Anuário Educar 02
O Anuário Educar é um incrível projeto educacional, com matérias, artigos e depoimentos de gestores, educadores, psicólogos, pais e alunos sobre esse grande universo da educação que está em constante mudança! Uma edição especial, que compartilha a opinião das principais “Vozes da Educação” sobre o atual momento e os rumos na pandemia e pós-pandemia. O Anuário conta ainda com a participação das maiores escolas particulares de Salvador, mostrando suas propostas pedagógicas e suas principais competências e habilidades. Um beijo e Boa leitura!
O Anuário Educar é um incrível projeto educacional, com matérias, artigos e depoimentos de gestores, educadores, psicólogos, pais e alunos sobre esse grande universo da educação que está em constante mudança!
Uma edição especial, que compartilha a opinião das principais “Vozes da Educação” sobre o atual momento e os rumos na pandemia e pós-pandemia.
O Anuário conta ainda com a participação das maiores escolas particulares de Salvador, mostrando suas propostas pedagógicas e suas principais competências e habilidades.
Um beijo e Boa leitura!
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Nina Cidreira<br />
@ninacidreira<br />
Ano IX • nº 18<br />
Mari Regueira<br />
@regueiramariana<br />
Duda Nunes<br />
@revistameubebe<br />
Dudinha<br />
Yamazaki<br />
@dudinhayamazaki<br />
Luis Leal<br />
@leal_luishenrique<br />
Nina Martins<br />
@nina_mmartins<br />
Matéria exclusiva com gestores, diretores pedagógicos, professores,<br />
psicólogos, pais e alunos sobre os rumos da educação em meio à<br />
pandemia. O que será que eles pensam sobre o assunto?<br />
E MAIS: Pais Participativos • Vestibular • Educação Financeira • Dicas de Livros • Emoções • Saúde
2 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
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4 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
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6 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 7
Editorial<br />
Coisas boas<br />
estão por vir...<br />
Quando começamos a produzir esta edição do<br />
Ufaaa! Chegamos até aqui.<br />
Uma edição 100% produzida<br />
em meio à pandemia, com<br />
escolas fechadas, nossa equipe<br />
trabalhando a distância, entrevistas<br />
realizadas por telefone e pelo<br />
WhatsApp, reunião via zoom, e assim<br />
a tecnologia nos ajudou a produzir<br />
uma edição ainda mais especial.<br />
Essa edição ficará marcada na<br />
história, afinal conseguimos trazer,<br />
através das próximas páginas, relatos<br />
de mães e pais, professores,<br />
gestores, psicólogos e especialistas<br />
que vivem a educação de perto.<br />
Yêda Nunes<br />
Editora-Chefe<br />
Leandro Maia<br />
Direção de Arte<br />
<strong>Anuário</strong> <strong>Educar</strong> fizemos um planejamento das pautas,<br />
mas a situação do momento foi mudando o caminho,<br />
e novos temas foram surgindo. Afinal, crianças<br />
em casa fazendo aula virtual, professores se virando<br />
nos trinta para passar o conteúdo, escolas<br />
dando o seu melhor para acolherem seus alunos,<br />
mães surtando (eu aqui, risos!), no início confesso<br />
que não foi fácil. Enfim, então não tinha como ser diferente,<br />
pois precisávamos registrar os desafios e<br />
as lições que a pandemia nos deixou.<br />
E que bom que você chegou até essa página<br />
e poderá aproveitar todo esse conteúdo feito<br />
com muito carinho por uma equipe incrível que<br />
deu o seu melhor. Folheando o <strong>Anuário</strong>, você vai<br />
ler relatos de pais sobre como ser pai participativo<br />
na pandemia. Passeamos também pela disciplina<br />
positiva, orientação profissional, educação socioemocional,<br />
como a saúde dos nossos pequenos foi<br />
afetada, uma matéria de capa especial com as Vozes<br />
da Educação, e muito mais... Espero que todo esse<br />
conteúdo te ajude a buscar o melhor caminho<br />
para a educação do seu filho.<br />
Beijos e boa leitura!<br />
Juntos vamos<br />
mais longe!<br />
Para fazer coisas incríveis,<br />
precisamos de pessoas incríveis.<br />
Conheça nosso time talentoso,<br />
que faz acontecer!<br />
Adna Novaes<br />
Diagramação<br />
José Carlos Amorim<br />
Revisão<br />
Andréa Cedraz<br />
Fotografia<br />
Yêda Nunes<br />
Editora-chefe<br />
@revistameubebe<br />
Luciana Costa<br />
Jornalismo<br />
Edição 18ª | Ano IX<br />
Diretora Geral<br />
Yêda Nunes – DRT/BA 4344<br />
yedarevistameubebe@gmail.com<br />
Diretor Financeiro<br />
Leandro Maia<br />
leandro@revistameubebe.com.br<br />
REDAÇÃO<br />
Jornalistas colaboradoras<br />
Luciana Costa - DRT/BA 4091<br />
Joseanne Guedes - DRT/BA 4525<br />
Joyce de Souza - DRT/BA 1689<br />
Estagiária - Jornalismo<br />
Larissa Faria<br />
Revisor<br />
Carlos Amorim – DRT/BA 1616<br />
jcbdeamorim@yahoo.com.br<br />
Atendimento<br />
contato@revistameubebe.com.br<br />
Direção de Arte e Projeto Gráfico<br />
Leandro Maia<br />
Diagramação<br />
Adna Novaes<br />
Fotografia<br />
Andréa Cedraz e<br />
Rodrigo Castro<br />
Foto da Capa<br />
Rodrigo Castro<br />
Administrativo/Financeiro<br />
Caroline Rodrigues<br />
financeiro@revistameubebe.com.br<br />
O <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> ® é uma publicação da DUBE Editora<br />
Ltda (CNPJ: 18.296.069/0001-70). A editora não se responsabiliza<br />
por informações, conceitos ou opiniões emitidos<br />
em artigos assinados, bem como pelo teor dos anúncios<br />
publicitários. Todas as imagens utilizadas nessa publicação<br />
foram previamente autorizadas e enviadas pelas referidas<br />
empresas e Instituições de Ensino. Todas as as imagens<br />
produzidas pela editora durante o período de pandemia,<br />
seguiram todos os protocolos de segurança exigidos pelos<br />
órgãos de saúde. Proibida a reprodução total ou parcial<br />
de textos e/ou fotos sem a prévia autorização da editora.<br />
Larissa Faria<br />
Jornalismo<br />
Joseanne Guedes<br />
Jornalismo<br />
Joyce de Souza<br />
Jornalismo<br />
Juliana Maceió<br />
Comercial<br />
Rodrigo Castro<br />
Fotografia<br />
contato@revistameubebe.com.br<br />
8 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 9
Educação Canadense<br />
Passeios<br />
literários,<br />
projetos<br />
revolucionários<br />
Com ludicidade e o diferencial da educação canadense<br />
bilíngue, a ACBEU Maple Bear utiliza a literatura como<br />
uma poderosa ferramenta, investindo em projetos que<br />
dão autonomia às crianças e jovens<br />
Joseanne Guedes Divulgação<br />
Ela tem 8 anos, é uma menina doce, carinhosa e inteligente.<br />
Adora estar em companhia de Emília, sua boneca de pano,<br />
melhor amiga e grande companheira. Essa é a descrição de<br />
Laura Amado, mas poderia ser da Menina do Narizinho Arrebitado,<br />
protagonista das primeiras histórias da série do Sítio do<br />
Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato. Foi através dos livros de<br />
Lobato que Laura se apaixonou pelo universo literário e descobriu<br />
o sonho de ser escritora. A pequena leitora vivencia no dia<br />
a dia a abordagem da ACBEU Maple Bear de ensino-aprendizagem<br />
canadense, que incentiva seus alunos a desenvolverem<br />
competências e investe em projetos que estimulam a autonomia<br />
das crianças nas mais diversas áreas do conhecimento.<br />
“Acho maravilhoso o projeto de leitura<br />
da minha escola, amo os livros de<br />
lá. Você imagina o mundo pela escrita<br />
de outra pessoa. Eu gosto muito de<br />
escrever e quero publicar meu livro<br />
um dia”, planeja a aluna do Year 2 da<br />
unidade Pituba. No mês de dezembro,<br />
a emblemática obra Narizinho Arrebitado<br />
– um divisor de águas na história<br />
da literatura para crianças no Brasil<br />
– completou 100 anos, e Laura foi a<br />
estudante escolhida na ação para participar<br />
de uma live promovida por Cléo<br />
Monteiro Lobato, bisneta do célebre<br />
escritor. “Pra mim o diferencial na educação canadense, além do<br />
bilinguismo, está na ludicidade e naturalidade do aprendizado,<br />
que é leve e eficiente. Ela adora ler e o programa da Maple estimula<br />
isso”, avalia Larissa Mercês, mãe da aluna.<br />
É OURO!<br />
“Acho que é<br />
extremamente<br />
gratificante ter<br />
sucesso nas competições<br />
dentro<br />
e fora da escola,<br />
mas penso que a<br />
experiência e a<br />
prática que esses<br />
testes trazem são ainda mais importantes<br />
para nossa evolução”, observa<br />
Arthur Andrade Cunha. O aluno do<br />
Year 8 foi um dos sete medalhistas<br />
da escola, na Olimpíada Canguru de<br />
Matemática. Para Arthur o modelo<br />
de ensino valoriza o pensamento<br />
crítico, com professores respeitosos e<br />
preparados. Emocionada com o ouro<br />
conquistado pelo filho, Anick Andrade<br />
Cunha, diz que se trata de “um ensino<br />
mais voltado para o desenvolvimento<br />
do raciocínio<br />
lógico do aluno, e nada de<br />
‘decoreba’”, conta.<br />
10 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Acervo on-line<br />
“As escolas Maple Bear foram convidadas<br />
por conta da unidade do nosso<br />
programa A turma do Sítio do Picapau<br />
Amarelo”, explica a coordenadora pedagógica<br />
de português, Danielle Ribeiro, responsável<br />
pelo projeto de literatura. Para ela, o estímulo<br />
e gosto pela leitura deve estar presente durante<br />
todo o tempo da vida escolar. “As crianças são protagonistas<br />
do seu próprio aprendizado. Tornam-se<br />
bilíngues, autônomas e deleitam-se por novos conhecimentos”,<br />
afirma Ribeiro. “A literatura é uma<br />
ferramenta valiosa para a formação crítica e o desenvolvimento<br />
emocional e social”, destaca. Esse<br />
ano a Maple Bear também disponibilizou a literatura<br />
on-line com livros novos e consagrados.<br />
foto Rodrigo Castro<br />
De acordo com a diretora da escola<br />
Marcia Schwartz, os materiais manipulativos<br />
para a vivência dos conceitos matemáticos<br />
e o extenso acervo de livros, em<br />
cada sala de aula, tornam o aprendizado<br />
significativo e divertido. “Dos pequenos de 2<br />
anos aos jovens do Fundamental 2, o acervo literário<br />
é utilizado, iniciando pela<br />
contação de histórias até chegarem<br />
à leitura independente.<br />
O investimento em uma cultura<br />
literária, permeada pelo amor<br />
aos livros, potencializa a concentração<br />
e aquisição de conhecimento<br />
em todas as áreas, além<br />
de desenvolver a imaginação e<br />
criatividade”, ressalta a diretora.<br />
foto Rodrigo Castro<br />
JUNTOS POR UM<br />
MUNDO MELHOR<br />
É preciso mais do que adaptações de infraestrutura para<br />
uma escola promover o respeito ao meio ambiente. Toda<br />
comunidade escolar tem que despertar para o exercício<br />
da sustentabilidade e uso consciente dos recursos<br />
naturais. Quem explica é a bióloga<br />
Maria Elisabeth Chaves, responsável<br />
pelo projeto de sustentabilidade<br />
da Maple Bear. “O nosso projeto<br />
foi iniciado há pouco mais de um<br />
ano. Desde então os nossos alunos<br />
estão engajados, receptivos e<br />
participativos desse movimento de<br />
luta em favor de um espaço escolar<br />
ecologicamente correto.” A professora<br />
atua na área há 32 anos e é<br />
fascinada pelo mundo dos insetos<br />
– a entomologia.<br />
Depois que os alunos<br />
do Year 6 constataram<br />
que a população<br />
de abelhas no<br />
mundo está diminuindo<br />
por causa da ação do<br />
homem sobre a natureza, se<br />
engajaram junto com a professora no projeto<br />
de implementação de um meliponário<br />
na escola. “Cultivamos, dentre outras, uma<br />
espécie que está ameaçada de extinção: a<br />
Melipona scutellaris. Temos duas colônias<br />
de abelhas com quase cinco mil abelhas.<br />
Pretendo usá-las nas aulas práticas, mostrar<br />
o ciclo de vida dos insetos e a produção<br />
do mel, porque a abelha é o ser vivo<br />
mais importante do planeta, pois sem<br />
elas a gente não come”, finaliza.<br />
Acesse o QR Code e<br />
saiba mais sobre a<br />
Maple Bear<br />
Av. Professor Magalhães Neto, 1520 - Pituba 71 3340-5444<br />
Rodovia BA 099 - Estrada do Coco - KM 10 - Busca Vida 71 3340-5454<br />
@maplebearpituba_acbeu<br />
@maplebearbuscavida_acbeu<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 11
Ser Pai<br />
// por Edgard Abbehusen<br />
foto divulgação<br />
A segunda<br />
viagem<br />
Ser pai de segunda<br />
viagem é uma<br />
aventura tão bonita<br />
e intensa quanto a<br />
primeira viagem<br />
*Edgard Abbehusen, jornalista, escritor<br />
e palestrante. É criador de textos, frases e<br />
crônicas autorais que tocam o coração de<br />
muitas pessoas. Atualmente lançou o seu<br />
livro ‘Acredite na sua capacidade de superar’,<br />
que já conquistou uma legião de leitores.<br />
Jamais aceitei romantizar o fato<br />
de ter sido pai muito cedo, apesar<br />
de ter sido uma das minhas<br />
experiências mais intensas, edificantes<br />
e até hoje mais bonitas.<br />
Letícia é o meu maior orgulho. Foi<br />
com ela a minha paternidade de<br />
primeira viagem e embarquei nesse<br />
mundo tão denso e dramático,<br />
mas também tão amável e prazeroso,<br />
que é cuidar e participar. Ser<br />
presente para o meu maior presente<br />
da vida, como costumo dizer o<br />
significado que o nascimento dela<br />
tem para o meu coração.<br />
Treze anos depois eu sou convidado<br />
pelo tempo e pelo amor<br />
a embarcar em uma nova jornada:<br />
a segunda viagem. No meio<br />
de uma pandemia, em um ano<br />
tão complexo e tão difícil para<br />
tantos, Mateo chegou em casa<br />
quase de surpresa em um final<br />
de domingo de um final de junho<br />
‘obedecendo às regras do isolamento<br />
social’, brinca a sua mãe, a<br />
minha amada Jéssica.<br />
Lembro que acordei no dia seguinte<br />
ainda abatido pela tensão,<br />
me olhei no espelho e pensei:<br />
agora eu vou falar com ‘meus filhos’<br />
para as pessoas. Foi o meu<br />
primeiro pensamento. Filhos no<br />
plural. Duas vidas, dois amores.<br />
Meu pai dizia que um filho sempre<br />
parecerá perdido aos olhos<br />
dos pais, não importa a idade que tenham. É<br />
a sensação de proteção. A divina sensação<br />
de querer mostrar um caminho e querer se<br />
fazer presente.<br />
Pensei em tudo. Em como começar a criar<br />
um filho ao lado de uma filha já adolescente.<br />
Como seria essa experiência vivenciando os<br />
dois extremos de uma paternidade. A primeira<br />
saída com as amigas de Letícia, os primeiros<br />
passos de Mateo. O primeiro namoradinho de Letícia<br />
e as aventuras e descobertas do mundo aos olhos de<br />
Mateo. Tudo acontecendo ali diante dos meus olhos<br />
e diante da minha responsabilidade. Pensei também<br />
na pandemia. Nas suas consequências e como aquilo<br />
afetaria o meu trabalho e, obviamente, a minha nova<br />
vida. Pensei no meu processo de desconstrução do<br />
machismo, que ainda precisa de muito estudo, leitura,<br />
entendimento e vontade de escutar.<br />
As primeiras vinte e quatro horas após o nascimento<br />
de Mateo passou tudo isso na minha cabeça preocupada.<br />
Um filme sobre passado, presente e futuro.<br />
Eu comecei a querer identificar onde errei com Letícia<br />
para tentar acertar com Mateo. E buscar os acertos<br />
com Letícia para repeti-los com Mateo.<br />
Uma confusão que só o tempo foi capaz<br />
de reorganizar no meu coração. É que<br />
não basta ser pai. É preciso querer ser.<br />
De pai para filho!<br />
Quando penso em meu pai, meu coração é só<br />
amor e gratidão por tudo o que ele me proporcionou.<br />
E não estou falando de bens materiais. Estou falando<br />
de afeto. De abraço. Do carinho que ele demonstrava,<br />
do jeito dele. Quando penso no futuro, quero ser<br />
presença nos pensamentos dos meus filhos como o<br />
meu pai é presente no meu.<br />
Se você é pai e chegou até aqui agora, neste texto,<br />
pense nisso. Participe da vida dos seus filhos. Seja parceiro<br />
da sua companheira na criação dos seus filhos<br />
ainda que a relação tenha terminado. Nenhum bem<br />
foto divulgação<br />
material, nenhuma viagem ou presente<br />
vai compensar a falta de afeto.<br />
Queira ser pai. De todo o coração.<br />
Com todas as forças. Do seu<br />
jeito, mas queria ser e seja PAI.<br />
@edgardabbehusen<br />
12 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 13
International School<br />
Com o compromisso de formar cidadãos<br />
com um programa multicultural,<br />
interdisciplinar e universal, a Gurilândia traz<br />
para a Pituba uma nova sede<br />
Yêda Nunes e Larissa Faria<br />
Divulgação<br />
O<br />
novo espaço do jeito “Guriland” é pensado com cuidado e carinho,<br />
aproximando as pessoas de elementos naturais e atendendo as<br />
demandas de uma escola que atua com o programa internacional,<br />
o Primary Years Programme, criado pelo International Baccalaureate<br />
World School (IB). A Guri, como é carinhosamente chamada pela<br />
comunidade escolar, une o acolhimento e pertencimento em prol de um<br />
único objetivo: formar cidadãos do mundo através de um ensino que<br />
também passa de pai para filho.<br />
“O nosso objetivo é formar alunos com valores e atitudes internacionais.<br />
É muito gratificante ampliar esse sonho, que é a Gurilândia, para outras unidades”,<br />
comenta Luciana Teixeira, diretora da Gurilândia. A escola, que completou<br />
60 anos, mantém os pilares fundamentais que a faz tão diferenciada<br />
e tem o propósito de ajudar na formação de cada indivíduo, sempre estimulando<br />
aptidões, despertando habilidades, criando valores e praticando<br />
a empatia. “Acredito que o principal pilar da educação é o amor. Hoje, diversas<br />
pesquisas já demonstram a relação entre afetividade e inteligência,<br />
o modo como engrandece a outra. Foi algo que eu sempre pratiquei<br />
intuitivamente, e fiz questão de passar esse sentimento para todos que<br />
trabalham na escola”, declara Tia Vera, fundadora da escola.<br />
Nova unidade<br />
A nova sede acompanha essas diretrizes com o novo ambiente e um<br />
novo público que irá integrar a família Gurilândia. “O sonho da nossa<br />
escola sempre foi educar gerações e alguns dos nossos ex-estudantes<br />
tinham o desejo que seus filhos tivessem a mesma educação que eles<br />
tiveram, com todo amor e carinho que nós pregamos na Gurilândia. Por<br />
isso pensamos nessa nova e especial sede na Magalhães Neto”, diz<br />
Márcio Teixeira, também diretor.<br />
Márcio Teixeira, Tia Vera e Luciana<br />
Teixeira diretores da Gurilândia<br />
Agende uma visita através do site:<br />
gurilandia.com.br/agende-visita<br />
Unidade Federação: Avenida Cardeal da Silva nº 1451<br />
Unidade Magalhães Neto: Rua Marechal Andréa nº 364<br />
71 3015-6595<br />
escola@gurilândia.com.br<br />
14 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 15
Idioma<br />
A inFlux English School mostra sua metodologia inovadora que garante<br />
o domínio do inglês e espanhol em velocidade e eficiência máxima<br />
Larissa Faria e Yêda Nunes<br />
Divulgação<br />
Em um mundo cada vez mais conectado, o inglês e o espanhol se tornaram<br />
uma das mais importantes ferramentas para a comunicação em praticamente<br />
todos os tipos de atividade. Já que sabemos dessa exigência do mundo<br />
contemporâneo, quanto mais cedo o idioma fizer parte da vida das pessoas<br />
o aproveitamento será muito melhor. Por isso, famílias buscam que seus filhos<br />
desde muito cedo aprendam e frequentem cursos opostos ao turno da escola<br />
como mais uma maneira de aprendizado.<br />
Pensando nisso, com intuito de proporcionar esse momento de forma dinâmica<br />
e interativa, a inFlux English School iniciou em 2004 com uma metodologia<br />
inovadora, contando sempre com profissionais<br />
especializados no ensino desses dois idiomas.<br />
“Trabalhamos com uma abordagem dinâmica e comunicativa,<br />
e mais próxima da realidade e do dia a<br />
dia dos nossos alunos, sejam eles crianças, adolescentes<br />
ou adultos, além de trazer sentido para o<br />
aprender e a prática dos idiomas”, garante Evelyn<br />
Santana, gerente da unidade Vilas.<br />
Ensino inovador<br />
O método inFlux une duas das mais eficazes abordagens no ensino de línguas:<br />
a Abordagem Comunicativa e a Abordagem Lexical em que a comunicação e<br />
gramática são ensinadas de maneira integrada. A Abordagem Lexical, também<br />
conhecida como Lexical Approach, é um recurso novo, mas comumente usado<br />
em cursos de idiomas por ser um fator facilitador no aprendizado da gramática,<br />
tornando a aquisição da língua muito mais dinâmica, prática e significativa para<br />
o aluno. “A junção dessas duas abordagens resulta em um aprendizado sobre<br />
16 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
gramática, pronúncia e vocabulário<br />
de maneira integrada e dinâmica,<br />
onde o aluno aprende vivenciando<br />
situações reais do dia a dia”,<br />
explica Leonardo Copello, dono<br />
da unidade inFlux Rio Vermelho.<br />
Nessa perspectiva também<br />
entram os Chunks of Language, itens que fazem<br />
parte da base da Abordagem Lexical. Com eles,<br />
os alunos internalizam a gramática de uso e as<br />
frases e palavras comuns em determinadas situações,<br />
como gírias, ditados e também outras frases<br />
usadas para fins comunicativos. “Os aprendizes se<br />
comunicam durante as aulas como um estrangeiro<br />
de forma natural, fazendo o uso de termos que os<br />
próprios nativos falam. É dessa forma que ensinamos<br />
e praticamos, vivenciando essas<br />
combinações de forma natural e divertida”,<br />
conclui Julia Chau, proprietária<br />
há 12 anos da unidade Pituba.<br />
Patrícia Cerqueira, franqueada da<br />
unidade Graça, também enfatiza que<br />
o método inFlux foi criado a partir de<br />
modernas abordagens de ensino, e<br />
que o aluno é estimulado a todo momento<br />
a aprender combinações de palavras mais<br />
comuns utilizadas pelos nativos. “O resultado obtido<br />
pelo aluno é o domínio do inglês em tempo reduzido<br />
e eficaz”, conclui.<br />
Garantia de 2 anos e meio<br />
Com base na necessidade que o brasileiro tem<br />
em aprender inglês ou espanhol como segunda<br />
Cursos Top Five<br />
Domínio do inglês em 2 anos e meio<br />
De 10 a 12 anos – Ideal para pré-adolescentes<br />
De 6 a 9 anos – Inglês divertido e interativo<br />
De 13 a 17 anos – domínio do inglês<br />
em 2 anos e meio<br />
língua, foi que a inFlux<br />
concebeu seu grande diferencial<br />
na aplicação da<br />
metodologia: a garantia<br />
da fluência do idioma em apenas<br />
2 anos e meio.<br />
Método Influx também para<br />
aprender espanhol<br />
Isso confirma o resultado esperado<br />
de que, direcionando<br />
constantemente a atenção do<br />
aluno para o aprendizado dos<br />
chunks através do método in-<br />
Flux, ele acaba desenvolvendo<br />
naturalmente a sua habilidade de<br />
“pensar em inglês”. Seu foco estará<br />
sempre em aprender como<br />
se comunicar sem precisar gravar<br />
regras e termos técnicos que,<br />
muitas vezes, acabam complicando<br />
mais do que ajudando.<br />
Para que essa promessa fique<br />
firmada, a inFlux possui o Compromisso<br />
de Aprendizado, uma<br />
garantia assinada em contrato<br />
relativo a esse tempo. Esse resultado<br />
é comprovado pelo TO-<br />
EIC (Test of English for International<br />
Communication), um dos<br />
exames mais reconhecidos no<br />
mundo que mede a proficiência<br />
em inglês. Além disso, esse é<br />
um certificado de renome para a<br />
carreira profissional e acadêmica<br />
em todo o mundo.<br />
Quer saber mais sobre<br />
o método? Acesse o QR-<br />
Code e assista ao vídeo<br />
e conheça a inFlux.<br />
Unidade Pituba<br />
71 3351-6051 @influxsalvadorpituba<br />
Unidade Rio Vermelho<br />
71 2137-0116 @influxsalvador.riovermelho<br />
Unidade Graça<br />
71 2137-9100 @influxsalvadorgraca<br />
Unidade Vilas<br />
71 3289-3717 influxvilas<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 17
Um lugar planejado para<br />
Cultivar, cativar. A LUDIC surge como resposta<br />
à inquietação de pesquisadores e educadores<br />
diante dos desafios da educação de crianças<br />
em um mundo em constante mudanças,<br />
imprevisível e incerto. De que forma a educação<br />
escolar pode contribuir para que as crianças<br />
desenvolvam as competências necessárias para<br />
o século XXI?<br />
Como deve ser o projeto educacional de uma<br />
escola que pretenda preparar as crianças para<br />
que se tornem adultos capazes de desenvolver<br />
seu projeto pessoal, social e profissional num<br />
mundo que muda constantemente em ritmo<br />
acelerado?<br />
Foi em busca de respostas para essas<br />
questões que nos aprofundamos no estudo de<br />
práticas que vêm oferecendo possibilidades e<br />
caminhos para que possamos construir nosso<br />
projeto pedagógico.<br />
18 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
encantar...<br />
O projeto de educação que propomos é reflexivo:<br />
repensa-se e reconstrói-se constantemente. Nosso<br />
compromisso está em interpretar o presente e criar uma<br />
metodologia que se responsabilize com esse presente<br />
e com a preparação acadêmica, social e emocional<br />
das crianças para que sejam adultos saudáveis, felizes<br />
e donos de seus projetos de vida no futuro.<br />
Equilíbrio entre excelência acadêmica, habilidades<br />
de vida e cidadania global. Nós somos a ESCOLA<br />
LUDIC, uma instituição educacional que já nasceu com<br />
uma larga experiência e sólido compromisso com uma<br />
educação inovadora e de qualidade.<br />
Silvana Almeida<br />
DIRETORA PEDAGÓGICA.<br />
Do infantil<br />
ao 5ºano.<br />
Av. Octávio Mangabeira, 4329<br />
Armação. Ao lado do Walmart.<br />
99408.8818<br />
escolaludic.com.br<br />
Arthur de Macedo - Aluno do G5<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 19
Vacinação<br />
Saúde<br />
nas escolas<br />
O Laboratório LPC alerta como a parceria entre<br />
especialistas e instituições de ensino pode gerar uma<br />
qualidade de vida melhor para toda a comunidade escolar<br />
Yêda Nunes e Larissa Faria Divulgação<br />
