Revista Coamo edição Junho de 2020
Revista Coamo edição Junho de 2020
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EXPEDIENTE<br />
Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />
Ano 46 | Edição 503 | <strong>Junho</strong> <strong>de</strong> <strong>2020</strong><br />
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />
Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos: iduarte@coamo.com.br<br />
Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />
Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />
Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />
Milena Luiz Corrêa: mlcorrea@coamo.com.br<br />
Contato: (44) 3599-8129 - comunicacao@coamo.com.br<br />
Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,<br />
Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />
Edição <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />
Colaboração: Gerências <strong>de</strong> Assistência Técnica; Organização e Gestão da Qualida<strong>de</strong><br />
e Entrepostos.<br />
Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários Ltda<br />
Contato: (11) 5092-3305<br />
Contato publicitário: Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />
É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados ou<br />
citados não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />
Acompanhe a <strong>Coamo</strong> pelas re<strong>de</strong>s sociais<br />
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />
SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460<br />
www.coamo.com.br - coamo@coamo.com.br<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly<br />
Cal<strong>de</strong>rari, Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, Rogério <strong>de</strong> Mello Barth e Adriano Bartchechen.<br />
CONSELHO FISCAL: Ricieri Zanatta Neto, Diego Rogério Chitolina e Jonathan Henrique Welz Negri (Membros Efetivos). E<strong>de</strong>r Ricci, Clóvis Antonio Brunetta e Jorge Luiz<br />
Tonet (Membros Suplentes).<br />
DIRETORIA EXECUTIVA: Presi<strong>de</strong>nte Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin <strong>de</strong><br />
Mello. Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor <strong>de</strong> Logística e Operações: E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira. Diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles <strong>de</strong><br />
Oliveira Dias.<br />
Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,59 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2019: R$ 13,97 bilhões.<br />
Tributos e taxas gerados e recolhidos em 2019: R$ 382,32 milhões.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
3
SUMÁRIO<br />
44<br />
<strong>Coamo</strong> antecipa R$ /// em sobras<br />
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4 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
SUMÁRIO<br />
Entrevista<br />
10<br />
José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo, é o entrevistado<br />
do mês. Ele aborda sobre a nova governança, faz um resgate da história e o que esperar para o futuro<br />
Vidas transformadas<br />
16<br />
Série <strong>de</strong> reportagens mostra a evolução dos cooperados e a vida transformada pelo cooperativismo.<br />
Conheça a história dos associados Irineu, Ricieri e João Zanatta, Urcino Pereira, e José Maria dos Santos<br />
24<br />
Como receber e armazenar as safras<br />
Des<strong>de</strong> a sua fundação, a <strong>Coamo</strong> realiza investimentos em um setor importante e que implica<br />
diretamente no trabalho dos cooperados. Receber e armazenar as safras <strong>de</strong> forma segura e<br />
eficiente sempre foi um dos objetivos da cooperativa com melhorias nas Unida<strong>de</strong>s<br />
Café, do campo à indústria<br />
34<br />
Reportagem mostra a ca<strong>de</strong>ia produtiva do café, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o campo até a industrialização. Produto faz<br />
parte do portfólio dos Alimentos <strong>Coamo</strong> e ajuda agregar valor à produção dos cooperados<br />
Segurança na produção <strong>de</strong> Alimentos<br />
40<br />
Qualida<strong>de</strong> e segurança alimentar são premissas da <strong>Coamo</strong> para a produção <strong>de</strong> alimentos. Com<br />
certificações e sistemas implementados, é possível produzir alimentos com origem e rastreabilida<strong>de</strong><br />
<strong>Coamo</strong> em décadas<br />
42<br />
Em cinco décadas foram expressivos os resultados conquistados pela <strong>Coamo</strong> e seus cooperados. A<br />
primeira década foi <strong>de</strong> consolidação, busca pelo aperfeiçoamento e <strong>de</strong>scentralização para várias regiões<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
5
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GOVERNANÇA<br />
Nova safra: aumento <strong>de</strong> recursos e redução <strong>de</strong> juros<br />
“<br />
A<br />
cida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> parar, mas<br />
se ela parar, o campo a<br />
fará ressurgir. Mas, se um<br />
dia o campo parar, todos sucumbirão.<br />
Nesta pan<strong>de</strong>mia, o campo<br />
não parou e garantiu nossa<br />
segurança alimentar, e também<br />
fez com que a alimentação não<br />
cessasse nas cida<strong>de</strong>s. Por isso,<br />
temos que agra<strong>de</strong>cer aos produtores<br />
rurais por conseguir manter<br />
os alimentos nas mesas dos<br />
brasileiros com qualida<strong>de</strong> e em<br />
quantida<strong>de</strong>.” Esta foi a mensagem<br />
do Governo Fe<strong>de</strong>ral ao lançar<br />
dia 17 <strong>de</strong> junho o Plano safra<br />
<strong>2020</strong>/2021 com volume total <strong>de</strong><br />
R$ 236,3 bilhões, dos quais R$<br />
179,4 bilhões para custeio e comercialização,<br />
R$ 56,9 bilhões<br />
para investimentos e R$ 1,3 bilhão<br />
para seguro rural.<br />
O setor agrícola sempre<br />
espera mais do Governo, mas<br />
po<strong>de</strong>mos avaliar como positivas<br />
as medidas do novo Plano Safra,<br />
principalmente, se levarmos em<br />
conta o momento em que o país<br />
está vivendo com as dificulda<strong>de</strong>s<br />
da pan<strong>de</strong>mia do coronavírus e os<br />
problemas políticos, que paralisam<br />
a economia do Brasil.<br />
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />
Presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />
Os volumes para o custeio<br />
e comercialização tiveram aumento<br />
<strong>de</strong> 5,9% em relação a safra<br />
anterior, passando para R$ 179,38<br />
bilhões. Os R$ 56,92 bilhões para<br />
investimentos em infraestrutura<br />
representam incremento <strong>de</strong> 6,6%<br />
e os recursos <strong>de</strong>stinados à subvenção<br />
ao seguro rural, passaram<br />
<strong>de</strong> R$ 1 bilhão para 1,3 bilhão,<br />
com aumento <strong>de</strong> 30%.<br />
Com relação aos juros, o<br />
governo anunciou redução nas taxas<br />
<strong>de</strong> juros <strong>de</strong> custeio para o Pronaf,<br />
<strong>de</strong> 3% e 4,6% para 2,75% e 4%<br />
ao ano, e para pequenos e médios<br />
produtores <strong>de</strong> 6% para 5% ao ano,<br />
e para os gran<strong>de</strong>s produtores será<br />
<strong>de</strong> 6% ao ano. Nas linhas <strong>de</strong> investimento,<br />
o Mo<strong>de</strong>rfrota caiu <strong>de</strong><br />
8,5% para 7,5% ao ano, e no Programa<br />
ABC, <strong>de</strong> 5,25% e 7% para<br />
4,5% a 6% ao ano.<br />
O setor cooperativista<br />
agra<strong>de</strong>ce a atuação do Ministério<br />
da Agricultura, por meio da<br />
ministra Tereza Cristina, que se<br />
empenhou para construir e divulgar<br />
aumento <strong>de</strong> recursos no<br />
Plano Safra <strong>2020</strong>/2021.<br />
Como disse a ministra, o<br />
campo vai bem, e isso foi mostrado<br />
com a colheita <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong><br />
safra 2019/<strong>2020</strong> <strong>de</strong> 250 milhões<br />
<strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos. O agronegócio<br />
não parou <strong>de</strong> trabalhar e<br />
os produtores brasileiros <strong>de</strong>sempenham<br />
um papel fundamental<br />
na nossa economia. Com certeza,<br />
eles continuarão fazendo a sua<br />
parte para produzir mais com tecnologia<br />
e eficiência no campo.<br />
"Com recursos<br />
necessários, orientamos<br />
os cooperados para<br />
que façam seus<br />
financiamentos na<br />
Credicoamo, para a<br />
proteção e seguro das<br />
suas lavouras."<br />
Com recursos disponíveis,<br />
orientamos os cooperados<br />
para que façam os financiamentos<br />
na Credicoamo, para proteger<br />
e segurar as lavouras.<br />
A nossa expectativa é<br />
que tenhamos a produção <strong>de</strong><br />
uma safra ainda maior, porque a<br />
colheita <strong>de</strong>sse ano, mesmo com<br />
períodos <strong>de</strong> seca, surpreen<strong>de</strong>u<br />
os produtores associados.<br />
Para aten<strong>de</strong>r os cooperados,<br />
a <strong>Coamo</strong> se preparou e<br />
adquiriu com antecedência os<br />
insumos a serem utilizados na<br />
próxima safra. Esse é um gran<strong>de</strong><br />
benefício, haja vista a quantida<strong>de</strong><br />
dos volumes e o número <strong>de</strong> produtores<br />
associados que, graças<br />
ao planejamento e profissionalismo<br />
da cooperativa fizeram excelentes<br />
negócios com a segurança<br />
e soli<strong>de</strong>z da sua cooperativa.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
7
8 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
GESTÃO<br />
Diferencial competitivo para<br />
agregação <strong>de</strong> valor<br />
A<br />
cada safra, o trabalho dos cooperados é adquirir<br />
com antecedência insumos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e lançar<br />
ao solo sementes, com o uso das tecnologias buscando<br />
sempre colher melhores produtivida<strong>de</strong>s.<br />
Após a colheita, a safra é <strong>de</strong>positada nos armazéns<br />
da <strong>Coamo</strong>, que tem uma estrutura privilegiada implantada<br />
ao longo dos anos. Resultado <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s investimentos<br />
para acomodar com tranquilida<strong>de</strong>, segurança e eficiência,<br />
a produção dos cooperados. Este é um diferencial, pois<br />
eles não precisam guardar sua produção em suas proprieda<strong>de</strong>s,<br />
mas armazenar na cooperativa.<br />
A estrutura dos entrepostos é fundamental para o<br />
sucesso das ativida<strong>de</strong>s dos cooperados. Iniciamos a colheita<br />
<strong>de</strong> uma nova safra <strong>de</strong> milho, que era “safrinha” e virou<br />
“safrona” nos últimos anos. Os produtores querem colher o<br />
mais rápido para fugir <strong>de</strong> possíveis problemas climáticos, e<br />
não ter comprometida a retirada do cereal do campo.<br />
Para que isso aconteça, a <strong>Coamo</strong> conta com uma<br />
equipe <strong>de</strong> profissionais e uma estratégia que é planejada<br />
e implementada, para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todas<br />
as regiões. Por isso, são realizados investimentos, aprovados<br />
pelo quadro social nas assembleias, resultando em<br />
a<strong>de</strong>quações e ampliações nas estruturas das 104 unida<strong>de</strong>s,<br />
que recebem a produção e estão localizadas bem<br />
perto das proprieda<strong>de</strong>s dos cooperados.<br />
Todo o trabalho que a área <strong>de</strong> Logística e Operações<br />
realiza tem este objetivo: reduzir o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga<br />
das colheitas nas unida<strong>de</strong>s da cooperativa. Felizmente,<br />
há muitos anos é pequeno o tempo <strong>de</strong> espera para entregar<br />
a produção. Muito diferente dos primeiros anos da<br />
<strong>Coamo</strong> na década <strong>de</strong> 1970, que pelas histórias contadas<br />
pelos pioneiros, duravam dias, fazendo com que produtores<br />
e funcionários dormissem nos caminhões para não<br />
per<strong>de</strong>r a vez nas filas.<br />
Mas isso é coisa do passado, <strong>de</strong> um tempo vivido<br />
pelos avós e pais. Os cooperados mais novos não presenciaram<br />
essa situação e só sabem disso pelas conversas contadas<br />
pelos produtores mais antigos.<br />
A história comprova que a <strong>Coamo</strong> sempre foi<br />
"A estrutura dos entrepostos é expressiva<br />
e fundamental para o sucesso<br />
das ativida<strong>de</strong>s dos cooperados."<br />
mais além e esteve à frente do seu tempo. Investiu <strong>de</strong> forma<br />
expressiva nas estruturas <strong>de</strong> recebimento das unida<strong>de</strong>s,<br />
e sempre praticou o cooperativismo <strong>de</strong> resultados ao<br />
longo dos seus 50 anos.<br />
Por meio <strong>de</strong> uma frota própria com centenas <strong>de</strong><br />
caminhões, além dos terceirizados, promovemos o <strong>de</strong>slocamento<br />
da produção entre os armazéns e unida<strong>de</strong>s, para<br />
que a estrutura esteja livre e pronta, à espera da gran<strong>de</strong><br />
colheita dos cooperados.<br />
A satisfação <strong>de</strong>les com o atendimento na hora<br />
certa é o objetivo do trabalho, por isso consi<strong>de</strong>ramos a<br />
logística e operações como um diferencial a ser mantido<br />
com a melhor estrutura para a competitivida<strong>de</strong> no agronegócio.<br />
Relevante é o recebimento em várias unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> safra 2019/<strong>2020</strong>. Exemplo disso, foi registrado<br />
em Maracaju e Vista Alegre, no Mato Grosso do Sul,<br />
com mais <strong>de</strong> 5,0 milhões <strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> soja recebidas, um<br />
recor<strong>de</strong> em uma mesma safra,<br />
na história dos 50 anos da<br />
<strong>Coamo</strong>. E gran<strong>de</strong> safra nunca<br />
foi e nunca será problema,<br />
mas uma solução.<br />
AIRTON GALINARI<br />
Presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
9
ENTREVISTA: JOSÉ AROLDO GALLASSINI<br />
"Não fundamos a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo para<br />
uma geração, mas para uma vida toda."<br />
Comandar uma empresa<br />
é uma gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>.<br />
Decisões<br />
importantes precisam ser tomadas<br />
a todo momento, po<strong>de</strong>ndo<br />
impactar nos negócios<br />
e nas pessoas que <strong>de</strong>las <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m.<br />
Um bom lí<strong>de</strong>r sabe<br />
disso e toma as <strong>de</strong>vidas precauções<br />
quando <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> passar<br />
o bastão. Ele sabe que mudanças<br />
<strong>de</strong> gestão são arriscadas,<br />
por isso é fundamental garantir<br />
uma sucessão tranquila.<br />
Executivo experiente,<br />
José Aroldo Gallassini, tem<br />
essa visão. “Eu podia chegar e<br />
dizer ‘olha, eu estou com uma<br />
certa ida<strong>de</strong>, estou bem financeiramente,<br />
dá pra tocar a vida,<br />
e vou virar as costas e sair, não<br />
quero mais saber’. Não vou fazer<br />
isso. Não posso fazer isso.<br />
Pela minha responsabilida<strong>de</strong><br />
e pelo sucesso que tivemos<br />
até aqui”, afirma, justificando<br />
os motivos que o levaram a<br />
orquestrar um plano <strong>de</strong> sucessão.<br />
“Não fundamos a <strong>Coamo</strong><br />
e a Credicoamo para uma geração<br />
ou duas, mas para a vida<br />
toda. Elas têm que continuar,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> quem esteja<br />
no comando”, frisa.<br />
Em entrevista, o agora<br />
presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong><br />
Administração, conta como ficou<br />
a nova estrutura organizacional.<br />
José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte<br />
dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da<br />
<strong>Coamo</strong> e da Credicoamo<br />
10 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: Qual o segredo<br />
do <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>Coamo</strong>?<br />
José Aroldo Gallassini: Começamos<br />
do zero e construímos uma<br />
gran<strong>de</strong> cooperativa. A <strong>Coamo</strong><br />
Agroindustrial Cooperativa é a<br />
35ª maior empresa do Brasil e a<br />
1ª maior empresa do Paraná. Com<br />
se<strong>de</strong> em Campo Mourão (Centro-<br />
-Oeste do Paraná), possui entrepostos<br />
em 71 municípios do Paraná,<br />
Santa Catarina e Mato Grosso<br />
do Sul. A cooperativa é <strong>de</strong>staque<br />
no anuário da Exame, consi<strong>de</strong>rada<br />
uma das mais importantes<br />
publicações do país. A <strong>Coamo</strong> é<br />
também a 10ª maior do país com<br />
capital 100% nacional. Posso dizer<br />
com segurança que o segredo <strong>de</strong><br />
todo esse sucesso é a sua credibilida<strong>de</strong><br />
junto ao seus cooperados.<br />
São 50 anos trabalhando ao lado<br />
<strong>de</strong>les, apoiando o seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e impulsionando a economia<br />
dos municípios em que a cooperativa<br />
atua. Po<strong>de</strong>mos dizer que<br />
a história <strong>de</strong> Campo Mourão po<strong>de</strong><br />
ser dividida em antes e <strong>de</strong>pois do<br />
surgimento da cooperativa. No final<br />
da década <strong>de</strong> 1960, boa parte<br />
da região era <strong>de</strong> uma pobreza<br />
bastante gran<strong>de</strong>. Vivíamos o final<br />
do ciclo da ma<strong>de</strong>ira e, à medida<br />
que as empresas foram encerrando<br />
suas ativida<strong>de</strong>s, a situação<br />
econômica dos produtores rurais<br />
foi piorando. Quando <strong>de</strong>cidimos<br />
fundar uma cooperativa, já foi possível<br />
uma melhor organização dos<br />
produtores. A <strong>Coamo</strong> foi constituída<br />
por 79 agricultores. Depois foi<br />
entrando bastante gente e a cooperativa<br />
foi se consolidando. Em<br />
resumo, a agricultura na região <strong>de</strong><br />
Campo Mourão <strong>de</strong>u certo porque<br />
a cooperativa se colocou ao lado<br />
do produtor.<br />
RC: Qual é o gran<strong>de</strong> aprendizado<br />
<strong>de</strong> sua experiência no cooperativismo?<br />
Gallassini: Esses 50 anos <strong>de</strong> trabalho<br />
me <strong>de</strong>ram uma bagagem<br />
gran<strong>de</strong> em diversos assuntos. Eu<br />
trabalhava na Acarpa quando aju<strong>de</strong>i<br />
