LIBERDADE RESPONSÁVEL NOS MEIOS DIGITAIS
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Copyright©2020 by Eva Andrade
Capa & Diagramação: Enoque Ferreira Cardozo
(Trupe serviços editoriais Freelancer -
http://trupeservicoseditoriais.blogspot.com.br/)
Org. Eva Andrade
ILUSTRAÇÕES:
Marcela Barbosa,
Kevin Coutinho,
Endrew Azedin e
Nicolas Alves
ANDRADE, Eva.
LIBERDADE RESPONSÁVEL NOS MEIOS
DIGITAIS – 1ª ed. – Pindamonhangaba/SP. Edição do
autor, 2020.
32 p.: il.
1. Educacional. 2. Boas Práticas.
LIVRO BRASILEIRO. I Título
E-BOOK DO AUTOR – 2020.
FORMATO: A5 148x210
Copyright "©" 2020. Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução parcial ou total, por qualquer meio.
Lei Nº 9.610 de 19/02/1998 (Lei dos direitos autorais).
2020. Escrito e produzido no Brasil.
Contato com o autor: poeticadaliberdade@gmail.com
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Apoiadores e incentivadores culturais:
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À diretora Adileia Monteiro, à coordenadora Michele de Paula e às
professoras Alessandra T. Floriano, Carliene Patricia da Silva,
Paulina Corrêa Leite Menecucci Ribeiro, Vanessa Cristina Corneti
de Lima, Jussara de Souza Oliveira, Fabiana Fernades, Araceli
Oliveira e Liliane Vaz Camargo e Thalita Pinho de Menezes Leite
que, com sensibilidade, mobilizaram alunos e alunas da EE Isis
para participarem deste projeto.
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S U M Á R I O
P R E F Á C I O .................................................................. 06
CAPÍTULO ÚNICO ........................................................................... 07
SEÇÃO RELATOS ............................................................................. 27
SOBRE OS AUTORES ...................................................................... 31
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P R E F Á C I O
Ao preparar uma Formação, temos em mente o que ela
agregará aos participantes. Saber que a Formação Uso Responsável da
internet realizada por mim, na E.E. Profª Isis Castro de Mello
César, conseguirá ir além da sala virtual e além dos profissionais da
escola – pois inspirou Eva Andrade com seu trabalho Liberdade
responsável nos meios digitais, que chegará aos jovens e adolescentes –
é uma realização pessoal.
Há, certamente, inúmeras maneiras de se conscientizar a
juventude dos problemas que vivenciamos nos dias de hoje, mas
Eva Andrade consegue em Liberdade responsável nos meios
digitais transmitir uma mensagem de reflexão para a
conscientização e mudança dos atos praticados na rede social, sem
apelar para a mesmice de um manual didático. Transmite o que se
passa nos dias de hoje de forma leve, jovial, com uma linguagem
acessível e ao estilo da nossa juventude, conseguindo mostrar que
a forma como usamos as redes sociais faz toda a diferença e que
nela há regras e leis, Não é terra de ninguém!
O E-book Liberdade responsável nos meios digitais espalha
através da história de Nicolle e Mauro, sentimentos, atitudes e
aprendizagem e as ilustrações realizadas pelos alunos, adolescentes
que estão vivendo este momento, torna o e-book ainda mais rico e
significativo; com leitura leve, prazerosa e cheia de aprendizagem.
MICHELE DE PAULA SILVA GOMES E SILVA
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Nestes dias em que vivemos
imersos em ambientes virtuais,
eis que uma jovem inteligente se
deparou com uma situação
desafiadora. Enquanto estudava
em casa, recebeu uma ligação do
amigo. A conversa entre eles foi
a seguinte:
— E aí, Nicolle, o que
aconteceu? Por que saiu do
grupo de Whats app da turma?
— Ainda bem que perguntou,
Mauro! Você não percebeu que a
galera me escanteou feio?
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— É, eu percebi... Mas, achei
que não era para tanto!
— Não era para tanto? Como
assim? Se você acredita que o
que fizeram comigo, denegrindo
minha imagem e me agredindo
verbalmente, não foi nada, então
por que me ligou?
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— Calma, Nicolle. Desculpas. É que
quando a gente se acostuma com a galera, a gente
vai na onda! Mas, eu confesso que muitas vezes
me sinto desconfortável com o linguajar pesado
deles, sabe?
— Ainda bem que você se sente assim! O
respeito, Mauro, é fundamental para cultivarmos
boas relações. Eu não faço cyberbullying com
ninguém e não admito que venham com essa
história para o meu lado!
— Cyber o quê?
— Cyberbullying, Mauro! Eu pesquisei um
pouco sobre isso, graças também a uma atividade
que o professor da matéria de Tecnologia havia
passado, justo quando a galera me detonava!