Você já ouviu falar em medicina<br />
preventiva? Ela é especializada<br />
na promoção de saúde<br />
e prevenção de doenças,<br />
afim de melhorar a qualidade de<br />
vida dos indivíduos. Essa área<br />
da medicina contempla ações<br />
e campanhas de prevenção de<br />
doenças e suas complicações.<br />
E nesse contexto entram os exames<br />
periódicos e a vacinação,<br />
que são extremamente importantes.<br />
A escola possui um papel fundamental<br />
nesse quesito, pois é importante<br />
ensinar as crianças e adolescentes<br />
a relevância de ações<br />
preventivas e suas consequências<br />
benéficas. Por isso campanhas<br />
escolares vêm se tornando, cada<br />
vez, mais populares e imprescindíveis<br />
para o ambiente escolar, proporcionando<br />
um momento onde<br />
pais podem também esclarecer<br />
suas dúvidas a respeito da vacinação<br />
infantil e cuidados com a<br />
saúde.<br />
“Nesse período de pandemia<br />
foi preciso ficar em casa e por<br />
isso muitas consultas, vacinas<br />
e exames ficaram em segundo<br />
plano. Então, agora mais do que<br />
nunca, é importante ir retomando<br />
e, no caso das vacinas, atualizar<br />
tudo que estiver em atraso”,<br />
alerta Daniela Lima, pediatra<br />
com especialização em patologia<br />
clínica e Diretora Médica<br />
do Laboratório LPC. Da mesma<br />
forma que os exames periódicos<br />
precisam ser realizados, a vacinação<br />
também tem um papel muito<br />
importante na prevenção. Ela é<br />
uma grande aliada para garantir<br />
nossa saúde, estimulando nosso<br />
organismo a produzir defesas a<br />
fim de nos proteger contra<br />
diversas doenças. “Escolher<br />
não se vacinar é se<br />
permitir estar suscetível<br />
a muitas doenças. E isso<br />
é um perigo não só para<br />
o indivíduo como também<br />
para toda a comunidade”, completa<br />
a especialista Daniela Lima.<br />
MAPEANDO A SAÚDE<br />
Um dos momentos mais esperados no pós-pandemia<br />
é a volta às aulas presenciais. Apesar da ansiedade<br />
e grande expectativa de ressocialização,<br />
há também o agravante da abertura de uma porta<br />
para a transmissão de doenças, por isso esse é o<br />
momento ideal para a atualização da caderneta vacinal<br />
de crianças e adolescentes. Pensando nisso, o<br />
Laboratório LPC trabalha lado a lado com as famílias<br />
e instituições de educação para oferecer uma orientação<br />
especializada. “Existe uma exigência para que<br />
a criança esteja na escola com a caderneta em dia,<br />
mas é preciso avaliar esta caderneta, e a escola não<br />
20 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
possui esse conhecimento. Pensando nisso, damos<br />
orientação sobre a atualização da caderneta vacinal,<br />
levamos as vacinas para o ambiente escolar ou<br />
oferecemos benefícios para as famílias das escolas<br />
parceiras. Não é apenas a vacina, mas uma orientação<br />
adequada para pais, alunos e funcionários da<br />
escola”, conta Dra. Daniela Lima.<br />
ESCOLA PARCEIRA<br />
O Colégio Perfil é um exemplo de instituição<br />
parceira. Eles firmaram a parceria com o propósito<br />
educativo para alunos, funcionários e famílias, de-<br />
RETORNO ÀS AULAS EM SUA ESCOLA COM SEGURANÇA!<br />
“A retomada das aulas presenciais pressupõe um cuidado<br />
ainda maior com a saúde de alunos e funcionários. Portanto<br />
é fundamental estar com as vacinas em dia, realizar exames<br />
periódicos e monitorar qualquer sinal ou sintoma de doenças.<br />
O monitoramento com exames sorológicos para Covid-19<br />
assim como a atuação rápida para a detecção precoce de qualquer<br />
doença infecciosa é muito importante nesse momento<br />
de muitas incertezas e inseguranças. Enquanto não tivermos<br />
uma vacinação ampla e eficaz para o SarsCov-2, é importante<br />
estarmos atentos para garantir um retorno às aulas com mais<br />
tranquilidade”, alerta a pediatra Daniela Lima.<br />
VANTAGENS PARA SUA ESCOLA<br />
>> Desconto em exames e vacinas para alunos,<br />
familiares e colaboradores<br />
>> Diversos tipos de testes para Covid-19<br />
>> Orientação para a<br />
comunidade escolar<br />
>> Exames laboratoriais e mapeamento do<br />
cenário sorológico da escola<br />
monstrando preocupação<br />
com a educação dentro<br />
e fora das salas de aula<br />
em campanhas e projetos<br />
com o Laboratório LPC,<br />
onde profissionais alertam<br />
sobre a importância da vacinação<br />
e reforçam a importância da<br />
saúde na escola. “Nesse período de pandemia<br />
estamos com um protocolo de higiene mais<br />
rígido, consultado por um pediatra, um infectologista<br />
e um pneumologista. Nossa parceria com o<br />
LPC oferece um respaldo para um trabalho bem<br />
executado, além de preços mais benéficos para<br />
consultas e exames de alunos e funcionários”,<br />
conta Wilson Adbon, diretor do Colégio Perfil.<br />
FALA MAMÃE!<br />
“Desde a nossa primeira filha que somos<br />
clientes do Laboratório LPC na realização de<br />
exames e vacinas. Com a pandemia, a possibilidade<br />
de realizar exames e, principalmente, as vacinas em<br />
domicílio nesses primeiros meses do bebê foi um alento.<br />
Fechamos um pacote que já garantiu o acesso a todas as<br />
vacinas do primeiro ano de vida sem medo de faltas em cada<br />
período. As técnicas são excelentes, competentes, carinhosas<br />
e me deixaram muito tranquila, segura, usando todos os<br />
equipamentos de segurança. Só temos que agradecer todo o<br />
profissionalismo, segurança e carinho que recebemos todos<br />
esses anos da equipe LPC”, Juliana Karaoglan.<br />
Quer levar o laboratório LPC para sua<br />
escola? Aponte a câmera do seu celular para<br />
o código QR Code e tire suas dúvidas!<br />
www.laboratoriolpc.com.br<br />
71 2203-9955<br />
@laboratoriolpc<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 21
<strong>Educar</strong> com afeto<br />
Na teoria construtivista há mais interação, os relacionamentos são<br />
significativos, há menos ruídos na comunicação e a experiência é<br />
muito afetiva. Além disso, o professor consegue acompanhar com<br />
melhores condições o desenvolvimento de cada aluno<br />
Joyce de Souza<br />
Divulgação<br />
Sempre busquei no Ensino<br />
“<br />
Infantil muito mais do que<br />
uma alternativa onde minhas<br />
filhas pudessem ficar, mas<br />
sim uma real oportunidade de<br />
desenvolvimento com amorosidade”,<br />
conta a dentista Flávia<br />
Meira, mãe das pequenas Maria<br />
Luiza e Maria Fernanda, de 4 e<br />
2 anos respectivamente. “Encontrei<br />
muitas semelhanças nas<br />
metodologias pedagógicas de<br />
várias escolas, o que acabou me<br />
levando a optar por aquela que<br />
me causou uma maior sensação<br />
de segurança e cuidado com os<br />
meus filhos”, diz a lojista Fabiana<br />
Senna, mãe de Felipe e Alexandre,<br />
de 8 e 4 anos.<br />
Os depoimentos de Flávia e<br />
Fabiana refletem as expectativas<br />
das famílias da sociedade contemporânea<br />
em relação à Educação<br />
Infantil. Como ao longo<br />
dos últimos anos, as escolas, de<br />
modo geral, têm buscado atender<br />
os pré-requisitos pedagógicos<br />
previstos pela Base Nacional<br />
22 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Comum Curricular (BNCC). Os fatores<br />
socioemocionais passaram<br />
a ser, cada vez, mais decisivos na<br />
escolha da primeira escola pelas<br />
famílias, indo bem além de apenas<br />
um local para deixar as crianças<br />
brincarem enquanto as famílias<br />
vão para o trabalho.<br />
É o que revelam os 27 anos de<br />
experiência da Escola Brincando<br />
e Construindo. O acolhimento<br />
especial à criança e a todos os<br />
familiares, com os quais os pequenos<br />
se relacionam, tornou-se<br />
um diferencial para a escola. Especializada<br />
na educação para a<br />
faixa etária de 1 a 6 anos (Ensino<br />
Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental<br />
1), a Brincando, como é<br />
carinhosamente apelidada pela<br />
comunidade educativa, passou a<br />
ser referência por estar sempre<br />
se superando na proposta que<br />
une qualidade pedagógica à segurança<br />
dos pequenos.<br />
Momento especial<br />
Todo trabalho educacional da escola<br />
está centrado na compreensão<br />
dos aspectos emocionais envolvidos<br />
no processo da escolha<br />
da primeira escola. O momento<br />
especial representa a primeira<br />
grande conquista de autonomia<br />
da criança, até então exclusivamente<br />
sob a proteção da família,<br />
envolvendo ainda a grande<br />
responsabilidade da decisão pelos<br />
pais e responsáveis. É o que<br />
explica a pedagoga Ana Tereza<br />
Barretto, diretora e fundadora da<br />
Brincando e Construindo.<br />
‘É por isso que, do porteiro à<br />
direção, todos nós fazemos questão<br />
de acolher bem as crianças e<br />
familiares, conhecendo-os pelo<br />
nome e não apenas como ‘pai’ e<br />
‘mãe’ simplesmente, valorizando,<br />
assim também, a identidade e<br />
vivências pessoais de cada aluno<br />
no seu contexto familiar’’’, diz<br />
Têca, como a diretora é chamada<br />
por todos, o que também revela<br />
a relação de proximidade<br />
com as famílias.<br />
Espaço acolhedor<br />
A escola não abre mão<br />
de algumas condições de<br />
qualidade e conforto para as<br />
crianças. Têca conta com muito<br />
carinho que as salas de aula são<br />
especialmente decoradas e têm,<br />
no máximo, 15 alunos. Ela ainda explica<br />
que a proposta pedagógica,<br />
por sua vez, busca associar, como<br />
o próprio nome da escola mesmo<br />
já diz, as necessidades de brincadeira<br />
da infância à construção de<br />
novos conhecimentos e valores,<br />
Bases sólidas para o futuro<br />
O acolhimento personalizado ao aluno e à<br />
família é um marco, mas não é o único diferencial<br />
da Brincando e Construindo em 27 anos de<br />
história. Além de uma estrutura especialmente<br />
projetada para atender as crianças com salas<br />
amplas, laboratório de informática, ateliê de<br />
atividades, biblioteca, quadras poliesportivas,<br />
parquinhos de areia (coberto e de<br />
bambu), horta etc., o projeto pedagógico prima<br />
pela educação de qualidade, preparando,<br />
gradativamente, o aluno para novos desafios<br />
em etapas futuras da vida escolar, “inclusive a<br />
partir de convênios com grandes colégios que<br />
também são referência de qualidade de<br />
ensino em Salvador”, explica a<br />
diretora Ana Tereza.<br />
A proposta educativa<br />
da escola busca valorizar<br />
as múltiplas potencialidades<br />
de aprendizado<br />
em cada disciplina,<br />
bem como nas relações<br />
da criança no dia a dia<br />
da escola e com a família,<br />
como ressalta a coordenadora<br />
pedagógica Manuela Lago. “Com a proposta<br />
construtivista, as crianças são estimuladas a<br />
descobrirem novos conhecimentos a partir<br />
do que já sabem de vivências pessoais e<br />
coletivas”, diz. Ela destaca ainda a importância<br />
dada pela escola à formação da equipe de<br />
professores e demais colaboradores.<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 23
<strong>Educar</strong> com afeto<br />
E mais...<br />
>> Projeto Metalofone<br />
Feito em lâminas de metal<br />
com teclas dispostas como em<br />
um piano e baquetas com cabeças<br />
arredondadas, o instrumento desperta o<br />
interesse musical de crianças de todas as idades.<br />
As atividades do projeto promovem habilidades<br />
diversas, como coordenação motora fina, concentração,<br />
noções sobre notas musicais, entre outras.<br />
>> Super Sexta<br />
A Brincando e Construindo oferece<br />
atividades em turno integral. A programação<br />
especial no contraturno<br />
das aulas regulares, como oficinas<br />
de circo, yoga, artes e brincadeiras,<br />
assegura o sucesso de outro projeto da<br />
escola: a Super Sexta, uma oportunidade para que<br />
todos os alunos possam aproveitar as atividades do<br />
Integral nas tardes de sexta-feira. Isso mesmo: um<br />
“sextou” especial para a garotada!<br />
>> Bilíngue e cursos extras<br />
O programa prevê, pelo menos,<br />
uma hora por dia de aprendizagem<br />
da língua inglesa como<br />
parte do projeto pedagógico<br />
interdisciplinar. A escola ainda<br />
oferece horários ampliados, após o turno regular,<br />
para a prática de capoeira, futsal, ginástica rítmica,<br />
ballet e teatro.<br />
essenciais na sociedade contemporânea.<br />
“Contamos muito com a<br />
parceria dos pais, até mesmo no<br />
opinário que sempre fazemos ao<br />
final de cada ano letivo, visando o<br />
planejamento de novos avanços”,<br />
completa a diretora.<br />
As mães, Flávia e Fabiana, encontraram<br />
na Brincando e Construindo<br />
a superação das expectativas<br />
iniciais na escolha da primeira<br />
escola para os filhos. “A escola nos<br />
oferece uma relação tão próxima e<br />
acolhedora que a sentimos como<br />
uma extensão da nossa casa”, revela<br />
Flávia. “Meu filho mais velho<br />
estudou todo o ciclo na Brincando<br />
e não pensei duas vezes em matricular<br />
o meu caçula, justamente por<br />
conta de toda atenção especial<br />
dada aos alunos e suas famílias”,<br />
conclui Fabiana.<br />
Pandemia<br />
A relação de proximidade também<br />
fez a diferença para o sucesso<br />
da parceria família-escola em<br />
tempos de pandemia: “Conhecíamos<br />
cada pai, cada mãe, e pudemos,<br />
assim, melhor assisti-los<br />
em um momento tão desafiador<br />
para todos, ressaltando a importância<br />
de se buscar promover<br />
o aprendizado e, sobretudo, o<br />
vínculo com a rotina escolar”,<br />
conta a diretora Têca. A escola<br />
fez questão de buscar uma consultoria<br />
especializada de seis<br />
infectologistas para a ampliação<br />
dos protocolos de segurança e<br />
emissão de certificação de adoção<br />
de medidas de proteção<br />
contra a covid-19.<br />
Alameda Pádua, 138, Pituba.<br />
71 3355- 4440/ 71 3015- 0194<br />
brincandoeconstruindo.provisorio.ws<br />
contato@brincandoeconstruindo.com.br<br />
@brincandoeconstruindo<br />
Acesse ao QR-Code e<br />
saiba mais sobre a Escola<br />
Brincando e Construindo.<br />
24 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 25
Especialista<br />
// por Alessandro Marimpietri<br />
foto divulgação<br />
*Alessandro Marimpietri é<br />
pai do Lucca, sócio fundador<br />
da Desenvolver: Psicologia e<br />
Educação, psicólogo formado pela<br />
Universidade Federal da Bahia<br />
(UFBA), neuropsicólogo pela<br />
Universidade de São Paulo (USP),<br />
doutor em ciências da educação<br />
pela Universidad Nacional de<br />
Cuyo (UNCUYO) na Argentina,<br />
palestrante e consultor em<br />
instituições pelo Brasil.<br />
Não tem nada que doa mais nos pais contemporâneos do que<br />
dar limite. Com a chegada da pandemia, esse tema ganha<br />
contornos de urgência ainda mais significativos, porque estamos<br />
dentro de casa com nossos filhos quase o tempo inteiro, e o<br />
manejo dessa relação tem sido muito difícil<br />
Ficamos com uma confusão muito grande sem conseguir entender<br />
o que é autoridade e o que é comportamento autoritário. A autoridade<br />
é um pacto forte, o suficiente para estabelecer funcionamentos<br />
sem precisar de excesso de força para fazer o outro cumprir<br />
aquilo que foi determinado. Já no autoritarismo há uma força vertical<br />
que não se reconhece no outro, alguém capaz de contribuir na relação.<br />
Isso para pais e filhos é muito perigoso.<br />
Quando digo ao meu filho que existem coisas inegociáveis e que<br />
não dá para viver de sobremesa sem almoçar, de alegrias sem dever,<br />
eu estou dizendo que para existir no coletivo eu preciso abrir mão<br />
da minha plenitude absoluta enquanto sujeito. O que você faz na sua<br />
casa, afeta o que faço na minha, e o que faço na minha afeta na sua,<br />
no nosso bairro, na nossa cidade, em última instância no planeta. Então<br />
é muito importante entender que as nossas escolhas extrapolam<br />
os muros de casa e invadem.<br />
E aí faz como? Como dar limite? A primeira coisa é não responder<br />
a essa pergunta. Porque se eu respondo, eu estou retirando de você<br />
a capacidade crítica de criar a sua própria maneira de construir a relação<br />
com o seu filho com algum limite. Não há fórmulas, agora há<br />
referências que foram testadas e que vimos que funciona.<br />
Os pais contemporâneos têm uma dificuldade muito grande em<br />
dar limite porque não suportam o luto do crescimento dos filhos. Em<br />
geral, tentam manter posições de gestão incongruentes com o seu<br />
desenvolvimento, ou seja, terminamos limitando coisas que não deveriam<br />
ser limitadas e deixando de limitar outras que deveria haver<br />
uma interdição .<br />
Qual o resumo da ópera?<br />
Nós vamos amar e poder ser amados. Nós temos que autorizar os<br />
nossos filhos a ir, mas temos que limitar também. Pais que entendem<br />
o limite como sinônimo de amor, cuidado e proteção ajudam enormemente<br />
os filhos a se desenvolverem melhor. Seguramente, se formos<br />
pais mais comprometidos com uma criação não<br />
violenta, mais respeitosa porém firme, que proteja<br />
os nossos filhos e tendo o limite como uma prova<br />
de amor, teremos crianças que vão se desenvolver<br />
com mais saúde e teremos encontros sociais mais<br />
saudáveis, democráticos, críticos e produtores de<br />
mais gente fina, elegante e sincera.<br />
Lançamento!<br />
Escrito a partir da experiência<br />
de cumplicidade e afeto na<br />
relação do autor Alessandro<br />
Marimpietri e seu filho Lucca,<br />
este livro lança luz sobre o relacionamento<br />
dos pais com os<br />
seus filhos, permitindo a ambos o crescimento e uma<br />
compreensão profunda da vida e de seus significados<br />
simbólicos. O livro Quando somos um só encanta<br />
pessoas de todas as idades e enaltece a vivência da<br />
paternidade e a potência do amor como chance de<br />
reinvenção da vida.<br />
Autor: Alessando Marimpietri<br />
Ilustrador: Esteban Vivaldi<br />
Editora: Solisluna<br />
Aponte a câmera do seu celular<br />
para o código QR Code e assista<br />
a live completa sobre limites.<br />
@desenvolverbahia<br />
@alessandromarimpietri<br />
71 3354-1424/ 99669-1424<br />
26 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 27
Ensinando a Crescer<br />
Brincando, criando e aprendendo: na escola Recanto de Viver o<br />
brincar é visto como linguagem única, e assim as crianças aprendem<br />
sobre o mundo, usando a imaginação e desenvolvendo a criatividade<br />
Yêda Nunes e Larissa Farias<br />
Divulgação<br />
Você conhece a metodologia sociointeracionista? Ela é uma teoria<br />
de aprendizagem com foco na interação. Nessa metodologia, o<br />
aprendizado ocorre em contextos históricos, sociais e culturais.<br />
Em sua abordagem pedagógica, a vivência em sociedade e experiências<br />
cotidianas são essenciais para o desenvolvimento da criança.<br />
Seguindo essa proposta, a Recanto de Viver valoriza uma formação<br />
integral, onde a criança é protagonista das suas experiências cotidianas,<br />
incentivando a curiosidade, o brincar e a sede por conhecimento.<br />
O momento da brincadeira, por exemplo, é um lugar muito importante<br />
para relações sociais e desenvolvimento da autonomia dos pequenos.<br />
Muitas vezes achamos que brincadeira é apenas entretenimento,<br />
mas através desse processo a criança cria noção de espaço, aprende<br />
regras e testa suas habilidades físicas. “A brincadeira ocorre na interação<br />
da criança com o outro e com o mundo. Então é fundamental a<br />
ação intencional do professor nesse meio, planejando e organizando<br />
sistematicamente as propostas por meio de estratégias que<br />
respeitem a criança e sua infância, e que ampliem suas vivências<br />
e experiências”, conta Valéria Escariz, diretora<br />
da escola Recanto de Viver.<br />
Foco na alimentação saudável<br />
Outro grande diferencial da Recanto de Viver é a opção<br />
de refeição para os alunos. Apresentar às crianças<br />
de maneira lúdica as cores, sabores, odores, no<br />
preparo das receitas contribui não só para a satisfação<br />
das necessidades nutricionais, como, também,<br />
as emocionais que envolvem o processo alimentar.<br />
Uma dieta equilibrada e bem planejada beneficia as<br />
crianças e dá a elas a força e o vigor para brincar,<br />
aprender e se divertir. Além de desenvolver, a autonomia,<br />
pois estimula as crianças a aprenderem desde<br />
cedo a consumir alimentos saudáveis.<br />
“Elas organizam-se para se dirigir ao refeitório,<br />
arrumam os espaços e materiais utilizados com incentivos<br />
das professoras e dos próprios colegas, e<br />
quando essa construção é fortalecida a colaboração<br />
e a organização são atitudes que elas desenvolvem<br />
naturalmente no coletivo e individualmente”, reforça<br />
Valéria Escariz. Além disso, é muito importante<br />
desenvolver o paladar nessa idade.<br />
Se hoje vemos adultos que não gostam<br />
muito de um prato saudável, com certeza<br />
não houve uma educação alimentar<br />
adequada na infância.<br />
“Não desperdiçar minutos preciosos<br />
para preparar a lancheira e, mais do que<br />
28 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
isso, ter a garantia de que seu filho<br />
está se alimentando de forma muito<br />
saudável é maravilhoso. A Recanto<br />
de Viver se preocupa muito em oferecer<br />
uma alimentação de qualidade para as<br />
crianças, e isso faz toda a diferença”, relata Ana<br />
Carla Calasans, mãe de Caio, aluno do quarto ano<br />
e admiradora da escola.<br />
É momento de experimentar!<br />
A construção de projetos pedagógicos é algo fundamental<br />
para instituições de ensino e através dessas<br />
dinâmicas a escola demonstra sua metodologia<br />
e maneira de educar. É por meio desses projetos<br />
também que a comunidade escolar pode trabalhar<br />
focando em responsabilidades pessoais e coletivas,<br />
passando os valores da escola e criando uma cultura<br />
coletivista. “A nossa metodologia se dá por meio de<br />
projetos interdisciplinares que contemplam os con-<br />
textos investigativos relacionados<br />
à vida cotidiana das crianças, a<br />
formação de valores bem como a<br />
sua cultura e a de outras comunidades”,<br />
fala Jacqueline Marques,<br />
coordenadora pedagógica da<br />
Recanto de Viver. Nesse<br />
sentido, a escola<br />
se apoia em campos<br />
de experiência,<br />
os pilares de<br />
toda a sua construção:<br />
conviver,<br />
brincar, participar,<br />
explorar, expressar e<br />
se conhecer.<br />
As crianças são convidadas<br />
no seu cotidiano a explorar os<br />
diferentes espaços e materiais<br />
que a escola dispõe bem como<br />
participar de múltiplas experiências<br />
sensoriais que favorecem o<br />
seu desenvolvimento físico, sua<br />
coordenação motora fina e ampla<br />
e a sua linguagem. A leitura<br />
coletiva de histórias de faz de<br />
conta também é muito bem explorada<br />
para que surjam brincadeiras<br />
criativas e espontâneas e<br />
a reprodução de papéis sociais<br />
e diálogos. “Os diálogos, o uso<br />
dos materiais e os espaços são<br />
provocativos de modo a explorar<br />
a capacidade resolutiva, investigativa<br />
das crianças, suas curiosidades,<br />
interesses e pensamentos<br />
criativo e crítico”, completa<br />
Jacqueline.<br />
Saiba mais...<br />
A escola atende<br />
(berçário à pré-escola)<br />
Possui área de<br />
aproximadamente<br />
Ambientes<br />
Programa<br />
com atividades<br />
pedagógicas<br />
com atendimento<br />
de emergência<br />
Atividades curriculares:<br />
Atividades dirigidas ao<br />
turno complementar<br />
Atividades<br />
extracurriculares:<br />
Novidade!<br />
Em 2<strong>02</strong>1 a escola terá o<br />
1º ano do fundamental<br />
Celebrando<br />
Anos<br />
Alameda das Framboesas, nº 182.<br />
Caminho das Árvores, Salvador<br />
71 3341-0586 / 3015-1952 / 99148-6264<br />
recantodeviver@recantodeviver.com.br<br />
@recantodeviver<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 29
CNA nas escolas<br />
Conheça o programa que torna mais completa a experiência com um<br />
novo idioma, consolidando o conceito de educação bilíngue<br />
Joseanne Guedes Andréa Cedraz<br />
Apenas 10,3% dos jovens sabem inglês e, apesar de enfeitar a maioria<br />
dos currículos, só 1% dos brasileiros realmente fala inglês fluente,<br />
segundo dados de uma pesquisa do British Council e do Instituto<br />
de Pesquisa Data Popular. O ensino da chamada “língua dos negócios”<br />
não é uma novidade nas escolas brasileiras, sejam elas públicas ou<br />
particulares, mas o baixo domínio do idioma – considerado fundamental<br />
para o desenvolvimento de uma carreira – tem impulsionado a procura<br />
por programas de ensino bilíngue que tornem cada vez mais completo<br />
o aprendizado.<br />
“Oferecer um ensino focado em trazer resultados e ao mesmo tempo<br />
relevante para o aluno é fundamental nesses tempos”, afirma André<br />
Nickhorn, gerente de parcerias educacionais do CNA, uma das mais<br />
tradicionais redes de escolas de idiomas do Brasil. A instituição auxilia<br />
escolas no processo de estruturação da educação<br />
bilíngue, através do programa CNA Na Escola.<br />
“O CNA tem propostas inovadoras e muitos<br />
recursos para transformar a experiência<br />
do aluno em aprendizado eficaz, criando<br />
vínculos verdadeiros e duradouros. Temos<br />
mais de 100 parcerias com colégios<br />
em todo o país com altos índices de satisfação<br />
das instituições, pais e alunos.”<br />
APRENDIZADO<br />
E DIVERSÃO<br />
Em uma parceria exclusiva do CNA com a<br />
Disney, todos os materiais para o público<br />
infantil de 3 a 10 anos estão repletos de<br />
figuras desse mundo encantado. O aluno<br />
vive uma verdadeira imersão no idioma<br />
através de atividades lúdicas, como<br />
contação de histórias, jogos, vídeos e<br />
músicas com inspiração nas histórias e<br />
ilustrações Disney. Ao explicar o vocabulário<br />
de animais em inglês, como “bear”<br />
(urso em inglês), o material usa a figura<br />
do Ursinho Pooh, tornando o aprendizado<br />
mais significativo e divertido.
