No Brasil é<br />

mais comum encontrar a Mentha piperita, popularmente conhecida<br />

como hortelã e a Mentha spicata, mais conhecida como menta.<br />

PNCS – Campo Mourão, por meio da <strong>Coamo</strong>, foi se<strong>de</strong> em setembro<br />

do lançamento do Plano Nacional <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong> Solos<br />

(PNCS), com a presença<br />

do ministro da Agricultura<br />

Alysson Paulinelli,<br />

governador do Paraná,<br />

Jayme Canet Júnior e<br />

autorida<strong>de</strong>s. Monumento<br />

alusivo foi construído<br />

na Praça do Fórum (Bento<br />

Munhoz da Rocjha<br />

Netto).<br />

ENTREPOSTO DA USINA – Entrou em funcionamento o entreposto<br />

Fioravante João Ferri, inicialmente com dois silos para 42 mil toneladas<br />

cada e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1,4 milhões <strong>de</strong>r sacas a granel. Entreposto<br />

funciona no parque industrial da cooperativa em Campo Mourão.<br />

ALGODÃO - <strong>Coamo</strong> inicia o recebimento <strong>de</strong> algodão, com atuação<br />

em 15 municípios.<br />

CTA - Início das ativida<strong>de</strong>s do Centro <strong>de</strong> Treinamento Agrícola da<br />

<strong>Coamo</strong> (CTA), com objetivo <strong>de</strong> capacitar os cooperados no uso correto<br />

dos equipamentos, maquinários e insumos<br />

1977<br />

INSUMOS – Em junho <strong>de</strong>sse ano foram inauguradas as lojas <strong>de</strong> insumos<br />

em Engenheiro Beltrão e Mamborê, resultado da política <strong>de</strong><br />

interiorização <strong>de</strong>finida pela diretoria em 1975.<br />

INFORMATIVO NO RÁDIO - A partir <strong>de</strong>sse ano, a <strong>Coamo</strong> passa a<br />

produzir e apresentar programa <strong>de</strong> rádio com o nome <strong>de</strong> “Informativo<br />

<strong>Coamo</strong>” com o objetivo <strong>de</strong> levar as informações da cooperativa<br />

e da agricultura aos associados <strong>de</strong> forma mais rápida e com mais<br />

regularida<strong>de</strong>. Posteriormente o programa foi veiculado também em<br />

outras regiões, e atualmente está presente em emissoras que abrange<br />

toda a área <strong>de</strong> ação da cooperativa nos Estados do Paraná, Santa<br />

Catarina e Mato Grosso do Sul.<br />

PLANTIO DIRETO - <strong>Coamo</strong> promove primeira Convenção sobre<br />

Plantio Direto, em junho.<br />

TERMINAL PORTUÁRIO – Inaugurado em Paranaguá, com a presença<br />

do presi<strong>de</strong>nte da República Ernesto Geisel, o Terminal Portuário<br />

da Cotriguaçu, da qual a <strong>Coamo</strong> fez parte juntamente com cooperativas<br />

singulars <strong>de</strong> várias regiões do Paraná. Com o Terminal, na<br />

época, o Porto <strong>de</strong> Paranaguá dobrou sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> embarque<br />

a graneis passando a carregar navios <strong>de</strong> 30 mil toneladas em 10<br />

horas. A capacida<strong>de</strong> inedpendfente dio Terminal era <strong>de</strong> 1.500 toneladas/hora,<br />

idêntica a do Corredor <strong>de</strong> Exportação.<br />

1978<br />

CAFÉ- A cooperativa passou a receber, beneficiar, armazenar e comercializar<br />

a produção dos seus cooperados, que recebiam assistência<br />

técnica e o fornecimento dos insumos para produzir bem e com<br />

qualida<strong>de</strong><br />

COAMO-SUL - Em agosto, a <strong>Coamo</strong> começa a atuar no Sul do Paraná,<br />

com a incorporação da Cooperativa Palmense (Copalma) e atuar<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />

