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Anuário Café 2021

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ESPECIAIS

Luiz Ricardo Pimenta, cafeicultor

de Venda Nova do Imigrante (ES)

e campeão do concurso

Arquivo

professor Lucas Louzada, que começou a transmitir

muitos conhecimentos sobre cafeicultura, provas de

degustação, a questão da qualidade e dos cafés especiais.

Isso fez com que ele começasse a se apaixonar

pelo ramo e despertasse um interesse muito grande

pela atividade”, conta o irmão.

Já Luiz Ricardo fez curso técnico em agropecuária,

o que despertou sua paixão por plantas, cultivares

e solo. “Na escola, seguimos o princípio da

agricultura orgânica, sustentabilidade e agroecologia.

Isso fez com que eu me apaixonasse pelo setor

e quisesse trazer algo diferente e melhor para dentro

da propriedade. Foi por meio desse entusiasmo

que começamos o desenvolvimento dos nossos cafés”,

explica.

O professor do Ifes, Aldemar Polonini Moreli,

destaca o papel motivador da academia voltado

para que esses estudantes sejam empreendedores e

não empregados, o que os fez entender que constituir

seu próprio negócio, investir nele, no avanço

tecnológico e na lacuna aberta da produção de cafés

especiais é um fator preponderante.

A realidade

De volta ao presente, a chama dos cafés especiais

reacendeu com o desenvolvimento de Luiz

Henrique, que se qualificou com os conhecimentos

absorvidos no Ifes. “Ele teve acesso a inovações

tecnológicas, abriu novos horizontes e voltamos a

despertar para a cafeicultura com maior valorização.

Shutterstock

Como tínhamos conhecimento e passamos a nos

deparar com a chegada de novas tecnologias, com

o suporte dos professores do Ifes conseguimos um

desenvolvimento muito rápido nesse sentido”, comenta

o irmão.

Luiz Henrique revela que passaram a fazer

investimentos na qualidade do solo, tratando-o

como um canteiro vivo. “Buscamos avançar mais

na lavoura, na nutrição, na questão da qualidade do

solo”, conta. “Investimos desde o plantio, o manejo

do solo, porque não é possível produzir um café

especial se não tiver um cuidado especial com seu

solo, com sua planta”, completa o irmão.

Ambos destacam que também aprimoraram o

processo de pós-colheita, fazendo descascamento

dos cafés e investindo em infraestrutura para secagem

e armazenamento. “Adquirimos conhecimento

e confiança no processo que realizamos, desde coisas

básicas, que começaram a dar muito resultado”,

relata Luiz Ricardo.

Capacitação

Toda a evolução no processo produtivo também

contou com a ajuda da Associação Brasileira

de Cafés Especiais, onde Luiz Henrique se formou

como Q-Grader, provador de café qualificado,

controlado e profissionalmente treinado pelo Coffee

Quality Institute (CQI).

“O curso de Q-Grader da BSCA foi muito importante,

porque saímos do achismo. Antes, levávamos

a amostra aos corretores e eles davam sua opinião,

sem que pudéssemos contestar. A partir do

momento que fiz o curso, consegui entender o que a

gente estava produzindo, aonde poderíamos chegar,

quais mercados a gente poderia buscar, e isso teve

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