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Revista Cariocas Dezembro 2020 Janero 2021

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SAÚDE E BEM ESTAR

“Imagine-se atravessando uma avenida. Estando na faixa

de pedestre, com o sinal vermelho para os carros e atenção

à sua volta, é difícil que ocorra algum atropelamento. Mas

se atravessar no meio dos carros, com o sinal aberto,

ficará exposto a diversos riscos”, explica o cirurgião que

abaixo responde as perguntas mais freqüentes sobre

segurança na hora de realizar uma cirurgia plástica.

3. Buscar referências sobre o cirurgião

Foto: Arquivo

Foto: Arquivo

1. Manter a saúde em dia

Antes de encarar a mesa de cirurgia, você precisa passar

nos exames pedidos pelo médico e manter sob controle

as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

Fumantes também exigem cuidados. “A nicotina prejudica

a circulação de sangue nos tecidos, favorecendo a má

cicatrização. É recomendado deixar de fumar pelo menos

1 mês antes”, alerta o cirurgião.

2. Redobrar a atenção com os remédios

É fundamental procurar saber como os medicamentos de

uso freqüente interferem na cirurgia. “Existem fitoterápicos,

como ginkgobiloba, cáscara sagrada e pílulas de alho,

que podem aumentar o sangramento e trazer riscos para

a paciente”, diz José Mauro Monteiro. Tais produtos não

precisam de receita médica para a compra e passam a

falsa ideia de que são inofensivos.

Outro grupo importante é o das fórmulas de

emagrecimento. A obesidade é um fator de risco para a

cirurgia. Por esse motivo, diversas pessoas optam pelo

uso desse tipo de medicamento para perder peso rápido

e se adequar às normas de segurança pré-operatórias.

“Outros comprimidos a serem evitados são: a aspirina, o

AAS e alguns antiinflamatórios, que alteram a coagulação

do sangue. Já a isotretinoína, substância derivada da

vitamina A e usada no tratamento da acne, pode mudar a

síntese de colágeno na pele e, por isso, também atrapalha

a cicatrização”, explica o especialista.

Por fim, há os anticoncepcionais. “O problema das pílulas

e da reposição hormonal estáno aumento da possibilidade

de trombose. Ainda assim, na maioria dos casos, não se

deve suspender o uso porque existem medidas eficazes

para prevenir o problema, como o uso de anticoagulantes,

meias elásticas e massageadores para as pernas”,

completa.

Por mais importantes que sejam as indicações feitas por

amigos e outros médicos, não se restrinja a elas. Vale

ir atrás de referências sobre a formação do cirurgião.

Ainda que apenas o diploma de uma boa instituição não

seja garantia de segurança máxima, é um dos fatores

que se deve ficar de olho.

Outra medida importante é saber se o médico é

especialista ou pós graduado em cirurgia plástica. De

acordo com a legislação brasileira, depois de concluir

o curso regular de seis anos, o médico pode realizar

qualquer procedimento. Ou seja, um médico que se

formou ontem e não tem nenhuma expertise em cirurgia

está legalmente habilitado a fazê-la. “Não é raro encontrar

anúncio de médicos que se dizem especialistas em

medicina estética e cirurgia plástica e não o são. Devese

tomar cuidado”, alerta José Mauro.

4. Perguntar todos os detalhes

O lugar onde será feita a cirurgia também determina o

nível de risco. Hospitais oferecem mais segurança do

que clínicas. “É preciso ter, no mínimo, uma míni-UTI no

local”, ressalta o cirurgião.

Mulheres que pretendem aumentar os seios também

precisam se informar sobre a marca da prótese.

“Pesquise o site do fabricante, verifique se é certificado

pela Anvisa, veja se ele atua no mercado europeu ou

norte-americano, busque o histórico da empresa para

checar se há bons antecedentes”, orienta.

Foto: Arquivo

REVISTA CARIOCAS - 34

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