Jornal Construindo - Ed. 24
Novembro de 2019
Novembro de 2019
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NOVEMBRO DE 2019 • Nº 24 • ANO XII
CNLB NE-I
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cnlbne1.org.br
E fique atualizado
2
A Igreja em
Sínodo
Nestes dias 6 a 27 de outubro reúnem-se
com o Santo Padre o Papa Francisco em
Roma, bispos da Região Pan-amazônica
com outros convidados, sacerdotes,
religiosos, leigos e “amigos da casa
comum”. A Igreja em sínodo, isto é “fazendo unida o
Caminho”, busca discernimento, sob a ação do Espírito
Santo para o futuro da evangelização na Amazônia
(realidade geográfica e humana que abrange diversos
países da América do Sul).
Retomamos do Papa Francisco suas palavras na
abertura dos trabalhos da Assembleia Especial do Sínodo
dos Bispos para a Região Pan-amazônica sobre
o tema: “Novos caminhos para a Igreja e para uma
ecologia integral” (7 de outubro de 2019): “O Sínodo
para a Amazônia, podemos dizer que tem quatro dimensões:
a dimensão pastoral, a dimensão cultural,
a dimensão social e a dimensão ecológica. A primeira,
a dimensão pastoral, é aquela que é essencial, aquela
que compreende tudo. Nós a afrontamos com um
coração cristão e olhamos para a realidade da Amazônia
com olhos de discípulos para compreendê-la
e interpretá-la com olhos de discípulos, porque não
existe hermenêutica neutra, hermenêutica assética,
são sempre condicionadas de uma opção prévia, a
nossa opção é aquela de discípulos. E também com
olhos de missionários, porque o amor que o Espírito
Santo colocou em nós nos impulsiona ao anúncio de
Jesus Cristo; um anúncio — o sabemos todos — que
não se confunde com proselitismo. Nós procuramos
nos confrontar com a realidade da Amazônia com este
coração pastoral, com olhos de discípulos e de missionários,
porque aquilo que nos apressa é o anúncio
do Senhor.”
E por isto mesmo, se coloca diante do homem
que vive na Amazônia, com uma precisa atitude: “E
além disso nos aproximamos dos povos amazônicos
em ponta de pé, respeitando a sua história, as suas
culturas, e seu estilo de bom viver no sentido etimológico
da palavra, não no sentido social que muitas
vezes atribuímos a eles, porque os povos têm uma
própria identidade, todos os povos têm uma sua
sabedoria, uma consciência de si, os povos têm um
modo de sentir, um modo de ver a realidade, uma
história, uma hermenêutica e tendem a ser protagonistas
de sua história com estas coisas, com estas
qualidades. E nós nos aproximamos estranhos a
colonizações ideológicas que destroem ou reduzem
as especificidades dos povos. As colonizações ideológicas
são hoje muito difusas. E nos aproximamos
sem ânsia imprenditorial de propor a eles programos
pré confeccionados, de “disciplinar” os povos amazônicos,
de disciplinar a sua história, a sua cultura; ou
seja, aquela ânsia de “domesticar” os povos originários.
Quando a Igreja se esqueceu disto, isto é de se
aproximar de um povo, não se inculturou; e chegou
de fato a desprezar certos povos. E quantos erros dos
quais hoje nos arrependemos.
Não vimos aqui para inventar programas de
desenvolvimento social ou de guarda de culturas, de
tipo de museu, ou de ações pastorais com o estilo não
contemplativo com o qual se estão levando em frente
as ações de sinal oposto: desflorestamento, uniformação,
desfrutamento. Fazem também programas
que não respeitam a poesia – me permito dize-lo -, a
realidade dos povos que é soberana. Devemos também
nos guardar da mundanidade no modo de exigir
pontos de vista, mudanças na organização. A mundanidade
se infiltra sempre e nos faz nos distanciar da
poesia dos povos.”
