*Março:2021 Referência Florestal 227 OPS
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ENTREVISTA
Acácias ganham espaço e se tornam ótima alternativa para o setor florestal
PREVENIR É PRECISO
EQUIPAMENTOS DE COMBATE E PREVENÇÃO
A INCÊNDIOS AUXILIAM O SETOR FLORESTAL
PREVENTION IS NECESSARY
FIRE FIGHTING AND PREVENTION
EQUIPMENT ASSISTS THE FORESTRY SECTOR
SUMÁRIO
MARÇO 2021
36
PREVENÇÃO
E EQUILÍBRIO
06 Editorial
08 Cartas
10 Bastidores
12 Coluna Ivan Tomaselli
14 Notas
26 Coluna Cipem
28 Frases
30 Entrevista
36 Principal
42 Setor Florestal
46 Transporte
50 Manejo
54 Mercado
58 Pesquisa
64 Agenda
66 Espaço Aberto
42
54
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
11 Agroceres
07 Bayer
09 BKT
15 Carrocerias Bachiega
65 Chico Moreira Soluções Florestais
65 D’Antonio Equipamentos
68 Denis Cimaf
02 Dinagro
25 DRV Ferramentas
27 Engeforest
35 Equilíbrio Florestal
53 Globalmac
17 Hansa Flex
29 J de Souza
05 Komatsu Forest
67 Log Max
57 Mill Indústrias
63 Mill Indústrias
31 Planflora
45 Prêmio REFERÊNCIA
13 Rotary-Ax
23 Rotor Equipamentos
21 Sergomel
19 Unibrás
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EDITORIAL
Hora de
trabalhar
Ainda a passos lentos, mas firmes, os setores produtivos
brasileiros retornam aos patamares de produção e vendas
anteriores à pandemia. O ramo florestal, por exemplo, foi um
dos que menos sentiu a crise – e já mostra que tem tudo para
fazer de 2021 um ano inesquecível. Neste cenário animador,
a REFERÊNCIA FLORESTAL traz materiais importantes sobre a
indústria da madeira. Na editoria de entrevista, conversamos
com o engenheiro florestal e gerente de Silvicultura da Tanagro
S.A., Augusto Simon, sobre o crescente mercado de acácias no
Brasil. Você também poderá conferir uma coluna exclusiva do
Cipem e uma reportagem sobre a parceria do Serviço Florestal
Brasileiro e do BNDES, que investirão em três FLONAS na região
sul. Além disso, poderá conferir reportagens nas editorias
de Mercado, Setor Florestal e Pesquisa, assim como, as principais
novidades do setor. Ótima leitura!
IT’S TIME TO WORK
Slowly but steadily, the Brazilian productive sectors are returning
to the production and sales levels before the pandemic.
For example, the forestry segment hardly felt the crisis and already
shows that it has everything to make 2021 an unforgettable
year. In this optimistic scenario, REFERÊNCIA Florestal has
important material about the timber industry. In the interview,
we talked with Augusto Simon, Forest Engineer and Forestry
Manager for Tanagro S.A., about the growing acacia market in
Brazil. You can also check out the Cipem exclusive column and
a story on the partnership between the Brazilian Forest Service
and Bndes to invest in three National Forests (Flonas) in Brazil’s
Southern Region, as well, the stories in the Market, Forestry, and
Research Sections, and industry news. Pleasant reading!
DENIS CIMAF
Confiabilidade e Produtividade com
Melhores Lucros em Trabalhos Intensivos.
Foto: DAH-150E e Hyundai R210LC7
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2
Entrevista com
Augusto Arlindo Simon
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DENISCIMAF.COM
Na capa desta edição
os equipamentos
da Equilíbrio Florestal
Estradas para o futuro
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
www.referenciaflorestal.com.br
Ano XXIII • N°227 • Março 2021
ENTREVISTA
Acácias ganham espaço e se tornam ótima alternativa para o setor florestal
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3
EXPEDIENTE
ANO XXIII - EDIÇÃO 227 - MARÇO 2021
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Colunista
Cipem
Ivan Tomaselli
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dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos
direitos autorais, exceto para fins didáticos.
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication
directed at the producers and consumers of the good and services of the
lumberz industry, research institutions, university students, governmental
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself
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signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited
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CARTAS
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
CERTIFICAÇÃO
Empresa se torna primeira a certificar sua ‘carbono neutralidade’ no mundo
Capa da Edição 226 da
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
DENIS CIMAF
Confiabilidade e Produtividade com
Melhores Lucros em Trabalhos Intensivos.
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mês de fevereiro de 2021
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Ano XXIII • N°226 • Fevereiro 2021
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EXPEDIÇÃO
Por Delmo Oliveira – engenheiro florestal – Porto Alegre (RS)
Muito necessária a iniciativa do professor Renato Robert. O setor
florestal é apaixonante!
ENTREVISTA
Foto: divulgação
Por Orlando Kremer – administrador – Florianópolis (SC)
Excelente entrevista com o vice-presidente Mourão! A Amazônia
é do Brasil e pode ser muito produtiva para todo o país.
MERCADO
Por Carolina Nogarolli – empresária – Curitiba (PR)
Parabéns à Arauco, que é a primeira companhia florestal a
certificar sua carbono neutralidade em todo o mundo.
Foto: divulgacão
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CURTA NOSSA PÁGINA
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Revista Referência Florestal
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E-mails, críticas e sugestões podem ser
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BASTIDORES
Revista
Foto: Emanoel Caldeira
PRÓXIMA EDIÇÃO
O representante comercial Gerson
Penkal e o jornalista Luiz Kozak da
REFERÊNCIA FLORESTAL, na produção
da matéria de capa da próxima edição,
ao lado da coordenadora técnica da
Polli Fertilizantes, Thais Ramari.
PARCERIA
O representante comercial da REFERÊNCIA
FLORESTAL, Gérson Penkal ao lado do parceiro
comercial, Gustavo Cesca, da Manos Implementos, em
Videira (SC).
Foto: REFERÊNCIA
ALTA
OPORTUNIDADE PARA O SETOR
Amplamente difundida em outros países, a norma técnica
para o sistema construtivo wood frame, que utiliza
produtos de madeira na construção, está em consulta
pública desde o fim de janeiro no Brasil. Na avaliação da
ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira
Processada Mecanicamente), que acompanhou todo o
processo e tem liderado o desenvolvimento dessa e de
outras frentes sobre o uso da madeira na construção civil
no país, é um passo importante para que, em breve,
o modelo construtivo ganhe escala. Por ser um modelo
construtivo industrializado, reduzindo o tempo em
canteiro de obras, o método é visto como uma solução
para atender parte do déficit habitacional brasileiro. A
PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)
de 2019 mostra que faltam, no país, 7,7 milhões de
habitações.
MARÇO 2021
FALTA DE INSUMOS
Após meses mais rigorosos da crise gerada pela pandemia da
covid-19, a indústria brasileira no segmento da construção civil
assiste ao aumento da falta de insumos que impede a retomada
ampla da economia no setor, dependente de materiais
como a madeira. O gerente de Análise Econômica da CNI (Confederação
Nacional das Indústrias), Marcelo Azevedo, reforça
a recuperação acima do esperado inicialmente na pandemia.
“Ela era uma preocupação de uma a cada três empresas
no terceiro trimestre do ano. Quando falamos do último
trimestre, essa preocupação começou a alcançar metade das
empresas que apontaram essa falta ou o alto custo da matéria-prima”,
disse em entrevista à rádio Jovem Pan. “Felizmente
a recuperação foi rápida, mas isso pegou muito fornecedores
de insumo com estoques baixos enquanto a demanda
aumentou fortemente ao mesmo ponto”, acrescentou.
BAIXA
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Tecnologia Mirex-S2 e MIPIS
FOCO TOTAL NO RESULTADO
Levantamentos e acompanhamentos pré e pós controle.
Avaliações de danos.
Análises situacionais das infestações.
