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Atenção à saúde mental dos colaboradores ainda é baixa, diz pesquisa
Vittude , empresa de psicologia
A online e saúde emocional corporativa,
acaba de concluir um estudo
inédito, realizado em parceria com a
Opinion Box, empresa de pesquisa de
mercado Chamada de "Saúde Mental
em Foco". A pesquisa apresenta um
panorama sobre a saúde mental dos
trabalhadores brasileiros durante o
período de pandemia de Covid-19. O
estudo ouviu 2.007 trabalhadores de
todas as regiões do Brasil, a partir dos
16 anos de idade, durante os dias 14 e
19 de outubro.
Os dados mostram que o impacto desta
crise de saúde pública não foi grave
apenas na economia. Para 41% dos
entrevistados, a principal sensação nos
últimos meses é o "medo intenso de
que alguém próximo ficasse doente ou
morresse". 33% apresentaram insônia
e a mesma quantidade de pessoas sofreu
crises de ansiedade após o início
da pandemia.
Uma pesquisa da consultoria Willis
Towers Watson, dos Estados Unidos,
constatou que 3 em cada 10 trabalhadores
no mundo todo sofrem com depressão,
burnout e ansiedade em níveis
severos. A realidade no Brasil não parece
estar longe da média mundial.
Com a drástica mudança de rotina dos
brasileiros, a saúde mental passou a se
mostrar um ponto de atenção para os
trabalhadores. Quase metade dos entrevistados
afirma que deixou de fazer
aquilo que lhes dava prazer, como atividades
físicas ou de lazer. Para 33%,
houve sobrecarregamento com o acúmulo
de funções e 24% tiveram dificuldade
de manter a rotina da casa funcionando.
Aproveitando o tempo e afastando
informações negativas
Embora o momento seja desafiador, há
quem tenha aproveitado o período a
mais em casa, por conta da quarentena
e isolamento social, para fazer bom uso
do tempo extra. Um quarto dos entrevistados
conta que passaram a se alimentar
melhor desde o início do ano, e
23% sentiram que tinham mais tempo
para cuidar de si. Outros 22% aproveitaram
melhor o tempo com os filhos
ou filhas e 18% se dedicaram a aprender
uma nova atividade ou hobby.
Dentre as novas práticas adotadas para
cuidar da saúde mental, uma chama
atenção: 35% dos trabalhadores entrevistados
diz que se afastaram de notícias
ou quaisquer informações que pudessem
lhes fazer mal. Ainda, 42% dos
entrevistados acreditam que as redes
sociais contribuem diretamente para
quadros de ansiedade.
A importância de cuidar da saúde
mental também virou assunto nos últimos
meses. Para os entrevistados, o
tema passou a ter a relevância que lhe
é devida após o início da pandemia.
62% das pessoas passaram a entender
mais a importância de cuidar da saúde
mental durante este período. Para 57%
dos entrevistados, a sensação é de que
serão pessoas melhores do que eram
antes deste acontecimento histórico.
Trabalho e produtividade
Participaram do estudo profissionais
de diversos segmentos, desde funcionários
de multinacionais até pequenos
negócios e serviços públicos, do
comércio e até profissionais da área da
saúde que trabalham na linha de frente
do combate à pandemia.
Dos participantes, 32% ainda está de
home office em tempo integral, e apenas
12% esteve em home office e já
voltou para o modelo de trabalho presencial.
O perfil de cada profissional
também se mostrou bastante acentuado
nos últimos meses, com as mudanças
provocadas pela pandemia. Enquanto
29% sente que a produtividade
piorou, 26% se sente mais produtivo
atualmente.
Quanto à concentração e criatividade,
as respostas também são diversas: 32%
sentem que a concentração e o foco
pioraram e 22% sentem que perderam
a criatividade. Por outro lado, 25% viram
o foco e a concentração melhorarem
e 29% se sentiram mais criativos.
Preocupação das empresas
Agora, mais do que nunca, é papel das
empresas oferecer aos funcionários um
ambiente seguro, colocando a saúde
mental dos funcionários como prioridade.
Entre os profissionais entrevistados,
47% acreditam que suas empresas
estão preocupadas ou muito preocupadas
com a saúde mental dos trabalhadores.
A realidade é diferente para
25%, que sentem que suas empresas
não estão preocupadas com o tema.
Sobre o comprometimento das companhias
com a saúde de seus colaboradores,
há várias iniciativas que foram
adotadas nos últimos meses. Entre os
principais procedimentos estão informativos
trazendo cuidados com a saúde
mental (23% das empresas), equipe
psicológica ou de saúde (18% das
empresas) e encontros presenciais ou
virtuais sobre o assunto (17%). Apenas
11% das empresas oferecem terapia
pelo plano de saúde. O dado preocupante,
entretanto, é que quase metade
(47%) das empresas não adotaram nenhum
procedimento sobre saúde mental
para seus funcionários.
Tratar de saúde mental ainda é um
tabu, especialmente se levamos o assunto
para o ambiente corporativo. E a
prova disso são os dados da pesquisa:
50% dos entrevistados se sentem à vontade
para conversar com um psiquiatra,
ou psicólogo. Mas, se este mesmo
profissional for indicado pela empresa,
a porcentagem cai para 36%.
A porcentagem de funcionários que
se sente à vontade para conversar com
seus líderes é ainda menor: 33% se sentem
confortáveis para conversar com
seu líder direto, e apenas 28% quando
a conversa é com o RH da empresa.
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Os preconceitos nossos de cada dia - Por: Profa. Dra. Fátima Motta, Sócia
Diretora da FM Consultores.
Ao falarmos sobre este assunto que
entitula o texto, podemos perceber
sua importância, pois estamos passando
por situações críticas de preconceitos
no nosso país e no mundo.
Para compreendermos o tema da conversa
de hoje, definamos o que é preconceito:
“É qualquer opinião ou sentimento
concebido sem exame crítico.
É um sentimento favorável ou não, para
com alguém ou algo, anterior a, ou não
baseada na verdadeira experiência, ou
é um sentimento hostil motivado e assumido
em consequência, por hábitos
de julgamento ou generalizações apressadas
– intolerância. O preconceito é o
conceito que se tem sobre uma opinião
ou sentimento, sem exame crítico”.
Será que somos preconceituosos?
Será que você tem algum preconceito?
A palavra preconceito sempre é vista
como negativa. Sendo assim, ao invés
de entendermos de fato essa palavra
que estabelece um estado, já a classificamos
como ruim e fica muito difícil
nos autodeclararmos preconceituosos.
Essa postura favorece a dificuldade da
mudança. Ou seja, se é a outra pessoa
que tem preconceito e eu não, não preciso
mudar.
Por outro lado, se aceitarmos nossos
preconceitos é possível trabalhar essa
postura e transformá-la, se assim quisermos.
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Nossa visão sobe preconceito é por vezes
limitada. Sempre nos reportamos
às diversidades física, mental, de gênero,
mas além dessas há muitas outras,
e a que mais esquecemos é a de personalidade,
que é a diferença que existe
entre os vários tipos psicológicos.
Quando se encara o preconceito de
frente e se faz uma análise crítica, tem-
-se a oportunidade de identificar as diferenças
e potencializar o lado positivo,
sendo possível trabalhar e conviver de
maneira intensa e produtiva com resultados
melhores, uma pessoa suprindo
a lacuna da outra, em função das diferenças
apresentadas.
Não existe uma formula mágica para
nada na vida, pois a vida é extremamente
complexa, mas o primeiro passo
sempre é reconhecer os preconceitos,
imediatamente ficar atento a esse aspecto
e começar a exercer o domínio
crítico sobre a situação.
Precisamos viver o lugar do outro, e
essa é uma questão central, limitada
pelo que conhecemos como viés inconsciente.
O viés inconsciente dá origem a decisões
e escolhas sem ter a consciência
de nossos preconceitos, uma vez que
atuam de uma maneira inconsciente.
Para entender um pouco melhor do
que se trata o viés inconsciente, basta
observarmos o que vem acontecendo
no Brasil e no mundo.
Ou seja, o grau de agressividade está
por todos os lados, de quem defende
ou de quem é contra.
O uso de argumentos rasos e vazios e
até mesmo de clichês são tipicamente
preconceituosos, expostos por pessoas
que jamais agrediriam uma outra pessoa
de maneira proposital.
Muitas vezes a pessoa não tem consciência
daquilo que está fazendo, mas
isso não inibe o mal que causa para o
outro.
O exercício de ter consciência sobre o
seu preconceito, além de ser uma prática
de autoconhecimento, é um exercício
de respeito em relação ao outro.
O viés inconsciente se instala, inclusive
por uma questão relacionada ao racismo
estrutural, ou seja, uma prática
já institucionalizada por uma questão
histórica ou cultural, ou mesmo por
uma questão de acharmos que foi sempre
assim. Passa de geração para outra
e se manifesta como um resultado preconceituoso
no indivíduo que, sem ter
consciência do que está fazendo, age a
partir de um preconceito instalado.
Para se detectar esse racismo ou preconceito
cultural, basta perceber se
existem grupos desprestigiados, ou
ainda violentamente desprestigiados
que não conseguem chegar ao mesmo
patamar do grupo dominante.
O assunto do preconceito é tão difícil
de tratar, exatamente por nos considerarmos
uma sociedade evoluída e
acreditarmos na não existência de dominados
e dominadores como os que
existiam na idade medieval.
No entanto, de modo muito sútil, o
preconceito estrutural está na forma
como você olha e pensa, apesar de não
agir.
Em live feita comigo, Adriano Amui
citou alguns dados do IBGE, dados oficiais
do governo brasileiro que se referem
ao último censo de 2018.
• Cargos gerenciais são ocupados
68.6% por brancos e 29.9% por pretos e
pardos
• Taxa de subutilização profissional-
18.8% da população branca em
situação de subutilização e 30% para o
outro grupo.
• Linha de pobreza no Brasil –
podemos analisar 2 linhas no Brasil: a
linha que fica abaixo de 5.5 dólares por
dia de renda: raça branca 15%, pretos e
pardos – 33%
• Linha que fica abaixo de 1.9
dólares por dia de renda: raça branca
3.6%, pretos e pardos – 9% da população
• Representação política no Brasil
76% de brancos e 24% de pretos e
pardos.
Existem dados mais que suficientes
para entendermos que apesar de não
nos consideramos racistas, vivemos
em uma situação que configura um
prejuízo a grupos.
Outro exemplo: se pensarmos em uma
empresa onde se precisa tomar uma
decisão de desenvolvimento ou de
promoção de apenas 1 colaborador e
precisa-se decidir entre o funcionário a
e outro b, os dois em iguais condições,
sendo que um faz parte de uma minoria
e o outro não, qual seria o escolhido?
Por que?
O que acontece quando uma pessoa
não muito bem vestida fica perto de
você, ou quando sabe da orientação
sexual do seu filho(a) ser homossexual
ou transexual. O que você pensa? Você
se aproxima ou se afasta? Fica feliz ou
se decepciona?
Quando o preconceito gera afastamento
não se tem como saber o que a outra
pessoa realmente necessita, ou como
gostaria de ser tratada.
Uma ação prática para minimizar o
preconceito nas empresas é iniciar pela
primeiro executivo e cascatear para os
demais.
E assim, entramos naquele fenômeno
clássico de gestão de mudança de interpretar
que a primeira reação da pessoa
é a surpresa, depois a raiva, depois vão
combater essa ideia, mas que no final a
transformação acontece.
A boa notícia é que caminhamos para
uma sociedade que vai entender gradativamente
o que está acontecendo
nas diferentes partes do mundo e essa
lucidez reconhecerá os resultados que
demonstram não haver nenhuma evidência
de que a diversidade traz algum
prejuízo para a sociedade, muito pelo
contrário.
vivemos, dessa revolução tecnológica,
chamada de Revolução 4.0.
Precisamos pensar nas saídas: se uma
delas é iniciar dos dominantes para os
dominados, a outra é o reconhecimento
efetiva do valor da população minoritária,
pelos seus próprios integrantes,
uma vez que o viés inconsciente também
aí ocorre.
O preconceito estrutural envolve também
a parte que é prejudicada, que se
vê sem saída porque as barreiras são
imensas.
Outras práticas a implementar:
a primeira delas é reconhecer que temos
viés inconsciente e descobrir quais
são, como por exemplo: quando pego
um gato preto o que eu sinto, quando
pego um gato branco, o que sinto?
Às vezes se associa o preto a alguma
coisa ruim. Já pensou por que existe a
Lista Negra e não Lista Branca?
Por vezes encaramos as coisas de forma
tão natural que nem mesmo prestamos
atenção no viés inconsciente que trazem.
Segunda prática é identificar quais são
esses vieses; e a quarta é aproximar-se
e interagir com pessoas diferentes, fazendo
uma simples pergunta: e se fosse
comigo?
Então, solução mágica não existe, mas
o caminho para identificar e trabalhar
nossos preconceitos do dia a dia é nos
arriscarmos para saber como é ficar na
pele do outro e somente quando isso
acontecer é que poderemos ficar mais
próximos ao real sentido do “humano
ser”.
A diversidade traz uma riqueza muito
grande porque estamos num momento
em que precisamos de ideias novas,
pessoas diferentes que possam gerar
novas ideias.
É essa a beleza do momento em que
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Pós- COVID-19: Movimentos de retomada e os desafios econômicos brasileiros
em um cenário de incertezas – Por: Pedro Bono é CEO e cofundador na Receiv,
plataforma inteligente de contas a receber. É Doutor pela FGV , professor de gestão
de risco de crédito nas melhores escolas de negócio do país.
Quais as perspectivas econômicas
para o Brasil em um cenário pós
COVID-19? Responder tal pergunta –
que, com motivações razoáveis, surge
frequentemente nos cadernos especializados
e debates entre pesquisadores
do mercado – não é algo simples.
Para além das próprias incertezas em
torno da resolução da crise de saúde
gerada pela pandemia de coronavírus;
em termos econômicos, temos um
cenário complexo, heterogêneo e no
qual alguns dos efeitos das medidas
emergenciais de auxílio – bem como,
do redesenho de contratos e renegociação
de dívidas no mercado financeiro
– ainda não podem ser completamente
avaliados.
Peguemos o caso da renegociação de
dívidas durante a pandemia, que foi
analisada, por exemplo, em relatório
divulgado pelo Bacen (Banco Central
do Brasil) no último mês de outubro.
Segundo a análise, diante da repactuação
de dívidas e definição de prazos
estendidos de pagamento, há uma incerteza
sobre o risco de tais operações
de crédito e, consequentemente, sobre
a possibilidade de aumento de inadimplência,
fator que, por sua vez, pode ter
influência direta no aumento das taxas
de juros cobradas pelos bancos, reduzir
o acesso ao crédito e, em última
instância, impactar a recuperação econômica
do país.
Atentos a esse possível risco, como
bem destaca o relatório do BC, as
instituições financeiras aumentaram
suas reservas para se precaver de possíveis
calotes.
De acordo com dados de agosto divulgados
pela Folha de S. Paulo, os quatro
maiores bancos do país provisionaram,
juntos, R$ 54,96 bilhões ao longo do
primeiro semestre de 2020 – valor que
91,7% maior do que o mesmo período
em 2019.
Dentro desta equação para entendermos
as perspectivas de retomada econômica
no país, temos de levar em
conta também a questão do equilíbrio
fiscal e da retomada de teto de gastos,
a qual é esperada para 2021, mas depende,
por sua vez, de fatores como a
não-necessidade de continuidade, para
o ano que vem, do auxílio emergencial
que, se por um lado, tem servido de
apoio essencial para os agentes econômicos
mais afetados no contexto atual
de crise; por outro, tem um peso significativo
para as contas públicas do país.
Vale salientar que a não-adoção de medidas
para o controle de déficit fiscal
(que, segundo o Ministério da Economia,
deve fechar o ano na casa R$ 861
bi) pode criar novas pressões sobre o
câmbio e influenciar, inclusive, na
inflação do país em um cenário de
pouco espaço para políticas monetárias
de estímulo à economia, conforme
afirmou o próprio presidente do BC,
Roberto Campos Neto, em evento de
outubro.
Ademais, de acordo com nota técnica
divulgada pelas consultorias de
Orçamento do Senado e da Câmara no
último mês de outubro, por exemplo,
as ações emergenciais adotadas para o
enfrentamento da COVID-19 devem
gerar um déficit equivalente a 12,1% do
PIB neste ano e provocar um
déficit substancial nas contas públicas
em 2021.
Dadas estas diferentes variantes, ainda
temos de levar em conta que os movimentos
de retomada não são uniformes
em uma economia complexa e diversificada
como a brasileira.