E diante disto, Papa Francisco recorda a missão
da Igreja e seu modo de agir, conforme a ação divina
que nela se realiza: “Vimos para contemplar, para
compreender, para servir os povos. E o fazemos percorrendo
um caminho sinodal, o fazemos em sínodo,
não em mesas redondas, não em conferências e ulteriores
discussões: nós o fazemos em sínodo, porque
um sínodo não é um parlamento, não é um parlatório,
não é demostrar que há mais poder nas mídias
e que não mais poder na rede, para impor qualquer
ideia ou qualquer plano. Isto configuraria uma Igreja
congregacionista, se entendemos procuramos por
meio de sondagem o que tem maioria. Ou uma Igreja
sensacionalista longe, distante da nossa Santa Mãe
Igreja católica, ou como amava dizer Santo Inácio: “a
nossa Santa Mãe Igreja hierárquica”. Sínodo é caminhar
junto sob a inspiração e guia do Espírito Santo. O
Espírito Santo é o autor principal do sínodo. Por favor,
não o expulsemos desta sala. Foram feitas consultas,
discutiu-se nas Conferências episcopais, no Conselho
pré-sinodal, foi elaborado um Instrumentum Labores
que, como sabeis, é um texto-mártir, destinado a ser
destruído, porque é o ponto de partida para aquilo
que o Espírito fará em nós. E agora caminhamos sob
a guia do Espírito Santo. Agora devemos consentir
ao Espírito Santo que se exprima nesta assembleia,
que se exprima entre nós, que se exprima conosco,
através de nós, que se exprima “apesar” de nós, não
obstante as nossas resistências, que é normal que
existam, porque a vida do cristão é assim.
Portanto, qual será o nosso trabalho aqui, para
assegurar que esta presença do Espírito Santo seja
fecunda? Antes de tudo, rezar. Irmãos e irmãs, eu
vos peço que rezem muito. Refletir, dialogar, escutar
com humildade, sabendo que eu não sou tudo.
E falar com coragem, com parresía, também se me
envergonharei fazê-lo, direi o que sinto, discernirei, e
tudo isto aqui dentro, guardando a fraternidade que
deve existir aqui dentro, para favorecer esta atitude
de reflexão, oração, discernimento, de escuta com
humildade, e falar com coragem. …
Enfim, estar no sínodo significa encorajar-se
para entrar em um processo. Não é ocupar um espaço
dentro da sala. Entrar em um processo. E os processos
eclesiais têm uma necessidade: devem ser protegidos,
cuidados como uma criança, acompanhados no
início, cuidados com delicadeza. Têm necessidade do
calor da comunidade; têm necessidade do calor da
Mãe Igreja. É assim que um processo eclesial cresce.
Por isto a atitude de respeito, de cuidar do clima fraterno,
a atmosfera de intimidade é importante. Trata-
-se de não se colocar tudo fora, assim como vem. …
mas de delicadeza e prudência na comunicação que
faremos …”
Estas palavras dão o sentido de tudo o que se
faz no processo sinodal que deverá colher das orientações
do próprio Espírito de Deus que age em sua
Igreja as luzes e forças para novos caminhos da ação
evangelizadora da Igreja na Amazônia e de uma proposta
de ecologia que seja integral, humana, iluminada
pelo Evangelho.
Mais ainda, nesta experiência eclesial de sínodo,
o caminhar juntos, grande luz se apresenta para
tantos outros níveis da vida e ação eclesial em todo
o mundo. Como caminhar juntos, em sinodalidade,
também nas Conferências Episcopais, nas Igrejas
particulares, nas paróquias e comunidades eclesiais,
em todos os âmbitos da convivência eclesial, que para
serem verdadeiros, sempre deverão ser guiados na
universal comunhão da Igreja, pela unidade que vem
da presença do Espírito Santo, o Amor de Deus, que
age em seu povo.
Rezemos e nos unamos à Igreja em sínodo. Peçamos
a presença atuante do Espírito do Senhor, prometido
à Sua Igreja: “Eis que estou convosco todos os
dias, até o fim dos tempos”. (Mt 28,20)
Esperamos colher os frutos da presença do Espírito
que fala à Igreja: “Quem tem ouvidos, ouça o que
o Espírito diz às igrejas.” (Apc 2,7.11.17.29; 3,6.13.22.)
+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza
FONTE: Página da Arquidiocese de Fortaleza.
3
Sínodo: o que é?
como acontece?
O
Sínodo para a Amazônia tem despertado
o interesse em conhecer melhor do que
estamos falando quando nos referimos
ao Sínodo. O Sínodo dos Bispos foi instituído pelo
Papa Paulo VI aos 15 de setembro de 1965, sendo
um dos frutos do Concílio Vaticano II, buscando promover
a colegialidade episcopal, a participação e a
comunhão na vida da Igreja. Presidido pelo Papa, o
Sínodo dos Bispos conta com a Secretaria Geral e
com o Conselho Ordinário, composto de 21 bispos
representando os cinco continentes. Desde a instituição
do Sínodo, foram realizadas 15 Assembleias
Ordinárias, 03 Assembleias Extraordinárias e 10
Assembleias Especiais, sendo a Assembleia para
a Amazônia a 11a. Em geral, as palavras Sínodo e
Assembleia Sinodal são empregadas como sinônimos,
de tal modo que, ao se falar da Assembleia
Especial para Região Pan-amazônica, fala-se simplesmente
de Sínodo para a Amazônia.