COLUNA
Mass Timber: uma
alternativa para a indústria
florestal no Brasil
A indústria florestal mundial busca sempre novos
produtos. Inovar é uma constante para garantir a
competitividade dos produtos florestais no mercado
Ivan Tomaselli
Diretor-presidente da Stcp
Engenharia de Projetos Ltda
Contato: itomaselli@stcp.com.br
Foto: divulgação
A indústria
florestal
brasileira
precisa investir
para avançar
na adoção de
inovações e
continuar a
ganhar novos
mercados
N
as últimas décadas, a indústria
florestal brasileira mudou. Até
meados do século passado, ela
era pouco desenvolvida e produzia
basicamente madeira serrada,
com pequena participação no mercado
internacional. Naquela época a produção de
celulose e papel, de painéis de madeira e de
produtos de valor agregado era incipiente, e o
suprimento de matéria-prima era baseado em
florestas nativas.
O programa de incentivos para impulsionar
as plantações florestais, criado nos anos
1960, foi o início de uma grande transformação.
Hoje o Brasil é o maior produtor e
exportador mundial de celulose de fibra curta,
e também um grande produtor e exportador
de painéis de madeira, de serrados e de vários
produtos de valor agregado. A maior parte da
matéria-prima industrial (90%) é hoje de plantações
florestais.
A indústria florestal mundial busca sempre
novos produtos. Inovar é uma constante
para garantir a competitividade dos produtos
florestais no mercado. Nesta linha uma das
alternativas mais promissoras atualmente são
os produtos classificados genericamente como
Mass Timber, cuja demanda vem crescendo
em diversos países. Na realidade trata-se de
um conjunto de produtos, que oferecem ao
mercado uma nova solução para a construção
civil. Os produtos Mass Timber foram desenvolvidos
para substituição de concreto e aço
na construção civil. Hoje já existem edifícios
construídos totalmente em madeira com mais
de dez andares e novos projetos ainda mais
arrojados, vem sendo desenvolvidos. O uso
de madeira reduz o tempo de implantação
das obras, gera menos resíduos, cria um am-
biente mais humano e aconchegante, reduz a
demanda de químicos e as emissões de gazes
responsáveis pelo aquecimento global. O resultado
é um menor impacto ambiental.
Os produtos Mass Timber são baseados
principalmente em madeira serrada e lâminas,
com os quais são formados painéis e vigas/
colunas, de alta performance estrutural. Os
componentes podem ser colados ou unidos
por acessórios metálicos ou cavilhas de madeira.
Entre eles estão o CLT (Serrados Colados
Transversalmente), NLT (Serrados Unidos com
Pregos), DLT (Painéis Cavilhados), TCC (Compostos
Madeira/Concreto), Gluelam (Vigas
Laminadas), MPP (Painéis de Compensado
Colados), LVL/ PSL (Painéis Unidirecionais de
Lâminas) e outros.
12 www.referenciaflorestal.com.br
otaryax
rotaryaxoficial
NOTAS
Aumento do ICMS
Após o aumento da alíquota do ICMS,
promulgado pelo governo do Estado de São
Paulo, a ABIMÓVEL (Associação Brasileira
das Indústrias do Mobiliário) divulgou uma
nota de repúdio em que questiona a decisão
de João Doria. “Em que pese os ajustes fiscais
serem um dos componentes para efetiva reforma
administrativa tão necessária e fundamental
para o equilíbrio econômico, aumentar
os impostos é o caminho mais rápido para
aniquilar a sobrevivência das empresas que
estão com dificuldades para gerar e manter os
empregos, os parques industriais, o desenvolvimento
econômico e a sua sobrevivência.
Esse é o momento em que empresários e
governos devem estreitar relações pensando
na construção de um novo cenário econômico”,
relata o pronunciamento.
Foto: divulgação
Foto: divulgação
Plantas nativas
Os brasileiros não têm noção da riqueza da flora
nativa do Brasil e até os que se preocupam com o tema
ficariam surpresos com a diversidade de plantas que enriquecem
todos os nossos biomas. São 46,9 mil espécies
nativas. Informações sobre essas preciosidades estão na
publicação Flora do Brasil 2020, que acaba de ser lançada
pela equipe do projeto Flora do Brasil, coordenado
pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. No formato
online, a publicação de 17 páginas é um presente a pesquisadores,
técnicos, estudantes e demais interessados
na flora do país. Mais do que isso, é resultado de 12
anos de estudos e também significa o cumprimento de
uma das metas da Estratégia Global de Conservação de
Plantas, vinculada à Conservação sobre Biodiversidade
Biológica, da ONU (Organização das Nações Unidas) - da
qual o Brasil é signatário. O projeto Flora do Brasil 2020
é um estudo multi-institucional em desenvolvimento desde 2008, envolvendo vários botânicos e alguns ecólogos brasileiros. “É um
estudo que fez uma verdadeira revolução no tema, um marco: há mais de 100 anos que não ocorria uma atualização sobre a flora
brasileira”, comenta o pesquisador da EMBRAPA Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF), Bruno Walter. Ele e a colega
Taciana Barbosa Cavalcanti são membros do Comitê Gestor do projeto e participaram da produção do documento. Segundo Bruno
Valter, do total de 46,9 mil espécies nativas quase 50% são endêmicas - só ocorrem no Brasil. Participam 979 taxonomistas de 224
instituições de 25 países, entre elas a EMBRAPA Recursos Genéticos e Biotecnologia.
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NOTAS
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Crédito às exportações
O governo federal atendeu ao pedido da CNI
(Confederação Nacional da Indústria) e prorrogou
o contrato do Ministério da Economia com a ABGF
(Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores
e Garantias), hoje operador do SCE (Seguro de Crédito
à Exportação). O prazo foi estendido até 30 de
junho de 2021. Em carta encaminhada à CNI, a Casa
Civil informou que a prorrogação do contrato busca
“evitar algum tipo de descontinuidade do seguro
enquanto não se conclui a estruturação do novo sistema
de apoio oficial à exportação concedido pela
União.” Em 2 de dezembro de 2020, o presidente
da CNI, Robson Braga de Andrade, e 21 associações
setoriais enviaram carta a várias autoridades do governo
solicitando a imediata renovação do contrato
de prestação de serviços da ABGF com o governo
federal, de forma a evitar prejuízos ao financiamento
à exportação. O contrato estava previsto para
terminar em 30 de dezembro.
Florestas
mineiras
A retomada econômica mundial já mostra grandes
resultados e a indústria florestal brasileira tem se
beneficiado do novo momento, passada a pior fase
da pandemia em vários países do mundo. Além disso,
a recuperação da China e a demanda aquecida do
mercado interno trouxeram bons resultados para o
segmento de florestas mineiro no último trimestre de
2020 e a promessa para este ano é ainda mais positiva.
A presidente executiva da AMIF (Associação Mineira
da Indústria Florestal), Adriana Maugeri, explica que
apesar da pandemia de Covid-19, a demanda pelos
produtos do setor está em alta, o que vem favorecendo
o desempenho das empresas. Dentre os produtos
demandados, se destacam o carvão vegetal, o aço, o
ferro gusa, algumas ligas metálicas especiais, a celulose
e o papel. “Nossa estimativa é superar o desempenho
de 2019, já que a demanda está bem maior”, disse.
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NOTAS
Concessões amazônicas
O Conselho do PPI (Programa de Parcerias de
Investimentos) da presidência da república opinou
favoravelmente pela concessão florestal de três
Florestas Nacionais: Balata-Tufari, Pau Rosa e de
Jatuarana, todas localizadas no Estado do Amazonas.
Publicada no Diário Oficial da União, a Resolução do
Ministério da Economia nº 162, explicita que o Serviço
Florestal Brasileiro, órgão vinculado ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, será o
responsável por disciplinar e conduzir o processo de
outorga da concessão florestal. A motivação favorável
veio da necessidade de conservar a cobertura vegetal
das florestas brasileiras, de gerenciar o patrimônio
florestal de forma a combater a grilagem de terras e
evitar a exploração predatória dos recursos naturais
existentes, evitando assim a conversão do uso do solo
para outros fins. Além disso, o texto da resolução
coloca que a concessão permite a obtenção do recurso florestal por meio de técnicas de manejo sustentável e exploração de impacto
reduzido, favorece municípios e comunidades vizinhos à área concedida com a geração de emprego e com investimentos em serviços
e infraestrutura, o que permite a melhoria da qualidade de vida da população que vive no entorno. A economia formal também é estimulada
com produtos e serviços oriundos de florestas manejadas.