Escola parceira<br />
O pioneiro entre essas<br />
parcerias de sucesso é o<br />
Colégio Sacramentinas,<br />
que há dois anos decidiu<br />
implantar o Programa Bilíngue.<br />
Ana Lúcia Amoedo, diretora<br />
pedagógica do Sacramentinas em Salvador, explica<br />
que há cerca de cinco anos a instituição disponibiliza<br />
a modalidade extracurricular. “Há dois anos, no<br />
entanto, percebemos que era preciso dar mais um<br />
passo e oferecer aos nossos alunos a oportunidade<br />
de fazer inglês de maneira mais efetiva”, afirma. “Estamos<br />
no início, mas já podemos comprovar grandes<br />
resultados. Temos alunos falando, fluentemente, o<br />
inglês e se oportunizando conectar com pessoas de<br />
diversas parte do mundo”, comemora.<br />
Quando o assunto é a aprendizagem da língua<br />
inglesa, muitos pais acabam delegando a missão<br />
somente aos professores. Porém, a experiência de<br />
Bernardo Moraes, de 8 anos, mostra o quanto é essencial<br />
observar como a criança está se apropriando<br />
do conteúdo. O aluno do Colégio Sacramentinas<br />
é acompanhado de perto pela mamãe Carla Luísa<br />
Moraes, pedagoga com 16 anos de atuação em<br />
sala de aula. Bernardo iniciou o estudo de idiomas<br />
quando ingressou no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, há dois anos.<br />
“Quando ele teve contato com o inglês, não se interessava muito, pois<br />
não conseguia compreender a metodologia do ensino da língua. No segundo<br />
ano, quando houve a parceria com o CNA, ele passou a se interessar<br />
mais e chegou a relatar que era a disciplina preferida dele”, conta.<br />
Para ela, a premissa de encantamento na aquisição do conhecimento<br />
deve estar ligada ao prazer da ludicidade. “O desenvolvimento psíquico<br />
da criança está diretamente ligado ao deleite de brincar, de se divertir<br />
e, consequentemente, aprender com fluidez”, explica a pedagoga.<br />
“Ele consegue fazer a relação da palavra com o objeto ou a situação.<br />
Ele leva o aprendizado do inglês como uma brincadeira e isso facilita<br />
o desejo de aprender mais. A própria metodologia utilizada pelo CNA<br />
favorece esse sentimento, pois parte da associação de palavras que<br />
estão relacionadas com o cotidiano da criança e vem aplicando a gramática<br />
normativa a esse conhecimento prévio construído, possibilitando<br />
a consolidação do aprendizado”, elogia a mãe.<br />
Modelo de sucesso<br />
Não é novidade que aulas muito voltadas para a gramática e aspectos<br />
pouco práticos tendem a não ser tão atraentes aos estudantes. Por<br />
isso, de acordo com o diretor franqueado Silvio Farias, o objetivo do<br />
CNA na Escola é atender às instituições de ensino com uma proposta<br />
personalizada e em consonância com as novas demandas educacionais.<br />
“As regras gramaticais e de ortografia são introduzidas de forma<br />
natural, garantindo fluência do aluno e deixando-o motivado”, ressalta.<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 31
CNA nas escolas<br />
O programa CNA na Escola oferece quatro modalidades<br />
para aulas dentro ou fora da grade curricular<br />
do colégio: a) Bilíngue, com aulas diárias; b) Curricular,<br />
com aulas duas vezes por semana; c) Integral,<br />
com aulas diárias para alunos em período integral; d) Extracurricular, com<br />
aulas ministradas no contraturno.<br />
O guia é uma produção do CNA para auxiliar<br />
na educação de estudantes com necessidades<br />
educacionais especiais. A rede reuniu as<br />
principais dúvidas levantadas por professores<br />
e diretores em relação à didática, comportamento e interação com os<br />
alunos com deficiência em sala, chamou especialistas e desenvolveu<br />
essa importante ferramenta no caminho da inclusão e acessibilidade.<br />
Potencializar a experiência do aluno é o objetivo do<br />
CNA 360, um conjunto de ferramentas que estimulam<br />
a aprendizagem com recursos tecnológicos,<br />
materiais atualizados e certificação internacional. O<br />
estudante pratica o idioma com aplicativos de realidade aumentada e atividades<br />
com QR Code. Além disso, ele tem acesso ao CNA Net, um portal com<br />
jogos Web Lessons, professor on-line, On-line Talk e outros recursos para<br />
consolidar o aprendizado.<br />
Quem também aprova o modelo adotado pelo<br />
CNA é a Irmã Fátima, diretora geral do Sacramentinas.<br />
“Somos uma escola de valores e o CNA<br />
complementa as Sacramentinas. Essa parceria tem<br />
dado muito certo. A gente vem adaptando o projeto,<br />
adequando à realidade das nossas famílias,<br />
fazendo ajustes com a coordenação pedagógica.<br />
Para isso contamos com Silvio”, avalia a gestora. “É<br />
gratificante ver a desenvoltura dos alunos”, conclui.<br />
“O projeto pedagógico do Sacramentinas é incrível.<br />
É uma das redes de ensino mais respeitadas<br />
do país e vem investindo em inovações<br />
para conectar seus alunos com o que<br />
há de mais moderno, sem perder<br />
suas raízes em valores humanos”,<br />
destaca Silvio Farias. O<br />
CNA atende cerca de 400<br />
mil alunos em todo o Brasil<br />
em mais de 600 escolas. A<br />
rede oferece a certificação<br />
internacional da Cambridge<br />
Assessment English, departamento<br />
da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e<br />
do SIELE (Instituto Cervantes) para o espanhol.<br />
Esse ano o CNA conquistou o título de Franqueador<br />
do Ano concedido pela Associação Brasileira<br />
de Franchising (ABF).<br />
Quer levar o CNA para a sua escola? Então<br />
aponte a câmera do seu celular para o código<br />
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Fale com o diretor/ franqueado Silvio Farias:<br />
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32 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 33
Papo de mãe<br />
// por Nine Lima<br />
foto divulgação<br />
*Nine Lima é autora do blog<br />
“Querida Mamãe”, administradora<br />
de empresas, servidora pública e mãe<br />
dos gêmeos Ricardo e Guilherme<br />
Não é novidade que a pandemia mudou<br />
nossa vida e o modo como enxergamos ela.<br />
Em períodos atípicos como esse na história,<br />
passamos a pensar mais sobre o futuro, e o<br />
que é o futuro se não a educação?<br />
Durante esse momento, a escola entrou em nossos lares e nós<br />
assumimos papéis até então desconhecidos. Foi um processo<br />
e uma imersão profunda na educação escolar dos nossos filhos,<br />
além do malabarismo para conciliar o home office improvisado,<br />
afazeres domésticos e cuidados com o isolamento social. Esse furacão<br />
de novidades aconteceu ao mesmo tempo e no mesmo ambiente.<br />
Foi um grande desafio para educadores, pais e alunos equilibrar essa<br />
relação triangular que foi posta à prova. Por aqui, meus filhos Guilherme<br />
e Ricardo estão no primeiro ano, antiga alfabetização, um ano marcante<br />
para o desenvolvimento da criança. Por esse motivo tivemos uma preocupação<br />
relativa às bases de conhecimento fundamentais que são a<br />
leitura e a escrita. E enquanto as aulas presenciais não são retomadas,<br />
nos perguntamos sobre os ganhos e perdas desse último ano. Sim.<br />
Tivemos ganhos. Além do aprendizado tecnológico, fundamental para<br />
os dias atuais, descobrimos o valor da convivência familiar, do senso de<br />
comunidade e coletivismo.<br />
Mas e o conteúdo? Temos como recuperar?<br />
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, no dia 6 de outubro,<br />
a fusão dos anos letivos de 2<strong>02</strong>0 e 2<strong>02</strong>1 nas redes de ensino da<br />
Educação Básica. Será permitido um reordenamento curricular do que<br />
restar do ano letivo de 2<strong>02</strong>0. Assim, o ano de 2<strong>02</strong>1 também poderá ser<br />
reprogramado, aumentando-se os dias de aula e a carga horária.<br />
Outra forma de recuperar o conteúdo é investir em aulas extracurriculares<br />
ou métodos alternativos de aprendizagem. O Kumon é um<br />
bom exemplo disso, método de ensino que não se prende à idade ou<br />
ano escolar, mas trabalha conteúdos de forma individualizada, além de<br />
apostar no autodidatismo dos alunos.<br />
Como aprendizado, levo comigo o lema: “A parceria é o caminho!”<br />
Como pais, precisamos ser também parceiros dos nossos filhos e entender<br />
que esse período difícil em que estamos,<br />
também irá reverberar lá na frente. É preciso ter calma<br />
para não fazer cobranças excessivas em relação<br />
ao conteúdo perdido.<br />
A volta às aulas será uma nova etapa e processo<br />
de retomada para os nossos filhos. Devemos<br />
entender a necessidade de sermos ponte, apoio<br />
e conexão!<br />
Tenho um recadinho pra<br />
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34 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
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Ensinando a Crescer<br />
// por Paulo Rocha<br />
foto divulgação<br />
*Professor Paulo Rocha é diretor<br />
geral do Colégio Integral<br />
Inovar em educação sempre foi um padrão do Colégio Integral há<br />
mais de 30 anos. Faz parte do nosso DNA essa conexão permanente<br />
com o futuro. É como se o porvir integrasse nossa rotina<br />
agir em prol de um mundo<br />
mais ético, mais justo e ambientalmente<br />
mais protegido,<br />
através do desenvolvimento<br />
de habilidades e competências<br />
que enfatizem a felicidade<br />
pessoal, o sucesso profissional<br />
e a responsabilidade socioambiental.<br />
Entendemos então que<br />
o caminho mais eficaz para se<br />
alcançar tal intento é através de<br />
uma pedagogia que compreenda<br />
e personifique o espírito desse<br />
novo amanhã. Como diz o nosso<br />
mentor, o professor Hélio Rocha,<br />
“a escola é uma anunciadora de<br />
alvoradas, uma comunicadora<br />
privilegiada do que virá”. Assim<br />
sendo, por convergirmos nossas<br />
ações nessa direção, o futuro da<br />
educação na Bahia sempre aportou<br />
primeiro no Integral.<br />
Aqui conhecemos cada um de<br />
nossos alunos e disponibilizamos<br />
para eles as melhores experiências<br />
de aprendizado adequadas<br />
às suas necessidades e possibilidades.<br />
Esse entendimento faz<br />
com que a nossa didática seja<br />
muito mais interessante e inspiradora,<br />
convertendo-se assim<br />
em resultados extremamente<br />
vitoriosos. E o ano de 2<strong>02</strong>0 chegou<br />
para as instituições de ensino<br />
como um enorme divisor de<br />
águas. No Integral, implantamos<br />
nosso projeto EAD, o InCasa, com<br />
enorme êxito. A razão desse sucesso<br />
se deu por já possuirmos<br />
toda uma estrutura tecnológica<br />
para a realização de um ensino<br />
híbrido de excelência.<br />
Tecnologia sempre presente<br />
Há muitos anos, quando nem se<br />
pensava em plataformas adaptativas<br />
ou ensino on-line, implantamos<br />
o nosso AVA – Ambiente<br />
Virtual de Aprendizagem. Com o<br />
tempo, evoluímos desenvolvendo<br />
uma plataforma digital onde<br />
professores têm autonomia e es-<br />
paço para darem prosseguimento ao processo de<br />
aprendizagem ativa dos alunos, ultrapassando as<br />
limitações de uma sala de aula. São inúmeros projetos<br />
e atividades desenvolvidos nesse ambiente.<br />
Professores transformaram-se em motivadores, direcionando<br />
e acompanhando a produção dos alunos.<br />
Os estudantes realizam exercícios, leem e assistem<br />
conteúdos extras que auxiliarão na ampliação de<br />
seus conhecimentos.<br />
Outra mudança inovadora foi a implantação das<br />
provas virtuais no calendário escolar desde o 2º<br />
ano do Ensino Fundamental. Essas avaliações são<br />
realizadas completamente no notebook. Anos após<br />
iniciarmos nossas avaliações 100% digitais, o Enem<br />
informou ter aderido a esse mesmo tipo de tecno-<br />
36 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
logia. E nesse ano, ao sermos surpreendidos pela<br />
pandemia, nossas avaliações digitais apenas foram<br />
transferidas dos notebooks do colégio para os computadores<br />
nas casas dos nossos alunos. A adaptação<br />
para a metodologia EAD na quarentena foi imediata,<br />
pois tanto nossos professores quanto nossos<br />
alunos já estavam completamente à vontade nesse<br />
processo. Todos tinham experiência com aulas on-line<br />
gravadas e ao vivo, atividades virtuais, acesso a<br />
conteúdos postados, trabalhos na rede, avaliações<br />
digitais, relatórios de desempenho e aprendizagem<br />
em tempo real.<br />
O que efetivamente impactou nossos meninos<br />
durante a quarentena foi a distância física imposta,<br />
impedindo a convivência de todos. Como o cuidado<br />
e acompanhamento personalizado dos alunos são<br />
diferenciais extremamente significativos da nossa<br />
instituição, buscamos amenizar essa ausência através<br />
de um contato diário e caloroso da equipe técnica<br />
pedagógica e dos professores com os nossos<br />
alunos e famílias. O projeto EAD do Integral ratificou<br />
nosso engajamento com a inovação, mostrando que<br />
estávamos prontos para o futuro e que, de fato, já<br />
vivenciávamos este futuro no nosso presente.<br />
O resultado<br />
Nossas Turmas Olímpicas de Ensino Médio são mais<br />
uma prova na nossa criatividade na educação. Com<br />
a globalização e o aumento da concorrência fazia-se<br />
necessário ampliar as possibilidades de escolhas de<br />
nossos estudantes para universidades localizadas<br />
em outros estados e até mesmo fora do Brasil. Pensando<br />
nisso, montamos um projeto de turmas de Ensino<br />
Médio preparatórias para o ingresso nos cursos<br />
e universidades mais concorridos do Brasil. Inicia-<br />
mos essa formação diferenciada<br />
desde a 1ª série do Ensino Médio<br />
com material e professores<br />
especializados na capacitação<br />
para o ingresso nessas instituições.<br />
Conseguimos, nos últimos<br />
anos, um resultado de aprovação<br />
espetacular nos cursos mais concorridos<br />
da USP, Unicamp, UFBa,<br />
Uneb, entre outros.<br />
Somado a isso, o Colégio Integral<br />
é uma grande família. Claro,<br />
somos de fato uma empresa familiar.<br />
Nascemos a partir do sonho<br />
de nossos pais que acreditavam<br />
numa educação integral e humanista.<br />
Recebemos deles a missão<br />
de continuar com esse legado e<br />
como filhos transformamos isso<br />
no nosso propósito de vida.<br />
Finalizando, transcrevo aqui<br />
algumas palavras de meu pai<br />
extremamente propícias para<br />
o momento:<br />
“A matéria-prima dos educadores<br />
são as novas gerações.<br />
Exatamente por isso o professor<br />
é um tangedor de cultura, um<br />
estimulador de vocações, um direcionador<br />
de destinos. Em qualquer<br />
idade, o educador jamais<br />
deve ser um homem de ontem<br />
com ideias de anteontem. Seria<br />
uma aberração. Os livros e suas<br />
doutrinas podem caducar. Os<br />
paradigmas científicos e os cânones<br />
filosóficos podem ser ultrapassados.<br />
O professor, porém,<br />
não tem esse direito. Ele nasce<br />
todos os dias tal como o sol em<br />
todas as madrugadas. As paisagens<br />
das margens passam, mas<br />
a correnteza do rio prossegue<br />
renovando-se. Não há profissão<br />
mais comprometida com o ritmo<br />
da vida social que o magistério.<br />
Em boa verdade, a escola deve<br />
ser sempre a locomotiva da sociedade.”<br />
Professor Hélio Rocha.<br />
É nisso que sempre acreditaremos!<br />
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celular para o código QR<br />
Code e conheça de perto a<br />
história de tradição e inovação<br />
do Colégio Integral!<br />
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<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 37
CAPA | Relatos da Pandemia<br />
EM MEIO A UM CENÁRIO DE DÚ-<br />
VIDAS, PROJEÇÕES E REPLANEJA-<br />
MENTOS EM DIVERSOS ASPECTOS,<br />
A ÚNICA CERTEZA É QUE A EDU-<br />
CAÇÃO NÃO SERÁ MAIS A MESMA<br />
APÓS A PANDEMIA DO NOVO CO-<br />
RONAVÍRUS. ENTREVISTAMOS ES-<br />
PECIALISTAS SOBRE A SITUAÇÃO<br />
EDUCACIONAL NA PANDEMIA E NO<br />
PÓS-PANDEMIA. VEJA O QUE DIZEM<br />
AS VOZES DA EDUCAÇÃO!<br />
Luciana Costa, Yêda Nunes e Larissa Farias<br />
Divulgação<br />
Oisolamento social trouxe<br />
a necessidade de reinventar<br />
possibilidades e<br />
solidificar a tecnologia<br />
para que a educação<br />
chegasse aos estudantes.<br />
Os professores tiveram de se reinventar<br />
de maneira muito rápida. A família está mais<br />
próxima dos alunos e das escolas estabelecendo<br />
uma comunicação mais direta. Diante<br />
disso, abriu-se uma série de discussões<br />
acerca das aulas on-line, saúde emocional,<br />
eficácia da aprendizagem – principalmente<br />
da Educação Infantil –, consequências<br />
do prolongamento da suspensão das aulas,<br />
problemas oriundos da volta às aulas<br />
e tantas outras pautas que estão intimamente<br />
interligadas a um novo panorama que está se<br />
desdobrando em consequência da covid-19.<br />
38 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
De acordo com o relatório Education<br />
at a Glance da Organização<br />
para a Cooperação e Desenvolvimento<br />
Econômico (OCDE), que<br />
reúne estatísticas educacionais do<br />
Brasil e mais de 40 países, no âmbito<br />
do Programa de Indicadores<br />
dos Sistemas Educacionais (INES),<br />
mesmo sem haver um retorno generalizado<br />
de aulas no Brasil, o<br />
tempo de fechamento de escolas<br />
já é maior do que na média dos<br />
países ricos. Em média, os países<br />
da OCDE haviam mantido suas escolas<br />
fechadas por 14 semanas até<br />
o fim de junho e no Brasil foram<br />
mais de 30 semanas até a presente<br />
data. Sabemos que a pandemia<br />
trouxe novas necessidades, além<br />
de amplificar as que já existiam no<br />
ambiente escolar. Dessa forma,<br />
gestores, especialistas e representantes<br />
do setor articulam possíveis<br />
caminhos para essa nova era.<br />
CRIANÇAS MAIS ANSIOSAS<br />
Assim como os adultos, as crianças<br />
tiveram que se adaptar a um novo<br />
mundo após o início da pandemia.<br />
De repente, surgiu uma nova rotina<br />
para elas, e algumas ainda tiveram<br />
que lidar com o luto em decorrência<br />
da perda de familiares. Todas<br />
essas mudanças estressantes geraram<br />
diversos impactos psicológicos<br />
nos pequenos, afinal se as<br />
mudanças provocadas pela covid-19<br />
impactaram na saúde mental<br />
dos adultos, por que seria diferente<br />
com as crianças? Para a pequena<br />
Mariana Regueira (@regueiramariana),<br />
de 10 anos, estudar<br />
virtualmente foi um grande<br />
desafio. “Senti muita saudade<br />
dos meus amigos, fiquei<br />
triste em vários momentos<br />
mas aprendi coisas<br />
bem legais também,<br />
como usar o chat nas<br />
aulas virtuais. Assim eu<br />
conseguia tirar dúvidas<br />
no meio da aula com a<br />
minha pró e conversar<br />
com os meus colegas”,<br />
conta Mari, estudante<br />
do 4ª ano do Salesiano<br />
Dom Bosco.<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 39
CAPA | Relatos da Pandemia<br />
“A EDUCAÇÃO PÓS-<br />
PANDEMIA, MAIS DO<br />
QUE ANTES, NOS<br />
CONVIDARÁ AO<br />
ACOLHIMENTO E AO<br />
EXERCÍCIO DA EMPATIA,<br />
ESTABELECENDO<br />
VÍNCULOS QUE<br />
POTENCIALIZAM O<br />
APRENDIZADO”<br />
Rita de Cássia de Andrade Alves,<br />
gestora da Escola Lápis de Cor<br />
9%<br />
das crianças<br />
apresentaram<br />
níveis clínicos de<br />
ansiedade e 12%<br />
de depressão<br />
Um estudo realizado pela<br />
Universidade de São Paulo (USP)<br />
com mais de nove mil participantes<br />
está monitorando a saúde<br />
mental de crianças e adolescentes<br />
em todo o país. O levantamento<br />
aponta que<br />
9% das crianças<br />
apresentaram níveis<br />
clínicos de<br />
ansiedade e 12%<br />
de depressão.<br />
“O estado de crise<br />
nos colocou<br />
diante de conflitos<br />
e das nossas próprias<br />
emoções, evidenciando a<br />
necessidade de uma educação<br />
integral que desenvolva corpo,<br />
mente e emoções. A educação<br />
pós-pandemia, mais do que<br />
antes, nos convidará ao acolhimento<br />
e ao exercício da em-<br />
patia, estabelecendo<br />
vínculos que potencializam<br />
o aprendizado”,<br />
afirmou a gestora da<br />
Escola Lápis de Cor,<br />
Rita de Cássia de<br />
Andrade Alves.<br />
Para muitas crianças<br />
e famílias, a escola é uma importante<br />
rede de apoio. Com<br />
a pandemia, no entanto, elas se<br />
viram afastadas desse local de<br />
ensino, socialização e, muitas vezes,<br />
símbolo de afeto e cuidado,<br />
não podendo mais ter contato<br />
direto com professores e colegas.<br />
Todas essas experiências<br />
exigem uma adaptação e compreensão<br />
da mudança de rotina.<br />
“Num mundo acelerado com in-<br />
formações dinâmicas e de fácil acesso,<br />
percebemos a necessidade de apoio<br />
às crianças no desenvolvimento de<br />
competências e habilidades socioemocionais,<br />
como cooperação, empatia,<br />
resiliência, pensamento crítico e reflexivo<br />
– habilidades fundamentais ao<br />
ser, conviver e transformar”, destacou a<br />
diretora da Escola Pindorama, Nick Valadares.<br />
“PERCEBEMOS A NECESSIDADE<br />
DE APOIO ÀS CRIANÇAS NO DE-<br />
SENVOLVIMENTO DE COMPETÊN-<br />
CIAS E HABILIDADES SOCIOEMO-<br />
CIONAIS, COMO COOPERAÇÃO,<br />
EMPATIA, RESILIÊNCIA, PENSA-<br />
MENTO CRÍTICO E REFLEXIVO”<br />
Nick Valadares, diretora da Escola Pindorama<br />
40 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
ACELERAÇÃO TECNOLÓGICA<br />
Se a educação já passava por uma transformação<br />
com as tecnologias, esse processo foi impulsionado<br />
de vez pela pandemia da covid-19.<br />
Na opinião da diretora da Escola Concept,<br />
Nadja Valente, ficou evidente a necessidade<br />
da fluência digital no processo<br />
do ensino e a urgência do mercado<br />
em dispor de profissionais adaptáveis<br />
e disponíveis para mudanças.<br />
“Os estudantes também estão se<br />
adaptando cada vez mais ao ambiente<br />
digital, e cada vez mais sendo<br />
protagonistas no seu processo de<br />
aprendizagem”, conclui Nadja.<br />
“O MOMENTO DO<br />
INTERVALO É MUI-<br />
TO LEGAL. EU ME<br />
COMUNICO COM<br />
MEUS COLEGAS E<br />
BRINCAMOS DE<br />
JOGOS VIRTUAIS<br />
EM GRUPO.<br />
É MUI-<br />
TO BOM<br />
APRENDER<br />
MAIS SO-<br />
BRE TECNO-<br />
LOGIA”<br />
Nina Martins (@nina_<br />
mmartins), de 9 anos,<br />
estudante do 4ª ano do<br />
Módulo Criarte.<br />
OS ESTUDANTES TAMBÉM ESTÃO SE ADAP-<br />
TANDO CADA VEZ MAIS AO AMBIENTE DIGI-<br />
TAL, E CADA VEZ MAIS SENDO PROTAGONIS-<br />
TAS NO SEU PROCESSO DE APRENDIZAGEM<br />
Nadja Valente, diretora da Escola Concept<br />
“Eu diria que a<br />
maioria das escolas foram<br />
pegas de surpresa.<br />
Não que elas não tivessem<br />
tecnologia, não se<br />
trata disso. Mas ter tecnologia<br />
off-line (interna) não<br />
significa que a instituição esteja<br />
preparada, metodologicamente,<br />
para trabalhar<br />
com o Ensino a Distância.<br />
Quero destacar<br />
também o Google<br />
for Education<br />
– uma plataforma<br />
que possui ferramentas<br />
do Google<br />
que ajudam os alunos<br />
e professores a<br />
criarem, colaborarem e<br />
desenvolverem habilidades<br />
digitais para o<br />
futuro. Fizemos uso<br />
mesmo antes da pandemia<br />
e foi fundamental<br />
nesse momento”, explicou<br />
o diretor geral do<br />
Instituto Dom de <strong>Educar</strong>,<br />
Toni Lima.<br />
Esse novo cenário abriu<br />
um leque de novas possibilidades.<br />
As instituições<br />
de ensino, a partir<br />
de agora, têm que se<br />
adaptar ao novo cenário<br />
educacional que será baseado<br />
no desenvolvimento de<br />
soluções tecnológicas para<br />
a educação, buscando um<br />
olhar cuidadoso para cada criança<br />
dentro do contexto da tecnologia.<br />
“O momento do intervalo é muito<br />
legal. Eu me comunico com meus<br />
colegas e brincamos de jogos<br />
virtuais em grupo. É muito bom<br />
aprender mais sobre tecnologia”,<br />
diz a pequena Nina Martins (@<br />
nina_mmartins), de 9 anos,<br />
estudante do 4ª ano<br />
do Módulo Criarte.<br />
“EU DIRIA<br />
QUE A<br />
MAIORIA<br />
DAS ESCOLAS<br />
FORAM PEGAS DE<br />
SURPRESA. NÃO QUE<br />
ELAS NÃO TIVESSEM<br />
TECNOLOGIA, NÃO<br />
SE TRATA DISSO. MAS<br />
TER TECNOLOGIA<br />
OFF-LINE (INTERNA)<br />
NÃO SIGNIFICA QUE<br />
A INSTITUIÇÃO ESTE-<br />
JA PREPARADA, ME-<br />
TODOLOGICAMENTE,<br />
PARA TRABALHAR<br />
COM O ENSINO A<br />
DISTÂNCIA”<br />
Toni Lima, diretor geral do<br />
Instituto Dom de <strong>Educar</strong><br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 41
CAPA | Relatos da Pandemia<br />
FAMÍLIAS E ESCOLAS<br />
MAIS PRÓXIMAS<br />
“É preciso toda uma aldeia para<br />
educar uma criança.” Para a diretora<br />
pedagógica da Escola Nova<br />
Nossa Infância, Sandra Torzillo,<br />
o provérbio define a base para<br />
uma educação de sucesso: “Mais<br />
do que nunca, escola e família se<br />
revelaram essenciais na formação<br />
de nossas crianças.<br />
Instituições que<br />
se<br />
complementam,<br />
que precisam estar<br />