Cada Assembleia Sinodal Ordinária reúne bispos
representantes das Conferências Episcopais de
todo o mundo, mas não os bispos todos, pois não se
trata de Concílio Ecumênico. Participam representantes
de cada Conferência Episcopal. Aquelas que
têm acima de 200 membros, como a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil, escolhem 05 delegados,
conforme a Constituição Apostólica Episcopalis
Communio, publicada pelo Papa Francisco aos 18
de setembro de 2018.
Entretanto, quando se trata de uma Assembleia
Extraordinária, ou de uma Assembleia Especial,
como a Assembleia para a Pan-Amazônia,
os critérios são outros. Por isso mesmo chama-se
Assembleia “Especial”. No caso do Sínodo para a
Amazônia, participam os bispos da Amazônia legal
brasileira e de outros oito países (Bolívia, Colômbia,
Equador, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana e
Guiana Francesa). Para preparar a Assembleia Especial,
o Santo Padre nomeia um Conselho Especial.
Embora o Sínodo seja sempre dos Bispos,
desde a sua instituição, é prevista a participação
de outras pessoas, seja qual for o tipo de Assembleia
Sinodal. São nomeados pelo Papa clérigos,
religiosos e leigos, conforme o tema a ser tratado.
São convidados ainda os “delegados fraternos”
representando diversas Igrejas cristãs. No caso da
Assembleia Especial para a Amazônia, foram nomeados
pelo Papa Francisco outros participantes,
bispos ou não, de vários continentes e de diferentes
campos de estudo e de atuação. Ao todo, são mais
de 250 participantes.
As últimas Assembleias Sinodais têm durado
três semanas, iniciando-se com a missa no primeiro
domingo de outubro e encerrando-se com a missa
do quarto domingo de outubro. Portanto, desta
vez, ocorre de 06 a 27 de outubro.
A Assembleia Sinodal é realizada sempre no
Vaticano, presidida pelo Papa durante as três semanas.
No final, os “padres sinodais” aprovam um
texto conclusivo, que tem sido chamado Documento
Final, anteriormente denominado Proposições,
entregue ao Papa no final da Assembleia, pois cabe
a ele ratificar e decidir a respeito de sua publicação.
Além disso, após cada Sínodo, o Santo Padre tem
elaborado a chamada “Exortação Apostólica Pós-Sinodal”,
documento que reúne as contribuições do
Sínodo que ele considerar conveniente propor para
toda a Igreja. No Sínodo para a Nova Evangelização,
em outubro de 2012, o Papa Bento XVI autorizou
a publicação das “Proposições” aprovadas. Até então,
era divulgada somente uma “Mensagem”. Os
textos conclusivos aprovados nos Sínodos de 2015
(Família) e de 2018 (Jovens) foram publicados também
com a indicação, na versão original, do número
de votos obtidos em cada parágrafo.
Cada Sínodo tem três fases. Não se trata somente
da Assembleia Sinodal, mas de um caminho
sinodal: a fase de preparação; a fase “celebrativa”,
que é a realização da Assembleia; e a fase pós-sinodal
ou de “atuação. Em cada etapa, temos um
texto de referência. Na fase pré-sinodal, publica-
-se, primeiramente, o Documento Preparatório,
antes conhecido como Lineamenta. A seguir, vem
o Instrumentum Laboris (Instrumento de Trabalho),
que procura recolher dados, reflexões e propostas
pastorais levantadas no mundo todo, se for Assembleia
Ordinária, ou em uma área geográfica, se
for Assembleia Especial. O Instrumentum Laboris
serve de referência para as intervenções que os
participantes fazem durante o Sínodo, mas cede
lugar a um outro texto aprovado no final, o Documento
Final, que pode ser bastante diferente do
Instrumento de Trabalho. No pontificado do Papa
Francisco, a etapa pré-sinodal tem sido bastante
valorizada e ampliada, de modo a permitir maior
participação da Igreja e não somente dos membros
do Sínodo. Ele tem enfatizado a importância da escuta
e do diálogo no itinerário sinodal. “Sínodo” é
um termo grego traduzido por “caminhar juntos”.
O Papa Francisco quer envolver, neste caminhar
juntos, não somente os bispos, mas toda a Igreja.
Durante a Assembleia, tem crescido também
a participação de quem não é bispo, no plenário e
nos grupos de estudo (círculos menores), porém
sem direito a votar o texto final. A etapa pós-sinodal
é de recepção das conclusões de cada Sínodo.
