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REVISTA Toledo Setembro.

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Ano 03 • Toledo - PR • Setembro 2020 • R$20,00

R

n.º

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A revista da família antenada!








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Toxina botulínica:

aliada da Cirurgia Plástica

Cirurgia Plast ica

´

Botox®, Dysport® e Xeomin® são alguns dos

nomes comerciais para a Toxina Botulínica. Ela

passou a ser estudada para fins terapêuticos no

início da década de 1970 e a primeira publicação do seu

uso cosmético ocorreu em 1992. Atualmente, a aplicação

da toxina botulínica para atenuação de rugas faciais é o

procedimento mais realizado no mundo. Ela é uma neurotoxina

e atua impedindo a liberação da acetilcolina nas

terminações nervosas, ocasionando a paralisia. A atuação

é localizada na região onde for aplicada.

Utilizamos a toxina botulínica para o tratamento de rugas

dinâmicas, que são aquelas formadas pela contração muscular,

como as rugas ao redor dos olhos (pés de galinha),

as rugas entre as sobrancelhas (rugas do bravo), as linhas

horizontais da testa, as rugas periorais e as rugas nas laterais

do nariz. Além disso, pode ser utilizada para suavizar

marcas de expressão, para mudar o desenho das sobrancelhas

(arqueamento), para tratar o sorriso gengival, para correção

de queda do canto da boca, para elevação da ponta

do nariz, para tratamento cervical (região do pescoço) e em

casos de suor excessivo (hiperidrose).

Posso tratar o bigode chinês com toxina botulínica?

Não, toxina botulínica não corrige volume. Por isso, o bigode

chinês ou sulco nasogeniano é tratado com uso de preenchedor,

sendo que o mais usado é o ácido hialurônico.

A toxina botulínica pode ser aplicada tanto em homens

quanto em mulheres a partir dos 25 anos, nessa faixa etária

falamos de prevenção, pois não há marcas profundas

ainda ou quando mais maduros, na faixa etária dos 40

anos, com o intuito de corrigir efeitos da ação do envelhecimento.

A aplicação é feita no consultório através de pequenas injeções

nos pontos previamente definidos de forma individualizada.

Cada ponto é anestesiado para maior conforto

durante o procedimento, que dura em torno de 30 minutos

a uma hora. Imediatamente após a aplicação é comum

o aparecimento de pequenos nódulos nos pontos onde foi

injetada a toxina, mas eles somem em alguns minutos. Pequenos

hematomas da aplicação também podem ocorrer

como todo procedimento que envolve o uso de agulhas.

Logo após o procedimento o paciente pode retornar ao

trabalho imediatamente, porém nas 4 horas seguintes é

recomendado evitar atividades físicas ou deitar. Além disso,

não deve massagear os pontos de aplicação nos primeiros

dias e não deve fazer procedimentos faciais nas

próximas duas semanas. Lembrando que o início do efeito

não é instantâneo. Ele será percebido após dois a quatro

dias e atingirá seu efeito máximo em 15 dias, quando

habitualmente se faz uma nova consulta para avaliação

quanto ao bloqueio atingido e uma eventual aplicação

complementar pode ser realizada.

O tempo total de efeito depende de cada paciente, mas

normalmente tem-se um grau de bloqueio por quatro meses,

após esse período o músculo retorna progressivamente

sua dinâmica e vai ganhando força com o término total

do efeito em seis meses. Aos praticantes de atividade física

regular devemos lembrar que o efeito da toxina pode

ser mais curto. Importante salientar que para manter resultados

mais duradouros as aplicações devem ser realizadas

com regularidade.

Como a toxina botulínica pode ser aliada da Cirurgia

Plástica? Envelhecer todos vamos, mas podemos

envelhecer de forma suave. Um dos primeiros sinais do

envelhecimento são as linhas de expressão, pois a pele

vai, ao longo do tempo, sendo “tatuada” pelas nossas expressões

faciais. E o “fim da linha”, a última opção de tratamento

é a cirurgia plástica de facelift; nesse longo caminho

entre o início dos sinais e o tratamento cirúrgico podemos

ser proativos em nosso favor. Quanto melhor chegarmos

no momento de operar, melhores resultados cirúrgicos

obteremos, sendo mais natural e harmônica essa etapa do

rejuvenescimento. A toxina botulínica é nossa aliada, deve

ser usada desde o início dos sinais, de forma regular para

manter esse efeito protetor do “tatuar” a pele.

