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De 23 a 29 de agosto de 2020

A VOZ DO VALE

Página 3

Avaré não atinge metas em saúde e

educação no Índice de Governança

Ao contrário de cidades

da região, Avaré não atingiu

as metas estabelecidas

em uma recente avaliação

do Índice de Governança

Municipal (IGM), realizado

pelo Conselho Federal

de Administração (CFA).

Na classificação, a cidade

ficou atrás de Lençóis Paulista,

Porto Feliz, Itapeva,

entre outras da região.

Em Equilíbrio Previdenciário,

Avaré ficou

com um índice de apenas

0,95, abaixo que em 2019,

quando a cidade atingiu

0,96, resultado muito abaixo.

Já em Planejamento de

Despesa, o município não

teve bons resultados, bem

como na Captação de Recursos

e no Atendimento à

Lei de Incentivo das Micro

e Pequenas Empresas.

Na Educação, Avaré

teve uma taxa de abandono

escolar no ensino fundamental

acima da meta. A

cidade ficou abaixo, ainda,

da nota do Índice de Desenvolvimento

da Educação

Básica (até a 5ª série),

como também do Índice

de Desenvolvimento para

alunos até o 9º ano.

Com relação a Saúde, o

índice de Mortalidade Infantil

ficou acima da meta

estabelecida em municípios

de 50 mil a 100 mil

habitantes, o que é considerado

um mau resultado.

Avaré ainda ficou abaixo

da meta na cobertura da

Atenção Básica da Saúde,

como também na Cobertura

Vacinal. A meta era de

63,64%, sendo que a cidade

ficou com 58,75%.

Já em Saneamento e

Meio Ambiente, Avaré

ficou abaixo da meta em

Acesso à Água e a Coleta

de Esgoto, ficando acima

da meta somente no Tratamento

de Esgoto, que

é realizado pela Sabesp.

Em Vulnerabilidade Social,

a cidade também não

registrou bons resultados,

ficando com 20,84%,

praticamente o dobro do

aceitável. As taxas de homicídio

e de mortes no

transito também ficaram

acima da meta.

No geral, Avaré teve índice

7,12 no IGM, 6,50 em

finanças, 6,61 em gestão e

8,23 em desempenho.

O ÍNDICE – O Índice

CFA de Governança Municipal

(IGM-CFA) foi

criado com o intuito de

auxiliar gestores públicos

a entender, através de dados

consolidados, quais

seriam as possíveis oportunidades

de melhorias

em seu Município.

A estrutura do IGM/

CFA é baseada na análise

de dados brutos

chamadas de Variáveis,

cuja média serve de base

para a criação dos Indicadores.

As médias dos

indicadores criam as Dimensões

e a média das

dimensões criam a nota

geral do IGM/CFA.

O IGM-CFA, está disponível

para consulta em

dois formatos: consulta via

website e baixando uma

planilha em formato Excel,

disponível no ambiente

do Acesso Exclusivo.

O SISTEMA – Por

meio da ética, competência,

inovação, valorização

da profissão e participação,

o Sistema CFA/

CRA busca promover a

Ciência da Administração,

valorizando as competências

profissionais, a

sustentabilidade das organizações

e o desenvolvimento

do país.

A partir destes valores,

objetiva-se a partir do desenvolvimento

do Índice

de Governança Municipal

expandir o debate sobre a

importância da gestão para

a promoção do desenvolvimento

municipal.

Nesse contexto, o Índice

será utilizado para

reconhecer, registrar e disseminar

as boas práticas de

gestão brasileiras por meio

de publicações, eventos e

prêmios.

Prédio do Fórum Velho está abandonado

e deverá ser devolvido ao Governo de SP

Um dos prédios mais

antigos de Avaré e que é

tombado pelo patrimônio

arquitetônico, está abandonado.

Fotos postadas em

uma rede social mostram

o antigo prédio do Fórum

Velho sendo tomado por

plantas e com sinais de

infiltrações. A Prefeitura

tem permissão de uso até

o fim de 2020. Caso o município

não manifeste interesse

em continuar com

prédio, o imóvel voltará a

ser responsabilidade pelo

Governo de SP.