em diálogo, construindo<br />
e fortalecendo<br />
os vínculos e o sentimento<br />
de coletividade”.<br />
Segundo a pesquisa do site<br />
Nova Escola: A situação dos<br />
professores no Brasil durante a<br />
pandemia, 31,9% dos docentes<br />
afirmam que a maioria dos pais e<br />
responsáveis têm participado das<br />
“MAIS DO QUE NUNCA, ESCOLA E FAMÍLIA<br />
SE REVELARAM ESSENCIAIS NA FORMAÇÃO<br />
DE NOSSAS CRIANÇAS. INSTITUIÇÕES QUE<br />
SE COMPLEMENTAM, QUE PRECISAM ESTAR<br />
EM DIÁLOGO, CONSTRUINDO E FORTALECENDO<br />
OS VÍNCULOS E O SENTIMENTO DE COLETIVIDADE<br />
Sandra Torzillo, diretora pedagógica da Escola Nova Nossa Infância<br />
atividades a distância. Na<br />
rede privada, a participação<br />
familiar alcança<br />
58%. "Foi lindo ver a<br />
participação das famílias<br />
ao longo de<br />
2<strong>02</strong>0. Um ano muito<br />
difícil para nós professores<br />
(as). Conseguimos<br />
chegar ao final com<br />
bons resultados e objetivos<br />
alcançados. Só conseguimos,<br />
porque tivemos as famílias participando<br />
diariamente da rotina<br />
dos seus filhos e realizando uma<br />
interlocução constante com a escola. Sou muito<br />
grata a cada mãe e a cada pai por toda ajuda, colaboração<br />
e feedback. A comunicação nunca foi tão<br />
efetiva e importante. O sentimento é de gratidão".<br />
Conta emocionada a professora do Colégio Miró,<br />
Maristela Dantas de Macedo Leite.<br />
"SÓ CONSEGUIMOS, PORQUE<br />
TIVEMOS AS FAMÍLIAS PARTICI-<br />
PANDO DIARIAMENTE DA ROTINA<br />
DOS SEUS FILHOS E REALIZANDO<br />
UMA INTERLOCUÇÃO CONSTAN-<br />
TE COM A ESCOLA"<br />
Maristela Dantas Macedo, professora do Colégio Miró<br />
Na rede<br />
privada, a participação<br />
familiar<br />
nas atividades a<br />
distância alcança<br />
58%<br />
42 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
RELATOS DE UMA ADOLESCENTE<br />
“Tive dificuldade em me adaptar, meu foco não era contínuo,<br />
meus colegas de classe falando ao mesmo tempo, me perdia<br />
na explicação dos professores. Com o passar dos meses, eu<br />
soube lidar mais com isso, tentava imaginar como se estivesse<br />
lá, mas, obviamente, não era a mesma experiência,<br />
me distraía e, quando olhava para frente, já tinha perdido<br />
parte da aula. Confesso que a única maneira de manter os<br />
estudos foi através do material escolar, livros e atividades.<br />
Quando começaram as provas online, eu tive que ser ágil,<br />
pois tinha tempo limitado, mas foi uma das partes que me<br />
adaptei melhor. Passava a semana estudando nos livros,<br />
acordava cedo, tomava o café e já me preparava pra fazer a<br />
prova, era muito tranquilo. Foi bom viver esse desafio e experiência,<br />
será uma história marcante pra eu contar no futuro”,<br />
conta Nina Cidreira Ferraz (@ninacidreira), 13 anos.<br />
Para a diretora<br />
da Escola<br />
Brincando<br />
e<br />
Construindo,<br />
Ana<br />
Tereza<br />
Barreto, a educação<br />
será mais valorizada<br />
a partir desse novo<br />
cenário: “O que estava aconte-<br />
COM A PANDEMIA,<br />
VEIO A CONSCIENTI-<br />
ZAÇÃO DE QUE É NE-<br />
CESSÁRIO PARTICIPAR<br />
DA EDUCAÇÃO DOS<br />
FILHOS E QUE, NES-<br />
SES MOMENTOS, ELES<br />
PODERÃO CONSTRUIR<br />
MUITAS COISAS AIN-<br />
DA QUE NÃO SEJAM<br />
PEDAGÓGICAS, PO-<br />
RÉM AFETIVAS<br />
Ana Tereza, diretora da Escola<br />
Brincando e Construindo<br />
cendo é que as famílias estavam<br />
delegando para as escolas os momentos<br />
em que precisavam estar<br />
presentes. Com a pandemia, veio<br />
a conscientização de que é necessário<br />
participar da educação dos filhos<br />
e que, nesses<br />
momentos, eles<br />
poderão construir<br />
muitas coisas ainda<br />
que não sejam<br />
pedagógicas, porém<br />
afetivas”.<br />
No retorno às<br />
aulas presenciais, o<br />
relacionamento entre responsáveis<br />
e professores será<br />
outro. Como diria a velha canção<br />
do Roberto Carlos: Daqui<br />
pra frente, tudo vai ser diferente.<br />
“Nesse período, escola e família<br />
aprenderam a trabalhar juntos. A<br />
parceria foi fundamental e levará<br />
essa relação para outro lugar<br />
nos próximos anos. Por admiração<br />
ou necessidade, o professor<br />
e os pais se olham de outra forma, o sentimento<br />
de empatia é mais real e mais sincero”, concluiu<br />
Mariana Morgenroth, gestora da Escola Cresça<br />
e Apareça.<br />
“POR ADMIRAÇÃO OU NECESSI-<br />
DADE, O PROFESSOR E OS<br />
PAIS SE OLHAM DE OUTRA<br />
FORMA, O SENTIMENTO<br />
DE EMPATIA É MAIS REAL<br />
E MAIS SINCERO”<br />
Mariana Morgenroth, gestora da<br />
Escola Cresça e Apareça<br />
EDUCAÇÃO INFANTIL A DISTÂNCIA<br />
Antes de mais nada, a principal atividade nos primeiros<br />
anos de vida é a socialização, a convivência e a interação<br />
que somente o estar junto é capaz de proporcionar.<br />
Por isso educadores e pais têm se movimentado para<br />
proporcionar atividades lúdicas e instigantes durante a<br />
pandemia. “Muitos são os desafios encontrados para<br />
qualquer segmento da área educacional, mas principalmente<br />
para a primeira infância, pois acompanhar o<br />
desenvolvimento dos alunos virtualmente é árduo. A<br />
partir dessa necessidade, a escola se reinventou, criou<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 43
CAPA | Relatos da Pandemia<br />
métodos e tem buscado os ajustes necessários<br />
para transferir essas demandas<br />
para o universo virtual”, falou a diretora<br />
da Escola Tempo de Crescer,<br />
Cinthia Garcia.<br />
“A ESCOLA É UM LUGAR EFETIVAMENTE DE<br />
SOCIALIZAÇÃO, ONDE A CRIANÇA AMPLIA A VI-<br />
SÃO DE MUNDO PARA ALÉM DA FAMÍLIA E DOS<br />
ARREDORES DE CASA”<br />
Luciana Pinho, diretora da Escola Gurilândia<br />
“MUITOS SÃO OS DE-<br />
SAFIOS ENCONTRADOS<br />
PARA QUALQUER SEGMEN-<br />
TO DA ÁREA EDUCACIONAL, MAS<br />
PRINCIPALMENTE PARA A PRIMEIRA<br />
INFÂNCIA, POIS ACOMPANHAR O<br />
DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS<br />
VIRTUALMENTE É ÁRDUO<br />
Cinthia Garcia, diretora da Escola Tempo de Crescer<br />
MAMÃE, COMO<br />
FOI PRA VOCÊ?<br />
Em meados de março<br />
as aulas foram suspensas<br />
e desde então<br />
mães, pais e filhos estão<br />
se reinventando<br />
dentro de suas casas.<br />
Mas como uma convivência<br />
tão diferente,<br />
durante esse período<br />
de isolamento, pode mudar a relação entre<br />
pais e filhos? Roberta Ribeiro, terapeuta,<br />
mãe de Luíza, de 8 anos, conta um pouquinho<br />
como foi pra ela. “Acho que a maior ressignificação<br />
para todos nós foi sobre o tempo.<br />
Aprendi o quanto ensinamos as crianças a<br />
não valorizarem o tempo delas, criando regras<br />
sem um valor real e pragmatizando tudo.<br />
Percebi a potente capacidade de adaptação<br />
humana e o quanto podemos usar isso para<br />
mudar tudo para melhor no instante seguinte<br />
em vez de buscar apenas reproduzir modelos<br />
sem refletir sobre eles. Esse ano nos presenteou<br />
com a ressignificação da valorização do<br />
nosso tempo. Tempo é vida!”, disse Roberta<br />
Ribeiro. (@betaribeiro.terapeuta)<br />
Afinal, não basta<br />
que os jogos, brincadeiras<br />
e afazeres<br />
apenas entretenha<br />
a criança, mas sim<br />
ajude seu desenvolvimento<br />
afetivo,<br />
motor e cognitivo. “A<br />
escola é um lugar efetivamente<br />
de socialização, onde a<br />
criança amplia a visão de mundo<br />
para além da família e dos arredores<br />
de casa. Ficou evidente que a<br />
educação on-line para a Educação<br />
Infantil e Educação Fundamental I<br />
não é a melhor metodologia”, opinou<br />
a diretora da Escola Gurilândia,<br />
Luciana Pinho.<br />
EFEITOS DA PANDEMIA<br />
São muitos os desafios e as<br />
marcas que a pandemia deixou<br />
na vida de cada indivíduo e nas<br />
escolas. Desde os que envolvem<br />
os aspectos estruturais e<br />
organizacionais, seguindo os<br />
protocolos sanitários, como os<br />
pedagógicos e socioemocionais,<br />
que envolvem não só o<br />
acolhimento dos alunos como<br />
também o das famílias. “O efeito<br />
da pandemia gerou muita instabilidade<br />
e insegurança nas relações<br />
familiares, o que deixou<br />
muitos pais sem saber o que<br />
fazer e como reagir aos conflitos<br />
internos e externos gerados<br />
pela situação de isolamento social”,<br />
explica a psicóloga infantil,<br />
Daniela Rita de Souza.<br />
A psicóloga relata<br />
ainda que na pandemia<br />
as crianças ficaram<br />
mais suscetíveis a ansiedade,<br />
sintomas depressivos<br />
e comportamentos<br />
disfuncionais,<br />
como<br />
agressividade<br />
por conta do isolamento social,<br />
distanciamento das relações<br />
com seus pares no ambiente escolar<br />
e a interrupção abrupta e<br />
prolongada de algumas relações<br />
de afetividade de referência,<br />
como avós, tios, primos, amigos<br />
e professores. Foi perceptível<br />
nesse período um aumento da<br />
busca por acompanhamento e<br />
O EFEITO DA<br />
PANDEMIA GEROU<br />
MUITA INSTABILIDADE<br />
E INSEGURANÇA NAS<br />
RELAÇÕES FAMILIARES”<br />
Daniela Rita de Souza,<br />
psicóloga infantil<br />
avaliações psicológicas<br />
para<br />
as<br />
crianças,<br />
adolescentes<br />
e Orientação<br />
Parental para<br />
suas<br />
famílias.<br />
Por outro lado,<br />
elas tiveram mais a<br />
presença física dos pais em casa<br />
e oportunidade de estar na relação<br />
familiar de forma mais intensa<br />
e conectada.<br />
44 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
O RETORNO<br />
O ano de 2<strong>02</strong>0 ficará<br />
marcado na história de<br />
todos nós, seja pelos<br />
desafios, perdas, dificuldades,<br />
medos e saudades.<br />
Agora as expectativas<br />
estão em volta do retorno às aulas<br />
“ESTÁ PROVADO QUE<br />
A TAXA DE TRANS-<br />
MISSÃO CHEGA A SER<br />
OITO VEZES MENOR<br />
DE UMA CRIANÇA<br />
PARA OUTRA. O QUE<br />
ADIANTA MANTER-<br />
MOS AS NOSSAS<br />
CRIANÇAS TRANCA-<br />
DAS SE OS ADULTOS<br />
ESTÃO SAINDO.<br />
Rita de Cássia Mira, coordenadora<br />
médica do serviço de pediatria do<br />
Hospital Santa Izabel<br />
presenciais. A coordenadora médica<br />
do serviço de pediatria do<br />
Hospital Santa Izabel, Rita de<br />
Cássia Mira, é a favor da abertura<br />
das escolas em 2<strong>02</strong>1, e aproveita<br />
para fazer um alerta: “Está provado<br />
que a taxa de transmissão chega a<br />
ser oito vezes menor de uma criança<br />
para outra. O que adianta mantermos<br />
as nossas crianças trancadas<br />
se os adultos estão saindo. Em<br />
Em mais de<br />
90%<br />
das crianças que<br />
se contaminaram<br />
foi por causa dos<br />
adultos e não por<br />
elas próprias<br />
mais de 90% das<br />
crianças que se contaminaram<br />
foi por<br />
causa dos adultos e<br />
não por elas próprias.<br />
O atraso do desenvolvimento<br />
delas é uma perda a<br />
longo prazo muito grave. Se perder<br />
o ‘time’ desses estímulos no<br />
aprendizado e no convívio social e<br />
escolar pode ser irreversível para a<br />
sociedade no futuro”’, conclui.<br />
O diretor do Sindicato das Escolas<br />
Particulares (Sinepe-BA),<br />
Jorge Tadeu Coelho, concorda<br />
que o sistema educacional passa<br />
por uma grande transformação e<br />
no retorno passará ainda mais, e<br />
destaca que cada componente<br />
que o constitui<br />
é extremamente<br />
importante para o<br />
seu fortalecimento.<br />
“As escolas não serão<br />
mais as mesmas. Em<br />
16 de março de 2<strong>02</strong>0<br />
este coletivo que chamamos<br />
escola precisou construir um<br />
modo de funcionar completamente<br />
diferente. A escola implodiu e<br />
cada pedaço dela estava em um<br />
endereço diferente. Um grande<br />
desafio foi manter todas essas peças<br />
unidas como se fosse um mosaico.<br />
Ainda redescobrimos que<br />
somos seres sociais. Abraçar, pular,<br />
cair, brincar, chorar e sorrir é<br />
mais gostoso quando estamos<br />
com alguém ao lado. Foi um ano<br />
puxado, mas sairemos mais fortes”,<br />
concluiu Jorge Tadeu Coelho.<br />
A expectativa é grande também<br />
para as crianças. A pequena<br />
Duda Nunes Galvão, de 8 anos,<br />
aluna do Colégio Miró conta que<br />
está com muita saudade dos ami-<br />
“AINDA REDESCOBRIMOS QUE<br />
SOMOS SERES SOCIAIS. ABRAÇAR,<br />
PULAR, CAIR, BRINCAR, CHORAR E<br />
SORRIR É MAIS GOSTOSO QUAN-<br />
DO ESTAMOS COM ALGUÉM AO<br />
LADO. FOI UM ANO PUXADO, MAS<br />
SAIREMOS MAIS FORTES”<br />
Jorge Tadeu Coelho, diretor do Sindicato das Escolas<br />
Particulares (Sinepe-BA)<br />
gos e da escola. “Não vejo a hora de entrar na minha escola<br />
e explorar todos os ambientes. Que saudade do<br />
parquinho de areia, da cantina, da minha sala de aula, da<br />
biblioteca, e do recreio com meus amigos. Estou muito<br />
animada em encontrar meus amigos pessoalmente”.<br />
A psicóloga infantil, Daniela Rita, alerta que é<br />
importante que o retorno às aulas presenciais seja realizado<br />
com muita prudência nesse momento<br />
em que ainda estamos com o vírus circulando<br />
e contagiando. “Precisamos<br />
continuar tomando todos os cuidados<br />
para não estabelecer o caos de termos<br />
pessoas da família adoecendo, o que<br />
pode gerar ainda mais ansiedade e<br />
conflitos nas relações<br />
familiares, trazendo<br />
outras consequências<br />
para a saúde psíquica e<br />
emocional das crianças e dos<br />
seus responsáveis”, finaliza.<br />
“NÃO VEJO A HORA<br />
DE ENTRAR NA<br />
MINHA ESCOLA E<br />
EXPLORAR TO-<br />
DOS OS AM-<br />
BIENTES. ESTOU<br />
MUITO ANIMADA<br />
EM ENCONTRAR<br />
MEUS AMIGOS<br />
PESSOALMENTE”<br />
Duda Nunes Galvão, de 8 anos,<br />
aluna do Colégio Miró
Vida escolar<br />
2<strong>02</strong>0 nos levou a rever crenças, mas<br />
também nos fez reafirmar valores. Forçou<br />
o mundo a repensar propósitos e práticas<br />
para enfrentar desafios em escala global.<br />
Um contexto que exigiu de todos, em<br />
especial das escolas, reflexões, criatividade<br />
e flexibilidade para se reinventarem<br />
Juliana Kalid Divulgação<br />
Com o empenho e a competência de uma equipe que, há mais<br />
de 30 anos, investe na reflexão e no diálogo como bases para<br />
a ação, o Colégio Oficina conseguiu, em meio a tantos desafios,<br />
concretizar seus propósitos educacionais e manter valores, fundamentos<br />
e a qualidade pedagógica, que marcam sua história.<br />
Fiel ao compromisso com uma educação crítica, humana, efetiva e afetuosa,<br />
a escola foi pioneira na implantação de uma pedagogia de projetos,<br />
investindo em uma abordagem que alia sólida formação acadêmica ao<br />
desenvolvimento crítico e sensível dos alunos. “Empatia, dialogicidade,<br />
senso crítico, responsabilidade, solidariedade, sensibilidade,<br />
respeito, reflexão e atitude são marcas<br />
registradas dos alunos do Oficina que, além de<br />
conquistarem ano após ano resultados de maior<br />
destaque nos principais processos seletivos do<br />
país, seguem nos enchendo de orgulho ‘vida<br />
adentro’ como cidadãos conscientes e participativos,<br />
prontos a intervir e reconstruir o mundo’’’,<br />
conta uma das diretora, Márcia Kalid.<br />
rito de passagem: acolhimento e atenção extra<br />
Ritos de passagem são comuns na trajetória do colégio, simbolizando<br />
transições importantes. A vida acadêmica é cheia deles. O ingresso na<br />
escola e a mudança de ciclo ou aprovação no vestibular são marcos<br />
que geram expectativas e dúvidas nos alunos e nas famílias.<br />
46 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Márcia Ávila, orientadora pedagógica<br />
do Colégio Oficina,<br />
explica que alunos do 6o e 7o<br />
anos merecem atenção especial<br />
no processo de adaptação:<br />
“Para eles a transição inclui<br />
despedida da escola anterior<br />
(onde geralmente eram os ‘mais velhos’), chegada a<br />
uma nova (onde são ‘os mais novos’), lidar com colegas,<br />
professores, rotinas e componentes curriculares<br />
novos””, explica. Como se não bastasse, eles também<br />
estão vivendo mudanças físicas e emocionais típicas<br />
da idade, despedindo-se aos poucos da infância.<br />
Para tornar essa passagem mais suave, a escola<br />
desenvolve atividades e rotinas específicas que vão<br />
desde a recepção até a apresentação da escola, horários<br />
adaptados e acompanhamento diferenciado<br />
com foco no acolhimento e ambientação de alunos<br />
e famílias. O primeiro dia de aula, por exemplo, é dedicado<br />
exclusivamente a eles. Também há passeios,<br />
atividades culturais, relação estreita entre famílias e<br />
núcleo pedagógico com atenção às demandas específicas<br />
de cada aluno. Tudo para que possam se<br />
conhecer, compartilhar, rir e brincar sem, contudo,<br />
deixar de imbuí-los das novas responsabilidades<br />
que, progressivamente, a idade permite assumir.<br />
convivência ética:<br />
por uma cultura de respeito e cuidados<br />
Acolher envolve, prioritariamente, respeito aos tempos,<br />
modos e espaços individuais de modo a<br />
construir um ambiente saudável e receptivo para<br />
a coletividade. Desde 2019 o Oficina implantou<br />
o Programa de Convivência Ética<br />
em parceria com o Grupo de Estudos<br />
e Pesquisa em Educação<br />
Moral (Gepem) – Universidade<br />
Estadual Paulista (Unesp) e Universidade<br />
Estadual de Campinas<br />
(Unicamp). O Programa engloba<br />
várias iniciativas em busca de<br />
uma convivência harmoniosa de<br />
cuidado e respeito com o outro.<br />
Para a pesquisadora Danila<br />
Zambianco, consultora do Oficina,<br />
“o Colégio tem sido muito<br />
responsável com o trabalho<br />
acerca do desenvolvimento<br />
ético, encarando<br />
que é preciso<br />
muito estudo<br />
sistematizado<br />
para que se possa<br />
rever práticas<br />
e construir uma sociedade ética<br />
e democrática”. Para ela, o trabalho<br />
da escola não deve ficar<br />
circunscrito aos conteúdos, mas<br />
se encarregar em sintonia com<br />
o desenvolvimento intelectual e<br />
também do emocional, moral, artístico<br />
e ambiental.<br />
No Oficina, o projeto envolve<br />
famílias, professores, funcionários,<br />
direção e alunos na intenção<br />
de debater e enfrentar questões<br />
relacionadas à mediação de<br />
conflitos, reflexividade, protagonismo<br />
dos jovens, prevenção de<br />
bullying e respeito ao outro. Além<br />
das ações de formação profissional,<br />
houve inserção da disciplina<br />
Convivência Ética em alguns<br />
anos do Ensino Fundamental com<br />
a meta de expandir aos demais<br />
anos. Uma parceria que fortalece<br />
a crença numa convivência ética<br />
e em práticas pedagógicas voltadas<br />
ao desenvolvimento cognitivo,<br />
afetivo e moral dos meninos e<br />
meninas do Oficina.<br />
Quer saber mais sobre<br />
o Colégio Oficina?<br />
Acesse o QRCode.<br />
Rua Miguel Navarro Y<br />
Canizares, nº 423, Pituba,<br />
Salvador, BA<br />
71 99915-2648<br />
@colegiooficina<br />
@cursoecolegiooficina<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 47
Musicalização<br />
“Chame Gente!”: reinventando a diversão educativa<br />
dentro de casa, conheça o Curso Virtual do Espaço Musical<br />
Yêda Nunes e Larissa Faria<br />
Divulgação<br />
A<br />
presença da música na vida dos seres humanos é insubstituível,<br />
sendo uma linguagem universal que atravessa as barreiras do<br />
tempo. Pensando nisso, a dupla mais elétrica de Salvador, Caroline<br />
de Jesus e Gabriel Macêdo, reinventaram o Espaço Musical,<br />
agora como um curso virtual. Essa é uma oportunidade única de diversão<br />
para as famílias em casa. O objetivo é unir tempo de qualidade e<br />
música em prol do desenvolvimento infantil.<br />
As videoaulas do curso são de fácil acesso e produzidas com métodos<br />
e conteúdos exclusivos para os participantes. Mesmo on-line, o<br />
curso mantém a qualidade e diferenciais que são características reconhecidas<br />
da trajetória do Espaço Musical. Além dos temas musicais,<br />
as aulas também abordam temáticas, como saúde, cultura e socialização.<br />
“Trabalhamos com excelência, sensibilidade e<br />
planejamento. Dessa maneira, o nosso curso virtual<br />
já conquistou resultados positivos em instituições<br />
de educação renomadas como o Colégio Miró e o<br />
Colméia Patamares. Isso só fortifica a nossa missão<br />
como escola, que é desenvolver pessoas através da<br />
música”, comenta Caroline de Jesus, atriz, bailarina e<br />
diretora artística do Espaço Musical.<br />
A pandemia serviu como uma oportunidade única<br />
de aprendizados urgentemente e necessários para<br />
o Espaço Musical. “Me reinventei de forma mais que<br />
especial para um novo jeito de educar. Estou vivenciando<br />
o processo possível de estar perto, mesmo<br />
estando longe fisicamente dos meus alunos e superando<br />
todas as adversidades. O espaço musical<br />
vive uma nova era cada vez mais em união com as<br />
famílias, com as escolas e com foco na música e no<br />
amor”, conta Gabriel Macedo, neto de Osmar, um<br />
dos inventores do trio elétrico baiano, bacharel em<br />
violão e licenciatura em música pela Universidade<br />
Federal da Bahia (UFBA) e idealizador da escola Espaço<br />
Musical. O músico finaliza dizendo que valores<br />
como empatia são providenciais nesse momento, e<br />
que seguirão na missão de emocionar e desenvolver<br />
pessoas através da música.<br />
Quer levar o Espaço Musical<br />
para a sua escola? Então aponte<br />
a câmera do seu celular para o<br />
código QR Code e conheça mais<br />
sobre o Curso on-line do Grupo<br />
71 99184-0488<br />
@espacomusical<br />
@venhaserfeliznoespacomusical<br />
48 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 49
Pequeno Hóspede<br />
// por Luciana Fialho<br />
“AS COISAS<br />
VELHAS JÁ<br />
PASSARAM,<br />
EIS QUE TUDO<br />
SE FAZ NOVO”<br />
Nunca imaginei poder viver algo nem<br />
perto do que experimentamos nesse<br />
ano de pandemia. Para falar a verdade,<br />
não sabia nem ao certo o que<br />
significava quarentena. Me tornei uma<br />
quarentona esse ano, e isso era o que<br />
tinha no meu vocabulário até então<br />
Trabalho na comunicação de uma escola e no<br />
dia 18 de março, quando tudo foi fechado e<br />
eu levando um laptop debaixo do braço, sou<br />
orientada sobre uma nova modalidade: “agora<br />
trabalharemos em home office”. Nem consegui<br />
raciocinar, só sabia que precisaríamos nos isolar<br />
por um certo tempo para evitarmos a contaminação<br />
com essa tal de covid-19.<br />
Dia 1. Wow que novidade. Sou cobrada de algo<br />
do trabalho e me lembro de pedir pelo menos um<br />
dia para organizar a casa com compras, comida para<br />
as crianças e novos topwares para congelamento,<br />
pensando nos próximos 30 dias pela frente. Sabia<br />
de nada, inocente...<br />
Dia 2. Vamos nessa. Foi dada a largada para uma<br />
nova rotina. Como farei isso? Onde farei meu escritório?<br />
Como trabalharei concentrada tendo Guido,<br />
de 3 anos, e Gael, de 2, sempre ao redor? Não sei,<br />
mas o mundo também não sabia. Então só passa a<br />
marcha e vai... e eu fui.<br />
Dias 3, 4, 5, 6.... Foram meio fora da curva, mas<br />
deram certo. Investimos eu e meu marido, o tempo<br />
ganho com novas brincadeiras e mais interação com<br />
as crianças. Para quem voltou a trabalhar fora, dei-<br />
xando um filho de 2 anos e um de<br />
6 meses, ter mais tempo com eles<br />
seria o suprassumo. Eureca. Isso<br />
vai ser bom.<br />
Semana 2, 3, 4... Acabou o<br />
mês. É preciso sair novamente,<br />
comprar o necessário e aprender<br />
a higienizar embalagens, sacolas<br />
e afins... Sapato na porta, sem<br />
abraço, sem beijo, comunicação<br />
com distanciamento, máscara,<br />
mãos lavadas, álcool em gel.<br />
Tudo como diria a minha avó:<br />
“como manda o figurino”. Mas<br />
depois de toda essa odisseia, sou<br />
recebida pelos meus filhos com<br />
gritinhos felizes e abraços pela<br />
perna. “Nããããão! Mamãe precisa<br />
tomar banho!”. Atônitos e sem<br />
entenderem, se afastam e presumem<br />
que declarei algo parecido<br />
com uma sentença de morte. E<br />
era bem por aí.<br />
Mês 3... Peguei a tal. Minha casa<br />
toda pegou. Minha funcionária<br />
também. Pedi férias, mas não descansei<br />
um só dia. Doía para respirar.<br />
Dor de cabeça. Meninos com<br />
febre. Marido assintomático. Caos.<br />
Meses 4, 5, 6... Gratidão pela<br />
vida, pela saúde de volta, por<br />
tudo. Pela família, pelos ensinamentos,<br />
pelos desafios. Grata em<br />
ver o pôr do sol de casa. Não sabia<br />
mais o que era isso. Pelo paladar<br />
e olfato de volta. Momento importante<br />
que me lembrei nos mínimos<br />
detalhes como Deus é perfeito em<br />
tudo que faz. Como sentir o gosto<br />
da comida é bom. Não daria para<br />
viver sem cheirar meus filhos.<br />
Obrigada, Deus. Obrigada!<br />
Meses 7, 8, 9, 10... até hoje me<br />
sinto grata e cansada. A pandemia<br />
fez com que eu sentisse novamente<br />
a exaustão das noites<br />
perdidas com um bebê recém-<br />
-nascido, com a diferença que a<br />