45


Cinco décadas <strong>de</strong> histórias, conquistas e transformações<br />

nas regiões <strong>de</strong> Palmas e Mangueirinha (Sudoeste), passando a produzir<br />

sementes próprias <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> em região com clima propício<br />

e beneficiando também produtores <strong>de</strong> Mangueirinha.<br />

ESCOAMENTO - O presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, Dr. Aroldo Gallassini,<br />

reivindica ao governador Ney Braga, em nome dos cooperados, as<br />

pavimentações das rodovias BR 487 (Campo Mourão/Iretama) e PR<br />

460 (Iretama/Pitanga), para facilitar o escoamento das produções<br />

dos agricultores<br />

EXPANSÃO - Antes <strong>de</strong> terminar a década <strong>de</strong> 1970, a <strong>Coamo</strong> já era<br />

uma potência regional, tendo se estabelecido em diversas localida<strong>de</strong>s<br />

na região <strong>de</strong> Campo Mourão com entrepostos em Engenheiro<br />

Beltrão, Mamborê, Fênix, Boa Esperança, Peabiru, Iretama, Roncador,<br />

Juranda e Barbosa Ferraz. Sem contar as incorporações nas regiões<br />

Centro e Sul do Paraná. A maior parte dos associados era formada<br />

por pequenos e médios produtores. Mas em muitos municípios era<br />

<strong>de</strong> mini e pequenos produtores e muitos utilizavam tração animal,<br />

como principal instrumento <strong>de</strong> trabalho. A cooperativa recebia milho,<br />

arroz, feijão, algodão, soja e outros produtos, e estava perto das<br />

proprieda<strong>de</strong>s dos seus mais <strong>de</strong> 5 mil associados.<br />

1979<br />

COAMO-CENTRO - A cooperativa passou a partir <strong>de</strong>sse ano a beneficiar<br />

produtores da região <strong>de</strong> Pitanga, então, uma das maiores produtoras<br />

<strong>de</strong> milho do Paraná, com a incorporação da Coopercentro.<br />

Expansão possibilitou <strong>de</strong>senvolvimento com tecnologia e cooperativismo<br />

aos produtores também <strong>de</strong> das regiões <strong>de</strong> Cândido <strong>de</strong> Abreu e<br />

Palmital. Nesse processo <strong>de</strong> expansão, a cooperativa também passou<br />

a atuar em Em 1979, a presença da <strong>Coamo</strong> alcançou a região <strong>de</strong> Pitanga,<br />

então uma das maiores produtoras <strong>de</strong> milho no Estado, com<br />

participação <strong>de</strong> produtores <strong>de</strong> Cândido <strong>de</strong> Abreu e Palmital.<br />

1980<br />

PRÊMIO - Em setembro, a <strong>Coamo</strong> é eleita pela primeira vez, a empresa<br />

<strong>de</strong> "Melhor <strong>de</strong>sempenho no setor Agropecuário Nacional",<br />

pela revista "Exame".<br />

EUCALIPTO – A <strong>Coamo</strong> inicia experimentos inéditos no Paraná, com<br />

a cultura do eucalipto, em parceria com a Embrapa/CNPF.<br />

46 REVISTA <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


AGROPECUÁRIA<br />

Plano Safra terá<br />

R$ 236,3 bilhões<br />

Do total <strong>de</strong> recursos, R$ 179,38 bilhões serão <strong>de</strong>stinados ao custeio e<br />

comercialização e R$ 56,92 bilhões serão para investimentos em infraestrutura<br />