Se setores como o agro mantiveram
bom ritmo de crescimento mesmo
durante os meses mais agudos da pandemia;
outros como setores, como o
industrial, sofrem, inclusive, com a
falta de matéria prima para a retomada
plena da produção – muito embora
o próprio segmento industrial conte
com alguns movimentos positivos de
retomada em determinadas regiões do
país.
Em uma análise mais geral, analistas
tem previsto uma recuperação lenta,
porém gradual, da atividade econômica
no país. O último Boletim Focus do
Banco Central, lançado no fim de
outubro, por sua vez, projetou crescimento
de 3,47% para a economia em
2021. Já o Governo Federal tem uma
visão mais otimista e projeta crescimento
superior a 4%.
O fato é que, como vimos, a recuperação
econômica do país dependerá da
combinação de uma série de fatores,
incluindo o de como Governo Federal
irá equilibrar a necessidade de ajuste
fiscal X medidas assistenciais aos agentes
econômicos mais impactos pela crise.
Somemos a este cenário a possibilidade
de uma nova elevação de casos de
COVID-19 que já afetou alguns países
e pode desencadear no país toda uma
série de efeitos adversos de ordem social,
econômica e de saúde.
Precisamos, por tudo isso, de cautela
na extensão das análises econômicas
sobre um cenário pós-pandêmico.
É importante, em contrapartida, acompanharmos
com atenção os índices,
discussões, análises – além dos movimentos
políticos e dos órgãos reguladores
da atividade econômica do país
– que podem nos fornecer, pouco a
pouco, mais clareza quanto as perspectivas
de futuro e jogar luz sobre um
cenário que, em larga medida, ainda
apresenta mais perguntas do que
respostas.
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Cinco chaves que as empresas precisarão virar no novo normal – Por: Leandro
Almeida é fundador e diretor sócio da DynamicCare Benefícios
Com a evolução da flexibilização em
várias cidades do Brasil, as empresas
mais do que nunca estão precisando
se adaptar. São colaboradores que
estavam em home office e agora retornam,
orientação sobre cuidados para
aqueles que precisam trabalhar em linhas
de produção ou fábricas, para os
que pertencem a grupos de risco, para
os que continuarão trabalhando remotamente,
monitoramento dos que apresentam
sintomas suspeitos e que precisam
de supervisão médica, etc.
Esse novo cenário exigirá das empresas
um forte poder de adaptação.
Não apenas frente a seus clientes e
fornecedores, mas, também, no tocante
aos colaboradores. Listei abaixo
5 chaves que precisam ser viradas pelos
gestores das companhias para que
consigam emergir de forma sustentável
nessa realidade ímpar que o mundo
enfrenta.
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– Produtividade: a busca pela maior
produtividade deve levar em conta o
colaborador de forma individual, pois
pudemos perceber que alguns produziram
até melhor no home-office e
outros que não renderam tanto quanto
era esperado. O principal neste item é
entender que a maneira como medimos
e cobramos produtividade mudou
e deve considerar o efeito que o distanciamento
causa em cada um. Além
das questões socioambientais que permeiam
a vida de cada colaborador.
– Conhecer o colaborador: não
adianta mais saber apenas onde o seu
colaborar mora, por exemplo.
É preciso saber como ele mora, como é
a relação dele com os familiares, se há
alguém doente na família, como está
a questão financeira da família, qual o
nível de estresse a que ele é submetido.
Isso porque, durante o período de
isolamento social, muitas pessoas sucumbiram
à pressão da vida em família,
do próprio afastamento, da insegurança,
do medo de adoecer… Com
isso, aumentou e muito o índice de
colaboradores com doenças mentais
e emocionais. Nunca se falou tanto
em depressão, ansiedade, obesidade…
Portanto, é hora de as empresas mapearem
sua população interna, estarem
mais próximas de seus colaboradores e
oferecer um serviço de apoio de saúde
que inclua suporte emocional, mental
e financeiro.
– Parceiros: Aqui há dois pontos importantes
que quero dividir com vocês.
Negociar com seus fornecedores é lei,
já é de praxe. Porém, você precisa se
preparar para enfrentar, sobretudo na
área de saúde, com a seguradora ou
operadora dos planos de saúde de seus
colaboradores uma demanda que ficou
reprimida – tanto por aqueles que
deixaram de fazer suas consultas e exames
de rotina quanto por aqueles que
já têm uma doença crônica e tiveram
seus casos agravados por não se cuidarem
durante o isolamento social.
Ou seja, haverá um aumento no sinistro,
mas você pode minimizar o impacto
com algumas ações (próximo item)
e com a famosa negociação. Gestores
inteligentes encontrarão saídas inteligentes,
eu acredito nisso.
E essas medidas inteligentes com certeza
não passarão pelo corte no benefício.
Hoje em dia há muito a ser feito
nesse universo
E aqui chegamos ao segundo ponto que
eu mencionei acima: existem consultorias
que podem ajudar as empresas a
redesenharem seu benefício saúde de
forma a enfrentar essa fase difícil – e
sem prejuízo para o colaborador.
Nos últimos meses presenciei um aumento
no volume de requisição por
parte das empresas, sobretudo nos
serviços que otimizam a gestão sobre
o presenteísmo, estruturação de protocolos
para os RHs, comunicação,
serviços de telelaboral e telemedicina.
Buscar auxílio de um novo parceiro ou
ampliar a atuação dos existentes é uma
forma de ganha-ganha nesse novo normal.
– Investimento em ações de qualidade
de vida: mais do que nunca a
máxima de que prevenir é o melhor remédio
está valendo.
As empresas devem se antecipar, antes
mesmo de receber os colaboradores de
volta, precisam se preparar para recebe-los.
E não estou falando apenas do
álcool em gel, das máscaras e do novo
layout das mesas. Estou me referindo a
desenvolver ações que lembrem a esse
colaborador como e por que ele deve
cuidar da sua saúde, inserir programas
de alimentação saudável, incentivar a
prática de atividades, combater o fumo
(muitas pessoas voltaram a fumar devido
ao estresse), aumentar a ingestão
de água, entre outros. Isso não é uma
despesa, é realmente um investimento.
Colaboradores mais saudáveis formam
empresas mais saudáveis também.
– Segurança: por fim, quero falar
dessa que talvez seja a principal chave
nesse momento. Os colaboradores
estão inseguros quanto ao seu futuro
nas corporações. É hora de tranquilizar
seu time, ser transparente e rápido
caso haja necessidade de alterações,
não permitir que os boatos se instalem.
Mostre ao seu colaborador que ele é
fundamental e que você conta com ele
nessa retomada.
Espero ter ajudado você, gestor, a virar
pelo menos uma dessas chaves!
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Logística Reversa – Por: Por: Fabrícia Anjos, Gestora de Negócios para Soluções
Logísticas na Loggikka. Palestrante e Criadora de Conteúdo Logístico.
sabido que, a Logística Reversa
É tem sido amplamente difundida
pela sociedade uma vez que sua
proposta é contribuir com o meio
ambiente.
É importante que as empresas tenham
cada vez mais esta consciência em
saber que pode fazer reutilização controlada
dos seus resíduos industriais,
através da reciclagem dos materiais e
formar matérias-primas secundárias
que poderão ser reintroduzidas no
processo produtivo. E, desta maneira,
além de contribuir com o meio
ambiente, irá passar uma imagem de
empresa sustentável.
Reciclagem:
Algumas medidas de melhorias
podem ser adotadas para alavancar a
reciclagem:
• embalagens otimizadas na
Reciclagem, avalie se suas embalagens
podem ser ajustadas de uma
forma mais eficiente no momento da
reciclagem. (Exemplo: embalagens
longa-vida podem ser cartonadas);
• investimento em parcerias
e treinamentos de referência na
coleta seletiva em programas de capacitação
nas cooperativas e ações de
educação junto à população da região,
para ampliar a reciclagem local.
Materiais que podem ser reciclados:
Estes são os materiais e produtos que
podem entrar no processo da logística
reversa, conforme a lei:
• Vidros;
• Metais;
• Óleos;
• Resíduos orgânicos (podem
gerar adubos);
• Pneus inservíveis;
• Embalagens de agrotóxicos;
• Óleos lubrificantes usados ou
contaminados;
• Embalagens plásticas de uso de
óleos lubrificantes;
• Lâmpadas fluorescentes;
• Produtos eletrodomésticos e
seus componentes;
• Embalagens em geral (papelão,
plástico, etc.);
• Resíduos de medicamentos e
embalagens.
Linha do Tempo:
Em 2012, foi assinado um acordo de
logística reversa com o setor de embalagens
plásticas de óleos lubrificantes.
Para implantar o sistema nos setores
de lâmpadas e embalagens em geral, o
governo assinou acordos em 2015.
Para 2020, a expectativa é a estruturação
de outros acordos setoriais para
implantação da logística reversa nos
setores das cadeias produtivas de embalagens
e resíduos de medicamentos.
A grande novidade para este ano é
a logística reversa de eletrônicos.
O acordo foi assinado em outubro
de 2019, e o prazo para as empresas
instituírem o sistema é até 2021. No
entanto, há uma grande expectativa
que em 2020 já sejam coletados e reciclados
através do sistema uma grande
quantidade de eletrônicos.
Vantagens:
Portanto, lembre-se que:
A Logística Reversa além de ser ferramenta
essencial para sustentabilidade,
viabiliza o desenvolvimento econômico
e social ao mesmo tempo em
que protege o meio ambiente. E, uma
empresa com um bom planejamento
ambiental e com ações efetivas neste
sentido, certamente terá:
• consolidar uma imagem ainda
mais sólida à empresa, pois os consumidores
buscam cada vez mais soluções
que agridam menos o ambiente;
• consolidar imagem ainda mais
sólida frente aos clientes, explorando
ações de marketing vinculadas à logística
reversa, enfatizando as práticas
adotadas pela empresa quanto à destinação
dos resíduos e sua posição no
mercado ficará fortalecida; bem como,
possibilidade de novos negócios será
ampliada;
• melhorar o processo de produção;
uma vez que viabiliza a economia
nos processos produtivos da companhia,
já que os resíduos retornam à
cadeia produtiva, diminui o consumo
e os custos de matérias-primas
• ganhos de competitividade à
empresa; em termos de redução de
custos e eliminação de desperdícios;
trazendo melhora na imagem da marca;
Fonte de Pesquisa:
Ø Logística reversa Autor: Daniel
Morelli
Ø Logística reversa: os benefícios
além da sustentabilidade: https://osmarvincifilho.com.br
Ø Governo e Tetra Pak discutem
logística reversa de embalagens longa-
-vida: http://www.aen.pr.gov.br/
Ø Logística reversa: novidades e o que
esperar da PNRS para 2020? https://
www.vgresiduos.com.br
19
Conselho fiscal: entenda o que é e suas principais funções – Por: Tiago Reis,
sócio-fundador da Set Investimentos
Com o objetivo de fiscalizar as empresas
limitadas, muitos acionistas
podem solicitar a criação de um conselho
fiscal em uma companhia.
Esse conselho fiscal, será parte da estrutura
de governança corporativa da
organização, tendo por objetivo garantir
um bom funcionamento da empresa.
O que é o conselho fi scal?
O conselho fiscal é um órgão de uma
empresa que tem por objetivo verificar
o cumprimento dos deveres legais e estatutários
por parte da administração
dela.
Essa é, portanto, uma ferramenta efetiva
de fiscalização para os acionistas,
com destaque para os minoritários que
estão longe da gestão.
No Brasil, houve inclusive um aumento
de empresas listadas na bolsa de valores
que possuem um conselho.
Por ser parte da governança corporativa
da empresa, esse conselho colabora
para o bom funcionamento do negócio.
Qual a função do conselho fi scal?
A principal função do conselho fiscal
é fiscalizar o ato dos administradores,
verificando se eles estão cumprindo
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com seus deveres legais e estatutários.
Além disso, o conselho também pode
emitir opinião sobre o relatório anual
da administração, assim como sobre as
propostas dos órgãos da administração
à serem submetidas a assembleia geral.
Normalmente essas propostas referem-se
a modificação do capital social,
bônus de subscrição, emissão de debêntures,
entre outros.
O conselho deve, portanto, denunciar
erros, fraudes ou até mesmo crimes
quando estes forem descobertos, sugerindo
providências à organização.
Essas denúncias são feitas pelo conselho
fiscal aos órgãos de administração.
E caso esse último órgão não tome as
devidas providências, a denúncia é levada
à reunião do conselho.
O conselho também pode convocar a
assembleia geral ordinária, caso a administração
da empresa retarde essa
decisão por mais de um mês. Já se
houver motivos graves ou até mesmo
urgentes, o conselho poderá convocar
uma assembleia geral extraordinária.
Como é composto o conselho fi scal?
O conselho fiscal é criado geralmente
a pedido dos investidores. Desde que
eles detenham no mínimo 10% das
ações com direito a voto ou 5% das
ações sem direito a voto.
Quem irá dispor sobre o seu funcionamento
é o próprio estatuto da empresa,
a partir do momento em que o conselho
for instalado a pedido dos acionistas.
Além disso, ele precisa ser composto
de no mínimo três e no máximo cinco
membros e suplentes em igual número.
Os membros do conselho fiscal podem
ser acionistas ou não da empresa, e são
eleitos pela assembleia geral.
O pedido do seu funcionamento poderá
ser feito em qualquer assembleia geral
que também será a responsável pela
eleição dos membros.
Além disso, só podem ser membros
pessoas naturais, residentes no país,
diplomadas em nível superior ou que
tenham exercido ao menos três anos
no cargo de administrador de uma empresa
ou de conselheiro fiscal.
A remuneração dos conselheiros, além
do reembolso que é obrigatório, é determinada
pela assembleia geral que os
eleger.
Essa remuneração não poderá ser inferior
a dez por cento do que for atribuído
a cada diretor, não computando
benefícios, verbas de representação e
participação nos lucros.
Foi possível entender o que é um conselho
fiscal?
21
22
Transforme sua força de trabalho em uma verdadeira força
Organizações de todos os setores
enfrentam desafios, agravados
pela pandemia do novo coronavírus,
relacionados às práticas de desligamento
virtual e também na oferta de
suportes necessários para o profissional
buscar uma transição de carreira
eficiente.
Pensando nisso, reunimos recentemente
três de nossos especialistas em
projetos de transição de carreira para
um webinar gratuito com o tema “Melhores
Práticas de Desligamento Virtual
e Pacotes de Saída”.
Na ocasião, Mônica Ramos, Diretora
de Operações da LHH, Paola Dazzan,
Gerente de Transição de Carreira e a
Patrícia Paniquar, Gerente de Operações,
debateram como conduzir esses
desligamentos virtuais, sejam em grupo
ou individuais, o que considerar nos
pacotes desses profissionais que estão
de saída e como o outplacement tem
evoluído para apoiar profissionais em
transição.
Infelizmente, as demissões nesse período
de pandemia têm sido frequentes
em muitas organizações por uma questão
de mercado e do contexto em que
elas estão inseridas.
Com isso, o desligamento virtual se
tornou uma forma de realizar esse processo.
“Esse não é o formato ideal para
desligar um colaborador, mas diante
do cenário de pandemia isso acaba, algumas
vezes, sendo inevitável.
Mas, há boas práticas para fazer isso de
forma humana, sensível e responsável”,
explicou Mônica.
Isso porque há uma diferença latente
em desligar um colaborador durante a
pandemia e em um cenário “normal”.
Patricia ressaltou que fazer um desligamento
é sempre muito complexo, ainda
mais nesse contexto de pandemia que
o colaborador já está mais fragilizado
e tenso devido à imprevisibilidade do
futuro. “Não há um jeito bom de dar
uma notícia dessas, mas há maneiras
cuidadosas, responsáveis e transparentes.
Essa é a grande missão do líder”,
ressaltou a gerente.
Sobre as boas práticas
Essa é uma conversa baseada em detalhes
e que merece olho no olho. Por
isso, as consultoras orientaram que os
líderes procedessem da seguinte forma:
– Não fazer a solicitação de reunião
com muita antecedência para não gerar
ansiedade e especulações;
– Dar preferência sempre por realizar a
conversa via chamada de vídeo;
– Conferir se a conexão está estável
para que a informação não fique com
delay ou que não seja compreendida
corretamente;
– É interessante o líder fazer o comunicado
acompanhado de alguém do RH,
para que ele possa orientar o colaborador
sobre quais são os próximos passos
após o desligamento;
– Ter empatia na fala e no olhar;
– Garantir que o comunicado de desligamento
seja feito em um ambiente
seguro e privado. Sem presença dos
familiares do colaborador e ruídos que
possam atrapalhar a conversa. Isso vale
também para o líder que dará a notícia;
– Esse tipo de comunicação é naturalmente
mais rápida.