criança insiste em não crescer.<br />
Trabalhar em casa com duas<br />
crianças é para os fortes, mas<br />
já uso uma capa de superwoman<br />
quando preciso, e entendi que<br />
somos capazes de muito mais do<br />
que imaginamos. Encarei como<br />
uma experiência única, onde ensinamentos<br />
serão para quem enxergar<br />
e quiser “fazer tudo novo”.<br />
Luciana Fialho é jornalista, relações<br />
públicas, apresentadora e mestre de<br />
cerimônia. Instagram: @lucianafialho<br />
fotos divulgação<br />
50 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 51
Metodologia Maker<br />
Já pensou em seu filho aprender inglês e ainda<br />
ter mais autonomia e autoconfiança? Na Red<br />
Balloon é assim, e a proposta pedagógica ainda<br />
é lúdica, e enquanto os alunos aprendem a nova<br />
língua, eles também se divertem<br />
Luciana Costa<br />
Andréa Cedraz<br />
Desenvolver nas crianças o pensamento crítico e criativo faz com<br />
que esse aluno identifique e solucione problemas com maior clareza.<br />
Essa é a missão da Red Balloon, que está em sintonia com<br />
a cultura Maker de que somos todos capazes de criar, modificar<br />
e consertar qualquer coisa com as próprias mãos. As atividades<br />
makers fazem parte da essência da abordagem Steam, um acrônimo<br />
para a Science, Technology, Engineering, Arts and Maths, ou seja Ciência,<br />
Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática. Uma abordagem<br />
interdisciplinar que utiliza todas essas diferentes áreas do conhecimento<br />
como base para a resolução no mundo real.<br />
Metodologia Maker<br />
A diferença entre a Metodologia Maker e o ensino tradicional é ensinar<br />
ao aluno questionar o que está aprendendo. O modelo tradicional<br />
bombardeiam os alunos com teorias sem possibilitar que as mesmas<br />
possam ser testadas e comprovadas. As experiências treinam o cérebro<br />
para que a teoria passe a fazer mais sentido quando combinada<br />
à prática, facilitando o aprendizado. Assim, as crianças aprendem<br />
por meio de uma metodologia que as incentiva a encontrar soluções e<br />
construir novas ideias.<br />
A cultura Maker valoriza a experimentação e o “aprender fazendo”, o<br />
que torna os alunos mais criativos, resolutivos, autônomos e mesmo empáticos,<br />
além de estimular a aprendizagem em grupo. A escola trabalha<br />
com a cultura Maker e a abordagem Steam, utilizando material lego Education<br />
e robôs programáveis, que auxiliam na aprendizagem do conceito<br />
de programação, letramento digital e conceitos espaciais básicos.<br />
52 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
A Red Balloon in School foi pensada para se adaptar à realidade das<br />
escolas e oferecer um ensino de inglês de qualidade às crianças e aos<br />
adolescentes. O aluno vivencia a língua inglesa com prazer e naturalidade<br />
em diversos contextos, e assim aprende a utilizar o idioma com<br />
fluência. Essa proposta une a qualidade da escola regular, escolhida<br />
pelos pais como base educacional para seus filhos, com a excelência<br />
no ensino da língua inglesa com mais comodidade para as famílias.<br />
“Nas escolas a nossa proposta é que o aluno tenha a mesma experiência<br />
que ele teria se estivesse em uma das nossas salas de aula. Além<br />
do ensino de inglês, os nossos alunos aprendem a ter mais autonomia,<br />
autoconfiança e a conviver melhor em sociedade”, ressalta a coordenadora<br />
pedagógica Andrea Carvalho.<br />
Aulas na Pandemia<br />
As chances da criança se sentir<br />
desmotivada no período de pandemia,<br />
foram enormes. Isso significa<br />
que a gestão escolar deve<br />
ser ainda mais estratégica. Por<br />
isso o processo de aprendizagem<br />
das aulas virtuais precisava ser interessante<br />
a ponto de engajar os<br />
alunos fazendo com que eles se<br />
sentissem estimulados pelo conteúdo<br />
que está sendo passado, e<br />
esse desafio a Red Balloon conseguiu<br />
cumprir com excelência.<br />
“Durante esse período fizemos<br />
muitas reuniões com todo o time<br />
pedagógico, responsável por todas<br />
as franquias do Brasil, e compartilhamos<br />
ideias e experiências.<br />
Nos aperfeiçoamos, tendo como<br />
referência os ensinos on-line de<br />
primeira geração na Finlândia e<br />
Austrália”, disse a gestora da Red<br />
Balloon, Naiana Vicente. Ela<br />
complementa que a escola está<br />
pronta para receber<br />
o aluno<br />
em 2<strong>02</strong>1 tanto<br />
no ensino presencial<br />
como<br />
no ensino virtual,<br />
e viu muitas<br />
vantagens<br />
na<br />
aula on-line como a otimização<br />
do tempo da criança e do adolescente.<br />
Os pais conseguiram<br />
acompanhar mais de perto o desempenho<br />
do filho e os alunos<br />
aprenderam novas habilidades<br />
com o uso da tecnologia.<br />
De acordo com Catarine Ferraz,<br />
mãe da aluna Nina Cidreira,<br />
de 13 anos, o desenvolvimento<br />
da filha tem sido surpreendente,<br />
mesmo após a suspensão<br />
das aulas presenciais por conta<br />
da pandemia. “A coordenadora<br />
pedagógica, Andréa Carvalho é<br />
muito participativa, solícita e atenta<br />
às necessidades dos alunos.<br />
Nina evoluiu muito no inglês em<br />
um ano de estudo, e mesmo sem<br />
as aulas presenciais ela se manteve<br />
motivada. E para aperfeiçoar<br />
o inglês, ela assiste muitos filmes<br />
e séries, e até o celular dela está<br />
configurado para o inglês”, comenta<br />
a mãe, muito feliz.<br />
A própria Nina reconhece o<br />
salto de conhecimento que vem<br />
vivenciando e o quanto a Metodologia<br />
Maker, adotada pela Red<br />
Balloon, foi um divisor de águas<br />
na sua vida. “Todas as aulas de inglês<br />
que eu já tinha feito eram sem<br />
graça, mas quando entrei na Red<br />
Balloon as aulas eram animadas e não tinha só livro.<br />
Gostei demais da didática, meu interesse pela língua<br />
inglesa cresceu e minha fluência ainda mais. Eu acho<br />
que o diferencial está exatamente na forma de ensinar<br />
que entretém muito os alunos”, opina a aluna.<br />
E mais…<br />
Dos 3 aos 6 anos seu filho desenvolve a<br />
compreensão e a conversação por meio de<br />
atividades e histórias relacionadas ao universo<br />
infantil.<br />
Os alunos começam a desenvolver habilidades<br />
de compreensão e comunicação.<br />
Os alunos ampliam suas habilidades de<br />
maneira personalizada e fluente.<br />
Com mais de 90% de aprovação nos exames<br />
de Cambridge, a Red Balloon é sinônimo de<br />
fluência e sucesso.<br />
Quer saber mais sobre a Red Balloon<br />
in School? Então aponte a câmera do<br />
seu celular para o código QR Code e<br />
conheça mais sobre o programa.<br />
R. Ceará, 1245 - Pituba, Salvador - BA<br />
redballoon.com.br<br />
71 98110-7900 / 2137-4530<br />
@redballoonssalvador<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 53
Educação Financeira<br />
EDUCAÇÃO<br />
FINANCEIRA<br />
EM CASA!<br />
Conversar com os filhos sobre como lidar com dinheiro é uma<br />
demanda muito importante. Afinal, formar crianças bem preparadas<br />
para as exigências da vida adulta é fundamental para que esse<br />
sujeito crie uma conscientização financeira desde a infância<br />
Larissa Farias e Yêda Nunes<br />
Divulgação<br />
A preocupação com a Educação Financeira é tão<br />
grande que, de acordo com as determinações da<br />
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o ensino<br />
dessa competência agora é obrigatório no Ensino<br />
Infantil e Fundamental. Mas muitos pais têm dúvidas de<br />
como iniciar esse assunto com os filhos. A educadora<br />
financeira, Gigliola Sena, conta que o contato com bens e as diferentes<br />
formas de dinheiro e do consumo são inevitáveis e precisa ser honesta<br />
com a realidade em que a criança vive, cujos primeiros mentores financeiros<br />
serão seus pais. Confira as dicas da especialista que vão te ajudar<br />
nesse processo:<br />
Cofrinho: Talvez seja<br />
esse o primeiro contato<br />
que muitas crianças<br />
tenham de forma pessoal<br />
com o ato de guardar, juntar e ter<br />
dinheiro. Quantos aniversários<br />
de crianças de dois anos se dá<br />
um cofrinho como lembrancinha<br />
da festa? Se for esse o caso,<br />
ainda que por brincadeira,<br />
dê um sentido para isso, pois<br />
lembre-se que toda historinha<br />
tem uma moral por trás, e para<br />
uma criança a brincadeira do<br />
“cofrinho” também precisará<br />
da sua. Ajudar alguém da família<br />
ou comprar um sorvete é sempre<br />
uma ocasião de construir valores<br />
que serão a base do homem do<br />
futuro que de fato queremos.<br />
Mesada: É outro ponto que existe entre os<br />
partidários do contra e do a favor. O tempo<br />
certo, a medida e se isso irá existir ou não<br />
será de acordo com a realidade de cada família e de<br />
cada filho. As coisas mudam e, por ser extremamente<br />
benéfico para alguns, quantas histórias já escutamos<br />
de pessoas que juntavam a mesada para fazer algo<br />
valioso na vida? E também quantas pessoas que nunca<br />
receberam mesada e são pessoas equilibradas financeiramente?<br />
O essencial sempre será acompanhar o<br />
porquê e o sentido que cada criança ou adolescente<br />
está desenvolvendo mediante tal contato financeiro.<br />
Recompensa: Usar o dinheiro ou um bem<br />
como prêmio, bonificação ou algo similar,<br />
especialmente fora das ocasiões pré-estabelecidas<br />
dentro da cultura daquela família, precisa<br />
ser bem refletida e posicionada. Afinal, mesmo para<br />
quem dinheiro não é um problema atual, nada garante<br />
que não o será no futuro. O que precisa ter cuidado<br />
é não tornar costume de condição<br />
para se fazer o que se tem que fazer;<br />
Investir: Também dependerá<br />
da filosofia de vida<br />
e da condição de cada<br />
família. É bom saber que existe essa possibilidade<br />
e que há inclusive benefícios<br />
fiscais que podem advir daí. Um exemplo<br />
bem pouco lembrado é o ITD<br />
Imposto sobre transmissão causa<br />
mortis e doação de quaisquer bens<br />
e direitos também conhecido como<br />
imposto de herança e doação. Na<br />
Bahia, o imposto para qualquer doação é<br />
de 3,5% e em São Paulo poderá ser isenta<br />
se o doador não ultrapassar o limite<br />
anual que, em 2<strong>02</strong>0, é de R$ 69.<strong>02</strong>5,00.<br />
Sim, em tese a mesada entraria nessa<br />
tributação (é a legislação estadual);<br />
*Gigliola Sena é mãe de Gustavo, de 5 anos, criadora do método Edumoney de educadora financeira<br />
e mestra em gestão educacional pela Universidade de Santiago do Chile. @gigliolasena<br />
54 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 55
Ensino Fundamental<br />
Seu filho cresceu, e está fazendo a<br />
transição da Educação Infantil para<br />
o Ensino Fundamental de maneira<br />
tranquila? Esse período é repleto de<br />
mudanças não só para as crianças,<br />
como também para as famílias.<br />
Adriana Novis, coordenadora<br />
do Ensino Fundamental 1 e 2<br />
do Colégio Antônio Vieira, fala<br />
sobre essa época de grandes<br />
descobertas e desafios<br />
Yêda Nunes e Larissa Faria Divulgação<br />
Nada é permanente, exceto a mudança”, assim<br />
dizia o filósofo grego Heráclito. Segundo ele, o<br />
mundo está em constante transformação. Meninos<br />
e meninas de hoje são exemplos dessas<br />
grandes modificações. Afinal, a criança do século XXI<br />
tem um perfil muito diferente do que a do século passado,<br />
isso porque as mudanças culturais que o mundo<br />
passou alteram, cada dia mais, o lugar do indivíduo<br />
nesse espaço e as consequências de suas ações. Por<br />
isso, hoje na escola não basta apenas ensinar as disciplinas<br />
curriculares, é preciso também preparar os<br />
alunos para os desafios de um mundo globalizado e<br />
incentivar a formação de cidadãos integrais e do bem.<br />
“A criança está inserida em um mundo de constante<br />
mudança com acesso aos recursos tecnológicos e<br />
a uma grande quantidade de informações. A comunidade<br />
escolar é fundamental para auxiliar a criança<br />
a problematizar e a qualificar esses<br />
conteúdos, para que ela realmente<br />
compreenda os fenômenos<br />
ao seu redor”, comenta<br />
Adriana Novis, coordenadora<br />
do Ensino Fundamental 1 e 2<br />
do Colégio Antônio Vieira.<br />
Além disso, um grande fator de mudança nessa fase é a transição<br />
do Ensino Infantil para o Ensino Fundamental. Os espaços, a interação<br />
com o professor, os conteúdos mais profundos, os métodos avaliativos,<br />
a autonomia nos estudos, são aspectos que marcam essa nova<br />
fase. Por isso esse período especial merece toda atenção do ambiente<br />
escolar e familiar, criando uma ponte entre uma fase e outra com o objetivo<br />
de que a criança consiga se adaptar às transformações e seguir<br />
com o aprendizado. “Por se tratar do ingresso em uma outra etapa, é<br />
fundamental que exista um equilíbrio nas mudanças que serão introduzidas,<br />
considerando as especificidades da natureza das mediações de<br />
cada uma. É necessário pensar, de forma conjunta, em estratégias de<br />
acolhimento e adaptação para que essa transição ocorra de maneira<br />
natural”, explica Adriana Novis.<br />
56 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Nova escola<br />
A família tem papel fundamental ao participar ativamente da transição e<br />
da decisão pela mudança da escola, transmitindo estabilidade e firmeza<br />
à criança, para que ela se sinta propensa a encarar as novas mudanças.<br />
É necessário ainda proporcionar autonomia ao aluno e estimulá-lo a vencer<br />
mais esse desafio. Adriana conta que, com a chegada do novo aluno<br />
na escola, o momento do acolhimento se faz ainda mais importante. E<br />
destaca que se mudanças já são difíceis e trazem inseguranças para os<br />
adultos, imagine para o universo da criança. Por isso é fundamental que<br />
os pais transmitam a confiança necessária e ofereçam suporte e apoio<br />
adequados para que a criança consiga superar com sucesso essa transformação<br />
em sua vida.<br />
“O diálogo aberto e acolhedor é essencial nesse momento. É necessário<br />
acolher os sentimentos da criança e suas expectativas, permitindo<br />
que ela construa suas narrativas; se colocar ao lado dela é fundamental,<br />
para que ela esteja segura nos desafios que serão enfrentados. É importante<br />
também que a criança, desde pequena, perceba a importância<br />
dessas mudanças, o quanto podemos amadurecer e construir novas<br />
aprendizagens com esses desafios. E contar com a presença afetiva e<br />
acolhedora do adulto faz toda a diferença nessa caminhada”, completa.<br />
“Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, o nosso projeto está<br />
pautado na valorização da cultura da infância, reconhecendo o valor<br />
da criança e desenvolvendo todas as suas potencialidades através de<br />
diferentes linguagens. A ludicidade e o afeto permeiam as nossas propostas<br />
para que a criança se sinta segura e acolhida no nosso espaço<br />
educativo. O Programa Bilíngue também é um diferencial, desenvolvendo<br />
habilidades e competências por meio de metodologias ativas<br />
em um contexto de imersão na língua inglesa. Com um currículo para a<br />
formação integral, o colégio busca desenvolver todas as dimensões do<br />
sujeito a partir de propostas que dialogam com as demandas do tempo<br />
presente”, conclui a coordenadora.<br />
O Projeto Pedagógico do Colégio Antônio<br />
Vieira promove uma educação de<br />
excelência, contribuindo para a formação<br />
de cidadãos competentes, conscientes,<br />
compassivos, criativos e comprometidos,<br />
inspirados em princípios inacianos.<br />
O colégio oferece espaços preciosos<br />
voltados para o contato com a natureza,<br />
como o Espaço Criançando e o Bosque, tão<br />
necessários para o desenvolvimento de<br />
uma consciência ecológica e a construção<br />
de uma relação mais respeitosa com o<br />
planeta. Esses espaços também oportunizam<br />
o desenvolvimento de práticas<br />
pedagógicas inovadoras que se conectam<br />
com os desafios da contemporaneidade e<br />
potencializam o projeto educativo.<br />
fala mamãe<br />
Eram muitas incertezas no início<br />
do ano letivo. Mas, ali começava<br />
o nosso acolhimento. No primeiro<br />
dia, aquele friozinho na barriga,<br />
mais na nossa do que na dela,<br />
acredito. Na sala de aula do Vieirinha<br />
foi onde o encanto da formação<br />
acadêmica acontecia, acompanhado de olhares e sorrisos<br />
gerando novos vínculos afetivos. Seguimos e quando<br />
percebemos, já estávamos no final do ano e notamos que<br />
a inclusão foi natural e tranquila. Renovou o desejo de<br />
continuar fazendo parte da comunidade vieirense.<br />
Ariadne Domingues Almeida, mãe de Victória Domingues Almeida<br />
de Macedo e Santana, 3º ano.<br />
Quer saber mais sobre o Colégio<br />
Antônio Vieira? Então aponte<br />
a câmera do seu celular para o<br />
código QR Code e acesse o site!<br />
Av. Leovigildo Filgueiras, Garcia, 683 - Salvador - BA<br />
71 99415-0131 (7h às 13h)<br />
71 99415-0108 (13h às 18h)<br />
@vieira_Oficial<br />
vieiraoficial
Saúde<br />
A pandemia, com a necessidade de isolamento<br />
social, suspensão das aulas presenciais nas<br />
escolas, mudança no ambiente de trabalho<br />
dos pais e todas as incertezas que estamos<br />
vivenciando, trouxe para as famílias mudanças<br />
significativas no estilo de vida hoje e amanhã.<br />
Especialistas respondem perguntas sobre<br />
aspectos importantes em relação ao cotidiano<br />
das crianças e os desafios de manter uma rotina<br />
e um ambiente familiar saudável. Confira:<br />
Divulgação<br />
pandemia e no pós-pandemia?<br />
Por Adriana Cardoso<br />
(Pediatria e terapia intensiva)<br />
Fale com<br />
dra.adriana_cardoso<br />
O isolamento social aumentou os transtornos de<br />
ansiedade e humor, depressão, distúrbios do sono<br />
e gastrointestinais que interferem no apetite, inibindo ou aumentando<br />
a saciedade, promovendo uma busca pelos alimentos industrializados,<br />
ultraprocessados e de fácil e rápida preparação com alto teor de açúcares,<br />
que permitem uma ativação do mecanismo cerebral da recompensa<br />
com liberação de neutrotransmissores responsáveis pelo prazer, como a<br />
serotonina e a dopamina.<br />
Para as crianças essa repercussão é ainda maior. Como o principal estímulo<br />
para o ato de se alimentar é o prazer, sem preocupação com o<br />
aspecto nutricional dos alimentos, o momento atual é uma armadilha para<br />
desencadear transtornos alimentares, como compulsão, bulimia e até<br />
anorexia nervosa com consequências graves, como sobrepeso, obesidade,<br />
hipertensão, dislipidemia, distúrbios psíquicos e emocionais.<br />
PARA INSERIR OU MANTER UMA<br />
ROTINA ALIMENTAR SAUDÁVEL NA<br />
FAMÍLIA, ALGUNS HÁBITOS SÃO<br />
INDICADOS:<br />
Preparar as próprias refeições, escolhendo<br />
ingredientes, o modo de preparo e a higienização.<br />
Envolver as crianças nesse processo contribui para<br />
que se sintam inseridas no contexto familiar e<br />
aumenta o prazer pelos alimentos;<br />
Utilizar jogos e brincadeiras que envolvam<br />
o conhecimento sobre alimentos saudáveis,<br />
promovendo o movimento do corpo e atividades<br />
físicas, pois esses hábitos estimulam as crianças a<br />
aceitarem esses alimentos nas refeições;<br />
Compartilhar o momento da refeição em família,<br />
interagindo com a criança, evitando distração<br />
com telas e incentivando as escolhas saudáveis. O<br />
exemplo é a maior fonte motivadora no processo<br />
educacional;<br />
Variar a forma de apresentação das refeições<br />
com pratos coloridos, bonitos, cheirosos e saborosos<br />
motivam a criança a comer;<br />
ATENÇÃO!<br />
O momento da pandemia trouxe aos pais um<br />
desafio muito grande no processo da alimentação,<br />
favorecendo que sejamos nossos próprios<br />
sabotadores e de nossos filhos. Precisamos seguir<br />
o propósito de transformar o futuro das próximas<br />
gerações, contribuindo para formar adultos<br />
saudáveis e competentes alimentares.<br />
58 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Fa<br />
Por Dra. Luciana Sobral<br />
(Pneumologia pediátrica e pediatria)<br />
Fale com dralucianasobral<br />
O processo de aprendizagem é muito complexo<br />
e vai além da simples transmissão de conteúdos<br />
escolares. Ele envolve mecanismos neuropsicossociais,<br />
como sensação, percepção, atenção,<br />
memória, linguagem e emoção, essenciais para<br />
a aquisição da aprendizagem significativa. Nesse<br />
sentido, a resposta à pergunta/tema dessa breve<br />
reflexão é sim. A ansiedade e o medo impactam na<br />
aprendizagem de crianças e adolescentes devido<br />
aos processos metodológicos potencialmente mais<br />
extenuantes que estudantes estão sendo expostos<br />
na conjuntura atual da pandemia.<br />
As aulas on-line, que foram implementadas como<br />
alternativa para garantir a continuidade do ano letivo<br />
com a manutenção dos conteúdos programáticos,<br />
têm sido um desafio para pais e alunos. Fatores<br />
como exposição excessiva às telas, limitações<br />
do acesso à internet e suas instabilidades, dificuldade<br />
em manter crianças concentradas e<br />
a necessidade de acompanhamento mais de<br />
perto por um adulto para manipular esta ferramenta,<br />
dentre outros, promoveram o aumento<br />
de ansiedade e elevaram o nível de estresse em<br />
algumas famílias, o que repercutiu na capacidade<br />
de aprendizagem, podendo comprometer o desempenho<br />
escolar.<br />
Além disso, muitas famílias sofreram com a doença<br />
de algum familiar pela covid-19 ou perderam<br />
entes queridos, ou ainda tiveram uma perda importante<br />
da sua renda mensal diante da crise econômica<br />
que foi agravada pela pandemia. Todos esses<br />
fatores podem aumentar a frequência de distúrbios<br />
emocionais e comportamentais, influenciando na<br />
capacidade de concentração, interesse no estudo,<br />
memorização, raciocínio lógico e, consequentemente,<br />
na aprendizagem dos jovens.<br />
O que o excesso de exposição às telas<br />
pode provocar nas crianças?<br />
Por Renata Episcopo<br />
(Neurologia pediátrica)<br />
Fale com<br />
dra.renataepiscopo<br />
Nesse momento de pandemia nossas<br />
crianças e adolescentes, que estão em<br />
aula on-line, ficam no mínimo quatro horas<br />
por dia em frente às telas do celular ou<br />
computador, sem contar com as horas que permitimos<br />
assistirem vídeos, jogos virtuais e redes sociais.<br />
De acordo com artigos científicos mais recentes, o excesso de telas e<br />
videogames pode levar a alterações, como atraso cognitivo e atraso na<br />
linguagem, aumento da ansiedade e da irritabilidade, déficits sensoriais<br />
e na coordenação motora, uma vez que a criança deixa de brincar ao<br />
ar livre e experienciar diferentes estímulos externos. Também podem<br />
ocorrer alterações no padrão do sono, com piora da qualidade e perda<br />
auditiva por ruídos, se houver utilização de fones por muito tempo.<br />
Em muitos momentos esse excesso ocorre como fuga de sentimentos<br />
perturbadores e emoções difíceis, fazendo com que nossas crianças<br />
e adolescentes deixem de experimentar as frustrações que o convívio<br />
presencial impõe. Diante disso, precisamos pensar que quanto<br />
mais nossos filhos ficam expostos às telas menos participam da vivência<br />
familiar e mais nos afastamos deles. Nesse momento é necessário<br />
calma e ponderação para lidarmos com a situação, pois nada substitui<br />
o contato, o apego e o afeto humano.<br />
Por Carolina Freire<br />
(Hematologia pediátrica e pediatria)<br />
Fale com<br />
carolfreireped<br />
A adaptação às aulas on-line também afetou<br />
muito as famílias. A escola oferece segurança<br />
aos pais pela certeza da aprendizagem, convívio, vivências<br />
e crescimento. Elas precisaram se adaptar, lançaram novas formas<br />
de ensinar, e aos professores veio o encargo de fazer aprender e<br />
manter os alunos interessados. E para os pais? Uma loucura. Crianças<br />
em casa, pais em home office (muitas vezes com carga horária e nível<br />
de estresse superiores ao trabalho presencial) ou saindo para trabalhar,<br />
como dar conta do home schoolling?<br />
Para muitos pais de crianças menores de 4 anos foi impossível manter<br />
as aulas, sendo necessário suspender a matrícula da escola. Decisão<br />
difícil. Nessa faixa etária, com raras exceções, as crianças toleram<br />
pouco tempo na frente de computadores por mais lúdica que seja a<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 59
Saúde<br />
aula. E os pais precisaram fazer atividades<br />
em casa com livros e artes para tentar<br />
não deixar o “tempo tão perdido”.<br />
Crianças entre 5 a 12 anos, a dificuldade<br />
é de acordo com o perfil do<br />
próprio aluno, tempo de aula planejado<br />
pela escola e possibilidade de<br />
apoio logístico em casa. Eles precisam<br />
de suporte para conectar, cumprir horário, oferecer<br />
lanche e uma carinho no meio do dia. Mas como<br />
