*Fevereiro:2021 Referência Industrial 226 OPS
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ECONOMIA - Reformas estruturais: aprovação é fundamental para retomada já em <strong>2021</strong><br />
75 ANOS DE<br />
TRADIÇÃO<br />
COM PRODUÇÃO 100% NACIONAL,<br />
EMPRESA COMEMORA SETE DÉCADAS<br />
E MEIA DE ATUAÇÃO<br />
75 YEARS OF TRADITION<br />
WITH 100% DOMESTICALLY MADE<br />
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SUMÁRIO<br />
INDUSTRIAL<br />
54<br />
<strong>2021</strong><br />
36<br />
50<br />
46<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
Alca Máquinas 15<br />
Auge Metal Mecânica 61<br />
Benecke 11<br />
Cipem 09<br />
DRV Ferramentas 19<br />
Dudi Máquinas 59<br />
Eletro Izidoro 33<br />
Engecass 23<br />
Eurothermo 27<br />
Impacto 25<br />
Lignum Brasil 65<br />
Linck 05<br />
Mafercon 29<br />
Máquinas Águia 67<br />
Mendes Máquinas 02<br />
Mill Indústrias 49<br />
Mill Indústrias 63<br />
Mill Indústrias 68<br />
Montana Química 07<br />
MSM Química 13<br />
Nazzareno 21<br />
Omil 35<br />
Plantag 57<br />
Picoloto 45<br />
Serf Drytech 17<br />
XH Mar Bethlehem 53<br />
SUMÁRIO<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
14 Notas<br />
26 Aplicação<br />
28 Frases<br />
30 Entrevista<br />
34 Coluna ABIMCI<br />
36 Principal Tradição, referência e inovação<br />
42 Economia<br />
46 Mercado<br />
50 Marcenaria<br />
54 Madeira Tratada<br />
58 Artigo<br />
64 Agenda<br />
66 Espaço Aberto<br />
04<br />
referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
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Inovação. Qualidade.<br />
Economia.<br />
MADE IN GERMANY
EDITORIAL<br />
MÃOS À<br />
OBRA!<br />
NA CAPA<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
ECONOMIA - Reformas estruturais: aprovação é fundamental para retomada já em <strong>2021</strong><br />
75 ANOS DE<br />
TRADIÇÃO<br />
COM PRODUÇÃO 100% NACIONAL,<br />
EMPRESA COMEMORA SETE DÉCADAS<br />
E MEIA DE ATUAÇÃO<br />
75 YEARS OF TRADITION<br />
WITH 100% DOMESTICALLY MADE<br />
PRODUCTS, COMPANY CELEBRATES SEVEN<br />
AND A HALF DECADES OF OPERATION<br />
06<br />
C<br />
om a promessa de um ano muito<br />
melhor para a economia brasileira,<br />
a indústria nacional se anima com a<br />
estimativa do Banco Mundial, que<br />
prevê um crescimento econômico de<br />
3% para o país em <strong>2021</strong>. No segmento moveleiro,<br />
a promessa é de ainda mais evolução no ano que<br />
começa. Na editoria de Mercado, a REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL traz uma reportagem que aborda o<br />
boom de vendas durante a pandemia, com destaque<br />
para estofados e móveis planejados. Na<br />
entrevista desta edição, o ex-secretário executivo<br />
do MME (Ministério de Minas e Energia), Paulo<br />
Pedrosa, fala sobre as oportunidades para o Brasil<br />
após a aprovação da Nova Lei do Gás. Além disso,<br />
o leitor poderá acompanhar matérias exclusivas<br />
nas editorias de Madeira Tratada e Marcenaria, assim<br />
como novidades do setor. Um ótimo <strong>2021</strong>!<br />
LET’S GET DOWN<br />
TO WORK!<br />
W<br />
ith the promise of a much better<br />
year for the Brazilian economy,<br />
the domestic <strong>Industrial</strong> Sector<br />
is encouraged by the World<br />
Bank’s estimate predicting economic<br />
growth of 3% for the Country in <strong>2021</strong>. In the<br />
furniture segment, the promise is for even more<br />
growth in the year that is beginning. In the Market<br />
Section, REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> has a story that<br />
addresses the “sales boom” during the pandemic,<br />
highlighting upholstered furniture and ready-made<br />
cabinets. In this issue’s interview, Paulo Pedrosa,<br />
former Executive Secretary of the Ministry<br />
of Mines and Energy, talks about the Country’s<br />
opportunities after the approval of the “New Natural<br />
Gas Act.” The reader can also read exclusive<br />
articles in the Treated Wood and Wood Working<br />
Sections and News from the Sector. Pleasant reading!<br />
referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong><br />
A CAPA DESTA EDIÇÃO TRAZ<br />
REPORTAGEM SOBRE OS 75<br />
ANOS DA OMIL MÁQUINAS<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>226</strong> - FEVEREIRO <strong>2021</strong><br />
Ano XXIII • N°<strong>226</strong> • Fevereiro <strong>2021</strong><br />
9 772359 466028 0 0 2 2 6<br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
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Redação / Writing<br />
Murilo Basso<br />
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Colunista / Columnist<br />
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Tainá Carolina Brandão<br />
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Tradução / Translation - John Wood Moore<br />
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GARANTIDA GARANTEED<br />
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />
conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />
responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />
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FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />
exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />
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segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />
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the written authorization of the holders of the authorial rights.
ASSOCIATION STRENGTHENS<br />
THE INDUSTRIALIZED<br />
TIMBER INDUSTRY<br />
0 0 2 2<br />
ECONOMIA - Recessão já é passado e cenário pós-pandemia é animador<br />
CARTAS<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
CARTAS<br />
CAPA DA EDIÇÃO 225 DA<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE DEZEMBRO DE 2020<br />
MADEIRA TRATADA<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXII • N°225 • Dezembro 2020<br />
FORÇA DA<br />
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A INDÚSTRIA DA MADEIRA<br />
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MARCENARIA<br />
Por Rosicler Cavallin –<br />
Porto Alegre (RS)<br />
Por Clotilde Fontana –<br />
Curitiba (PR)<br />
Que bela a iniciativa do home office em um local<br />
diferente do ambiente familiar e, ao mesmo<br />
tempo, dentro do seu próprio imóvel. Adorei!<br />
As reportagens da seção<br />
de Marcenaria sempre me<br />
ajudam muito. Parabéns<br />
pelo trabalho!<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação/EBC<br />
ENTREVISTA<br />
Por Gustavo Santos –<br />
Londrina (PR)<br />
ECONOMIA<br />
Entrevista muito<br />
esclarecedora do exministro<br />
do Planejamento<br />
e da Casa Civil, Pedro<br />
Pullen Parente. País<br />
nenhum é rico sem uma<br />
indústria forte!<br />
Por Dionísio Gripp –<br />
São Carlos (SP)<br />
Vamos torcer para que a economia<br />
brasileira volte a crescer após esse vendaval<br />
de emoções, que foi 2020. Vamos, Brasil!<br />
08<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong><br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
Revista Referência <strong>Industrial</strong><br />
@referenciaindustrial
CIPEM atualiza o Plano de Ação para enfrentamento<br />
da segunda onda da Pandemia do novo Coronavírus<br />
Apesar dos avanços com os testes das possíveis vacinas<br />
a serem disponibilizadas para combater a pandemia de<br />
Covid-19, o Brasil já está enfrentando a segunda onda de<br />
infecção, dado que se evidencia pelo aumento do número<br />
de casos e de mortes registradas nos últimos dias.<br />
Em 2020, quando foram registrados os primeiros casos<br />
de contaminação em Mato Grosso, o Cipem elaborou um<br />
Plano de Ação que foi amplamente divulgado para os 44<br />
municípios que compõem o setor de base florestal organizado,<br />
a fim de promover ações que visassem a preservação<br />
da saúde e do bem-estar dos colaboradores da cadeia<br />
produtiva da base florestal no estado e, consequentemente,<br />
de seus familiares e suas redes de relacionamento.<br />