Atualmente várias estratégias são utilizadas para deixar a

face mais natural, sem aspecto de “face congelada”, pontos

de aplicação especiais, micro doses fracionadas, entre

outros, estão no arsenal dos médicos injetores.

Quer saber mais? Agende uma avaliação com um médico

cirurgião plástico ou dermatologista de sua confiança, eles

irão esclarecer todas as suas dúvidas.

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12.



Impacto do estresse

e ansiedade na

saúde bucal

Odontologia

Atualmente o estresse, a ansiedade, a depressã o

e a incerteza do amanhã é motivo de preocupaç

ã o para todos. A falta de rotina, filhos

sem escola e trabalhos em home Office, postura

incorreta frente ao computador, tablets e celulares

estã o alterando os aspectos emocionais e funcionais

das pessoas, famí lias, crianç as e també m das empresas.

Por isso é preciso ficarmos atentos, visto que essas

causas nã o vieram agora com a pandemia, elas já se

apresentam há muito tempo e precisam de cuidados

especí ficos.

Vamos chamar tudo o que foi citado acima de estresse

emocional, que é um importante fator de agravos

à saúde bucal como:

• Bruxismo (ranger os dentes);

• Apertamentos dentários;

• Hábito de morder os lábios, bochechas e outros objetos;

• Sucção digital (chupar dedo);

• Mascar chicletes;

• Apoiar as mãos ou objetos no queixo;

• Movimentar a mandíbula sem propósito definido e

sem contatos dentários;

• Rigidez muscular;

• Inflamações gengivais;

• Halitose;

• Aftas;

• Herpes;

• Gastrite.

O estresse emocional é um fator etiológico importante

na predisposição ou perpetuação de determinados

problemas bucais, alguns citados acima. Esses

problemas podem se tornar um complicador quando

combinado com outros fatores no que diz respeito às

consequências de efeitos no organismo, que podem

ser: alteração do sistema imunológico, hiperatividade

muscular, alterações comportamentais e modificação

da tolerância do indivíduo. Sinais clínicos intranucais

e extrabucais - sensibilidade dentária:

• Desgastes nos dentes;

• Retração gengival com ou sem cavidade (quando há

exposição de raiz dentária);

• Alteração dos dentes a sua posição na arcada dentária

(inclinação dentária, dentes ficando tortos ou

saindo do ‘seu lugar’);

• Dores de cabeça;

• Dor de ouvido;

• Zumbido;

• Travamento da mandíbula;

• Estalo ao abrir a boca.

Citei alguns sintomas, os quais podem aparecer

sozinhos ou não, mas todos devem ser tratados e

esse tratamento muitas vezes é multifatorial!

Deixe o estresse fora da sua vida! Tenha boas noites

de sono, cuide da sua saúde, alimente-se de forma

saudável, faça atividades físicas leves, tenha

momentos de prazer e descanso. Não tenha vergonha

de pedir ajuda e principalmente ame-se!!

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12.



Animais e crianças: a

importância dessa

relação.

Pedi ria

Ainfância é uma das fases mais importantes

para o desenvolvimento dos nossos filhos.

Nessa fase, o cérebro dos nossos pequenos

está mais receptivo a novos estímulos, aperfeiçoando

aspectos motores, emocionais, sociais e cognitivos.

A presença de um pet pode potencializar essa

fase e ajudar diretamente nesse processo, além de

criar memórias inesquecíveis. O contato com os animais

pode fazer com que a criança tenha uma vida

mais longa, saudável e feliz.