Foto: divulgação
Foto: divulgação
Mercado de lenha
A extração e a comercialização da lenha oriunda da Caatinga,
para fins industriais, movimentam R$ 2 bilhões por ano e geram
35 mil postos de trabalho fixos, segundo dados de um estudo
realizado pelo PNUD e o MMA (Ministério do Meio Ambiente),
em 2018. No Nordeste, a lenha é ainda a principal fonte de
energia para as indústrias de cerâmica, gesso, farinha, laticínios e
têxtil, além de ser muito usada nos fogões a lenha da zona rural
e periferias urbanas.Por outro lado, os dados geram preocupações
ambientais, uma vez que parte da lenha consumida não
tem origem sustentável, ou seja, é oriunda de desmatamentos. A
solução para atender ao mercado de forma legal e sustentável é a
implantação de planos de manejo florestal. O manejo florestal é
uma solução importante para a conservação do bioma Caatinga,
seja ele praticado por pequenos, médios ou grandes produtores
rurais, comunitários ou não. Ademais, incentiva a geração de emprego
e renda por meio da comercialização de produtos florestais
sustentáveis madeireiros e não madeireiros.
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NOTAS
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Tecnologia
para manejo
Planejar a extração madeireira e garantir ao mesmo
tempo conservação e a plena recuperação da floresta é
o maior desafio do manejo florestal sustentável na Amazônia.
Para apoiar essa missão, a Embrapa apresenta o
software BOManejo uma ferramenta de apoio à elaboração
e execução de planos de manejo. A apresentação ao
público será dia 05 de junho, na sede da Embrapa Amazônia
Oriental, em Belém (PA). A ferramenta é gratuita e
direcionada a técnicos de empreendimentos florestais,
comunidades e, futuramente, a técnicos de órgãos
de fiscalização. O chefe-geral da EMBRAPA Amazônia
Oriental, Adriano Venturieri, ressalta que o software
é um exemplo de como a pesquisa gera produtos que
atendem ao setor produtivo e ao governo. “O uso dessa
ferramenta contribui para que a atividade madeireira na
Amazônia tenha cada vez mais planejamento e controle,
causando o mínimo impacto à floresta”, completa.
Reunião online
A ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de
Madeira Processada Mecanicamente) realizou, no
mês de fevereiro, uma reunião online que contou
com uma apresentação de dados florestais e evolução
da produção brasileira de madeira processada, além
de uma palestra sobre: Desafios e Perspectivas para
a Gestão Florestal em Nível Nacional; com Fernando
Castanheira Neto, Coordenador Geral de Fomento e
Inclusão Florestal do SFB (Serviço Florestal Brasileiro).
Durante o evento, foram apresentadas as principais
pautas e temas que o comitê irá atuar, assim como
informações relevantes ao segmento florestal e
madeireiro. A participação de Fernando Castanheira
Neto diagnosticou as perspectivas da agenda de
desenvolvimento florestal brasileiro. “Sabemos da
importância, abrangência e transversalidade da pauta
florestal e de suprimento para o segmento madeireiro.
É importante a participação de todas as empresas
nas atividades que serão desenvolvidas pelo comitê,
bem como em contribuir nas comissões de trabalho
que serão formadas”, informou a ABIMCI.
Foto: divulgação
20 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Nota de falecimento
A IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores) lamenta o falecimento
de Erling Lorentzen, pioneiro e visionário do setor de árvores
cultivadas. Empresário norueguês radicado no Brasil, Erling
Lorentzen é reconhecido por sua marcante atividade empresarial
e socioambiental. Foi fundador e presidente da Aracruz
Celulose, na década de 1970, tida como a primeira fábrica de
celulose em linha do Brasil. Fundador da Aracruz Celulose,
o norueguês começou a dar corpo ao projeto com o plantio
florestal, que previa a exportação de cavaco. Buscando agregar
valor e gerar riqueza com a industrialização, o executivo sugeriu
o desenvolvimento de uma indústria local de processamento
de celulose. Obstinado, não se intimidou com as desconfianças
da época ao idealizar a então maior fábrica, com 400 mil t (toneladas).
Hoje o setor de base florestal emprega mais de 3,75
milhões de pessoas no Brasil, é líder mundial em exportação e
é protagonista no investimento em novas aplicações e novos
produtos de base florestal. Só chegamos até aqui, pois tivemos
na nossa fundação líderes como Erling Lorentzen, que mudou
o paradigma de um país exportador de commodities sem valor
agregado e sem industrialização, inovou no entendimento de que o valor precisa ser compartilhado com a comunidade e com o
meio ambiente, e que se não nos anteciparmos ao futuro, ficaremos no passado”, disse Paulo Hartung, presidente da IBÁ.
Foto: divulgação
Foto: divulgação
Reconhecimento internacional
A John Deere é a empresa mais admirada na indústria de
máquinas agrícolas e de construção, segundo o ranking: World’s
Most Admired Companies; divulgado pela revista americana
Fortune. A publicação destaca as companhias mais respeitadas e
bem-conceituadas do mundo, levando em conta critérios como
inovação, gestão de pessoas, responsabilidade social, qualidade
da gestão, solidez financeira, investimentos de longo prazo, qualidade
dos produtos e serviços, além da capacidade de competir
globalmente. “Sempre nos orgulhamos em fazer parte de rankings
tão importantes e reconhecidos como este da revista Fortune.
Estar ao lado de marcas que também admiramos, eleva ainda
mais nossa responsabilidade com nossos clientes, funcionários e
fãs. Há 184 anos, a John Deere vem construindo sua história baseada
nos valores de integridade, qualidade, comprometimento
e inovação, mas principalmente, segue comprometida em construir
um futuro ainda mais próspero e sustentável”, garante Elisa
Pimenta, gerente de marca e eventos corporativos.
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NOTAS
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Nova diretoria
No último dia 8 de dezembro, foi eleita a nova
diretoria do SIMNO (Sindicato das Indústrias Madeireiras
e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso). O
novo presidente, o empresário do setor moveleiro,
Edvaldo Dal Pozzo, falou sobre as expectativas para
seu mandato nos próximos anos. De acordo com
ele, sua gestão será focada em fazer um trabalho
diferenciado, porém, consciente da necessidade de
novas ideias que pretende implantar em sua gestão,
com um trabalho voltado aos associados, resgatando
os que se afastaram e prestando assistência aos
que permaneceram. Dal Pozzo menciona ainda que
será dado uma atenção especial a todos os associados
de toda região noroeste, através de um planejamento
de se realizar reuniões descentralizadas, ou
seja, não apenas em Juína, mas sim uma em cada
base de atuação do SIMNO.
Mulheres do Agro 2021
Desde o dia 08 de março estão abertas as inscrições para a
4ª edição do Prêmio Mulheres do Agro, a iniciativa idealizada
pela Bayer, em parceria com a ABAG (Associação Brasileira
do Agronegócio), que promove a valorização de produtoras
rurais brasileiras que fazem a diferença no campo e que
mostram que, quando lideram os seus negócios, são mais
sustentáveis e inovadoras se destacando à frente da gestão
de propriedades de pequeno, médio e grande porte. “A Bayer
vem acompanhando histórias que mostram o empenho da
agricultura brasileira em trabalhar com sustentabilidade. O
Prêmio Mulheres do Agro oferece visibilidade tanto a esses
cases de sucesso, como ao papel da mulher no campo dando
voz às produtoras rurais valorizando e reconhecendo suas contribuições
para o setor através de boas práticas agropecuárias,
inovação no campo, entre outras qualidades, como implementações que visam desenvolver comunidades locais”, explica Daniela
Barros, diretora de Comunicação Corporativa para a área agrícola da Bayer Brasil. Com o início das inscrições em março deste ano,
o tema do prêmio é Gestão Inovadora e reconhecerá iniciativas para boas práticas agropecuárias e gestão sustentável com foco
nos pilares econômico, social e ambiental como: uso racional de recursos naturais, aumento da eficiência da produção com gestão
inovadora, projetos que permitam o desenvolvimento social da comunidade ou colaboradores da propriedade, bem-estar animal e
valorização do capital humano. Para se inscrever, basta acessar o site: www.premiomulheresdoagro.com.br até o dia 20 de agosto.