Por isso, é importante o líder ir direto
ao assunto, apresentar a causa e o cenário
do porquê esse desligamento está
ocorrendo e nunca usar esse momento
para dar feedback;
– Não gravar a conversa, pois isso pode
gerar constrangimento e até mesmo
má interpretação por parte do colaborador.
Uma boa regra é: se você não
faria no presencial, então, não há necessidade
de aplicar no virtual;
– Dê sempre o benefício da dúvida:
caso a ligação caia ou o líder perceba
que o colaborador saiu da sala virtual.
Retorne a ligação, partindo do princípio
que a conexão caiu e dê continuidade
na conversa;
– No caso de desligamento de mais de
uma pessoa na equipe, o líder pode fazer
em grupo ou individualmente. Em
grupo geralmente é quando todos um
setor ou área são impactados e é importante
comunicar todos de uma só
vez bem como os próximos passos;
– Após a conversa, deixar um canal
aberto para que ele tire dúvidas e também
um passo a passo ou um kit de
desligamento com todas as informações
e orientações para esse colaborador.
Paola ressaltou ainda que hoje há uma
preocupação muito grande por parte
das empresas no que diz respeito à experiência
do colaborador.
Não só no Onboarding e no desenvolvimento,
mas também no Off boarding
e como ajudar essas pessoas que estão
sendo desligadas por meio de programas
de transição de carreira.
Isso porque a maioria dos colaboradores
que são demitidos permanecem no
setor e mantém relacionamento com
os parceiros, clientes e ex-colegas de
trabalho. “Esse tipo de apoio melhora
a reputação da marca empregadora e
a fortalece. Além disso, atrai novos talentos
e ajuda no engajamento de quem
fica. Esses pacotes de desligamento
contribuem para um círculo virtuoso”,
concluiu a consultora.
Para saber mais como podemos apoiar
sua organização em processos de desligamento
responsável e transição de
carreira, fale com um de nossos especialistas.
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Os ODS e o voluntariado – Por: Roberto Ravagnani ,fundador da ONG Canto
Cidadão
Vamos tratar dos ODS (objetivo de
desenvolvimento sustentável) e o
voluntariado, pois é possível colaborar
com a agenda 2030 com ações individuais
e pontuais.
Pode parecer pequeno, mas ações feitas
por todo o mundo juntas podem
efetivamente impactar nossa sociedade
de forma positiva e apoiar a busca pela
execução dos 17 ODS até 2030.
1. O ODS 1, diz respeito a Erradicação
da pobreza: acabar com a pobreza
em todas as suas formas, em todos
os lugares;
Lógico que é muito difícil, mas não
impossível, visto que produzimos no
mundo muito mais comida do que
conseguimos produzir, ops, então tem
algo errado? Sim temos uma distribuição
de riquezas desigual o que faz uns
comprarem mais comida e outros não
terem condições de comprar nada. Mas
não é só isso, o desperdício também é
muito grande no mundo, no Brasil
temos uma grande quantidade de comida
jogada fora diariamente, mas já
existem iniciativas de voluntários que
tentam resgatar essa comida que seria
jogada fora, pior que ela não é jogada
fora por estar estragada, muito é pela
aparência, triste não.
E você na sua localidade pode fazer
uma ação como esta nas feiras livres,
mercados, atacados, fazer uma ação de
descarte de comida com vencimento
próximo por exemplo, a venda por valor
muito baixo para que ainda assim
as pessoas possam aproveitar.
Outra ação possível com restaurantes
que tem sobra de comida, os restaurantes
por quilo por ex. é uma modelo que
praticamente só o Brasil tem, o índice
de desperdício é grande, que tal conseguir
com este estabelecimento que
faça quentinhas ao invés de jogar fora e
você distribui imediatamente as quentinhas
com comida recém feita.
Outras ações possíveis, são as hortas
comunitárias, aqui não estamos reaproveitando
mas utilizando os espaços
disponíveis na cidade, sob as linhas de
transmissão, praças, terrenos baldios
públicos, terrenos abandonados particulares
com apoio do proprietário ou
com uma pequena isenção de impostos
da prefeitura para ser utilizado pela
comunidade, são possibilidades reais
de se diminuir a fome no planeta. É inconcebível
que pessoas passem fome,
trazendo para a realidade do Brasil, um
país com tantas condições para não ter
ninguém passando fome.
Possibilidades existem, aproveite agora
que estamos em período de eleição, escolha
candidatos que tem compromisso
com as ODS, tenho certeza de que
muitos nem sabem o que é isso, motivo
para não votar neste. Vote consciente
e escolha o melhor para cuidar do seu
dinheiro e da sua cidade pelos próximos
04 anos.
Roberto Ravagnani é palestrante, jornalista
(MTB 0084753/SP), radialista
(DRT 22.201), conteudista e Consultor
especialista em voluntariado e responsabilidade
social empresarial. Voluntário
palhaço hospitalar desde 2000, fundador
da ONG Canto Cidadão, da IPA
Brasil e da AFINCO, Associado para o
voluntariado da GIA Consultores no
Chile, fundador da Aliança Palhaços
Pelo Mundo, Conselheiro Diretor da
Rede Filantropia, sócio da empresa de
consultoria Comunidea, criador e gestor
de eventos filantrópicos, porta voz
pela ONU, Membro Hub One, Líder
Internacional de Yoga do Riso, Conselheiro
de Relações Sociais e Familiares
do Instituto i. s. de desenvolvimento e
sustentabilidade Humana, Diretor da
rádio Tom Social e Associado da VRS
Consult da Guatemala.
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Palestras, consultorias e treinamentos dinâmicos
adequados a sua empresa e organização
social em qualquer parte do país.
Entre em contato e conversamos como
posso ajudar.
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O fator humano – Por: Beth Barros ,Diretora Regional da Consultoria LHH em
Minas Gerais
Entregar bons resultados e alavancar
o desempenho de uma empresa é
a aspiração de todo líder, mas para alcançar
tal feito é necessário ter uma
equipe comprometida. Contudo, a realidade
de algumas organizações é de
insatisfação dos colaboradores, motivada
muitas vezes por um ambiente de
trabalho tóxico. Prova disso é o dado
levantado pela Gallup, empresa de pesquisa
norte americana, apontando que
a liderança pode influenciar em até
70% no aumento de engajamento do
grupo com os negócios.
Valorizar o capital humano e criar um
clima de confiança é um dos caminhos.
As equipes precisam estar alinhadas
aos objetivos estratégicos da organização,
além de compartilhar dos mesmos
valores e para que isso aconteça, é preciso
que o líder tenha aptidão no gerenciamento
de capital humano e saiba
ouvir os colaboradores e observar o
ambiente.
Dessa forma, ele saberá onde é necessária
a mudança e em qual momento.
Uma forma de ter um termômetro do
clima organizacional são reuniões semanais
com os colaboradores. Para
isso, é preciso criar um ambiente de
confiança, no qual eles se sintam à vontade
e seguros para expressarem suas
ideias e feedbacks sobre os processos
de trabalho.
O resultado será ter pessoas que se sentirão
ouvidas e valorizadas.
Muitos gestores ainda possuem dificuldades
em criar e manter esse clima organizacional.
Nesse caso, ferramentas
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práticas de gestão podem ser implementadas
para ajudar no desenvolvimento
de equipes de alto desempenho,
como por exemplo, o gerenciamento e
acompanhamento de resultados baseados
em metas SMART. Afinal, quando
“desafios” são propostos, o colaborador
passa a idealizar a superação deles e
passa enxergar o “exercício” como bagagem
para seu o crescimento.
Todos nos sentimos o aumento de confiança
quando provamos o sabor de
entregar algo que faz diferença para
organização.
Outro ponto importante é investir no
aprimoramento de processos e na resolução
de conflitos internos para evitar
futuros impasses e assim alcançar o
sucesso. No primeiro caso, a tecnologia
pode ser usada como aliada no manejo
de recursos que torne a comunicação
mais assertiva. Quanto aos conflitos,
é primordial não deixar para segundo
plano as diferenças da equipe, pois o
quanto antes forem resolvidas, menor
será o risco de ruídos atrapalharem o
rendimento.
Nesse processo, o líder não pode esquecer-se
de estruturar o quadro de
recursos humanos para obter melhores
resultados. Em qualquer organização,
caso não haja agilidade no acompanhamento
das tendências de inovação
e competências técnicas, há grandes
riscos das etapas ficarem estagnadas e
não engatarem em atividades que gerem
efeitos positivos. Neste caminho,
um bom líder deve estar preparado
para promover estratégias que gerem
resultados e sinergia na equipe, como
programas de qualificação e desenvolvimento
de talentos.
Afinal, o que forma uma empresa é justamente
o fator humano.
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IInclusão feminina também passa pela independência financeira -
Por : Sofía Gancedo, cofundadora da Bricksave e referência na indústria de
Fintech na América Latina.
Enquanto algumas vozes argumentam
que o contexto socioeconômico
em que nascemos determina em
grande medida nossa prosperidade futura,
outras defendem que o esforço e
a perseverança podem impulsionar o
crescimento de um indivíduo quando
eles realmente se propõem a fazê-lo.
Sob o meu prisma, existe um ponto
de encontro entre essas duas posições
aparentemente irreconciliáveis.
De modo geral, uma pessoa que foi
criada em um ambiente econômico
desfavorável terá que lutar muito mais
do que alguém que tem suas necessidades
materiais amplamente resolvidas.
No entanto, o cenário muda quando
temos ferramentas que, de alguma
forma, possibilitam maior acesso às
oportunidades.
Esse é um dos grandes desafios que temos
pela frente na América Latina.
O valor da educação como fator de
equalização é amplamente destacado.
Quantos nos explicaram como administrar
a poupança ou os diferentes
instrumentos disponíveis para gerar
rendimento de capital?
Alguém nos ensinou conceitos básicos
como liquidez, risco, lucratividade ou
diversificação?
A independência financeira é um
princípio elementar para alcançar a autonomia
e temos que começar a educar
as crianças nessa direção.
Um estudo recente realizado pela área
de pesquisa do Google revela que 4
entre 10 brasileiros que não investem
querem aprender sobre o tema, e 38%
dos entrevistados pretendem começar
a investir quando tiverem mais dinheiro.
Isso mostra que os brasileiros estão
cada vez mais interessados em ampliar
seus conhecimentos sobre finanças
pessoais e investimentos.
Nesse sentido, celebro os passos que as
mulheres estão dando em direção à sua
independência econômica. De acordo
com um estudo da Finnovista e do BID
apresentado no ano passado, globalmente
a proporção de startups de fintech
que têm uma mulher na equipe
fundadora é de 7%, mas na América
Latina, 33% são cofundadas por mulheres.
Outro dado que mostra que as mulheres
estão cada vez mais interessadas em
aprender a investir e a conquistar sua
independência financeira é o número
de mulheres que investem na na Bolsa
de Valores. Levantamento feito em
setembro pelo B3 indica que 779.378
brasileiras são atuantes nesse segmento,
o que corresponde a 25,42% do total
de investidores cadastrados, o maior
percentual da história no país.
Esses dados são encorajadores para as
novas gerações, especialmente porque
as finanças e o mercado imobiliário
têm sido mercados predominantemente
masculinos. E isso tem a ver,
em parte, com um aspecto cultural.
Historicamente, os recursos econômicos
das famílias estavam nas mãos dos
homens, embora, aos poucos, percebamos
uma mudança gradativa.
Essa tendência levou a um papel mais
passivo das mulheres nas decisões
econômicas e financeiras.
Não é minha intenção entrar em longos
debates sobre este último ponto,
mas sim, olhar para o futuro e destacar
todas as transformações que estão
ocorrendo, embora ainda haja muito
por fazer. A tecnologia oferece hoje
instrumentos de investimento fáceis e
ágeis, como o crowdfunding imobiliário,
que permite a uma pessoa ingressar
no Imobiliário, setor geralmente
reservado a pessoas físicas com muitos
recursos econômicos, com valores
muito baixos (a partir de US$ 1 mil).
As mulheres têm que começar a familiarizar-se
cada vez mais com esses
tipos de ferramentas que permitem gerir
seus rendimentos e poupanças com
maior autonomia, bem como se envolver
em empregos e empreendimentos
que sirvam para promover a mudança
e inserir as mulheres no mercado de
trabalho, especialmente no mundo das
finanças.
Em um mundo cada vez mais globalizado,
as ferramentas tecnológicas estão
quebrando fronteiras e abrindo portas.
Essa também é uma oportunidade para
mulheres que buscam independência
financeira.
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Rotary Club de Santos Gonzaga realizou a comemoração dos seus 11 anos de
existência com a entrega do Prêmio Profissional do Ano de 2020
Rotary Club de Santos Gonzaga
O realizou a comemoração dos seus
11 anos de existência com a entrega do
Prêmio Profissional do Ano de 2020,
com glamour e muita segurança, no
dia 18 de novembro de 2020, no Buffet
Mário, em Santos. Mais do que uma
festa, uma celebração à vida, considerou
o desembargador Ramon Mateo
Júnior, um dos homenageados na solenidade.
A extensa programação da festiva teve
ainda a posse do novo Conselho Diretor,
com a presidência do casal motivador
Cléber Léo Bortolamasi e Maria
Angela Prado; a admissão de novos associados
representativos e honorários,
como o Dr Luiz Roberto Colombo Barboza
e a Dra Rose Marques; a presença
do governador do Distrito 4.420, Ano
Rotário 2014/2015, Hiroshi Shimuta;
a presença de dois atletas olímpicos;
do provedor da Santa Casa de Santos,
Ariovaldo Feliciano, considerado
hoje o segundo maior hospital do Brasil.
Destaque também para a posse da
presidente do Rotaract Club de Santos
Gonzaga, Mikaelli Araújo.
Na ocasião, foram cerradas a Galeria
do Colégio de Presidentes e a Galeria
de Associados Fundadores.
“Tal atitude serve de reconhecimento
e gratidão àqueles que um dia se dispuseram
em dar de si antes de pensar
em si e perpetuaram a obra”, explicou
o presidente e fundador do Cléber Léo
Bortolamasi.
A entrega da réplica do Marco Rotário
para todos aqueles que contribuíram
de forma grandiosa para o Club, sendo
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considerada a maior honraria dentro
do Club, também representa essa gratidão.
Durante a festiva, Roberto Barroso
Filho, Braz Antunes Neto, Écio Lescreck,
Cristina Campos e Hélio Fernandes
Jr receberam a mencionada honraria.
“O Rotary Club de Santos Gonzaga
tem em seu Plano Diretor o objetivo
bem definido de abrir oportunidades
na comunidade em sete áreas de enfoque
e assim está sendo feito”, comentou
o presidente motivador Cléber Léo.
No cardápio da maior festa do ano de
2020, coquetel de boas-vindas, barquete
de carpaccio com alcaparras e
parmesão, involtini de abobrinha com
queijo branco, fitas de peru com purê
de maçã, crostine de chutney de abacaxi,
casquinha kibe com couscous
marroquino, quiches variados e lorraine,
queijos, salgados variados, coquilles
de siri, robata de carne com queijo
Gnochi da Fortuna, medalhão de mignon
ao molho gorgonzola com risoto
de palmito, risoto de alho poró com
champignon e raspas de limão, batata
sautée, bolo de frutas com sorvete
e docinhos tradicionais. Tudo isso ao
som do maestro Tirolli, com uísques e
o patrocínio da Heineken do Brasil.
Cerca de 130 pessoas compareceram
à festiva e abrilhantam o evento. “Adquirirmos
uma máquina purificadora
que garante o ambiente seguro e seguimos
perfeitamente todos os protocolos
de segurança estabelecidos”, ressaltou
Marcelo Arata, associado honorário do
Club e proprietário do Buffet.
Lançamento do Projeto de Árvores dos
Países em Santos (PÁPS), inauguração
do Núcleo de Mulheres Empreendedoras
e o anúncio oficial da parceira com
a Sigo Esporte para Todos marcou a
noite em que se comemorava também
o aniversário do Companheiro Cléber
Léo.
Aliás, o ex-jogador e atual diretor institucional
do São Paulo Futebol Clube,
Diego Lugano, compareceu ao evento
e trouxe a camisa 10 do Daniel Alves,
provocando uma verdadeira revolução
na festa. “Um presente como esse não
se ganha em todos os aniversários”, ressaltou
Cléber Léo.
Após o jantar, a camisa oficial do SPFC,
autografada por Lugano, fora arrematada
no leilão do coração por R$ 1 mil.