Nela, acolhe-se, com especial atenção, a Exortação
Apostólica Pós-Sinodal, sempre que o Papa julgar
conveniente elaborar.
Os Sínodos têm oferecido uma contribuição
muito valiosa para a Igreja. Devem ser valorizados
e acompanhados com atenção. O Sínodo Especial
para a Amazônia tem um tema bastante atual e desafiador:
Amazônia: novos caminhos para a Igreja
e para uma ecologia integral. A Igreja na Amazônia
quer realizar sempre mais a sua missão evangelizadora
atenta às características, potencialidades e
desafios da sua realidade eclesial, sociocultural e
ambiental. Ele foi preparado através de encontros
e de estudos promovidos pela Secretaria Geral do
Sínodo, com o respectivo Conselho Especial.
O que fazer perante o Sínodo? Duas atitudes
não podem faltar: a oração e a comunhão. A primeira
atitude a ser cultivada é a oração confiante.
Durante a Assembleia Sinodal, os participantes rezam
bastante, conscientes da necessidade da graça
de Deus e da ação do Espirito Santo. A Igreja toda é
convidada a rezar muito pelo Sínodo.
A segunda é a atitude de comunhão eclesial.
Na própria oração, especialmente na Eucaristia, já
vivenciamos a comunhão que nos une na Igreja,
mas o testemunho de comunhão torna-se ainda
mais necessário num mundo marcado por tantas
divisões e conflitos. Deve ser manifestado através
do reconhecimento da importância do Sínodo, do
respeito, e da acolhida dos ensinamentos do Sucessor
de Pedro. É preciso redobrar a prudência para
não se deixar levar por comentários equivocados
ou criticas ofensivas, nem atribuir ao Sínodo opiniões
pessoais que venham a ser manifestada por
algum dos participantes. Antes e durante os Sínodos,
muito se divulga na imprensa internacional ou
nas redes sociais, mas é preciso sempre aguardar
as conclusões da Assembleia Sinodal, que acontece
cum Petro et sub Petro, isto é, “com Pedro e sob Pedro”,
conforme nos recordou o próprio Papa Francisco
no seu discurso por ocasião do Jubileu de Ouro
do Sínodo dos Bispos, proferido aos 17 de outubro
de 2015.
Numa perspectiva sinodal, é preciso caminhar
juntos, “cum Petro” e “sub Petro”, na certeza de que
Jesus está na barca onde Pedro lança as redes. Assim
como os discípulos disseram a Pedro, também
nós queremos dizer-lhe: “nós vamos também contigo”
(Jo 21,3).
Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília (DF)
FONTE : Página da CNBB Nacional.
4
Nova presidente do
Conselho Nacional do
Laicato no Brasil fala da
sinodalidade na Igreja
Encontro do
Colegiado
do CNLB
O Encontro do Colegiado do CNLB aconteceu
nos dias 25 a 27 de outubro na Casa de Formação
Sagrada Família em São Paulo. Na abertura
do encontro foi apresentado as Diretrizes
Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023.
Os presidentes dos 17 regionais e dos
organismos filiados, juntamente com a presidência
do CNLB, estiveram reunidos para deliberação
das atividades para 2020 a partir das
Diretrizes assumidas no VII Encontro Nacional
do Laicato que aconteceu em maio de 2019 em
Cuiabá. A Dimensão Socioambiental da Fé, Juventude
e Formação foram os eixos assumidos
para o triênio do CNLB. Outra pauta importante
foi os preparativos iniciados para a Assembleia
Geral Ordinário em 2020 no Maranhão. Também
houve a aprovação das Comissões, suas
novas coordenações e integrantes. São elas:
Comissão Nacional da Comunicação, Comissão
Nacional de Formação, Comissão Nacional de
Juventude, Comissão Nacional de Fé e Política
e Comissão de Assessoria Permanente.
Por Patricia Cabral
FONTE: Página do CNLB Nacional
Recém eleita para presidir o Conselho
Nacional do Laicato do Brasil (CNLB)
nos próximos 3 anos, Sônia Gomes
de Oliveira, participou da 99ª reunião
do Conselho Permanente da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada
em Brasília (DF), de 25 a 27 de junho. Ela
foi eleita, na 38ª Assembleia Geral Ordinária
(AGO) do CNLB, dia 21 de junho, que aconteceu
dentro da programação do 7º Encontro
Nacional do Laicato, em Cuiabá (MT), de 20 a
23 de junho de 2019.
