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Anuário Educar 02

O Anuário Educar é um incrível projeto educacional, com matérias, artigos e depoimentos de gestores, educadores, psicólogos, pais e alunos sobre esse grande universo da educação que está em constante mudança! Uma edição especial, que compartilha a opinião das principais “Vozes da Educação” sobre o atual momento e os rumos na pandemia e pós-pandemia. O Anuário conta ainda com a participação das maiores escolas particulares de Salvador, mostrando suas propostas pedagógicas e suas principais competências e habilidades. Um beijo e Boa leitura!

O Anuário Educar é um incrível projeto educacional, com matérias, artigos e depoimentos de gestores, educadores, psicólogos, pais e alunos sobre esse grande universo da educação que está em constante mudança!

Uma edição especial, que compartilha a opinião das principais “Vozes da Educação” sobre o atual momento e os rumos na pandemia e pós-pandemia.

O Anuário conta ainda com a participação das maiores escolas particulares de Salvador, mostrando suas propostas pedagógicas e suas principais competências e habilidades.

Um beijo e Boa leitura!

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Nina Cidreira<br />

@ninacidreira<br />

Ano IX • nº 18<br />

Mari Regueira<br />

@regueiramariana<br />

Duda Nunes<br />

@revistameubebe<br />

Dudinha<br />

Yamazaki<br />

@dudinhayamazaki<br />

Luis Leal<br />

@leal_luishenrique<br />

Nina Martins<br />

@nina_mmartins<br />

Matéria exclusiva com gestores, diretores pedagógicos, professores,<br />

psicólogos, pais e alunos sobre os rumos da educação em meio à<br />

pandemia. O que será que eles pensam sobre o assunto?<br />

E MAIS: Pais Participativos • Vestibular • Educação Financeira • Dicas de Livros • Emoções • Saúde


2 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


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6 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


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Editorial<br />

Coisas boas<br />

estão por vir...<br />

Quando começamos a produzir esta edição do<br />

Ufaaa! Chegamos até aqui.<br />

Uma edição 100% produzida<br />

em meio à pandemia, com<br />

escolas fechadas, nossa equipe<br />

trabalhando a distância, entrevistas<br />

realizadas por telefone e pelo<br />

WhatsApp, reunião via zoom, e assim<br />

a tecnologia nos ajudou a produzir<br />

uma edição ainda mais especial.<br />

Essa edição ficará marcada na<br />

história, afinal conseguimos trazer,<br />

através das próximas páginas, relatos<br />

de mães e pais, professores,<br />

gestores, psicólogos e especialistas<br />

que vivem a educação de perto.<br />

Yêda Nunes<br />

Editora-Chefe<br />

Leandro Maia<br />

Direção de Arte<br />

<strong>Anuário</strong> <strong>Educar</strong> fizemos um planejamento das pautas,<br />

mas a situação do momento foi mudando o caminho,<br />

e novos temas foram surgindo. Afinal, crianças<br />

em casa fazendo aula virtual, professores se virando<br />

nos trinta para passar o conteúdo, escolas<br />

dando o seu melhor para acolherem seus alunos,<br />

mães surtando (eu aqui, risos!), no início confesso<br />

que não foi fácil. Enfim, então não tinha como ser diferente,<br />

pois precisávamos registrar os desafios e<br />

as lições que a pandemia nos deixou.<br />

E que bom que você chegou até essa página<br />

e poderá aproveitar todo esse conteúdo feito<br />

com muito carinho por uma equipe incrível que<br />

deu o seu melhor. Folheando o <strong>Anuário</strong>, você vai<br />

ler relatos de pais sobre como ser pai participativo<br />

na pandemia. Passeamos também pela disciplina<br />

positiva, orientação profissional, educação socioemocional,<br />

como a saúde dos nossos pequenos foi<br />

afetada, uma matéria de capa especial com as Vozes<br />

da Educação, e muito mais... Espero que todo esse<br />

conteúdo te ajude a buscar o melhor caminho<br />

para a educação do seu filho.<br />

Beijos e boa leitura!<br />

Juntos vamos<br />

mais longe!<br />

Para fazer coisas incríveis,<br />

precisamos de pessoas incríveis.<br />

Conheça nosso time talentoso,<br />

que faz acontecer!<br />

Adna Novaes<br />

Diagramação<br />

José Carlos Amorim<br />

Revisão<br />

Andréa Cedraz<br />

Fotografia<br />

Yêda Nunes<br />

Editora-chefe<br />

@revistameubebe<br />

Luciana Costa<br />

Jornalismo<br />

Edição 18ª | Ano IX<br />

Diretora Geral<br />

Yêda Nunes – DRT/BA 4344<br />

yedarevistameubebe@gmail.com<br />

Diretor Financeiro<br />

Leandro Maia<br />

leandro@revistameubebe.com.br<br />

REDAÇÃO<br />

Jornalistas colaboradoras<br />

Luciana Costa - DRT/BA 4091<br />

Joseanne Guedes - DRT/BA 4525<br />

Joyce de Souza - DRT/BA 1689<br />

Estagiária - Jornalismo<br />

Larissa Faria<br />

Revisor<br />

Carlos Amorim – DRT/BA 1616<br />

jcbdeamorim@yahoo.com.br<br />

Atendimento<br />

contato@revistameubebe.com.br<br />

Direção de Arte e Projeto Gráfico<br />

Leandro Maia<br />

Diagramação<br />

Adna Novaes<br />

Fotografia<br />

Andréa Cedraz e<br />

Rodrigo Castro<br />

Foto da Capa<br />

Rodrigo Castro<br />

Administrativo/Financeiro<br />

Caroline Rodrigues<br />

financeiro@revistameubebe.com.br<br />

O <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> ® é uma publicação da DUBE Editora<br />

Ltda (CNPJ: 18.296.069/0001-70). A editora não se responsabiliza<br />

por informações, conceitos ou opiniões emitidos<br />

em artigos assinados, bem como pelo teor dos anúncios<br />

publicitários. Todas as imagens utilizadas nessa publicação<br />

foram previamente autorizadas e enviadas pelas referidas<br />

empresas e Instituições de Ensino. Todas as as imagens<br />

produzidas pela editora durante o período de pandemia,<br />

seguiram todos os protocolos de segurança exigidos pelos<br />

órgãos de saúde. Proibida a reprodução total ou parcial<br />

de textos e/ou fotos sem a prévia autorização da editora.<br />

Larissa Faria<br />

Jornalismo<br />

Joseanne Guedes<br />

Jornalismo<br />

Joyce de Souza<br />

Jornalismo<br />

Juliana Maceió<br />

Comercial<br />

Rodrigo Castro<br />

Fotografia<br />

contato@revistameubebe.com.br<br />

8 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 9


Educação Canadense<br />

Passeios<br />

literários,<br />

projetos<br />

revolucionários<br />

Com ludicidade e o diferencial da educação canadense<br />

bilíngue, a ACBEU Maple Bear utiliza a literatura como<br />

uma poderosa ferramenta, investindo em projetos que<br />

dão autonomia às crianças e jovens<br />

Joseanne Guedes Divulgação<br />

Ela tem 8 anos, é uma menina doce, carinhosa e inteligente.<br />

Adora estar em companhia de Emília, sua boneca de pano,<br />

melhor amiga e grande companheira. Essa é a descrição de<br />

Laura Amado, mas poderia ser da Menina do Narizinho Arrebitado,<br />

protagonista das primeiras histórias da série do Sítio do<br />

Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato. Foi através dos livros de<br />

Lobato que Laura se apaixonou pelo universo literário e descobriu<br />

o sonho de ser escritora. A pequena leitora vivencia no dia<br />

a dia a abordagem da ACBEU Maple Bear de ensino-aprendizagem<br />

canadense, que incentiva seus alunos a desenvolverem<br />

competências e investe em projetos que estimulam a autonomia<br />

das crianças nas mais diversas áreas do conhecimento.<br />

“Acho maravilhoso o projeto de leitura<br />

da minha escola, amo os livros de<br />

lá. Você imagina o mundo pela escrita<br />

de outra pessoa. Eu gosto muito de<br />

escrever e quero publicar meu livro<br />

um dia”, planeja a aluna do Year 2 da<br />

unidade Pituba. No mês de dezembro,<br />

a emblemática obra Narizinho Arrebitado<br />

– um divisor de águas na história<br />

da literatura para crianças no Brasil<br />

– completou 100 anos, e Laura foi a<br />

estudante escolhida na ação para participar<br />

de uma live promovida por Cléo<br />

Monteiro Lobato, bisneta do célebre<br />

escritor. “Pra mim o diferencial na educação canadense, além do<br />

bilinguismo, está na ludicidade e naturalidade do aprendizado,<br />

que é leve e eficiente. Ela adora ler e o programa da Maple estimula<br />

isso”, avalia Larissa Mercês, mãe da aluna.<br />

É OURO!<br />

“Acho que é<br />

extremamente<br />

gratificante ter<br />

sucesso nas competições<br />

dentro<br />

e fora da escola,<br />

mas penso que a<br />

experiência e a<br />

prática que esses<br />

testes trazem são ainda mais importantes<br />

para nossa evolução”, observa<br />

Arthur Andrade Cunha. O aluno do<br />

Year 8 foi um dos sete medalhistas<br />

da escola, na Olimpíada Canguru de<br />

Matemática. Para Arthur o modelo<br />

de ensino valoriza o pensamento<br />

crítico, com professores respeitosos e<br />

preparados. Emocionada com o ouro<br />

conquistado pelo filho, Anick Andrade<br />

Cunha, diz que se trata de “um ensino<br />

mais voltado para o desenvolvimento<br />

do raciocínio<br />

lógico do aluno, e nada de<br />

‘decoreba’”, conta.<br />

10 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Acervo on-line<br />

“As escolas Maple Bear foram convidadas<br />

por conta da unidade do nosso<br />

programa A turma do Sítio do Picapau<br />

Amarelo”, explica a coordenadora pedagógica<br />

de português, Danielle Ribeiro, responsável<br />

pelo projeto de literatura. Para ela, o estímulo<br />

e gosto pela leitura deve estar presente durante<br />

todo o tempo da vida escolar. “As crianças são protagonistas<br />

do seu próprio aprendizado. Tornam-se<br />

bilíngues, autônomas e deleitam-se por novos conhecimentos”,<br />

afirma Ribeiro. “A literatura é uma<br />

ferramenta valiosa para a formação crítica e o desenvolvimento<br />

emocional e social”, destaca. Esse<br />

ano a Maple Bear também disponibilizou a literatura<br />

on-line com livros novos e consagrados.<br />

foto Rodrigo Castro<br />

De acordo com a diretora da escola<br />

Marcia Schwartz, os materiais manipulativos<br />

para a vivência dos conceitos matemáticos<br />

e o extenso acervo de livros, em<br />

cada sala de aula, tornam o aprendizado<br />

significativo e divertido. “Dos pequenos de 2<br />

anos aos jovens do Fundamental 2, o acervo literário<br />

é utilizado, iniciando pela<br />

contação de histórias até chegarem<br />

à leitura independente.<br />

O investimento em uma cultura<br />

literária, permeada pelo amor<br />

aos livros, potencializa a concentração<br />

e aquisição de conhecimento<br />

em todas as áreas, além<br />

de desenvolver a imaginação e<br />

criatividade”, ressalta a diretora.<br />

foto Rodrigo Castro<br />

JUNTOS POR UM<br />

MUNDO MELHOR<br />

É preciso mais do que adaptações de infraestrutura para<br />

uma escola promover o respeito ao meio ambiente. Toda<br />

comunidade escolar tem que despertar para o exercício<br />

da sustentabilidade e uso consciente dos recursos<br />

naturais. Quem explica é a bióloga<br />

Maria Elisabeth Chaves, responsável<br />

pelo projeto de sustentabilidade<br />

da Maple Bear. “O nosso projeto<br />

foi iniciado há pouco mais de um<br />

ano. Desde então os nossos alunos<br />

estão engajados, receptivos e<br />

participativos desse movimento de<br />

luta em favor de um espaço escolar<br />

ecologicamente correto.” A professora<br />

atua na área há 32 anos e é<br />

fascinada pelo mundo dos insetos<br />

– a entomologia.<br />

Depois que os alunos<br />

do Year 6 constataram<br />

que a população<br />

de abelhas no<br />

mundo está diminuindo<br />

por causa da ação do<br />

homem sobre a natureza, se<br />

engajaram junto com a professora no projeto<br />

de implementação de um meliponário<br />

na escola. “Cultivamos, dentre outras, uma<br />

espécie que está ameaçada de extinção: a<br />

Melipona scutellaris. Temos duas colônias<br />

de abelhas com quase cinco mil abelhas.<br />

Pretendo usá-las nas aulas práticas, mostrar<br />

o ciclo de vida dos insetos e a produção<br />

do mel, porque a abelha é o ser vivo<br />

mais importante do planeta, pois sem<br />

elas a gente não come”, finaliza.<br />

Acesse o QR Code e<br />

saiba mais sobre a<br />

Maple Bear<br />

Av. Professor Magalhães Neto, 1520 - Pituba 71 3340-5444<br />

Rodovia BA 099 - Estrada do Coco - KM 10 - Busca Vida 71 3340-5454<br />

@maplebearpituba_acbeu<br />

@maplebearbuscavida_acbeu<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 11


Ser Pai<br />

// por Edgard Abbehusen<br />

foto divulgação<br />

A segunda<br />

viagem<br />

Ser pai de segunda<br />

viagem é uma<br />

aventura tão bonita<br />

e intensa quanto a<br />

primeira viagem<br />

*Edgard Abbehusen, jornalista, escritor<br />

e palestrante. É criador de textos, frases e<br />

crônicas autorais que tocam o coração de<br />

muitas pessoas. Atualmente lançou o seu<br />

livro ‘Acredite na sua capacidade de superar’,<br />

que já conquistou uma legião de leitores.<br />

Jamais aceitei romantizar o fato<br />

de ter sido pai muito cedo, apesar<br />

de ter sido uma das minhas<br />

experiências mais intensas, edificantes<br />

e até hoje mais bonitas.<br />

Letícia é o meu maior orgulho. Foi<br />

com ela a minha paternidade de<br />

primeira viagem e embarquei nesse<br />

mundo tão denso e dramático,<br />

mas também tão amável e prazeroso,<br />

que é cuidar e participar. Ser<br />

presente para o meu maior presente<br />

da vida, como costumo dizer o<br />

significado que o nascimento dela<br />

tem para o meu coração.<br />

Treze anos depois eu sou convidado<br />

pelo tempo e pelo amor<br />

a embarcar em uma nova jornada:<br />

a segunda viagem. No meio<br />

de uma pandemia, em um ano<br />

tão complexo e tão difícil para<br />

tantos, Mateo chegou em casa<br />

quase de surpresa em um final<br />

de domingo de um final de junho<br />

‘obedecendo às regras do isolamento<br />

social’, brinca a sua mãe, a<br />

minha amada Jéssica.<br />

Lembro que acordei no dia seguinte<br />

ainda abatido pela tensão,<br />

me olhei no espelho e pensei:<br />

agora eu vou falar com ‘meus filhos’<br />

para as pessoas. Foi o meu<br />

primeiro pensamento. Filhos no<br />

plural. Duas vidas, dois amores.<br />

Meu pai dizia que um filho sempre<br />

parecerá perdido aos olhos<br />

dos pais, não importa a idade que tenham. É<br />

a sensação de proteção. A divina sensação<br />

de querer mostrar um caminho e querer se<br />

fazer presente.<br />

Pensei em tudo. Em como começar a criar<br />

um filho ao lado de uma filha já adolescente.<br />

Como seria essa experiência vivenciando os<br />

dois extremos de uma paternidade. A primeira<br />

saída com as amigas de Letícia, os primeiros<br />

passos de Mateo. O primeiro namoradinho de Letícia<br />

e as aventuras e descobertas do mundo aos olhos de<br />

Mateo. Tudo acontecendo ali diante dos meus olhos<br />

e diante da minha responsabilidade. Pensei também<br />

na pandemia. Nas suas consequências e como aquilo<br />

afetaria o meu trabalho e, obviamente, a minha nova<br />

vida. Pensei no meu processo de desconstrução do<br />

machismo, que ainda precisa de muito estudo, leitura,<br />

entendimento e vontade de escutar.<br />

As primeiras vinte e quatro horas após o nascimento<br />

de Mateo passou tudo isso na minha cabeça preocupada.<br />

Um filme sobre passado, presente e futuro.<br />

Eu comecei a querer identificar onde errei com Letícia<br />

para tentar acertar com Mateo. E buscar os acertos<br />

com Letícia para repeti-los com Mateo.<br />

Uma confusão que só o tempo foi capaz<br />

de reorganizar no meu coração. É que<br />

não basta ser pai. É preciso querer ser.<br />

De pai para filho!<br />

Quando penso em meu pai, meu coração é só<br />

amor e gratidão por tudo o que ele me proporcionou.<br />

E não estou falando de bens materiais. Estou falando<br />

de afeto. De abraço. Do carinho que ele demonstrava,<br />

do jeito dele. Quando penso no futuro, quero ser<br />

presença nos pensamentos dos meus filhos como o<br />

meu pai é presente no meu.<br />

Se você é pai e chegou até aqui agora, neste texto,<br />

pense nisso. Participe da vida dos seus filhos. Seja parceiro<br />

da sua companheira na criação dos seus filhos<br />

ainda que a relação tenha terminado. Nenhum bem<br />

foto divulgação<br />

material, nenhuma viagem ou presente<br />

vai compensar a falta de afeto.<br />

Queira ser pai. De todo o coração.<br />

Com todas as forças. Do seu<br />

jeito, mas queria ser e seja PAI.<br />

@edgardabbehusen<br />

12 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 13


International School<br />

Com o compromisso de formar cidadãos<br />

com um programa multicultural,<br />

interdisciplinar e universal, a Gurilândia traz<br />

para a Pituba uma nova sede<br />

Yêda Nunes e Larissa Faria<br />

Divulgação<br />

O<br />

novo espaço do jeito “Guriland” é pensado com cuidado e carinho,<br />

aproximando as pessoas de elementos naturais e atendendo as<br />

demandas de uma escola que atua com o programa internacional,<br />

o Primary Years Programme, criado pelo International Baccalaureate<br />

World School (IB). A Guri, como é carinhosamente chamada pela<br />

comunidade escolar, une o acolhimento e pertencimento em prol de um<br />

único objetivo: formar cidadãos do mundo através de um ensino que<br />

também passa de pai para filho.<br />

“O nosso objetivo é formar alunos com valores e atitudes internacionais.<br />

É muito gratificante ampliar esse sonho, que é a Gurilândia, para outras unidades”,<br />

comenta Luciana Teixeira, diretora da Gurilândia. A escola, que completou<br />

60 anos, mantém os pilares fundamentais que a faz tão diferenciada<br />

e tem o propósito de ajudar na formação de cada indivíduo, sempre estimulando<br />

aptidões, despertando habilidades, criando valores e praticando<br />

a empatia. “Acredito que o principal pilar da educação é o amor. Hoje, diversas<br />

pesquisas já demonstram a relação entre afetividade e inteligência,<br />

o modo como engrandece a outra. Foi algo que eu sempre pratiquei<br />

intuitivamente, e fiz questão de passar esse sentimento para todos que<br />

trabalham na escola”, declara Tia Vera, fundadora da escola.<br />

Nova unidade<br />

A nova sede acompanha essas diretrizes com o novo ambiente e um<br />

novo público que irá integrar a família Gurilândia. “O sonho da nossa<br />

escola sempre foi educar gerações e alguns dos nossos ex-estudantes<br />

tinham o desejo que seus filhos tivessem a mesma educação que eles<br />

tiveram, com todo amor e carinho que nós pregamos na Gurilândia. Por<br />

isso pensamos nessa nova e especial sede na Magalhães Neto”, diz<br />

Márcio Teixeira, também diretor.<br />

Márcio Teixeira, Tia Vera e Luciana<br />

Teixeira diretores da Gurilândia<br />

Agende uma visita através do site:<br />

gurilandia.com.br/agende-visita<br />

Unidade Federação: Avenida Cardeal da Silva nº 1451<br />

Unidade Magalhães Neto: Rua Marechal Andréa nº 364<br />

71 3015-6595<br />

escola@gurilândia.com.br<br />

14 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 15


Idioma<br />

A inFlux English School mostra sua metodologia inovadora que garante<br />

o domínio do inglês e espanhol em velocidade e eficiência máxima<br />

Larissa Faria e Yêda Nunes<br />

Divulgação<br />

Em um mundo cada vez mais conectado, o inglês e o espanhol se tornaram<br />

uma das mais importantes ferramentas para a comunicação em praticamente<br />

todos os tipos de atividade. Já que sabemos dessa exigência do mundo<br />

contemporâneo, quanto mais cedo o idioma fizer parte da vida das pessoas<br />

o aproveitamento será muito melhor. Por isso, famílias buscam que seus filhos<br />

desde muito cedo aprendam e frequentem cursos opostos ao turno da escola<br />

como mais uma maneira de aprendizado.<br />

Pensando nisso, com intuito de proporcionar esse momento de forma dinâmica<br />

e interativa, a inFlux English School iniciou em 2004 com uma metodologia<br />

inovadora, contando sempre com profissionais<br />

especializados no ensino desses dois idiomas.<br />

“Trabalhamos com uma abordagem dinâmica e comunicativa,<br />

e mais próxima da realidade e do dia a<br />

dia dos nossos alunos, sejam eles crianças, adolescentes<br />

ou adultos, além de trazer sentido para o<br />

aprender e a prática dos idiomas”, garante Evelyn<br />

Santana, gerente da unidade Vilas.<br />

Ensino inovador<br />

O método inFlux une duas das mais eficazes abordagens no ensino de línguas:<br />

a Abordagem Comunicativa e a Abordagem Lexical em que a comunicação e<br />

gramática são ensinadas de maneira integrada. A Abordagem Lexical, também<br />

conhecida como Lexical Approach, é um recurso novo, mas comumente usado<br />

em cursos de idiomas por ser um fator facilitador no aprendizado da gramática,<br />

tornando a aquisição da língua muito mais dinâmica, prática e significativa para<br />

o aluno. “A junção dessas duas abordagens resulta em um aprendizado sobre<br />

16 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


gramática, pronúncia e vocabulário<br />

de maneira integrada e dinâmica,<br />

onde o aluno aprende vivenciando<br />

situações reais do dia a dia”,<br />

explica Leonardo Copello, dono<br />

da unidade inFlux Rio Vermelho.<br />

Nessa perspectiva também<br />

entram os Chunks of Language, itens que fazem<br />

parte da base da Abordagem Lexical. Com eles,<br />

os alunos internalizam a gramática de uso e as<br />

frases e palavras comuns em determinadas situações,<br />

como gírias, ditados e também outras frases<br />

usadas para fins comunicativos. “Os aprendizes se<br />

comunicam durante as aulas como um estrangeiro<br />

de forma natural, fazendo o uso de termos que os<br />

próprios nativos falam. É dessa forma que ensinamos<br />

e praticamos, vivenciando essas<br />

combinações de forma natural e divertida”,<br />

conclui Julia Chau, proprietária<br />

há 12 anos da unidade Pituba.<br />

Patrícia Cerqueira, franqueada da<br />

unidade Graça, também enfatiza que<br />

o método inFlux foi criado a partir de<br />

modernas abordagens de ensino, e<br />

que o aluno é estimulado a todo momento<br />

a aprender combinações de palavras mais<br />

comuns utilizadas pelos nativos. “O resultado obtido<br />

pelo aluno é o domínio do inglês em tempo reduzido<br />

e eficaz”, conclui.<br />

Garantia de 2 anos e meio<br />

Com base na necessidade que o brasileiro tem<br />

em aprender inglês ou espanhol como segunda<br />

Cursos Top Five<br />

Domínio do inglês em 2 anos e meio<br />

De 10 a 12 anos – Ideal para pré-adolescentes<br />

De 6 a 9 anos – Inglês divertido e interativo<br />

De 13 a 17 anos – domínio do inglês<br />

em 2 anos e meio<br />

língua, foi que a inFlux<br />

concebeu seu grande diferencial<br />

na aplicação da<br />

metodologia: a garantia<br />

da fluência do idioma em apenas<br />

2 anos e meio.<br />

Método Influx também para<br />

aprender espanhol<br />

Isso confirma o resultado esperado<br />

de que, direcionando<br />

constantemente a atenção do<br />

aluno para o aprendizado dos<br />

chunks através do método in-<br />

Flux, ele acaba desenvolvendo<br />

naturalmente a sua habilidade de<br />

“pensar em inglês”. Seu foco estará<br />

sempre em aprender como<br />

se comunicar sem precisar gravar<br />

regras e termos técnicos que,<br />

muitas vezes, acabam complicando<br />

mais do que ajudando.<br />

Para que essa promessa fique<br />

firmada, a inFlux possui o Compromisso<br />

de Aprendizado, uma<br />

garantia assinada em contrato<br />

relativo a esse tempo. Esse resultado<br />

é comprovado pelo TO-<br />

EIC (Test of English for International<br />

Communication), um dos<br />

exames mais reconhecidos no<br />

mundo que mede a proficiência<br />

em inglês. Além disso, esse é<br />

um certificado de renome para a<br />

carreira profissional e acadêmica<br />

em todo o mundo.<br />

Quer saber mais sobre<br />

o método? Acesse o QR-<br />

Code e assista ao vídeo<br />

e conheça a inFlux.<br />

Unidade Pituba<br />

71 3351-6051 @influxsalvadorpituba<br />

Unidade Rio Vermelho<br />

71 2137-0116 @influxsalvador.riovermelho<br />

Unidade Graça<br />

71 2137-9100 @influxsalvadorgraca<br />

Unidade Vilas<br />

71 3289-3717 influxvilas<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 17


Um lugar planejado para<br />

Cultivar, cativar. A LUDIC surge como resposta<br />

à inquietação de pesquisadores e educadores<br />

diante dos desafios da educação de crianças<br />

em um mundo em constante mudanças,<br />

imprevisível e incerto. De que forma a educação<br />

escolar pode contribuir para que as crianças<br />

desenvolvam as competências necessárias para<br />

o século XXI?<br />

Como deve ser o projeto educacional de uma<br />

escola que pretenda preparar as crianças para<br />

que se tornem adultos capazes de desenvolver<br />

seu projeto pessoal, social e profissional num<br />

mundo que muda constantemente em ritmo<br />

acelerado?<br />

Foi em busca de respostas para essas<br />

questões que nos aprofundamos no estudo de<br />

práticas que vêm oferecendo possibilidades e<br />

caminhos para que possamos construir nosso<br />

projeto pedagógico.<br />

18 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


encantar...<br />

O projeto de educação que propomos é reflexivo:<br />

repensa-se e reconstrói-se constantemente. Nosso<br />

compromisso está em interpretar o presente e criar uma<br />

metodologia que se responsabilize com esse presente<br />

e com a preparação acadêmica, social e emocional<br />

das crianças para que sejam adultos saudáveis, felizes<br />

e donos de seus projetos de vida no futuro.<br />

Equilíbrio entre excelência acadêmica, habilidades<br />

de vida e cidadania global. Nós somos a ESCOLA<br />

LUDIC, uma instituição educacional que já nasceu com<br />

uma larga experiência e sólido compromisso com uma<br />

educação inovadora e de qualidade.<br />

Silvana Almeida<br />

DIRETORA PEDAGÓGICA.<br />

Do infantil<br />

ao 5ºano.<br />

Av. Octávio Mangabeira, 4329<br />

Armação. Ao lado do Walmart.<br />

99408.8818<br />

escolaludic.com.br<br />

Arthur de Macedo - Aluno do G5<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 19