No embalo, uma guitarra epiphone
black fora arrematada por R$ 3 mil.
Ainda como reconhecimento às doações
feitas para a Fundação Rotária,
a empresa Dra Rose Marques Estética
Dental fora agraciada com o título de
Empresa Cidadã, e o mesmo aconteceu
com a AC Serviços e o Rotary Club
de Santos Gonzaga, que contribuíram
para a Fundação Rotária com U$ 1 mil.
O Conselho Diretor do Rotary Club de
Santos Gonzaga premiou 16 profissionais
das mais diversas áreas do conhecimento
humano. Esse ano, o professor
doutor Guilherme Colombo Barboza
foi eleito o Profissional do Ano de
2020. Por fim, o troféu “Caravana mais
Distante” fora entregue ao Companheiro
Hiroshi Shimuta, representando o
Rotary Club de São Paulo Aeroporto;
e o troféu “Caravana mais Numerosa”
ao Companheiro Luiz Fernando Caramico,
presidente motivador do Rotary
Club de Santos, Club padrinho do
Rotary Club de Santos Gonzaga, capitaneando
a caravana com seis companheiros
do Rotary Club de Santos.
A seguir, a relação dos demais profissionais
premiados em 2020.
PROFISSIONAL DO ANO DE 2020
POR CLASSIFICAÇÃO
Marco Aurélio Rosas – na Área da
Gestão Empresarial -Administrador
Antonio Yumoto – na Área do Comércio
-Empresário Náutico;
Eduardo Shozem Yamauchi – na Área
do Comércio – Empresário do Ramo
de Bebidas;
Antonio Batista de Andrade – na Área
do Comércio – Empresário do Ramo
de Alimentos;
João Galluzzi Baltazar – na Área da
Saúde – Mordomo;
Ana Maria Mariano Maia – na Área
da Saúde – Medicina e Segurança do
Trabalho;
Octávio Tavolaro Filho – na Área da
Saúde – Gerente Administrativo;
Dr. Carlos Henrique de Alvarenga
Bernardes – na Área da Saúde – Médico
Cirurgião Vascular;
Dr. André Sementilli Cortina – na
Área da Saúde – Médico Socorrista;
Dr. Carlos Eduardo Petraglia – na Área
da Saúde – Médico Pneumologista;
Dr. Silvio Carlos Ferreira – na Área da
Saúde – Médico Ortopedista;
Pedro Alcântara – na Área da Comunicação
Social – Colunista Social de
TV;
Profº José Roberto Azevedo – na Área
da Educação – Professor Bilíngue;
Exmo. Ramon Mateo Júnior – na Área
Jurídica – Magistratura – Desembargador;
PERSONALIDADE DO ANO DE
2020
ElianaLopes Feliciano
PROFISSIONAL DO ANO DE 2020
Profº Dr. Guilherme Colombo Barboza
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André Rodrigues: a história de superação por trás da Abeni Group, uma
respeitada Cia no setor de Certificação e Supervisão de commodites agrícola
no comércio internacional
empresário conta sua história de
O trabalho e luta em quase 30 anos
no setor portuário
A conversa com o nosso convidado,
capa da Revista Empresários do bimestre,
começou com uma frase: “Caí no
buraco e voltei gigante”.
O trecho sintetiza de uma maneira
simples, mas muito clara, a trajetória
de André Rodrigues, o CEO da Abeni
Group.
A história do empresário santista começou
cedo: com apenas 17 anos foi
ser Office Boy do pai em uma grande e
centenária empresa de Despacho Aduaneiro
aqui em Santos.
Na época, o jovem André não sabia
nada do ramo e jamais poderia imaginar
os rumos que sua vida tomaria
com o aprendizado daquela época. “Eu
via meu pai como um grande herói.
Imaginava como era o trabalho dele e
tinha orgulho de dizer para meus amigos
que meu pai trabalhava com navios,
mesmo sem ter noção do que era.
Quando comecei a trabalhar com ele é
que entendi, de fato, o dia a dia do despachante
Aduaneiro”, ele conta.
No entanto, a experiência profissional
com seu grande mestre foi interrompida
muito cedo.
Quando Rodrigues tinha apenas 19
anos seu pai faleceu.
No entanto, por gratidão pelos anos de
serviço de seu pai, a empresa decidiu
permanecer com ele no quadro de funcionários.
Agora sozinho, André passou
a se envolver nas rotinas do serviço
de exportação, já em Santos. De navio
em navio, ele conhecia novas pessoas, e
foi aprendendo sobre todo o processo
logístico e portuário.
Durante um período, ele foi realocado
para o setor comercial da empresa, mas
ali entendeu que seu universo era, de
fato, a exportação.
Dois amigos ainda da época de seu
pai, Nillo e Bechelli, que trabalhavam
na importação e atendimento, respectivamente,
fizeram então a proposta:
“Vamos iniciar nossa própria empresa
de despacho Aduaneiro e você cuida
da Exportação?”. As iniciais dos sócios
deram nome à nossa empresa “Abeni”,
que começou suas operações em 1998.
“Os negócios só cresciam, e quando
chegaram os anos 2000 as safras de
açúcar passaram a ascender estrondosamente.
Nós não imaginávamos que
tudo isso ia acontecer. E junto com a
demanda de açúcar crescia nossa empresa.
Chegamos a alugar um prédio
com 800m2 só para alocar nossos colaboradores.
Eram em torno de 120
funcionários que dependiam de nós”,
conta com orgulho.
Por anos a Abeni e o empresário André
Rodrigues foram crescendo diante
das oportunidades. Além do despacho
aduaneiro, a empresa também contava
com um terminal para carregamento
dos containers de açúcar.
Foi aí que, em 2008, o empresário percebeu
que havia mais uma etapa do
processo de exportação que eles ainda
não dominavam e que havia grande
campo a ser explorado: a certificação
técnica.
“Tínhamos um amigo que se tornou
nosso Diretor Químico e que está conosco
até hoje, Sr. Artur, que nos ajudou
a criar nosso Laboratório, mas
faltava agora uma parte importante:
dinheiro para investir na criação de
um laboratório que pudesse colher as
amostras da carga e fazer as devidas
análises”, explica.
Como uma coincidência do destino,
naquela noite, André assistiu a um
comercial que falava sobre crédito no
Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) para pequenos
e médios empresários com baixas
taxas de juros.
“Em cerca de um mês eu já tinha o cartão
que me dava o crédito e consegui o
valor necessário para a construção do
laboratório.
Para emitir os pareceres a partir dos
laudos, é preciso ter Homologação nos
Órgãos Internacionais para ter o reconhecimento,
assim também conseguimos
o tão esperado reconhecimento!”,
explica.
Em 2010, como ele vê, a empresa chegou
no seu ápice: patrocinou uma feira
Internacionais do setor de açúcar em
Dubai.
Devido a gestões equivocadas de alguns
governantes do nosso país passamos
por uma crise muito profunda o
setor do agronegócio e ao mesmo tempo
o preço do açúcar começou a cair
muito no mercado internacional.
Aos poucos o setor se viu esmagado e
muitas empresas foram obrigadas a fechar
as portas.
Com isso, a Abeni passou pelos seus
momentos mais difíceis.
O faturamento caiu, as reclamações
cresciam a cada dia e os sócios se viram
obrigados a demitir boa parte do
quadro de colaboradores, mudar seu
endereço comercial e ver as dívidas
crescerem absurdamente.
Diante da situação, o empresário teve
que tomar uma decisão:
desfazer a sociedade e assumir todos os
débitos acumulados até ali.
Somente de dívidas trabalhistas que
chegou na casa do milhão. “Naquele
momento me vi sem chão. Exatamente
como a fenda do começo da conversa”,
41
conta.
Para não levar tantos problemas para
casa, André começou a sentar no jardim
da Orla da praia de Santos e ali
lembrava do pai e se conectava com
ele. “Eu orava e pedia que meu pai me
encaminhasse. Chegar naquele lugar
eu já sabia, mas eu queria que ele me
mostrasse se o caminho que eu estava
seguindo estava certo, eu não poderia
mais errar naquele momento”.
E a verdade é que André saiu desse buraco,
literalmente, correndo.
Isto porque os caminhantes e corredores
que diariamente passam pelas
praias santistas inspiraram o empresário
a fazer o mesmo.
Ele começou a caminhar, depois a correr
alguns metros que se transformaram
em dois quilômetros, depois dez,
viraram uma maratona completa, mas
sua grande conquista foi correr 100
quilômetros. Ele já completou uma
meio Iron Man, e já tem planos para
a próxima: “Quero me preparar para
quando fizer 50 anos, em menos de três
anos, completar todo o Ironman Full”,
diz.
A prova é a maior do mundo, composta
por 3,8 km de natação, 180 km de
ciclismo e 42,195 km de corrida.
Mas, aos poucos o empresário foi mudando
a postura. Começou a estudar
novamente, reestruturou seus planos e
sua empresa degrau a degrau, tirando
da queda uma grande lição:
A qualidade dos serviços é o que define
o seu tamanho!
Aos poucos a Abeni foi voltando ao patamar
que já havia conquistado no passado.
A empresa retornou à Dubai para
patrocinar um mega evento do setor.
A cidade dos Emirados Árabes reúne
os grandes traders de commodities do
mundo, e ali o empresário conquistou
parceiros de negócios. No ano passado,
a Abeni passou a se chamar Abeni
Group, a fim de absorver uma filial na
Argentina.
para permanecer com foco em direção
ao sucesso. “Minha família é a razão
pelo qual sigo firme. Minha esposa
veio trabalhar na empresa e colabora
muito com nosso crescimento. Juntos
somos mesmo mais fortes”, orgulha-se.
Balanço de 2020 – Segundo o empresário,
o ano de 2020 foi muito atípico,
e por conta da pandemia, grandes
avanços acabaram sendo retraídos. No
entanto, a empresa continuou se aperfeiçoando
neste período.
“Desenvolvemos aplicativo e Software
para um rigoroso controle de qualidade
e emissão dos Certificados pertinentes
aos processos automaticamente
o chamado IOT (inteligência artificial).
Hoje, a empresa é responsável pelas
análises e certificações por cerca de um
terço das transações de exportação de
açúcar branco em container no país,
um grande feito, conquistado com esforço
incansável de um grande gestor e
colaboradores engajados.
“A grande lição que tiro disso tudo é
que preciso buscar ser melhor a cada
dia, e ter excelência na prestação dos
serviços trará a satisfação do cliente e
os resultados que a gente espera”, conclui.
Beatriz Lopez
Jornalista – MTB 88.752
A família de André, sem dúvidas, foi a
principal responsável por dar ao empresário
força e apoio para seguir em
frente quando as coisas não iam bem e
continuam sendo seu principal motivo
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Saída da Ford do Brasil: incertezas e impactos na marca
Companhia tem o desafio de
aplacar incertezas dos consumidores
e de criar nova proposta de
valor, segundo especialistas em
branding
“A Ford continua comprometida
com os clientes no Brasil e na
América do Sul com um modelo
de negócio ágil e sustentável baseado
em uma linha de veículos
icônicos, conectividade e eletrificação”.
Essa é a primeira resposta
de uma série de questões que a
Ford colocou em seu site oficial
para tentar responder às dúvidas
do público que foi surpreendido
com o anúncio da saída das
fábricas da montadora do País,
feito nesta segunda-feira, 11.
A decisão da companhia teve
como justificativa a ampliação da
capacidade ociosa, que persistiu
por conta da redução das vendas
gerada pelo prolongamento do
tempo de pandemia, o que teria
causado perdas significativas à
empresa. Com isso, os automóveis
da Ford vendidos no Brasil
virão sobretudo da Argentina
e do Uruguai e alguns modelos
fabricados no País, como EcoSport,
Ka e T4, deixarão de ser
produzidos. Importados dos vizinhos
latino-americanos, serão
vendidos no Brasil os modelos
Ranger, Mustang, Edge e Territory,
além dos lançamentos que a
montadora promete para o ano,
como Ford Transit, Mustang
Mach 1 e Ranger Black.
Além dos impactos diretos na
Economia (sobretudos pelos empregos
diretos e indiretos mantidos
no País), a saída das fábricas
da Ford gera também impactos
na marca e na relação que ela
construiu com seus consumidores
brasileiros há mais de um
século, conforme analisa Genaro
Galli, professor, coordenador
de pós gradução e especialista
em Branding da Escola Superior
de Propaganda e Marketing
(ESPM).
“Marcas sempre são resultados
de associações que as pessoas
fazem e, a medida em que acontece
uma associação negativa
— pois a saída da companhia
do mercado, por uma série de
fatores, acaba sendo algo negativo
– essa marca enfraquece
aos olhos do consumidor e gera
uma série de incertezas”, analisa
Galli. Segundo ele, as principais
incertezas que rondam a marca
em meio a uma movimentação
como essa é a continuidade da
relação dos seus consumidores
com ela. “Quem tem automóvel,
se questiona se contará com
assistência técnica, se encontrará
peças quando precisar. E, quem
ainda cliente, mas está pensando
em comprar um carro nesse momento,
certamente vai olhar para
aquela marca de outra maneira”,
exemplifica.
Na opinião de Galli, para que a
Ford consiga fazer essa saída do
mercado nacional preservando
os valores e a imagem que construiu
perante o consumidor brasileiro,
é fundamental a presença
de dois elementos: transparência
e uma estratégia de comunicação
bem definida. “O primeiro ponto
a ser trabalhado é a transparência.
A marca tem que ser clara,
objetiva e informar às pessoas
aquilo que elas desejam saber,
explicando como fará o abastecimento
das peças, que tipo de
assistência os clientes podem
encontrar, etc”. Segundo o professor,
o ideal é que essa comunicação
com o público seja feita
o mais breve possível, a fim de
disseminar as incertezas e eventuais
notícias falsas em torno da
empresa que possam surgir nas
redes sociais.
Distanciamento e reinvenção
Proprietária de modelos de grande
sucesso entre o público e com
mais de 100 anos de presença
em território brasileiro, a marca
Ford acabou consolidando uma
imagem positiva e sólida no País,
na visão de Carolina Barruffini,
diretora de branding da CBA
B+G, agência de design, branding
e inovação pertencente ao
Grupo WPP. A profissional pontua,
no entanto, que o desempenho
de mercado da Ford nos últimos
anos já vinha fazendo com
que a montadora perdesse um
pouco de sua competitividade e,
consequentemente, diminuísse
sua lembrança de marca. Segundo
dados da Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea), a Ford
ocupou a quinta posição entre as
marcas de automóveis no Brasil
em 2020, com um share de
7,14% do mercado.
Com o fechamento das fábricas
no Brasil, o distanciamento entre
Ford e o brasileiro tende a se
agravar, na opinião da diretora
da CBA B+G. “O País passa a ter
outro nível de prioridade para a
companhia em termos de investimento,
comunicação, estudos
para conhecimento do consumi-
dor local, relacionamento, etc”,
diz Carolina. Assim como Galli,
ela também pontua que deve
haver, nesse primeiro momento,
certo receio na aquisição e manutenção
de produtos da marca
pelo aumento dos preços dos
veículos que, agora, passarão a
ser importados.
Apesar das incertezas inevitáveis
do movimento, Carolina pontua
que a Ford poderia utilizar a
saída do País como uma oportunidade
de reinventar sua proposta
de valor. “É a oportunidade
de criar algo que vá ao encontro
com uma necessidade latente dos
consumidores: passar do foco
em produzir carros para focar
em criar soluções de mobilidade,
desenvolvendo ferramentas,
serviços, infraestrutura capazes
de apoiar a solução de um dos
grandes problemas atuais”, aponta.
Ela ressalta que a Ford já vem
fazendo isso nos Estados Unidos
com a aquisição de empresas de
tecnologia e conectividade e que
poderia trazer essa expertise ao
Brasil.
Na visão de Carolina, esse momento
de saída do País demanda
um investimento em comunicação
mais assertivo e direcionado
e a abordagem deve estar
em construir relacionamentos
sustentáveis a partir da visão de
criar novas ofertas, serviços e
soluções de mobilidade.
Identidade brasileira
essa imagem perante o publico
dependerá, em sua visão, essencialmente
de como a empresa irá
gerir, sobretudo, as redes de concessionárias,
que acabam sendo
o principal ponto de contato
entre marca e consumidor. “É
preciso ver se essa nova lógica de
importação condiz com a preservação
de uma rede tão grande de
concessionárias. Esse processo,
claro, gera desgaste e incerteza
não somente ao público, mas
também aos donos das lojas, que
fazem parte da cadeia de stakeholders
da marca. O impacto
de um movimento assim acaba
acontecendo em todos os pontos
de contato da empresa”, diz.
