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Revista_44_completa

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Revista Eletrônica do TRT6 • DOUTRINA

no Brasil, que explora roteiros de cruzeiros),

não havendo cogitar de aplicação da lei da

bandeira da embarcação. Atenção para o

fato de que o recrutamento e a contratação

se deram em território nacional e o contrato

social das reclamadas evidencia serem

integrantes de grupo econômico com sede

no Brasil sendo indiscutível a regência do

art. 651, §2°, da Consolidação das Leis do

Trabalho. Recurso a que se dá provimento.

(1ª Turma deste Tribunal, em Acórdão cuja

relatoria coube ao Desembargador Sérgio

Torres Teixeira, reclamação trabalhista nº

0000303-55.2015.5.06.0144.).

Entretanto, adverte-se que no caso de tripulantes que sejam

contratados para toda a temporada marítima, envolvendo a prestação

de serviços em águas internacionais, mesmo que em parte em águas

brasileiras, deverá haver um contrato de trabalho internacional, incidindo,

portanto, a lei da bandeira da embarcação (do pavilhão), de

acordo com os tratados e as convenções internacionais. Desta forma,

o princípio do centro da gravidade deve ser interpretado com cautela,

para não se estabelecer como uma regra demasiadamente aberta de

conexão no âmbito do Direito Internacional.

CONCLUSÃO

Considerando que o objetivo central do artigo é a problemática

subjacente à definição da legislação trabalhista que deverá

incidir nos tripulantes, trabalhadores marítimos brasileiros, quando

prestam serviço embarcados em embarcação estrangeira de turismo,

inicialmente foi apresentado o conceito de tripulação ou equipagem,

como o conjunto de pessoas empregadas a serviço do navio e embarcadas

mediante um contrato de trabalho.

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