Vacinação<br />

Saúde<br />

nas escolas<br />

O Laboratório LPC alerta como a parceria entre<br />

especialistas e instituições de ensino pode gerar uma<br />

qualidade de vida melhor para toda a comunidade escolar<br />

Yêda Nunes e Larissa Faria Divulgação<br />

Você já ouviu falar em medicina<br />

preventiva? Ela é especializada<br />

na promoção de saúde<br />

e prevenção de doenças,<br />

afim de melhorar a qualidade de<br />

vida dos indivíduos. Essa área<br />

da medicina contempla ações<br />

e campanhas de prevenção de<br />

doenças e suas complicações.<br />

E nesse contexto entram os exames<br />

periódicos e a vacinação,<br />

que são extremamente importantes.<br />

A escola possui um papel fundamental<br />

nesse quesito, pois é importante<br />

ensinar as crianças e adolescentes<br />

a relevância de ações<br />

preventivas e suas consequências<br />

benéficas. Por isso campanhas<br />

escolares vêm se tornando, cada<br />

vez, mais populares e imprescindíveis<br />

para o ambiente escolar, proporcionando<br />

um momento onde<br />

pais podem também esclarecer<br />

suas dúvidas a respeito da vacinação<br />

infantil e cuidados com a<br />

saúde.<br />

“Nesse período de pandemia<br />

foi preciso ficar em casa e por<br />

isso muitas consultas, vacinas<br />

e exames ficaram em segundo<br />

plano. Então, agora mais do que<br />

nunca, é importante ir retomando<br />

e, no caso das vacinas, atualizar<br />

tudo que estiver em atraso”,<br />

alerta Daniela Lima, pediatra<br />

com especialização em patologia<br />

clínica e Diretora Médica<br />

do Laboratório LPC. Da mesma<br />

forma que os exames periódicos<br />

precisam ser realizados, a vacinação<br />

também tem um papel muito<br />

importante na prevenção. Ela é<br />

uma grande aliada para garantir<br />

nossa saúde, estimulando nosso<br />

organismo a produzir defesas a<br />

fim de nos proteger contra<br />

diversas doenças. “Escolher<br />

não se vacinar é se<br />

permitir estar suscetível<br />

a muitas doenças. E isso<br />

é um perigo não só para<br />

o indivíduo como também<br />

para toda a comunidade”, completa<br />

a especialista Daniela Lima.<br />

MAPEANDO A SAÚDE<br />

Um dos momentos mais esperados no pós-pandemia<br />

é a volta às aulas presenciais. Apesar da ansiedade<br />

e grande expectativa de ressocialização,<br />

há também o agravante da abertura de uma porta<br />

para a transmissão de doenças, por isso esse é o<br />

momento ideal para a atualização da caderneta vacinal<br />

de crianças e adolescentes. Pensando nisso, o<br />

Laboratório LPC trabalha lado a lado com as famílias<br />

e instituições de educação para oferecer uma orientação<br />

especializada. “Existe uma exigência para que<br />

a criança esteja na escola com a caderneta em dia,<br />

mas é preciso avaliar esta caderneta, e a escola não<br />

20 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


possui esse conhecimento. Pensando nisso, damos<br />

orientação sobre a atualização da caderneta vacinal,<br />

levamos as vacinas para o ambiente escolar ou<br />

oferecemos benefícios para as famílias das escolas<br />

parceiras. Não é apenas a vacina, mas uma orientação<br />

adequada para pais, alunos e funcionários da<br />

escola”, conta Dra. Daniela Lima.<br />

ESCOLA PARCEIRA<br />

O Colégio Perfil é um exemplo de instituição<br />

parceira. Eles firmaram a parceria com o propósito<br />

educativo para alunos, funcionários e famílias, de-<br />

RETORNO ÀS AULAS EM SUA ESCOLA COM SEGURANÇA!<br />

“A retomada das aulas presenciais pressupõe um cuidado<br />

ainda maior com a saúde de alunos e funcionários. Portanto<br />

é fundamental estar com as vacinas em dia, realizar exames<br />

periódicos e monitorar qualquer sinal ou sintoma de doenças.<br />

O monitoramento com exames sorológicos para Covid-19<br />

assim como a atuação rápida para a detecção precoce de qualquer<br />

doença infecciosa é muito importante nesse momento<br />

de muitas incertezas e inseguranças. Enquanto não tivermos<br />

uma vacinação ampla e eficaz para o SarsCov-2, é importante<br />

estarmos atentos para garantir um retorno às aulas com mais<br />

tranquilidade”, alerta a pediatra Daniela Lima.<br />

VANTAGENS PARA SUA ESCOLA<br />

>> Desconto em exames e vacinas para alunos,<br />

familiares e colaboradores<br />

>> Diversos tipos de testes para Covid-19<br />

>> Orientação para a<br />

comunidade escolar<br />

>> Exames laboratoriais e mapeamento do<br />

cenário sorológico da escola<br />

monstrando preocupação<br />

com a educação dentro<br />

e fora das salas de aula<br />

em campanhas e projetos<br />

com o Laboratório LPC,<br />

onde profissionais alertam<br />

sobre a importância da vacinação<br />

e reforçam a importância da<br />

saúde na escola. “Nesse período de pandemia<br />

estamos com um protocolo de higiene mais<br />

rígido, consultado por um pediatra, um infectologista<br />

e um pneumologista. Nossa parceria com o<br />

LPC oferece um respaldo para um trabalho bem<br />

executado, além de preços mais benéficos para<br />

consultas e exames de alunos e funcionários”,<br />

conta Wilson Adbon, diretor do Colégio Perfil.<br />

FALA MAMÃE!<br />

“Desde a nossa primeira filha que somos<br />

clientes do Laboratório LPC na realização de<br />

exames e vacinas. Com a pandemia, a possibilidade<br />

de realizar exames e, principalmente, as vacinas em<br />

domicílio nesses primeiros meses do bebê foi um alento.<br />

Fechamos um pacote que já garantiu o acesso a todas as<br />

vacinas do primeiro ano de vida sem medo de faltas em cada<br />

período. As técnicas são excelentes, competentes, carinhosas<br />

e me deixaram muito tranquila, segura, usando todos os<br />

equipamentos de segurança. Só temos que agradecer todo o<br />

profissionalismo, segurança e carinho que recebemos todos<br />

esses anos da equipe LPC”, Juliana Karaoglan.<br />

Quer levar o laboratório LPC para sua<br />

escola? Aponte a câmera do seu celular para<br />

o código QR Code e tire suas dúvidas!<br />

www.laboratoriolpc.com.br<br />

71 2203-9955<br />

@laboratoriolpc<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 21


<strong>Educar</strong> com afeto<br />

Na teoria construtivista há mais interação, os relacionamentos são<br />

significativos, há menos ruídos na comunicação e a experiência é<br />

muito afetiva. Além disso, o professor consegue acompanhar com<br />

melhores condições o desenvolvimento de cada aluno<br />

Joyce de Souza<br />

Divulgação<br />

Sempre busquei no Ensino<br />

“<br />

Infantil muito mais do que<br />

uma alternativa onde minhas<br />

filhas pudessem ficar, mas<br />

sim uma real oportunidade de<br />

desenvolvimento com amorosidade”,<br />

conta a dentista Flávia<br />

Meira, mãe das pequenas Maria<br />

Luiza e Maria Fernanda, de 4 e<br />

2 anos respectivamente. “Encontrei<br />

muitas semelhanças nas<br />

metodologias pedagógicas de<br />

várias escolas, o que acabou me<br />

levando a optar por aquela que<br />

me causou uma maior sensação<br />

de segurança e cuidado com os<br />

meus filhos”, diz a lojista Fabiana<br />

Senna, mãe de Felipe e Alexandre,<br />

de 8 e 4 anos.<br />

Os depoimentos de Flávia e<br />

Fabiana refletem as expectativas<br />

das famílias da sociedade contemporânea<br />

em relação à Educação<br />

Infantil. Como ao longo<br />

dos últimos anos, as escolas, de<br />

modo geral, têm buscado atender<br />

os pré-requisitos pedagógicos<br />

previstos pela Base Nacional<br />

22 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Comum Curricular (BNCC). Os fatores<br />

socioemocionais passaram<br />

a ser, cada vez, mais decisivos na<br />

escolha da primeira escola pelas<br />

famílias, indo bem além de apenas<br />

um local para deixar as crianças<br />

brincarem enquanto as famílias<br />

vão para o trabalho.<br />

É o que revelam os 27 anos de<br />

experiência da Escola Brincando<br />

e Construindo. O acolhimento<br />

especial à criança e a todos os<br />

familiares, com os quais os pequenos<br />

se relacionam, tornou-se<br />

um diferencial para a escola. Especializada<br />

na educação para a<br />

faixa etária de 1 a 6 anos (Ensino<br />

Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental<br />

1), a Brincando, como é<br />

carinhosamente apelidada pela<br />

comunidade educativa, passou a<br />

ser referência por estar sempre<br />

se superando na proposta que<br />

une qualidade pedagógica à segurança<br />

dos pequenos.<br />

Momento especial<br />

Todo trabalho educacional da escola<br />

está centrado na compreensão<br />

dos aspectos emocionais envolvidos<br />

no processo da escolha<br />

da primeira escola. O momento<br />

especial representa a primeira<br />

grande conquista de autonomia<br />

da criança, até então exclusivamente<br />

sob a proteção da família,<br />

envolvendo ainda a grande<br />

responsabilidade da decisão pelos<br />

pais e responsáveis. É o que<br />

explica a pedagoga Ana Tereza<br />

Barretto, diretora e fundadora da<br />

Brincando e Construindo.<br />

‘É por isso que, do porteiro à<br />

direção, todos nós fazemos questão<br />

de acolher bem as crianças e<br />

familiares, conhecendo-os pelo<br />

nome e não apenas como ‘pai’ e<br />

‘mãe’ simplesmente, valorizando,<br />

assim também, a identidade e<br />

vivências pessoais de cada aluno<br />

no seu contexto familiar’’’, diz<br />

Têca, como a diretora é chamada<br />

por todos, o que também revela<br />

a relação de proximidade<br />

com as famílias.<br />

Espaço acolhedor<br />

A escola não abre mão<br />

de algumas condições de<br />

qualidade e conforto para as<br />

crianças. Têca conta com muito<br />

carinho que as salas de aula são<br />

especialmente decoradas e têm,<br />

no máximo, 15 alunos. Ela ainda explica<br />

que a proposta pedagógica,<br />

por sua vez, busca associar, como<br />

o próprio nome da escola mesmo<br />

já diz, as necessidades de brincadeira<br />

da infância à construção de<br />

novos conhecimentos e valores,<br />

Bases sólidas para o futuro<br />

O acolhimento personalizado ao aluno e à<br />

família é um marco, mas não é o único diferencial<br />

da Brincando e Construindo em 27 anos de<br />

história. Além de uma estrutura especialmente<br />

projetada para atender as crianças com salas<br />

amplas, laboratório de informática, ateliê de<br />

atividades, biblioteca, quadras poliesportivas,<br />

parquinhos de areia (coberto e de<br />

bambu), horta etc., o projeto pedagógico prima<br />

pela educação de qualidade, preparando,<br />

gradativamente, o aluno para novos desafios<br />

em etapas futuras da vida escolar, “inclusive a<br />

partir de convênios com grandes colégios que<br />

também são referência de qualidade de<br />

ensino em Salvador”, explica a<br />

diretora Ana Tereza.<br />

A proposta educativa<br />

da escola busca valorizar<br />

as múltiplas potencialidades<br />

de aprendizado<br />

em cada disciplina,<br />

bem como nas relações<br />

da criança no dia a dia<br />

da escola e com a família,<br />

como ressalta a coordenadora<br />

pedagógica Manuela Lago. “Com a proposta<br />

construtivista, as crianças são estimuladas a<br />

descobrirem novos conhecimentos a partir<br />

do que já sabem de vivências pessoais e<br />

coletivas”, diz. Ela destaca ainda a importância<br />

dada pela escola à formação da equipe de<br />

professores e demais colaboradores.<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 23


<strong>Educar</strong> com afeto<br />

E mais...<br />

>> Projeto Metalofone<br />

Feito em lâminas de metal<br />

com teclas dispostas como em<br />

um piano e baquetas com cabeças<br />

arredondadas, o instrumento desperta o<br />

interesse musical de crianças de todas as idades.<br />

As atividades do projeto promovem habilidades<br />

diversas, como coordenação motora fina, concentração,<br />

noções sobre notas musicais, entre outras.<br />

>> Super Sexta<br />

A Brincando e Construindo oferece<br />

atividades em turno integral. A programação<br />

especial no contraturno<br />

das aulas regulares, como oficinas<br />

de circo, yoga, artes e brincadeiras,<br />

assegura o sucesso de outro projeto da<br />

escola: a Super Sexta, uma oportunidade para que<br />

todos os alunos possam aproveitar as atividades do<br />

Integral nas tardes de sexta-feira. Isso mesmo: um<br />

“sextou” especial para a garotada!<br />

>> Bilíngue e cursos extras<br />

O programa prevê, pelo menos,<br />

uma hora por dia de aprendizagem<br />

da língua inglesa como<br />

parte do projeto pedagógico<br />

interdisciplinar. A escola ainda<br />

oferece horários ampliados, após o turno regular,<br />

para a prática de capoeira, futsal, ginástica rítmica,<br />

ballet e teatro.<br />

essenciais na sociedade contemporânea.<br />

“Contamos muito com a<br />

parceria dos pais, até mesmo no<br />

opinário que sempre fazemos ao<br />

final de cada ano letivo, visando o<br />

planejamento de novos avanços”,<br />

completa a diretora.<br />

As mães, Flávia e Fabiana, encontraram<br />

na Brincando e Construindo<br />

a superação das expectativas<br />

iniciais na escolha da primeira<br />

escola para os filhos. “A escola nos<br />

oferece uma relação tão próxima e<br />

acolhedora que a sentimos como<br />

uma extensão da nossa casa”, revela<br />

Flávia. “Meu filho mais velho<br />

estudou todo o ciclo na Brincando<br />

e não pensei duas vezes em matricular<br />

o meu caçula, justamente por<br />

conta de toda atenção especial<br />

dada aos alunos e suas famílias”,<br />

conclui Fabiana.<br />

Pandemia<br />

A relação de proximidade também<br />

fez a diferença para o sucesso<br />

da parceria família-escola em<br />

tempos de pandemia: “Conhecíamos<br />

cada pai, cada mãe, e pudemos,<br />

assim, melhor assisti-los<br />

em um momento tão desafiador<br />

para todos, ressaltando a importância<br />

de se buscar promover<br />

o aprendizado e, sobretudo, o<br />

vínculo com a rotina escolar”,<br />

conta a diretora Têca. A escola<br />

fez questão de buscar uma consultoria<br />

especializada de seis<br />

infectologistas para a ampliação<br />

dos protocolos de segurança e<br />

emissão de certificação de adoção<br />

de medidas de proteção<br />

contra a covid-19.<br />

Alameda Pádua, 138, Pituba.<br />

71 3355- 4440/ 71 3015- 0194<br />

brincandoeconstruindo.provisorio.ws<br />

contato@brincandoeconstruindo.com.br<br />

@brincandoeconstruindo<br />

Acesse ao QR-Code e<br />

saiba mais sobre a Escola<br />

Brincando e Construindo.<br />

24 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 25


Especialista<br />

// por Alessandro Marimpietri<br />

foto divulgação<br />

*Alessandro Marimpietri é<br />

pai do Lucca, sócio fundador<br />

da Desenvolver: Psicologia e<br />

Educação, psicólogo formado pela<br />

Universidade Federal da Bahia<br />

(UFBA), neuropsicólogo pela<br />

Universidade de São Paulo (USP),<br />

doutor em ciências da educação<br />

pela Universidad Nacional de<br />

Cuyo (UNCUYO) na Argentina,<br />

palestrante e consultor em<br />

instituições pelo Brasil.<br />

Não tem nada que doa mais nos pais contemporâneos do que<br />

dar limite. Com a chegada da pandemia, esse tema ganha<br />

contornos de urgência ainda mais significativos, porque estamos<br />

dentro de casa com nossos filhos quase o tempo inteiro, e o<br />

manejo dessa relação tem sido muito difícil<br />

Ficamos com uma confusão muito grande sem conseguir entender<br />

o que é autoridade e o que é comportamento autoritário. A autoridade<br />

é um pacto forte, o suficiente para estabelecer funcionamentos<br />

sem precisar de excesso de força para fazer o outro cumprir<br />

aquilo que foi determinado. Já no autoritarismo há uma força vertical<br />

que não se reconhece no outro, alguém capaz de contribuir na relação.<br />

Isso para pais e filhos é muito perigoso.<br />

Quando digo ao meu filho que existem coisas inegociáveis e que<br />

não dá para viver de sobremesa sem almoçar, de alegrias sem dever,<br />

eu estou dizendo que para existir no coletivo eu preciso abrir mão<br />

da minha plenitude absoluta enquanto sujeito. O que você faz na sua<br />

casa, afeta o que faço na minha, e o que faço na minha afeta na sua,<br />

no nosso bairro, na nossa cidade, em última instância no planeta. Então<br />

é muito importante entender que as nossas escolhas extrapolam<br />

os muros de casa e invadem.<br />

E aí faz como? Como dar limite? A primeira coisa é não responder<br />

a essa pergunta. Porque se eu respondo, eu estou retirando de você<br />

a capacidade crítica de criar a sua própria maneira de construir a relação<br />

com o seu filho com algum limite. Não há fórmulas, agora há<br />

referências que foram testadas e que vimos que funciona.<br />

Os pais contemporâneos têm uma dificuldade muito grande em<br />

dar limite porque não suportam o luto do crescimento dos filhos. Em<br />

geral, tentam manter posições de gestão incongruentes com o seu<br />

desenvolvimento, ou seja, terminamos limitando coisas que não deveriam<br />

ser limitadas e deixando de limitar outras que deveria haver<br />

uma interdição .<br />

Qual o resumo da ópera?<br />

Nós vamos amar e poder ser amados. Nós temos que autorizar os<br />

nossos filhos a ir, mas temos que limitar também. Pais que entendem<br />

o limite como sinônimo de amor, cuidado e proteção ajudam enormemente<br />

os filhos a se desenvolverem melhor. Seguramente, se formos<br />

pais mais comprometidos com uma criação não<br />

violenta, mais respeitosa porém firme, que proteja<br />

os nossos filhos e tendo o limite como uma prova<br />

de amor, teremos crianças que vão se desenvolver<br />

com mais saúde e teremos encontros sociais mais<br />

saudáveis, democráticos, críticos e produtores de<br />

mais gente fina, elegante e sincera.<br />

Lançamento!<br />

Escrito a partir da experiência<br />

de cumplicidade e afeto na<br />

relação do autor Alessandro<br />

Marimpietri e seu filho Lucca,<br />

este livro lança luz sobre o relacionamento<br />

dos pais com os<br />

seus filhos, permitindo a ambos o crescimento e uma<br />

compreensão profunda da vida e de seus significados<br />

simbólicos. O livro Quando somos um só encanta<br />

pessoas de todas as idades e enaltece a vivência da<br />

paternidade e a potência do amor como chance de<br />

reinvenção da vida.<br />

Autor: Alessando Marimpietri<br />

Ilustrador: Esteban Vivaldi<br />

Editora: Solisluna<br />

Aponte a câmera do seu celular<br />

para o código QR Code e assista<br />

a live completa sobre limites.<br />

@desenvolverbahia<br />

@alessandromarimpietri<br />

71 3354-1424/ 99669-1424<br />

26 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 27


Ensinando a Crescer<br />

Brincando, criando e aprendendo: na escola Recanto de Viver o<br />

brincar é visto como linguagem única, e assim as crianças aprendem<br />

sobre o mundo, usando a imaginação e desenvolvendo a criatividade<br />

Yêda Nunes e Larissa Farias<br />

Divulgação<br />

Você conhece a metodologia sociointeracionista? Ela é uma teoria<br />

de aprendizagem com foco na interação. Nessa metodologia, o<br />

aprendizado ocorre em contextos históricos, sociais e culturais.<br />

Em sua abordagem pedagógica, a vivência em sociedade e experiências<br />

cotidianas são essenciais para o desenvolvimento da criança.<br />

Seguindo essa proposta, a Recanto de Viver valoriza uma formação<br />

integral, onde a criança é protagonista das suas experiências cotidianas,<br />

incentivando a curiosidade, o brincar e a sede por conhecimento.<br />

O momento da brincadeira, por exemplo, é um lugar muito importante<br />

para relações sociais e desenvolvimento da autonomia dos pequenos.<br />

Muitas vezes achamos que brincadeira é apenas entretenimento,<br />

mas através desse processo a criança cria noção de espaço, aprende<br />

regras e testa suas habilidades físicas. “A brincadeira ocorre na interação<br />

da criança com o outro e com o mundo. Então é fundamental a<br />

ação intencional do professor nesse meio, planejando e organizando<br />

sistematicamente as propostas por meio de estratégias que<br />

respeitem a criança e sua infância, e que ampliem suas vivências<br />

e experiências”, conta Valéria Escariz, diretora<br />

da escola Recanto de Viver.<br />

Foco na alimentação saudável<br />

Outro grande diferencial da Recanto de Viver é a opção<br />

de refeição para os alunos. Apresentar às crianças<br />

de maneira lúdica as cores, sabores, odores, no<br />

preparo das receitas contribui não só para a satisfação<br />

das necessidades nutricionais, como, também,<br />

as emocionais que envolvem o processo alimentar.<br />

Uma dieta equilibrada e bem planejada beneficia as<br />

crianças e dá a elas a força e o vigor para brincar,<br />

aprender e se divertir. Além de desenvolver, a autonomia,<br />

pois estimula as crianças a aprenderem desde<br />

cedo a consumir alimentos saudáveis.<br />

“Elas organizam-se para se dirigir ao refeitório,<br />

arrumam os espaços e materiais utilizados com incentivos<br />

das professoras e dos próprios colegas, e<br />

quando essa construção é fortalecida a colaboração<br />

e a organização são atitudes que elas desenvolvem<br />

naturalmente no coletivo e individualmente”, reforça<br />

Valéria Escariz. Além disso, é muito importante<br />

desenvolver o paladar nessa idade.<br />

Se hoje vemos adultos que não gostam<br />

muito de um prato saudável, com certeza<br />

não houve uma educação alimentar<br />

adequada na infância.<br />

“Não desperdiçar minutos preciosos<br />

para preparar a lancheira e, mais do que<br />

28 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


isso, ter a garantia de que seu filho<br />

está se alimentando de forma muito<br />

saudável é maravilhoso. A Recanto<br />

de Viver se preocupa muito em oferecer<br />

uma alimentação de qualidade para as<br />

crianças, e isso faz toda a diferença”, relata Ana<br />

Carla Calasans, mãe de Caio, aluno do quarto ano<br />

e admiradora da escola.<br />

É momento de experimentar!<br />

A construção de projetos pedagógicos é algo fundamental<br />

para instituições de ensino e através dessas<br />

dinâmicas a escola demonstra sua metodologia<br />

e maneira de educar. É por meio desses projetos<br />

também que a comunidade escolar pode trabalhar<br />

focando em responsabilidades pessoais e coletivas,<br />

passando os valores da escola e criando uma cultura<br />

coletivista. “A nossa metodologia se dá por meio de<br />

projetos interdisciplinares que contemplam os con-<br />

textos investigativos relacionados<br />

à vida cotidiana das crianças, a<br />

formação de valores bem como a<br />

sua cultura e a de outras comunidades”,<br />

fala Jacqueline Marques,<br />

coordenadora pedagógica da<br />

Recanto de Viver. Nesse<br />

sentido, a escola<br />

se apoia em campos<br />

de experiência,<br />

os pilares de<br />

toda a sua construção:<br />

conviver,<br />

brincar, participar,<br />

explorar, expressar e<br />

se conhecer.<br />

As crianças são convidadas<br />

no seu cotidiano a explorar os<br />

diferentes espaços e materiais<br />

que a escola dispõe bem como<br />

participar de múltiplas experiências<br />

sensoriais que favorecem o<br />

seu desenvolvimento físico, sua<br />

coordenação motora fina e ampla<br />

e a sua linguagem. A leitura<br />

coletiva de histórias de faz de<br />

conta também é muito bem explorada<br />

para que surjam brincadeiras<br />

criativas e espontâneas e<br />

a reprodução de papéis sociais<br />

e diálogos. “Os diálogos, o uso<br />

dos materiais e os espaços são<br />

provocativos de modo a explorar<br />

a capacidade resolutiva, investigativa<br />

das crianças, suas curiosidades,<br />

interesses e pensamentos<br />

criativo e crítico”, completa<br />

Jacqueline.<br />

Saiba mais...<br />

A escola atende<br />

(berçário à pré-escola)<br />

Possui área de<br />

aproximadamente<br />

Ambientes<br />

Programa<br />

com atividades<br />

pedagógicas<br />

com atendimento<br />

de emergência<br />

Atividades curriculares:<br />

Atividades dirigidas ao<br />

turno complementar<br />

Atividades<br />

extracurriculares:<br />

Novidade!<br />

Em 2<strong>02</strong>1 a escola terá o<br />

1º ano do fundamental<br />

Celebrando<br />

Anos<br />

Alameda das Framboesas, nº 182.<br />

Caminho das Árvores, Salvador<br />

71 3341-0586 / 3015-1952 / 99148-6264<br />

recantodeviver@recantodeviver.com.br<br />

@recantodeviver<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 29


CNA nas escolas<br />

Conheça o programa que torna mais completa a experiência com um<br />

novo idioma, consolidando o conceito de educação bilíngue<br />

Joseanne Guedes Andréa Cedraz<br />

Apenas 10,3% dos jovens sabem inglês e, apesar de enfeitar a maioria<br />

dos currículos, só 1% dos brasileiros realmente fala inglês fluente,<br />

segundo dados de uma pesquisa do British Council e do Instituto<br />

de Pesquisa Data Popular. O ensino da chamada “língua dos negócios”<br />

não é uma novidade nas escolas brasileiras, sejam elas públicas ou<br />

particulares, mas o baixo domínio do idioma – considerado fundamental<br />

para o desenvolvimento de uma carreira – tem impulsionado a procura<br />

por programas de ensino bilíngue que tornem cada vez mais completo<br />

o aprendizado.<br />

“Oferecer um ensino focado em trazer resultados e ao mesmo tempo<br />

relevante para o aluno é fundamental nesses tempos”, afirma André<br />

Nickhorn, gerente de parcerias educacionais do CNA, uma das mais<br />

tradicionais redes de escolas de idiomas do Brasil. A instituição auxilia<br />

escolas no processo de estruturação da educação<br />

bilíngue, através do programa CNA Na Escola.<br />

“O CNA tem propostas inovadoras e muitos<br />

recursos para transformar a experiência<br />

do aluno em aprendizado eficaz, criando<br />

vínculos verdadeiros e duradouros. Temos<br />

mais de 100 parcerias com colégios<br />

em todo o país com altos índices de satisfação<br />

das instituições, pais e alunos.”<br />

APRENDIZADO<br />

E DIVERSÃO<br />

Em uma parceria exclusiva do CNA com a<br />

Disney, todos os materiais para o público<br />

infantil de 3 a 10 anos estão repletos de<br />

figuras desse mundo encantado. O aluno<br />

vive uma verdadeira imersão no idioma<br />

através de atividades lúdicas, como<br />

contação de histórias, jogos, vídeos e<br />

músicas com inspiração nas histórias e<br />

ilustrações Disney. Ao explicar o vocabulário<br />

de animais em inglês, como “bear”<br />

(urso em inglês), o material usa a figura<br />

do Ursinho Pooh, tornando o aprendizado<br />

mais significativo e divertido.