Outro fator muito importante, no convívio há o aumento

da atividade física, pois quanto maior o envolvimento

da criança com o animal, maiores as chances

de ela ser ativa, levando o mascote para passear,

brincar e diminuindo assim o sedentarismo e o risco

de obesidade infantil. A interação com os pets faz

com que as crianças executem repetidamente as

mesmas ações, o que aperfeiçoa habilidades motoras

e estimula a manutenção de um estilo de vida

mais ativo, reduzindo o risco de doenças cardíacas. O

convívio com o pet pode reforçar inclusive o sistema

imunológico dos nossos pequenos. Pesquisas epidemiológicas

revelaram que crianças que convivem

com animais tiveram seu sistema imune fortalecido.

O novo membro da família

Desenvolvimento infantil e o convívio com

animais de estimação

Um dos benefícios mais evidentes, relacionado ao

convívio com os bichinhos, é o aumento do estímulo

ao cérebro, causando assim, maior quantidade de conexões

entre neurônios, as conexões neurais. Estudos

apontam que aproximadamente 90% dessas conexões

ocorreram até os 6 anos de idade, o que reforça

a importância do convívio entre animais e crianças já

na primeira infância.

No entanto os pais devem ficar atentos com os cuidados

necessários, tanto na hora da escolha do pet, sendo

um que seja adequado à sua casa e rotina familiar.

Também é necessário supervisionar a interação

entre os filhos e os bichinhos, tendo cuidado constante

com a higiene e saúde dos animais. A decisão

de incluir o pet a rotina da família deve ser tomada

de forma responsável, analisando todos os cuidados

que esse novo membro necessita. Uma decisão precipitada

pode acarretar em frustrações e sofrimento,

inclusive para o pet.

Um animal de estimação é frequentemente o foco de

atividades que as famílias fazem juntas, produzindo

memórias inesquecíveis ao seu filho. Com os cuidados

necessários, um animalzinho só trará benefícios e

muito amor a sua casa.

Para mais esclarecimentos sobre o tema converse

com seu pediatra.

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12.



Qual método contraceptivo é

mais adequado para mim?

Ginecologia

Os contraceptivos são as principais ferramentas

de planejamento familiar. Cerca de 80% das

brasileiras usam algum método contraceptivo.

Antes de escolher, juntamente com seu médico, qual é o

mais adequado para você, é importante estar informada

quanto às taxas de falha de cada um, ou esperar que ocorra

uma nova gravidez.

O organismo feminino precisa de tempo para se recuperar

entre uma gestação e outra, e o tempo de espera, recomendando

para uma nova gravidez é 18 meses. Quando a

gravidez ocorre antes do recomendado os riscos de nascimento

prematuro ou de baixo peso ao nascer, distúrbios

congênitos e até maior risco de mortalidade materna e

infantil aumentam.

O DIU hormonal tem 0,2% de chance de falha ao ano, o

implante tem chance de 0,05%, sendo que esses dois

estão entre os métodos mais efetivos para prevenir gravidez.

Eles são tão ou mais eficazes que as cirurgias (laqueadura

e vasectomia). Já o DIU de cobre (não hormonal), tem 0,6%

de falha ao ano.

Vale lembrar que os métodos de DIUs, implante e os métodos

cirúrgicos não dependem da usuária, ou seja, a mulher

não precisa se lembrar de tomar ou aplicar o método após

sua iniciação, por isso não apresentam diferenças nas taxas

de falha dos estudos controlados e do dia a dia típico.

As pílulas anticoncepcionais, o anel vaginal, os injetáveis

e os adesivos transdérmicos, liberam uma quantidade de

hormônio, seja estrogênio, progesterona ou os dois, no

organismo feminino. Esses apresentam cerca de 0,3% de

falha ao ano, isso com o uso diário correto de ambos. Mas é

bom saber que, na vida real, com os típicos esquecimentos,

uso de bebida alcoólica e interações medicamentosas, a

chance de falha desses métodos pode chegar a 9% ao ano.

Os métodos de barreira apresentam taxa de falha bem

maior. A camisinha masculina apresenta de 3% a 14%,

enquanto a feminina a taxa é de 5% a 21%, no entanto,

são fundamentais para prevenir infecções sexualmente

transmissíveis (ISTs).