Foram realizadas várias ações voltadas ao gerenciamento<br />
dos riscos e dos impactos trazidos pela pandemia, por<br />
meio da elaboração e distribuição de comunicados,<br />
banners e informativos impressos com dicas e esclarecimentos<br />
sobre a prevenção da contaminação, bem como a<br />
distribuição de folders e vídeos informativos para auxiliar<br />
na detecção dos sintomas e orientar a respeito dos<br />
cuidados com o distanciamento social e higienização<br />
pessoal e de ambientes coletivos, que foram afixados em<br />
murais e áreas comuns de empresas. Além disso, também<br />
foram distribuídas mais de 40 mil máscaras de tecido que<br />
comportem até 20 lavagens e a distribuição de álcool 70%,<br />
para intensificar a proteção individual.<br />
Nesse início de <strong>2021</strong>, com o começo da segunda onda de<br />
contágio, 20 mil novas máscaras estão sendo novamente<br />
distribuídas, e todos os protocolos e orientações de prevenção<br />
estão sendo reforçados, sempre em acordo com as determinações<br />
da Organização Mundial da Saúde (OMS).<br />
Também está sendo reforçada a orientação aos gestores,<br />
para que mantenham a cobrança do uso de máscaras durante<br />
todo o tempo de permanência nas indústrias, da higienização<br />
frequente das mãos e de se evitar aglomerações nas áreas<br />
comuns e na vida pessoal nos ambientes comunitários.<br />
O presidente do Cipem reafirma o compromisso com a<br />
continuidade da atividade de forma sustentável do setor<br />
florestal, apoiando e/ou coordenando ações de natureza<br />
social.<br />
“Não podemos descuidar, o cenário é extremamente<br />
preocupante, não apenas no Brasil, mas no mundo todo e<br />
nossas ações refletem diretamente na estatística, todo<br />
cuidado é necessário para assegurar o bem-estar global”.<br />
Desse modo, o embasamento da atualização do Plano<br />
de Ação elaborado pelo Cipem tem como sustentáculo<br />
que a prevenção ainda é o melhor remédio.<br />
Previna-se, use máscara e quando puder, fique em<br />
casa, lave constantemente as mãos e evite aglomerações!<br />
CipemdeMT CipemMT cipemmt<br />
Manejosustentavel (65) 3644-3666
BASTIDORES<br />
BASTIDORES<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
LUIZ KOZAK, JORNALISTA DA REFERÊNCIA FLORESTAL, AO LADO DO<br />
SUPERVISOR DE VENDAS DA OMIL, ACÁCIO OLIANI, DO COLABORADOR<br />
RICARDO ROSSINI E DE ORLANDO RUDOLF, TAMBÉM DA OMIL, EM VISITA À<br />
SEDE DA ROSSINI MADEIRAS, EM JOSÉ BOITEUX (SC)<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
VISITA<br />
O REPRESENTANTE COMERCIAL DA REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL, GÉRSON PENKAL, ESTEVE EM TIMBÓ (SC)<br />
VISITANDO AS DEPENDÊNCIAS DA EMPRESA BENECKE<br />
IRMÃOS E CIA LTDA, DA DIRETORA HENRIETE BENECKE.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
ALTA<br />
ÍNDICE DE EMPREGO<br />
Após uma das maiores crises do último<br />
século, as vendas de móveis confirmam<br />
sinais de retomada na economia gaúcha<br />
para <strong>2021</strong>. Em outubro do ano passado,<br />
o volume de negócios subiu pelo sexto<br />
mês consecutivo. Na comparação com o<br />
mesmo período em 2019, a alta chegou<br />
a 19,9%. Os bons resultados no varejo,<br />
apontados pelo IBGE (Instituto Brasileiro<br />
de Geografia e Estatística), repercutem<br />
também na retomada de contratações<br />
no setor. Segundo dados do Novo<br />
Caged, o setor moveleiro já superou o<br />
saldo de postos de trabalho do início de<br />
2020. A variação positiva no Rio Grande<br />
do Sul é de 3,3% em relação ao início do<br />
ano. No polo de Bento Gonçalves (RS), a<br />
geração de empregos é ainda mais forte:<br />
a taxa de crescimento dos postos de trabalho<br />
no setor moveleiro é superior à do<br />
Estado e do país.<br />
BAIXA<br />
ABAIXO DA MÉDIA MUNDIAL<br />
Apesar da estimativa de crescimento<br />
da economia brasileira de 3% para<br />
<strong>2021</strong>, divulgada pelo Banco Mundial, a<br />
quantia ainda está abaixo da evolução<br />
econômica global, que deve ser de,<br />
aproximadamente, 4%. Os cálculos<br />
do relatório: Perspectivas Econômicas<br />
Mundiais; ainda dão conta que o<br />
Brasil deve ficar para trás também em<br />
relação a outros países da região. A<br />
América Latina e o Caribe devem acumular<br />
crescimento de 3,7% em <strong>2021</strong>.<br />
Ao menos neste comparativo, a queda<br />
brasileira em 2020 será menor do que<br />
a dos vizinhos: -4,5% contra -6,9%,<br />
sempre segundo o Banco Mundial.<br />
O Brasil vem abaixo da média do PIB<br />
(Produto Interno Bruto) agregado dos<br />
emergentes, que deve ser de 5%, puxada<br />
pela China.<br />
10 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
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NORMATIVOS É FUNDAMENTAL<br />
G<br />
raças aos esforços setoriais, em especial da<br />
ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria<br />
de Madeira Processada Mecanicamente),<br />
que liderou o processo de elaboração do<br />
texto, a utilização da madeira em construções<br />
modulares industrializadas ganha um importante<br />
referencial técnico. Certamente, trata-se de uma significativa<br />
contribuição a um melhor disciplinamento do mercado<br />
e, em especial, um texto orientativo determinante aos<br />
construtores e consumidores. Mais um passo importante<br />
para que a madeira industrializada se consolide como material<br />
construtivo verdadeiramente amigo do ambiente e<br />
com incomparáveis vantagens, como método construtivo<br />
eficiente e econômico. Uma significativa contribuição às<br />
ações que visam soluções para a redução do déficit habitacional,<br />
que hoje se aproxima da casa de 8 milhões de<br />
unidades.<br />
Ainda há muito por se fazer, porém. O direcionamento<br />
de esforços para a elaboração de novos textos normativos<br />
é fundamental, e um importante foco pode ser o elemento<br />
construtivo de base MLCC (Madeira Lamelada Colada<br />
Cruzada), cuja principal característica é a possibilidade de<br />
Foto: divulgação<br />
se ter peças estruturais de grandes dimensões, abrindo<br />
novas perspectivas de aplicações. Essa concepção tem<br />
motivado engenheiros, arquitetos e construtores ao redor<br />
do mundo. Todo o setor industrial madeireiro e a sua<br />
cadeia produtiva devem se beneficiar, sendo um enorme<br />
estímulo às iniciativas voltadas às inovações nos vários<br />
campos da tecnologia da madeira e da engenharia construtiva.<br />
Na área da proteção de madeiras, em particular, será<br />
certamente uma forte inspiração para desenvolvimentos<br />
de formulações preservativas amigáveis e para novos direcionamentos<br />
para o mercado da madeira tratada, onde<br />
produtos de maior valor agregado serão muito bem-vindos,<br />
refletindo em melhorias de produção e qualidade<br />
nas usinas de tratamento de madeiras.<br />
Um exemplo bastante ilustrativo é o que está acontecendo<br />
nos EUA (Estados Unidos da América), onde,<br />
segundo o FEA (Forest Economics Advisors), mesmo com<br />
as limitações causadas pela pandemia do novo coronavírus,<br />
os preços da madeira serrada atingiram os mais altos<br />
níveis dos últimos 40 anos no ano passado, com unidades<br />
produzindo e vendendo o que é possível e baixando seus<br />
estoques. Ainda segundo o pessoal do FEA, as projeções<br />
de curto prazo, até 2022, são de que o consumo de madeira<br />
serrada no país apresentará robusto crescimento,<br />
estimulado pelo setor da construção residencial.<br />
Voltando ao segmento da proteção de madeiras, não<br />
é difícil imaginar os reflexos positivos nas atividades das<br />
usinas de tratamento. Esses fatos podem nos servir de<br />
indicativos para o futuro próximo. O surgimento de novas<br />
normas técnicas é um importante agente propulsor de<br />
mercados, que também deve receber a devida retaguarda<br />
da formação profissional nas disciplinas da ciência da madeira,<br />