a constituir a <strong>Coamo</strong>. Isso foi<br />
O segredo do sucesso<br />
é a sua credibilida<strong>de</strong><br />
junto aos cooperados.<br />
São 50 anos<br />
trabalhando para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong>les."<br />
em 1970. Dois anos <strong>de</strong>pois, fui<br />
contratado como gerente e, em<br />
1975, assumi a presidência. Mais<br />
tar<strong>de</strong>, sentimos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
ter uma cooperativa <strong>de</strong> crédito<br />
para apoiar nossos agricultores.<br />
Constituímos, então, a Credicoamo.<br />
Tanto a <strong>Coamo</strong> como a Credicoamo<br />
<strong>de</strong>ram muito certo. O sucesso<br />
é inegável. E <strong>de</strong> tudo o que<br />
aprendi nessas cinco décadas,<br />
posso dizer com segurança que a<br />
gran<strong>de</strong> lição que levo comigo é o<br />
lado social do cooperativismo, ou<br />
seja, o fato <strong>de</strong> que o cooperado<br />
precisa ser bem atendido.<br />
RC: Quais estratégias adotou na<br />
gestão da <strong>Coamo</strong> que consi<strong>de</strong>ra<br />
exitosas?<br />
Gallassini: A <strong>Coamo</strong> é uma gran<strong>de</strong><br />
cooperativa. Possui mais <strong>de</strong> 29<br />
mil cooperados. A previsão para<br />
este ano é receber 8,920 milhões<br />
<strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos. E o faturamento<br />
está estimado em R$ 16<br />
bilhões. O que <strong>de</strong>u certo, na minha<br />
visão, foi escolher uma única<br />
linha <strong>de</strong> atuação. A <strong>Coamo</strong> é uma<br />
cooperativa <strong>de</strong> grãos. Atuamos<br />
em todos os processos, da orientação<br />
aos cooperados em relação<br />
ao plantio à armazenagem, industrialização<br />
e comercialização.<br />
Ao longo <strong>de</strong> 50 anos, poucos<br />
projetos nossos não tiveram ligação<br />
com grãos. Investimos neles,<br />
aten<strong>de</strong>ndo solicitações <strong>de</strong> nossos<br />
cooperados. Mas, aos poucos,<br />
eles foram percebendo que o retorno<br />
econômico não era bem o<br />
que eles esperavam. Foram <strong>de</strong>sistindo<br />
e não <strong>de</strong>mos sequência a<br />
esses projetos.<br />
RC: A experiência da <strong>Coamo</strong> na<br />
pecuária e proteína animal foi um<br />
<strong>de</strong>sses projetos?<br />
Gallassini: A <strong>Coamo</strong> sempre fez<br />
a vonta<strong>de</strong> dos seus cooperados,<br />
por isso, há alguns anos, investimos<br />
na suinocultura. Um grupo<br />
<strong>de</strong> cooperados tinha cria<strong>de</strong>iras<br />
e outro grupo fazia a engorda,<br />
e a cooperativa comercializava.<br />
Isso foi bem até certa altura, mas<br />
daí veio uma crise e os cooperados,<br />
principalmente aqueles com<br />
cria<strong>de</strong>iras, foram <strong>de</strong>sistindo. Esta<br />
experiência só reforçou o entendimento<br />
<strong>de</strong> que o perfil do nosso<br />
cooperado é grãos.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 11
ENTREVISTA: JOSÉ AROLDO GALLASSINI<br />
“DE TUDO O QUE APRENDI EM CINCO DÉCADAS, A GRANDE LIÇÃO É O LADO SOCIAL<br />
QUE O COOPERATIVISMO TEM. O COOPERADO PRECISA SER BEM ATENDIDO."<br />
José Aroldo Gallassini<br />
RC: A <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo<br />
adotaram um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
gestão e governança. O que o senhor<br />
espera com essas mudanças?<br />
Gallassini: O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governança<br />
adotado pelo cooperativismo<br />
é um pouco do Brasil, no<br />
sentido <strong>de</strong> que o comando é <strong>de</strong>cidido<br />
por eleição. Os associados<br />
fundam a cooperativa, elegem<br />
uma diretoria que tem presi<strong>de</strong>nte,<br />
vice-presi<strong>de</strong>nte, secretários e conselheiros<br />
<strong>de</strong> administração e fiscal.<br />
De maneira geral, esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
governança <strong>de</strong>u certo. O gran<strong>de</strong><br />
risco, porém, é a sucessão e a garantia<br />
<strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> da cooperativa.<br />
Uma eleição po<strong>de</strong> mudar<br />
toda a diretoria <strong>de</strong> uma única vez<br />
e isso po<strong>de</strong> trazer problemas, porque<br />
a sucessão não é planejada.<br />
Por este motivo, chegamos à conclusão<br />
<strong>de</strong> que era preciso mudar.<br />
Não fundamos a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo<br />
para uma geração ou duas,<br />
mas para a vida toda. Elas têm que<br />
continuar, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> quem<br />
esteja no comando. Nosso novo<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governança assemelha-se<br />
ao adotado por gran<strong>de</strong>s<br />
bancos, corporações, indústrias,<br />
principalmente, os negócios familiares.<br />
Também cooperativas<br />
da Europa implantaram esse mo<strong>de</strong>lo.<br />
Temos um Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
composto por nove<br />
cooperados que irão assessorar a<br />
Diretoria Executiva. Este Conselho<br />
se reúne uma vez por mês, e o seu<br />
presi<strong>de</strong>nte dá expediente integral<br />
na cooperativa. Já a Diretoria<br />
Executiva é contratada, possui um<br />
diretor-presi<strong>de</strong>nte e cinco diretores<br />
<strong>de</strong> área, todos profissionais<br />
com 30 a 40 anos <strong>de</strong> trabalho na<br />
<strong>Coamo</strong>.<br />
RC: Qual a importância <strong>de</strong> ter na<br />
Diretoria Executiva profissionais<br />
que são pratas da casa?<br />
Gallassini: Os cinco diretores escolhidos<br />
para compor a Diretoria<br />
Executiva e o presi<strong>de</strong>nte executivo<br />
da <strong>Coamo</strong> conhecem como ninguém<br />
a gestão da cooperativa e<br />
como se trabalha com os cooperados.<br />
Nesses 50 anos <strong>de</strong> cooperativismo,<br />
aprendi que não dá certo<br />
contratar um executivo <strong>de</strong> uma<br />
gran<strong>de</strong> empresa para comandar<br />
uma cooperativa. Uma empresa<br />
gran<strong>de</strong> é formada por gran<strong>de</strong>s<br />
executivos, gente muito competente,<br />
mas com foco econômico. A<br />
busca é pelo lucro. A cooperativa<br />
tem o aspecto econômico que é<br />
importante, mas tão importante<br />
quanto, é o social. Uma cooperativa<br />
precisa trabalhar por aquele<br />
que está na base, pelo seu cooperado.<br />
Ela tem que pensar em tudo,<br />
da produção <strong>de</strong> sementes, plantio,<br />
colheita, entrega, armazenagem,<br />
industrialização até a comercialização.<br />
Tem ainda que ajudar o<br />
cooperado a buscar novas tecnologias<br />
e garantir empréstimo, tirando<br />
do seu capital do giro, para<br />
que ele possa plantar. Enfim, uma<br />
cooperativa tem objetivos que<br />
uma empresa não tem.<br />
RC: A nova governança vai manter<br />
a essência da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo?<br />
Gallassini: A <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo<br />
não po<strong>de</strong>m correr riscos,<br />
por isso é importante manter a sua<br />
essência. É por causa disso que fiz<br />
questão <strong>de</strong> cumprir expediente na<br />
cooperativa, na função <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte<br />
do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
na gestão <strong>2020</strong>/2024. Eu podia<br />
chegar e dizer ‘olha, eu estou com<br />
uma certa ida<strong>de</strong>, estou bem financeiramente,<br />
dá pra tocar a vida, e<br />
vou virar as costas e sair, não quero<br />
mais saber’. Não vou fazer isso. Não<br />
posso fazer isso. Pela minha responsabilida<strong>de</strong><br />
e pelo sucesso que<br />
tivemos até aqui. Mas amanhã ou<br />
<strong>de</strong>pois, posso não estar mais aqui,<br />
aí não posso garantir que o estilo<br />
atual <strong>de</strong> gestão vai continuar igual.<br />
12 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
Administrar uma empresa é uma<br />
coisa muito pessoal.<br />
RC: Como o senhor acredita que<br />
<strong>de</strong>ve ser mantida a coesão e o<br />
sentimento <strong>de</strong> pertencimento dos<br />
cooperados, principalmente para<br />
aqueles que não vivenciaram a<br />
história do trabalho e as conquistas<br />
<strong>de</strong> décadas anteriores?<br />
Gallassini: Temos que trabalhar<br />
muito esses dois públicos: o gran<strong>de</strong><br />
e o jovem produtor. É preciso<br />
enten<strong>de</strong>r isso. Com o gran<strong>de</strong><br />
produtor, o objetivo é fazer com<br />
que ele consiga ver além do que<br />
é do seu interesse. Ele está numa<br />
cooperativa, tem que trabalhar <strong>de</strong><br />
acordo com a cooperativa, e perceber<br />
que, <strong>de</strong>ssa forma, há benefícios<br />
para todos, fruto da união <strong>de</strong><br />
todos. Já o jovem é contestador<br />
por natureza, quer mudar o mundo.<br />
Ele acha que os pais, às vezes,<br />
não têm visão. Então, surgem os<br />
conflitos <strong>de</strong> gerações. Na <strong>Coamo</strong>,<br />
temos um programa <strong>de</strong> formação<br />
<strong>de</strong> jovens lí<strong>de</strong>res, on<strong>de</strong> eles conhecem<br />
a filosofia cooperativista<br />
e enten<strong>de</strong>m a importância <strong>de</strong> dar<br />
sequência ao trabalho dos pais. Já<br />
são mais <strong>de</strong> 900 jovens formados<br />
em 23 turmas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998.<br />
RC: A <strong>Coamo</strong> é uma gran<strong>de</strong> empresa<br />
<strong>de</strong> comodities internacionais.<br />
Faz parte das estratégias entrar<br />
em operações internacionais,<br />
por meio <strong>de</strong> alianças, com cooperativas<br />
e empresas <strong>de</strong> outros países?<br />
Gallassini: Não. A estratégia comercial<br />
da <strong>Coamo</strong> é atuar individualmente.<br />
Exportamos cerca <strong>de</strong> 50%<br />
da produção recebida dos nossos<br />
cooperados. A comercialização das<br />
commodities agrícolas é feita com<br />
base nos sistemas FOB e CIF, com<br />
certificado <strong>de</strong> rastreabilida<strong>de</strong>, que<br />
garante o controle dos produtos<br />
<strong>Coamo</strong> do campo até o seu <strong>de</strong>stino.<br />
Temos também um terminal portuário<br />
próprio no Porto <strong>de</strong> Paranaguá,<br />
principal porta <strong>de</strong> saída para o<br />
"O cooperativismo é<br />
antes <strong>de</strong> tudo uma<br />
filosofia <strong>de</strong> vida.<br />
Desenvolve milhões<br />
<strong>de</strong> cooperados e<br />
familiares."<br />
mercado externo. Atualmente, ven<strong>de</strong>mos<br />
para Europa, China e vários<br />
outros países da Ásia.<br />
RC: Qual a importância do Sistema<br />
Ocepar para a consolidação<br />
do cooperativismo no Paraná e<br />
melhoria do processo <strong>de</strong> governança<br />
e gestão do setor?<br />
Gallassini: Consi<strong>de</strong>ro a Ocepar<br />
(Sindicato e Organização das Cooperativas<br />
do Paraná) o órgão político<br />
do cooperativismo, em âmbito<br />
estadual, e a OCB, em âmbito<br />
nacional. Então, o Sistema Ocepar<br />
presta um gran<strong>de</strong> trabalho que<br />
é coroado <strong>de</strong> sucesso. Orgulha<br />
e eleva o cooperativismo paranaense<br />
por sua serieda<strong>de</strong>, gestão<br />
e contribuição para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do nosso setor.<br />
RC: Qual sua visão sobre o futuro<br />
do cooperativismo do Paraná?<br />
Gallassini: A minha vida gira em<br />
torno do cooperativismo, afinal, são<br />
50 anos <strong>de</strong> trabalho na <strong>Coamo</strong> e 30<br />
anos na Credicoamo. Sou produtor<br />
<strong>de</strong> soja, milho e crio boi, portanto,<br />
sou cooperado da <strong>Coamo</strong> (agropecuária),<br />
Credicoamo (crédito),<br />
Cooperaliança (carnes) e, também,<br />
beneficiário da Unimed (saú<strong>de</strong>).<br />
Então, o cooperativismo é a minha<br />
vida. Entendo que o cooperativismo<br />
continuará tendo muito sucesso,<br />
porque nenhuma empresa comum<br />
faz igual a uma cooperativa.<br />
Empresas da China tentaram se<br />
estabelecer aqui. Apareceram também<br />
multinacionais com a intenção<br />
<strong>de</strong> comprar empresas locais para<br />
receber soja na origem. Empresas<br />
querem lucrar, diferente das cooperativas,<br />
que tentam equilibrar o<br />
econômico com o social. Por isso,<br />
digo que esse trabalho junto ao<br />
cooperado tem que ser feito pelas<br />
cooperativas. E tem também a<br />
introdução <strong>de</strong> novas tecnologias, o<br />
apoio para o aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />
e armazenagem suficiente,<br />
para que todos os cooperados<br />
possam ser atendidos. Isso só o<br />
cooperativismo faz. O cooperativismo<br />
é, antes <strong>de</strong> tudo, uma filosofia<br />
<strong>de</strong> vida. Tenho plena certeza <strong>de</strong><br />
que continuará a prestar gran<strong>de</strong>s<br />
serviços para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> cooperados e seus<br />
familiares.<br />
Entrevista publicada, também, na <strong>Revista</strong> Paraná Cooperativo.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 13
COOPERATIVISMO<br />
Conjugando o verbo cooperar<br />
Nei Renczeczen com o filho Cristiano e o neto Cristofer: trabalho,<br />
evolução e sucessão no campo são <strong>de</strong>staques na família <strong>de</strong> Pitanga (PR)<br />
Os cooperados são a razão<br />
da existência da <strong>Coamo</strong> e<br />
da Credicoamo e fazem o<br />
sucesso do cooperativismo. É para<br />
eles que as cooperativas atuam fortes<br />
e firmes, aten<strong>de</strong>ndo suas <strong>de</strong>mandas<br />
e necessida<strong>de</strong>s, com eficiência e<br />
qualida<strong>de</strong> na prestação <strong>de</strong> serviços e<br />
o profissionalismo da diretoria e funcionários.<br />
Comemorado sempre no<br />
primeiro sábado <strong>de</strong> julho, o Dia do<br />
Homenagem ao Cooperativismo<br />
A <strong>Coamo</strong> produziu um filme em homenagem<br />
ao cooperativismo, fazendo parte dos seus 50<br />
anos. No material, cooperados contam a transformação<br />
<strong>de</strong> suas vidas por meio <strong>de</strong>ste sistema<br />
que gera renda e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
Cooperativismo, lembra<br />
e resgata a história <strong>de</strong>sse<br />
importante instrumento<br />
<strong>de</strong> transformação.<br />
Os associados<br />
da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo<br />
integram um sistema<br />
que proporciona o<br />
bem comum e inúmeros<br />
benefícios, por meio <strong>de</strong><br />
uma parceria sólida e vitoriosa<br />
visando o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da agricultura<br />
e pecuária, e a produção<br />
<strong>de</strong> alimentos para o Brasil<br />
e o mundo. “O cooperativismo<br />
é um movimento<br />
e antes <strong>de</strong> tudo uma<br />
filosofia <strong>de</strong> vida. É um instrumento<br />
eficaz que une<br />
pessoas e promove o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento econômico<br />
e bem-estar social,<br />
tendo como referencial a participação<br />
<strong>de</strong>mocrática, solidarieda<strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pendência<br />
e autonomia”, explica o<br />
engenheiro agrônomo José Aroldo<br />
Gallassini, i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte<br />
dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da<br />
<strong>Coamo</strong> e da Credicoamo. As cooperativas<br />
continuam trabalhando, pensando<br />
e agindo para o melhor dos<br />
associados e familiares.<br />
Para acessar o<br />
ví<strong>de</strong>o, aproxime<br />
o celular com<br />
leitor QR Co<strong>de</strong><br />
na imagem.<br />
SER COOPERADO COAMO<br />
São muitos os benefícios disponibilizados<br />
pela <strong>Coamo</strong> aos associados,<br />
nas áreas <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e inovação; logística, gestão<br />
e suporte; e da cooperação que vai<br />
além do campo. Os associados têm à<br />
disposição apoio da assistência técnica<br />
que presta serviços <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o planejamento<br />
à comercialização da safra,<br />
inclusive com atendimento à campo<br />
por meio da utilização <strong>de</strong> tecnologia<br />
móvel e agricultura <strong>de</strong> precisão.<br />
Importante também é o trabalho<br />
realizado no planejamento e organização<br />
da produção agrícola, <strong>de</strong><br />
acordo com as particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
cada região <strong>de</strong> atuação da <strong>Coamo</strong>, o<br />
fornecimento <strong>de</strong> sementes produzidas<br />
e tratadas em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Beneficiamento<br />
próprias e o fornecimento<br />
dos insumos agropecuários <strong>de</strong> alta<br />
tecnologia com qualida<strong>de</strong> assegurada,<br />
por meio <strong>de</strong> planos e condições<br />
comerciais exclusivas.<br />
Na área <strong>de</strong> Logística, por exemplo, a<br />
estrutura da cooperativa, com mais<br />
<strong>de</strong> 104 unida<strong>de</strong>s é tecnologicamente<br />
atualizada e ágil para a recepção,<br />
classificação, armazenamento e exp<strong>edição</strong><br />
<strong>de</strong> produtos agrícolas, com<br />
ampla cobertura geográfica, o que<br />
garante ao cooperado redução <strong>de</strong><br />
gastos e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comercializar<br />
sua produção na época que<br />
julgar mais a<strong>de</strong>quada. "A <strong>Coamo</strong><br />
tem uma logística a<strong>de</strong>quada e segura<br />
para movimentação <strong>de</strong> produtos<br />
agrícolas, industrializados e insumos<br />
agrícolas, por meio <strong>de</strong> frota própria,<br />
frota <strong>de</strong>dicada e frota spot (parcerias<br />
com fornecedores <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />
transporte)", explica Airton Galinari,<br />
presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong>.<br />
14 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
Há 50 anos<br />
a <strong>Coamo</strong><br />
transforma vidas.<br />
E aqui vamos<br />
conhecer<br />
algumas <strong>de</strong>las.