fazer isso se estou trabalhando? O segredo é rotina,<br />
deixando escrito o que a criança vai fazer no dia, as<br />
tarefas programadas com antecedência e até que horas<br />
você voltará para casa. Organizar um responsável<br />
que possa estar perto, como babá, avós e irmão mais<br />
velho na ausência dos pais, ajuda bastante.<br />
Adolescentes, teoricamente, não têm dificuldade<br />
técnica com esse modelo de aula, pois manejam<br />
bem a internet. Todavia, estar longe dos colegas, ficar<br />
sentado muito tempo no computador, provas e<br />
muita cobrança têm afetado o comportamento deles.<br />
O apoio é sempre fundamental independentemente<br />
da demanda da escola.<br />
Se está trabalhando fora, vale uma ligação e perguntar<br />
se está tudo bem, e ao chegar em casa tente<br />
não fazer cobranças imediatas, mas valorize o esforço<br />
e veja o que ficou faltando para cumprir tranquilamente,<br />
porque está difícil para eles também, né?<br />
Vamos usar leveza na condução dos nossos filhos<br />
e, juntos, superar esse momento tão difícil.<br />
Por Maria Bahia<br />
(Nefrologia pediátrica<br />
e pediatria)<br />
Fale com mariambahia<br />
Primeiro é importante manter um<br />
diálogo claro com os filhos, explicando<br />
para eles toda a situação no<br />
mundo e os desafios que a pandemia<br />
do coronavírus está impondo<br />
às famílias tanto relacionadas às<br />
restrições sociais, supervisão e reforço<br />
de higiene como também da<br />
necessidade de controle e planejamento<br />
financeiro nesse momento<br />
de crise. Quando as crianças<br />
têm compreensão das situações e<br />
desafios, se sentem mais seguras<br />
e não dão margem às fantasias da<br />
imaginação, ficando mais confiantes<br />
e menos ansiosas.<br />
A criança sente-se segura quando<br />
tem uma rotina planejada com<br />
expectativa clara. Uma dica muito<br />
importante é tentar manter uma<br />
rotina de atividades diárias, com<br />
a prática de exercícios físicos e<br />
passeios ao ar livre, mantendo<br />
as regras de proteção individual<br />
como o uso de máscaras e limpeza<br />
das mãos com álcool em<br />
gel. É importante também que a<br />
criança tome banho, troque de<br />
roupa e se arrume antes da aula<br />
on-line, para que ela entenda<br />
que a escola continua sendo um<br />
importante compromisso social e<br />
de aprendizado.<br />
Brincar em casa, dançar, cantar,<br />
ler um livro, contar histórias e relembrar<br />
brincadeiras do passado,<br />
como cantigas de roda, esconde-<br />
-esconde, cabra cega e deixando<br />
rolar a imaginação, são oportunidades<br />
incríveis de interação com<br />
nossos filhos. Outra dica muito<br />
interessante é criar senso de cooperação<br />
e responsabilidade na<br />
criança, dividindo sob supervisão<br />
do adulto atividades domésticas<br />
simples, como forrar a cama, lavar<br />
a louça e até preparar alimentos<br />
simples. E com amor e organização,<br />
dá para criar em casa um ambiente<br />
acolhedor, lúdico e alegre<br />
para os filhos e toda a família.<br />
Aponte a câmera<br />
para o código QRCode<br />
e conheça melhor<br />
a Humaninhos!<br />
Rua Eduardo José dos Santos nº 43<br />
Edf. Vitraux, sala 401 e 4<strong>02</strong> – Salvador-BA.<br />
71 3497-1606 / 99603-1606<br />
www.clinicahumaninhos.com.br<br />
@humaninhos<br />
60 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 61
De olho na tela<br />
// por Larissa Machado<br />
foto divulgação<br />
*Larissa Machado é<br />
psicopedagoga, Esp. Psicologia<br />
Escolar (PUC), Educadora<br />
Parental (PDA/USA) e Mestre<br />
em Psicologia da Educação<br />
pela (UNICAMP). Vice-diretora<br />
pedagógica da Escola Tempo<br />
de Criança. Psicanalista em<br />
consultório particular e Membro<br />
do Instituto Viva Infância.<br />
Não podemos negar que a tecnologia chegou para ficar e trouxe inquestionáveis<br />
avanços e possibilidades tanto em relação ao conhecimento e informação quanto<br />
em relação a entretenimento e interação social<br />
Foi pela existência da tecnologia que escolas conseguiram manter-se<br />
conectadas e interagindo com seus alunos, mesmo exigindo muitas<br />
adaptações nesse período pandêmico, assim como adultos puderam<br />
estar em home office acompanhando seus filhos em casa e interagindo<br />
com outros familiares no tempo de isolamento social. São inúmeros<br />
os exemplos que poderíamos listar das vantagens que as telas nos trouxeram.<br />
Temos na palma da mão: lanterna, câmera fotográfica, filmadora,<br />
calculadora, jogos, enciclopédia, banco, agência de turismo, cursos, restaurantes,<br />
filmes, músicas, GPS, transporte etc.<br />
No entanto, o uso das telas pelas crianças e adolescentes tem<br />
sido alvo de sérias e constantes preocupações de especialistas e<br />
educadores. Onde está o perigo? O excesso de tempo de exposição<br />
retira da criança a possibilidade de experiências imprescindíveis ao seu<br />
desenvolvimento saudável. Enquanto as crianças estão indiscriminadamente<br />
em frente às telas, estão deixando de correr, pular, dançar, escorregar,<br />
pintar, desenhar, conversar, brincar, inventar, imitar, argumentar,<br />
ceder, brigar, se desculpar, jogar... experiências constituintes para<br />
qualquer ser humano e que só se vive com outros seres humanos, seja<br />
da mesma idade, mais velhos, mais novos ou com adultos.<br />
Atenção!<br />
A Sociedade Brasileira de Pediatria publicou uma cartilha de orientação<br />
recomendando a proibição do uso de telas para crianças de<br />
0 a 2 anos. Crianças de 3 a 6 anos apenas recomenda-se uma hora<br />
por dia com supervisão direta. A Sociedade Americana faz a mesma<br />
recomendação e nós insistimos em entregar nas mãos das crianças<br />
esses recursos sem limites e sem supervisão, acreditando que não<br />
há riscos e que estão ali no sofá, na sala ou no quarto se divertindo.<br />
Há riscos sim e são inúmeros quando não há o respeito à idade que se<br />
deve dar esses recursos, quando são ofertados sem controle de exposi-<br />
ção, tempo e conteúdo e, fundamentalmente, quando<br />
não há mediação do adulto, ou seja, conversa, acompanhamento<br />
e interação cotidiana. Diversas pesquisas<br />
já comprovam os riscos como: crianças com atraso de<br />
linguagem, empobrecimento de interação social, comprometimento<br />
motor, autoestima rebaixada, isolamento<br />
social por hiperexposição digital precoce e continuada.<br />
O grande prejuízo é causado pela falta de vivência<br />
e experiência numa vida analógica, aqui e agora,<br />
real. A tecnologia traz uma nova demanda para<br />
os pais e para as escolas: acompanhar as crianças e<br />
adolescentes bem de perto, de olhos bem abertos,<br />
orientando e oferecendo experiências concretas no<br />
mundo real, que deem lastros e bagagem para viver<br />
as experiências no mundo virtual. Dessa forma, acompanhando<br />
e sabendo o que as nossas crianças e adolescentes<br />
assistem, conhecendo os seus interesses<br />
e entrando no mundo deles, estaremos mais aptos<br />
a decidir o que permitir e proibir, a limitar e a intervir<br />
imediatamente diante de um perigo identificado.<br />
A conexão construída pela presença, diálogo,<br />
limites, experiências afetivas, sociais e corporais<br />
criam repertórios simbólicos, os quais ajudarão as<br />
crianças e adolescentes a lidarem com as vivências<br />
digitais, pois não há outra forma de proteção.<br />
www.escolatempodecrianca.com.br/ www.larissamachadooficial.com.br<br />
secretaria@escolatempodecrianca.com.br<br />
71 3451-5314/ 71 9 9981-6209<br />
62 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 63
Educação Socioemocional<br />
// Por Rafaela Lopes<br />
foto divulgação<br />
*Rafaela Lopes é mediadora<br />
de Conflitos e Fundadora do<br />
Programa Jovens Veritas<br />
Como fica o emocional das crianças no<br />
retorno às aulas presenciais?<br />
Divulgação<br />
O<br />
tão esperado retorno presencial<br />
nas escolas guarda<br />
desafios para além dos<br />
protocolos de higienização<br />
e segurança. A privação da presença,<br />
do brincar e conviver na<br />
sociedade, principalmente na<br />
rotina escolar, tornou mais difícil<br />
para as crianças aprenderem a<br />
expressar suas emoções<br />
e resolverem seus conflitos.<br />
No entanto,<br />
a estratégia<br />
adotada<br />
por muitos<br />
gestores<br />
tem sido de evitar mudanças e<br />
repetir “o mesmo currículo” de<br />
2<strong>02</strong>0, mas um verdadeiro risco<br />
será o de não se adaptar.<br />
Para além da obrigatoriedade<br />
já exigida pela Base Nacional Comum<br />
Curricular (BNCC), a escola<br />
em 2<strong>02</strong>1 pode desenvolver o<br />
socioemocional de forma preventiva<br />
e mais eficiente, adotando<br />
práticas especializadas. Mesmo<br />
aquelas que já cuidam desse desenvolvendo<br />
de maneira sensível,<br />
podem se beneficiar da<br />
sistematização de um programa<br />
com metodologias<br />
de ensino inovadoras, acolhimento<br />
das famílias e fortalecimento<br />
dos professores.<br />
Jovens Veritas nas escolas<br />
Já adotado pela Escola Gurilândia<br />
International School, o Jovens<br />
Veritas – Programa Socioemocional<br />
–, oferece material didático<br />
com linguagem e formato adequado<br />
para estudantes do 1º ao<br />
9º anos do Ensino Fundamental.<br />
Utilizando a psicopedagogia e ludicidade<br />
em instrumentos como a<br />
lente, o microfone e o estetoscópio<br />
do amor, as crianças são<br />
estimuladas a aprenderem a ser<br />
e conviver, enxergando as pessoas<br />
com mais empatia, verbalizando<br />
a verdade de seus corações e<br />
escutando o que os outros estão<br />
sentindo, mas não estão dizendo.<br />
São habilidades para a vida<br />
que ressignificam o conflito inspiradas<br />
na metodologia da Harvard<br />
Law School, com dinâmicas de<br />
role play simulation, exercitando o lugar do outro e<br />
o diálogo com respeito mútuo para a construção de<br />
ideias. O programa também acolhe as famílias instruindo-as<br />
no aprendizado socioemocional através<br />
dos “Manuais e Oficinas das Famílias” para promover<br />
a sinergia entre a comunidade escolar e cada<br />
núcleo familiar. E ainda cuida dos professores e os<br />
estimula a desenvolverem essas habilidades primeiro<br />
em suas vidas para então facilitarem o<br />
aprendizado das crianças e adolescentes.<br />
O Jovens Veritas está disponível para escolas<br />
de todo o Brasil por meio de adesão<br />
ao material didático com aplicação semanal<br />
curricular, sendo possível sua adequação<br />
à realidade de cada instituição.<br />
Quer o Programa Jovens Veritas<br />
em sua escola? Assista o vídeo<br />
através do QR Code e saiba mais.<br />
conexao@jovensveritas.com<br />
www.jovensveritas.com.br<br />
@jovensveritas<br />
/jovensveritas<br />
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64 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 65
O Dom de <strong>Educar</strong><br />
O cuidado com as crianças, e o impulsionar do desenvolvimento das<br />
suas habilidades e competências, faz toda a diferença no ato de educar<br />
Luciana Costa<br />
Cada pessoa tem uma história particular e única<br />
formada por sua estrutura biológica, psicológica,<br />
social e cultural. Ninguém é igual a ninguém. É assim<br />
na vida, é assim na escola. Durante a vida escolar,<br />
crianças e jovens passam por diversos desafios<br />
que, com acolhimento e intervenções individuais, podem<br />
ser superados de forma positiva. E é exatamente<br />
Foto: Thiago Del Rey<br />
essa proposta que o<br />
Instituto Dom de<br />
<strong>Educar</strong> carrega<br />
no seu DNA. A<br />
instituição tem<br />
como principal<br />
missão proporcionar<br />
aos seus alunos<br />
um olhar diferenciado<br />
desde o primeiro momento da<br />
chegada à escola.<br />
“Propomos uma educação<br />
Foto: Andrea Cedraz<br />
para a vida, entendendo<br />
a criança e o jovem<br />
sob uma perspectiva<br />
integral do desenvolvimento<br />
em que<br />
corpo, emoção e razão<br />
não se separam.<br />
Trabalhar as competências<br />
socioemocionais é acreditar<br />
em uma educação que possa<br />
ultrapassar os muros da escola e<br />
impactar tanto o indivíduo quanto a<br />
comunidade em que está inserido”,<br />
explica a psicóloga educacional<br />
do Dom, Ludmila Veiga.<br />
Longe de ser um modismo, a<br />
educação socioemocional é o<br />
processo através do qual os<br />
alunos aprendem, dentro do<br />
currículo escolar, atitudes e habilidades<br />
para lidarem com as<br />
emoções, algo que se tornou<br />
tão necessário em tempos de<br />
pandemia. E nesse contexto,<br />
é fundamental o papel do professor:<br />
“A função do educador<br />
não é mais um ‘dador de aulas’,<br />
mas sim um mediador cuidadoso<br />
que, com suas ações, configura<br />
o cenário pedagógico de modo a<br />
promover situações de verdadeira<br />
e significativa aprendizagem, cola-<br />
66 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Diretor de operações do Instituto Dom<br />
de <strong>Educar</strong>, Prof. Ms. Jose Antonio Lima<br />
borando com o desenvolvimento integral dos<br />
estudantes”’, afirma a psicóloga.<br />
Acolhimento na pandemia<br />
É um desafio grande acolher o<br />
outro quando ele não está fisicamente<br />
presente. “Nós tivemos que<br />
modificar esse entendimento da<br />
palavra acolher. O que nós fizemos<br />
foi criar uma série de canais virtuais individuais,<br />
acolhemos as famílias nas suas<br />
particularidades, oferecemos apoio psicológico,<br />
realizamos atendimento por telefone e suporte via<br />
e-mail. Também acolhemos do ponto de vista financeiro,<br />
desde manter as bolsas iniciais de 25%, e criamos<br />
um programa de isenção 100% para quem perdesse<br />
o emprego. Tudo isso é acolhedor, e saliento<br />
que o nosso olhar foi diferenciado”, diz o diretor de<br />
operações do Instituto Dom de <strong>Educar</strong>, Prof. Ms.<br />
Jose Antonio Lima.<br />
Parceria: escola e família<br />
A suspensão das aulas presenciais, em razão da<br />
pandemia provocada pelo novo coronavírus, gerou<br />
uma série de desafios. A interação de todos os<br />
atores envolvidos, como família, escola, professores<br />
e alunos, que já é determinante com o ensino<br />
presencial, ganhou ainda<br />
mais relevância<br />
nesse período<br />
Foto: Andrea Cedraz<br />
Foto: Andrea Cedraz<br />
de aulas remotas.<br />
“Inicialmente<br />
foi preciso<br />
oferecer<br />
e utilizar ferramentas<br />
tecnológicas<br />
diversas<br />
em busca de atingir a<br />
todos, e de pronto enxergamos<br />
um aumento substancial na curva<br />
de aprendizagem da cultura<br />
digital”, disse a vice-diretora<br />
Prof. Ms. Lílian Perrenoud.<br />
Segundo a gestora, o momento<br />
foi nada mais do que um gatilho<br />
para que, juntos, todos os envolvidos<br />
tivessem um novo olhar para<br />
a educação: “Todos se tornaram<br />
aprendizes ao mesmo tempo, vivendo<br />
essa situação que nunca<br />
imaginamos que passaríamos.<br />
E, como sociointeracionistas que<br />
somos, acreditamos que o conhecimento<br />
brota da troca, e por<br />
“O que nós<br />
fizemos foi criar<br />
uma série de<br />
canais virtuais<br />
individuais,<br />
acolhemos as<br />
famílias nas suas<br />
particularidades,<br />
oferecemos<br />
apoio psicológico,<br />
realizamos<br />
atendimento por<br />
telefone e suporte<br />
via e-mail”<br />
isso continuamos (gestores,<br />
professores, alunos e familiares)<br />
diariamente envolvidos, ou<br />
melhor, conectados uns aos outros<br />
em busca de cumprir com<br />
nossa função não apenas pedagógica,<br />
mas também social”.<br />
Para Lilian, o diferencial institucional<br />
está no cuidado com<br />
o humano no tratamento individualizado<br />
feito por toda a<br />
equipe que busca conhecer a<br />
realidade de cada um, como<br />
suas particularidades, anseios<br />
e dificuldades, e oferece o melhor<br />
de acordo com suas necessidades.<br />
E esse olhar está<br />
presente nas ações diárias. “O<br />
desenvolvimento de inúmeros<br />
projetos ao longo do ano, seja<br />
de forma presencial ou remota,<br />
traz à tona aspectos positivos<br />
dentro da individualidade e do<br />
envolvimento de cada aluno.<br />
Não queremos apenas ensinar<br />
conteúdos, mas formar cidadãos”,<br />
acrescenta Perrenoud.<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 67
O Dom de <strong>Educar</strong><br />
Foto: Andrea Cedraz<br />
Equipe que faz acontecer<br />
do Instituto Dom de <strong>Educar</strong><br />
Google for Education<br />
O Dom de <strong>Educar</strong> é um dos<br />
colégios no Brasil que faz uso<br />
do Google for<br />
Education, uma<br />
plataforma educacional<br />
colaborativa<br />
que possibilita<br />
às escolas,<br />
professores e estudantes extrapolarem<br />
a sua criatividade<br />
no uso da tecnologia em sala<br />
de aula. “Algumas escolas<br />
aqui da Bahia também são<br />
participantes do Google for<br />
Education, mas nós somos a<br />
única escola que vamos nos<br />
certificar como Escola Referência<br />
Google, ou seja, é uma<br />
escola que terá entre outras<br />
coisas a possibilidade de formar novas<br />
escolas dentro do Google for Education”,<br />
destacou o diretor, Toni Lima.<br />
De acordo ainda com o professor, a visão<br />
de futuro do Dom contou<br />
com uma estratégia traçada<br />
desde 2018, quando<br />
a instituição fez um investimento<br />
financeiro na aquisição<br />
dessa plataforma. Isso<br />
fez com que o Dom de <strong>Educar</strong> estivesse preparado<br />
para enfrentar as aulas on-line. “Quando<br />
aconteceu a pandemia, nós já estávamos preparados.<br />
O Dom já tinha a ferramenta certa, as<br />
pessoas treinadas e a metodologia. Então o que<br />
fizemos foi pegar essa metodologia nova e começamos<br />
a fazer o uso dela. A gente precisa<br />
estar sempre atento àquilo que pode ser agregado<br />
no presente porque isso definirá, muitas<br />
vezes, o que seremos no futuro”, finaliza o diretor<br />
geral Toni Lima.<br />
Saiba mais sobre<br />
o Dom de <strong>Educar</strong>!<br />
Aponte a câmera<br />
do seu celular para<br />
o código QR Code e<br />
conheça mais sobre a instituição.<br />
Do Infantil ao Ensino Médio e<br />
Período Integral<br />
www.domdeeducar.com<br />
@domdeeducar<br />
Av. Luís Viana Filho, 8812 - Paralela<br />
71 3254-6655<br />
68 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 69
Kumon Brotas - Horto Florestal<br />
Seu filho é um<br />
aluno autodidata?<br />
Com a missão de formar alunos autodidatas, o Kumon<br />
vem criando uma geração que carrega desde a infância o<br />
hábito de estudar diariamente. O aluno da unidade Horto<br />
Florestal é incentivado a ter autonomia nos estudos e<br />
buscar sempre fortalecer seu potencial de aprendizado<br />
Yêda Nunes<br />
Divulgação<br />
O<br />
Método Kumon tem como<br />
objetivo primordial desenvolver<br />
ao máximo o potencial do<br />
aluno, ou seja, a sua postura<br />
autodidata. “O estudo multidisciplinar<br />
faz toda a diferença para o<br />
aluno, pois cada disciplina tem seu<br />
objetivo específico. A matemática<br />
desenvolve o raciocínio lógico e<br />
a capacidade de cálculos, o português<br />
e o inglês desenvolvem o<br />
hábito de leitura, a interpretação<br />
de textos e oferecem a gramática<br />
contextualizada com amplo vocabulário<br />
e excelência para a comunicação<br />
oral e escrita do aluno”,<br />
explica Ramaiana de Souza R.<br />
Bispo, educadora, filha de educadores,<br />
orientadora e franqueada<br />
há treze anos da Unidade<br />
Brotas - Horto Florestal.<br />
Para ela, a<br />
capacidade de<br />
aprender qualquer<br />
assunto<br />
sem ser ensinado<br />
possibilita ao<br />
aluno ser o que<br />
ele quiser e quando<br />
quiser. O processo de<br />
aprendizagem do Método Kumon<br />
é planejado e individualizado,<br />
assim o aluno se torna confiante<br />
e capaz de enfrentar sozinho o<br />
“Por ser um método<br />
autoinstrutivo, onde<br />
o aluno desenvolve<br />
os exercícios com o<br />
mínimo de dicas do<br />
orientador, o indivíduo<br />
cria uma postura<br />
autodidata”<br />
Ramaiana de Souza R. Bispo<br />
Franqueada Unidade Horto Florestal<br />
desafio da conquista do conhecimento.<br />
De acordo com Anderson<br />
Félix, gerente do setor de desenvolvimento<br />
de novas<br />
unidades, não existe<br />
nenhum<br />
milagre<br />
na formação de<br />
um autodidata,<br />
o segredo é estudar<br />
e o Kumon<br />
ajuda o aluno a<br />
desenvolver essa<br />
característica.<br />
“Por<br />
ser um método autoinstrutivo,<br />
onde o aluno desenvolve<br />
os exercícios com o mínimo de dicas<br />
do orientador, o indivíduo cria<br />
uma postura autodidata”, explica.<br />
Benefícios do método<br />
A orientadora Ramaiana da unidade Brotas - Horto<br />
Florestal destaca as seguintes vantagens do método:<br />
autoconfiança, administração do tempo, capacidade<br />
de execução de tarefas, concentração, responsabilidade,<br />
disciplina, determinação, autonomia, independência,<br />
respeito ao próprio ritmo, autoavaliação,<br />
superação e autodidatismo. “Reconheço que a educação<br />
é um legado promissor e transformador. Quero<br />
que meu filho João aprenda a superar seus desafios<br />
com sabedoria e o mínimo de sofrimento. O Kumon<br />
para mim e para os meus familiares não é mais um método,<br />
é uma filosofia, e o nosso papel é direcionar o<br />
aluno nos estudos, de modo que ele consiga aprender<br />
conteúdos de maneira independente”, finaliza.<br />
MATRICULE SEU FILHO NA UNIDADE<br />
KUMON BROTAS - HORTO FLORESTAL<br />
71 98713-0673<br />
kumon_hortoflorestal@hotmail.com<br />
kumon_brotas_hortoflorestal<br />
/kumonbrotashortoflorestal<br />
Acesse o QR Code e<br />
conheça o instagram<br />
da unidade!<br />
70 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Dicas de livros<br />
// por Emília Nunez<br />
foto divulgação<br />
*Emília Nunez é mãe, escritora,<br />
apaixonada por livros e<br />
idealizadora do projeto “Mãe<br />
Que Lê” (@maequele).<br />
A escritora Emilia Nuñez atua no mercado editorial desde<br />
2016 quando lançou seu primeiro livro, o best seller “A<br />
Menina da Cabeça Quadrada”, e até hoje, todos os seus<br />
lançamentos fazem muito sucesso. Confira alguns livros de<br />
autores da nossa Bahia que ela indica aos papais e mamães:<br />
Editora: Letra A<br />
Renata Fernandes<br />
em companhia de<br />
sua mãe, Teresa, e<br />
do ilustrador, Heitor<br />
Neto, vêm alegrar a<br />
criançada com uma<br />
história divertida<br />
e cheia de ensinamentos<br />
sobre uma<br />
aranha boa de bola.<br />
Editora: Caramurê<br />
Nesse belíssimo livro a autora, Mabel<br />
Velloso, e a ilustradora, Carol Feitosa,<br />
retratam uma deliciosa conversa em<br />
família e homenageiam as professoras.<br />
Editora: Tibi<br />
Um livro imagem escrito por mim e<br />
ilustrado por Anna Cunha. Nas palavras<br />
da ilustradora, é um livro infinito,<br />
reescrito a cada momento por quem<br />
abre essas páginas e se dispõe a<br />
desvendá-las.<br />
Publicação independente<br />
As escritoras, Carol Adesewa<br />
e Paulyene Nogueira,<br />
e o ilustrador, Maurício<br />
Teixeira, trazem um livro precioso<br />
sobre a importância do<br />
cultivo dos alimentos e do<br />
reconhecimento das nossas<br />
raízes e ancestralidade.<br />
Publicação independente<br />
A ilustradora, Ana Paula, retrata 31 sereias lindíssimas<br />
vivendo o período de isolamento social. A jovem<br />
e talentosíssima artista de Ilhéus fez um financiamento<br />
coletivo bem-sucedido para a publicação do livro.<br />
Editora: Caramurê<br />
Mendax, o ladrão de histórias é um livro<br />
intrigante que retrata uma Salvador<br />
culturalmente pulsante e efervescente.<br />
O autor Breno Fernandes se confirma<br />
como um dos grandes nome atuais da<br />
literatura baiana também para jovens.<br />
Editora: Mil Caramiolas<br />
Escrito por Lulu Lima e ilustrado por<br />
Lalan Bessoni, O menino e o mar é um<br />
livro encantador que mostra o encontro<br />
de duas crianças frente ao mar e revela<br />
muitas formas de ver e sentir o mundo.<br />
Editora: Cogito<br />
A escritora, Ana Fátima, e a ilustradora,<br />
Quezia Silveira, nos presenteiam<br />
com Makeba, uma menina que<br />
mostra a beleza do que aprendemos<br />
em família e também as descobertas<br />
da primeira ida à escola.<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 71
Volta às aulas<br />
No retorno às aulas presenciais o Colégio Miró realiza um movimento<br />
de receber as crianças de maneira lúdica e leve, para que a criança<br />
sinta-se acolhida e segura no nesse novo ambiente escolar<br />
Luciana Costa e Yêda Nunes Andréa Cedraz<br />
O<br />
toque e o carinho físico sempre estiveram presentes no ambiente<br />
do Colégio Miró, de forma muito natural. Entretanto, o cenário<br />
mudou quando as escolas anunciaram a suspensão das atividades<br />