com investimentos em ensino e desenvolvimento<br />
de projetos de pesquisas alinhados com o setor industrial.<br />
Por outro lado, além da promoção de ações voltadas<br />
à agregação de esforços para o desenvolvimento de textos<br />
normativos, é muito importante que as associações<br />
representativas de classe promovam, conjuntamente,<br />
ações de forte comunicação junto aos construtores e<br />
consumidores em geral, objetivando a quebra de preconceitos,<br />
hoje ainda muito fortes junto aos construtores<br />
e à opinião pública. Muito importante também a criação<br />
de um amplo programa de disseminação de informações<br />
junto às universidades, visando, especialmente, os futuros<br />
profissionais da engenharia, arquitetura, técnicos em edificações<br />
e correlatos. Parece ser este o momento.<br />
12 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
NOTAS<br />
EXPORTAÇÕES<br />
DE MÓVEIS<br />
As exportações moveleiras reagiram de modo favorável nos<br />
últimos meses de 2020 e a região sul conseguiu recuperar<br />
boa parte das perdas que ocorreram no segundo trimestre<br />
do ano passado, considerado o pior período para os embarques<br />
de móveis. No polo moveleiro de Bento Gonçalves<br />
(RS), os valores exportados em dólares ficaram praticamente<br />
estáveis em relação ao ano anterior e foi registrado o melhor<br />
desempenho em comparação ao estado e ao país. Foram<br />
exportados US$ 47,6 milhões, o que representa uma queda<br />
de 0,2% em comparação a 2019. Os EUA (Estados Unidos da<br />
América) estão consolidados como o principal destino dos<br />
móveis da região. Destaques também para os bons resultados<br />
que foram registrados para Peru, Reino Unido, Porto<br />
Rico, Equador, França e Emirados Árabes Unidos. Os dados<br />
são originários do Comex Stat – portal oficial de estatísticas<br />
de comércio exterior do Brasil – e apurados pela Inteligência<br />
Comercial do Sindmóveis Bento Gonçalves.<br />
Foto: divulgação<br />
MOVELSUL<br />
BRASIL 2022<br />
A pandemia trouxe novas perspectivas de mercado para<br />
o setor moveleiro e a Movelsul Brasil, principal feira de<br />
móveis da América Latina para o lojista e importador, conseguiu<br />
articular um ambiente de negócios para a cadeia<br />
moveleira mesmo com o adiamento de sua próxima edição<br />
para 2022. Com forte tradição no fomento às exportações,<br />
a feira trouxe para o ambiente virtual as rodadas de negócios<br />
que teriam ocorrido no evento, entre fabricantes<br />
brasileiros de móveis e lojistas estrangeiros. Nos meses de<br />
novembro e dezembro, a Movelsul articulou 320 reuniões<br />
virtuais entre 85 empresas brasileiras e 48 importadores,<br />
com uma expectativa de geração de US$ 35 milhões em<br />
exportações. As reuniões, com apoio da APEX-BRASIL<br />
(Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos),<br />
ocorreram numa plataforma digital desenvolvida<br />
especialmente para este projeto e que possibilita às empresas<br />
cadastrarem seus portfólios e agendarem rodadas<br />
com compradores aderentes a cada perfil de fabricante.<br />
Foto: divulgação<br />
CRESCIMENTO<br />
GAÚCHO<br />
Foto: divulgação<br />
O setor moveleiro tem boas perspectivas para <strong>2021</strong>. A expectativa do<br />
SINDMÓVEIS (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves)<br />
é um crescimento de 4% em termos reais no cenário base. Em<br />
termos nominais (sem descontar o aumento dos custos e a inflação do<br />
período), está sendo projetado um crescimento de 9% no faturamento<br />
do polo moveleiro de Bento Gonçalves (RS), que engloba também os municípios de Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Pinto<br />
Bandeira. O presidente do SINDMÓVEIS, Vinicius Benini (foto), salienta que a pandemia causou uma forte desorganização da<br />
cadeia produtiva, com redução da produção, escala e forte queda de estoques. Embora o volume de vendas no varejo de móveis<br />
no Brasil tenha reagido fortemente nos últimos meses, a produção não conseguiu acompanhar essa evolução. Ele reforça<br />
que as vendas se recuperaram de modo mais rápido do que a produção em um cenário de estoques em baixa e pela alta de<br />
preço dos insumos dolarizados, o que freia uma recuperação mais consolidada. Ou seja, há um descompasso entre oferta e demanda.<br />
“Há pedidos ainda parados em função da falta e alta nos preços de insumos e embalagens. Além disso, deverá haver<br />
recomposição dos estoques no comércio, atualmente em baixa.”<br />
14 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
NOTAS<br />
AUMENTO<br />
DO ICMS<br />
Após o aumento da alíquota do ICMS (Imposto Sobre Circulação<br />
de Mercadoria e Serviço), promulgado pelo Governo<br />
do Estado de São Paulo, a ABIMÓVEL (Associação Brasileira<br />
das Indústrias do Mobiliário) divulgou uma nota de repúdio<br />
em que questiona a decisão do governador João Doria<br />
(PSDB). “Em que pese os ajustes fiscais serem um dos componentes<br />
para efetiva reforma administrativa tão necessária<br />
e fundamental para o equilíbrio econômico, aumentar os<br />
impostos é o caminho mais rápido para aniquilar a sobrevivência<br />
das empresas que estão com dificuldades para gerar<br />
e manter os empregos, os parques industriais, o desenvolvimento<br />
econômico e a sua sobrevivência. Esse é o momento<br />
em que empresários e governos devem estreitar relações<br />
pensando na construção de um novo cenário econômico”,<br />
traz o pronunciamento.<br />
Foto: Governo do Estado de São Paulo/Fotos Públicas<br />
INCENTIVOS PARA<br />
O SETOR<br />
Após a crise gerada pela<br />
pandemia do novo coronavírus,<br />
o setor moveleiro<br />
no Brasil precisa de táticas<br />
para retornar a pleno<br />
vapor em <strong>2021</strong>. Em entrevista,<br />
a presidente da<br />
ABIMÓVEL (Associação<br />
Brasileira das Indústrias<br />
de Mobiliário), Maristela<br />
Longhi (foto), trouxe<br />
algumas medidas da instituição<br />
para melhorar a<br />
situação dos empresários<br />
do segmento. “O novo<br />
cenário é de desafio, de<br />
muito trabalho, da busca<br />
por novas oportunidades,<br />
do mercado digital e da adoção de protocolos de segurança<br />
e de novas práticas em todos os níveis. Muitas indústrias e<br />
organizações infelizmente não conseguirão se reerguer após<br />
a pandemia, tanto no Brasil quanto no restante do mundo.<br />
No caso da indústria de móveis, deveremos concentrar nossos<br />
esforços na estratégia e gestão de cada organização, no<br />
seu plano de negócios, na gestão de sua equipe, no olhar<br />
atento a cada nicho de mercado, nos processos de produção,<br />
nas demandas do nosso consumidor e nas diversas<br />
formas de atuação do varejo, incluindo o e-commerce e os<br />
novos canais de distribuição”, explicou.<br />
Foto: divulgação<br />
NOVA<br />
DIRETORIA<br />
No último dia 8 de dezembro, foi eleita a nova diretoria<br />
do SIMNO (Sindicato das Indústrias Madeireiras<br />
e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso). O novo<br />
presidente, o empresário do setor moveleiro, Edvaldo<br />
Dal Pozzo, falou sobre as expectativas para seu<br />
mandato nos próximos anos. De acordo com ele, sua<br />
gestão será focada em fazer um trabalho diferenciado,<br />
mas consciente, da necessidade de novas ideias<br />
que pretende implantar em sua gestão, com um trabalho<br />
voltado aos associados, resgatando os que se<br />
afastaram e prestando assistência aos que permaneceram.<br />
Dal Pozzo menciona ainda que será dada uma<br />
atenção especial a todos os associados de toda região Noroeste, através de um planejamento para a realização de reuniões<br />
descentralizadas, ou seja, não apenas em Juína, mas em cada base de atuação do SIMNO.<br />
Foto: divulgação<br />
16 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
BRASIL NA<br />
OCDE<br />
Segundo Marcelo Barros Gomes (foto), secretário especial de<br />
Relacionamento Externo da Casa Civil, “o Brasil espera receber,<br />