As vencedoras serão reveladas durante o 6º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio , que terá formato digital em 2021, e
será realizado entre 25 e 27 de outubro.
Foto: divulgação
24 www.referenciaflorestal.com.br
SOMOS DEPENDENTES DE ENERGIA
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
COLUNA
Ao consumir
madeira, exija o
DOF (Documento de
Origem Florestal)!
O documento é uma licença obrigatória
para o transporte e armazenamento de
produtos florestais de origem nativa e
dá segurança ao setor
O DOF é uma
ferramenta cujo
objetivo é controlar
e monitorar a
exploração,
transformação,
comercialização,
transporte e
armazenamento dos
produtos
O
DOF (Documento de Origem Florestal), instituído
pela Portaria MMA nº 253, de 18 de agosto
de 2006, constitui uma licença obrigatória para
o transporte e armazenamento de produtos
florestais de origem nativa, inclusive o carvão
vegetal nativo. A emissão do DOF e demais operações são
realizadas eletronicamente por meio do sistema DOF, disponibilizado
pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis), sem ônus financeiro aos
setores produtivos e empresariais da base florestal.
A Instrução Normativa IBAMA nº 21, de 24 de dezembro
de 2014, alterada pela Instrução Normativa IBAMA nº 9, de
12 de dezembro de 2016, traz os critérios e procedimentos de
uso do DOF, válida para todos os Estados da federação que o
utilizam.
Frise-se que os Estados que utilizam sistemas próprios,
como é o caso de Mato Grosso com o Sisflora (MT), devem
atender às disposições constantes no anexo da Resolução CO-
NAMA nº 379, de 19 de outubro de 2006.
Em outras palavras, o DOF é uma ferramenta que integra
os documentos de transporte florestal federal e estaduais, em
Mato Grosso a GF (Guia Florestal), cujo objetivo é de controlar
e monitorar a exploração, transformação, comercialização,
transporte e armazenamento dos produtos e subprodutos florestais
de origem nativa.
Para o consumidor, exigir o DOF aos fornecedores de
madeira é um meio garantido de assegurar a origem legal da
madeira, seja ela bruta ou processada. Controlar a origem da
madeira que se utiliza também é a forma correta de conservar
as florestas em pé, uma vez que a madeira nativa colhida por
meio do Manejo Florestal Sustentável tem como pilar principal
a manutenção da biodiversidade pela conservação da vegetação
e fauna nativas. Consumidor consciente adquire madeira
oriunda de Manejo Florestal Sustentável e exige o DOF!
https://cipem.org.br
26 www.referenciaflorestal.com.br
FRASES
Foto: divulgação
O Brasil é e será por longo tempo o
protagonista das finanças verdes.
Temos uma variedade de setores
que estão inseridos de modo
efetivo na sustentabilidade do
Brasil. O envolvimento de todos
esses atores nessa parceria
vai destravar o Programa de
Concessão Florestal em todas as
regiões do país
Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, sobre parceria do BNDES e do
SFB (Serviço Florestal Brasileiro) para ampliar
concessões florestais
“A prioridade do governo
atualmente é a retomada
econômica que vai garantir
saúde, emprego e renda. Tudo
isso está vinculado à pauta do
congresso. O governo tem apoio
considerável no congresso e
está buscando cumprir seus
compromissos de campanha, mas
a pandemia hoje toma todas as
nossas atenções”
“A alta dos custos e a
falta de matérias-primas
e insumos, provocadas
pela desestruturação da
cadeia produtiva e forte
desvalorização cambial,
constituem entre os principais
motivos para o setor”
Eduardo Santarossa, da área de Inteligência
Comercial do Sindmóveis, sobre os desafios do
setor madeireiro
Eduardo Gomes, senador e líder do governo,
sobre as iniciativas para a retomada econômica
28 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
Acácias:
cheias de
VANTAGENS
Acacia: many advantages
Foto: divulgação
ENTREVISTA
C
om o crescente desenvolvimento do setor
florestal no Brasil, a indústria nacional tem
buscado novas possibilidades de produtos e
insumos e, neste contexto, a madeira de acácia
tem caído no gosto de diversos produtores, por suas propriedades,
como por exemplo, o alto teor de tanino. Especialista
no assunto, o engenheiro florestal e gerente de silvicultura da
Tanagro, Augusto Simon, conversou com a REFERÊNCIA FLO-
RESTAL e trouxe mais detalhes sobre a árvore. Confira:
Augusto
Arlindo Simon
E
ndeavoring for further development, the
Brazilian Forestry Sector has sought out new
possibilities for products and consumables. In
this context, acacia has become popular with
several forest producers due to its characteristics, such as
its high tannin content. A specialist on the subject, Augusto
Simon, Forest Engineer and Forestry Manager for Tanagro,
talked with REFERÊNCIA Florestal and provided more details
about the species.
Check out below:
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Gerente de Silvicultura da Tanagro S.A.
Forestry Manager for Tanagro S.A.
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:
Engenheiro Florestal - Universidade Federal de Santa Maria (RS)
Forest Engineering, Federal University of Santa Maria-RS
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+tecnologia
+genética
MUDAS PARA TORAS, TÁBUAS E LÂMINAS
GENÉTICA AVALIADA DE ACORDO COM AS NORMAS DA ABNT
ENTREVISTA
>> Nos últimos anos, a madeira de acácia tem chamado a
atenção do setor de reflorestamento no Brasil. A que se deve
o crescimento deste interesse?
O grande diferencial da acacicultura é a existência de duas
linhas de produtos, uma vinda da madeira com suas propriedades
e outra vinda da casca, com seu alto teor de tanino. Isso dá
uma vantagem importante pela atuação em mercados diversificados.
Após 2009 ocorreram dificuldades econômicas a nível
mundial que impactaram os mercados em geral. Passadas essas
condições extraordinárias estamos investindo no desenvolvimento
de novos produtos para aproveitamento da casca e da
madeira, retomando nossa base florestal, fomentando terceiros
e tendo maior necessidade na compra de matéria-prima. Com
maior demanda valoriza-se a cultura, com maiores oportunidades
para os acacicultores, indústria e toda a cadeia produtiva.
>> Por que a acácia ainda não tem uma representatividade
maior no setor florestal?
A acácia é uma árvore de menor volume em comparação com
as florestas de pinus e eucaliptos no Brasil. Essa diferença diminui
a partir dos nossos trabalhos em melhoramento genético,
mas vai continuar existindo. Já no Rio Grande do Sul onde ocorre
a industrialização da casca a espécie tem boa representatividade,
sobretudo pelo incentivo do plantio junto a produtores
independentes. É histórica e largamente conhecida a grande
distribuição da espécie por pequenas e médias propriedades.
In recent years, acacia has drawn the attention of the Planted
Forest Sector in Brazil. Why has there been a growth in
the interest of this species?
The significant differential of acacia is two product lines, one
from the wood itself, with its unique properties, and another
from the bark, with its high tannin content. Thus, acacia has
an essential advantage by acting in two completely different
markets. After 2009, there were global economic difficulties
that impacted markets in general. Under these extraordinary
conditions, we began investing in developing new products
to make use of the bark and the wood, resuming our forest
base, fostering third-party use, and having a greater need to
purchase raw materials. With the greater demand, the culture
became more valued, with significantly more opportunities for
the acacia growers, industry, and the entire production chain.
Why does acacia still not have a better representation in the
Forest Sector?
Acacia is a lower volume tree compared to pine and eucalyptus
in Brazil. This difference is being reduced due to our
work on genetic improvement but will continue to exist. In
the State of Rio Grande do Sul, where the industrialization of
the bark occurs, the species is well represented, mainly due to
encouraging planting by independent producers. Historically,
it is widely known for the extensive distribution of the species
among small and medium-sized properties.