O<br />

governo fe<strong>de</strong>ral anunciou,<br />

no dia 17 <strong>de</strong> junho, R$<br />

236,3 bilhões em recursos<br />

para o Plano Safra <strong>2020</strong>/2021, valor<br />

6,1% superior aos R$ 223 bilhões<br />

disponibilizados no ciclo passado.<br />

Conforme o presi<strong>de</strong>nte<br />

do Sistema Ocepar, José Roberto<br />

Ricken, a avaliação das medidas<br />

anunciadas é positiva. "Com<br />

esse reconhecimento ao setor,<br />

as cooperativas e os produtores<br />

rurais <strong>de</strong>vem investir em tecnologia<br />

e continuar produzindo com<br />

eficiência no campo", afirma.<br />

Do total <strong>de</strong> recursos, R$<br />

179,38 bilhões serão <strong>de</strong>stinados<br />

ao custeio e comercialização<br />

(5,9% acima do valor da safra passada)<br />

e R$ 56,92 bilhões serão<br />

para investimentos em infraestrutura<br />

(aumento <strong>de</strong> 6,6%). O governo<br />

também ampliou o montante<br />

<strong>de</strong>stinado à subvenção ao seguro<br />

rural, que passou <strong>de</strong> R$ 1 bilhão<br />

para 1,3 bilhão, um aumento <strong>de</strong><br />

30%.Segundo o Ministério da<br />

Agricultura, o valor <strong>de</strong>ve possibilitar<br />

a contratação <strong>de</strong> 298 mil apólices,<br />

num montante segurado da<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 52 bilhões e cobertura<br />

<strong>de</strong> 21 milhões <strong>de</strong> hectares.<br />

Houve ainda a redução<br />

das taxas <strong>de</strong> juros <strong>de</strong> custeio<br />

para o Pronaf, <strong>de</strong> 3% e 4,6% para<br />

2,75% e 4% ao ano, e para o Pronamp,<br />

<strong>de</strong> 6% para 5% ao ano. Nos<br />

<strong>de</strong>mais programas, a taxa caiu <strong>de</strong><br />

8% para 6% ao ano. Nas linhas<br />

<strong>de</strong> investimento, as mudanças<br />

foram: Mo<strong>de</strong>rfrota, <strong>de</strong> 8,5% para<br />

7,5% ao ano, e no Programa ABC,<br />

<strong>de</strong> 5,25% e 7% para 4,5% a 6% ao<br />

ano. O PCA ficou com taxas <strong>de</strong> 6<br />

% e 5% ao ano; Inovagro com 6%<br />

ao ano, Pronamp investimento<br />

com 6% ao ano; Mo<strong>de</strong>rinfra com<br />

6% ao ano e Mo<strong>de</strong>ragro com 6%<br />

ao ano.<br />

PARA MAIS INFORMAÇÕES ACESSE:<br />

Análise da Ocepar<br />

http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/images/<br />

Comunicacao/<strong>2020</strong>/noticias/06/18/plano_safra/plano_safra_<br />

clique_aqui_analise_getec_18_06_<strong>2020</strong>.pdf<br />

Apresentação do<br />

Ministério<br />

da Agricultura<br />

Aproxime o celular com leitor QR Co<strong>de</strong> na imagem<br />

http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/images/<br />

Comunicacao/<strong>2020</strong>/noticias/06/18/plano_safra/plano_<br />

safra_clique_aqui_18_06_<strong>2020</strong>.pdf<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 47


48 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>


PECUÁRIA<br />

Um ano para se planejar<br />

Agropecuarista <strong>de</strong>ve pensar na alimentação do rebanho durante<br />

todo o ano. O i<strong>de</strong>al é começar o planejamento no final <strong>de</strong> agosto<br />

Nem todo o produtor rural<br />

tem o hábito <strong>de</strong> planejar<br />

corretamente a <strong>de</strong>manda<br />

nutricional das categorias<br />

animais que existem na proprieda<strong>de</strong>,<br />

quanto a volumosos e concentrados.<br />

Mas, essa ação <strong>de</strong>ve<br />

fazer parte do planejamento<br />

anual da proprieda<strong>de</strong>. “É preciso<br />

saber quantos volumosos são<br />

necessários para manter a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ingestos <strong>de</strong>sses animais,<br />

quanto concentrado para<br />

fechar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> cada categoria. Se não<br />

tiver bem calculado e ajustado,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da época do ano, o<br />

agropecuarista po<strong>de</strong> passar por<br />

apuros, com quedas produtivas”,<br />

diz o médico veterinário da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>de</strong> Campo Mourão, Hérico<br />