em <strong>2021</strong>, a carta-convite da OCDE (Organização para a<br />
Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para que possa<br />
iniciar o processo formal de acessão.” A expectativa sintetiza<br />
anos de investimento do país na pavimentação da sua entrada<br />
no seleto grupo de membros da organização. Em 2020, diversos<br />
passos foram dados nesse sentido, como a adesão a mais<br />
de 15 instrumentos normativos da organização; a aceitação<br />
do Brasil como membro participante do Comitê de Política do<br />
Consumidor; e o avanço nas negociações para aderir aos Códigos<br />
de Liberalização da OCDE. Além disso, foi criada a SEREX (Secretaria Especial de Relacionamento Externo), no âmbito<br />
da Casa Civil, para coordenar as ações do Poder Executivo voltadas ao pedido de adesão do Brasil à entidade.<br />
INDÚSTRIA<br />
BRASILEIRA<br />
A produção industrial cresceu em 10 dos 15 locais analisados<br />
pela PIM-Regional (Pesquisa <strong>Industrial</strong> Mensal), em novembro.<br />
A média nacional ficou em 1,2% de crescimento e oito<br />
dessas altas superaram esse percentual: Bahia (4,9%), Rio<br />
Grande do Sul (3,8%) Amazonas (3,4%), Região Nordeste<br />
(2,9%), Santa Catarina (2,8%), Ceará (1,7%), Rio de Janeiro<br />
(1,6%) e São Paulo (1,5%). Os outros locais com índices positivos<br />
foram o Paraná (1,2%) e Minas Gerais (0,6%). As quedas<br />
mais acentuadas foram no Pará (-5,3%) e em Mato Grosso<br />
(-4,3%), além de Pernambuco (-1,0%), Espírito Santo (-0,9%)<br />
e Goiás (-0,9%). Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com a<br />
pesquisa, o local que exerceu a maior influência no resultado<br />
da indústria nacional, que foi São Paulo, teve alta de 1,5%<br />
em novembro, depois da retração de 0,5% em outubro.<br />
Foto: divulgação<br />
CRÉDITO ÀS<br />
EXPORTAÇÕES<br />
O Governo Federal, por meio do Ministro Paulo Guedes<br />
(foto), atendeu ao pedido da CNI (Confederação Nacional<br />
da Indústria) e prorrogou o contrato do Ministério da Economia<br />
com a ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos<br />
Garantidores e Garantias), hoje operador do SCE (Seguro<br />
de Crédito à Exportação). O prazo foi estendido até 30 de<br />
junho de <strong>2021</strong>. Em carta encaminhada à CNI, a Casa Civil<br />
informou que a prorrogação do contrato busca “evitar algum<br />
tipo de descontinuidade do seguro enquanto não se<br />
conclui a estruturação do novo sistema de apoio oficial à<br />
exportação concedido pela União.” Em 2 de dezembro de<br />
2020, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, e 21<br />
associações setoriais enviaram carta a várias autoridades do<br />
governo solicitando a imediata renovação do contrato de<br />
prestação de serviços da ABGF com o Governo Federal, de<br />
forma a evitar prejuízos ao financiamento à exportação. O<br />
contrato estava previsto para terminar em 30 de dezembro.<br />
Foto: divulgação<br />
18 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
A história da DRV Serras e Facas Industriais completa 10 anos de muito<br />
sucesso. Uma data marcante, que expressa a experiência e qualidade dos<br />
profissionais que transformaram um sonho em realidade. O mercado de<br />
facas e serras se transformou após o nascimento da DRV.<br />
Aguardem muitas novidades durante esse ano de <strong>2021</strong>.
NOTAS<br />
FLORESTAS<br />
MINEIRAS<br />
A retomada econômica mundial já mostra grandes resultados,<br />
e a indústria florestal brasileira tem se beneficiado do<br />
novo momento, passada a pior fase da pandemia em vários<br />
países do mundo. Além disso, a recuperação da China e a<br />
demanda aquecida do mercado interno trouxeram bons resultados<br />
para o segmento de florestas mineiro no último trimestre<br />
de 2020. A promessa para este ano é ainda mais positiva.<br />
A presidente executiva da AMIF (Associação Mineira<br />
da Indústria Florestal), Adriana Maugeri, explica que, apesar<br />
da pandemia de Covid-19, a demanda pelos produtos do setor<br />
está em alta, o que vem favorecendo o desempenho das<br />
empresas. Dentre os produtos demandados, destacam-se o<br />
carvão vegetal, o aço, o ferro gusa, algumas ligas metálicas<br />
especiais, a celulose e o papel. “Nossa estimativa é superar<br />
o desempenho de 2019, já que a demanda está bem maior”,<br />
ressalta.<br />
Foto: divulgação<br />
FALTA DE<br />
MATÉRIA-PRIMA<br />
Após os meses de março e abril de 2020, o Brasil sofreu um<br />
boom produtivo em diversos setores industriais, e no ramo<br />
moveleiro não foi diferente. Segundo dados do IBGE (Instituto<br />
de Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção<br />
de móveis do Brasil foi 8% superior à do período pré-pandemia.<br />
O aquecimento nas vendas, porém, fez surgir dois<br />
problemas: a falta de produtos e uma escalada de reajuste<br />
nos preços. Todos os insumos usados na indústria moveleira<br />
já estão com um certo grau de dificuldade para aquisição,<br />
o que prejudica os fabricantes, por vários motivos. É o que<br />
explica o presidente do SINDIMOL (Sindicato das Indústrias<br />
da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do<br />
Espírito Santo), Bruno Barbieri Rangel. “Todos os insumos<br />
já estão com um certo grau de dificuldade para aquisição.<br />
Alguns um pouco menos e outros que já estamos tendo<br />
que ou deixar de produzir ou substituir, como é o caso do<br />
alumínio. Essa falta de insumos, além de quebrar o ritmo<br />
de produção, gera um desconforto enorme em relação aos<br />
compromissos assumidos com o cliente, que acabamos não<br />
conseguindo cumprir”, destaca Rangel.<br />
Foto: divulgação<br />
NOVA<br />
ALTA CONSECUTIVA<br />
Pelo sétimo mês seguido, a produção da indústria nacional<br />
cresceu frente ao mês anterior, com alta de 1,2% em novembro<br />
contra outubro. Entretanto, de janeiro a novembro de 2020, o<br />
setor registrou perda de 5,5%. No acumulado em 12 meses,<br />
a queda foi de 5,2%. Mesmo com o desempenho positivo recente,<br />
a produção industrial ainda se encontra 13,9% abaixo<br />
do nível recorde, alcançado em maio de 2011. Os dados são<br />
da Pesquisa <strong>Industrial</strong> Mensal, divulgada pelo IBGE (Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostra ainda que,<br />
em relação a novembro de 2019, a indústria avançou 2,8%. Segundo<br />
o Ibge, todas as grandes categorias tiveram alta frente<br />
a outubro, com destaque para bens de capital (7,4%) e bens<br />
de consumo duráveis (6,2%), que apresentaram as maiores taxas positivas. É o sétimo mês seguido de expansão na produção<br />
em ambas as áreas, com acúmulo de 129,7% na primeira e 550,7% na segunda. As duas categorias estão acima do patamar pré-<br />
-pandemia de Covid-19: 12,2% e 2,7%, respectivamente.<br />
Foto: divulgação<br />
20 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
NOTAS<br />
EM DEFESA<br />
DE AUXÍLIO<br />
Foto: Luiz Macedo/Camâra dos deputados<br />
A saída da crise, auxiliando os mais pobres e, ao mesmo<br />
tempo reerguendo a economia nacional, guiou as falas<br />
dos representantes do Poder Legislativo na abertura dos<br />
trabalhos do Congresso Nacional em <strong>2021</strong>, na primeira<br />
semana de fevereiro. Rodrigo Pacheco (DEM), novo presidente<br />
do Senado, lembrou da importância do auxílio<br />
emergencial de R$ 600 e acrescentou que já discute com<br />
o governo algum tipo de auxílio também para <strong>2021</strong>. Já<br />
Arthur Lira/PP (foto), eleito para o comando da Câmara<br />
dos Deputados, defendeu o auxílio pago no ano passado<br />
como uma das medidas de enfrentamento à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro<br />
também citou o auxílio de 2020 e destacou seu pagamento a 68 milhões de brasileiros, mas não falou em uma nova edição<br />
do benefício. De qualquer forma, agora a expectativa é que os poderes trabalhem em prol de um Brasil ainda melhor.<br />
COMUNICADO<br />
OFICIAL<br />
CONSULTA<br />
PÚBLICA<br />
