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Em 2020, a energia produzida
a partir da queima de resíduos
do cultivo da cana no
Brasil foi suficiente para
atender a 5% do consumo
de eletricidade do país no
ano ou 12 milhões de residências.
Em termos de redução
de emissões de
O setor de etanol do Brasil
saiu “mais relevante” do que
entrou na pandemia, à medida
que a sociedade passou
a valorizar produtos que são
Bagaço
Relevância
ambientalmente mais sustentáveis,
disse o presidente da
Unica, Evandro Gussi. Estudos
mostrando relações entre
as mudanças climáticas e o
RenovaBio
A safra 2020/21 da cana no
Centro-Sul do Brasil se encaminha
para o encerramento
tendo como principal avanço a
bem-sucedida implantação da
Política Nacional de Biocombustíveis
– RenovaBio. Atualmente,
65% das empresas produtoras
de etanol no país participam
do programa e estão
certificadas e aptas a emitirem
créditos de descarbonização
(CBios) – essas empresas representam
cerca de 85% da
carbono, é o mesmo que ter
evitado 7 milhões de toneladas
de CO2 que seriam depositadas
na atmosfera do
planeta, segundo a Unica,
marca que somente seria
atingida com o cultivo de 49
milhões de árvores nativas
ao longo de 20 anos. O bagaço
de cana foi capaz de
atender a demanda elétrica
tanto do processo produtivo
do açúcar e do combustível
etanol, como ainda exportou
em benefício de todo o país
22,6 mil GWh neste ano,
crescimento de 1% em relação
ao resultado de 2019.
surgimento de pandemias reforçaram
a importância de
combustíveis que emitem
menos poluentes e gases do
efeito estufa.
produção nacional de etanol. A
Unica estima que até 31 de dezembro
a soma de CBios gerados
seja de 18 milhões. Na safra
2020/2021, que vai até 31
de março, esse número pode
atingir 23 milhões.
Safra menor
Os canaviais do Centro-Sul
do Brasil sofreram com a seca
que atingiu a principal região
produtora do país em
2020, e a próxima safra
(2021/22) será menor como
consequência, assim como a
produção de açúcar cairá do
recorde alcançado no ciclo
O anúncio da realização de
quatro leilões em 2021 para a
contratação de novos projetos
de geração de energia elétrica,
feito pelo Ministério de
Minas e Energia (MME), representa
uma oportunidade
para o setor sucroenergético.
O cronograma possibilita o
início do planejamento dos
projetos de investimento em
geração a serem inscritos
nos certames. O último leilão
em que a biomassa da cana
participou foi o A-6, realizado
Recorde
atual, afirmaram dirigentes da
Unica. O volume de produção
de açúcar e etanol vai depender
da disponibilidade de cana
e da qualidade da matéria-prima,
mas a expectativa
é de que a produção de açúcar
deve ser reduzida de forma
significativa.
Dados apurados até 1º de
dezembro de 2020 confirmam
a safra 2020/21 como
o ciclo em que a cana cultivada
no Centro-Sul mais
ofertou matéria-prima para
açúcar e etanol. A quantidade
de açúcares totais recuperáveis
(ATR) produzido
pelas empresas até o início
de dezembro, totalizou 86,33
milhões de toneladas, superando
os dados finais registrados
nas safras anteriores.
A projeção para o final do
ciclo é de 87,54 milhões de
toneladas de ATR no acumulado
desde abril de 2020 até
março de 2021. Essa condição
decorre da maior moagem
de cana e, principalmente,
da melhora na qualidade
da matéria-prima processada
Leilões de energia
em outubro de 2019, juntamente
com empreendimentos
hidrelétricos, eólicos,
fotovoltaicos e termelétricas a
gás natural e biomassa em
geral. Na oportunidade, o gás
natural foi a fonte que mais
comercializou energia no A-6,
de 2019, levando sozinho
40% da demanda total com
três projetos. Os projetos de
bioeletricidade da cana representaram
apenas 4% da demanda
contratada, com seis
projetos.
Jornal Paraná 11