Em seu site oficial, a Ford promete
aos consumidores manter
uma presença ativa no Brasil por
meio de sua rede de concessionárias,
oferecendo assistência
técnica e peças de reposição para
os veículos e garante que, neste
momento, não há mudanças na
rede de lojas. A empresa adianta,
no entanto, que “ajustes futuros
serão comunicados oportunidades
aos consumidores, com total
transparência”.
Fonte: Meio&Mensagem
Outro ponto que Genaro Galli,
da ESPM, destaca em relação à
marca Ford é o fato de seu tempo
de permanência no Brasil
ter lhe conferido um recall de
empresa nacional, apesar de sua
origem estadunidense. Preservar
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Identidade digital: a chave para dar mais controle ao usuário e diminuir
burocracias - Por: Brandon Murdoch, engenheiro principal do time de
Identidade Digital da Microsoft
No mês de novembro de 2020, tive o
prazer de participar de um painel
virtual na edição on-line da 6ª Semana
da Inovação da ENAP (Escola Nacional
de Administração Pública) no Brasil.
Junto com representantes do governo
brasileiro, acadêmicos e executivos
de empresas de tecnologia, discutimos
as oportunidades e armadilhas apresentadas
pela identidade digital.
Os documentos de identidade, desde
simples pedaços de papel até passaportes
sofisticados, permitem que
uma pessoa faça declarações sobre
si mesma, permitindo-lhe continuar
sua vida diária. Desde viajar e dirigir
até comprar mercadorias, esses documentos
agem como indicadores para
processos que um indivíduo concluiu
– passar em um teste de direção resulta
na emissão de uma carteira de motorista,
passar por uma faculdade gera
um diploma e para provar a cidadania
utiliza-se um passaporte. A confiança
nesses processos e a transferência de
confiança possibilitada por esses documentos
se tornaram uma parte central
de nossa sociedade. À medida que os
governos buscam a inclusão social e
impulsionam a eficiência, a tecnologia
digital emergente tem a oportunidade
de atender a essas necessidades de uma
maneira que respeita a privacidade e é
centrada no usuário.
Quando pensamos no uso de identidades
digitais, podemos imaginar o
caso de uma biblioteca, por exemplo,
em que o usuário pode apresentar um
documento digital armazenado em seu
smartphone como prova de que é um
estudante em uma determinada faculdade
credenciada para poder pedir
um livro emprestado na recepção. Esta
informação será confirmada consultando
os servidores da universidade e
em questão de segundos o processo estará
realizado. Depois de pegar o livro
emprestado, o usuário pode remover
o acesso da biblioteca à sua identidade.
Isso permite que o usuário tenha
controle total de seus dados. A missão
da Microsoft é capacitar cada pessoa
e cada organização no planeta para
alcançar mais e a identidade digital é
uma solução que traduz nossa missão
nesse sentido, garantindo capacitação
aos usuários.
Em casos governamentais, recomendamos
que os representantes dos países
se reúnam com fornecedores e especialistas
em tecnologia para discutir as
possíveis soluções a serem adotadas,
garantindo sistemas seguros e confiáveis.
Acreditamos que esta é uma discussão
ampla e que deve ser debatida
por representantes de organizações
públicas e privadas para garantir que
tenhamos sistemas que sejam satisfatórios
para todos.
A Microsoft está colaborando ativamente
com os membros da Decentralized
Identity Foundation (DIF), do
W3C Credentials Community Group e
da comunidade de identidade em geral.
Junto com esses grupos, queremos
identificar e desenvolver padrões.
Estamos desenvolvendo uma rede de
utilitários de identidade descentralizada
que funciona em cadeias públicas
existentes para uso em escala global.
O objetivo desta implementação é estabelecer
um ecossistema unificado e
interoperável em que desenvolvedores
e empresas possam confiar para
construir uma nova onda de produtos,
aplicativos e serviços que colocam os
usuários no controle, sem que suas credenciais
pertençam à entidade A, B ou
C, mas ao indivíduo.
No Reino Unido, participamos do piloto
de um sistema de identidade digital
para o Serviço Nacional de Saúde
(NHS, na sigla em inglês). O NHS
queria explorar um sistema de identificação
para médicos em que eles pudessem
oferecer as informações necessárias
por meio de uma credencial
digital em um dispositivo móvel com o
objetivo de aumentar a mobilidade do
médico entre hospitais.
Nossa vida social está cada vez mais
ligada ao digital e, muitas vezes, compartilhamos
tantas informações com
diferentes organizações que não temos
mais controle total sobre esses dados.
Na Microsoft, acreditamos que a privacidade
é um direito fundamental
das pessoas e temos o compromisso
de construir uma sociedade digital que
capacite todos e todas a escolher como,
quando e com quem desejam compartilhar
suas informações. Isso, sem dúvida,
depende do trabalho conjunto
que temos feito com diferentes organizações
no tema da identidade descentralizada
e esperamos compartilhar
mais detalhes sobre nosso progresso
nos próximos meses.
Fonte: https://news.microsoft.com/
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Como ampliar a sua autoestima e a autoconfiança - Por: Sulivan França, atual
Presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching
Em um mundo cada vez mais complexo
e repleto de desafios, podemos
considerar a autoestima e a autoconfiança
como ferramentas vitais para
nossas vidas. No entanto, não é fácil
para muitas pessoas ter isso fortalecido.
E tal situação pode se retroalimentar.
O indivíduo não tem confiança em si
mesmo e não consegue melhorar neste
aspecto, justamente, por não conseguir
valorizá-lo.
E a maior parte das pessoas não vai
querer dar seu apoio a quem pode ser
classificado como inseguro, atrapalhado
ou que pede desculpas por tudo o
que faz. Assim, a situação tende a piorar.
Em contrapartida, as pessoas costumam
se encantar por alguém que fala
de forma clara, segura e que, sem titubear,
responde de forma direta quando
não domina um assunto.
Em outras palavras, indivíduos que demonstram
confiança transmitem isso
para os demais. Mas e você? Como se
considera neste aspecto?
Qualquer pessoa pode mudar algumas
coisas em si se tiver sensibilidade, disciplina
e estiver comprometida com
seu desenvolvimento. A própria vida
é fruto de constantes mudanças. Cada
vez mais, portanto, vale a pena considerar
o que pode te ajudar a evoluir.
Pessoas confiantes não só acreditam
em si, mas também cuidam mais de
seu bem-estar e tendem a fazer a diferença
na vida dos outros, por isso, se
tornam inspiradoras.
É fundamental, neste sentido, estar
aberto ao autoconhecimento. Falar sobre
seus sentimentos e pensamentos
com alguém, por exemplo, é algo que
pode ajudá-lo. Conhecer pessoas que
também sejam confiantes pode fazer
você ficar mais atento ao que faz, sentindo,
desse modo, como melhorar a
autoestima. Ampliar a própria consciência
de seus atos é bom, pois nos faz
ir pensando sobre como queremos ser.
O poder da confi ança
É fácil verificar como quem é confiante
também inspira isso confiança nos
outros. E a tarefa de conquistar a confiança
dos outros é um dos principais
fatores pelos quais alguém alcança o
sucesso.
Autoconfiança, no entanto, é um elemento
que pode ser adquirido e fortalecido.
O nível de autoconfiança de um
pessoa pode aparecer de várias formas.
Por meio de seus comportamentos, da
maneira como se comunica, incluindo
o uso de linguagem corporal, entre outros
aspectos.
Reflita sobre atitudes de alguém que
você considera confiante e compare
com o comportamento de quem demonstra
baixa autoconfiança. Agora,
olhe para si mesmo. Quais pensamentos
ou ações você observa em você e
nas pessoas ao seu redor?
Por exemplo, quem tem boa autoconfiança
faz aquilo que acredita estar certo,
mesmo se for alvo de críticas vindas
de outras pessoas ou mesmo de deboche.
Com boa autoestima, o indivíduo
demonstra mais disposição de correr
riscos e ir mais longe para conseguir
evoluir. Alguém autoconfiante admite
seus erros e aprende com eles. Também
lida bem com o reconhecimento, pois
confia em suas realizações. Portanto
aceita bem elogios.
Já alguém com baixa autoconfiança
se comporta com base no que os outros
pensam, por medo de ser criticado
ou caçoado. Prefere permanecer na
zona de conforto, por medo de falhar.
Assim, evita correr riscos. Por não se
julgar merecedor, dispensa elogios de
imediato quando os recebe.
A baixa autoconfiança, portanto, pode
ser autodestrutiva e, em geral, se manifesta
de uma forma negativa. Pessoas
confiantes costumam ser mais positivas,
pois acreditam em si e em suas
habilidades, e também acreditam em
viver a vida ao máximo.
Qual o caminho?
Para construir autoconfiança genuína,
é preciso ir além de simples afirmações
e pensamentos positivos. É preciso definir
e alcançar metas, construindo assim
algumas competências. Sem isso,
tem-se algo apenas superficial, com todos
os problemas, defeito e falhas que
isso acarreta. Uma falsa sensação de
confiança, na verdade.
Para se tornar mais confiante, é preciso
ter foco e determinação para realizar
alguns passos. O primeiro passo consiste
em se preparar para percorrer a
trajetória para a autoconfiança. Nesse
momento, é preciso fazer um balanço
de onde se está, pensar onde se deseja
ir, colocar-se com uma mentalidade
adequada para a caminhada e se comprometer
a iniciá-la, assim como permanecer
nela.
Nessa fase de preparação, procure refletir
sobre as coisas que você já conseguiu.
Pense na sua vida e escreva uma
lista com dez coisas que você já conquistou.
Com a lista pronta, imprima e
coloque num local que você possa ver
com frequência. De tempos em tem-
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pos, passe alguns minutos desfrutando
do sucesso que você já teve.
Em seguida, use uma técnica como a
análise SWOT para verificar quem você
é e onde está. Olhe suas conquistas e
reflita sobre sua vida recente. Pense no
que seus amigos poderiam considerar
seus pontos fortes e fracos. A partir deles,
pense nas oportunidades que você
tem e nas ameaças que pode enfrentar.
Em seguida, pense no que é realmente
importante para você e no que você
deseja alcançar na sua vida. Definir e
atingir metas é uma parte essencial
disso, e a verdadeira confiança decorre
daí. Estabeleça metas que utilizem seus
pontos fortes, minimizem seus pontos
fracos, contribua com suas oportunidades
e controlem as ameaças
.
Você também vai precisar gerenciar
sua mente. Aprenda a entender e vencer
o diálogo interno negativo que
pode ameaçar sua confiança. Veja a
importância do pensamento positivo
neste artigo. A partir daí, comprometa-
-se com o seu êxito. Faça uma promessa
de que você está comprometido com
o percurso até o sucesso.
Se, ao longo do caminho, surgirem dúvidas,
anote e examine com calma e
racionalidade. Caso elas se dissolvam
após essa análise, perfeito. No entanto,
se forem baseadas em riscos reais, defina
metas adicionais para gerenciá-las
de forma adequada.
No segundo passo você deve começar,
lentamente, a caminhar em direção ao
seu objetivo. Comece com pequenas e
simples conquistas. Assim você se colocará
no caminho do sucesso e começará
a construir a autoconfiança que
acompanha isso.
Mantenha o foco no básico. Quando
começar, não busque a perfeição, apenas
desfrute as coisas simples. Comece
com objetivos pequenos, adquira o
hábito de defini-los, alcançá-los e celebrar
as conquistas. Não faça metas
desafiadoras, apenas adquira o hábito
de alcançá-las e celebrá-las. E, pouco a
pouco, comece a acumular conquistas.
Siga gerenciando sua mente, mantenha
o pensamento positivo e continue comemorando
e desfrutando do sucesso.
E, por outro lado, aprenda a lidar com
as falhas. Aceite que erros ocorram
quando você está tentando algo novo.
De fato, se você adquire o hábito de
tratar os erros como experiências de
aprendizado, pode começar a vê-los
sob uma luz positiva.
O terceiro passo é acelerar para o sucesso.
Nesse estágio, você sentirá sua
autoconfiança aumentando. Este é o
momento de aumentar a velocidade.
Torne os objetivos um pouco maiores
e os desafios um pouco mais difíceis.
Aumente o tamanho do seu compromisso.
E amplie as habilidades que
você provou em áreas novas.
Sulivan França. Atual Presidente da
Sociedade Latino Americana de Coaching,
Sulivan França é Master Coach
Trainer por meio da International Association
of Coaching Institutes, possui
licenciamento individual conferido
pelo Behavioral Coaching Institute
(BCI) e credenciamento individual
junto a International Association of
Coaching (IAC) além de Master Trainer
por meio da International Association
Of NLP Institutes.
Em seguida, você deve criar o conhecimento
necessário para chegar ao sucesso.
Olhando para seus objetivos, identifique
as habilidades necessárias para
alcançá-los. E então veja como você
pode adquirir essas habilidades com
confiança. Não aceite apenas uma solução
superficial. Em vez disso, procure
um programa ou curso que o prepare
integralmente para atingir o que deseja
e lhe dê um certificado ou qualificação.
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Caminhos para a superação da crise nas empresas - Por : Francisco Macedo,
Sócio e líder de Consultoria de crise da PWC BRASIL
pandemia de Covid-19 se tornou
A um evento econômico sem precedentes
e os impactos sobre todos os
setores são inevitáveis. A questão agora
é: qual será o tamanho desses impactos
e quanto tempo eles vão durar?
Crises de saúde semelhantes – como as
do ebola, Mers e Sars – demonstraram
que surtos podem desencadear efeitos
colaterais importantes e de longo
alcance, que, talvez, exijam anos de recuperação.
Nesse sentido, temos orientado líderes
empresariais brasileiros neste momento
de pandemia da Covid-19.
A segurança e o bem-estar dos trabalhadores
afetados pelo novo coronavírus
são a grande prioridade, mas as
empresas também precisam se preocupar
com outros itens essenciais, como a
gestão de incidentes e as comunicações
com seus públicos-alvo.
Os mercados financeiros de todo o
mundo refletem os impactos dessa crise
e, muito embora ainda existam incertezas
quanto aos seus impactos em
longo prazo, várias medidas podem ser
adotadas agora para melhorar a situação.
Na Pesquisa Global sobre Crises
2019, líderes empresariais de vários
setores compartilharam suas experiências
com crises, suas expectativas e
seus principais pontos fortes e fracos
em tais situações.
Essas discussões revelaram que algumas
empresas emergem mais fortes
– e até experimentam crescimento de
receita – depois uma crise, enquanto
outras hesitam.
Uma supervisão sênior e a coesão interna
entre as equipes multifuncionais
— fundamentada em preparação, treinamento
e testes— são essenciais para
alcançar bons resultados.
Obter a coordenação necessária entre
as equipes de comunicação, jurídica
e operacional nem sempre é fácil, em
parte porque elas costumam trabalhar
de forma isolada. É necessário, então,
criar um comitê central formado por
representantes dessas equipes, com
poderes para tomar decisões táticas e
encaminhar questões importantes para
o nível da alta administração.
Também é importante abordar todos
os públicos-alvo da organização e as
mensagens durante uma crise devem
ser autênticas.
Outro ponto importante é que parte
da estratégia de comunicação estará
centrada em garantir a segurança da
força de trabalho. Os empregados ou
as comunidades potencialmente impactadas
em que trabalham procuram
respostas, orientações e comunicações
regulares na organização.
Rever as regras de viagem, políticas
de RH, planos de primeiros socorros é
fundamental, além de elaborar maneiras
de tomar as providências.
A janela de resposta a uma crise é geralmente
medida em meses, enquanto
a recuperação, em anos. Portanto, é
necessário considerar o que acontece
não apenas hoje, mas amanhã e depois
também. Isso pode envolver a alocação
de recursos dedicados, que serão liberados
das pressões diárias do gerenciamento
da crise. A perspectiva mais
ampla e de longo prazo pode ajudar a
fazer a empresa sair da crise ainda mais
forte e sustentável.
Uma crise como a da Covid-19 pode ter
impacto em todas as áreas da empresa.
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Afinal, pra que serve um advogado? Por: Tatiana Gomes é advogada na Fass
· Já pensou em fazer uma revisão
tributária e ver onde é possível economizar?
· Está ciente das últimas alterações
trabalhistas e sabe a melhor forma de
implementá-las?
· Sobre os inadimplentes, tem um
plano de ação para recuperar o crédito?
· Está adiando aquela conversa tensa
entre os sócios para alinhar a participação
na empresa?