Há 3 tipos de contraceptivos reversíveis de longa duração,

conhecidos como LARCs: DIU de cobre, DIU hormonal e o

implante contraceptivo. Todos podem ser colocados de 4 a

6 semanas após o parto, se não houver contraindicações.

Eles não prejudicam a amamentação ou a saúde do bebê

e protegem a mamãe de uma nova gravidez pouco tempo

depois de dar à luz. Estudos comprovam uma eficácia de

mais de 99%. Então vamos aos números:

Uma pesquisa da Universidade da Califórnia concluiu que

mulheres que optaram pelo DIU tiveram quase quatro

vezes mais chances de manter um espaçamento saudável

entre gestações, quando comparadas com aquelas que

usaram apenas preservativos. Já para mulheres que escolheram

a pílula, a probabilidade foi duas vezes maior em

relação às que usaram exclusivamente camisinha.

Já conhecendo as taxas de falhas, é muito importante dizer

também que a mulher, juntamente com seu ginecologista,

discuta quais métodos são apropriados para ela. Assim ela

pode escolher e iniciar o uso de um contraceptivo no período

pós-parto, até que decida se quer e quando quer ter

outro filho.

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12.



Saúde mental é

fundamental para

uma vida saudável

Psicologia

Adefinição da Organização Mundial da Saúde

(OMS) é de que a “saúde é um estado de completo

bem-estar físico, mental e social e não

apenas a mera ausência de doença ou enfermidade”.

Nesse mundo conturbado, extremamente competitivo e

com tantas preocupações, pode ser difícil manter a saúde

mental. É quase impossível equilibrar esses dois mundos,

tanto profissional quanto pessoal, somado ao momento

turbulento pelo qual estamos passando, que atinge a

todos, tanto psicológica quanto fisicamente. Entender e

debater sobre sentimentos e angústias é importante para

evitar o adoecimento emocional da humanidade.

A prevalência de depressão e ansiedade, que afeta principalmente

jovens, no Brasil é de 15,5%. Muitas pessoas

não são diagnosticadas ou tratadas rapidamente e

alguns casos levam ao suicídio. Cuidar do físico-psíquico

se torna necessário para uma existência saudável,

ativa e potente, isso vale tanto para as emoções quanto

para o cognitivo.

Muitas vezes nos questionamos sobre coisas que estão

fora do nosso controle ou não sabemos como resolvê-las.

Entre elas podem estar a preocupação excessiva com

dinheiro, trabalho, família, saúde, entre outros, além de

medos ou sensação de que algo vai dar errado. Tudo isso

pode gerar altos picos de ansiedade, o que prejudica o

bom funcionamento do organismo em todos os sentidos,

interferindo inclusive no rendimento profissional.

Para dar atenção a sua saúde mental, não é necessário

que você esteja passando por um descontrole emocional

ou que esteja em tratamento psicológico e/ou psiquiátrico.

Afinal, cuidar da sua mente está diretamente

ligado à qualidade de vida.

Para manter a saúde mental equilibrada e alcançar uma

boa qualidade de vida, bem como desenvolver uma

rotina saudável de trabalho, é importante uma dedicação

diária, que implica em uma construção permanente

e para a qual não há receita pronta!

Mas, algumas dicas podem ajudar:

• Cuide da alimentação;

• Pratique atividade física ou dedique mais tempo ao

lazer (aquele que proporcionar maior prazer e ânimo);

• Priorize o sono;

• Não se culpe por tudo, seja flexível e empático com

você mesmo;

• Tenha momentos dedicados às pessoas queridas;

• Esteja em contato com a natureza;

• Exerça a empatia;

• Desenvolva sua fé;

• Conheça a si mesmo;

• Ajude o próximo;

• Evite o uso abusivo de tabaco, álcool ou outras drogas;

• Mantenha o contato com a família e amigos mesmo

que virtualmente;

• Sempre que possível estabeleça e mantenha uma

rotina;

• Mantenha o foco no que é real, pessoas ansiosas

costumam imaginar situações, quase sempre negativas,

e começam a sofrer por isso, criando um cenário de

pânico.

Se você sente que a sua mente atrapalha sua qualidade

de vida, não hesite em procurar um médico. Transtornos

e doenças psicológicas são como as doenças físicas e

podem ser tratadas e prevenidas. Procure ajuda especializada

com estratégias sólidas e mais eficientes.