Uma história <strong>de</strong> sucesso<br />
De empregado<br />
a parte <strong>de</strong><br />
uma história<br />
<strong>de</strong> sucesso<br />
A transformação <strong>de</strong> Urcino Pereira<br />
O ano era 1976. Um então<br />
fazen<strong>de</strong>iro do distrito <strong>de</strong><br />
Piquirivaí, em Campo Mourão,<br />
pega um <strong>de</strong> seus diaristas,<br />
coloca no carro e o leva até uma<br />
cooperativa para se associar.<br />
A cooperativa ainda no início,<br />
com seis anos <strong>de</strong> fundação,<br />
era a <strong>Coamo</strong> e o trabalhador<br />
rural, o hoje cooperado Urcino<br />
Pereira. Quarenta e quatro<br />
anos se passaram, muitas<br />
foram as transformações tanto<br />
na vida do associado como na<br />
cooperativa, que em novembro<br />
completará 50 anos.<br />
O cooperativismo proporciona histórias<br />
inspiradoras. São famílias que ao<br />
longo dos anos conseguiram evoluir e<br />
tiveram as vidas transformadas. “É até<br />
engraçado dizer que um boia fria, que<br />
ganhava pelo dia que trabalhava, hoje<br />
planta 300 alqueires <strong>de</strong> lavoura”, diz seu<br />
Urcino, que viu a sua vida se transformar<br />
quando o seu então patrão arrendou<br />
para ele dois alqueires <strong>de</strong> terra e o levou<br />
para se associar à <strong>Coamo</strong>.<br />
O cooperado trabalhava na mesma<br />
proprieda<strong>de</strong> que hoje arrenda e planta<br />
com a família. Ele trabalhou por 15<br />
anos na fazenda e <strong>de</strong>pois arrendou as<br />
terras. “Se eu não tivesse a coragem<br />
que tive, seria tudo diferente”, frisa.<br />
Seu Urcino recorda o dia que o patrão<br />
chegou e falou que o levaria à <strong>Coamo</strong>,<br />
que na época tinha seis anos <strong>de</strong><br />
fundação: “Eu falei que não tinha nada,<br />
mas ele lembrou que eu tocava dois<br />
alqueires <strong>de</strong> terra. Lembro também<br />
das palavras que o patrão disse: você<br />
po<strong>de</strong> não ter muita coisa, mas é um<br />
gran<strong>de</strong> homem, um trabalhador.<br />
Assim começou a minha história com a<br />
<strong>Coamo</strong>”, diz.<br />
Ele trabalha na proprieda<strong>de</strong> em<br />
parceria com os três filhos, Si<strong>de</strong>nei,<br />
Osnei e Rogerlei, também cooperados.<br />
“Somos 100% <strong>Coamo</strong>. A partir do<br />
momento que o fazen<strong>de</strong>iro me levou<br />
a <strong>Coamo</strong>, e me tornei associado,<br />
tudo mudou e para melhorar. De<br />
dois alqueires temos 300 <strong>de</strong> lavoura<br />
e já tenho área própria. A intenção é<br />
continuar trabalhando e progredindo.<br />
Tenho um gran<strong>de</strong> prazer <strong>de</strong> ir à <strong>Coamo</strong><br />
porque sou muito bem recebido.”<br />
Ele trabalha na proprieda<strong>de</strong> em parceria com os três filhos, Si<strong>de</strong>nei, Osnei e Rogerlei, também cooperados.
O cooperado<br />
aconselha para<br />
que as pessoas<br />
trabalhem <strong>de</strong> forma<br />
honesta e busquem<br />
seus sonhos .<br />
Sempre acor<strong>de</strong>i cedo para trabalhar e dizia para minha<br />
esposa a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter pelo menos uma casa para morar<br />
e dar conforto para a família. Mas, não imaginava que<br />
fosse ter o que tenho hoje. Nunca pensei que pu<strong>de</strong>sse<br />
comprar caminhão, máquinas agrícolas e caminhonete<br />
do ano. Isso não passava pela minha cabeça. Mas, é o<br />
resultado <strong>de</strong> muito empenho e <strong>de</strong>dicação.<br />
Seu Urcino lembra que muitas vezes,<br />
quando ainda era diarista na fazenda,<br />
ouvia dos colegas que era um ‘puxasaco’<br />
da fazenda, porque não parava<br />
e dava conta <strong>de</strong> tudo. “Eu sempre<br />
tive comigo que <strong>de</strong>veria merecer<br />
pelo que estava ganhando e fazia a<br />
minha parte. E olha o que aconteceu<br />
tempos <strong>de</strong>pois: o fazen<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>ixou<br />
a sua proprieda<strong>de</strong> nas minhas mãos,<br />
arrendou tudo porque viu que eu era<br />
um homem trabalhador e honesto.”<br />
Baiano, seu Ursino veio ainda jovem<br />
para o Paraná. Os pais, segundo ele,<br />
não conseguiram ganhar dinheiro, e<br />
os irmãos acabaram indo embora para<br />
outras cida<strong>de</strong>s. Já ele, encarou o cabo<br />
<strong>de</strong> enxada e não mediu esforços na<br />
lida com a agricultura. “Não faz muito<br />
tempo que evoluímos. Na <strong>Coamo</strong><br />
entramos há mais tempo, mas <strong>de</strong> uns<br />
15 anos para cá é que tivemos essa<br />
gran<strong>de</strong> mudança na vida. Subi muito<br />
e não vou parar. O segredo é fazer<br />
bem feito porque sempre tem alguém<br />
olhando para você. Posso dizer que<br />
sou um homem privilegiado e muito<br />
feliz <strong>de</strong> ser cooperado e ter a <strong>Coamo</strong><br />
como parceira.”<br />
Todo o esforço, trabalho e <strong>de</strong>dicação<br />
do cooperado <strong>de</strong>ixaram marcas,<br />
principalmente em suas mãos. Os<br />
calos, como ele diz, são como uma<br />
medalha pelas conquistas. “Isso aqui<br />
[mostrando para as mãos] nunca<br />
sairá. É uma herança <strong>de</strong> quando era<br />
novo, são marcas do cabo da enxada.”<br />
Com 74 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, o ritmo <strong>de</strong><br />
trabalho diminuiu um pouco. Mas, ele<br />
está sempre por perto das ativida<strong>de</strong>s,<br />
acompanhando tudo e fazendo<br />
companhia para os três filhos e netos<br />
que estão cuidando <strong>de</strong> toda a parte<br />
operacional da proprieda<strong>de</strong>. “Temos<br />
maquinários bons e todos adquiridos<br />
na <strong>Coamo</strong>, que sempre me ajudou<br />
na condução <strong>de</strong> tudo. A história<br />
da cooperativa é bem parecida<br />
com a minha. Nós evoluímos e nos<br />
transformamos.”<br />
Para ele, sem a <strong>Coamo</strong> e o<br />
cooperativismo, a história<br />
seria totalmente diferente. “O<br />
cooperativismo é a melhor coisa que<br />
fizeram. É uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />
para quem quer trabalhar e evoluir <strong>de</strong><br />
forma honesta. Trabalhe, seja parceiro<br />
da cooperativa e o retorno será muito<br />
bom. Esses ensinamentos já passei<br />
para os meus filhos e tenho certeza<br />
<strong>de</strong> que terão a <strong>Coamo</strong> como parceira<br />
para o resto <strong>de</strong> suas vidas.”
Continuida<strong>de</strong> no trabalho<br />
Sucesso e<br />
evolução no<br />
campo<br />
O trabalho da família Zanatta<br />
Em Mamborê os<br />
irmãos Irineu,<br />
Ricieri e João Luiz<br />
Zanatta estão dando<br />
continuida<strong>de</strong> ao<br />
trabalho iniciado pelo<br />
pai Angelo Zanatta,<br />
que chegou no<br />
município em 1951<br />
Em Mamborê os irmãos Irineu,<br />
Ricieri e João Luiz Zanatta estão<br />
dando continuida<strong>de</strong> ao trabalho<br />
iniciado pelo pai Angelo Zanatta,<br />
que chegou no município em<br />
1951. Inicialmente ele trabalhou<br />
com ma<strong>de</strong>ira, primeiro como<br />
funcionário e <strong>de</strong>pois proprietário<br />
<strong>de</strong> serraria. Com o fim do ciclo<br />
da ma<strong>de</strong>ira, passou para a<br />
agricultura e pecuária.<br />
A proprieda<strong>de</strong> foi adquirida em<br />
1969 e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então passou por<br />
evoluções e transformações.<br />
Os três irmãos trabalham em<br />
parceria, como uma extensão<br />
do cooperativismo praticado<br />
pela <strong>Coamo</strong>. “Nossos pais<br />
sempre apoiaram e incentivaram<br />
para que ficássemos unidos,<br />
dando continuida<strong>de</strong> ao que<br />
conquistaram”, conta.<br />
Ele lembra que o pai foi um dos<br />
pioneiros do município e da<br />
<strong>Coamo</strong>, com gran<strong>de</strong> participação.<br />
“É um sentimento <strong>de</strong> orgulho<br />
fazer parte <strong>de</strong>ssa história. Nosso<br />
pai <strong>de</strong>ixou seu legado e estamos<br />
seguindo seus passos.”<br />
Para Ricieri, o cooperativismo<br />
agrega e a <strong>Coamo</strong> sempre<br />
foi parceira apoiando e<br />
Irineu, Ricieri e João Zanatta
“Evoluímos juntos e creditamos<br />
isso ao cooperativismo, a <strong>Coamo</strong>,<br />
que sempre aten<strong>de</strong>u as nossas<br />
necessida<strong>de</strong>s.”<br />
oferecendo toda condição<br />
para que as ativida<strong>de</strong>s<br />
fossem conduzidas da<br />
melhor maneira possível.<br />
“Eu cresci vendo a <strong>Coamo</strong><br />
evoluir. A cooperativa<br />
sempre esteve do nosso<br />
lado. Com o cooperativismo<br />
conquistamos mais. Essa<br />
evolução é graças ao nosso<br />
trabalho e à <strong>Coamo</strong>.”<br />
Na proprieda<strong>de</strong> são<br />
<strong>de</strong>senvolvidas ativida<strong>de</strong>s<br />
agrícola e pecuária, com<br />
integração entre lavoura<br />
e gado. Irineu é o irmão<br />
mais velho. Ele diz que o<br />
cooperativismo acrescenta<br />
e colabora para a evolução<br />
das famílias. “São vários os<br />
benefícios que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o momento do plantio até<br />
a comercialização da safra.<br />
Cooperativa e cooperados são<br />
como um time, on<strong>de</strong> todos têm<br />
o mesmo objetivo, puxam para<br />
o mesmo lado. Nesses anos,<br />
houve uma gran<strong>de</strong> evolução<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o tempo do nosso pai.<br />
Acompanhei tudo <strong>de</strong> perto.<br />
Agora, estamos passando pelo<br />
nosso momento e queremos<br />
continuar crescendo e<br />
evoluindo.”<br />
João Luiz é o caçula dos três<br />
irmãos. Ele conta que tudo<br />
que precisam encontram<br />
na <strong>Coamo</strong>. “É uma parceria<br />
<strong>de</strong> longa data, sempre com<br />
orgulho e gratidão. Ficamos<br />
felizes <strong>de</strong> ter uma cooperativa<br />
nos auxiliando. Nosso pai<br />
é um dos pioneiros do<br />
cooperativismo na região<br />
e crescemos vendo todo<br />
esse trabalho”, pon<strong>de</strong>ra.<br />
De acordo com ele, se a<br />
<strong>Coamo</strong> cresceu nesses anos<br />
todos, com a família não<br />
foi diferente. “Evoluímos<br />
juntos e creditamos isso ao<br />
cooperativismo, a <strong>Coamo</strong>, que<br />
sempre aten<strong>de</strong>u as nossas<br />
necessida<strong>de</strong>s.”
Uma história <strong>de</strong> parceria<br />
Crescimento<br />
amparado no<br />
cooperativismo<br />
A <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> José Maria dos Santos<br />
A experiência <strong>de</strong> vida<br />
do cooperado José<br />
Maria dos Santos, <strong>de</strong><br />
Engenheiro Beltrão,<br />
é um exemplo <strong>de</strong><br />
sucesso <strong>de</strong> parceria<br />
com a <strong>Coamo</strong><br />
O cooperado José Maria dos<br />
Santos, <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão<br />
(Centro-Oeste do Paraná), chegou<br />
ao Brasil aos 20 anos. Natural da<br />
região <strong>de</strong> Beira Baixa - cerca <strong>de</strong><br />
200 quilômetros <strong>de</strong> Lisboa, capital<br />
<strong>de</strong> Portugal, ele <strong>de</strong>sembarcou em<br />
Maringá em 1959 para trabalhar<br />
com um primo no ramo <strong>de</strong> secos e<br />
molhados. Um ano <strong>de</strong>pois, assumiu<br />
a administração <strong>de</strong> uma das filiais<br />
do armazém em Ivailândia (distrito<br />
<strong>de</strong> Engenheiro Beltrão), on<strong>de</strong> teve o<br />
primeiro contato com a agropecuária.<br />
A região era coberta por matas e<br />
cultivo <strong>de</strong> café e hortelã.<br />
Em 1965, o cooperado adquiriu o<br />
seu primeiro sítio. O café cultivado<br />
na proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>u lugar à soja<br />
e ao algodão. Trabalhando com<br />
<strong>de</strong>terminação, o cooperado foi<br />
crescendo com naturalida<strong>de</strong>.<br />
Em 1972, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> acompanhar<br />
o nascimento da <strong>Coamo</strong> e as<br />
Cooperado José Maria dos Santos em reportagem <strong>de</strong> comemoração dos 30 anos da <strong>Coamo</strong>
primeiras experiências <strong>de</strong> sucesso da cooperativa,<br />
ele não pensou duas vezes. Procurou a <strong>Coamo</strong> e se<br />
tornou sócio, a fim <strong>de</strong> contar com os benefícios na<br />
armazenagem da safra e adquirir produtos para o<br />
cultivo das lavouras.<br />
"Na época era muito difícil. Tínhamos que entregar a<br />
safra em Campo Mourão e a distância fazia com que<br />
às vezes o caminhão ficasse até dois dias na fila. A<br />
<strong>Coamo</strong> mesmo pequena já tinha muitos agricultores<br />
entregando. Mas <strong>de</strong>pois, com a instalação do<br />
entreposto em Engenheiro Beltrão tudo melhorou",<br />
lembra o cooperado.<br />
De acordo com ele, a <strong>Coamo</strong> ajudou a implantar muitas<br />
tecnologias para o campo, difundindo o cooperativismo.<br />
Ele afirma que a parceria firmada entre a <strong>Coamo</strong> e os<br />
agricultores é o gran<strong>de</strong> segredo do seu sucesso. "Não<br />
sei como po<strong>de</strong>ria ser a nossa agricultura sem o apoio<br />
da <strong>Coamo</strong>, que além <strong>de</strong> facilitar o recebimento da safra<br />
regulou o mercado e nos ofereceu a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
produzirmos mais e melhor", <strong>de</strong>staca.<br />
A harmonia constante na administração da<br />
cooperativa, também foi fundamental para o seu<br />
crescimento e consolidar a confiança do cooperado.<br />
"A diretoria sempre mereceu o nosso respeito,<br />
pela honestida<strong>de</strong>, serieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>dicação. O<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da <strong>Coamo</strong> tem como responsável<br />
o Dr. Aroldo, que sempre foi muito organizado e com<br />
gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança", afirma.<br />
Segundo João Maria, a organização e a competência<br />
administrativa também possibilitaram um gran<strong>de</strong><br />
equilíbrio, gerando satisfação entre todo o quadro<br />
social. “A <strong>Coamo</strong> é isso que estamos vendo. Eu só<br />
compro na <strong>Coamo</strong> e entrego toda minha produção<br />
na cooperativa. Sinto segurança, entrego o produto,<br />
vendo no momento em que precisar e recebo também<br />
na hora”. Ainda segundo o cooperado, nesses 50<br />
anos, a cooperativa se transformou e evoluiu e os<br />
associados acompanharam a transformação. “Quando<br />
comecei, eu era pequeno, hoje evolui. Nunca fui<br />
aventureiro, mas fomos fazendo alguns negócios, e<br />
crescemos juntos. Temos que comemorar e celebrar<br />
essas conquistas e o orgulho <strong>de</strong> fazer parte <strong>de</strong> uma<br />
cooperativa <strong>de</strong>sse tamanho e com tantas virtu<strong>de</strong>s.”<br />
Quando comecei, eu era pequeno, hoje evolui.<br />
Nunca fui aventureiro, mas fomos fazendo alguns<br />
negócios, e crescemos juntos. Temos que<br />
comemorar e celebrar essas conquistas.