Conhecimento é tudo, Mauro! Você sabia que o
cyberbullying é um crime contra a honra e
passível de punição, prevista no Código Penal
brasileiro? Pois é, meu amigo! A gente deve
pensar muito antes de postar as coisas nos meios
digitais.
— Ah, mas isso não é para a gente, não
Nicolle. Nós somos jovens...
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— Você está redondamente
enganado! Pois no caso de os
crimes serem praticados por
menores de 18 anos, a prática
será caracterizada como ato
infracional, punível com medidas
socioeducativas previstas no
Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA).
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— Uau! Sabe, Nicolle, isso é
muito sério!
— Seríssimo, Mauro. Seríssimo.
Só que a galera não saiu impune.
Até fiz denúncia na escola, com
prints das mensagens ofensivas e
caluniosas. Delatei todos. Passei
uma lista com os nomes, apenas
para me defender e para evitar que
isso continuasse acontecendo com
outros jovens.
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— Ah, então foi por isso que o grupo foi desfeito!
Nossa, então foi você, que coragem!
— Sim! Não precisamos de comunicação violenta,
Mauro. Não precisamos de provocações, de linguagem vulgar
e ofensiva! Precisamos de respeito, ainda mais nestes tempos
de pandemia, em que usamos tanto os meios eletrônicos!
— Nossa, Nicolle, você realmente abriu os meus
olhos! Regras e limites são necessários. Sabe, você é uma
garota heroica. Tenho certeza de que, daqui em diante, a
galera não vai mais agir assim!
— Legal. Precisamos exercer nossa liberdade com
responsabilidade. Sem valores, sem ética, nossas relações se
degradam. Precisamos cuidar uns dos outros e essa arte
envolve o controle de nossos comportamentos, antes que
estes interfiram negativamente nas vidas dos outros. A
autorregulação moral, meu amigo, é aquela que não depende
de punições externas: você apenas sabe o que deve ser feito e
o que não deve ser feito. Liberdade responsável nos meios
digitais, este é meu lema. Qualquer dúvida, pode contar
comigo, está bem?
— Que demais! Eu já lhe disse que curto muito
conversar com você?
Nicolle e Mauro sorriram e combinaram fazer juntos
as lições da semana, por meio de chamadas de vídeo.
E foi assim que Mauro passou por um importante
processo de crescimento, graças a Nicolle, que buscava
informação segura e valores nos quais pudesse se apoiar!
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SEÇÃO RELATOS
Cada pessoa expressa experiências (boas e/ou más) de
forma única. Confira, a seguir, alguns relatos de alunos e alunas da
EE ISIS sobre o tema desta publicação. O importante é que, assim
como Nicolle e Mauro, possamos nos conscientizar sobre o tema.
Uma menina P. que era meio gordinha, outra menina T.,
que era amiga dela há tempos, inclusive ela e os pais dela
frequentavam a casa de P.
Um dia, T. entrou no Facebook dos pais de P. e pegou
uma foto dela na praia de biquíni e colocou num grupo de amigas,
falando de P., que era gorda igual à baleia, etc.
Resumindo P. ficou com problemas psicólogos, muita
tristeza e decepcionada.
E quanto a T., nada aconteceu. Ela apagou a foto e disse
que era mentira e os pais acreditaram nela.
Relato da Marcela Barbosa de Camargo, 8ºB
Vou contar a história de uma conhecida da minha família
que se mudou para Barra Mansa RJ.
No primeiro dia de aula dela na nova escola a professora
perguntou de onde ela veio. Então ela disse de São Paulo. A
professora na mesma hora falou:
— Nós cariocas não gostamos de vocês paulistas.
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Desde então, ela começou a perceber a diferença de
tratamento dado aos alunos nascidos na cidade e o tratamento
dado a ela, que era de outro estado.
Diga não ao bullying!
A depressão afeta 4,4% da população mundial, 5,8% dos
brasileiros, podendo levar ao suicídio ou a outros distúrbios
psicológicos.
Relato do Endrew Schmeiski Barros Azedin 9ªA
A adolescente de 12 anos Maria Fernanda foi vítima de
um caso de cyberbullying. A estudante foi exposta e ridicularizada
em algumas páginas de ―humor‖, do Facebook. Elas postaram
fotos da garota e fizeram brincadeiras desagradáveis sobre seus
pelos faciais.
Algumas pessoas descobriram o perfil de Maria Fernanda,
e as ofensas passaram das páginas de humor para seu perfil
pessoal. Elas enviaram fotos de instrumentos cortantes, pinças e
aparelhos de depilação.
Antes de apagar sua conta no Twitter, Maria fez um apelo,
pedindo que as pessoas parassem com a maldade que estavam
fazendo com ela.