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) disponibilizou<br />
a norma técnica para o sistema construtivo wood<br />
frame, de casas em madeira, para consulta nacional. O conteúdo<br />
fica disponível até o dia 24 de fevereiro e pode ser<br />
acessado em: www.abntonline.com.br/consultanacional. O<br />
avanço e a consolidação desse novo sistema construtivo no<br />
Brasil é uma das mais esperadas demandas do setor madeireiro<br />
nacional, pois traz reais possibilidades de geração de<br />
escala de negócios. A consulta pública é um passo importante<br />
nesse processo para que, em breve, o sistema construtivo<br />
possa estar disponível e oficializado para o mercado da<br />
construção. A ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de<br />
Madeira Processada Mecanicamente), como entidade gestora<br />
do Comitê Brasileiro de Madeira da ABNT, tem liderado<br />
o desenvolvimento dessa e de outras frentes sobre o uso da<br />
madeira na construção civil no país.<br />
Foto: divulgação<br />
A MOVERGS (Associação das Indústrias de Móveis do<br />
Estado do Rio Grande do Sul) comunicou oficialmente<br />
o adiamento da Fimma Brasil, que ocorreria na cidade<br />
de Bento Gonçalves de 26 a 29 de abril de <strong>2021</strong>. A decisão<br />
foi tomada pelo fato de o país ainda se encontrar<br />
em uma situação delicada em relação à pandemia<br />
do novo coronavírus. “O intuito principal é preservar<br />
a saúde de todo o nosso público de uma exposição à<br />
Covid-19 neste momento em que as pessoas anseiam<br />
pela imunização”, informou a entidade em nota. Ainda<br />
não há definição sobre novas datas e os expositores<br />
serão consultados em breve. As Rodadas de Negócios<br />
virtuais, contudo, programadas para maio de <strong>2021</strong>,<br />
permanecem confirmadas. A MOVERGS afirmou que<br />
está à disposição para sanar quaisquer dúvidas a respeito<br />
do adiamento da feira.<br />
Foto: divulgação<br />
22 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
NOTAS<br />
COM A PALAVRA,<br />
O PRESIDENTE<br />
Durante a sessão solene de abertura do ano legislativo, no<br />
dia 3 de fevereiro, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro,<br />
pediu ao Congresso apoio a uma série de pautas, como<br />
pacto federativo, reforma administrativa, reforma tributária e<br />
agenda de concessões e privatizações. Em seu discurso, Bolsonaro<br />
também disse que o Governo Federal buscou atuar,<br />
no contexto da pandemia do novo coronavírus, para preservar<br />
vidas e proteger empregos. “Com base nessas premissas<br />
e com um olhar especial às populações mais vulneráveis,<br />
aqueles que mais necessitavam da atenção do Poder Público,<br />
todo o Governo Federal foi mobilizado para uma<br />
atuação ainda mais coordenada, integrada e efetiva. Todos<br />
os órgãos e todas as entidades governamentais passaram<br />
a direcionar esforços no combate ao vírus e na proteção às<br />
pessoas”, pontuou o presidente.<br />
Foto: Carolina Antunes/PR<br />
INDÚSTRIA<br />
EM ALTA<br />
Os Indicadores Industriais da CNI (Confederação Nacional<br />
da Indústria), divulgados no último dia 4, mostraram que,<br />
no país, o faturamento da indústria de transformação subiu<br />
1,6% em dezembro de 2020 na comparação com o mês anterior.<br />
Mesmo com a pandemia de Covid-19, as vendas reais<br />
também encerraram o ano em alta: 0,8% em relação a 2019.<br />
A pesquisa também identificou que o emprego aumentou<br />
0,2% em dezembro em relação a novembro, o quinto mês<br />
consecutivo com alta nas contratações no setor industrial.<br />
Na visão da entidade, o resultado indica a continuidade<br />
da recuperação da indústria brasileira, que teve início logo<br />
após as fortes quedas de maio e abril e durou todo o segundo<br />
semestre de 2020. Os dados, contudo, não apontam<br />
para um setor sem problemas no pós-crise, mas mostram<br />
que a indústria conseguiu reagir à pandemia, ainda que a<br />
recuperação econômica não esteja consolidada.<br />
Foto: divulgação<br />
CRÉDITO<br />
EM ELEVAÇÃO<br />
As empresas paranaenses conseguiram uma liberação maior<br />
de recursos das instituições financeiras em 2020. O crescimento<br />
no saldo das operações foi de 33% em relação ao ano<br />
anterior. O resultado é maior do que a média nacional, que<br />
ficou em 22% de alta no mesmo período. Os dados divulgados<br />
pelo relatório de estatísticas monetárias e de crédito<br />
do Banco Central incluem tanto os recursos levantados em<br />
instituições financeiras quanto os concedidos por meio dos<br />
programas emergenciais de crédito do Governo Federal<br />
liberados em virtude da pandemia. O crescimento é consequência<br />
da urgência das empresas por capital de giro para<br />
manter as portas abertas. “Os recursos foram principalmente para pagamento de despesas básicas, fornecedores e salários<br />
de trabalhadores, já que muitas tiveram suas atividades parcial ou totalmente interrompidas no início da crise e o faturamento<br />
ficou comprometido”, avalia o especialista do NAC (Núcleo de Acesso ao Crédito) do Fiep (Sistema Federação das Indústrias<br />
do Paraná), João Baptista Guimarães.<br />
Foto: divulgação<br />
24 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
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de madeiras<br />
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APLICAÇÃO<br />
DETALHE<br />
QUE FAZ A DIFERENÇA<br />
Foto: divulgação<br />
Em um despojado apartamento na cidade de<br />
Guarulhos (SP), desenhado pela arquiteta Monise<br />
Rosa para um jovem casal, o conjunto de cadeiras<br />
de jantar dá o tom de uma sala moderna e receptiva,<br />
pensada para receber vários convidados<br />
em reuniões íntimas e aconchegantes. As peças<br />
escolhidas por Rosa foram as cadeiras Dueto<br />
com perfil sem braço, desenvolvidas pela Breton,<br />
empresa familiar já consolidada no mercado<br />
mobiliário de luxo brasileiro. O contraste da madeira<br />
escura com a textura clara do assento traz<br />
um estilo moderno e único para a sala de jantar,<br />
cômodo principal do apartamento paulista. O<br />
apartamento de 190 m² (metros quadrados) conta<br />
com living, terraço gourmet/social, cozinha/<br />
copa, lavanderia, lavabo, suíte máster com closet<br />
e mais duas suítes.<br />
TENDÊNCIA<br />
RETRÔ<br />
A onda vintage na decoração de interiores<br />
não é novidade para ninguém. Com o crescente<br />
desenvolvimento do design no Brasil<br />
e no mundo, diversas tendências ganharam<br />
espaço e têm conquistado o gosto do consumidor,<br />
sejam elas modernas, industriais, desenvolvidas<br />
a partir do metal ou da madeira.<br />
Uma boa prova disso é o relógio de parede<br />
Art Deco, da empresa alemã Factory. O equipamento<br />
traz linhas retas e objetivas, com inspiração<br />
no design da década de 1930. O relógio<br />
foi desenvolvido em madeira maciça com<br />
folheado de nogueira, com ponteiras de aço e<br />
com o movimento 100% mecânico, como era<br />
utilizado na época.<br />
Foto: divulgação<br />
26 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
FRASES<br />
“NO BRASIL, PAGA-SE MUITO IMPOSTO PARA UM PAÍS EMERGENTE. ISSO<br />
DECORRE DO FATO DE TERMOS GASTOS OBRIGATÓRIOS DO SETOR PÚBLICO<br />
MUITO ALTOS. A SEGUNDA PARTE DA HISTÓRIA É QUE ESSE IMPOSTO É<br />
DESIGUALMENTE DISTRIBUÍDO SOBRE AS DECISÕES DE CONSUMO E SOBRE<br />
AS FAMÍLIAS. AÍ, OS GRUPOS REAGEM. QUEM PAGA MENOS IMPOSTO NÃO<br />
QUER SER TRATADO COMO OS DEMAIS. VIMOS NA DISCUSSÃO DA REFORMA<br />
TRIBUTÁRIA DIVERSOS SETORES QUE FICARAM PREOCUPADOS DE TER UM<br />
PEQUENO AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA, PORQUE PAGAM MENOS”<br />
MARCOS LISBOA, PRESIDENTE DO INSPER (INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA),<br />
SOBRE A REFORMA TRIBUTÁRIA<br />
“O QUE O<br />
PRESIDENTE<br />
DEU FOI UMA<br />
TREMENDA<br />
DECLARAÇÃO<br />
EM DEFESA DA<br />
CONSOLIDAÇÃO<br />
FISCAL, MOSTRANDO<br />
O COMPROMISSO<br />