32 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
A recuperação e melhoria dos solos, a
possibilidade de cultivos agrícolas consorciados
no primeiro ano e após as colheitas sucessivas
são importantes para os acacicultores
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TECNOLOGIA E ESTRATÉGIA
NO COMBATE A INCÊNDIOS
Multifuncionalidade com
otimização de recursos
Maior mobilidade e agilidade
Redução do tempo entre
detecção do foco de incêndio
e início do combate
Economia de água
e combustível
Redução de danos
EQUIPAMENTOS DE
ALTO DESEMPENHO
PARA EQUIPAR
VEÍCULOS LEVES
MAIOR
EFICIÊNCIA NO
USO DA ÁGUA
PRINCIPAL
PREVENÇÃO E
EQUILÍBRIO
36 www.referenciaflorestal.com.br
Incêndios em florestas são uma
grande preocupação para o setor
florestal - o uso de equipamentos
adequados e com qualidade faz a
diferença em campo
Fotos: divulgação
Março 2021
37
PRINCIPAL
Aatividade florestal cresce todos os anos no Brasil.
Com a produtividade de suas florestas e com
os constantes investimentos em infraestrutura,
tecnologia e maquinário, o setor avança e faz
parte de uma das cadeias de maior ascensão da
indústria nacional. Mas, com tal crescimento de suas operações,
surgem problemas estruturais na mesma proporção.
Um deles é a ocorrência de incêndios florestais no campo,
seja por interferência humana ou causas naturais. Embora tais
eventos indesejados aconteçam, a grande maioria das empresas
florestais possui um rigoroso processo de manejo sustentável e
políticas de prevenção a incêndios muito bem definidas.
De acordo com o IBRAM (Instituto do Meio Ambiente e dos
Recursos Hídricos do Distrito Federal), as maiores causas de
incêndio em florestas são: queima para a rebrota de pastagens,
incidência de raios, máquinas com defeito em campo, atividades
de estrada de ferro, além do próprio vandalismo.
Por se tratar de uma precaução fundamental para qualquer
empresa do segmento florestal, a compra de equipamentos e
produtos para combate de incêndios deve ser cuidadosa buscando,
além de eficácia no combate, a segurança das pessoas e
do patrimônio. Para os veículos não portáteis e com carroceria
especial, a Equilíbrio possui a CAT (Certificação de Adequação
a Legislação de Trânsito), certificação de validação junto ao
Inmetro e aos órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal (DETRAN).
Há 15 anos no mercado de combate a incêndios florestais,
a Equilíbrio desenvolveu uma gama de tecnologias de ponta
para equipamentos de combate rápido, assim como para uso
em veículos maiores e mais robustos, envolvendo uso de supressantes
de fogo, sistema CAFS (Compressed Air Foam System) e
conceito de baixa vazão e alta pressão, que economizam água
Prevention and
equilibrium
Forest fires are a significant concern for the
Forestry Sector - the use of suitable and quality
equipment can make a difference in the field
T
he forest activity in Brazil is growing larger every
year. With the productivity of its forests and the
constant investments in infrastructure, technology,
and machinery, the Sector advances and is part of
one of the most escalating domestic production
chains. But with such operational growth, structural problems
arise in the same proportion.
One of them is forest fires, either from human interference
or natural causes. Although such unwanted events occur, most
forest companies have a rigorous sustainable management
process and very well-defined fire prevention policies.
According to the Brazilian Federal District Environment
and Water Resources Institute (Ibram), the leading causes of
forest fires are: burning for pasture regrowth, the incidence of
lightning, defective machines in the field, railroad activities, in
addition to vandalism itself.
38 www.referenciaflorestal.com.br
Projeto de caminhão bombeiro com Modelo 4F/CAFS
com propulsão hidráulica, partindo de tomada de
força na caixa de câmbio do caminhão
e aumentam a autonomia do combate.
Gerente operacional da Equilíbrio Florestal, Nelson Sanches,
explica que a empresa conta com um portfólio completo de
equipamentos portáteis, projetados para picapes pequenas ou
grandes, bem como, equipamentos de combate a incêndio fixos
em veículos de maior porte.
“Temos, por exemplo, equipamentos com tecnologia 2F
(fire fighting) , que correspondem àqueles em que a vazão de
água, em litros/minuto, é maior ou igual à pressão, em BAR;
assim como ferramentas com tecnologia 3F, que correspondem
àqueles em que a vazão de água, em litros/minuto é menor que
a pressão, em BAR, e aplicam água, espuma ou água+supressante”,
compara Sanches.
Além destes, a Equilíbrio também conta com produtos que
contêm canhões integrados a outros equipamentos, que aplicam
água ou espuma de baixa expansão (tecnologia 2F), com vazões
de 100 a 300 litros/minuto e pressão 35 BAR; equipamentos
com tecnologia 4F (Fire Fighting with Forword Foam)/CAFS,
que geram espuma usando ar comprimido, proveniente de um
compressor rotativo; e modelos multifuncionais, em que, além
do sistema de combate a incêndios, são veículos projetados para
funções adicionais de campo.
As this is an essential precaution for any company in the
forest segment, the purchase of firefighting equipment and products
should be carried out carefully while seeking out the safety
of people and property as well as effectiveness in combating
fires. For non-portable vehicles with distinct bodywork, Equilibrio
has the Traffic Adequacy Certification (C.A.T.), and the validation
certification with Inmetro and the executive agencies of the
State and the Federal District Transport Departments (Detran).
With fifteen years in the forest firefighting market, Equilíbrio
has developed a range of state-of-the-art technologies for
rapid combat equipment. It also produces equipment for use
in larger and more robust vehicles, involving fire suppressants:
Compressed Air Foam System (Cafs) and low flow and high-pressure
concept, which save water and increase combat autonomy.
Nelson Sanches, Operations Manager for Equilíbrio Florestal,
explains that the Company has a complete portfolio of portable
equipment designed for small or large pick-up trucks and firefighting
equipment to be fixed on larger vehicles.
“For example, we have equipment that uses 2F technology
(FireFighting), where the water flow, in liters/minute, is greater
than or equal to pressure (measured in bars). And tools using the
3F technology, which corresponds to those in which the water
flows, in liters/minute is lower than the pressure (in bars), and
apply water, foam or water+suppressant,” says Operations
Manager Sanches.
In addition to these, Equilíbrio also has products that use
cannons integrated with other equipment, which apply water
or low expansion foam (2F technology), with flows of 100 to 300
liters/minute with a 35 bar pressure; equipment with FireFighting
with Forward Foam (4F) / Compressed Air Foam System (Cafs)
technology, which generates foam using compressed air from
a rotary compressor; and, multifunctional models, in which, in
addition to the firefighting system, includes vehicles designed
for additional field functions.
Equilíbrio’s significant differential compared to the com-
Março 2021
39
PRINCIPAL
Sistema portátil, motor diesel,
com tanque de 300 litros de
água. Aplica água ou espuma
40 www.referenciaflorestal.com.br
Multifuncional com três sistemas
de combates integrados, carroceria
especial e cabine estendida
Multifuncional com propulsão
hidráulica. Carroceria especial.
integrada com o tanque de água
Março 2021
41
SETOR FLORESTAL
4.8 milhões de
HECTARES
ATÉ 2022
Foto: divulgação
Parceria entre SFB e o BNDES será iniciada
com a estruturação pioneira do programa
nas Florestas Nacionais de Irati, Chapecó
e Três Barras, no sul
42 www.referenciaflorestal.com.br
O
SFB (Serviço Florestal Brasileiro) vai contar
com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Social) na estruturação dos contratos
de concessão florestal. O contrato prevê
o total de 4,8 milhões de ha (hectares) de
FLONAS (Florestas Nacionais), nos Estados do Paraná, Santa
Catarina e Amazonas.
