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OPINIÃO
Agronegócio, Amazônia e desenvolvimento
Conceito de governança se ampliou e agora inclui também a qualidade
do relacionamento com a comunidade, a sociedade e o meio ambiente
José Roberto Mendonça
de Barros (*)
Apandemia está sendo
uma experiência única
por ter detonado a
maior crise global em
décadas. Não sabemos ainda
como ela vai terminar e nem
todas suas implicações. Entretanto,
parece seguro imaginar
que as pessoas tenderão a valorizar
uma vida mais simples e
prezar mais a sociabilidade (família
e amigos) e a natureza.
O desejo que já existe de consumir
produtos mais naturais
vai se ampliar, o que vai valorizar
certos atributos (orgânicos etc.)
e, especialmente, exigir o conhecimento
de onde e como foi
produzido. A percepção da
ameaça do aquecimento global
é cada vez mais visível no mundo
inteiro, o que favorece a transição
energética e a descarbonização.
Também as empresas estão
sendo fortemente pressionadas
a mudar. É muito intensa a percepção
de que seu desenvolvimento
recente foi quase exclusivamente
voltado para o curto
prazo e ao retorno do acionista,
com resultados para lá de questionáveis:
expressiva concentração
de renda e poder, redução
da competição, limitado avanço
da produtividade e agravamento
das questões ambientais.
O conceito de governança se
ampliou e agora inclui também
a qualidade do relacionamento
com a comunidade, a sociedade
(solidariedade) e o meio ambiente.
A covid-19 acelerou
drasticamente essas tendências
já existentes. Passamos o ano
vendo companhias de todos os
portes, setores e regiões, incluindo
instituições financeiras
e fundos de investimento, punindo
países e regiões que não
se posicionam na luta contra o
aquecimento global.
Apenas gente muito distraída
não percebeu a seriedade e a
perenidade destes movimentos.
Assim, tendo em vista a ampliação
das exigências referentes
ao meio ambiente, à sustentabilidade
e à descarbonização,
não dá mais para admitir a destruição
da floresta amazônica
por grileiros e garimpeiros agindo
de forma totalmente ilegal. O
documento entregue pela Coalizão
Brasil Clima, Florestas e
Agricultura retrata bem a importância
do momento atual e apresenta
linhas de ação para enfrentar
a questão de forma
construtiva.
Transformar os estímulos para
a preservação da floresta em
pé, via bioeconomia, é triplamente
importante: pelo impacto
na região em si e na população
lá residente; pela remoção do
que se transformou num obstáculo
aos investimentos no Brasil;
e, de forma especial, pelo
afastamento de uma ameaça
mortal ao único setor da economia
brasileira que vem atravessando
o período recessivo que
se iniciou em 2015, crescendo
todos os anos sem parar.
Essa disparidade de desempenhos
setoriais é realmente impressionante:
em relação a
2014 e usando nossas projeções
para 2020 (queda de 4,8%
no PIB), teremos no final do ano
uma queda acumulada de 32%
na construção, 15% na indústria
de transformação, 6% nos serviços
e uma expansão de 17%
na agropecuária!
Uma implicação lógica desses
resultados é que deve ter se ampliado
a importância do agronegócio
no PIB brasileiro, estimado
tradicionalmente em algo
como 23%.
Apenas um novo censo pode
gerar as informações necessárias
para balizar novos cálculos,
mas chamo a atenção para o
crescimento significativo do valor
adicionado em muitos outros
produtos fora dos carros-chefe
soja, milho, carnes, cana, leite e
A percepção da ameaça do aquecimento global é cada
vez mais visível no mundo inteiro, o que favorece a
transição energética e a descarbonização.
café. São exemplos frutas, peixes
criados em cativeiro (cuja
produção se faz no Brasil inteiro
e já se aproxima de um milhão
de toneladas), hortícolas, outros
grãos, mel, produtos especiais
e com certificado de origem
(queijos, vinhos, embutidos,
azeite de oliva), produtos certificados
com certos atributos
(especialmente orgânicos) e outros.
O consumidor paga com
satisfação um adicional para
obter o que preza cada vez mais.