22 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
CREDICOAMO<br />
Tecnologia para todos<br />
Internet Banking/Mobile é importante<br />
ferramenta para gestão financeira dos associados<br />
Vera Regina Ribeiro Gehring, <strong>de</strong> Campo Mourão, gosta <strong>de</strong> se manter atualizada e está sempre atenta às tecnologias<br />
Vera Regina Ribeiro Gehring, <strong>de</strong> Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná),<br />
gosta <strong>de</strong> se manter atualizada e está sempre atenta às tecnologias. Para ela<br />
o Internet Banking/Mobile da Credicoamo foi uma novida<strong>de</strong> muito boa.<br />
“Não somos mais crianças, e as vezes o manejo do aplicativo po<strong>de</strong> ser um pouco<br />
difícil. Mas, com a boa vonta<strong>de</strong> da equipe da Credicoamo, passamos a utilizar <strong>de</strong><br />
uma maneira muito eficaz.”<br />
Ela administra as ativida<strong>de</strong>s junto a família e avalia positivamente o aplicativo<br />
da Credicoamo. “Dá para fazer pagamento, controlar as contas. Eu mesma,<br />
ainda estou procurando apren<strong>de</strong>r mais, porém, achei que foi um <strong>de</strong>safio muito<br />
bom para mim. Um <strong>de</strong>safio, pois mesmo com a ida<strong>de</strong> que eu tenho, ainda estou<br />
apren<strong>de</strong>ndo algo <strong>de</strong>ntro da informática. Diante <strong>de</strong>ssa facilida<strong>de</strong>, que passamos<br />
a necessitar ainda mais com a pan<strong>de</strong>mia do coronavírus, não precisamos ficar<br />
saindo <strong>de</strong> casa se submetendo à aglomerações. Foi algo fantástico.”<br />
Apesar <strong>de</strong> ter começado a utilizar o aplicativo há mais tempo, foi na<br />
pan<strong>de</strong>mia que dona Vera sentiu a facilida<strong>de</strong> que tem na palma da mão. “Aconselho<br />
todas as pessoas a usar. A ida<strong>de</strong> não importa, <strong>de</strong>vemos aceitar novos<br />
<strong>de</strong>safios em nossas vidas. Não é tão difícil, e se tivermos dúvidas, é só entrar em<br />
contato com a Credicoamo, on<strong>de</strong> o pessoal aten<strong>de</strong> muito bem.”<br />
Segura em utilizar a ferramenta, ela não tem receios <strong>de</strong> fazer as movimentações<br />
financeiras da família pelo aplicativo. “As pessoas po<strong>de</strong>m usar sem<br />
medo. Eu tenho 70 anos, e penso que <strong>de</strong>vemos apren<strong>de</strong>r sempre.”<br />
Via Sollus oferece<br />
Central <strong>de</strong><br />
Atendimento aos<br />
segurados<br />
A Via Sollus Corretora <strong>de</strong> Seguros passou<br />
a disponibilizar um novo serviço<br />
para os seus segurados: a Central <strong>de</strong><br />
Atendimento com assistência 24 horas<br />
e comunicado <strong>de</strong> sinistro. Assim,<br />
a corretora dos cooperados da <strong>Coamo</strong><br />
e Credicoamo, dá um passo a frente<br />
para dar mais qualida<strong>de</strong> ao atendimento<br />
dos segurados.<br />
Segundo o gerente da Via Sollus, Sidinei<br />
Lucheti Martioli, a corretora tem<br />
papel fundamental na intermediação<br />
dos negócios entre o segurado e a seguradora.<br />
“Trabalhamos para proteger<br />
o patrimônio e garantir a tranquilida<strong>de</strong><br />
das famílias seguradas, facilitando<br />
o contato e agilizando o processo <strong>de</strong><br />
acionamento do seguro. Esse é um<br />
serviço diferenciado que faz toda a<br />
diferença num momento difícil que é<br />
o sinistro.”<br />
Um segurado da agência da Credicoamo<br />
<strong>de</strong> Pitanga, resi<strong>de</strong>nte em São<br />
Leopoldo (RS), fez questão <strong>de</strong> elogiar<br />
o novo serviço que precisou utilizar. “O<br />
segurado teve o veículo roubado e entrou<br />
em contato com a Central 24h. Ele<br />
relata que foi muito bem atendido por<br />
um funcionário que sanou as dúvidas<br />
e ainda o acalmou diante da situação,<br />
uma vez que foi um roubo à mão armada”,<br />
relata o gerente da Agência <strong>de</strong><br />
Pitanga, Marllon Alves Martins.<br />
Para mais informações:<br />
viasollus.com.br<br />
Central <strong>de</strong> Atendimento:<br />
0800 773 34 34<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 23
LOGÍSTICA<br />
SAFRAS RECORDES,<br />
DESAFIOS SUPERADOS<br />
Trabalho é planejado para recebimento e<br />
armazenagem <strong>de</strong> cada nova safra<br />
A<br />
produção no campo dos<br />
cooperados da <strong>Coamo</strong><br />
vem aumentando a cada<br />
ano. São novas tecnologias empregadas<br />
e sistemas sendo ajustados.<br />
Tudo para garantir altas<br />
produtivida<strong>de</strong>s. O trabalho operacional<br />
na ativida<strong>de</strong>, também<br />
está mais eficiente com plantio e<br />
colheita mais rápidas, diminuindo<br />
o intervalo entre uma cultura<br />
e outra. Isso tudo tem sido um<br />
gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para a <strong>Coamo</strong><br />
que não me<strong>de</strong> esforços para<br />
a<strong>de</strong>quar toda a estrutura operacional<br />
com a nova realida<strong>de</strong> vivenciada<br />
no campo.<br />
A <strong>Coamo</strong> conta com 104<br />
unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recebimento espalhadas<br />
em regiões estratégicas<br />
no Paraná, Santa Catarina e Mato<br />
Grosso do Sul. São estruturas eficientes,<br />
preparadas e com alto nível<br />
<strong>de</strong> automatização. “A <strong>Coamo</strong><br />
está acompanhando a evolução<br />
no campo para que possa receber<br />
e armazenar a produção dos<br />
cooperados. São realizados investimentos<br />
constantes visando<br />
aprimorar o trabalho”, comenta o<br />
diretor <strong>de</strong> Logística e Operações<br />
da <strong>Coamo</strong>, E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong><br />
Oliveira.<br />
De acordo com<br />
ele, há um gran<strong>de</strong> trabalho<br />
<strong>de</strong> logística nas operações<br />
para receber, armazenar<br />
e transportar os<br />
produtos entregues pelos<br />
associados. “A produção<br />
vem crescendo, o trabalho<br />
no campo está mais ágil e<br />
temos que acompanhar<br />
nas nossas unida<strong>de</strong>s. Isso<br />
tudo, para que os cooperados<br />
possam entregar a<br />
produção <strong>de</strong> forma rápida<br />
e segura.”<br />
<strong>Coamo</strong> conta com 104<br />
unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recebimento<br />
espalhadas em regiões<br />
estratégicas no Paraná, Santa<br />
Catarina e Mato Grosso do Sul<br />
24 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
Oliveira observa que as melhorias realizadas<br />
constantemente têm influenciado diretamente no<br />
fluxo <strong>de</strong> recebimento. “São a<strong>de</strong>quações nas unida<strong>de</strong>s<br />
preparando-as para as situações que vêm do<br />
campo, uma vez que, as colheitas estão mais rápidas,<br />
além da aproximação entre as safras <strong>de</strong> verão<br />
e inverno. Antes, uma colheita<strong>de</strong>ira colhia 700 sacas<br />
<strong>de</strong> soja por dia, hoje são quatro mil sacas. Os<br />
caminhões que levam a produção à cooperativa,<br />
também, estão maiores e, por isso, o trabalho <strong>de</strong> recebimento<br />
precisa ser mais rápido”, <strong>de</strong>staca.<br />
Conforme o diretor <strong>de</strong> Logística e Operações<br />
da <strong>Coamo</strong> a safra dura poucos dias. Porém, há<br />
um trabalho intenso, uma gran<strong>de</strong> estrutura que alavanca<br />
essa ativida<strong>de</strong>. “Acomodar toda a produção e<br />
sem prejudicar o trabalho dos cooperados é o gran<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>safio que sempre vencemos, safra após safra”,<br />
frisa.<br />
As melhorias são expandidas para todas as<br />
Unida<strong>de</strong>s que contam com caladores pneumáticos,<br />
balanças automatizadas, moegas equipadas com<br />
tombadores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> potencial, po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>scarregar<br />
bitrens, carretas e caminhões. Também há investimento<br />
para ampliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpeza,<br />
pré-limpeza e <strong>de</strong> secagem, com equipamentos automatizados.<br />
E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira,<br />
diretor <strong>de</strong> Logística e Operações da <strong>Coamo</strong><br />
Safras planejadas<br />
Armazenagem com<br />
qualida<strong>de</strong> e eficiência<br />
Receber, armazenar e transportar a safra é<br />
um <strong>de</strong>safio diário. De acordo com o gerente <strong>de</strong> Produtos<br />
da <strong>Coamo</strong>, José Carlos <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, a cooperativa<br />
conta com uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenagem<br />
<strong>de</strong> 5,72 milhões <strong>de</strong> toneladas para produto a granel,<br />
e em <strong>2020</strong> a previsão é <strong>de</strong> receber 8,76 milhões <strong>de</strong><br />
toneladas (somando todas as culturas), aproximadamente<br />
146.000.000 sacas.<br />
Outro ponto <strong>de</strong>stacado pelo gerente é a<br />
proximida<strong>de</strong> entre a safra <strong>de</strong> verão e a safrinha. “São<br />
menos <strong>de</strong> dois meses entre uma safra e outra. Isso ne-<br />
O planejamento <strong>de</strong> cada safra inicia antes do<br />
plantio, com base nas informações colhidas<br />
em campo e nas estratégias <strong>de</strong>finidas pela<br />
cooperativa. Isso, levando em consi<strong>de</strong>ração<br />
o estoque <strong>de</strong> passagem (produto ainda não<br />
comercializado pelo cooperado), ou seja, a<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos armazenados da safra<br />
anterior. O trabalho envolve várias áreas da<br />
cooperativa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a gerência <strong>de</strong> Assistência<br />
Técnica, realizando as estimativas <strong>de</strong> produção<br />
<strong>de</strong> cada cooperado e região, à Comercialização,<br />
trabalhando para ven<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>safogar<br />
as Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> armazenamento, passando<br />
pela gerência <strong>de</strong> Produtos, responsável pela<br />
conservação da produção entregue.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 25
LOGÍSTICA<br />
PLANEJAMENTO DE CADA SAFRA INICIA ANTES DO PLANTIO, COM BASE NAS INFOR-<br />
MAÇÕES COLHIDAS EM CAMPO E NAS ESTRATÉGIAS DEFINIDAS PELA COOPERATIVA<br />
cessita <strong>de</strong> um bom planejamento<br />
e trabalho intenso para acomodar<br />
e movimentar a produção sem<br />
que os cooperados sejam prejudicados”,<br />
observa Andra<strong>de</strong>.<br />
Um levantamento realizado<br />
pela gerência <strong>de</strong> Produtos<br />
confirma uma gran<strong>de</strong> evolução<br />
na entrega da produção dos cooperados<br />
nos últimos <strong>de</strong>z anos,<br />
aliado ao aumento da área <strong>de</strong><br />
plantio, produtivida<strong>de</strong>s e aos investimentos<br />
realizados pela cooperativa.<br />
Em 2010, o recebimento<br />
<strong>de</strong> soja foi <strong>de</strong> 53,41 milhões<br />
<strong>de</strong> sacas e em <strong>2020</strong> saltou para<br />
90,70 milhões <strong>de</strong> sacas, um aumento<br />
70%. Já o milho, primeira<br />
e segunda safra, subiu 86%, passando<br />
<strong>de</strong> 24,91 milhões <strong>de</strong> sacas<br />
para 46,29 milhões <strong>de</strong> sacas, que<br />
é a previsão para <strong>2020</strong>. O recebimento<br />
<strong>de</strong> trigo, também aumentou,<br />
passando <strong>de</strong> 8,26 milhões <strong>de</strong><br />
sacas para 9,19 milhões <strong>de</strong> sacas<br />
(previsão <strong>2020</strong>) um incremento<br />
<strong>de</strong> 11%.<br />
A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenagem<br />
da <strong>Coamo</strong> era <strong>de</strong> 4,24<br />
milhões <strong>de</strong> toneladas em 2010<br />
e aumentou para 5,72 milhões<br />
<strong>de</strong> toneladas em <strong>2020</strong>, um crescimento<br />
<strong>de</strong> 35%. “Houve um<br />
aumento na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenagem.<br />
Contudo, o recebimento<br />
cresceu ainda mais. Nossa<br />
previsão é fechar <strong>2020</strong> com 8,76<br />
milhões <strong>de</strong> toneladas. Isso ainda<br />
EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM<br />
milhões <strong>de</strong> toneladas<br />
2010<br />
5,24<br />
<strong>2020</strong><br />
5,72<br />
EVOLUÇÃO DO RECEBIMENTO<br />
milhões <strong>de</strong> sacas<br />
2010<br />
<strong>2020</strong><br />
José Carlos <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, gerente <strong>de</strong> Produtos; E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira,<br />
diretor <strong>de</strong> Logística e Operações da <strong>Coamo</strong>; Jarbas Luiz Kleveston, gerente <strong>de</strong> Engenharia<br />
Soja: 53,41<br />
Milho: 24,91<br />
Trigo: 8,26<br />
Soja: 90,70<br />
Milho: 46,29<br />
Trigo: 9,19<br />
26 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da confirmação da segunda<br />
safra <strong>de</strong> milho e do trigo”,<br />
assinala Andra<strong>de</strong>.<br />
De acordo com o gerente<br />
<strong>de</strong> Produtos, em <strong>de</strong>z anos o<br />
aumento total dos produtos soja,<br />
milho e trigo, foi <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 55,42<br />
milhões <strong>de</strong> sacas, e próximo <strong>de</strong><br />
70% em crescimento. “Isso é possível<br />
<strong>de</strong>vido a confiança dos nossos<br />
cooperados na cooperativa,<br />
o trabalho exemplar <strong>de</strong> todos os<br />
colaboradores envolvidos, e principalmente<br />
a visão <strong>de</strong> futuro da<br />
diretoria.”<br />
Investimentos constantes<br />
Des<strong>de</strong> o início da <strong>de</strong>scentralização<br />
da <strong>Coamo</strong>, que<br />
ocorreu em 1974 com a instalação<br />
dos entrepostos em Engenheiro<br />
Beltrão e Mamborê, a<br />
cooperativa se preocupa em fazer<br />
melhorias e a<strong>de</strong>quações necessárias<br />
para o bom atendimento<br />
aos associados.<br />
Para se ter uma i<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong>sse trabalho, a gerência <strong>de</strong><br />
Engenharia da <strong>Coamo</strong> fez um<br />
levantamento dos investimentos<br />
realizados nos últimos <strong>de</strong>z anos.<br />
Foram mais <strong>de</strong> R$ 1.89 bilhões<br />
empregados em unida<strong>de</strong>s. Se<br />
acrescentar os investimentos realizados<br />
nas indústrias, esse valor<br />
sobe para R$ 2.94 bilhões nos últimos<br />
<strong>de</strong>z anos.<br />
De acordo com o gerente<br />
<strong>de</strong> Engenharia da <strong>Coamo</strong>,<br />
Jarbas Luiz Kleveston, no momento,<br />
existem 94 obras <strong>de</strong> melhorias<br />
em toda a área <strong>de</strong> ação<br />
da cooperativa, sendo 50 em<br />
andamento e 42 previstas para<br />
os próximos meses totalizando<br />
R$ 189,15 milhões. “As obras são<br />
planejadas para que não atrapalhem<br />
o recebimento do cooperado.<br />
Há um cuidado para que isso<br />
ocorra da melhor maneira possível”,<br />
ressalta.<br />
250.000.000,00<br />
Confira nos gráficos os investimentos<br />
realizados pela <strong>Coamo</strong> para melhorar o recebimento e<br />
armazenagem <strong>de</strong> grãos nos últimos <strong>de</strong>z anos<br />
122.318.804,00<br />
INVESTIMENTOS EM UNIDADES E INDÚSTRIAS R$<br />
154.631.637,00<br />
405.200.053,00<br />
77.143.272,00<br />
270.131.442,00 287.052.545,00 204.351.969,83<br />
518.775.917,73<br />
296.167.952,65<br />
361.261.932,04<br />
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 <strong>2020</strong><br />
13.597<br />
82.122.000,00<br />
15.117<br />
90.008.000<br />
15.717<br />
94.348.000<br />
16.657<br />
97.247.000<br />
CAPACIDADE DE SECAGEM TON/H<br />
18.507<br />
CAPACIDADE ESTÁTICA DE RECEBIMENTO EM SACAS<br />
105.046.400 105.745.400<br />
19.037 19.287<br />
110.161.400<br />
20.507 20.857 21.157 21.457 21.557<br />
até 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 <strong>2020</strong><br />
113.412.916<br />
116.957.916<br />
119.237.896 119.659.896<br />
até 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 <strong>2020</strong><br />
121.056.896<br />
Investimentos<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 27
LOGÍSTICA<br />
Toledo, cinco unida<strong>de</strong>s no município<br />
Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Toledo (PR)<br />
<strong>Coamo</strong> está há 25 anos<br />
no Oeste do Paraná e<br />
conta com cinco unida<strong>de</strong>s<br />
em Toledo, sendo<br />
duas na cida<strong>de</strong> e outras<br />
três em distritos – Vila<br />
Nova, Dois Irmãos e<br />
Dez <strong>de</strong> Maio<br />
A <strong>Coamo</strong> está há 25 anos<br />
no Oeste do Paraná e conta com<br />
cinco unida<strong>de</strong>s, sendo duas na<br />
cida<strong>de</strong> e outras três em distritos<br />
– Vila Nova, Dois Irmãos e Dez<br />
<strong>de</strong> Maio. Des<strong>de</strong> a sua chegada,<br />
houve significativa ampliação em<br />
toda a estrutura, melhorando o<br />
recebimento e armazenamento.<br />
A<strong>de</strong>mir Scheid é cooperado<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando a cooperativa<br />
se instalou na região. Ele<br />
acompanhou toda a evolução<br />
e ampliação <strong>de</strong> recebimento e<br />
armazenamento <strong>de</strong> grãos. “Não<br />
adianta produzirmos mais no<br />
campo, se não ter on<strong>de</strong> entregar<br />
a produção. A <strong>Coamo</strong> sempre<br />
teve esse compromisso <strong>de</strong><br />
acompanhar a nossa evolução.<br />
É uma cooperativa que caminha<br />
do nosso lado e que vem cres-<br />
cendo a cada ano”, comenta.<br />
A última carga <strong>de</strong> soja<br />
entregue pelo cooperado ocorreu<br />
no dia 21 <strong>de</strong> fevereiro. “A janela<br />
neste ano foi maior porque<br />
houve atraso na safra <strong>de</strong> verão e,<br />
Unida<strong>de</strong> em Vila Nova, distrito <strong>de</strong> Toledo (PR)<br />
28 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
consequentemente, influenciou<br />
na segunda safra. A colheita está<br />
muito mais rápida. Se pensarmos<br />
há 25 anos, quando a <strong>Coamo</strong><br />
chegou no Oeste, a colheita <strong>de</strong><br />
soja <strong>de</strong>morava mais <strong>de</strong> um mês<br />
e meio. Hoje, fazemos tudo em<br />