Você já deve ter ouvido alguém falar
que “O advogado é indispensável
à administração da justiça”. Está lá
no artigo 133 da Constituição Federal.
Com respaldo no suprassumo do ordenamento
jurídico, ser “dotô” vai muito
além de ganhar ou perder um processo.
É comum, e natural, fazer essa associação
da advocacia com processos,
burocracia, litígios e problemas em geral.
Sem dúvida você vai precisar dos
conhecimentos técnicos de um advogado
para te assistir em uma ação.
Data venia, não se engane. Somos muito
mais do que tradutores de “juridiquês”.
Sabe aquele ditado: melhor prevenir
do que remediar? Pois é, ter uma boa
assessoria jurídica funciona mais ou
menos assim.
Que tal mudar seu mindset? Pense no
advogado como um parceiro no seu
negócio, e não somente como o cara de
terno que te socorre quando o problema
aparece.
Olhe para dentro da sua empresa.
· Seus contratos estão redigidos
em linguagem que você entenda, e da
melhor forma para evitar problemas
futuros?
· E os procedimentos internos, estão
alinhados com o Código de Defesa
do Consumidor, a fim de manter a boa
reputação da empresa e evitar reclamações
no Procon e na Justiça?
Esses são pequenos exemplos. Cada
empresa tem uma peculiaridade e uma
necessidade diferente.
Encontrar modelos de ações e contratos
no Google é fácil. Já atrelar o conhecimento
jurídico com os objetivos
e modelo do negócio não se encontra
em qualquer esquina.
Em meio à pandemia do Covid-19, a
relevância constitucional dada à advocacia
se mostra ainda mais pertinente.
Inúmeras Portarias, Decretos, Medidas
Provisórias. Toda essa legislação regula
as relações sociais e impactam diretamente
na vida das pessoas, físicas e
jurídicas.
Como colocar tudo isso na prática?
Qual a melhor estratégia para o seu
caso? Nós, advogados, estamos aqui
para facilitar e ajudar a encontrar a
melhor solução. A gestão jurídica da
empresa vem antes, e vai muito além
de um processo no Tribunal!
Sem dúvidas o advogado é indispensável
à administração da justiça. Mas
diria também que é indispensável à administração
das injustiças, das crises e
dos negócios.
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Estudo da ANFAVEA e Webmotors revela que 96% pretendem comprar ou trocar
de carro em 2021
ANFAVEA (Associação Nacional
A dos Fabricantes de Veículos Automotores)
e a Webmotors realizaram
uma pesquisa sobre intenção de compra
de veículos para 2021, considerando
comparativo com 2020 e o cenário
da pandemia de Covid-19.
Realizado com 2.103 usuários do site
da Webmotors, de todas as regiões do
país, um dos principais apontamentos
do estudo é que 96% dos respondentes
têm intenção de comprar e/ou trocar o
veículo em 2021, com alta expectativa
de realizar o negócio ainda no primeiro
semestre do ano.
“A tendência é de otimismo para 2021,
já que o carro ganhou um papel diferenciado
diante do cenário de pandemia
por trazer conforto e segurança
para o transporte das pessoas”, comenta
o CEO da Webmotors, Eduardo Jurcevic.
Sobre o perfil do estudo, ele conta
que a maior parte dos respondentes
é de homens casados. Dos usuários que
pretendem trocar de carro em 2021,
75% declararam possuir um ou dois
carros atualmente.
O estudo traz insights de pessoas que
têm interesse em comprar um carro e
permite analisar seus diferentes comportamentos.
"A nova pesquisa Webmotors revela
algumas tendências diferentes das do
ano passado, certamente por conta dos
impactos da pandemia no comportamento
do consumidor, daí a importância
dessa sondagem para ajudar a
indústria a direcionar seus esforços",
afirmou o Presidente da ANFAVEA,
Luiz Carlos Moraes.
A pesquisa é dividida em dois perfis de
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entrevistados, onde 75% são clientes
que possuem carro atualmente, e
outros 25% que não possuem um
automóvel. Entre os entrevistados que
possuem carro, 19% alegam interesse
por um modelo 0km, sendo que,
desse volume, 33% dos interessados
possuem idade acima de 65 anos.
Comparando com clientes que não
possuem carros, existe uma diferença
de 7 pontos percentuais, já que apenas
12% destes têm interesse por um 0km,
sendo que 23% das menções são de
usuários a partir de 45 anos.
Sobre a escolha das carrocerias, para os
respondentes que não têm carro,
o modelo hatch se destaca com 41%.
A escolha por carroceria também
varia de acordo com a idade dos
entrevistados: modelos SUV (32%) e
sedan (30%) ganham força entre pessoas
com idade de 45 a 65 anos.
Já para os entrevistados que possuem
um automóvel, SUV é a carroceria com
maior intenção de compra, com 38%.
No caso desse perfil de veículo,
chamou a atenção que 69% dos
usuários que já possuem um SUV, têm
preferência por manter-se no
segmento no momento da troca.
Além disso, usuários de 18 a 34 anos
têm maior preferência por sedan, e a
partir dos 35 anos a SUV é novamente
a principal escolha com mais de 40%
das menções.
Para os 4% dos entrevistados que declararam
não ter intenção de comprar
ou trocar de carro em 2021, as principais
razões foram, respectivamente:
situação financeira (48%),reflexo da
pandemia (33%), preferência por outras
formas de mobilidade (10%),sustentabilidade
(7%) e uso do carro de
parentes ou amigos (2%). Em 2020, a
situação financeira (46%) também era
o principal motivo indicado, seguido
pela preferência por outras formas de
mobilidade (18%), este último apresentando
queda em relação ao atual cenário
devido aos reflexos da pandemia
no deslocamento das pessoas.
Pesquisa indica também a intenção
de formas de pagamento. A pesquisa
da ANFAVEA e Webmotors também
levou em consideração a forma de
pagamento para a aquisição do veículo.
Apenas 5% dos respondentes que
já têm um carro declararam a opção
pelo financiamento total do veículo na
aquisição planejada para 2021.
Para aqueles que declararam que ainda
não possuem um carro, a opção por
financiar 100% do veículo salta para
23%. “O perfil de quem ainda não tem
um carro e pretende financiar 100% da
sua aquisição é um volume representativo,
quase cinco vezes maior do que
entre os que já possuem o bem.
Do lado positivo, vale citar que esse
mercado é b astante desenvolvido e
conta com instituições financeiras com
bastante experiência para oferecer boas
opções de crédito para os seus clientes
e, assim, facilitar a aquisição do veículo”,
comenta o CEO da Webmotors.
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Eles foram do zero ao milhão ajudando empresas nas viagens corporativas
Depois de quase ter "quebrado" na
pandemia, startup Onfly encontra
novos nichos de mercado, encerra
2020 com crescimento, negocia aporte
e alça voos maiores para 2021
Não havia nem dois anos que os executivos
Marcelo Linhares e Elvis Soares
tinham lançado a Onfly – startup que
digitaliza o processo de viagens das
empresas – quando, ainda no primeiro
trimestre de 2020, veio a pandemia
de Covid-19 e atingiu em cheio o setor.
Antes de se lançarem ao mercado, em
2018, ambos acumulavam larga experiência
como renomados e bem remunerados
executivos da área de varejo.
Arrependimento? Frustração?
Que nada! E olha que motivos não faltariam
para desesperança.
A queda foi abrupta. Em fevereiro último,
a Onfly superava a marca de 400
clientes recorrentes, transacionando
valores da ordem de R$ 1,8 milhão
por mês, o que lhe rendia faturamento
aproximado de R$ 180 mil mensais.
Contudo, o novo coronavírus se disseminou
pelo planeta e o mundo parou.
Literalmente. Viagens cessaram.
Os negócios desabaram.
“Nossos clientes eram essencialmente
empresas de tecnologia, que foram as
primeiras a desarmar viagens. Todas
foram para o home office. Tivemos de
ser disciplinados com custos, já que a
receita parou. Infelizmente foi preciso
demitir profissionais brilhantes e
negociar com todos os fornecedores.
Não poderia haver a mesma rotina de
custos”, narra Marcelo Linhares. Além
dele e de Elvis Soares, a Onfly conta
também, no papel de advisor, com Daniel
Bento, ex-CEO da Decolar.
Ao mesmo tempo em que a Onfly adotava
medidas internas de austeridade, a
equipe de gestores precisava encontrar
saídas.
Desistir do sonho, que tinha lhes custado
a sólida carreira que construíram?
Mudar os rumos do empreendimento?
Buscar uma luz no fim do túnel que
indicasse uma alternativa promissora?
“Tivemos de procurar novos mercados.
Não dava para sentar e ficar reclamando”,
responde Linhares.
A equipe se voltou para segmentos
econômicos menos impactados pela
pandemia – alguns, inclusive, mostravam-se
aquecidos, pela natureza
de suas atividades. “Constatamos que,
empresas da área de saúde, construção
civil, agronegócio precisaram manter
viagens de suas equipes; algumas até
aumentaram o volume”, afirma. Assim,
a Onfly partiu atrás de potenciais clientes
de setores nessa condição.
A prospecção deu resultados.
Agora, Marcelo Linhares relembra,
contabiliza e compara: “A gente fez R$
7,8 milhões de volume transacionado
em 2019.
O planejamento era de fazer R$ 40 milhões
neste ano. Mas veio a pandemia.
Mesmo assim, com esse movimento
em busca de novos nichos de mercado,
devemos fazer R$ 8,5 milhões em 2020.
Ou seja, ainda [com as dificuldades externas]
conseguimos crescer". Assim,
a startup conseguiu ir "do zero ao milhão"
em plena pandemia.
E neste momento, a startup está captando
sua primeira rodada (seed) com
um fundo de venture capital brasileiro,
que permitirá continuar escalando a
empresa nos próximos anos. "Estamos
em fase final de due diligence, vamos
anunciar o investimento nas próximas
semanas", revela Linhares.
A retomada representou também recontratações.
Em fevereiro, a equipe da
startup somava 25 colaboradores, com
oito vagas abertas. Com a queda nos
negócios devido à pandemia, só um
pequeno grupo da área de tecnologia
foi mantido. O reaquecimento dos negócios
e a recuperação do faturamento
permitiram à Onfly chegar ao mês de
dezembro com 17 profissionais e quatro
vagas abertas. “Portanto, vamos
terminar o ano com 21 pessoas, número
muito próximo de quando começamos”,
sublinha Linhares.
Para 2021, a estimativa de volume
transacionado na casa dos R$ 40 milhões
foi resgatada. Por conseguir “pôr
o pé no acelerador muito rápido” e
com um cenário, para o ano que vem,
apresentando-se melhor que neste inimaginável
2020, o otimismo se sustenta,
garante o CEO da Onfly. “Estamos
com clientes que realizam um volume
maior de viagens. O ticket médio está
maior; finalmente as empresas entenderam
a importância de digitalizar
seus processos de viagens”, comemora.
TRAJETÓRIA
Dessa forma, vem a certeza de que a reviravolta
que ele e o sócio Elvis Soares
deram em suas vidas não foi em vão.
Linhares revela que, de executivos referência
em suas áreas de atuação, com
salários que lhes garantiam segurança
financeira, tornaram-se de uma hora
para outra verdadeiros iniciantes, a garimpar
espaço, reconhecimento e rentabilidade
para a nova empreitada.
“Largamos uma zona de conforto. Foi
um banho de humildade. Sempre fui
muito procurado, para reuniões, negócios;
passei eu a ter que procurar.
A tentar encontros, e ser direcionado
às secretárias dos gestores; a ouvir
muito ‘manda um e-mail’, para conseguir
apresentar [a Onfly]”, exemplifica
o empreendedor.
Marcelo Linhares tinha em torno de 15
anos de conhecimento e experiência
em e-commerce, logística e negócios
digitais. Elvis Soares, por sua vez, também
acumulava período semelhante de
cargos de gestão no mundo corporativo.
Foi em 2018 que deixaram seus empregos
para investir suas economias na
startup e renunciaram à remuneração
por um tempo. “Foram 12 meses sem
ganhar salário. Investimos nosso ativo
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mais valioso na Onfly: nosso tempo”,
frisa Linhares.
A Onfly Viagens Corporativas & Gestão
de Despesas foi fundada precisamente
em outubro de 2018.
Tem matriz em Belo Horizonte e unidade
em São Paulo (no Cubo do Itaú),
e possui clientes em todo o Brasil.
Entre as empresas atendidas, estão:
Ricardo Eletro, Autoglass, Sólides,
Sambatech, Rock Content; ao todo, os
clientes somam 7 mil colaboradores
como potenciais viajantes.
MAIS INFORMAÇÕES
• Sobre a startup e como contratar os
serviços: https://www.onfly.com.br/
A ideia de criação da startup de gestão
de viagens corporativas foi inspirada
na própria experiência empírica de
Marcelo Linhares e Elvis Soares.
Como executivos nas organizações em
que trabalharam, percebiam o quão
burocrático e frágeis eram os processos
e controles de gastos com os deslocamentos
de colaboradores a serviço de
suas empresas. “Muita empresa – média
e grande, inclusive – negligenciava
a gestão de viagens”, era o diagnóstico
da dupla de sócios.
“Pensamos então em desenvolver um
modelo como uma ‘Decolar’, só que
para viagens corporativas. Mostrando
que seria possível uma gestão de viagens
de forma mais inteligente. Com
trâmites on-line, gerenciamento em
tempo real – toda jornada da viagem
é acompanhada. Sem intermediários.
Democratizamos a gestão de viagens”,
sintetiza Marcelo Linhares.
A meta da empresa é chegar em
R$ 1 bilhão transacionado em 2024.
"Se olharmos a Decolar.com, ela faz de
R$ 7 bilhões a R$ 9 bilhões no Brasil em
viagens. Desse volume tranquilamente
50% é corporativo, mas o ponto é que
ela genuinamente não foi feita para o
corporativo. Assim, temos a oportunidade
de capturar boa parte deste valor
entregando o mesmo inventário, a mesma
experiência, mas com as características
específicas do corporativo, como
uma política de viagem, workflow de
aprovação, relatórios, e reembolso de
despesas", explica Marcelo Linhares.
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Com a esperança no olhar e no coração – Por: Djalma Moraes – professor, ator e
consultor
mundo está sofrendo uma reviravolta
que está atingindo todos os
O
campos da atividade humana.
É assustador ver que o que começou
com a contaminação por um vírus,
agora atinge áreas como a Economia, a
Educação, a Política e as Ciências,
jamais voltaremos ao que éramos, mas
podemos adquirir um grande aprendizado
e nos tornarmos melhores do que
fomos.
Há algum tempo, li uma frase atribuída
ao grande teatrólogo, poeta e ensaísta
alemão, Bertold Brecht, que dizia o
seguinte:
“O homem que não lê, mal ouve, mal
pensa, mal vê!”
Ao analisarmos tal frase, observamos
que grande parte do atraso em que nos
encontramos se deve ao abandono da
leitura e à dependência excessiva de
imagens digitalizadas, não quero com
isso demonizar a tecnologia, mas levantar
uma provocação. Vejamos, em
meio ao isolamento em que estamos e
à crescente onda de desemprego, seria
natural a busca por conhecimento e o
aumento da venda de livros de todas
as espécies, mas o que vemos é o fechamento
de livrarias e o aumento de
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vendas de vídeo games e smartfones,
que, se utilizados para desenvolver o
conhecimento, seriam grandiosas ferramentas.
Por outro lado, enquanto é mantida a
proibição às aulas presenciais, na contra
mão temos bares lotados, praias
abarrotadas de pessoas. E o que isso
tem a ver com a frase de Brecht?
Muito, muito mesmo! Percebe-se que
à medida que se diminui o tempo e a
qualidade da leitura, vamos perdendo
o senso crítico e a capacidade de tomar
decisões. E o que estamos vendo é um
excesso de notícias televisas falando
sobre contaminação e número de mortes,
algumas conflitando com outras
notícias, fontes duvidosas de informação
alardeando fatos não comprovados
pela Ciência. Este tipo de super exposição
ao negativismo midiático, sem a
devida busca ou discussão com quem
realmente detém o saber, nos leva a
conclusões erráticas e precipitadas.
Em um ambiente tão confuso, vemos
que só há um caminho a seguir, que é
repensar o modelo de difusão do conhecimento
atual, que já se provou estar
esgotado e fragilizado. Precisamos
pensar um novo modelo de educação
focada em resultados palpáveis em termos
de aplicação de conhecimentos
na prática. Nossas escolas precisam
mudar a metodologia e a tecnologia
aplicada em sala de aula, para que alunos
se sintam desafiados e estimulados
a ultrapassar a barreira de ignorância
que se formou pela adoção de uma
educação acumulativa que não dava
espaço à discussão.
