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ESPECIAIS
Luiz Ricardo Pimenta, cafeicultor
de Venda Nova do Imigrante (ES)
e campeão do concurso
Arquivo
professor Lucas Louzada, que começou a transmitir
muitos conhecimentos sobre cafeicultura, provas de
degustação, a questão da qualidade e dos cafés especiais.
Isso fez com que ele começasse a se apaixonar
pelo ramo e despertasse um interesse muito grande
pela atividade”, conta o irmão.
Já Luiz Ricardo fez curso técnico em agropecuária,
o que despertou sua paixão por plantas, cultivares
e solo. “Na escola, seguimos o princípio da
agricultura orgânica, sustentabilidade e agroecologia.
Isso fez com que eu me apaixonasse pelo setor
e quisesse trazer algo diferente e melhor para dentro
da propriedade. Foi por meio desse entusiasmo
que começamos o desenvolvimento dos nossos cafés”,
explica.
O professor do Ifes, Aldemar Polonini Moreli,
destaca o papel motivador da academia voltado
para que esses estudantes sejam empreendedores e
não empregados, o que os fez entender que constituir
seu próprio negócio, investir nele, no avanço
tecnológico e na lacuna aberta da produção de cafés
especiais é um fator preponderante.
A realidade
De volta ao presente, a chama dos cafés especiais
reacendeu com o desenvolvimento de Luiz
Henrique, que se qualificou com os conhecimentos
absorvidos no Ifes. “Ele teve acesso a inovações
tecnológicas, abriu novos horizontes e voltamos a
despertar para a cafeicultura com maior valorização.
Shutterstock
Como tínhamos conhecimento e passamos a nos
deparar com a chegada de novas tecnologias, com
o suporte dos professores do Ifes conseguimos um
desenvolvimento muito rápido nesse sentido”, comenta
o irmão.
Luiz Henrique revela que passaram a fazer
investimentos na qualidade do solo, tratando-o
como um canteiro vivo. “Buscamos avançar mais
na lavoura, na nutrição, na questão da qualidade do
solo”, conta. “Investimos desde o plantio, o manejo
do solo, porque não é possível produzir um café
especial se não tiver um cuidado especial com seu
solo, com sua planta”, completa o irmão.
Ambos destacam que também aprimoraram o
processo de pós-colheita, fazendo descascamento
dos cafés e investindo em infraestrutura para secagem
e armazenamento. “Adquirimos conhecimento
e confiança no processo que realizamos, desde coisas
básicas, que começaram a dar muito resultado”,
relata Luiz Ricardo.
Capacitação
Toda a evolução no processo produtivo também
contou com a ajuda da Associação Brasileira
de Cafés Especiais, onde Luiz Henrique se formou
como Q-Grader, provador de café qualificado,
controlado e profissionalmente treinado pelo Coffee
Quality Institute (CQI).
“O curso de Q-Grader da BSCA foi muito importante,
porque saímos do achismo. Antes, levávamos
a amostra aos corretores e eles davam sua opinião,
sem que pudéssemos contestar. A partir do
momento que fiz o curso, consegui entender o que a
gente estava produzindo, aonde poderíamos chegar,
quais mercados a gente poderia buscar, e isso teve
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