“Em sua última reforma,

o prédio recebeu o

nome de Edifício Paschoal

Bocci, numa homenagem

ao insigne memorialista

avareense. O local passou a

abrigar o Museu Histórico

e Pedagógico “Anita Ferreira

De Maria” o qual foi

transferido para o prédio

da CAIC e, desde então,

esse marco histórico da cidade

está se perdendo, assim

como a antiga estação

e vários outros prédios que

contam um pouco da história

de nossa cidade. Nossa

cidade tem um enorme potencial

turístico, falta ape-

A Prefeitura de Avaré

teve êxito em obter uma

liminar que barrou a lei

aprovada e sancionada

pela Câmara de Avaré que

obrigava o executivo a prestar

contas, semanalmente,

das verbas que vieram para

o município para o combate

ao coronavírus.

A lei determinava que o

prefeito municipal enviasse

toda documentação relacionada

aos gastos públicos

oriundos do valor do

repasse feito pelo Governo

Federal, mais de R$ 10 mi-

nas um toque visionário e

empreendedorismo, todos

saem ganhando”, destacou

o munícipe em uma postagem

nas redes sociais.

O internauta é historiador

e pediu maior atenção

com os prédios históricos

de Avaré. “Como historiador,

ver imóveis antigos se

perderem é como se rasgasse

uma página da história de

nossa cidade. “Quem sabe

o próximo prefeito começa

a enxergar o potencial que

Avaré tem”, postou.

O imóvel, que apresenta

elementos arquitetônicos

em que predominam traços

neogóticos, começou

a ser construído em 1894.

O espaço recebeu a Cadeia

Pública até 1955. Já o Poder

Judiciário saiu dali em

1969, ano em que nele se

instalou a Delegacia de Ensino.

Em meados dos anos

90, o espaço foi desativado

por falta de conservação.

O prédio foi tombado em

1980 pelo Conselho Estadual

de Defesa do Patrimônio

Histórico do Estado (Condephaat)

graças aos esforços

da jornalista e acadêmica

Anita Ferreira De Maria.

No ano 2000, o governador

Mário Covas deu

permissão de uso do imóvel

pela Prefeitura por 20

anos. Foi quando recebeu

o nome de “Edifício Paschoal

Bocci”, homenagem

ao memorialista avareense.

Desde então passou

também a ser chamado de

“Memorial de Avaré”.

Em 2005, o Museu Histórico

passou a funcionar

no antigo prédio. No entanto,

o quadro de deterioração

piorava: trincas nas paredes

e avarias no telhado

sinalizavam que o prédio

poderia ruir caso não fosse

feita uma restauração.

O imóvel de 126 anos

apresenta paredes gravemente

comprometidas por

infiltrações e o teto pode

desabar devido à falta de

limpeza de calhas. Para

uma avaliação mais criteriosa,

no entanto, seria

uma necessária inspeção

técnica que verificasse o

estado real do comprometimento

de sua estrutura.

Também em 2005,

sem consultar o Condephaat,

o ex-prefeito Joselyr

Silvestre deu início a

Prefeitura barra lei que a

obrigava a prestar contas das

verbas de combate ao covid-19

lhões. Além disso, a Prefeitura

já havia recebido

cerca de R$ 4 milhões de

recursos federal e estadual.

A Prefeitura deveria

encaminhar, semanalmente,

cópias de pedidos

de compra, cotação, empenhos,

liquidações, notas

fiscais dos fornecedores,

e ordem de pagamento de

cada contratação.

Autora da lei, a vereadora

Adalgisa Ward lamentou

o fato da Prefeitura

suspender os efeitos da

lei. “Essa lei pede apenas

a transparência, que a Prefeitura

mostre onde está

sendo gasto o dinheiro do

povo, nada mais do que

isso. Ele não iria prestar

contas aos vereadores, mas

ao povo que é o verdadeiro

dono desse dinheiro. Lamento

profundamente essa

atitude do executivo. Vou

conversar com o Departamento

Jurídico para reverter

essa situação”.

A lei está suspensa temporariamente,

até que o mérito

da ação impetrada pela

Prefeitura seja julgada.

Depois de muita polêmica

e da insatisfação por boa

parte de munícipes, o projeto

que permitia o uso das

calçadas e de outras áreas

e espaços públicos para os

estabelecimentos inseridos

no segmento econômico de

serviço de bares, restaurantes,

lanchonetes, foi retirado

e não deverá ser mais apreciado

este ano. A retirada

do projeto ocorreu durante

a sessão da Câmara, na se-

uma reforma que acabou

resultando numa ação judicial

contra ele motivada

pelas alterações causadas

no imóvel tombado.