15 dias. Houve um gran<strong>de</strong> incremento<br />
e a cooperativa acompanhou<br />
essa evolução para que<br />
pudéssemos ser atendidos", diz<br />
o cooperado.<br />
De acordo com ele, alguns<br />
anos ainda ocorrem problemas<br />
com filas, principalmente, na<br />
segunda safra <strong>de</strong> milho. Contudo,<br />
isso é <strong>de</strong>vido a produção<br />
acima da média, que não ocorre<br />
todos os anos. “Na verda<strong>de</strong>, estou<br />
até com sauda<strong>de</strong>s das filas”,<br />
diz, ao recordar que nesse ano a<br />
safra será bem menor, <strong>de</strong>vido as<br />
condições climáticas.<br />
O cooperado faz o trabalho<br />
no campo, seguindo as<br />
recomendações técnicas e sabe<br />
on<strong>de</strong> entregar a produção <strong>de</strong><br />
forma segura e eficiente, pelos<br />
investimentos contínuos da sua<br />
cooperativa.<br />
Cooperado A<strong>de</strong>mir Scheid acompanhou toda<br />
a evolução e ampliação <strong>de</strong> recebimento e<br />
armazenamento <strong>de</strong> grãos<br />
A<strong>de</strong>quação ambiental<br />
Todo processo <strong>de</strong> investimento<br />
passa também por rea<strong>de</strong>quações<br />
da estrutura visando<br />
a questão ambiental. São efetuados<br />
estudos para reaproveitamento<br />
máximo dos resíduos <strong>de</strong><br />
modo que não fiquem <strong>de</strong>positados<br />
a céu aberto. As unida<strong>de</strong>s<br />
contam com filtros <strong>de</strong> mangas<br />
coletores, sistemas <strong>de</strong> capacitação<br />
<strong>de</strong> pó em moegas, filtros nos<br />
ciclones, nas máquinas, secadores<br />
com sistemas <strong>de</strong> captação <strong>de</strong><br />
pó e partículas.<br />
A Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juranda<br />
(Centro-Oeste do Paraná), por<br />
exemplo, está passando por uma<br />
gran<strong>de</strong> reforma visando aten<strong>de</strong>r<br />
as <strong>de</strong>mandas dos associados e,<br />
também, da comunida<strong>de</strong> vizinha<br />
das instalações que reclamavam<br />
<strong>de</strong> poeiras em suas residências.<br />
O cooperado Marcio<br />
Leandro <strong>de</strong> Carvalho recorda<br />
que a <strong>Coamo</strong> vem se mo<strong>de</strong>rnizando<br />
e melhorando o fluxo <strong>de</strong><br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juranda está recebendo investimento<br />
<strong>de</strong> R$ 11 milhões para diversas melhorias<br />
Andamento das melhorias na estrutura em Juranda (PR)<br />
recebimento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua instalação<br />
no município, há mais <strong>de</strong> 40<br />
anos. “Vemos a preocupação da<br />
diretoria em manter uma estrutura<br />
mo<strong>de</strong>rna e ágil, acompanhando<br />
nosso crescimento no campo.<br />
Não muito tempo atrás, para<br />
<strong>de</strong>scarregar tínhamos que abrir<br />
bica do caminhão e puxar tudo<br />
no rodo. Atualmente, é tudo automatizado<br />
com moegas equipadas<br />
com tombadores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
potencial, po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>scarregar<br />
bitrens, carretas e caminhões.”<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 29
LOGÍSTICA<br />
COAMO CONTA COM 104 UNIDADES EM REGIÕES ESTRATÉGICAS NO PR, SC E MS.<br />
SÃO ESTRUTURAS EFICIENTES, PREPARADAS E COM ALTO NÍVEL DE AUTOMATIZAÇÃO<br />
Na visão do cooperado,<br />
os recentes investimentos<br />
na unida<strong>de</strong> mostram a preocupação<br />
da <strong>Coamo</strong> com a comunida<strong>de</strong>.<br />
“É uma satisfação fazer<br />
parte <strong>de</strong> uma cooperativa que<br />
se preocupa com os cooperados<br />
e a comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> está<br />
inserida.”<br />
O gerente da <strong>Coamo</strong> em<br />
Juranda, Wagner Custódio, revela<br />
que está sendo investido mais<br />
<strong>de</strong> R$ 11 milhões em melhorias<br />
com impacto no atendimento<br />
aos cooperados e na questão<br />
ambiental. “São a<strong>de</strong>quações na<br />
estrutura já existente e instalação<br />
<strong>de</strong> novos equipamentos que visam<br />
melhorar o fluxo como um<br />
todo”, explica.<br />
Ampliação no Mato Grosso do Sul<br />
Do escritório do cooperado<br />
Irineu Schwambach se vê<br />
toda a estrutura erguida pela<br />
<strong>Coamo</strong> em Guaíba, comunida<strong>de</strong><br />
do município <strong>de</strong> Ponta Porã<br />
(Sudoeste do Mato Grosso do<br />
Sul). Apenas uma rodovia separa<br />
a proprieda<strong>de</strong> do complexo da<br />
cooperativa. Ele chegou na região<br />
bem antes da <strong>Coamo</strong>, há 47<br />
anos, e acompanhou a evolução<br />
da cooperativa que se instalou<br />
<strong>de</strong> forma oficial em 2010. Nesses<br />
<strong>de</strong>z anos, os investimentos foram<br />
gran<strong>de</strong>s, ampliando consi<strong>de</strong>ravelmente<br />
a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber<br />
e armazenar produtos.<br />
O cooperado recorda<br />
que até pouco tempo a região<br />
<strong>de</strong> Guaíba tinha como ativida<strong>de</strong><br />
predominante a pecuária, mas<br />
que a soja foi tomando espaço<br />
e hoje é a principal ativida<strong>de</strong><br />
agrícola. “Também temos o<br />
Cooperado Marcio Leandro <strong>de</strong> Carvalho recorda<br />
que a <strong>Coamo</strong> vem se mo<strong>de</strong>rnizando e melhorando<br />
o fluxo <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua instalação no<br />
município, há mais <strong>de</strong> 40 anos<br />
milho segunda safra que tem<br />
gran<strong>de</strong> importância nas proprieda<strong>de</strong>s.<br />
A <strong>Coamo</strong> teve papel<br />
fundamental para que a agricul-<br />
Irineu Schwambach, entrega toda a produção na unida<strong>de</strong><br />
Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Guaíba (MS), teve ampliação e melhoria no atendimento aos cooperados<br />
30 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
tura se fortalecesse e a cooperativa<br />
cresceu junto.”<br />
De acordo com ele, a<br />
<strong>Coamo</strong> passou a oferecer um<br />
novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> trabalho, com<br />
serieda<strong>de</strong> e honestida<strong>de</strong>. “Des<strong>de</strong><br />
a chegada da cooperativa, houve<br />
muitas mudanças que ampliaram<br />
e agilizaram o trabalho. Antes da<br />
<strong>Coamo</strong>, tínhamos uma estrutura<br />
antiga e com muitos problemas<br />
para receber a armazenar.”<br />
A <strong>Coamo</strong> acompanhou<br />
a evolução que os cooperados<br />
estão tendo no campo. “Do que<br />
era antes, sobrou pouca coisa.<br />
Hoje temos uma estrutura mo<strong>de</strong>rna",<br />
concluí.<br />
Unida<strong>de</strong><br />
pioneira<br />
Em plena colheita do<br />
milho segunda safra, o associado<br />
Anésio Zanin, <strong>de</strong> Engenheiro<br />
Beltrão (Centro-Oeste do Paraná),<br />
vem evoluindo a cada novo<br />
ciclo. “O sistema <strong>de</strong> colher e<br />
plantar mudou. Hoje, a gente já<br />
retira a soja e a máquina vai atrás<br />
plantado a safrinha. Temos que<br />
trabalhar no campo sintonizados<br />
com a <strong>Coamo</strong> para que ela possa<br />
receber a nossa produção sem<br />
transtornos.”<br />
De acordo com ele, a<br />
agricultura é uma empresa a<br />
céu aberto e o trabalho com a<br />
cooperativa <strong>de</strong>ve ser alinhado.<br />
“Há um gran<strong>de</strong> elo entre a<br />
cooperativa e os cooperados.<br />
Vemos que houve uma gran<strong>de</strong><br />
evolução na nossa produção e,<br />
Anésio Zanin, <strong>de</strong> Engenheiro<br />
Beltrão, vem evoluindo a cada<br />
novo ciclo, assim como a <strong>Coamo</strong><br />
também, em investimentos para<br />
que nossos produtos sejam recebidos”,<br />
comenta.<br />
Ele acrescenta que há<br />
pouco tempo, a área <strong>de</strong> plantio<br />
era inferior e a produção bem<br />
menor do que a atual. Mesmo<br />
assim, havia fila para entregar<br />
a produção. “Atualmente, com<br />
todo o investimento, a produção<br />
aumentou e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
receber também. Se antes, ficávamos<br />
até um dia na fila, hoje o<br />
caminhão vai e volta da proprieda<strong>de</strong><br />
em poucas horas.”<br />
Engenheiro Beltrão conta<br />
com três unida<strong>de</strong>s. Foi o primeiro<br />
município a receber o entreposto<br />
da <strong>Coamo</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
Campo Mourão. Também estão<br />
instaladas estruturas nos distritos<br />
Figueira do Oeste e Ivailândia,<br />
esta uma das mais mo<strong>de</strong>rnas unida<strong>de</strong>s<br />
da <strong>Coamo</strong>.<br />
Engenheiro Beltrão (PR) foi o primeiro entreposto fora <strong>de</strong> Campo Mourão e vem se a<strong>de</strong>quando todos os anos<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 31
Maracaju (MS) recebeu mais <strong>de</strong> 5,0 milhões <strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> soja na safra 2019/20<br />
ESTRUTURA EFICIENTE<br />
garante recebimento recor<strong>de</strong><br />
Gran<strong>de</strong>s safras nunca foram problemas para<br />
a <strong>Coamo</strong>, mas sim motivo <strong>de</strong> satisfação para os seus<br />
cooperados, como tem revelado ao longo dos 50<br />
anos da cooperativa, o engenheiro agrônomo José<br />
Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
da <strong>Coamo</strong>. O trabalho da diretoria e dos<br />
profissionais da cooperativa é voltado totalmente<br />
para aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s dos cooperados e<br />
como diz Gallassini, safra se faz na safra.<br />
Com o suporte <strong>de</strong> diversas áreas, a difusão<br />
do conhecimento e o uso <strong>de</strong> tecnologias com sementes<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, o cooperado está aumentando<br />
a produção a cada nova safra.<br />
O diretor <strong>de</strong> Logística e Operações E<strong>de</strong>nilson<br />
Carlos <strong>de</strong> Oliveira, conhece bem todo esse<br />
processo, haja vista experiências anteriores gerenciando<br />
várias unida<strong>de</strong>s. “A colheita hoje é muito rá-<br />
Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Guarani, distrito <strong>de</strong> Mamborê<br />
CONFIRA A EVOLUÇÃO NO RECEBIMENTO NAS<br />
UNIDADES DE RONCADOR, TRICOLOR E GUARANI.<br />
*em sacas <strong>de</strong> soja<br />
UNIDADES 2012/2013 2016/2017 2019/<strong>2020</strong><br />
Roncador 1.219.410 1.652.973 1.871.997<br />
Guarani - Mamborê 1.162.227 1.418.703 1.585.709<br />
Tricolor - Roncador 437.119 588.758 749.543<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tricolor, distante 30 km <strong>de</strong><br />
Roncador e 14 Km <strong>de</strong> Guarani (Mamborê)<br />
32 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
EXPORTAÇÃO<br />
pida e as nossas estruturas<br />
estão prontas para armazenar<br />
a safra dos cooperados.<br />
Neste ano, recebemos os<br />
maiores volumes nas cinco<br />
décadas da <strong>Coamo</strong> com<br />
muita segurança e tranquilida<strong>de</strong>",<br />
afirma.<br />
O presi<strong>de</strong>nte Executivo<br />
Airton Galinari <strong>de</strong>staca a<br />
evolução dos cooperados e<br />
a satisfação <strong>de</strong> colher gran<strong>de</strong>s<br />
produções. "Em várias<br />
regiões registramos volumes<br />
recor<strong>de</strong>s no recebimento<br />
da safra <strong>de</strong> soja, como, por<br />
exemplo, nas regiões <strong>de</strong><br />
Roncador, Tricolor, Guarani e<br />
no Mato Grosso do Sul. Em<br />
Caarapó foram mais <strong>de</strong> 4,0<br />
milhões <strong>de</strong> sacas e nas unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Maracaju, o volume<br />
foi superior a 5,0 milhões <strong>de</strong><br />
sacas. Recebimento histórico<br />
em uma única safra."<br />
Galinari lembra que<br />
o trabalho da <strong>Coamo</strong> é estar<br />
cada vez mais perto dos cooperados.<br />
Cita o exemplo da<br />
unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tricolor, distante<br />
14 km <strong>de</strong> Guarani (Mamborê)<br />
30 km <strong>de</strong> Roncador, inaugurada<br />
em 2012, cujo investimento<br />
foi assertivo para a<br />
melhoria do atendimento<br />
aos cooperados.<br />
<strong>Coamo</strong> participa <strong>de</strong> carregamento<br />
histórico no porto <strong>de</strong> Paranaguá<br />
A<br />
<strong>Coamo</strong>, por meio <strong>de</strong> seu terminal no Porto <strong>de</strong> Paranaguá, participou<br />
<strong>de</strong> um momento histórico, com o carregamento <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong> soja em<br />
um graneleiro <strong>de</strong> 292 metros <strong>de</strong> comprimento e 45 <strong>de</strong> boca (largura,<br />
o maior já recebido no complexo até hoje. O navio Pacific South saiu do Porto<br />
<strong>de</strong> Paranaguá com 103 mil toneladas <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong> soja, sendo que a maior<br />
parte, cerca <strong>de</strong> 84 mil toneladas, saiu do terminal da <strong>Coamo</strong>.<br />
De acordo com E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira, diretor <strong>de</strong> Logística<br />
e Operações da <strong>Coamo</strong>, o momento, também, é histórico para a cooperativa<br />
que vem aumentando o volume <strong>de</strong> exportação. “Para aten<strong>de</strong>r esse<br />
carregamento houve um gran<strong>de</strong> esforço evolvendo as três indústrias <strong>de</strong><br />
esmagamento <strong>de</strong> soja – Campo Mourão, Dourados e Paranaguá –, e a<br />
equipe <strong>de</strong> logística da cooperativa para transportar o farelo até o Porto”,<br />
salienta.<br />
De ban<strong>de</strong>ira das Ilhas Marshall, o navio Pacific South veio do porto<br />
<strong>de</strong> Xangai, na China, e atracou no Porto <strong>de</strong> Paranaguá no dia 08 <strong>de</strong> junho.<br />
Segundo a empresa responsável pela operação, o carregamento levou<br />
cerca <strong>de</strong> cinco dias. O farelo foi para o porto <strong>de</strong> Amsterdã, na Holanda.<br />
O volume <strong>de</strong> 103 mil toneladas - suficiente para carregar 3.400<br />
caminhões - supera, em 13 mil toneladas, o recor<strong>de</strong> anterior registrado<br />
há pouco mais <strong>de</strong> um ano. Em 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2019, o navio chinês Lan<br />
Hua Hai, <strong>de</strong> 254 metros, carregou 90 mil toneladas <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong> soja.<br />
Desta vez, a embarcação é 38 metros maior. Em média, os navios graneleiros<br />
recebidos no Porto <strong>de</strong> Paranaguá me<strong>de</strong>m entre 199 e 229 metros<br />
<strong>de</strong> comprimento. Esses, em geral, costumam receber pouco mais <strong>de</strong> 60<br />
mil toneladas <strong>de</strong> carga (soja, milho ou farelo).<br />
O Corredor <strong>de</strong> Exportação é formado por nove terminais privados,<br />
entre eles a <strong>Coamo</strong>. Além <strong>de</strong> dois terminais públicos: um silo vertical,<br />
com capacida<strong>de</strong> estática <strong>de</strong> cem mil toneladas, e um silo horizontal, com<br />
capacida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> 60 mil toneladas.<br />
Suficiente<br />
para carregar<br />
3.400 caminhões<br />
Capacida<strong>de</strong>: 176.000<br />
toneladas calado <strong>de</strong><br />
8,8 m comprimento<br />
291,8 m largura<br />
(boca) 45 m<br />
Tamanho<br />
equivalente<br />
a 3 campos<br />
oficiais <strong>de</strong><br />
futebol<br />
Carregado com<br />
103.000 toneladas<br />
- farelo <strong>de</strong> soja<br />
aproximadamente<br />
5 dias <strong>de</strong> operação<br />
Cerca <strong>de</strong> 84<br />
mil toneladas,<br />
saíram da<br />
<strong>Coamo</strong><br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> Maio/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
33
PRODUÇÃO AGRÍCOLA E INDUSTRIAL<br />
PAIXÃO PELO CAFÉ<br />
O “ouro preto” do passado<br />
Guilherme Galeriani Neto, mantém a tradição<br />
<strong>de</strong> produzir café em Corumbataí do Sul<br />
A<br />
tradição <strong>de</strong> produzir café<br />
é mantida firmemente<br />
há pelo menos três gerações<br />
na família do cooperado<br />
Guilherme Galeriani Neto, <strong>de</strong><br />
Corumbataí do Sul (Centro-Oeste<br />
do Paraná). Com 46 anos <strong>de</strong><br />
ida<strong>de</strong>, ele recorda que cultivar<br />
a bebida faz parte da sua história<br />
do pai e do falecido avô. Um<br />
trabalho <strong>de</strong>senvolvido há mais<br />
<strong>de</strong> 50 anos aos arredores da chácara<br />
Santa Teresinha, <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />
da família. “Eu nasci aqui e<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então vivo do café. Cultivo<br />
essa lavoura, assim como meu<br />
pai e avô. É muito prazeroso produzir<br />
café e espero produzi-lo até<br />
quando a saú<strong>de</strong> permitir”, afirma.<br />
Apaixonado pela bebida,<br />
não escon<strong>de</strong> o brilho nos<br />
olhos quando fala da sua experiência<br />
<strong>de</strong> vida com o café. “É<br />
uma lavoura mágica, especial.<br />
Quem produz sabe o que estou<br />
dizendo. Ela encanta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a florada<br />
até a colheita. O café era o<br />
ouro preto do passado no Paraná<br />
e com ele consegui formar e sustentar<br />
minha família. Quase tudo<br />
que tenho conquistei com ele”,<br />
revela Guilherme.<br />
Antes amplamente explorado<br />
na região, com o passar<br />
dos anos os cafezais foram sendo<br />
substituídos pelas lavouras<br />
<strong>de</strong> soja, milho e a pecuária. Uma<br />
migração que reduziu drasticamente<br />
a produção da bebida em<br />
Corumbataí do Sul, município<br />
tradicional na produção cafeeira<br />
e na maioria das regiões produ-<br />
34 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
toras do Paraná. Exatamente o<br />
que aconteceu na proprieda<strong>de</strong><br />
do associado Guilherme Neto.<br />
Ele observa que muitos<br />
fatores influenciaram a redução<br />
<strong>de</strong> área da cultura, entre eles a<br />
qualida<strong>de</strong> exigida e necessária<br />
para a finalização <strong>de</strong> um produto<br />
com agregação <strong>de</strong> valor. “Antes<br />
não havia a exigência <strong>de</strong> uma<br />
padronização. Hoje o mercado<br />
quer qualida<strong>de</strong>. Mudou o manejo,<br />