Cuide da sua mente e tenha uma vida melhor!

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12.



Obesidade:

a grande epidemia

Gastroenterologia

Quando uma pessoa não estabelece limites e

regras para o modo como se alimenta, combinado

a um estilo de vida sedentário, tende ao

risco do sobrepeso e suas consequências. A obesidade

não é o que se vê no espelho, ou se mede na balança,

mas sim uma doença crônica definida pela Organização

Mundial da Saúde (OMS) como o acúmulo anormal ou

excessivo de gordura no corpo.

Há também fatores genéticos, neurológicos, psicológicos,

metabólicos e socioeconômicos que podem desencadear

ou interferir na obesidade. Numa alimentação

sem equilíbrio, com o consumo excessivo de gorduras

e açúcares, as moléculas de gordura chegam à corrente

sanguínea e o cérebro automaticamente entende que o

excesso delas é uma ameaça para o seu funcionamento,

com isso ocorre uma resposta inflamatória, aumento da

produção de insulina e sobrecarga do pâncreas.

A obesidade, infelizmente, é uma doença cada vez mais

comum acompanhada pelo surgimento de várias doenças

associadas, as quais causam incapacidade funcional,

redução da qualidade e expectativa de vida e aumento

da mortalidade.

A doença pode ser classificada como endógena, quando causada

por questões genéticas ou por alterações hormonais, e

como exógena quando ligada à ingestão excessiva de calorias,

ao sedentarismo, consumo de alguns medicamentos,

má alimentação e fatores psicológicos. Tudo contribui

para o ganho de peso nesse caso.

quanto maior é o sobrepeso, maior é o esforço do coração

para conseguir bombear o sangue.

Conhecer os fatores que desencadeiam e estar atento

aos primeiros sinais de distúrbios alimentares é importante

para prevenir a obesidade, além disso, é fundamental

educar e estimular as pessoas para que optem

por alimentos saudáveis para evitar o sobrepeso e a

obesidade.

Uma dieta alimentar equilibrada, com orientação médica,

prática regular de exercícios físicos e mudanças no

estilo de vida, possibilita reduzir em até 60% o risco de

desenvolver doenças cardiovasculares importantes e

naturalmente tende à queda do excesso de peso.

Há também opções de medicamentos que auxiliam na

redução do apetite e na compulsão alimentar, e em alguns

casos, a cirurgia bariátrica é recomendada. O uso

do balão intragástrico para redução do peso permite

uma sensação de saciedade com menor quantidade de

alimentos, tem baixo risco de complicações, sendo um

grande aliado no tratamento da obesidade para casos de

não indicação de cirúrgica.

Se você já sofre com a obesidade e quer ter uma melhora

na sua qualidade de vida, procure ajuda médica. Uma

avaliação adequada permite indicar o melhor tratamento

de forma individualizada.

A obesidade é fator de risco para problemas como hipertensão,

doenças cardiovasculares, dislipidemia, diabetes

tipo 2, artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo

esofágico, tumores de intestino e de vesícula entre outros

que podem aumentar a chance de morte.

Outras doenças crônicas associadas à obesidade são:

doença renal crônica, artrose, câncer, diabetes mellitus

(DM), apneia do sono, doença gordurosa do fígado,

hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, pois

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12.



˜

Ampulheta do

desenvolvimento motor

segundo Gallahue

˜

Educacao Fisica

Achamada Ampulheta do Desenvolvimento

Motor, ou Ampulheta da Vida, de Gallahue

e Ozmun, tem como objetivo ilustrar as

fases de desenvolvimento que adquirimos ao longo

da vida, e até à morte. Esse desenvolvimento se divide

em 4 fases sequenciadas e tem como referência o

avanço da idade cronológica.

Compreender como funciona cada fase motora e

seus respectivos estágios nos faz entender o quão é

importante o acompanhamento de excelência para o

bom desenvolvimento dos nossos pequenos. Nesse

processo, os aspectos cognitivos, emocionais e motores

estão interligados e as oportunidades a que

as crianças são expostas, bem como o ambiente em

que crescem, têm influência direta no seu desenvolvimento.