O Fórum velho permanece

fechado desde outubro

de 2015, quando o andar superior,

atualmente escorado

por uma estrutura, passou a

demonstrar risco aos servidores

e frequentadores do

Museu Histórico, que retornou

para CAIC na ocasião.

Por fora, a situação não é

melhor: as paredes apresentam

infiltrações e as janelas

estão depredadas.

IMPASSE – O Fórum

velho está no centro de um

impasse. A Prefeitura tem

permissão de uso até o fim

de 2020, mas não foram

demonstrado empenho em

mantê-lo ou promover ações

no sentido de restaurá-lo.

Caso a Prefeitura não

manifeste interesse em continuar

com prédio, o imóvel

retornará a ser administrado

pelo Governo de SP. Caso

o município não manifeste

interesse em continuar com

prédio, o imóvel voltará a

ser responsabilidade pelo

Governo de SP.

Situação oposta vive

o antigo fórum de Botucatu.

O imóvel da cidade

abriga um braço da Pinacoteca

do Estado, fruto de

uma parceria entre Governo

Estadual e município

que garantiu o investimento

de R$ 11 milhões.

Com 2.878 metros quadrados

de área construída,

o espaço conta com o Museu

da Arte Contemporânea

(Mac) “Itajahy Martins”,

que reúne cerca de 300

obras de importantes artistas

nacionais e internacionais

Já na parte superior,

no antigo “Salão do Júri”,

ficarão as exposições da

Pinacoteca do Estado, que

reúne obras de inestimável

valor histórico para o país.

Em entrevista concedida

pelo pesquisador Gesiel

Júnior ao site Fora de Pauta

em 2017, a Prefeitura não

dispõe de meios para conservar

o Fórum velho. Para

ele, a solução é a devolução

do imóvel ao Estado.

ESTAÇÃO VELHA

– O prédio da antiga Estação

Ferroviária, na Avenida

Major Rangel, também está

abandonado. A estação de

Avaré foi inaugurada em

1896 como ponta de linha.

Em 1918, a estação foi

fechada para cobrança de

ingressos: "por ser impossível

a cobrança de ingressos

em Avaré, tornou-se

necessário o fechamento do

edifício da estação e parte

do pateo". Nessa época, "fechar"

uma estação significava

cercar o seu pátio e fazer

uma entrada para controlar

o acesso de pessoas a ela;

no meio destas, pessoas que

passavam diretamente para

a plataforma e não pagavam

as passagens. O fechamento

resolvia, ou pelo menos melhorava

muito, a situação.

Em 1939, foi entregue

um novo prédio para

a estação. Possivelmente,

uma ampliação do prédio

anterior com modificação

dos torreões, que passaram

de triangulares para arcos.

Com a retificação da linha

na região de Avaré, em

1953, desativou-se a estação

de 1939 e inaugurou-se uma

nova no lado sul da cidade,

para onde os trilhos foram

transferidos.Mais tarde, no

leito por onde passavam os

trilhos, construiu-se uma

avenida, mas grande parte

da vila ferroviária foi conservada

e está lá até hoje.A

estação, em 2010, não estava

bem conservada, estava

parcialmente descaracterizada

no lado da plataforma

de embarque, e estava ocupada

em parte por uma academia

de esportes.

Em 8 de novembro de

2011, pegou fogo. O incêndio

conseguiu ser controlado,

mas ela já estava

abandonada então. Em

agosto de 2020, a estação,

fechada, estava também

totalmente abandonada.

Projeto que permitiria uso de calçadas

por bares e restaurantes é retirado

gunda-feira, dia 24 de agosto.

A primeira a falar sobre

a retirada do projeto foi a

vereadora Marialva Biazon.

O vereador Flávio Zandoná

também chegou a citar

o caso. Ele destacou que os

vereadores buscam o melhor

para a cidade e disse

ainda que uma audiência

pública, neste momento, seria

inviável devido a pandemia

do coronavírus.

Já o vereador Alessandro

Rios, que, na última

semana, pediu o adiamento

da votação, foi a fundo

no projeto e encontrou algumas

possíveis falhas.

Segundo ele, uma audiência

pública online seria

necessária, caso o projeto

continuasse na pauta. O

polêmico projeto é de autoriza

dos vereadores: Toninho

da Lorsa, Marialva Biazon,

Adalgisa Ward, Cabo

Sérgio e Flávio Zandoná.

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