Escola parceira<br />

O pioneiro entre essas<br />

parcerias de sucesso é o<br />

Colégio Sacramentinas,<br />

que há dois anos decidiu<br />

implantar o Programa Bilíngue.<br />

Ana Lúcia Amoedo, diretora<br />

pedagógica do Sacramentinas em Salvador, explica<br />

que há cerca de cinco anos a instituição disponibiliza<br />

a modalidade extracurricular. “Há dois anos, no<br />

entanto, percebemos que era preciso dar mais um<br />

passo e oferecer aos nossos alunos a oportunidade<br />

de fazer inglês de maneira mais efetiva”, afirma. “Estamos<br />

no início, mas já podemos comprovar grandes<br />

resultados. Temos alunos falando, fluentemente, o<br />

inglês e se oportunizando conectar com pessoas de<br />

diversas parte do mundo”, comemora.<br />

Quando o assunto é a aprendizagem da língua<br />

inglesa, muitos pais acabam delegando a missão<br />

somente aos professores. Porém, a experiência de<br />

Bernardo Moraes, de 8 anos, mostra o quanto é essencial<br />

observar como a criança está se apropriando<br />

do conteúdo. O aluno do Colégio Sacramentinas<br />

é acompanhado de perto pela mamãe Carla Luísa<br />

Moraes, pedagoga com 16 anos de atuação em<br />

sala de aula. Bernardo iniciou o estudo de idiomas<br />

quando ingressou no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, há dois anos.<br />

“Quando ele teve contato com o inglês, não se interessava muito, pois<br />

não conseguia compreender a metodologia do ensino da língua. No segundo<br />

ano, quando houve a parceria com o CNA, ele passou a se interessar<br />

mais e chegou a relatar que era a disciplina preferida dele”, conta.<br />

Para ela, a premissa de encantamento na aquisição do conhecimento<br />

deve estar ligada ao prazer da ludicidade. “O desenvolvimento psíquico<br />

da criança está diretamente ligado ao deleite de brincar, de se divertir<br />

e, consequentemente, aprender com fluidez”, explica a pedagoga.<br />

“Ele consegue fazer a relação da palavra com o objeto ou a situação.<br />

Ele leva o aprendizado do inglês como uma brincadeira e isso facilita<br />

o desejo de aprender mais. A própria metodologia utilizada pelo CNA<br />

favorece esse sentimento, pois parte da associação de palavras que<br />

estão relacionadas com o cotidiano da criança e vem aplicando a gramática<br />

normativa a esse conhecimento prévio construído, possibilitando<br />

a consolidação do aprendizado”, elogia a mãe.<br />

Modelo de sucesso<br />

Não é novidade que aulas muito voltadas para a gramática e aspectos<br />

pouco práticos tendem a não ser tão atraentes aos estudantes. Por<br />

isso, de acordo com o diretor franqueado Silvio Farias, o objetivo do<br />

CNA na Escola é atender às instituições de ensino com uma proposta<br />

personalizada e em consonância com as novas demandas educacionais.<br />

“As regras gramaticais e de ortografia são introduzidas de forma<br />

natural, garantindo fluência do aluno e deixando-o motivado”, ressalta.<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 31


CNA nas escolas<br />

O programa CNA na Escola oferece quatro modalidades<br />

para aulas dentro ou fora da grade curricular<br />

do colégio: a) Bilíngue, com aulas diárias; b) Curricular,<br />

com aulas duas vezes por semana; c) Integral,<br />

com aulas diárias para alunos em período integral; d) Extracurricular, com<br />

aulas ministradas no contraturno.<br />

O guia é uma produção do CNA para auxiliar<br />

na educação de estudantes com necessidades<br />

educacionais especiais. A rede reuniu as<br />

principais dúvidas levantadas por professores<br />

e diretores em relação à didática, comportamento e interação com os<br />

alunos com deficiência em sala, chamou especialistas e desenvolveu<br />

essa importante ferramenta no caminho da inclusão e acessibilidade.<br />

Potencializar a experiência do aluno é o objetivo do<br />

CNA 360, um conjunto de ferramentas que estimulam<br />

a aprendizagem com recursos tecnológicos,<br />

materiais atualizados e certificação internacional. O<br />

estudante pratica o idioma com aplicativos de realidade aumentada e atividades<br />

com QR Code. Além disso, ele tem acesso ao CNA Net, um portal com<br />

jogos Web Lessons, professor on-line, On-line Talk e outros recursos para<br />

consolidar o aprendizado.<br />

Quem também aprova o modelo adotado pelo<br />

CNA é a Irmã Fátima, diretora geral do Sacramentinas.<br />

“Somos uma escola de valores e o CNA<br />

complementa as Sacramentinas. Essa parceria tem<br />

dado muito certo. A gente vem adaptando o projeto,<br />

adequando à realidade das nossas famílias,<br />

fazendo ajustes com a coordenação pedagógica.<br />

Para isso contamos com Silvio”, avalia a gestora. “É<br />

gratificante ver a desenvoltura dos alunos”, conclui.<br />

“O projeto pedagógico do Sacramentinas é incrível.<br />

É uma das redes de ensino mais respeitadas<br />

do país e vem investindo em inovações<br />

para conectar seus alunos com o que<br />

há de mais moderno, sem perder<br />

suas raízes em valores humanos”,<br />

destaca Silvio Farias. O<br />

CNA atende cerca de 400<br />

mil alunos em todo o Brasil<br />

em mais de 600 escolas. A<br />

rede oferece a certificação<br />

internacional da Cambridge<br />

Assessment English, departamento<br />

da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e<br />

do SIELE (Instituto Cervantes) para o espanhol.<br />

Esse ano o CNA conquistou o título de Franqueador<br />

do Ano concedido pela Associação Brasileira<br />

de Franchising (ABF).<br />

Quer levar o CNA para a sua escola? Então<br />

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32 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 33


Papo de mãe<br />

// por Nine Lima<br />

foto divulgação<br />

*Nine Lima é autora do blog<br />

“Querida Mamãe”, administradora<br />

de empresas, servidora pública e mãe<br />

dos gêmeos Ricardo e Guilherme<br />

Não é novidade que a pandemia mudou<br />

nossa vida e o modo como enxergamos ela.<br />

Em períodos atípicos como esse na história,<br />

passamos a pensar mais sobre o futuro, e o<br />

que é o futuro se não a educação?<br />

Durante esse momento, a escola entrou em nossos lares e nós<br />

assumimos papéis até então desconhecidos. Foi um processo<br />

e uma imersão profunda na educação escolar dos nossos filhos,<br />

além do malabarismo para conciliar o home office improvisado,<br />

afazeres domésticos e cuidados com o isolamento social. Esse furacão<br />

de novidades aconteceu ao mesmo tempo e no mesmo ambiente.<br />

Foi um grande desafio para educadores, pais e alunos equilibrar essa<br />

relação triangular que foi posta à prova. Por aqui, meus filhos Guilherme<br />

e Ricardo estão no primeiro ano, antiga alfabetização, um ano marcante<br />

para o desenvolvimento da criança. Por esse motivo tivemos uma preocupação<br />

relativa às bases de conhecimento fundamentais que são a<br />

leitura e a escrita. E enquanto as aulas presenciais não são retomadas,<br />

nos perguntamos sobre os ganhos e perdas desse último ano. Sim.<br />

Tivemos ganhos. Além do aprendizado tecnológico, fundamental para<br />

os dias atuais, descobrimos o valor da convivência familiar, do senso de<br />

comunidade e coletivismo.<br />

Mas e o conteúdo? Temos como recuperar?<br />

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, no dia 6 de outubro,<br />

a fusão dos anos letivos de 2<strong>02</strong>0 e 2<strong>02</strong>1 nas redes de ensino da<br />

Educação Básica. Será permitido um reordenamento curricular do que<br />

restar do ano letivo de 2<strong>02</strong>0. Assim, o ano de 2<strong>02</strong>1 também poderá ser<br />

reprogramado, aumentando-se os dias de aula e a carga horária.<br />

Outra forma de recuperar o conteúdo é investir em aulas extracurriculares<br />

ou métodos alternativos de aprendizagem. O Kumon é um<br />

bom exemplo disso, método de ensino que não se prende à idade ou<br />

ano escolar, mas trabalha conteúdos de forma individualizada, além de<br />

apostar no autodidatismo dos alunos.<br />

Como aprendizado, levo comigo o lema: “A parceria é o caminho!”<br />

Como pais, precisamos ser também parceiros dos nossos filhos e entender<br />

que esse período difícil em que estamos,<br />

também irá reverberar lá na frente. É preciso ter calma<br />

para não fazer cobranças excessivas em relação<br />

ao conteúdo perdido.<br />

A volta às aulas será uma nova etapa e processo<br />

de retomada para os nossos filhos. Devemos<br />

entender a necessidade de sermos ponte, apoio<br />

e conexão!<br />

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34 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


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Ensinando a Crescer<br />

// por Paulo Rocha<br />

foto divulgação<br />

*Professor Paulo Rocha é diretor<br />

geral do Colégio Integral<br />

Inovar em educação sempre foi um padrão do Colégio Integral há<br />

mais de 30 anos. Faz parte do nosso DNA essa conexão permanente<br />

com o futuro. É como se o porvir integrasse nossa rotina<br />

agir em prol de um mundo<br />

mais ético, mais justo e ambientalmente<br />

mais protegido,<br />

através do desenvolvimento<br />

de habilidades e competências<br />

que enfatizem a felicidade<br />

pessoal, o sucesso profissional<br />

e a responsabilidade socioambiental.<br />

Entendemos então que<br />

o caminho mais eficaz para se<br />

alcançar tal intento é através de<br />

uma pedagogia que compreenda<br />

e personifique o espírito desse<br />

novo amanhã. Como diz o nosso<br />

mentor, o professor Hélio Rocha,<br />

“a escola é uma anunciadora de<br />

alvoradas, uma comunicadora<br />

privilegiada do que virá”. Assim<br />

sendo, por convergirmos nossas<br />

ações nessa direção, o futuro da<br />

educação na Bahia sempre aportou<br />

primeiro no Integral.<br />

Aqui conhecemos cada um de<br />

nossos alunos e disponibilizamos<br />

para eles as melhores experiências<br />

de aprendizado adequadas<br />

às suas necessidades e possibilidades.<br />

Esse entendimento faz<br />

com que a nossa didática seja<br />

muito mais interessante e inspiradora,<br />

convertendo-se assim<br />

em resultados extremamente<br />

vitoriosos. E o ano de 2<strong>02</strong>0 chegou<br />

para as instituições de ensino<br />

como um enorme divisor de<br />

águas. No Integral, implantamos<br />

nosso projeto EAD, o InCasa, com<br />

enorme êxito. A razão desse sucesso<br />

se deu por já possuirmos<br />

toda uma estrutura tecnológica<br />

para a realização de um ensino<br />

híbrido de excelência.<br />

Tecnologia sempre presente<br />

Há muitos anos, quando nem se<br />

pensava em plataformas adaptativas<br />

ou ensino on-line, implantamos<br />

o nosso AVA – Ambiente<br />

Virtual de Aprendizagem. Com o<br />

tempo, evoluímos desenvolvendo<br />

uma plataforma digital onde<br />

professores têm autonomia e es-<br />

paço para darem prosseguimento ao processo de<br />

aprendizagem ativa dos alunos, ultrapassando as<br />

limitações de uma sala de aula. São inúmeros projetos<br />

e atividades desenvolvidos nesse ambiente.<br />

Professores transformaram-se em motivadores, direcionando<br />

e acompanhando a produção dos alunos.<br />

Os estudantes realizam exercícios, leem e assistem<br />

conteúdos extras que auxiliarão na ampliação de<br />

seus conhecimentos.<br />

Outra mudança inovadora foi a implantação das<br />

provas virtuais no calendário escolar desde o 2º<br />

ano do Ensino Fundamental. Essas avaliações são<br />

realizadas completamente no notebook. Anos após<br />

iniciarmos nossas avaliações 100% digitais, o Enem<br />

informou ter aderido a esse mesmo tipo de tecno-<br />

36 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


logia. E nesse ano, ao sermos surpreendidos pela<br />

pandemia, nossas avaliações digitais apenas foram<br />

transferidas dos notebooks do colégio para os computadores<br />

nas casas dos nossos alunos. A adaptação<br />

para a metodologia EAD na quarentena foi imediata,<br />

pois tanto nossos professores quanto nossos<br />

alunos já estavam completamente à vontade nesse<br />

processo. Todos tinham experiência com aulas on-line<br />

gravadas e ao vivo, atividades virtuais, acesso a<br />

conteúdos postados, trabalhos na rede, avaliações<br />

digitais, relatórios de desempenho e aprendizagem<br />

em tempo real.<br />

O que efetivamente impactou nossos meninos<br />

durante a quarentena foi a distância física imposta,<br />

impedindo a convivência de todos. Como o cuidado<br />

e acompanhamento personalizado dos alunos são<br />

diferenciais extremamente significativos da nossa<br />

instituição, buscamos amenizar essa ausência através<br />

de um contato diário e caloroso da equipe técnica<br />

pedagógica e dos professores com os nossos<br />

alunos e famílias. O projeto EAD do Integral ratificou<br />

nosso engajamento com a inovação, mostrando que<br />

estávamos prontos para o futuro e que, de fato, já<br />

vivenciávamos este futuro no nosso presente.<br />

O resultado<br />

Nossas Turmas Olímpicas de Ensino Médio são mais<br />

uma prova na nossa criatividade na educação. Com<br />

a globalização e o aumento da concorrência fazia-se<br />

necessário ampliar as possibilidades de escolhas de<br />

nossos estudantes para universidades localizadas<br />

em outros estados e até mesmo fora do Brasil. Pensando<br />

nisso, montamos um projeto de turmas de Ensino<br />

Médio preparatórias para o ingresso nos cursos<br />

e universidades mais concorridos do Brasil. Inicia-<br />

mos essa formação diferenciada<br />

desde a 1ª série do Ensino Médio<br />

com material e professores<br />

especializados na capacitação<br />

para o ingresso nessas instituições.<br />

Conseguimos, nos últimos<br />

anos, um resultado de aprovação<br />

espetacular nos cursos mais concorridos<br />

da USP, Unicamp, UFBa,<br />

Uneb, entre outros.<br />

Somado a isso, o Colégio Integral<br />

é uma grande família. Claro,<br />

somos de fato uma empresa familiar.<br />

Nascemos a partir do sonho<br />

de nossos pais que acreditavam<br />

numa educação integral e humanista.<br />

Recebemos deles a missão<br />

de continuar com esse legado e<br />

como filhos transformamos isso<br />

no nosso propósito de vida.<br />

Finalizando, transcrevo aqui<br />

algumas palavras de meu pai<br />

extremamente propícias para<br />

o momento:<br />

“A matéria-prima dos educadores<br />

são as novas gerações.<br />

Exatamente por isso o professor<br />

é um tangedor de cultura, um<br />

estimulador de vocações, um direcionador<br />

de destinos. Em qualquer<br />

idade, o educador jamais<br />

deve ser um homem de ontem<br />

com ideias de anteontem. Seria<br />

uma aberração. Os livros e suas<br />

doutrinas podem caducar. Os<br />

paradigmas científicos e os cânones<br />

filosóficos podem ser ultrapassados.<br />

O professor, porém,<br />

não tem esse direito. Ele nasce<br />

todos os dias tal como o sol em<br />

todas as madrugadas. As paisagens<br />

das margens passam, mas<br />

a correnteza do rio prossegue<br />

renovando-se. Não há profissão<br />

mais comprometida com o ritmo<br />

da vida social que o magistério.<br />

Em boa verdade, a escola deve<br />

ser sempre a locomotiva da sociedade.”<br />

Professor Hélio Rocha.<br />

É nisso que sempre acreditaremos!<br />

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Code e conheça de perto a<br />

história de tradição e inovação<br />

do Colégio Integral!<br />

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<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 37


CAPA | Relatos da Pandemia<br />

EM MEIO A UM CENÁRIO DE DÚ-<br />

VIDAS, PROJEÇÕES E REPLANEJA-<br />

MENTOS EM DIVERSOS ASPECTOS,<br />

A ÚNICA CERTEZA É QUE A EDU-<br />

CAÇÃO NÃO SERÁ MAIS A MESMA<br />

APÓS A PANDEMIA DO NOVO CO-<br />

RONAVÍRUS. ENTREVISTAMOS ES-<br />

PECIALISTAS SOBRE A SITUAÇÃO<br />

EDUCACIONAL NA PANDEMIA E NO<br />

PÓS-PANDEMIA. VEJA O QUE DIZEM<br />

AS VOZES DA EDUCAÇÃO!<br />

Luciana Costa, Yêda Nunes e Larissa Farias<br />

Divulgação<br />

Oisolamento social trouxe<br />

a necessidade de reinventar<br />

possibilidades e<br />

solidificar a tecnologia<br />

para que a educação<br />

chegasse aos estudantes.<br />

Os professores tiveram de se reinventar<br />

de maneira muito rápida. A família está mais<br />

próxima dos alunos e das escolas estabelecendo<br />

uma comunicação mais direta. Diante<br />

disso, abriu-se uma série de discussões<br />

acerca das aulas on-line, saúde emocional,<br />

eficácia da aprendizagem – principalmente<br />

da Educação Infantil –, consequências<br />

do prolongamento da suspensão das aulas,<br />

problemas oriundos da volta às aulas<br />

e tantas outras pautas que estão intimamente<br />

interligadas a um novo panorama que está se<br />

desdobrando em consequência da covid-19.<br />

38 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


De acordo com o relatório Education<br />

at a Glance da Organização<br />

para a Cooperação e Desenvolvimento<br />

Econômico (OCDE), que<br />

reúne estatísticas educacionais do<br />

Brasil e mais de 40 países, no âmbito<br />

do Programa de Indicadores<br />

dos Sistemas Educacionais (INES),<br />

mesmo sem haver um retorno generalizado<br />

de aulas no Brasil, o<br />

tempo de fechamento de escolas<br />

já é maior do que na média dos<br />

países ricos. Em média, os países<br />

da OCDE haviam mantido suas escolas<br />

fechadas por 14 semanas até<br />

o fim de junho e no Brasil foram<br />

mais de 30 semanas até a presente<br />

data. Sabemos que a pandemia<br />

trouxe novas necessidades, além<br />

de amplificar as que já existiam no<br />

ambiente escolar. Dessa forma,<br />

gestores, especialistas e representantes<br />

do setor articulam possíveis<br />

caminhos para essa nova era.<br />

CRIANÇAS MAIS ANSIOSAS<br />

Assim como os adultos, as crianças<br />

tiveram que se adaptar a um novo<br />

mundo após o início da pandemia.<br />

De repente, surgiu uma nova rotina<br />

para elas, e algumas ainda tiveram<br />

que lidar com o luto em decorrência<br />

da perda de familiares. Todas<br />

essas mudanças estressantes geraram<br />

diversos impactos psicológicos<br />

nos pequenos, afinal se as<br />

mudanças provocadas pela covid-19<br />

impactaram na saúde mental<br />

dos adultos, por que seria diferente<br />

com as crianças? Para a pequena<br />

Mariana Regueira (@regueiramariana),<br />

de 10 anos, estudar<br />

virtualmente foi um grande<br />

desafio. “Senti muita saudade<br />

dos meus amigos, fiquei<br />

triste em vários momentos<br />

mas aprendi coisas<br />

bem legais também,<br />

como usar o chat nas<br />

aulas virtuais. Assim eu<br />

conseguia tirar dúvidas<br />

no meio da aula com a<br />

minha pró e conversar<br />

com os meus colegas”,<br />

conta Mari, estudante<br />

do 4ª ano do Salesiano<br />

Dom Bosco.<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 39


CAPA | Relatos da Pandemia<br />

“A EDUCAÇÃO PÓS-<br />

PANDEMIA, MAIS DO<br />

QUE ANTES, NOS<br />

CONVIDARÁ AO<br />

ACOLHIMENTO E AO<br />

EXERCÍCIO DA EMPATIA,<br />

ESTABELECENDO<br />

VÍNCULOS QUE<br />

POTENCIALIZAM O<br />

APRENDIZADO”<br />

Rita de Cássia de Andrade Alves,<br />

gestora da Escola Lápis de Cor<br />

9%<br />

das crianças<br />

apresentaram<br />

níveis clínicos de<br />

ansiedade e 12%<br />

de depressão<br />

Um estudo realizado pela<br />

Universidade de São Paulo (USP)<br />

com mais de nove mil participantes<br />

está monitorando a saúde<br />

mental de crianças e adolescentes<br />

em todo o país. O levantamento<br />

aponta que<br />

9% das crianças<br />

apresentaram níveis<br />

clínicos de<br />

ansiedade e 12%<br />

de depressão.<br />

“O estado de crise<br />

nos colocou<br />

diante de conflitos<br />

e das nossas próprias<br />

emoções, evidenciando a<br />

necessidade de uma educação<br />

integral que desenvolva corpo,<br />

mente e emoções. A educação<br />

pós-pandemia, mais do que<br />

antes, nos convidará ao acolhimento<br />

e ao exercício da em-<br />

patia, estabelecendo<br />

vínculos que potencializam<br />

o aprendizado”,<br />

afirmou a gestora da<br />

Escola Lápis de Cor,<br />

Rita de Cássia de<br />

Andrade Alves.<br />

Para muitas crianças<br />

e famílias, a escola é uma importante<br />

rede de apoio. Com<br />

a pandemia, no entanto, elas se<br />

viram afastadas desse local de<br />

ensino, socialização e, muitas vezes,<br />

símbolo de afeto e cuidado,<br />

não podendo mais ter contato<br />

direto com professores e colegas.<br />

Todas essas experiências<br />

exigem uma adaptação e compreensão<br />

da mudança de rotina.<br />

“Num mundo acelerado com in-<br />

formações dinâmicas e de fácil acesso,<br />

percebemos a necessidade de apoio<br />

às crianças no desenvolvimento de<br />

competências e habilidades socioemocionais,<br />

como cooperação, empatia,<br />

resiliência, pensamento crítico e reflexivo<br />

– habilidades fundamentais ao<br />

ser, conviver e transformar”, destacou a<br />

diretora da Escola Pindorama, Nick Valadares.<br />

“PERCEBEMOS A NECESSIDADE<br />

DE APOIO ÀS CRIANÇAS NO DE-<br />

SENVOLVIMENTO DE COMPETÊN-<br />

CIAS E HABILIDADES SOCIOEMO-<br />

CIONAIS, COMO COOPERAÇÃO,<br />

EMPATIA, RESILIÊNCIA, PENSA-<br />

MENTO CRÍTICO E REFLEXIVO”<br />

Nick Valadares, diretora da Escola Pindorama<br />

40 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


ACELERAÇÃO TECNOLÓGICA<br />

Se a educação já passava por uma transformação<br />

com as tecnologias, esse processo foi impulsionado<br />

de vez pela pandemia da covid-19.<br />

Na opinião da diretora da Escola Concept,<br />

Nadja Valente, ficou evidente a necessidade<br />

da fluência digital no processo<br />

do ensino e a urgência do mercado<br />

em dispor de profissionais adaptáveis<br />

e disponíveis para mudanças.<br />

“Os estudantes também estão se<br />

adaptando cada vez mais ao ambiente<br />

digital, e cada vez mais sendo<br />

protagonistas no seu processo de<br />

aprendizagem”, conclui Nadja.<br />

“O MOMENTO DO<br />

INTERVALO É MUI-<br />

TO LEGAL. EU ME<br />

COMUNICO COM<br />

MEUS COLEGAS E<br />

BRINCAMOS DE<br />

JOGOS VIRTUAIS<br />

EM GRUPO.<br />

É MUI-<br />

TO BOM<br />

APRENDER<br />

MAIS SO-<br />

BRE TECNO-<br />

LOGIA”<br />

Nina Martins (@nina_<br />

mmartins), de 9 anos,<br />

estudante do 4ª ano do<br />

Módulo Criarte.<br />

OS ESTUDANTES TAMBÉM ESTÃO SE ADAP-<br />

TANDO CADA VEZ MAIS AO AMBIENTE DIGI-<br />

TAL, E CADA VEZ MAIS SENDO PROTAGONIS-<br />

TAS NO SEU PROCESSO DE APRENDIZAGEM<br />

Nadja Valente, diretora da Escola Concept<br />

“Eu diria que a<br />

maioria das escolas foram<br />

pegas de surpresa.<br />

Não que elas não tivessem<br />

tecnologia, não se<br />

trata disso. Mas ter tecnologia<br />

off-line (interna) não<br />

significa que a instituição esteja<br />

preparada, metodologicamente,<br />

para trabalhar<br />

com o Ensino a Distância.<br />

Quero destacar<br />

também o Google<br />

for Education<br />

– uma plataforma<br />

que possui ferramentas<br />

do Google<br />

que ajudam os alunos<br />

e professores a<br />

criarem, colaborarem e<br />

desenvolverem habilidades<br />

digitais para o<br />

futuro. Fizemos uso<br />

mesmo antes da pandemia<br />

e foi fundamental<br />

nesse momento”, explicou<br />

o diretor geral do<br />

Instituto Dom de <strong>Educar</strong>,<br />

Toni Lima.<br />

Esse novo cenário abriu<br />

um leque de novas possibilidades.<br />

As instituições<br />

de ensino, a partir<br />

de agora, têm que se<br />

adaptar ao novo cenário<br />

educacional que será baseado<br />

no desenvolvimento de<br />

soluções tecnológicas para<br />

a educação, buscando um<br />

olhar cuidadoso para cada criança<br />

dentro do contexto da tecnologia.<br />

“O momento do intervalo é muito<br />

legal. Eu me comunico com meus<br />

colegas e brincamos de jogos<br />

virtuais em grupo. É muito bom<br />

aprender mais sobre tecnologia”,<br />

diz a pequena Nina Martins (@<br />

nina_mmartins), de 9 anos,<br />

estudante do 4ª ano<br />

do Módulo Criarte.<br />

“EU DIRIA<br />

QUE A<br />

MAIORIA<br />

DAS ESCOLAS<br />

FORAM PEGAS DE<br />

SURPRESA. NÃO QUE<br />

ELAS NÃO TIVESSEM<br />

TECNOLOGIA, NÃO<br />

SE TRATA DISSO. MAS<br />

TER TECNOLOGIA<br />

OFF-LINE (INTERNA)<br />

NÃO SIGNIFICA QUE<br />

A INSTITUIÇÃO ESTE-<br />

JA PREPARADA, ME-<br />

TODOLOGICAMENTE,<br />

PARA TRABALHAR<br />

COM O ENSINO A<br />

DISTÂNCIA”<br />

Toni Lima, diretor geral do<br />

Instituto Dom de <strong>Educar</strong><br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 41