Pessoas com má formação básica necessitam
desenvolver mecanismo
adaptativos para poderem trabalhar, a
maioria acaba vivendo de subempregos
ou de atividades repetitivas, que
como sabemos, estão fadadas a acabar
ou serem executadas por robôs, haja
vista a chegada de IA – Inteligência Artificial
aos call centers e aos chats das
empresas (chatbots).
Para o pequeno empreendedor também
é ruim não ter pessoas com capacidade
de síntese e de tomada de decisão
em seu negócio, o que se traduz
em perdas de materiais e clientes por
manuseio deficiente de equipamentos
ou mal atendimento, gerando produtos
defeituosos e clientes insatisfeitos.
Empresários, educadores, empreendedores
e políticos terão que fazer uma
grande reflexão sobre o que podemos
esperar para os próximos anos do terceiro
milênio. Não basta só vacinarmos
pessoas contra doenças, é preciso vacinar
contra a ignorância e o analfabetismo,
grandes causadores de problemas
em nossa nação.
Voltando à Brecht, a falta de leitura
pode levar a escolhas inadequadas
em termos de eleições, pode facilitar
a ocorrência de acidentes no trabalho,
pode acarretar prejuízos enormes
às empresas pelo desperdício de horas
em atividades que podiam ser feitas
em pouco tempo. Ler aprofunda o
conhecimento, amplia a capacidade
de discernimento e facilita o desenvolvimento
do sentimento de pertencer.
Cabe aqui uma ressalva, não estou elitizando
ou segregando pessoas entre
os que leem e o que não leem, pois
levo em consideração também o caráter
e a vontade da pessoa em evoluir,
para mim, pouco adianta títulos e uma
sala cheia de diplomas, se a pessoa não
consegue ter uma relação humanizada
com as demais pessoas.
Defendo aqui uma mudança de paradigma
para que possa abraçar o futuro
e não o largarmos mais, analisarmos
a pandemia como um grande e doloroso
momento sabático, de onde poderemos
tirar lições importantes para
enfrentarmos os desafios que possam
surgir, entre eles, lutarmos por um plano
de reerguimento da nossa economia
através do investimento em infraestrutura
de saneamento para evitar tantas
doenças e mortes desnecessárias, uma
melhor configuração da logística de
transporte de cargas e pessoas através
de investimentos na malha ferroviária
e na navegação de cabotagem, dinami-
zarmos o acesso aos cursos técnicos e
tecnológicos para que tenhamos um
ambiente de criatividade com grande
surgimento de inovações tecnológica,
ampliação de serviços m&eacu te;dicos
para comunidades distantes, entre
outras coisas.
Defendo aqui uma grande movimentação
pela mudança para um patamar
mais elevado, onde o brasileiro, como
cidadão e ser social, seja dono do seu
destino e de suas escolhas, para que
saiamos do passado colonial e adentremos
um novo horizonte mais moderno
e inclusivo. Que nós, empreendedores
e gladiadores que lutamos em uma arena
tão desigual, tenhamos condições
para vencermos mais batalhas do que
atualmente. Que nossos filhos e netos
sintam orgulho do que fizemos, pois
tornou nossa nação alvo de respeito
mundial.
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Pandemia: oportunidades e desafios na indústria de despedidas de solteiro (a)
Por: Eduardo Vespa, idealizador e fundador da Hangover Despedida de Solteiro
fato que 2020 virou as nossas vidas
É de pernas para o ar. Me recordo que
em março do ano passado paralisamos
os trabalhos por um mês para tentar
entender o que estava acontecendo no
Brasil, no mundo e como poderíamos
trabalhar em um cenário tão atípico,
oferecendo segurança para os nossos
clientes e parceiros de trabalho.
Sentamos, fizemos uma revisão nas
estratégias e tomamos ações proativas
e eficazes, que deram e continuam
dando resultado.
Lembro bem que nossos clientes estavam
preocupados com a situação, e
optamos por remanejar tudo para que
o trabalho continuasse acontecendo e
não perdêssemos as conquistas que já
havíamos obtido anteriormente.
As festas deixaram de acontecer, no
entanto, tranquilizamos nossos clientes
interrompendo a cobrança dos
serviços, sem custos extras - até que
tivéssemos um cenário mais claro da
pandemia -, uma medida mais tranquilizadora,
visto que estávamos – e
continuamos – passando por uma instabilidade
econômica.
5 à 10 pessoas, e maiores, com um grupo
de 30 pessoas, por exemplo, então
temos variantes que podemos explorar
de acordo com o grupo.
Claro que sentimos o impacto da pandemia,
e hoje as coisas estão retomando,
mas ainda não como gostaríamos.
Entendemos que isso é um processo e
precisamos ser estratégicos.
Com a chegada de 2021, grupos pequenos
têm optado por despedidas de
solteiro mais intimistas e pelo remanejamento
dos casamentos para datas
mais distantes, em função do volume
de convidados e dos riscos da exposição.
Por um outro lado, vemos uma
mudança no setor de casamentos, com
noivos optando por cerimônias em locais
abertos, como praias e campo no
Norte e Nordeste do país, ou mini weddings,
que são casamentos para um
pequeno grupo de pessoas.
Hoje atuamos com o volume mínimo
necessário de prestadores de serviços
durante as despedidas, de forma que
ofereça mais segurança a eles e aos
clientes, mas com entregas que prezem
a qualidade de sempre.
A atuação dos profissionais é sempre
pautada de acordo com a orientações
sanitárias, fazendo o uso de máscaras,
luvas e promovendo o distanciamento
orientado. A estrutura da empresa não
sofreu nenhuma alteração nesse período,
no entanto, houve a necessidade
em se adaptar a esse “novo normal” e
precisamos seguir isso à risca.
De todos os nossos clientes, 90% deles
que tinham eventos entre março e julho
de 2020 optaram por remanejar os
encontros agora para 2021.
Destinos internacionais, por exemplo,
como New York, Buenos Aires e Europa
foram suspensos nesse período,
devido à falta de previsão. Por outro
lado, tivemos um aumento de 50% nas
procuras nos destinos nacionais, como
Santa Catarina, Rio de Janeiro e Bahia.
No setor de despedidas de solteiro (a)
temos um mercado amplo, com opções
de despedidas pequenas, que variam de
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Busca por cientista de dados dita tendência de alta procura por profissionais em
2021
Levantamento realizado pela
Workana aponta, ainda, que
marketing e programação devem
seguir no topo dos setores com
mais oportunidades neste ano
Com as inúmeras demandas que
a pandemia gerou às empresas,
a exemplo da digitalização que,
para muitos, precisou ocorrer às
pressas, algumas áreas como programação
e marketing ganharam
destaque em 2020.
E, segundo a Workana , plataforma
que conecta freelancers a
empresas da América Latina, a
tendência é que a contratação de
profissionais desses setores continue
em alta.
Dados de um levantamento feito
pela plataforma revelam que a
busca por cientista de dados em
2020 cresceu 7300% e analista de
dados 2100%.
A procura por profissionais para
construir landing pages teve aumento
de 210,38%, e para produzir
conteúdo para mídias sociais,
115,52%, o que para Daniel
Schwebel, country manager da
Workana no Brasil, indica uma
forte tendência de mais crescimento
ainda para essas áreas em
2021.
“As tendências acompanham as
necessidades do mercado e, no
momento
– e acredito que também a médio
e
longo prazo -, o foco das empresas
será se destacar online, coletar
dados, e traçar estratégias fazendo
uso desses dados.”
E falando em se destacar, o mercado
freelance ganhou mais espaço
nesse atípico que foi 2021
e, acompanhando a curva ascendente
da demanda por profissionais
de marketing digital e TI, o
número de projetos temporários
que trazem os freelancers como
importante recurso para fortalecer
as equipes internas das companhias
também tende a continuar
subindo.
Em 2020, a Workana registrou
alta de 33,87% na quantidade de
oportunidades postadas na plataforma.
Foram mais de 1,6 milhões
de novos projetos postados.
E o número de profissionais cadastrados
saltou de 2,8 milhões
em 2019, para 3,8 milhões em
2020. Para este novo ano que se
inicia, 67,7% dos freelancers preveem
aumento na oferta de projetos.
“Impulsionadas pela força
do trabalho remoto, as empresas
perceberam as vantagens de contratar
freelancers especialistas em
determinadas áreas que atendam
à necessidade delas.
Com isso, o tabu do trabalho freelance
foi quebrado, evoluindo
cinco anos em um, e as oportunidades
às empresas e aos profissionais
independentes só tem feito
crescer, sem limitações geográficas”,
explica Schwebel.
Para conquistar um emprego
nesta modalidade que tanto tem
expandido, o country manager
da Workana afirma que é preciso
se dedicar a aprimorar soft skills,
que são as habilidades pessoais.
“Tudo tem mudado muito rapidamente.
Por isso, a facilidade de
adaptação e facilidade para solucionar
problemas serão – já são,
na verdade -, diferenciais determinantes
à evolução da carreira
de um profissional”, conclui.
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Conheça o marketing de recrutamento e suas estratégias
O
marketing de recrutamento
desenvolve estratégias de
atração e engajamento de talentos,
investindo em uma divulgação baseada
nos valores da empresa para
identificar se os candidatos estão
em sintonia com a cultura organizacional
e como podem contribuir
para melhorias!
Os desafios de encontrar talentos
para compor os times da empresa
são constantes e permanentes.
Mesmo com toda a preparação para
um processo seletivo — análise de
currículos, entrevistas e testes —
pode não ser suficiente para encontrar
o profissional adequado.
Com o marketing de recrutamento
essas questões são minimizadas,
uma vez que todas as ações que envolvem
a aquisição de pessoal, são
pensadas para conectar os profissionais
almejados com a marca, antes
mesmo de serem recrutados.
Para que você entenda melhor o que
é e como funciona o marketing de
recrutamento, trouxemos neste post
o conceito, a aplicação e as principais
técnicas de auxílio no desenvolvimento
das etapas.
Continue lendo e saiba como converter
profissionais interessados em
talentos agregadores!
O conceito de marketing de
recrutamento
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As empresas com grande volume de
vagas disponíveis e perfis específicos,
de modo geral, têm dificuldades
de atrair e recrutar os melhores
talentos.
Os bons candidatos também fazem
escolhas e estão cada vez mais exigentes.
Na teoria, o marketing é aplicado
às estratégias de venda para atrair e
encantar o cliente a ponto de se decidir
pela compra em uma determinada
empresa.
Quando usado no recrutamento, a
proposta é a mesma, mas com foco
no candidato.
Isso quer dizer que todas as ações de
atração, engajamento e conversão
estão conectadas aos valores e cultura
da empresa, que são apresentadas
aos potenciais futuros profissionais
em forma de conteúdo que
estimule o interesse de fazer parte
de um time.
Assim como existe a jornada do
cliente em que a experiência agradável
pode conduzir a compra e fidelização,
também o candidato passará
pelo mesmo processo, com a implementação
de um bom marketing de
recrutamento.
O objetivo é que o contato do candidato
com a empresa não se dê
apenas quando uma vaga for anunciada,
mas, que muito antes ele conheça
a empresa e sua proposta de
atuação no mercado para se identificar
com seus métodos.
Aplicação das estratégias
O conceito da marca empregadora
deve surtir efeito na percepção de
um candidato, pois é com essa visão
de um lugar excelente para trabalhar
que os primeiros sinais de interesse
começam a surgir.
O conteúdo gerado e promovido,
deve chamar a atenção e conquistar
a audiência dos candidatos que
a empresa deseja ter em seu quadro.
Esse é um processo sem um resultado
imediato e é preciso nutrir os
profissionais com conteúdos relevantes.
A nutrição planejada pelo marketing
de recrutamento serve para
desenvolver o contato, mostrar as
características da empresa e minimizar
as candidaturas de profissionais
que não estejam dentro do perfil
esperado.
Com o intuito de recrutar talentos
alinhados à cultura da organização,
possivelmente, os custos com a
contratação serão reduzidos, assim
como o índice de turnover — dois
fatores de grande impacto quando
os colaboradores não se encaixam
no que a empresa espera deles e vice-versa.
O recrutamento é o primeiro contato
de um candidato com a empresa,
se tratando do interesse mútuo de
avançar para um contrato de trabalho.
É o momento de a empresa
apresentar suas propostas e analisar
o fit cultural dos candidatos e concentrar
a atenção nos perfis mais
alinhados.
Por meio dos conteúdos, os profissionais
são convidados a uma jornada
de conexão e envolvimento com
a marca. Durante a jornada vão se
alinhando as hard e soft skills estimulando
ainda mais o desejo de
aplicá-las na empresa.
Técnicas auxiliares
Assim como no marketing voltado
para a atração de clientes, devem
ser utilizadas técnicas que facilitem
a pesquisa e a interação dos candi-
datos com a empresa. Eles precisam
ser lembrados, continuamente, da
existência do seu negócio e estimulados
a perceber que podem fazer
um bom trabalho como colaboradores.
Trata-se de uma jornada longa, de
uma construção sistematizada do
relacionamento, para aumentar não
apenas o interesse, mas o grau de
confiabilidade sobre as propostas de
trabalho, para que um talento sinta
que realmente tem algo a acrescentar
e também absorver como aprendizado.
É possível utilizar técnicas para auxiliar
o marketing de recrutamento
nos primeiros passos da nutrição.
Veja.
E-mail marketing
Ter um banco de currículos atualizado
é essencial para que a técnica
de e-mail marketing tenha resultados.
Se os profissionais estão cadastrados
na sua empresa é porque em
algum momento, por um ou mais
motivos, tiveram interesse em trabalhar
na organização.
A abordagem realizada no e-mail,
com informações estratégicas, podem
manter os profissionais cada
vez mais atraídos e interessados no
que a sua empresa tem a dizer.
É o momento oportuno para falar
do mercado, das perspectivas da
empresa, dos projetos e no quanto
ter profissionais alinhados é importante
para obter sucesso.
Quanto mais aproximado for o conteúdo
do perfil do candidato, mais
ele se sentirá encorajado a participar
do primeiro processo de recrutamento
que a empresa abrir.
Ele se candidata mais convicto de
que pode realizar um bom trabalho
de acordo com os planos da empresa.
Redes sociais
Também chamado de social recruiting,
o uso das redes sociais como
canais de recrutamento está cada
vez mais comum e bem-sucedido.
As pessoas se conectam por todas
as redes de forma diversificada e
associam conhecimento, formação,
interesses e performances, cabendo
à empresa, filtrar e analisar essas características
para encontrar os melhores
perfis.
Criatividade na descrição
das vagas
Aquele modelo engessado de divulgação
de vagas, no formato tradicional,
vem perdendo espaço para
um processo mais dinâmico, em
que a criatividade deve contribuir
para uma descrição atraente, que
faça um candidato se identificar de
imediato.
Vale lembrar que as empresas estão
se movimentando para encontrar
boas formas de recrutamento e levar
a melhor na contratação dos talentos
mais adequados.
Por isso, quanto mais certeira for a
sua empresa na “venda” da imagem,
maiores as chances de vencer os
concorrentes.
As novas formas de recrutamento
eliminam aquele distanciamento
entre os candidatos e o RH da
empresa. No método tradicional,
muitos se sentiam inibidos e avaliados,
deixando de apresentar o
potencial verdadeiro, o que já não
acontece na atualidade.
Desenvolvimento do employer
branding
Employer branding ou marca empregadora
é diferente do marketing
de recrutamento, mas uma estratégia
influencia os processos da outra.
Nas descrições das vagas e funções,
fatalmente, o marketing de recrutamento
usará como diferencial, o
fato de a empresa ser considerada
como uma marca de referência.
Com esse conceito, os próprios colaboradores
serão defensores e promotores
de um sentimento positivo
sobre a empresa em que atuam, desejando
que outros bons profissionais
tenham a mesma experiência.
Esse é um ponto alto da estratégia
e quanto mais colaboradores divulgarem
que estão satisfeitos com o
clima organizacional, melhor será
para a imagem e reputação da empresa
— uma maneira simples e
eficiente de fazer o marketing de recrutamento.
Em todos os canais, mesmo com
uma abordagem diferente, a empresa
deve encontrar um mesmo tom,
para que os candidatos identifiquem
a marca rapidamente em qualquer
circunstância.
Não se esqueça de que, o marketing
de recrutamento, deve usar conteúdos
que realmente estejam de
acordo com o que a empresa tem a
oferecer aos talentos. A atração e o
engajamento podem ser etapas mais
fáceis, mas é a conversão, que dirá
ao longo do tempo, o quanto são
efetivas.
