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ESPECIAIS
des do setor vêm se unindo e utilizando da Denominação
de Origem e Indicação Geográfica para
destacar a qualidade do café nas diferentes regiões
produtoras. Sem dúvidas o selo de Denominação de
Origem assegura ao consumidor a procedência daquele
café.
Valor agregado
Alguns pesquisadores dizem que o café é colhido
em seu ponto máximo de qualidade (na maioria
dos casos), e ao passar pelos processos de pós-
-colheita, apenas perde qualidade, deixando de ser
especial. Com este conhecimento em mente, vários
estudos foram desenvolvidos com a finalidade
de obter respostas ao melhor manejo pós-colheita
ou, ainda, aquele que mantivesse o máximo das características
originais do fruto.
O processo de pós-colheita foi muito aprimorado.
Hoje conhecemos o manejo ideal para cada
tipo de café. Mas, ainda assim, produzir um café
especial exige do produtor rural um cuidado e esforço
muito grandes para mantermos as características
dos grãos e não perdermos a qualidade na
xícara.
Maturação ideal para colher, a opção pelo processo
via seca ou via úmida, secagem natural ou
mecânica, a espessura do lote no terreiro, tipo de
revestimento do terreiro, terreiro suspenso, manejo
no terreiro, temperatura do ar no secador, temperatura
na massa de grãos, umidade ideal para
armazenamento - tudo isso deve ser analisado e
monitorado pelo produtor para, talvez, conseguir
a obtenção de um café especial. Todo cuidado é
pouco!
Além dos cuidados citados, a depender da variedade,
altitude, manejo e condução da lavoura, o
café naturalmente tem a capacidade de expressar,
em sua bebida, sabores e aromas irresistíveis. Mas,
lembramos que porteira afora ainda existe um universo
de processos pelo qual o café ainda pode perder
sua qualidade.
Um armazenamento inadequado, uma torra
além do ponto, uma moagem diferente da exigida
pelo método de preparo, a temperatura da água,
são fatores de um processo que podem levar um
café especial a um sabor não tão especial.
Sem parar
Produzir cafés especiais não é tarefa fácil. Além
de todo o manejo envolvido, é necessário que o produtor
mantenha os registros de rastreabilidade destes
cafés.
Por vezes, os compradores destes cafés querem
saber todo o processo pelo qual o grão passou,
e quanto mais informações o produtor conseguir
entregar, com certeza ele estará agregando
valor ao seu café.
Aqueles produtores que amam o que fazem e
que querem oferecer ao mercado não só um café, mas
uma bebida com qualidade e responsabilidade, certamente
estão produzindo cafés especiais. E, a cada
dia que passa, temos mais adeptos a esse conceito.
Autoria:
Leonardo Guerra Pedron
Engenheiro agrônomo e produtor rural
leonardo.pedron2@gmail.com
Ronaldo Machado Junior
Engenheiro agrônomo, mestre em Fitotecnia e
doutorando em Genética e Melhoramento – Universidade
Federal de Viçosa (UFV)
ronaldo.juniior@ufv.br
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