DA PRESIDÊNCIA<br />
DA REPÚBLICA COM<br />
A ESTABILIDADE<br />
MACROECONÔMICA.<br />
PESSOALMENTE, ACHO QUE<br />
É O TIPO DE DECLARAÇÃO<br />
QUE MOSTRA PARA TODO O<br />
MERCADO QUE O PRESIDENTE<br />
ESTÁ SIM COMPROMETIDO,<br />
NÃO APENAS COM A AGENDA DE<br />
REFORMAS, MAS COM A AGENDA<br />
DE CONSOLIDAÇÃO FISCAL”<br />
ADOLFO SACHSIDA,<br />
SECRETÁRIO<br />
DE POLÍTICA<br />
ECONÔMICA DO<br />
MINISTÉRIO DA<br />
ECONOMIA, SOBRE<br />
A FALA DE JAIR<br />
BOLSONARO DE<br />
QUE O PAÍS ESTARIA<br />
QUEBRADO<br />
“ESTRATEGICAMENTE, É CRUCIAL QUE AS EMPRESAS<br />
SE APROXIMEM DO SINDMÓVEIS, CONTRIBUINDO COM<br />
A CONSTRUÇÃO DO CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL PARA<br />
O SETOR E USUFRUINDO DE TODA A NOSSA ESTRUTURA.<br />
MAIS DO QUE NUNCA, É PRECISO QUE AS PESSOAS SE<br />
PROPONHAM A CONTRIBUIR COLETIVAMENTE PARA<br />
ALCANÇARMOS UM MELHOR ENTENDIMENTO DO<br />
PERÍODO PÓS-PANDEMIA”<br />
Foto: divulgação/EBC<br />
VINICIUS BENINI, PRESIDENTE DO SINDMÓVEIS, SOBRE<br />
O CENÁRIO PARA <strong>2021</strong><br />
“AS DIFICULDADES APRESENTADAS<br />
EM 2020 NOS FIZERAM REPENSAR A<br />
AFFEMAQ COMO UM TODO E BUSCAR<br />
SOLUÇÕES ALTERNATIVAS PARA O<br />
CUMPRIMENTO DO NOSSO PROPÓSITO, QUE<br />
É SER PROMOTORA DO DESENVOLVIMENTO<br />
DO SETOR. O GRANDE LEGADO DA GESTÃO<br />
2019/2020 É O ALINHAMENTO DOS<br />
OBJETIVOS DA ENTIDADE COM O NOVO<br />
MERCADO QUE SE APRESENTA”<br />
IVÂNIO ANGELO ARIOLI, EX-PRESIDENTE DA AFFEMAQ<br />
(ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES PARA AS<br />
INDÚSTRIAS DE MADEIRA E MÓVEIS), AO PASSAR O<br />
BASTÃO PARA A GESTÃO <strong>2021</strong>/2022<br />
28 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
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ENTREVISTA<br />
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GÁS PARA O BRASIL<br />
NEW NATURAL<br />
GAS FOR BRAZIL<br />
E<br />
ngenheiro mecânico com mais de 30 anos de experiência,<br />
Paulo Pedrosa é uma das principais lideranças<br />
na articulação junto ao Congresso Nacional para que o<br />
país destrave sua legislação relativa à produção de gás<br />
natural, quebrando o atual monopólio no setor. Em<br />
entrevista, o atual dirigente da ABRACE (Associação de Grandes<br />
Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres) e ex-<br />
-secretário executivo do MME (Ministério de Minas e Energia) fala<br />
sobre suas expectativas para a votação da Lei do Gás no Senado<br />
Federal e a respeito dos impactos das novas regras nos custos<br />
de produção e na atividade econômica. “Virá a modernização da<br />
produção industrial e um ganho que nos permitirá competir nos<br />
mercados globais”, garante.<br />
ENTREVISTA<br />
P<br />
aulo Pedrosa, a mechanical engineer with more than 30<br />
years of experience, is one of the foremost leaders in<br />
the articulation within the National Congress for Brazil<br />
to unlock its legislation on natural gas production, breaking<br />
the current monopoly in the Sector. In an interview,<br />
the current President of the Brazilian Association of Large <strong>Industrial</strong><br />
and Free Market Energy Consumers (Abrace) and former Executive<br />
Secretary of the Ministry of Mines and Energy (MME) talks about his<br />
expectations for the vote on the “New Natural Gas Act” in the Federal<br />
Senate and about the impacts of the new rules on production<br />
costs and economic activity. “It will lead to the modernization of industrial<br />
production and a gain that will allow us to compete in global<br />
markets,” he ensures.<br />
Foto: divulgação<br />
PAULO PEDROSA<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: ENGENHEIRO MECÂNICO,<br />
FORMADO PELA UNB (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA)<br />
CARGO: DIRIGENTE DA ABRACE (ASSOCIAÇÃO DE GRANDES<br />
CONSUMIDORES INDUSTRIAIS DE ENERGIA E CONSUMIDORES<br />
LIVRES) E EX-SECRETÁRIO EXECUTIVO DO MME (MINISTÉRIO<br />
DE MINAS E ENERGIA)<br />
PROFESSIONAL EDUCATION: MECHANICAL ENGINEERING, UNIVERSITY OF<br />
BRASÍLIA (UNB)<br />
FUNCTION: PRESIDENT OF THE BRAZILIAN ASSOCIATION OF LARGE INDUSTRIAL<br />
AND FREE MARKET ENERGY CONSUMERS (ABRACE) AND FORMER EXECUTIVE<br />
SECRETARY OF THE MINISTRY OF MINES AND ENERGY (MME)<br />
30 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
JÁ APROVADA NA CÂMARA DOS DEPUTA-<br />
DOS, A NOVA LEI DO GÁS ESTÁ EM TRAMITA-<br />
ÇÃO NO SENADO FEDERAL. QUAIS SÃO AS<br />
EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO A ESSA VOTA-<br />
ÇÃO?<br />
A tramitação da Lei do Gás no Congresso<br />
reflete as escolhas do Brasil. Assim como fizeram<br />
na Câmara, os interesses do passado se articulam<br />
para mudar a lógica da proposta de abertura de<br />
mercado e fazer do Novo Mercado do Gás, que<br />
veio para promover a competição e reduzir preços,<br />
um veículo para subsídios e com a presença de<br />
monopólios ou campeões regionais no mercado.<br />
Conseguimos uma surpreendente vitória na Câmara.<br />
Agora, de novo com a articulação do governo,<br />
vamos confiantes para este novo ciclo no Senado<br />
para que a lei seja aprovada ainda este ano. A<br />
postergação só interessa aos adversários do novo<br />
mercado.<br />
ALREADY APPROVED IN THE HOUSE OF RE-<br />
PRESENTATIVES, THE NEW NATURAL GAS ACT<br />
HAS MOVED ON TO BE VOTED UPON IN THE FE-<br />
DERAL SENATE. WHAT ARE THE EXPECTATIONS<br />
FOR THIS VOTE?<br />
The procedures outlined for the New Natural Gas<br />
Act in Congress reflect choices for Brazil. As they did in<br />
the House, interested parties are articulating the logic<br />
of the proposal to open up the market and create a<br />
New Natural Gas Market, which will lead to promoting<br />
more competition and reduced prices, different from<br />
the old vehicle with subsidies and the presence of regional<br />
monopolies or market champions. The bill was<br />
overwhelmingly passed in the House. Again, with the<br />
articulation of the Government, we are confident that<br />
this new cycle in the Senate will be passed this year.<br />
Postponement is only in the interest of opponents of<br />
the new market.<br />
FEVEREIRO <strong>2021</strong> 31
ENTREVISTA<br />
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BRASIL CONSOLIDA PAPEL<br />
DE DESTAQUE NO CENÁRIO INTERNACIONAL<br />
MESMO DIANTE DE UM CENÁRIO MARCADO POR ADVERSIDADES, AS EMPRESAS BRASILEIRAS DE MADEIRA<br />
FECHARAM 2020 COM BONS RESULTADOS NOS VOLUMES EMBARCADOS<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da ABIMCI<br />
(Associação Brasileira da Indústria de<br />
Madeira Processada Mecanicamente)<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
OS RESULTADOS<br />
ALCANÇADOS NO ANO<br />
PASSADO CONFIRMAM A<br />
CONSOLIDAÇÃO DA PRESENÇA DO<br />
BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL<br />
DE PRODUTOS DE MADEIRA<br />
Foto: divulgação<br />
primeira vez a marca histórica de 3 milhões de m³ (metros<br />
cúbicos) exportados pelo Brasil para os principais mercados<br />
compradores.<br />
Esse bom resultado na madeira serrada, associado<br />
ao aumento de 20% das exportações de compensado de<br />
pinus, indica o movimento dos últimos anos de crescimento<br />
da participação do Brasil no mercado internacional,<br />
posicionando novamente o país entre os principais<br />
players mundiais.<br />
As exportações de pisos e portas maciças também<br />
registraram alta no ano passado. Destaque ainda para as<br />
vendas de pellets de pinus para a Europa, com foco especial<br />
no mercado italiano. Quanto ao mercado asiático,<br />
produtos como as lâminas de pinus e lâminas de espécies<br />
tropicais aumentaram os volumes comercializados.<br />
Entre as retrações nas vendas estão os pisos engenheirados,<br />
com uma redução de 29% em relação ao volume<br />
embarcado em 2019. Também houve diminuição do<br />
volume final embarcado em 2020 de madeiras serrada e<br />
perfilada e espécies tropicais.<br />
imprevisibilidade de 2020, causada pela<br />