Enfrentada a questão amazônica,
o agronegócio está pronto
para um novo salto. Os 300 milhões
de toneladas de grãos
estão logo aí adiante. Nossa
agenda de avanços tecnológicos
já está dada. A coalizão em
torno do agronegócio poderá
ser o primeiro puxador de crescimento
em nosso País no póspandemia.
Temos muito trabalho,
mas um trabalho fascinante:
a um só tempo, teremos de
ter um adequado tratamento
dos recursos naturais, abraçar
em definitivo a agenda da sustentabilidade,
continuar criando
novas tecnologias e novos produtos,
integrando indústria e
serviços com grau crescente
de sofisticação num ambiente
de modernidade e respeito aos
trabalhadores e aos consumidores.
Seria muita burrice –
para não dizer um crime – deixar
esse futuro se perder nas
chamas
(*) Economista e sócio da
MB Associados
2
Jornal Paraná
AÇÚCAR
Pasa ampliará capacidade de
exportação para 7 milhões/t/ano
Expectativa é que as obras sejam concluídas até fevereiro de 2023.
Estão previstas a compra de novos equipamentos e a construção de um armazém
APasa - Paraná Operações
Portuárias, o primeiro
terminal especializado
no embarque
de açúcar a granel do sul do
Brasil e que exporta açúcar para
diversos países do mundo, vai
investir R$ 117,7 milhões em
seu complexo no Porto de Paranaguá.
Assim, a Pasa poderá
aumentar de 3,6 milhões de toneladas
ano para 7 milhões de
toneladas ano a capacidade do
terminal de exportar a commodity.
A autorização para que a empresa
realize os investimentos
privados foi feita pelo governador
do Paraná, Carlos Massa
Ratinho Júnior, dia 22 de setembro,
em Paranaguá, quando
participou da inauguração da
obra de ampliação do cais do
Porto de Paranaguá (berço
201), no Litoral do Estado. A
Ordem de Serviço para ampliações
na Pasa tem como base a
renovação do contrato de arrendamento
que foi aditado no final
de agosto e é válido até 2049.
O berço que a Pasa opera receberá
novos equipamentos e um
novo armazém será construído.
Na primeira fase, que deve ser
concluída até fevereiro de 2022,
a empresa irá construir uma
nova linha de embarque e instalar
um novo shiploader, para
movimentar até 2,5 mil toneladas/hora.
Já a segunda fase,
até fevereiro de 2023, prevê a
edificação da nova estrutura
para a armazenagem de 60 mil
toneladas de açúcar ou de 45
mil toneladas de outros granéis
sólidos.
“Isso vai ampliar nossa capacidade
de exportação de açúcar
para 7 milhões de toneladas por
ano, tornando o Porto de Paranaguá
um grande terminal exportador
de açúcar e de outros
produtos”, afirmou Miguel Rubens
Tranin, diretor-presidente
da Associação de Produtores
de Bioenergia do Estado do Paraná
- Alcopar, cujas empresas
associadas utilizam o terminal.
De acordo com Tranin, houve
um aumento de 20% na produção
de açúcar nesta safra em
comparação com a anterior,
com cerca de 2 milhões de toneladas
de açúcar, sendo que
80% são exportados pelo Porto
de Paranaguá. “O Brasil é o
maior produtor mundial de açúcar
e responde por 50% do que
é comercializado em todo o
mundo, abastecendo mercados
como o Oriente Médio, Rússia
e China”, destacou.
Tranin participou do
evento de inauguração
do berço 201 e de
autorização dos
investimentos da Pasa
junto com o governador
Ratinho Júnior e outras
autoridades
4
Jornal Paraná
AÇÚCAR
“Então, isso é muito
significativo para o Paraná. Paranaguá
passa a ser um grande
porto, um grande terminal exportador
de açúcar e de outros
produtos também. E é um passo
muito grande não só para os
associados da Pasa, mas, também
para o porto como um todo”,
complementa Tranin.
O berço 201 foi modernizado e
o cais de atracação foi prolongado
em 100 metros. Os investimentos
da empresa pública
Portos do Paraná somam R$
201,7 milhões e vão aumentar
em 140% a capacidade atual de
movimentação de cargas naquele
berço.