o jeito <strong>de</strong> colher e muitos<br />
outros aspectos que valorizam o<br />
produto e, certamente, a falta <strong>de</strong><br />
mão <strong>de</strong> obra”, explica ele, informando<br />
que a proprieda<strong>de</strong> agora<br />
está mais diversificada. “É preciso<br />
ter outras fontes <strong>de</strong> renda e,<br />
por isso, temos, também, lavoura<br />
<strong>de</strong> soja, frutas e pecuária. Tivemos<br />
<strong>de</strong> migrar para outras ativida<strong>de</strong>s<br />
por conta da <strong>de</strong>fasagem<br />
no preço do café, mas ainda representa<br />
cerca <strong>de</strong> 20% da nossa<br />
renda anual.”<br />
Na opinião do cooperado,<br />
a exigência pela qualida<strong>de</strong><br />
não <strong>de</strong>manda apenas <strong>de</strong> mão <strong>de</strong><br />
obra, mas sobretudo, <strong>de</strong> estrutura.<br />
“Tem que estar preparado porque<br />
mesmo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> colhido se<br />
não seguir alguns protocolos o<br />
produto per<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, e isso<br />
só é possível com investimento”,<br />
<strong>de</strong>clara Neto, valorizando a parceira<br />
com a <strong>Coamo</strong>. “Apren<strong>de</strong>mos<br />
muito nesses anos com a cooperativa,<br />
que nos apoia sempre e,<br />
também, com outros colegas <strong>de</strong><br />
profissão e a família, é lógico.”<br />
A maioria dos cooperados<br />
que trabalham com a cultura<br />
na região <strong>de</strong> Corumbataí do<br />
Sul, são produtores tradicionais e<br />
Apaixonado pela bebida, cooperado Guilherme Galeriani não escon<strong>de</strong><br />
o brilho nos olhos quando fala da sua experiência <strong>de</strong> vida com o café<br />
têm amor pela bebida, conforme<br />
observa o engenheiro agrônomo<br />
da <strong>Coamo</strong>, Douglas Romualdo<br />
Casavechia. “Eles são muito apegados<br />
à cultura e para muitos ela<br />
representa boa parte da renda<br />
anual”, comenta o técnico, acrescentando<br />
que uma das dificulda<strong>de</strong>s<br />
é a falta <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra. “É<br />
um trabalho que está cada vez<br />
mais escasso no mercado e os<br />
produtores acabam tendo mais<br />
dificulda<strong>de</strong> para realizar o manejo<br />
e a colheita”, finaliza.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 35
PRODUÇÃO AGRÍCOLA E INDUSTRIAL<br />
Se no campo existe uma<br />
paixão comum dos cooperados<br />
pela produção <strong>de</strong> café, na<br />
<strong>Coamo</strong> a ativida<strong>de</strong> é valorizada<br />
e levada em consi<strong>de</strong>ração na<br />
industrialização da bebida. Afinal<br />
<strong>de</strong> contas, o café faz parte<br />
da vida dos brasileiros e começar<br />
o dia muito bem para muita<br />
gente, passa necessariamente<br />
por tomar uma xícara <strong>de</strong> café.<br />
O aroma então, nem se discute.<br />
Aquele cheirinho <strong>de</strong> café que<br />
acabou <strong>de</strong> ficar pronto é um<br />
convite irrecusável para um momento<br />
agradável.<br />
A verda<strong>de</strong> é que o café<br />
conquista a cada ano milhares<br />
<strong>de</strong> novos consumidores e, por<br />
isso, na linha <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />
alimentos da cooperativa, o café<br />
faz parte do portifólio <strong>de</strong> produtos<br />
há mais <strong>de</strong> duas décadas.<br />
“Há cerca <strong>de</strong> 22 anos, a <strong>Coamo</strong><br />
passou a industrializar a produção<br />
dos cooperados. No início,<br />
Do campo à<br />
industrialização<br />
este trabalho era terceirizado,<br />
feito por uma empresa parceira.<br />
Tínhamos somente uma linha <strong>de</strong><br />
café que era o <strong>Coamo</strong> Tradicional.<br />
Passados alguns anos a diretoria<br />
resolveu investir mais na<br />
bebida. Em 2009, foi inaugurada<br />
a indústria <strong>de</strong> torrefação. Hoje<br />
temos três marcas e categorias<br />
<strong>de</strong> cafés. O <strong>Coamo</strong> Tradicional<br />
foi o pioneiro, <strong>de</strong>pois vieram as<br />
linhas Extra Forte, <strong>Coamo</strong>, Sollus<br />
e o Duallis, além do café <strong>Coamo</strong><br />
Premium na categoria superior,<br />
para aten<strong>de</strong>r a linha <strong>de</strong> cafeterias”,<br />
<strong>de</strong>staca Wan<strong>de</strong>rlei Aparecido<br />
da Silva, chefe do <strong>de</strong>partamento<br />
<strong>de</strong> Torrefação <strong>de</strong> Café.<br />
Há mais <strong>de</strong> 30 anos trabalhando<br />
na área, ele é um especialista<br />
da bebida, e garante que<br />
a qualida<strong>de</strong> para a finalização<br />
<strong>de</strong> um bom produto na indústria<br />
começa no campo. “O manejo<br />
é que <strong>de</strong>terminará a qualida<strong>de</strong><br />
final. Por isso, é preciso muita<br />
técnica e capricho no cultivo,<br />
nos tratos culturais, na colheita e,<br />
Wan<strong>de</strong>rlei Silva é um especialista em café, trabalhando na área há mais <strong>de</strong> 30 anos<br />
36 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
<strong>de</strong>pois, no terreiro ao finalizar o grão<br />
para entregar. Todos os processos são<br />
importantes”, alerta.<br />
Ele lembra que a cooperativa<br />
tem técnicos especializados na área<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>gustação, cuja responsabilida<strong>de</strong><br />
é tratar o produto com o <strong>de</strong>vido respeito.<br />
“O objetivo é analisar a qualida<strong>de</strong><br />
do grão com cuidado, pois isso<br />
remunera o produtor. Procuramos<br />
avaliar com critérios bem <strong>de</strong>finidos<br />
para extrair o que há <strong>de</strong> melhor no<br />
café”, diz.<br />
Ao chegar na indústria da<br />
<strong>Coamo</strong>, cada lote <strong>de</strong> café é torrado<br />
e <strong>de</strong>gustado pelos provadores. Um<br />
processo que <strong>de</strong>termina a qualida<strong>de</strong><br />
da bebida. “Depois que tiramos<br />
este mix fazemos uma blendagem<br />
(aferição <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da bebida)<br />
para ver se aten<strong>de</strong> ao padrão <strong>de</strong> café<br />
que vamos industrializar. O produto<br />
é condicionado em armazém para a<br />
composição do blend [combinação<br />
<strong>de</strong> diversos grãos <strong>de</strong> café]. Depois<br />
disso, é que ele vem para a torrefação<br />
e envase”, explica.<br />
Como é o processo <strong>de</strong> industrialização!<br />
Processo <strong>de</strong> torra <strong>de</strong> grãos para <strong>de</strong>gustação<br />
O mercado busca excelência em todos os grãos, para<br />
valorizar o trabalho do produtor, dos colhedores e torrefadores,<br />
até serem apreciados pelos consumidores como uma experiência<br />
sensorial única. Essa busca pela perfeição é interminável em qualquer<br />
ramo, e no mundo dos cafés não é diferente. Encontrar grãos<br />
excepcionais é uma tarefa difícil, pois cada grão possui personalida<strong>de</strong><br />
e características únicas. O mesmo lote po<strong>de</strong> sair diferente <strong>de</strong> uma<br />
safra para outra. Para contornar essas variações da natureza e chegar<br />
em uma oferta mais consistente, a solução é o blend.<br />
Na <strong>Coamo</strong>, o café é recebido nas unida<strong>de</strong>s em coco e/ou<br />
beneficiado, e são pagos aos associados conforme a classificação<br />
<strong>de</strong> tipos e bebida. Todos os cafés recebidos têm amostras enviadas<br />
para a prova e logo após a classificação e <strong>de</strong>gustação é digitado<br />
o resultado <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Em posse das informações, a unida<strong>de</strong><br />
imprimi a nota <strong>de</strong> pesagem e segrega o café conforme a qualida<strong>de</strong>.<br />
M<strong>edição</strong> <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> do café<br />
Degustação para aferição <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da bebida<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 37
ALÉM DA<br />
PRODUTIVIDADE<br />
203 ,0<br />
197 ,0<br />
sc/alq<br />
sc/alq<br />
PRODUTOR<br />
Antonio da Silva<br />
MUNICÍPIO<br />
Roncador-PR<br />
PRODUTOR<br />
Maria Eliza Grzyb<br />
MUNICÍPIO<br />
Mangueirinha-PR<br />
200 ,0<br />
190 ,0<br />
sc/alq<br />
sc/alq<br />
PRODUTOR<br />
João Marconi<br />
MUNICÍPIO<br />
Barbosa Ferraz-PR<br />
PRODUTOR<br />
Sérgio Berto<br />
MUNICÍPIO<br />
Engenheiro Beltrão-PR<br />
200 ,0<br />
sc/alq<br />
PRODUTOR<br />
Francisco Loregian<br />
MUNICÍPIO<br />
Coronel Vivida-PR<br />
180 ,0<br />
sc/alq<br />
PRODUTOR<br />
Olcimar Frizon<br />
MUNICÍPIO<br />
Coronel Vivida-PR<br />
38 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong><br />
Além da produtivida<strong>de</strong> tmgenetica www.tmg.agr.br
PRODUÇÃO AGRÍCOLA E INDUSTRIAL<br />
Sabor premiado<br />
A qualida<strong>de</strong> apontada<br />
por Wan<strong>de</strong>rlei Silva e a origem,<br />
aliados ao sabor e aroma marcante,<br />
garantem posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />
aos Cafés <strong>Coamo</strong> no ranking das<br />
100 maiores indústrias <strong>de</strong> café do<br />
Brasil, que fazem parte da Associação<br />
Brasileira da Indústria do<br />
Café (Abic). Em relação ao mais<br />
recente ranking, a <strong>Coamo</strong> subiu<br />
<strong>de</strong>z posições e ocupa a 19ª colocação.<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma marca comemorada<br />
pela cooperativa, uma<br />
vez que, compete com empresas<br />
multinacionais e nacionais e com<br />
tradição no mercado cafeeiro.<br />
No levantamento da<br />
Abic, os consumidores brasileiros<br />
estão mais exigentes com relação<br />
a qualida<strong>de</strong>. Isso é resultado<br />
<strong>de</strong> mais conhecimento sobre<br />
cafés, suas características e suas<br />
diferenças por formas <strong>de</strong> preparo.<br />
A Abic iniciou em 2004 um<br />
inédito programa <strong>de</strong> certificação<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, o PQC – Programa<br />
<strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Café, que certifica<br />
e monitora a qualida<strong>de</strong> das<br />
marcas que a<strong>de</strong>rem ao programa<br />
e são <strong>de</strong>stacadas por um selo<br />
que garante ao consumidor o<br />
Café <strong>Coamo</strong>, tem garantia <strong>de</strong> sabor e qualida<strong>de</strong><br />
tipo Extra Forte, Tradicional, Superior<br />
ou Gourmet.<br />
Todos os cafés que compõe<br />
a linha da <strong>Coamo</strong> são reconhecidos<br />
e contam com os Selos <strong>de</strong> Pureza e<br />
Qualida<strong>de</strong> da Abic, têm a certificação<br />
do PQC – Programa <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> da<br />
Abic e, também, levam o Selo <strong>de</strong> Origem<br />
<strong>de</strong> Produto <strong>de</strong> Cooperativa. São<br />
cafés fabricados a partir <strong>de</strong> matéria-<br />
-prima selecionada, que garante uma<br />
bebida com aroma e sabor marcante.<br />
Café Dualis está<br />
ainda melhor<br />
Originado <strong>de</strong><br />
blend especial <strong>de</strong> grãos<br />
selecionados, com torra<br />
média, resultando num<br />
café equilibrado, <strong>de</strong> sabor<br />
marcante e aroma intenso,<br />
preservando o verda<strong>de</strong>iro<br />
sabor do café, o Café Dualis<br />
agrada a todos os paladares.<br />
Esse café da linha<br />
alimentícia da <strong>Coamo</strong>, agora<br />
está <strong>de</strong> volta com blend<br />
100% arábica, muito mais<br />
saboroso e pronto para surpreen<strong>de</strong>r<br />
o consumidor.<br />
Segundo o gerente<br />
Comercial da <strong>Coamo</strong>,<br />
Wagner Schnei<strong>de</strong>r, o café<br />
Dualis voltou para aten<strong>de</strong>r<br />
o mercado <strong>de</strong> licitações<br />
e cestas básicas, cozinhas<br />
industriais, atacados e<br />
distribuidores. “É um café<br />
que tem a qualida<strong>de</strong> e a<br />
confiança da marca <strong>Coamo</strong>,<br />
porém com um preço<br />
mais atrativo para esses<br />
seguimentos que compram<br />
em gran<strong>de</strong>s volumes”,<br />
explica.<br />
PRODUÇÃO<br />
Com capacida<strong>de</strong> instalada <strong>de</strong> 400 toneladas mês, o que gera um montante <strong>de</strong> 800 mil<br />
pacotes, a indústria <strong>de</strong> torrefação da <strong>Coamo</strong> produz atualmente mais <strong>de</strong> 250 toneladas<br />
mês. “Temos capacida<strong>de</strong> para muito mais e acreditamos que em breve vamos operar<br />
com maior volume. Tivemos no último ano um acréscimo <strong>de</strong> trinta por cento na nossa<br />
capacida<strong>de</strong> diária <strong>de</strong> produção”, revela Wan<strong>de</strong>rlei Silva.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 39
ALIMENTOS COAMO<br />
Qualida<strong>de</strong> e segurança<br />
na produção <strong>de</strong> alimentos<br />
Qualida<strong>de</strong> e segurança<br />
<strong>de</strong> alimentos sempre foram<br />
premissas da <strong>Coamo</strong><br />
para a produção <strong>de</strong> alimentos.<br />
Com diversas certificações e<br />
sistemas implementados, é possível<br />
assegurar que os alimentos<br />
produzidos pela <strong>Coamo</strong> - óleo<br />
<strong>de</strong> soja refinado, margarinas, cafés,<br />
farinhas, misturas para pães<br />
e bolos e gorduras - têm além<br />
<strong>de</strong> origem e rastreabilida<strong>de</strong>, total<br />
segurança. Aspectos que têm<br />
sido mais enfatizados e requeridos<br />
pelo consumidor <strong>de</strong>vido a<br />
pan<strong>de</strong>mia do novo coronavírus,<br />
mas, que sempre fizeram parte<br />
das rotinas <strong>de</strong> produção dos<br />
alimentos industrializados pela<br />
<strong>Coamo</strong>.<br />
A cooperativa conta, portanto,<br />
com certificações significativas<br />
para o ramo <strong>de</strong> alimentos,<br />
que abrangem todas as etapas<br />
da produção, tais como: FSSC<br />
22000 (Food Safety System Certification);<br />
GMP+B2 (Feed Safety<br />
Assurance - Holanda); GMP+B3<br />
Internacional; PQC - Programa<br />
<strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Café da ABIC<br />
- Associação Brasileira da Indústria<br />
<strong>de</strong> Café na Torrefação <strong>de</strong><br />
Café; e pela Kosher e Halal, que<br />
atestam que os alimentos foram<br />
produzidos <strong>de</strong>ntro dos requisitos<br />
exigidos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />
Consi<strong>de</strong>rando a <strong>de</strong>claração<br />
<strong>de</strong> pan<strong>de</strong>mia para o<br />
Coronavírus, pela Organização<br />
Com diversas certificações e sistemas implementados, é possível assegurar que os alimentos produzidos pela <strong>Coamo</strong> têm origem e rastreabilida<strong>de</strong><br />
40 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
Mundial da Saú<strong>de</strong> (OMS), dia<br />
11 <strong>de</strong> março, que afetou todos<br />
os setores do mercado mundial,<br />
a <strong>Coamo</strong> criou o Comitê <strong>de</strong> Prevenção<br />
ao Coronavírus, intensificando<br />
a segurança <strong>de</strong> todo<br />
esse trabalho, conforme explica<br />
o gerente Organizacional e Gestão<br />
da Qualida<strong>de</strong> e membro do<br />
comitê, Mario Arantes. “Criamos<br />
um Plano <strong>de</strong> Contingência e várias<br />
medidas foram implementadas<br />
para assegurar a saú<strong>de</strong> dos<br />
cooperados, funcionários, parceiros,<br />
fornecedores e a comunida<strong>de</strong><br />
em geral.”<br />
INDUSTRIAL - Além das<br />
medidas gerais, a cooperativa intensificou<br />
os cuidados no Parque<br />
Industrial on<strong>de</strong> há a industrialização<br />
dos Alimentos <strong>Coamo</strong>. Conforme<br />
a chefe do <strong>de</strong>partamento<br />
<strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong>, Alessandra<br />
Cavalcanti, historicamente<br />
a cooperativa aten<strong>de</strong> todos<br />
os requisitos <strong>de</strong> boas práticas<br />
<strong>de</strong> fabricação e análise <strong>de</strong> perigos<br />
e pontos críticos <strong>de</strong> controle.<br />
“Aten<strong>de</strong>mos legislações bem específicas<br />
e certificações <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />
que já possuem todos os<br />
critérios para garantir as condições<br />
higiênico sanitárias das pessoas,<br />
equipamentos, ambientes<br />
e, principalmente dos produtos.<br />
Essa sempre foi uma preocupação<br />
da <strong>Coamo</strong>.”<br />
PROCESSOS - Segundo<br />
Cavalcanti, com a pan<strong>de</strong>mia,<br />
as rotinas <strong>de</strong> monitoramento<br />
e verificação foram intensificadas.<br />
“Po<strong>de</strong>mos assegurar que<br />
produzimos alimentos livres <strong>de</strong><br />
qualquer contaminação, física,<br />
química, microbiológica e alergênica.<br />
Os processos <strong>de</strong> fabricação<br />
são muito controlados,<br />
pois as plantas produtivas são<br />
dotadas <strong>de</strong> alta tecnologia e automação,<br />
on<strong>de</strong> não há contato<br />
manual dos funcionários. Temos<br />
equipamentos com sensores <strong>de</strong><br />
controle <strong>de</strong> processos, temperatura,<br />
contaminantes, além <strong>de</strong><br />
peneiras, filtros, <strong>de</strong>tectores <strong>de</strong><br />
metais, que garantem a segurança<br />
do produto.”<br />
LOGÍSTICA - Outro aspecto<br />
importante é que após o<br />
envase seguro dos Alimentos<br />
<strong>Coamo</strong>, o transporte e a entrega,<br />
mantêm as rotinas <strong>de</strong> segurança<br />
e higiene. Segundo o gerente<br />
<strong>de</strong> Transporte, Rodolpho Coletti<br />
Gomes Leite, o produto já sai<br />
das plantas industriais todo envelopado<br />
com filme strech, que<br />
protege <strong>de</strong> qualquer contaminação<br />
na embalagem primária.<br />
"Os produtos são alocados em<br />
drive sem contato com o chão e<br />
em um centro distribuição totalmente<br />
lacrado. Dali saem para o<br />
consumidor e o transporte é realizado<br />
por frota própria, inspecionada<br />
e refrigerada. Entregamos<br />
aos nossos clientes um alimento<br />
seguro.”<br />
<strong>Coamo</strong> conta com certificações significativas para o ramo <strong>de</strong> alimentos, que abrangem todas as etapas da produção<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 41