De Montes Claros (MG), a nova presidente
do CNLB é formada em Assistência
Social pelas Faculdades Santo Agostinho e
atua na Arquidiocese de Montes Claros pelo
Projeto de Desenvolvimento Rural e Urbano
(Proderur). Sônia falou ao portal da CNBB dos
desafios de construir a sinodalidade na Igreja
no Brasil e na relação com a CNBB. “Como
leigos, somos um organismo que faz parte de
da Igreja no Brasil, e, portanto, precisamos caminhar
junto com nossos pastores, sabendo
o nosso papel como cristãos e vivendo nossa
vocação e ministério específico”, disse.
Como boa mineira, a atual presidente do
CNLB disse que buscou mais olhar para compreender
como funciona o espaço do Conselho
Permanente da CNBB, do qual participam
também os organismos do povo do Deus,
entre os quais a representação do Conselho
Nacional do Laicato do Brasil (CNLB). Não
faltou vontade de se expressar, segundo ela,
sobretudo no momento da pauta em que os
bispos discutiram a mineração no Brasil.
Presidência do CNLB – Sobre a sua eleição
para presidir o CNLB, Sônia disse assumir
esta missão se colocando à disposição do
Laicato, da Igreja no Brasil, na perspectiva de
caminhar juntos para avançar. “Esse é o grande
desafio que encontramos agora, na perspectiva
do que foi o Ano Nacional do Laicato,
de nos impulsionar melhor para poder nos
libertar ou, principalmente, para vivenciar
estes gritos com nosso povo, sendo presença
e testemunho, de Jesus Cristo no meio dos
mais pobres e marginalizados”, disse.
O CNLB, uma associação de fiéis leigos
e leigas católicos de direito público, que
congrega e representa o laicato brasileiro na
sua diversidade e riqueza de movimentos,
pastorais e associações dos mais variados tipos,
tem como objetivo articular o laicato, em
conselhos regionais, diocesanos e locais. A
assistente social disse chegar com uma esperança
nova, de trazer, um novo olhar e novos
desafios do CNLB. “Que nestas encruzilhadas
possamos esperançar, levar a esperança, porque
somos o povo do Ressuscitado”, afirmou.
FONTE: CNLB Nacional
JOIAS
PRECIOSAS
5
1 - NÃO SEJAMOS VOZES QUE CLA-
MAM NO DESERTO, MAS QUE INCOMO-
DAM OS CORAÇÕES
2 - EM CRISTO, TUDO DÁ FRUTOS SEM
PRECISAR DE ESTAÇÕES
3 – AS FLORES SE SACRIFICAM PARA
DAREM FRUTOS
4 - A VOZ DE JOÃO BATISTA NO DESER-
TO TEVE RESSONÂNCIA NO JORDÃO
5 - DIANTE DA GRANDEZA DO UNIVER-
SO, MUITAS VEZES, NÓS ADMIRAMOS AS
PEQUENAS COISAS
6 - AS ESTRELAS SÃO LÁGRIMAS DO
CÉU COM SAUDADE DO SOL
7 – DEVEMOS CONSTRUIR UMA NOVA
JERUSALÉM SEM MUROS E UM NOVO IS-
RAEL SEM FRONTEIRAS
O BARCO
DE PEDRO
8 - PARA CONSTRUIRMOS O REINO DE
DEUS, NÃO PRECISAMOS CONSTRUIR CA-
TEDRAIS
9 – EU TE LOUVAREI, Ó DEUS, EN-
QUANTO MEUS OLHOS CONTEMPLAREM
OS CÉUS, O SOL ILUMINAR A TERRA, A
LUA INSPIRAR OS MEUS VERSOS, E AS
ESTRELAS DEREM TESTEMUNHO DAS MI-
NHAS DORES E DAS TUAS MISERICÓRDIAS
10 – EU, MINHA FÉ, MEU ESPAÇO,
COM PACIÊNCIA, ESPERAMOS PELOS
TEMPOS DE DEUS.
PEDRO CADEIRA
O
Barco de Pedro é o barco do
diálogo, é o barco da unidade
na diversidade, é o barco da
comunhão, da partilha.
O nosso Deu s(e não o meu Deus, o
teu Deus) é o Deus da pluralidade, é o
Deus da Trindade. O nosso Deus não é
o Deus solitário, mas o Deus solidário. O
nosso Deus é a melhor comunidade que
existe, alguém já disse.
A rede, lançada nas águas, arrasta
uma variedade de peixes. O barco, lançado
nas águas, leva uma variedade de peixes.
O barco de Pedro, de João, de André,
e de tantos outros pescadores de almas, é
o barco da unidade na fé, da pluralidade
no modo de ser Igreja. Um barco, assim,
não teme a ondas revoltas, porque o nosso
Deus é o Piloto, e o Porto é seguro.