CAPA | Relatos da Pandemia<br />

FAMÍLIAS E ESCOLAS<br />

MAIS PRÓXIMAS<br />

“É preciso toda uma aldeia para<br />

educar uma criança.” Para a diretora<br />

pedagógica da Escola Nova<br />

Nossa Infância, Sandra Torzillo,<br />

o provérbio define a base para<br />

uma educação de sucesso: “Mais<br />

do que nunca, escola e família se<br />

revelaram essenciais na formação<br />

de nossas crianças.<br />

Instituições que<br />

se<br />

complementam,<br />

que precisam estar<br />

em diálogo, construindo<br />

e fortalecendo<br />

os vínculos e o sentimento<br />

de coletividade”.<br />

Segundo a pesquisa do site<br />

Nova Escola: A situação dos<br />

professores no Brasil durante a<br />

pandemia, 31,9% dos docentes<br />

afirmam que a maioria dos pais e<br />

responsáveis têm participado das<br />

“MAIS DO QUE NUNCA, ESCOLA E FAMÍLIA<br />

SE REVELARAM ESSENCIAIS NA FORMAÇÃO<br />

DE NOSSAS CRIANÇAS. INSTITUIÇÕES QUE<br />

SE COMPLEMENTAM, QUE PRECISAM ESTAR<br />

EM DIÁLOGO, CONSTRUINDO E FORTALECENDO<br />

OS VÍNCULOS E O SENTIMENTO DE COLETIVIDADE<br />

Sandra Torzillo, diretora pedagógica da Escola Nova Nossa Infância<br />

atividades a distância. Na<br />

rede privada, a participação<br />

familiar alcança<br />

58%. "Foi lindo ver a<br />

participação das famílias<br />

ao longo de<br />

2<strong>02</strong>0. Um ano muito<br />

difícil para nós professores<br />

(as). Conseguimos<br />

chegar ao final com<br />

bons resultados e objetivos<br />

alcançados. Só conseguimos,<br />

porque tivemos as famílias participando<br />

diariamente da rotina<br />

dos seus filhos e realizando uma<br />

interlocução constante com a escola. Sou muito<br />

grata a cada mãe e a cada pai por toda ajuda, colaboração<br />

e feedback. A comunicação nunca foi tão<br />

efetiva e importante. O sentimento é de gratidão".<br />

Conta emocionada a professora do Colégio Miró,<br />

Maristela Dantas de Macedo Leite.<br />

"SÓ CONSEGUIMOS, PORQUE<br />

TIVEMOS AS FAMÍLIAS PARTICI-<br />

PANDO DIARIAMENTE DA ROTINA<br />

DOS SEUS FILHOS E REALIZANDO<br />

UMA INTERLOCUÇÃO CONSTAN-<br />

TE COM A ESCOLA"<br />

Maristela Dantas Macedo, professora do Colégio Miró<br />

Na rede<br />

privada, a participação<br />

familiar<br />

nas atividades a<br />

distância alcança<br />

58%<br />

42 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


RELATOS DE UMA ADOLESCENTE<br />

“Tive dificuldade em me adaptar, meu foco não era contínuo,<br />

meus colegas de classe falando ao mesmo tempo, me perdia<br />

na explicação dos professores. Com o passar dos meses, eu<br />

soube lidar mais com isso, tentava imaginar como se estivesse<br />

lá, mas, obviamente, não era a mesma experiência,<br />

me distraía e, quando olhava para frente, já tinha perdido<br />

parte da aula. Confesso que a única maneira de manter os<br />

estudos foi através do material escolar, livros e atividades.<br />

Quando começaram as provas online, eu tive que ser ágil,<br />

pois tinha tempo limitado, mas foi uma das partes que me<br />

adaptei melhor. Passava a semana estudando nos livros,<br />

acordava cedo, tomava o café e já me preparava pra fazer a<br />

prova, era muito tranquilo. Foi bom viver esse desafio e experiência,<br />

será uma história marcante pra eu contar no futuro”,<br />

conta Nina Cidreira Ferraz (@ninacidreira), 13 anos.<br />

Para a diretora<br />

da Escola<br />

Brincando<br />

e<br />

Construindo,<br />

Ana<br />

Tereza<br />

Barreto, a educação<br />

será mais valorizada<br />

a partir desse novo<br />

cenário: “O que estava aconte-<br />

COM A PANDEMIA,<br />

VEIO A CONSCIENTI-<br />

ZAÇÃO DE QUE É NE-<br />

CESSÁRIO PARTICIPAR<br />

DA EDUCAÇÃO DOS<br />

FILHOS E QUE, NES-<br />

SES MOMENTOS, ELES<br />

PODERÃO CONSTRUIR<br />

MUITAS COISAS AIN-<br />

DA QUE NÃO SEJAM<br />

PEDAGÓGICAS, PO-<br />

RÉM AFETIVAS<br />

Ana Tereza, diretora da Escola<br />

Brincando e Construindo<br />

cendo é que as famílias estavam<br />

delegando para as escolas os momentos<br />

em que precisavam estar<br />

presentes. Com a pandemia, veio<br />

a conscientização de que é necessário<br />

participar da educação dos filhos<br />

e que, nesses<br />

momentos, eles<br />

poderão construir<br />

muitas coisas ainda<br />

que não sejam<br />

pedagógicas, porém<br />

afetivas”.<br />

No retorno às<br />

aulas presenciais, o<br />

relacionamento entre responsáveis<br />

e professores será<br />

outro. Como diria a velha canção<br />

do Roberto Carlos: Daqui<br />

pra frente, tudo vai ser diferente.<br />

“Nesse período, escola e família<br />

aprenderam a trabalhar juntos. A<br />

parceria foi fundamental e levará<br />

essa relação para outro lugar<br />

nos próximos anos. Por admiração<br />

ou necessidade, o professor<br />

e os pais se olham de outra forma, o sentimento<br />

de empatia é mais real e mais sincero”, concluiu<br />

Mariana Morgenroth, gestora da Escola Cresça<br />

e Apareça.<br />

“POR ADMIRAÇÃO OU NECESSI-<br />

DADE, O PROFESSOR E OS<br />

PAIS SE OLHAM DE OUTRA<br />

FORMA, O SENTIMENTO<br />

DE EMPATIA É MAIS REAL<br />

E MAIS SINCERO”<br />

Mariana Morgenroth, gestora da<br />

Escola Cresça e Apareça<br />

EDUCAÇÃO INFANTIL A DISTÂNCIA<br />

Antes de mais nada, a principal atividade nos primeiros<br />

anos de vida é a socialização, a convivência e a interação<br />

que somente o estar junto é capaz de proporcionar.<br />

Por isso educadores e pais têm se movimentado para<br />

proporcionar atividades lúdicas e instigantes durante a<br />

pandemia. “Muitos são os desafios encontrados para<br />

qualquer segmento da área educacional, mas principalmente<br />

para a primeira infância, pois acompanhar o<br />

desenvolvimento dos alunos virtualmente é árduo. A<br />

partir dessa necessidade, a escola se reinventou, criou<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 43


CAPA | Relatos da Pandemia<br />

métodos e tem buscado os ajustes necessários<br />

para transferir essas demandas<br />

para o universo virtual”, falou a diretora<br />

da Escola Tempo de Crescer,<br />

Cinthia Garcia.<br />

“A ESCOLA É UM LUGAR EFETIVAMENTE DE<br />

SOCIALIZAÇÃO, ONDE A CRIANÇA AMPLIA A VI-<br />

SÃO DE MUNDO PARA ALÉM DA FAMÍLIA E DOS<br />

ARREDORES DE CASA”<br />

Luciana Pinho, diretora da Escola Gurilândia<br />

“MUITOS SÃO OS DE-<br />

SAFIOS ENCONTRADOS<br />

PARA QUALQUER SEGMEN-<br />

TO DA ÁREA EDUCACIONAL, MAS<br />

PRINCIPALMENTE PARA A PRIMEIRA<br />

INFÂNCIA, POIS ACOMPANHAR O<br />

DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS<br />

VIRTUALMENTE É ÁRDUO<br />

Cinthia Garcia, diretora da Escola Tempo de Crescer<br />

MAMÃE, COMO<br />

FOI PRA VOCÊ?<br />

Em meados de março<br />

as aulas foram suspensas<br />

e desde então<br />

mães, pais e filhos estão<br />

se reinventando<br />

dentro de suas casas.<br />

Mas como uma convivência<br />

tão diferente,<br />

durante esse período<br />

de isolamento, pode mudar a relação entre<br />

pais e filhos? Roberta Ribeiro, terapeuta,<br />

mãe de Luíza, de 8 anos, conta um pouquinho<br />

como foi pra ela. “Acho que a maior ressignificação<br />

para todos nós foi sobre o tempo.<br />

Aprendi o quanto ensinamos as crianças a<br />

não valorizarem o tempo delas, criando regras<br />

sem um valor real e pragmatizando tudo.<br />

Percebi a potente capacidade de adaptação<br />

humana e o quanto podemos usar isso para<br />

mudar tudo para melhor no instante seguinte<br />

em vez de buscar apenas reproduzir modelos<br />

sem refletir sobre eles. Esse ano nos presenteou<br />

com a ressignificação da valorização do<br />

nosso tempo. Tempo é vida!”, disse Roberta<br />

Ribeiro. (@betaribeiro.terapeuta)<br />

Afinal, não basta<br />

que os jogos, brincadeiras<br />

e afazeres<br />

apenas entretenha<br />

a criança, mas sim<br />

ajude seu desenvolvimento<br />

afetivo,<br />

motor e cognitivo. “A<br />

escola é um lugar efetivamente<br />

de socialização, onde a<br />

criança amplia a visão de mundo<br />

para além da família e dos arredores<br />

de casa. Ficou evidente que a<br />

educação on-line para a Educação<br />

Infantil e Educação Fundamental I<br />

não é a melhor metodologia”, opinou<br />

a diretora da Escola Gurilândia,<br />

Luciana Pinho.<br />

EFEITOS DA PANDEMIA<br />

São muitos os desafios e as<br />

marcas que a pandemia deixou<br />

na vida de cada indivíduo e nas<br />

escolas. Desde os que envolvem<br />

os aspectos estruturais e<br />

organizacionais, seguindo os<br />

protocolos sanitários, como os<br />

pedagógicos e socioemocionais,<br />

que envolvem não só o<br />

acolhimento dos alunos como<br />

também o das famílias. “O efeito<br />

da pandemia gerou muita instabilidade<br />

e insegurança nas relações<br />

familiares, o que deixou<br />

muitos pais sem saber o que<br />

fazer e como reagir aos conflitos<br />

internos e externos gerados<br />

pela situação de isolamento social”,<br />

explica a psicóloga infantil,<br />

Daniela Rita de Souza.<br />

A psicóloga relata<br />

ainda que na pandemia<br />

as crianças ficaram<br />

mais suscetíveis a ansiedade,<br />

sintomas depressivos<br />

e comportamentos<br />

disfuncionais,<br />

como<br />

agressividade<br />

por conta do isolamento social,<br />

distanciamento das relações<br />

com seus pares no ambiente escolar<br />

e a interrupção abrupta e<br />

prolongada de algumas relações<br />

de afetividade de referência,<br />

como avós, tios, primos, amigos<br />

e professores. Foi perceptível<br />

nesse período um aumento da<br />

busca por acompanhamento e<br />

O EFEITO DA<br />

PANDEMIA GEROU<br />

MUITA INSTABILIDADE<br />

E INSEGURANÇA NAS<br />

RELAÇÕES FAMILIARES”<br />

Daniela Rita de Souza,<br />

psicóloga infantil<br />

avaliações psicológicas<br />

para<br />

as<br />

crianças,<br />

adolescentes<br />

e Orientação<br />

Parental para<br />

suas<br />

famílias.<br />

Por outro lado,<br />

elas tiveram mais a<br />

presença física dos pais em casa<br />

e oportunidade de estar na relação<br />

familiar de forma mais intensa<br />

e conectada.<br />

44 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


O RETORNO<br />

O ano de 2<strong>02</strong>0 ficará<br />

marcado na história de<br />

todos nós, seja pelos<br />

desafios, perdas, dificuldades,<br />

medos e saudades.<br />

Agora as expectativas<br />

estão em volta do retorno às aulas<br />

“ESTÁ PROVADO QUE<br />

A TAXA DE TRANS-<br />

MISSÃO CHEGA A SER<br />

OITO VEZES MENOR<br />

DE UMA CRIANÇA<br />

PARA OUTRA. O QUE<br />

ADIANTA MANTER-<br />

MOS AS NOSSAS<br />

CRIANÇAS TRANCA-<br />

DAS SE OS ADULTOS<br />

ESTÃO SAINDO.<br />

Rita de Cássia Mira, coordenadora<br />

médica do serviço de pediatria do<br />

Hospital Santa Izabel<br />

presenciais. A coordenadora médica<br />

do serviço de pediatria do<br />

Hospital Santa Izabel, Rita de<br />

Cássia Mira, é a favor da abertura<br />

das escolas em 2<strong>02</strong>1, e aproveita<br />

para fazer um alerta: “Está provado<br />

que a taxa de transmissão chega a<br />

ser oito vezes menor de uma criança<br />

para outra. O que adianta mantermos<br />

as nossas crianças trancadas<br />

se os adultos estão saindo. Em<br />

Em mais de<br />

90%<br />

das crianças que<br />

se contaminaram<br />

foi por causa dos<br />

adultos e não por<br />

elas próprias<br />

mais de 90% das<br />

crianças que se contaminaram<br />

foi por<br />

causa dos adultos e<br />

não por elas próprias.<br />

O atraso do desenvolvimento<br />

delas é uma perda a<br />

longo prazo muito grave. Se perder<br />

o ‘time’ desses estímulos no<br />

aprendizado e no convívio social e<br />

escolar pode ser irreversível para a<br />

sociedade no futuro”’, conclui.<br />

O diretor do Sindicato das Escolas<br />

Particulares (Sinepe-BA),<br />

Jorge Tadeu Coelho, concorda<br />

que o sistema educacional passa<br />

por uma grande transformação e<br />

no retorno passará ainda mais, e<br />

destaca que cada componente<br />

que o constitui<br />

é extremamente<br />

importante para o<br />

seu fortalecimento.<br />

“As escolas não serão<br />

mais as mesmas. Em<br />

16 de março de 2<strong>02</strong>0<br />

este coletivo que chamamos<br />

escola precisou construir um<br />

modo de funcionar completamente<br />

diferente. A escola implodiu e<br />

cada pedaço dela estava em um<br />

endereço diferente. Um grande<br />

desafio foi manter todas essas peças<br />

unidas como se fosse um mosaico.<br />

Ainda redescobrimos que<br />

somos seres sociais. Abraçar, pular,<br />

cair, brincar, chorar e sorrir é<br />

mais gostoso quando estamos<br />

com alguém ao lado. Foi um ano<br />

puxado, mas sairemos mais fortes”,<br />

concluiu Jorge Tadeu Coelho.<br />

A expectativa é grande também<br />

para as crianças. A pequena<br />

Duda Nunes Galvão, de 8 anos,<br />

aluna do Colégio Miró conta que<br />

está com muita saudade dos ami-<br />

“AINDA REDESCOBRIMOS QUE<br />

SOMOS SERES SOCIAIS. ABRAÇAR,<br />

PULAR, CAIR, BRINCAR, CHORAR E<br />

SORRIR É MAIS GOSTOSO QUAN-<br />

DO ESTAMOS COM ALGUÉM AO<br />

LADO. FOI UM ANO PUXADO, MAS<br />

SAIREMOS MAIS FORTES”<br />

Jorge Tadeu Coelho, diretor do Sindicato das Escolas<br />

Particulares (Sinepe-BA)<br />

gos e da escola. “Não vejo a hora de entrar na minha escola<br />

e explorar todos os ambientes. Que saudade do<br />

parquinho de areia, da cantina, da minha sala de aula, da<br />

biblioteca, e do recreio com meus amigos. Estou muito<br />

animada em encontrar meus amigos pessoalmente”.<br />

A psicóloga infantil, Daniela Rita, alerta que é<br />

importante que o retorno às aulas presenciais seja realizado<br />

com muita prudência nesse momento<br />

em que ainda estamos com o vírus circulando<br />

e contagiando. “Precisamos<br />

continuar tomando todos os cuidados<br />

para não estabelecer o caos de termos<br />

pessoas da família adoecendo, o que<br />

pode gerar ainda mais ansiedade e<br />

conflitos nas relações<br />

familiares, trazendo<br />

outras consequências<br />

para a saúde psíquica e<br />

emocional das crianças e dos<br />

seus responsáveis”, finaliza.<br />

“NÃO VEJO A HORA<br />

DE ENTRAR NA<br />

MINHA ESCOLA E<br />

EXPLORAR TO-<br />

DOS OS AM-<br />

BIENTES. ESTOU<br />

MUITO ANIMADA<br />

EM ENCONTRAR<br />

MEUS AMIGOS<br />

PESSOALMENTE”<br />

Duda Nunes Galvão, de 8 anos,<br />

aluna do Colégio Miró


Vida escolar<br />

2<strong>02</strong>0 nos levou a rever crenças, mas<br />

também nos fez reafirmar valores. Forçou<br />

o mundo a repensar propósitos e práticas<br />

para enfrentar desafios em escala global.<br />

Um contexto que exigiu de todos, em<br />

especial das escolas, reflexões, criatividade<br />

e flexibilidade para se reinventarem<br />

Juliana Kalid Divulgação<br />

Com o empenho e a competência de uma equipe que, há mais<br />

de 30 anos, investe na reflexão e no diálogo como bases para<br />

a ação, o Colégio Oficina conseguiu, em meio a tantos desafios,<br />

concretizar seus propósitos educacionais e manter valores, fundamentos<br />

e a qualidade pedagógica, que marcam sua história.<br />

Fiel ao compromisso com uma educação crítica, humana, efetiva e afetuosa,<br />

a escola foi pioneira na implantação de uma pedagogia de projetos,<br />

investindo em uma abordagem que alia sólida formação acadêmica ao<br />

desenvolvimento crítico e sensível dos alunos. “Empatia, dialogicidade,<br />

senso crítico, responsabilidade, solidariedade, sensibilidade,<br />

respeito, reflexão e atitude são marcas<br />

registradas dos alunos do Oficina que, além de<br />

conquistarem ano após ano resultados de maior<br />

destaque nos principais processos seletivos do<br />

país, seguem nos enchendo de orgulho ‘vida<br />

adentro’ como cidadãos conscientes e participativos,<br />

prontos a intervir e reconstruir o mundo’’’,<br />

conta uma das diretora, Márcia Kalid.<br />

rito de passagem: acolhimento e atenção extra<br />

Ritos de passagem são comuns na trajetória do colégio, simbolizando<br />

transições importantes. A vida acadêmica é cheia deles. O ingresso na<br />

escola e a mudança de ciclo ou aprovação no vestibular são marcos<br />

que geram expectativas e dúvidas nos alunos e nas famílias.<br />

46 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Márcia Ávila, orientadora pedagógica<br />

do Colégio Oficina,<br />

explica que alunos do 6o e 7o<br />

anos merecem atenção especial<br />

no processo de adaptação:<br />

“Para eles a transição inclui<br />

despedida da escola anterior<br />

(onde geralmente eram os ‘mais velhos’), chegada a<br />

uma nova (onde são ‘os mais novos’), lidar com colegas,<br />

professores, rotinas e componentes curriculares<br />

novos””, explica. Como se não bastasse, eles também<br />

estão vivendo mudanças físicas e emocionais típicas<br />

da idade, despedindo-se aos poucos da infância.<br />

Para tornar essa passagem mais suave, a escola<br />

desenvolve atividades e rotinas específicas que vão<br />

desde a recepção até a apresentação da escola, horários<br />

adaptados e acompanhamento diferenciado<br />

com foco no acolhimento e ambientação de alunos<br />

e famílias. O primeiro dia de aula, por exemplo, é dedicado<br />

exclusivamente a eles. Também há passeios,<br />

atividades culturais, relação estreita entre famílias e<br />

núcleo pedagógico com atenção às demandas específicas<br />

de cada aluno. Tudo para que possam se<br />

conhecer, compartilhar, rir e brincar sem, contudo,<br />

deixar de imbuí-los das novas responsabilidades<br />

que, progressivamente, a idade permite assumir.<br />

convivência ética:<br />

por uma cultura de respeito e cuidados<br />

Acolher envolve, prioritariamente, respeito aos tempos,<br />

modos e espaços individuais de modo a<br />

construir um ambiente saudável e receptivo para<br />

a coletividade. Desde 2019 o Oficina implantou<br />

o Programa de Convivência Ética<br />

em parceria com o Grupo de Estudos<br />

e Pesquisa em Educação<br />

Moral (Gepem) – Universidade<br />

Estadual Paulista (Unesp) e Universidade<br />

Estadual de Campinas<br />

(Unicamp). O Programa engloba<br />

várias iniciativas em busca de<br />

uma convivência harmoniosa de<br />

cuidado e respeito com o outro.<br />

Para a pesquisadora Danila<br />

Zambianco, consultora do Oficina,<br />

“o Colégio tem sido muito<br />

responsável com o trabalho<br />

acerca do desenvolvimento<br />

ético, encarando<br />

que é preciso<br />

muito estudo<br />

sistematizado<br />

para que se possa<br />

rever práticas<br />

e construir uma sociedade ética<br />

e democrática”. Para ela, o trabalho<br />

da escola não deve ficar<br />

circunscrito aos conteúdos, mas<br />

se encarregar em sintonia com<br />

o desenvolvimento intelectual e<br />

também do emocional, moral, artístico<br />

e ambiental.<br />

No Oficina, o projeto envolve<br />

famílias, professores, funcionários,<br />

direção e alunos na intenção<br />

de debater e enfrentar questões<br />

relacionadas à mediação de<br />

conflitos, reflexividade, protagonismo<br />

dos jovens, prevenção de<br />

bullying e respeito ao outro. Além<br />

das ações de formação profissional,<br />

houve inserção da disciplina<br />

Convivência Ética em alguns<br />

anos do Ensino Fundamental com<br />

a meta de expandir aos demais<br />

anos. Uma parceria que fortalece<br />

a crença numa convivência ética<br />

e em práticas pedagógicas voltadas<br />

ao desenvolvimento cognitivo,<br />

afetivo e moral dos meninos e<br />

meninas do Oficina.<br />

Quer saber mais sobre<br />

o Colégio Oficina?<br />

Acesse o QRCode.<br />

Rua Miguel Navarro Y<br />

Canizares, nº 423, Pituba,<br />

Salvador, BA<br />

71 99915-2648<br />

@colegiooficina<br />

@cursoecolegiooficina<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 47


Musicalização<br />

“Chame Gente!”: reinventando a diversão educativa<br />

dentro de casa, conheça o Curso Virtual do Espaço Musical<br />

Yêda Nunes e Larissa Faria<br />

Divulgação<br />

A<br />

presença da música na vida dos seres humanos é insubstituível,<br />

sendo uma linguagem universal que atravessa as barreiras do<br />

tempo. Pensando nisso, a dupla mais elétrica de Salvador, Caroline<br />

de Jesus e Gabriel Macêdo, reinventaram o Espaço Musical,<br />

agora como um curso virtual. Essa é uma oportunidade única de diversão<br />

para as famílias em casa. O objetivo é unir tempo de qualidade e<br />

música em prol do desenvolvimento infantil.<br />

As videoaulas do curso são de fácil acesso e produzidas com métodos<br />

e conteúdos exclusivos para os participantes. Mesmo on-line, o<br />

curso mantém a qualidade e diferenciais que são características reconhecidas<br />