Cinco décadas <strong>de</strong> histórias, conquistas e transformações<br />
Primeira década – 1970 a 1980<br />
Em cinco décadas foram expressivos os resultados<br />
conquistados pela <strong>Coamo</strong> e seus cooperados,<br />
fruto <strong>de</strong> muito trabalho, <strong>de</strong>dicação, vonta<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> crescer, produzir mais e obter resultados cada vez<br />
melhores safra após safra.<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> inicia com esta publicação<br />
<strong>de</strong> junho, a primeira <strong>de</strong> cinco edições apresentando<br />
um pouco da trajetória da <strong>Coamo</strong>, com<br />
fatos e fotos, que mostram o crescimento e o<br />
profissionalismo conquistados nesses 50 anos,<br />
consolidando a prática <strong>de</strong> um cooperativismo <strong>de</strong><br />
resultados para satisfação e a felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> milhares<br />
<strong>de</strong> produtores associados e <strong>de</strong> seus familiares.<br />
A 'Terra dos Três Ésses'<br />
A história da agricultura na região <strong>de</strong> Campo<br />
Mourão é contada a partir das primeiras lavouras<br />
surgidas no final da década <strong>de</strong> 60. As matas foram<br />
<strong>de</strong>rrubadas para extração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, e junto com<br />
esse cenário, agricultores <strong>de</strong> outras regiões do Paraná<br />
e até do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul chegaram para iniciar<br />
a ativida<strong>de</strong> agrícola em uma das últimas áreas e<br />
fronteiras <strong>de</strong> terras mecanizáveis a serem exploradas<br />
no Paraná. O solo da região era <strong>de</strong> latossolo roxo,<br />
profundo, <strong>de</strong> textura argilosa e muito fértil, porém,<br />
com alta aci<strong>de</strong>z. Situação que os agricultores tinham<br />
conhecimento, assim como a necessida<strong>de</strong> da correção<br />
do solo para produzir e ter sucesso na agricultura.<br />
As terras eram conhecidas como as “Terras dos<br />
três Ésses” com formiga saúva, sapé e as tradicionais<br />
samambaias. A mecanização agrícola era o caminho<br />
para resolver e melhorar este cenário.<br />
A solução para os agricultores foi encontrada<br />
no cooperativismo. Após várias reuniões, trabalho<br />
sério e responsável coor<strong>de</strong>nado pelo enge-<br />
Cenário da região <strong>de</strong> Campo Mourão na década <strong>de</strong> 1960,<br />
e abaixo momento histórico da fundação da <strong>Coamo</strong>, em 1970<br />
42 REVISTA <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
COAMO EM DÉCADAS<br />
nheiro agrônomo José Aroldo<br />
Gallassini, então extensionista<br />
da Acarpa, que chegou em maio<br />
<strong>de</strong> 1968 na cida<strong>de</strong> para iniciar<br />
o trabalho <strong>de</strong> organização dos<br />
produtores- surgiu a Cooperativa<br />
Agropecuária Mourãoense, com<br />
a sigla <strong>Coamo</strong>, no histórico 28 <strong>de</strong><br />
novembro <strong>de</strong> 1970, por meio <strong>de</strong><br />
um grupo <strong>de</strong> 79 agricultores.<br />
O primeiro presi<strong>de</strong>nte<br />
da <strong>Coamo</strong> foi o ma<strong>de</strong>ireiro e<br />
agricultor Fioravante João Ferri,<br />
com proprieda<strong>de</strong> em Campina<br />
do Amoral. Ele foi escolhido<br />
presi<strong>de</strong>nte por sua credibilida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>dicação e honestida<strong>de</strong><br />
na busca do bem comum. Ferri<br />
aceitou o <strong>de</strong>safio com a condição<br />
<strong>de</strong> que o jovem agrônomo<br />
Gallassini assumisse a gerência<br />
geral da cooperativa.<br />
Fioravante João Ferri, primeiro presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong><br />
NA LINHA DO TEMPO<br />
1971<br />
ESTRUTURA - A cooperativa funcionou inicialmente no centro <strong>de</strong><br />
Campo Mourão em um pequeno escritório alugado, com máquinas<br />
<strong>de</strong> escrever e calcular emprestadas. Em 14 <strong>de</strong> setembro iniciou suas<br />
ativida<strong>de</strong>s com o recebimento em armazéns alugados <strong>de</strong> 209 mil<br />
sacas <strong>de</strong> trigo, e contava com 148 associados. A safra <strong>de</strong> trigo foi tão<br />
expressiva, que provocou a contratação <strong>de</strong> financiamento para o surgimento<br />
do primeiro armazém próprio.<br />
1972<br />
SEDE PRÓPRIA - Constituída no final <strong>de</strong> 1970, a <strong>Coamo</strong> começou<br />
a funcionar efetivamente em abril <strong>de</strong> 1972, quando mudou do escritório<br />
alugado e provisório <strong>de</strong> 50 m², para as instalações próprias<br />
numa área construída <strong>de</strong> 130 m², o que proporcionou uma maior<br />
mobilida<strong>de</strong> funcional. A se<strong>de</strong> própria tinha salas para contabilida<strong>de</strong>,<br />
administração, escritório geral e assistência técnica.<br />
Em abril <strong>de</strong>sse ano, a <strong>Coamo</strong> se mudou para uma se<strong>de</strong> própria e em<br />
1º <strong>de</strong> setembro foi inaugurado o primeiro armazém da cooperativa<br />
para 80 mil sacas com máquinas <strong>de</strong> secagem e limpeza, financiado<br />
pelo BRDE – Banco Regional <strong>de</strong> Desenvolvimento do Extremo-Sul. A<br />
segunda etapa resultou na construção e entrega em maio do ano seguinte,<br />
<strong>de</strong> armazém graneleiro para 500 mil sacas e armazém <strong>de</strong> sementes<br />
para 60 mil sacas. Suce<strong>de</strong>ram-se inúmeros financiamentos<br />
para ampliação da estrutura em função do crescimento nos números<br />
<strong>de</strong> associados e <strong>de</strong> produção nas áreas <strong>de</strong> atuação da cooperativa.<br />
1973<br />
TRIGO E SOJA – Com participação <strong>de</strong> 650 associados, a cooperativa<br />
recebeu 480 mil sacas <strong>de</strong> soja e 830 mil sacas <strong>de</strong> trigo, sendo<br />
a campeã estadual no recebimento <strong>de</strong>ste cereal, o que motivou<br />
o lançamento na cida<strong>de</strong> da Campanha Estadual para aumento<br />
na produção <strong>de</strong> trigo<br />
sediando evento com a<br />
presença do governador<br />
do Paraná, Emilio<br />
Gomes. “Simpatia por<br />
Campo Mourão e região,<br />
homenagem aos produtores<br />
da cida<strong>de</strong> que mais<br />
produziram trigo no<br />
Estado e incentivar o aumento<br />
da produção para<br />
ser exemplo aos outros<br />
Municípios”, foram os<br />
motivos da cida<strong>de</strong> para<br />
o lançamento da Campanha<br />
<strong>de</strong> Trigo, segundo<br />
o governador.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
43
Cinco décadas <strong>de</strong> histórias, conquistas e transformações<br />
LABORATÓRIO DE SEMENTES - A produção <strong>de</strong> Sementes<br />
fez parte do planejamento estratégico <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da <strong>Coamo</strong>.<br />
Nesse ano entrou em operação o Laboratório <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Sementes,<br />
para produção com qualida<strong>de</strong> nos campos dos cooperados, que<br />
no ano seguinte, obteve o cre<strong>de</strong>ncimanto oficial. Trata-se <strong>de</strong> um<br />
laboratório próprio e mo<strong>de</strong>rno, com profissionais qualificados realiza<br />
testes <strong>de</strong> germinação, pureza, peso hectolítrico (<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> dos<br />
grãos) e umida<strong>de</strong>, e acompanha as análises dos lotes <strong>de</strong> sementes<br />
atualmente em 11 UBS – Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Beneficiamento <strong>de</strong> Sementes.<br />
1974<br />
Construção do entreposto<br />
em Engenheiro Beltrão<br />
DESCENTRALIZAÇÃO - Com 1.200 associados e uma capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> armazenagem <strong>de</strong> 1.200.000 sacas e uma estrutura e organização<br />
das mais mo<strong>de</strong>rnas foi aprovado em Assembleias Gerais pelos<br />
associados o início da <strong>de</strong>scentralização da cooperativa, inicialmente<br />
no município <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão e <strong>de</strong>pois para Mamborê, com a<br />
construção dos primeiros entrepostos da cooperativa, com capacida<strong>de</strong><br />
para 700 mil sacas cada.<br />
COMUNICAÇÃO – A implantação dos Comitês Educativos em 1972,<br />
era fonte <strong>de</strong> ligação entre a diretoria e cooperados para disseminar<br />
as diretrizes e políticas da cooperativa, coletar informações e <strong>de</strong>mandas<br />
do quadro social. Em função do aumento da sua área <strong>de</strong> ação,<br />
para facilitar a integração com os produtores, a <strong>Coamo</strong> criou em novembro<br />
<strong>de</strong> 1974, a publicação impressa “Informativo <strong>Coamo</strong>”, exatamente<br />
para informar as notícias <strong>de</strong> interesse dos cooperados, que<br />
no ano seguinte foi ampliado e circulando com o nome <strong>de</strong> Jornal<br />
<strong>Coamo</strong>.<br />
PERDA – Em 23 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong>sse ano, faleceu repentinamente<br />
o fundador e primeiro presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, Fioravante João Ferri.<br />
O vice-presi<strong>de</strong>nte, Gelindo Stefanuto, que inclusive, na fundação da<br />
cooperativa foi o autor da sigla “<strong>Coamo</strong>”, assumiu o cargo interinamente<br />
até o final da gestão. Seu Ferri, foi homenageado com o nome<br />
da rua em frente a se<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong>.<br />
1975<br />
NOVA DIREÇÃO – Por ocasião<br />
da 5ª Assembleia Geral Ordinária<br />
em janeiro <strong>de</strong> 1975, os cooperados<br />
elegeram para a presidência<br />
da cooperativa o engenheiro<br />
agrônomo José Aroldo<br />
Gallassini.<br />
MOINHO - Começa a funcionar,<br />
em 30 <strong>de</strong> junho, o Moinho <strong>de</strong><br />
Trigo <strong>Coamo</strong>.<br />
REORGANIZAÇÃO - Para continuar<br />
crescendo e pensando<br />
no futuro, foi realizada uma<br />
reorganização administrativa com a criação inicialmente <strong>de</strong> sete<br />
<strong>de</strong>partamentos - Transportes, Técnico, Produção <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />
Produção <strong>de</strong> Entrepostos, Administrativo e Financeiro, Fornecimento<br />
<strong>de</strong> Insumos, e Comercial, para propiciar um bom atendimento aos<br />
cooperados. Posteriormente passou-se a 15 <strong>de</strong>partamentos em função<br />
da prosperida<strong>de</strong> da cooperativa com a movimentação expressiva<br />
dos associados.<br />
FAZENDA EXPERIMENTAL - Criada nesse ano para que os produtores<br />
pu<strong>de</strong>ssem aumentar a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas culturas com a<br />
utilização <strong>de</strong> tecnologias mo<strong>de</strong>rnas. De uma produtivida<strong>de</strong> média<br />
44 REVISTA <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
COAMO EM DÉCADAS<br />
na época <strong>de</strong> 70 sacas <strong>de</strong> soja por alqueire, esse número atualmente<br />
é <strong>de</strong> 150 sacas e muitas proprieda<strong>de</strong>s já colheram mais <strong>de</strong> 200 sacas<br />
por alqueire. O trabalho com experimentos na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrativa<br />
da <strong>Coamo</strong> permite testes em todas as fases do cultivo, da preparação<br />
da terra à colheita.<br />
CULTURA – ”Esse período foi fundamental na consolidação da ‘Cultura<br />
<strong>Coamo</strong>’ , com a <strong>de</strong>finição informal das regras <strong>de</strong> comportamento<br />
no relacionamento interno e externo com os funcionários, com os<br />
cooperados, e com a socieda<strong>de</strong>. Regras estas que teriam influência<br />
no futuro da cooperativa”, informa o Relatório <strong>de</strong> 5 anos da <strong>Coamo</strong>.<br />
MAIS DE 2 MIL ASSOCIADOS – Voltada já no seu início para seus<br />
cooperados, dos 79 fundadores, a cooperativa encerrou seus primeiros<br />
cinco anos com mais <strong>de</strong> dois mil associados, com a certeza <strong>de</strong><br />
que, com passos firmes, constitui-se como agente <strong>de</strong> transformação<br />
da agricultura, da socieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> pessoas.<br />
1976<br />
CRÉDITO - Para facilitar o entendimento e o acesso dos cooperados<br />
ao crédito, a cooperativa implantou na safra <strong>de</strong> trigo 1976, o crédito<br />
<strong>de</strong> Repasse, sendo os recursos tomados no Banco do Brasil. Os trâmites<br />
foram feitos <strong>de</strong>ntro da própria cooperativa e foi consi<strong>de</strong>rado um<br />
gran<strong>de</strong> serviço, haja vista que os produtores pu<strong>de</strong>ram fazer adiantamento<br />
para plantar as safras para pagamento na comercialização.<br />
HORTELÃ – Entre 1976 e 1978, a <strong>Coamo</strong> recebeu a produção <strong>de</strong><br />
óleo <strong>de</strong> ementa <strong>de</strong> 15 cooperados das regiões <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão,<br />
Quinta do Sol, Fênix e Barbosa Ferraz, que era conhecida na<br />
época como a “Capital da Menta do Paraná.” O gênero Mentha<br />
abriga uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> 25 a 30 espécies diferentes. No Brasil é<br />
mais comum encontrar a Mentha piperita, popularmente conhecida<br />
como hortelã e a Mentha spicata, mais conhecida como menta.<br />
PNCS – Campo Mourão, por meio da <strong>Coamo</strong>, foi se<strong>de</strong> em setembro<br />
do lançamento do Plano Nacional <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong> Solos<br />
(PNCS), com a presença<br />
do ministro da Agricultura<br />
Alysson Paulinelli,<br />
governador do Paraná,<br />
Jayme Canet Júnior e<br />
autorida<strong>de</strong>s. Monumento<br />
alusivo foi construído<br />
na Praça do Fórum (Bento<br />
Munhoz da Rocjha<br />
Netto).<br />
ENTREPOSTO DA USINA – Entrou em funcionamento o entreposto<br />
Fioravante João Ferri, inicialmente com dois silos para 42 mil toneladas<br />
cada e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1,4 milhões <strong>de</strong>r sacas a granel. Entreposto<br />
funciona no parque industrial da cooperativa em Campo Mourão.<br />
ALGODÃO - <strong>Coamo</strong> inicia o recebimento <strong>de</strong> algodão, com atuação<br />
em 15 municípios.<br />
CTA - Início das ativida<strong>de</strong>s do Centro <strong>de</strong> Treinamento Agrícola da<br />
<strong>Coamo</strong> (CTA), com objetivo <strong>de</strong> capacitar os cooperados no uso correto<br />
dos equipamentos, maquinários e insumos<br />
1977<br />
INSUMOS – Em junho <strong>de</strong>sse ano foram inauguradas as lojas <strong>de</strong> insumos<br />
em Engenheiro Beltrão e Mamborê, resultado da política <strong>de</strong><br />
interiorização <strong>de</strong>finida pela diretoria em 1975.<br />
INFORMATIVO NO RÁDIO - A partir <strong>de</strong>sse ano, a <strong>Coamo</strong> passa a<br />
produzir e apresentar programa <strong>de</strong> rádio com o nome <strong>de</strong> “Informativo<br />
<strong>Coamo</strong>” com o objetivo <strong>de</strong> levar as informações da cooperativa<br />
e da agricultura aos associados <strong>de</strong> forma mais rápida e com mais<br />
regularida<strong>de</strong>. Posteriormente o programa foi veiculado também em<br />
outras regiões, e atualmente está presente em emissoras que abrange<br />
toda a área <strong>de</strong> ação da cooperativa nos Estados do Paraná, Santa<br />
Catarina e Mato Grosso do Sul.<br />
PLANTIO DIRETO - <strong>Coamo</strong> promove primeira Convenção sobre<br />
Plantio Direto, em junho.<br />
TERMINAL PORTUÁRIO – Inaugurado em Paranaguá, com a presença<br />
do presi<strong>de</strong>nte da República Ernesto Geisel, o Terminal Portuário<br />
da Cotriguaçu, da qual a <strong>Coamo</strong> fez parte juntamente com cooperativas<br />
singulars <strong>de</strong> várias regiões do Paraná. Com o Terminal, na<br />
época, o Porto <strong>de</strong> Paranaguá dobrou sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> embarque<br />
a graneis passando a carregar navios <strong>de</strong> 30 mil toneladas em 10<br />
horas. A capacida<strong>de</strong> inedpendfente dio Terminal era <strong>de</strong> 1.500 toneladas/hora,<br />
idêntica a do Corredor <strong>de</strong> Exportação.<br />
1978<br />
CAFÉ- A cooperativa passou a receber, beneficiar, armazenar e comercializar<br />
a produção dos seus cooperados, que recebiam assistência<br />
técnica e o fornecimento dos insumos para produzir bem e com<br />
qualida<strong>de</strong><br />
COAMO-SUL - Em agosto, a <strong>Coamo</strong> começa a atuar no Sul do Paraná,<br />
com a incorporação da Cooperativa Palmense (Copalma) e atuar<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA<br />
45
Cinco décadas <strong>de</strong> histórias, conquistas e transformações<br />
nas regiões <strong>de</strong> Palmas e Mangueirinha (Sudoeste), passando a produzir<br />
sementes próprias <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> em região com clima propício<br />
e beneficiando também produtores <strong>de</strong> Mangueirinha.<br />
ESCOAMENTO - O presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, Dr. Aroldo Gallassini,<br />
reivindica ao governador Ney Braga, em nome dos cooperados, as<br />
pavimentações das rodovias BR 487 (Campo Mourão/Iretama) e PR<br />
460 (Iretama/Pitanga), para facilitar o escoamento das produções<br />
dos agricultores<br />
EXPANSÃO - Antes <strong>de</strong> terminar a década <strong>de</strong> 1970, a <strong>Coamo</strong> já era<br />
uma potência regional, tendo se estabelecido em diversas localida<strong>de</strong>s<br />
na região <strong>de</strong> Campo Mourão com entrepostos em Engenheiro<br />
Beltrão, Mamborê, Fênix, Boa Esperança, Peabiru, Iretama, Roncador,<br />
Juranda e Barbosa Ferraz. Sem contar as incorporações nas regiões<br />
Centro e Sul do Paraná. A maior parte dos associados era formada<br />
por pequenos e médios produtores. Mas em muitos municípios era<br />
<strong>de</strong> mini e pequenos produtores e muitos utilizavam tração animal,<br />
como principal instrumento <strong>de</strong> trabalho. A cooperativa recebia milho,<br />
arroz, feijão, algodão, soja e outros produtos, e estava perto das<br />
proprieda<strong>de</strong>s dos seus mais <strong>de</strong> 5 mil associados.<br />
1979<br />
COAMO-CENTRO - A cooperativa passou a partir <strong>de</strong>sse ano a beneficiar<br />
