Elas por elas 2008
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
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Maria Quitéria (1792-1853)
Cortou o cabelo,
comprimiu os seios com
tiras de pano, vestiu a
farda de um cunhado e
alistou-se com o nome
dele (José Cordeiro de
Medeiros) no Regimento
de Artilharia para lutar
pela expulsão dos por -
tugueses e indepen dência
da Bahia.
Foi descoberta e
transferida para o Batalhão
dos Periquitos. Destacou-se por sua bravura e
foi condecorada com a insígnia dos Cavaleiros da
Imperial Ordem do Cruzeiro e é a patrono do Quadro
Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.
Maria Quitéria é chamada heroína da independência.
Era uma mulher bonita, que montava, caçava,
manejava armas de fogo e dançava lundus com os escravos.
Apesar do pioneirismo da sertaneja baiana,
somente em 1992 as mulheres foram aceitas no
Exército, mas até hoje não podem participar
efetivamente das batalhas.
Ana Néri (1814-1880)
Pioneira na enferma -
gem em campo de batalha,
nasceu na Bahia. Quando
a Guerra do Pa ra guai
começou, em dezembro
de 1864, ela morava em
Salvador com três filhos.
Em 8 de agosto de 1865,
enviou ofício ao presi -
dente da província ofere -
cendo-se para trabalhar
como enfer meira na
guerra. Alegava dois motivos: atenuar o sofrimento
dos que lutavam pela defesa da pátria e estar junto
aos filhos, que já se achavam na frente de batalha. Ana
não esperou a resposta e embarcou junto com o
exército de voluntários em 13 de agosto de 1865.
Joana Angélica de Jesus (1761-1822)
Abadessa do Con ven -
to de Nossa Senhora da
Conceição da Lapa, em
Salvador, é considerada
mártir da independência
da Bahia. Em 1822, os
brasileiros lutavam contra
as tropas portuguesas, que
não concordavam com a
ruptura com a Corte. Os
soldados cometiam excessos,
invadiam casas de
famílias e pretendiam entrar
no convento. Joana Angélica ordenou às monjas
que fugissem pelo quintal, foi assassinada a golpes de
baioneta. Surgiu assim a primeira mártir da luta, conhecida
como a Revolta da Bahia, encerrada em 2 de
Julho de 1823.
Em vários episódios, as mulheres
tiveram atuação importante.
Algumas delas enfatizadas aqui,
sem contar aquelas que se
destacaram mais recentemente e
poderiam figurar numa lista
interminável de mulheres heroínas.
No endereço:
http://www.revistazap.hpgvip.ig.com.br/mulheres_guerreiras.htm, é
possível acessar a biografia de outras mulheres que se destacaram
nas lutas por ideais libertários no país e no mundo.
ELAS POR ELAS - JUNHO DE 2008 13