da trajetória do Espaço Musical. Além dos temas musicais,<br />

as aulas também abordam temáticas, como saúde, cultura e socialização.<br />

“Trabalhamos com excelência, sensibilidade e<br />

planejamento. Dessa maneira, o nosso curso virtual<br />

já conquistou resultados positivos em instituições<br />

de educação renomadas como o Colégio Miró e o<br />

Colméia Patamares. Isso só fortifica a nossa missão<br />

como escola, que é desenvolver pessoas através da<br />

música”, comenta Caroline de Jesus, atriz, bailarina e<br />

diretora artística do Espaço Musical.<br />

A pandemia serviu como uma oportunidade única<br />

de aprendizados urgentemente e necessários para<br />

o Espaço Musical. “Me reinventei de forma mais que<br />

especial para um novo jeito de educar. Estou vivenciando<br />

o processo possível de estar perto, mesmo<br />

estando longe fisicamente dos meus alunos e superando<br />

todas as adversidades. O espaço musical<br />

vive uma nova era cada vez mais em união com as<br />

famílias, com as escolas e com foco na música e no<br />

amor”, conta Gabriel Macedo, neto de Osmar, um<br />

dos inventores do trio elétrico baiano, bacharel em<br />

violão e licenciatura em música pela Universidade<br />

Federal da Bahia (UFBA) e idealizador da escola Espaço<br />

Musical. O músico finaliza dizendo que valores<br />

como empatia são providenciais nesse momento, e<br />

que seguirão na missão de emocionar e desenvolver<br />

pessoas através da música.<br />

Quer levar o Espaço Musical<br />

para a sua escola? Então aponte<br />

a câmera do seu celular para o<br />

código QR Code e conheça mais<br />

sobre o Curso on-line do Grupo<br />

71 99184-0488<br />

@espacomusical<br />

@venhaserfeliznoespacomusical<br />

48 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 49


Pequeno Hóspede<br />

// por Luciana Fialho<br />

“AS COISAS<br />

VELHAS JÁ<br />

PASSARAM,<br />

EIS QUE TUDO<br />

SE FAZ NOVO”<br />

Nunca imaginei poder viver algo nem<br />

perto do que experimentamos nesse<br />

ano de pandemia. Para falar a verdade,<br />

não sabia nem ao certo o que<br />

significava quarentena. Me tornei uma<br />

quarentona esse ano, e isso era o que<br />

tinha no meu vocabulário até então<br />

Trabalho na comunicação de uma escola e no<br />

dia 18 de março, quando tudo foi fechado e<br />

eu levando um laptop debaixo do braço, sou<br />

orientada sobre uma nova modalidade: “agora<br />

trabalharemos em home office”. Nem consegui<br />

raciocinar, só sabia que precisaríamos nos isolar<br />

por um certo tempo para evitarmos a contaminação<br />

com essa tal de covid-19.<br />

Dia 1. Wow que novidade. Sou cobrada de algo<br />

do trabalho e me lembro de pedir pelo menos um<br />

dia para organizar a casa com compras, comida para<br />

as crianças e novos topwares para congelamento,<br />

pensando nos próximos 30 dias pela frente. Sabia<br />

de nada, inocente...<br />

Dia 2. Vamos nessa. Foi dada a largada para uma<br />

nova rotina. Como farei isso? Onde farei meu escritório?<br />

Como trabalharei concentrada tendo Guido,<br />

de 3 anos, e Gael, de 2, sempre ao redor? Não sei,<br />

mas o mundo também não sabia. Então só passa a<br />

marcha e vai... e eu fui.<br />

Dias 3, 4, 5, 6.... Foram meio fora da curva, mas<br />

deram certo. Investimos eu e meu marido, o tempo<br />

ganho com novas brincadeiras e mais interação com<br />

as crianças. Para quem voltou a trabalhar fora, dei-<br />

xando um filho de 2 anos e um de<br />

6 meses, ter mais tempo com eles<br />

seria o suprassumo. Eureca. Isso<br />

vai ser bom.<br />

Semana 2, 3, 4... Acabou o<br />

mês. É preciso sair novamente,<br />

comprar o necessário e aprender<br />

a higienizar embalagens, sacolas<br />

e afins... Sapato na porta, sem<br />

abraço, sem beijo, comunicação<br />

com distanciamento, máscara,<br />

mãos lavadas, álcool em gel.<br />

Tudo como diria a minha avó:<br />

“como manda o figurino”. Mas<br />

depois de toda essa odisseia, sou<br />

recebida pelos meus filhos com<br />

gritinhos felizes e abraços pela<br />

perna. “Nããããão! Mamãe precisa<br />

tomar banho!”. Atônitos e sem<br />

entenderem, se afastam e presumem<br />

que declarei algo parecido<br />

com uma sentença de morte. E<br />

era bem por aí.<br />

Mês 3... Peguei a tal. Minha casa<br />

toda pegou. Minha funcionária<br />

também. Pedi férias, mas não descansei<br />

um só dia. Doía para respirar.<br />

Dor de cabeça. Meninos com<br />

febre. Marido assintomático. Caos.<br />

Meses 4, 5, 6... Gratidão pela<br />

vida, pela saúde de volta, por<br />

tudo. Pela família, pelos ensinamentos,<br />

pelos desafios. Grata em<br />

ver o pôr do sol de casa. Não sabia<br />

mais o que era isso. Pelo paladar<br />

e olfato de volta. Momento importante<br />

que me lembrei nos mínimos<br />

detalhes como Deus é perfeito em<br />

tudo que faz. Como sentir o gosto<br />

da comida é bom. Não daria para<br />

viver sem cheirar meus filhos.<br />

Obrigada, Deus. Obrigada!<br />

Meses 7, 8, 9, 10... até hoje me<br />

sinto grata e cansada. A pandemia<br />

fez com que eu sentisse novamente<br />

a exaustão das noites<br />

perdidas com um bebê recém-<br />

-nascido, com a diferença que a<br />

criança insiste em não crescer.<br />

Trabalhar em casa com duas<br />

crianças é para os fortes, mas<br />

já uso uma capa de superwoman<br />

quando preciso, e entendi que<br />

somos capazes de muito mais do<br />

que imaginamos. Encarei como<br />

uma experiência única, onde ensinamentos<br />

serão para quem enxergar<br />

e quiser “fazer tudo novo”.<br />

Luciana Fialho é jornalista, relações<br />

públicas, apresentadora e mestre de<br />

cerimônia. Instagram: @lucianafialho<br />

fotos divulgação<br />

50 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 51


Metodologia Maker<br />

Já pensou em seu filho aprender inglês e ainda<br />

ter mais autonomia e autoconfiança? Na Red<br />

Balloon é assim, e a proposta pedagógica ainda<br />

é lúdica, e enquanto os alunos aprendem a nova<br />

língua, eles também se divertem<br />

Luciana Costa<br />

Andréa Cedraz<br />

Desenvolver nas crianças o pensamento crítico e criativo faz com<br />

que esse aluno identifique e solucione problemas com maior clareza.<br />

Essa é a missão da Red Balloon, que está em sintonia com<br />

a cultura Maker de que somos todos capazes de criar, modificar<br />

e consertar qualquer coisa com as próprias mãos. As atividades<br />

makers fazem parte da essência da abordagem Steam, um acrônimo<br />

para a Science, Technology, Engineering, Arts and Maths, ou seja Ciência,<br />

Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática. Uma abordagem<br />

interdisciplinar que utiliza todas essas diferentes áreas do conhecimento<br />

como base para a resolução no mundo real.<br />

Metodologia Maker<br />

A diferença entre a Metodologia Maker e o ensino tradicional é ensinar<br />

ao aluno questionar o que está aprendendo. O modelo tradicional<br />

bombardeiam os alunos com teorias sem possibilitar que as mesmas<br />

possam ser testadas e comprovadas. As experiências treinam o cérebro<br />

para que a teoria passe a fazer mais sentido quando combinada<br />

à prática, facilitando o aprendizado. Assim, as crianças aprendem<br />

por meio de uma metodologia que as incentiva a encontrar soluções e<br />

construir novas ideias.<br />

A cultura Maker valoriza a experimentação e o “aprender fazendo”, o<br />

que torna os alunos mais criativos, resolutivos, autônomos e mesmo empáticos,<br />

além de estimular a aprendizagem em grupo. A escola trabalha<br />

com a cultura Maker e a abordagem Steam, utilizando material lego Education<br />

e robôs programáveis, que auxiliam na aprendizagem do conceito<br />

de programação, letramento digital e conceitos espaciais básicos.<br />

52 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


A Red Balloon in School foi pensada para se adaptar à realidade das<br />

escolas e oferecer um ensino de inglês de qualidade às crianças e aos<br />

adolescentes. O aluno vivencia a língua inglesa com prazer e naturalidade<br />

em diversos contextos, e assim aprende a utilizar o idioma com<br />

fluência. Essa proposta une a qualidade da escola regular, escolhida<br />

pelos pais como base educacional para seus filhos, com a excelência<br />

no ensino da língua inglesa com mais comodidade para as famílias.<br />

“Nas escolas a nossa proposta é que o aluno tenha a mesma experiência<br />

que ele teria se estivesse em uma das nossas salas de aula. Além<br />

do ensino de inglês, os nossos alunos aprendem a ter mais autonomia,<br />

autoconfiança e a conviver melhor em sociedade”, ressalta a coordenadora<br />

pedagógica Andrea Carvalho.<br />

Aulas na Pandemia<br />

As chances da criança se sentir<br />

desmotivada no período de pandemia,<br />

foram enormes. Isso significa<br />

que a gestão escolar deve<br />

ser ainda mais estratégica. Por<br />

isso o processo de aprendizagem<br />

das aulas virtuais precisava ser interessante<br />

a ponto de engajar os<br />

alunos fazendo com que eles se<br />

sentissem estimulados pelo conteúdo<br />

que está sendo passado, e<br />

esse desafio a Red Balloon conseguiu<br />

cumprir com excelência.<br />

“Durante esse período fizemos<br />

muitas reuniões com todo o time<br />

pedagógico, responsável por todas<br />

as franquias do Brasil, e compartilhamos<br />

ideias e experiências.<br />

Nos aperfeiçoamos, tendo como<br />

referência os ensinos on-line de<br />

primeira geração na Finlândia e<br />

Austrália”, disse a gestora da Red<br />

Balloon, Naiana Vicente. Ela<br />

complementa que a escola está<br />

pronta para receber<br />

o aluno<br />

em 2<strong>02</strong>1 tanto<br />

no ensino presencial<br />

como<br />

no ensino virtual,<br />

e viu muitas<br />

vantagens<br />

na<br />

aula on-line como a otimização<br />

do tempo da criança e do adolescente.<br />

Os pais conseguiram<br />

acompanhar mais de perto o desempenho<br />

do filho e os alunos<br />

aprenderam novas habilidades<br />

com o uso da tecnologia.<br />

De acordo com Catarine Ferraz,<br />

mãe da aluna Nina Cidreira,<br />

de 13 anos, o desenvolvimento<br />

da filha tem sido surpreendente,<br />

mesmo após a suspensão<br />

das aulas presenciais por conta<br />

da pandemia. “A coordenadora<br />

pedagógica, Andréa Carvalho é<br />

muito participativa, solícita e atenta<br />

às necessidades dos alunos.<br />

Nina evoluiu muito no inglês em<br />

um ano de estudo, e mesmo sem<br />

as aulas presenciais ela se manteve<br />

motivada. E para aperfeiçoar<br />

o inglês, ela assiste muitos filmes<br />

e séries, e até o celular dela está<br />

configurado para o inglês”, comenta<br />

a mãe, muito feliz.<br />

A própria Nina reconhece o<br />

salto de conhecimento que vem<br />

vivenciando e o quanto a Metodologia<br />

Maker, adotada pela Red<br />

Balloon, foi um divisor de águas<br />

na sua vida. “Todas as aulas de inglês<br />

que eu já tinha feito eram sem<br />

graça, mas quando entrei na Red<br />

Balloon as aulas eram animadas e não tinha só livro.<br />

Gostei demais da didática, meu interesse pela língua<br />

inglesa cresceu e minha fluência ainda mais. Eu acho<br />

que o diferencial está exatamente na forma de ensinar<br />

que entretém muito os alunos”, opina a aluna.<br />

E mais…<br />

Dos 3 aos 6 anos seu filho desenvolve a<br />

compreensão e a conversação por meio de<br />

atividades e histórias relacionadas ao universo<br />

infantil.<br />

Os alunos começam a desenvolver habilidades<br />

de compreensão e comunicação.<br />

Os alunos ampliam suas habilidades de<br />

maneira personalizada e fluente.<br />

Com mais de 90% de aprovação nos exames<br />

de Cambridge, a Red Balloon é sinônimo de<br />

fluência e sucesso.<br />

Quer saber mais sobre a Red Balloon<br />

in School? Então aponte a câmera do<br />

seu celular para o código QR Code e<br />

conheça mais sobre o programa.<br />

R. Ceará, 1245 - Pituba, Salvador - BA<br />

redballoon.com.br<br />

71 98110-7900 / 2137-4530<br />

@redballoonssalvador<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 53


Educação Financeira<br />

EDUCAÇÃO<br />

FINANCEIRA<br />

EM CASA!<br />

Conversar com os filhos sobre como lidar com dinheiro é uma<br />

demanda muito importante. Afinal, formar crianças bem preparadas<br />

para as exigências da vida adulta é fundamental para que esse<br />

sujeito crie uma conscientização financeira desde a infância<br />

Larissa Farias e Yêda Nunes<br />

Divulgação<br />

A preocupação com a Educação Financeira é tão<br />

grande que, de acordo com as determinações da<br />

Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o ensino<br />

dessa competência agora é obrigatório no Ensino<br />

Infantil e Fundamental. Mas muitos pais têm dúvidas de<br />

como iniciar esse assunto com os filhos. A educadora<br />

financeira, Gigliola Sena, conta que o contato com bens e as diferentes<br />

formas de dinheiro e do consumo são inevitáveis e precisa ser honesta<br />

com a realidade em que a criança vive, cujos primeiros mentores financeiros<br />

serão seus pais. Confira as dicas da especialista que vão te ajudar<br />

nesse processo:<br />

Cofrinho: Talvez seja<br />

esse o primeiro contato<br />

que muitas crianças<br />

tenham de forma pessoal<br />

com o ato de guardar, juntar e ter<br />

dinheiro. Quantos aniversários<br />

de crianças de dois anos se dá<br />

um cofrinho como lembrancinha<br />

da festa? Se for esse o caso,<br />

ainda que por brincadeira,<br />

dê um sentido para isso, pois<br />

lembre-se que toda historinha<br />

tem uma moral por trás, e para<br />

uma criança a brincadeira do<br />

“cofrinho” também precisará<br />

da sua. Ajudar alguém da família<br />

ou comprar um sorvete é sempre<br />

uma ocasião de construir valores<br />

que serão a base do homem do<br />

futuro que de fato queremos.<br />

Mesada: É outro ponto que existe entre os<br />

partidários do contra e do a favor. O tempo<br />

certo, a medida e se isso irá existir ou não<br />

será de acordo com a realidade de cada família e de<br />

cada filho. As coisas mudam e, por ser extremamente<br />

benéfico para alguns, quantas histórias já escutamos<br />

de pessoas que juntavam a mesada para fazer algo<br />

valioso na vida? E também quantas pessoas que nunca<br />

receberam mesada e são pessoas equilibradas financeiramente?<br />

O essencial sempre será acompanhar o<br />

porquê e o sentido que cada criança ou adolescente<br />

está desenvolvendo mediante tal contato financeiro.<br />

Recompensa: Usar o dinheiro ou um bem<br />

como prêmio, bonificação ou algo similar,<br />

especialmente fora das ocasiões pré-estabelecidas<br />

dentro da cultura daquela família, precisa<br />

ser bem refletida e posicionada. Afinal, mesmo para<br />

quem dinheiro não é um problema atual, nada garante<br />

que não o será no futuro. O que precisa ter cuidado<br />

é não tornar costume de condição<br />

para se fazer o que se tem que fazer;<br />

Investir: Também dependerá<br />

da filosofia de vida<br />

e da condição de cada<br />

família. É bom saber que existe essa possibilidade<br />

e que há inclusive benefícios<br />

fiscais que podem advir daí. Um exemplo<br />

bem pouco lembrado é o ITD<br />

Imposto sobre transmissão causa<br />

mortis e doação de quaisquer bens<br />

e direitos também conhecido como<br />

imposto de herança e doação. Na<br />

Bahia, o imposto para qualquer doação é<br />

de 3,5% e em São Paulo poderá ser isenta<br />

se o doador não ultrapassar o limite<br />

anual que, em 2<strong>02</strong>0, é de R$ 69.<strong>02</strong>5,00.<br />

Sim, em tese a mesada entraria nessa<br />

tributação (é a legislação estadual);<br />

*Gigliola Sena é mãe de Gustavo, de 5 anos, criadora do método Edumoney de educadora financeira<br />

e mestra em gestão educacional pela Universidade de Santiago do Chile. @gigliolasena<br />

54 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 55


Ensino Fundamental<br />

Seu filho cresceu, e está fazendo a<br />

transição da Educação Infantil para<br />

o Ensino Fundamental de maneira<br />

tranquila? Esse período é repleto de<br />

mudanças não só para as crianças,<br />

como também para as famílias.<br />

Adriana Novis, coordenadora<br />

do Ensino Fundamental 1 e 2<br />

do Colégio Antônio Vieira, fala<br />

sobre essa época de grandes<br />

descobertas e desafios<br />

Yêda Nunes e Larissa Faria Divulgação<br />

Nada é permanente, exceto a mudança”, assim<br />

dizia o filósofo grego Heráclito. Segundo ele, o<br />

mundo está em constante transformação. Meninos<br />

e meninas de hoje são exemplos dessas<br />

grandes modificações. Afinal, a criança do século XXI<br />

tem um perfil muito diferente do que a do século passado,<br />

isso porque as mudanças culturais que o mundo<br />

passou alteram, cada dia mais, o lugar do indivíduo<br />

nesse espaço e as consequências de suas ações. Por<br />

isso, hoje na escola não basta apenas ensinar as disciplinas<br />

curriculares, é preciso também preparar os<br />

alunos para os desafios de um mundo globalizado e<br />

incentivar a formação de cidadãos integrais e do bem.<br />

“A criança está inserida em um mundo de constante<br />

mudança com acesso aos recursos tecnológicos e<br />

a uma grande quantidade de informações. A comunidade<br />

escolar é fundamental para auxiliar a criança<br />

a problematizar e a qualificar esses<br />

conteúdos, para que ela realmente<br />

compreenda os fenômenos<br />

ao seu redor”, comenta<br />

Adriana Novis, coordenadora<br />

do Ensino Fundamental 1 e 2<br />

do Colégio Antônio Vieira.<br />

Além disso, um grande fator de mudança nessa fase é a transição<br />

do Ensino Infantil para o Ensino Fundamental. Os espaços, a interação<br />

com o professor, os conteúdos mais profundos, os métodos avaliativos,<br />

a autonomia nos estudos, são aspectos que marcam essa nova<br />

fase. Por isso esse período especial merece toda atenção do ambiente<br />

escolar e familiar, criando uma ponte entre uma fase e outra com o objetivo<br />

de que a criança consiga se adaptar às transformações e seguir<br />

com o aprendizado. “Por se tratar do ingresso em uma outra etapa, é<br />

fundamental que exista um equilíbrio nas mudanças que serão introduzidas,<br />

considerando as especificidades da natureza das mediações de<br />

cada uma. É necessário pensar, de forma conjunta, em estratégias de<br />

acolhimento e adaptação para que essa transição ocorra de maneira<br />

natural”, explica Adriana Novis.<br />

56 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Nova escola<br />

A família tem papel fundamental ao participar ativamente da transição e<br />

da decisão pela mudança da escola, transmitindo estabilidade e firmeza<br />

à criança, para que ela se sinta propensa a encarar as novas mudanças.<br />

É necessário ainda proporcionar autonomia ao aluno e estimulá-lo a vencer<br />

mais esse desafio. Adriana conta que, com a chegada do novo aluno<br />

na escola, o momento do acolhimento se faz ainda mais importante. E<br />

destaca que se mudanças já são difíceis e trazem inseguranças para os<br />

adultos, imagine para o universo da criança. Por isso é fundamental que<br />

os pais transmitam a confiança necessária e ofereçam suporte e apoio<br />

adequados para que a criança consiga superar com sucesso essa transformação<br />

em sua vida.<br />

“O diálogo aberto e acolhedor é essencial nesse momento. É necessário<br />

acolher os sentimentos da criança e suas expectativas, permitindo<br />

que ela construa suas narrativas; se colocar ao lado dela é fundamental,<br />

para que ela esteja segura nos desafios que serão enfrentados. É importante<br />

também que a criança, desde pequena, perceba a importância<br />

dessas mudanças, o quanto podemos amadurecer e construir novas<br />

aprendizagens com esses desafios. E contar com a presença afetiva e<br />

acolhedora do adulto faz toda a diferença nessa caminhada”, completa.<br />

“Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, o nosso projeto está<br />

pautado na valorização da cultura da infância, reconhecendo o valor<br />

da criança e desenvolvendo todas as suas potencialidades através de<br />

diferentes linguagens. A ludicidade e o afeto permeiam as nossas propostas<br />

para que a criança se sinta segura e acolhida no nosso espaço<br />

educativo. O Programa Bilíngue também é um diferencial, desenvolvendo<br />

habilidades e competências por meio de metodologias ativas<br />

em um contexto de imersão na língua inglesa. Com um currículo para a<br />

formação integral, o colégio busca desenvolver todas as dimensões do<br />

sujeito a partir de propostas que dialogam com as demandas do tempo<br />

presente”, conclui a coordenadora.<br />

O Projeto Pedagógico do Colégio Antônio<br />

Vieira promove uma educação de<br />

excelência, contribuindo para a formação<br />

de cidadãos competentes, conscientes,<br />

compassivos, criativos e comprometidos,<br />

inspirados em princípios inacianos.<br />

O colégio oferece espaços preciosos<br />

voltados para o contato com a natureza,<br />

como o Espaço Criançando e o Bosque, tão<br />

necessários para o desenvolvimento de<br />

uma consciência ecológica e a construção<br />

de uma relação mais respeitosa com o<br />

planeta. Esses espaços também oportunizam<br />

o desenvolvimento de práticas<br />

pedagógicas inovadoras que se conectam<br />

com os desafios da contemporaneidade e<br />

potencializam o projeto educativo.<br />

fala mamãe<br />

Eram muitas incertezas no início<br />

do ano letivo. Mas, ali começava<br />

o nosso acolhimento. No primeiro<br />

dia, aquele friozinho na barriga,<br />

mais na nossa do que na dela,<br />

acredito. Na sala de aula do Vieirinha<br />

foi onde o encanto da formação<br />

acadêmica acontecia, acompanhado de olhares e sorrisos<br />

gerando novos vínculos afetivos. Seguimos e quando<br />

percebemos, já estávamos no final do ano e notamos que<br />

a inclusão foi natural e tranquila. Renovou o desejo de<br />

continuar fazendo parte da comunidade vieirense.<br />

Ariadne Domingues Almeida, mãe de Victória Domingues Almeida<br />

de Macedo e Santana, 3º ano.<br />

Quer saber mais sobre o Colégio<br />

Antônio Vieira? Então aponte<br />

a câmera do seu celular para o<br />

código QR Code e acesse o site!<br />

Av. Leovigildo Filgueiras, Garcia, 683 - Salvador - BA<br />

71 99415-0131 (7h às 13h)<br />

71 99415-0108 (13h às 18h)<br />

@vieira_Oficial<br />

vieiraoficial


Saúde<br />

A pandemia, com a necessidade de isolamento<br />

social, suspensão das aulas presenciais nas<br />

escolas, mudança no ambiente de trabalho<br />

dos pais e todas as incertezas que estamos<br />

vivenciando, trouxe para as famílias mudanças<br />

significativas no estilo de vida hoje e amanhã.<br />

Especialistas respondem perguntas sobre<br />

aspectos importantes em relação ao cotidiano<br />

das crianças e os desafios de manter uma rotina<br />

e um ambiente familiar saudável. Confira:<br />

Divulgação<br />

pandemia e no pós-pandemia?<br />

Por Adriana Cardoso<br />

(Pediatria e terapia intensiva)<br />

Fale com<br />

dra.adriana_cardoso<br />

O isolamento social aumentou os transtornos de<br />

ansiedade e humor, depressão, distúrbios do sono<br />

e gastrointestinais que interferem no apetite, inibindo ou aumentando<br />

a saciedade, promovendo uma busca pelos alimentos industrializados,<br />

ultraprocessados e de fácil e rápida preparação com alto teor de açúcares,<br />

que permitem uma ativação do mecanismo cerebral da recompensa<br />

com liberação de neutrotransmissores responsáveis pelo prazer, como a<br />

serotonina e a dopamina.<br />

Para as crianças essa repercussão é ainda maior. Como o principal estímulo<br />

para o ato de se alimentar é o prazer, sem preocupação com o<br />

aspecto nutricional dos alimentos, o momento atual é uma armadilha para<br />

desencadear transtornos alimentares, como compulsão, bulimia e até<br />

anorexia nervosa com consequências graves, como sobrepeso, obesidade,<br />

hipertensão, dislipidemia, distúrbios psíquicos e emocionais.<br />

PARA INSERIR OU MANTER UMA<br />

ROTINA ALIMENTAR SAUDÁVEL NA<br />

FAMÍLIA, ALGUNS HÁBITOS SÃO<br />

INDICADOS:<br />

Preparar as próprias refeições, escolhendo<br />

ingredientes, o modo de preparo e a higienização.<br />

Envolver as crianças nesse processo contribui para<br />

que se sintam inseridas no contexto familiar e<br />

aumenta o prazer pelos alimentos;<br />

Utilizar jogos e brincadeiras que envolvam<br />

o conhecimento sobre alimentos saudáveis,<br />

promovendo o movimento do corpo e atividades<br />

físicas, pois esses hábitos estimulam as crianças a<br />

aceitarem esses alimentos nas refeições;<br />

Compartilhar o momento da refeição em família,<br />

interagindo com a criança, evitando distração<br />

com telas e incentivando as escolhas saudáveis. O<br />

exemplo é a maior fonte motivadora no processo<br />

educacional;<br />

Variar a forma de apresentação das refeições<br />

com pratos coloridos, bonitos, cheirosos e saborosos<br />

motivam a criança a comer;<br />

ATENÇÃO!<br />

O momento da pandemia trouxe aos pais um<br />

desafio muito grande no processo da alimentação,<br />

favorecendo que sejamos nossos próprios<br />

sabotadores e de nossos filhos. Precisamos seguir<br />

o propósito de transformar o futuro das próximas<br />

gerações, contribuindo para formar adultos<br />

saudáveis e competentes alimentares.<br />

58 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Fa<br />

Por Dra. Luciana Sobral<br />

(Pneumologia pediátrica e pediatria)<br />

Fale com dralucianasobral<br />

O processo de aprendizagem é muito complexo<br />

e vai além da simples transmissão de conteúdos<br />

escolares. Ele envolve mecanismos neuropsicossociais,<br />

como sensação, percepção, atenção,<br />

memória, linguagem e emoção, essenciais para<br />

a aquisição da aprendizagem significativa. Nesse<br />

sentido, a resposta à pergunta/tema dessa breve<br />

reflexão é sim. A ansiedade e o medo impactam na<br />

aprendizagem de crianças e adolescentes devido<br />

aos processos metodológicos potencialmente mais<br />

extenuantes que estudantes estão sendo expostos<br />

na conjuntura atual da pandemia.<br />

As aulas on-line, que foram implementadas como<br />

alternativa para garantir a continuidade do ano letivo<br />

com a manutenção dos conteúdos programáticos,<br />

têm sido um desafio para pais e alunos. Fatores<br />

como exposição excessiva às telas, limitações<br />

do acesso à internet e suas instabilidades, dificuldade<br />

em manter crianças concentradas e<br />

a necessidade de acompanhamento mais de<br />

perto por um adulto para manipular esta ferramenta,<br />

dentre outros, promoveram o aumento<br />

de ansiedade e elevaram o nível de estresse em<br />

algumas famílias, o que repercutiu na capacidade<br />

de aprendizagem, podendo comprometer o desempenho<br />

escolar.<br />

Além disso, muitas famílias sofreram com a doença<br />

de algum familiar pela covid-19 ou perderam<br />

entes queridos, ou ainda tiveram uma perda importante<br />

da sua renda mensal diante da crise econômica<br />

que foi agravada pela pandemia. Todos esses<br />

fatores podem aumentar a frequência de distúrbios<br />

emocionais e comportamentais, influenciando na<br />

capacidade de concentração, interesse no estudo,<br />

memorização, raciocínio lógico e, consequentemente,<br />

na aprendizagem dos jovens.<br />

O que o excesso de exposição às telas<br />

pode provocar nas crianças?<br />

Por Renata Episcopo<br />

(Neurologia pediátrica)<br />

Fale com<br />

dra.renataepiscopo<br />

Nesse momento de pandemia nossas<br />

crianças e adolescentes, que estão em<br />

aula on-line, ficam no mínimo quatro horas<br />

por dia em frente às telas do celular ou<br />

computador, sem contar com as horas que permitimos<br />

assistirem vídeos, jogos virtuais e redes sociais.<br />

De acordo com artigos científicos mais recentes, o excesso de telas e<br />

videogames pode levar a alterações, como atraso cognitivo e atraso na<br />

linguagem, aumento da ansiedade e da irritabilidade, déficits sensoriais<br />

e na coordenação motora, uma vez que a criança deixa de brincar ao<br />

ar livre e experienciar diferentes estímulos externos. Também podem<br />

ocorrer alterações no padrão do sono, com piora da qualidade e perda<br />

auditiva por ruídos, se houver utilização de fones por muito tempo.<br />

Em muitos momentos esse excesso ocorre como fuga de sentimentos<br />

perturbadores e emoções difíceis, fazendo com que nossas crianças<br />

e adolescentes deixem de experimentar as frustrações que o convívio<br />

presencial impõe. Diante disso, precisamos pensar que quanto<br />

mais nossos filhos ficam expostos às telas menos participam da vivência<br />

familiar e mais nos afastamos deles. Nesse momento é necessário<br />

calma e ponderação para lidarmos com a situação, pois nada substitui<br />

o contato, o apego e o afeto humano.<br />

Por Carolina Freire<br />

(Hematologia pediátrica e pediatria)<br />

Fale com<br />

carolfreireped<br />

A adaptação às aulas on-line também afetou<br />

muito as famílias. A escola oferece segurança<br />

aos pais pela certeza da aprendizagem, convívio, vivências<br />

e crescimento. Elas precisaram se adaptar, lançaram novas formas<br />

de ensinar, e aos professores veio o encargo de fazer aprender e<br />

manter os alunos interessados. E para os pais? Uma loucura. Crianças<br />

em casa, pais em home office (muitas vezes com carga horária e nível<br />

de estresse superiores ao trabalho presencial) ou saindo para trabalhar,<br />

como dar conta do home schoolling?<br />

Para muitos pais de crianças menores de 4 anos foi impossível manter<br />

as aulas, sendo necessário suspender a matrícula da escola. Decisão<br />

difícil. Nessa faixa etária, com raras exceções, as crianças toleram<br />

pouco tempo na frente de computadores por mais lúdica que seja a<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 59