Na ampulheta, a areia representa a vida e temos três

fatores que influem no preenchimento da ampulheta:

fatores hereditários, ambientais e individuais.

Existe também um filtro e sua medida ou densidade

é determinada por vários fatores, tais como: aptidão

física, estado nutricional, exercício e outros. Esse filtro

está baseado no ambiente, e serve para controlar

a quantidade de areia que cai na ampulheta. Desse

modo, quanto mais oportunidades nos damos, mais

areias passa a entrar na ampulheta, fazendo com que

demore mais tempo para esvaziar a areia da vida.

Nós, do Espaço Viva Bem, temos uma equipe

especializada e preparada para que, juntamente com

você pai/mãe, possamos promover saúde e o desenvolvimento

adequado para o seu filho, respeitando

qualquer dificuldade ou limitação e trazer o que há

de melhor para auxiliá-lo em cada fase do desenvolvimento.

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18.



Hipertensão e

Obesidade:

uma bomba relógio

Cardiologia

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia,

das 6 doenças que mais levam a óbito no

Brasil, 4 estão diretamente ligadas à obesidade:

acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio,

diabetes e hipertensão. Quando associadas,

elas são responsáveis por cerca de 70% dos casos

de morte.

O Brasil, que já teve alta taxa de subnutridos, registra

agora uma verdadeira epidemia de obesidade, que

está associada a um aumento do risco de doenças

cardiovasculares. Geralmente estão acompanhadas

de colesterol alto, diabetes e hipertensão, levando à

obstrução de artérias, com graves complicações de

saúde, incluindo infarto agudo do miocárdio, derrames,

problemas na coluna vertebral e nos joelhos,

varizes em membros inferiores e outras complicações

graves.

O primeiro parâmetro a ser considerado, na quantificação

da obesidade, é o índice de massa corpórea

(IMC). O segundo parâmetro é a circunferência abdominal,

que de acordo com a distribuição do volume

de gordura, pode ser classificada em obesidade androide

e geoide.

A obesidade androide é predominante no sexo

masculino, também conhecida por obesidade alta,

central ou troncular, com tendência de acúmulo de

gordura na região abdominal e torácica, o famoso

corpo em forma de maçã.

A obesidade ginoide também conhecida por obesidade

baixa, periférica ou gluteofemoral que ocorre

predominantemente no sexo feminino. Há uma tendência

de acúmulo de gordura nas regiões do quadril,

glúteos e regiões femorais, o famoso corpo em

forma de pera.

OBS: Se esta circunferência abdominal for maior

que 102 cm em homens e 88 cm em mulheres, associada

a outras doenças como diabetes mellitus e

dislipidemia, aumenta significativamente o risco de

doenças cardiovasculares.

Esta gordura que se acumula no abdômen (gordura

visceral), se instala por cima dos órgãos, como o fígado,

estômago, intestino e coração, dificultando o

funcionamento deles e provocando uma síndrome

metabólica, hormonais, inflamatórias e hemodinâmicas,

aumentando ainda mais o risco de doenças cardíacas,

pressão alta e diabetes.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde

em 2019, apontam que cerca de 60% da população paranaense

está acima do peso. Esse número corresponde

a 6,8 milhões de pessoas.

Buscar orientação e suporte profissional é fundamental

para a qualidade de vida e para uma vida

mais longa e saudável. Procure ingerir alimentos naturais,

evitando os industrializados. Também é importante

controlar a ingestão de sal e de açúcar e evitar

as frituras.

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Você sabe o que é

Hirsutismo?

Endocrinologia

Éuma das desordens endócrinas mais comuns,

afetando 10% das mulheres nos Estados

Unidos e que se caracteriza pelo aumento da

quantidade de pelos na mulher em locais comuns ao

homem, como queixo, buço, abdome inferior, entre

as mamas e na parte interna da coxa.

O diagnóstico é realizado pelo médico através de

anamnese, exame físico e exames laboratoriais e de

imagem, se necessário.

