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Outubro_2020 - nº 269

Órgão informativo do Centro Lusitano de Zurique Edição de Outubro 2020

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Edição de Outubro 2020

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DESPORTO

“O nosso clube tem sempre esta obrigação

de regressar à primeira divisão”

João Carlos Pereira, de 55 anos,

natural de São Pedro de Moel,

Marinha Grande, distrito de Leiria,

iniciou-se no futebol no Marinhense

e depois de dez anos, regressou

para terminar a carreira,

onde se tornou técnico da equipa

principal, onde hoje tem uma longa

experiência por todo o mundo.

O técnico assumiu agora o Grasshoppers,

na sua segunda passagem

por terras helvéticas, com o

objectivo de devolver ao clube o

lugar na primeira liga Suíça.

JORGE MACIEIRA

Lusitano Zurique – Como se iniciou no

mundo do futebol?

João Pereira - Comecei a jogar na escola

primaria com os meus colegas. O meu pai

gastava de futebol e já ele e o meu avô tinham

jogado. No ciclo olharam para mim e

foi para o Marinhense onde fiz toda a minha

formação até chegar a equipa sénior com

17 anos. Fiz um ano na segunda B, onde foi

contratado pela Académica, e fiz um percurso

de jogador profissional curto, pois aos

25 anos tive uma lesão, com a qual dei conta

que já não iria chegar ao ponto que queria

e continuei a jogar mas como amador.

Voltei a estudar e continuei a jogar com

muitas dores, acabei o meu curso de relações

empresariais aos 33 anos, e pensava

que iria seguir trabalho nessa área. Mas na

altura o treinador do Marinhense convidou-

-me a ser coordenar da formação, passado

um mês ele adoeceu e a direção juntamente

com ele me convidam para assumir o

lugar durante um tempo onde acabei por

ficar e onde ainda hoje estou sentado no

banco como treinador.

L.Z. - Estreou-se na 1ª Liga portuguesa

com a camisola do Académica,

logo frente ao Benfica. Qual foi

o ponto mais alto como jogador?

J.P. - Sim foi um ponto mais alto ao estrear-me

pela Académica na primeira Liga portuguesa

L.Z. - Foi jogador e duas vezes treinador

da Académica em alturas diferentes, foi

um clube que o marcou?

J.P. - A Académica teve uma influência

muito grande em mim, pois da zona que eu

venho é uma zona muito fechada. Quando

tive a oportunidade de ir para a Académica,

apesar de muitos convites, o que me

fez ir foi a cultura que ainda hoje tentam

mantem, a relação entre futebol e a escola,

pois sempre gostei de estudar e aprender

cada vez mais e quando lá cheguei vi que

era um clube diferente com enquadramento

socialmente bastante grande onde promovem

a formação académica.

L.Z. - Como surgiu a oportunidade de

ser coordenador geral no Aspire Qatar?

J.P. - Tive um trajecto de treinador até a

primeira liga portuguesa, e dei por mim

que não era fácil e ainda era muito jovem,

e na minha opinião é cada vez melhor se o

treinador tiver várias experiências para aumentar

conhecimentos. Ao chegar ao determinado

nível é mais difícil e surgiu oportunidade

de sair para fora e experimentar

outras culturas e outras ligas como a liga

do Koweit, Chipre, Suíça e depois o convite

do projecto do Qatar que procuravam

um treinador do meu perfil para desenvolver

os jogadores para estarem preparados

para o Mundial de 2022, onde ainda hoje

poderia estar, mas o projecto ficou sem

ter muito sentido pois nem todos os jogadores

com quem tínhamos trabalhado

iriam estar presentes no mundial de 2020.

Também começou a faltar aquela competitividade

diária de um clube no campeonato

e taças.

L.Z. - Mas esta é a sua segunda passagem

na Suíça, depois de em 2011/2012

estar ao serviço do Servette, como correu

essa sua primeira passagem na Suíça?

J.P. - Nunca chegou a ser bom. Logo

quando cheguei no primeiro mês começou

a faltar o ordenado, até chegou a serem

4 ou 5 meses de atraso, não foi fácil para

mim e muito menos para os jogadores.

A nível de resultados foi bom trabalho,

a equipa estava um lugar acima da linha

de água e saímos a lutar pela liga europa,

e quando foi dispensado pelo novo

dono do clube que teve controlar as dívidas

do clube e prescindiu dos meus

serviços pois já só tinha mais 1 mês de

contrato e tinha 1 ano de contrato com

a equipa técnica que tinha substituído.

As dificuldades financeiras complicaram

Outubro 2020 | Lusitano de Zurique | WWW.CLDZ.EU

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