Relato do Ithalo dos Santos Lima 8ºB
Oi, meu nome é Marcela, e hoje eu vim contar um relato
meu, que se trata de um cyberbullying. Havia um grupo de alunos
na minha sala que não gostavam de mim e foi aí que tudo
começou. Eles provocavam na minha frente, mas eu nunca me
escondi por causa disso e resolvi contar o problema aos meus pais
e para uma professora. Para resolver o caso, a professora sentou
comigo e com as meninas. Depois dessa conversa, as provocações
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na minha frente pararam, mas eu descobri que havia uma
comunidade em um site de relacionamento, criada exclusivamente
para me zoar! Quando vi, queria enfiar minha cabeça em um
buraco e me esconder para sempre, mas não adiantaria nada se
fizesse isso. Contei novamente para os meus pais e dessa vez eles
foram ao colégio. Nós selecionamos todo o material que estava
sendo veiculado na comunidade, que eram fotos minhas com
chifres, nariz de palhaço e até mesmo com ameaças de morte. Não
me deixei abalar por essas coisas e ao invés de trocar de escola,
apenas mudei o meu turno de estudo. A minha escola não resolveu
o problema, pois as pessoas que fizeram isso comigo continuam
por lá, como se nada tivesse acontecido. Mas, por causa da minha
atitude, não sofri por muito tempo e não fiquei com nenhum tipo
de trauma. Contudo, para lidar com isso, tenho um blog e escrevo
sobre bullying e outros temas. É o http://vivendoavidadeadoles
cente.blogspot.com/.
P., de 15 anos, Fonte: Portal Capricho
Relato da Raissa Helena de Freitas 9º B
Eu conheço um caso de cyberbullying, ocorrido agora
neste momento de quarentena, onde pela mídia social Instagram,
uma menina criou uma página que falava mal de várias pessoas,
inclusive da amiga de minha irmã, que até onde eu sei, não ficou
psicologicamente afetada, mas que claro momentaneamente ela foi
sim afetada, até porque ninguém gosta de ficar vendo outra pessoa
falando coisas maldosas sobre você, ainda mais em rede pública,
com outras pessoas lendo ou vendo. Não foi só o caso desta amiga
da minha irmã, mais sim de muitas outras meninas que estão,
acredito eu, aproveitando este momento de ficar em casa para ser
influencer digital e a partir daí surgiu todo esse stress que não era
necessário, consequentemente sendo um cyberbullying.
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No final de tudo, descobriram quem era a menina que
estava publicando as coisas, e essa menina desfez a página.
Certamente, essas pessoas também já foram vítimas de
cyberbullying, mas nada justifica seus atos. O recado que eu quero
deixar é: não faça com os outros aquilo que você não quer que
faça com você. Porque tudo que você faz volta para você, pode até
ser divertido no momento que você faz isso, mas acredite você
está fazendo mal a si mesmo. Não sei, literalmente, o que se passa
na cabeça de uma pessoa ao querer espalhar negatividade
informações sobre as outras pessoas. Espero de verdade que essas
pessoas um dia acordem para a vida. O cyberbullying é algo
eternamente DESNECESSÁRIO.
Relato de V.S.S., 8°A
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SOBRE OS AUTORES
Adoro escrever. O conhecimento é
o alicerce de uma vida honrada. E livros
são como a raiz de uma árvore: se regamos
a base, a copa se torna exuberante.
Eva Andrade
Eu sou uma pessoa cem por cento
de bem com a vida. Eu fiquei muito feliz e
contente em usar a minha arte pra esse
projeto.
Nicolas Alves Rodrigues, 9º ano B
Gosto de desenhar, andar de skate,
tocar violão e jogar jogos competitivos.
Achei legal a professora Thalita me chamar
para este projeto porque eu gosto de
desenhar e me senti feliz porque gosto de
participar de projetos desse tipo.
Kevin Coutinho Viana, 9 ano A
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Eu fiquei feliz de fazer o desenho, mas ao
mesmo tempo triste, pois eu estava
desenhando algo que não era para existir,
mas existe. Eu sou uma pessoa que gosta
de fazer amizades e de ver todos felizes.
Marcela Barbosa de Camargo, 8° ano B
Eu sou um adolescente de 15 anos
que admira tanto as artes visuais quanto as
músicais. Participei do projeto, pois fiquei
feliz em saber que finalmente minha arte
poderia ser usada para algo. Gostei de
fazer, pois esse tipo de trabalho pode
mudar a visão das pessoas, pais que
pensam que o sofrimento dos filhos é
frescura, assim não resolvendo a situação,
ou até mesmo o bullying. Me senti feliz por
talvez poder estar ajudando alguém com algum problema.
Endrew Schmeiski Barros Azedin, 9º Ano A
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