Causado pelo excesso de produção de androgênios

(hormônios masculinos). As causas mais comuns são

o Hirsutismo idiopático (sem causa exata) e a Síndrome

dos Ovários Policísticos e entre as causas menos

frequentes estão o uso de alguns medicamentos

(como anabolizantes), tumores e hiperplasia adrenal

não clássica. Independente da etiologia, causa

transtornos emocionais e distorção da autoimagem

da mulher.

Os objetivos do tratamento é tratar as condições causais

e remover o excesso de pelos. Faz-se necessário

ainda o tratamento medicamentoso para inibir ou diminuir

o crescimento dos pelos e tratamento cosmético

com retirada dos pelos já existentes.

Essa disfunção pode ser acompanhada de outros sinais

de hiperandrogenismo como acne, aumento da

oleosidade da pele, queda de cabelos, virilização

(aumento de clitóris, aumento de massa muscular e

modificação do tom da voz) e distúrbios menstruais

e infertilidade.

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18.



A sinusite tem cura?

Otorrinolaringologia

Sim! Na grande maioria dos casos consegue-se

a melhora total dos sintomas com tratamento,

seja com medicações ou cirurgia. Em quadros

bacterianos agudos, com menos de 3 meses de

evolução, o tratamento é realizado com antibióticos

associados a sprays nasais.

Para os pacientes que têm quadros de sinusite de repetição,

sinusite fúngica, pólipos nasais ou sinusite

crônica (que não melhora após 3 meses, mesmo com

tratamento medicamentoso adequado), pode ser indicada

a Cirurgia Funcional Endoscópica dos

Seios Paranasais. Esse procedimento tem como

objetivo desobstruir e ampliar os óstios de drenagem

dos seios da face, restaurando a funcionalidade do

nariz. Com isso, o paciente melhora da dor em face,

escarro, tosse, obstrução nasal, perda de olfato,

entre outros sintomas.

Atualmente essa cirurgia é feita através de endoscópio,

que permite melhor visualização da anatomia

interna do nariz e garante resultados mais precisos.

Internamente, o nariz se localiza entre áreas muito

nobres da cabeça, como a base do crânio e os olhos

e importantes artérias e nervos. O uso do endoscópio

permite que a cirurgia se torne um procedimento

mais seguro e com resultados mais precisos, trazendo

melhor controle da doença com menos desconforto

e recuperação mais rápida para o paciente.

Nem toda dor na face é sinônimo de sinusite e nem

toda sinusite é cirúrgica, cada caso deve ser avaliado

individualmente.

O que são os pólipos nasais?

Alguns pacientes com quadros de sinusite crônica

possuem também pólipos nasais. Estes são espécie

de múltiplas massas de aspecto gelatinoso as quais

estão alojadas dentro das cavidades do nariz e dos

seios da face. São mais comuns em pacientes com

histórico de asma alérgica ou de alergia a algumas

medicações, como aspirina e anti-inflamatórios. Esses

pólipos são tratados com remoção cirúrgica e

corticoide de uso local, em forma de spray nasal.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico pode ser realizado por história clínica

e exame físico completo realizado por médico otorrinolaringologista.

Em casos atípicos, de dúvida diagnóstica

ou em casos crônico, podem ser necessários

exames complementares, de videoendoscopia nasal

ou tomografia computadorizada dos seios da face.

Não são necessários cortes externos na face e nem

uso de tampão nasal de rotina e um fator muito importante,

o paciente quase não sente dor no pósoperatório.

O principal inconveniente é obstrução do

nariz que perdura por aproximadamente 7 a 10 dias,

enquanto os tecidos ainda têm edema (inchaço).

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18.



Dependência e

dependente

Psicologia

Dependência define-se por um conjunto de

fenômenos psicofisiológicos que se desenvolvem

após o consumo repetido, quando a

pessoa não tem o controle de si mesma e se torna

dependente desse hábito. Geralmente esse distúrbio

representa um impacto profundo em diversos

aspectos da vida do indivíduo e também daqueles

que estão ao seu redor, chega a ser classificado pela

OMS como um transtorno psicológico e mental, que

merece atenção e tratamento especializado.

