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SETOR SUCROALCOOLEIRO
Temor inicial de perdas se
transforma em bons resultados
Produção e preços foram bons e até a contratação de trabalhadores teve saldo positivo
Osetor sucroenergético
tinha tudo para
ficar preocupado no
início de safra, em
abril de 2020, quando a pandemia
provocada pela Covid-
19 mostrava toda a sua força.
O isolamento confinou as pessoas
em casa e reduziu drasticamente
o movimento nas
ruas. Com isso, o consumo de
etanol, um dos principais produtos
do setor, despencou,
conforme reportagem da Folha
de São Paulo.
“Foi um susto para todo mundo,
tanto em termos de saúde
como de consumo, no nosso
caso, de etanol. Mas, gradativamente,
retomamos o consumo
do biocombustível e a
recuperação do preço do açúcar
compensou as perdas fazendo
com que as usinas
paranaenses destinassem um
volume de matéria prima ainda
maior do que o esperado inicialmente
para a produção de
açúcar”, afirma Miguel Tranin ,
presidente da Alcopar. Situação
semelhante ocorreu na região
Centro-Sul.
Por conta disso, analisando os
números do final de ano, vê-se
que o setor acabou sendo um
dos menos prejudicados e a
safra, positiva em todos os aspectos,
desde o resultado da
produção de açúcar e de álcool,
como a geração de energia
e a venda CBios (certificados
de crédito de descarbonização
emitidos pelas produtoras
de etanol).
O saldo líquido de empregos
foi de 34 mil trabalhadores na
região centro-sul, e a moagem
de cana deverá atingir 605 mil
toneladas. A produção de açúcar
subiu para 38,4 milhões de
toneladas e a de etanol será de
30,4 bilhões de litros. O ATR
(Açúcar Total Recuperável),
que é a aferição da qualidade e
do rendimento da cana, subiu
para 144,7 quilos por tonelada
Preço do açúcar compensa perdas e usinas destinam maior
volume de matéria prima para produção da commodity
de cana, o maior patamar desde
a safra 2008/09.
As exportações de açúcar dispararam,
os preços melhoraram
e o consumo interno subiu
próximo de 10%. Confinadas
em casa, as pessoas utilizaram
mais açúcar do que nos anos
anteriores. Já os preços do
etanol não foram tão ruins
como se imaginava. Seguiram
os patamares de 2019.
Mas quem optou pelo açúcar
teve uma remuneração 22%
superior à do etanol, aponta reportagem
da Folha de São
Paulo.
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Jornal Paraná