Durante a solenidade, o governador
também assinou a contratação
das obras de derrocagem
do maciço rochoso conhecido
como Pedra da Palangana,
para aumentar a profundidade
do calado (canal de
acesso) ao porto de Paranaguá
em aproximadamente 1m20,
chegando a 14,60 metros, isso
equivale a aumentar em mais 7
mil toneladas de granéis ou 120
contêineres extras por navio.
As obras de ampliação do cais
de atracação permitirão que navios
com maior capacidade de
movimentação de cargas possam
atracar no porto, que comportem
até 80 mil toneladas de
carga bruta, na categoria Post
Panamax, de grande porte,
além de garantir maior segurança
na navegação, evitar acidentes
e aumentar a competitividade.
A previsão é que as
obras de derrocagem comecem
em até quatro meses. Serão
investidos pouco mais de
R$ 23,2 milhões para a realização
dos serviços.
O berço 201 recebeu, ainda,
nova estrutura eletromecânica,
incluindo dois novos shiploaders
(carregadores de navios)
de 2.000 toneladas/hora. Com
isso, a capacidade anual de
movimentação passará dos
atuais 2 milhões de toneladas
de grãos para 6 milhões de toneladas
de grãos por ano.
Ratinho Junior destacou que a
obra garante mais eficiência ao
Porto de Paranaguá, que mesmo
durante o auge da pandemia
quebrou recordes mensais
de movimentação. “O aumento
de capacidade é um ganho para
o porto, que tem crescido muito
e se consolida como um dos
mais eficientes do Brasil e atende
a forte produção do agronegócio
paranaense. A produção
tem crescido muito no interior
do Estado. Não é a toa que o
Brasil tem se tornado o grande
produtor e exportador de alimentos”,
afirmou Ratinho Júnior.
A ideia, ressaltou o governador,
é fazer com que o Porto de Paranaguá,
que já é um dos maiores
terminais graneleiros da
América do Sul, tenha mais agilidade
e eficiência para a exportação
da produção paranaense.
“Junto a outros projetos de modernização,
como a expansão
do corredor exportação de
grãos, vamos ampliar a capacidade
dos próximos 30 anos,
para atender a demanda de
crescimento do agronegócio
brasileiro”, afirmou. Além do
Paraná, a obra beneficia a exportação
agrícola dos estados
do Mato Grosso do Sul, São
Paulo, Santa Catarina e também
do Paraguai.
O aumento de capacidade do
sistema significa mais competitividade
frente a outros portos,
explicou o diretor-presidente
da Portos do Paraná,
Luiz Fernando Garcia. “Investimentos
como a extensão do
berço, que amplia a capacidade
de carga, garantem que
as empresas que aqui operam
ganhem em qualidade e preço
competitivo”, disse, salientando
que a competição entre os
portos é muito forte. “Estamos
a 200 quilômetros dos portos
de Santa Catarina e a 400 quilômetros
de Santos. Se não for
mais competitivo operar por
A obra garante mais eficiência ao Porto de Paranaguá, que mesmo durante
o auge da pandemia quebrou recordes mensais de movimentação
Paranaguá, as empresas migram
para outros portos, por
isso é necessário investimento
constante”.
Para o secretário estadual da
Infraestrutura e Logística, Sandro
Alex, os investimentos no
porto fazem parte de um pacote
que atende os diferentes
ramais logísticos do Estado.
“O nosso compromisso para
manter a competitividade da
produção paranaense é fazer
com que as cargas cheguem
ao porto com custos reduzidos,
resultado de uma logística
eficiente em todos os níveis,
incluindo os ramais rodoviários
e ferroviário”, explicou o secretário,
destacando a ampliação
do Anel de Integração e do traçado
da Ferroeste, que serão
feitos nos próximos anos.
Jornal Paraná 5
CAPACITAÇÃO
Comitê de Segurança mantêm
agenda anual de palestras
As reuniões estão sendo realizadas por videoconferência, seguindo todos
os protocolos de segurança e de isolamento social por conta do Covid-19
Como ocorreu em todos
os segmentos, o
setor sucroenergético
também teve que se
adaptar a nova realidade criada
por conta da pandemia causada
pelo Covid-19. Buscando manter
sua agenda anual de reuniões
e cursos de capacitação
dos profissionais que atuam na
área de segurança do trabalho
nas indústrias sucroenergéticas
do Paraná, além da constante
atualização sobre as legislações
específicas e melhorias nas
condições de trabalho, produtividade
e segurança de toda
equipe, o Comitê de Segurança,
Saúde no Trabalho e Meio Ambiente,
da Alcopar, decidiu realizar
sua programação de palestras
técnicas este ano via online,
segundo Lorivaldo Cardoso
Dionísio, coordenador do Comitê
e engenheiro de segurança
do Trabalho da Coopcana, de
São Carlos do Ivaí.