Agricultores de outras terras, pescadores
de outros mares, semeai as vossas
sementes em terras mais férteis(Mt. 13,
3), lançai as vossas redes em águas mais
profundas(João 21, 6), e, então, teremos
pães, peixes e vinho, em abundância, por
graça, e de graça para todos.
Como diz o profeta Malaquias: dias
virão em que o homem terá fome e sede,
não de pão nem de água, mas de ouvir
a palavra de Deus. Digamos mais: dias
virão em que o homem terá fome e sede,
não de ouvir a palavra de Deus, mais de
viver a unidade na palavra de Deus.
Estamos certos de que naqueles
dias, na Páscoa definitiva, não haverá
Igrejas divididas, mesas separadas, para
a celebração das bodas do Cordeiro(AP.
19, 7).
Pedro Cadeira
6
LADAINHA
DE UM
PAÍS
TROPICAL
NAQUELE “PAÍS TROPICAL ABENÇOADO
POR DEUS, BONITO POR NATUREZA
Igreja e Política
A
Igreja interessa-se pela formação política
dos cristãos para que exerçam
sua cidadania contribuindo para a
construção de uma sociedade justa e
solidária. Basta ver a Campanha da Fraternidade
deste ano de 2019, cujo tema é “Fraternidade
e Políticas Públicas”. A Igreja através
dos bispos e padres não se metem na política
partidária, nem se candidatam para os cargos
públicos. O que pretendem é preparar e motivar
os membros da Igreja a assumir a própria
responsabilidade pelo
bem comum. É chocante
ver políticos, cidadãos
brasileiros utilizando
seus cargos em proveito
próprio. Em sua Carta Encíclica
“Deus Caritas Est”,
o papa Bento XVl afirma:
“A Igreja (Católica) não
pode nem deve colocar-
-se no lugar do Estado.
Mas também não pode,
nem deve ficar à margem
na luta pela justiça. Deve
inserir-se nela pela via da
argumentação racional e
as forças espirituais, sem as quais a justiça […]
não poderá afirmar-se, nem prosperar” (cf. op.
cit. No. 28).
“Para nos aprofundar no tema da Campanha
da Fraternidade deste ano é preciso primeiramente,
diferenciar o que é “política” do
que são “Políticas Públicas”. A palavra “política”
vem do grego “politikos” que se refere à “pólis”,
que era o lugar onde os gregos tomavam
as decisões na busca pelo bem comum para estabelecer
a sociedade de maneira pacífica…” (
cf. CF.no 16 do Texto-Base). A política não é
restrita a ação do Estado, é encontrada “nas relações
de trabalho, na religião, nas empresas,
nos clubes, nas associações, nos sindicados e
outras organizações. (cf. CF, Texto-Base, no.17).
“Políticas Públicas” são definidas pelo Texto-
Pe. Brendan Coleman McDonald
- Redentorista e Assessor
da CNBB Regional NE1
-Base da CF como: “Ações e programas que
são desenvolvidos pelo Estado para garantir
e colocar em prática direitos que são previstos
na Constituição Federal e em outras leis” (Cf.
Texto-Base, no. 14).
Muita gente considera a política algo dos
políticos, que se utilizam dos cargos para os
quais foram eleitos em proveito próprio. Lamentavelmente
a deplorável corrupção, a longa
lista de promessas não compridas, a grande
irresponsabilidade de certos governantes, são
práticas generalizadas
por vários políticos brasileiros,
algo que acontece
também em muitos outros
países. Com a presente
Campanha da Fraternidade
muitas pessoas se
perguntam como podem
participar em “Políticas
Públicas”? Há várias maneiras
de participação.
Por exemplo, participando
no bom funcionamento
da escola de seus filhos;
participando ativamente
de sua comunidade ou do
sindicato; preocupando-se com o bem comum;
acompanhando o sistema de saúde no seu
bairro, participando ativamente de sua igreja,
trabalhando ativamente no partido político de
sua preferência, ajudando escolher candidatos
de comprovada honestidade e competência,
portadores de princípios éticos e valores morais
etc. O Reino de Deus se realiza através da
fraternidade, da justiça, e da paz. Jesus tomou
partido pelos pobres, os oprimidos, os marginalizados.
Nós cristãos devemos nos lembrar
das sábias palavras de Bento XVl: a Igreja “ não
pode, nem deve ficar à margem (da política) na
luta pela justiça”.
FONTE: Página da Arquidiocese de Fortaleza.
