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Anuário Café 2021

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ESPECIAIS

vamente algumas características sensoriais do café.

Inevitavelmente, algumas características são negativamente

alteradas também, o que requer um rigoroso

monitoramento e controle do processo produtivo

para que a qualidade modificada não fique

pior que a qualidade original do café.

Diferenciar um café velho de um café envelhecido

não é tarefa fácil, pois em determinadas situações

esses termos podem ser sinônimos. Uma

dica importante é ficar atento às técnicas de produção

do grão e à origem do café e sempre lembrar

que café velho é qualquer café que não seja da safra

atual e que café envelhecido só se produz com

café de safra atual.

Neste contexto, qualquer café com mais de 12

meses de armazenamento e que apresentar características

sensoriais alteradas que remetem ao envelhecimento

será considerado café velho ou remanescente.

Como a maioria dos consumidores não tem

acesso ao grão cru de café, para que possa examiná-lo,

o pesquisador do IAC orienta o consumidor

a estar atento à qualidade sensorial, especificamente

sabor e aroma do café. Enquanto grão cru,

um café velho apresenta coloração amarelada ou

esbranquiçada, baixa densidade, expansão do tamanho

do grão e cheiro característico de café velho,

que lembra cheiro de papelão, madeira velha,

celulose, óleo rançoso ou da própria sacaria de juta,

dependendo da idade dos grãos e das condições de

armazenamento.

Na bebida, nota-se baixa acidez, baixa doçura,

baixo corpo, amargor intenso e aroma e sabor característico

de café velho. “Na prática, notamos que cafés

velhos não se desenvolvem normalmente durante

a torra, devido à sua deterioração, o que requer a

aplicação de torras mais escuras, mascarando possíveis

defeitos dos grãos e acentuando o amargor da

bebida”, afirma o pesquisador do IAC, da Agência

Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).

Variedades de café

O IAC é responsável por 90% das cultivares

de café tipo arábica plantadas no

Brasil, o maior produtor mundial do grão e

o segundo maior consumidor da bebida. O

Instituto Agronômico já desenvolveu 65 cultivares

de café arábica e atualmente conduz

um Programa de Pesquisa em Cafés Especiais

visando oferecer um atendimento diferenciado

a esse importante segmento da cafeicultura

brasileira.

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