A parceria terá início com os estudos para a estruturação
da concessão das FLONAS Irati (PR), Chapecó (SC)
e Três Barras Sul (SC). O encontro de lançamento contou
com a presença da ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária
e Abastecimento); o presidente do BNDES, Gustavo
Montezano; o diretor-geral e o diretor-geral adjunto do SFB
(Serviço Florestal Brasileiro), Valdir Colatto e João Crescêncio,
respectivamente, a secretária especial do PPI (Programa
de Parceria de Investimentos) da presidência da república,
Martha Seillier, e do diretor de concessão e monitoramento
substituto do SFB, José Humberto Chaves.
“Achamos um caminho com o BNDES para as concessões
florestais. Vamos ganhar velocidade com um novo modelo
que vai ampliar a área concedida dos atuais 1,05 milhão de
ha para 4,8 milhões de ha até 2022. Esse é o início de uma
caminhada muito exitosa para o manejo florestal sustentável”,
ressaltou a ministra.
ECONOMIA VERDE
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou
que o evento marca a construção da futura economia verde,
“criando a nova fronteira das finanças verdes”. Destacou
ainda que o mundo, o mercado financeiro e o BNDES estão
focados para além do lucro financeiro, mas também no lucro
ambiental e social.
“Estamos aqui hoje desenvolvendo um novo modelo
que vai posicionar o Brasil numa liderança das finanças verdes
global. Temos a oportunidade e a obrigação de liderar
a nova tecnologia das finanças verdes. Isso aqui é a nova
fronteira do mercado financeiro. Temos um mercado financeiro
desenvolvido, temos uma democracia sólida e temos o
maior patrimônio verde do planeta, seja na agricultura, seja
na floresta. Temos todos os ingredientes para desenvolver e
construir a nova fronteira tecnológica financeira da economia
verde do planeta”, defendeu Montezano.
Para o diretor-geral do SFB, Valdir Colatto, fazer o manejo
sustentável das Flonas do Sul representa a produção
de bens, a geração de riquezas e a possibilidade de acesso a
outros projetos como o turismo e o plantio de mudas para
recuperação de APP (Áreas de Proteção Permanente) na
região.
Março 2021
43
SETOR FLORESTAL
“Um ponto importante é oferecer estrutura a essas
áreas e fazer com que elas produzam e cumpram o seu papel
de conservar o meio ambiente e desenvolver a região,
de forma econômica e sustentável, por meio do manejo.
Além disso, possibilitar a inclusão de projetos de turismo e
pesquisa”, ressaltou Colatto.
BENEFÍCIOS
O diretor de concessão florestal e monitoramento substituto,
José Humberto Chaves, ressaltou os benefícios da
parceria, que prevê a recuperação da vegetação nativa no
bioma Mata Atlântica. As áreas das Flonas do Sul passíveis
de concessão somam 6 mil ha.
“A expertise do BNDES vai colaborar para o desenvolvimento
de um novo modelo de concessão florestal para a
região Sul, com a exploração de florestas plantadas e a sua
substituição com o plantio de espécies nativas, prioritariamente.
Será uma prática diferente do que o SFB faz na Amazônia,
que é o manejo sustentável de florestas naturais”,
afirmou José Humberto.
44 www.referenciaflorestal.com.br
TRANSPORTE
Estradas para
O FUTURO
Investimentos em infraestrutura e escoamento de
mercadorias fazem parte do projeto de um país mais
desenvolvido e pronto para crescer
Fotos: divulgação
46 www.referenciaflorestal.com.br
Março 2021 47
TRANSPORTE
Após anos de sucateamento de estradas e
ferrovias no Brasil, o país tem boas perspectivas
para investir e melhorar sua infraestrutura
na próxima década. Responsável
por este setor, o Ministério da Infraestrutura,
capitaneado pelo ministro Tarcisio Gomes de Freitas,
prevê, por exemplo, o leilão de novas concessões de
rodovias no Paraná, Estado importante para o setor florestal,
com investimento de cerca de R$ 42 bilhões para
as estradas paranaenses.
O chefe da pasta, inclusive, acredita que esse movimento
fará com que o Paraná seja o Estado com maior
repasse de dinheiro nesta área em todo o país, conforme
explicou em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, em janeiro
deste ano.
“São R$ 42 bilhões em investimentos previstos do
terceiro ao décimo ano de concessão. Isso vai fazer com
que o Paraná seja o estado do Brasil com maior carga de
investimento e a melhor infraestrutura de transporte do
Brasil”, revelou Gomes de Freitas, que também afirmou
que cerca de 3,3 mil km (quilômetros) de rodovias no
Paraná participarão deste modelo de concessão, que
deverá ser realizado de forma híbrida, com cobrança de
outorga.
De acordo com o ministro, este formato possibilita a
cobrança de uma tarifa menor, o que desempataria o cri-
48 www.referenciaflorestal.com.br
Com o Programa de Incentivo
à Cabotagem, conhecido como
BR do Mar, o Governo Federal
quer ajustar a legislação de
forma a incentivar o setor
aquaviário no Brasil
Março 2021
49
MANEJO
50 www.referenciaflorestal.com.br
Plano de Manejo
FLORESTAL
NO PARANÁ
Fotos: divulgação
Klabin divulga dados do manejo florestal
sustentável adotado pela empresa, que prioriza a
importância do sistema em formato de mosaico
para a conservação da fauna e da flora local
Março 2021
51
MANEJO
AKlabin disponibilizou, no início deste
ano, o resumo público 2020 do plano de
manejo da unidade Florestal do Paraná,
com os resultados consolidados de 2019.
A unidade conta com uma área florestal
total de mais de 400 mil ha (hectares), sendo mais de
164 mil de vegetação nativa destinada à conservação. O
documento reúne as políticas socioambientais e de sustentabilidade
da empresa, além de apresentar indicadores
técnicos e econômicos da sua operação florestal,
que destacam a importância do manejo adequado para
a conservação do bioma da região.
A área florestal da Klabin no Paraná representa a
maior mancha verde no sul do país. Por meio dos estudos
que são realizados pela unidade florestal, foram
identificadas 1.221 espécies de flora nas áreas da empresa
no estado, sendo que 28 são consideradas ameaçadas
de extinção; na fauna, foram encontradas 733
espécies nas áreas florestais da empresa, sendo que 68
estão nas listas oficiais como ameaçadas de extinção.
A Klabin é pioneira no uso da técnica em forma de
mosaico, que mescla florestas plantadas com matas nativas,
formando corredores ecológicos que possibilitam
a convivência e o fluxo da fauna nativa em seu habitat
52 www.referenciaflorestal.com.br
A área florestal da Klabin no
Paraná representa a maior
mancha verde no sul do país.
Ao todo, são 16 projetos
socioambientais
desenvolvidos pela empresa
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Março 2021 53
MERCADO
Extração sustentável de
MADEIRA
Foto: divulgação
54 www.referenciaflorestal.com.br
Antes de iniciar oficialmente o manejo florestal em
comunidade no Pará, todos os manejadores passaram por
cursos de treinamento e capacitação realizados pelo IFT
Atão aguardada exploração sustentável da
floresta agora é realidade na Reserva Extrativista
Mapuá, localizada no município
de Breves, na região do Marajó, no Pará.
Com o apoio do IFT (Instituto Floresta Tropical),
os manejadores iniciaram em dezembro de 2020
a primeira extração sustentável de madeira na localidade.
“O manejo madeireiro comunitário era um sonho
antigo dos moradores daqui. Há muitos anos a gente
aguardava por esse momento, pois sabemos que ele
pode significar um divisor de águas no desenvolvimento
da nossa comunidade”, comemora o agroextrativista
João Batista Brandão, uma das principais lideranças da
Resex.
A execução do manejo florestal na localidade
atende as recomendações do ICMBIO (Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade), órgão responsável
pela aprovação do PMFS (Plano de Manejo
Florestal Sustentável) da Resex, em setembro de 2019.
O Plano contempla uma área de aproximadamente
6.300 ha (hectares), dividida em dois polos comunitários:
Boa Esperança e Santíssima Trindade.
