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Revista Empresários Edição Novembro Dezembro 2020 Auditada

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O futuro do profissional de Comércio Exterior – Por: Alessandra Bacci é Head de

Pessoas na eCOMEX-NSI

Para potencializar a absorção

da transformação digital no

mercado de Comércio Exterior,

é fundamental compreendermos

que, no futuro, todas organizações

serão empresas de tecnologia

A pandemia do novo coronavírus

acelerou não somente o processo

de transformação digital, como

desencadeou uma necessidade

de autoconhecimento e autodesenvolvimento

dos profissionais

em todos os níveis da organização.

Como em toda crise severa,

a adjeção desses fatores resultou

em uma janela de oportunidades

para que se conquiste a valorização

equitativa dos papéis da tecnologia

e das pessoas na evolução

da empresa.

O momento é de convergência

e todos na organização já compreenderam

que as pessoas terão

papel central nesse processo

de transformação tecnológica.

Nesse sentido, as inovações digitais

já não provocam a mesma

resistência de antes por parte dos

colaborares e não se limitam somente

aos ganhos de eficiência e

produtividade.

A transformação é digital e comportamental

O que vivenciávamos até então

era um desalinho entre as inovações

de sistemas e a evolução dos

recursos humanos da empresa,

em que os profissionais, mesmo

conscientes da necessidade de

rápida adaptação para sobreviverem

no novo mercado, não

conseguiam reagir no mesmo

compasso das transformações digitais,

tampouco aproveitar todas

suas potencialidades.

A pandemia e os reflexos do distanciamento

social, que vão desde

o aumento do uso da tecnologia

básica em nosso dia a dia aos

desafios de se manter a produtividade

no home office “forçado”,

definitivamente acelerou o futuro.

Por isso, é inevitável intensificar a

transformação comportamental

dos colaboradores, processo que

deve ser fomentado pela empresa

por meio de capacitação, avaliações

e engajamento da liderança.

Tecnologia humanizada: equilíbrio

operacional ao alcance das

empresas

Em seu livro “FUTURO S/A”,

André Souza, CEO da empresa

homônima, realiza um compilado

de conteúdos referentes à

transformação cultural das organizações.

Uma de suas frases representa

com fidelidade a importância de

se discutir o papel das pessoas

ante a digitalização em massa que

tende a continuar nos próximos

anos.

“… O humano vai mostrar que o

humano precisa ser humano.

E que o robô será robô”.

Por mais despretensioso que possa

parecer, esse trecho reforça que

não se trata de substituir o trabalho

humano e ofuscar seu protagonismo,

mas de atribuir uma

abordagem plenamente estratégica

para que os profissionais sejam

valorizados.

A insistência em sistemas manuais

reduz a participação humana

a tarefas repetitivas que beiram a

exaustão, comprometendo oportunidades

de destaque para o indivíduo.

Por isso, pensar na utilização

da tecnologia de forma

humana deve ser uma medida

imediata para empresas interessadas

em absorver o potencial

por trás da transformação digital,

sem desconsiderar as consequências

positivas dessa movimentação

à realidade de trabalho compartilhada

internamente.

O profissional de Comércio Exterior

cada vez mais tecnológico

Em outros tempos, planilhas e

modelos manuais foram importantes

para nosso segmento, mas

a aceleração da tecnologia, entre

movimentos governamentais e a

obtenção de resultados animadores,

aponta para a urgência de se

inserir o profissional de Comex

em um ambiente digital, tanto no

aspecto técnico como no intelectivo.

Atualmente, uma gestão que lide

com a complexidade do Comércio

Exterior não pode simplesmente

ignorar o sucesso para o

planejamento estratégico identificado

nessa coexistência entre

ser humano e máquina.

Com essa mudança no mindset

da operação e a automatização

de processos, o potencial de cada

um dos profissionais será evidenciado.

Não por acaso, aquela resistência

à transformação digital tem

deixado a pauta das pessoas, que

estão conscientes quanto à naturalidade

do tema.

O Comércio Exterior é um exemplo

concreto e capaz de dimensionar

o real impacto da tecnologia

sobre a gestão de uma empresa.

O objetivo é potencializar o tempo

e o talento humano, utilizando

os sistemas para resolverem

problemas complexos de forma

simples e eficiente. Dessa forma,

soluções inovadoras são grandes

aliadas, não obstáculos.

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