POLÍTICO - da corrupção
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO– da impunidade
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO – do tráfico de
influência
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO – do nepotismo
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO – do pistolão
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO - do contrabando
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO – da sonegação
de impostos
ELEITORES - livrai-nos
POLÍTICO – da violência
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO – da demagogia
ELEITORES - livrai-nos
POLÍTICO - do
superfaturamento em
obras
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO – das obras
inacabadas
ELEITORES - livrai-nos
POLÍTICO - dos vampiros
da noite
ELEITORES - livrai-nos
POLÍTICO – das
sanguessugas do dia
ELEITORES - livrai-nos
POLÍTICO - da promessas
dos políticos
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO - do
enriquecimento ilícito
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO – da malversação
do dinheiro público
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO – do pagamento
de propina
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO - das licitações
fraudulentas
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO – dos paraísos
fiscais
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO – da lavagem de
dinheiro
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO – do desvio da
merenda escolar
ELEITORES - livrai-nos
POLÍTICO – do que está
debaixo do tapete
ELEITORES - livrai-nos
POLÍTICO - dos incêndios e
das queimadas florestais
ELEITORES – livrai-nos
POLÍTICO - da poluição
e da contaminação dos
mares, rios e lagos
ELEITORES - livrai-nos
* A Ladainha continua.
Entre nesta corrente,
fazendo o seu pedido!
CÂNTICOS, HINOS
& POESIAS
Irmãos amados - e resgatados
Segui avante e triunfantes
Combateremos - e venceremos
No nome santo de Jesus!
7
Irmãos Amados
Hino 175 da Harpa Cristã – CPAD/P.L.M.
Irmãos amados - santificados
Vivei unidos - pois sois remidos
Não mais temendo - o bem fazendo
No nome santo de Jesus!
NO NOME SANTO - ALEGRE CANTO
EU FUI LAVADO SANTIFICADO
VIVI PERDIDO - MAS SOU REMIDO
NO NOME SANTO DE JESUS!
Irmãos amados - purificados
Sede valentes - e mui prudentes
Estais lavados - e libertados
No nome santo de Jesus!
Mosca
Na Sopa
Raul Seixas
Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar
(repete)
Eu sou a mosca
Que perturba o seu sono
Eu sou a mosca
No seu quarto a zumbizar(repete)
E não adianta
Vir me dedetizar
Pois nem o DDT
Pode assim me exterminar
Porque você mata uma
E vem outra em meu lugar
Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar(repete)
-”Atenção, eu sou a mosca
A grande mosca
A mosca que perturba o seu
sono
Eu sou a mosca no seu
quarto
A zum-zum-zumbizar
Observando e abusando
Olha do outro lado agora
Eu tô sempre junto de você
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
Quem, quem é?
A mosca, meu irmão!”
Eu sou a mosca
Que posou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar(repete)
E não adianta
Vir me dedetizar
Pois nem o DDT
Pode assim me exterminar
Porque você mata uma
E vem outra em meu lugar
Eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar(repete)
Eu sou a mosca
Que perturba o seu sono
Eu sou a mosca
No seu quarto a zumbizar(repete)
Mas eu sou a mosca
Que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca
Que pintou pra lhe abusar
Terra Virgem
Óh, meu Brasil, para aumentar a
tua glória, Dia virá no teu futuro
ascencional, Em que o mundo
invejará a tua história,
Porque serás o Paraíso Universal,
Vejam teus campos que se
perdem no horizonte, O Rio-Mar, o
sol de ouro, o céu de anil, E a terra
virgem que se mira numa fonte,
Enche de frutos o regaço do Brasil.
Sobre o alto Corcovado, engastado,
Tens o Cristo Redentor,
Dominando a Guanabara, joia rara,
No teu reino de esplendor,
E nas praias encantadas, enamoradas,
Sob o céu de eterno azul,
Brancas ondas se debruçam,
E soluçam, sob o Cruzeiro do Sul.
Vicente Celestino
Óh, meu Brasil, quando contemplo
o teu passado,
Sinto em minh’alma, a ressonância
de um clarim,
E descortino teu futuro deslumbrado,
Porque não vejo, outro
pais tão grande assim, Berço de
heróis, terra de luz e de bondade,
A natureza é um hino verde em
teu louvor, Outra nação, não há
com tanta liberdade, Tanta fartura,
tanta paz e tanto amor....
Letras de Cânticos, Hinos e Poesias
publicadas no JC não têm fim
promocional, mas apenas cultural.
Veja a foto do Cristo Redentor do
Corcovado
As letras de cânticos, hinos e poesias inseridas neste Jornal não têm fim promocional, mas apenas cultural.