Saúde<br />

aula. E os pais precisaram fazer atividades<br />

em casa com livros e artes para tentar<br />

não deixar o “tempo tão perdido”.<br />

Crianças entre 5 a 12 anos, a dificuldade<br />

é de acordo com o perfil do<br />

próprio aluno, tempo de aula planejado<br />

pela escola e possibilidade de<br />

apoio logístico em casa. Eles precisam<br />

de suporte para conectar, cumprir horário, oferecer<br />

lanche e uma carinho no meio do dia. Mas como<br />

fazer isso se estou trabalhando? O segredo é rotina,<br />

deixando escrito o que a criança vai fazer no dia, as<br />

tarefas programadas com antecedência e até que horas<br />

você voltará para casa. Organizar um responsável<br />

que possa estar perto, como babá, avós e irmão mais<br />

velho na ausência dos pais, ajuda bastante.<br />

Adolescentes, teoricamente, não têm dificuldade<br />

técnica com esse modelo de aula, pois manejam<br />

bem a internet. Todavia, estar longe dos colegas, ficar<br />

sentado muito tempo no computador, provas e<br />

muita cobrança têm afetado o comportamento deles.<br />

O apoio é sempre fundamental independentemente<br />

da demanda da escola.<br />

Se está trabalhando fora, vale uma ligação e perguntar<br />

se está tudo bem, e ao chegar em casa tente<br />

não fazer cobranças imediatas, mas valorize o esforço<br />

e veja o que ficou faltando para cumprir tranquilamente,<br />

porque está difícil para eles também, né?<br />

Vamos usar leveza na condução dos nossos filhos<br />

e, juntos, superar esse momento tão difícil.<br />

Por Maria Bahia<br />

(Nefrologia pediátrica<br />

e pediatria)<br />

Fale com mariambahia<br />

Primeiro é importante manter um<br />

diálogo claro com os filhos, explicando<br />

para eles toda a situação no<br />

mundo e os desafios que a pandemia<br />

do coronavírus está impondo<br />

às famílias tanto relacionadas às<br />

restrições sociais, supervisão e reforço<br />

de higiene como também da<br />

necessidade de controle e planejamento<br />

financeiro nesse momento<br />

de crise. Quando as crianças<br />

têm compreensão das situações e<br />

desafios, se sentem mais seguras<br />

e não dão margem às fantasias da<br />

imaginação, ficando mais confiantes<br />

e menos ansiosas.<br />

A criança sente-se segura quando<br />

tem uma rotina planejada com<br />

expectativa clara. Uma dica muito<br />

importante é tentar manter uma<br />

rotina de atividades diárias, com<br />

a prática de exercícios físicos e<br />

passeios ao ar livre, mantendo<br />

as regras de proteção individual<br />

como o uso de máscaras e limpeza<br />

das mãos com álcool em<br />

gel. É importante também que a<br />

criança tome banho, troque de<br />

roupa e se arrume antes da aula<br />

on-line, para que ela entenda<br />

que a escola continua sendo um<br />

importante compromisso social e<br />

de aprendizado.<br />

Brincar em casa, dançar, cantar,<br />

ler um livro, contar histórias e relembrar<br />

brincadeiras do passado,<br />

como cantigas de roda, esconde-<br />

-esconde, cabra cega e deixando<br />

rolar a imaginação, são oportunidades<br />

incríveis de interação com<br />

nossos filhos. Outra dica muito<br />

interessante é criar senso de cooperação<br />

e responsabilidade na<br />

criança, dividindo sob supervisão<br />

do adulto atividades domésticas<br />

simples, como forrar a cama, lavar<br />

a louça e até preparar alimentos<br />

simples. E com amor e organização,<br />

dá para criar em casa um ambiente<br />

acolhedor, lúdico e alegre<br />

para os filhos e toda a família.<br />

Aponte a câmera<br />

para o código QRCode<br />

e conheça melhor<br />

a Humaninhos!<br />

Rua Eduardo José dos Santos nº 43<br />

Edf. Vitraux, sala 401 e 4<strong>02</strong> – Salvador-BA.<br />

71 3497-1606 / 99603-1606<br />

www.clinicahumaninhos.com.br<br />

@humaninhos<br />

60 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 61


De olho na tela<br />

// por Larissa Machado<br />

foto divulgação<br />

*Larissa Machado é<br />

psicopedagoga, Esp. Psicologia<br />

Escolar (PUC), Educadora<br />

Parental (PDA/USA) e Mestre<br />

em Psicologia da Educação<br />

pela (UNICAMP). Vice-diretora<br />

pedagógica da Escola Tempo<br />

de Criança. Psicanalista em<br />

consultório particular e Membro<br />

do Instituto Viva Infância.<br />

Não podemos negar que a tecnologia chegou para ficar e trouxe inquestionáveis<br />

avanços e possibilidades tanto em relação ao conhecimento e informação quanto<br />

em relação a entretenimento e interação social<br />

Foi pela existência da tecnologia que escolas conseguiram manter-se<br />

conectadas e interagindo com seus alunos, mesmo exigindo muitas<br />

adaptações nesse período pandêmico, assim como adultos puderam<br />

estar em home office acompanhando seus filhos em casa e interagindo<br />

com outros familiares no tempo de isolamento social. São inúmeros<br />

os exemplos que poderíamos listar das vantagens que as telas nos trouxeram.<br />

Temos na palma da mão: lanterna, câmera fotográfica, filmadora,<br />

calculadora, jogos, enciclopédia, banco, agência de turismo, cursos, restaurantes,<br />

filmes, músicas, GPS, transporte etc.<br />

No entanto, o uso das telas pelas crianças e adolescentes tem<br />

sido alvo de sérias e constantes preocupações de especialistas e<br />

educadores. Onde está o perigo? O excesso de tempo de exposição<br />

retira da criança a possibilidade de experiências imprescindíveis ao seu<br />

desenvolvimento saudável. Enquanto as crianças estão indiscriminadamente<br />

em frente às telas, estão deixando de correr, pular, dançar, escorregar,<br />

pintar, desenhar, conversar, brincar, inventar, imitar, argumentar,<br />

ceder, brigar, se desculpar, jogar... experiências constituintes para<br />

qualquer ser humano e que só se vive com outros seres humanos, seja<br />

da mesma idade, mais velhos, mais novos ou com adultos.<br />

Atenção!<br />

A Sociedade Brasileira de Pediatria publicou uma cartilha de orientação<br />

recomendando a proibição do uso de telas para crianças de<br />

0 a 2 anos. Crianças de 3 a 6 anos apenas recomenda-se uma hora<br />

por dia com supervisão direta. A Sociedade Americana faz a mesma<br />

recomendação e nós insistimos em entregar nas mãos das crianças<br />

esses recursos sem limites e sem supervisão, acreditando que não<br />

há riscos e que estão ali no sofá, na sala ou no quarto se divertindo.<br />

Há riscos sim e são inúmeros quando não há o respeito à idade que se<br />

deve dar esses recursos, quando são ofertados sem controle de exposi-<br />

ção, tempo e conteúdo e, fundamentalmente, quando<br />

não há mediação do adulto, ou seja, conversa, acompanhamento<br />

e interação cotidiana. Diversas pesquisas<br />

já comprovam os riscos como: crianças com atraso de<br />

linguagem, empobrecimento de interação social, comprometimento<br />

motor, autoestima rebaixada, isolamento<br />

social por hiperexposição digital precoce e continuada.<br />

O grande prejuízo é causado pela falta de vivência<br />

e experiência numa vida analógica, aqui e agora,<br />

real. A tecnologia traz uma nova demanda para<br />

os pais e para as escolas: acompanhar as crianças e<br />

adolescentes bem de perto, de olhos bem abertos,<br />

orientando e oferecendo experiências concretas no<br />

mundo real, que deem lastros e bagagem para viver<br />

as experiências no mundo virtual. Dessa forma, acompanhando<br />

e sabendo o que as nossas crianças e adolescentes<br />

assistem, conhecendo os seus interesses<br />

e entrando no mundo deles, estaremos mais aptos<br />

a decidir o que permitir e proibir, a limitar e a intervir<br />

imediatamente diante de um perigo identificado.<br />

A conexão construída pela presença, diálogo,<br />

limites, experiências afetivas, sociais e corporais<br />

criam repertórios simbólicos, os quais ajudarão as<br />

crianças e adolescentes a lidarem com as vivências<br />

digitais, pois não há outra forma de proteção.<br />

www.escolatempodecrianca.com.br/ www.larissamachadooficial.com.br<br />

secretaria@escolatempodecrianca.com.br<br />

71 3451-5314/ 71 9 9981-6209<br />

62 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 63


Educação Socioemocional<br />

// Por Rafaela Lopes<br />

foto divulgação<br />

*Rafaela Lopes é mediadora<br />

de Conflitos e Fundadora do<br />

Programa Jovens Veritas<br />

Como fica o emocional das crianças no<br />

retorno às aulas presenciais?<br />

Divulgação<br />

O<br />

tão esperado retorno presencial<br />

nas escolas guarda<br />

desafios para além dos<br />

protocolos de higienização<br />

e segurança. A privação da presença,<br />

do brincar e conviver na<br />

sociedade, principalmente na<br />

rotina escolar, tornou mais difícil<br />

para as crianças aprenderem a<br />

expressar suas emoções<br />

e resolverem seus conflitos.<br />

No entanto,<br />

a estratégia<br />

adotada<br />

por muitos<br />

gestores<br />

tem sido de evitar mudanças e<br />

repetir “o mesmo currículo” de<br />

2<strong>02</strong>0, mas um verdadeiro risco<br />

será o de não se adaptar.<br />

Para além da obrigatoriedade<br />

já exigida pela Base Nacional Comum<br />

Curricular (BNCC), a escola<br />

em 2<strong>02</strong>1 pode desenvolver o<br />

socioemocional de forma preventiva<br />

e mais eficiente, adotando<br />

práticas especializadas. Mesmo<br />

aquelas que já cuidam desse desenvolvendo<br />

de maneira sensível,<br />

podem se beneficiar da<br />

sistematização de um programa<br />

com metodologias<br />

de ensino inovadoras, acolhimento<br />

das famílias e fortalecimento<br />

dos professores.<br />

Jovens Veritas nas escolas<br />

Já adotado pela Escola Gurilândia<br />

International School, o Jovens<br />

Veritas – Programa Socioemocional<br />

–, oferece material didático<br />

com linguagem e formato adequado<br />

para estudantes do 1º ao<br />

9º anos do Ensino Fundamental.<br />

Utilizando a psicopedagogia e ludicidade<br />

em instrumentos como a<br />

lente, o microfone e o estetoscópio<br />

do amor, as crianças são<br />

estimuladas a aprenderem a ser<br />

e conviver, enxergando as pessoas<br />

com mais empatia, verbalizando<br />

a verdade de seus corações e<br />

escutando o que os outros estão<br />

sentindo, mas não estão dizendo.<br />

São habilidades para a vida<br />

que ressignificam o conflito inspiradas<br />

na metodologia da Harvard<br />

Law School, com dinâmicas de<br />

role play simulation, exercitando o lugar do outro e<br />

o diálogo com respeito mútuo para a construção de<br />

ideias. O programa também acolhe as famílias instruindo-as<br />

no aprendizado socioemocional através<br />

dos “Manuais e Oficinas das Famílias” para promover<br />

a sinergia entre a comunidade escolar e cada<br />

núcleo familiar. E ainda cuida dos professores e os<br />

estimula a desenvolverem essas habilidades primeiro<br />

em suas vidas para então facilitarem o<br />

aprendizado das crianças e adolescentes.<br />

O Jovens Veritas está disponível para escolas<br />

de todo o Brasil por meio de adesão<br />

ao material didático com aplicação semanal<br />

curricular, sendo possível sua adequação<br />

à realidade de cada instituição.<br />

Quer o Programa Jovens Veritas<br />

em sua escola? Assista o vídeo<br />

através do QR Code e saiba mais.<br />

conexao@jovensveritas.com<br />

www.jovensveritas.com.br<br />

@jovensveritas<br />

/jovensveritas<br />

71 3901-1620 | 71 99681-5857 | 71 98833-1210<br />

64 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 65


O Dom de <strong>Educar</strong><br />

O cuidado com as crianças, e o impulsionar do desenvolvimento das<br />

suas habilidades e competências, faz toda a diferença no ato de educar<br />

Luciana Costa<br />

Cada pessoa tem uma história particular e única<br />

formada por sua estrutura biológica, psicológica,<br />

social e cultural. Ninguém é igual a ninguém. É assim<br />

na vida, é assim na escola. Durante a vida escolar,<br />

crianças e jovens passam por diversos desafios<br />

que, com acolhimento e intervenções individuais, podem<br />

ser superados de forma positiva. E é exatamente<br />

Foto: Thiago Del Rey<br />

essa proposta que o<br />

Instituto Dom de<br />

<strong>Educar</strong> carrega<br />

no seu DNA. A<br />

instituição tem<br />

como principal<br />

missão proporcionar<br />

aos seus alunos<br />

um olhar diferenciado<br />

desde o primeiro momento da<br />

chegada à escola.<br />

“Propomos uma educação<br />

Foto: Andrea Cedraz<br />

para a vida, entendendo<br />

a criança e o jovem<br />

sob uma perspectiva<br />

integral do desenvolvimento<br />

em que<br />

corpo, emoção e razão<br />

não se separam.<br />

Trabalhar as competências<br />

socioemocionais é acreditar<br />

em uma educação que possa<br />

ultrapassar os muros da escola e<br />

impactar tanto o indivíduo quanto a<br />

comunidade em que está inserido”,<br />

explica a psicóloga educacional<br />

do Dom, Ludmila Veiga.<br />

Longe de ser um modismo, a<br />

educação socioemocional é o<br />

processo através do qual os<br />

alunos aprendem, dentro do<br />

currículo escolar, atitudes e habilidades<br />

para lidarem com as<br />

emoções, algo que se tornou<br />

tão necessário em tempos de<br />

pandemia. E nesse contexto,<br />

é fundamental o papel do professor:<br />

“A função do educador<br />

não é mais um ‘dador de aulas’,<br />

mas sim um mediador cuidadoso<br />

que, com suas ações, configura<br />

o cenário pedagógico de modo a<br />

promover situações de verdadeira<br />

e significativa aprendizagem, cola-<br />

66 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Diretor de operações do Instituto Dom<br />

de <strong>Educar</strong>, Prof. Ms. Jose Antonio Lima<br />

borando com o desenvolvimento integral dos<br />

estudantes”’, afirma a psicóloga.<br />

Acolhimento na pandemia<br />

É um desafio grande acolher o<br />

outro quando ele não está fisicamente<br />

presente. “Nós tivemos que<br />

modificar esse entendimento da<br />

palavra acolher. O que nós fizemos<br />

foi criar uma série de canais virtuais individuais,<br />

acolhemos as famílias nas suas<br />

particularidades, oferecemos apoio psicológico,<br />

realizamos atendimento por telefone e suporte via<br />

e-mail. Também acolhemos do ponto de vista financeiro,<br />

desde manter as bolsas iniciais de 25%, e criamos<br />

um programa de isenção 100% para quem perdesse<br />

o emprego. Tudo isso é acolhedor, e saliento<br />

que o nosso olhar foi diferenciado”, diz o diretor de<br />

operações do Instituto Dom de <strong>Educar</strong>, Prof. Ms.<br />

Jose Antonio Lima.<br />

Parceria: escola e família<br />

A suspensão das aulas presenciais, em razão da<br />

pandemia provocada pelo novo coronavírus, gerou<br />

uma série de desafios. A interação de todos os<br />

atores envolvidos, como família, escola, professores<br />

e alunos, que já é determinante com o ensino<br />

presencial, ganhou ainda<br />

mais relevância<br />

nesse período<br />

Foto: Andrea Cedraz<br />

Foto: Andrea Cedraz<br />

de aulas remotas.<br />

“Inicialmente<br />

foi preciso<br />

oferecer<br />

e utilizar ferramentas<br />

tecnológicas<br />

diversas<br />

em busca de atingir a<br />

todos, e de pronto enxergamos<br />

um aumento substancial na curva<br />

de aprendizagem da cultura<br />

digital”, disse a vice-diretora<br />

Prof. Ms. Lílian Perrenoud.<br />

Segundo a gestora, o momento<br />

foi nada mais do que um gatilho<br />

para que, juntos, todos os envolvidos<br />

tivessem um novo olhar para<br />

a educação: “Todos se tornaram<br />

aprendizes ao mesmo tempo, vivendo<br />

essa situação que nunca<br />

imaginamos que passaríamos.<br />

E, como sociointeracionistas que<br />

somos, acreditamos que o conhecimento<br />

brota da troca, e por<br />

“O que nós<br />

fizemos foi criar<br />

uma série de<br />

canais virtuais<br />

individuais,<br />

acolhemos as<br />

famílias nas suas<br />

particularidades,<br />

oferecemos<br />

apoio psicológico,<br />

realizamos<br />

atendimento por<br />

telefone e suporte<br />

via e-mail”<br />

isso continuamos (gestores,<br />

professores, alunos e familiares)<br />

diariamente envolvidos, ou<br />

melhor, conectados uns aos outros<br />

em busca de cumprir com<br />

nossa função não apenas pedagógica,<br />

mas também social”.<br />

Para Lilian, o diferencial institucional<br />

está no cuidado com<br />

o humano no tratamento individualizado<br />

feito por toda a<br />

equipe que busca conhecer a<br />

realidade de cada um, como<br />

suas particularidades, anseios<br />

e dificuldades, e oferece o melhor<br />

de acordo com suas necessidades.<br />

E esse olhar está<br />

presente nas ações diárias. “O<br />

desenvolvimento de inúmeros<br />

projetos ao longo do ano, seja<br />

de forma presencial ou remota,<br />

traz à tona aspectos positivos<br />

dentro da individualidade e do<br />

envolvimento de cada aluno.<br />

Não queremos apenas ensinar<br />

conteúdos, mas formar cidadãos”,<br />

acrescenta Perrenoud.<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 67


O Dom de <strong>Educar</strong><br />

Foto: Andrea Cedraz<br />

Equipe que faz acontecer<br />

do Instituto Dom de <strong>Educar</strong><br />

Google for Education<br />

O Dom de <strong>Educar</strong> é um dos<br />

colégios no Brasil que faz uso<br />

do Google for<br />

Education, uma<br />

plataforma educacional<br />

colaborativa<br />

que possibilita<br />

às escolas,<br />

professores e estudantes extrapolarem<br />

a sua criatividade<br />

no uso da tecnologia em sala<br />

de aula. “Algumas escolas<br />

aqui da Bahia também são<br />

participantes do Google for<br />

Education, mas nós somos a<br />

única escola que vamos nos<br />

certificar como Escola Referência<br />

Google, ou seja, é uma<br />

escola que terá entre outras<br />

coisas a possibilidade de formar novas<br />

escolas dentro do Google for Education”,<br />

destacou o diretor, Toni Lima.<br />

De acordo ainda com o professor, a visão<br />

de futuro do Dom contou<br />

com uma estratégia traçada<br />

desde 2018, quando<br />

a instituição fez um investimento<br />

financeiro na aquisição<br />

dessa plataforma. Isso<br />

fez com que o Dom de <strong>Educar</strong> estivesse preparado<br />

para enfrentar as aulas on-line. “Quando<br />

aconteceu a pandemia, nós já estávamos preparados.<br />

O Dom já tinha a ferramenta certa, as<br />

pessoas treinadas e a metodologia. Então o que<br />

fizemos foi pegar essa metodologia nova e começamos<br />

a fazer o uso dela. A gente precisa<br />

estar sempre atento àquilo que pode ser agregado<br />

no presente porque isso definirá, muitas<br />

vezes, o que seremos no futuro”, finaliza o diretor<br />

geral Toni Lima.<br />

Saiba mais sobre<br />

o Dom de <strong>Educar</strong>!<br />

Aponte a câmera<br />

do seu celular para<br />

o código QR Code e<br />

conheça mais sobre a instituição.<br />

Do Infantil ao Ensino Médio e<br />

Período Integral<br />

www.domdeeducar.com<br />

@domdeeducar<br />

Av. Luís Viana Filho, 8812 - Paralela<br />

71 3254-6655<br />

68 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 69


Kumon Brotas - Horto Florestal<br />

Seu filho é um<br />

aluno autodidata?<br />

Com a missão de formar alunos autodidatas, o Kumon<br />

vem criando uma geração que carrega desde a infância o<br />

hábito de estudar diariamente. O aluno da unidade Horto<br />

Florestal é incentivado a ter autonomia nos estudos e<br />

buscar sempre fortalecer seu potencial de aprendizado<br />

Yêda Nunes<br />

Divulgação<br />

O<br />

Método Kumon tem como<br />

objetivo primordial desenvolver<br />

ao máximo o potencial do<br />

aluno, ou seja, a sua postura<br />

autodidata. “O estudo multidisciplinar<br />

faz toda a diferença para o<br />

aluno, pois cada disciplina tem seu<br />

objetivo específico. A matemática<br />

desenvolve o raciocínio lógico e<br />

a capacidade de cálculos, o português<br />

e o inglês desenvolvem o<br />

hábito de leitura, a interpretação<br />

de textos e oferecem a gramática<br />

contextualizada com amplo vocabulário<br />

e excelência para a comunicação<br />

oral e escrita do aluno”,<br />

explica Ramaiana de Souza R.<br />

Bispo, educadora, filha de educadores,<br />

orientadora e franqueada<br />

há treze anos da Unidade<br />

Brotas - Horto Florestal.<br />

Para ela, a<br />

capacidade de<br />

aprender qualquer<br />

assunto<br />

sem ser ensinado<br />

possibilita ao<br />

aluno ser o que<br />

ele quiser e quando<br />

quiser. O processo de<br />

aprendizagem do Método Kumon<br />

é planejado e individualizado,<br />

assim o aluno se torna confiante<br />

e capaz de enfrentar sozinho o<br />

“Por ser um método<br />

autoinstrutivo, onde<br />

o aluno desenvolve<br />

os exercícios com o<br />

mínimo de dicas do<br />

orientador, o indivíduo<br />

cria uma postura<br />

autodidata”<br />

Ramaiana de Souza R. Bispo<br />

Franqueada Unidade Horto Florestal<br />

desafio da conquista do conhecimento.<br />

De acordo com Anderson<br />

Félix, gerente do setor de desenvolvimento<br />

de novas<br />

unidades, não existe<br />

nenhum<br />

milagre<br />

na formação de<br />

um autodidata,<br />

o segredo é estudar<br />

e o Kumon<br />

ajuda o aluno a<br />

desenvolver essa<br />

característica.<br />

“Por<br />

ser um método autoinstrutivo,<br />

onde o aluno desenvolve<br />

os exercícios com o mínimo de dicas<br />

do orientador, o indivíduo cria<br />

uma postura autodidata”, explica.<br />

Benefícios do método<br />

A orientadora Ramaiana da unidade Brotas - Horto<br />

Florestal destaca as seguintes vantagens do método:<br />

autoconfiança, administração do tempo, capacidade<br />

de execução de tarefas, concentração, responsabilidade,<br />

disciplina, determinação, autonomia, independência,<br />

respeito ao próprio ritmo, autoavaliação,<br />

superação e autodidatismo. “Reconheço que a educação<br />

é um legado promissor e transformador. Quero<br />

que meu filho João aprenda a superar seus desafios<br />

com sabedoria e o mínimo de sofrimento. O Kumon<br />

para mim e para os meus familiares não é mais um método,<br />

é uma filosofia, e o nosso papel é direcionar o<br />

aluno nos estudos, de modo que ele consiga aprender<br />

conteúdos de maneira independente”, finaliza.<br />

MATRICULE SEU FILHO NA UNIDADE<br />

KUMON BROTAS - HORTO FLORESTAL<br />

71 98713-0673<br />

kumon_hortoflorestal@hotmail.com<br />

kumon_brotas_hortoflorestal<br />

/kumonbrotashortoflorestal<br />

Acesse o QR Code e<br />

conheça o instagram<br />

da unidade!<br />

70 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Dicas de livros<br />

// por Emília Nunez<br />

foto divulgação<br />

*Emília Nunez é mãe, escritora,<br />

apaixonada por livros e<br />

idealizadora do projeto “Mãe<br />

Que Lê” (@maequele).<br />

A escritora Emilia Nuñez atua no mercado editorial desde<br />

2016 quando lançou seu primeiro livro, o best seller “A<br />

Menina da Cabeça Quadrada”, e até hoje, todos os seus<br />

lançamentos fazem muito sucesso. Confira alguns livros de<br />

autores da nossa Bahia que ela indica aos papais e mamães:<br />

Editora: Letra A<br />

Renata Fernandes<br />

em companhia de<br />

sua mãe, Teresa, e<br />

do ilustrador, Heitor<br />

Neto, vêm alegrar a<br />

criançada com uma<br />

história divertida<br />

e cheia de ensinamentos<br />

sobre uma<br />

aranha boa de bola.<br />

Editora: Caramurê<br />

Nesse belíssimo livro a autora, Mabel<br />

Velloso, e a ilustradora, Carol Feitosa,<br />

retratam uma deliciosa conversa em<br />

família e homenageiam as professoras.<br />

Editora: Tibi<br />

Um livro imagem escrito por mim e<br />

ilustrado por Anna Cunha. Nas palavras<br />

da ilustradora, é um livro infinito,<br />

reescrito a cada momento por quem<br />

abre essas páginas e se dispõe a<br />

desvendá-las.<br />

Publicação independente<br />

As escritoras, Carol Adesewa<br />

e Paulyene Nogueira,<br />

e o ilustrador, Maurício<br />

Teixeira, trazem um livro precioso<br />

sobre a importância do<br />

cultivo dos alimentos e do<br />

reconhecimento das nossas<br />

raízes e ancestralidade.<br />

Publicação independente<br />

A ilustradora, Ana Paula, retrata 31 sereias lindíssimas<br />

vivendo o período de isolamento social. A jovem<br />

e talentosíssima artista de Ilhéus fez um financiamento<br />

coletivo bem-sucedido para a publicação do livro.<br />

Editora: Caramurê<br />

Mendax, o ladrão de histórias é um livro<br />

intrigante que retrata uma Salvador<br />

culturalmente pulsante e efervescente.<br />

O autor Breno Fernandes se confirma<br />

como um dos grandes nome atuais da<br />

literatura baiana também para jovens.<br />

Editora: Mil Caramiolas<br />

Escrito por Lulu Lima e ilustrado por<br />

Lalan Bessoni, O menino e o mar é um<br />

livro encantador que mostra o encontro<br />

de duas crianças frente ao mar e revela<br />

muitas formas de ver e sentir o mundo.<br />

Editora: Cogito<br />

A escritora, Ana Fátima, e a ilustradora,<br />

Quezia Silveira, nos presenteiam<br />

com Makeba, uma menina que<br />

mostra a beleza do que aprendemos<br />

em família e também as descobertas<br />

da primeira ida à escola.<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 71


