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1º Edição - Jornal de Biotecnologia

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F E V E R E I R O 2 0 2 1 | V O L . 1

JORNAL DA

Centro Acadêmico de Engenharia Bioquímica - EEL/USP

BIOTECNOLOGIA

Sumário

Entrevista de IC - Página 2

Oportunidades - Página 6

Eventos - Página 8

BOAS-

VINDAS

Tá curtindo a

novidade?

Nós do CAEB temos o grande prazer de

apresentar o primeiro volume do Jornal de

Biotecnologia. Por aqui você poderá se

conectar com oportunidades e eventos ligados

à biotecnologia e outros diversos assuntos,

além de contar com uma entrevista exclusiva

com um aluno de Iniciação Científica do DEBIQ

(Departamento de Biotecnologia).

Nossa motivação é manter vocês informados e

também abrir as portas para que os alunos

tenham melhor conhecimento sobre o DEBIQ e

suas pesquisas. Então se isso te interessa, não

perca nossas próximas edições!

1


COM ALUNOS DE IC

BATE-PAPO

Esta seção dedica-se a divulgar entrevistas com alunos de Iniciação Científica do

Departamento de Biotecnologia. A entrevistada da edição é a Maria Eduarda

Pagnossim.

Graduanda em Engenharia Bioquímica na EEL-USP, Maria Eduarda

Pagnossim é aluna de Iniciação Científica (IC) no Departamento de

Biotecnologia (DEBIQ) e nesta entrevista, para o Jornal da Biotecnologia,

conta um pouco sobre seu atual projeto de pesquisa além de sua

perspectiva sobre essa experiência.

JORNAL DA BIOTECNOLOGIA - Qual

o título do seu projeto de

pesquisa?

MARIA EDUARDA - Caracterização

Funcional de Novos Vetores para a

Produção de Proteínas em Plantas.

JB - Quem é o seu/sua

orientador(a)?

ME - O professor Elisson Romanel

do DEBIQ.

JB - Em qual laboratório é feita sua

pesquisa?

ME - O projeto é feito no PGEMBL

(Laboratório de Genômica de

Plantas e Bioenergia), localizado

no DEBIQ.

JB - Qual o objetivo do seu

projeto?

ME - O objetivo geral deste projeto

é caracterizar funcionalmente

diversos vetores desenvolvidos

pelo nosso laboratório para a

produção de proteínas nos

vegetais, esses vetores podem, por

exemplo, gerar uma

superexpressão, repressão ou até

mesmo uma proteína que gera

fluorescência!

JB - Qual é a aplicabilidade dessa

pesquisa? Quais são as áreas de

aplicação do seu projeto?

ME - A aplicação principal é obter

um conjunto de vetores de

clonagem funcional que possam

sofrer a inserção de determinados

genes de interesse biotecnológico

e agroindustrial para aplicação e

melhoramento de plantas.

JB - Como você atua nesse projeto?

Conte um pouco da sua rotina de

pesquisa.

ME - Eu sou aluna pesquisadora do

projeto e trabalho em conjunto

com o professor Elisson e a aluna

de mestrado, pelo PPGBI

(Programa de Pós-Graduação em

Biotecnologia Industrial), Amanda.

Em virtude da pandemia, o

trabalho é feito de forma remota

executando as etapas que

requerem o uso de ferramentas de

bioinformática.

2


Fazemos também reuniões para

conversar sobre nossos resultados

e próximos passos.

pois muita coisa aprendemos na

prática, mas com certeza ajuda

muito ter essa base.

JB - A sua pesquisa é remunerada

por bolsa? Se sim, conte um pouco

do processo para consegui-la.

ME - Sim. Sou contemplada pela

bolsa PUB (Programa Unificado de

Bolsas) no valor de R$400,00. O

processo é relativamente simples.

Primeiro, eu precisei me inscrever

no PAPFE (Programa de Apoio à

Permanência e Formação

Estudantil), pelo sistema Júpiter

(geralmente abre no começo do

ano). Depois, em julho, me inscrevi

no projeto do professor Elisson

pelo sistema Júpiter.

JB - As matérias que você já havia

cursado contribuíram de alguma

forma para a sua atuação na

pesquisa?

ME - Sim. Uso muito de

conhecimentos de microbiologia e

biologia celular vegetal, mas, com

certeza, a mais importante foi

Engenharia Genética. Acredito que

o aluno não seja obrigado a ter

cumprido com certas matérias para

fazer uma IC,

... quando você retorna à

sala de aula, se vê um

aluno bem mais

experiente e com mais

bagagem em diversas

áreas.

JB - E ao contrário, a sua área de

pesquisa já contribuiu de alguma

forma para as aulas da sua

graduação?

ME - Sim. Fazer IC te faz aprender

muita coisa, como termos

técnicos, protocolos de

experimentos, uso de ferramentas

etc., e quando você retorna à sala

de aula, se vê um aluno bem mais

experiente e com mais bagagem

em diversas áreas.

JB - Como você descreveria essas

contribuições? Você diria que uma

foi mais significativa que a outra

ou ambas se complementaram?