Alexandre Rossetto.<br />

Segundo o veterinário,<br />

quem não se planeja po<strong>de</strong> ter<br />

um baixo <strong>de</strong>sempenho produtivo<br />

por área, principalmente no<br />

inverno. “Estamos numa fase em<br />

que cai o crescimento vegetativo<br />

das forrageiras, a base alimentar<br />

dos bovinos, <strong>de</strong> corte ou leite.<br />

Temos essa queda na produção,<br />

porque a luminosida<strong>de</strong> reduz e<br />

o fotoperíodo é mais curto. As<br />

temperaturas estão mais baixas,<br />

e isso faz com que as plantas não<br />

tenham seu crescimento vegetativo<br />

<strong>de</strong> forma normal e, principalmente,<br />

por uma <strong>de</strong>ficiência<br />

hídrica. Então a planta para totalmente<br />

<strong>de</strong> crescer.”<br />

Porém, os animais não<br />

param <strong>de</strong> comer e precisam<br />

crescer para produzir. “Há uma<br />

<strong>de</strong>manda natural <strong>de</strong> consumo.<br />

Se o produtor não suprir esse déficit<br />

alimentar do animal, ele vai<br />

ter queda na produção. A vaca<br />

precisa produzir leite, os bovinos<br />

<strong>de</strong> corte precisam ter crescimento<br />

ósseo e muscular. Se eles não<br />

estiverem nutridos vão emagre-<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 49


SOLUÇÕES FMC PARA UM MANEJO<br />

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adultos, evitando a proliferação da praga.<br />

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por caminhamento e contato.<br />

Maior proteção com controle em todo o ciclo<br />

da praga (ovos, ninfas e adultos).<br />

Alta performance e residualida<strong>de</strong>,<br />

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<strong>de</strong> percevejos, po<strong>de</strong>ndo<br />

escolher a ferramenta mais<br />

a<strong>de</strong>quada para cada fase da<br />

cultura e da praga.<br />

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ATENÇÃO<br />

CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.<br />

Este produto é perigoso à saú<strong>de</strong> humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita.<br />

Siga as 50 recomendações REVISTA <strong>de</strong> controle e restrições <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong><br />

estaduais para os alvos <strong>de</strong>scritos na bula <strong>de</strong> cada produto. Utilize sempre os equipamentos <strong>de</strong> proteção individual.<br />

Nunca permita a utilização do produto por menores <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Faça o Manejo Integrado <strong>de</strong> Pragas. Descarte corretamente as embalagens e os restos <strong>de</strong> produtos.<br />

Uso exclusivamente agrícola. Copyright. Maio <strong>2020</strong> FMC. Todos os direitos reservados.