Apandemia do novo coronavírus, deixou todos<br />
os segmentos produtivos em alerta. A<br />
indústria de produtos de madeira do Brasil,<br />
que tem no mercado internacional um dos<br />
principais destinos, acompanhou de forma<br />
atenta as decisões internacionais quanto à paralisação<br />
das atividades e as tendências de consumo, principalmente<br />
na Europa e nos EUA (Estados Unidos da América).<br />
Mesmo diante de um cenário marcado por adversidades,<br />
as empresas brasileiras de madeira fecharam 2020<br />
com bons resultados nos volumes embarcados. Os EUA,<br />
por exemplo, continuaram sendo o principal destino de<br />
produtos como compensado de pinus, molduras e madeira<br />
serrada de pinus. Este último produto atingiu pela<br />
34 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
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FEVEREIRO <strong>2021</strong> 37
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40 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
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FEVEREIRO <strong>2021</strong> 41
ECONOMIA<br />
A HORA DA<br />
RETOMADA<br />
BRASIL PRECISA APROVAR<br />
REFORMAS ESTRUTURAIS PARA SE<br />
RECUPERAR DAS PERDAS DE 2020<br />
Fotos: divulgação<br />
42 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
D<br />
FEVEREIRO <strong>2021</strong> 43
ECONOMIA<br />
O DESAFIO É A<br />
TRANSIÇÃO DA<br />
RETOMADA PARA O<br />
CRESCIMENTO SUSTENTADO<br />
JÁ EM <strong>2021</strong>. PARA ISSO, O<br />
PAÍS, MAIS DO QUE NUNCA,<br />
PRECISA ELIMINAR O CUSTO<br />
BRASIL<br />
44 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
MERCADO<br />
SETOR<br />
MOVELEIRO<br />
EM DESTAQUE<br />
46 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
CONTRA A MARÉ, INDÚSTRIA DE MÓVEIS<br />
MOSTROU CRESCIMENTO DURANTE A<br />
PANDEMIA, COM NÚMEROS SUPERIORES<br />
AOS DE ANOS ANTERIORES<br />
Fotos: divulgação<br />
FEVEREIRO <strong>2021</strong> 47
MERCADO<br />
48 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
MARCENARIA<br />
50 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
A NOVA<br />
MARCENARIA<br />
ADAPTADA AO SÉCULO 21, A MARCENARIA MODERNA ADOTOU<br />
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E BUSCA SATISFAZER DEMANDAS<br />
DOS CONSUMIDORES<br />
Fotos: divulgação<br />
FEVEREIRO <strong>2021</strong> 51
MARCENARIA<br />
Apesar de a marcenaria tradicional atrair<br />
tanto profissionais como consumidores<br />
apaixonados pelo trabalho artesanal e<br />
diferenciado, nem sempre essa modalidade<br />
se torna rentável para o empresário.<br />
Quando isso acontece, o melhor a fazer é buscar<br />
características e automações da marcenaria moderna,<br />
que vem crescendo exponencialmente no Brasil e no<br />
mundo.<br />
Dois dos principais problemas de uma marcenaria<br />
tradicional, embora contrários, podem se tornar grandes<br />
dores de cabeça para a empresa. O primeiro deles<br />
é a queda no número de pedidos, devido à preferência<br />
por produtos confeccionados em grande escala e com<br />
pronta-entrega. O outro problema é a falta de capacidade<br />
para atender às possíveis altas demandas dos<br />
clientes.<br />
Esses são indícios de que seu empreendimento<br />
está sendo passado para trás por uma marcenaria<br />
moderna. Para retornar ao mercado, serão necessárias<br />
algumas adequações funcionais para não perder mais<br />
espaço no setor marceneiro.<br />
O QUE É?<br />
O conceito da marcenaria moderna é baseado,<br />
principalmente, na automação. Essa característica será<br />
a estrutura básica do seu negócio, sendo obrigatoriamente<br />
um pré-requisito para qualquer marcenaria que<br />
tenha como objetivo o lucro e a expansão comercial.<br />
Três dos mais importantes pilares para a automação<br />
de funções são: as máquinas, ferramentas e equipamentos,<br />
cuja tecnologia de ponta seja capaz de produzir<br />
móveis mais elaborados; softwares que “desenhem”<br />
os móveis com eficiência e que estejam em sintonia<br />
com as máquinas, dando as coordenadas; e o fluxo de<br />
automação entre todos os processos de produção, ou<br />
seja, a “conversa” entre esses pilares representará o<br />
real sentido de uma marcenaria moderna atualmente,<br />
indo desde o projeto detalhado do móvel, passando<br />
pela eficiência e qualidade da sua produção e chegando<br />
até a finalização para entrega.<br />
Em uma marcenaria moderna, o marceneiro conseguirá<br />
desenhar o móvel, terá toda a explicação para<br />
construí-lo, saberá qual será o custo para produção.<br />
Além disso, vai gerar um orçamento completo para o<br />
52 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
FEVEREIRO <strong>2021</strong> 53
MADEIRA TRATADA<br />
54 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
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relação com a natureza. Esse é o conceito<br />
de uma bela residência incrustada nas<br />
dunas costeiras do leste de Victoria, cidade<br />
litorânea na Austrália. A casa de férias pertence<br />
a uma tradicional família da região, que tem uma<br />
longa história com o modesto vilarejo à beira-mar de<br />
Sandy Point. A quase 3h (horas) de Melbourne, o imóvel<br />
tem a madeira como protagonista e foi projetado<br />
para longas estadias – tanto nas férias de verão quanto<br />
nas de inverno.<br />
Desenhada pelo arquiteto Kennedy Nolan, a casa<br />
possui uma coloração acinzentada, de forma a se<br />
camuflar no entorno de uma plantação indígena. A<br />
aspiração subjacente do projeto foi projetar uma casa<br />
que refletisse e amplificasse a conexão genuína com o<br />
local, que evoluiu ao longo de gerações. Algumas das<br />
condicionantes impostas pelos donos pediam um local<br />
íntimo e com ambientes amplos para grandes reuniões,<br />
com um senso constante de integração.<br />
O clima local costuma ser bucólico, por se tratar<br />
de uma praia pouco habitada, mas os proprietários<br />
encontram beleza e uma conexão profunda em todas<br />
as condições. Pelo fato de a casa ficar desocupada por<br />
longos períodos, a edificação precisava ser segura e de<br />
baixa manutenção. Sandy Point é uma comunidade de<br />
residências modestas e estradas de terra, desta forma,<br />
os clientes buscavam uma casa que não agredisse o<br />
FEVEREIRO <strong>2021</strong> 55
MADEIRA TRATADA<br />
A CASA É UM<br />
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56 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
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FEVEREIRO <strong>2021</strong> 57
ARTIGO<br />
RESISTÊNCIA AO<br />
CISALHAMENTO DE<br />
LIGAÇÕES DE MADEIRA<br />
PARA A PRODUÇÃO DE<br />
PAINEL DO SISTEMA WOOD<br />
FRAME COM EUCALIPTO JOVEM<br />
Fotos: divulgação<br />
RESUMO<br />
E<br />
m estruturas de wood frame, as ligações<br />
entre montantes e banzos têm como finalidade<br />
garantir a rigidez e o contraventamento<br />
necessários para essas construções, que são<br />
naturalmente flexíveis, quando submetidas a<br />
esforços horizontais, como vento e sismos. Este trabalho<br />
teve como objetivo avaliar a resistência ao cisalhamento<br />
de ligações de madeira para produção de painéis de<br />
wood frame produzidos com madeira de eucalipto jovem<br />
(menos de 15 anos de idade), tendo em vista que o<br />
plantio de espécies desse gênero é mais abundante no<br />
país.<br />
Os tipos de ligações escolhidas para o estudo foram<br />
do tipo chapa de dente estampado, parafuso autoatarraxante<br />
e encaixe de madeira. Para cumprir o objetivo<br />
proposto, foram utilizados corpos de prova de madeira<br />
de Eucalyptus pellita com idade variando entre sete e<br />
10 anos (classe C20). Foram utilizados os procedimentos<br />
experimentais previstos no projeto de revisão de norma<br />
da ABNT PN 02:126.10-001-4 (ABNT, 2017). Os resultados<br />
indicaram que a ligação do tipo encaixe é a mais<br />
apropriada para a ligação entre banzos e montantes de<br />
painéis de wood frame produzidos com madeira de eucalipto<br />
