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Anuário Café 2021

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ESPECIAIS

Do que se trata?

Mas, afinal, o que é um café especial? Essa é, talvez,

a pergunta de ouro que confunde muitos consumidores.

Uns pensam que só em ser café arábica

ele já é especial, outros confundem conceitos de um

café fino com café especial. É um mercado que vem

demandando informações, e na era da comunicação

encontramos diversas informações.

Então, para entendermos de vez como é a classificação

dos cafés no Brasil, bem como quais tipos

de cafés e como é feita a classificação de um café especial,

seguem os protocolos de classificação.

No Brasil, utilizamos a Classificação Oficial Brasileira

(COB) como referência nos contratos. Essa

classificação inicia com a separação de uma amostra

de 300 gramas de café. O café tem uma característica

de classificação pelo número de defeitos encontrados

na amostra, resultando no tipo do café, podendo

ser tipo 1, tipo 2, até tipo 8, lembrando que

quanto menor o tipo, menos defeitos na amostra e

melhor é a qualidade daquele lote.

Após realizada identificação e descarte dos

defeitos, partimos para a determinação da peneira

do lote. Para isso, são utilizadas várias peneiras

que separam os diferentes tamanhos e formatos

dos grãos.

Além da peneira, o café é classificado pela cor

e aspecto dos grãos. Finalizamos esta primeira etapa

de classificação com a determinação da umidade

do café, devendo estar situada entre 11 e 12%

de umidade.

of America). Segundo este protocolo, não são tolerados

defeitos considerados de Categoria 1 (preto,

ardido, coco, atacado por fungos, paus, pedras e

grãos brocados) e no máximo cinco defeitos de categoria

2 (parcialmente preto, parcialmente ardido,

pergaminho, mofado, imaturo, malformado, concha,

quebrado/cortado, casca, grão brocado-ataque

leve). Caso identificado algum destes defeitos, ou

acima dos cinco defeitos da categoria 2, o lote é

descartado para esta classificação.

Neste sistema de classificação, o café é pontuado

de 0-100, levando em consideração aspectos

como uniformidade, doçura, sabor, acidez, corpo,

etc. Os cafés que obtêm acima de 80 pontos já

são considerados especiais. No entanto, devido ao

avanço que os produtores rurais deram no quesito

qualidade, alguns compradores apenas remuneram

ágio para cafés acima de 82 pontos, refinando ainda

mais o conceito de qualidade.

Ainda com todos esses critérios, sigo dizendo

A torra

O próximo passo é a torra do café, para então

determinarmos a classificação da bebida do lote.

Em geral, utiliza-se a torra média para esta determinação,

pois o café expressará o máximo de doçura

e corpo neste ponto de torra.

Este é o ponto mais utilizado para determinação

da qualidade da bebida de cafés especiais.

Classificamos o café em bebidas finas, que é um

padrão considerado de boa qualidade e que possui

melhor remuneração no mercado, que são elas:

duro, apenas mole, mole e estritamente mole, sendo

a bebida dura a de menor qualidade neste grupo

e a estritamente mole a de maior qualidade.

Além das bebidas finas, há a classificação de

bebidas fenicadas, que são os padrões de bebida

não agradáveis e que possuem irregularidades

como fermentações indesejadas, sendo elas: riado,

rio e riozona.

Protocolo SCAA

Além do COB no Brasil, também utilizamos

o protocolo da SCAA (Special Coffee Association

Fotos: Shutterstock

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