PECUÁRIA<br />

MANEJO NUTRICIONAL DO REBANHO DEVE SER PLANEJADO COM ANTECEDÊNCIA<br />

PARA QUE EM PERÍODOS SECOS E FRIOS NÃO TENHA QUEDA NA PRODUÇÃO<br />

cer <strong>de</strong>mais nesse período, pois<br />

vão tirar energia do próprio corpo<br />

para produzir”, enfatiza Hérico<br />

Rossetto.<br />

O segredo, portanto, é<br />

o planejamento para não sofrer<br />

com a flutuação sazonal. “O planejamento<br />

<strong>de</strong>ve ser constante,<br />

ou seja, todo mês o produtor<br />

<strong>de</strong>ve pensar no mês subsequente.<br />

O principal é começar já no<br />

final do mês <strong>de</strong> agosto, começo<br />

do mês <strong>de</strong> setembro, pois em<br />

setembro o fotoperíodo começa<br />

a normalizar e já temos mais<br />

luminosida<strong>de</strong>. As temperaturas<br />

médias do dia já estão mais elevadas<br />

e está mais propício para<br />

o crescimento vegetativo das forrageiras.<br />

É o momento i<strong>de</strong>al para<br />

começar a produzir um banco<br />

alimentar dos animais”, orienta o<br />

médico veterinário.<br />

Dessa forma, conforme<br />

Hérico, com a chegada da primavera,<br />

o produtor rural po<strong>de</strong> se<br />

planejar para comprar a semente<br />

e fazer um banco <strong>de</strong> oferta<br />

<strong>de</strong> forrageira para plantar após<br />

a colheita da soja. “Com essa<br />

organização, o associado terá<br />

uma pastagem para ser utilizada<br />

durante o período <strong>de</strong> outono e<br />

inverno. Depen<strong>de</strong>ndo da região,<br />

ele po<strong>de</strong> plantar aveia, azévem,<br />

centeio forrageiro, brachiaria<br />

ruziziensis. Alguns produtores<br />

plantam capineiras, para cortar<br />

e fornecer aos animais, cana <strong>de</strong><br />

açúcar, enfim, o importante é planejar<br />

a <strong>de</strong>manda nutricional dos<br />

seus animais.”<br />

Em um exemplo prático<br />

Rossetto ensina: “Vamos dizer<br />

que o produtor rural tem uma<br />

proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte com 100<br />

vacas, 4 touros, os bezerros aos<br />

pés das vacas, novilhas <strong>de</strong> reposição.<br />

Ele precisa estratificar esse<br />

rebanho em categorias, e o quanto<br />

consome cada categoria mensalmente.<br />

Isso ele vai distribuir<br />

<strong>de</strong> acordo com sua produção <strong>de</strong><br />

massa diária. Feito isso, lança o<br />

número mensal e estratifica para<br />

o ano todo. Assim, é possível ver<br />

o quanto será a <strong>de</strong>manda para<br />

planejar a oferta.”<br />

Outra questão apontada<br />

por Hérico, é que com o planejamento<br />

é possível saber quantos<br />

animais cada forrageira irá<br />

alimentar por alqueire. “Assim<br />

po<strong>de</strong>mos saber se um alqueire<br />

<strong>de</strong> aveia e azevem, por exemplo,<br />

consegue manter cinco ou seis<br />

bois adultos durante os cerca<br />

<strong>de</strong> 120 dias <strong>de</strong> período crítico.<br />

Se, hipoteticamente, tem um alqueire<br />

<strong>de</strong> silagem <strong>de</strong> milho, ele<br />

consegue manter 30 bovinos<br />

adultos, se tem por exemplo um<br />

alqueire <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> açúcar consegue<br />

manter 40 bovinos adultos<br />

e, assim, passar períodos muito<br />

mais tranquilos mantendo em<br />

equilíbrio a produtivida<strong>de</strong> da sua<br />

proprieda<strong>de</strong>.”<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 51


Simplificar o seu dia a dia<br />

está na nossa essência.<br />

Brevant Sementes é a escolha certa<br />

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da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure ® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. YieldGard ® e o logotipo YieldGard são marcas<br />

registradas utilizadas sob a licença da Monsanto Company. Tecnologia <strong>de</strong> proteção contra insetos Herculex ® I <strong>de</strong>senvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. Herculex ® e o logo HX<br />

são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink ® e o logotipo da gota <strong>de</strong> água são marcas da BASF. Roundup Ready TM é marca utilizada sob licença da Monsanto Company.<br />

Poncho ® é marca registrada da BASF. Atenção: <strong>de</strong>fensivos agrícolas são perigosos à saú<strong>de</strong> humana, animal e ao meio ambiente. Utilize sempre os equipamentos <strong>de</strong> proteção individual<br />

e não permita o contato <strong>de</strong> menores <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> com <strong>de</strong>fensivos agrícolas. Em caso <strong>de</strong> dúvidas, contate um engenheiro agrônomo.<br />

