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Economia & Mercado Setembro 2020

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O que o País conseguiu<br />

em receitas...<br />

No 1º semestre houve equilíbrio ao nível<br />

dos recursos mobilizados, que chegaram<br />

aos 50,5%, uma capacidade que pode<br />

ainda melhorar com a retoma gradual da<br />

actividade económica.<br />

Em mil milhões de meticais<br />

Recursos<br />

por mobilizar<br />

170,9<br />

... E onde foram<br />

alocadas?<br />

Muitos sectores não deverão cumprir as<br />

metas previstas, com destaque para a<br />

defesa que já gastou 95% do alocado.<br />

serviços públicos gerais<br />

defesa<br />

104<br />

41,3<br />

39,7<br />

10,6<br />

10,1<br />

95,5<br />

Quanto foi gasto?<br />

Despesa<br />

por realizar<br />

203,6<br />

174,5<br />

Recursos<br />

mobilizados<br />

O Estado realizou despesas equivalentes<br />

a 41,1% do orçamento anual. A principal<br />

chamada de atenção, neste aspecto,<br />

é para que haja maior transparência<br />

para voltar a merecer a confiança dos<br />

parceiros externos.<br />

Em mil milhões de meticais<br />

345,4<br />

mil milhões Mt<br />

345,4<br />

mil milhões<br />

141,8<br />

Despesa<br />

realizada<br />

segurança e ordem pública<br />

assuntos económicos<br />

protecção ambiental<br />

habitação e desenv. colectivo<br />

saúde<br />

recreação, cultura e religião<br />

educação<br />

segurança e acção social<br />

Orçamento anual<br />

Taxa de realização<br />

28,4<br />

14,5<br />

51<br />

74<br />

26,2<br />

35,4<br />

8,9<br />

0,47<br />

5,3<br />

10,4<br />

2,9<br />

28,4<br />

31,3<br />

12<br />

38,2<br />

1,5<br />

0,04<br />

38,7<br />

65,3<br />

30<br />

46<br />

10,7<br />

3,6<br />

33,7<br />

Realização Jan./Jun.<br />

FONTE Ministério da <strong>Economia</strong><br />

e Finanças<br />

Celeste Banze, economista e pesquisadora do CIP<br />

está intrinsecamente ligado ao Orçamento<br />

do Estado (OE) aprovado, ou seja,<br />

se este for omisso, o REO será igualmente<br />

omisso. Portanto, havendo alterações<br />

conjunturais (por exemplo, revisão<br />

do crescimento do PIB real, das<br />

exportações e/ou dos recursos do Estado,<br />

etc.) na proporção dos impactos<br />

causados pelo Covid-19, o ideal é submeter<br />

um orçamento rectificativo para<br />

que a execução reflicta, efectivamente,<br />

a informação enquadrada ao<br />

contexto actual.<br />

Há indicadores claros, em Moçambique,<br />

de que será mesmo necessário<br />

submeter o orçamento rectificativo,<br />

nomeadamente o facto de, no OE<br />

aprovado: se ter considerado um nível<br />

de crescimento do PIB de cerca<br />

de 2,2% e, actualmente, ter sido revisto<br />

para 0,8%; se ter considerado<br />

um nível de exportações de cerca de<br />

4,4 mil milhões de dólares, que, muito<br />

provavelmente, não se irá alcançar<br />

pelo facto destas não terem atingido,<br />

sequer, metade da meta prevista,<br />

ao se fixarem em apenas 1,2<br />

mil milhões de dólares; se ter considerado<br />

também um envelope de recursos<br />

e limite da despesa que agora<br />

mudou no contexto das acções para<br />

fazer face os desafios do Covid-19.<br />

“Se até ao final do ano não forem<br />

incorporadas as revisões conjuntu-<br />

42<br />

www.economiaemercado.co.mz | <strong>Setembro</strong> <strong>2020</strong>

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