Volta às aulas<br />

No retorno às aulas presenciais o Colégio Miró realiza um movimento<br />

de receber as crianças de maneira lúdica e leve, para que a criança<br />

sinta-se acolhida e segura no nesse novo ambiente escolar<br />

Luciana Costa e Yêda Nunes Andréa Cedraz<br />

O<br />

toque e o carinho físico sempre estiveram presentes no ambiente<br />

do Colégio Miró, de forma muito natural. Entretanto, o cenário<br />

mudou quando as escolas anunciaram a suspensão das atividades<br />

presenciais como medida para conter a propagação do<br />

novo coronavírus. E de repente, desafios que até então não pareciam<br />

tão imediatos vieram à tona. Agora vivemos um “novo normal’’, onde<br />

o sorriso está escondido sob as máscaras, e mudanças foram feitas<br />

envolvendo a infraestrutura dos espaços, organização da<br />

rotina de entrada e saída das crianças, aplicação das<br />

sinalizações, totens de álcool em gel espalhados<br />

pela escola, medição de temperatura na entrada<br />

e higienização dos ambientes. Essas e outras<br />

demandas já foram implementadas e constam<br />

no minucioso protocolo de segurança<br />

preparado pelo Colégio<br />

Miró, para o retorno.<br />

Segundo a diretora do<br />

Ensino Fundamental do<br />

Colégio Miró, Cândida<br />

Muzzio, a volta às aulas<br />

presenciais na instituição<br />

está sendo preparada com<br />

atenção para garantir a readaptação<br />

das crianças à rotina escolar, ao convívio<br />

com os colegas dentro da nova realidade<br />

imposta pelos cuidados com o<br />

vírus: “Viveremos uma complexidade<br />

na volta, porque a possibilidade de<br />

uns irem para escola e outros não,<br />

traz a demanda de um novo projeto.<br />

Não era o de antes da pandemia<br />

nem o de agora. Os aspectos<br />

socioemocionais que já<br />

eram importantes agora<br />

tomam uma relevância<br />

muito maior”.<br />

72 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


A chegada com acolhimento<br />

No retorno, o Miró já tem estratégias para lidar com<br />

a situação com leveza, de maneira lúdica e para que<br />

a instituição certifique-se de que os alunos estão<br />

se adaptando sem comprometer seu desenvolvimento.<br />

Como, por exemplo, trocar o cumprimento<br />

tradicional por alguns combinados de códigos que<br />

representem esse afeto ou a possibilidade de usar<br />

o desenho como meio de externar os sentimentos.<br />

Rodas de conversa, atendimentos individuais, brincadeiras<br />

planejadas e foco nas relações para repactuar<br />

o convívio – já que a classe não terá mais a mesma<br />

conformidade que tinha anteriormente, também<br />

serão ações realizadas.<br />

Em qualquer idade, para aprender na escola, a<br />

criança precisa se sentir segura e também incluída<br />

no grupo. Por isso, segundo a diretora pedagógica<br />

do Ensino Infantil do Colégio Miró, Clara Coelho,<br />

todas as mudanças sobre as novas formas de se<br />

mostrar afetos, de se sentir seguro<br />

e acolhido serão conversadas<br />

e construídas com as<br />

crianças, para que essas<br />

construções sejam de fato<br />

compreendidas, absorvidas,<br />

dialogadas e tratadas.<br />

“Quando a gente não dá chance dessas crianças conversarem sobre<br />

seus medos, desagrados ou de serem escutadas nas suas demandas,<br />

os sentimentos que podem ser gerados por esse desconforto vira um<br />

problema. Vira algo que paralisa, que não te faz andar para a frente.<br />

Então, se você cuida, escuta, propõe e ao mesmo tempo dá tratamento<br />

aquilo que está sendo dialogado e acordado na escola, fica mais fácil<br />

para as crianças se apropriarem, se aproximarem e se conformarem<br />

com os novos combinados”, explica Clara.<br />

Cândida complementa que o Miró já é uma escola que trabalha observando<br />

comportamentos e sinais, e no retorno, irá intensificar isso<br />

através do olhar dos professores, auxiliares, da coordenação e da direção.<br />

“Fortaleceremos os momentos de escuta das crianças para que<br />

possamos ouvir as suas histórias. Todos os dias temos que ver como<br />

está cada criança e observar como elas chegam”, diz Muzzio. A gestora<br />

fortalece que, muitas vezes, para acolher os pequenos na sua sala de<br />

aula, ela nem sempre os abraçava e os beijava, mas sempre manifestava<br />

afeto. Isso faz com que as crianças se sintam diariamente cuidadas e<br />

acolhidas, e assim será no retorno das aulas presenciais.<br />

Como está a saúde emocional das crianças?<br />

O choro, o receio de um familiar ser contaminado, o pavor do escuro,<br />

essas foram algumas manifestações do medo que muitas crianças viveram<br />

no isolamento social. Segundo o neuropsicólogo e doutor em<br />

ciências da educação, Alessandro Marimpietri, o ideal era que as famílias<br />

oferecessem às crianças uma ambiência confortável e protetiva,<br />

e que elas tivessem recursos para enfrentar a travessia. “Na manifesta-<br />

Marina Pita,<br />

estudante do 4ª ano<br />

Maria Eduarda Nunes,<br />

estudante do 4ª ano<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 73


Volta às aulas<br />

!<br />

A experiência dos pais durante a pandemia<br />

evidenciou a complexidade que é educar<br />

uma criança, e que escolas e famílias<br />

devem atuar sempre em parceria. Afinal,<br />

juntos é mais fácil encontrar soluções.<br />

Na opinião de Marcela Andrade, mãe de<br />

Luiz Eduardo, de 7 anos, foi exatamente a<br />

parceria entre o Colégio Miró e a família<br />

que fez com que o aprendizado do filho<br />

lograsse êxito esse ano: “Eu já me sinto<br />

uma mãe privilegiada por meu filho estudar<br />

em uma escola como o Miró. Foi uma<br />

surpresa extremamente positiva perceber<br />

como eles conseguiram se organizar tão<br />

rápido para as aulas on-line. Tivemos<br />

muita comunicação com a escola e posso<br />

afirmar que meu filho aprendeu muito”.<br />

ção identificada do medo, os pais precisam perceber o funcionamento<br />

de seus filhos, os seus sinais e jamais desmerecer o medo expresso de<br />

uma criança. E também, suportar a dor e o sofrimento dos filhos, isso<br />

significa não misturar seus sentimentos, criando maneiras do indivíduo<br />

enfrentar a situação”, diz Marimpietri.<br />

De acordo com Clara Coelho, será demandado um movimento coletivo<br />

da escola, da família e dos amigos, para reconstruir a sensação de<br />

bem-estar emocional das crianças diante do contexto vivido. “Há uma<br />

narrativa importante no aumento do número de crianças, adolescentes<br />

e jovens que estão nas clínicas de psicanálise por conta de uma série<br />

de emoções vividas sem que eles, ou seus pais, pudessem cuidar com<br />

um pouco mais de antecipação. Ao serem furtadas da convivência com<br />

seus pares, as crianças ficaram restritas a uma convivência dispare com<br />

o adulto. Então é compreensível que elas estejam nesse nível de angústia,<br />

medo e tristeza”, disse a diretora Clara Coelho.<br />

Já para Manoela Goés, mãe de Rafael,<br />

de 4 anos, e Luiza, de 8 anos, se adaptar<br />

a duas novas realidades tão de repente<br />

foi desafiador. “No início fomos todos<br />

surpreendidos pela urgente necessidade<br />

de introduzir as crianças num universo<br />

de ensino totalmente novo para eles. Ao<br />

longo do ano foi necessário um grande<br />

empenho dos professores e pais para<br />

manter as crianças desejosas e interessadas<br />

em aprender. Para a Educação<br />

Infantil, o desafio foi e está sendo ainda<br />

maior”, avalia ela.<br />

Aponte a câmera do seu celular<br />

para o código QR Code e conheça<br />

mais sobre o Miró.<br />

Rua Cândido Portinari, nº 58,<br />

Morro Ipiranga – Barra.<br />

71 3038-2400<br />

@colegiomiro<br />

74 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Educação Parental<br />

// por Maria Cândida Muzzio<br />

foto divulgação<br />

*Maria Cândida Muzzio é educadora,<br />

especialista em desenvolvimento<br />

humano, educadora parental, diretora<br />

pedagógica do Colégio Miró e<br />

formadora de educadores<br />

<strong>Educar</strong> pessoas é um ato complexo, um desafio que exige dos pais, mães e<br />

responsáveis muito equilíbrio. Mas como se manter equilibrado em um contexto<br />

no qual estamos inseridos?<br />

O<br />

mundo vive uma profunda transformação e<br />

muitas verdades vêm sendo questionadas.<br />

O conceito de pessoa bem educada vem se<br />

transformando. Como conseguir educar respeitando,<br />

dando limites com gentileza sem perder o<br />

eixo diante dos constantes dilemas educativos que<br />

experimentamos no dia a dia? Há uma imensa oferta<br />

de informações relativas ao processo de educar<br />

na contemporaneidade, mas ainda assim os familiares<br />

seguem bastante inquietos e inseguros nesse<br />

percurso. Mas, independentemente das escolhas,<br />

os pais estão sempre preenchidos por variadas e<br />

complexas indagações sobre o ato de educar na<br />

contemporaneidade. O conflito prevalece de forma<br />

mais ou menos consciente e as instituições parceiras<br />

nessa tarefa também vêm sendo profundamente<br />

questionadas. A escola nunca foi tão criticada e<br />

respeitada ao mesmo tempo. Os pais nunca pediram<br />

tanto aos educadores por ajuda e acolhimento.<br />

Essa dualidade no comportamento dos familiares é<br />

mais um sintoma do profundo questionamento que<br />

vêm se fazendo sobre como educar os seus filhos.<br />

Venho na última década vivenciando uma demanda<br />

crescente de pedidos de ajuda dos familiares<br />

para a educação dos filhos. São muitos os<br />

motivos que geram essas demandas, mas em geral<br />

prevalece o conflito entre o complexo dilema entre<br />

educar e punir. Considero que apoiar as famílias e<br />

ajudá-las a refletirem é muito importante e contribui<br />

com a estruturação de muitos lares. Sabemos que a<br />

instituição escolar estará, cada vez mais, envolvida<br />

com a formação de pais, em especial nesse momento de pandemia,<br />

mas sabemos também que os adultos precisam de outros apoios.<br />

Orientação é o caminho!<br />

Os profissionais das emoções e subjetividade vêm ocupando um importante<br />

lugar no diálogo com as escolas. Pouco a pouco esses profissionais<br />

adentraram as escolas, estabelecendo, em geral, um diálogo<br />

bastante saudável e importante com professores e gestores no<br />

processo educativo dos estudantes. Nos últimos anos os educadores<br />

parentais passaram a complementar essa equipe, atendendo os pais<br />

e responsáveis nos consultórios de forma a orientá-los a reverem os<br />

atos que vem sendo colocados em prática em seus lares.<br />

A Disciplina Positiva é umas das principais referências nesse trabalho<br />

e propõe a educação com respeito, gentileza e firmeza. Os educadores<br />

parentais mediam a construção de ações para lidar com<br />

as birras, as resistências às regras, as brigas entre irmãos, a dificuldade<br />

com as normas diárias da casa e da escola, entre outros<br />

aspectos. As ideias balizadoras de liberdade com ordem e escolhas<br />

limitadas na busca de soluções para os problemas que a família esteja<br />

enfrentando se constituem na base do trabalho. As crianças e adolescentes<br />

são convocados a resolverem juntos com seus pais os problemas<br />

com soluções razoáveis relacionadas às burlas, antecipadas<br />

e úteis à cena que ora estiverem marcando a convivência familiar. De<br />

fato, esses profissionais, que são geralmente psicólogos e educadores<br />

vêm oferecendo um importante apoio às famílias.<br />

Aponte a câmera do seu celular para o QR Code<br />

e assista o vídeo em que Cândida Muzzio fala<br />

um pouco mais sobre Educação Parental.<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 75


Orientação profissional<br />

// por Fernanda Burgos<br />

foto divulgação<br />

*Fernanda Burgos é mãe de<br />

Lucca, psicóloga, pedagoga,<br />

sócia fundadora da Desenvolver:<br />

Psicologia e Educação (@<br />

desenvolverbahia), especialista em<br />

educação e contemporaneidade,<br />

filiada à Associação Brasileira de<br />

Orientação Profissional (ABOP) e à<br />

Associação Brasileira de Avaliação<br />

Psicológica (IBAP).<br />

Escolher uma carreira para seguir é um grande<br />

passo. Nessa etapa, é normal surgirem dúvidas<br />

e com elas a necessidade de uma orientação.<br />

A psicóloga, pedagoga e sócia fundadora da<br />

Desenvolver, Fernanda Burgos, conversa com a<br />

gente sobre esse momento. Confira:<br />

<strong>Anuário</strong> <strong>Educar</strong>: Como escolher uma profissão?<br />

Fernanda Burgos: Escolher uma profissão é uma<br />

experiência que exige muito dos adolescentes.<br />

Atrelado ao desafio de saber o que fazer, a escolha<br />

profissional é também uma escolha do que ser. É<br />

preciso estar em dia com seu desejo, com o conhecimento<br />

da realidade profissional, com o mercado<br />

de trabalho e também com o reconhecimento da<br />

sua capacidade e habilidade. Uma escolha segura<br />

é baseada numa tríade: autoconhecimento, conhecimento<br />

da realidade sócioprofissional, e identificação<br />

das habilidades e competências que se têm e as<br />

que se quer desenvolver.<br />

A.E.: Para que serve a Orientação Profissional?<br />

Todo mundo precisa?<br />

F.B.: A Orientação Profissional serve para qualquer<br />

pessoa, mas não precisa ser feita por todos. Ou seja,<br />

todos aqueles e aquelas que queiram investir num<br />

aprofundamento teórico e prático, sobre a escolha<br />

profissional e seu projeto de vida, podem fazer. Mas<br />

aqueles que já fizeram essa reflexão e também uma<br />

escolha com critérios bem claros e estabelecidos,<br />

pensando no por que fazer e no por que não fazer,<br />

não teriam indicação para a Orientação Profissional.<br />

A.E.: Quais são os “passos” de uma Orientação<br />

Profissional?<br />

F.B.: Se trata de um processo com início, meio e<br />

fim estabelecidos. A quantidade de encontros é<br />

definida pela profissional que atua nessa área. Nós,<br />

na Desenvolver, fazemos encontros regulares semanais,<br />

e utilizamos testes, escalas, entrevistas e<br />

outras técnicas psicológicas que<br />

contribuem para a construção de<br />

critérios claros e parametrizados<br />

que auxiliarão na escolha da profissão<br />

de forma mais assertiva.<br />

Vale ressaltar que o processo de<br />

Orientação Profissional não é psicoterapia.<br />

A.E.: Como saber se está no caminho<br />

certo?<br />

F.B.: Ter autoconhecimento, saber<br />

reconhecer seus desejos e<br />

limites é um caminho para essa<br />

escolha condigna com a verdade<br />

de cada sujeito. O mercado<br />

de trabalho atual e dos próximos<br />

anos exige que tenhamos a capacidade<br />

de conhecer a realidade,<br />

refletir sobre ela de forma<br />

criativa e sustentável e pensar<br />

em estratégias diferentes de<br />

solucionar um mesmo problema.<br />

A ideia de caminho certo é<br />

bem própria de um tempo em<br />

que mundo era menos mutante<br />

do que nosso. Na realidade atual,<br />

uma identidade profissional<br />

bem construída serve como uma<br />

raiz firme que sustenta a flexibilidade,<br />

cada vez mais urgente e<br />

pertinente à realidade contemporânea<br />

Você sabia?<br />

Outro dado que mudou<br />

completamente a relação do<br />

adolescente com a escolha<br />

profissional é o sistema do<br />

Enem e do Sisu. Muitos adolescentes<br />

alcançam a pontuação<br />

para o curso que pretendiam<br />

e adentram na universidade,<br />

porém outros têm uma pontuação<br />

que não contempla a<br />

escolha desejada e acabam em<br />

outra opção que nem sempre<br />

é a que queria. Dessa forma,<br />

há uma crescente insatisfação<br />

com a escolha nos primeiros<br />

momentos dos cursos de graduação.<br />

Esse pode ser um dos<br />

indicadores que contribuem<br />

para desistência do curso, ou<br />

para mudança frequente nos<br />

primeiros anos da universidade.<br />

desenvolverbahia.com.br/<br />

@desenvolverbahia<br />

71 3354-1424/ 99669-1424<br />

76 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 77


Relatos de pai<br />

Cada vez mais o conceito de paternidade vem<br />

sendo repensado e redefinido. Em tempos<br />

de pandemia, os pais estão se mostrando<br />

presentes e enfrentaram grandes desafios<br />

Yêda Nunes e Larissa Farias Divulgação<br />

A<br />

pandemia do novo coronavírus impôs a muitas famílias uma convivência<br />

de 24 horas que antes não existia. Com a quarentena, mães<br />

e pais tiveram a oportunidade de dividir responsabilidades de forma<br />

igualitária e participar ativamente da rotina de seus filhos. A mudança<br />

do cotidiano e hábitos diários foi difícil para todos os membros<br />

da família, mas essa mudança se torna muito mais fácil quando compartilhada.<br />

Confira alguns relatos de pais participativos na pandemia:<br />

Otávio mora em Salvador, é pai<br />

de Maria Flor e autor do projeto<br />

Pai, Vem Cá. @paivemca, é<br />

advogado e escritor.<br />

“Gostaria de destacar a relação<br />

de Flor com a escola. 2<strong>02</strong>0<br />

foi um ano difícil, mas que gerou<br />

muito aprendizado e concluímos<br />

com um saldo positivo. Os professores<br />

merecem nossos aplausos. Eles buscaram meios de ensinar, e minha<br />

filha conseguiu ser alfabetizada com excelência pelas aulas remotas.<br />

Outro grande desafio foi trabalhar em casa, e mesmo com o trabalho<br />

reduzido eu tive que dar conta do home office e dos cuidados com<br />

Flor. Criamos Flor em guarda compartilhada e na semana em que<br />

ela estava comigo quase eu não conseguia trabalhar, pois queria dar<br />

total atenção para ela. Inventamos várias brincadeiras, o repertório ia<br />

esgotando e acabávamos repetindo as atividades. Mas essa agonia<br />

de inventar coisas para distrair as crianças é mais uma agonia nossa,<br />

dos adultos, do que das próprias crianças. Posso finalizar dizendo<br />

que o diálogo foi um grande aliado nesse momento conturbado. Eu<br />

e minha filha conversamos, tivemos momentos lúdicos e também<br />

choramos juntos. A pandemia trouxe grandes aprendizados e tenho<br />

certeza de que sairemos desse caos vitoriosos e com novas ideias<br />

sobre o amor e fraternidade.” Site: paivemca.com.br<br />

Esdras mora em Brasília, é pai de Isaque e<br />

padrinho da Ana Júlia, é jornalista e pós-<br />

-graduado em terapia familiar<br />

“A pandemia do novo coronavírus fez muitas<br />

famílias se reinventarem, se redescobrirem e,<br />

por que não se conhecerem mais? Aqui em<br />

casa senti que exigiu de mim mais esforço<br />

mesmo acreditando estar presente no cotidiano,<br />

mas na rotina percebi que precisava<br />

me doar ainda mais. As atividades escolares,<br />

a ausência dos colegas de turma e a compreensão<br />

dos sentimentos foi tudo mais intenso<br />

aliado ao TDAH. Tivemos um grande apoio da<br />

escola e o tempo todo conversamos com o<br />

professor e a coordenação para que o ensino<br />

não ficasse muito prejudicado. Deu certo no<br />

final. Chegou um momento em que precisei<br />

dar uma pausa nas redes sociais para concentrar<br />

uma maior atenção na relação familiar,<br />

e isso foi ótimo. Às vezes essa pausa é fundamental<br />

para buscar o equilíbrio e não sobrecarregar<br />

ninguém. Estamos sobrevivendo<br />

e saindo mais fortes do que entramos.”<br />

78 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Mora em Camaçari, na Bahia, é pai de João<br />

Vicente e autor do canal no YouTube canalborapaioficial<br />

“Nunca imaginávamos que duas semanas se<br />

transformariam em meses. Foram muitos desafios.<br />

Eu e Mile com o nosso home office e<br />

João Vicente com as aulas virtuais. Mesmo<br />

com a parceria que tínhamos em casa tivemos<br />

que lidar com tantas demandas. Costumo<br />

dizer que as crianças foram as principais<br />

prejudicadas com a pandemia mesmo com a<br />

presença dos pais em casa. E para organizar<br />

a nossa rotina fizemos uma tabela com horários<br />

das atividades do João, estabelecemos<br />

nossos momentos de qualidade com ele,<br />

criamos um cantinho de estudos ao lado da<br />

nossa ‘estação de trabalho’ e fui em busca de<br />

diversas atividades e brincadeiras que poderíamos<br />

fazer juntos. Criamos uma cápsula do<br />

tempo; construímos uma maquete da cidade<br />

que nomeamos como Donislândia; fizemos<br />

cama de gato no corredor; infinitos papéis de<br />

desenho, pintura e origami; dancinhas explorando<br />

o famoso aplicativo Tiktok; construímos<br />

nossa própria espada de sabre de luz Star<br />

Wars com espaguete de piscina; inventamos<br />

o aniversário de 2 anos do Tomas, nosso cachorrinho;<br />

e muito mais. Devo dizer que, aos<br />

poucos, fomos procurando o equilíbrio necessário<br />

para dar conta de tanta coisa e tivemos<br />

de fazer algumas adaptações e até algumas<br />

concessões, sempre com o objetivo de cuidar<br />

da saúde mental de cada um aqui em casa.’”<br />

Diego mora no Rio de Janeiro, é pai de Vicente e autor do<br />

projeto Se Joga, Papai!<br />

“Enfrentar os últimos meses foi difícil. Precisei continuar frequentando<br />

a empresa onde trabalho, lidando com o turbilhão de sentimentos<br />

e o medo de estar exposto em meio a uma pandemia.<br />

Durante todo esse tempo a minha principal angústia era ser a porta<br />

de entrada para o contágio da minha esposa e do meu filho que<br />

estavam resguardados em casa. No entanto, tentei não transmitir<br />

isso a eles, que já estavam tão afetados pela situação. Na tentativa<br />

de aliviar as sobrecargas, busquei fazer o máximo que pude<br />

as tarefas domésticas. Afinal, minha esposa, além de cuidar de um<br />

bebê de dois 2 anos, ainda tinha que dar conta do seu trabalho<br />

home office. Quanto ao meu filho, procurei junto dele fazer do<br />

nosso pequeno apartamento um grande parque de diversões.<br />

A garrafa de água com arroz virou um chocalho, a caixa de ovo<br />

pintada de várias cores, os cotonetes se transformaram em um<br />

acerte as cores e as músicas ganharam coreografias engraçadas,<br />

entre outros. Acredito que 2<strong>02</strong>0 ficará marcado na história<br />

de cada pessoa que verdadeiramente entendeu a dimensão dos<br />

fatos. Tive que aprender a olhar mais para mim mesmo e também<br />

enxergar de forma mais profunda as pessoas ao meu redor.”<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 79