Durante o segundo semestre,
todas as palestras estão sendo
apresentadas mensalmente por
videoconferência, das 9h ás
10h, com inscrições no e-mail
alcopar@alcopar.org.br. Após a
apresentação do profissional
convidado, é aberto espaço
para as perguntas e discussões,
com grande participação dos
profissionais das usinas e destilarias
paranaenses.
“O Comitê de Segurança, Saúde
no Trabalho e Meio Ambiente da
Alcopar sempre foi bastante
atuante nos 12 anos de trabalho
em que o Wesley Martins de
Lima, engenheiro de Segurança
do Trabalho da Cooperval, de
Jandaia do Sul, esteve na coordenação,
e procuramos manter
o mesmo ritmo, mesmo com os
desafios deste ano, seguindo
todos os protocolos de segurança
e de isolamento social”,
afirma Lorivaldo.
No dia 14 de julho o engenheiro
Civil e de Segurança Altair Ferri
falou sobre os projetos de sistema
de combate a incêndio
aplicado ao setor sucroalcooleiro.
No dia 11 de agosto a palestra
foi sobre o E-social /
Aposentadoria Especial, com o
consultor Waldomiro Baddini. E
no dia 8 de setembro o tema
abordado foi Atualização NR-12
Segurança no Trabalho em Máquinas
e Equipamentos para o
Setor Sucroalcooleiro, com os
engenheiros Carlos Eduardo
Sanches e Djalma Lucio Miranda
dos Santos.
Para o próximo dia 13 de outubro
está programada a palestra
sobre Gerenciamento de riscos
ocupacionais NR 01, com o
engenheiro de segurança Petrus
Falcão e para o dia 10 de
novembro, o palestrante será
Paulo Sérgio Barbosa, que falará
sobre os reflexos da atualização
das Normas de Procedimentos
Técnico-NPT aplicáveis
para o setor sucroalcooleiro.
O Comitê SSMA ainda programou
para dezembro, dia 8,
mais uma palestra, só que presencial,
com a engenheira de
segurança Marcelly Araujo,
abordando o tema: Treinamento
de Cultura de Segurança.
É importante fazer o
agendamento prévio porque as
vagas são limitadas. “Estamos
nos preparando, buscando
cumprir com todos os protocolos
de segurança e isolamento
social, por conta do
novo coronavírus, garantindo a
segurança de todos”, afirma
Lorivaldo. Também já começa
a ser discutida a agenda de palestras
para o primeiro semestre
de 2021, com sugestões de
temas e palestrantes a serem
convidados.
O Comitê de Segurança,
Saúde no Trabalho e
Meio Ambiente da Alcopar
sempre foi bastante
atuante nos mais de
12 anos de trabalho
e todos os eventos
sempre contaram com
grande participação
(Foto tirada antes
da pândemia)
6
Jornal Paraná
CONSCIENTIZAÇÃO
Outubro Rosa atinge objetivos na Cooperval
A cooperativa apoia essa causa e promove ações para facilitar às suas
colaboradoras o acesso aos exames como mamografia e o papanicolau
Omês de outubro é
marcado por ações
afirmativas relacionadas
à prevenção e
diagnóstico precoce do câncer
de mama e de colo do útero.
O movimento, conhecido como
Outubro Rosa, é uma
campanha anual de conscientização
realizada mundialmente
que tem como objetivo
principal alertar as mulheres e
a sociedade sobre a importância
da prevenção e do diagnóstico
precoce do câncer de
mama, e mais recentemente,
sobre o câncer de colo do
útero. Também visa compartilhar
informações, proporcionar
maior acesso aos serviços
de diagnóstico e de tratamento,
contribuindo para a redução
da mortalidade.