52 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong><br />

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companhias afiliadas ou <strong>de</strong> seus respectivos proprietários. ©<strong>2020</strong> CORTEVA


SAÚDE<br />

Como lidar<br />

com as crianças<br />

durante a<br />

pan<strong>de</strong>mia?<br />

A<br />

pan<strong>de</strong>mia do novo coronavírus<br />

trouxe diversos <strong>de</strong>safios para a<br />

humanida<strong>de</strong>. Mas, para quem<br />

tem crianças em casa o <strong>de</strong>safio po<strong>de</strong> ser<br />

dobrado. Não é fácil manter os pequenos<br />

trancafiados, sem ir à escola, ver os<br />

amiguinhos ou, simplesmente passear. É<br />

um tempo que irá passar, mas enquanto<br />

perdura o isolamento social, a chefe do<br />

<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong><br />

Gestores da <strong>Coamo</strong> e, também, mãe <strong>de</strong><br />

duas meninas, Ana Claudia Periçaro, traz<br />

algumas dicas e um ví<strong>de</strong>o que foi divulgado<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais da <strong>Coamo</strong> no YouTube,<br />

Instagram, Facebook e Linkedin.<br />

Segundo Ana Claudia, pais e mães<br />

precisam <strong>de</strong>dicar tempo aos filhos mais do<br />

que nunca neste momento. “Precisamos acolher,<br />

entreter, cuidar e tranquilizar as crianças,<br />

os nossos anjinhos. Sei que não é muito fácil,<br />

pois além <strong>de</strong> nós mesmos termos dificulda<strong>de</strong><br />

em enten<strong>de</strong>r esse momento <strong>de</strong> mudanças e<br />

incertezas, que geram ansieda<strong>de</strong> e, muitas<br />

vezes, medo, temos ainda que dar atenção<br />

especial aos nossos pequenos.”<br />

Ela explica que as crianças<br />

sentem o que os pais estão passando. “Ao<br />

perceberem que estamos estressados e ansiosos,<br />

nossos filhos acabam reproduzindo<br />

esse mesmo comportamento, e buscando<br />

mais apego e sendo mais exigentes com<br />

nós adultos. Acredite, principalmente se eles<br />

estão em ida<strong>de</strong> escolar, nossos meninos e<br />

meninas percebem que há algo errado.”<br />

Conforme Ana Claudia, para lidar<br />

com essa situação não adianta fingir que<br />

nada está acontecendo. “Devemos dar uma<br />

explicação condizente com a faixa etária das<br />

crianças e manter a rotina o mais normal<br />

possível. Se seus filhos <strong>de</strong>monstram preocupação,<br />

acolha, dê carinho, faça os acreditar<br />

que vocês estão juntos e são uma família.<br />

Aju<strong>de</strong>-os a gerenciar suas emoções e aliviar<br />

a ansieda<strong>de</strong> com confiança e fé, pois acreditamos<br />

que tudo vai passar”, <strong>de</strong>staca.<br />

Para quem tem os filhos crescidos<br />

e não moram mais na mesma casa,<br />

Ana Claudia, também dá uma dica. “Para<br />

aliviar a sauda<strong>de</strong> dos filhos e, até mesmo,<br />

<strong>de</strong> pais avós e amigos, utilize a tecnologia<br />

para manter esse vínculo mais forte. Faça<br />

chamadas por ví<strong>de</strong>o, envie mensagens,<br />

fotos. Afinal, mesmo antes da pan<strong>de</strong>mia já<br />

estávamos acostumados a manter relações<br />

pelas re<strong>de</strong>s sociais.”<br />

Como não é possível saber<br />

quando tudo voltará ao normal, ela ressalta<br />

que é preciso construir um novo normal.<br />

“Precisamos construir uma nova dinâmica<br />

para as nossas vidas, nosso trabalho e família.<br />

Temos certeza que o vírus vai passar, e a cura<br />

vai chegar. O amor, a harmonia e a união<br />

entre nós <strong>de</strong>ve prevalecer, porque amamos a<br />

nossa vida e a dos que queremos bem. A vida<br />

é uma dádiva e precisamos nos cuidar com<br />

calma e tranquilida<strong>de</strong>, e com a certeza <strong>de</strong><br />