A dependência é caracterizada pela incapacidade de

abster-se de forma consistente e geralmente envolve

ciclos de recaída e remissão. Adicção se refere a

qualquer dependência física, psíquica ou compulsiva

que um indivíduo possa desenvolver por causa dos

mais variados fatores. A pessoa busca descontar suas

frustrações em hábitos, compulsão ou o uso de substâncias

ou álcool que compensem e que lhe proporcionem

tal conforto.

O cérebro fica tão afetado a ponto de transmitir sinais

semelhantes ao sinal de quando se está com fome, sentindo

a necessidade de consumir ou praticar algo capaz

de suprir essa sensação.

Nesse sentido, associa-se algumas vulnerabilidades

ligadas à genética, ansiedade, tédio, raiva, frustração,

solidão, experiências de vida e pressões sociais que se

tornam um gatilho capaz de elevar o nível de adicção.

Sem tratamento ou sem compromisso em atividades de

recuperação, a adicção é progressiva e pode resultar em

invalidez ou morte. Ninguém é doente porque deseja

ser, mas aceitar o fato de que precisa de ajuda é

essencial para iniciar um tratamento.

Assim, é de extrema importância que a pessoa procure

ajuda de profissionais da área psicológica

antes que ocorra influências negativas à saúde

física, à rotina, às funções acadêmicas e/ou profissionais

e às relações interpessoais. Essa iniciativa é

importante para entender o que realmente pode estar

por trás dessa “fuga”. O acompanhamento de um

profissional pode garantir a melhora da sua saúde

como um todo. Uma das indicações é a da Terapia

Analítico Comportamental, por ser uma abordagem

terapêutica estruturada, diretiva, cientifica com metas

claras e definidas pelo psicólogo em conjunto

com o paciente.

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18.



Você sabe o que é

Melanose Solar?

Dermatologia

S

abe aquelas “manchinhas’’ que aparecem em

muitas pessoas com o passar dos anos? Essas

manchinhas são chamadas de Melanose ou

Lentigo Solar e são resultantes da idade, exposição

solar ou à luz ao longo dos anos, sendo mais frequentes

em pessoas de pele clara. São lesões benignas, que não

apresentam riscos ou indício de câncer de pele ou de

outras doenças de grande relevância.

Isso ocorre porque a radiação ultravioleta emitida

pelo sol estimula maior produção e atividade dos

melanócitos (célula que produz o pigmento que dá a

cor à pele), causando as manchas. Essas manchas podem

ser de diferentes tons de castanho, variando de

milímetros a alguns centímetros de diâmetro, atingindo

áreas que são expostas ao sol, como o rosto,

dorso das mãos e dos braços, colo e ombros.

• Crioterapia com nitrogênio líquido: objetiva

o congelamento de determinadas lesões, levando à

sua destruição.

• Peeling químico: utilizado para estimular a renovação

da pele envelhecida ou danificada. Pode ser

superficial, médio ou profundo.

• Luz Intensa Pulsada e Laser: ambos terão como

alvo a melanina, o pigmento escuro da pele, que se

concentra nas lesões. O pigmento absorverá a luz

emitida, a qual promoverá a destruição da lesão.

Como só atua no pigmento, o procedimento torna-se

menos agressivo e mais seguro, pois só atuará nas

lesões pigmentadas.

É importante usar filtro solar diariamente, o que previne

não só as manchas, como as lesões neoplásicas

e pré-neoplásicas. E para as que já estão instaladas,

existem tratamentos diversos com resultados terapêuticos

variáveis, veja:

• Cauterização química: pode ser realizada pela

aplicação pontual de ácido tricloroacético ou fenol

na superfície da lesão.

• Jato de Plasma: o plasma é um gás ionizado com

íons e elétrons. Ao ser aquecido, em contato com o

oxigênio, produz o plasma, quando é feito os disparos

de jatos de energia elétrica em um campo magnético

seco, no caso a pele, causando micro lesões

provocando uma despigmentação.

O diagnóstico e o tratamento devem ser realizados e

indicados pelo médico dermatologista. Agende sua

avaliação!

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18.





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