presenciais como medida para conter a propagação do<br />
novo coronavírus. E de repente, desafios que até então não pareciam<br />
tão imediatos vieram à tona. Agora vivemos um “novo normal’’, onde<br />
o sorriso está escondido sob as máscaras, e mudanças foram feitas<br />
envolvendo a infraestrutura dos espaços, organização da<br />
rotina de entrada e saída das crianças, aplicação das<br />
sinalizações, totens de álcool em gel espalhados<br />
pela escola, medição de temperatura na entrada<br />
e higienização dos ambientes. Essas e outras<br />
demandas já foram implementadas e constam<br />
no minucioso protocolo de segurança<br />
preparado pelo Colégio<br />
Miró, para o retorno.<br />
Segundo a diretora do<br />
Ensino Fundamental do<br />
Colégio Miró, Cândida<br />
Muzzio, a volta às aulas<br />
presenciais na instituição<br />
está sendo preparada com<br />
atenção para garantir a readaptação<br />
das crianças à rotina escolar, ao convívio<br />
com os colegas dentro da nova realidade<br />
imposta pelos cuidados com o<br />
vírus: “Viveremos uma complexidade<br />
na volta, porque a possibilidade de<br />
uns irem para escola e outros não,<br />
traz a demanda de um novo projeto.<br />
Não era o de antes da pandemia<br />
nem o de agora. Os aspectos<br />
socioemocionais que já<br />
eram importantes agora<br />
tomam uma relevância<br />
muito maior”.<br />
72 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
A chegada com acolhimento<br />
No retorno, o Miró já tem estratégias para lidar com<br />
a situação com leveza, de maneira lúdica e para que<br />
a instituição certifique-se de que os alunos estão<br />
se adaptando sem comprometer seu desenvolvimento.<br />
Como, por exemplo, trocar o cumprimento<br />
tradicional por alguns combinados de códigos que<br />
representem esse afeto ou a possibilidade de usar<br />
o desenho como meio de externar os sentimentos.<br />
Rodas de conversa, atendimentos individuais, brincadeiras<br />
planejadas e foco nas relações para repactuar<br />
o convívio – já que a classe não terá mais a mesma<br />
conformidade que tinha anteriormente, também<br />
serão ações realizadas.<br />
Em qualquer idade, para aprender na escola, a<br />
criança precisa se sentir segura e também incluída<br />
no grupo. Por isso, segundo a diretora pedagógica<br />
do Ensino Infantil do Colégio Miró, Clara Coelho,<br />
todas as mudanças sobre as novas formas de se<br />
mostrar afetos, de se sentir seguro<br />
e acolhido serão conversadas<br />
e construídas com as<br />
crianças, para que essas<br />
construções sejam de fato<br />
compreendidas, absorvidas,<br />
dialogadas e tratadas.<br />
“Quando a gente não dá chance dessas crianças conversarem sobre<br />
seus medos, desagrados ou de serem escutadas nas suas demandas,<br />
os sentimentos que podem ser gerados por esse desconforto vira um<br />
problema. Vira algo que paralisa, que não te faz andar para a frente.<br />
Então, se você cuida, escuta, propõe e ao mesmo tempo dá tratamento<br />
aquilo que está sendo dialogado e acordado na escola, fica mais fácil<br />
para as crianças se apropriarem, se aproximarem e se conformarem<br />
com os novos combinados”, explica Clara.<br />
Cândida complementa que o Miró já é uma escola que trabalha observando<br />
comportamentos e sinais, e no retorno, irá intensificar isso<br />
através do olhar dos professores, auxiliares, da coordenação e da direção.<br />
“Fortaleceremos os momentos de escuta das crianças para que<br />
possamos ouvir as suas histórias. Todos os dias temos que ver como<br />
está cada criança e observar como elas chegam”, diz Muzzio. A gestora<br />
fortalece que, muitas vezes, para acolher os pequenos na sua sala de<br />
aula, ela nem sempre os abraçava e os beijava, mas sempre manifestava<br />
afeto. Isso faz com que as crianças se sintam diariamente cuidadas e<br />
acolhidas, e assim será no retorno das aulas presenciais.<br />
Como está a saúde emocional das crianças?<br />
O choro, o receio de um familiar ser contaminado, o pavor do escuro,<br />
essas foram algumas manifestações do medo que muitas crianças viveram<br />
no isolamento social. Segundo o neuropsicólogo e doutor em<br />
ciências da educação, Alessandro Marimpietri, o ideal era que as famílias<br />
oferecessem às crianças uma ambiência confortável e protetiva,<br />
e que elas tivessem recursos para enfrentar a travessia. “Na manifesta-<br />
Marina Pita,<br />
estudante do 4ª ano<br />
Maria Eduarda Nunes,<br />
estudante do 4ª ano<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 73
Volta às aulas<br />
!<br />
A experiência dos pais durante a pandemia<br />
evidenciou a complexidade que é educar<br />
uma criança, e que escolas e famílias<br />
devem atuar sempre em parceria. Afinal,<br />
juntos é mais fácil encontrar soluções.<br />
Na opinião de Marcela Andrade, mãe de<br />
Luiz Eduardo, de 7 anos, foi exatamente a<br />
parceria entre o Colégio Miró e a família<br />
que fez com que o aprendizado do filho<br />
lograsse êxito esse ano: “Eu já me sinto<br />
uma mãe privilegiada por meu filho estudar<br />
em uma escola como o Miró. Foi uma<br />
surpresa extremamente positiva perceber<br />
como eles conseguiram se organizar tão<br />
rápido para as aulas on-line. Tivemos<br />
muita comunicação com a escola e posso<br />
afirmar que meu filho aprendeu muito”.<br />
ção identificada do medo, os pais precisam perceber o funcionamento<br />
de seus filhos, os seus sinais e jamais desmerecer o medo expresso de<br />
uma criança. E também, suportar a dor e o sofrimento dos filhos, isso<br />
significa não misturar seus sentimentos, criando maneiras do indivíduo<br />
enfrentar a situação”, diz Marimpietri.<br />
De acordo com Clara Coelho, será demandado um movimento coletivo<br />
da escola, da família e dos amigos, para reconstruir a sensação de<br />
bem-estar emocional das crianças diante do contexto vivido. “Há uma<br />
narrativa importante no aumento do número de crianças, adolescentes<br />
e jovens que estão nas clínicas de psicanálise por conta de uma série<br />
de emoções vividas sem que eles, ou seus pais, pudessem cuidar com<br />
um pouco mais de antecipação. Ao serem furtadas da convivência com<br />
seus pares, as crianças ficaram restritas a uma convivência dispare com<br />
o adulto. Então é compreensível que elas estejam nesse nível de angústia,<br />
medo e tristeza”, disse a diretora Clara Coelho.<br />
Já para Manoela Goés, mãe de Rafael,<br />
de 4 anos, e Luiza, de 8 anos, se adaptar<br />
a duas novas realidades tão de repente<br />
foi desafiador. “No início fomos todos<br />
surpreendidos pela urgente necessidade<br />
de introduzir as crianças num universo<br />
de ensino totalmente novo para eles. Ao<br />
longo do ano foi necessário um grande<br />
empenho dos professores e pais para<br />
manter as crianças desejosas e interessadas<br />
em aprender. Para a Educação<br />
Infantil, o desafio foi e está sendo ainda<br />
maior”, avalia ela.<br />
Aponte a câmera do seu celular<br />
para o código QR Code e conheça<br />
mais sobre o Miró.<br />
Rua Cândido Portinari, nº 58,<br />
Morro Ipiranga – Barra.<br />
71 3038-2400<br />
@colegiomiro<br />
74 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Educação Parental<br />
// por Maria Cândida Muzzio<br />
foto divulgação<br />
*Maria Cândida Muzzio é educadora,<br />
especialista em desenvolvimento<br />
humano, educadora parental, diretora<br />
pedagógica do Colégio Miró e<br />
formadora de educadores<br />
<strong>Educar</strong> pessoas é um ato complexo, um desafio que exige dos pais, mães e<br />
responsáveis muito equilíbrio. Mas como se manter equilibrado em um contexto<br />
no qual estamos inseridos?<br />
O<br />
mundo vive uma profunda transformação e<br />
muitas verdades vêm sendo questionadas.<br />
O conceito de pessoa bem educada vem se<br />
transformando. Como conseguir educar respeitando,<br />
dando limites com gentileza sem perder o<br />
eixo diante dos constantes dilemas educativos que<br />
experimentamos no dia a dia? Há uma imensa oferta<br />
de informações relativas ao processo de educar<br />
na contemporaneidade, mas ainda assim os familiares<br />
seguem bastante inquietos e inseguros nesse<br />
percurso. Mas, independentemente das escolhas,<br />
os pais estão sempre preenchidos por variadas e<br />
complexas indagações sobre o ato de educar na<br />
contemporaneidade. O conflito prevalece de forma<br />
mais ou menos consciente e as instituições parceiras<br />
nessa tarefa também vêm sendo profundamente<br />
questionadas. A escola nunca foi tão criticada e<br />
respeitada ao mesmo tempo. Os pais nunca pediram<br />
tanto aos educadores por ajuda e acolhimento.<br />
Essa dualidade no comportamento dos familiares é<br />
mais um sintoma do profundo questionamento que<br />
vêm se fazendo sobre como educar os seus filhos.<br />
Venho na última década vivenciando uma demanda<br />
crescente de pedidos de ajuda dos familiares<br />
para a educação dos filhos. São muitos os<br />
motivos que geram essas demandas, mas em geral<br />
prevalece o conflito entre o complexo dilema entre<br />
educar e punir. Considero que apoiar as famílias e<br />
ajudá-las a refletirem é muito importante e contribui<br />
com a estruturação de muitos lares. Sabemos que a<br />
instituição escolar estará, cada vez mais, envolvida<br />
com a formação de pais, em especial nesse momento de pandemia,<br />
mas sabemos também que os adultos precisam de outros apoios.<br />
Orientação é o caminho!<br />
Os profissionais das emoções e subjetividade vêm ocupando um importante<br />
lugar no diálogo com as escolas. Pouco a pouco esses profissionais<br />
adentraram as escolas, estabelecendo, em geral, um diálogo<br />
bastante saudável e importante com professores e gestores no<br />
processo educativo dos estudantes. Nos últimos anos os educadores<br />
parentais passaram a complementar essa equipe, atendendo os pais<br />
e responsáveis nos consultórios de forma a orientá-los a reverem os<br />
atos que vem sendo colocados em prática em seus lares.<br />
A Disciplina Positiva é umas das principais referências nesse trabalho<br />
e propõe a educação com respeito, gentileza e firmeza. Os educadores<br />
parentais mediam a construção de ações para lidar com<br />
as birras, as resistências às regras, as brigas entre irmãos, a dificuldade<br />
com as normas diárias da casa e da escola, entre outros<br />
aspectos. As ideias balizadoras de liberdade com ordem e escolhas<br />
limitadas na busca de soluções para os problemas que a família esteja<br />
enfrentando se constituem na base do trabalho. As crianças e adolescentes<br />
são convocados a resolverem juntos com seus pais os problemas<br />
com soluções razoáveis relacionadas às burlas, antecipadas<br />
e úteis à cena que ora estiverem marcando a convivência familiar. De<br />
fato, esses profissionais, que são geralmente psicólogos e educadores<br />
vêm oferecendo um importante apoio às famílias.<br />
Aponte a câmera do seu celular para o QR Code<br />
e assista o vídeo em que Cândida Muzzio fala<br />
um pouco mais sobre Educação Parental.<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 75
Orientação profissional<br />
// por Fernanda Burgos<br />
foto divulgação<br />
*Fernanda Burgos é mãe de<br />
Lucca, psicóloga, pedagoga,<br />
sócia fundadora da Desenvolver:<br />
Psicologia e Educação (@<br />
desenvolverbahia), especialista em<br />
educação e contemporaneidade,<br />
filiada à Associação Brasileira de<br />
Orientação Profissional (ABOP) e à<br />
Associação Brasileira de Avaliação<br />
Psicológica (IBAP).<br />
Escolher uma carreira para seguir é um grande<br />
passo. Nessa etapa, é normal surgirem dúvidas<br />
e com elas a necessidade de uma orientação.<br />
A psicóloga, pedagoga e sócia fundadora da<br />
Desenvolver, Fernanda Burgos, conversa com a<br />
gente sobre esse momento. Confira:<br />
<strong>Anuário</strong> <strong>Educar</strong>: Como escolher uma profissão?<br />
Fernanda Burgos: Escolher uma profissão é uma<br />
experiência que exige muito dos adolescentes.<br />
Atrelado ao desafio de saber o que fazer, a escolha<br />
profissional é também uma escolha do que ser. É<br />
preciso estar em dia com seu desejo, com o conhecimento<br />
da realidade profissional, com o mercado<br />
de trabalho e também com o reconhecimento da<br />
sua capacidade e habilidade. Uma escolha segura<br />
é baseada numa tríade: autoconhecimento, conhecimento<br />
da realidade sócioprofissional, e identificação<br />
das habilidades e competências que se têm e as<br />
que se quer desenvolver.<br />
A.E.: Para que serve a Orientação Profissional?<br />
Todo mundo precisa?<br />
F.B.: A Orientação Profissional serve para qualquer<br />
pessoa, mas não precisa ser feita por todos. Ou seja,<br />
todos aqueles e aquelas que queiram investir num<br />
aprofundamento teórico e prático, sobre a escolha<br />
profissional e seu projeto de vida, podem fazer. Mas<br />
aqueles que já fizeram essa reflexão e também uma<br />
escolha com critérios bem claros e estabelecidos,<br />
pensando no por que fazer e no por que não fazer,<br />
não teriam indicação para a Orientação Profissional.<br />
A.E.: Quais são os “passos” de uma Orientação<br />
Profissional?<br />
F.B.: Se trata de um processo com início, meio e<br />
fim estabelecidos. A quantidade de encontros é<br />
definida pela profissional que atua nessa área. Nós,<br />
na Desenvolver, fazemos encontros regulares semanais,<br />
e utilizamos testes, escalas, entrevistas e<br />
outras técnicas psicológicas que<br />
contribuem para a construção de<br />
critérios claros e parametrizados<br />
que auxiliarão na escolha da profissão<br />
de forma mais assertiva.<br />
Vale ressaltar que o processo de<br />
Orientação Profissional não é psicoterapia.<br />
A.E.: Como saber se está no caminho<br />
certo?<br />
F.B.: Ter autoconhecimento, saber<br />
reconhecer seus desejos e<br />
limites é um caminho para essa<br />
escolha condigna com a verdade<br />
de cada sujeito. O mercado<br />
de trabalho atual e dos próximos<br />
anos exige que tenhamos a capacidade<br />
de conhecer a realidade,<br />
refletir sobre ela de forma<br />
criativa e sustentável e pensar<br />
em estratégias diferentes de<br />
solucionar um mesmo problema.<br />
A ideia de caminho certo é<br />
bem própria de um tempo em<br />
que mundo era menos mutante<br />
do que nosso. Na realidade atual,<br />
uma identidade profissional<br />
bem construída serve como uma<br />
raiz firme que sustenta a flexibilidade,<br />
cada vez mais urgente e<br />
pertinente à realidade contemporânea<br />
Você sabia?<br />
Outro dado que mudou<br />
completamente a relação do<br />
adolescente com a escolha<br />
profissional é o sistema do<br />
Enem e do Sisu. Muitos adolescentes<br />
alcançam a pontuação<br />
para o curso que pretendiam<br />
e adentram na universidade,<br />
porém outros têm uma pontuação<br />
que não contempla a<br />
escolha desejada e acabam em<br />
outra opção que nem sempre<br />
é a que queria. Dessa forma,<br />
há uma crescente insatisfação<br />
com a escolha nos primeiros<br />
momentos dos cursos de graduação.<br />
Esse pode ser um dos<br />
indicadores que contribuem<br />
para desistência do curso, ou<br />
para mudança frequente nos<br />
primeiros anos da universidade.<br />
desenvolverbahia.com.br/<br />
@desenvolverbahia<br />
71 3354-1424/ 99669-1424<br />
76 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 77
Relatos de pai<br />
Cada vez mais o conceito de paternidade vem<br />
sendo repensado e redefinido. Em tempos<br />
de pandemia, os pais estão se mostrando<br />
presentes e enfrentaram grandes desafios<br />
Yêda Nunes e Larissa Farias Divulgação<br />
A<br />
pandemia do novo coronavírus impôs a muitas famílias uma convivência<br />
de 24 horas que antes não existia. Com a quarentena, mães<br />
e pais tiveram a oportunidade de dividir responsabilidades de forma<br />
igualitária e participar ativamente da rotina de seus filhos. A mudança<br />
do cotidiano e hábitos diários foi difícil para todos os membros<br />
da família, mas essa mudança se torna muito mais fácil quando compartilhada.<br />
Confira alguns relatos de pais participativos na pandemia:<br />
Otávio mora em Salvador, é pai<br />
de Maria Flor e autor do projeto<br />
Pai, Vem Cá. @paivemca, é<br />
advogado e escritor.<br />
“Gostaria de destacar a relação<br />
de Flor com a escola. 2<strong>02</strong>0<br />
foi um ano difícil, mas que gerou<br />
muito aprendizado e concluímos<br />
com um saldo positivo. Os professores<br />
merecem nossos aplausos. Eles buscaram meios de ensinar, e minha<br />
filha conseguiu ser alfabetizada com excelência pelas aulas remotas.<br />
Outro grande desafio foi trabalhar em casa, e mesmo com o trabalho<br />
reduzido eu tive que dar conta do home office e dos cuidados com<br />
Flor. Criamos Flor em guarda compartilhada e na semana em que<br />
ela estava comigo quase eu não conseguia trabalhar, pois queria dar<br />
total atenção para ela. Inventamos várias brincadeiras, o repertório ia<br />
esgotando e acabávamos repetindo as atividades. Mas essa agonia<br />
de inventar coisas para distrair as crianças é mais uma agonia nossa,<br />
dos adultos, do que das próprias crianças. Posso finalizar dizendo<br />
que o diálogo foi um grande aliado nesse momento conturbado. Eu<br />
e minha filha conversamos, tivemos momentos lúdicos e também<br />
choramos juntos. A pandemia trouxe grandes aprendizados e tenho<br />
certeza de que sairemos desse caos vitoriosos e com novas ideias<br />
sobre o amor e fraternidade.” Site: paivemca.com.br<br />
Esdras mora em Brasília, é pai de Isaque e<br />
padrinho da Ana Júlia, é jornalista e pós-<br />
-graduado em terapia familiar<br />
“A pandemia do novo coronavírus fez muitas<br />
famílias se reinventarem, se redescobrirem e,<br />
por que não se conhecerem mais? Aqui em<br />
casa senti que exigiu de mim mais esforço<br />
mesmo acreditando estar presente no cotidiano,<br />
mas na rotina percebi que precisava<br />
me doar ainda mais. As atividades escolares,<br />
a ausência dos colegas de turma e a compreensão<br />
dos sentimentos foi tudo mais intenso<br />
aliado ao TDAH. Tivemos um grande apoio da<br />
escola e o tempo todo conversamos com o<br />
professor e a coordenação para que o ensino<br />
não ficasse muito prejudicado. Deu certo no<br />
final. Chegou um momento em que precisei<br />
dar uma pausa nas redes sociais para concentrar<br />
uma maior atenção na relação familiar,<br />
e isso foi ótimo. Às vezes essa pausa é fundamental<br />
para buscar o equilíbrio e não sobrecarregar<br />
ninguém. Estamos sobrevivendo<br />
e saindo mais fortes do que entramos.”<br />
78 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Mora em Camaçari, na Bahia, é pai de João<br />
Vicente e autor do canal no YouTube canalborapaioficial<br />
“Nunca imaginávamos que duas semanas se<br />
transformariam em meses. Foram muitos desafios.<br />
Eu e Mile com o nosso home office e<br />
João Vicente com as aulas virtuais. Mesmo<br />
com a parceria que tínhamos em casa tivemos<br />
que lidar com tantas demandas. Costumo<br />
dizer que as crianças foram as principais<br />
prejudicadas com a pandemia mesmo com a<br />
presença dos pais em casa. E para organizar<br />
a nossa rotina fizemos uma tabela com horários<br />
das atividades do João, estabelecemos<br />
nossos momentos de qualidade com ele,<br />
criamos um cantinho de estudos ao lado da<br />
nossa ‘estação de trabalho’ e fui em busca de<br />
diversas atividades e brincadeiras que poderíamos<br />
fazer juntos. Criamos uma cápsula do<br />
tempo; construímos uma maquete da cidade<br />
que nomeamos como Donislândia; fizemos<br />
cama de gato no corredor; infinitos papéis de<br />
desenho, pintura e origami; dancinhas explorando<br />
o famoso aplicativo Tiktok; construímos<br />
nossa própria espada de sabre de luz Star<br />
Wars com espaguete de piscina; inventamos<br />
o aniversário de 2 anos do Tomas, nosso cachorrinho;<br />
e muito mais. Devo dizer que, aos<br />
poucos, fomos procurando o equilíbrio necessário<br />
para dar conta de tanta coisa e tivemos<br />
de fazer algumas adaptações e até algumas<br />
concessões, sempre com o objetivo de cuidar<br />
da saúde mental de cada um aqui em casa.’”<br />
Diego mora no Rio de Janeiro, é pai de Vicente e autor do<br />
projeto Se Joga, Papai!<br />
“Enfrentar os últimos meses foi difícil. Precisei continuar frequentando<br />
a empresa onde trabalho, lidando com o turbilhão de sentimentos<br />
e o medo de estar exposto em meio a uma pandemia.<br />
Durante todo esse tempo a minha principal angústia era ser a porta<br />
de entrada para o contágio da minha esposa e do meu filho que<br />
estavam resguardados em casa. No entanto, tentei não transmitir<br />
isso a eles, que já estavam tão afetados pela situação. Na tentativa<br />
de aliviar as sobrecargas, busquei fazer o máximo que pude<br />
as tarefas domésticas. Afinal, minha esposa, além de cuidar de um<br />
bebê de dois 2 anos, ainda tinha que dar conta do seu trabalho<br />
home office. Quanto ao meu filho, procurei junto dele fazer do<br />
nosso pequeno apartamento um grande parque de diversões.<br />
A garrafa de água com arroz virou um chocalho, a caixa de ovo<br />
pintada de várias cores, os cotonetes se transformaram em um<br />
acerte as cores e as músicas ganharam coreografias engraçadas,<br />
entre outros. Acredito que 2<strong>02</strong>0 ficará marcado na história<br />
de cada pessoa que verdadeiramente entendeu a dimensão dos<br />
fatos. Tive que aprender a olhar mais para mim mesmo e também<br />
enxergar de forma mais profunda as pessoas ao meu redor.”<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 79
Educação Infantil<br />
EM MEIO À SOLIDÃO E O MEDO QUE<br />
PREVALECE DURANTE A PANDEMIA,<br />
A ESCOLA PIRLILIM MOSTRA COMO O<br />
AFETO É IMPRESCINDÍVEL NA EDUCAÇÃO<br />
Yêda Nunes e Larissa Faria Andréa Cedraz<br />
A<br />
primeira infância<br />
é um<br />
momento<br />
fundamental<br />
para o<br />
desenvolvimento<br />
emocional e cognitivo<br />
das crianças. Nessa<br />
fase elas se comunicam<br />
muito mais utilizando as emoções<br />
e os gestos do que a linguagem<br />
oral em si. Nesse sentido, falar<br />
do afeto com um fator carregado<br />
pela escola em seu material<br />
pedagógico significa abrir um<br />
leque de opções e métodos<br />
de aprendizado com atividades<br />
que proporcione à criança uma<br />
experiência lúdica onde ela sinta-se<br />
à vontade em descobrir<br />
sua personalidade e se expressar<br />
na sala de aula.<br />
A escola Pirlilim demonstra<br />
essa característica afetiva em vários<br />
aspectos da sua metodologia<br />
de ensino, mas principalmente no<br />
contato assertivo com o aluno e<br />
também com as famílias, e isso não<br />
mudou durante as aulas remotas. “Embora<br />
as portas físicas da escola estejam fechadas,<br />
os nossos canais de comunicação<br />
estão abertos para atendê-los<br />
prontamente. Tivemos encontros<br />
individuais e em grupo para atender<br />
as famílias e tirar dúvidas sobre<br />
o ano letivo, sobre o comportamento<br />
das crianças e até mesmo para ouvi-los<br />
sobre seus próprios medos, receios e angústias”,<br />
comenta Julia Guimarães, psicóloga da Pirlilim.<br />
É por meio desse importante vínculo entre educador,<br />
criança e família que os pequenos aprendem e<br />
valorizam os diferentes tipos de relacionamento: o<br />
A Pirlilim segue os Protocolos Sanitários para<br />
receber seus alunos. Veja:<br />
>> Tamanhos reduzidos de turmas para aumentar<br />
espaçamento entre alunos<br />
>> Adesivos de sinalização<br />
>> Totem de álcool em gel<br />
>> Aumentar da frequência da limpeza<br />
>> Separação em acrílico nas mesas coletivas<br />
>> Realização de medição de temperatura<br />
80 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
A Pirlilim foca em projetos lúdicos e institucionais que<br />
motivam a criança a exercer seu lado criativo, entre eles<br />
o projeto anual da escola, e quem ganhou outra dimensão,<br />
durante as aulas remotas, foi a Mostra de Arte e Música<br />
(MAM). Na edição deste ano, além das crianças participarem,<br />
os pais também contribuíram através de vídeos<br />
divertidos no canal do YouTube “Sou Pura Música”. Além<br />
disso, os grupos do Ensino Fundamental também tiveram<br />
projetos com temáticas importantes como o projeto “Gentileza”<br />
e “Eu Sou o Samba”, que abordavam a valorização<br />
da cultura do samba no Brasil.<br />
que gosta, o que não gosta, como se<br />
socializa, se é mais tímido ou extrovertido,<br />
e por aí vai… Pensando<br />
nisso, a proposta pedagógica<br />
da Pirlilim adota atividades que<br />
envolvam os educadores e estudantes,<br />
despertando a vontade<br />
de ensinar e também a de aprender.<br />
Não é à toa que a definição de educação<br />
socioemocional está citada como parte essencial do<br />
ensino na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).<br />
“Para mostrar que apesar dessa situação de<br />