produtores da região <strong>de</strong> Pitanga, então, uma das maiores produtoras<br />
<strong>de</strong> milho do Paraná, com a incorporação da Coopercentro.<br />
Expansão possibilitou <strong>de</strong>senvolvimento com tecnologia e cooperativismo<br />
aos produtores também <strong>de</strong> das regiões <strong>de</strong> Cândido <strong>de</strong> Abreu e<br />
Palmital. Nesse processo <strong>de</strong> expansão, a cooperativa também passou<br />
a atuar em Em 1979, a presença da <strong>Coamo</strong> alcançou a região <strong>de</strong> Pitanga,<br />
então uma das maiores produtoras <strong>de</strong> milho no Estado, com<br />
participação <strong>de</strong> produtores <strong>de</strong> Cândido <strong>de</strong> Abreu e Palmital.<br />
1980<br />
PRÊMIO - Em setembro, a <strong>Coamo</strong> é eleita pela primeira vez, a empresa<br />
<strong>de</strong> "Melhor <strong>de</strong>sempenho no setor Agropecuário Nacional",<br />
pela revista "Exame".<br />
EUCALIPTO – A <strong>Coamo</strong> inicia experimentos inéditos no Paraná, com<br />
a cultura do eucalipto, em parceria com a Embrapa/CNPF.<br />
46 REVISTA <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
AGROPECUÁRIA<br />
Plano Safra terá<br />
R$ 236,3 bilhões<br />
Do total <strong>de</strong> recursos, R$ 179,38 bilhões serão <strong>de</strong>stinados ao custeio e<br />
comercialização e R$ 56,92 bilhões serão para investimentos em infraestrutura<br />
O<br />
governo fe<strong>de</strong>ral anunciou,<br />
no dia 17 <strong>de</strong> junho, R$<br />
236,3 bilhões em recursos<br />
para o Plano Safra <strong>2020</strong>/2021, valor<br />
6,1% superior aos R$ 223 bilhões<br />
disponibilizados no ciclo passado.<br />
Conforme o presi<strong>de</strong>nte<br />
do Sistema Ocepar, José Roberto<br />
Ricken, a avaliação das medidas<br />
anunciadas é positiva. "Com<br />
esse reconhecimento ao setor,<br />
as cooperativas e os produtores<br />
rurais <strong>de</strong>vem investir em tecnologia<br />
e continuar produzindo com<br />
eficiência no campo", afirma.<br />
Do total <strong>de</strong> recursos, R$<br />
179,38 bilhões serão <strong>de</strong>stinados<br />
ao custeio e comercialização<br />
(5,9% acima do valor da safra passada)<br />
e R$ 56,92 bilhões serão<br />
para investimentos em infraestrutura<br />
(aumento <strong>de</strong> 6,6%). O governo<br />
também ampliou o montante<br />
<strong>de</strong>stinado à subvenção ao seguro<br />
rural, que passou <strong>de</strong> R$ 1 bilhão<br />
para 1,3 bilhão, um aumento <strong>de</strong><br />
30%.Segundo o Ministério da<br />
Agricultura, o valor <strong>de</strong>ve possibilitar<br />
a contratação <strong>de</strong> 298 mil apólices,<br />
num montante segurado da<br />
or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 52 bilhões e cobertura<br />
<strong>de</strong> 21 milhões <strong>de</strong> hectares.<br />
Houve ainda a redução<br />
das taxas <strong>de</strong> juros <strong>de</strong> custeio<br />
para o Pronaf, <strong>de</strong> 3% e 4,6% para<br />
2,75% e 4% ao ano, e para o Pronamp,<br />
<strong>de</strong> 6% para 5% ao ano. Nos<br />
<strong>de</strong>mais programas, a taxa caiu <strong>de</strong><br />
8% para 6% ao ano. Nas linhas<br />
<strong>de</strong> investimento, as mudanças<br />
foram: Mo<strong>de</strong>rfrota, <strong>de</strong> 8,5% para<br />
7,5% ao ano, e no Programa ABC,<br />
<strong>de</strong> 5,25% e 7% para 4,5% a 6% ao<br />
ano. O PCA ficou com taxas <strong>de</strong> 6<br />
% e 5% ao ano; Inovagro com 6%<br />
ao ano, Pronamp investimento<br />
com 6% ao ano; Mo<strong>de</strong>rinfra com<br />
6% ao ano e Mo<strong>de</strong>ragro com 6%<br />
ao ano.<br />
PARA MAIS INFORMAÇÕES ACESSE:<br />
Análise da Ocepar<br />
http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/images/<br />
Comunicacao/<strong>2020</strong>/noticias/06/18/plano_safra/plano_safra_<br />
clique_aqui_analise_getec_18_06_<strong>2020</strong>.pdf<br />
Apresentação do<br />
Ministério<br />
da Agricultura<br />
Aproxime o celular com leitor QR Co<strong>de</strong> na imagem<br />
http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/images/<br />
Comunicacao/<strong>2020</strong>/noticias/06/18/plano_safra/plano_<br />
safra_clique_aqui_18_06_<strong>2020</strong>.pdf<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 47
48 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong>
PECUÁRIA<br />
Um ano para se planejar<br />
Agropecuarista <strong>de</strong>ve pensar na alimentação do rebanho durante<br />
todo o ano. O i<strong>de</strong>al é começar o planejamento no final <strong>de</strong> agosto<br />
Nem todo o produtor rural<br />
tem o hábito <strong>de</strong> planejar<br />
corretamente a <strong>de</strong>manda<br />
nutricional das categorias<br />
animais que existem na proprieda<strong>de</strong>,<br />
quanto a volumosos e concentrados.<br />
Mas, essa ação <strong>de</strong>ve<br />
fazer parte do planejamento<br />
anual da proprieda<strong>de</strong>. “É preciso<br />
saber quantos volumosos são<br />
necessários para manter a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ingestos <strong>de</strong>sses animais,<br />
quanto concentrado para<br />
fechar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<br />
<strong>de</strong> cada categoria. Se não<br />
tiver bem calculado e ajustado,<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da época do ano, o<br />
agropecuarista po<strong>de</strong> passar por<br />
apuros, com quedas produtivas”,<br />
diz o médico veterinário da <strong>Coamo</strong><br />
<strong>de</strong> Campo Mourão, Hérico<br />
Alexandre Rossetto.<br />
Segundo o veterinário,<br />
quem não se planeja po<strong>de</strong> ter<br />
um baixo <strong>de</strong>sempenho produtivo<br />
por área, principalmente no<br />
inverno. “Estamos numa fase em<br />
que cai o crescimento vegetativo<br />
das forrageiras, a base alimentar<br />
dos bovinos, <strong>de</strong> corte ou leite.<br />
Temos essa queda na produção,<br />
porque a luminosida<strong>de</strong> reduz e<br />
o fotoperíodo é mais curto. As<br />
temperaturas estão mais baixas,<br />
e isso faz com que as plantas não<br />
tenham seu crescimento vegetativo<br />
<strong>de</strong> forma normal e, principalmente,<br />
por uma <strong>de</strong>ficiência<br />
hídrica. Então a planta para totalmente<br />
<strong>de</strong> crescer.”<br />
Porém, os animais não<br />
param <strong>de</strong> comer e precisam<br />
crescer para produzir. “Há uma<br />
<strong>de</strong>manda natural <strong>de</strong> consumo.<br />
Se o produtor não suprir esse déficit<br />
alimentar do animal, ele vai<br />
ter queda na produção. A vaca<br />
precisa produzir leite, os bovinos<br />
<strong>de</strong> corte precisam ter crescimento<br />
ósseo e muscular. Se eles não<br />
estiverem nutridos vão emagre-<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 49
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Este produto é perigoso à saú<strong>de</strong> humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita.<br />
Siga as 50 recomendações REVISTA <strong>de</strong> controle e restrições <strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong><br />
estaduais para os alvos <strong>de</strong>scritos na bula <strong>de</strong> cada produto. Utilize sempre os equipamentos <strong>de</strong> proteção individual.<br />
Nunca permita a utilização do produto por menores <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Faça o Manejo Integrado <strong>de</strong> Pragas. Descarte corretamente as embalagens e os restos <strong>de</strong> produtos.<br />
Uso exclusivamente agrícola. Copyright. Maio <strong>2020</strong> FMC. Todos os direitos reservados.
PECUÁRIA<br />
MANEJO NUTRICIONAL DO REBANHO DEVE SER PLANEJADO COM ANTECEDÊNCIA<br />
PARA QUE EM PERÍODOS SECOS E FRIOS NÃO TENHA QUEDA NA PRODUÇÃO<br />
cer <strong>de</strong>mais nesse período, pois<br />
vão tirar energia do próprio corpo<br />
para produzir”, enfatiza Hérico<br />
Rossetto.<br />
O segredo, portanto, é<br />
o planejamento para não sofrer<br />
com a flutuação sazonal. “O planejamento<br />
<strong>de</strong>ve ser constante,<br />
ou seja, todo mês o produtor<br />
<strong>de</strong>ve pensar no mês subsequente.<br />
O principal é começar já no<br />
final do mês <strong>de</strong> agosto, começo<br />
do mês <strong>de</strong> setembro, pois em<br />
setembro o fotoperíodo começa<br />
a normalizar e já temos mais<br />
luminosida<strong>de</strong>. As temperaturas<br />
médias do dia já estão mais elevadas<br />
e está mais propício para<br />
o crescimento vegetativo das forrageiras.<br />
É o momento i<strong>de</strong>al para<br />
começar a produzir um banco<br />
alimentar dos animais”, orienta o<br />
médico veterinário.<br />
Dessa forma, conforme<br />
Hérico, com a chegada da primavera,<br />
o produtor rural po<strong>de</strong> se<br />
planejar para comprar a semente<br />
e fazer um banco <strong>de</strong> oferta<br />
<strong>de</strong> forrageira para plantar após<br />
a colheita da soja. “Com essa<br />
organização, o associado terá<br />
uma pastagem para ser utilizada<br />
durante o período <strong>de</strong> outono e<br />
inverno. Depen<strong>de</strong>ndo da região,<br />
ele po<strong>de</strong> plantar aveia, azévem,<br />
centeio forrageiro, brachiaria<br />
ruziziensis. Alguns produtores<br />
plantam capineiras, para cortar<br />
e fornecer aos animais, cana <strong>de</strong><br />
açúcar, enfim, o importante é planejar<br />
a <strong>de</strong>manda nutricional dos<br />
seus animais.”<br />
Em um exemplo prático<br />
Rossetto ensina: “Vamos dizer<br />
que o produtor rural tem uma<br />
proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte com 100<br />
vacas, 4 touros, os bezerros aos<br />
pés das vacas, novilhas <strong>de</strong> reposição.<br />
Ele precisa estratificar esse<br />
rebanho em categorias, e o quanto<br />
consome cada categoria mensalmente.<br />
Isso ele vai distribuir<br />
<strong>de</strong> acordo com sua produção <strong>de</strong><br />
massa diária. Feito isso, lança o<br />
número mensal e estratifica para<br />
o ano todo. Assim, é possível ver<br />
o quanto será a <strong>de</strong>manda para<br />
planejar a oferta.”<br />
Outra questão apontada<br />
por Hérico, é que com o planejamento<br />
é possível saber quantos<br />
animais cada forrageira irá<br />
alimentar por alqueire. “Assim<br />
po<strong>de</strong>mos saber se um alqueire<br />
<strong>de</strong> aveia e azevem, por exemplo,<br />
consegue manter cinco ou seis<br />
bois adultos durante os cerca<br />
<strong>de</strong> 120 dias <strong>de</strong> período crítico.<br />
Se, hipoteticamente, tem um alqueire<br />
<strong>de</strong> silagem <strong>de</strong> milho, ele<br />
consegue manter 30 bovinos<br />
adultos, se tem por exemplo um<br />
alqueire <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> açúcar consegue<br />
manter 40 bovinos adultos<br />
e, assim, passar períodos muito<br />
mais tranquilos mantendo em<br />
equilíbrio a produtivida<strong>de</strong> da sua<br />
proprieda<strong>de</strong>.”<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 51
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registradas utilizadas sob a licença da Monsanto Company. Tecnologia <strong>de</strong> proteção contra insetos Herculex ® I <strong>de</strong>senvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. Herculex ® e o logo HX<br />
são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink ® e o logotipo da gota <strong>de</strong> água são marcas da BASF. Roundup Ready TM é marca utilizada sob licença da Monsanto Company.<br />
Poncho ® é marca registrada da BASF. Atenção: <strong>de</strong>fensivos agrícolas são perigosos à saú<strong>de</strong> humana, animal e ao meio ambiente. Utilize sempre os equipamentos <strong>de</strong> proteção individual<br />
e não permita o contato <strong>de</strong> menores <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> com <strong>de</strong>fensivos agrícolas. Em caso <strong>de</strong> dúvidas, contate um engenheiro agrônomo.<br />
52 REVISTA<br />
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SAÚDE<br />
Como lidar<br />
com as crianças<br />
durante a<br />
pan<strong>de</strong>mia?<br />
A<br />
pan<strong>de</strong>mia do novo coronavírus<br />
trouxe diversos <strong>de</strong>safios para a<br />
humanida<strong>de</strong>. Mas, para quem<br />
tem crianças em casa o <strong>de</strong>safio po<strong>de</strong> ser<br />
dobrado. Não é fácil manter os pequenos<br />
trancafiados, sem ir à escola, ver os<br />
amiguinhos ou, simplesmente passear. É<br />
um tempo que irá passar, mas enquanto<br />
perdura o isolamento social, a chefe do<br />
<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong><br />
Gestores da <strong>Coamo</strong> e, também, mãe <strong>de</strong><br />
duas meninas, Ana Claudia Periçaro, traz<br />
algumas dicas e um ví<strong>de</strong>o que foi divulgado<br />
nas re<strong>de</strong>s sociais da <strong>Coamo</strong> no YouTube,<br />
Instagram, Facebook e Linkedin.<br />
Segundo Ana Claudia, pais e mães<br />
precisam <strong>de</strong>dicar tempo aos filhos mais do<br />
que nunca neste momento. “Precisamos acolher,<br />
entreter, cuidar e tranquilizar as crianças,<br />
os nossos anjinhos. Sei que não é muito fácil,<br />
pois além <strong>de</strong> nós mesmos termos dificulda<strong>de</strong><br />
em enten<strong>de</strong>r esse momento <strong>de</strong> mudanças e<br />
incertezas, que geram ansieda<strong>de</strong> e, muitas<br />
vezes, medo, temos ainda que dar atenção<br />
especial aos nossos pequenos.”<br />
Ela explica que as crianças<br />
sentem o que os pais estão passando. “Ao<br />
perceberem que estamos estressados e ansiosos,<br />
nossos filhos acabam reproduzindo<br />
esse mesmo comportamento, e buscando<br />
mais apego e sendo mais exigentes com<br />
nós adultos. Acredite, principalmente se eles<br />
estão em ida<strong>de</strong> escolar, nossos meninos e<br />
meninas percebem que há algo errado.”<br />
Conforme Ana Claudia, para lidar<br />
com essa situação não adianta fingir que<br />
nada está acontecendo. “Devemos dar uma<br />
explicação condizente com a faixa etária das<br />
crianças e manter a rotina o mais normal<br />
possível. Se seus filhos <strong>de</strong>monstram preocupação,<br />
acolha, dê carinho, faça os acreditar<br />
que vocês estão juntos e são uma família.<br />
Aju<strong>de</strong>-os a gerenciar suas emoções e aliviar<br />
a ansieda<strong>de</strong> com confiança e fé, pois acreditamos<br />
que tudo vai passar”, <strong>de</strong>staca.<br />
Para quem tem os filhos crescidos<br />
e não moram mais na mesma casa,<br />
Ana Claudia, também dá uma dica. “Para<br />
aliviar a sauda<strong>de</strong> dos filhos e, até mesmo,<br />
<strong>de</strong> pais avós e amigos, utilize a tecnologia<br />
para manter esse vínculo mais forte. Faça<br />
chamadas por ví<strong>de</strong>o, envie mensagens,<br />
fotos. Afinal, mesmo antes da pan<strong>de</strong>mia já<br />
estávamos acostumados a manter relações<br />
pelas re<strong>de</strong>s sociais.”<br />
Como não é possível saber<br />
quando tudo voltará ao normal, ela ressalta<br />
que é preciso construir um novo normal.<br />
“Precisamos construir uma nova dinâmica<br />
para as nossas vidas, nosso trabalho e família.<br />
Temos certeza que o vírus vai passar, e a cura<br />
vai chegar. O amor, a harmonia e a união<br />
entre nós <strong>de</strong>ve prevalecer, porque amamos a<br />
nossa vida e a dos que queremos bem. A vida<br />
é uma dádiva e precisamos nos cuidar com<br />
calma e tranquilida<strong>de</strong>, e com a certeza <strong>de</strong><br />
que a vida é a gente que transforma.”<br />
Ana Claudia Periçaro da gerência <strong>de</strong><br />
Recursos Humanos da <strong>Coamo</strong><br />
Para acessar o ví<strong>de</strong>o produzido pela<br />
<strong>Coamo</strong>, aproxime o celular com<br />
leitor QR Co<strong>de</strong> na imagem.<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 53
RECEITA<br />
Pizza <strong>de</strong><br />
tabuleiro<br />
INGREDIENTES<br />
Massa<br />
1 envelope <strong>de</strong> fermento biológico seco<br />
1 e ½ xícara (chá) <strong>de</strong> água<br />
4 colheres (sopa) <strong>de</strong> GORDURA VEGETAL<br />
COAMO em temperatura ambiente<br />
2 colheres (chá) <strong>de</strong> sal<br />
4 xícaras (chá) <strong>de</strong> FARINHA DE TRIGO<br />
COAMO PIZZA<br />
2 pizzas gran<strong>de</strong>s<br />
Cobertura<br />
6 tomates maduros<br />
1 pitada <strong>de</strong> sal<br />
1 pitada <strong>de</strong> orégano<br />
300 g <strong>de</strong> muçarela fatiada<br />
Folhas <strong>de</strong> manjericão fresco<br />
6 azeitonas pretas<br />
MODO DE PREPARO<br />
Massa<br />
Dissolva o fermento na água. Junte a gordura e o sal. Aos<br />
poucos, adicione a farinha e sove até obter uma massa lisa.<br />
Cubra com filme plástico e reserve até dobrar o volume.<br />
Divida a massa em duas partes. Com um rolo ou com as<br />
mãos, abra as massas formando dois retângulos (30x35 cm)<br />
e coloque-as sobre as costas <strong>de</strong> duas assa<strong>de</strong>iras. Espalhe<br />
o molho e leve ao forno, preaquecido, na temperatura alta<br />
(200 ºC), por cerca <strong>de</strong> 20 minutos ou até que a parte <strong>de</strong> baixo<br />
esteja ligeiramente dourada. Retire do forno, cubra com a<br />
muçarela e volte ao forno até dourar. Retire do forno, polvilhe<br />
orégano, manjericão e <strong>de</strong>core com as azeitonas.<br />
Cobertura<br />
Amasse os tomates com um garfo ou bata no liquidificador<br />
rapidamente <strong>de</strong>ixando o molho pedaçudo. Tempere com sal<br />
e orégano.<br />
Dica<br />
Se preferir uma pizza bem fina e crocante, divida a massa em<br />
três partes.<br />
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54 REVISTA<br />
<strong>Junho</strong>/<strong>2020</strong><br />
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Em 50 anos,<br />
muita coisa se<br />
transforma.<br />
Mas o principal<br />
sempre foi<br />
o mesmo:<br />
o cooperado.<br />
De geração em geração, o trabalho sério e a <strong>de</strong>dicação<br />
<strong>de</strong> cada cooperado <strong>Coamo</strong> transformou uma i<strong>de</strong>ia em<br />
50 anos <strong>de</strong> sucesso. Pessoas que nos enchem <strong>de</strong> orgulho<br />
em po<strong>de</strong>r compartilhar essa história e, com certeza,<br />
escrever novos capítulos.<br />
A vida é a gente que transforma.<br />
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