13.04.2021 Views

Elas por elas 2008

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Maria Quitéria (1792-1853)

Cortou o cabelo,

comprimiu os seios com

tiras de pano, vestiu a

farda de um cunhado e

alistou-se com o nome

dele (José Cordeiro de

Medeiros) no Regimento

de Artilharia para lutar

pela expulsão dos por -

tugueses e indepen dência

da Bahia.

Foi descoberta e

transferida para o Batalhão

dos Periquitos. Destacou-se por sua bravura e

foi condecorada com a insígnia dos Cavaleiros da

Imperial Ordem do Cruzeiro e é a patrono do Quadro

Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.

Maria Quitéria é chamada heroína da independência.

Era uma mulher bonita, que montava, caçava,

manejava armas de fogo e dançava lundus com os escravos.

Apesar do pioneirismo da sertaneja baiana,

somente em 1992 as mulheres foram aceitas no

Exército, mas até hoje não podem participar

efetivamente das batalhas.

Ana Néri (1814-1880)

Pioneira na enferma -

gem em campo de batalha,

nasceu na Bahia. Quando

a Guerra do Pa ra guai

começou, em dezembro

de 1864, ela morava em

Salvador com três filhos.

Em 8 de agosto de 1865,

enviou ofício ao presi -

dente da província ofere -

cendo-se para trabalhar

como enfer meira na

guerra. Alegava dois motivos: atenuar o sofrimento

dos que lutavam pela defesa da pátria e estar junto

aos filhos, que já se achavam na frente de batalha. Ana

não esperou a resposta e embarcou junto com o

exército de voluntários em 13 de agosto de 1865.

Joana Angélica de Jesus (1761-1822)

Abadessa do Con ven -

to de Nossa Senhora da

Conceição da Lapa, em

Salvador, é considerada

mártir da independência

da Bahia. Em 1822, os

brasileiros lutavam contra

as tropas portuguesas, que

não concordavam com a

ruptura com a Corte. Os

soldados cometiam excessos,

invadiam casas de

famílias e pretendiam entrar

no convento. Joana Angélica ordenou às monjas

que fugissem pelo quintal, foi assassinada a golpes de

baioneta. Surgiu assim a primeira mártir da luta, conhecida

como a Revolta da Bahia, encerrada em 2 de

Julho de 1823.

Em vários episódios, as mulheres

tiveram atuação importante.

Algumas delas enfatizadas aqui,

sem contar aquelas que se

destacaram mais recentemente e

poderiam figurar numa lista

interminável de mulheres heroínas.

No endereço:

http://www.revistazap.hpgvip.ig.com.br/mulheres_guerreiras.htm, é

possível acessar a biografia de outras mulheres que se destacaram

nas lutas por ideais libertários no país e no mundo.

ELAS POR ELAS - JUNHO DE 2008 13

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!