pandemia estar nos mantendo distante, sempre<br />
estaríamos presente para as famílias, fizemos uma<br />
série de postagens<br />
de vídeos acolhedores<br />
dos professores<br />
e criamos<br />
também um encontro<br />
semanal com a<br />
psicóloga, que já<br />
existia nas aulas<br />
presenciais e continuamos<br />
com isso<br />
nas aulas remotas.<br />
Acredito que isso<br />
favoreceu muito<br />
o lado emocional<br />
das crianças”, relata<br />
Evelyn Santana,<br />
supervisora pedagógica<br />
da escola.<br />
FALA<br />
MAMÃE!<br />
“Durante a pandemia,<br />
a escola tem<br />
prestado um serviço<br />
de excelência<br />
às famílias de muita<br />
dedicação às crianças,<br />
oferecendo atendimento<br />
coletivo e individual às famílias<br />
visando os melhores resultados<br />
no processo de<br />
ensino-aprendizagem.<br />
A cada<br />
necessidade<br />
que surge,<br />
temos a certeza<br />
do acolhimento<br />
Quer saber mais sobre a Pirlilim?<br />
Então aponte a câmera do seu celular para o código QR Code<br />
e acesse o site da escola: www.escolapirlilim.com.br<br />
Matrículas abertas!<br />
Educação Infantil e Ensino Fundamental I<br />
Rua Professor R. Amir Macedo, Brotas - Salvador - BA<br />
71 3357-1678<br />
@escolapirlilim<br />
Escola-Pirlilim<br />
por parte da diretoria,<br />
da equipe pedagógica e dos<br />
demais colaboradores da escola”,<br />
conta Daniele Muniz, mãe de Maria<br />
Clara e Natália (Grupos 5 e 3).<br />
“A Escola Pirlilim se organizou e<br />
conseguiu oferecer um ensino de<br />
qualidade, buscando motivar as<br />
crianças a se manterem atentas e<br />
participativas nas aulas. Durante<br />
todo o processo, tivemos o suporte<br />
da escola tanto para nossas angústias<br />
frente a essa modalidade<br />
de ensino quanto<br />
para tirar as dúvidas e<br />
dificuldades surgidas<br />
no acesso e nas<br />
aulas”, relata Leila<br />
Carvalho, mãe de<br />
Guilherme (Grupo 10).<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 81
Vestibular<br />
O QUE VOCÊ<br />
SABE SOBRE O<br />
SISU?<br />
QUANDO SE TEM UM PRÉ-VESTIBULANDO<br />
DENTRO DE CASA, A ANSIEDADE E O<br />
NERVOSISMO NESSE MOMENTO MARCANTE<br />
TAMBÉM AFETA OS PAIS POR NÃO SABEREM<br />
COMO AGIR OU AJUDAR O FILHO NESSA FASE.<br />
SE ESSE É O SEU CASO, ENTENDA UM POUCO<br />
MAIS SOBRE O PROCESSO SELETIVO DO SISU<br />
Yêda Nunes e Larissa Faria<br />
Divulgação<br />
o<br />
processo do vestibular<br />
é um momento<br />
de grande expectativa<br />
e pressão para o<br />
aluno e para todos<br />
aqueles que convivem<br />
diariamente<br />
com ele. Nesse estágio, o estudante<br />
passa por diversos desafios,<br />
entre eles o maior de todos:<br />
a escolha da carreira. A pergunta<br />
que mais ouvimos, “o que você<br />
quer ser quando crescer”,<br />
finalmente precisa de<br />
uma resposta. Mas<br />
e os pais? Como<br />
ajudar nesse processo?<br />
Para começar,<br />
conheça a<br />
realidade do seu<br />
filho e saiba mais<br />
sobre os processos do<br />
Exame Nacional do Ensino Médio<br />
(Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).<br />
O Enem é a principal porta de acesso para qualquer<br />
universidade pública e privada do Brasil. A<br />
prova, contendo 180 questões, ocorre anualmente<br />
e é realizada em dois dias, garantindo também ao<br />
estudante de baixa renda o acesso aos programas<br />
governamentais de bolsas de estudo ou financiamento.<br />
O Sisu, como o próprio nome diz, unificou<br />
a forma de ingressar em universidades públicas,<br />
oferecendo vaga em diferentes modalidades de<br />
concorrência, a partir da sua nota no Enem.<br />
“Basicamente, o Sisu é um simulador onde o estudante<br />
aplica a sua nota no Enem nas instituições<br />
que deseja e compara com a nota de corte<br />
(nota média para inscrição) do curso<br />
que prefere. Essas notas de corte<br />
estão suscetíveis a mudanças diariamente,<br />
pois no Sisu o estudante concorre<br />
não apenas com vestibulandos<br />
do mesmo estado, mas sim do Brasil<br />
inteiro”, explica Rodrigo Carvalho, professor<br />
da terceira série do Ensino Médio<br />
do Colégio Oficina.<br />
DESAFIOS<br />
O papel do professor para formação<br />
e desenvolvimento de<br />
seus estudantes é fundamental,<br />
principalmente na época de<br />
novas adversidades, como a<br />
saída para a universidade. Para<br />
o educador que convive com<br />
pré-vestibulandos, os desafios<br />
também são grandes e a situação<br />
estressante de passar por processos<br />
seletivos impacta a vida<br />
dos jovens e adolescentes em<br />
grande escala, como mostrou a<br />
pesquisa do Programa de Avaliação<br />
Internacional de Estudantes<br />
(Pisa), onde 56% dos estudantes<br />
brasileiros demonstraram maior<br />
tensão, cansaço e estresse na<br />
hora de estudar para o vestibular.<br />
“Gosto muito de falar para os<br />
meus alunos que ser pré-vestibulando<br />
é ser um atleta. Você é le-<br />
82 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
vado ao seu limite físico e<br />
psicológico, e não é à toa<br />
que muitos ficam doentes.<br />
A pressão dos colegas,<br />
da família e da sociedade<br />
é cada vez mais competitiva.<br />
Nossa principal preocupação é mantê-los saudáveis,<br />
lembrando sempre que eles não estão<br />
sozinhos”, diz o professor Rodrigo Carvalho.<br />
A orientação para um pré-vestibulando, principalmente<br />
com foco no Enem, também é muito<br />
diferente. Por isso muitos educadores ajudam<br />
seus alunos através de revisões e simulados da<br />
prova, dando dicas de organização e métodos<br />
para a execução do teste. “Há uma diferença na<br />
hora de estudar especificamente para o Enem, já<br />
que essa prova tem um grande diferencial, que é<br />
o grande número de questões. É necessário, por<br />
exemplo, uma competência leitora para uma boa<br />
análise de questões. Por isso, minha orientação<br />
para o aluno que está para fazer o vestibular é<br />
resolver o máximo de questões possíveis, pois<br />
assim ele cria estratégias de resolução para a<br />
hora da prova”, completa Luciana Oliveira, coordenadora<br />
do Colégio Oficina.<br />
PASSO A PASSO SISU<br />
“MINHA ORIENTAÇÃO PARA O<br />
ALUNO QUE ESTÁ PARA FAZER<br />
O VESTIBULAR É RESOLVER O<br />
MÁXIMO DE QUESTÕES POSSÍVEIS,<br />
POIS ASSIM ELE CRIA ESTRATÉGIAS DE<br />
RESOLUÇÃO PARA A HORA DA PROVA”<br />
Luciana Oliveira, coordenadora do Colégio Oficina<br />
FALA ESTUDANTE<br />
A minha principal preocupação<br />
atualmente é fazer uma preparação<br />
boa para o vestibular, mas<br />
que não prejudique minha saúde<br />
mental. Não deixo de lado o meu<br />
lazer, usando ele também ao meu<br />
favor. Utilizo de redes sociais, por<br />
exemplo, que ajudam nos estudos<br />
como perfis de professores e grupos<br />
no Telegram. Assisto muitos<br />
filmes e séries que podem servir<br />
como repertório para a redação e<br />
Precisa ter feito a última edição do Enem;<br />
Inscrição grátis pelo site do Sisu ou pelo aplicativo;<br />
O concorrente deve ter em mãos o número de<br />
inscrição e senha do Enem;<br />
Existem três formas de concorrer a uma vaga:<br />
ampla concorrência, lei de cotas e ação afirmativa;<br />
Você pode alterar suas opções e instituição no<br />
Sisu quando e quantas vezes quiser, dentro do prazo<br />
de inscrição;<br />
Acompanhe as notas de corte dos cursos que você<br />
escolheu (primeira e segunda opções), pois elas mudam<br />
diariamente.<br />
“PRINCIPAL PREO-<br />
CUPAÇÃO ATUAL-<br />
MENTE É FAZER UMA<br />
PREPARAÇÃO BOA<br />
PARA O VESTIBU-<br />
LAR, MAS QUE NÃO<br />
PREJUDIQUE MINHA<br />
SAÚDE MENTAL”<br />
também para ampliar meu conhecimento<br />
de mundo, assim como<br />
livros que me deem um panorama<br />
sobre acontecimentos históricos<br />
e realidades distantes da minha,<br />
como a cultura de outros países.<br />
O essencial para esse processo<br />
foi a minha organização, pois estabeleci<br />
metas e objetivos e fiz um<br />
cronograma de estudos diários”,<br />
diz Keyla Sacramento, de 18 anos.<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 83
Fashion News<br />
NOVA MARCA<br />
INFANTIL<br />
EM SALVADOR<br />
A loja multimarca infantil Maria Kids chega no<br />
Shopping Barra para levar mais conforto, diversão<br />
para os pequenos e muitas opções de looks<br />
Yêda Nunes Divulgação<br />
A<br />
Loja 1+1 do Shopping Barra<br />
está de cara nova. No lugar<br />
desembarcou a marca<br />
Maria Kids, e ela chega<br />
com muitas novidades. Quem<br />
continua no comando da loja é<br />
a empresária e mamãe de Sofia,<br />
Maria Melo. A empreendedora<br />
atua no mercado da moda infantil<br />
desde 2015 como<br />
franqueada da marca<br />
1+1 em Salvador,<br />
mas agora realiza<br />
o sonho em poder<br />
levar mais variedades<br />
de looks e preços<br />
incríveis para os<br />
seus clientes. “Eu<br />
tinha o desejo em<br />
ter a minha própria<br />
marca e nela poder oferecer<br />
mais opções para as mamães,<br />
fugindo do lugar-comum, aliando<br />
a tendência e conforto em<br />
uma loja com identidade marcante<br />
e acolhedora”, diz Maria Mello<br />
Looks divertidos para todos<br />
os momentos e que deem liberdade<br />
da criança usar o que ela<br />
gosta. Essa é a marca registrada<br />
da nova loja. Apesar da marca<br />
ser nova, o acolhimento e o<br />
carinho com que a equipe de<br />
Maria Mello recebe<br />
os miniclientes<br />
será do mesmo jeitinho.<br />
“Minha filha<br />
é minha inspiração.<br />
Ela me inspira diariamente<br />
e me ensina<br />
muito também.<br />
A criança é lúdica<br />
e ingênua, e isso<br />
influencia muito na<br />
hora de escolher as cores, estampas,<br />
formatos de uma nova coleção,<br />
e na hora de atender cada pequeno”,<br />
conta Maria.<br />
Sofia Melo<br />
As marcas<br />
A loja traz muitas novidades, como as griffes Anime,<br />
Dimy Candy, Siri Biquinis – melhor moda praia do Brasil<br />
– e calçados perfeitos da Maria Lua. E não para por<br />
aí, a Maria Kids continuará com os lindos looks da 1+1 e<br />
ainda irá trazer mais três marcas inéditas em Salvador.<br />
Shopping Barra, Piso L3<br />
71 3052-2009<br />
71 99118-9175 / 98810-9138<br />
84 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Papo de mãe // por Carol Gama Robazza<br />
foto divulgação<br />
*Carol Gama Robazza, Jornalista<br />
e mãe de Lígia. (Seguidora da @<br />
revistameubebe no instagram. O<br />
texto dela foi escolhido para fazer parte<br />
dessa edição especial de educação)<br />
Aulas em casa…<br />
Como foi por aí?<br />
Março chegou com um misto de medo, desespero e dúvida. “Essa<br />
situação vai durar até quando?”, era a minha pergunta diária em<br />
casa. Será que minha filha irá perder o ano? Será que ela consegue<br />
refazer ano que vem? Como ela vai conseguir aprender alguma coisa?<br />
No início era assim: a cada aula<br />
uma preparação psicológica<br />
minha e da Lígia, minha filha<br />
de 4 aninhos. Um exercício<br />
de respiração para enfrentar esse<br />
novo momento de aula pela telinha<br />
do computador. Ela sentava, e<br />
logo depois levantava, querendo<br />
falar, conversar e mexer no celular<br />
e no computador, e assim ela<br />
dispersava pela casa até, em último<br />
momento, conseguir prestar<br />
atenção na professora. Confesso<br />
que queria sumir. Muita expectativa<br />
foi criada com aulas remotas, e<br />
achei que ela conseguiria sentar, ficar<br />
quieta e aprender. Esqueci que<br />
estava diante de uma criança de<br />
apenas 4 anos.<br />
Cheguei a perder a paciência.<br />
Às vezes é difícil, como mãe, lembrar<br />
que já tivemos a idade deles<br />
e passamos pela pré-alfabetização,<br />
aprendendo devagar e<br />
vendo letras e números pela primeira<br />
vez. Reconhecer esse erro e<br />
pedir desculpas é um passo muito<br />
importante. Percebi que estava em<br />
um momento onde minha filha poderia<br />
amar ou odiar a escola, e tudo<br />
dependeria de como essa situação<br />
fosse conduzida no espaço familiar<br />
entre as paredes da minha casa.<br />
A mudança<br />
Meu olhar, frente a essa situação atípica<br />
da vida, mudou. Reconheci que estava<br />
com uma oportunidade única de<br />
ver minha filha crescer, aprender junto com ela e<br />
conhecer suas dificuldades. A alfabetização vai<br />
além de aprender dentro da sala de aula, pois,<br />
muitas vezes, ler um livro, cozinhar e brincar também<br />
fazem parte e são imprescindíveis para a criança.<br />
Não somos professoras, mas sim mediadoras<br />
da educação dos nossos filhos.<br />
A saúde emocional da minha filha foi algo mais<br />
valorizado nesse tempo, e acho que é algo que<br />
não deve passar no pós-pandemia. Uma criança<br />
segura e saudável cria mais afeto e produtividade<br />
em suas lições de casa, e isso é algo que as escola<br />
deve continuar reforçando na volta ao presencial.<br />
Cada criança passou por diferentes situações nessa<br />
pandemia. Então é necessário criar conexões,<br />
educar com acolhimento e calma.<br />
“A SAÚDE EMOCIONAL DA MINHA FILHA FOI ALGO<br />
MAIS VALORIZADO NESSE TEMPO, E ACHO QUE É<br />
ALGO QUE NÃO DEVE PASSAR NO PÓS-PANDEMIA.<br />
UMA CRIANÇA SEGURA E SAUDÁVEL CRIA<br />
MAIS AFETO E PRODUTIVIDADE EM SUAS LIÇÕES<br />
DE CASA, E ISSO É ALGO QUE AS ESCOLA DEVE<br />
CONTINUAR REFORÇANDO NA VOLTA AO PRESENCIAL”<br />
@blogvamosvamosconversar<br />
<strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 85
Vozes da Educação<br />
// por Virgínia Lucas<br />
foto divulgação<br />
*Virgínia Lucas é pedagoga e<br />
diretora do Colégio Anchieta<br />
(ANCHIETINHA-Aquarius)<br />
Com a pandemia nada será como antes, sem dúvida. Não temos<br />
certeza, mas levanto hipóteses, hipóteses otimistas a partir da nossa<br />
vivência na realidade da escola. Ela veio e trouxe um ponto positivo:<br />
a valorização das professoras e dos professores<br />
A<br />
s famílias que têm filhos nas escolas tiveram<br />
a oportunidade de perceber a importância do<br />
profissional de educação. Ficou claro para todos<br />
que professores são educadores profissionais,<br />
estudaram para isso, têm fundamentação teórica<br />
e prática no fazer docente. Com as aulas remotas,<br />
on-line, percebemos que o conteúdo pode até ser<br />
trabalhado a distância. É possível ter acesso à geografia,<br />
história, matemática, português... No entanto,<br />
sociabilidade, interação e relações interpessoais só<br />
se aprende em grupo, ao vivo, presencialmente.<br />
As crianças e os jovens que estão vivenciando<br />
aulas remotas levarão um ganho significativo em autonomia<br />
e procedimentos de estudante. Sabemos<br />
que as crianças menores, cujas famílias estão disponíveis,<br />
estão contando com suporte em casa. Ainda<br />
assim estão desenvolvendo novas habilidades.<br />
Tecnologia hoje e amanhã<br />
A tecnologia passou a ser ainda mais aliada das<br />
escolas. As aulas remotas têm sido uma saída fundamental<br />
para manter o vínculo das crianças e dos<br />
jovens com os professores, com os colegas e com<br />
a aprendizagem formal. A função social da escola<br />
permanece a mesma – ser ponte entre as gerações.<br />
Cabe à escola levar às novas gerações o conhecimento<br />
produzido pela humanidade. Mas não se resume<br />
a isso. A escola será sempre um espaço de<br />
troca, espaço de vivência, espaço de experiência e<br />
espaço de acolhimento. Esse lugar nunca será substituído.<br />
As relações construídas nas escolas são singulares,<br />
jamais serão construídas da mesma maneira<br />
em outros meios. É certeza de que a tecnologia<br />
ocupará outro lugar na educação no pós-pandemia.<br />
Professores agora têm uma relação mais fluida com<br />
essa ferramenta e ampliaram as possibilidades. E<br />
acredito ainda no uso mais frequente e variado das<br />
ferramentas tecnológicas pelo aluno no momento<br />
da aprendizagem.<br />
Toda crise traz aprendizagens, revela, amplia e<br />
evidencia questões. Considero que a educação<br />
foi um dos setores mais atingidos pela<br />
pandemia. Ao mesmo tempo foi possível<br />
perceber que as escolas não<br />
se resumem aos prédios, quadras<br />
e laboratórios. As escolas são as<br />
pessoas. A valorização do humano<br />
é sempre um ganho.<br />
AQUARIUS - BELA VISTA<br />
www.anchietaba.com.br<br />
@colégioanchietaba<br />
71 2107-9000<br />
86 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Fotógrafo desde 2014, Rodrigo<br />
Castro é muito conhecido<br />
no cenário da moda infantil de<br />
Salvador. Ele marca presença em<br />
todos os desfiles infantis da cidade,<br />
inclusive no RMB Fashion Day,<br />
no desfile da revista Meu Bebê &<br />
Kids, e já cobriu grandes marcas,<br />
entre elas Malwee Kids. Rodrigo<br />
Eternize os seus<br />
melhores momentos<br />
também tem atuação marcante<br />
em grandes concursos de moda.<br />
O segmento empresarial também<br />
faz parte do seu portfólio. Rodrigo<br />
Castro já fotografou empresários<br />
de diversas áreas e diretores<br />
executivos tanto em estúdio<br />
como em escritórios. Muitos começaram<br />
a investir em suas redes<br />
sociais como ferramenta para se<br />
destacarem no mercado e apresentar<br />
aos clientes os cuidados<br />
com higienização nas empresas.<br />
O fotógrafo ainda ampliou a sua área<br />
de atuação, e hoje também trabalha<br />
no segmento da educação, registrando<br />
o dia a dia dos pequenos, e na<br />
pandemia os protocolos sanitários.<br />
99244.3341 rodrigo_castrofotografo<br />
www.revistameubebe.com.br <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong> 87 1
Especialista<br />
// por Silene Costa<br />
foto divulgação<br />
*Silene Costa é especialista em<br />
direito processual civil, direito civil e<br />
direito do consumidor.<br />
PANDEMIA<br />
Impacto nas vendas on-line<br />
O ano de 2<strong>02</strong>0 impactou a história da humanidade, e a imposição do<br />
isolamento social criou desconfortos, mudanças e novidades<br />
Na esfera consumerista, houve um aumento significativo<br />
nas compras on-line. Sabemos que “a<br />
pandemia não criou o drive-thru”, mas forçou<br />
até grandes redes de shoppings a criarem tal<br />
modalidade para atender a qualquer compra. Atualmente<br />
há delivery para tudo, como serviço de<br />
shopper por meio de aplicativos nos quais se pode<br />
providenciar qualquer item de modo personalizado.<br />
Tudo isso vinculado a sites, aplicativos para celular,<br />
serviços de mensagens, redes sociais<br />
etc., sempre através da internet.<br />
Dados de amostragem indicam<br />
que no Brasil 46% da<br />
população realizou mais<br />
compras on-line nos últimos<br />
meses (isso é quase<br />
a totalidade da população<br />
economicamente ativa no<br />
país). Empresas quebraram,<br />
foram forçadas a migrar total<br />
ou parcialmente para o digital, e<br />
as que já atuavam no e-commerce experimentaram<br />
uma evolução meteórica em seus<br />
processos, logística e no quantitativo de vendas.<br />
DIREITO DO CONSUMIDOR<br />
O que fazer quando o produto não é entregue,<br />
tem defeito ou está em desacordo? Fique<br />
atento às dicas:<br />
• Sempre guarde todos os documentos<br />
que comprovem a realização<br />
e os termos da compra,<br />
inclusive prints das telas do site,<br />
mensagens/e-mails trocados<br />
com atendentes e números de<br />
protocolos, se houver;<br />
• Havendo qualquer irregularidade<br />
ou desconformidade<br />
na aquisição do produto<br />
ou serviço, é<br />
indicado o contato<br />
com o Serviço de<br />
Atendimento ao<br />
Consumidor (SAC)<br />
disponível do próprio<br />
estabelecimento<br />
para registro. Não sendo<br />
solucionado amigavelmente,<br />
o consumidor tem todo o<br />
aparato jurídico necessário à disposição<br />
para remediar;<br />
• Procure seus direitos. Tanto o<br />
serviço de atendimento do Departamento<br />
Estadual de Proteção<br />
e Defesa do Consumidor<br />
(Procon), que atua na esfera administrativa,<br />
quanto os juizados<br />
especiais (esfera judicial) detêm<br />
todos os meios legais necessários<br />
para atender com sensibilidade<br />
as questões relacionadas<br />
à compra on-line.<br />
ATENÇÃO!<br />
Vale destacar que o<br />
Código de Defesa do<br />
Consumidor assegura<br />
o direito de arrependimento<br />
para compras<br />
on-line por até sete<br />
dias, a contar da data de<br />
recebimento do produto,<br />
podendo ser solicitada a<br />
troca ou ainda a devolução<br />
do valor pago face à<br />
desistência.<br />
Espero que tenha sido agregador esse<br />
nosso primeiro de muitos encontros<br />
que teremos nesse espaço. Ainda tem<br />
dúvidas? Fale comigo!<br />
silenecosta.adv@gmail.com<br />
71 99194-3550<br />
88 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
Vozes da Educação<br />
// por Teresa Brasileiro<br />
foto divulgação<br />
*Teresa Brasileiro, diretora<br />
pedagógica do Módulo Criarte<br />
A<br />
pandemia afetou diretamente todos os espaços<br />
de sociabilidade, especialmente a escola,<br />
exigindo respostas rápidas, provocando<br />
alterações e reestruturações. De uma hora<br />
para outra, sem estarmos preparados, a tecnologia<br />
ganhou centralidade na comunicação e se tornou<br />
ferramenta essencial para a aprendizagem. Dessa<br />
forma, foi necessário repensar estratégias para<br />
responder com agilidade e, acima de tudo, garantir<br />
sentido às demandas provocadas pela disrupção<br />
inesperada do cotidiano escolar.<br />
Ao agir frente a essa realidade sem precedentes,<br />
fomos profundamente modificados na forma de planejar<br />
as aulas, na diversificação de estratégias de<br />
aprendizagens e na relação das escolas com as famílias.<br />
A máxima de que a forma muda o conteúdo se<br />
tornou ainda mais pertinente. E, embora tenha sido<br />
um período intenso e doloroso, é consenso que tanto<br />
na perspectiva de suas práticas quanto de sua intencionalidade<br />
a escola foi compelida a avançar em pelo<br />
menos cinco anos. São mudanças que transformam<br />
os processos de ensino, aprendizagem e modo como<br />
as interações e relações passarão a acontecer.<br />
Numa interatividade nunca antes experimentada,<br />
os encontros virtuais evidenciaram a importância de<br />
um trabalho consistente relacionado às competências<br />
socioemocionais, o papel da escuta e do acolhimento.<br />
Fomos subvertidos no conceito de presença,<br />
e é certo que a maior interação<br />
com a comunidade escolar reafirmou<br />
a parceria e nos aproximou.<br />
Numa projeção tangível, após<br />
uma experiência tão marcante<br />
e transformadora, a escola não<br />
será a mesma. Os desafios ganham<br />
outros contornos e trazem<br />
para o centro do debate questões<br />
essenciais que devem ser<br />
contempladas nos projetos em<br />
toda a escolaridade, a exemplo<br />
da sustentabilidade socioambiental,<br />
da importância e da<br />
valorização do conhecimento<br />
científico e da cidadania digital,<br />
traduzida pela formação crítica<br />
e pelo discernimento no campo<br />
das ideias que circulam nos<br />
meios digitais.<br />
Um novo tempo<br />
É importante dizer que a incorporação<br />
de práticas digitais no<br />
cotidiano escolar trará também<br />
novas trilhas de aprendizagem,<br />
novos modelos avaliativos e, sobretudo,<br />
um maior protagonis-<br />
mo de professores e alunos. A<br />
aprendizagem cooperativa, que<br />
se desenha quando os estudantes<br />
são convidados a usarem as<br />
redes digitais para criarem seu<br />
próprio conteúdo, colabora entre<br />
si e participa de comunidades<br />
virtuais de aprendizagem,<br />
pois será uma poderosa ferramenta<br />
de engajamento e auto-<br />
-organização.<br />
Nesse amplo universo de ensino<br />
e aprendizagem mediado<br />
pela tecnologia, há um grande<br />
repertório de modalidades organizativas<br />
disponíveis, pois inaugura-se<br />
um novo tempo numa<br />
perspectiva de harmonizar as<br />
atividades virtuais e presenciais<br />
– blended learning –, um campo<br />
fértil para inovação e ver a escola<br />
como um lugar sem distâncias<br />
entre professor e aluno.<br />
www.portalmodulo.com.br/criarte/<br />
90 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>
O sorriso<br />
que a sua<br />
família merece!<br />
Na Space Odontologia o atendimento é humanizado e com base<br />
na integralidade do paciente. A família inteira, do bebê ao idoso, é cuidada<br />
pela equipe com a filosofia de uma Odontologia além da boca.<br />
O olhar para o estilo de vida e para a saúde emocional do paciente é o<br />
nosso diferencial para o planejamento e escolha do melhor tratamento.<br />
• O aparelho ortodôntico será o tradicional ou o<br />
alinhador estético?<br />
• O implante pode ser imediato ou é preciso um<br />
tratamento prévio complementar?<br />
• A melhor solução estética é o clareamento<br />
ou facetas cerâmicas?<br />
• Sua dor bucal ou facial pode ser resolvida com<br />
tratamentos conservadores não invasivos?<br />
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