8
BOM
HUMOR
MEU HUMOR SE TORNOU
SEQUIDÃO DE VERÃO - Salmo 32, 4b
MINHA BOCA TE LOUVARÁ COM
SORRISOS NOS LÁBIOS - Salmo 63, 5b
CONVERSA DE DOIS
LATIFUNDÁRIOS
L1 – Compadre, tem tanta gente defendendo os
trabalhadores rurais!
L2 – E quem defende a gente, compadre?
L1 – Os fuzis.
CONVERSA DE AMIGOS
A1 – Pedro, aos olhos de Deus, todos são iguais.
A2 – Você tem razão, Paulo.
A1 – Paulo, não. Conheça o seu lugar. Doutor
Paulo.
CONVERSA DE AMIGOS
A1 – Por que você está tão triste, amigo?
A2 – Eu perdi minha mulher num incêndio.
A1 – Ela morreu queimada?
A2 – Não, fugiu com o bombeiro.
NO SERVIÇO MÉDICO DE
PESSOAL
EMPREGADO – Doutor, eu quero renovar a
minha licença médica.
MÉDICO- Não é possível! Você ainda está
doente! Você ainda sente dores?
EMPREGADO – Não, Doutor, eu não sinto mais
dores, mas os gemidos continuam os mesmos.
NO BALCÃO DA EMPRESA AÉREA
PASSAGEIRO - Por favor, pode me confirmar o
meu voo das 11 horas.
ATENDENTE - A passagem e o documento de
identidade, por favor.
O Senhor está viajando sozinho?
PASSAGEIRO - Não, não, não. Eu soube até que
o voo está lotado.
CONVERSA DE AMIGOS
A1 – Em meu País, tudo está pela hora da
morte!
A2 - Ih! No meu País está tudo pior?
A1 – Como assim?
A2 - Tudo está pela hora da corrupção!
CONVERSA DE AMIGOS
A1 – Na minha cidade, a prefeitura iniciou a
operação “tapa buraco”.
A2 - E na minha, a prefeitura iniciou a operação
“destapa corrupção”
NO HOSPITAL
CIRURGIÃO- João, você colocou uma prótese
no fêmur. Evite freiadas bruscas no carro, e não
pise em rabo de gato
PACIENTE – Estranho! Evitar freiadas bruscas,
tudo bem, eu entendo. Mas não pisar em rabo
de gato! Por que?
CIRURGIÃO – Ora, o gato pode morder o seu
pé.
CONVERSA DE AMIGOS
A1 – Você soube que o deputado X teve um AVC
– Acidente Vascular Cerebral.
A2 – Não, eu soube que ele teve um APC.
A1 – APC! Que significa esta sigla?
A2 – Acidente Parlamentar Corrupcional.
CONVERSA DE AMIGOS
AMIGO1 – Gosto muito de música. Pretendo ser
uma grande compositor e intérprete da música
popular brasileira.
AMIGO2 – Eu não acredito não. O amigo sabe,
pelo menos, todas as notas musicais?
AMIGO1 – Todas as notas musicais, não. Mais
sei mais de mil.
EXPEDIENTE
PRESIDÊNCIA DO CNLB
REGIONAL NORDESTE I -
CEARÁ
Francineuda Rodrigues de
Aquino (Neuda) - Presidente
Arquidiocese de Fortaleza –
Fortaleza
Francisca Iranilda Rodrigues
Ramos (Iram) - Vice
Diocese de Quixadá – Boa Viagem
Jair Marciel de Melo –
(Marciel) - Secretário
Diocese de Crateús –
Independência
José Batista da Silva –
(Batista) - Sec. Ajunto
Diocese de Crato – J. do Norte
Francisca Alzira Bernardo
Dias – (Kadira) - Tesoureira
Diocese de Quixadá – Madalena.
Francisco Erivaldo Barbosa –
(Erivaldo) - Tes. Adjunto
Arquidiocese de Fortaleza –
Fortaleza
COMUNICAÇÃO
Pedro Cadeira
Erivaldo Barbosa
César Rocha
EDITOR DO JORNAL
Pedro Cadeira de Araújo
DIAGRAMAÇÃO
Lucas Santos
www.lucassantos.com.br
TIRAGEM
3.000 exemplares
GRÁFICA
Expressão Gráfica
cnlbne1@yahoo.com.br
SITE
www.cnlbne1.org.br
O Projeto de Constituição
do Jornal Construindo foi
registrado no Cartório Morais
Correia - 2º RTD (Registro de
Títulos e Documentos), em 26
de março de 2009, conforme
Microfilme nº 591580.