Segundo Marcelo Galdino, coordenador do programa
Florestas Comunitárias, do IFT, o PMFS começou a
ser elaborado em 2018 a partir de uma oficina de construção
de plano de manejo destinada exclusivamente
para o grupo de manejadores locais, promovido pelo
IFT, na Unidade de Conservação. “Todo o processo de
elaboração do documento contou com a participação
da comunidade. Desde a primeira reunião até a finalização
do plano, tudo foi feito de forma participativa,
ouvindo os manejadores da Unidade, ICMBIO e o conselho
gestor da Resex”, destaca Galdino.
No Plano de Manejo Florestal Sustentável a comunidade
se propõe a promover o uso tradicional dos
recursos naturais de forma sustentável, condizentes ao
modo de vida da população tradicional residente no
interior da Resex.
Além do PMFS, uma das etapas para a comunidade
receber a AUTEX (Autorização de Exploração Florestal),
foi a construção e aprovação do POA (Plano Operacional
Anual), documento que aponta quais atividades
serão realizadas durante o ano de safra da exploração
da madeira.
Antes de iniciar oficialmente o manejo florestal na
comunidade, todos os manejadores passaram por cursos
de treinamento e capacitação realizados pelo IFT.
Entre os cursos ofertados estiveram TOI (Técnicas de
Planejamento e Abertura de Infraestrutura) e TCS (Técnicas
Especiais em Derruba de Árvores).
Março 2021
55
MERCADO
O assessoramento do manejo
sustentável na Resex Mapuá
é uma iniciativa do projeto:
Florestas Comunitárias
56 www.referenciaflorestal.com.br
Março 2021 57
PESQUISA
Avaliação da eficiência técnica de
clones de eucalipto em escala comercial
UMA ABORDAGEM
EMPREGANDO DEA (DATA
ENVELOPMENT
ANALYSIS)
Foto: divulgação
PAULO HENRIQUE DA SILVA
UNICAMP (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS)
PAULO SÉRGIO DE ARRUDA IGNÁCIO
UNICAMP
ALESSANDRO LUCAS DA SILVA
UNICAMP
ANTÔNIO CARLOS PACAGNELLA JÚNIOR
UNICAMP
58 www.referenciaflorestal.com.br
ORESUMO
presente artigo refere-se à utilização da
metodologia de DEA (Análise de Envoltória
de Dados) para determinar e comparar a
eficiência técnica de clones de eucalipto
dos gêneros Eucaliptus urophylla e Eucaliptus
grandis, em escala comercial, produzidos no período
de 2016 e 2017 e com idades de corte entre 5 e 7 anos. O
plantio desses clones ocorreu em locais com solos arenosos,
clima quente e temperado, destinados à produção de
celulose e papel, pertencentes a uma empresa situada no
interior do Estado de São Paulo.
Este estudo visa identificar quais clones apresentam
ou não melhorias de eficiência técnica relacionadas a sua
idade de corte, podendo auxiliar na tomada de decisão das
melhores idades de corte e também quais clones deverão
ser excluídos ou mantidos nos próximos ciclos produtivos.
O cálculo da eficiência técnica e de seus valores atuais,
folgas, alvos e benchmarks ao longo dos anos são determinados
através das variáveis custo total; volume individual
e volume produzido, sendo utilizado o modelo DEA BCC-O,
em função da existência de pouca proporcionalidade de
alguns pares input-output. Os clones CL02, CL03, CL05 e
CL08 mostraram-se eficientes em ambas as idades de corte,
caracterizando-os como possíveis benchmarks para os
clones ineficientes.
Já o clone CL04 foi o único cuja eliminação da lista de
clones a serem utilizados nos próximos ciclos de plantio
foi sugerida, apresentando diminuição de seu volume
individual e densidade básica, quando ocorre o aumento
de sua idade de corte. Conclui-se que a metodologia DEA
é uma opção para o auxílio da tomada de decisão de quais
clones de eucalipto devem ser utilizados, reduzidos e/ou
eliminados de seu próximo ciclo, determinando quais são
mais eficientes, verificando sua evolução em relação a sua
idade de corte.
Março 2021
59
PESQUISA
INTRODUÇÃO
Com mais de 700 espécies originárias principalmente
do continente australiano e com área total de plantação de
mais de 19 milhões de ha (hectares), o eucalipto é considerado
uma das plantações mais comuns do mundo (Yang
et al., 2017).
A introdução do eucalipto no Brasil deu-se a partir
de 1904 por Edmundo Navarro de Andrade, por meio de
reflorestamentos experimentais para a produção de dormentes
e lenhas para a Companhia Paulista de Estradas de
Ferro (Martini, 2004). No Brasil, os plantios de eucalipto
correspondem a 5,7 milhões de hectares, estando situados
especialmente nos estados de Minas Gerais (24%), São
Paulo (17%) e no Mato Grosso do Sul (15%) (Indústria Brasileira
de Árvores, 2017).
Em virtude das favoráveis condições edafoclimáticas e
também em função dos avanços tecnológicos na área de
silvicultura, o gênero Eucalyptus tem se destacado no setor
florestal brasileiro (Silva, 2011). Com média de 35,7 m 3 /
ha/ano, o Brasil liderou no ano de 2016 o ranking global de
produtividade florestal para os plantios de eucalipto, sendo
que nos últimos cinco anos sua produtividade aumentou
em 0,2% ao ano (Indústria Brasileira de Árvores, 2017).
O gênero Eucalyptus é considerado uma opção de
matéria-prima para a fabricação de celulose e papel, side-
rurgia, óleos essenciais, compensados, serrarias, mourões,
entre outros fins (Ferreira et al., 2014), buscando cada vez
mais maiores eficiências em seu processo produtivo (Grattapaglia,
2014).
Dessa maneira, podemos verificar algumas ferramentas
para determinar e avaliar a evolução ao longo do tempo
da eficiência técnica de clones de eucalipto em escala
comercial. Dentre essas ferramentas, podemos citar o
método não paramétrico designado como DEA (Data Envelopment
Analysis).
Também conhecida como análise de envoltória de dados,
a DEA é uma metodologia não paramétrica aplicada a
um conjunto de DMUs (Unidades Tomadoras de Decisões)
para a avaliação de suas fronteiras de produção, de forma
a analisar sua eficiência relativa (Santos, 2011).
REVISÃO DE LITERATURA E OBJETIVOS
O conceito de eficiência pode ser definido como a
ótima combinação entre os insumos (inputs), para gerar o
máximo de produto (outputs), de forma a minimizar a relação
entre insumos e produtos (Peña, 2008).
As verificações do desempenho de unidades de produção
são especialmente realizadas através de análise de
fronteira, sendo as principais abordagens a paramétrica e a
não-paramétrica. Na abordagem paramétrica, sua fronteira
baseia-se em medidas de tendência central, enquanto a
não paramétrica é baseada em medidas de valores externos
observados (Araújo; Carmona, 2002).
Dessa forma, a DEA (Análise de Envoltória de Dados) é
um dos métodos relacionados aos estudos sobre a medição
de eficiência em empresas (Titko; Stankeviciene; Lace,
2014). Por se tratar de um método não-paramétrico, não
utiliza inferências estatísticas ou se apega a medidas de
tendencial central, análise de regressões ou testes de coeficientes
(Ferreira; Gomes, 2009).
A DEA objetiva calcular a eficiência comparada entre
unidades de produção DMUs, sendo uma metodologia
inteiramente objetiva, dispensando a opinião do decisor
(Senra et al., 2007). Seus modelos clássicos são o CCR ou
CRS (Constant Return to Scale) (Charnes; Cooper; Rhodes,
1978) e o BCC ou VRS (Variable Return to Scale) (Banker;
Charnes; Cooper, 1984).
O modelo CCR faz uso de retornos de escala constantes,
em que variações nas entradas (inputs) acarretam
variações proporcionais nas saídas (outputs).
Os modelos DEA podem ser orientados em relação
aos seus insumos (inputs) e produtos (outputs). Se o modelo
for orientação ao input, seu objetivo será minimizar
o input, produzindo a mesma quantidade de outputs.
Quando o modelo for orientado ao output, seu objetivo
será produzir o maior número de outputs, mantendo-se a
quantidade de inputs (Barros et al., 2010).