jovem, por ter melhor resistência e maior rigidez<br />
ao cisalhamento quando comparada com as ligações<br />
com parafuso autoatarraxante a 90° e chapa de dente<br />
estampado.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A madeira é um dos materiais de construção mais<br />
utilizados no mundo, tendo dominado os métodos construtivos<br />
por séculos, devendo ser utilizada de maneira<br />
compatível com suas propriedades. Desde seus primeiros<br />
usos, as técnicas de construção em madeira têm<br />
passado por transformações que visam, principalmente,<br />
a otimização dos recursos e a eficiência construtiva. Mais<br />
recentemente, em razão das preocupações ambientais<br />
e dos esforços empregados para a diminuição das emissões<br />
de carbono, os sistemas construtivos em madeira<br />
destacam-se por serem sustentáveis e pela capacidade<br />
de retenção de carbono.<br />
Entretanto, edificações em madeira constituem sistemas<br />
não monolíticos, e a rigidez dessas construções<br />
está diretamente associada aos materiais utilizados para<br />
a ligação que conectam os elementos. O desempenho<br />
dessas ligações é influenciado pela espécie, presença ou<br />
não de defeitos na madeira, direção em que o conector<br />
está sendo aplicado em relação às fibras, por possíveis<br />
58 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
FILIPE LUIGI DANTAS LIMA SANTOS<br />
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ENGENHARIA CIVIL, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA<br />
JÚLIA CRUZ DA SILVA<br />
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM<br />
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RITA DIONE ARAÚJO CUNHA<br />
NÚCLEO DE TECNOLOGIA, PROJETO<br />
E PLANEJAMENTO, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA<br />
ALEXANDRE DE MACÊDO WAHRHAFTIG<br />
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO<br />
E ESTRUTURA, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA<br />
SANDRO FÁBIO CÉSAR<br />
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO<br />
E ESTRUTURA, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA<br />
FEVEREIRO <strong>2021</strong> 59
ARTIGO<br />
variações dimensionais que possam ocorrer devido à<br />
mudança no teor de umidade e à temperatura do ambiente<br />
ou se a construção se encontra em situação de<br />
incêndio.<br />
O estudo de ligações em madeira é um tema complexo,<br />
e durante anos foram utilizados métodos empíricos<br />
para o dimensionamento desses elementos. A partir<br />
da segunda metade do século 20, surgiram teorias que<br />
passaram a ser incorporadas ao projeto. Notoriamente,<br />
uma das técnicas mais conhecidas está associada à<br />
teoria que Johansen desenvolveu para a aplicação de<br />
conectores metálicos em elementos de madeira. Atualmente,<br />
Liu Xiong afirma que os métodos definidos por<br />
normas para a caracterização de resistência e rigidez de<br />
ligações oferecem resultados satisfatórios, mas salientam<br />
a necessidade de maior investigação para aproximar<br />
a teoria do comportamento real de cada tipo de<br />
estrutura.<br />
A norma brasileira de dimensionamento em madeira,<br />
ABNT NBR 7190 – Projeto de Estruturas de Madeira,<br />
preconiza que as ligações mecânicas podem ser feitas<br />
de três formas: por pinos metálicos, sendo divididas<br />
entre pregos e parafusos; por pinos de madeiras ou por<br />
conectores metálicos, sendo utilizados anéis ou chapas<br />
metálicas. Vale lembrar que a norma brasileira foi concebida<br />
num momento em que era mais comum o uso de<br />
madeira adulta de cerne de espécies de alta densidade<br />
para construções, especialmente de coberturas. Sendo<br />
assim, constata-se uma lacuna para a aplicação de madeira<br />
jovem de espécies oriundas de florestas plantadas.<br />
Durante os anos, com o desenvolvimento da indústria<br />
florestal, passou-se a produzir madeira serrada proveniente<br />
de árvores de pequeno diâmetro com baixo ciclo<br />
de espécies exóticas. Por essa razão, busca-se, nesta<br />
investigação, avaliar a adequação de conceitos normativos<br />
previamente desenvolvidos a esta condição de uso.<br />
Poucos trabalhos foram conduzidos para determinar<br />
as propriedades de materiais para ligação de madeira<br />
oriundas de árvores jovens, a fim de verificar a utilização<br />
dessas espécies em sistemas construtivos industrializados<br />
modernos no Brasil, como o wood frame.<br />
A estabilidade de estruturas de wood frame para<br />
cargas horizontais depende da capacidade lateral da parede<br />
diafragma feita pela ossatura de madeira fechada<br />
com chapa de OSB (Oriented Stand Board), sendo que<br />
esta capacidade lateral da parede depende da resistência<br />
ao cisalhamento da chapa OSB e das ligações que<br />
conectam os banzos e montantes que compõem a ossatura<br />
de madeira.<br />
Outros autores buscaram avaliar o comportamento<br />
de ligações entre banzos e montantes, quando se propuseram<br />
a adaptar os painéis de sistema wood frame<br />
para materiais disponíveis no mercado local. Silva publicou<br />
um projeto conceitual de produção de painéis<br />
de wood frame utilizando nos montantes e banzos o<br />
eucalipto jovem (Eucalyptus spp.), tendo em vista que<br />
OS DADOS<br />
APRESENTADOS<br />
INDICAM QUE A MADEIRA DE<br />
EUCALYPTUS PELLITA PODE SER<br />
CLASSIFICADA COMO MADEIRA<br />
DE CLASSE C40<br />
60 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
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FEVEREIRO <strong>2021</strong> 63
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FESQUA<br />
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64 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>
ESPAÇO ABERTO<br />
<strong>2021</strong>,<br />
O ANO DA RETOMADA<br />
O<br />
ano de 2020 foi um dos mais desafiadores<br />
que o mundo enfrentou na história recente,<br />
em função da crise sanitária e econômica<br />
gerada pela Covid-19. Entramos em<br />
<strong>2021</strong> com esperanças de uma retomada<br />
gradual, mas consistente, da economia, que permita<br />
ao Brasil voltar a crescer e se desenvolver.<br />
O setor produtivo ainda sofre com os efeitos negativos<br />
ocasionados pela pandemia, mas a economia já<br />
dá sinais de recuperação. Neste momento, precisamos<br />
renovar a confiança e trabalhar firmemente para que<br />
a crise seja superada o mais rapidamente possível. Lamentamos<br />
enormemente que o coronavírus continue<br />
ceifando preciosas vidas aqui e lá fora, provocando<br />
dor nas famílias. Graças ao esforço de cientistas e<br />
governos em todo o mundo, porém, a vacinação está<br />
começando em alguns países e deve se disseminar<br />
rapidamente.<br />
Isso nos dá a certeza de que este ano será bem<br />
melhor do que 2020, tanto do ponto de vista da saúde<br />
de todos nós quanto da indispensável recuperação da<br />
atividade econômica. Ao longo dos meses, indústria,<br />
serviços, agropecuária e turismo vão se reaquecer, trazendo,<br />
aos poucos, a bonança de volta aos lares.<br />
Ainda que em um ritmo aquém do desejável, a<br />
economia fechou 2020 e entra em <strong>2021</strong> em um cenário<br />
positivo, o que nos proporciona uma base mínima para<br />
continuar avançando. Para isso, é preciso que o país<br />
persevere no caminho das medidas econômicas, em<br />
especial das reformas estruturais, imprescindíveis para<br />
a melhora do ambiente de negócios.<br />
Temos que preparar o terreno, removendo crônicos<br />
POR<br />
ROBSON BRAGA<br />
DE ANDRADE<br />
PRESIDENTE DA CNI<br />
(CONFEDERAÇÃO<br />
NACIONAL DA<br />
INDÚSTRIA)<br />
Foto: divulgação<br />
O CONTROLE DAS DESPESAS<br />
E A CONTENÇÃO DO<br />
ENDIVIDAMENTO PÚBLICO SÃO<br />
REQUISITOS FUNDAMENTAIS PARA A<br />
CONFIANÇA DOS INVESTIDORES E<br />
PARA O CRESCIMENTO ECONÔMICO<br />
SEM INFLAÇÃO<br />
66 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2021</strong>