Há anos a Usina Cooperval,
de Jandaia do Sul, apoia essa
causa e promove ações para
facilitar às suas colaboradoras
o acesso aos exames como
mamografia e o papanicolau.
Esse ano, em parceria com o
Sesi, aproximadamente 60
mulheres foram atendidas na
unidade móvel que foi deslocada
para a usina e foram realizados
os exames conforme
indicação por faixa etária, atingindo
as metas propostas.
Para motivar um maior envolvimento
das mulheres, foram
realizados sorteios de brindes
entre as participantes e também
foi disponibilizado um
delicioso lanche para propiciar
um ambiente de descontração.
O incentivo para que as mulheres
realizem seus exames
é fundamental para a prevenção,
visto que a mamografia
é o principal método para o
rastreamento da doença, que
nos estágios iniciais é assintomática,
além do que, diagnosticar
o câncer precocemente
aumenta significantemente
as chances de cura, já
que 95% dos casos identificados
em estágio inicial têm
possibilidade de cura.
O câncer de mama é um tumor
maligno que ataca o tecido
mamário e é um dos tipos
mais comuns, segundo o
Instituto Nacional do Câncer –
INCA. Ele se desenvolve quando
ocorre uma alteração de
apenas alguns trechos das
moléculas de DNA, causando
uma multiplicação das células
anormais que geram o cisto.
De acordo com a Sociedade
Brasileira de Mastologia
(SBM) o número de mulheres
que realizam os exames necessários
é bem inferior ao
que deveria fazer e isso é um
fator de risco para milhares
de mulheres e um alerta para
a importância da campanha.
O Outubro Rosa foi criado no
início da década de 1990 pela
Fundação Susan G. Komen
for the Cure, nos Estados Unidos,
para arrecadar fundos
para a pesquisa e hoje se espalhou
para o resto do mundo.
A primeira ação no Brasil
aconteceu em 2002, no parque
Ibirapuera, em São Paulo.
8
Jornal Paraná
DIA DA ÁRVORE
Cooperval comemora data
com plantio de mudas
A revitalização de áreas de preservação ambiental contou com a parceria dos
municípios de Bom Sucesso e Marumbi e do Instituto Ambiental do Paraná- IAP
Em comemoração ao
dia da árvore, a Cooperval,
em parceria
com os municípios de
Bom Sucesso e Marumbi e
também com o Instituto Ambiental
do Paraná- IAP, promoveu
um evento comemorativo,
marcando a data com o plantio
de mudas de árvores nativas
nesses municípios.
Há aproximadamente 15 anos
a Cooperval iniciou esse projeto
ambiental que consiste no
reflorestamento e na revitalização
de áreas de preservação
ambiental, como rios, nascentes
entre outros, além da arborização
de vários espaços.
Neste ano, por conta das restrições
impostas devido a
pandemia do novo coronavírus,
a ação contou com a participação
de um número
reduzido de voluntários entre
colaboradores da usina, funcionários
públicos dos municípios
e pessoas da comunidade
que se dispuseram a
cuidar do meio ambiente.
Dentre os participantes estavam
o vice-presidente, Marcio
Fantin e o presidente da Cooperval,
Fernando Nardine.
O evento comemorativo mostra
a preocupação da cooperativa
em desenvolver ações
para manter o equilíbrio de
suas atividades e o meio ambiente,
visando sempre um
desenvolvimento sustentável.
10
Jornal Paraná
Jornal Paraná 11
CANA-DE-AÇÚCAR
Mecanização da colheita
avança e supera os 80% no PR
A meta prevista no decreto estadual era que 60% das lavouras
de cana no Estado já estivessem mecanizadas este ano
Amecanização da colheita
de cana-deaçúcar
avança no Paraná
mais rápido do
que o esperado. A meta prevista
para 2020 no decreto estadual
10068/14, editado em
6 de fevereiro de 2014, era
que 60% das lavouras de cana
no Estado já estivessem mecanizadas
este ano. O percentual,
entretanto, já ultrapassa
os 80% das lavouras colhidas
sem queima, afirma Miguel
Tranin, presidente da Alcopar.
A chamada despalha - eliminação,
pelo fogo, da quantidade
natural de palha que
reveste as plantas – é praticada
para facilitar o corte manual.