Também é possível identificar, por esses modelos, as
60 www.referenciaflorestal.com.br
Março 2021 61
PESQUISA
62 www.referenciaflorestal.com.br
Março 2021 63
AGENDA
AGENDA2021
Maderexpo
21 a 24
Lima (Peru)
www.expoperuindustrial.com/
maderexpo
ABRIL
2021
MAIO
2021
MAI
2021
I CONGRESSO MUNDIAL SOBRE
SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO
LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA
O Congresso será uma grande oportunidade para troca de
experiências e conhecimento, bem como, para atualizações
sobre os mais recentes resultados de pesquisa, desenvolvimento
e inovação em Sistemas ILPF no mundo. O principal
objetivo do evento é propiciar um fórum de discussão, com
aprofundamento teórico e aplicações práticas sobre aspectos
tecnológicos e de sustentabilidade econômica e ambiental
de sistemas agrícolas consorciados que combinem
a produção integrada da lavoura, da pecuária e da floresta
na mesma área e com uso eficiente de insumos, que são
fundamentais para a segurança alimentar no futuro.
Imagem: reprodução
I Congresso Mundial sobre Sistemas de
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
03 a 06
Campo Grande (MS)
http://wcclf2020.com.br
Tener Expo
31 a 2
Palermo (Itália)
www.tenerexpo.it
MAIO
2021
SET
2021
LIGNA HANNOVER 2021
A cidade de Hannover, na Alemanha, se transforma
no foco de atenção para o mundo da madeira e a
indústria madeireira. Considerada a maior ou a mais
importante feira do mundo no setor, a Ligna expõe
toda a cadeia de produção madeireira: desde a captação
e o processamento da madeira, até a produção
industrial de produtos da madeira e tecnologias inovadoras
de tratamento da madeira, entre outros.
Imagem: reprodução
64 www.referenciaflorestal.com.br
Disco de corte para Feller
AGENDA2021
• Discos de corte com encaixe para
utilização de até 18 ferramentas
• Diâmetro externo e encaixe central
de acordo com o padrão da máquina
SETEMBRO
2021
Detalhe de encaixe para
ferramentas de 4 lados
Simpos 2021
22 a 24
Curitiba (PR)
https://simpos2020.galoa.com.br/
• Discos de corte para Feller
conforme modelo ou amostra
• Discos especiais
• Pistões hidráulicos
(fabricação e reforma)
• Usinagem de médio e grande porte
SETEMBRO
2021
Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337
Água Vermelha - Sertãozinho - SP
Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650
dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br
D’Antonio Equipamentos
Mecânicos e Industriais Ltda
Ligna Hannover 2021
27 de setembro a 01 de outubro
Hannover (Alemanha)
www.nfeiras.com/ligna-hannover-22/
LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS
Georreferenciamento
CAR
Uso do solo
Retificação de matrícula
Subdivisão de áreas
Lotes urbanos
Engenheiros Florestais Associados
Chico Moreira
Gilson Almeida
MANEJO FLORESTAL
Inventário
Marcação para desbaste
Consultoria
NOVEMBRO
2021
Lignum Brasil
10 a 12
Pinhais (Paraná)
https://lignumlatinamerica.com/
Avenida Coronel Rogério Borba, nº 300 - Centro | Reserva - PR
Chico Moreira: (42) 99136-3588 Gilson Almeida: (42) 98827-5693 Março 2021
65
ESPAÇO ABERTO
Gestão de crise: lições
aprendidas na pandemia e
PRÓXIMOS PASSOS
Foto: divulgação
Por Victor Tubino,
Gerente sênior da prática
de riscos e performance
na ICTS Protiviti, empresa
especializada em soluções
para gestão de riscos,
compliance, auditoria interna, investigação,
proteção e privacidade de dados
A comunicação interna e
externa é o fator chave na
gestão de crises, sendo
responsável muitas vezes por
amenizar ou agravar o cenário
Após meses do início das primeiras ações realizadas pelas
empresas em resposta à pandemia da Covid-19, é notável
que houve sucesso, mas também observamos que algumas
medidas não foram tão efetivas. E é esta discussão
que deve estar em pauta: quais as lições aprendidas com o
que vivemos neste período?
Vimos a formação dos comitês de crise e medidas iniciais com ações
de adaptação à quarentena, como a adoção dos home-offices e das
inúmeras reuniões e atividades para minimizar os impactos e garantir a
manutenção e sobrevivência dos negócios, mas o fato é que poucas empresas
no Brasil estavam preparadas ou ao menos aproveitaram o exemplo
de outros países para se antecipar. De acordo com a pesquisa global
sobre a preparação e resposta das empresas na pandemia, conduzida
pelo BCI (Business Continuity Institute) com 787 companhias respondentes
de 93 países, 70% delas iniciaram suas discussões já no início do alarde
da pandemia, em meados de fevereiro, e apenas 12% não tinham um
plano de continuidade estabelecido. Comparativamente, no Brasil, por
meio de uma enquete realizada durante um encontro virtual no início de
abril, 43% das 170 empresas respondentes afirmaram que não possuíam
um PCN (Plano de Continuidade de Negócios) até aquele momento. Um
dado alarmante para uma crise generalizada como esta que sofremos.
Ao avaliar este cenário, observa-se que as empresas no Brasil que
melhor se prepararam foram aquelas que são filiais ou têm operações
na Europa e Ásia, países que enfrentaram antecipadamente a pandemia,
ou são empresas que possuem áreas de gestão de riscos e continuidade
de negócios atuantes. Essas organizações que se sobressaíram adotaram
medidas preventivas, tais como compra de álcool em gel em grandes
quantidades e máscaras nacionais, assim como anteciparam seus estoques,
estruturaram comitês de crise para o monitoramento do cenário e
se organizaram para o home office, entre outras ações necessárias.
Já as empresas que adotaram medidas tardiamente acabaram sofrendo
com a falta de álcool em gel, por exemplo, e de estrutura para
colocar as equipes em home office. Portanto, fica aqui um alerta: utilizar
o cenário enfrentado por outras empresas é essencial para auxiliar na
preparação. Ter um Comitê de Crise é a principal lição, visto que trata-se
da maior entidade numa situação dessa e que conta com pessoas capacitadas
para a tomada de decisão e orquestração das ações. Empresas
que já passaram por outras crises ou fazem testes frequentes apresentaram
melhores resultados e eficácia nas suas ações do que nas demais.
Outro ponto importante para ressaltar é a organização do discurso
oficial da empresa. A comunicação interna e externa é o fator chave
na gestão de crises, sendo responsável muitas vezes por amenizar ou
agravar o cenário. Portanto, antes de qualquer divulgação é importante
reforçar a execução e a orquestração das ações junto ao comitê.
Portanto, para iniciar uma etapa de melhoria é necessário identificar
e registrar as lições aprendidas nesta crise e iniciar um plano de ação
que deve estabelecer uma governança com papéis e responsabilidades
definidos para gestão, controle do plano de ação e melhoria contínua.
Além disso, avaliar se os planos de gestão de crise e continuidade devem
ser atualizados ou reforçados e prever testes e avaliações periódicas da
dinâmica dos comitês e da aplicabilidade dos planos gerados deve ser
uma operação constante, pois não se pode esperar a crise chegar para
que as atitudes sejam tomadas.
66 www.referenciaflorestal.com.br
Novo sistema de medição de
comprimento ainda mais preciso;
Novo projeto de chassis, mais
robusto, maior durabilidade;
Novos cilindros das facas de
desgalhe;
Pinos substituíveis do Link,
simplificando sua manutenção;
Novo acesso ao ponto para
lubrificação, mais segurança na
manutenção;
Nova geometria da caixa da serra,
que propicia um ciclo de corte mais
rápido com menor lasque da
madeira;
Anéis trava ajustáveis no conjunto
de medição do diâmetro, que
estendem a durabilidade dos
componentes.
Serviço: (41) 2102-2881
Cabeçote: (41) 2102-2811
Peças: (41) 2102-2881
(41) 9 8856.4302
Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02
(41) 9 9232.7625
Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181
(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE
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