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MERCADO
Foi ainda na primeira onda que, com a proliferação
do consumo da bebida no período pós 2ª
guerra mundial, surgiram diversas indústrias de
torrefação e solúvel, massificando de vez o consumo
do café.
A segunda onda teve seu início por volta de
1960. Foi durante esta onda que surgiram as grandes
cafeterias e o expresso, sendo seu surgimento
em resposta à baixa qualidade dos cafés consumidos
durante a primeira onda, com uma melhoria
na qualidade, mas ainda de cafés commodities.
Já na terceira onda, o café deixa de ser consumido
por aquilo que oferece e passa a ser consumido
por aquilo que é, deixando a qualidade em primeiro
lugar.
Nesta onda, que teve seu início na década de
90, é claramente perceptível a mudança no perfil
de diversos consumidores, que já não querem
apenas tomar um cafezinho quando acordam ou
enquanto trabalham - eles querem se sentar em
pequenas cafeterias para saborear um café especial,
de origem única, enquanto batem papo com
os amigos.
Querem também saber sobre a pontuação dos
atributos, o perfil sensorial e a história do café que
estão consumindo, qual o processo de fabricação,
sobre métodos alternativos de preparo e, para isso,
eles pagam o preço e se preocupam com a sustentabilidade
da cadeia do café.
Enfim, estamos nos referindo a um nicho de
amantes do café, que valorizam a qualidade e fazem
questão de conhecer e zelar por aquilo que estão
consumindo. E, apesar de ainda não haver um
consenso exato sobre a quarta onda, muitos acreditam
que já estamos surfando nela.
E agora?
Quando falamos de expectativas relacionadas
ao consumo de café a nível mundial,
diversos dados e fatores nos deixam otimistas.
Os motivos??
A história nos mostra que o consumo de café
passou e continua passando por uma evolução de
hábitos que pode ser dividida em quatro fases muito
marcantes e com características distintas, as quais
podemos chamar de ondas do consumo de café.
Ao analisarmos estas ondas, conseguimos ter
uma percepção melhor sobre os caminhos que o
consumo de café tendem a seguir. De um modo
bem resumido, a primeira onda do consumo de
café surgiu por volta de 1945 e foi marcada por
uma época em que era consumido por aquilo que
fornecia, a cafeína, e não por sua qualidade que, a
propósito, ficou marcada por um período de cafés
considerados ruins.
Alguns afirmam que esta última evolução está
atrelada a características da terceira onda, somadas
a cafés prontos para beber, tal como o Cold
Brew; outros afirmam que está relacionada a popularização
do conhecimento sobre café especial,
outros ainda acreditam que seja adoção do hábito
de encomendar a produção de seu próprio café, de
acordo com seu gosto, e torrá-lo em casa.
Enfim, embora não exista um julgamento exato
sobre a quarta onda, certamente a evolução no
consumo segue ocorrendo, agregando novos hábitos
às ondas anteriores. Uma nova onda não elimina
ondas anteriores, e todos estes hábitos em conjunto
vêm proporcionando progresso a todos os
setores do mercado de café.
Além disso, o equivocado e defasado discurso
de que café trazia malefícios à saúde, após inúmeros
estudos e comprovações científicas, já deu lugar
a um atual e verdadeiro discurso, com embasamento
científico, de que café, além de sua função como
alimento, traz também diversos benefícios à saúde.
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