que a vida é a gente que transforma.”<br />

Ana Claudia Periçaro da gerência <strong>de</strong><br />

Recursos Humanos da <strong>Coamo</strong><br />

Para acessar o ví<strong>de</strong>o produzido pela<br />

<strong>Coamo</strong>, aproxime o celular com<br />

leitor QR Co<strong>de</strong> na imagem.<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 53


RECEITA<br />

Pizza <strong>de</strong><br />

tabuleiro<br />

INGREDIENTES<br />

Massa<br />

1 envelope <strong>de</strong> fermento biológico seco<br />

1 e ½ xícara (chá) <strong>de</strong> água<br />

4 colheres (sopa) <strong>de</strong> GORDURA VEGETAL<br />

COAMO em temperatura ambiente<br />

2 colheres (chá) <strong>de</strong> sal<br />

4 xícaras (chá) <strong>de</strong> FARINHA DE TRIGO<br />

COAMO PIZZA<br />

2 pizzas gran<strong>de</strong>s<br />

Cobertura<br />

6 tomates maduros<br />

1 pitada <strong>de</strong> sal<br />

1 pitada <strong>de</strong> orégano<br />

300 g <strong>de</strong> muçarela fatiada<br />

Folhas <strong>de</strong> manjericão fresco<br />

6 azeitonas pretas<br />

MODO DE PREPARO<br />

Massa<br />

Dissolva o fermento na água. Junte a gordura e o sal. Aos<br />

poucos, adicione a farinha e sove até obter uma massa lisa.<br />

Cubra com filme plástico e reserve até dobrar o volume.<br />

Divida a massa em duas partes. Com um rolo ou com as<br />

mãos, abra as massas formando dois retângulos (30x35 cm)<br />

e coloque-as sobre as costas <strong>de</strong> duas assa<strong>de</strong>iras. Espalhe<br />

o molho e leve ao forno, preaquecido, na temperatura alta<br />

(200 ºC), por cerca <strong>de</strong> 20 minutos ou até que a parte <strong>de</strong> baixo<br />

esteja ligeiramente dourada. Retire do forno, cubra com a<br />

muçarela e volte ao forno até dourar. Retire do forno, polvilhe<br />

orégano, manjericão e <strong>de</strong>core com as azeitonas.<br />

Cobertura<br />

Amasse os tomates com um garfo ou bata no liquidificador<br />

rapidamente <strong>de</strong>ixando o molho pedaçudo. Tempere com sal<br />

e orégano.<br />

Dica<br />

Se preferir uma pizza bem fina e crocante, divida a massa em<br />

três partes.<br />

www.alimentoscoamo.com.br<br />

/alimentoscoamo<br />

54 REVISTA<br />

<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong><br />

AF01 COI001120I An Receita Pizza <strong>de</strong> Tabuleiro 175x225 cm.indd 1 20/03/20 09:15


Em 50 anos,<br />

muita coisa se<br />

transforma.<br />

Mas o principal<br />

sempre foi<br />

o mesmo:<br />

o cooperado.<br />

De geração em geração, o trabalho sério e a <strong>de</strong>dicação<br />

<strong>de</strong> cada cooperado <strong>Coamo</strong> transformou uma i<strong>de</strong>ia em<br />

50 anos <strong>de</strong> sucesso. Pessoas que nos enchem <strong>de</strong> orgulho<br />

em po<strong>de</strong>r compartilhar essa história e, com certeza,<br />

escrever novos capítulos.<br />

A vida é a gente que transforma.<br />

coamo.com.br

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