Educação Infantil<br />

EM MEIO À SOLIDÃO E O MEDO QUE<br />

PREVALECE DURANTE A PANDEMIA,<br />

A ESCOLA PIRLILIM MOSTRA COMO O<br />

AFETO É IMPRESCINDÍVEL NA EDUCAÇÃO<br />

Yêda Nunes e Larissa Faria Andréa Cedraz<br />

A<br />

primeira infância<br />

é um<br />

momento<br />

fundamental<br />

para o<br />

desenvolvimento<br />

emocional e cognitivo<br />

das crianças. Nessa<br />

fase elas se comunicam<br />

muito mais utilizando as emoções<br />

e os gestos do que a linguagem<br />

oral em si. Nesse sentido, falar<br />

do afeto com um fator carregado<br />

pela escola em seu material<br />

pedagógico significa abrir um<br />

leque de opções e métodos<br />

de aprendizado com atividades<br />

que proporcione à criança uma<br />

experiência lúdica onde ela sinta-se<br />

à vontade em descobrir<br />

sua personalidade e se expressar<br />

na sala de aula.<br />

A escola Pirlilim demonstra<br />

essa característica afetiva em vários<br />

aspectos da sua metodologia<br />

de ensino, mas principalmente no<br />

contato assertivo com o aluno e<br />

também com as famílias, e isso não<br />

mudou durante as aulas remotas. “Embora<br />

as portas físicas da escola estejam fechadas,<br />

os nossos canais de comunicação<br />

estão abertos para atendê-los<br />

prontamente. Tivemos encontros<br />

individuais e em grupo para atender<br />

as famílias e tirar dúvidas sobre<br />

o ano letivo, sobre o comportamento<br />

das crianças e até mesmo para ouvi-los<br />

sobre seus próprios medos, receios e angústias”,<br />

comenta Julia Guimarães, psicóloga da Pirlilim.<br />

É por meio desse importante vínculo entre educador,<br />

criança e família que os pequenos aprendem e<br />

valorizam os diferentes tipos de relacionamento: o<br />

A Pirlilim segue os Protocolos Sanitários para<br />

receber seus alunos. Veja:<br />

>> Tamanhos reduzidos de turmas para aumentar<br />

espaçamento entre alunos<br />

>> Adesivos de sinalização<br />

>> Totem de álcool em gel<br />

>> Aumentar da frequência da limpeza<br />

>> Separação em acrílico nas mesas coletivas<br />

>> Realização de medição de temperatura<br />

80 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


A Pirlilim foca em projetos lúdicos e institucionais que<br />

motivam a criança a exercer seu lado criativo, entre eles<br />

o projeto anual da escola, e quem ganhou outra dimensão,<br />

durante as aulas remotas, foi a Mostra de Arte e Música<br />

(MAM). Na edição deste ano, além das crianças participarem,<br />

os pais também contribuíram através de vídeos<br />

divertidos no canal do YouTube “Sou Pura Música”. Além<br />

disso, os grupos do Ensino Fundamental também tiveram<br />

projetos com temáticas importantes como o projeto “Gentileza”<br />

e “Eu Sou o Samba”, que abordavam a valorização<br />

da cultura do samba no Brasil.<br />

que gosta, o que não gosta, como se<br />

socializa, se é mais tímido ou extrovertido,<br />

e por aí vai… Pensando<br />

nisso, a proposta pedagógica<br />

da Pirlilim adota atividades que<br />

envolvam os educadores e estudantes,<br />

despertando a vontade<br />

de ensinar e também a de aprender.<br />

Não é à toa que a definição de educação<br />

socioemocional está citada como parte essencial do<br />

ensino na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).<br />

“Para mostrar que apesar dessa situação de<br />

pandemia estar nos mantendo distante, sempre<br />

estaríamos presente para as famílias, fizemos uma<br />

série de postagens<br />

de vídeos acolhedores<br />

dos professores<br />

e criamos<br />

também um encontro<br />

semanal com a<br />

psicóloga, que já<br />

existia nas aulas<br />

presenciais e continuamos<br />

com isso<br />

nas aulas remotas.<br />

Acredito que isso<br />

favoreceu muito<br />

o lado emocional<br />

das crianças”, relata<br />

Evelyn Santana,<br />

supervisora pedagógica<br />

da escola.<br />

FALA<br />

MAMÃE!<br />

“Durante a pandemia,<br />

a escola tem<br />

prestado um serviço<br />

de excelência<br />

às famílias de muita<br />

dedicação às crianças,<br />

oferecendo atendimento<br />

coletivo e individual às famílias<br />

visando os melhores resultados<br />

no processo de<br />

ensino-aprendizagem.<br />

A cada<br />

necessidade<br />

que surge,<br />

temos a certeza<br />

do acolhimento<br />

Quer saber mais sobre a Pirlilim?<br />

Então aponte a câmera do seu celular para o código QR Code<br />

e acesse o site da escola: www.escolapirlilim.com.br<br />

Matrículas abertas!<br />

Educação Infantil e Ensino Fundamental I<br />

Rua Professor R. Amir Macedo, Brotas - Salvador - BA<br />

71 3357-1678<br />

@escolapirlilim<br />

Escola-Pirlilim<br />

por parte da diretoria,<br />

da equipe pedagógica e dos<br />

demais colaboradores da escola”,<br />

conta Daniele Muniz, mãe de Maria<br />

Clara e Natália (Grupos 5 e 3).<br />

“A Escola Pirlilim se organizou e<br />

conseguiu oferecer um ensino de<br />

qualidade, buscando motivar as<br />

crianças a se manterem atentas e<br />

participativas nas aulas. Durante<br />

todo o processo, tivemos o suporte<br />

da escola tanto para nossas angústias<br />

frente a essa modalidade<br />

de ensino quanto<br />

para tirar as dúvidas e<br />

dificuldades surgidas<br />

no acesso e nas<br />

aulas”, relata Leila<br />

Carvalho, mãe de<br />

Guilherme (Grupo 10).<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 81


Vestibular<br />

O QUE VOCÊ<br />

SABE SOBRE O<br />

SISU?<br />

QUANDO SE TEM UM PRÉ-VESTIBULANDO<br />

DENTRO DE CASA, A ANSIEDADE E O<br />

NERVOSISMO NESSE MOMENTO MARCANTE<br />

TAMBÉM AFETA OS PAIS POR NÃO SABEREM<br />

COMO AGIR OU AJUDAR O FILHO NESSA FASE.<br />

SE ESSE É O SEU CASO, ENTENDA UM POUCO<br />

MAIS SOBRE O PROCESSO SELETIVO DO SISU<br />

Yêda Nunes e Larissa Faria<br />

Divulgação<br />

o<br />

processo do vestibular<br />

é um momento<br />

de grande expectativa<br />

e pressão para o<br />

aluno e para todos<br />

aqueles que convivem<br />

diariamente<br />

com ele. Nesse estágio, o estudante<br />

passa por diversos desafios,<br />

entre eles o maior de todos:<br />

a escolha da carreira. A pergunta<br />

que mais ouvimos, “o que você<br />

quer ser quando crescer”,<br />

finalmente precisa de<br />

uma resposta. Mas<br />

e os pais? Como<br />

ajudar nesse processo?<br />

Para começar,<br />

conheça a<br />

realidade do seu<br />

filho e saiba mais<br />

sobre os processos do<br />

Exame Nacional do Ensino Médio<br />

(Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).<br />

O Enem é a principal porta de acesso para qualquer<br />

universidade pública e privada do Brasil. A<br />

prova, contendo 180 questões, ocorre anualmente<br />

e é realizada em dois dias, garantindo também ao<br />

estudante de baixa renda o acesso aos programas<br />

governamentais de bolsas de estudo ou financiamento.<br />

O Sisu, como o próprio nome diz, unificou<br />

a forma de ingressar em universidades públicas,<br />

oferecendo vaga em diferentes modalidades de<br />

concorrência, a partir da sua nota no Enem.<br />

“Basicamente, o Sisu é um simulador onde o estudante<br />

aplica a sua nota no Enem nas instituições<br />

que deseja e compara com a nota de corte<br />

(nota média para inscrição) do curso<br />

que prefere. Essas notas de corte<br />

estão suscetíveis a mudanças diariamente,<br />

pois no Sisu o estudante concorre<br />

não apenas com vestibulandos<br />

do mesmo estado, mas sim do Brasil<br />

inteiro”, explica Rodrigo Carvalho, professor<br />

da terceira série do Ensino Médio<br />

do Colégio Oficina.<br />

DESAFIOS<br />

O papel do professor para formação<br />

e desenvolvimento de<br />

seus estudantes é fundamental,<br />

principalmente na época de<br />

novas adversidades, como a<br />

saída para a universidade. Para<br />

o educador que convive com<br />

pré-vestibulandos, os desafios<br />

também são grandes e a situação<br />

estressante de passar por processos<br />

seletivos impacta a vida<br />

dos jovens e adolescentes em<br />

grande escala, como mostrou a<br />

pesquisa do Programa de Avaliação<br />

Internacional de Estudantes<br />

(Pisa), onde 56% dos estudantes<br />

brasileiros demonstraram maior<br />

tensão, cansaço e estresse na<br />

hora de estudar para o vestibular.<br />

“Gosto muito de falar para os<br />

meus alunos que ser pré-vestibulando<br />

é ser um atleta. Você é le-<br />

82 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


vado ao seu limite físico e<br />

psicológico, e não é à toa<br />

que muitos ficam doentes.<br />

A pressão dos colegas,<br />

da família e da sociedade<br />

é cada vez mais competitiva.<br />

Nossa principal preocupação é mantê-los saudáveis,<br />

lembrando sempre que eles não estão<br />

sozinhos”, diz o professor Rodrigo Carvalho.<br />

A orientação para um pré-vestibulando, principalmente<br />

com foco no Enem, também é muito<br />

diferente. Por isso muitos educadores ajudam<br />

seus alunos através de revisões e simulados da<br />

prova, dando dicas de organização e métodos<br />

para a execução do teste. “Há uma diferença na<br />

hora de estudar especificamente para o Enem, já<br />

que essa prova tem um grande diferencial, que é<br />

o grande número de questões. É necessário, por<br />

exemplo, uma competência leitora para uma boa<br />

análise de questões. Por isso, minha orientação<br />

para o aluno que está para fazer o vestibular é<br />

resolver o máximo de questões possíveis, pois<br />

assim ele cria estratégias de resolução para a<br />

hora da prova”, completa Luciana Oliveira, coordenadora<br />

do Colégio Oficina.<br />

PASSO A PASSO SISU<br />

“MINHA ORIENTAÇÃO PARA O<br />

ALUNO QUE ESTÁ PARA FAZER<br />

O VESTIBULAR É RESOLVER O<br />

MÁXIMO DE QUESTÕES POSSÍVEIS,<br />

POIS ASSIM ELE CRIA ESTRATÉGIAS DE<br />

RESOLUÇÃO PARA A HORA DA PROVA”<br />

Luciana Oliveira, coordenadora do Colégio Oficina<br />

FALA ESTUDANTE<br />

A minha principal preocupação<br />

atualmente é fazer uma preparação<br />

boa para o vestibular, mas<br />

que não prejudique minha saúde<br />

mental. Não deixo de lado o meu<br />

lazer, usando ele também ao meu<br />

favor. Utilizo de redes sociais, por<br />

exemplo, que ajudam nos estudos<br />

como perfis de professores e grupos<br />

no Telegram. Assisto muitos<br />

filmes e séries que podem servir<br />

como repertório para a redação e<br />

Precisa ter feito a última edição do Enem;<br />

Inscrição grátis pelo site do Sisu ou pelo aplicativo;<br />

O concorrente deve ter em mãos o número de<br />

inscrição e senha do Enem;<br />

Existem três formas de concorrer a uma vaga:<br />

ampla concorrência, lei de cotas e ação afirmativa;<br />

Você pode alterar suas opções e instituição no<br />

Sisu quando e quantas vezes quiser, dentro do prazo<br />

de inscrição;<br />

Acompanhe as notas de corte dos cursos que você<br />

escolheu (primeira e segunda opções), pois elas mudam<br />

diariamente.<br />

“PRINCIPAL PREO-<br />

CUPAÇÃO ATUAL-<br />

MENTE É FAZER UMA<br />

PREPARAÇÃO BOA<br />

PARA O VESTIBU-<br />

LAR, MAS QUE NÃO<br />

PREJUDIQUE MINHA<br />

SAÚDE MENTAL”<br />

também para ampliar meu conhecimento<br />

de mundo, assim como<br />

livros que me deem um panorama<br />

sobre acontecimentos históricos<br />

e realidades distantes da minha,<br />

como a cultura de outros países.<br />

O essencial para esse processo<br />

foi a minha organização, pois estabeleci<br />

metas e objetivos e fiz um<br />

cronograma de estudos diários”,<br />

diz Keyla Sacramento, de 18 anos.<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 83


Fashion News<br />

NOVA MARCA<br />

INFANTIL<br />

EM SALVADOR<br />

A loja multimarca infantil Maria Kids chega no<br />

Shopping Barra para levar mais conforto, diversão<br />

para os pequenos e muitas opções de looks<br />

Yêda Nunes Divulgação<br />

A<br />

Loja 1+1 do Shopping Barra<br />

está de cara nova. No lugar<br />

desembarcou a marca<br />

Maria Kids, e ela chega<br />

com muitas novidades. Quem<br />

continua no comando da loja é<br />

a empresária e mamãe de Sofia,<br />

Maria Melo. A empreendedora<br />

atua no mercado da moda infantil<br />

desde 2015 como<br />

franqueada da marca<br />

1+1 em Salvador,<br />

mas agora realiza<br />

o sonho em poder<br />

levar mais variedades<br />

de looks e preços<br />

incríveis para os<br />

seus clientes. “Eu<br />

tinha o desejo em<br />

ter a minha própria<br />

marca e nela poder oferecer<br />

mais opções para as mamães,<br />

fugindo do lugar-comum, aliando<br />

a tendência e conforto em<br />

uma loja com identidade marcante<br />

e acolhedora”, diz Maria Mello<br />

Looks divertidos para todos<br />

os momentos e que deem liberdade<br />

da criança usar o que ela<br />

gosta. Essa é a marca registrada<br />

da nova loja. Apesar da marca<br />

ser nova, o acolhimento e o<br />

carinho com que a equipe de<br />

Maria Mello recebe<br />

os miniclientes<br />

será do mesmo jeitinho.<br />

“Minha filha<br />

é minha inspiração.<br />

Ela me inspira diariamente<br />

e me ensina<br />

muito também.<br />

A criança é lúdica<br />

e ingênua, e isso<br />

influencia muito na<br />

hora de escolher as cores, estampas,<br />

formatos de uma nova coleção,<br />

e na hora de atender cada pequeno”,<br />

conta Maria.<br />

Sofia Melo<br />

As marcas<br />

A loja traz muitas novidades, como as griffes Anime,<br />

Dimy Candy, Siri Biquinis – melhor moda praia do Brasil<br />

– e calçados perfeitos da Maria Lua. E não para por<br />

aí, a Maria Kids continuará com os lindos looks da 1+1 e<br />

ainda irá trazer mais três marcas inéditas em Salvador.<br />

Shopping Barra, Piso L3<br />

71 3052-2009<br />

71 99118-9175 / 98810-9138<br />

84 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Papo de mãe // por Carol Gama Robazza<br />

foto divulgação<br />

*Carol Gama Robazza, Jornalista<br />

e mãe de Lígia. (Seguidora da @<br />

revistameubebe no instagram. O<br />

texto dela foi escolhido para fazer parte<br />

dessa edição especial de educação)<br />

Aulas em casa…<br />

Como foi por aí?<br />

Março chegou com um misto de medo, desespero e dúvida. “Essa<br />

situação vai durar até quando?”, era a minha pergunta diária em<br />

casa. Será que minha filha irá perder o ano? Será que ela consegue<br />

refazer ano que vem? Como ela vai conseguir aprender alguma coisa?<br />

No início era assim: a cada aula<br />

uma preparação psicológica<br />

minha e da Lígia, minha filha<br />

de 4 aninhos. Um exercício<br />

de respiração para enfrentar esse<br />

novo momento de aula pela telinha<br />

do computador. Ela sentava, e<br />

logo depois levantava, querendo<br />

falar, conversar e mexer no celular<br />

e no computador, e assim ela<br />

dispersava pela casa até, em último<br />

momento, conseguir prestar<br />

atenção na professora. Confesso<br />

que queria sumir. Muita expectativa<br />

foi criada com aulas remotas, e<br />

achei que ela conseguiria sentar, ficar<br />

quieta e aprender. Esqueci que<br />

estava diante de uma criança de<br />

apenas 4 anos.<br />

Cheguei a perder a paciência.<br />

Às vezes é difícil, como mãe, lembrar<br />

que já tivemos a idade deles<br />

e passamos pela pré-alfabetização,<br />

aprendendo devagar e<br />

vendo letras e números pela primeira<br />

vez. Reconhecer esse erro e<br />

pedir desculpas é um passo muito<br />

importante. Percebi que estava em<br />

um momento onde minha filha poderia<br />

amar ou odiar a escola, e tudo<br />

dependeria de como essa situação<br />

fosse conduzida no espaço familiar<br />

entre as paredes da minha casa.<br />

A mudança<br />

Meu olhar, frente a essa situação atípica<br />

da vida, mudou. Reconheci que estava<br />

com uma oportunidade única de<br />

ver minha filha crescer, aprender junto com ela e<br />

conhecer suas dificuldades. A alfabetização vai<br />

além de aprender dentro da sala de aula, pois,<br />

muitas vezes, ler um livro, cozinhar e brincar também<br />

fazem parte e são imprescindíveis para a criança.<br />

Não somos professoras, mas sim mediadoras<br />

da educação dos nossos filhos.<br />

A saúde emocional da minha filha foi algo mais<br />

valorizado nesse tempo, e acho que é algo que<br />

não deve passar no pós-pandemia. Uma criança<br />

segura e saudável cria mais afeto e produtividade<br />

em suas lições de casa, e isso é algo que as escola<br />

deve continuar reforçando na volta ao presencial.<br />

Cada criança passou por diferentes situações nessa<br />

pandemia. Então é necessário criar conexões,<br />

educar com acolhimento e calma.<br />

“A SAÚDE EMOCIONAL DA MINHA FILHA FOI ALGO<br />

MAIS VALORIZADO NESSE TEMPO, E ACHO QUE É<br />

ALGO QUE NÃO DEVE PASSAR NO PÓS-PANDEMIA.<br />

UMA CRIANÇA SEGURA E SAUDÁVEL CRIA<br />

MAIS AFETO E PRODUTIVIDADE EM SUAS LIÇÕES<br />

DE CASA, E ISSO É ALGO QUE AS ESCOLA DEVE<br />

CONTINUAR REFORÇANDO NA VOLTA AO PRESENCIAL”<br />

@blogvamosvamosconversar<br />

<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 85


Vozes da Educação<br />

// por Virgínia Lucas<br />

foto divulgação<br />

*Virgínia Lucas é pedagoga e<br />

diretora do Colégio Anchieta<br />

(ANCHIETINHA-Aquarius)<br />

Com a pandemia nada será como antes, sem dúvida. Não temos<br />

certeza, mas levanto hipóteses, hipóteses otimistas a partir da nossa<br />

vivência na realidade da escola. Ela veio e trouxe um ponto positivo:<br />

a valorização das professoras e dos professores<br />

A<br />

s famílias que têm filhos nas escolas tiveram<br />

a oportunidade de perceber a importância do<br />

profissional de educação. Ficou claro para todos<br />

que professores são educadores profissionais,<br />

estudaram para isso, têm fundamentação teórica<br />

e prática no fazer docente. Com as aulas remotas,<br />

on-line, percebemos que o conteúdo pode até ser<br />

trabalhado a distância. É possível ter acesso à geografia,<br />

história, matemática, português... No entanto,<br />

sociabilidade, interação e relações interpessoais só<br />

se aprende em grupo, ao vivo, presencialmente.<br />

As crianças e os jovens que estão vivenciando<br />

aulas remotas levarão um ganho significativo em autonomia<br />

e procedimentos de estudante. Sabemos<br />

que as crianças menores, cujas famílias estão disponíveis,<br />

estão contando com suporte em casa. Ainda<br />

assim estão desenvolvendo novas habilidades.<br />

Tecnologia hoje e amanhã<br />

A tecnologia passou a ser ainda mais aliada das<br />

escolas. As aulas remotas têm sido uma saída fundamental<br />

para manter o vínculo das crianças e dos<br />

jovens com os professores, com os colegas e com<br />

a aprendizagem formal. A função social da escola<br />

permanece a mesma – ser ponte entre as gerações.<br />

Cabe à escola levar às novas gerações o conhecimento<br />

produzido pela humanidade. Mas não se resume<br />

a isso. A escola será sempre um espaço de<br />

troca, espaço de vivência, espaço de experiência e<br />

espaço de acolhimento. Esse lugar nunca será substituído.<br />

As relações construídas nas escolas são singulares,<br />

jamais serão construídas da mesma maneira<br />

em outros meios. É certeza de que a tecnologia<br />

ocupará outro lugar na educação no pós-pandemia.<br />

Professores agora têm uma relação mais fluida com<br />

essa ferramenta e ampliaram as possibilidades. E<br />

acredito ainda no uso mais frequente e variado das<br />

ferramentas tecnológicas pelo aluno no momento<br />

da aprendizagem.<br />

Toda crise traz aprendizagens, revela, amplia e<br />

evidencia questões. Considero que a educação<br />

foi um dos setores mais atingidos pela<br />

pandemia. Ao mesmo tempo foi possível<br />

perceber que as escolas não<br />

se resumem aos prédios, quadras<br />

e laboratórios. As escolas são as<br />

pessoas. A valorização do humano<br />

é sempre um ganho.<br />

AQUARIUS - BELA VISTA<br />

www.anchietaba.com.br<br />

@colégioanchietaba<br />

71 2107-9000<br />

86 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Fotógrafo desde 2014, Rodrigo<br />

Castro é muito conhecido<br />

no cenário da moda infantil de<br />

Salvador. Ele marca presença em<br />

todos os desfiles infantis da cidade,<br />

inclusive no RMB Fashion Day,<br />

no desfile da revista Meu Bebê &<br />

Kids, e já cobriu grandes marcas,<br />

entre elas Malwee Kids. Rodrigo<br />

Eternize os seus<br />

melhores momentos<br />

também tem atuação marcante<br />

em grandes concursos de moda.<br />

O segmento empresarial também<br />

faz parte do seu portfólio. Rodrigo<br />

Castro já fotografou empresários<br />

de diversas áreas e diretores<br />

executivos tanto em estúdio<br />

como em escritórios. Muitos começaram<br />

a investir em suas redes<br />

sociais como ferramenta para se<br />

destacarem no mercado e apresentar<br />

aos clientes os cuidados<br />

com higienização nas empresas.<br />

O fotógrafo ainda ampliou a sua área<br />

de atuação, e hoje também trabalha<br />

no segmento da educação, registrando<br />

o dia a dia dos pequenos, e na<br />

pandemia os protocolos sanitários.<br />

99244.3341 rodrigo_castrofotografo<br />

www.revistameubebe.com.br <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 87 1


Especialista<br />

// por Silene Costa<br />

foto divulgação<br />

*Silene Costa é especialista em<br />

direito processual civil, direito civil e<br />

direito do consumidor.<br />

PANDEMIA<br />

Impacto nas vendas on-line<br />

O ano de 2<strong>02</strong>0 impactou a história da humanidade, e a imposição do<br />

isolamento social criou desconfortos, mudanças e novidades<br />

Na esfera consumerista, houve um aumento significativo<br />

nas compras on-line. Sabemos que “a<br />

pandemia não criou o drive-thru”, mas forçou<br />

até grandes redes de shoppings a criarem tal<br />

modalidade para atender a qualquer compra. Atualmente<br />

há delivery para tudo, como serviço de<br />

shopper por meio de aplicativos nos quais se pode<br />

providenciar qualquer item de modo personalizado.<br />

Tudo isso vinculado a sites, aplicativos para celular,<br />

serviços de mensagens, redes sociais<br />

etc., sempre através da internet.<br />

Dados de amostragem indicam<br />

que no Brasil 46% da<br />

população realizou mais<br />

compras on-line nos últimos<br />

meses (isso é quase<br />

a totalidade da população<br />

economicamente ativa no<br />

país). Empresas quebraram,<br />

foram forçadas a migrar total<br />

ou parcialmente para o digital, e<br />

as que já atuavam no e-commerce experimentaram<br />

uma evolução meteórica em seus<br />

processos, logística e no quantitativo de vendas.<br />

DIREITO DO CONSUMIDOR<br />

O que fazer quando o produto não é entregue,<br />

tem defeito ou está em desacordo? Fique<br />

atento às dicas:<br />

• Sempre guarde todos os documentos<br />

que comprovem a realização<br />

e os termos da compra,<br />

inclusive prints das telas do site,<br />

mensagens/e-mails trocados<br />

com atendentes e números de<br />

protocolos, se houver;<br />

• Havendo qualquer irregularidade<br />

ou desconformidade<br />

na aquisição do produto<br />

ou serviço, é<br />

indicado o contato<br />

com o Serviço de<br />

Atendimento ao<br />

Consumidor (SAC)<br />

disponível do próprio<br />

estabelecimento<br />

para registro. Não sendo<br />

solucionado amigavelmente,<br />

o consumidor tem todo o<br />

aparato jurídico necessário à disposição<br />

para remediar;<br />

• Procure seus direitos. Tanto o<br />

serviço de atendimento do Departamento<br />

Estadual de Proteção<br />

e Defesa do Consumidor<br />

(Procon), que atua na esfera administrativa,<br />

quanto os juizados<br />

especiais (esfera judicial) detêm<br />

todos os meios legais necessários<br />

para atender com sensibilidade<br />

as questões relacionadas<br />

à compra on-line.<br />

ATENÇÃO!<br />

Vale destacar que o<br />

Código de Defesa do<br />

Consumidor assegura<br />

o direito de arrependimento<br />

para compras<br />

on-line por até sete<br />

dias, a contar da data de<br />

recebimento do produto,<br />

podendo ser solicitada a<br />

troca ou ainda a devolução<br />

do valor pago face à<br />

desistência.<br />

Espero que tenha sido agregador esse<br />

nosso primeiro de muitos encontros<br />

que teremos nesse espaço. Ainda tem<br />

dúvidas? Fale comigo!<br />

silenecosta.adv@gmail.com<br />

71 99194-3550<br />

88 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


Vozes da Educação<br />

// por Teresa Brasileiro<br />

foto divulgação<br />

*Teresa Brasileiro, diretora<br />

pedagógica do Módulo Criarte<br />

A<br />

pandemia afetou diretamente todos os espaços<br />

de sociabilidade, especialmente a escola,<br />

exigindo respostas rápidas, provocando<br />

alterações e reestruturações. De uma hora<br />

para outra, sem estarmos preparados, a tecnologia<br />

ganhou centralidade na comunicação e se tornou<br />

ferramenta essencial para a aprendizagem. Dessa<br />

forma, foi necessário repensar estratégias para<br />

responder com agilidade e, acima de tudo, garantir<br />

sentido às demandas provocadas pela disrupção<br />

inesperada do cotidiano escolar.<br />

Ao agir frente a essa realidade sem precedentes,<br />

fomos profundamente modificados na forma de planejar<br />

as aulas, na diversificação de estratégias de<br />

aprendizagens e na relação das escolas com as famílias.<br />

A máxima de que a forma muda o conteúdo se<br />

tornou ainda mais pertinente. E, embora tenha sido<br />

um período intenso e doloroso, é consenso que tanto<br />

na perspectiva de suas práticas quanto de sua intencionalidade<br />

a escola foi compelida a avançar em pelo<br />

menos cinco anos. São mudanças que transformam<br />

os processos de ensino, aprendizagem e modo como<br />

as interações e relações passarão a acontecer.<br />

Numa interatividade nunca antes experimentada,<br />

os encontros virtuais evidenciaram a importância de<br />

um trabalho consistente relacionado às competências<br />

socioemocionais, o papel da escuta e do acolhimento.<br />

Fomos subvertidos no conceito de presença,<br />

e é certo que a maior interação<br />

com a comunidade escolar reafirmou<br />

a parceria e nos aproximou.<br />

Numa projeção tangível, após<br />

uma experiência tão marcante<br />

e transformadora, a escola não<br />

será a mesma. Os desafios ganham<br />

outros contornos e trazem<br />

para o centro do debate questões<br />

essenciais que devem ser<br />

contempladas nos projetos em<br />

toda a escolaridade, a exemplo<br />

da sustentabilidade socioambiental,<br />

da importância e da<br />

valorização do conhecimento<br />

científico e da cidadania digital,<br />

traduzida pela formação crítica<br />

e pelo discernimento no campo<br />

das ideias que circulam nos<br />

meios digitais.<br />

Um novo tempo<br />

É importante dizer que a incorporação<br />

de práticas digitais no<br />

cotidiano escolar trará também<br />

novas trilhas de aprendizagem,<br />

novos modelos avaliativos e, sobretudo,<br />

um maior protagonis-<br />

mo de professores e alunos. A<br />

aprendizagem cooperativa, que<br />

se desenha quando os estudantes<br />

são convidados a usarem as<br />

redes digitais para criarem seu<br />

próprio conteúdo, colabora entre<br />

si e participa de comunidades<br />

virtuais de aprendizagem,<br />

pois será uma poderosa ferramenta<br />

de engajamento e auto-<br />

-organização.<br />

Nesse amplo universo de ensino<br />

e aprendizagem mediado<br />

pela tecnologia, há um grande<br />

repertório de modalidades organizativas<br />

disponíveis, pois inaugura-se<br />

um novo tempo numa<br />

perspectiva de harmonizar as<br />

atividades virtuais e presenciais<br />

– blended learning –, um campo<br />

fértil para inovação e ver a escola<br />

como um lugar sem distâncias<br />

entre professor e aluno.<br />

www.portalmodulo.com.br/criarte/<br />

90 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>


O sorriso<br />

que a sua<br />

família merece!<br />

Na Space Odontologia o atendimento é humanizado e com base<br />

na integralidade do paciente. A família inteira, do bebê ao idoso, é cuidada<br />

pela equipe com a filosofia de uma Odontologia além da boca.<br />

O olhar para o estilo de vida e para a saúde emocional do paciente é o<br />

nosso diferencial para o planejamento e escolha do melhor tratamento.<br />

• O aparelho ortodôntico será o tradicional ou o<br />

alinhador estético?<br />

• O implante pode ser imediato ou é preciso um<br />

tratamento prévio complementar?<br />

• A melhor solução estética é o clareamento<br />

ou facetas cerâmicas?<br />

• Sua dor bucal ou facial pode ser resolvida com<br />

tratamentos conservadores não invasivos?<br />

71 9224-2131<br />

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Plaza, sala 719 - Caminho das Árvores<br />

www.revistameubebe.com.br <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 91 1


92 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>

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