Os três grandes grupos sucroenergéticos
no Estado: a Usina
Santa Terezinha, que tem
10 unidades no Paraná e um
greenfield no Mato Grosso, a
Usina Alto Alegre, que possui
três unidades no Paraná e uma
em São Paulo, e a Usina Melhoramentos,
que conta com
duas unidades no Estado, já
não efetuam mais queimadas
para facilitar o corte da cana,
tendo mecanizado toda a colheita,
sem contar a forte mecanização
ocorrida nas demais
unidades industriais do
setor sucroenergético paranaense,
comenta Tranin.
O decreto estabeleceu prazos
e procedimentos para a adequação
ambiental das usinas,
por conta do relevo mais acidentado
e o grande número de
pequenas propriedades característicos
do Paraná, que dificultariam
a substituição do
corte manual para o corte mecanizado
da cana. Foi fixado
um cronograma para o término
gradativo da queima
controlada da cana, fazendo
com que o cortador de cana
fosse uma categoria com data
para expirar no Paraná.
O prazo para que todas as lavouras
mecanizáveis de canade-açúcar
no Estado sejam
colhidas de forma mecanizada,
sem queima, é 2025, e
em 2030, as não-mecanizáveis.
Mas, as usinas paranaenses
tendem a atingir a meta
antes do prazo estabelecido
pela resolução do Instituto
Ambiental do Paraná, acredita
o presidente da Alcopar.
A redução da oferta de mãode-obra,
observada nos últimos
anos em praticamente
todas as atividades rurais no
Paraná, impulsionou a colheita
mecanizada de cana-de-açúcar,
já que as usinas iam, cada
vez mais longe, buscar os trabalhadores.
Quando o decreto
foi editado, Tranin conta que o
setor empregava cerca de 80
mil trabalhadores no corte da
cana e nas indústrias sucroenergéticas.
Atualmente, esse
número não chega a 30 mil.
Mesmo diante da crescente
escassez de trabalhadores
para o corte da cana, Tranin
diz que o prazo foi necessário,
também, para que houvesse a
substituição gradativa desse
pessoal, evitando maiores problemas
sociais. Ele conta que
foi feito pelas usinas um
amplo trabalho de treinamento
e capacitação para realocar os
cortadores de cana para atuarem
na operação de tratores,
colheitadeiras e demais equipamentos,
além de preparar
os interessados, para trabalharem
em outros segmentos rurais
ou em outras atividades,
no interior das indústrias.
“Como reflexo disso, atualmente
já é comum encontrar
ex-cortadores trabalhando – e
construindo uma carreira profissional
– nos mais diferentes
setores das indústrias bioenergéticas”,
conta Tranin.
Os problemas registrados neste
ano com queimadas em lavouras
de cana-de-açúcar, de
forma acidental ou criminosa,
que têm preocupado em todo
o Centro-Sul, ocorreram em
uma escala menor no Paraná,
mas também preocupam, porque
significam prejuízos para
as usinas, ao meio ambiente e
as comunidades. Como na
maioria dos pequenos municípios
onde as usinas atuam,
estes sequer possuem corpo
de bombeiros, as brigadas de
incêndios das usinas é que assumem
a função, de forma voluntária,
controlando os incêndios
não só nos canaviais,
mas também em pastos, demais
lavouras e áreas florestais,
comuns no período por
conta da estiagem. De acordo
com a entidade, a cana está
presente na economia de
cerca de 140 municípios paranaenses.
12
Jornal Paraná
DOIS
PONTOS
Dados publicados pela Agência
Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis
apontam que, de janeiro a
agosto de 2020, o consumo
de combustíveis do ciclo Otto
somou 30,8 bilhões de litros,
uma retração de 12,3% em
Consumo
Etanol
Doação
relação ao total registrado em
igual período de 2019. A participação
do etanol no volume
total consumido pela frota de
veículos leves atingiu 47%, o
segundo maior índice observado
em toda a série histórica
nesse período.
Nos estados de Mato Grosso,
Goiás e São Paulo, o uso do
etanol indica resultados ainda
mais expressivos, representando
cerca de dois terços do
consumo de combustíveis,
com 67,9%, 62,2% e 63,6%,
respectivamente. Em Minas
Gerais e Paraná, o etanol atendeu
53,8% e 47,2% da demanda
do ciclo Otto respectivamente.
