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Anuário Café 2021

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ESPECIAIS

des do setor vêm se unindo e utilizando da Denominação

de Origem e Indicação Geográfica para

destacar a qualidade do café nas diferentes regiões

produtoras. Sem dúvidas o selo de Denominação de

Origem assegura ao consumidor a procedência daquele

café.

Valor agregado

Alguns pesquisadores dizem que o café é colhido

em seu ponto máximo de qualidade (na maioria

dos casos), e ao passar pelos processos de pós-

-colheita, apenas perde qualidade, deixando de ser

especial. Com este conhecimento em mente, vários

estudos foram desenvolvidos com a finalidade

de obter respostas ao melhor manejo pós-colheita

ou, ainda, aquele que mantivesse o máximo das características

originais do fruto.

O processo de pós-colheita foi muito aprimorado.

Hoje conhecemos o manejo ideal para cada

tipo de café. Mas, ainda assim, produzir um café

especial exige do produtor rural um cuidado e esforço

muito grandes para mantermos as características

dos grãos e não perdermos a qualidade na

xícara.

Maturação ideal para colher, a opção pelo processo

via seca ou via úmida, secagem natural ou

mecânica, a espessura do lote no terreiro, tipo de

revestimento do terreiro, terreiro suspenso, manejo

no terreiro, temperatura do ar no secador, temperatura

na massa de grãos, umidade ideal para

armazenamento - tudo isso deve ser analisado e

monitorado pelo produtor para, talvez, conseguir

a obtenção de um café especial. Todo cuidado é

pouco!

Além dos cuidados citados, a depender da variedade,

altitude, manejo e condução da lavoura, o

café naturalmente tem a capacidade de expressar,

em sua bebida, sabores e aromas irresistíveis. Mas,

lembramos que porteira afora ainda existe um universo

de processos pelo qual o café ainda pode perder

sua qualidade.

Um armazenamento inadequado, uma torra

além do ponto, uma moagem diferente da exigida

pelo método de preparo, a temperatura da água,

são fatores de um processo que podem levar um

café especial a um sabor não tão especial.

Sem parar

Produzir cafés especiais não é tarefa fácil. Além

de todo o manejo envolvido, é necessário que o produtor

mantenha os registros de rastreabilidade destes

cafés.

Por vezes, os compradores destes cafés querem

saber todo o processo pelo qual o grão passou,

e quanto mais informações o produtor conseguir

entregar, com certeza ele estará agregando

valor ao seu café.

Aqueles produtores que amam o que fazem e

que querem oferecer ao mercado não só um café, mas

uma bebida com qualidade e responsabilidade, certamente

estão produzindo cafés especiais. E, a cada

dia que passa, temos mais adeptos a esse conceito.

Autoria:

Leonardo Guerra Pedron

Engenheiro agrônomo e produtor rural

leonardo.pedron2@gmail.com

Ronaldo Machado Junior

Engenheiro agrônomo, mestre em Fitotecnia e

doutorando em Genética e Melhoramento – Universidade

Federal de Viçosa (UFV)

ronaldo.juniior@ufv.br

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