ME - Acredito que não tenha tido

uma mais significativa que a

outra, acho que uma completa a

outra. Uma das melhores partes de

fazer IC é justamente realizar esse

fluxo de conhecimento tanto entre

teoria e prática quanto entre

prática e teoria.

JB - E como é, para você, conciliar

a Iniciação Científica com as aulas

da Graduação?

ME - A conciliação é um pontochave

para o aluno que quer fazer

IC. Isso porque o trabalho do aluno

pesquisador é entre 12 e 16

créditos semanais, dependendo da

modalidade da sua IC, e você deve

considerar isso quando for fechar

sua grade.

3


Pense que não adianta fazer muitas

coisas se isso acabar por prejudicar

seus resultados. Eu sempre tentei

conciliar bem e, junto da IC, não

recomendo puxar mais de 25

créditos, por exemplo,

especialmente porque, para mim e

muitos alunos da EEL, além de

conciliar essas duas atividades,

também dividimos o tempo com a

participação em entidades.

JB - Você considera que adquiriu

algum conhecimento ou

aprendizado que levará para a vida

profissional?

ME - Sim. A IC ensina,

primeiramente, muitas ferramentas

e conhecimentos técnicos que,

com certeza, vão ser úteis

futuramente, seja em uma empresa

ou no meio acadêmico. Também

ensina como se portar em um

laboratório, como escrever

protocolos e relatórios e,

principalmente, o trabalho em

equipe. Além disso, estar em um

projeto te faz ter responsabilidade

e, ser pago pelo que você faz,

também é uma grande lição para o

futuro profissional.

JB - Como você descreve o tempo

que foi preciso disponibilizar para a

sua pesquisa? Qual a carga horária

obrigatória?

Vai ser um momento de

muito aprendizado e

crescimento, podem ter

certeza.

ME - A carga horária vai depender

da modalidade da sua IC, pois, por

exemplo, a bolsa FAPESP

(Fundação de Amparo à Pesquisa

do Estado de São Paulo) exige uma

carga maior em relação às PUB e

CNPq (Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e

Tecnológico). Para a PUB,

geralmente, são pedidos 10

créditos obrigatórios (40h/mês) e

essa carga horária é lançada pelo

professor no sistema, de forma

que o aluno recebe

proporcionalmente à sua

participação. Na prática, às vezes,

há uma carga muito grande de

trabalho e você acaba designando

mais de 10 créditos, da mesma

forma que, às vezes, acaba por

designar menos, por estar em um

momento de menos carga, é

bastante relativo ao projeto e à

época.

JB - Em qual período da graduação

você começou a fazer IC? Você

gostaria de ter começado mais

cedo ou esperado um pouco mais?

Por quê?

4


ME - Comecei a frequentar o

laboratório no meu 3º semestre,

fazendo pré-IC, que é um semestre

que você acompanha outros alunos

e aprende com o professor sobre o

projeto e as técnicas necessárias

para os experimentos. No 4º

semestre, comecei de fato a minha

primeira IC com a professora

Tatiane e, no meu 6º semestre,

comecei minha segunda IC com o

professor Elisson. Acredito que

tenha sido ideal para mim, pois

pude aprender muito nesse tempo,

acho que se eu tivesse iniciado logo

no primeiro ano, não teria tido

maturidade para essa

responsabilidade e nem

conhecimento básico suficiente.

Talvez, depois, teria ficado tarde

demais, já que tive a oportunidade

de fazer duas ICs, mas isso é algo

bem pessoal.

JB - Na sua opinião, existe um

período ideal para começar a fazer

IC? Por quê?

ME - Não existe uma resposta exata

para essa pergunta. O tempo de

cada um na universidade é único,

acredito que o importante é fazer,

pois, mesmo que você queira,

futuramente, ir para uma empresa

ou empreender e achar perda de

tempo trabalhar com pesquisa, a IC

é muito importante para o

desenvolvimento do aluno como

um todo.

A única dica que posso dar sobre

quando fazer a IC é, talvez, não

começar no primeiro ano. Acho que

é um período em que o aluno ainda

está muito cru quanto à base de

conhecimento e em fase de

adaptação à cidade e à faculdade,

mas eu diria para buscarem seus

professores e descobrirem o que

gostam, pois assim, podem

descobrir em quais projetos

gostariam de atuar, talvez,

começar uma pré-ic, e só depois

ingressar em um projeto.

JB - Alguma dica para quem quer

começar?

ME - A maior dica que eu posso dar

é a de não terem medo! Muitos

alunos ficam receosos de ir atrás

de professores e “pedir” IC, mas

eles querem alunos para projetos

tanto quanto os alunos querem

projetos! Conversem, façam

contatos, peçam visitas aos

laboratórios e não deixem essa

oportunidade passar. Vai ser um

momento de muito aprendizado e

crescimento, podem ter certeza.

5


OPORTUNIDADES

Esta seção dedica-se a divulgar oportunidades

de processos seletivos abertos para estágios,

trainees, mestrados, doutorados, entre outros.

Nesta edição estão 2 grandes oportunidades!