Apesar das quedas
contabilizadas por conta da
pandemia, o consumo de
combustíveis vem se reestabelecendo
e a elevada competitividade
do etanol nos principais
centros consumidores frente
seu concorrente fóssil tem impulsionado
as vendas.
A Unica, por meio de suas associadas,
fará a doação de
332 mil litros de álcool 70%
para uso durante as eleições
deste ano, em uma parceria
com o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). O insumo tem como
destino a fabricação de álcool
em gel para eleitores e a desinfecção
de superfícies. O
montante se soma ao que será
doado por outras empresas,
como a Raízen e a Companhia
Nacional de Álcool (CNA), a
fim de atender a demanda de
todas as zonas eleitorais do
país nos dias 15 e 29 de novembro,
quando serão realizados
o 1º e o 2º turnos das eleições,
respectivamente.
O Brasil tem batido recordes de
calor, segundo o Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet).
O principal motivo do calor
neste início de primavera é o
que os meteorologistas chamam
de bloqueio atmosférico
— quando ventos fortes nas
camadas mais altas da atmosfera
impedem frentes frias e a
umidade que estão chegando
no sul do país de irem até o
sudeste e o centro-oeste e faz
O clima seco, altas temperaturas
e incêndios ameaçam reduzir
a safra do próximo ano
no Brasil, afetando o desenvolvimento
da cana e podendo reduzir
a produção de açúcar e
etanol. As áreas de cultivo dos
estados de São Paulo, Minas
Gerais, Goiás e Mato Grosso
do Sul registraram apenas de
5% a 25% das chuvas normais
nos últimos meses, o que deixou
as lavouras extremamente
secas. O fenômeno climático
La Niña, que historicamente
traz clima seco para o Centro-
A produção de etanol de milho
quase dobrou este ano em relação
a 2019. As destilarias do
Mato Grosso e Goiás saíram
A Unica lançou o Observatório
da Cana, maior base de dados
do setor sucroenergético, que
reúne números, informações e
estudos fornecidos pela Única
(acompanhamento de safra,
relatórios de importação, exportação,
preço e consumo),
o Centro de Tecnologia Canavieira
(compartilhará a base de
Calor
com que haja uma persistência
de uma massa de ar seco
sobre essas regiões. Este ano
só choveu 20% da média para
essa época. Primaveras mais
quentes não necessariamente
significam que este ano teremos
um verão com recorde de
calor no sudeste e centrooeste,
explicam os meteorologistas,
porque até o início do
verão o bloqueio atmosférico
que mantém essa massa de ar
Cana
Etanol de milho
com 1,01 bilhão até 16 de setembro,
acréscimo de 94,5%,
e devem ampliar ainda mais,
uma vez que as entregas do
Observatório da Cana
seco sobre as regiões vai ter se
desfeito.
Sul do Brasil, pode prolongar
ainda mais a seca e ameaçar a
colheita que começa em abril.
O desenvolvimento das lavouras
está travado de uma maneira
geral na maioria das regiões
produtoras do Sudeste,
sob ameaça suplementar
das pragas. Cultura resistente,
que deslancha rápida dependendo
de chuvas regulares de
primavera-verão e dias mais
longos de insolação, a cana
tem boa capacidade de recuperação
fisiológica, mas está
no limite.
milho de segunda safra ainda
estão acontecendo. Novas unidades
e upgrade nas existentes
são os motivos.
dados da área agrícola), o
Conselho de Produtores de
Cana-de-açúcar, Açúcar e Etanol
do Estado de São Paulo -
Consecana-SP (fornecerá informações
agregadas sobre a
qualidade da matéria-prima), o
Cepea-Esalq/USP (entra com
os preços de venda dos produtores)
e o Laboratório de Análise
de Dados (auxiliará com
análises e interpretações dos
dados) . A iniciativa visa apresentar
a produtores rurais, indústria,
poder público, imprensa,
academia, fornecedores
e outros stakeholders um
panorama geral sobre o setor
sucroenergético em um único
local.
Jornal Paraná
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