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SAÚDE E BEM ESTAR
“Imagine-se atravessando uma avenida. Estando na faixa
de pedestre, com o sinal vermelho para os carros e atenção
à sua volta, é difícil que ocorra algum atropelamento. Mas
se atravessar no meio dos carros, com o sinal aberto,
ficará exposto a diversos riscos”, explica o cirurgião que
abaixo responde as perguntas mais freqüentes sobre
segurança na hora de realizar uma cirurgia plástica.
3. Buscar referências sobre o cirurgião
Foto: Arquivo
Foto: Arquivo
1. Manter a saúde em dia
Antes de encarar a mesa de cirurgia, você precisa passar
nos exames pedidos pelo médico e manter sob controle
as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
Fumantes também exigem cuidados. “A nicotina prejudica
a circulação de sangue nos tecidos, favorecendo a má
cicatrização. É recomendado deixar de fumar pelo menos
1 mês antes”, alerta o cirurgião.
2. Redobrar a atenção com os remédios
É fundamental procurar saber como os medicamentos de
uso freqüente interferem na cirurgia. “Existem fitoterápicos,
como ginkgobiloba, cáscara sagrada e pílulas de alho,
que podem aumentar o sangramento e trazer riscos para
a paciente”, diz José Mauro Monteiro. Tais produtos não
precisam de receita médica para a compra e passam a
falsa ideia de que são inofensivos.
Outro grupo importante é o das fórmulas de
emagrecimento. A obesidade é um fator de risco para a
cirurgia. Por esse motivo, diversas pessoas optam pelo
uso desse tipo de medicamento para perder peso rápido
e se adequar às normas de segurança pré-operatórias.
“Outros comprimidos a serem evitados são: a aspirina, o
AAS e alguns antiinflamatórios, que alteram a coagulação
do sangue. Já a isotretinoína, substância derivada da
vitamina A e usada no tratamento da acne, pode mudar a
síntese de colágeno na pele e, por isso, também atrapalha
a cicatrização”, explica o especialista.
Por fim, há os anticoncepcionais. “O problema das pílulas
e da reposição hormonal estáno aumento da possibilidade
de trombose. Ainda assim, na maioria dos casos, não se
deve suspender o uso porque existem medidas eficazes
para prevenir o problema, como o uso de anticoagulantes,
meias elásticas e massageadores para as pernas”,
completa.
Por mais importantes que sejam as indicações feitas por
amigos e outros médicos, não se restrinja a elas. Vale
ir atrás de referências sobre a formação do cirurgião.
Ainda que apenas o diploma de uma boa instituição não
seja garantia de segurança máxima, é um dos fatores
que se deve ficar de olho.
Outra medida importante é saber se o médico é
especialista ou pós graduado em cirurgia plástica. De
acordo com a legislação brasileira, depois de concluir
o curso regular de seis anos, o médico pode realizar
qualquer procedimento. Ou seja, um médico que se
formou ontem e não tem nenhuma expertise em cirurgia
está legalmente habilitado a fazê-la. “Não é raro encontrar
anúncio de médicos que se dizem especialistas em
medicina estética e cirurgia plástica e não o são. Devese
tomar cuidado”, alerta José Mauro.
4. Perguntar todos os detalhes
O lugar onde será feita a cirurgia também determina o
nível de risco. Hospitais oferecem mais segurança do
que clínicas. “É preciso ter, no mínimo, uma míni-UTI no
local”, ressalta o cirurgião.
Mulheres que pretendem aumentar os seios também
precisam se informar sobre a marca da prótese.
“Pesquise o site do fabricante, verifique se é certificado
pela Anvisa, veja se ele atua no mercado europeu ou
norte-americano, busque o histórico da empresa para
checar se há bons antecedentes”, orienta.
Foto: Arquivo
REVISTA CARIOCAS - 34