PROGRAMA BEST (BOLSA DE ESTUDOS

PARA MESTRADO PROFISSIONAL EM

BIOTECNOLOGIA E BIOPROCESSOS)

É um programa oferecido pela Escola

Superior Instituto Butantan e busca

despertar e qualificar novos profissionais

para o mercado de trabalho neste setor

empresarial. O programa conta com

apenas 1 vaga com a duração de 24 meses

e bolsa paga pela empresa Loccus, além

disso o candidato precisa atender aos

requisitos: graduação em Ciências

Farmacêuticas; Ciências Biológicas;

Ciências Biomédicas; Bioquímica; Química

ou outro curso relacionado. Ter no

máximo dois anos de formado;

identificação com a missão e valores do

Instituto Butantan; aderência às normas

da empresa Loccus quanto à

confidencialidade; ter bom nível de inglês

(para ler e redigir textos).

As inscrições on-line

possuem uma taxa de R$

100,00, e ocorrem do dia

05/10/2020 à 25/02/2021; a

etapa de seleção está

prevista entre os dias 08 e 12

de março de 2021 e por fim a

divulgação dos resultados

em 19/03/2021.

Para saber mais de todos os

detalhes, acesse o site:

https://biotecprofissional.but

antan.gov.br/programa-best

6


PROGRAMA DE ESTÁGIO NESTLÉ -

CONTÍNUO

Neste programa de estágio

oferecido pela Nestlé, você coloca a

mão na massa, a empresa segue o

modelo 70/20/10 (70% experiência,

20% relacionamento e 10%

educação. Os requisitos para se

inscrever são: estar cursando entre

o 3º e penúltimo semestre de

qualquer curso de graduação,

conhecimento do Pacote Office,

disponibilidade para estagiar 6

horas diárias (das 9h às 16h ou das

13h às 19h)! É um programa de

estágio contínuo, ou seja, diversas

vagas são abertas durante o ano

todo para estagiar em São Paulo e

início imediato, e depois que a

inscrição é feita, os dados ficam no

banco de dados da empresa e eles

podem entrar em contato a

qualquer momento para uma

avaliação e diferentes vagas. Entre

as possíveis vagas tem-se:

marketing, trade marking, vendas e

inovação, supply chain, compras,

jurídico, finanças, RH, T.I. e

engenharia.

Este processo consiste em 5

etapas:

inscrições online;

testes online;

avaliação presencial ou via

skype;

avaliação presencial com o

gestor da área;

processo de contratação;

Para saber mais sobre as vagas

disponíveis e todos os benefícios,

acesse o site:

https://www.jovenes.nestle.com/

br/programa-de-estagio-nestle

7


Esta seção dedica-se a divulgar eventos

EVENTOS

científicos que ocorrerão entre o período

fevereiro-abril.

I Simpósio Brasileiro de Bebidas

Fermentadas e Destiladas: “Da tradição à

inovação” (I SimBBeb)

Destaque dessa edição do jornal, o evento

ocorrerá entre os dias 13 a 16 de abril de

forma remota e contará com 20 palestras, 5

apresentações orais de trabalhos e um

minicurso de tecnologia de bebidas

fermentadas e destiladas. As inscrições já

estão abertas e são gratuitas, mas para

aqueles que querem obter o certificado de

participação, é preciso pagar uma taxa de

29 reais.

Ainda, é possível submeter resumos até o

dia 1º de março. Entre os inúmeros temas

aceitos, estão:

bebidas fermentadas e destiladas;

aproveitamento de resíduos

composição de bebidas

desenvolvimento de processo e produto.

As normas, critérios de avaliação,

orientações para submissão e mais detalhes

sobre o evento você encontra no site:

https://congresse.me/eventos/isimbbeb

I Simpósio Estadual de

Produtos Naturais (I SEPN)

Organizado pelo Laboratório

de Genética Vegetal e

Toxicológico da Universidade

Federal do Espiríto Santo

(UFES), o simpósio abordará

temas muito interessantes,

como a biotecnologia aplicada

aos produtos naturais e a

obtenção de novos bioativos a

partir deles.

Entre os dias 7 e 9 de abril, os

estudantes poderão participar

de forma remota de diversas

atividades, dentre palestras,

minicursos e rodas de

conversa.

As inscrições vão até o dia 20

de fevereiro e têm o valor de

10 reais.

Para mais detalhes, acesse o

site:

https://www.even3.com.br/ise

dpmdes2020/

8


Jornada Biotecnologia Brasil

Do dia 22 ao dia 25 de fevereiro, os estudantes poderão conferir 4 dias de

palestra, cada dia abordará um tema da área de biotecnologia: Jornada

Acadêmica; Profissões e Carreira; Negócios e Empreendedorismo; e por

último Saúde Mental e Entrevistas.

As inscrições podem ser feitas no site e são gratuitas. Para obter o

certificado de carga horária de 15 horas, é cobrada uma taxa de 1 real. Todo

valor arrecadado será doado para uma instituição de caridade escolhida

pelos participantes do evento.

Para se inscrever e conferir o cronograma e palestrantes da jornada,

acesse:

https://movbiotecbrasil.com/jornada-biotecnologia-brasil

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