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Empresas de tecnologia buscam adequações à nova Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais
Com o auxílio da Assespro-PR, empresas
paranaenses de tecnologia
investem em consultoria para se enquadrarem
nas regras da LGPD
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD), em vigor desde setembro
de 2020, fez com que muitas empresas
buscassem adequações na forma
de tratar os dados pessoais de seus
clientes. As que fazem parte do setor
de tecnologia da informação (TI) não
se comportaram diferente.
Fundamentada em diversos valores, a
exemplo do respeito à privacidade, inviolabilidade
da intimidade, da honra e
da imagem, o desenvolvimento econômico,
tecnológico e a inovação, a legislação
prevê multas pesadas para quem
não cumprir as regras.
No Paraná, a movimentação é intensa
nesse sentido, como avalia Josias Pereira
Rosa, que assessorou um programa
de apoio às empresas de TI para
adequação à LGPD promovido pela
Associação das Empresas Brasileiras de
Tecnologia da Informação no Paraná
(Assespro-PR).
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"Avaliamos os pontos críticos, oferecemos
consultoria e fornecemos subsídio
a mais de 200 empresas da área para
que pudessem escolher as melhores
alternativas para a adequação à legislação",
explica.
Uma das empresas paranaenses que
participa desse processo é a ACOM
Sistemas - que desenvolve sistemas inteligentes
de gestão de empresas, como
o ERP EVEREST. Segundo o seu CCO,
Eduardo Ferreira, a ACOM já era
adepta às boas práticas de proteção de
dados, mas com a LGPD precisou fazer
um “pente fino" em todos os seus procedimentos
para observar o que já se
enquadrava na nova lei e o que deveria
ser ajustado.
“Nós desenvolvemos sistemas de gestão
que têm acesso desde a dados cadastrais
de instituições, estoque, até o
fluxo de caixa. Sempre investimos em
proteção dos dados, mas com a LGPD,
tivemos que rever processos e aproveitamos
para aumentar a segurança de
nossa plataforma”, diz Ferreira.
Segundo Josias Rosa, nesse processo de
adequação é necessário que as
empresas efetuem um mapeamento de
seus processos e fluxos de dados
pessoais, identificando, entre outros
fatores, qual o seu papel em cada tratamento
realizado. A empresa pode se
enquadrar como Controladora, que é
aquela que toma as decisões sobre o
tratamento dos dados, ou Operadora,
que efetua o tratamento em nome da
Controladora. Isso permite delimitar a
responsabilidade de cada um no tratamento
dos dados pessoais.
"No caso da ACOM, por exemplo, enquanto
fornecedora de software de
gestão, em boa parte dos processos ela
é caracterizada como Operadora nos
termos da LGPD.
Assim, não está diretamente obrigada
ao atendimento de requisições dos
titulares de dados (pessoas físicas clientes
das empresas usuárias do software).
Entretanto, pode criar em seu software
mecanismos que auxiliem seus clientes
no atendimento a essas requisições,
tais como prestar informações sobre os
dados tratados, bem como a correção e
eventual eliminação destes dados", explica
o consultor.
Para aprimorar os procedimentos de
segurança da informação, é aconselhável
também fazer uso de metodologias
tradicionais, como a ISO (International
Organization for Standardization – em
português, Organização Internacional
de Normalização) e o CMMI (Capability
Maturity Model Integration - em
português, Modelo de Capacidade e
Maturidade Integrado), que utilizam
processos de acordo com a realidade da
empresa. Tanto a ISO quanto o CMMI
possuem protocolos de normas técnicas
e certificações que estabelecem um
modelo de gestão de qualidade, normalização
e melhores práticas para o
desenvolvimento e a manutenção de
produtos. As empresas que cumprem
tais normas recebem selos de qualidade,
o que dá segurança aos clientes
quanto ao cumprimento das regras.
Para Ana Lúcia Bittencourt Starepravo,
diretora da Integrow e da Assespro-PR,
"o investimento na adequação à LGPD
será revertido em grandes ganhos operacionais,
melhor organização interna,
transparência nas relações e confiança
mútua em negócios entre empresas e
consumidores".
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Indeed: 52% dos empregadores está otimista quanto à aumento de salário para
sua força de trabalho
59% dos trabalhadores estão otimistas com relação ao mercado de trabalho em 2021
A pandemia fez com que 2020 fosse
um ano desafiador para a maioria das
pessoas. Tanto empregadores quanto
trabalhadores se viram em um cenário
inédito e precisaram mudar planos e
fazer adaptações. De um lado, empregadores
lutaram para manter em pé
seus negócios e evitar demissões, e do
outro, trabalhadores tiveram que lidar
com os desafios de trabalhar remotamente
e as incertezas de continuarem
empregados.
Após um ano tão complicado, o
Indeed, principal site de empregos do
mundo, encomendou uma pesquisa
ao Censuswide com mais de mil
funcionários e 250 empregadores para
descobrir o que trabalhadores e empregadores
esperam para 2021.
Mercado de trabalho em 2021
De acordo com o resultado da pesquisa,
59% dos trabalhadores estão
otimistas com relação ao mercado de
trabalho em 2021. O número cresce
especialmente entre jovens de 16 a 24
anos, 64%, e homens, 62%. Pessoas
desempregadas estão mais otimistas
sobre oportunidades de carreira (68%)
do que aqueles que estão empregados
atualmente (43%).
Quando perguntados sobre o que
esperam em relação a receber um
aumento de salário em 2021, funcionários
se mostraram divididos entre
otimismo (43%) e pessimismo (44%).
Esse equilíbrio também é visto quando
comparamos gênero e diferentes faixas
etárias.
Felipe Calbucci, diretor de vendas do
Indeed Brasil, destaca que mais da
metade dos empregadores, 52%, disse
estar otimista quanto ao aumento de
salário para sua força de trabalho em
2021. “Muitos empregadores fizeram
malabarismos para manter seus funcionários
durante a pandemia e nem
todos conseguiram evitar as demissões.
É interessante, e um alívio para
muitos trabalhadores, ver que há um
otimismo sobre a recuperação econômica
para 2021”, disse.
A maior parte dos empregadores, 77%,
também está otimista quanto à produtividade
da sua força de trabalho. Com
relação ao crescimento dos negócios,
os homens estão mais otimistas do que
as mulheres para o cenário em 2021:
74,81% x 70,69%. Dos empregadores
entrevistados, 31,47% têm o cargo de
gerente sênior, 42,62% são diretores e
25,89% são donos do próprio negócio.
Equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Com muitas pessoas trabalhando
remotamente em 2020, muitos acreditam
que os limites entre vida pessoal
e profissional podem ter sido deixados
de lado. Entre os empregadores,
60,56% concorda que a divisão entre
vida pessoal e profissional para a
maioria dos trabalhadores do país
não ficou clara, esse número aumenta
entre empregadores de alguns setores
específicos, como: 57,29% em TI e
Telecomunicações, 64% em Educação,
70,37% em Varejo, Catering e Lazer e
73,91% em Finanças.
Entre os trabalhadores, 57% afirmou
que os limites entre vida pessoal e
profissional não ficaram claros em
2020. “É importante notar que essa
porcentagem aumenta entre pessoas
com filhos menores de 18 anos, 60%,
e trabalhadores da Educação, 62%. Os
dados deixam evidente o desafio que
mães, pais, professores e outros trabalhadores
da educação enfrentaram em
2020”, afirma Calbucci.
Os entrevistados entre 45 e 54 anos
estão menos otimistas sobre esse equilíbrio
em 2021 do que outras faixas
etárias, 43% contra 60%.
Pandemia
Já com os temas relacionados a pandemia,
como novos lockdowns e a
disponibilidade da vacina, trabalhadores
que moram nas regiões sudeste
e sul do Brasil estão pessimistas
sobre futuros lockdowns, 54% e 55%,
respectivamente, dos entrevistados
nessas regiões acreditam que novos
lockdowns podem acontecer. Entre
os empregadores, de maneira geral,
metade dos entrevistados (50,59%)
estão pessimistas e acham que novos
bloqueios podem ser decretados.
Sobre a disponibilidade da vacina em
2021, 77% dos empregadores disseram
estar otimistas. As mulheres estão
um pouco mais pessimistas do que
os homens (11,21% x 8,15%). Entre
os trabalhadores entrevistados, 67%
afirmou estar otimista sobre a nova
vacina.
Metodologia
A pesquisa foi conduzida pelo Censuswide
em nome do Indeed com
14.000 funcionários e 3.500 empregadores
nos seguintes países: Reino
Unido, França, Alemanha, Bélgica,
Holanda, Itália, México, Brasil, Estados
Unidos, Irlanda, Austrália, Índia,
Singapura e Canadá. No Brasil, foram
entrevistados 1.067 trabalhadores e
251 empregadores. A pesquisa foi realizada
em novembro de 2020 por meio
de um painel online.
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O perfil do imigrante empreendedor – Por: Elilde Browning,Professora e escritora,autora
dos livros E assim foi a vida, com uma versão em inglês, Paths of life, Crônicas de um
tempo infinito e Voltando a viver, a ser publicado em fevereiro de 2021
Para um imigrante empreendedor
ser bem sucedido em um país estranho
precisa ter qualidades excepcionais
de conhecimento nesse setor, firmeza
de pensamento e muita coragem
para os desafios que, certamente, enfrentará.
Na maioria das vezes, quando
se toma essa decisão, já se conhece
muitos detalhes sobre a cultura, costumes
e comportamentos daquele lugar.
Embora saibam que, haverá sempre
uma diferença entre essas informações
e a realidade. O mais importante, porém,
é o que visualizam sobre as oportunidades
que terão e as atividades que
querem exercer ou empreender. Controlar
as emoções é um fator primordial
para seguir em frente de tudo que
ficou para trás.
Os Estados Unidos é o país de maior
número de imigrantes, por ser considerado
onde todos os sonhos se realizam.
O denominado: sonho americano.
E, ainda, por ser um lugar de grandes
oportunidades para qualquer pessoa
que não tem medo de desafios e coragem
para enfrentar duras batalhas.
Há muitas maneiras de se tornar um
imigrante na América do Norte.
Todavia será preciso sempre observar
as normas e as exigências a serem cumpridas.
Conheci o senhor Alejandro Martinez,
um mexicano milionário, que ao visitar
a Disneyword e ficar empolgado
como tudo que viu, sentiu e vivenciou,
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decidiu vender tudo que possuía em
seu país e mudar-se com a família para
a Florida. Ele percebeu que poderia
ampliar os seus negócios num país de
grandes oportunidades.
A sua visão de empreendedor levou-o
ao ramo imobiliário e em alguns anos
se tornou um dos homens mais ricos
no setor.
Como ele era um homem de princípios,
imigrou de maneira legal e, assim,
pode desenvolver os seus negócios sem
nenhum contratempo.
Como imigrante, passou por momentos
difíceis e, enfrentou preconceitos e
xenofobia, mais nunca desistiu porque
sabia que essas situações são comuns,
para quem quer viver num país que
não é o de sua origem. Ainda, os seus
filhos conseguiram estudar em grandes
Universidades e tornaram-se profissionais
de alto gabarito. A visão ampla de
empreendedor levou-o ao sucesso e
concluiu, realmente, que vivia em um
país onde dreams come true.
O mundo conhece a história dos cubanos
que, fugiram da Ilha de Cuba em
direção aos Estados Unidos, por fatores
econômicos e socioculturais.
Eles saiam à noite em embarcações
precárias, muitos com a família, arriscando
suas vidas, em busca de um
novo viver. Naquela travessia pelo mar,
muitos levavam em suas mentes projetos
de empreendedorismo, e, certamente
visualizavam como poderiam
colocá-los em prática.
Muitos morreram nesse caminho turbulento
e difícil.
Apesar de tudo, outros que tinham as
mesmas ambições, não desistiram porque
a força que os movia era mais forte.
Eles tinham determinação, coragem
e sabiam que ultrapassariam todos os
desafios que se atrevessem a cruzar as
suas jornadas.
Muitas leis foram criadas, pelo Congresso
Americano, para conter a entrada
desses imigrantes. Todavia, como o
mundo, embora se tenha a demarcação
de cada país, pertence a humanidade,
eles estavam dispostos a enfrentar todas
as dificuldades, para a realização de
seus sonhos
Hoje conhecemos na Flórida o bairro
dos Espanhóis a famosa Little Havana
que é o vibrante coração cubano de
Miami, com galerias de arte latino-americanas
e restaurantes com o paladar
da comida daquele país.
Há um comércio pulsante com uma
variedade imensa de lojas, bancos e
empreendimentos.
Os famosos cafés com janelas amplas
servem o café típico com clientes fumando
charutos. Na Calle Ocho (SW
8th Street) os moradores discutem política
sobre dominós no Máximo Gomez
Park, apelidado de Dominó Park
pelos habitantes locais”. O estado da
Florida ganhou grandes empreendedores,
que apenas precisavam de uma
oportunidade, para por em prática o
seu mundo visionário. E, ainda, o seu
idioma que é um dos mais falados pela
maioria dos habitantes ao redor.
A solidariedade é um fator importante
entre todos. Eles se apoiam e se ajudam
mutuamente.
Essa forma de agir, torna-os unidos e
fortes para vencer os problemas, em
suas mais variadas dimensões.
Conheço o Engenheiro civil Paulo
Costa que, um dia, decidiu mudar-se
para os Estados Unidos munido, apenas,
de um diploma de curso superior e
uma vontade férrea de alcançar sucesso
num país estranho.
Os seus primeiros anos foram difíceis
no exercício de atividades que estavam
fora do que aprendera em seu país de
origem
– O Brasil. Esse detalhe não lhe tirou
a força e a coragem que dispunha para
uma escalada ascendente.
A sua visão de um jovem empreendedor
o levaria um dia a descobrir que a
educação e o conhecimento são fatores
importantes para o desenvolvimento,
pessoal, e, o de uma Nação. Aprimorou
os seus estudos na língua inglesa
e também em computação e um dia
consegue ingressar na Florida International
University, no exercício de uma
função, cujo trabalho ajudaria àqueles
que entendem que estudar é ter sempre
novos horizontes à sua disposição,
e, ainda visualizar um mundo diferenciado.
Numa tarde de verão, estava em seu
apartamento no andar 51 do edifício,
onde reside, e pude ver o mais lindo
por do sol de toda a minha existência
e extasiada pensei: Deus existe! Morar
ali é um premio que lhe foi concedido
pelo Criador, pelos longos anos de trabalho
e dedicação numa das maiores
Universidades dos Estados Unidos.
Os seus filhos estudaram em Universidades
famosas e todos são úteis à Comunidade
dando, assim, uma parcela
de contribuição ao país que acolheu o
seu ascendente.
desses vivem ilegalmente no país.
A definição que o departamento norte
americano faz de um imigrante segundo
um conjunto de leis é: “qualquer individuo
que se encontre dentro da nação
e que não seja nacional ou cidadão
dessa, com algumas exceções”.
O desenvolvimento do mundo em seus
mais amplos aspectos deve-se, aos empreendedores
que não têm medo de arriscar
em novas empreitadas, e, sempre
estão revestidos de otimismo, autoconfiança,
coragem, persistência, resiliência
e um bom projeto. Não importa se é
um nativo de um país ou um imigrante
porque a ideia do empreendedorismo
é descobrir dentro de si, o que gosta
de fazer e ter ideia de como comercializá-lo.
Todos têm suas motivações e a
certeza de que o empreendimento terá
sucesso.
No final do século XIX e começo do
XX milhares de italianos emigraram
para os Estados Unidos e América do
Sul por razões econômicas.
A crescente indústria Norte Americana
precisava de trabalhadores e em pouco
tempo a comunidade italiana tornou-
-se uma das mais prósperas.
Em Manhattan precisamente na Mulberry
Street eles formaram uma comunidade
denominada Little Italy.
No Brasil, inicialmente, esses imigrantes,
foram trabalhar nas colheitas de
café na região de São Paulo e, ainda
para outros estados como Santa Catarina
de Espírito Santo.
Muitos empreendimentos tiveram a
sua notável contribuição. A famosa
iguaria a pizza é internacionalmente
conhecida e apreciada. Qualquer povo
que emigra para um novo país leva,
também, a sua cultura, seus hábitos,
seu idioma, sua culinária e num entrosamento
perfeito enriquece o modus
vivendi do novo lugar.
Há 200 milhões de imigrantes no mundo
quase 3% da população global. Os
Estados Unidos é o que mais recebe
imigrantes por ser um país economicamente
desenvolvido. Em 2010 eles
somavam 42,8 milhões sendo que 11,5
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